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UNIVERSIDADE FEDE RAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

APOSTILA DE ZOOLOGIA GERAL

CORDADOS

MONITOR: CLEBER FENRIR

SEROPÉDICA,DEZEMBRO DE 2012

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FILO CHORDATA

Os cordados (Chordata, do latim chorda, corda) constituem um filo dentro do

reino Animalia que inclui os vertebrados, os anfioxos e os tunicados.

O grupo abrange animais adaptados para a vida na água, na terra e no ar. Os

cordados, juntamente com dois outros filos, o Hemichordata e o Echinodermata,

formam o grupo dos deuterostômios (Deuterostomia – durante fase embrionária forma-

se 1º o ânus).

Definição

1 = Medula espinhal

2 = Corda dorsal

3 = Cordão nervoso dorsal

4 = cauda pós anal

5 = ânus

6 = Aparelho digestivo

7 = Sistema circulatório

8 = atriopore

9 = espaço acima dafaringe

10 = fenda da faringe (Brânquia)

11 = faringe

12 = Vestíbulo

13 = oral Cílio

14 = Abertura da boca

15 = Gónada (Ovário / Testículo)

16 = sensor de luz

17 = Nervo

18 = metapleural

19 = fígado

Anatomia da cephalochordate Amphioxus. Itens em negrito são os componentes de todos os

cordados em algum momento de sua vida, e distingue-os dos outros filos .

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DEFINIÇÃO

Cordados formam um filo de seres vivos baseados em um plano corporal

bilateral. O filo é definido por ter em algum momento de suas vidas as seguinte

características:

Uma Corda dorsal, em outras palavras, é uma haste bastante

rígida de cartilagem que se estende ao longo interior do corpo. Entre os sub-

grupo de vertebrados cordados a corda dorsal se desenvolve na Vértebra. Em

espécies totalmente aquáticas isso ajuda o animal a nadar flexionando a

cauda.

Um Tubo neural. Nos peixes e outros vertebrados este tubo se

desenvolve na Medula espinhal, é o tronco principal da comunicação do

sistema nervoso.

Fendas na faringe. A faringe é a parte da garganta

imediatamente atrás da boca. Em peixes as fendas são modificadas para

formar a Brânquia. Mas em alguns outros cordados fazem parte de um

sistema de alimentação por filtração que extrai partículas de alimento da água

em que eles vivem.

A cauda muscular que se estende para trás logo após o ânus.

Um Endóstilo. Este é um sulco na ventral na parede da faringe.

No sistema de Alimentação por filtragem, as espécies produzem um muco para

coletar partículas de alimento, que ajuda no transporte de alimentos para o

estômago. Ele também armazena iodo, e pode ser um percursor dos

vertebrados na glândula tireóide.

SUPER CLASSE PISCES

AGNATHA

Agnatha (do grego transliterado a, sem + gnathos, maxila) é uma superclasse

parafilética de peixes sem mandíbula (Cyclostomata) do subfilo Vertebrata, que inclui animais

como as mixinas, as lampreias e os ostracodermes.

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Ágnatos são vertebrados desprovidos de aparelho maxilomandibular (mandíbulas e

maxilas). Espécies atuais adultas, as mixinas e lampreias, ou são ectoparasitas de peixes ou

são necrófagas. No passado, ocuparam diversos nichos ecológicos, tanto em águas doces

como marinhas, mas declinaram rapidamente do Devoniano Superior.

O termo "Ostracodermos" refere-se aos ágnatos extintos, tanto diplorrinos (duas

aberturas nasais) como monorrinos (uma abertura naso-hipofisária), muitos dos quais

apresentavam um extensa e espessa carapaça cefalotorácica de osso dérmico, além de

escamas no tronco. As lampréias (Petromyzontida) e mixinas (Myxine) são os únicos

representantes atuais dos ágnatos, e não têm capacidade para ossificar o seu esqueleto. Não

possuem vértebras típicas, apenas peças cartilaginosas aos pares, dispostas ao longo da

medula.

Os vertebrados ágnatos atuais durante muito tempo foram classificados junto com os

ostracodermes na classe Agnatha porque não possuem as características derivadas

(gnatostomadas), as maxilas e dois conjuntos de nadadeiras pares. No entanto, análises

filogenéticas não mais agrupam organismos com base em caracteres primitivos compartilhados

e agora está claro que os Agnatha constituem um grupo parafilético. Os ágnatos atuais muitas

vezes têm sido reunidos como ciclóstomos (Cyclostomata - do grego transliterado cyclos,

círculo + stoma, boca). Entretanto, este agrupamento também é parafilético porque as

lampreias parecem ser mais proximamente aparentadas com os gnatostomados do que com as

feiticeiras.

CARACTERÍSTICAS

As mandíbulas estão ausentes.

As nadadeiras pares estão ausentes na maioria das espécies, as abas peitorais

estavam presentes em algumas formas extintas;

As espécies primitivas tinham a pele revestida por fortes escamas ósseas, que

foram perdidas nas atuais;

As partes mais internas do esqueleto são cartilaginosas nas formas atuais e

parece que nas espécies extintas elas também não eram ossificadas. O notocórdio

embrionário persiste nos adultos;

Um olho pineal mediano e fotossensível está presente;

As espécies atuais, como a maioria das extintas, apresentam uma narina única

e mediana, localizada à frente do olho pineal;

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Sete ou mais aberturas brânquiais estão presentes. A faringe é utilizada, na

alimentação por filtração, nas larvas e nos adultos das espécies extintas.

CLASSE Chondrichthyes

Os Chondrichthyes ou peixes cartilagíneos, que incluem os tubarões, as

raias e as quimeras, muitas vezes classificadas como Seláceos, são peixes

geralmente oceânicos que possuem um esqueleto totalmente formado por cartilagem,

mas coberta por um tecido específico, a cartilagem prismática calcificada.

Para além disso, apresentam 5-7 fendas branquiais dos lados do corpo ou na

região ventral da cabeça, membranas nictitantes nos olhos (exceto nos Lamniformes)

e gancho pélvico (também conhecido como clásper) um órgão de copulação dos

machos.

A flutuabilidade é auxiliada elo óleo do fígado, a excreção no caso dos

tubarões tem como produto final a ureia, não possuem opérculo (osso que

recobre brânquias), tubarões possuem ampolas de lorenzini que permitem a

detecção de presas e predadores por sinais elétricos.

SUBCLASSE ELASMOBRANCHII

SUPERORDEM BATOIDEA

As raias, arraias ou peixes batóides são peixes cartilaginosos marinhos classificados

na superordem Batoidea (ou Rajomorphii) dos Elasmobranchii, que agrupa também os

tubarões. As raias têm o corpo achatado dorsiventralmente e, por consequência, as fendas

branquiais encontram-se por baixo da cabeça – essa é a principal característica que distingue

os peixes batóides dos tubarões. Vivem normalmente no fundo do mar (demersais), embora

algumas, como a jamanta, sejam pelágicas.

Não confundam raias com tubarões, tubarões possuem fendas branquiais

laterais, sempre! O cação anjo, visto em aula, lembra uma raia, mas é um tubarão devido

tais distinções anatômicas, as raias possuem fendas branquiais ventrais!

Superordem Selachimorpha

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Tubarão ou cação é o nome dado vulgarmente aos peixes de esqueleto cartilaginoso e

um corpo hidrodinâmico (com exceção

dos Squatiniformes,Hexanchiformes e Orectolobiformes) pertencente

à superordem Selachimorpha. Os primeiros tubarões conhecidos viveram há aproximadamente

400 milhões de anos.

Escamas placoides

Ao contrário dos peixes ósseos, os tubarões têm um espartilho dérmico complexo feito

de fibras flexíveis de colágeno e disposto como uma rede helicoidalem torno de seu corpo. Isso

funciona como um esqueleto externo, proporcionando fixação para os músculos de nado, e

assim economizando energia. Suas escamas placoides dão-lhes

vantagens hidrodinâmicas como reduzir a turbulência enquanto nadam.

A pele dos tubarões pode ser tão áspera como uma lixa pela ação dessas escamas, a

tal ponto que têm sido observado que, a utilização de suas escamas podem ferir suas presas.

Eletrorrecepção

As ampolas de Lorenzini são órgãos electroreceptores localizados na cabeça

especialmente ao redor do focinho. Os tubarões usam as Ampolas de Lorenzini para detectar

os campos eletromagnéticos que todas as coisas vivas produzem. Isso ajuda os tubarões

(particularmente o tubarão-martelo) a encontrarem presas. O tubarão tem maior sensibilidade

elétrica do que qualquer outro animal.[44]

Os tubarões conseguem encontram presas

escondidas na areia, detectando os campos eletricos que elas produzem. Correntes

oceânicas que se deslocam no campo magnético da Terra também geram campos elétricos

que os tubarões podem usar para orientação e possivelmente para navegação.

Linha lateral

As suas linhas laterais, que se estendem das guelras à cauda, são também capazes de

captar vibrações de médias e baixas frequências, correntes, mudanças

na temperatura e pressão da água, assim como localizar obstáculos e alimentos em águas

turvas. Do mesmo modo, podem também detectar, pela turbulência causada, a aproximação de

um inimigo de grande porte. O tubarão pode perceber frequências na faixa de 25 a 50 Hz.

Classe Osteichthyes

São os peixes que possuem um esqueleto formado por ossos. Possuem uma

pele com muitas glândulas produtoras de muco, com escamas de origem

mesodérmica, nadadeiras, boca na posição terminal e com dentes, bolsas olfativas

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dorsais, olhos grandes e sem pálpebras, muitas vértebras, coração com duas

câmaras, respiração branquial ou pulmonar, excreção feita por rins mesonéfricos que

excretam amônia, ectotérmicos e dióicos com fecundação externa.

Tegumento

Os peixes ósseos possuem uma epiderme lisa, coberta por escamas. Existem

glândulas produtoras de muco, que lubrifica o corpo do peixe, que serve de proteção e

facilita a locomoção na água. Possui uma linha lateral ao longo de cada lado do corpo

e tem função sensorial. O sistema muscular é formado por miômeros (músculos

segmentados), em forma de W.

Características Gerais:

Os peixes da classe Osteichthyes (do grego osteos, osso, e ichthyos, peixe)

possuem esqueleto ósseo. Ocupam ambientes de água doce ou marinhos. As

escamas que recobrem o corpo dos osteíctes são de origem dérmica, diferentemente

das escamas dos condríctes, de origem epidérmica.

São osteíctios da ordem teléosteos a maioria dos peixes conhecidos: pescada,

bagre, sardinha, carpa, corvina, piranha, truta, cavalo-marinho, pirambóia, poraquê

(peixe-elétrico), enguia e vários outros exemplos. As características comuns a todos

os peixes ósseos, com aproximadamente 21.000 espécies atuais, são:

Cordados, vertebrados, gnatostômios que possuem esqueleto formado

principalmente por tecido ósseo. São pecilotérmicos.

Aquáticos e respiração por brânquias, que estão protegidas pelo opérculo

(placa articulada e flexível). Nos peixes dipnóicos, a membrana da bexiga natatória é

vascularizada e permite a realização de trocas gasosas entre o ar presente no interior

e o sangue. Esses "peixes pulmonados" podem resistir a longos períodos de seca,

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quando permanecem entocados em buracos no fundo lamacento dos rios. A

pirambóia, encontrada no Brasil, é um exemplo de peixe dipnóico.

A boca fica localizada anteriormente. Cecos pilóricos do estômago produzem

enzimas digestivas, melhorando a capacidade digestória. A nadadeira caudal é

homocerca ou dificerca.

A bexiga natatória é um órgão hidrostático (regula a densidade do peixe).Em

algumas espécies a bexiga natatória não está ligada ao tubo digestivo (peixes

fisoclistos). Quando a bexiga natatória está ligada ao tubo digestivo os peixes são do

tipo fisóstomos.

As escamas são de origem dérmica e dos tipos ciclóide e ctenóide.

A forma do corpo em geral é hidrodinâmica, contendo glândulas que secretam

muco na pele, facilitando a locomoção no meio aquático.

São dióicos e muitas vezes apresentam dimorfismo sexual. A reprodução é

sexuada e em geral com fecundação externa. Nas espécies de fecundação interna a

nadadeira caudal modificada atua como órgão de cópula. A maioria é ovípara. Há

porém, espécies vivíparas. Possuem apenas o anexo saco vitelino. A forma jovem

(larval) é o alevino. Muitos peixes de água doce realizam o fenômeno da piracema,

isto é, sobem os rios na época da reprodução (= anádromos).

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CLASSE AMPHIBIA

SUB-CLASSE LISAMPHIBIA

Os anfíbios (latim científico: Amphibia) constituem uma classe de animais

vertebrados, pecilotérmicos que não possuem bolsa amniótica agrupados na classe

Amphibia. A característica mais marcante dos seres vivos da classe é o seu ciclo de

vida dividido em duas fases: uma aquática e outra terrestre, apesar de haver

exceções.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

A análise de um ser da classe dos anfíbios exige a divisão de seu ciclo vital,

devido a diferenças morfofisiológicas entre a fase aquática e a terrestre (adulta).

Quando jovens, a maioria das espécies de anfíbios vivem exclusivamente em

ambiente aquático dulcícola, e sua estrutura corpórea é semelhante a de um alevino,

realizando respiração branquial. A fase jovem, também conhecida como larval, é

determinada do nascimento até a metamorfose do anfíbio, que lhe permitirá sair do

ambiente aquático e fazer parte do ambiente terrestre. As larvas possuem cauda e até

mesmo linha lateral como os peixes.[2]

Já adultos, a dependência da água dos anfíbios jovens é superada

parcialmente, e após a metamorfose, a maioria das espécies, pode deixar a água e

viver em habitat terrestre. Apesar de pulmonados, os representantes dessa classe

possuem uma superfície alveolar muito pequena, incapaz de suprir toda a demanda

gasosa do animal. Portanto, como complemento à respiração pulmonar, os anfíbios

realizam a respiração cutânea (trocas de gases através da pele), e para tanto

possuem a pele bastante vascularizada e sempre umedecida.

A circulação nos anfíbios é dita fechada (o sangue sempre permanece em

vasos), dupla (há o circuito corpóreo e o circuito pulmonar) e incompleta (já que há

mistura do sangue venoso e artérial no coração). O coração do anfíbio apresenta

apenas três cavidades: dois átrios, nos quais há chegada de sangue ao coração; e um

ventrículo, no qual o sangue é direcionado ao pulmão ou ao corpo do animal.

O seu sistema excretor apresenta rins mesonéfricos que são ligados por

ureteres à bexiga, que por sua vez está ligada à cloaca. Quando no estado larval o

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produto de sua excreção é a amônia, porém no estado adulto excretam uréia. Quanto

a locomoção, os membros da ordem Anura são, em sua maioria, saltadores, as

salamandras [Caudata] caminham e as cobras-cegas [Gymnophiona] arrastam-se por

contrações musculares. Na água são nadadores, sendo que quando na fase larval

utilizam a cauda e quando adultas, as rãs utilizam as patas, que possuem membranas

interdigitais. As pererecas apresentam discos adesivos nos dedos, equivocadamente

definidos como ventosas.

O sistema nervoso dos anfíbios tem como principal órgão o encéfalo.

Apresentam boa visão, com exceção das cobras-cegas, e tato em toda superfície

corporal. O seu sistema olfativo apresenta narinas e os órgãos de Jacobson, no teto

da cavidade nasal. Em sua língua se encontram botões gustativos.

Alguns anfíbios podem ser venenosos, sendo que alguns deles estão inclusive

entre os animais mais venenosos. Os sapos possuem uma glândula parotóide que

produz veneno, e muitas glândulas pequenas espalhadas por toda superfície do corpo,

produtoras de muco e veneno. Entretanto, este veneno da glândula paratóide é

eliminado apenas quando tal glândula é apertada. O manuseamento de anfíbios é

normalmente seguro, desde que o veneno não entre na circulação sanguínea através

de ferimentos ou mucosa. Deve-se por isso lavar as mãos depois do contato com os

animais.

ORDENS

ANURA

Possuem distribuição cosmopolita, desenvolvimento indireto, isto é, durante a

fase larval são girinos, com respiração braquial e apêndices locomotores ausentes, ao

longo do desenvolvimento apresentam as patas, onde as anteriores são muito

desenvolvidas, NÃO POSSUEM CAUDA NA FASE ADULTA E RESPIRAÇÃO

PULMONAR, fecundação externa.

Dispões de sacos vocais (machos), que auxiliam na chamada de fêmeas, para

realização do amplexo (abraço nupcial).

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Distinção:

Rã- sem glândulas paratóides (veneno), com glândulas mucosas, dependência

grande com a água e mebrana interdigital.

Sapo- com glândulas paratóides, glândulas granulosas ao longo do corpo,

menor dependência da água na fase adulta.

Perereca- possuem comportamento arborícola, apresentando discos adesivos

para facilitar tal desempenho.

CAUDATA

POSSUEM CAUDA DURANTE A FASE ADULTA, respiração pulmonar na fase

adulta, com uma exceção (tritão), que é branquial, fecundação interna (espermatóforo)

e patas do mesmo tamanho, distribuição holártica.

Gymnophiona

Cauda ausente ou reduzida, fecundação interna (falodelmo), hábitos fossoriais

: olhos vestigiais, apêndices locomotoreres ausentes, respiração branquial, distribuição

pantropical.

CLASSE REPTILIA

SUBCLASSE LEPiDOSAURIA

Os répteis (latim científico: Reptilia) constituem uma classe de animais

vertebrados tetrápodes e ectotérmicos, ou seja, não possuem temperatura corporal

constante. São todos amniotas (animais cujos embriões são rodeados por uma

membrana amniótica), esta característica permitiu que os répteis ficassem

independentes da água para reprodução.

A pele dos répteis é seca, sem glândulas mucosas, e revestida por escamas de

origem epidérmica ou por placas ósseas de origem dérmica, com isso, a pele dos

répteis apresenta grande resistência. Seu sistema respiratório é mais complexo se

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comparado com dos anfíbios. Nos répteis os sexos são distintos (macho e fêmea) e a

maior parte, geralmente é ovípara.

São ectotérmicos e necessitam do calor externo para regulação da temperatura

corporal, por isso habitam ambientes quentes e tropicais. Conseguem até um certo

ponto regular ativamente a temperatura corporal, que é altamente dependente da

temperatura ambiente. A maioria das espécies de répteis são carnívoras e ovíparas

(botam ovos). Algumas espécies são ovovivíparas, e algumas poucas espécies são

realmente vivíparas.

CARACTERÍSTICAS

Corpo coberto com pele seca queratinizada (não mucosa) geralmente com

escamas ou escudos e poucas glândulas superficiais;

Dois pares de extremidades (membros), cada uma tipicamente com cinco

dedos terminando em garras córneas e adaptadas para correr, rastejar ou trepar;

pernas semelhantes a remos nas tartarugas marinhas, reduzidas em alguns lagartos,

ausentes em alguns e em todas as cobras;

Esqueleto interno completamente ossificado; crânio com um côndilo occipital;

Coração imperfeitamente dividido em quatro câmaras: duas aurículas e um

ventrículo parcialmente dividido (ventrículos separados nos crocodilianos), o que lhes

confere realmente três câmaras; um par de arcos aórticos; glóbulos vermelhos

nucleados, biconvexos e ovais;

Respiração pulmonar; as tartarugas podem permanecer algumas horas

embaixo d'água, prendendo a respiração e, para isso, o organismo funciona

lentamente, o coração bate devagar, num fenômeno chamado bradicardia, e o

fornecimento de oxigênio é auxiliado por um tipo de respiração acessória, em que o

oxigênio dissolvido na água é absorvido pelas vias faríngica e cloacal;

Doze pares de nervos cranianos;

Temperatura corporal variável (pecilotermos), de acordo com o ambiente;

Fecundação interna, geralmente por órgãos copuladores; ovos grandes, com

grandes vitelos, em cascas córneas ou calcárias geralmente libertados, mas retidos

pela fêmea para o desenvolvimento em alguns lagartos e cobras; estas características

revelam uma adaptação evolutiva para a vida terrestre;

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Segmentação meroblástica; envoltórios embrionários (âmnio, cório, saco

vitelino e alantóide) presentes durante o desenvolvimento; filhotes quando eclodem

(nascem) assemelham-se aos adultos (sem metamorfoses).

Musculatura muito desenvolvida em Squamata (cobras e lagartos) e em

Crocodylia (jacarés e crocodilos), mas em Testudines (tartarugas, cágados e jabutis) a

musculatura é desenvolvida apenas no pescoço.

AMPHISBAENIA

A anfisbena ou anfisbênia é o nome genérico de répteis escamados

popularmente chamados, no Brasil, de cobra-cega ou cobra-de-duas-cabeças, por ter

a cauda arredondada, mais ou menos no mesmo formato da cabeça. O fato de ser

também conhecida por cobra-cega é devido a seus olhos, bem pequenos, ficarem

cobertos por uma pele, pouco visíveis ao observador.

OBS: PARA AMPHISBAENIA, SIGAM A CLASSIFICAÇÃO DADA POR SEUS

PROFESSORES, POIS OS PESQUISADORES TEM SUAS CONTRADIÇÕES

NESTES CASOS!

Características: escamas dispostas num plano circular, placas na cabela,

apêndices locomotores ausentes ou vestigiais e olhos vestigiais, são fossoriais.

ORDEM SQUAMATA

CARACTERÍSTICAS:

Vivem nos mais variados tipos de ambientes, como desertos, florestas,

campos, rios, regiões litorâneas, mares, manguezais, montanhas e áreas urbanizadas;

Hábitos alimentares: herbívoros, carnívoros, onívoros ou insetívoros;

De modo geral, têm crescimento determinado, com ossificação das cartilagens

epifisiais, cessando o crescimento, exceção dos Testudines e Crocodilia, os quais têm

crescimento indeterminado;

Crânio cinético diápsido;

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Possuem pálpebras móveis, exceto serpentes, as quais possuem olhos

permanentemente abertos, cobertos por placa transparente;

A maioria excreta ácido úrico;

Olhos possuem retinas com cones (visão colorida) e bastonetes (lagartixas

apresentam apenas bastonetes);

Machos possuem hemipênis: órgão copulatório pareado, derivados da parede

posterior da cloaca; possuem uma fenda, o sulco espermático, o qual transporta o

esperma; muitas vezes são ornamentados, o que os diferencia na taxonomia;

evertidos na cópula, apenas um é utilizado;

Sexo é determinado pela temperatura de incubação ou geneticamente

(cromossomo sexual), como ocorre com as serpentes, as quais têm apenas

determinação sexual genética;

Alguns são peçonhentos.

SUB-ORDEM LACERTÍLIA

Se diferenciam das serpentes (suas parentes próximas) devido à presença de

quatro patas, pálpebras nos olhos, e ouvidos externos.

FAMÍLIAS

TEIIDADE

Características: possuem placas no topo da cabeça, dispostas

simetricamente, possuem placas no abdome, devido seus hábitos terrestres,

patas curtas e musculosas, cauda curta e forte.

IGUANIDAE

Características: possuem placas no topo da cabeça, dispostas num plano

assimétrico, patas longas, hábitos arborícolas, possuem olho pneal no topo da

cabeça, cauda geralmente longa, o dedos longos.

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GEKKONIDAE

Características: possuem escamas ao longo do corpo, pálpebras

ausentes, língua carnosa, almofadas ou lamelas adesivas e autotomia (livram-se

da cauda em sinal e perigo, devido seu ato poder regenerativo, devido suas

células totipontes).

SCINCIDAE

CARACTERÍSTICAS: escamas do dorso iguais as do ventre, possuem 1

pár de placas entre a mediana e a rostral ímpar. Ex: lagartos de vidro.

ANGUIDAE

CARACTERÍSTICAS: escamas do dorso iguais as do ventre, possuem 2

pares de placas entre a mediana e a rostral ímpar. EX: cobras de vidro.

SUB-ORDEM OPHIDEA

São as serpentes verdadeiras, não possuem apêndices locomotores nem

pálpebras, a maior parte deste animais não é peçonhento!

FAMÍLIAS:

BOIDAE

Características: áglifas, escamas no topo da cabeça, sem fosseta loreal

(termoreceptor), muitas com grandes tamanhos, matam por constricção. Ex:

jibóias e sucuris.

COLUBRIDAE

Características: placas no topo da cabeça, olhos grandes, diversas cores

e formas, podem possuir presas inoculadoras, mas ficam no final da boca

(opistóglifas) ou são áglifas (sem peçonha). Ex: falsa coral, boipeva, limpa

campo.

ELAPIDAE

Características: pescoço ausente, olhos pequenos, cauda curta e

rombuda, anéis ao longo do corpo, num padrão exato de repetição e

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concentricidade, são proteróglifas (presas inoculadoras não são retráteis,

gênero Micrurus.

VIPERIDAE

Características: escamas no topo da cabeça, com fosseta loreal,

solenóglifas (presas inoculadoras retráteis).

Gêneros:

Bothrops: Canto rostral nítido, possuem a cabeça com superfície

formando ângulo de 180º, cabeça achatada.

Lachesis: Cabeça arredondada e escamas tuberculadas ou verrugadas,

ponta da cauda eriçada.

Crotalus: com chocalho na ponta da cauda.