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WWW.PROFESSORCORREIA.COM 1 UVA-UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARA IDECC- INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCAO E CULTURA DO CEAR WWW.PROFESSORCORREIA.COM 2 TEORIA ECONMICA I ================== Introduo: OEstudodaEconomiapodeserdivididoemduaspartes: Microeconomia e Macroeconomia. A primeira cuida do comportamento dos consumidores e das empresas em seus mercados, as razes que levamosconsumidoresacomprarmais,oumenos,deum determinadoprodutoeapagarmais,oumenos,porestebem. Estudaaindaosmotivosquelevamempresasaproduzircerta quantidadedeumprodutoedequeformaseuspreosso estabelecidos. Leva-se em conta os mercados nos quais as empresas e consumidores atuam. AMacroeconomiapreocupa-secomoconjuntodedecisesdetodos osagenteseconmicos,queirserefletiremmaioroumenor produoenveldeemprego,Inflao,taxadejuros,taxade cmbio, nvel de emprego global, crescimento econmico so objetos estudadosnaanlisemacroeconmica,almdecuidardasanlises sobre as decises tomadas pelo formulador de poltica econmica do Pas. O fenmeno recente da globalizao da economia levou os governos a buscarem apoio de outras economias, formando blocos econmicos, paraconseguiremmelhorsustentaofrenteforcadasnovas tecnologiasedapressodasmultinacionais,doaumentoda produtividade,dodesempregoestruturalqueameaaaestabilidade socialmesmodospasesmaisdesenvolvidos.Istoreforaa necessidadedeaprofundarosconhecimentosnareadascincias econmicas. Diviso do Estudo da Economia: Economia Descritiva Teoria Econmica Micro e Macro Economia Economia Positiva Economia Normativa possveldetalharadivisodoestudodaeconomiapelavisode Rossetti(2002), conforme segue: Economia Descritiva: trata da identificao do fato econmico. a partir dos levantamentos descritivos sobre a conduta dos agentes econmicos que se inicia o complexo de conhecimento sistematizado da realidade no campo da economia positiva. atravsdelaquearealidadecomeaasersubmetidaaum criteriosotratamentonosentidodequepossamseranalisadasas WWW.PROFESSORCORREIA.COM 3 relaesbsicasqueseestabelecementreosdiversosagentesque compem o quadro da atividade econmica. Teoria Econmica: a teoria econmica o compartimentocentraldaeconomia.possvelverumordenamentolgicoaos levantamentossistematizadosfornecidospelaeconomiadescritiva, produzindo generalizaes que sejam capazes de ligar aos fatos entre si,desvendarcadeiasdeaesmanifestadaseestabelecerrelaes queidentifiquemosgrausdedependnciadeumfenmenoem relaoaoutro.Surgiuentoemdecorrnciaumconjuntode princpios,deteorias,demodelosedeleisfundamentadasnas descries apresentadas. Ateoriaeconmicaadotaduasposiesdistintasnaapresentaoe anlise do fenmeno econmico, estas posies so conhecidas como Microeconomia e Macroeconomia. AMicroeconomiaaquelapartedateoriaeconmicaqueestudao comportamentodasunidades,taiscomoosconsumidores,as indstrias e empresas, e suas inter-relaes. AMacroeconomiaestudaofuncionamentodaeconomiaemseu conjunto.Seupropsitoobteruma visosimplificadadaeconomia que,porm,aomesmotempo,permitaconhecereatuarsobreo nveldaatividadeeconmicadeumdeterminadopasoudeum conjunto de pases. Poltica Econmica: os desenvolvimentos elaborados pela teoria econmicaservemapolticaeconmica.Nessecampodeestudo que sero utilizados os princpios, as teorias, os modelos e as leis. A utilizaoterafinalidadedeconduziradequadamenteaao econmicacomvistasaobjetivospr-determinados.Quandose empregaaexpressopolticaeconmicagovernamentalestase referindoasaespraticasdesenvolvidaspelogovernocoma finalidade de condicionar, balizar e conduzir o sistema econmico no sentido de que sejam alcanados um ou mais objetivos politicamente estabelecidos. Conceitos Bsicos: Apalavraeconomiaderivadogregooikosnomos(deoikos=casae nomos=lei), que significa a administrao de uma casa, ou Estado, e pode ser assim definida: ECONOMIA a Cincia Social que estuda como o indivduo e a Sociedade decidem(escolhem)empregarrecursosprodutivosescassosna produodebenseservios,demodoadistribu-losentreasvrias pessoasegruposdaSociedade,afimdesatisfazerasnecessidades humanas. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 4 Aeconomiaseocupadasquestesrelativasasatisfaodas necessidades dos indivduos e da sociedade. NecessidadeHumana:asensaodecarnciadealgounidaao desejo de satisfaz-la. Tipos de necessidades: Necessidades do individuo: - Natural: por exemplo, comer. -Social:decorrentedavidaemsociedade;porexemplo,festade casamento. Necessidades da Sociedade: Coletivas:partemdoindividuoepassamaserdaSociedade;por exemplo, o transporte. -Pblicas:surgemdamesmaSociedade;porexemplo,aordem pblica. Necessidades vitais ou primarias:- Destas depende a conservao da vida; por exemplo, os alimentos. Necessidades civilizadas ou secundrias:- So as que tendem a aumentar o bem-estar do indivduo e variam no tempo, segundo o meio cultural, econmicos e sociais em que se desenvolvem os indivduos; por exemplo, o turismo. Escassez e Necessidades Humanas: O problema econmico por excelncia a escassez. Surgiu porque as necessidadeshumanassovirtualmenteilimitadas,eosrecursos econmicos,limitados,incluindotambmosbens.Esseno problematecnolgico,esimdedisparidadeentreosdesejos humanos e os meios disponveis para satisfaz-los. A escassez um conceitorelativo,poisexistedesejodeadquirirumaquantidadede bens e servios maior que a disponibilidade. Portanto eficincia produtiva e eficcia alocativa so as duas questes bsicas com que defrontam todos os agentes econmicos. Eficincia maximizar o emprego dos recursos. Eficcia otimizar as escolhas. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 5 As necessidades, os bens econmicos e os servios: O conceito de necessidade humana, isto , a sensao de carncia de algounidaaodesejodesatisfaz-laalgorelativo,poisosdesejos dosindivduosnosofixos.Assim,pois,ofatorealqueenfrentaa economia,queemtodasessassociedades,tantonasricascomo nas pobres, os desejos dos indivduos no podem ser completamente satisfeitos. Nessesentido,bensescassossoaquelesquenuncasetemem quantidade suficiente para satisfazer os desejos dos indivduos. Os bens econmicos caracterizam-se pela utilidade, pela escassez e por serem transferveis. Osbenslivres,como,porexemplo,oar,soaquelescuja quantidade suficiente para satisfazer a todo o mundo. ParaPinhoeVasconcellos(1998),emEconomiatudoseresumea uma restrio quase que fsica - a lei da escassez, isto , produzir o mximo de bens e servios a partir dos recursos escassos disponveis a cada sociedade. J Dallagnol (2008) cita Albert L. Meyer que parte de uma observao para explicar a lei da escassez. Diz que se fosse possvel dar a cada indivduoumalmpadadeAladim,todososproblemasquese ocupamoseconomistasseriamresolvidos.Setivssemosposseda lmpada,teramostodososbensquedesejssemos,enohaveria necessidadedecoordenao,divisoouprocurademaioreficincia paraotrabalhohumano,osproblemasdecorrentesdaproduoem massa,daexpansotecnolgicaedacincianasatividades produtivas deixariam de existir. No haveria necessidade de pesquisa paraoaumentodaprodutividadeagropecuria.Nofariamais sentidoslutasdeclasses,osconflitosentreosgrupossociais,as negociaescomerciaisinternaseexternas,arepartiodarendae da riqueza, as disputas ideolgicas e os problemas de ajustamento da ofertaglobal.E,comoaEconomiaacinciaquecuidadamelhor administrao dos escassos recursos disponveis para a satisfao das necessidades humanas, no teria mais por que existir. Todavia,arealidadeoutra.Associedadeshumanassemprese defrontamcomanecessidadedetrabalharparaatenderssuas necessidades fundamentais. Nenhumsistemaeconmicoathojeconseguiusatisfazertodasas necessidadesdacoletividade.Aescassezamaisseveradasleis milenares.Paraexploraranaturezaeextrairdelaosbens,todaa sociedadedefrontacomaslimitaesdeseusrecursosprodutivos humanosepatrimoniais.Osuprimentodessesrecursossemprefoi limitado,poismedidaqueosrecursosprodutivosseexpandeme WWW.PROFESSORCORREIA.COM 6 seaperfeioam,osdesejoseasnecessidadescrescemmaisque proporcionalmente. (DALLAGNOL, 2008) Considerando, nas modernas economias, a incorporao da cincia e da tecnologia na produo, poderia dizer que o problema da escassez estariasuperado,poisprovavelmente,osuprimentodebens destinadosaatenderasnecessidadesbiofisiolgicasdoshabitantes das economias mais afluentes estariasolucionado. Mas no assim, pois as necessidades primrias, de natureza biofisiolgicas, renovam-sedia-a-diaeexigemcontnuosuprimentodebensdestinadosa atend-los;e,aconstantecriaode novosdesejos enecessidades, motivados pela perspectiva que se abre a todos os povos de sempre aumentarem o seu padro de vida e o seu bem-estar material, faz o problema da produo ser perpetuado pela contnua necessidade, e o problemadaescasseztornassemaisgravequenaseconomias primitivas.Dallagnol(2008)salientaqueamedidaquetodosesses bensvoalcanandoelevadonveldeproduoemmassa,detal forma que o volume de sua oferta possa atender satisfatoriamente suaprocura,asaturaodomercadosercompensadopelacriao de outros bens, perpetuando-se, assim, o problema das necessidades insatisfeitas.Conduzidospelodespertardenovosdesejos,as necessidadesmateriaisparecemilimitadas.Coisasontemsuprfluas sohojeimprescindveis.Enopodemosimaginarondeseremos levados pela produo em massa, pelas novas necessidades que dia-a-diasocriadasepelaincapacidadederenunciarmosaposies materiais de bem-estar j conquistados. Fatores de Produo: OS PROBLEMAS ECONOMICOS FUNDAMENTAIS: Para Pinho e Vasconcellos (1998), nas bases de qualquer comunidade seencontrasempreaseguintetradedeproblemaseconmicos bsicos: O QUE produzir? - Isto significa quais os produtos devero ser produzidos(carros,cigarros,caf,vesturiosetc.)eemque quantidadesdeverosercolocadosdisposiodos consumidores. COMO produzir?- Isto , por quem sero os bens e servios produzidos,comquerecursosedequemaneiraouprocesso tcnico. PARAQUEMproduzir?-Ouseja,paraquemsedestinara produo, fatalmente para os que tm renda. QUAIS,QUANTO,COMOePARAQUEMproduzirnoseriam problemasseosrecursosutilizveisfossemilimitados.Masna realidadeexistemilimitadasnecessidadeselimitadosrecursos WWW.PROFESSORCORREIA.COM 7 disponveis e tcnicas de fabricao. Baseada nessas restries, a Economiadeveoptardentreosbensaseremproduzidoseos processostcnicoscapazesdetransformarosrecursosescassos em produo, conforme Pinho e Vasconcellos (1998). Pode-senatabelaaseguir,terumresumodosprincpios fundamentais da economia. Recursos ou Fatores de Produo: oReservas Naturais O elenco de recursos com que contam os sistemas econmicos para o exercciodasatividadesdeproduocompleta-secoma disponibilidade das reservas naturais.Em seu significadoeconmico, esterecursoconstitudopeloconjuntodoselementosdanatureza utilizadosnoprocessamentoprimriodaproduo.Osoloeaparte explorvel do subsolo, as terras de pastagem e de cultura, os cursos dgua,oslagos,asflorestaseaindaoprprioclimaeondice pluviomtricoincluem-seentreosrecursosnaturaisdequetoda WWW.PROFESSORCORREIA.COM 8 economiadevedispor,facesnecessidadesdesuprimento manifestadas pela sociedade. (POSSAMAI, 2001) A disponibilidade das reservas naturais no depende apenas das suas quantidadesfsicasdisponveis,masaindadeoutrosfatoresque viabilizamoseuefetivoaproveitamento.ParaPossamai(2001),o estgiodosconhecimentostecnolgicos,associadodisponibilidade derecursosdecapital,temligaesdiretascomovolumedas reservasnaturaiseconomicamenteaproveitveis.Asformasea extenso da ocupao territorial tambm influenciam o nvel em que asreservasnaturaisdisponveisseroefetivamenteempregadasno processamentobsicodaproduoqueratravsdaextraode matriasprimas,queraproveitandoospotenciaisenergticos existentes. Sendo assim, o prprio conhecimento de sua existncia e opr-levantamentodesuaspotencialidadescondicionaas disponibilidades econmicas das reservas. oCapital Paraoexercciodesuasatividadesdeproduo,apopulaoativa mobilizaumvariadoecomplexoconjuntodeinstrumentosede elementos infra-estruturais que do suporte s operaes produtivas, tornado-as mais produtivas, tornado-as mais eficientes. Este conjuntoconstituioestoquedecapitaldaeconomia.(POSSAMAI, 2001).Odesenvolvimentoemeiosdeproduo,associados primeirasmanifestaesdeconstruesinfra-estruturais,identifica-seclaramentecomprocessodeformaodecapital.Desdeasmais remotas culturas o homem foi acumulando riquezas destinadas obteno de novas riquezas destinadas obteno de novas riquezas. Comopassardotempocomaacumulaoeatransmissode conhecimentos,oacervoderecursosaumentariaemprogresso extraordinria.Oprocessodeinstrumentaodotrabalhohumano assumiriacrescentecomplexidade,tornandocadavezmaiseficiente oesforosocialdeproduo,masexigindo,emcontrapartida,que umaconsidervelparceladessemesmoesforopassasseaser canalizadasistematicamenteparaoaperfeioamentoeproduode novos e mais complexos recursos de capital. oTrabalho Apopulaoeconomicamentemobilizvel(Trabalho)representada porumsegmentodapopulaototal,delimitadopelafaixaetria aptaparaoexercciodeatividadesdeproduo,conformedescrito por Possamai (2001). Oslimitesdestafaixavariamemfunodoestgiode desenvolvimentodaeconomia,sofrendoaindaainflunciade WWW.PROFESSORCORREIA.COM 9 definiesinstitucionais,geralmenteexpressasatravsdalegislao de cunho social. Nas economias menos desenvolvidas observa-se que a idade de acesso s funes produtivas, sobretudo no meio rural, acentuadamentemaisbaixadoquenaseconomiasmadurasque ostentam altos padres de desenvolvimento econmico. Deformageral,porm,oacessose realizaentre15e25anoseas atividadessedesenvolvemaolongodeumperodovarivelque alcana, em mdia de 30 e 35 anos. A extenso da faixa de ingresso justificada pela variao dos perodos de preparao do indivduo e ainda pelas diferenas que se encontram na legislao social de cada pas quando idade mnima de acesso ao trabalho. De outro lado, o tempo de dedicao produo varia, essencialmente, em funo do tipodeatividadedesenvolvida,observando-setambmaqui variaes de natureza legal quanto ao perodo mnimo exigido para a aposentadoriaespontneaoucompulsria.Almdisso,hque considerarasdiferenasinstitucionaistambmdecorrentedo estgiodedesenvolvimentoedomeioemqueserealizamas atividadesdeproduoaplicvelmobilizaodohomemeda mulher.Hdiferenasacentuadasnosquantoaosregimeslegais deproteo,comoaindaquantosformasdeorganizaosocial, resultando diferentes perodos de vida produtiva. (POSSAMAI, 2001) oTecnologia Para Possamai (2001) tecnologia pode ser considerada como um fator de produo de natureza qualitativa. Trata-sedeumelodeligaoentreapopulaoeconomicamente mobilizveleosrecursosdecapital.Estacapacidadeacumula-se, transforma-se e evolui pela permanente transmissodeconhecimento.Degeraoageraoevoluodos processosdeproduo,decorrentesdoextraordinrio desenvolvimento de recursos de capital cada vez maisavanadosesofisticados,ossistemaseconmicosexigemum paralelo desenvolvimento da tecnologia aplicada. Estacapacidadeinerentequalificaodosrecursoshumanos.O saberfazer,imprimecaractersticasextremamentevariadasadado conjuntodepopulaoeconomicamentemobilizvel.Asnaes desenvolvidas contam no apenas com extraordinria base de recursosdecapitalacumulados,mascomrecursoshumanos preparadosparaoperarocomplexoaparelhamentodeproduodo sistema. J as economias subdesenvolvidas noapenasapresentamestoquesdecapitalpoucoeficazesesub-dimensionados,comoaindarecursoshumanostecnicamente despreparados.Decertaforma,osprocessosdecriao, WWW.PROFESSORCORREIA.COM 10 aperfeioamentoeacumulaodecapitalcaminhamparalelamente com o de formao de capacidade tecnolgica. So, por assim dizer, duas engrenagensqueseajustam.Omovimentodeumadelas est necessariamente vinculado ao movimento da outra. oA Capacidade Empresarial semelhana da capacidade tecnolgica, a capacidade empresarial tambmumfatordenaturezaqualitativa.Trata-sedoesprito empreendedor que movimenta, combina e anima os demais recursos de produo do sistema. Tanto empreendedorismo de carter privado ou pblico. Assume-a o Estado, ao mobilizar recursos para atividades econmicas de produo ou de formao da infra-estrutura de apoio. Assume-a,dentrodascondiesinstitucionaisdalivreiniciativa,o empresrioprivadoouosgruposdeconstituioprivada,quandoa implantao,ampliaoeoperaodeseusempreendimentos econmicosdeproduo.E,tanto,numcasocomonooutro,a capacidadeempresarialenquadra-senodomniodosagentes dinmicos da vida econmica. AGENTES ECONMICOS: Os Agentes Econmicos - As Famlias, As Empresas e o Setor Pblico -soosresponsveispelaatividadeeconmica.Emrelaoaoseu comportamento,supe-sequesocoerentesquandotomam decises.AatividadeeconmicaeosAgentesEconmicoscaracterizam-sena produo de ampla gama de bens e servios, cujo destino ltimo a satisfaodasnecessidadeshumanas.Oshomens,mediantesua capacidadedetrabalho,soosorganizadoreseexecutoresda produo dos fatores produtivos (terra, trabalho e capital) dentro das empresas,assimcomoadireodesuasatividades,recaisobre pessoas ou grupos de carter privado ou pblico.Na economia, os diversos papis que desempenham os Agentes Econmicos, isto , as Famlias ou Unidades Familiares, as Empresas e o Setor Pblico, podem ser agrupados em trs grandes setores: Setor Primrio, que abrange as atividades que se realizamprximassbasesdosrecursosnaturais,isto,asatividades agrcolas, pesqueiras, pecurias e extrativas. Setor Secundrio, que inclui as atividades industriais,mediante as quais so transformados os bens. Setor Tercirio ou de Servios, que rene as atividadesdirecionadas a satisfazer as necessidades de servios produtivos que no se transformam em algo material. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 11 Asempresasnasociedademoderna,asempresasproduzeme oferecem praticamente a totalidade dos bens e servios. Aempresaaunidadedeproduobsica,contratatrabalhoe comprafatorescomofimdefazerevenderbenseserviosas famlias ou unidades familiares. Os diferentes Agentes Econmicos podem ser divididos em privados e pblicos. Os agentes privados bsicos so as famlias e as empresas. As funes das famlias constituem em, por um lado, consumir bens e servios; por outro, oferecer seus recursos, isto , trabalho e capital asempresas.Entretantoasfamliasquepretendemmaximizara satisfao obtida no consumo so limitadas pelo oramento de que dispem. Entende-se por setor pblico mais do que somente o Estado a Nao das organizaes polticas atuais. OGovernodestaca-secomoagenteeconmicodevidos particularidadesqueenvolvemsuasaeseconmicas.OGoverno um agente coletivo que contrata diretamente o trabalho de unidades familiares e que adquire uma parcela da produo das empresas para proporcionar bens e servios teis sociedade como um todo. Trata-se, pois, de um centro de produo de bens e servios coletivos. Suas receitasresultamderetiradascompulsriasdopoderaquisitivodas unidadesfamiliaresedasempresas,feitaspormeiodosistema tributrio.Almdeinteragircomosdemaisagenteseconmicos,o Governoumcentrodegerao,execuoejulgamentoderegras bsicas para a sociedade como um todo. Bens Econmicos: Dallagnol(2008)destacaqueaproduodebenseserviosou produoeconmicapodeserclassificadaemtrscategorias,de acordo com a sua destinao: BenseServiosdeConsumo:Soaquelesbenseserviosque satisfazemsnecessidadesdaspessoasquandoconsumidosno estadoemqueseencontramcomoalimentos,roupas,servios mdicosetc.Possamai(2001)afirmaqueosbenseserviosde consumo, de uso imediato ou durvel, so destinados ao atendimento das necessidades da populao.Nossistemaseconmicosmodernos,assolicitaesdebense serviosdeconsumoenvolvemnosomenteasatisfaode necessidades biofisiolgicas, como principalmente um desejo (emgrandepartedoscasosartificialmenteestimulados)de diversificaoesofisticadoconjuntodeprodutosresultantesde atividadessecundriasetercirias,eexatamenteemdecorrncia destasltimassolicitaes,emgeralexcitadaporpromoes desenvolvidaspelasprpriasunidadesdeproduo,queas WWW.PROFESSORCORREIA.COM 12 necessidades de bens e servios de consumo so consideradas como ilimitadas. BenseServiosIntermedirios:Soosbenseserviosqueno atendem diretamente s necessidades das pessoas, pois precisam ser transformadosparaatingirsuaformadefinitiva.Comoexemplo, podemos citar as chapas de ao que so empregadas na produo de automveis;osserviosdecomputaoquepreparamasfolhasde pagamentos para empresas etc. (DALLAGNOL, 2008). Osbenseserviosintermediriossoconstitudosporinsumos destinados ao reprocessamento, esses bens reingressam no aparelho deproduodaeconomia,paraquesejamtransformadasembens capazesdeatenderanecessidadesfinais.Assementes,asfibras naturaisousintticas,osminrioseumamultiplicidadedeoutros bensdamesmanaturezasoidentificadoscomointermedirios.No campo dos servios, h tambm os que apenas se destinam a servir de suporte para as atividades de produo do sistema. Esses tambm so considerados intermedirios, uma vez que se destinam a atender s exigncias operacionais das empresas e no s necessidades finaisdasociedade.Atodososbenseserviosdestacategoria,ao retornarem s unidades de produo, so adicionados novos esforos ativos, que no apenas modificar suas caractersticas, como tambm oseuvaloreconmico.Emcadaumadelasmobilizam-senovos recursos e combinam-se novos fatores, elevando-se em conseqncia a soma dos valores adicionados. (POSSAMAI, 2001). BensdeCapital:tambmnoatendemdiretamentes necessidadesdosconsumidores,masdestina-seaaumentara eficinciadotrabalhohumanonoprocessoprodutivo,comoas mquinas, as estradas etc. (DALLAGNOL, 2008). ParaPossamai(2001),osbensdecapitalsoconstitudosporuma categoriaespecialdebensfiliais.Sobensque,emborano destinadosaoconsumo,consideram-secomoterminaisemrelao aosfluxosdeproduodequeseoriginaram.Asbasesinfra-estruturaisdaeconomia(constitudasporferrovias,portos hidreltricas,rodovias,entrepostosdeabastecimentoeoutros recursosfixosdeutilizaocoletiva),somadassedificaesfabris, aosimplementosagrcolas,aosequipamentosindustriaiseaoutros instrumentosdeproduo,soexemplostpicosdebensdesta terceiracategoria.Estesbens,atravsdasatividadesde investimento, destinam-se a se incorporar ao estoque de capitaldaeconomia.Nessesentido,noatendemdiretamentes necessidades humanas de consumo. Todavia, ao seincorporarem ao estoque disponvel de capital, quer para sua manuteno,renovaoouampliao,aumentamaeficinciado trabalho humano, constituindo-se numa das fontes mais significativas do processo de crescimento econmico. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 13 Sistema Econmico: SistemaEconmicooconjuntoderelaestcnicas,bsicase institucionaisquecaracterizamaorganizaoeconmicadeuma sociedade.Essasrelaescondicionamosentidogeraldasdecises fundamentais que se tomam em toda a sociedade e os ramos predominantes de sua atividade. Para Dallagnol (2008), um sistema econmico pode ser definido como sendo a forma poltica, social e econmica pela qual est organizada asociedade.umparticularsistemadeorganizaodaproduo, distribuio,consumodetodososbenseserviosqueaspessoas utilizam buscando uma melhoria no padro de vida e bem-estar. Sistema Econmico: reunio dos diversos elementos participantes da produoedoconsumodebenseserviosquesatisfazemas necessidades da sociedade, organizados do ponto de vista econmico, social,jurdicoeinstitucional.(SistemaCapitalista,Socialista, Parlamentarista, Monarquia...) Anlise Microeconmica: AMicroeconomiaconvencionalsedivideemTeoriadoConsumidor, Teoria da Firma, Equilbrio de Mercado, Estruturas de Mercado, Teoria do Equilbrio Geral e Teoria do Bem-estar. A Teoria do Consumidor a parte da Microeconomia que se preocupa emestudarocomportamentodoconsumidor.Tratamosdessaparte aodiscutirascurvasdedemandaeofertaindividualdemercadode um produto. ATeoriadaFirmaapartedaMicroeconomiaquesepreocupaem estudarocomportamentodafirma.ATeoriadaFirmaabrangea Produo, os Custos e a Anlise dos Rendimentos da Firma. PinhoeVasconcellos(1998),destacamquegenericamente,a MicroeconomiaconcebidacomooramodaCinciaEconmica voltadoaoestudodocomportamentodasunidadesdeconsumo representadas pelos indivduos e / ou famlias (estas desde que caracterizadasporumoramentonico),aoestudodasempresas, suasrespectivasproduesecustoseaoestudodaproduoe preosdosdiversosbens,serviosefatoresprodutivos.Desta maneiradistingue-sedaMacroeconomia,porqueestaseinteressa pelo estudo dos agregados como a produo, o consumo e a renda da populaocomoumtodo.Secundariamente,aMicroeconomia apresenta uma viso microscpica dos fenmenos econmicos,eaMacroeconomia,umaticatelescpica,isto,esta ltimapossuiumaamplitudemuitomaior,apreciandoo funcionamento da economia no seu global.WWW.PROFESSORCORREIA.COM 14 Attulocomparativo,sefosseconsideradaumafloresta,a Microeconomiaestudariaasespciesvegetaisqueacompem,ou seja,acomposiodoprodutocomoumtodo,enquantoa Macroeconomia preocupar-se-ia com o nvel do produto total. NavisodeDallagnol(2008),aanlisemicroeconmica,outeoria dospreos,comopartedascinciaseconmicas,preocupa-seem explicarcomosedeterminaopreodosbenseservios,bemcomo dosfatoresdeproduo.Oinstrumentalmicroeconmicoprocura responder tambm, a questes aparentemente simples; por exemplo, porque,quandoopreodeumbemseeleva,aquantidade demandada desse bem deve cair, ceteris paribus. Entretanto, deve-se salientar que, se a teoria microeconmica no ummanualdetcnicasparatomadasdedecisesdodia-a-dia, mesmoassimelarepresentaumaferramentatilparaestabelecer polticaseestratgias,dentrodeumhorizontedeplanejamento, tanto para empresa como para polticas econmicas. Paraasempresas,aanlisemicroeconmicapodesubsidiaras seguintes decises: Poltica de preos da empresa; Previses de demanda e faturamento; Previses de custo de produo; Decisestimasdeproduo(escolhadamelhoralternativade produo, isto , da melhor combinao de fatores de produo); Avaliaoeelaboraodeprojetosdeinvestimentos(anlisede custo-benefcio da compra de equipamentos, ampliao da empresa); Polticadepropagandaepublicidade(comoasprefernciasdos consumidores podem afetar a procura do produto); Localizao da empresa (se a empresa deve se situar prxima aos centros consumidores ou aos centros fornecedores de insumos); Diferenciao de mercados (possibilidade de preos diferenciados, em diferentes mercados consumidores do mesmo produto). Emrelaopolticaeconmica,ateoriamicroeconmicapode contribuir na anlise de tomada de decises das seguintes questes: Avaliao de projetos de investimentos pblicos; Efeitos dos impostos sobre mercados especficos; Poltica de subsdios (nos preos de produtos como trigo e leite, ou na compra de insumos como mquinas, fertilizantes); Fixao de preos mnimos na agricultura; Controle de preos; Poltica salarial; Poltica de tarifas pblicas (gua, luz e outras); Poltica de preos pblicos (como petrleo, ao); Leis antitrustes (controle de lucros de monoplios e oligoplios). WWW.PROFESSORCORREIA.COM 15 Comoseobserva,sodecisesnecessriasaoplanejamento estratgicodasempresasepolticaeprogramaoeconmicado setor pblico. Oestudodateoriamicroeconmicaenvolveentoosseguintes tpicos: Anlise da demanda ou procura de uma mercadoria ou servio; Anlise da oferta de um bem ou servio; Anlise das estruturas de mercado a partir da demanda e da ofertasodeterminadosopreoequantidadedeequilbriodeum dadobemouservio.Opreoeaquantidade,entretanto, dependero da particular forma ou estrutura desse mercado, ou seja, seelecompetitivo,commuitasempresasproduzindoumdado produto, ou concentrado em poucas ou em uma nica empresa. Na anlisedasestruturasdemercadoavaliam-seosefeitosdaofertae da demanda, tanto no mercado de bens e servios como no mercado de fatores de produo. A Hiptese - coeteris paribus: Para analisar um mercado especfico, a Microeconomia se vale de que tudoomaispermanececonstante(emlatim,coeterisparibus).O focodeestudodirigidoapenasquelemercado,analisando-seo papelqueaofertaeademandaneleexercem,supondoqueoutras variveisinterfirammuitopouco,ouquenointerfiramdemaneira absoluta.Adotando-seessahiptese,torna-sepossveloestudodeum determinadomercadoselecionando-seasvariveisqueinfluenciam osagenteseconmicosconsumidoreseprodutoresnesse particular mercado, independentemente de outros fatores, que esto em outros mercados, poderem influenci-los. Sabemos, por exemplo, queaprocuradeumamercadorianormalmentemaisafetadapor seupreoepelarendadosconsumidores.Paraanalisaroefeitodo preosobreaprocura,supomosquearendapermaneaconstante (coeterisparibus);damesmaforma,paraavaliararelaoentrea procuraearendadosconsumidores,supomosqueopreoda mercadorianovarie.Temos,assim,oefeitopurooulquidode cada uma dessas variveis sobre a procura. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 16 Teoria do Consumidor: A Demanda Teoria Utilitarista Osfundamentosdaanlisedademandatmporbaseo conceito subjetivo de utilidade. O conceito utilidade, em economia, designaograudesatisfaoqueoconsumidoratribuiaosbense servios que podem ser adquiridos no mercado. Utilidade, portanto, umatributoqueosbenseconmicospossuemdesatisfazero consumidor. Teoria da Escolha / Preferncia: Conjuntodeumaoumaismercadoriasassociados quantidades consumidas de cada uma dessas mercadorias. (cestas de mercadorias) Curvas de Indiferena: olugargeomtricodospontosquerepresentamcestasde consumo indiferentes entre si. Relaciona-seaformapelaqualoconsumidorescolheentre diferentescestasdemercadorias.Trscondiesdevemser atendidas para se estabelecer essas curvas: > 1 condio: existncia de uma escala de preferncia; > 2 condio: transitividade; > 3 condio: mais quantidade prefervel a menos quantidade. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 17 Mapa de indiferena: o conjunto de curvas de indiferena. A linha de restrio oramentria: Dadoqueasmercadoriastmseuspreoseoconsumidortem uma renda limitada, ento uma dada linha de restrio oramentria representa um limite de consumo para o consumidor. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 18 O equilbrio do consumidor:

Oequilbriodoconsumidorobtidonacestademercadorias correspondenteaopontodetangnciaentrealinhaderestrio oramentriaeacurvadeindiferenamaiselevadaquetocaessa linha. Conceito: A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de certo bemouservioqueosconsumidoresdesejamadquirirem determinado perodo de tempo.Aprocuradependedevariveisqueinfluenciamaescolhado consumidor. So elas: O preo do bem ou servio; esta a varivel mais importanteparaqueoconsumidordecidaoquantovaicomprardobem;seo preoforconsideradobarato,provavelmenteeleadquirirmaiores quantidades do que se for considerado caro; O preo de outros bens; se o consumidor deseja adquirirmanteiga,porexemplo,elenoolharsomenteopreodesta,mas tambmopreodebenssubstitutostaiscomoamargarinaouo requeijo;damesmaforma,seeledesejaradquirirarroz, considerarnosomenteopreodoarroz,mastambm opreodo feijojque,emnossopas,oconsumodestesbensest freqentemente associado um ao outro; WWW.PROFESSORCORREIA.COM 19 A renda do consumidor; embora muitas vezes o consumidor considereatrativoopreodobem,elepodenoterarenda(y) suficiente para compr-lo; Hbitos ou preferncia do indivduo; esta uma das variveismaisimportantesporque,emboraopreodeumbemesteja adequado,oconsumidorsenotiverohbitonoserinfluenciado pelo preo. Paraestudar-seainflunciaisoladadessasvariveisutiliza-sea hipteseceterisparibus.Condioceterisparibus:impossvel compreenderainflunciaeimportnciadecadaumadasvariveis, seelassofreremtodasumaalteraoaomesmotempo.Assume-se queoestudodafunoprocuradeterminadaporumavarivel, sendo todas as demais constantes. Estacondioconhecidaemeconomiacomoacondioceteris paribus. Assim, por exemplo, caso se deseje saber o que ocorre com a demanda do bem X se o preo do mesmo aumentar preciso supor quetodasasdemaisvariveisqueinfluenciamademanda permaneamconstantes,demodoqueavariaodademandaseja atribuvel exclusivamente variao do preo. A Lei da Procura: As vrias quantidades que os consumidores estaro dispostos e aptos aadquirir,emfunodosvriosnveisdepreospossveis,em determinado perodo de tempo representa a Lei da Procura. Areaotpicadosconsumidoresaosnveisdospreospodeser explicada por trs razes: 1)Quantomaisaltososseusnveis,menorseronmerode consumidoresdispostoseefetivamenteaptosparaingressarno mercado; 2) Efeito substituio; 3) Quanto maiores forem as quantidades disponveis de um produto qualquer, menores sero os graus de sua utilidade marginal. De acordo com Pinho e Vasconcellos (1998), a escolha do consumidor influenciada por algumas variveis que em geral sero as mesmas queinfluenciarosuaescolhaemoutrasocasies.Dessaforma, costuma-se apresentar quatro determinantes de procura individual: I - preo do bem; II - preos dos outros bens; III renda do consumidor IV - gosto ou preferncia do indivduo. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 20 Emlinguagemmatemticaseexpressaestasrelaesdaseguinte forma: Dx = f(Px,P1,P2...Pn1,R,G) Porexemplo,sedizque,ceterisparibus,ademandafunodo preo, sendo: Dx = a demanda do bem x Px = o preo do bem x Pi = o preo dos outros bens, i = 1, 2, ... n-1 R = renda G = preferncias Deslocamentos, Curva da Procura: Osfatoresdeterminantesdaprocurasoconstitudosporum conjunto de elementos que podem alterar, para mais e para menos, a prpria posio da curva, deslocando-a positiva ounegativamente.Entreoutros,osenunciadosaseguirso considerados os de maior importncia: 1) Dimenso do mercado; 2) Variao do poder aquisitivo; 3) Atitudes e preferncias dos consumidores; 4) Preos dos produtores substitudos; 5) Expectativas sobre a evoluo da oferta. CurvadeDemandaarepresentaogrficadasdiferentes quantidadesdeumbemqueosconsumidoresestodispostosa comprar aos diferentes preos por unidade de tempo. LeidaDemandaexpressaarelaoinversaexistenteentrea quantidadedemandadadeumbemeseupreo.Indicaquequanto maioropreodeumbem,menorseraquantidadedemandada desse bem. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 21 Humarelaoinversamenteproporcionalentreaquantidade procurada e o preo do bem, ceteris paribus. chamada lei geral da demanda. Os economistas supem que a curva de procura revela as prefernciasdosconsumidores,sobahiptesedequeesto maximizandosuautilidade,ougraudesatisfaonoconsumo daquele produto. Ou seja, subjacente curva h toda uma teoria de valor, que envolve os fundamentos psicolgicos do consumidor. Acurvadeprocurainclina-sedecimaparabaixo,nosentidoda esquerdaparaadireita,refletindoofatodequeaquantidade procuradadedeterminadoprodutovariainversamentecomrelao ao seu preo, ceteris paribus. Acurvadademandanegativamenteinclinadadevidoaoefeito conjunto de dois fatores: efeito substituio e o efeito renda. Efetivamente,aprocuradeumamercadorianoinfluenciada apenasporseupreo.Existeumasriedeoutrasvariveisque tambmafetamaprocura.Paraamaioriadosprodutos,aprocura ser tambm afetada pela renda dos consumidores, pelo preo dos benssubstitutos(ouconcorrentes),pelopreodosbens complementares e pelas preferncias ou hbitos dos consumidores. Searendadosconsumidoresaumentaeademandadoproduto tambm, temos um bem normal. Existetambmumaclassedebensquesochamadosdebens inferiores,cujademandavariaemsentidoinversosvariaesda renda;porexemplo,seoconsumidorficarmaisrico,diminuiro consumodecarnedesegundaeaumentaroconsumodecarnede primeira. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 22 Temostambmocasodebensdeconsumosaciado,quandoa demanda de um bem no influenciada pela renda dos consumidores (como arroz, farinha, sal). ExisteumaexceoleidademandaobemdeGiffen.Essa situao,poucoprovveldeocorrernaprtica,conhecidacomo paradoxo de Giffen, acontece quando h uma relao direta entre preos e quantidade procurada do bem (curva de demandapositivamenteinclinada).Comoum exemplo,suponhaque aspessoasconsumamgrandequantidadedeumprodutoeque ocorra uma queda no preo desse bem. Com o aumento relativodoseupoderaquisitivo,aspessoas,emvezdegastarmais nesse produto, do qual j esto enfastiadas, reduzem o seu consumo, demandando outros ou seja, a queda de preo desse bem levou queda em seu consumo, o que contraria a lei da demanda. Distino entre demanda e quantidade demandada: Emboratendamaseremutilizadoscomosinnimos,essestermos tm significados diferentes. Pordemandaentende-setodaaescalaquerelacionaospossveis preos a determinadas quantidades. Porquantidadedemandadadevemoscompreenderumponto especfico da curva relacionando um preo a uma quantidade. Assim, asalteraesnasquantidadesdemandadasocorremaolongoda prpria curva de demanda. J alterao na demanda faz com quese origine uma nova curva. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 23 A Oferta: De acordo com Dallagnol(2008), pode-se conceituar oferta como as vriasquantidadesqueosprodutoresdesejamofereceraomercado emdeterminadoperododetempo.Damesmamaneiraquea demanda, a oferta depende de vrios fatores; dentre eles: De seu prprio preo; Do preo (custo) dos fatores de produo; Das metas ou objetivos dos empresrios. Diferentementedafunodemanda,afunoofertamostrauma correlaodiretaentreasquantidadesofertadasenveldepreos, ceteris paribus. a chamada lei geral da oferta. Arelaodiretaentreaquantidadeofertadadeumbemeopreo dessebemdeve-seaofatodeque,ceterisparibus,umaumentodo preo de mercado estimula as empresas a elevar a produo; novas empresasseroatradas,aumentandoaquantidadeofertadado produto. Almdopreodobem,aofertadeumbemouservioafetada peloscustosdosfatoresdeproduo(matrias-primas,salrios, preodaterra),poralteraestecnolgicasepeloaumentodo nmerodeempresas.Ficaclaro,portanto,quearelaoentrea ofertaeocustodosfatoresdeproduoinversamente proporcional. Por exemplo, um aumento dos salrios ou do custo das matrias-primasdeveprovocarceterisparibus,umaretraoda oferta do produto. Arelaoentreaofertaenveldeconhecimentotecnolgico diretamenteproporcional,dadoqueasmelhoriastecnolgicas promovem melhorias da produtividade no uso dos fatoresdeproduo,e,portantoaumentodaoferta.Damesma forma, h uma relao direta entre a oferta de um bem ou servio e o numero de empresas ofertantes do produto no setor. Oferta e quantidade ofertada: Como no caso da demanda, tambm deve-se distinguir entre a oferta e a quantidade ofertada de um bem. A oferta refere-se escala (ou todaacurva),enquantoaquantidadeofertadadizrespeitoaum ponto especfico na curva de oferta. Assim, um aumento no preo de umbemprovocaumaumentodaquantidadeofertada,ceteris paribus,enquantoumaalteraonasoutrasvariveis(comonos custos de produo ou no nvel tecnolgico) desloca a oferta (isto a curva de oferta). WWW.PROFESSORCORREIA.COM 24 WWW.PROFESSORCORREIA.COM 25 Por exemplo, conforme se observa na figura anterior, um aumento no custodasmatrias-primasprovocaumaquedadaoferta,mantidoo mesmopreoP0,ceterisparibus,asempresassoobrigadasa diminuir a produo. Poroutrolado,umadiminuionopreodosinsumos,ouuma melhoriatecnolgicanautilizaodosmesmos,ou,aindaum aumento no nmero de empresas no mercado, conduz a um aumento daoferta,dadososmesmospreospraticados,deslocando-sedesse modo, a curva da oferta para a direita, conforme se observa na figura acima. Do mesmo modo que a demanda, a oferta de um bem real depende deumconjuntodefatores.Soeles:atecnologia,ospreosde fatores produtivos (terra, trabalho, capital etc.) e o preo do bem que se deseja oferecer. Se permanecerem constantes todos os fatores citados, menos o preo do bem que se oferece, obteremos a relao existente entre o preo de um bem; por exemplo, as laranjas, e a quantidade de laranjas que um agricultor desejaria oferecer por preo, por unidade de tempo. ACurvadeOfertadeMercadomostraarelaoentreaquantidade de um bem oferecida por todos os produtores e seu preo, mantendo constantes os outros fatores produtivos. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 26 Equilbrio de Mercado: A Lei da Oferta e da Procura: tendncia ao equilbrio: A interao das curvas de demanda e de oferta determina o preo e a quantidade de equilbrio de um bem ou servio em um dado mercado. Seja o quadro abaixo, representativo da oferta / demanda do bem X: Como se observa na tabela, existe equilbrio entre oferta e demanda do bem X quando o preo igual a R$ 6,00. PREO(R$)QTDE. PROCURADA QTDE. OFERTADA SITUAO DE MERCADO 1,00 11 1 Excesso de procura (escassez de oferta) 3,00 9 3 Excesso de procura (escassez de oferta) 6,00 6 6 Equilbrio entre oferta e procura 8,00 4 8 Excesso de oferta (escassez de procura) 10,00 2 10 Excesso de oferta (escassez de procura) WWW.PROFESSORCORREIA.COM 27 Hipteses relativas a um mercado concorrencial ou competitivo: 1)ascurvasdaprocuratmumdeclivenegativoemtodaasua extenso; 2)ascurvasdaofertatmumaclivepositivoemtodaasua extenso; 3) verifica-se uma alterao do preo, se e s se houver excesso de procura: no sentido da subida se o excesso de procura for positivo, e no sentido da descida se o excesso de procura for negativo. As Quatro Leis da Oferta e da Procura: 1-Umacrscimonaprocuradeumbemprovocaumacrscimono preo e quantidade de equilbrio; 2 - Um decrscimo na procura de um bem provoca um decrscimo no preo e na quantidade de equilbrio; 3-Umacrscimonaofertadeumbemprovocaumdecrscimono preo de equilbrio e um acrscimo na quantidade de equilbrio. 4-Umdecrscimonaofertadeumbemprovocaumacrscimono preo de equilbrio e um decrscimo na quantidade de equilbrio. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 28 Movimento de Preos: Para Dallagnol (2008) h uma distncia grande entre os conceitos de procuraedequantidadesprocuradas.Comovimos anteriormente,asquantidadesprocuradasdependedospossveis nveis de preos dos produtos: se reunirmos, de um lado, esses diferentesnveisdepreose,deoutro,ascorrespondentes quantidadesprocuradas,obtm-seumacurvadaprocura.No entanto, a procura depende de uma srie de fatores que nada tem a ver com os preos de mercado inicialmente supostos. Osfatoresdeterminantesdaprocurasoconstitudosporum conjunto de elementos que podem alterar, para mais e para menos a prpria posio da curva, deslocando-a positiva ou negativamente. Os de maior importncia so: 1) Dimenso do mercado (D) 2) Variao do poder aquisitivo (V) 3) Atitude e preferncias dos consumidores (A) 4) Expectativa sobre a evoluo da oferta (E); E 5) Preos dos produtos substitutos (Pa ...Pk.... Pn). Assim,osfatoresdeterminantesdaprocura(P)umarelao funcional de dependncia, que pode ter a seguinte notao matemtica: P = f (D, V, A, E, Pa...Pk...Pn) Oprimeirodestesfatores(dimensodomercado-D),que primeiramentedeterminadopelonmerodeconsumidores economicamente aptos, um dos mais importantes determinantes da procura. Quando aumenta a dimenso do mercado, atravs do aumentodapopulaoaptaaconsumir,acurvadedeterminado produtosofreumdeslocamentopositivo,poiscertamentehaver, paratodososnveisdepreospossveis,umnmeromaiorde consumidores dispostos e aptos a ingressar no mercado. Omesmosepodedizerdosegundofator(variaodopoder aquisitivo V ), basicamente determinado pelo crescimento da renda disponveldasunidadesfamiliares,provocandotambmuma expanso da procura de determinado produto. Odeslocamentopodeserprovocadoporoutrosfatores:atitudede prefernciadoconsumidor-A(que,alis,podemsermanejadas pelascampanhaspublicitrias);expectativassobreaevoluoda oferta (escasseamento ou maior abundncia do produto no mercado) epreosdosprodutossubstitutossimilaresousucedneostambm podemproduziraumentosediminuiesnasescalasdeprocura, WWW.PROFESSORCORREIA.COM 29 alterandoparamaisouparamenos.Afiguraaseguirdemonstra graficamente o deslocamento. Fonte: Pinho e Vasconcellos (1998, p.112) importanteobservarqueessasvariaesdaprocurasobem diferentesdasvariaesdequantidadesprocuradas.As variaesdequantidadesprocuradasrealizam-seaolongodacurva inicialmente definida. As variaes na procura so capazes de definir novas curvas da procura. Odeslocamentonegativoteriasidoprovocado,porexemplo,por umareduodomercado,porumaquedadopoderaquisitivoou aindaporumamodificaonegativadasatitudeseprefernciasdos consumidores.Nosegundocaso,odeslocamentopositivoa influncia desses fatores teria sido exatamente o inverso: a dimenso domercadoteriasidoexpandida,opoderaquisitivoteriasido ampliado, as atitudes e expectativas da coletividade passariam a ser mais favorvel ao produto, enquanto os preos dos produtos substitutos tambm registrariam alteraes que favoreciam a procura do produto considerado. O deslocamento (positivo ou negativo) da curva da oferta O mesmo raciocnio desenvolvido para a procura pode ser aplicado oferta, no entanto os fatores determinantes deste so bem diferentes dosqueinfluenciaaprocura.Osfatoresqueinfluenciamacurvada oferta so: WWW.PROFESSORCORREIA.COM 30 1) Nmero de empresas potencialmente aptas (N) 2) Condies dia-a-dia oferta dos recursos de produo (C) 3) Preo dos diferentes recursos (Pa... Pk... Pn) 4) Alteraes na estrutura tecnolgica (T) 5) Expectativa sobre a evoluo da procura (E) 6) Expectativa sobre o comportamento dos preos (P). Assim,pode-seafirmarqueessesfatoressoosprincipais determinantesdaoferta(O),existindoumarelaofuncionalde dependncia, que pode ter a seguinte conotao matemtica: O = f (N, C, Pa... Pk... Pn, T, E, P) Essesseisfatoresexercemapreciveisinfluenciassobreaoferta inicialmentedefinidaparadeterminadoproduto.Oingressodemais umaempresanomercadocertamentevaiprovocarumaalterao para mais na correspondente curva da oferta, para todos os nveisdepreospossveis.Istotambmocorrersehouveruma expanso(comaconseqenteabsoro)dosrecursosdeproduo disponvelou,ento,umaalteraonaestruturatecnolgica,capaz depossibilitarsensveisreduesnocustodeproduoe,em conseqncia,umaumentodonmerodeprodutoresdispostosa expandirosnveisanterioresdaoferta,aospreosdemercado possveis. Tambmaquiserimportanteobservarqueessasvariaesda ofertasobemdiferentesdasvariaesnasquantidades ofertadas.Asvariaesnasquantidadesofertadasrealizam-seao longo da curva inicialmente definida, enquanto as variaes da oferta so capazes de definir novas curvas. A figura a seguir mostra graficamente o deslocamento positivo e negativo da curva da oferta. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 31 Fonte: Pinho e Vasconcellos (1998, p.113) O grau de competitividade com que os produtores e consumidores se dispemavenderecomprarsoidentificadospelocomportamento dascurvasdeofertaedemanda.Lembre-sequeademandaea oferta so tambm determinadas por outras variveis alm de preos.Assim,aquantidadededeterminadamercadoriaqueos produtores desejam vender depende no s dos preos, mas tambm deseucustodeproduo,incluindosalrios,despesasfinanceirase custos de matrias-primas. E que, a quantidade demandada depende da renda total disponvel dos consumidores. precisocompreendercomoascurvasdaofertaedemandase modificam,emrespostaamudanasdevariveiscomosalrios, custos de capital e renda. Na figura a seguir podemos verificar o deslocamento da Procura e da Oferta e o Movimento dos Preos. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 32 Fonte: Dallagnol (2008, p.62) WWW.PROFESSORCORREIA.COM 33 ELASTICIDADES: Elasticidade-preo da Demanda: a resposta relativa da quantidade demandada de um bem X s variaes de seu preo, ou, de outra forma, a variao percentual na quantidade procurada do bem X em relao a uma variao percentual em seu preo, coeteris paribus. E(pd)= variao percentual em Q Variao percentual em P Como a correlao entre preo e quantidade demandada inversa, ou seja, a uma alterao positiva de preos corresponder uma variao negativa da quantidade demandada, o valor encontrado da elasticidade-preo da demanda ser sempre negativo. Para evitar-se problemas com o sinal, o valor da elasticidade normalmente colocado em mdulo. Suponhamos, por exemplo, os seguintes dados: Po = preo inicial = R$ 20,00 P= preo final = R$ 16,00 Qo = quantidade demandada, ao preo = Qo = 30 Q= quantidade demandada, ao preo = Q= 39 Vejamos a variao percentual do preo: P - Po -4 - 0,2 ou 20% Po20 J a variao percentual da quantidade demandada dada por: Q - Qo 9 - 0,3 ou 30% Qo 30 O Valor da elasticidade-preo da demanda dado por: E(pd) variao percentual de Q +30% -15 ou[Epd] = 1,5 variao percentual de P - 20% Significa que, dada uma queda de 20% no preo, a quantidade demandada aumenta em 1,5 vez os 20%, ou seja, 30%. Trata-se de um produto cuja WWW.PROFESSORCORREIA.COM 34 demanda tem grande sensibilidade de variaes do preo. Isso nos remete aos conceitos de demanda elstica, inelstica e de elasticidade unitria. Demanda Elstica A variao da quantidade demandada supera a variao do preo, ou [ Epd ] > 1 No exemplo anterior, os consumidores desse produto tem grande reao ou resposta, nas quantidades, a eventuais variaes de preos. Em caso de aumentos de preos, diminuem drasticamente o consumo; quando h quedas do preo de mercado, aumentam o consumo, em uma vez e meia a variao do preo. Demanda Inelstica Ocorre quando uma variao percentual no preo provoca uma variao percentual relativamente menor nas quantidades procuradas, coeteris paribus, ou [ Epd ] < 1 Exemplo: [ Epd ] = 0,5% ou Epd =- 0,5 Nesse caso, uma reduo, suponhamos, de 10% nos preos, provoca um aumento de 5% nas quantidades procuradas. Os consumidores desse produto reagem pouco a variaes dos preos, isto , possuem baixa sensibilidade ao que acontece com os preos de mercado. Demanda de Elasticidade-preo Unitria As variaes percentuais no preo e na quantidade so de mesma magnitude, porm em sentido inverso, ou seja: Epd =- 1 ou [Epd] = 1 Fatores que influenciam o grau de Elasticidade-preo da Demanda: Disponibilidade de bens substitutos: Quanto mais substitutos houver para um bem, mais elstica ser sua demanda, pois pequenas variaes em seu preo, para cima, por exemplo, faro com que o consumidor passe a adquirir seu substituto, provocando queda em sua demanda mais que proporcional variao do preo. Nesse sentido, quanto mais especfico o mercado, maior a elasticidade. Ou seja, a elasticidade-preo da demanda de guaran ser maior que a de refrigerante em geral, pois existem mais substitutos para o guaran do que para refrigerantes em geral. Na WWW.PROFESSORCORREIA.COM 35 mesma linha a elasticidade-preo da procura de pasta de dente de mentol maior que a de pastas de dente em geral,etc. Essencialidade do bem: Se o bem essencial, ser pouco sensvel variao de preo; ter, portanto, demanda inelstica. Importncia do bem, quanto a seu gasto, no oramento do consumidor: Quanto mais importante o gasto referente a um determinado bem em relao ao gasto total (oramento) do consumidor, mais sensvel torna-se o consumidor a alteraes em seu preo (ou seja, a demanda mais elstica). Por exemplo , a elasticidade-preo da demanda de carne tende a ser mais elevada que a de fsforo, j que o consumidor gasta uma parcela maior de seu oramento com carne do que com fsforos. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 36 WWW.PROFESSORCORREIA.COM 37 Elasticidade-renda da Demanda: O coeficiente de elasticidade-renda da demanda (Er) mede a variao percentual da quantidade da mercadoria comprada resultante de uma variao na renda do consumidor, coeteris paribus. Er = variao percentual na quantidade demandada variao percentual na renda do consumidor WWW.PROFESSORCORREIA.COM 38 Se a elasticidade-renda da demanda ( Er ) negativa, o bem inferior, ou seja, aumentos de renda levam a quedas no consumo desse bem, coeteris paribus. Se a elasticidade-renda da demanda ( Er ) positiva mas menor que 1, o bem normal, isto , aumentos de renda levam a aumentos no consumo. Se a elasticidade-renda da demanda ( Er ) positiva e maior que 1, o bem superior ou de luxo, ou seja, aumentos na renda dos consumidores levam a um aumento mais que proporcional no consumo do bem. Por exemplo: Er = 1,5, um aumento da renda do consumidor de, digamos, 10% levar a um aumento do consumo desse bem de 15%, coeteris paribus. Elasticidade-preo cruzada da demanda: O conceito muito semelhante ao da elasticidade-preo, sendo que a diferena est no fato de que se quer saber qual a mudana percentual que ocorre na quantidade demandada do bem X quando se modifica percentualmente o preo de um outro bem. Desse modo, a elasticidade-preo cruzada da demanda ( Exy ) mede a variao percentual na quantidade procurada do bem X com relao variao percentual no preo do bem Y, coeteris paribus. Exy = variao percentual na quantidade demandada de um bem X variao percentual no preo de um bem y Se X e Y forem bens substitutos, Exy ser positiva: um aumento no preo do guaran deve provocar uma elevao do consumo de soda, coeteris paribus. Se X e Y forem bens complementares, Exy ser negativa: um aumento no preo da camisa social levar a uma queda na demanda de gravatas, coeteris paribus. Elasticidade-preo da oferta: O mesmo raciocnio utilizado para a demanda tambm se aplica para a oferta, observando-se, no entanto, que o resultado da elasticidade ser positivo, pois a correlao entre preo e quantidade ofertada direta. Quanto maior o preo, maior a quantidade que o empresrio estar disposto a ofertar, coeteris paribus. Epo = variao percentual da quantidade ofertada variao percentual do preo do bem As elasticidades da oferta so menos difundidas que as da demanda. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 39 WWW.PROFESSORCORREIA.COM 40 Teoria da Produo: Funo de Produo a relao que indica a quantidade mxima que se pode obter de um produto, por unidade de tempo, a partir da utilizao de uma determinada quantidade de fatores de produo, e mediante a escolha do processo de produo mais adequado. q = f ( X1, X2, X3 .... Xn ) onde: q = quantidade total produzida; X1, X2, X3, ... Xn = fatores de produo. Paraefeitosdidticos,costuma-seconsider-lacomumafunode apenas duas variveis: q = f ( N, K ) Onde: N = a quantidade utilizada de mo-de-obra; K = a quantidade utilizada de capital. Produooprocessodetransformaodosfatoresadquiridos pelaempresaemprodutosparavendanomercado.importante ressaltar que o conceito de produono se refere apenas aos bens fsicosemateriais,mastambmaservios,comotransportes, atividades financeiras, comrcio e outras atividades. No processo de produo, diferentes insumos ou fatores de produo socombinados,deformaaproduzirobemouserviofinal.As formas como esses insumos so combinados constituem os chamados mtodosdeproduo,quepodemserintensivosemcapitalou intensivos em terra, etc. PROCESSO DE PRODUO FATORES DE PRODUO FIXOS E VARIVEIS WWW.PROFESSORCORREIA.COM 41 Se, a partir da combinao de fatores, for possvel produzir um nico produto,teremosumprocessodeproduosimples,seforpossvel produzirmaisdeumproduto,teremosumprocessodeproduo mltiplo ou produo mltipla. Aescolhadomtodoouprocessodeproduodependedesua eficincia.Oconceitodeeficinciapodeserenfocadodopontode vista tcnico ou tecnolgico, ou do ponto de vista econmico. Ummtodotecnicamenteeficiente(eficinciatcnicaou tecnolgica)quando,comparadocomoutrosmtodos,utilizamenor quantidade de insumos para produzir uma quantidade equivalente do produto.Aeficinciaeconmicaestassociadaaomtodode produo mais barato ( isto , os custos de produo so menores ) relativamente a outros mtodos. Anlise de Curto Prazo: Tomemos uma funo de produo simplificada, ou seja, com apenas dois fatores (um fixo e outro varivel): q = f (N, K) onde: q = quantidade; N = mo-de-obra (fator varivel); K = capital (fator fixo). Nessecaso,aquantidadeproduzida,paraquepossavariar, dependerdavariaodaquantidadeutilizadadofatorvarivel,a mo-de-obra. Podemos ento expressar a funo simplesmente como q= f (N) Fatores Fixos e Fatores Variveis de Produo Curto e Longo Prazos: FatoresdeProduoVarveisSoaquelescujas quantidadesutilizadasvariamquandoovolumedeproduo varia.Porexemplo:quandoaumentaaproduo,so necessriosmaistrabalhadoresemaiorquantidadede matrias-primas. Fatores de Produo Fixos So aqueles cujas quantidades novariamquandooprodutovaria.Porexemplo:as instalaes da empresa e a tecnologia, que no fatores que s so alterados a longo prazo. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 42 Aanlisemicroeconmicaconsideradoistiposderelaesentrea quantidade produzida e a quantidade utilizada dos fatores: 1.Nafunodeproduo,quandoalgunsfatoresso consideradosfixoseoutrosvariveis,identifica-seoquea teoriadenominaumasituaodecurtoprazo.Ouseja,curto prazooperododetempoondepelomenosumfatorde produosemantmfixo.Nessesentido,ocurtoprazopara umasiderrgicasermaiorqueocurtoprazoparauma padaria,jqueasinstalaesdeumasiderrgicademandam maistempoparaseralteradasdoqueasinstalaesdeuma padaria; 2.Quandotodososfatoresdafunoproduosoconsiderados variveis, identifica-se uma situao de longo prazo. Produto Total, Produtividade Mdia e Produtividade Marginal: Produto Total a quantidade do produto que se obtm da utilizao do fator varivel, mantendo-se fixa a quantidade dos demais fatores; Produtividade Mdia do Fator o resultado do quociente daquantidadetotalproduzidapelaquantidadeutilizadadesse fator. Temos ento: a)Produtividade mdia da mo-de-obra: quantidade do produto Pme(n) = ______________________ nmero de trabalhadores b)Produtividade mdia do capital: quantidade do produto Pme(k) = _____________________ nmero de mquinas WWW.PROFESSORCORREIA.COM 43 ProdutividadeMarginaldoFatorarelaoentreas variaesdoprodutototaleasvariaesdaquantidade utilizadadofator.Ouseja,avariaodoprodutototal quando ocorre uma variao no fator de produo. c)Produtividade marginal da mo-de-obra: variao do produto Pme(n) = _________________________________ acrscimo de 1 unidade de mo-de-obra d)Produtividade marginal do capital: variao do produto Pme(k) = ________________________________ Acrscimo de 1 unidade do fator capital Especificamentenocasodaagricultura,podemosdefinir tambm a produtividade do fator terra (rea cultivada). e)Produtividade mdia da terra: quantidade produzida Pme(t) = ____________________ rea cultivada f)Produtividade marginal da terra: variao do produto Pme(t) = ___________________________________ acrscimo de 1 unidade de rea cultivada WWW.PROFESSORCORREIA.COM 44 A Lei dos Rendimentos Decrescentes: Tambm conhecida como Lei da Produtividade Marginal Decrescente,descreveataxademudananaproduodeuma firma quando se varia a quantidade de apenas um fator de produo. Aumentando-seaquantidadedeumfatordeproduo varivelemiguaisincrementosporunidadedetempo, enquantoaquantidadedosdemaisfatoressemantmfixa,a produototalaumentar,masapartirdecertopontoos acrscimosresultantesnoprodutosetornarocadavez menores.Continuandooaumentonaquantidadeutilizadado fatorvarivelaproduoalcanarummximopodendo, ento, decrescer. Exemplo:considerando-sedoisfatores:terra(fixo)emo-de-obra (varivel),podemosverificarque,sevriascombinaesdeterrae mo-de-obraforemutilizadasparaproduzirarrozeseaquantidade deterraformantidaconstante,osaumentosdaproduo dependero do aumento da mo-de-obra utilizada na lavoura. Nesse caso,aproduodearrozaumentaratcertopontoedepois decrescer,isto,amaiorquantidadedehomensparatrabalhar, associada rea constante de terra, permitir que a produo cresa at um mximo e depois passe a decrescer. Como a proporo entreosfatoresfixoevarivelvaisealterando,quandoaumentaa produo,essaLeitambmchamadadeLeidaspropores Variveis.O quadro abaixo, ilustra os conceitos anteriormente definidos: Terra (fator fixo) (alqueires) Mo-de-obra (fator varivel) (em milhares de trabalhadores) (Produto total) (toneladas) Produtividade mdia de mo-de-obra (toneladas) Produtividade marginal da mo-de-obra (toneladas) 10166,06 102147,08 103248,010 104328,08 105387,66 106427,04 107446,22 108445,40 109424,6-2 Verifica-se que, de incio, podem ocorrer rendimentos crescentes, isto ,osacrscimosdeutilizaodofatorvarivelprovocaram incrementos na produo. A partir da quarta unidade de mo-de-obra WWW.PROFESSORCORREIA.COM 45 includanoprocessoprodutivo,comeamasurgirosrendimentos decrescentes. A oitava unidade, associada a 10 unidades do fator fixo terra,maximizaoproduto(44unidades).Aprodutividademarginal dessaoitavaunidadenula.Dapordiante,cadaunidadedofator varivelmo-de-obra,associadas10unidadesdofatorfixoterra, passar a ser ineficiente, ou seja, suaprodutividade marginaltorna-se negativa. Tais relaes permitem o traado dos seguintes grficos : Como pode ser observado, a curva doproduto inicialmente sobre as taxascrescentes,depoisataxasdecrescentes,atatingirseu WWW.PROFESSORCORREIA.COM 46 mximo,emseguida,decresce.Ascurvasdeprodutividademdiae marginal so construdas a partir da curva do produto total. ALeidosrendimentosdecrescentestipicamenteumfenmenode curtoprazo,compelomenosuminsumofixo.Se,noexemplo anterior, a quantidade de terra tambm fosse varivel ( por exemplo, passassede10para15alqueires),oprodutototalteriaum comportamentocompletamentediferente.Seissoocorrer,sairemos deumaanlisedecurtoprazoeentraremosnaanlisedelongo prazo, pois tambm o fator capital variar. Anveldeumafirmaindividual,nofcilimaginarqueum empresrioracionalpermitaqueasituaochegueaopontodeo produtomarginalsernegativo.Antesqueissoocorra,eleporcerto procurar investir em novas instalaes, ou comprar mais mquinas. Anlise de Longo Prazo: A hiptese de que todos os fatores so variveis caracteriza a anlise de longo prazo.Afunodeproduosimplificada,considerandoaparticipaode apenas dois fatores de produo, representada da seguinte forma. q = f (N, K) A suposio de que todos os fatores de produo variam, inclusive o tamanhodaempresa,dorigemaosconceitosdeeconomiasou deseconomias de escala. Economias de Escala ou Rendimentos de Escala: Osrendimentosdeescalaoueconomiasdeescalarepresentama respostadaquantidadeproduzidaaumavariaodaquantidade utilizada de todos os fatores de produo, ou seja, quando a empresa aumenta seu tamanho. Os rendimentos de escala podem ser: Rendimentoscrescentesdeescala(oueconomiasde escala)Ocorremquandoavariaonaquantidadedo produtototalmaisdoqueproporcionalvariaoda quantidadeutilizadadosfatoresdeproduo.Porexemplo, aumentando-seautilizaodosfatoresem10%,oproduto cresce20%.Equivaleadizerqueaprodutividadedosfatores aumentou. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 47 Pode-seapontarcomocausasgeradorasdosrendimentos crescentes de escala: a)maiorespecializaonotrabalho,quandoaempresa cresce; b)aexistnciadeindivisibilidadesentreosfatoresde produo(porexemplo,numasiderrgica,comonoexiste meioforno,quandoseadquiremaisforno,deveocorrerum grande aumento na produo). RendimentosconstantesdeescalaOcorremquandoa variaodoprodutototalproporcionalvariaoda quantidade utilizada dos fatores de produo: aumentando-se a utilizao dos fatores em 10%, o produto tambm aumenta em 10%. Rendimentosdecrescentesdeescala(oudeseconomias deescalas)Ocorremquandoavariaodoproduto menos do que proporcional variao na utilizao dos fatores: por exemplo, aumenta-se a utilizao dos fatores em 10% e o produtocresceem5%.Houve,nessecaso,umaquedana produtividade dos fatores. Acausageradoradosrendimentosdecrescentesdeescalaresideno fatodequeopoderdedecisoeacapacidadegerenciale administrativasoindivisveiseincapazesdeaumentar,ouseja, pode ocorrer uma descentralizao nas decises que faa com que o aumentodeproduoobtidonocompenseoinvestimentofeitona ampliao da empresa. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 48 Teoria dos Custos: Custos de Produo: O objetivo bsicode uma firma a maximizaode seus resultados quandodarealizaodesuaatividadeprodutora.Assimsendo, procurarsempreobteramximaproduopossvelemfaceda utilizao de certa combinao de fatores. Aotimizaodosresultadosdafirmapoderserobtidaquandofor possvel alcanar um dos dois objetivos seguintes:I.Maximizar a produo para um dado custo total ou II.Minimizar o custo total para um dado nvel de produo. Emqualquerumadassituaes,afirmaestarmaximizandoou otimizandoseusresultados.Estar,pois,emumasituaoquea Teoria Econmica denomina equilbrio da firma. Custos Totais de Produo: Conhecidoospreosdosfatores,semprepossveldeterminarum custototaldeproduotimoparacadanveldeproduo.Assim, define-secustototaldeproduocomoototaldasdespesas realizadas pela firma com a utilizao da combinao mais econmica dos fatores, por meio da qual obtidauma determinada quantidade do produto. OsCustosTotaisdeProduo(CT)sodivididosemCustos Variveis Totais (CVT) e Custos Fixos Totais (CFT): CT = CVT + CFT Custos Fixos Totais (CFT) Correspondem parcela doscustostotaisqueindependemdaproduo.Sodecorrentesdos gastoscomosfatoresfixosdeproduo.Porexemplo:aluguis, iluminao, etc; Custos Variveis Totais (CVT) Parcela dos custos totaisque depende da produo e por isso muda com a variao do volume deproduo.Representamasdespesasrealizadascomosfatores variveisdeproduo.Porexemplo:folhadepagamentos,gastos com matrias-primas, etc; WWW.PROFESSORCORREIA.COM 49 Custos Totais de Curto Prazo So caracterizados pelofatodeseremcompostosporparcelasdecustosfixosedecustos variveis; CustosTotaisdeLongoPrazoSoformados unicamente por custos variveis, ou seja, a longo prazo, no existem fatores fixos. Custos de Curto Prazo: Suponhamosqueumafirmarealizesuaproduopormeioda utilizaodefatoresfixosevariveis.Consideremos,attulode exemplo,aexistnciadeapenasumafatorfixo,identificadopelo tamanho ou dimenso da firma, e de um fator varivel: mo-de-obra. Assim, essa firma s poder aumentar ou diminuir sua produo por meio da utilizao do fator mo-de-obra, uma vez que seu tamanho constante, no podendo ser aumentado ou diminudo em curto prazo. Como o custo fixo total permanece inalterado, o custo total de curto prazovariarapenasemdecorrnciademodificaesnocusto varivel total. Curvas de Custo de Curto Prazo: Apesar de as curvas de custo total e de seus componentes serem muito importantes para o empresrio, as curvas de custo unitrio so mais relevantes para a anlise de curto prazo. Custo Total Mdio ou Custo Mdio (CTMe ou CMe): oquanto custa para se produzir uma unidade em um dado momento de nvel de produo. o rateio de todas as despesas pelas quantidades que esto sendo produzidas num determinado instante de tempo. CT(custo total em R$) CTMe = CMe = ______ q (total produzido) WWW.PROFESSORCORREIA.COM 50 Custo Fixo Mdio (CFMe): o rateio das despesas fixas pelas quantidades produzidas, ou seja, a mdia do custo fixo em relao ao volume de produo efetuado num instante qualquer de produo. CFT(custo fixo total em R$) CFMe = ______ q(total produzido) ------------------------------------------------------------------------------ Custos Varivel Mdio (CVMe): o valor, em mdia, quegasto em despesas variveis para se produzir uma quantidade num determinado nvel de produo. CVT(custo varivel total em R$) CVMe = ______ q(total produzido) ------------------------------------------------------------------------------ Custo Marginal (CMg): o quanto varia o custo total quandose aumenta ou diminui de uma nica unidade o volume de produo. Ele mede a proporcionalidade em que o custo total varia quando se provoca variao de uma nica unidade no nvel em que se est produzindo uma mercadoria. CT(variao custo total em R$) CMg =______ q (acrscimo de 1 unidade na produo) WWW.PROFESSORCORREIA.COM 51 Formato das Curvas de Custos: Lei dos Custos Crescentes Para verificar o formato das curvas de custos, vamos utilizar os dados da tabela abaixo: Custos de Produo ( em R$) Produo Total (q/dia) Custo Fixo Total (CFT) Custo Varivel Total (CVT) Custo Total (CT) Custo Fixo Mdio (CFMe) Custo Varivel Mdio (CVMe) Custo Mdio (CMe) Custo Marginal (CMg) 010,00010,00---- 110,005,0015,0010,005,0015,005,00 210,008,0018,005,004,009,003,00 310,0010,0020,003,333,336,672,00 410,0011,0021,002,502,755,251,00 510,0013,0023,002,002,604,602,00 610,0016,0026,001,672,674,333,00 710,0020,0030,001,432,864,284,00 810,0025,0035,001,253,134,385,00 910,0031,0041,001,113,444,566,00 1010,0038,0048,001,003,804,807,00 1110,0046,0056,000,914,185,098,00 A partir dos dados da tabela acima, temos os seguintes formatos das curvas de custos: WWW.PROFESSORCORREIA.COM 52 Comopodemosobservarnosgrficos,comoaumentodovolume produzido, os custos totais, com exceo dos custos fixos, s podem crescer.Oscustosmdioemarginal,entretanto,podemser decrescentes numa certa etapa do processo de produo. Ocustovarivelmdio,ocustototalmdioeocustomarginaltem todos o formato em U: primeiro decrescem, para depois crescer. Isso porque,noinciodoprocessodeproduo,aempresatrabalhacom reservas de capacidade (muito capital e pouca mo-de-obra). Assim, os custos totais crescem menos que a produo, fazendo com que os custos mdios e marginais decresam. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 53 Apsumcertonveldeproduto,oscustostotaispassamacrescer maisqueoaumentodaproduo,eoscustosmdiosemarginais passam a ser crescentes. EssaachamadaLeidosCustosCrescentes,quenofundoaLei dosRendimentosDecrescentes,daTeoriadaProduo,aplicada Teoria dos Custos da Produo. Custos de Longo Prazo: Conformeobservado,umasituaodelongoprazocaracteriza-se pelo fato de todos os fatores de produo serem variveis, inclusive o tamanhooudimensodaempresa.Ouseja,oscustostotais correspondem aos custos variveis, uma vez que no existem custos fixos a longo prazo. importantesaberqueocomportamentodocustototaledocusto mdiodelongoprazoestintimamenterelacionadoaotamanhoou dimenso da planta escolhida para operar em longo prazo. TomandocomoexemploacurvadeCustoMdiodeLongoPrazo (CMeL),elatambmterumformatoemU,comomdiodecurto prazo,devidoexistnciaderendimentosoueconomiasdeescala, poisotamanhodaempresaestvariandoemcadapontodacurva. No grfico abaixo, at o ponto A, o aumento da produo da empresa levaaumadiminuiodocustomdio(existemganhosde produtividade), relevando a existncia de rendimentos crescentes ou economias de escala. Aps esse ponto, o custo mdio de longo prazo tendeacrescer,revelandorendimentosdecrescentesou deseconomias de escala. WWW.PROFESSORCORREIA.COM 54 Dessaforma,oformatoemUdacurvadecustomdiodelongo prazodeve-seseconomiaseescala,comtodososfatoresde produovariando,incluindooprpriotamanhoouescalada empresa,enquantooformatoemUdocustomdiodecurtoprazo deve-seLeidosCustosCrescentes(LeidosRendimentos Decrescentes), que supe um fator fixo de produo. Maximizao dos Lucros: AteoriaMicroeconmicatradicional(tambmchamadaTeoriaNeoclssicaouMarginalista)partedapremissadequeasempresas emcomoobjetivomaioramaximizaodelucros,sejaacurtoou longoprazos.Define-seLucroTotalcomoadiferenaentreas receitasdevendasdeempresaeseuscustostotaisdeproduo. Assim: LT = RT CT Onde: LT = Lucro Total; RT = Receita Total de Vendas; CT = Custo Total de Produo. Aempresa,desejandomaximizarseuslucros,escolheronvelde produo para o qual a diferena positiva entre RT e CT seja a maior possvel (mxima). Ento se: RT = CT WWW.PROFESSORCORREIA.COM 55 O lucro econmico ser zero. A empresa est tendo um lucro normal. -------------------------------------------------------- RT > CT O lucro econmico ser positivo. A empresa ter lucros extraordinrios. --------------------------------------------------------- RT < CT O lucro econmico ser negativo. A empresa ter um prejuzo econmico. ----------------------------------------------------------