apostila__quantitativa

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Profª Drª Glaucia Maria F. Pinto 1 Química Analítica Quantitativa PROFª. Drª. GLAUCIA MARIA F. PINTO 2005

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    Qumica Analtica Quantitativa

    PROF. Dr. GLAUCIA MARIA F. PINTO

    2005

  • .

    Qumica Analtica Quantitativa

    PROF. Dr. GLAUCIA MARIA F. PINTO

    .......

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    Qumica Analtica Quantitativa

    PROF. Dr. GLAUCIA MARIA F. PINTO

    2005

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    ndice

    1- Introduo ----------------------------------------------------------------pag. 32- Amostragem ---------------------------------------------------------------pag. 83- Tratamento de dados ----------------------------------------------------pag. 234- Qualidade em qumica analtica (validao de mtodos) ------ pag. 54 5- Gravimetria -----------------------------------------------------------------pag. 906- Volumetria ------------------------------------------------------------------pag. 1237- Volumetria cido-base ---------------------------------------------------pag. 144 8- Volumetria de precipitao ---------------------------------------------pag. 201 9- Volumetria de complexao --------------------------------------------pag. 23010- Volumetria de xido-reduo -----------------------------------------pag. 267

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    QUMICA ANALTICA

    Qumica Analtica

    Qualitativa (Qual?)

    Quantitativa (Quanto?)

    Qumica Analtica Quantitativa

    Clssica

    Instrumental

    Qumica Analtica Quantitativa

    Clssica

    Gravimetria

    Volumetria

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    QUMICA ANALTICA

    Qumica analtica quantitativa clssica: tem um desenvolvimento antigo (primeiras buretas no ano de 1806) mas so largamente utilizados at hoje devido a suas vantagens:

    Rapidez, baixo custo, exatido, possibilidade de automao, bom desempenho e facilidade de operao.

    Quem o qumico analtico?

    Um verdadeiro analista apresenta muitas caractersticas. Ele conhece os mtodos e os instrumentos; ele entende os princpios da anlise, a ponto de modificar o mtodo para resolver um problema particular, se necessrio; freqentemente ele um pesquisador que estuda a teoria dos processos analticos e ou desenvolve completamente novos mtodos de anlise. Ele est longe de ser um tcnico que aperta botes e segue um livro de receitas.

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    QUMICA ANALTICA

    Onde a qumica analtica utilizada?

    Relaciona composio qumica com propriedades fsicas (eficincia de catalisador, combustvel pode depender da composio qumica); controle de processos (qualidade de matrias primas, processos industriais, pureza final); determinao de quantidade de constituinte (protena e gordura em alimentos); diagnstico e pesquisa.

    Quais os tipos de mtodos?So baseados em reaes qumicas ou em medidas de certas propriedades qumicas e fsicas.Titulaes: reaes qumicas, geralmente com mudanas fsicas (mudanas de cor, precipitao)Instrumentais: geralmente propriedades fsicas (espectros)

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    QUMICA ANALTICAAMOSTRAGEMPrimeiro passo para obter bons resultados: garantir uma boa

    amostra Amostra representativa: pequena poro da populao que

    mantm as caractersticas da populaoMaterial homogneos: uniforme

    => geralmente lquidos e gasesMaterial heterogneos: no uniforme

    => geralmente slidosAmostras lquidas solues. No faz diferena o local da amostragem (homognea) Exemplo heterogneo: amostragem de lago para determinao de DBO.

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    QUMICA ANALTICAAMOSTRAGEM

    Amostras slidas

    quanto maiores as partculas maior heterogeneidade Antes de amostras seria conveniente diminuir o tamanho das partculas e misturar.

    Ex: Determinao da composio do solo de um campo de futebol.

    Discusso: Qual o tamanho da amostra? Quantas amostras? Quantas determinaes? Qual variabilidade aceitvel?

    Uma alternativa fazer quarteamento. Diminui a massa de amostra sistematicamente. Sedimentao ainda problema

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    AMOSTRAGEM

    Amostragem Probabilstica ou Aleatria Amostragem No Probabilstica

    POPULAO Amostra

    Amostragem

    Generalizao

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    Quando usar Amostragem?

    Economia

    Rapidez de processamento

    Confiabilidade

    Testes destrutivos

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    Quando NO usar Amostragem?

    Populao pequena

    Caracterstica de fcil mensurao

    Necessidades polticas

    Necessidade de alta preciso

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    Condies para uso

    Possibilidade de listarelementos da populao

    Amostra selecionada porsorteio NO VICIADO!

    Todos na populao tm chance de pertencer amostra

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    Sorteio no viciado

    Amostragem aleatria simples

    Amostra

    Populao homogneaem relao varivel

    de interesse!

    Existe listagem!

    Nmeros aleatrios ou pseudo-aleatrios

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    1...k ...N

    k k k

    1 n

    Populao

    Amostra

    Aumentar n para deixar k inteiro.Descartar elementos da populao por sorteio.

    Amostragem sistemtica

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    Amostragem Estratificada Uniforme

    Sorteio

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    Amostragem Estratificada Proporcional

    Sorteio

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    Observar todos oselementos dosconglomeradossorteados.

    Sortear algunselementos dosconglomeradossorteados.

    Sorteiode

    conglomerados

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    Tamanho da amostra X Tamanho da Populao

    Tamanhos mnimos de amostra: erro amostral de 3%

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    0 5000 10000 15000 20000 25000

    Tamanho da populao

    Tam

    anho

    da

    amos

    tra

    Para N = 200000n = 1105.Cerca de 0,55% dapopulao.

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    Fontes de erro em levantamentos por amostragem

    Populao acessvel diferente da populao alvo.

    Falta de resposta: dados perdidos, dados censurados,

    substituio.

    Erros de mensurao: problemas com o instrumento de

    pesquisa; insero de mecanismos de controle.

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    QUMICA ANALTICAESTOCAGEM

    Se entre a amostragem e a anlise houver uma diferena de tempo necessrio estudar as condies corretas de estocagem

    Podem ocorrer alteraes nas caractersticas e composio original da amostra.

    Perdas e contaminaes

    Podem ocorrer: lixiviao, degradao, adsoro, absoro, reaes qumicas, etc.

    Amostras lquidas so mais sensveis do que amostras slidas

    Exemplo: estocagem em vidro => contaminantes metlicos podem lixiviar do vidro para o lquido estocado e causando contaminao do mesmo

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    QUMICA ANALTICA

    ESTOCAGEM

    importante escolher adequadamente:

    o material do frasco de amostragem e estocagem

    a temperatura de estocagem (temperaturas de 4C diminuem os riscos de perdas na estocagem se comparado com temperatura ambiente)

    verificar o tempo possvel para a estocagem

    estudar a adio de preservativos*

    * Preservativos so substncias adicionadas s amostras com a funo de preservar a sua integridade (composio e concentrao). Exemplo de preservativos: cidos

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    QUMICA ANALTICAPR-TRATAMENTO

    Muitas vezes o nico tratamento que a amostra precisa de diluio (para atingir a concentrao de anlise adequada)

    Porm, algumas vezes a amostra precisa ser tratada ou transformada antes da anlise

    Tratamentos adequados:

    eliminao de umidade => secagem em estufa. Utilizao de temperatura as vezes desaconselhvel

    Abertura da amostra slida => adio de cidos e aquecimento

    Eliminao de interferentes => algumas substncias podem ser adicionadas para eliminar interferncias

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    QUMICA ANALTICAPR-TRATAMENTO

    Tratamentos adequados (cont.):DissoluoHomogeneizaoReduo das partculas => triturarEliminao de partculas => filtraoPr-concentrao => diminuio de volumeTroca de solventesExtrao da matriz => cartuchos, ultra-somSeparao

    Exemplos: sangue, gua de rio, liga metlica, leite, solo

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    TRATAMENTO DE DADOS

    Toda medida apresenta um certo grau de incerteza => resultado apresenta uma incerteza

    Incerteza aceitvel ou no?

    Depende do objetivo e das condies

    Tratamento estatstico dos dados permite avaliar se os nmeros expressos como resultados so adequados e qual a confiabilidade e aplicabilidade deles

    O tratamento dos dados estabelece: algarismos significativos do resultado; os erros, o limite de confiana, a preciso, a exatido, os desvios, a rejeio ou aceitabilidade dos resultados e a confiabilidade do mtodo.

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    TRATAMENTO DE DADOS

    Quantos dgitos numricos so necessrios para expressar um resultado de modo que somente o ltimo seja duvidoso?

    Algarismos significativos no quer dizer decimais

    Exemplos:

    15,1321g = 15132,1 mg (6 algarismos significativos)

    1516; 151,6; 1,516; 0,1516 => 4 algarismos significativos

    2g obtida em balana com 0,1g de preciso => correto 2,0g ou 2,0x103 mg

    ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

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    TRATAMENTO DE DADOS

    Operaes matemticas:Adio e subtrao: mesmo n de casas decimais que o menor.

    Exemplo: 2,2g + 0,1145g= 2,3gMultiplicao e diviso: mesmo n de algarismos significativos que

    o menor Exemplo: 25,00 x 0,10000 = 2,500

    Incerteza relativa as vezes muda a regra geralExemplo: (24,95 x 0,1000) / 25,05 =0,09960 (pela regra), mas

    incerteza est na 4 casa ento correto 0,0996Nmeros exatos no contam.

    Exemplo: 6 bolas x 3,375g= 20,25g

    ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

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    TRATAMENTO DE DADOS

    Se X1, X2,, X3 ...XN uma srie finita de N medidas, mdia destas medidas dada por:

    = mdia da amostra

    = mdia da populaoDesvio (erro aparente)= diferena entre valor verdadeiro e mdia

    DESVIOS E MDIA

    ==

    =Ni

    ixiNx 1

    1

    x - x id i =

    x

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    TRATAMENTO DE DADOS

    Desvio padro ()= desvio cujo quadrado igual mdia dos quadrados dos desvios:

    Na prtica N so pequenos e calcula-se a estimativa do desvio padro (s):

    Estimativa de desvio padro relativo ou coeficiente de variao (adimensional):

    DESVIOS

    ( )N

    xi = 2

    ( )1

    2

    =

    N

    xs xi

    100 . xsCV =

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    Toda vez que realizamos uma medida existe um erro, que pode ser calculado de duas formas:

    Erro absoluto => E= X E= X -- XXvv

    Erro relativo => EErr=(E =(E / X/ Xvv). 100). 100

    Tipos de erros:

    Determinados: apresenta um valor definido, pode ser medido e computado

    Indeterminados: no possuem valor definido, no podem ser medidos

    TRATAMENTO DE DADOSERROS

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 29

    Podem ser:

    De mtodo: associados a uma escolha incorreta do mtodo de anlise. Ex: uso de indicador incorreto na titulao; solvente que solubiliza o precipitado (gravimetria)

    Operacionais: relacionado a capacidade tcnica ou impercia do analista. Ex: no remover completamente o precipitado; deixar bquer aberto, filtrao incorreta, no secar direito o slido

    TRATAMENTO DE DADOS

    ERROS DETERMINADOS

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 30

    Podem ser:

    Pessoais: associados a uma inaptido ou limitao pessoal. Ex: daltonismo, que dificulta a visualizao da viragem do indicador; pr-julgamento; pr-conceito.

    Instrumentais ou de reagentes: relacionados aos materiais e equipamentos utilizados na anlise. Ex: equipamento calibrado inadequadamente; impurezas de reagentes

    TRATAMENTO DE DADOS

    ERROS DETERMINADOS

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    Erros indeterminados: no podem ser localizados e corrigidos. So pequenas alteraes aleatrias que podem ser tratadas estatisticamente (preciso e valor mais provvel). Seguem a Lei de Distribuio Normal (distribuio Gaussiana).

    Lei de distribuio normal: os resultados podem assumir valores de - a + com probabilidade de acordo com a equao:

    Y= probabilidade de ocorrncia de um dado valor Xi da varivel X= mdia da populao, = desvio padro2= varincia

    TRATAMENTO DE DADOSERROS INDETERMINADOS

    ( )

    = 2

    2

    21exp

    21

    ixY

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 32

    Distribuio gaussiana

    Consideraes:O valor mais provvel a mdia aritmticaDesvios positivos e negativos so igualmente provveisDesvios pequenos so mais provveis que desvios grandes

    TRATAMENTO DE DADOSERROS INDETERMINADOS

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    Distribuio gaussiana:

    Na ausncia de erros determinados e para n infinitos de medidas, a mdia da populao () coincide com o valor verdadeiro (Xv)

    Na presena de erro determinado a curva encontra-se deslocada, afastando a mdia do valor verdadeiro

    Tabela com valores de z e probabilidade de desvio maior que z

    z= desvio em unidades:

    TRATAMENTO DE DADOSERROS INDETERMINADOS

    = ixz

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 34

    Exemplos:

    - integrao da curva -1 e +1 (z=1) equivale a probabilidade de 68% (32% fica fora)

    - integrao da curva -2 e +2 (z=2) equivale a probabilidade de 95% (5% fica fora)

    - integrao da curva -3 e +3 (z=3) equivale a probabilidade de 99,7% (0,3% fica fora)

    TRATAMENTO DE DADOS

    ERROS INDETERMINADOS

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 35

    O meu resultado tem uma incerteza. Mas dentro de quais limiteso meu resultado se encontra?

    Em qumica analtica analisamos duplicatas ou triplicatas => valores de e s estimam e

    porm no conhecido, s s, ento z no pode ser usado, mas sim t (t de Student, tabelado)

    -Devo estabelecer o grau de confiana ou probabilidade (geralmente 95%)

    Nstx =

    TRATAMENTO DE DADOSINTERVALO E LIMITES DE CONFIANA

    x

    Nzx =

    Intervalo de confiana

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 36

    Exemplo: Um analista realizou 4 determinaes de ferro, cuja mdia foi 31,40%, com uma estimativa de desvio padro de 0,11%. Qual o intervalo em que deve estar a mdia da populao, com um grau de confiana de 95%?

    = mdia da amostra= 31,40%s= estimativa de desvio padro= 0,11%N= 4Grau de confiana= 95%t= t Student (tabelado= 3,18)

    =

    = (31,400,17)%, limites: 31,23% e 31,57%

    TRATAMENTO DE DADOSINTERVALO E LIMITES DE CONFIANA

    x

    Nstx =

    411,018,340,31

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    PRECISO: a concordncia das medidas entre si e mede a disperso entre os resultados ( maior disperso menor preciso).Pode ser expressa numericamente pelo desvio mdio, desvio padro ou desvio padro relativo, avaliando a reprodutibilidade e/ou repetitividade

    EXATIDO: est relacionada com o erro absoluto, isto , com a proximidade do valor medido em relao ao valor verdadeiro da grandeza. Mede a veracidade da medida.

    Exatido e preciso no implicam uns nos outros

    TRATAMENTO DE DADOS

    PRECISO E EXATIDO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 38

    usado para comparar conjunto de dados, atravs da razo de varincia de dois conjuntos e verifica se existe diferena estatstica significativa entre os dados.

    sy2 Fcrit ento existe diferena estatstica significativa entre os dois conjuntos de dados (no nvel de confiana).

    TRATAMENTO DE DADOSTESTE F

    ssF

    y

    x2

    2=

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 39

    Exemplo: Um analista novo realizou 6 determinaes e obteve com mdia 35,25%, com s= 0,34%. Os resultados do analista mais experiente eram de 35,35% (mdia), com N=5 e s= 0,25%. Compare os resultados, com 95% de confiana.

    = 1,85

    F crtico= 6,26 (tabela, nvel de confiana de 95%, graus de liberdade do denominador 4 e numerador 5

    como Fcal < Fcrit no existe diferena entre os dados

    TRATAMENTO DE DADOSTESTE F

    2

    2

    25,0

    34,0=F

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 40

    utilizado para avaliar se alguns resultados devem ser eliminados do conjunto (critrios estatsticos de rejeio).

    Procedimento:1- colocar resultados em ordem crescente2- Determinar diferena entre o maior e menor resultado3- Determinar as diferenas entre o menor resultado e o mais prximo (mdulo)4- Dividir a diferena obtida em 3 pela faixa (obtida em 2)5- Se Q > Qtab o menor valor rejeitado6- Se o menor valor for rejeitado, a faixa deve ser recalculada e o teste re-feito7- Se o menor valor for aceito, testar o maior valor

    TRATAMENTO DE DADOSTESTE Q

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 41

    Exemplo:

    A determinao de %Cu forneceu os seguintes resultados: 15,42%; 15,51%; 15,52%; 15,53%; 15,68%; 15,52%; 15,56%; 15,53%; 15,54% e 15,56%. Determine se todos os resultados devem ser considerados.

    1- ordenar os resultados: 15,42; 15,51; 15,52; 15,52; 15,53; 15,53; 15,54; 15,56; 15,56; 15,682- menor valor= 15,42%3- Faixa 15,68-15,42= 0,264- Diferena entre menor e mais prximo: |15,42-15,51| 5- Q= |15,42-15,51| / 15,68-15,42= 0,09 / 0,26= 0,35

    TRATAMENTO DE DADOSTESTE Q

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 42

    Exemplo (cont):

    6- Qtab= 0,412, com 90% de confiana, N=10

    7- Q < Qtab, ento menor valor (15,42) aceito

    8- Testar maior valor

    9- Estabelecer nova faixa

    10- Testar menor valor de novo

    11- Continuar at menor e maior valores serem aceitos

    TRATAMENTO DE DADOS

    TESTE Q

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 43

    TRATAMENTO DE DADOS

    PROPAGAO DE ERROS

    O resultado de uma anlise calculada a partir dos valores de outras grandezas medidas (cada uma apresenta o seu erro).

    Definies:

    A, B => so quantidades a partir das quais R obtido

    ER, EA, EB => erros determinados absolutos

    ER/R, EA/A, EB/B => erros determinados relativos

    sR, sA, sB => estimativas dos desvios padres

    sR /R, sA /A, sB /B => estimativas dos desvios padro relativos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 44

    TRATAMENTO DE DADOSPROPAGAO DE ERROS

    Quando o resultado (R) obtido por soma ou subtrao:

    - Clculo para R:

    R= A+B-C

    -Clculo para erros determinados

    ER= EA+EB-EC (soma ou subtrao dos erros absolutos)

    - Clculo para erros indeterminados:

    2C

    2B

    2AR ssss ++=

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    TRATAMENTO DE DADOSPROPAGAO DE ERROSQuando o resultado (R) obtido por diviso e multiplicao

    - Clculo para R:R= A.B / C

    -Clculo para erros determinadosER/R = EA/A + EB/B - EC/C (soma ou subtrao dos erros relativos)

    - Clculo para erros indeterminados:

    2C

    2B

    2AR

    Cs

    Bs

    Ass

    +

    +

    =

    R

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 46

    TRATAMENTO DE DADOS

    PROPAGAO DE ERROS

    Exemplo: Na determinao gravimtrica de ferro empregou-se uma pipeta afetada por +1%. O Fe2O3 precipitado retm 2% de gua. Calcular o erro na concentrao de ferro.

    Cfe (g.L-1)= mFe2O3/V erros determinados, portanto: ER/R = EA/A - EB/BEA/A= 2% (erro na massa) EB/B= 1% (erro no volume) ER/R= 2-1= 1%

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 47

    TRATAMENTO DE DADOS

    GRFICOS DE CONTROLE

    Os grficos de controle so feitos para avaliar medidas e verificar se as mesmas se encontram dentro de limites adequados

    Este grfico apresenta 2 linhas limites, limites de controle superior e inferior, e uma linha central que a mdia dos resultados

    O desvio padro (s estimando ) deve ser conhecido e utilizado para calcular os limites de controle

    Deve-se distribuir os resultados no grfico e observar. Se houver uma tendncia na disposio dos pontos, podem estar ocorrendo erros determinados, se os pontos forem distribudos aleatoriamente ao redor da linha mdia no devem haver erros determinados

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 48

    TRATAMENTO DE DADOS

    GRFICOS DE CONTROLEExemplo:

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 49

    TRATAMENTO DE DADOSTAMANHO DA AMOSTRA

    Quanto mais amostras testamos mais prximos os resultados da mdia estaro da (ou valor real, sem erros determinados).

    Quando se deseja obter resultados dentro de certos limites e com um desvio padro (preciso) estabelecida, pode-se calcular quantas amostras devero ser analisadas.

    Existem algumas formas de fazer este clculo, a mais comum :

    onde

    = erro

    2

    22

    stn =

    = x

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    Valores de z

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    Valores de t

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 52

    Valores de Fcrit

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 53

    Valores de Qtab

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 54

    VALIDAO O que ?

    No que consiste?

    Quando deve ser feita?

    Por que deve ser feita?

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 55

    Mas por que validar?

    Laboratrios analticos geram milhares de resultados, mas como confiar nos nmeros?

    Mtodos utilizados devem ter parmetros estabelecidos que garantam a sua confiabilidade.

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 56

    DefiniDefinioo

    Validar um mtodo significa estabelecer qual o nvel de desvios (qual a ordem de grandeza dos erros) que

    ele pode gerar nos resultados e conhecer os parmetros e as alteraes dos parmetros que podem modificar os resultados obtidos. Enfim,

    significa dar garantias de que os resultados gerados pelo mtodo cumprem o propsito para o qual se

    destinam e so aceitveis dentro de certos limites e se mantidas certas condies conhecidas.

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 57

    Portanto, a validao de um mtodo analtico est relacionada: Com a identificao de fontes potenciais de

    erros Com a quantificao dos erros potenciais no

    mtodo

    DefiniDefinioo

    Uma validao do mtodo descreve, em termos matemticos e quantitativos, as caractersticas de performance do mtodo.

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 58

    Validao de mtodo otimizao qualificao.

    Um mtodo validado no necessariamente um mtodo compacto.

    Repetir uma determinao vrias vezes no constitui uma validao.

    Enganos ComunsEnganos Comuns

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 59

    Revalidao

    Implementao

    Validao

    Pre-validao

    Otimizao

    Desenvolvimento

    EtapasEtapas

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 60

    Validao de Mtodo

    Exatido

    Preciso

    Linearidade/faixa

    Limite de deteco

    Limite de quantificao

    Especificidade

    Robustez/Rigidez

    Adequao do sistema

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 61

    ValidaValidao de Mo de Mtodos Analtodos Analticosticos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 62

    Definio dos

    Parmetros de Validao

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 63

    A concordncia entre um resultado e o valor de referncia aceito (valor real ou terico), tambm conhecida como acurcia.

    Ela geralmente requer a disponibilidade de um padro de excelncia ou um padro de referncia ou mtodos oficiais com os quais os resultados podem ser comparados.

    ExatidoExatido

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 64

    Determinao: Aps estabelecimento de linearidade e

    especificidade Exatido= (valor obtido/valor real) x

    100 Aceitao: 95-105% Triplicata no valor baixo da faixa,

    triplicata no mdio e triplicata no alto => total de 9 determinaes.

    ExatidoExatido

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 65

    Concordncia entre os resultados de testes individuais, obtidos sob condies estipuladas.

    Repetitividade: preciso obtida sob condies repetitivas => resultados de testes independentes so obtidos com o mesmo mtodo, com itens idnticos de teste, usando mesmo lab, operador, equipamento e em um intervalo de tempo pequeno.

    PrecisoPreciso

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 66

    A repetitividade do mtodo verificada por, no mnimo, 9 (nove) determinaes, contemplando o intervalo linear do mtodo, ou seja, 3 (trs) concentraes, baixa, mdia e alta, com 3 (trs) rplicas cada ou mni-mo de 6 determinaes a 100% da concentrao do teste.

    PrecisoPreciso

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 67

    Repetitividade ou Preciso intra-dia ou intra-corrida: resultados obtidos no mesmo dia, com diferentes corridas, geralmente mesmo analista e equipamento; Preciso intermediria ou inter-dia ou inter-corrida: comparao entre os resultados obtidos no mesmo laboratrio, em dias diferentes, diferentes analistas, pode haver variao de equipamento;

    PrecisoPreciso

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 68

    Para a determinao da preciso intermediria recomenda-se um mnimo de 2 dias diferentes com

    analistas diferentes.

    PrecisoPreciso

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 69

    Avaliao atravs do coeficiente de variao (CV) ou RSD (relative standard deviation), sendo:

    C.V. = RSD = (s/ xm) 100 Onde s= estimativa de desvio padro

    s = {(xi - xm)2/N-1}1/2Xm= valor mdio

    PrecisoPreciso

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 70

    Reprodutibilidade (preciso inter-laboratorial): preciso sob condies reprodutveis => os resultados de testes individuais so obtidos com mesmo mtodo, com itens de teste idnticos, usando diferente lab, operador e equipamento.

    PrecisoPreciso

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 71

    O valor mximo aceitvel deve ser definido de acordo com a metodologia empregada, a concentrao do analitona amostra, o tipo de matriz e a finalidade do mtodo.

    PrecisoPreciso

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 72

    Estabelecimento do intervalo no qual o mtodo fornece resultados matematicamente proporcionais a concentrao do analito. Curva analtica: representao grfica do relacionamento matemtico entre concentrao e resposta.

    Linearidade/FaixaLinearidade/Faixa

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 73

    y= a+bxa= coeficiente linearb= coeficiente angularr= coeficiente de correlao

    Linearidade/FaixaLinearidade/Faixa

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 74

    a = interseco da reta no eixo y (teoricamente conc.= zero, y= zero) => indica erro.

    b = inclinao => indicativa de sensibilidade.

    r = indica qualidade da regresso, r>0,99.

    Programa matemtico: Origin (sugesto).

    Linearidade/FaixaLinearidade/Faixa

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 75

    O intervalo especificado a faixa entre os limites de quantificao superior e inferior de um mtodo analtico. Normalmente derivado do estudo de linearidade e depende da aplicao pretendida do mtodo. estabelecido pela confirmao de que o mtodo apresenta exatido, preciso e linearidade adequados quando aplicados a amostras contendo quantidades de substncias dentro do intervalo especificado. No mnimo 5 pontos, triplicata em cada ponto.

    Linearidade/FaixaLinearidade/Faixa

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 76

    Limite de deteco a menor quantidade do analito presente em uma amostra que pode ser detectado, porm no necessariamente quantificado, sob as condies experimentais estabelecidas.

    Limite de DetecLimite de Detecoo

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 77

    O limite de deteco estabelecido por meio da anlise de solues de concentraes conhecidas e decrescentes do analito, at o menor nvel detectvel;

    Limite de DetecLimite de Detecoo

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 78

    No caso de mtodos no instrumentais (CCD, titulao, comparao de cor), esta determinao pode ser feita visualmente, onde o limite de deteco o menor valor de concentrao capaz de produzir o efeito esperado (mudana de cor, turvao, etc).

    Limite de DetecLimite de Detecoo

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 79

    Determinao: Trs vezes o rudo da linha de base LD= 3 sa/ b,

    Opes para sa: sa= desvio do coeficiente linear obtido pelas trs curvas, ou desvio do branco b= inclinao da curva (coeficiente angular)

    Limite de DetecLimite de Detecoo

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 80

    a menor quantidade do analito em uma amostra que pode ser determinada com preciso e exatido aceitveis sob as condies experimentais estabelecidas.

    Limite de QuantificaLimite de Quantificaoo

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 81

    O limite de quantificao estabelecido por meio da anlise de solues contendo concentraes decrescentes do analito ato menor nvel determinvel com preciso e exatido aceitveis.

    Limite de QuantificaLimite de Quantificaoo

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 82

    Determinao: sinal deve ser 10 vezes o rudo

    LQ= 10 sa/ b

    sa= desvio do coeficiente linear obtido pelas trs curvas, ou desvio do branco

    b= inclinao da curva (coeficiente angular)

    Limite de QuantificaLimite de Quantificaoo

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 83

    a capacidade que o mtodo possui de medir exatamente um composto em presena de outros componentes tais como impurezas, pro-dutos de degradao e componentes da matriz.

    Especificidade/Seletividade Especificidade/Seletividade

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 84

    a medida da capacidade do mtodo em resistir a pequenas e deliberadas variaes dos parmetros analticos. Indica sua confiana durante o uso normal.

    Durante o desenvolvimento da metodologia, deve-se considerar a avaliao da robustez. Constatando-se a susceptibilidade do mtodo variaes nas condies analticas, estas devero ser controladas e precaues devem ser includas no procedimento.

    Robustez Robustez

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 85

    Robustez => Robustness Rigidez => Ruggedness

    Robustez X Rigidez Robustez X Rigidez

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 86

    Rigidez => variaes nas condies otimizadas, variabilidades do analista, variabilidades instrumentais, variveis da matriz, organizao dos experimentos.

    Robustez X Rigidez Robustez X Rigidez

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 87

    Robustez => Influncias operacionais e variaes ambientais afetando o mtodo analtico; medida da reprodutibilidade do resultado do teste em condies normais, condies operacionais de um laboratrio para outro e de um analista para outro.

    Robustez X Rigidez Robustez X Rigidez

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 88

    Importante determinar => estrelacionado com o tempo disponvel para realizar as anlises das amostras.

    Estabilidade do analito no solvente de anlise (diluente ou fase mvel).

    Estabilidade do analito na matriz.

    Estabilidade da SoluEstabilidade da Soluo o

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 89

    Documentao: relatrios, protocolos Anlise estatstica

    ValidaValidao de Mo de Mtodostodos

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 90

    GRAVIMETRIA

    Tcnica analtica mais antigaMuitas vantagens:

    RpidaExataSeletivaPoucos materiais para execuoPode ser utilizada para validar mtodos

    Permite a determinao atravs de uma medida de massa

    Gravimetria:De precipitaoEletrogravimetriaParticuladaDe Volatilizao

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 91

    GRAVIMETRIA

    Eletrogravimetria: envolve clula eletroqumica e elemento presente na soluo na forma de ons depositado em eletrodo na forma de metal. Massa pode ser medida, elemento pode ser quantificado.

    Gravimetria de volatilizao: pode envolver energia trmica ou qumica que quando aplicadas amostra fazem com que ela perca massa, atravs de uma alterao de composio. Por exemplo: perda de gua e de gs carbnico. A diferena de massa determinada. (termogravimetria)

    Gravimetria particulada: geralmente aplicvel a slidos suspensos. A amostra filtrada ou ocorre uma extrao da matriz e a massa de slido obtida, permitindo a quantificao.

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 92

    GRAVIMETRIA

    Gravimetria de precipitao ( a mais utilizada): elemento presente na soluo, na forma de ons, reage com reagente precipitante formando um slido que separado da soluo, seco ou calcinado e pesado. Massa do slido obtido proporcional ao elemento de interesse.

    Requisitos de utilizao, precipitado deve ter:baixa solubilidadealta purezacomposio conhecida (estequiometria de reao)facilidade de separaoprecipitao completa

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 93

    Produto de solubilidade: governa a formao de slidos em soluo contendo ons.

    Quando uma substncia tem solubilidade limitada e ela excedida, os ons da poro dissolvida existem em equilbrio com o material slido (precipitado). Compostos insolveis.

    Exemplo: AgCl ' Ag+ + Cl-a constante envolvida no equilbrio de solubilidade o

    produto de solubilidade, obtido pelo produto inico:Kps= [Ag+ ].[Cl-]= s.s=s2

    Exemplo: Ag2CrO4 ' 2Ag+ + CrO42-Kps= [Ag+]2.[CrO42-]= (2s)2.s = 4s3

    s= solubilidade

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 94

    Precipitao s ocorre quando Kps excedido: [Ag+ ].[Cl-] > kps, se o produto inico igual ao kps os ons permanecem em soluo

    Efeito do on comum diminui a solubilidade. Por exemplo, adio de Cl- no equilbrio de formao de AgCl. Porm, excesso no pode ser muito grande pois outras espcies solveis podem ser formadas (como cloro complexos solveis: AgCl2-, AgCl3-.

    Kps depende da temperatura, do solvente e as vezes o equilbrio influenciado pelo pH do meio.

    Exemplo: PbI2 ' Pb2+ + 2I-s s 2s

    Kps= [Pb2+].[I-]2= 7,1x10-9 => s.(2s)2= 4s3 => s= 1,2x10-3M

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 95

    Etapas da anlise gravimtrica por precipitao:1) Preparao da soluo2) Precipitao3) Digesto4) Filtrao5) Lavagem6) Secagem ou calcinao7) Pesagem8) Clculos

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 96

    Preparao da soluo: etapa necessria para ajustar as condies apropriadas para determinar o analito. Pode significar separar interferentes, ajustes para diminuir a solubilidades do precipitado, forma do slido para filtrao. Condies a serem ajustadas: volume de soluo, concentrao, presena e concentrao de outros constituintes, temperatura e pH. Exemplo: oxalato de clcio insolvel em meio bsico, mas diminuindo o pH o oxalato se liga a H+, formando 8-hidroxiquinolina, que precipita com diferentes compostos.

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 97

    Precipitao: a precipitao deve acontecer de maneira controlada, e o precipitado formado deve ser suficientemente insolvel, formar cristais grandes, deve ser lavvel e sem impurezas.

    Formao do precipitado: ocorre em duas etapas1 Passo: formao de partculas finas (ncleo) => processo

    de nucleao2 Passo: Crescimento dos cristais

    Tipos de precipitados;cristalino (partculas de 0,1-1,0 ). Ex: sulfato de briocoagulado. Ex: cloreto de pratagelatinoso (partculas de 0,02 ou menos). Ex: xido de ferro

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 98

    Precipitao

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Esquema: temos a formao de soluo supersaturada, em temperatura constante, e foramos a precipitao do excesso do soluto at atingir o estado de equilbrio (soluo saturada).

    Os ncleos no so estveis e crescem at atingirem o tamanho das partculas coloidais e ento, ou param (caso de AgCl e Fe(OH)3) ou crescem at formarem cristais grandes (caso do BaSO4).

    A nucleao pode ser espontnea ou forada. Forada: raspar as paredes do frasco, colocar gros de cristais (no em quantitativa), etc.

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 99

    Diagrama de formao de precipitado

    ons em soluo supersaturada (dimetro 0,0001-0,001 m)

    Ncleos no filtrveis

    Partculas coloidis no filtrveis em filtros comuns (0,001-0,1 m)

    Cristais pequenos, filtrveis (0,1-10 m)

    Cristais grandes filtrveis (>10 m)

    Agregados cristalinos

    Agregados coloidais

    Colide estabilizado

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 100

    Von Weimarn descobriu que o tamanho das partculas inversamente proporcional a supersaturao relativa da soluo durante o processo de precipitao:

    Supersaturao relativa=

    Grau de disperso=

    Q= conc. dos ons em soluo no instante anterior a precip.S= solubilidade do prec. no estado de equilbrioK= constante (depende da natureza do prec., temp. e viscosidade)Q-S= grau de supersaturao

    PrecipitaoGRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    SSQ

    SSk.Q

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 101

    Quanto maior a conc. dos reagentes, maior grau de disperso e menor tamanho das partculas

    maior supersaturao relativa => muitos cristais pequenos

    menor supersaturao relativa => poucos cristais grandes

    So recomendados Q e S, pois solues diludas permitem obter cristais grandes

    Os ncleos so agregados de ons ou molculas.

    A nucleao pode ser homognea ou heterognea.

    O tempo entre nucleao e crescimento pode ser rpido ou no.

    PrecipitaoGRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 102

    Condies favorveis:

    Precipitao de solues diludas

    Adio lenta de reagentes diludos, com agitao efetiva. Q permanece baixo e no h locais mais concentrados.

    Precipitao de solues quentes. Isto aumenta S. A solubilidade no deve ser muito grande ou o precipitado no quantitativo. Utiliza soluo quente e depois resfria.

    Precipitar em pH baixo (se possvel). Muitos precipitados so mais solveis em meios cidos.

    A solubilidade alta evita a supersaturao mas durante a precipitao as condies devem mudar para no perder precipitado.

    PrecipitaoGRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 103

    Se o reagente no gerado in situ a precipitao heterognea

    O reagente adicionado e forma-se uma interface, com ons que passam de uma para outra camada

    Ocorre uma precipitao local no incio

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Precipitao heterognea

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 104

    Melhores condies de obteno de bom precipitado: solues diludas, adio lenta de reagentes, no haver supersaturao, no haver concentrao local de reagente e agitao.

    Boa alternativa precipitao homognea. Nesta tcnica o reagente gerado in situ por uma reao qumica que ocorre uniformemente na soluo

    Exemplos: hidrlise da uria (NH2CONH2) atravs da reao em soluo aquosa em ebulio, gerando NH3: NH2CONH2 NH3 + CO2 (amnia lentamente liberada e aumenta pH da soluo uniformemente fazendo com que os ons metlicos formem xidos insolveis e pptem).

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAOPrecipitao homognea

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 105

    Hidrlise de esteres diminuem homogeneamente o pH. Ex: hidrlise do dimetil-sulfato gerando cido sulfrico

    Obteno de sulfetos a partir da hidrlise da tioacetamida.

    CH3CSNH2 + H2O CH3CONH2 + H2S Precipitao homognea utilizada para melhorar as

    separaes, estudar e reduzir co-precipitaes, formar partculas cristalinas grandes e para produzir precipitados mais puros e fceis de filtrar

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Precipitao homognea

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 106

    Quando o precipitado permanece na presena da soluo me formam-se grandes precipitados a partir dos pequenos (envelhecimento do precipitado).

    A digesto pode ocorrer em temperatura ambiente ou temperatura elevada.

    Pequenas partculas se dissolvem e partculas maiores precipitam.

    Tambm ocorre de partculas se aglomerarem

    A adsoro superficial e ocluso de impurezas so minimizadas.

    Digesto

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 107

    A camada externa do precipitado tende a ter ons adsorvidos, formando uma dupla camada eltrica

    Excesso de ons do reagente e contra-ons na soluo favorecem a dupla camada.

    Adsoro diminui com o aquecimento ou adio de eletrlitos

    A lavagem pode quebrar as partculas agregadas => peptizao

    Lavar com solvente quente e com eletrlitos corretos.

    Digesto

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 108

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 109

    Impurezas dos precipitados:

    Como na soluo existem outros constituintes, o pptado pode arrastar impurezas:

    solues slidas => oclusoadsoro na superfcieps-precipitao

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 110

    Na ocluso os ons de impurezas so aprisionados dentro do cristal em formao. ons parecidos podem ser substitudos no arranjo cristalino, formando parte do retculo. Deve-se ento retirar os ons parecidos.

    Adsoro na superfcie ocorre quando ons em excesso da soluo ficam adsorvidos no precipitado em formao. Quando o precipitado cresce os ons adsorvidos podem ser retidos

    Ps precipitao ocorre quando o precipitado permanece em contato com a soluo me e uma segunda substncia lentamente forma outro precipitado com o reagente. Exemplo: oxalato de clcio (ppt de interesse), magnsio tambm ppt.

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 111

    Deve-se verificar a forma correta de filtrao, de acordo com o tamanho das partculas formadas. Geralmente pode ser filtro de papel ou vidro sinterizado (tipo Gooch)

    As filtraes podem ser feitas vcuo ou pela gravidade

    Deve-se transferir primeiro o sobrenadante e por ltimo o slido, para evitar obstrues e lentido

    Os filtros de vidro so classificados de acordo com a porosidade: grosso (retm partculas > 40-60 m), mdio (retm partculas > 10-15 m) e fino (retm partculas > 4-5,5 m)

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Filtrao

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 112

    Os papis de filtro tambm apresentam diferentes classificaes, sendo chamados de rpidos (retm partculas> 20-25 m), mdio rpidos (retm partculas> 16 m), mdios (retm partculas> 8 m) e lentos (retm partculas> 2-3 m),

    Filtros de papel podem ser qualitativos ou quantitativos. A diferena que o quantitativo apresenta menos de 0,010% m/m de cinzas e o qualitativo tem um mximo de 0,060% m/m de cinzas.

    Se for realizada a calcinao, a interferncia das cinzas do papel devem ser evitadas.

    Pode-se tratar previamente o papel de filtro, para remover materiais inorgnicos, atravs de lavagens com HCl e HF

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Filtrao

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 113

    O objetivo retirar impurezas

    Alguns precipitados no podem ser lavados com gua porque pode ocorrer peptizao (reverso da coagulao)

    Soluo ou solvente de lavagem deve ser voltil para ser removido na secagem ou calcinao

    Quando uma lavagem feita, deve-se testar se foi completa. Testar filtrado para presena de reagente precipitante. Ex: para AgCl lavagem pode ser feita com HNO3 e o teste de lavagem completa deve verificar a presena de Ag+ no filtrado com HCl ou NaCl.

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAOLavagem

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 114

    Se o precipitado formado j se encontra na forma correta, s necessrio secar para retirar gua ou eletrlitos adsorvidos: temperatura de 110-120C, por 1 ou 2h

    A calcinao realizada para converter o precipitado na forma mais adequada para pesar. Temperatura de 900-1000C (aproximadamente).

    Exemplos: pptaddo de MgNH4PO4 Mg2P2O7, Fe2O3.xH2O Fe2O3 e muitos metais precipitados com hidroxiquinolina devem ser transformados em xidos.

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Secando ou calcinado

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 115

    Calcinao pode ser feita em chama ou mufla (cadinho de porcelana ou platina)

    Carbono do papel de filtro ou gases redutores podem reagir mudando o slido.

    Ex: Fe2O3 (s) + 3C 2Fe + 3CO (com aquecimento)Deve-se deixar a porta aberta ( no caso da mufla) at queimar

    todo o papel (condies oxidantes)

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Secando ou calcinado

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 116

    Depois do precipitado ter sido seco ou calcinado e ter esfriado em dessecador, o mesmo pode ser pesado com preciso

    Atravs da estequiometria da reao de formao do precipitado a partir do on em soluo e da massa resultante, a quantidade do elemento em anlise pode ser determinada

    Geralmente o resultado expresso em porcentagem

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Pesando e calculando

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 117

    Um minrio contendo magnetita (Fe3O4) foi analisado dissolvendo-se 1,5419g da amostra em HCl conc., dando uma mistura de Fe+2 e Fe+3. Todo o Fe+2 foi oxidado com HNO3 e a soluo foi precipitada em Fe(OH)3, pela adio de NH3. Depois de filtrar e lavar, o resduo foi calcinado e pesado, sendo a massa de 0,8525g de Fe2O3. Calcule a % m/m de Fe3O4 na amostra.

    3 mols de Fe3O4 = 2 mols Fe2O3 (conservao de massa para Fe)

    PM Fe3O4= 231,54 g/mol PM Fe2O3= 159,69 g/mol

    159,69 ---- 231,54

    2x 0,8525 ---- 3x x= 0,8240g de Fe3O41,5419g total de amostra, 0,8240g= 53,44% de Fe3O4 na amostra

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAOExemplo

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 118

    Fator gravimtrico:

    a/b a relao estequiomtrica entre o elemento de interesse na subs. de origem e subs. Final

    % subs. origem:

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    bax

    final) (subs.molecular pesoorigem) de (subs.molecular pesocogravimtriFator =

    Clculos

    100amostra peso

    cogravimtrifator x oprecipitad pesoorigem %subs.de x=

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 119

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 120

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 121

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 122

    GRAVIMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 123

    Qumica analtica quantitativa: desafio determinar a quantidade de uma certa substncia presente em uma amostra

    Mtodos volumtricos: envolvem a determinao da concentrao de um analito mediante a medida do volume gasto de reagente

    VOLUMETRIA

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 124

    Tem um desenvolvimento antigo (primeiras buretas no ano de 1806) mas muito utilizada at hoje devido a suas vantagens:

    Rapidez, baixo custo, exatido, possibilidade de automao, bom desempenho e facilidade de operao.

    VOLUMETRIA

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 125

    Mtodos volumtricos envolvem titulao

    Titulao um procedimento no qual ns adicionamos incrementos de uma soluo de concentrao conhecida (solues padro) a uma amostra contendo o analito em estudo, atque a reao entre o reagente e o analito seja completa.

    VOLUMETRIA

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 126

    Titulante o reagente sendo adicionado e que tem concentrao conhecida (vamos medir seu volume total gasto)

    eTitulado o constituinte em soluo com concentrao a ser determinada e que foi adicionado em um volume fixo no incio da procedimento

    VOLUMETRIA

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 127

    Figuras: como j foi um dia...

    VOLUMETRIA

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 128

    Figuras: como hoje!

    VOLUMETRIA

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 129

    Condies de utilizao de titulao:

    A reao entre titulante e titulado deve ser estequiomtrica, bem definida e conhecida.

    A reao deve ser rpida No devero ocorrer reaes paralelas ( a

    reao deve ser especfica). Se houverem substncias interferentes elas devem ser eliminadas

    VOLUMETRIA

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 130

    Condies de utilizao de titulao:

    Dever ocorrer uma alterao marcante em uma propriedade da soluo quando a reao se completar. Pode ser mudana de cor, propriedades qumicas e fsicas, pH. Pode-se utilizar indicadores.

    O ponto final e o ponto de equivalncia(estequiomtrico) devem ser o mais prximospossveis ou deve haver um intervalo reprodutvel.

    VOLUMETRIA

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 131

    Condies de utilizao de titulao:

    A reao deve ser quantitativa. Isto , o equilbrio da reao deve estar deslocado para direita. Isto garante que uma mudana brusca ocorra no ponto final e permita obter a exatido desejada. Se o equilbrio no for deslocado para direita a mudana sergradual, e ser difcil detectar o ponto final.

    VOLUMETRIA

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 132

    Teoricamente o final da titulao ir acontecer no ponto de equivalncia, isto , o ponto no qual eu tenho uma quantidade equivalente do meu reagente adicionado em relao a substncia em anlise

    Na prtica o final da titulao ser determinado por uma indicao visual do final da reao entre o reagente e o analito, o que chamado de ponto final da titulao.

    Erro da titulao: diferena entre o ponto final e o ponto de equivalncia

    VOLUMETRIA

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 133

    Solues padro: So preparadas pela dissoluo de uma massa exata

    de um material altamente puro, chamado padro primrio, em um diluente com volume exatamente conhecido (frasco volumtrico)

    Se o material disponvel no suficientemente puro, uma alternativa preparar uma soluo de concentrao conhecida e padroniz-la. Assim serobtido o padro secundrio.

    A padronizao realizada titulando-se o padro secundrio contra um padro primrio de massa conhecida.

    VOLUMETRIA

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 134

    Padro primrio: Deve ser 100,00% puro, embora 0,01 -0,02%

    de impurezas sejam tolerveis se exatamente conhecidas

    Deve ser estvel a temperaturas de secagem, e deve ser estvel indefinidaemnte em Tamb. Todo padro primrio seco antes da utilizao.

    Deve ser facilmente disponvel

    VOLUMETRIA

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 135

    Padro primrio: desejvel que tenha uma alto peso molecular,

    pois isto diminui os erros de pesagem pois so envolvidas massas maiores.

    Se ele ser utilizada em uma titulao, o padro primrio deve ter condies de ser titulado(condies de titulao). Em particular o equilbrio deve ser deslocado para direita para se obter um bom ponto final.

    VOLUMETRIA

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 136

    Tipo de volumetria:

    Volumetria cido-base: apropriada para a determinao de cidos ou bases naturais ou sintticas ou substncias que possam ser transformadas em cidos ou bases

    Volumetria de complexao: o titulante um reagente complexante e forma um complexo solvel em gua com o analito (que um on metlico)

    VOLUMETRIA

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 137

    Tipo de volumetria:

    Volumetria de oxi-reduo: envolve a titulao de uma gente oxidante com um agente redutor, ou vice-versa; o agente oxidante ganha eltrons e o agente redutor perde eltrons, na reao entre eles.

    Volumetria de precipitao: o titulante forma um produto insolvel com o analito, sendo titulado

    VOLUMETRIA

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 138

    Formas de volumetria:

    Titulao direta: titulante adicionado ao titulado

    Titulao indireta (ou retrotitulao, backtitration): ocorre quando uma quantidade de reagente adicionada em excesso em relao ao analito e o excesso ento titulado. Apresenta vantagens quando o ponto final da titulao direta difcil de ser obtida

    VOLUMETRIA

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 139

    Formas de volumetria:

    Titulao de deslocamento: ocorre quando o analito em anlise desloca uma espcie, usualmente em um complexo, e a quantidade da espcie deslocada ento determinada por titulao.

    VOLUMETRIA

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 140

    Aps titulao posso estar analisando os resultados atravs de um grfico: curvas de titulao

    Curvas de titulao: permitem visualizar e interpretar como a titulao ocorre e onde ocorre o ponto de equivalncia.

    So grficos de pH (ou outra alterao observvel, como potencial, temperatura, pCl, etc) x volume de titulante

    VOLUMETRIA

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 141

    VOLUMETRIA

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 142

    VOLUMETRIA

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 143

    Clculos em volumetria:

    O nmero de moles e a molaridade so as ferramentas mais comuns a serem usadas em clculos volumtricos.

    Deve-se balancear as reaes e definir a estequiometria: quantos n moles titulante reagem com quantos n de moles do titulado

    As diluies devem ser consideradas

    VOLUMETRIA

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 144

    Volumetria cido-base: apropriada para a determinao de cidos ou bases naturais ou sintticas ou substncias que possam ser transformadas em cidos ou bases

    Na volumetria cido-base o reagente deve ser um cido forte ou fraco e o analito deve ser uma base forte ou fraca (ou vice-versa).

    O reagente deve ter a concentrao o mais conhecida possvel, pois da certeza desta concentrao que consequentemente se determina a exatido da concentrao do analito

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 145

    O reagente deve ser uma soluo de padro ou uma soluo padronizada

    A titulao ir terminar quando eu verificar a reao completa entre o reagente e o analito

    Requisitos importantes para aplicao da volumetria cido-base com bons resultados: A reao entre reagente e analito deve ser completa A reao deve ser rpida

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 146

    Soluo de padro ou soluo padronizada: NaOH: no padro primrio pois contem gua e

    carbonato de sdio NaOH pode ser padronizado contra uma padro primrio

    => padro secundrio Padro primrio: ftalato cido de potssio, cido fraco,

    que padroniza satisfatoriamente o NaOH sal cido de cadmio de Versenol (CdC10H16N2O7) tambm

    um bom padro primrio

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 147

    Soluo de padro ou soluo padronizada: HCl: no padro primrio, deve ser padronizado contra

    uma padro primrio ou secundrio Tris(hidroximetil)aminometano (HOCH2)3CNH2 um bom

    padro primrio Na2CO3 freqentemente usado para padronizar HCl NaOH padronizado pode padronizar HCl

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 148

    Teoricamente o final da titulao ir acontecer no ponto de equivalncia, isto , o ponto no qual eu tenho uma quantidade equivalente do meu reagente adicionado em relao a substncia em anlise

    Na prtica o final da titulao ser determinado por uma indicao visual do final da reao entre o reagente e o analito, o que chamado de ponto final da titulao.

    Erro da titulao: diferena entre o ponto final e o ponto de equivalncia

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 149

    O ponto final pode ser determinado adicionando-se indicadores, que so compostos que mudam ou adquirem cores diferentes em diferentes situaes qumicas.

    No caso da volumetria cido-base os indicadores mais comuns so aqueles que mudam ou adquirem coloraes diferentes de acordo com o pH do meio.

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 150

    Na volumetria cido-base acompanhamos a reao entre um cido e uma base (o cido pode ser o titulante e a base o titulado ou vice-versa)

    Portanto, conforme a reao acontece o pH do meio vai mudando gradativamente, at dar um salto ao redor do ponto de equivalncia

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 151

    Esta alterao importante no s para facilitar a determinao do ponto final, com tambm para permitir acompanhar a titulao atravs da construo de curvas de titulao.

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 152

    A gua apresenta-se fracamente dissociada:H2O H+ + OH-

    A 25C a constante desta dissociao :KH2O= [H+ ] . [OH-] = 1,0x 10 -14

    A gua pura apresenta [H+ ] = [OH-] =1,0x10-7

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 153

    Sabendo que pH= -log [H+ ] , para a gua pura (ou quando [H+ ] = [OH-]) pH=7

    Quando houver um excesso de [H+ ] ou [OH-] o pH ser < ou > 7, respectivamente.

    [H+ ] > [OH-] , pH < 7

    [H+ ] < [OH-], pH > 7

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 154

    Curvas de titulao: permitem acompanhar a variao de pH em funo do volume de titulante acrescentado

    O ponto de equivalncia da titulao se encontra no ponto de inflexo desta curva

    O pka do cido titulado ou o pkb da base titulada pode ser encontrado atravs da curva de titulao, no pH que coincide com a metade do volume do titulante no ponto de equivalncia

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 155

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 156

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 157

    Quando a reao acontece entre um cido fraco e base forte ou entre base fraca e cido forte no ponto de equivalncia o pH diferente de 7

    Com cidos ou bases fracas eu tenho dissociaes parciais e ocorre a formao do sal do cido ou da base fraca

    => formao de tampes Ocorrem hidrlises dos sais e o pH se modifica, em relao ao

    esperado

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 158

    Exemplo para cido fraco:HA H+ + A- (dissociao de acordo com o Ka)

    A- + B+ BA

    Neste caso pH= pKa + log [A-] / [HA]

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 159

    Diferena entre as curvas de titulao de cidos fortes e fracos:

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 160

    Diferena entre as curvas de titulao de bases fortes e fracas:

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 161

    cidos poliprticos: ser que os H+ podem

    ser todos analisados? Ser que podem ser

    analisados separadamente?

    Se Ka1/Ka2 ~1x104 pode-se determinar os H+

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 162

    Exemplos de cidos poliprticos:

    4,5x10-13

    -

    -

    -

    Ka3

    1,2x1056,2x10-87,5x10-3fosfrico

    1,1x1035,2x10-55,6x10-2oxlico

    8,2x1035,6x10-114,6x10-7carbnico

    5,8x1042,6x10-71,5x10-2malico

    Ka1/Ka2Ka2Ka1cido

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 163

    Exemplos de cidos poliprticos:

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 164

    Exemplos de cidos poliprticos: cido carbnico: possvel titular separadamente os dois

    hidrognios pois Ka1/Ka2 ~ 104, mas a titulao do segundo hidrognio no fornece bons resultados pois Ka2 muito pequeno

    cido malico: possvel titular separadamente os dois hidrognios

    cido oxlico: Ka1/Ka2 = 1,1x103, o que indica que a variao de pH pequena nas proximidades do primeiro ponto de viragem, sendo possvel titular somente o segundo hidrognio ionizvel

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 165

    Exemplos de cidos poliprticos: cido fosfrico (cido triprtico): Ka1/Ka2 e Ka2/Ka3 so

    maiores que 104, portanto seria possvel determinar os 3 hidrognios ionizveis separadamente, porm Ka3 muito baixo e torna difcil a visualizao do ponto final.

    Somente dois hidrognios podem ser titulados em meio aquoso

    Solues que apresentam misturas de cidos se comportam como cidos poliprticos.

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 166

    Escolha do indicador: Ponto final da titulao pode ser detectado com o uso de

    indicadores Em titulaes cido-base os indicadores so cidos ou

    bases orgnicas (fracos) que apresentam coloraes diferentes, dependendo da forma em soluo.

    HIn ' H+ + In-cor da forma cida (A) ' cor da forma bsica (B)

    constante de dissociao: K= [H+].[In-]/ [HIn]substituindo: K / [H+] = [In-] / [HIn]= cor (A)/ cor (B)

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 167

    Escolha do indicador: A cor resultante da soluo ser determinada pela

    dissociao do indicador: Se [HIn] / [In-] = 10 (forma cida sobre forma bsica )

    ento [H+] / K= 10, ento:pH= pK-1, cor cida do indicador

    Se [In-] / [HIn] = 10 (forma bsica sobre forma cida ) ento K / [H+]= 10, ento:

    pH= pK+1, cor bsica do indicador Portanto, o indicador ter alterao de cor na faixa de

    pH= pK 1 (aproximadamente)

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 168

    Exemplos de indicadores: Trs grupos principais:

    ftalenas (ex: fenolftalena, pKIn= 9,6, faixa de 8,3 a 10,0)

    sulfoftalenas (ex: vermelho de fenol, pKIn= 1,5 e 7,9; faixa de 0,5 a 2,5 e 6,8 a 8,4)

    azo compostos (ex: alaranjado de metila, pKIn= 3,7; faixa de 3,1 a 4,4)

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 169

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 170

    Escolha do

    indicador:

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 171

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 172

    Escolha de indicadores: erros no uso de indicadores ocorrem devido a viragem

    ser gradual a se dar em certo intervalo de pH. Quanto mais a curva de titulao se afastar da

    perpendicularidade ao redor do ponto de equivalncia, mais gradual ser a mudana de cor do indicador => erro determinado, difcil decidir quando a viragem ocorre

    Se a viragem do indicador ocorrer em pH diferente do pH do ponto de equivalncia => erro determinado => erro da titulao:

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 173

    Erro da titulao = (VPF-VPE / VPE) x 100VPF= volume do ponto finalVPE= volume do ponto de equivalnciaExemplo: Um volume de 50,00 mL de HCl 1,000x10-1molL-1

    titulado com NaOH e uma soluo de vermelho de metila usada como indicador. Calcular o erro da titulao admitindo-se pH= 5,00 no ponto final.

    [H+]= (Va.Ca-VPF.Cb) / Va+VPFVPF= 50,00-1,0x10-2 => VPF= 49,99 mL => Erro= -0,02%

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 174

    TitulaTitulao em meio no aquoso:o em meio no aquoso: Quando o interesse determinar cidos ou bases

    muito fracos, quando comparados com a gua (Ka < 10-7) deve-se utilizar uma meio que no seja aquoso, mas sim um cido mais fraco

    quando no h solubilidade satisfatria em gua pode-se utilizar outro solvente

    Bom solvente cido actico: auto-ionizveis (como gua), bases orgnicas podem ser tituladas neste solvente

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 175

    Dioxano tambm pode ser usado com solvente: no ionizvel

    cidos fortes devem ser usados como titulantes de bases fracas: cido perclrico mais forte do que cido clordrico em cido actico

    Bom indicador em cido actico violeta de metila=> mudana de azul para azul-esverdeado

    Alaranjado de metila e vermelho de metilamodificados so usados na titulao de bases fracas em dioxano.

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 176

    Com dioxano a condutncia eltrica muito baixa para permitir titulaes potenciomtricas.

    Com cido actico o ponto final da titulao tambm pode ser determinado potenciometricamente => com pHmetro.

    Os eletrodos de vidro e calomelano so os mesmos usados em titulaes aquosas, porm tem como solvente metanol

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 177

    cidos fracos como carboxlicos, fenis, enois e outros podem ser titulados em meios no aquosos utilizando metxido de sdio em benzeno-metil lcool ou hidrxido de tetrabutilamonio em benzeno-metil lcool com titulao potenciomtrica.

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 178

    Clculos: cido forte titulado com base forte Antes da adio da base: o pH calculado atravs

    da concentrao do cido Depois da adio da base, mas antes do ponto de

    equivalncia: o pH calculado atravs da conc. de H+ em excesso

    No ponto de equivalncia no h H+ ou OH- em excesso. O pH calculado pela dissociao da gua

    Aps o ponto de equivalncia: o pH calculado atravs da conc. de OH- em excesso

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 179

    Clculos: cido fraco titulado com base forte Antes da adio da base: o pH calculado atravs

    da conc. de H+ obtida pelo Ka do cido Depois da adio da base, mas antes do ponto de

    equivalncia: o pH calculado atravs do tampo formado (pH= pKa +log [A-]/[HA])

    No ponto de equivalncia: o pH calculado pela reao de hidrlise (Kh)

    Aps o ponto de equivalncia: o pH calculado atravs da conc. de OH- em excesso

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 180

    Clculos: Base fraca titulada com cido forte Antes da adio do cido: o pH calculado atravs

    da [H+] obtida pela [OH-] obtido atravs de Kb da base

    Depois da adio do cido, mas antes do ponto de equivalncia: o pH calculado atravs do pOHobtido pelo tampo formado (pOH= pKb +log[B+]/[BOH])

    No ponto de equivalncia: o pH calculado pela reao de hidrlise (Kh)

    Aps o ponto de equivalncia: o pH calculado atravs da conc. de H+ em excesso

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 181

    Clculos, exemplos e desenvolvimento na aula!

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 182

    Titulao de carbonato de sdio e misturas Na2CO3 Na+ + CO3-2 CO3-2 + H2O ' HCO3- + OH- HCO3- +H2O ' H2CO3 + OH-

    Kb1= [HCO3- ].[OH-] / [CO3-2 ]= 2,09x10-4pkb1= 3,68

    Kb2= [H2CO3].[OH-] / [HCO3-]= 2,34x10-8pkb2= 7,63

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 183

    Titulao de carbonato de sdio e misturas H2CO3 ' H+ + HCO3- pka1= 6,37 HCO3- ' H+ + CO3-2 pka2= 10,32

    HCO3- base conjugada de H2CO3 CO3-2 base conjugada de HCO3-

    Ento pka1+pkb2= 14 e pka2 + pkb1= 14

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 184

    Titulao de carbonato de sdio e misturas Titulante cido forte CO3-2 + H+ HCO3- HCO3- + H+ H2CO3 Na2CO3 base forte, pkb1= 3,68; pkb2= 7,63 NaHCO3 base fraca, pkb= 7,63

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 185

    Titulao de carbonato de sdio e misturas CO3-2 + H+ HCO3- titulante HCl, indicador fenolftalena

    (magente para incolor) HCO3- + H+ H2CO3 titulante HCl, indicador alaranjado de

    metila ou vermelho de metila (amarelo para pink) Os pontos finais so difceis de definir, pode-se utilizar no

    segundo vermelho de metila, aquecer ebulio por 1 min, esfriar e titular de amarelo para pink

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 186

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 187

    Titulao de carbonato de sdio e misturas Exemplo: Uma mistura de carbonato de sdio e bicarbonato

    de sdio foram titulados com HCl 0,100M. O ponto final utilizando fenolftalena gastou 12,0 mL e o ponto final usando alaranjado de metila gastou 34,0mL. Determine os moles de cada espcie presente.

    Ponto final com fenolftalena: titulao de carbonato a bicarbonato => 12,0 mL

    Para neutralizar o bicarbonato necessrio 12,0mL tambm 34,0mL com alaranjado de metila 24,0mL (12,0+12,0) =

    10,0mL para o bicarbonato original Ento 12,0 mL x 0,100M= 1,2 mmols de CO3-

    10,0mL x 0,100M= 1,0 mmols de HCO3-

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 188

    Titulao de NaOH + Na2CO3 Primeiro ponto final: titulao de OH- e CO32- Entre o primeiro e segundo ponto ocorre a titulao do

    HCO3- formado pelo carbonato Exemplo: Se a leitura da bureta no primeiro ponto final

    30,0mL e no segundo gasto 42,0mL, determine o volume gasto com cada espcie.

    42,0-30,0 mL = 12,0 mL para carbonato, ento 12,0mL para bicarbonato

    42,0-24,0 mL= 18,0 mL de HCl para NaOH

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 189

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 190

    Mtodo Kjeldahl (para amostras orgnicas contendo N) Etapa 1: Pr-reduo N de amina e amida. Reduo prvia

    requerida para compostos inorgnicos (nitratos) e para comp. orgnicos nitro e azo.

    Etapa 2: Digesto H2SO4 a quente. Matria orgnica oxidada a CO2 e H2O. N convertido para hidrogenio sulfato de amnio.

    C,H,N orgnico CO2 + H2O + NH4HSO4

    Catalisadores de mercrio, cobre e selnio

    O

    SOH 42

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 191

    Mtodo Kjeldahl (para amostras orgnicas contendo N) Etapa 3: Destilao Esfriar soluo e adicionar soluo

    aquosa conc. de NaOH => formao de 2 camadas (NaOHem cima, sulfrico em baixo). Destilao, agitao das camadas e NaOH neutraliza H2SO4 formando NH32OH- + NH4HSO4 NH3 (g) + H2O + SO4-2

    Recolhido em HCl ou H3BO3 para neutralizar NH3

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 192

    Mtodo Kjeldahl (para amostras orgnicas contendo N) Etapa 4: Titulao HCl adicionado em excesso:

    H+ + NH3 NH4+Excesso de HCl titulado com NaOH padronizado.

    Quantidade de NH3 (~N na amostra) calculada pela diferena entre HCl adicionado e NaOH gasto na retro-titulao do excesso de HCl.

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 193

    Mtodo Kjeldahl (para amostras orgnicas contendo N) Etapa 4: Titulao A modificao com H3BO3 requer 1 soluo padro,

    mais direta. cido brico cido fraco (Ka= 10-9):NH3 + H3BO3 NH4+ + H2BO3-

    (base conjugada)Borato titulado com HCl:

    H+ + H2BO3- H3BO3

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 194

    1. Uma srie de amostras pode conter NaOH, Na2CO3 e NaHCO3 ou uma mistura destes. A partir dos dados abaixo decida qual so os compostos presentes.

    Amostra Ponto final com fenolftalena

    Ponto final com vermelho de metila

    1 21,4 30,6 2 19,8 39,6 3 15,0 36,3 4 0,0 18,8

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 195

    Titulao de carbonato de sdio e misturas Na2CO3 Na+ + CO3-2 CO3-2 + H2O ' HCO3- + OH- HCO3- +H2O ' H2CO3 + OH-

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 196

    Titulao de carbonato de sdio e misturas H2CO3 ' H+ + HCO3- pka1= 6,37 HCO3- ' H+ + CO3-2 pka2= 10,32

    HCO3- base conjugada de H2CO3 CO3-2 base conjugada de HCO3-

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 197

    Titulao de carbonato de sdio e misturas Titulante cido forte CO3-2 + H+ HCO3- HCO3- + H+ H2CO3

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 198

    Titulao de carbonato de sdio e misturas CO3-2 + H+ HCO3- titulante HCl, indicador fenolftalena

    (magenta para incolor) HCO3- + H+ H2CO3 titulante HCl, indicador alaranjado de

    metila ou vermelho de metila (amarelo para pink)

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 199

    Titulao de NaOH + Na2CO3 Primeiro ponto final: titulao de OH- e CO32-

    Entre o primeiro e segundo ponto ocorre a titulao do HCO3- formado pelo carbonato

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 200

    2. Uma amostra de 2,00 mL de plasma foi analisada pelo mtodo de Kjeldahl, sendo digerida e a amnia destilada em cido brico. 15,0 mL de HCl padronizado foi utilizado para titular o borato de amnio. O HCl foi padronizado com 0,330g de (NH4)2SO4. Se 33,3 mL de cido foram gastos na padronizao, qual a concentrao de protena no plasma em % (m/v)?

    VOLUMETRIA CIDO-BASE

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 201

    Mtodos baseados em reaes nas quais titulante e titulado formam um precipitado insolvel

    Uma das primeiras titulaes de precipitao desenvolvida ocorreu no final do sculo dezoito com o mtodo para anlise de K2CO3 e K2SO4 em potassa (uma mistura de sais de potssio como carbonato, usado em fertilizantes, sabes e vidro). Nesta anlise Ca(NO3)2 era usado com titulante formando precipitados de CaCO3 e CaSO4

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 202

    A importncia dos mtodos de volumetria de precipitao como mtodo analtico aumentou no sculo 19, quando mtodos foram desenvolvidos para anlise de Ag+ e ons haleto.

    Curva de titulao obtida traando pAg ou pX versus Volume de titulante:

    pAg= -log [Ag+]

    pX= -log [X]

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 203

    Curva de titulao: Exemplo: anlise de 50,00 mL ons cloro (CI-) 0,0500M utilizando

    ons prata como titulante (Ag+) 0,100M. Ag+ (aq) + Cl- (aq) ' AgCI (s) reao 1

    A constante de equilbrio de reao o inverso do Kps (produto de solubilidade do slido)

    Kps=> AgCI (s) ' Ag+ (aq) + Cl- (aq) Kps= [Ag+] . [Cl-] = 1,8 x 10-10

    K (reao 1) = (Kps)-1 = (1,8 x 10-10)-1= 5,6 x109

    Como o valor de K grande, considera-se que a reao ocorre completamente

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 204

    Curva de titulao: Ponto de equivalncia: n mols de Ag+ = n mols de Cl-

    ( Conc. Molar Ag+) . V Ag+ = (conc. Molar Cl-). V Cl-

    Resolvendo para encontrar o volume de titulante: V Ag+= (0,0500M).(50,00mL) / 0,100M = 25,00 mL Portanto, o volume de equivalncia 25,00mL de Ag+

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 205

    Curva de titulao: Antes do ponto de equivalncia: excesso de Cl-, adio de

    10,00 mL de Ag+

    [Cl-]=

    Substituindo: [Cl-] = 2,50x10-2MpCl= -log[Cl-]= -log2,5x10-2 = 1,60

    Se for desejvel conhecer a [Ag+]:

    Kps= [Ag+]. [Cl-]= 1,8x10-10 =>[Ag+]= 1,8x10-10 / 2,5x10-2 => [Ag+]= 7,2x10-9

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    AgCl

    AgAgClCl-

    VVVMVM

    total volumeexcesso em Cl mols

    +=

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 206

    Curva de titulao: No ponto de equivalncia: [Cl-] = [Ag+]

    Kps= [Ag+]. [Cl-]= 1,8x10-10 => [Ag+]=[Cl-]=x2

    X=[Ag+]= [Cl-]= (1,8x10-10)1/2= 1,3x10-5

    Portanto pAg e pCl= 4,89 no ponto de equivalncia

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 207

    Curva de titulao: Aps ponto de equivalncia: [Ag+] em excesso (V=35mL)

    [ Ag+]=

    Substituindo: [Ag+] = 1,18x10-2MpAg= -log[Ag+]= -log1,18x10-2 = 1,93

    Se for desejvel conhecer a [Ag+]:Kps= [Ag+]. [Cl-]= 1,8x10-10 =>

    [Cl-]= 1,8x10-10 / 1,18x10-2 => [Cl-]= 1,5x10-8pCl= 7,82

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    AgCl

    ClClAgAg

    VVVMVM

    total volumeexcesso em Agmols

    +=

    +

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 208

    Curva de titulao:

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    a) pCl x Vtitulante

    b) pAg x Vtitulante

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 209

    Selecionando e avaliando o ponto final: Volumetria de precipitao teve seu desenvolvimento retardado

    devido a dificuldade de deteco do ponto final Encontrar o ponto final observando a primeira adio de titulante

    que no causa precipitao adicional no o melhor A utilizao da volumetria de precipitao aumentou com o

    desenvolvimento de indicadores visuais e eletrodos seletivos (deteco potenciomtrica)

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 210

    Encontrando o ponto final potenciometricamente O ponto final da titulao pode ser determinado monitorando uma

    mudana na concentrao do analito ou titulante utilizando um eletrodo on-seletivo

    Por exemplo, eletrodo de prata O potencial do eletrodo de prata funo da concentrao de

    ons prata na soluo com a qual o eletrodo est em contato O potencial do eletrodo de prata em volts dado pela equao:

    E= 0,800 + 0,059.log aAg+ 0,800 + 0,059 log [Ag+]

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 211

    Encontrando o ponto final potenciometricamente aAg+= atividade de prata Na titulao potenciomtrica mede-se a diferena de

    potencial entre o eletrodo indicador de prata e um eletrodo de referncia

    O eletrodo de referncia tem potencial constante que no afetado pela composio da soluo titulada

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 212

    Encontrando o ponto final com indicador visual Primeiro mtodo desenvolvido foi o Mtodo de Mohr para Cl-

    usando Ag+ como titulante: Uma pequena quantidade de K2CrO4 adicionado na soluo

    contendo o analito e forma-se um precipitado marrom-avermelhado de Ag2CrO4 indicando o ponto final

    Como o K2CrO4 torna a soluo amarela, pode encobrir o ponto final

    A concentrao de CrO4-2 adicionado deve ser pequena e o ponto final encontrado sempre aps o ponto de equivalncia

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 213

    Para compensar o erro positivo determinado aconselha-se a fazer um branco, com uma amostra sem o analito para determinar o volume de titulante necessrio para afetar a mudana na cor do indicador

    O volume gasto na titulao do branco deve ser subtrado no volume gasto com a amostra para encontrar o ponto final verdadeiro

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 214

    CrO4-2 uma base fraca, portanto a soluo a ser titulada mantida em pH fracamente bsico

    Se o pH for cido o cromato ser presente como HCrO4-2 e o ponto final ter um erro

    O pH tambm no deve ser muito alcalino (pH abaixo de 10) para evitar que se forme um precipitado de hidrxido de prata

    pH ideal: 8

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 215

    Exemplo Mtodo de Mohr Titulao de nitrato de prata com soluo-padro de cloreto

    de sdio 0,1N (padro primrio), usando soluo de cromato de potssio como indicador.

    Quando todos os ons Ag+ tiverem se depositado sob a forma de AgCl, haver a precipitao de cromato de prata (Ag2CrO4) de colorao marrom-avermelhada.

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 216

    Exemplo Mtodo de Mohr Procedimento:

    Transferir 25,00ml da soluo-padro 0,1004M de NaClpara um erlenmeyer de 250ml, junto com 50ml de gua destilada e 1ml de soluo indicadora de K2CrO4.

    Titular com a soluo de nitrato de prata a ser padronizada, at o aparecimento de uma colorao marrom-avermelhada de cromato de prata.

    Titular branco

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 217

    Exemplo Mtodo de Mohr Procedimento:

    Resultado: volume de cloreto de sdio gasto para a amostra 25,55 mL, volume gasto com branco 0,58mL

    Qual a concentrao de Ag+ na amostra?

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 218

    Exemplo Mtodo de Mohr REAO:

    NaCl + AgNO3 AgCl (s) + NaNO3 2 AgNO3 + K2CrO4 -> Ag2CrO4(s) + KNO3 Clculos: n Ag+= n Cl-

    CAg+.VAg+ = CCl-.VCl-

    volume de Ag+ gasto real= volume gasto com amostra -volume gasto com branco= 25,55 - 0,58mL = 24,97mL

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 219

    Exemplo Mtodo de Mohr Clculos: n Ag+= n Cl-

    CAg+.VAg+ = CCl-.VCl-

    CAg+= 0,1004.25,00 / 24,97 CAg+= 0,1005 mol/L

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 220

    Mtodo de Volhard Utiliza uma soluo de prata com uma soluo padro de tiocianato

    de potssio um mtodo indireto para a determinao de haletos ou de outros

    nions que possam precipitar quantitativamente com nitrato de prata

    Prata reage com tiocianato formando slido branco Utiliza indicador de Fe (III) que forma um complexo solvel

    vermelho com o tiocianato (primeira gota de excesso)

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 221

    Mtodo de Volhard No procedimento uma soluo de nitrato de prata

    adicionada em excesso amostra contendo o haleto e ocorrem as seguintes reaes:

    Ag+ + X- + AgX (s) + Ag+ (excesso) (titulao)SCN- + Ag+ (excesso) AgSCN (s) (retro-titulao)

    SCN- + Fe+3 Fe(SCN)+2 (ponto final )

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 222

    Mtodo de Volhard Este mtodo deve ser realizado em meio cido Se o haleto em anlise formar um slido mais solvel do que

    tiocianato de prata o excesso de prata precisa ser removido Assim, se o haleto for cloreto o precipitado formado (cloreto de

    prata) deve ser removido por filtrao Outra possibilidade adicionar nitrobenzeno que forma duas fases,

    ficando o precipitado na fase orgnica isolada da fase aquosa onde continua a titulao

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 223

    Indicadores de adsoro (Mtodo de Fajans) Com indicadores de adsoro a reao de ponto final

    ocorre na superfcie do precipitado formado, sendo o indicador um nion colorido

    Reaes:Ag+ + X- + AgX (s) (titulao)

    AgX (s) + Ag+ + Indic- AgX:Ag+ Indic- (s) (ponto final) No incio da precipitao o slido tem dupla camada negativa

    devido ao excesso de nions do haleto

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 224

    Indicadores de adsoro (Mtodo de Fajans) No ponto final a dupla camada apresenta excesso de ctions prata

    e portanto positiva (o titulante prata) Quando o indicador adsorvido no precipitado ocorre tambm uma

    mudana de cor Alguns fatores afetam o mtodo de indicadores de adsoro:

    1- a intensidade da mudana da cor dependendo no n de molculas do indicador e da rea superficial

    2- o nion do indicador no deve substituir o nion primrio adsorvido durante a titulao (X-), mas deve adsorvido no ponto final

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 225

    Indicadores de adsoro (Mtodo de Fajans)3- o pH no deve ser muito baixo durante a titulao, se no o

    equilbrio do indicador se deslocar no sentido de HIndic (conc. de Indic- diminui)

    4- Um grande fora inica (alta conc. De NaNO3, NaClO4, etc.) pode favorecer a ionizao do par inico formado (Ag+Indic-) e alterar o ponto final

    5- Uma rea superficial grande aumenta a probabilidade de fotodecomposio macia de cloreto de prata, o uso de luz difusa pode ser necessrio

    Exemplos de indicadores: fluorescena, diclorofluorescenaeritrosina e eosina

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 226

    Aplicaes de volumetria de precipitao

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 227

    Exerccios: 10g de uma amostra salina necessitou de 15,78 mL de

    nitrato de prata 0,1000M em um titulao utilizando mtodo de Mohr. O volume do branco foi de 0,08 mL. Calcule a porcentagem de cloreto de sdio na amostra.

    Resp.: 0,91%de NaCl

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 228

    Exerccios: Uma amostra contendo cloreto foi analisada pelo mtodo de

    Volhard. A partir dos dados calcule a porcentagem de cloreto. Peso da amostra= 330,0 mg Nitrato de prata adicionado= 40,00 mL de 0,1234M Ticianato em retro-titulao= 12,20 mL de 0,0930M

    Resp. 40,32%

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 229

    Exerccios: Um composto orgnico puro tem a frmula C4H8SOx. Uma amostra

    deste composto foi decomposta e o enxofre foi convertido em sulfato e titulado em uma verso modificada do procedimento de indicador de adsoro. Utilizando os seguintes dados calcule a frmula correta do composto. Massa da amostra= 12,64 mg Ba(ClO4)2 necessrio na titulao=10,60 mL 0,0100M

    Resp. MM= 119, x= 2 => C4H8SO2

    VOLUMETRIA DE PRECIPITAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 230

    FORMAO DE COMPLEXOS: Os ons metlicos podem formar complexos

    coordenados com certos ons ou molculas as substncias que complexam com os metais so

    chamadas de ligantes Formam-se ligaes covalentes entre o on metlico

    central e os ligantes Os eltrons da ligao so fornecidos pelo ligante O ligante um doador de pares de eltrons e o on

    metlico um receptor de eltrons

    VOLUMETRIA DE COMPLEXAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 231

    FORMAO DE COMPLEXOS Exemplos: F-, Cl-, Br-, I-, -OH, NH3, -COOH Muitos ligantes tem mais do que um grupo de

    coordenao Unidentados: um nico ponto de coordenao bidentados: dois pontos de coordenao multidentado: ligantes que formam anis quelantesExemplos:

    VOLUMETRIA DE COMPLEXAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 232

    FORMAO DE COMPLEXOS Bidentados

    VOLUMETRIA DE COMPLEXAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 233

    FORMAO DE COMPLEXOS Tridentados - Tetradentados

    VOLUMETRIA DE COMPLEXAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 234

    FORMAO DE COMPLEXOS Ligantes macrocclicos: porfirina (1) e seus derivados,

    ftalocianina (2) e outras (3)

    VOLUMETRIA DE COMPLEXAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 235

    FORMAO DE COMPLEXOS EDTA

    VOLUMETRIA DE COMPLEXAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 236

    FORMAO DE COMPLEXOS A formao dos complexos metlicos podem ser

    descritas por uma constante chamada constante de formao (Kf).

    Exemplo:

    VOLUMETRIA DE COMPLEXAO

  • Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 237

    Muitos ons metlicos podem ser determinados analiticamente por titulao de complexao

    A soluo a ser titulada teve ter um pH adequado (adio de tampo), um indicador deve ser adicionado e ento o on metlico titulado com a soluo padro do agente complexante.

    Ocorre uma mudana de cor indicando o ponto final Aplicaes: determinao de ctions metlicos (com

    exceo dos metais alcalinos)

    VOLUMETRIA DE COMPLEXAO

    Prof Dr Glaucia Maria F. Pinto 238

    A escolha do titulante (agente complexante) ir depender da Kf, que deve ser grande, para garantir que a reao de titulao ir ser estequiomtrica e quantitativa

    O agente complexante mais utilizado o EDTA (cido etileno diamino tetra actico), que um ligante multidentado que forma fortes complexos com um grande nmero de ons metlicos

    Os ons metlicos reagem com EDTA na proporo de 1:1 e todos os