Aposto e Vocativo
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aposto e vocativo
O APOSTO E O VOCATIVO NA CONSTRO APOSTO E O VOCATIVO NA CONSTRUO DO TEXTOO DO TEXTO
Leia este texto, do poeta Paulo Leminski:
minha me dizia
ferve, gua!
frita, ovo! pinga, pia!
e tudo obedecia
(Poesia fora da estante. In: Vera Aguiar, coord. Porto Alegre: Projeto, 1995. p.104.)
1. O poema retrata algumas experincias de um garoto durante a infncia. Essas experincias so descritas porum eu lrico adulto ou criana? Justifique sua resposta com base nos tempos verbais do 1 e 4 versos.
2. O poema est organizado em trs estrofes: a 1 e a ltima apresentam um nico verso, e a 2 formada por trs versos introduzidos por travesso sinal de que algum est falando.
a) Quem o locutor dessas falas? Justifique sua resposta com um verso do poema.b) A que ou a quem esse locutor se dirige quando fala?c) Qual a funo sinttica dos termos que o locutor evoca?d) As aes expressas pelos verbos ferver, fritar e pingar esto relacionadas a que tipo de atividade
diria do locutor?
3. Os elementos evocados pelo locutor na 2 estrofe so retomados e resumidos por uma nica palavra.a) Qual essa palavra?b) A que classe gramatical ela pertence e qual a sua funo sinttica?c) Com que termo sinttico a forma verbal obedecia concorda?
4. Em suas recordaes, o eu lrico revela ter uma viso especial sobre a me. Ele a v como algumcom poderes especiais, capaz de fazer o mundo sua volta se mover de acordo com sua vontade.
a) Que modo verbal a me utiliza para expressar a sua vontade?b) Para demonstrar o poder da me, o poeta emprega a personificao ou prosopopia, uma figura de
linguagem que consiste em atribuir vida ou qualidades humanas a seres inanimados ou no humanos.Identifique o verso em que tal recurso foi utilizado.
5. Indique qual ou quais dos seguintes itens traduzem melhor os significados dos poderes da me, naviso do eu lrico:
a) Retratando uma fase de sua infncia, o eu lrico demonstra o autoritarismo da me, que submetiatudo sua vontade.
b) O eu lrico retrata esse perodo de sua infncia com uma viso prpria da criana, que v nos paisqualidades ou capacidades que ela ainda no capaz de compreender plenamente.
c) O poema pode ser sintetizado numa nica frase: minha me dizia [...] e tudo obedecia. Ospoderes da me, de acordo com a viso expressa no texto, so exercidos no momento em queela usa a palavra como meio de encantar e transformar o mundo sua volta, assim comoocorre em rituais religiosos, em milagres e nmeros de mgica.
Por um eu lrico adulto, pois os verbos esto no pretrito imperfeito e sua viso dos fatos distanciada.
a me, conforme com-prova o 1 verso: minhame dizia. gua, ao ovo e pia.
So vocativos.
Esto relacionadas s atividades cotidianas de uma dona de casa.
tudo um pronome indefinido, com a funo sintti-ca de aposto.
Concorda com o aposto tudo.
O modo imperativo.
e tudo obedecia
Professor: Se julgar conveniente, poder lembrar aos alunos algumas situaes em que a fora da palavra est associada a milagres e magia: a ressurreio deLzaro, na Bblia, quando Jesus lhe diz: Levanta-te!; a fala de Ali Bab e os 40 ladres: Abre-te, Ssamo!; a fala de He-Man: Pelos poderes de Greyskull; ou,ainda, a tradicional palavra mgica abracadabra.
PL-Miolo Gramtica 7-Aluno 8/8/06, 3:36 PM422
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Ambas so oraes sem sujeito.Na 1 frase, me objeto direto (s h uma me);na 2, vocativo.
Na 1 frase, entende-se que s h uma pessoa no mundo que pode ser (nossa) me. Na 2, entende-se que o menino chamaa me para dizer-lhe que h somente uma coca-cola na geladeira.
Respostas pessoais. Sugestes: O melhor aluno da classe,o Paulo, transferiu-se.Paulo, o melhor aluno da classe transferiu-se.
Na 2, porque a interjeio , precedendo o vocativo, d nfase pessoa a quem nos dirigimos.
1. Compare estas frases quanto ao sentido:
Mirtes, pode chegar mais tarde hoje.Mirtes pode chegar mais tarde hoje.
a) Considerando a intencionalidade delas, com qual dos tipos de frase a seguir cada uma delas seidentifica? declarativa imperativa exclamativa interrogativa
b) Supondo que voc seja o locutor dessas frases, quem seria o interlocutor de cada uma delas?c) Qual a diferena de sentido entre as frases?
2. Leia e compare o emprego do vocativo nas frases abaixo:
Minha amada, que olhos os teus! minha amada, que olhos os teus!
Em qual das frases a entoao mais exclamativa? Por qu?
Leia o texto a seguir para responder s questes 3 e 4:
A professora passou a lio de casa: fazer uma redao com o tema Me s tem uma.No dia seguinte, cada aluno leu a sua redao. Todas mais ou menos dizendo as mesmas coisas: a me
nos amamenta, carinhosa conosco, a rosa mais linda do jardim, etc., etc., etc. Portanto, me s temuma...
A chegou a vez de Juquinha ler a sua redao:Domingo foi visita l em casa. As visitas ficaram na sala. Elas ficaram com sede e minha me pediu para
mim (sic) ir buscar coca-cola na cozinha. Eu abri a geladeira e s tinha uma coca-cola. A, eu griteipara minha me: Me, s tem uma!.
(Viaje bem, revista de bordo da Vasp, n 4., 1989.)
3. Considerando que muito comum, na linguagem coloquial, o emprego do verbo ter no lugar dehaver, responda em relao s frases Me s tem uma e Me, s tem uma!:
a) Qual o sujeito de cada uma delas?b) Qual a funo sinttica do termo me em cada uma das frases?
4. O humor da anedota deve-se diferena de significado entre as duas frases. Em que consiste essadiferena de significado?
5. Leia a frase abaixo:
O melhor aluno da classe, Paulo, transferiu-se.
Voc deve ter observado que essa frase ambgua.
a) Crie uma frase em que o termo Paulo s possa ser aposto.b) Crie uma frase em que o termo Paulo s possa ser vocativo.
A 1 imperativa e a 2, declarativa.
Na 1 frase, Mirtes; na 2, outra pessoa.
Na 1 frase, o termo destacado vocativo; na 2, sujeito. Por isso, na 1 frase pode-se supor que algum d a Mirtes permisso parachegar mais tarde; na 2 sendo Mirtes o sujeito da ao verbal, o predicado faz uma declarao sobre ela.
PL-Miolo Gramtica 7-Aluno 8/8/06, 3:36 PM423