Apostila.pdftrans de Calor
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ESCOLA POLITCNICA DA USP DEPTO. DE ENGENHARIA MECNICA
SISEA LAB. DE SISTEMAS ENERGTICOS ALTERNATIVOS www.pme.poli.usp.br/sisea
PPMMEE 22336611 PPrroocceessssooss ddee TTrraannssffeerrnncciiaa ddee CCaalloorr
Prof. Dr. Jos R Simes Moreira
2o semestre/2014 verso 1.4
primeira verso: 2005
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Notas de aula de PME 2361 Processos de Transferncia de Calor
____________________________
http://www.usp.br/sisea/- Jos R. Simes Moreira atualizao Agosto/2014
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OBSERVAO IMPORTANTE
Este trabalho perfaz as Notas de Aula da disciplina de PME 2361 - Processos de Transferncia de Calor ministrada aos alunos do 3 ano do curso de Engenharia Mecnica da Escola Politcnica da USP. O contedo aqui apresentado trata de um resumo dos assuntos mais relevantes do livro texto Fundamentos de Transferncia de Calor e Massa de Incropera e Witt. Tambm foram utilizados outros livros-texto sobre o assunto para um ou outro tpico de interesse, como o caso do Transferncia de Calor de Holman. O objetivo deste material servir como um roteiro de estudo, j que tem um estilo quase topical e ilustrativo. De forma nenhuma substitui um livro texto, o qual mais completo e deve ser consultado e estudado.
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Notas de aula de PME 2361 Processos de Transferncia de Calor
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Prof. Jos R. Simes Moreira
Currculo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2457667975987644
Breve Biografia
Graduado em Engenharia Mecnica pela Escola Politcnica da USP (1983), Mestre em Engenharia Mecnica pela mesma instituio (1989), Doutor em Engenharia Mecnica - Rensselaer Polytechnic Institute (1994) e Ps-Doutorado em Engenharia Mecnica na Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (1999). Atualmente Professor Associado da Escola Politcnica da USP, professor do programa de ps-graduao interinstitucional do Instituto de Eletrotcnica e Energia (IEE-USP), professor de ps-graduao do programa de ps-graduao em Engenharia Mecnica da EPUSP, pesquisador do CNPq - nvel 2, consultor ad hoc da CAPES, CNPq, FAPESP, entre outros, Foi secretrio de comit tcnico da ABCM, Avaliador in loco do Ministrio da Educao. Tem experincia na rea de Engenharia Trmica, atuando principalmente nos seguintes temas: mudana de fase lquido-vapor, uso e processamento de gs natural, refrigerao por absoro, tubos de vrtices, sensores bifsicos e sistemas alternativos de transformao da energia. Tem atuado como revisor tcnico de vrios congressos, simpsios e revistas cientficas nacionais e internacionais. MInistra(ou) cursos de Termodinmica, Transferncia de Calor, Escoamento Compressvel, Transitrios em Sistemas Termofluidos e Sistemas de Cogerao, Refrigerao e Uso da Energia e Mquinas e Processos de Converso de Energia. Coordenou cursos de especializao e extenso na rea de Refrigerao e Ar Condicionado, Cogerao e Refrigerao com Uso de Gs Natural, termeltricas, bem como vrios cursos do PROMINP. Atualmente coordena um curso de especializao intitulado Energias Renovveis, Gerao Distribuda e Eficincia Energtica por meio do PECE da Poli desde 2011 em sua sexta edio. Tem sido professor de cursos de extenso universitria para profissionais da rea de termeltricas, vlvulas e tubulaes indstriais, ar condicionado, tecnologia metroferroviria e energia. Tem participado de projetos de pesquisa de agncias governamentais e empresas, destacando: Fapesp, Finep, Cnpq, Eletropaulo, Ipiranga, Vale, Comgas, Petrobras e Ultragaz. Foi agraciado em 2006 com a medalha Amigo da Marinha`. Foi professor visitante na UFPB em 2000 - Joo Pessoa e na UNI - Universitat Nacional de Ingenieria em 2002 (Lima - Peru). Foi cientista visitante em Setembro/2007 na Ecole Polytechnique Federale de Lausanne (Suia) dentro do programa ERCOFTAC - European Research Community On Flow, Turbulence And Combustion`. Participou do Projeto ARCUS na rea de bifsico em colaborao com a Frana. Foi professor visitante no INSA - Institut National des Sciences Appliques em Lyon (Frana) em junho e julho de 2009. Tem desenvolvido projetos de cunho tecnolgico com apoio da indstria (Comgas,Eletropaulo, Ipiranga, Petrobras e Vale). Possui uma patente com aplicao na rea automobilstica. autor de mais de 100 artigos tcnico-cientficos, alm de ser autor de um livro intitulado "Fundamentos e Aplicaes da Psicrometria" (1999) e autor de um captulo do livro "Thermal Power Plant Performance Analysis" (2012). J orientou 13 mestres e 4 doutores, alm de cerca de 40 trabalhos de concluso de curso de graduao e diversas monografias de cursos de especializao e de extenso, bem como trabalhos de iniciao cientfica, totalizando um nmero superior a 80 trabalhos. Possui mais de 100 publicaes, incluindo peridicos tecnico-cientficos nacionais e internacionais. Finalmente, coordena o laboratrio e grupo de pesquisa da EPUSP de nome SISEA - Lab. de Sistemas Energticos Alternativos.
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AULA 1 - APRESENTAO
1.1. INTRODUO
Na EPUSP, o curso de Processos de Transferncia de Calor sucede o curso de Termodinmica clssica no 3 ano de Engenharia Mecnica. Assim, surge de imediato a seguinte pergunta entre os alunos: Qual a diferena entre Termo e Transcal? ou h diferena entre elas? Para desfazer essa dvida, vamos considerar dois exemplos ilustrativos das reas de aplicao de cada disciplina. Mas, antes vamos recordar um pouco das premissas da Termodinmica.
A Termodinmica lida com estados de equilbrio trmico, mecnico e qumico, e baseada em trs leis fundamentais:
- Lei Zero (equilbrio de temperaturas permite a medida de temperatura e o estabelecimento de uma escala de temperatura)
- Primeira Lei (conservao de energia energia se conserva) - Segunda Lei (direo em que os processos ocorrem e limites de
converso de uma forma de energia em outra)
Dois exemplos que permitem distinguir as duas disciplinas:
(a) Equilbrio trmico frasco na geladeira
Considere um frasco fora da geladeira temperatura ambiente. Depois, o mesmo colocado dentro da geladeira, como ilustrado. Claro que, inicialmente, fG TT <
inicial final
As seguintes anlises so pertinentes, cada qual, no mbito de cada disciplina:
Termodinmica: TmcUQT == - fornece o calor total necessrio a ser transferido do frasco para resfri-lo baseado na sua massa, diferena de temperaturas e calor especfico mdios APENAS ISTO!
frasco
ambientef TT = GfTT =
t
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Transferncia de calor: responde outras questes importantes, tais como: quanto tempo ( )t levar para que o equilbrio trmico do frasco com seu novo ambiente (gabinete da geladeira), ou seja, para que Tf = TG seja alcanado? possvel reduzir (ou aumentar) esse tempo?
Assim, a Termodinmica no informa nada a respeito do intervalo de tempo t para que o estado de equilbrio da temperatura do frasco ( fT ) com a da geladeira ( GT ) seja atingido, embora nos informe quanto de calor seja necessrio remover do frasco para que esse novo equilbrio trmico ocorra. Por outro lado a disciplina de Transferncia de Calor vai permitir estimar o tempo t , bem como definir quais parmetros podemos interferir para que esse tempo seja aumentado ou diminudo, segundo nosso interesse.
De uma forma geral, toda vez que houver gradientes ou diferenas finitas de temperatura ocorrer tambm uma transferncia de calor. A transferncia de calor pode ser interna a um corpo ou na superfcie de contato entre uma superfcie e outro corpo ou sistema (fluido).
(b) Outro exemplo: operao de um ciclo de compresso a vapor
TERMIDINMICA: cec qqw = : no permite dimensionar os equipamentos (tamanho e dimetro das serpentinas do condensador e do evaporador, por exemplo), apenas lida com as formas de energia envolvidas e o desempenho do equipamento, como o COP:
c
e
w
qCOP =
TRANSFERNCIA DE CALOR: permite dimensionar os equipamentos trmicos de transferncia de calor. Por exemplo, responde s seguintes perguntas:
- Qual o tamanho do evaporador / condensador? - Qual o dimetro e o comprimento dos tubos? - Como atingir maior / menor troca de calor? - Outras questes semelhantes.
cw
cq
eq
compressor vlvula
condensador
evaporador
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Problema-chave da transferncia de calor: O conhecimento do fluxo de calor.
O conhecimento dos mecanismos de transferncia de calor permite:
- Aumentar o fluxo de calor: projeto de condensadores, evaporadores, caldeiras, etc.; - Diminuir o fluxo de calor: Evitar ou diminuir as perdas durante o transporte de frio ou calor como, por exemplo, tubulaes de vapor, tubulaes de gua gelada de circuitos de refrigerao; - Controle de temperatura: motores de combusto interna, ps de turbinas, aquecedores, etc.
1.2 MECANISMOS DE TRANSFERNCIA DE CALOR
A transferncia de calor ocorre de trs formas, quais sejam: conduo, conveco e radiao trmica. Abaixo se descreve cada um dos mecanismos.
(a) Conduo de calor
- Gases, lquidos transferncia de calor dominante ocorre da regio de alta temperatura para a de baixa temperatura pelo choque de partculas mais energticas para as menos energticas. - Slidos energia transferncia por vibrao da rede (menos efetivo) e, tambm, por eltrons livres (mais efetivo), no caso de materiais bons condutores eltricos. Geralmente, bons condutores eltricos so bons condutores de calor e vice-versa. E isolantes eltricos so tambm isolantes trmicos (em geral).
A conduo, de calor regida pela lei de Fourier (1822)
dxdTAq
x
onde: A : rea perpendicular ao fluxo de calor xq T : temperatura
A constante de proporcionalidade a condutividade ou condutibilidade trmica do material, k, ou seja:
2T1T . .
x
slido
xq
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dxdTkAqx =
As unidades no SI das grandezas envolvidas so:
[x
q ] = W , [ A ] = 2m , [T ] = K ou Co , [ x ] = m . assim, as unidades de k so: [ k ] =
CmW
o
ou Km
W
A condutividade trmica k uma propriedade de transporte do material. Geralmente, os valores da condutividade de muitos materiais encontram-se na forma de tabela na seo de apndices dos livros-texto.
Necessidade do valor de (-) na expresso
Dada a seguinte distribuio de temperatura:
Para 12 TT >
T2
T1
T
x
T
xx1 x2
0
>>
x
Tx
T, da tem-se que o gradiente tambm ser
positivo, isto :
0>dxdT
mas, como 0>k (sempre), e 0>A (sempre), conclu-se que, ento, preciso inserir o sinal negativo (-) na expresso da conduo de calor (Lei de Fourier) para manter a conveno de que 0>xq
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Se as temperaturas forem invertidas, isto , 21 TT > , conforme prximo esquema, a equao da conduo tambm exige que o sinal de (-) seja usado (verifique!!)
De forma que a Lei da Conduo de Calor :
Lei de Fourier (1822)
(b) Conveco de Calor
A conveco de calor baseada na Lei de resfriamento de Newton (1701)
)(
TTAq S
Onde a proporcionalidade dada pelo coeficiente de transferncia de calor por conveco, h, por vezes tambm chamado de coeficiente de pelcula. De forma que:
onde: A : rea de troca de calor;
ST : Temperatura da superfcie;
T : Temperatura do fluido ao longe.
- O problema central da conveco a determinao do valor de h que depende de muitos fatores, entre eles: geometria de contato (rea da superfcie, sua rugosidade e sua
dxdTkAq
x=
)(
= TThAq S
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geometria), propriedades termodinmicas e de transportes do fluido, temperaturas envolvidas, velocidades. Esses so alguns dos fatores que interferem no seu valor.
(c) Radiao Trmica
A radiao trmica a terceira forma de transferncia de calor e regida pela lei de Stefan Boltzmann. Sendo que Stefan a obteve de forma emprica (1879) e Boltzmann, de forma terica (1884). Corpo negro irradiador perfeito de radiao trmica
(para um corpo negro)
constante de Stefan Boltzmann (5,669.10-8 W/m2 K4)
Corpos reais (cinzentos) 4ATq = , onde a emissividade que sempre 1
Mecanismo fsico: Transporte de energia trmica na forma de ondas eletromagnticas ou ftons, dependendo do modelo fsico adotado. No necessita de meio fsico para se propagar. Graas a essa forma de transferncia de calor que existe vida na Terra devido energia na forma de calor da irradiao solar que atinge nosso planeta.
4ATq =
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AULA 2 CONDUO DE CALOR
CONDUO DE CALOR Condutibilidade ou Condutividade Trmica, k
Da Lei de Fourier da conduo de calor, tem-se que o fluxo de calor, q, diretamente proporcional ao gradiente de temperaturas, de acordo com a seguinte expresso:
x
Tkq
, onde A a rea perpendicular direo do fluxo de calor e k a
condutividade trmica do material.
As unidades no SI da condutividade trmica, k, do material, so:
xT
A
qk
m
Cm
Wk
o2
Cm
Wk
o ou
Km
W
.
Sendo: k: propriedade (de transporte) do material que pode ser facilmente determinada de forma experimental. Valores tabelados de diversos materiais se encontram na seo de apndice do livro texto. Exemplo de experimento laboratorial para obteno de k
q A
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No experimento indicado, uma corrente eltrica fornecida resistncia eltrica enrolada em torno da haste do basto. O calor gerado por efeito joule vai ser conduzido dentro da haste para fora do basto (lado direito). Mediante a instalao de sensores de temperatura (termopares, p. ex.), pode-se levantar o perfil da distribuio de temperaturas como aquele indicado no grfico acima. Estritamente falando, esse perfil temperatura linear, como vai se ver adiante. Por outro lado, o fluxo de calor fornecido
a prpria potncia eltrica IUIRq 2 . Sendo a seo transversal A conhecida,
ento, da lei de Fourier, determina-se a condutividade trmica do material da haste, k.
Neste caso,
x
TA
qk
.
Um aspecto importante da conduo de calor que o mecanismo da conduo de calor diferente dependendo do estado fsico e da natureza do material. Abaixo, indicam-se os mecanismos fsicos de transporte de acordo com o estado fsico. Gases
O choque molecular permite a troca de energia cintica das molculas mais energticas para as menos energticas. A energia cintica est relacionada com a temperatura absoluta do gs. Quanto maior a temperatura, maior o movimento molecular, maior o nmero de choques e, portanto, mais rapidamente a energia trmica flui. Pode-se mostrar que.
Tk
Para alguns gases, a presso moderada, k s funo de T. Assim, os dados tabelados para uma dada temperatura e presso podem ser usados para outra presso, desde que seja mesma temperatura. Isso no valido prximo do ponto critico. Lquidos
Qualitativamente o mecanismo fsico de transporte de calor por conduo nos lquidos o mesmo que o dos gases. Entretanto, a situao consideravelmente mais complexa devido menor mobilidade das molculas.
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Slidos
Duas maneiras bsicas regem a transferncia de calor por conduo em slidos: vibrao da rede cristalina e transporte por eltrons livres. O segundo modo o mais efetivo e o preponderante em materiais metlicos. Isto explica porque, em geral, bons condutores de eletricidade tambm so bons condutores de calor. A transferncia de calor em isolantes se d, por meio da vibrao da rede cristalina, que menos eficiente.
O grfico abaixo ilustra qualitativamente as ordens de grandeza da condutibilidade
trmica dos materiais. Nota-se que, em geral, a condutibilidade aumento de gases, para lquidos e slidos e que os metais puros so os de maior condutividade trmica.
EQUAO GERAL DA CONDUO DE CALOR EM COORDENADAS CARTESIANAS Balano de energia em um volume de controle elementar
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BALANO DE ENERGIA (1 LEI)
Fluxo de Taxa de Taxa temporal Fluxo de calor calor de variao calor que que entra no + gerada = da energia + deixa o que V.C. no V.C. Interna no V.C. V.C. (I) (II) (III) (IV) Sejam os termos: (I) Fluxo de calor que entra no V.C. Direo x
x
TdAk
x
Tdzdykq xxx
-
Direo y
y
Tdzdxkq yy
ykqyy Direo zy
kqzz
(II) Taxa de calor gerado
dz q '''G dydxEG
onde: '''gq = Taxa de calor gerado na unidade de volume. 3mW (III) Taxa temporal de variao da energia interna
t
Tcdzdydx
t
um
t
UEar
onde: c = calor especfico; m = massa elementar do V.C. e a densidade. CkgkJ o/
(IV) Fluxo de calor que deixa o V.C. expanso em serie de Taylor: Direo x
xxqqxxdxx )(0 2dxdx
x
qqq xxdxx
Direo y
dy
y
qqq
y
ydyy
z
Tdydxkq zz
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Direo z
dz
z
qqq zzdzz
Ento, juntando os termos (I) + (II) = (III) + (IV), vem:
dzz
qqdy
y
qqdx
x
qq
t
Tcdxdydzdxdydzqqqq zz
y
yx
xGzyx
'''
+ ordem superior
simplificando os termos zyx qqq e , , vem:
, ''' dzz
qdy
y
qdx
x
q
t
Tcdxdydzdxdydzq z
yxG
e, substituindo a Lei de Fourier para os termos de fluxo de calor,
dxdydzkz
dxdydzky
dxdydzkxt
Tcdxdydzdxdydzq zyxG
z
T
y
T
x
T '''
Eliminando o volume de controle elementar dxdydz, temos finalmente: Essa a equao geral da conduo de calor. No existe uma soluo geral analtica para a mesma porque se trata de um problema que depende das condies inicial e de contorno. Por isso, ela geralmente resolvida para diversos casos que dependem da geometria do problema, do tipo (regime permanente) e das condies iniciais e de contorno. Evidentemente, procura-se uma soluo do tipo: ),,,( tzyxTT . A seguir
so apresentados alguns casos bsicos. Casos: A) Condutividade trmica uniforme (material isotrpico) e constante (independe de T)
kkkk zyx
t
T
k
q
z
T
y
T
x
T g
T
1'''
2
2
2
2
2
2
2
t
T
z
T
y
T
x
T "'
cqk
zk
yk
xGzyx
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onde, = c
k
conhecida como difusibilidade ou difusividade trmica, cuja unidade no
SI :
s
m
s
s
J
mW
Kkg
J
m
kg
Km
W
c
k
3
Essa equao ainda pode ser escrita em notao mais sinttica da seguinte forma:
onde:
2
2
2
2
2
22
zyx
o operador matemtico chamado de Laplaciano no
sistema cartesiano de coordenadas. Esta ltima forma de escrever a equao da conduo de calor prefervel, pois,
embora ela tenha sido deduzida para o sistema cartesiano de coordenadas, ela independe do sistema de coordenadas adotado. Caso haja interesse em usar outros sistemas de coordenadas, basta substituir o Laplaciano do sistema de interesse, como exemplificado abaixo,
- Cilndrico: 2
2
2
2
2
2 11
zrrr
rr
- Esfrico: 2
2
222
2
2
2 sen
1 sen
sen
11
rrrr
rr
B) Sem gerao de calor e k uniforme e constante, 0''' Gq
(Eq. de Fourier)
C) Regime permanente (ou estacionrio) e k uniforme e constante, 0
t
T
(Eq. de Poisson) D) Regime permanente e k constante e uniforme (Eq. de Laplace)
t
T
k
qT G
1'''2
12
t
TT
0'''
2 k
qT G
02 T
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AULA 3 CONDUO UNIDIMENSIONAL EM REGIME PERMANENTE SEM GERAO PLACA OU PAREDE PLANA
O caso mais simples que se pode imaginar de transferncia de calor por conduo o caso da parede ou placa plana, em regime permanente, sem gerao interna de calor e propriedades de transporte (condutividade trmica) constantes. Este o caso ilustrado na figura abaixo onde uma parede de espessura L, cuja face esquerda mantida a uma temperatura T1 enquanto que a face direita mantida temperatura T2. Poderia se imaginar que se trata, por exemplo, de uma parede que separa dois ambientes de temperaturas distintas. Como se ver, a distribuio de temperaturas T(x) dentro da parede linear.
Para resolver esse caso, vamos partir da equao geral da conduo de calor, deduzida na aula anterior, isto :
t
T
k
qT G
1'''2
Introduzindo as simplificaes do problema, vem:
i. No h gerao interna de calor: 0 Gq
ii. Regime permanente: 0
t
T
iii. Unidimensional: D1 22
2
x
Assim, com essas condies, vem que 02
2
x
Td, e a soluo procurada do tipo T(x).
Para resolver essa equao considere a seguinte mudana de variveis: dx
dT
Logo, substituindo na equao, vem que 0dx
d
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Integrando por separao de variveis vem:
1Cd , ou seja: 1C
Mas, como foi definido dx
dT 1C
dx
dT
Integrando a equao mais uma vez, vem:
21)( CxCxT Que a equao de uma reta, como j antecipado.
Para se obter as constantes, deve-se aplicar as condies de contorno que, nesse exemplo, so dadas pelas temperaturas superficiais das duas faces. Em termos matemticos isso quer dizer que
(A) em x = 0 1TT
(B) e em x = L 2TT
De (A): 12 TC
e de (B): 112 TLCT L
TTC 121
Assim, Para efeito de ilustrao, suponha que 21 TT , como mostrado na figura abaixo.
Clculo do fluxo de calor transmitido atravs da parede . Para isso, deve-se usar a Lei de Fourier, dada por:
dx
dTkq
e, substituindo a distribuio de temperaturas, vem:
L
TTkT
L
xTT
dx
dkq 12112
, ou,
em termos de fluxo de calor por unidade de rea,
temos: mW 212''
L
TTk
qq
Esquecendo o sinal de (-), vem
112 )()( TL
xTTxT
L
Tkq
''
-
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Conhecida a equao que rege do fluxo de calor atravs da parede, podemos: Aumentar o fluxo de calor q:
. Com o uso de material bom condutor de calor, isto com k
. Ou, pela diminuio da espessura da parede, isto L Ou diminuir o fluxo de calor q:
. Com o uso de material isolante trmico k
. Ou, pelo aumento da espessura da parede, isto L
CONDUO UNIDIMENSIONAL EM REGIME PERMANENTE SEM GERAO INTERNA DE CALOR TUBO CILNDRICO. Este o caso equivalente, em coordenadas cilndricas, ao da conduo de calor unidimensional, em regime permanente, sem gerao de calor e condutividade trmica constante estudado acima para uma parede ou placa plana. A diferena que sua aplicao para tubos cilndricos.
A equao geral da forma t
T
k
qT G
1'''2
Neste caso, a geometria do problema indica que se deve resolver o problema em coordenadas cilndricas. Para isso, basta usar o Laplaciano correspondente, isto :
t
T
k
q
z
TT
rr
Tr
rrG
111 '''
2
2
2
2
2
Introduzindo as simplificaes:
i. No h gerao interna de calor: 0 Gq
ii. Regime permanente: 0
t
T
iii. Unidimensional: D1 , que vlido para um tubo muito longo, ou
seja, T no depende de z, logo 02
2
z
T
iv. H uma simetria radial, T no depende de , isto : 02
2
T
As simplificaes (iii) e (iv) implicam que se trata de um problema unidimensional na direo radial, r. A aplicao dessas condies resulta em:
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0
dr
dTr
dr
d, onde a soluo procurada do tipo )(rTT
As condies de contorno para a ilustrao indicada acima so:
A superfcie interna mantida a uma temperatura constante, isto : ii TTrr
A superfcie externa tambm mantida a uma outra temperatura constante, isto :
ee TTrr
Soluo:
1a Integrao separe as varireis e integra uma vez, para resultar em:
10 Cdrdr
dr
dTrd 1C
dr
dTr
Integrando pela 2a vez, aps separao de variveis, vem:
21 Crdr
CdT
Portanto, a distribuio de temperaturas no caso do tubo cilndrico logartmica e no linear como no caso da parede plana. Determinao de 1C e 2C por meio da aplicao da condies de contorno:
(A) ii TTrr 21 )ln( CrCT ii
(B) ee TTrr 21 ) ln( CrCT ee
Fazendo-se (A) (B), temos que e
i1
r
rln CTT ei , ou
e
i1
r
rln
eiTT
C
Finalmente, na eq. da distribuio de temperaturas:
Distribuio de temperatura, supondo ei TT .
21 )ln( CrCrT
eei T
TTrT
e
e
i r
rln
r
rln
-
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20
Te
Ti
re ri raio
Lei logartmica T
O fluxo de calor obtido atravs da Lei de Fourier, isto , dr
dTkq
Ateno a esse ponto, a rea A a rea perpendicular ao fluxo de calor e no a rea transversal da seo transversal. Portanto, trata-se da rea da casquinha cilndrica ilustrada abaixo. rLA 2 (casca cilndrica), L o comprimento do tubo Substituindo a distribuio logartmica de temperatura na equao de Fourier,
21 )ln()( CrCrT , vem:
])ln([2 21 CrCdr
drLkq
ou, efetuando a derivao, temos:
r
kLrCq1
2 1
ou, ainda: 12 kLCq
Substituindo, 1C :
e
i
r
rln
2 ieTT
kLq (W)
O fluxo de calor total q constante atravs das superfcies cilndricas!
Entretanto, o fluxo de calor por unidade de rea ''q depende da posio radial
e
i
ie
r
r
TT
rL
kL
A
qq
ln
)(
2
2''
e
i
ie
r
r
TT
r
kq
ln
)('' 2mW
-
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21
AULA 4 PAREDES PLANAS COMPOSTAS Conduo unidimensional, regime permanente, sem gerao de calor paredes compostas.
Para resolver de forma rpida e simples este problema, note que o fluxo de calor q o
mesmo que atravessa todas as paredes. Assim, para cada parede pode-se escrever as seguintes equaes:
- parede 1: 1
211
)(
L
TTAkq
Ak
qLTT
1
121
- parede 2: 2
322
)(
L
TTAkq
Ak
qLTT
2
232
- parede 3: 3
433
)(
L
TTAkq
Ak
qLTT
3
343
Assim, somando os termos _____________
de todas as paredes: Ak
LqTT
i
i 41
ou, simplesmente,
R
Tq
onde o T refere-se diferena total de temperaturas da duas faces externas e R a
resistncia trmica da parede composta, dada por Ak
LR
i
i
ANALOGIA ELTRICA Nota-se que existe uma analogia eltrica perfeita entre fenmenos eltricos e trmicos de conduo de calor, fazendo a seguinte correspondncia:
qi
TU
TRMICOHMICORR
-
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22
Por meio de analogia eltrica, configuraes mais complexas (em srie e paralelo) de paredes podem ser resolvidas.
Circuito eltrico equivalente
Fluxo de calor que :
T
total
R
Tq
5//1 RRRRT
com
432//
1111
RRRR
CONDUO EM PLACA PLANA COM GERAO INTERNA DE CALOR Gerao interna de calor pode resultar da converso de uma forma de energia em calor. Exemplos de formas de energia convertidas em calor: 1. Gerao de calor devido converso de energia eltrica em calor
2RIP (W) Onde: P : potncia eltrica transformada em calor por efeito joule(W)
R : resistncia hmica ( ) I : corrente eltrica (A)
Ainda, U : diferena de potencial eltrico (V)
UIP ou R
UP
2
q
-
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23
Em termos volumtricos, '''Gq )/(
3mW , V
PqG
''' (W/m3), onde V : volume onde o
calor gerado. 2. Gerao de calor devido a uma reao qumica exotrmica )0( ''' Gq como, por
exemplo, o calor liberado durante a cura de resinas e concreto. J, no caso de uma
reao endotrmica, 0''' Gq .
3. Outras formas tais de gerao de calor devido absoro de radiao, nutrons, etc... Parede (placa) plana com gerao de calor uniforme (resistncia eltrica plana). Lb
T1
T2
2b
i
Equao geral
t
T
k
qT G
1'''
2 sendo que 0
t
T (regime permanente.)
0'''
2 k
qT G )(xTT
Condies de contorno:
(1) Lx 1TT
(2) Lx 2TT
-
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24
Soluo
Seja a seguinte mudana de varivel (apenas por convenincia): dx
dT ,
Ento k
q
dx
d G'''
Integrando essa equao por partes, vem:
1
'''
Cdxk
qd G , mas como 1
'''
ento , Cxk
q
dx
dT
dx
dT G
Integrando novamente:
Obs.: Trata-se de uma distribuio parablica de temperaturas.
Como no caso da resistncia eltrica '''Gq (gerao de calor) positivo e,
claro, k tambm positiva, a constante que multiplica o termo 2x negativa parbola com a concavidade voltada para baixo. Por outro lado, se '''
Gq
for negativo, o que pode ocorrer com processos de curas de algumas resinas (processos endotrmicos), ento a concavidade ser voltada para cima.
Determinao das constantes 1C e 2C :
Condies de contorno
(1) 21
2'''
12
CLCk
LqT G - temperatura da face esquerda conhecida
(2) 21
2'''
22
CLCk
LqT G - temperatura da face direita conhecida
Somando (1)+(2), vem:
2
2'''
21 2Ck
LqTT G
k
LqTTC G
22
2'''
212
.
Substituindo em (1) ou (2), tem-se L
TTC
212
1
Ento, a distribuio final de temperaturas :
21
2'''
2)( CxC
k
xqxT G
22)(
2
)()( 2112
22''' TT
L
xTT
k
xLqxT G
-
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25
CASOS: (A) Suponha que as duas faces estejam mesma
temperatura: STTT 21 . Da, resulta que:
uma distribuio simtrica de temperaturas. A mxima temperatura, nesse caso, ocorre no plano central, onde 0x (note a simetria do problema). Se for o caso pouco comum de uma reao endotrmica, ou '''
Gq < 0, a concavidade seria voltada para abaixo
e, no plano central, haveria a mnima temperatura.
Tambm poderia se chegar a essa expresso usando 0dx
dT
S
GCMX
Tk
LqTT
2
2'''
O fluxo de calor (lei de Fourier)
dx
dTkAq ou
dx
dTk
A
qq '' , substituindo a distribuio de temperaturas, vem:
S
G Tk
xLq
dx
dkq
2
)( 22'''
'' ,
ou, simplesmente: No plano central (x = 0) o fluxo de calor nulo devido simetria do problema e das condies de contorno.
Dessa forma, o plano central age como o caso de uma parede adiabtica, 0'' q
(B) Nesse caso, suponha que a temperatura de uma das faces seja maior: 21 TT
SG T
k
xLqxT
2
)()(
22'''
'''''Gxqq
-
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26
Plano em que ocorre a mxima temperatura, mxT ( mxx )
Sabemos que o fluxo de calor nulo em mxx :
0mxx
dx
dTk ou
022
)()(2
2112
22
'''
TT
L
xTTxL
k
q
dx
d G , que resulta em:
02
)( 12'''
L
TTx
k
qmx
G
Cuja soluo : Substituindo-se o valor de xmx na expresso da distribuio da temperatura, encontra-se
o valor da mxima temperatura mxT . Tente fazer isso!
PENSE: Suponha que voc um engenheiro perito e chamado para dar um parecer sobre um incndio com suspeita de ter origem no sobreaquecimento do sistema eltrico. Como voc poderia, a partir de uma anlise na fiao eltrica, inferir se houve ou no sobreaquecimento luz da matria exposta acima?
'''
12
2
)(
G
mxLq
kTTx
-
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27
AULA 5 - CONDUO DE CALOR EM CILINDROS MACIOS EM REGIME PERMANENTE COM GERAO
INTERNA DE CALOR Nesta aula, vai se estudar o caso da gerao interna de calor em cilindros macios. Como exemplo de aplicao tem-se o calor gerado por efeito joule devido passagem de corrente eltrica em fios eltricos, como indicado na figura ao lado. Partindo da equao geral da conduo de calor:
01
'''
2
t
T
k
qT G
(Regime permanente)
Onde conveniente usar o Laplaciano em coordenadas cilndricas, isto :
2
2
2
2
2
2 11
z
TT
rr
Tr
rrT
Hipteses adicionais
- simetria radial: 02
2
(no h influncia da posio angular numa seo
transversal)
- o tubo muito longo: 02
2
z (no h efeitos de borda na direo axial)
Logo, trata-se de uma distribuio de temperaturas unidimensional na direo radial, ou seja, )(rTT
Assim, introduzindo essas simplificaes na equao geral da conduo, vem:
01
'''
k
q
dr
dTr
dr
d
rG
Ou, integrando por partes:
1
'''
Crdrk
q
dr
dTrd G
, ou, ainda: 1
2'''
2C
k
rq
dr
dTr G
Integrando novamente por separao de variveis:
2
1
'''
2Cdr
r
Cr
k
qdT G
21
2'''
ln4
)( CrCk
rqrT G
-
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28
* condies de contorno para obteno das constantes C1 e C2: (1) STrrT )( 0 a temperatura da superfcie TS conhecida
(2) 00
rdr
dT simetria radial na linha central
Isso implica dizer que o fluxo de calor nulo na linha central e, como decorrncia,
tambm pode-se afirmar que a mxima temperatura mxT ocorre nessa linha.
Da segunda condio de contorno, vem que:
02
lim 1'''
0
r
C
k
rqGr
Do que resulta em 01 C , para que a expresso permanea sempre nula.
Da primeira condio de contorno.
2
2'''
4C
k
rqT GS ou, k
rqTC GS
4
20
'''
2
Finalmente, a equao da conduo de calor fica:
uma distribuio parablica de temperatura (2. grau) !
Sendo, SG
mx Tk
rqT
4
20
'''
SG Trrk
qT 220
'''
4
-
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29
EXEMPLO DE APLICAO Considere um tubo cilndrico longo revestido de isolamento trmico perfeito do lado
externo. Sua superfcie interna mantida a uma temperatura constante igual a iT .
Considere, ainda, que ocorre gerao de calor '''
Gq uniforme.
a) calcule a distribuio de temperaturas; b) determine o fluxo de calor total removido (internamente); c) determine a temperatura da superfcie externa.
Soluo: Hipteses: as mesmas que as anteriores.
Eq. 01
'''
k
q
dr
dTr
dr
d
rG
Condies de contorno:
(1) ii TrrT )( (temperatura interna constante)
(2) 0erdr
dT (fluxo de calor nulo na superfcie)
A soluo geral, como j visto, :
21
2'''
ln4
)( CrCk
rqrT G
Onde 1C e 2C saem das condies de contorno do problema especfico:
k
rqC eG
2
2'''
1 ;
)ln(2
4
22'''
2 i
e
ieGi r
r
r
k
rqTC
-
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30
i
ie
ieG Tr
r
r
rr
k
rqrT
ln2
4)(
2
222'''
Assim,
O fluxo de calor :
dr
dTkAq
)()2( rTdr
drLkq
Aps substituir a distribuio de temperaturas e efetuar da derivada, vem:
22''' ieG rrqL
q (W/m)
A temperatura mxima :
emx TT
i
i
e
e
eieGemx T
r
r
r
rr
k
rqTT
ln2
4 2
222'''
OUTRO EXEMPLO DE APLICAO Num fio de ao inoxidvel de 3,2mm de dimetro e 30cm de comprimento aplicada
uma tenso de 10V. O fio est mantido em um meio que est a Co95 e o coeficiente de
transferncia de calor vale CmkW o2/10 .
Calcule a temperatura no centro do fio. A resistividade do fio e de cm70 e sua
condutibilidade trmica vale CmW o/5,22
-
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31
CT oc 267
Soluo:
Calor gerado por unidade de volume, isto , a potncia eltrica dissipada no volume.
R
URiP
22 ;
A
LR
m 81070
mL 3,0 , 26232
100425,84
)102,3(
4m
DA
2
6
8
106111,2100425,8
3,01070R
kWP 830,3106111,2
1002
3,0100425,8
1083,31083,36
33
LAV
PqG
3
910587,1m
WqG
hA
PTTTThAP PP )(
3,0)102,3(1010
1083,395
33
3
PT
CT oP 222
k
rqTT oGPc
4
2
5,224
)106,1(10587,1222
239
cT
-
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32
RESISTNCIA TRMICA Vrias Situaes
- paredes planas
R
TTq 21
kA
LR
- circuito eltrico
- paredes compostas
- Circuito eltrico
Ainda,
onde
432//
1111
RRRR
5//1 RRRREQ
EQR
TTq 21
-
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33
- Tubo cilndrico
R
TTq ei
;
kL
rr
R ie
2
ln
- Tubo cilndrico composto
- Circuito eltrico
ieq RR
Para dois tubos:
Lk
r
r
R1
1
2
12
ln
Lk
r
r
R2
2
3
22
ln
Lk
r
r
Ri
i
i
eq 2
ln 1
-
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34
Por induo, como deve ser a resistncia trmica devido conveco de calor?
Lei de conveco (Newton)
)( TThAq p e
hA
TTq p
1
onde, hA
1 a resistncia trmica de conveco
- Circuito eltrico
Para o caso em que houver conveco em ambas as paredes:
- Conveco em tubo cilndrico
-
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35
Tabela resumo de Resistncias Trmicas
Circuito Eltrico Fluxo de
Transferncia de calor
Resistncias Trmicas
Parede plana
R
TTq 21
kA
LR
Parede plana com conveco
R
TTq 21
321 RRRR
AhkA
L
AhR
21
11
Paredes compostas
EQR
TTq 21
5//1 RRRREQ
432//
1111
RRRR
Tubo cilndrico
R
TTq ei
kL
rr
R ie
2
ln
Tubo cilndrico composto
EQ
ei
R
TTq
Lk
r
r
Ri
i
i
eq 2
ln 1
-
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36
Conveco em tubo cilndrico
EQ
ei
R
TTq
hAkL
rr
R ie
eq
1
2
ln
COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERNCIA DE CALOR U O coeficiente global de transferncia de calor definido por:
totalTUAq Claramente, U est associado com a resistncia trmica, - parede plana
AhkAAhR
21
111
TUAR
Tq
RUA
1 ou
RAU
1
Logo,
21
111
hk
L
h
U
- tubo cilndrico
-
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37
H um problema associado com a rea de referncia. preciso dizer se U se refere rea interna do tubo, iU , ou rea externa, eU . No entanto, os dois valores so
intercambiveis mediante a seguinte expresso:
totaliitotalee TAUTAU
Logo, iiee AUAU
U referido rea externa
e
rr
ee
hkL
AU
i
e 1
2
ln
1
U referido rea interna
ee
irr
ii
hA
A
kL
AU
i
e
2
ln
1
RAIO CRTICO DE ISOLAMENTO TRMICO As tubulaes que transportam fluidos aquecidos (ou frios) devem ser isolados do meio
ambiente a fim de restringir a perda de calor do fluido (ou frio), cuja gerao implica
em custos. Aparentemente, algum poderia supor que a colocao pura e simples de
camadas de isolamentos trmicos seria suficiente. Entretanto, um estudo mais
pormenorizado mostrar a necessidade de se estabelecer um critrio para realizar esta
operao.
hLrkL
TTq
e
rr
i
i
e
2
1
2
ln
ou,
hrk
TTLq
e
rr
i
i
e 1ln
)(2
Note que no denominador dessa expresso que
o raio externo tem duas contribuies: um no
termo de conduo e a outra no termo de
-
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38
h
krcrit
conveco. De forma que, se o raio externo do isolamento aumentar por um lado ele
diminui uma das resistncias trmicas (a de conveco), enquanto que por outro lado a
resistncia trmica de conduo aumenta. Isto est ilustrado no grfico acima e d
origem a um ponto de maximizao. Do Clculo, sabe-se que o mximo da
transferncia de calor ocorre em:
2.
1
.
12
1ln
)(20
erhe
rk
hrk
TTL
dr
dq
e
rr
i
ei
e
Assim,
2
11
ee hrkr
critr o chamado raio crtico de isolamento.
Se o raio crtico de isolamento for originalmente menor que h
k a transferncia de calor
ser aumentada pelo acrscimo de camadas de isolamento at a espessura dada pelo raio
crtico conforme tendncia do grfico. Neste caso, ter-se-ia o efeito oposto ao
desejado de diminuir o fluxo de calor. Por outro lado, se originalmente a espessura de
isolamento for maior que a do raio crtico, adies sucessivas de camadas isolantes vo
de fato diminuir a perda de calor.
Para exemplificar, considere um valor do coeficiente de transferncia de calor por
conveco de h = Cm
Wo2
7 (conveco natural), teste de alguns valores da
condutividade de materiais isolantes.
material
CmW
ok critr (mm)
Teflon 0,350 50,0 Papel 0,180 25,7 Couro 0,159 22,7
Borracha macia 0,130 18,6 Silicato de clcio 0,055 7,9
L de vidro 0,038 5,4 Poliestireno expandido 0,027 3,9
Folhas de papel e alumnio de vidro laminado
0,000017 0,0024
-
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39
Como se v, o raio crtico relevante para pequenos dimetros, tais como, fios eltricos. Exerccios sugeridos do Incropera: 3.4; 3.5; 3.11; 3.32; 3.34; 3.38
-
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40
AULA 6 - ALETAS OU SUPERFCIES ESTENDIDAS Considere uma superfcie aquecida (resfriada) que se deseja trocar calor com um fluido.
Da lei de resfriamento de Newton, vem que o fluxo de calor trocado dado por,
TThAq s ,onde h o coeficiente de transferncia de calor por conveco, A a
rea de troca de calor e Ts e T so as temperaturas da superfcie do fluido (ao longe).
Por uma simples anlise, sabe-se que a transferncia de calor pode ser melhorada, por
exemplo, aumentando-se a velocidade do fluido em relao superfcie. Com isso,
aumenta-se o valor do coeficiente de transferncia de calor h e, por conseguinte, o
fluxo de calor trocado, como dado pela expresso anterior. Porm, h um preo a pagar
e este preo o fato que vai se exigir a utilizao de equipamentos de maior porte de
movimentao do fluido, ou seja, maiores ventiladores (ar) ou bombas (lquidos).
Uma forma muito empregada de se aumentar a taxa de transferncia de calor consiste
em aumentar a superfcie de troca de calor com o emprego de aletas, como a ilustrada
abaixo.
Assim, o emprego das aletas permite uma melhora da transferncia de calor pelo aumento da rea exposta. Exemplos de aplicao de aletas: (1) camisa do cilindro de motores de combusto interna resfriados a ar (velho fusca); (2) motores eltricos; (3) condensadores; (4) dissipadores de componentes eletrnicos.
-
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41
TIPOS DE ALETAS A figura abaixo indica uma srie de exemplos de aletas. Evidentemente, existem
centenas ou milhares de formas construtivas que esto, muitas das vezes, associadas ao
processo construtivo das mesmas (extruso, soldagem, etc).
Figura 1 Diferentes tipos de superfcies aletadas, de acordo com Kreith e Bohn. (a) aleta longitudinal de perfil retangular; (b) tubo cilndrico com aletas de perfil retangular; (c) aleta longitudinal de perfil trapezoidal; (d) aleta longitudinal de perfil parablico; (e) tubo cilndrico equipado com aleta radial; (f) tubo cilndrico equipado com aleta radial com perfil cnico truncado; (g) pino cilndrico; (h) pino cnico truncado; (i) pino parablico.
EQUAO GERAL DA ALETA
Volume de controle elementar, C
Hipteses: - regime permanente; - temperatura uniforme na seo transversal; - propriedades constantes.
-
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42
Balano de energia
convecopCVdo
saiquequecalordefluxo
III
conduopCVo
deixaquequecalordefluxo
II
conduopCVno
entraquecalordefluxo
I
/../../..
(I) dx
dTkAq xx
(II) )( 2dxodxdx
dqqq xxdxx expanso em serie de Taylor
(III) )( TThAqc
)( TThPdxqc
P : permetro molhado, isto , a superfcie externa da aleta que se encontra em contato com o fluido. Substituindo-se as equaes acima no balano global de energia, vem:
dxTThPdxdxdx
dqqq xxx )(
0)( TThPdx
dqx
Ou, substituindo a lei de Fourier da conduo:
0)(
TThP
dx
dTA
dx
dk x
Sendo dTdTT
0
k
hP
dx
dA
dx
d Equao Geral da Aleta
)(x
)(xAA
ALETA DE SEO TRANSVERSAL CONSTANTE: RETANGULAR
Do ponto de vista matemtico, a equao de aleta mais simples de ser resolvida a de
seo transversal constante como, por exemplo, uma aleta de seo retangular ou
circular. Assim, da equao geral para esse caso, com A = cte, vem:
-
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43
mxmx ececx 21)(
022
2
m
d
d,
kA
hPm 2
A soluo do tipo: ,
conforme soluo indicada abaixo no lembrete de clculo , j que o polinmio
caracterstico possui duas razes reais e distintas (m e m).
LEMBRETE DE CLCULO
Soluo geral de equao diferencial homognea de a2 ordem e coeficientes constates
02
2
cydx
dyb
dx
yd
Assume nxey
Substituindo, vem
nxnxnx cebmeem 2 nxe
Obtm-se o polinmio caracterstico
02 cbnn
Caso 1: 1n e 2n reais e distintos
xnxn ececy 21 21
Caso 2: 1n e 2n reais iguais
xnxn xececy 11 21
Caso 3: conjugados complexos qipn 1 ; qipn 2
)]()cos([ 21 qxsencqxceypx
Onde, 2
bp ;
2
4 2bcq
-
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44
x
kA
hP
b
mxb e
xex
)()(
Determinao das constantes 1c e 2c vm das condies de contorno:
a1 Condio de Contorno
TT
TTxpara
bb
b
)0(
)0(0
0
20
1 ececb
A outra relao entre as condies de contorno, depende do tipo de aleta, conforme
os casos (a), (b) e (c), abaixo estudados:
(a) aleta muito longa Nesse caso, admite-se que a aleta muito longa que, do ponto de vista matemtico, tem-se
0 ouTTx Assim,
bmxmxx
ccecec 2121 0lim0
De forma que, a distribuio de temperaturas nesse caso :
Ou, substituindo a definio de , vem:
bcc 21
xkAhP
b
eTT
TxT )(
-
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45
O fluxo de calor total transferido pela aleta
O fluxo de calor total transferido pela aleta pode ser calculado por dois mtodos:
(1) aletabasecondaleta qq . (o fluxo de calor total
transferido igual ao fluxo de calor por conduo na base da aleta)
(2) dxTThPqaleta )(0
(o fluxo de calor total transferido a integral do fluxo de calor convectivo ao longo de toda a superfcie da aleta) Usando o mtodo (1), vem:
00
x
bx
baletadx
dkA
dx
dTkAq
Mas, cteAAb
0
)(
x
mxb
mxbaleta emkAe
dx
dkAq
kA
hPkAq baleta
hPkAq baleta ou )( TThPkAq baleta
Pelo outro mtodo (2):
dxhPqaleta
0
; cteP
dxehPq mxbaleta
0
bbmbmx
bmx
baleta hPkAm
hPe
m
hP
m
ehPdxehPq
1limlimlim
00
ou, )( TThPkAq baleta o mesmo resultado anterior!
(b) caso em que a extremidade da aleta adiabtica (finito) Nesse caso, admite-se que a transferncia de calor na
extremidade da aleta muito pequeno. Portanto,
-
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46
mLmL
mL
bee
ec 1
admite-se que adiabtico:
LxLx dx
d
dx
dT
0 (extremidade adiabtica), ou 021 mxmx ececdx
d
De onde, se obtm, mLmL
mLb
ee
ec
2
Mas como bcc 21 , ento:
Logo, substituindo na equao, vem:
mx
c
mLmL
mLmx
c
mLmL
mL
b
eee
ee
ee
e
21
Ou
2/
2/)()(
mLmL
xLmxLm
b ee
ee
ou
mL
xLmx
b cosh
)(cosh)(
lembrete de funes hiperblicas:
FUNO DEFINIO DERIVADA senhx
2
xx ee
xcosh
xcosh
2
xx ee
senhx
tghx
x
senhx
cosh
xh2sec
O fluxo de calor total transferido pela aleta O mesmo resultado do caso anterior
00 cosh
)(cosh
x
b
x
aletamL
mxL
dx
dkA
dx
dkAq
)()cosh(
)(m
mL
mLsenhkA b
)(mLtghmkA b
-
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)(cosh
)()(cosh)(
mLsenhmk
hmL
xLmsenhmk
hxLmx
b
)()cosh(
)()(
mLsenhmk
hmL
mLconhmk
hmLsenhhPkAq b
)(mLtghhPkAq b (c) aleta finita com perda de calor por conveco na extremidade Caso realista. Condio de contorno na extremidade:
em
)( TThdx
dTkLx L
Lx
conduo na extremidade = conveco
Distribuio de temperaturas
Fluxo de calor Comprimento Corrigido de Aleta Em muitas situaes, costuma-se usar a soluo do caso (b) extremidade adiabtica
mesmo para os casos reais. Para isso, usa-se o artifcio de rebater a metade da
espessura t para cada lado da aleta e definir o chamado comprimento corrigido de aleta,
LC. Com isso, usa-se o caso (b) de soluo mais simples.
b t
L t/2
Lc=L+t/2
2/tLLc
O erro introduzido por essa aproximao ser menor que 8% desde que
5,0k
ht
-
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AULA 7 EFICINCIA E EFETIVIDADE DE ALETAS Eficincia de Aleta A teoria desenvolvida na aula anterior bastante til para uma anlise em detalhes para o projeto de novas configuraes e geometrias de aletas. Para alguns casos simples, existem solues analticas, como foi o do caso estudado da aleta de seo transversal constante. Situaes geomtricas ou que envolvem condies de contorno mais complexas podem ser resolvidas mediante soluo numrica da equao diferencial geral que governa o processo de transferncia de calor na aleta. Na prtica, a seleo de aletas para um caso especfico, no entanto, geralmente usa o mtodo da eficincia da aleta. Sendo que a eficincia de aleta, A , definida por
idealcasobasetempestivessealetaacasootransmitidseriaquecalorfluxo
realcasoaletapotransmitidcalordefluxoA
.
/
Pode ser utilizado o comprimento corrigido, dado por: Lc = L+ t/2
Para o caso estudado na aula anterior da aleta retangular de extremidade adiabtica, a
aplicao da definio de eficincia de aleta resulta em:
c
c
bc
cbA
mL
mLtgh
hPL
mLtghhPkA )()(
, com
kA
hPm
Por outro lado, o permetro molhado dado por
btbP 2)(2 (para t
-
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Clculo do Fluxo de Calor Atravs da Aleta Da definio de eficincia de aleta, o fluxo de calor real transferido pela aleta, qA, pode
ser obtido por meio de maxqq AA , onde o mximo fluxo de calor transferido, qmax,
aquele que ocorreria se a aleta estivesse toda temperatura da base, isto :
bahAq max ,
onde Aa a rea total exposta da aleta e TTbb
Assim, o fluxo de calor real transferido pela aleta :
baaA hAq
Note que a eficincia da aleta, a , selecionada sai de uma tabela, grfico ou equao.
Na pgina seguinte h uma srie de grficos para alguns tipos de aletas. Deve-se usar aleta quando:
(1) h baixo (geralmente em conveco natural em gases, como o ar atmosfrico) (2) Deve-se usar um material de condutividade trmica elevado, tais como cobre e
alumnio, por razes que veremos adiante. O alumnio superior devido ao seu baixo custo e baixa densidade. Exemplo de Aplicao Em um tubo de dimetro externo de 2,5 cm so instaladas aletas circulares de alumnio por um processo de soldagem na superfcie. A espessura das aletas de 0,1 cm e o dimetro externo das mesmas de 5,5 cm, como ilustrado. Se a temperatura do tubo for de 100 oC e o coeficiente de transferncia de calor for de 65 W/m2 K, calcule o fluxo de calor transferido pela aleta.
Soluo Trata-se de aleta circular de alumnio. O valor da condutividade trmica de aproximadamente 240 W/mK (obtido por consulta a uma tabela de propriedades termofsicas dos slidos). Vamos calcular os parmetros do grfico correspondente dado na pgina 50 frente.
-
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50
mt
LLmL
mt
c 0155,02
015,001,02
)5,25,5(
001,0
255,01055,1240650155,0 1055,1001,00155,0 5,055,12123c25 PcP kAhLmtLA Para o uso do grfico, precisamos ainda da razo entre o raio externo corrido e o raio interno da aleta.
24,225,1
2/1,075,22/
1
2
1
2
r
tr
r
r c Com esses dois parmetros no grfico, obtemos
%91A . Assim, o fluxo de calor trocado pela aleta :
, 5,177500394,06591,0 WhAq baaA J que a rea exposta da aleta,
vale, . 00394,02 22122 mrrA ca Exemplo de Aplicao (cont...) Admitindo que o passo das instalaes da aleta de 1 cm, qual deve ser o fluxo de calor
total transferido pelo tubo, se o mesmo tiver 1 m de comprimento.
Soluo O tubo ter 100 aletas. O fluxo de calor trocado por aleta j conhecido do clculo anterior. O fluxo de calor da poro de tubos sem aletas ser:
aletas. h no que em tubodo rea a onde ),( sassasa ATThAq
221 07068,0 8,7061,010010025,12)(2 mcmtNLrA aTsa Assim, Wqsa 6,344)25100(07068,065
O fluxo de calor trocado pelas 100 aletas ser Wqca 17505,17100
Finalmente, o fluxo total de calor trocado pelo tubo ser
Wqqq casaT 5,209417506,344 e %6,83%1002095
1750%
Como se v, a instalao das aletas aumenta consideravelmente a transferncia de calor.
-
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Ap rea de seo transversal de aleta
Tipo Aa rea total exposta da aleta
b largura da aleta Lc = L-corrigido t = espessura
Retangular cbL2
Triangular 2/122 )2/(2 LLb Parablica 2/122 )2/(05,2 LLb Anular 2/121222 rrb c
Fluxo de calor transmitido pela aleta:
baahAq
TTbb
Aa a rea total exposta da
aleta Para obter a eficincia da aleta, use os dados geomtricos disponveis e os indicados nos grficos. Uma vez obtida a eficincia da aleta, calcule o fluxo real de calor atravs da simples expresso acima. Comentrios: Aleta triangular (y ~ x) requer menos material (volume) para uma mesma dissipao de calor do que a aleta retangular. Contudo, a aleta de perfil parablico a que tem melhor ndice de dissipao de calor por unidade de volume (q/V), mais apenas um pouco superior ao perfil triangular e seu uso raramente justificado em funo de maior custo de produo. A aleta anular usada em tubos.
-
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Efetividade da Aleta
Como visto, a eficincia de aleta somente um procedimento de clculo, mas no
indica se a transferncia de calor realmente aumenta ou no com a instalao de aletas.
Claro que est informao crucial se o engenheiro pretende decidir pela instalao de
aletas para incrementar a transferncia de calor.Tal anlise s pode ser feita atravs da
anlise da efetividade. Para que se possa efetivamente tomar uma deciso sobre o uso
ou no de aletas, deve-se lanar mo do mtodo da efetividade de aleta, .
Nesse mtodo, compara-se o fluxo de calor devido presena da aleta com o fluxo
de calor caso ela no tivesse sido instalada, ou seja:
bb
aleta
aletas
aleta
hA
q
q
q
/
Note que o fluxo de calor sem a aleta, q s/aleta, o que ocorreria na base da aleta,
conforme ilustrao acima. Como regra geral, justifica-se o caso de aletas para > 2.
Para aleta retangular da extremidade adiabtica
bb
cb
hA
mLtghhPkA
)(
Nesse caso: A = Ab e, portanto, kPhA
mLtgh c
/
)(
-
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Exemplos de Aplicao Exemplo de aplicao 1 Uma aleta de ao inoxidvel, seo circular de dimenses L
= 5 cm e r = 1 cm submetida a trs condies de resfriamento, quais sejam:
A gua em ebulio; h = 5000 W/m2K B Ar conveco forada; h = 100 W/m2K C Ar Conveco natural; h = 10 W/m2K Calcule a efetividade da aleta, para os seguintes dados - k ao inox = 19 W/m K - Comprimento corrigido: Formula
Soluo:
kPhA
mLtgh c
/
)( , com
hh
kr
h
rk
rh
kA
hPm 24,3
01,0.19
2222
e 2/01,005,024,3 hmLc , ou
seja: hmLc 178,0 .
No denominador tem-se: hh
k
hr
rk
rh
kP
hA0162,0
19.2
01,0.
22
2
.
Substituindo estes dois resultados na expresso da efetividade, vem:
h
htgh
0162,0
)178,0(
-
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Agora, analisando os trs casos (valores diferentes de h)
Caso A : h = 5000 W/m2 K 873,0145,1
1
50000162,0
)5000178,0(
tgh
Caso B : h = 100 W/m2 K 833,5162,0
945,0
1000162,0
)100178,0(
tgh
Caso C : h = 10 W/m2K 0,10051,0
510,0
100162,0
)10178,0(
tgh
Comentrio - Como visto, a colocao da aleta nem sempre melhora a transferncia de calor. No
caso A, por exemplo, a instalao de aletas pioraria a transferncia de calor. Um critrio
bsico que a razo hA/Pk deve ser muito menor que 1 para justificar o uso de aletas.
Caso (A) 31,1kP
hA
Caso (B) 026,0kP
hA
Caso (C) 00262,0kP
hA
- Informao importante: A aleta deve ser colocada do lado do tubo de menor coeficiente de transferncia de calor que tambm o de maior resistncia trmica. Exemplo de aplicao 2 Considerando o problema anterior, suponha que a aleta seja
constituda de trs materiais distintos e que o coeficiente de transferncia de calor seja h
= 100 W/m2 oC. Calcule a efetividade.
Das tabelas de propriedades de transporte dos materiais, obtm-se: A Cobre k = 368 W/m K B Ao inox k = 19 W/m K C Alumnio k = 240 W/m K Soluo:
kkkr
hm
4,141
01,0.
100.22 e, portanto,
kkmLc
76,72/01,005,0
4,141
-
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No denominador, agora temos: kkk
hr
kP
hA
2
1
2
01,0.100
2
Substituindo ambos resultados, obtm-se:
)/76,7(2 ktghk
Caso (A): k = 368 W/m K (cobre) = 10,7 Caso (B): k = 19 W/m K (ao inox) = 5,8 Caso (C): k = 240 W/m K (alumnio) = 10,1 Comentrio: O material da aleta bastante importante no que toca a efetividade de uma aleta. Deve-
se procurar usar material de elevada condutividade trmica (cobre ou alumnio).
Geralmente, o material empregado o alumnio por apresentar vrias vantagens, tais
como:
(1) fcil de ser trabalhado e, portanto, pode ser extrudado;
(2) Tem custo relativamente baixo;
(3) Possui uma densidade baixa, o que implica em menor peso final do
equipamento;
(4) Tem excelente condutividade trmica.
Claro, que cada caso um caso. Em algumas situaes as aletas podem ser parte do
projeto original do equipamento e serem fundidas juntamente com a pea, como ocorre
com as carcaas de motores eltricos e os cilindros de motores resfriados a ar, por
exemplo. Nesse caso, as aletas so feitas do mesmo material da carcaa do motor.
-
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AULA 8 CONDUO DE CALOR EM REGIME TRANSITRIO SISTEMA CONCENTRADO
Introduo
Quando um corpo ou sistema a uma dada temperatura bruscamente submetido a novas
condies de temperatura no seu contorno como, por exemplo, pela sua exposio a um
novo ambiente, certo tempo ser necessrio at que seja restabelecido o equilbrio trmico.
Exemplos prticos so aquecimento/resfriamento de processos industriais, tratamento
trmico, entre outros.
No esquema ilustrativo abaixo, suponha que um corpo esteja inicialmente a uma
temperatura uniforme T0. Subitamente, ele exposto a um ambiente que est a uma
temperatura maior T2. Uma tentativa de ilustrar o processo de aquecimento do corpo est
indicada no grfico temporal do esquema. A forma da curva de aquecimento esperada , de
certa forma, at intuitiva para a maioria das pessoas, baseado na prpria experincia
pessoal.
1T
10 = TT
2T
2T
t
Uma anlise mais detalhada e precisa do problema do aquecimento do exemplo
ilustrativo acima vai, entretanto, indicar que o aquecimento do corpo no ocorre de forma
uniforme no seu interior. Na ilustrao que segue, indica-se de forma indicativa a
temperatura na no centro Tc, e numa posio qualquer na superfcie Ts. Note que as curvas
-
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de aquecimento no so iguais. Isto indica que a variao da temperatura no corpo no
uniforme dentro do corpo, de uma forma geral. Esta anlise que envolve o problema da
difuso interna do calor, um pouco complexa do ponto de vista matemtico, mas pode ser
resolvida para alguns casos de geometrias e condies de contorno simplificadas. Casos
mais complexos podem ser resolvidas de forma numrica. Entretanto, o interesse da aula de
hoje numa hiptese simplificadora que funciona para um grande nmero de casos
prticos. A ideia consiste em assumir que todo o corpo tenha uma nica temperatura
uniforme a cada instante, como foi ilustrado anteriormente, de forma que se despreze a no
uniformidade da temperatura interna. Esta hiptese chamada de sistema concentrado,
como discutido na sequncia.
2T2T
Sistema Concentrado A hiptese que a cada instante de tempo t, o sistema tenha uma s temperatura
uniforme T(t). Isto ocorre em situaes nas quais os sistemas (corpos) tenham sua
resistncia interna conduo desprezvel face resistncia externa troca de calor
(geralmente conveco).
Para conduzir essa anlise, ser lanado mo do esquema abaixo para o qual se realiza
um balano de energia, indicado a seguir.
T0
T
q conveco
-
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Balana de energia
= Termo (I):
dt
dTc
dt
du
dt
dum
dt
dU===
m = massa do corpo; U = energia interna do corpo; u = energia interna especfica do corpo; = densidade do corpo; = volume do corpo; c = calor especfico do corpo. Termo (II):
)( = TThAqconv h = coeficiente transferncia de calor por conveco para o fluido circunvizinho; A = rea da superfcie do corpo em contato com o fluido; T = temperatura instantnea do corpo T = T (t); T = temperatura ao longe do fluido. Assim, pelo esquema do balano de energia, vem:
)( = TThAdt
dTc
Essa uma equao diferencial de primeira ordem, cuja condio inicial T(t=0) = T0 Separando as variveis para se realizar uma integrao por partes, vem:
dtc
hA
TT
dT
=
Por simplicidade, seja dTdTT == , ento:
Taxa temporal de variao de energia
interna do corpo (I)
Fluxo de calor Trocado por conveco (II)
-
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59
dtc
hAd
=
, ou
= =
t
t
dtc
hAd
00
, do que resulta em:
tc
hA
=
0
ln .
Finalmente,
tc
hA
e
=
0
ou t
c
hA
eTT
TT
=
0
Analogia Eltrica
Essa equao resulta da soluo de um sistema de primeira ordem. Solues desse tipo
ocorrem em diversas situaes, inclusive na rea de eletricidade. Existe uma analogia
perfeita entre o problema trmico apresentado e o caso da carga e descarga de um capacitor,
como ilustrado no esquema abaixo.
Inicialmente o capacitor C carregado at uma teno eltrica V0 (chave ligada).
Depois, a chave aberta e o capacitor comea a se descarregar atravs da resistncia R.
A soluo desse circuito RC paralelo
RC
t
eV
V =
0
Note a Analogia
Eltrica Trmica Tenso, V
TT Capacitncia, C c Resistncia, R hA/1
-
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60
Circuito trmico equivalente
c hA/1
T Constante de tempo do circuito eltrico,
RC=
A constante de tempo uma grandeza muita prtica para indicar o quo rpido o capacitor se carrega ou se descarrega. O valor de =t o instante em que a tenso do sistema atingiu o valor de e-1 ~ 0,368
368,011
0
====
eee
V
V
Com isso, pode-se fazer uma anlise muito interessante, como ilustrado no grfico
abaixo que indica a influncia da tenso no capacitor para diferentes constantes de tempo. Quanto maior a constante de tempo, mais o sistema demora para atingir o valor de 0,368V0.
1 2 3 4 Por analogia, a constante de tempo trmica tudo o que sobrar no denominador do valor
da exponencial, isto :
t
tt
c
hA
eeTT
TT
==
0
hA
ct
=
Veja o grfico ilustrativo abaixo para ver a influncia da constante de tempo trmica.
-
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61
t
TT
TT0
)(368,0 0 TT
Um exemplo interessante da aplicao dos conceitos de transitrio trmico o caso da
medida de temperaturas com sensores do tipo termopar e outros. Esses sensores consistem
de dois fios fundidos em uma extremidade que formam uma pequena bolinha a qual
exposta a um ambiente em que se deseja mediar sua temperatura. Suponha de forma
ilustrativa, um ambiente que idealmente sua temperatura tem o comportamento ilustrado
pela linha cheia no esquema abaixo, isto , sua temperatura oscila entre T1 e T2, de
perodo em perodo (onda quadrada). Agora deseja-se selecionar um sensor que acompanhe
o mais prximo possvel o seu comportamento. Trs sensores de constantes trmicas
diferentes so mostrados. Note que o sensor de maior constante trmica, 3 , praticamente
no sente as variaes de temperatura, enquanto que o sensor de menor constante trmica
acompanha melhor as variaes de temperatura. Esse exemplo poderia ser o caso de um
motor de combusto interna em que as temperaturas da cmara variam com a admisso e
combusto dos gases. Com esse simples exemplo, mostra-se a importncia da constante
trmica.
10 TT
TT
20 TT
12 < 1
13 >
-
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62
A equao que rege o regime transitrio concentrado pode ainda ser reescrita para se obter
a seguinte forma
FoBieTT
TT
0
=
Onde, Bi o nmero de Biot, definido por k
hLBi = , e Fo o nmero de Fourier, definido
por 2
L
tFo
= (trata-se de um tempo adimensional)
h = coeficiente transferncia de calor por conveco;
= difusividade trmica;
k = condutividade trmica;
L = comprimento caracterstico do corpo;
O nmero de Biot uma razo entre a resistncia interna conduo de calor e a resistncia
externa conveco.
Pode-se adotar L como sendo a razo entre o volume do corpo pela sua rea exposta troca
de calor.
expostarea
corpodoolume
=
v
A
VL
Para concluir esta aula, deve-se informar o limite da aplicabilidade da hiptese de sistema
concentrado. Mostra-se que a hiptese de sistema concentrado admite soluo razovel
desde que:
1,0
-
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63
c = 400 J/kg K e = 8500 kg/m3. Inicialmente, o termopar de D = 0,7 mm est a 25 oC e
inserido na corrente de gs quente a 200 oC. Quanto tempo vai ser necessrio deixar o
sensor em contato com o gs quente para que a temperatura de 199,9 oC seja indicada pelo
instrumento? O coeficiente de transferncia de calor vale 400 W/m2K.
SOLUO
Comprimento caracterstico: mD
A
VL
43
10167,16
107,0
6
=
===
Nmero de Biot: 34
10333,220
10167,1400
=
==k
hLBi
Da expresso da temperatura, vem 76,320020025
2009,199ln
10333,2
1ln
13
0
=
=
=
TT
TT
BiFo
Dado que 610883,54008500
20
=
==
c
k
e
2L
tFo
= , vem:
( )s
LFot 4,7
10883,5
10167,176,32006
242
=
=
=
Comentrio: note que o nmero de Biot satisfaz a condio de sistema concentrado 1,0
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Para efeito de estimativas, considere que a melancia tenha 30 cm de dimetro e suas propriedades termofsicas sejam as da gua. Considere, tambm, que o coeficiente de transferncia de calor interno do compartimento da geladeira valha h = 5 W/m2 oC. Soluo: 0,025/
Clculo do N de Biot
, sendo
0,3
6 0,05
D= 0,3 m
,
, 10
Concluso, a melancia no vai resfriar de forma uniforme. Isto est de acordo com sua experincia?
D = 0,3 m
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AULA 9 CONDUO DE CALOR EM REGIME TRANSITRIO SLIDO SEMI-INFINITO
Fluxo de Calor num Slido Semi-Infinito
Na aula anterior foi estudado o caso da conduo de calor transitria para sistemas
concentrados. Aquela formulao simplificada comea a falhar quando o corpo possui
dimenses maiores de forma que a resistncia interna conduo no podem ser
desprezadas (Bi > 0,1). Solues analticas existem para casos em que uma das
dimenses predominante e muito grande que, em termos matemticos, dito infinito.
Considere o esquema abaixo de um slido com uma superfcie exposta troca de calor
( esquerda) e sua dimenso se estende direita para o infinito (da o nome de semi-
infinito). A face exposta sobre bruscas mudanas de condio de contorno, como se
ver.
Condies de contorno
(A) Temperatura constante na face exposta:
Soluo: T(x, t)
Equao geral conduo de calor
t
T
k
qT
1'''2
Por no haver gerao interna de calor, vem que t
T
x
T
12
2
, a qual submetida as
seguintes condies:
- Condio inicial: iTxT )0,(
- Condio de contorno: 0),0( TtT
Sem apresentar detalhes da soluo do problema, prova-se que a distribuio de temperaturas dada por:
-
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t
xerf
TT
TT
i 20
0, onde
erf a chamada funo erro de Gauss, cuja definio dada por:
tx
det
xerf
2
0
22
2
Vista em forma grfica, esta funo tem o seguinte comportamento.
Para valores numricos de T = T (x,t), veja a Tabela B 2 do livro do Incropera
e Witt. Note que o seu comportamento se parece com uma exponencial disfarada.
Tabela B-2 do Incropera
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Fluxo de calor numa posio x e tempo t
Para se obter o fluxo de calor instantneo numa dada posio qualquer, basta aplicar a
lei de Fourier da conduo. Isto feito substituindo a distribuio de temperaturas
acima, na equao de Fourier, isto :
t
x
iix dex
TTkAt
xerfTTT
xkA
x
TkAq
2
0
000
22)()
2()(
t
x
xe
TTkAt
x
i
2
)(240
2
, do que, finalmente, resulta em:
t
x
ix e
t
TTkAq
40
2
)(
(B) Fluxo de calor constante na face exposta:
Neste outro caso, estuda-se que a face exposta est submetida a um fluxo de calor
constante,
Partindo da equao da conduo de calor t
T
x
T
12
2
, submetida as seguintes
condies:
- Condio inicial: iTxT )0,(
- Condio de contorno: 00
qx
TkA
x
-
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A soluo :
t
xerf
kA
xq
kA
et
q
TT
t
x
i
21
20
40
2
NOTA: Obtenha o fluxo de calor!!
(C) Conveco de calor na face exposta
Nesse terceiro caso, analisa-se o caso em que ocorre conveco de calor na face
exposta esquerda.
T
Novamente, partindo da equao da conduo de calor sem gerao interna, vem:
t
T
x
T
12
2
, a qual submetida s seguintes condies:
- Condio inicial: T (x,o) = Ti
- Condio de contorno:
TtThA
x
TkA
x
),0(0
(conduo interna =
Conveco) A soluo :
k
th
t
xerfe
t
xerf
TiT
TT kth
k
hx
i
21
21
2
2
NOTA: Obtenha o fluxo de calor! use a Lei de Fourier!
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Outros casos de conduo transitria de interesse
Placas, chapas, cilindros e esferas so geometrias muito comuns de peas
mecnicas. Quando o nmero de Biot pequeno, basta que se use a abordagem de
sistema concentrado. Entretanto, quando isso no ocorre, h de se resolver a equao
geral da conduo de calor. No entanto, para essas geometrias bsicas, Heisler
desenvolveu solues grficas, como mostrado na tabela abaixo.
Tabela conveno para uso dos diagramas de Heisler
Placas cuja espessura pequena em relao as outras
dimenses
Cilindros cujos dimetros so pequenos quando comparados
com o comprimento
Esferas
T
T
T
TtrTouTtxT ),(),(
TTii
TT00
TTee
Nmero de Biot: k
hLBi
L dimenso caractersticas (dada no grfico) Nmero de Fourier, Fo