Apostila Shiatsu Completa
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Zen Shiatsu
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Sumrio
INTRODUO ..................................................................................................................... 11. A MASSAGEM - PASSADO E PRESENTE ..................................................................... 2
2. DEFINIO DE MASSAGEM .......................................................................................... 33. ENERGIACORPO FSICONOVO PARADIGMA ...................................................... 4
4. MEDICINA TRADICIONAL CHINESA ............................................................................. 55. KI ..................................................................................................................................... 66. CINCO ELEMENTOS ...................................................................................................... 7
Seqncia Geradora ........................................................................................................ 8Seqncia Controladora ................................................................................................... 9Quadro dos 5 elementos ................................................................................................ 10Diagrama dos Ciclos de Gerao e Dominao dos 5 Elementos e a Distribuio deFenmenos da Natureza e do Corpo Humano pelas 5 Fases ....................................... 11
7 YIN E YANG ................................................................................................................... 12
8. Meridianos: Os canais de energia e seus pontos .......................................................... 15
Canal dos Pulmes ........................................................................................................ 17Caminho ............................................................................................................................ 17Funes e Sintomas Associados ....................................................................................... 17
O Canal do Intestino Grosso .......................................................................................... 18Caminho ............................................................................................................................ 18
Canal do Estmago ........................................................................................................ 19Caminho ..................................................................................................................... 19
Canal do Bao ................................................................................................................ 20Canal do Corao .......................................................................................................... 21Canal do Intestino Delgado ............................................................................................ 22
Canal da Bexiga ............................................................................................................. 23
Canal dos Rins ............................................................................................................... 24Canal do Pericrdio ........................................................................................................ 25
Caminho ..................................................................................................................... 25Canal do Triplo Aquecedor ............................................................................................. 26
Caminho ..................................................................................................................... 26Funes e Sintomas Associados ....................................................................................... 27
Canal da Vescula .......................................................................................................... 27Caminho ............................................................................................................................ 27Funes e Sintomas Associados ....................................................................................... 28
Canal do Fgado ............................................................................................................. 289 CONCEITO E ORIGEM DO SHIATSU ........................................................................... 31
9.1 Conceito e origem do Zen Shiatsu........................................................................... 319.2 Zen Shiatsu Hoje ...................................................................................................... 319.3 Princpios do Zen Shiatsu ........................................................................................ 33
O Meridiano como um todo ........................................................................................ 33Alongamento e Presso Simultneos ......................................................................... 33A mo me, ou o Shiatsucom as duas mos .......................................................... 33
9.4 Fundamentos para a Prtica do Zen Shiatsu........................................................... 34Postura do Praticante ................................................................................................. 34Como aplicar as presses .......................................................................................... 34
9.5 A Presso no Zen Shiatsu........................................................................................ 36
Presso Perpendicular (e vertical) .............................................................................. 36Presso Estacionria (tempo) .................................................................................... 36Presso Apoiada ........................................................................................................ 36
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Profundidade das Presses ........................................................................................ 3710 RELAO PRATICANTEPACIENTE ....................................................................... 38
10.1 Ambiente de Trabalho ............................................................................................ 3811 SEQNCIA DE ZEN SHIATSU .................................................................................. 39
11.1 Posterior (Decbito Ventral) ................................................................................... 39
1 Posio Inicial Centramento ................................................................................... 39
Sequencia das Costas ................................................................................................ 40Sequencia dos Braos ................................................................................................ 43Seqncia das Ndegas ............................................................................................. 44Sequencia das Pernas ................................................................................................ 45Sequencia Lateral da Perna ....................................................................................... 47Seqncia dos Ps ..................................................................................................... 48
11.2 Anterior (Decbito Dorsal) ...................................................................................... 49Barriga ........................................................................................................................ 4932 Sequencia de zen shiatsu no hara ....................................................................... 51Brao Anterior ............................................................................................................. 53
Pernas Anterior ........................................................................................................... 55
Cabea, Pescoo e Face ............................................................................................ 57Face ............................................................................................................................ 58
11.3 Lateral .................................................................................................................... 5912 DIAGNSTICO E FUNES DOS MERIDIANOS PRINCIPAIS ................................. 63
12.1 Diagnostico dos meridianos atravs da palpao ................................................. 63Ilustrao de Kyo e Jitsu nos Canais ............................................................................. 6312.2 Diagnstico no Zen Shiatsu ................................................................................... 6412.3 Tonificao e Sedao ........................................................................................... 64
13 Funes dos Meridianos ............................................................................................... 67Meridiano do Pulmo ..................................................................................................... 67Meridiano do Intestino Grosso ....................................................................................... 67
Meridiano do Estmago ................................................................................................. 68Meridiano do Bao ......................................................................................................... 69Meridiano do Corao .................................................................................................... 69Meridiano do Intestino Delgado ...................................................................................... 70Meridiano da Bexiga....................................................................................................... 71Meridiano do Rim ........................................................................................................... 72Meridiano da Sstole Cardaca ou Pericrdio (PC) ou Circulao-sexo (CS) ................. 72Meridiano Triplo Aquecedor ........................................................................................... 73Meridiano da Vescula Biliar ........................................................................................... 74
Meridiano do Fgado ...................................................................................................... 75
14 INDICAES E PRECAUES .................................................................................. 7614.1 Indicaes .............................................................................................................. 7614.2 Precaues ............................................................................................................ 77
15 RELAO DOS PRINCIPAIS PONTOS E SUAS APLICAES ................................. 78Meridiano do Pulmo ..................................................................................................... 78Meridiano do Intestino Grosso ....................................................................................... 80Meridiano do Estmago ................................................................................................. 82Meridiano do Bao ......................................................................................................... 84Meridiano do Corao .................................................................................................... 85Meridiano do Intestino Delgado ...................................................................................... 86
Meridiano da Bexiga....................................................................................................... 88Meridiano do Rim ........................................................................................................... 91
Meridiano do Pericrdio ou Circulao-Sexo ................................................................. 92Meridiano Triplo Aquecedor (Sanjiao) ............................................................................ 94
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Meridiano da Vescula Biliar ........................................................................................... 95Meridiano do Fgado ...................................................................................................... 97Meridiano Vaso Concepo (REN) ................................................................................ 98Meridiano Vaso Governador (DU) .................................................................................. 99
Pontos mais eficientes para tratamento em geral ..................................................... 100
Quadro Resumo dos Pontos dos Meridianos ........................................................... 101
16 OS ALONGAMENTOS DOS MERIDIANOS ............................................................... 102Meridianos: Pulmo e Intestino Grosso ........................................................................ 102Meridianos: Estmago e Bao-Pncreas ..................................................................... 103Meridiano: Corao e Intestino Delgado ...................................................................... 103Meridianos: Rim e Bexiga ............................................................................................ 104Meridianos: Circulao-Sexo e Triplo Aquecedor ........................................................ 104Meridianos: Fgado e Vescula Biliar ............................................................................ 105Seqncia de Automassagem ..................................................................................... 107
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INTRODUO
O CORPO
Muitos de ns passamos pela vida sem nunca termos nos perguntado quem somos, de
onde viemos, para onde iremos ....
Estes questionamentos filosficos tambm se aplicam ao nosso corpo fsico. Da mesma
maneira que no possumos a conscincia do existir, ns no conhecemos nosso corpo, no
sabemos nem ao mesmo senti-lo, respeit-lo, no temos um percepo consciente de tudo que
envolve nosso corpo, sem entender que alm de ser a mquina, o veculo que nos conduz em
tudo na vida, ele o santurio da nossa alma, o guardio do esprito, sem ele o futuro no
existiria, nem mesmo aqui estaramos.
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1. A MASSAGEM - PASSADO E PRESENTE
A massagem mencionada como uma forma de tratamento nos primeiros registros
mdicos, e continua a ser descrita atravs da histria. Publicaes de mdicos, filsofos, poetas e
historiadores mostram que alguma forma de frico era usada entre os selvagens e naes
civilizadas desde os primrdios da nossa era. (Wood e Becker).
Em muitas publicaes mdicas, massagem e exerccio so referidos simultaneamente, e
numa literatura bem anterior h pequena distino entre eles.
Revisando as primeiras literaturas sobre massagem, verifica-se a falta de descrio
detalhada, o estudo a cerca do assunto tem sido compreensvel, mas um completo relato da
literatura no foi tentado.
Durante milhares de anos, alguma forma de massagem, ou de superposio das mos,
tem sido utilizada com o objetivo de curar e aliviar os enfermos. Para os antigos mdicos gregos e
romanos, a massagem era um dos principais meios de curar e aliviar a dor. No incio do sculo V
A.C., Hipcrates o pai da medicina- escreveu: O mdico deve ter experincia em muitas
coisas, mas certamente deve ter habilidade na frico ... Porque a frico pode unir uma junta que
est com demasiada folga e afrouxar uma junta que est demasiadamente rgida.
Plnio, o famoso naturalista romano, era regularmente submetido a frices para aliviar sua
asma; e Jlio Cesar, que sofria de epilepsia, tinha diariamente seu corpo submetido a belisces
para aliviar sua neuralgia e suas dores de cabea. Depois da queda de Roma no sculo V. D.C.,
houve pouco progresso no mbito da medicina, na Europa de ento. Assim, coube aos rabes o
estudo e o desenvolvimento dos ensinamentos do mundo clssico. Avicena, o filsofo e mdico
rabe que viveu no sculo XI, observou, em sua obra Cnone, que o objetivo da massagem era a
disperso das matrias estreis ou esgotadas que se encontram nos msculos, e no so
expelidas pelo exerccio.
Durante a Idade Mdia, na Europa pouco se falou da massagem. Mas essa arte foi revivida
no sculo XVI, principalmente em decorrncia da obra de Ambroise Par. Depois no incio do
sculo XIX, um sueco, de nome Per Henrik Ling, desenvolveu o que atualmente conhecidocomo massagem sueca, sintetizando seu sistema com base em seu conhecimento da ginstica e
da fisiologia, e tambm nos conhecimentos da medicina chinesa, egpcia, grega e romana. Em
1813 foi fundada em Estocolmo a primeira escola que oferecia massagem como parte do
currculo, e desde ento alastraram-se por todo o continente europeu os institutos e as estaes
de banho que incluam a massagem em seus programas. Hoje, o valor teraputico da massagem
foi novamente reconhecido, e essa arte continua a florescer em todo o mundo ocidental, tanto
entre praticantes leigos como entre profissionais.
No Oriente, as tcnicas de massagem sempre foram mais valorizadas por suas aplicaescurativas do que no Ocidente, e seu uso tem tido uma continuidade ininterrupta desde as eras
mais remotas. Talvez a diferena que at muito recentemente existia entre as atitudes oriental e
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ocidental com relao massagem, tenha origem na revoluo cientfica ocorrida no mundo
ocidental h cerca de 250 anos.
Em decorrncia dessa nova cincia, conceitos mais antigos, que ligavam o corpo mente
e ao esprito, foram descartados como no cientficos e, com o passar do tempo, o corpo passou a
ser considerado um tipo de mquina sofisticada, que podia ser consertada e mantida apenas por
pessoas altamente treinadas e especializadas.
Mas no Oriente essa atitude cientfica no se arraigou seno em tempos muito recentes,
e as pessoas que moravam fora dos grandes centros continuaram a combinar o desejo instintivo
de esfregar para melhorar com as habilidades refinadas e elaboradas pela longa tradio
transmitida pelos mdicos descalos, detentores do conhecimento da teoria da medicina oriental
e das tcnicas de manipulao ou de conserto de ossos.
2. DEFINIO DE MASSAGEM
A literatura mdica primordial isenta de qualquer definio compreensvel de massagem.
Em um dicionrio mdico de 1886 refere-se o seguinte: massagem originria de grego, quer dizer
amassar. Significando o ato de shampocing (shampoo dohindu, significando pressionar).
William Murrell (1853 1912) de Edinbug em Londres, escrevendo sobre massagem na
mesma poca, foi mais especfico, definindo massagem como o modo cientfico de tratar certas
formas de doena por manipulao sistmica.
Fragmentos histricos milenares afirmam que a massagem to antiga quanto histria
da prpria humanidade, fazendo parte da histria da medicina, sendo que as razes de ambas,
encontradas h milnios, se confundem.
O documento mais antigo a falar sobre massagem o livro de folhas soltas do imperador
amarelo HUANG TI, o HUANG TI NEI CHING SU WEN, de aproximadamente cinco ou seis mil
anos atrs.
Antes do terceiro milnio A.C., a medicina utilizava mtodos teraputicos espirituais queeram praticados nos templos de mistrios da antigidade. Os mdicos eram sacerdotes, e
praticavam os sonos templrios em que a massagem se fazia presente. A alma, na poca, tinha
um poder maior sobre o corpo do que atualmente, o que tornava possvel o sucesso desta tcnica.
Atualmente com a dicotomia entre mente e corpo, a somatizao dos problemas de sade
que agravam-se com o modo de vida que levamos. Sentir o corpo tornou-se um luxo algo quase
que invivel.
A somatizao, certamente, no ocorreu de um modo brusco e sim atravs de um longo
processo, at que entre o terceiro e segundo milnios A.C. a humanidade representativa dacultura da poca, lentamente deixou de sentir o corpo humano como sendo um invlucro e
comeou a se identificar com ele.
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Na Grcia antiga se procurava estabelecer uma espcie de equilbrio entre alma e corpo
criando uma espcie de harmonia entre ambos, por intermdio de massagem.
Concluiu-se que a massagem teve sua histria em todos os cantos do mundo, enquanto
que no oriente ela desenvolvia-se a partir dos canais de circulao do ki, no ocidente foi
desenvolvendo-se a partir dos benefcios que agia nos tendes, msculos e nervos e circulao.
3. ENERGIACORPO FSICONOVO PARADIGMA
A palavra ENERGIA implica, por definio, em atividade. Energia parte de todos os
elementos que compe nossa existncia, animadas ou inanimadas. A matria energia a
Cincia chegou a essa concluso quando conseguiu dividir o tomo em partculas.
Nos seres humanos a energia que circula, que d vida a matria chamado ENERGIA
VITAL ej comprovada cientificamente. Os cientistas russos Semyon e Valentina Kirlian, j em
1940 realizavam um trabalho pioneiro. Desenvolveram uma tcnica de fotografar a energia, que
aparecia como uma aura, que define-se como campo energtico que envolve o corpo humano.
Essa tcnica conhecida por efeito KIRLIAN.
O conceito de energia vem se modificando e evoluindo desde o nascimento da cincia
moderna, o qual foi acompanhado por um desenvolvimento do pensamento filosfico que deu
origem a uma formulao extrema do dualismo esprito / matria. Esta formulao veio tona nosculo XVII atravs da filosofia de Ren Descartes.
A diviso cartesiana permitiu aos cientistas tratar a matria como algo morto e separado de
si mesmo, sendo o mundo material como uma vasta quantidade de objetos reunidos numa
mquina de grandes propores. Essa viso mecanicista do mundo foi sustentada por Isaac
Newton, que elaborou sua mecnica a partir de dois fundamentos, tornando-a o alicerce da fsica
clssica, que baseia-se no conceito de um mundo tridimensional e possuindo um tempo linear
absoluto.
As leis newtonianas sustentavam firmemente as idias, do tempo e do espao absolutos edos fenmenos fsicos rigorosamente causais da natureza. Tudo podia ser descrito objetivamente.
Todas as reaes fsicas tinham uma causa fsica, como bolas que se chocam numa mesa de
bilhar.
Ainda no se conheciam as interaes da energia e da matria, como o rdio que toca
msica em respostas a ondas invisveis.
Essa maneira de ver as coisas era muito confortadora e ainda o para aqueles dentre ns
que preferem ver o mundo slido e em grande parte imutvel, com conjunto de idias muito claras
e definidas governando o seu funcionamento. Grande parte de nossas vidas de todos os diasainda flui de acordo com a mecnica newtoniana, experimentamos at nossos corpos de maneira
mecnica.
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A filosofia de Descartes no se mostrou impaciente apenas em termos do desenvolvimento
da fsica clssica, ela exerce, at hoje, influncia sobre o modo de pensar ocidental. A famosa
frase cartesiana Cogito ergo sum Penso logo existo, tem levado o homem ocidental a igualar
sua identidade apenas sua mente, em vez de igual-la a todo o seu organismo. Em
conseqncia da diviso cartesiana, temos conscincia de ns mesmos como egos isolados
existindo dentro de nossos corpos. A mente foi separada do corpo, recebendo a intil tarefa de
confront-lo, causando assim um confeito aparente entre a vontade consciente e os instintos
voluntrios.
fascinante observar a forma pelo qual a cincia do sculo XX, que se originou da diviso
cartesiana e mecanicista do mundo, agora supera essa fragmentao atravs da mudana desse
tratamento com o advento da fsica quntica nos levando de volta idia da unidade expressa na
Grcia antiga e nas filosofias orientais.
O conceito de fsica quntica segundo Fritjof Capra compreender o sistema como
totalidades integradas que no podem ser reduzidas a propriedades de partculas materiais.
Sendo este conceito a base de abertura para uma compreenso nova da realidade, que
chamada de viso holstica, no qual o todo e as partes so vistos de uma forma integrada,
ficando implcita a mudana de paradigma, que um conjunto de regras elaboradas pela
comunidade cientfica, construindo um modelo e ditando maneiras de ao em vrias reas do
comportamento humano.
4. MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
A origem da medicina chinesa a filosofia taoista, que nasceu na China, milnio atrs e
uma das fontes da sabedoria, do conhecimento e da conscincia dos seres humanos.
A filosofia capaz de influenciar todas as manifestaes da humanidade. Aplicado
medicina, o taosmo deu origem ao que, hoje, conhecido mundialmente como a Medicina
tradicional Chinesa ou Medicina taoista. Sua principal caracterstica admitir a existnciasimultnea de dois mundos, um absoluto e outro relativo.
O mundo absoluto representado pela unio de todas as coisas existentes no universo,
como uma grande integrao entre todos os fenmenos da natureza, na qual estamos inseridos
de forma inseparvel.
O mundo relativo criado pela diviso desse todo absoluto em duas partes, originalmente
denominadas yin e yang.
TAOsignifica o caminho ou o poder. Nos antigos escritos chineses o TAOsignificava uma
compreenso da vida que enfatizava a harmonia individual com as foras da natureza.
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Os filsofos chineses viam a realidade, cuja essncia primria chamava TAO, como um
processo de contnuo fluxo e mudana. Na concepo deles, todos os fenmenos que
observamos participam deste processo csmico e so, pois, intrinsecamente dinmicos.
A principal caracterstica do TAO a natureza cclica de seu movimento incessante, a
natureza em todos os seus aspectos, tanto do mundo fsico, quanto os dos domnios psicolgico e
social exibe padres clnicos.
Segundo Lao Tzu, tudo no universo surgiu da grande fonte ltima, ou Tai chi, representada
pelo famoso smbolo. Para, alm disso, s havia o vazio, Wu chi, representado por um crculo
vazio. Os seguimentos claro e escuro indicam a dualidade inata em todas as coisas, bem como a
interao de Yin e Yanga dinmica da qual a vida e todos os fenmenos surgem e continuam
em mutao. A lei governando todas as transformaes era chamada de TAO; ou seja,
Caminho da Natureza.A medicina tradicional chinesa concebe vrias teorias que orientam o raciocnio clnico na
abordagem da sade. Estas teorias so a das Substncias ou Propriedades Fsicas (ki, sangue,
fluidos, essncias e esprito), a dos Cinco Elementos (madeira, fogo, terra, metal e gua), a dos
meridianos e canais, a dos Oito Princpios (calor/frio, excesso/deficincia, externo/interno,
Yin/Yang), entre outros. A combinao dessas teorias resulta em um sistema lgico que explica o
funcionamento orgnico e suas alteraes, orienta o raciocnio clnico e indica princpios de
tratamento e medidas teraputicas prprias da medicina chinesa.
5. KI
A viso oriental da vida, da natureza e do corpo baseia-se firmemente no conceito do Ki
que uma fora vital, ou energia, que se compara ao conceito de prana na filosofia ioga indiana.
Sua importncia to grande no pensamento oriental, seu significado to amplo e sutil, que ser
melhor usarmos a palavra no traduzida Ki, da mesma forma que nos acostumam s palavras
chinesas Yine Yang.
O corpo depende do Ki, do sangue e de outras substncias essenciais, que se
transformam, fluem e circulam, sendo, portanto, estas substncias mais Yang do que os
elementos estruturais do corpo.
Ele o poder de transformao dos rgos internos e est associado atividade, proteo
e calor. Tradicionalmente, o Kise subdivide em vrios tipos, conforme sua funo no corpo. O
sangue um lquido ou uma forma materializada do Ki. Suas qualidades so relativamente Yin.
O sangue nutre e sustenta o crescimento fsico e a renovao dos tecidos e dos rgos.
Ele circula pelas veias e possui propriedades refrescantes e tranqilizadoras.
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O Kie o sangue se apiam mutuamente e se complementam. O sangue precisa do Kipara
manter-se em movimento. O Ki, por sua vez, precisa do sangue como nutriente para os rgos
que o geram. Parte do Ki, portanto, flui com o sangue nas veias, assim como existe sangue com o
Ki, nos Canais. Ki o lder do sangue; o sangue a me do Ki.The Yellow Emperors Classic of
internal Medicine (c. 100 a.C.).
O corpo vivo possui forma, estrutura e peso. Estas so suas qualidades Yin.Ele ativo,
quente e reage ao ambienteatributos essencialmente Yang.
A cabea e a parte superior do corpo esto mais prximas do cu. Os ps e as partes
inferiores do corpo so mais Yin; esto mais prximos da terra.
As costas e as superfcies expostas dos membros so Yang.Ao virarmos as costas para
um vento frio, estamos apresentando os aspectos fortes, protetores, ao exterior.
Os aspectos protegidos internos e frontais dos membros so Yin. Se nos encolhemos
numa posio defensiva como um tatu, tentamos proteger as superfcies internas, macias e
vulnerveis.
A pele, a camada externa do corpo fsico e os msculostecidos ativos que nos permitem
o movimentoso Yang.
Os ossos, que so os tecidos estruturais mais duros e estveis so Yin; assim como os
rgos internos, protegidos pela caixa torcica e pela cavidade plvica. Esta a camada mais
profunda e mais essencial de nosso ser.
6. CINCO ELEMENTOS
De acordo com a filosofia chinesa, Ki manifesta-se no universo por cinco caminhos
diferentes, considerados, Cinco Elementos, sendo representados pelo Fogo, gua, Terra Madeira
e Metal. Como parte do universo, o corpo e a mente humana esto expostos energia desses
elementos, respondendo fsica e emocionalmente s influencias e s foras externas da natureza,
influenciando no equilbrio dos cinco elementos dentro de ns.Cada elemento tem uma representatividade, que esta relacionada com rgos e vsceras
do nosso organismo, dessa forma explicando o porqu das mudanas externas, atuam
diretamente sobre o nosso corpo, causando enfermidades.
O fogo o elemento do calor, do vero, do entusiasmo e da cordialidade nas relaes
humanas, representado pelo corao, intestino delgado, e pericrdio; a terra o elemento da
poca da colheita, da abundncia, da nutrio, da fertilidade e da relao me-filho e esta
representando o estomago e bao; o metal a fora da gravidade, os minerais dentro da terra, a
capacidade de condutividade eltrica e o magnetismo, nas emoes humanas, corresponde atristeza e ao desejo de super-la, representando pelo pulmo, intestino grosso; a gua a fonte
da vida, a capacidade de fluir, na psicologia humana governa o equilbrio entre o medo e o
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desejo de dominar, representado pelos rins, bexiga; a madeira o elemento da primavera, a
necessidade criativa de realizar que se transforma em raiva quando frustrada, no homem a
capacidade de planejar e tomar decises, representado pelo fgado, vescula biliar.
Seqncia Geradora
Processo de: Produzir, Crescer, Promover, Relao Me-filho.
A Madeira combustvel para o Fogo; e as cinzas do Fogo enriquecem a Terra; o Metal
encontrado na Terra, e a gua se condensa no Metal; e a gua alimenta a Madeira.
Com base nos conhecimentos gerais fcil entender que a Madeira por sua combustogera o Fogo, assim como promove sua intensidade.
Aps a combusto da Madeira, restam as cinzas que so incorporadas Terra, sob o
efeito de grandes presses, produz os Metais. E dos Metais e Rochasbrotam as fontes de gua.
Por outro lado a gua da vida aos vegetais , gerando a Madeira, fecha o ciclo da natureza.
FOGO
TERRA
METALGUA
MADEIRA
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Seqncia Controladora
Inibio traz implcita a idia de combate, restrio, controle.
A Madeira (matria da planta) estabiliza a Terra; a Terra contm guaem suas margens;
a gua controla o Fogo; o Fogoderrete o Metal, e o Metal (ferramentas) corta da madeira.
Na concepo antiga sobre a natureza, o Metal tem a capacidade de cortar e madeira, as rochas
e metais no solo impedem o crescimento da raiz das rvores (Madeira). A Madeira cresce
absorvendo os nutrientes da Terra, empobrecendo as razes das rvores, quando muito longas,
perfuram e racham a terra. A Terra impede que a guase espalhe absorvendo-a.
A gua inibe o Fogo, e o Fogoinibe o Metal que derretido por ele.
Aquilo que molha e desce (GUA) salgado; o que queima e sobe (FOGO) amargo; o que
verga e se endireita (MADEIRA) azedo; o que pode ser moldado e endurecido (METAL) forte;
aquilo que permitem aragem e colheita (TERRA) doce.
(SHANY SHU, um texto daquele perodo).
FOGO
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Quadro dos 5 elementos
Madeira Fogo Terra Metal gua
NATUREZADirees Leste Sul Centro Oeste Norte
Estaes Primavera Vero Transio Outono Inverno
Climas Vento Calor Umidade Seca Frio
Estgios Cclicos Nasciment
o
Crescimento Amadurecime
nto
Colheita Armazena-
mento
Cores Verde Vermelho Amarelo Branco Preto/Azul
Sabores Azedo Amargo Doce Forte/ picante Salgado
CORPO HUMANO
rgos Yinmacios Fgado Corao Bao Pulmes Rins
rgos Yang - ocosVescula
Biliar
Intestino
DelgadoEstmago
Intestino
GrossoBexiga
rgos dos Sentidos Olhos Lngua Boca Nariz Ouvidos
Sentidos Viso Fala Paladar Olfato Audio
Tecidos do Corpo Ligamentoe Tendo
Veias Msculos econjuntivo
Pele Ossos
Manifestao Unhas Rosto Lbios Plos Cabelo
Fluidos Lgrimas Suor Saliva Muco Urina
Sons Gritar Rir Cantar Chorar Gemer
Emoes
Em excesso
Em falta
Raiva
Clera
Indolente
Alegria
Euforia
Amarga
Preocupao
Obsesso
Dispersa
Dor / reflexo
Melancolia
Extroverso
Medo
Destemor
Timidez
Espiritual Etreo Mente Intelecto Corpreo VontadeAspectos Alma Alma
Como entender o quadro acima.
Os chineses relacionaram os 5 elementos de uma forma holstica, levando em conta
nossas emoes, nossos rgos, nossos tecidos, nossas vsceras, nosso som; e na natureza
relacionaram com as estaes do ano, o clima, a cor, os sabores e a direo.
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Diagrama dos Ciclos de Gerao e Dominao dos 5 Elementos e a
Distribuio de Fenmenos da Natureza e do Corpo Humano pelas 5 Fases
Sob outro ponto de vista:
O Fgadoe sua vscera Vescula Biliarabrem suas sadas nos olhos.
O Coraoe sua vscera Pericrdioabrem na lngua.
O Bao-Pncrease sua vscera Estmagoabrem na Boca.
E assim por diante.
Buscando-se uma nova viso dos 5 elementos, a experincia mostrou que a Vescula
Biliar cuida dos tendes e ligamentos. J o Corao cuida do sistema vascular. O Bao-
Pncreas cuida dos msculos, da carne. O Pulmo da pele e plos. E os Rinsdos ossos.
Ampliando ainda mais nosso conhecimento, observamos, na tabela, que a raiva geradoenas do Fgado, a alegria afeta o Corao, o excesso de pensamentos afeta o Bao, mgoas
lesam o Pulmo, e o medo atinge os Rins.
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Esta tabela pode parecer simples e sem muita utilidade, a princpio, mas de extrema
valia para todos os nossos diagnsticos e decises de tratamento.
7 YIN E YANG
Yin e Yang so conceitos centrais em filosofia, cincia e cultura no Japo e na China.
Estabelecidos a partir da observao da natureza e da sociedade, eles acabaram por construir a
base da medicina tradicional chinesa que mais tarde chegou ao Japo. A compreenso da
importncia do Yin e do Yang essencial para o aprendizado do shiatsu: ela forma a base do
diagnstico e do tratamento.
A teoria Yin-Yang foi elaborada pela primeira vez no antigo e famoso livro chins de arte
arcana. O Livro das Mutaes (I Ching), cujo original data do Segundo Milnio A.C. Na poca de
Confcio, esta teoria j era famosa; o filsofo acrescentou seus prprios comentrios no sculo
XV A.C. No livro, o conceito de Yangera representado por uma linha contnua ou firme _____
que indica direo e movimento; enquanto o Yin era representado por uma linha partida ou
interrompida ___ ___ sugerindo espao e quietude. Estas linhas eram agrupadas em oito
combinaes de trs, simbolizando todas as permutaes bsicas das foras e fenmenos
naturais. Entre as combinaes, trs linhas Yang representavam o cu, o arqutipo Yangdo
princpio ativo e criativo. Trs linhas Yin representavam a terra, o princpio passivo oureceptivo. Yang era considerado masculino e Yin, feminino; e toda a vida era interpretada como
sendo dependente de sua interao harmoniosa. A luz, o calor e passagem do tempo se
associavam ao sol se movendo pelo firmamento ou cu. A terra oferecia nutrientes naturais,
comida dos campos, abrigo e repouso. A mudana de estaes e o ciclo de dias e noite eram
vistos como uma indicao natural da interao Yin e Yang.
Ao contrrio da idia ocidental dos opostos, herdada da antiga filosofia grega, as
qualidades contrastantes do Yin e do Yang so consideradas complementares e
interdependentes. Eles criam e controlam um ao outro. Quando o Yin cai, o Yangse expande e
vice-versa, mas no existe o absoluto. Nada pode ser completamente Yin ou completamente
Yang. Cada um possui sementes do outro: Yangse transmutar em Yin; Yin, emYang.
Como tudo possua caractersticas dos dois conceitos em graus variados, as coisas s
podem ser Yin ou Yangem relao uma a outra. Em relao ao sol, a lua Yin(fria, densa); mas
mesmo o plido luar Yangem relao noite e s cavernas escuras que nunca recebem luz.
A sade, ento, concebida como a harmonia na integrao do homem com a natureza,
traduzida pelo estabelecimento de um equilbrio dinmico entre os fenmenos yin e yang de todas
as partes que compem o universo.
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A cultura mundial vem resgatando de forma marcante os conhecimentos de culturas
tradicionais. A abordagem holstica elaborada pela fsica quntica reflete-se em todas as reas do
universo cientfico, e abre para o mundo atual um novo paradigma, que amplia a viso cartesiana
to dominante ate ento, que apesar de proporcionar significativos avanos tecnolgicos, no
atende por completo as aspiraes dos indivduos.
Na rea da sade, o resgate dessas tradies se d no apenas pelas consideraes
implcitas no novo paradigma cientfico, mas principalmente pela insatisfao das pessoas que
so tratadas em partes, num sistema de especialistas em doenas e tecnologias que, apesar de
diagnsticos precisos em casos especficos, sentem falta da abordagem integral na sade, o que
acaba por comprometer o seu prprio desempenho. A abordagem ideal ser quando houver a
unio desses dois conhecimentos atuando no equilbrio do indivduo.
Yin YangLado esquerdo Lado direitoDoenas crnicas Doenas agudasFrente CostasCentro PeriferiaTronco MembrosInterior ExteriorProfundo Superficialrgos internos Sistema locomotorrgos macios rgos ocosTristeza AlegriaMedo RaivaPassividade AtividadeCalma AgitaoInibio ExcitaoSono VigliaIntuio LgicaEmoo RazoPresso baixa Presso altaSNA parassimptico SNA simpticoMulher homemSentimento sensao
Deficincia ExcessoCurto LongoVazio CheioDoce SalgadoRecepo PenetraoCooperao CompetioReceptividade CriatividadeFeminino MasculinoDeficincia ExcessoSangue QiMatria Energia
Forma FunoProfundo SuperficialYin YangAnatomia Fisiologia
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Corpo EspritoPeito CabeaParte inferior Parte superiorAspecto ventral Aspecto dorsalLado interno Lado externo
Descendente AscendenteInterior ExteriorContrao ExpansoQuietude MovimentoCentrpeto CentrifugoArmazenar TransporMatria EnergiaSubstancia FunoEspao TempoEstrutura FuncionamentoDenso SutilPesado LeveUmidade SecuraLento RpidoNegativo Positivogua FogoTerra CuFrio QuenteLua SolEscuro ClaroSombrio LuminosoPreto BrancoNoite Dia
Crepsculo AlvoradaVelho NovoOutono PrimaveraInverno VeroBaixo Alto
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8. Meridianos: Os canais de energia e seus pontos
A energia vital, ou Ki, flui pelo corpo humano de forma regular. Circulando logo abaixo da
pele pelos canais, ou caminhos, chamados de meridianos, que so a base da medicina oriental,
sendo utilizados pelos terapeutas no trabalho de reequilbrio energtico.
Os meridianos so representados por uma grande linha de energia, que sobe e desce
percorrendo o corpo da cabea aos ps, formando uma trilha, que pode ser aprendida e utilizada
de forma sistemtica.
Os canais principais formam um conjunto de 12 meridianos, relacionados a determinadas
funes orgnicas e certas caractersticas psicolgicas e emocionais. Na sua maioria os
meridianos tm o nome do rgo que ocupa lugar de destaque dentro das funes a ele ligadas.
ALERTE-SE. O meridiano no o rgo. Alguma dor ou reao ao longo do meridiano no
implica em um problema no rgo que o denomina.
Existem dezenas de canais de energia. Mas estudaremos apenas 14 deles, por serem os
principais e oferecerem todas as condies de harmonizao da sade humana.
Estudos mais profundos desses canais, na Frana e Unio Sovitica demonstraram suas
existncias efetivas: h filamentos de clulas ocas e tubulares ao longo dos mesmos.
Os 12 canais principais receberam os seguintes nomes e smbolos:
CANAIS SMBOLOS
Pulmo P
Intestino Grosso IG
Estmago E
Bao-Pncreas BP
Corao C
Intestino Delgado ID
Bexiga B
Rins RPericrdio ou Circulao-Sexo PC / CS
Triplo Aquecedor TA
Vescula Biliar VB
Fgado F
Os nomes equivalentes aos rgos deram-se simplesmente porque os canais passam por
eles. Poderiam ter sido chamados de A, B, ou C ...
interessante mencionar que a ordem dos canais, h pouco descrita segue uma ordemcronolgica de relao pai e filho, ou seja, o Pulmo o pai do Intestino Grosso, que por sua vez
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o pai do Estmago, e assim por diante. Pai quem gera. Filho quem gerado.
Conseqentemente, temos a seguinte ordem de circulao de energia vital:
IG-E-BP-C-ID-B-R-PC-TA-VB-F-P-IG...
Alm destes canais temos, ainda, outros dois extras, completando os 14 canais:
CANAIS SMBOLOS
Vaso da Concepo REN / VC
Vaso Governador DU / VG
O primeiro um mar de energia YinFrontalO segundo um mar de energia Yang- Posterior
Os canais principais so bilaterais, ou seja, encontram-se nos dois lados do corpo:
esquerdo e direito. J os extras, so nicos e encontram-se nas linhas meridianas do corpo:
frontale posterior.
Todos os canais esto interligados atravs de canais denominados colaterais. Assim, um
ponto qualquer ao ser estimulado tem reflexos em todos os outros canais, mesmo que este reflexo
seja mnimo.
Ao longo dos meridianos encontramos os Pontos, chamados TSUBOS, cuja traduo
nos d abertura ou buraco. So pontos que nos permitem contatar e atuar sobre a energia dos
meridianos de uma forma mais intensa.
Do ponto de vista cientfico, os Tsubos so locais que apresentam baixa resistncia eletricidade, ou seja, so bons condutores eltricos, que podem ser medidos com um aparelho
eletromagntico que tenha sido desenvolvido para medio da resistncia eltrica de um corpo
humano. Passemos o localizador de pontos sobre a pele e veremos ento que em determinados
pontos do corpo o aparelho emite um som mais alto ou apaga um led (pequena lmpada). Isto
indica que naquele ponto a resistncia eltrica menor. uma lei da fsica. por ali que passa a
Energia Vital.
Estes mesmos pontos, embora no saibamos como foram descobertos, seguem
alinhamentos formando canais de energia. Talvez eles tenham sido descobertos porque quandoestamos em desarmonia os mesmos apresentam hipersensibilidade (dor). Desta forma, naquela
poca eram usados instintivamente para corrigir disfunes, ou dores humanas, bastando para
isto um estmulo (toque). Em recentes pesquisas cientficas, j comprovou-se a existncia desses
pontos.
Existem mais de 2000 pontos conhecidos atualmente. Destes, 670 pertencem aos canais
principais. Porm, a maioria deles desempenham funes semelhantes. Selecionaremos apenas
uma parte deles para nosso atendimento e futura aplicao harmonizadora.
Normalmente os principais pontos esto prximos de feixes nervosos ou neurossensores,que levam e trazem informaes das mais diversas partes do corpo humano.
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Canal dos Pulmes
Caminho
O canal dos pulmes comea no
fundo da regio do plexo solar (o
Aquecedor Meridiano) e desce,
encontrando o Intestino Grosso, o rgo
Yang que faz par com os pulmes.
Serpenteando aps o estmago, divide-se
e entra nos pulmes. Ento ele se une
novamente, passa pelo meio da traqueia,
sobe at a garganta e se divide outra vez,
chegando superfcie da regio oca perto
dos ombros (P1). Deste ponto, ele passa
pelo ombro e desce pelo aspecto frontal
do brao ao longo do bceps. Ele alcana
a parte externa do tendo do bceps na
dobra do cotovelo (P 5), e continua
descendo pelo antebrao at o pulso, bem
acima da base do polegar (P 9). O Canal
atravessa a altura do msculo do polegar,
terminando na quina da unha.
Funes e Sintomas Associados
Os pulmes governam o Ki. Eles o recebem, transformam e distribuem pelo corpo; at a
pele, para defesa, atravs dos Canais para nutrir e energizar todas as partes, e para baixo, para
os outros rgos, principalmente os rins, onde o Ki ps-natal extra se acumula em nossas
reservas.Se os pulmes esto fracos, eles no conseguem suprir Ki suficiente para a pele; as
diferenas climticas podem, assim, invadir o corpo pelos poros. Segundo a medicina oriental,
assim que pegamos resfriados, gripes e febres e ficamos com torcicolo por causa das correntes
de ar. Fraqueza crnica dos Pulmes geralmente produz cansao, falta de ar e palidez. Se os
pulmes no podem fazer circular o Ki, ele fica acumulado, deixando o peito congestionado,
causando tosse e asma.
Outros sintomas do pulmo podem necessitar de tratamento em mais de um Canal; por
exemplo, tosse seca, garganta irritada e pele seca geralmente exigem trabalho no Canal dos rins,tambm.
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Sintomas dos Canais
Dor e outros sintomas que ocorram no curso superficial de um Canal so chamados de
sintomas de Canal. Podem se aliviados atravs do trabalho no prprio Canal. No Canal dos
pulmes, os sintomas incluem dores no peito e nos ombros, dor no brao ou no polegar, e
pescoo duro.
O Canal do Intestino Grosso
Caminho
O Canal do intestino grosso comea
pela extremidade da unha do dedo indicador.
Ele sobe pelo dedo, passa entre os dois
tendes do polegar na junta do pulso (IG 5) e
continua pela margem externa do brao (o
osso rdio) at o cotovelo. O ponto IG 11 se
situa na parte visvel da dobra do cotovelo,
quando o brao no est esticado. A partir da,
o Canal continua at o ponto IG 15, na parte
externa do msculo do ombro. Ele atravessa a
clavcula e se encontra com o vaso regulador
abaixo da stima vrtebra cervical, no ponto
VR 14. Desce internamente para se ligar
primeiro ao pulmo e depois ao seu prprio
rgo, o intestino grosso. Do ombro, uma
ramificao segue para cima, do lado do
pescoo (esternocleidomastideo) at a bochecha, passando pela gengiva inferior e em volta do
lbio superior. Termina ao lado da narina oposta, onde se liga ao Canal do estmago.
Funes e Sintomas Associados
O intestino grosso recebe o resto dos alimentos e da bebida do Intestino Delgado,
absorvem mais fluidos e elimina os resduos. Ele pode sofrer um desequilbrio devido a dietas
inadequadas, doena aguda, fraqueza ou preocupao, embora o melhor tratamento para isso
seja indireto, atravs de um canal relacionado, ao invs do prprio Canal do intestino grosso.
Por exemplo, muitos problemas intestinais respondem melhor ao tratamento dos Canais
dos pulmes, dos rins, do bao ou do estmago. Se o problema for gerado por preocupao, oupriso de ventre gerada por fraqueza ou falta de ar, trate os pulmes. Pessoas fracas geralmente
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so propensas a vrios desconfortos abdominais, tais como intestino desarranjado, diarria, gases
e distenses. Nestes casos trate o bao, que controla a transformao de fluidos.
Trate o Canal do intestino grosso, se o problema for dor no ombro ou cotovelo, ou bloqueio
e dor nos rgos sensoriais, incluindo congesto nasal, sinusite e dor de dente. Trabalhe, neste
Canal do cotovelo at a mo, se houver um caso de priso de ventre gerada por calor ou febre.
Canal do Estmago
Caminho
Comeando ao lado do nariz, perto de IG
20, o Canal do estmago encontra o Canal da
bexiga perto de B 1, na testa. A partir de E 1, bem
abaixo dos olhos, ele passa pela gengiva superior
e em volta da boca, ligando-se ao Vaso Regulador
e ao Diretor. Em seguida, atravs da gengiva
inferior, ele sobe pela frente do ouvido at a testa.
Do maxilar, o Canal desce ao longo da
garganta at a regio da clavcula, onde ento se
ramifica, descendo para encontrar o estmago e o
bao. O caminho pela superfcie continua,
descendo sobre o abdome e a rea pbica, onde
uma segunda ramificao interna do estmago se
une a ele novamente.
O canal desce pela coxa, passando bem ao
lado da rtula. Em E 36, abaixo do joelho, ele se
divide mais uma vez. A ramificao da superfcie
desce pela perna at o osso da canela, terminando
na parte externa do segundo artelho. A ramificaomais profunda desce at o terceiro artelho. Da
parte de cima do p, uma conexo sobe para o
Canal do bao.
O Estmago e o Bao na Digesto
So ambos responsveis pela digesto, sendo considerados e tratados em conjunto. O Ki
dos alimentos base do sangue e do Ki do corpo, por isso importante fortalecer os dois
rgos em qualquer doena crnica.O estmago sofre mais com a secura e o calor. Ele gosta de umidade. Se seus fluidos
estiverem deficitrios, a digesto ser afetada. A boca fica seca e os lbios ressecam. O
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estmago direciona o Ki para baixo. Perturbado, o Ki flui para cima e causa nusea, vmitos ou
dor de cabea.
Canal do Bao
Caminho
Comeando na parte interna do
dedo, o canal do bao segue o aspecto
interno do p at o arco, virando-se para
cima em frente parte interna do tornozelo,
em Ba 6. Sobe pela perna, bem atrs do
osso, atravessa o joelho e continua pela
coxa, contornando a rtula pelo lado
interno.
Da virilha, ele entra na parte inferior
do abdome, encontra o Vaso Diretor, e
retorna superfcie, antes de penetrar no
bao e no estmago. O canal principal
ento sobe pelo diafragma, passa pelo
peito e atravessa o Canal dos pulmes em
P1. Ele continua subindo, agora pelo
esfago e por baixo da lngua. Na regio do
estmago, uma ramificao do Canal
transporta o Ki at o corao.
Funes
As funes principais do bao so
transformar e transportar. Ele transforma oalimento e transmite o Ki nutriente para os
rgos, msculos e membros; tambm
para o corao e os pulmes, como base
para o Ki e para o sangue. O seu Yang Ki,
quente, tambm transforma os fluidos do corpo. O bao gosta de secura e detesta umidade.
Alimentos frios ou bebidas geladas em excesso podem enfraquec-lo. Os sintomas so falta de
apetite e m digesto, cansao, musculatura fraca, membros pesados, intestino desarranjado ou
diarria e inchao do abdome.
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O Ki do bao tambm estanca o sangue, impedindo a hemorragia, e segura os rgos.
Hematomas, sangramento, hemorroidas, varizes e todas as formas de prolapso so sintomas de
fraqueza do bao.
Canal do Corao
Caminho
Este Canal comea no corao
e emerge, atravs de vasos
sangneos da regio, para descer
pelo diafragma at o intestino
delgado, seu rgo correlacionado.
Uma ramificao interna do Canal
sobe pela garganta at o olho,
enquanto outro Canal de conexo
chega lngua.
Uma terceira ramificao vai
primeiro at o pulmo, saindo para a
superfcie pela axila. Deste ponto, o
Canal desce ao longo do aspecto
interno do brao, no lado oposto do
bceps para o Canal dos pulmes,
passando pela extremidade interna
da dobra do cotovelo. Ele continua
descendo at a ponta do dedo
mnimo pela extremidade interna da
unha.
Funes e Sintomas AssociadosA fora de nossa constituio depende do corao e dos rins. Por isso, desordens no
corao podem resultar em fraqueza, cansao ou letargia e, s vezes, tonturas e palpitaes. A
relao ntima entre o sangue e o Ki significa que os pulmes podem ser afetados tambm,
resultando em falta de ar.
O corao pertence ao elemento fogo, impulsiona o sangue e abriga a mente. O Canal abre
para a lngua e controla o suor.
As desarmonias do corao geralmente se caracterizam por desordens da circulao, tais
como peito dolorido ou congestionado e sensao de calor ou frio extremos, principalmente nasmos. Um desequilbrio neste rgo pode causar distrbios mentais ou emocionais como
inquietao, insnia, sonhos perturbadores, nervosismo, irritabilidade e ansiedade. Um suor
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anormal s vezes acompanha estes sintomas. A colorao do rosto reflete o estado da circulao,
e, portanto, do corao. Uma compleio plida, sem vida, indica fraqueza no Ki do corao ou no
sangue; j uma compleio vermelha parece indicar que o calor est afetando o corao.
As desarmonias do corao se fazem visveis na lngua, produzindo dificuldade na fala,
como gagueira. Muitas pessoas efusivas, falantes compulsivas, podem estar manifestando um
desequilbrio no corao.
Canal do Intestino Delgado
Caminho
Este canal comea na outra
extremidade da unha do dedo
mnimo, a partir do canal do corao,
e segue abeirada da mo at o pulso,
onde ele se vira ligeiramente, subindo
pelo antebrao, perto da extremidade
externa da ulna. Passando pelo
cotovelo altura do osso pontudo, o
Canal continua subindo pela parte de
trs do brao, atrs da junta do
ombro. Ele faz uma curva atravs da
omoplata para se ligar ao Vaso
Regular no ponto VR 14, como todos
os Canais Yang. Continua at o
espao acima da clavcula, onde sua
ramificao interna penetra
primeiramente o corao, depois, ao
longo do esfago at o estmago,antes de se conectar ao intestino
delgado.
Da regio da clavcula, o
caminho pela superfcie continua
subindo por trs do msculo lateral do pescoo passando pela bochecha e chegando finalmente
orelha. Duas ramificaes internas se separam na bochecha. Elas conduzem ao Canal da
vescula biliar, no canto externo do olho; e ao Canal da bexiga no ponto B 1, canto interno.
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Funes e Sintomas Associados
O intestino delgado recebe do estmago alimentos e bebidas parcialmente transformados.
Ele separa e absorve a parte nutritiva para o bao distribuir. Envia os dejetos slidos para o
intestino grosso, passando os fluidos impuros para a bexiga. As funes deste rgo podem ser
resumidas em receber, separar, assimilar e transformar.
O intestino delgado ligado ao corao, ajudando-o proporcionar clareza mente em sua
capacidade de discernir e absorver boas idias. O pensamento desordenado um sinal de
fraqueza no intestino delgado.
Ele compartilha com a bexiga a funo de separar e transformar os fluidos. Ambos os
rgos esto localizados na regio inferior do corpo, controlada pelos rins. Devidos s conexes
da bexiga, o trabalho sobre o Canal do intestino delgado ajuda a aliviar dores de cabea, na
coluna e na parte inferior das costas. Urina constante ou sem freqncia, acompanhada de ardor,
pode ser tratada trabalhando-se com estes trs canais.
Os sintomas do canal do intestino delgado so dores e rigidez no pulso, cotovelo, omoplata
e pescoo; dor de ouvido, e irritao nos olhos.
Canal da Bexiga
Caminho
O caminho do canal da bexiga comea no
canto interno do olho, subindo pela sobrancelha
(B 2), passando pela testa e pela cabea para
se encontrar com o Vaso Regulador no ponto
VR 20. Entra no crebro, emergindo novamente
numa ramificao da nuca, que continua pela
base do crnio (occipital), onde se divide
novamente em dois canais que descem
paralelamente coluna.
A ramificao interna se desvia um pouco
para encontrar o ponto VR 14, antes de
continuar at o osso sacro, descendo em
seguida pela parte traseira da coxa at a dobra
do joelho. Outra ramificao interna se liga ao
rim e, depois, bexiga, aps se separar na
regio lombar. A ramificao externa passa do
osso occipital, desce pelo ombro que segue at
as ndegas, continuando o caminho pela coxa
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para encontrar a ramificao no joelho. O canal nico desce pela regio central do msculo da
barriga da perna, passando finalmente por trs da parte externa do tornozelo at a extremidade do
dedo mnimo.
Funes e Sintomas Associados
A bexiga transforma os fluidos em urina, depois eliminada, ajudando os rins a regular a
gua. Mas o Canal da bexiga tem uma influncia maior. Ele um aspecto do rim Yang, que ajuda
na defesa do organismo e apia os outros rgos atravs dos pontos associados. Os rins nutrem
o crebro e o cordo da espinha dorsal. O Canal da bexiga se liga com o crebro e ajuda a
integrar a inteligncia s funes do sistema nervoso.
Desequilbrio na bexiga pode causar cime, desconfiana, obsesses, inquietao e nervos
flor da pele.
Canal dos Rins
Caminho
Este Canal comea embaixo do artelho
mnimo, prximo ao fim do Canal da bexiga, e
atravessa o ponto R 1, seguindo at a parte
interna do p. Ele faz uma reviravolta atrs do
osso do tornozelo, vai parar no calcanhar, sobe
depois pelo aspecto interno da perna, intersecta
o Canal do bao em Ba 6, antes de subir pela
barriga da perna e pela parte interna da coxa.
Aqui o caminho se torna mais profundo,
indo at a base da coluna, onde se junta ao
Vaso Regulador. Subindo internamente pela
regio lombar, ele entra no rim, desce at abexiga e passa para a superfcie na rea
pbica. Em seguida, ele se liga ao Vaso Diretor
na parte inferior do abdome e percorre o corpo
em direo clavcula.
Uma ramificao interna sai do rim para
penetrar o fgado e o pulmo, subindo depois
para a garganta e a lngua. Do pulmo, outra
ramificao flui at o corao e o peito,juntando-se ao canal do pericrdio.
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Funes e Sintomas Associados
Os rins so base de nossa fora estrutural, alm de controlarem a energia e as
substncias no corpo. O Rim Yin armazena a Essncia, a base do crescimento fsico, do
desenvolvimento e da maturidade. Ele forma o tutano para o crebro e o cordo espinal, alm do
tutano para os ossos.
O Rim Yang o poder de transformao do corpo e apia as funes de todos os outros
rgos.
Os sintomas dos rins se caracterizam por fraqueza e depleo; e incluem problemas
urinrios e sexuais, dores nas costas, perda de audio, zumbido no ouvido e perda de cabelos.
Canal do Pericrdio
Caminho
Este Canal comea no meio do peito, no
pericrdio, ele se ramifica, descendo
internamente pelo diafragma, chegando aos
aquecedores alto, mdio e baixo.
Do ponto de partida, o Canal principal se
ramifica, atravessando o peito para emergir
bem do lado de fora do umbigo. Em seguida,
passa para a superfcie, subindo at a frente da
axila e descendo pelo brao, atravs do bceps.
Na dobra do cotovelo, o Canal passa para o
lado interno do tendo do bceps (o Canal dos
pulmes se encontra do outro lado), e desce
pelo meio da parte frontal do antebrao, entre
os Canais do corao e dos pulmes, at o
pulso.Ele atravessa o meio da palma no Pc 8,
onde se divide. O canal principal continua at a
extremidade externa da unha do dedo mdio, e uma ramificao contactante segue at o 4 dedo
para se juntar ao Canal do Triplo Aquecedor no ponto TA 1.
Funes e Sintomas Associados
O pericrdio descrito como sendo o embaixador do corao, proporcionando alegria e
felicidade, ajudando-nos a expressar os sentimentos e protegendo o corao da dor emocional,quando um relacionamento se torna estressante. Para conseguir isso, o Canal do pericrdio
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acalma a mente e equilibra as emoes, principalmente quando existem problemas de
relacionamento e separaes (dor no corao e corao partido).
Como o corao pertence ao elemento Fogo, ele vulnervel ao calor extra. A funo do
pericrdio como Protetor do Corao estende-se absoro do calor para proteger o rgo de
ataques de febre. A maioria dos pontos neste canal reduz os sintomas de calor associado a
desordens cardacas ou sangneas, sendo que os ltimos trs usados especificamente para
febre alta, seguida de muita sede, delrio, alucinao e inquietao, ou insolao.
O Canal do pericrdio tem grande influncia no trax. Alivia rigidez, peito congestionado,
dor causada por estresse emocional, indigesto (azia) ou excesso de fleuma.
Canal do Triplo Aquecedor
Caminho
Comeando no 4 dedo, pelo
canto externo da unha, o Canal do Triplo
Aquecedor passa entre as juntas do 4 e
do 5 dedo, seguindo at o pulso. Do
pulso, ele sobe entre os dois ossos do
antebrao (rdio e ulna), passa pela ponta
do cotovelo e pela parte traseira do brao
at o ombro. Para trs do ombro, o Canal
se junta aos Canais do intestino delgado e
do vaso regulador. A, ento, ele sobe
pelo ombro at a regio da clavcula,
desce internamente ao pericrdio, no Alto
Aquecedor, e ao abdome, na regio do
alto e do baixo aquecedor.
Reemergindo na clavcula, o Canal
sobe pelo lado do pescoo e d a volta
pela parte de trs da orelha. Uma
ramificao do Canal sobe internamente
para encontrar o Canal da vescula biliar,
na testa, descendo em seguida para se juntar ao Canal do intestino delgado no rosto. A
ramificao da superfcie continua pela parte frontal da orelha a atravessa a extremidade ao canal
da vescula biliar, o prximo no ciclo do fluxo de energia.
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Funes e Sintomas Associados
Os sintomas dos Canais Yang geralmente esto relacionados aos caminhos nas
superfcies e ligados funo de defesa do organismo contra doena aguda e influncias do
ambiente. O triplo aquecedor no exceo. Os sintomas deste canal incluem irritao nos olhos,
problemas auditivos srios ou dor na parte de trs de orelha, garganta dolorida ou inflamada, e
dores no brao ou no ombro. Outros sintomas so calafrios e febre, aguda ou crnica, s vezes
seguida de suor espontneo.
O Triplo Aquecedor transforma e regula os fluidos do corpo. Alm disso, ele d assistncia
aos rins; por isso, o tratamento pode impulsionar o Ki no interior do corpo, principalmente na
regio inferior. Pode ajudar tambm em casos de inchao ou desconforto abdominal, s vezes
com dificuldade urinria ou priso de ventre. Este Canal til em caso de fraqueza combinada
com a incapacidade de estabilizar a temperatura do corpo e suscetibilidade a infeces e febre.
Porm, ele geralmente funciona melhor no tratamento de desequilbrio dos Trs Aquecedores,
trabalhando os Canais dos rgos relevantes em cada regio.
Canal da Vescula
Caminho
Este Canal comea pelo canto externo do
olho, faz uma volta e sobe at a testa, descendo
em seguida por trs da orelha at o fim do crnio.
Ele volta ento, testa, bem acima do centro do
olho, faz uma volta e sobe at a testa, descendo
em seguida por trs da orelha at o fim do crnio.
Ele volta ento, testa, bem acima do centro do
olho e contorna a cabea at a base do crnio, no
ponto VB 20. Vai descendo pelo pescoo, atrs do
ombro, para juntar-se ao Vaso Governante no
ponto DU 14 e, ento, cruzar o ombro. O canal
desce ao longo da margem da caixa torcica at a
cintura e a regio plvica, antes de descer mais
fundo para encontrar o Canal da bexiga, no sacro.
No ponto VB 30, ele emerge novamente e continua
descendo pela parte externa da perna, em frente
ao tornozelo, terminando na parte externa do 4
artelho. Algumas ramificaes internas seconectam com os Canais do estmago (no maxilar)
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e do intestino delgado, e se juntam ao fgado na vescula biliar.
Funes e Sintomas Associados
A vescula biliar armazena e secreta a bile, que ajuda a digesto, principalmente a digesto
de gorduras. As pessoas cuja funo da vescula fraca tm dificuldade para digerir alimentos
gordurosos. Tal fato coincide com a viso mdica ocidental. A estagnao do Kiou de calor na
vescula pode causar dor sob as costelas, nusea e vmitos, gosto amargo na boca e uma
colorao amarela nos olhos.
A vescula biliar influencia as laterais do corpo; um bloqueio ou desequilbrio em seu Canal
manifesta-se como dor nas tmporas, dor nos olhos e ouvidos, dor ou inflexibilidade no maxilar,
nos ombros, costelas, quadris e juntas dos joelhos e tornozelos.
Canal do Fgado
Caminho
Comeando na extremidade interna da
unha do dedo do p. O Canal do fgado passa em
frente parte interna do tornozelo, subindo pelo
aspecto interno da perna atravs do ponto Ba 6,
bem atrs da borda do osso. Ele continua subindo
pelo joelho, ao longo da parte interna da coxa, at
a virilha e a regio pblica, onde circula os rgos
genitais externos. O Canal se conecta com o Vaso
Diretor na parte inferior do abdome e sobe em volta
do estmago para penetrar no fgado e na vescula.
Conectando dois pontos na superfcie, ele
mergulha na caixa torcica, sobe pela garganta e
abre para os olhos, terminando no alto da cabea,
onde se conecta com o vaso regulador. Uma
ramificao dele circunda a boca.
De dentro do fgado, outra ramificao
interna segue para os pulmes, recomeando o
ciclo do Ki.
Funes do Fgado
As duas principais funes do fgado soarmazenar o sangue e ajudar todas as funes do
corpo, espelhando o Ki. O fgado tambm controla
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os tendes e ligamentos, liberando o sangue para a nutrio dos mesmos, para que as juntas e os
msculos funcionem bem. Esse sangue ir nutrir os olhos, que onde o fgado desemboca.
Durante o repouso, o sangue retorna ao fgado.
Um bloqueio do Ki causa problemas relacionados a este rgo dores, rigidez e
irregularidadeem muitas partes do corpo. A larga influncia do Kido fgado pode ser observada,
ao se estudar o curso de seu Canal.
Figuras dos Meridianos para Colorir
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Quadro de resumo dos canais:
FRENTE
YIN
SENTIDO: SUBINDO
COSTAS
YANG
SENTIDO: DESCENDO
BRAOSPulmo (P)
Corao (C)
Pericrdio (PC) ou Circulaosexo (CS)
Intestino Grosso (IG)
Intestino Delgado (ID)
Triplo aquecedor (TA)
PERNAS
Baopncreas (BP)
Rins (R)
Fgado (F)
Estmago (E)
Bexiga (B)
Vescula Biliar (VB)
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9 CONCEITO E ORIGEM DO SHIATSU
Shiatsu uma palavra japonesa. Shi significa dedo e atsu presso literalmente
Presso com o dedo. O ministrio Japons de Sade nos d a seguinte definio: A terapia
conhecida por Shiatsu uma forma de manipulao administrada pelos polegares, dedos e
palmas, sem o uso de qualquer instrumento mecnico ou de outro tipo, para aplicar presso
pele humana, corrigir disfunes internas, promover e manter a sade, e tratar doenas
especficas".
uma terapia de reequilbrio fsico e energtico, sendo que seu grande potencial tornar o
paciente consciente do seu prprio corpo.
O Shiatsu foi desenvolvido na primeira metade do sculo XX pelo clnico geral japons,
Tamai Tempaku, que incorporou os ento recentes conhecimentos de anatomia e filosofia aos
vrios mtodos de tratamento. Originariamente, ele usou o nome Shiatsu Ryoho; ou seja, forma
de cura pela presso dos dedos; depois mudou para Shiatsu Ho, mtodo da presso dos
dedos. Conhecido atualmente apenas como Shiatsu, o mtodo foi reconhecido oficialmente
como terapia pelo Governo Japons em 1964.
9.1 Conceito e origem do Zen Shiatsu
O Zen Shiatsu criado por Shizuto Masunaga teve influncia da sua prpria experincia em
Shiatsu com os estudos que fez da psicologia ocidental e da medicina chinesa. Ele tambm
aperfeioou os mtodos de diagnstico. O sistema por ele desenvolvido apresenta exerccios
especiais, conhecidos como Makko Ho, que estimulam o fluxo do Ki; ele desenvolveu, ainda,
uma srie de princpios orientadores que tornam as tcnicas mais eficazes.
Este sistema Masunaga denominou de Zen Shiatsu, emprestando o nome da abordagem
direta espiritualidade dos monges Zen budistas do Japo.
No Zen importante que voc tenha um bom mestre de quem aprender; no shiatsuseu
paciente seu mestre. Shisuto Masunaga
9.2 Zen Shiatsu Hoje
Existem vrias maneiras, vrios mtodos de se fazer shiatsu. O zen shiatsuno apenas
mais um deles. Distingue-se por ter uma base terica prpria, desenvolvida especialmente para a
sua prtica. uma tcnica contempornea, baseada numa cincia milenar. Sua atitude com
relao ao paciente atual, em linha com as terapias e trabalhos corporais modernos, que
respeitam a inteligncia de cada corpo e os sinais por ele enviados.O zen shiatsuno uma tcnica ortodoxa. Suas razes esto no passado, sua cabea no
futuro. Wataru Ohashi declarou que seus conceitos esto cinco anos frente de nosso tempo.
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Ohashi um dos maiores nomes do shiatsu no mundo ocidental. o fundador do SECA
Shiatsu Education Center of America, estabelecido em Nova York em 1974. Foi Ohashi quem
traduziu do japons para o ingls o livro Zen Shiatsu, de Shizuto Masunaga. Masunaga foi o
idealizador do zen shiatsu, considerado a principal autoridade em shiatsu quando vivo genial e
inspirador aps sua morte. No Brasil, o zen shiatsu praticamente desconhecido. Mesmo o
shiatsu ainda no ocupou seu espao prprio. O conhecimento da medicina oriental no faz da
pessoa um terapeuta de shiatsu. preciso muita prtica, uma vivncia especfica da tcnica,
numa constante relao de aprendizado e crescimento.
Muitos pontos utilizados no shiatsuso sensveis ao toque. Nas mos de certas pessoas,
uma aplicao, mais parece uma sesso de tortura. Para o zen shiatsu isso no s
desnecessrio prejudicial. O zen shiatsununca agride o corpo. um mtodo que trabalha o
corpo de forma profunda, porm suave, provando ser a dor completamente dispensvel para que
a tcnica do shiatsu surta efeito mximo. Masunaga nos diz: Nesse ponto h muitas noes
erradas com relao ao shiatsu, que gostaria de esclarecer. Primeiro, no verdade que o shiatsu
para ser eficaz requeira presses fortes aplicadas com os polegares e dedos. Tampouco
verdade que doenas possam ser curadas pela mera presso em certos pontos do corpo ... Se
voc j teve alguma vez uma criana caminhando nas suas costas, saber o significado de
presso natural. As crianas so inocentes e no exercem uma quantidade de presso
desnecessria. Da, quando voc usar sua palma, cotovelo, ou joelho, esteja certo de utilizar uma
quantidade natural de presso.
O que o sistema de Masunaga tem a ver com o zen? uma questo de perspectiva. O
propsito fundamental do zen-budismo alcanar o estado de iluminao atravs do
autoconhecimento. O zenusaa meditao, mas no a meditao. No zen as respostas no
podem ser racionalizadas, mas apreendidas atravs da meditao. Zen significa abertura da
mente para a presena do sinal celeste, ou a meditao que leva ao vislumbre.
Da mesma forma, o shiatsu usa a presso dos dedos, mas seu significado transcende
essas presses. Nas palavras do prprio Masunaga: Tanto no zencomo no shiatsulidamos com
fatores que no podem ser explicados racionalmente, mas que necessitam serem sentidos pelocorpo vivo. O princpio por ele enfatizado, que no shiatsu, como no zen, importante
estabelecer um eco de vida. Sentir a resposta dada pelo corpo do paciente quando
pressionamos determinada rea ou ponto. Se voc coloca sua mo num ponto (tsubo) e segue a
linha dos meridianos com seus dedos, voc poder sentir o eco da vida ... Alguns terapeutas
japoneses trabalham sem observar essa importante sensao. Isso reduz o shiatsua uma tcnica
mecnica, em vez de ativar a fora vital de cura existente em nossos corpos ... No zen
importante que voc tenha um bom mestre de quem aprender. No shiatsu, seu paciente seu
mestre.
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Com a prtica correta do shiatsuintensifica-se o fluir de energia no praticante, no paciente,
e entre ambos. Com isso cria-se um nvel alterado de conscincia. As possibilidades do shiatsuno
nvel espiritual e emocional so muitas. O zen shiatsutrabalha com essas possibilidades.
9.3 Princpios do Zen Shiatsu
O Meridiano como um todo
No shiatsu, utilizamos frequentemente os polegares para exercer uma presso
concentrada sobre os pontos ao logo dos meridianos. J no zen shiatsu, utilizamos muito mais as
palmas das mos do que os polegares. As presses so largas, abertas, mais suaves e menos
dolorosas. Trabalhamos os meridianos como um todo, e no como uma seqncia de pontos a
serem pressionados.
Alongamento e Presso Simultneos
Esse o princpio que nos permite realizar um trabalho profundo utilizando pouca fora. A
presso excessiva s produz mais tenso e rigidez nos msculos contrados. Alongando-se a
musculatura referente rea do meridiano que estamos trabalhando, reduzimos a tenso e a
contratilidade muscular. Na posio de mximo alongamento o msculo apresenta a menor
capacidade de contrair-se. Oferece pouca resistncia presso aplicada, que penetra
profundamente o organismo do paciente, sem nenhum esforo por parte do praticante.
A mo me, ou o Shiatsucom as duas mos
De acordo com a viso oriental, toda existncia governada por foras opostas Yin
(energia feminina) e Yang (energia masculina). O equilbrio e sade do corpo dependem da
harmonia entre essas duas foras. No shiatsu, yine yangso respectivamente kyo(condio de
carncia de energia) e jitsu (condio de excesso de energia). Kyo neutralizado pelo que
denominamos tonificao, ejitsupela sedao.
No zen shiatsumantemos dois (ou mais) pontos de contato com o paciente quase que todo
o tempo. Um desses pontos de contato serve como base, dando apoio e suporte para a ao
executada pela outra mo. Essa mo base a mo me. Ela tem funo tonificante. Coloca-se
de forma estacionria, tocando o corpo suave e profundamente. O suporte dado por ela mantm o
corpo do paciente relaxado e receptivo, enquanto a outra mo age sobre meridianos e pontos,
dissolvendo bloqueios e ns (estagnaes de energia). Essa mo ativa ou livre tem a funo
de sedao. Dessa forma, criamos um crculo de energia envolvendo terapeuta e paciente. Alm
de tonificar e manter o paciente relaxado, a mo me tem outra funo importante. Nela
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sentimos com maior clareza qualquer reao do corpo do paciente s presses executadas pela
mo ativa.
9.4 Fundamentos para a Prtica doZen Shiatsu
Postura do Praticante
Como aplicar as presses
O zen shiatsuque segue o princpio taoista do wei-wu-wei, o fazer-sem-fazer fazer sem
esforo, suave e naturalmente, sem nenhum envolvimento fsico ou psicolgico desnecessrio
(como querer curar ou fazer bem). O praticante simplesmente faz o que sabe, sem alardes e
sem pretensesos resultados vm por si mesmos. Dessa forma, no se tensiona nem se cansa,
conservando-se alerta, receptivo e sensvel energia do paciente.
O praticante mantm seu corpo relaxado, a coluna naturalmente ereta, os movimentos
partindo sempre dos quadris.
As presses so feitas utilizando-se o peso do corpo, nuncabaseadas na fora muscular.
O praticante coloca-se de forma a descansar o peso de seu corpo sobre os pontos e reas
tratadasdescansa seu peso em um ponto ... depois no prximo ... e no prximo, numa espcie
de relaxado caminhar, que continua at a aplicao terminar. Os cotovelos devem ser mantidos
retos (mas no duros), de maneira que o peso do corpo incida diretamente sobre a rea tratada.
Seguindo esses princpios, o praticante se preserva fisicamente (e no acaba a aplicao
precisando ele de um shiatsu!) e estabelece com o paciente o tipo de contato almejado: firme,
relaxado, profundo. Presses baseadas em tenso muscular (dos dedos, mos, braos ou
costas) transmitem tenso. So incmodas, passando ao paciente a sensao de um toque
tenso, pesado e superficial s vezes at mesmo trmulo.
O corpo do praticamente deve mover-se para frente (no momento de exercer a presso) e
para trs (para alivi-la, ou trocar de ponto). Utiliza assim todo seu corpo, trazendo de seu hara aenergia de seu toque. So palavras de Rikyu, o mestre zenfundador da Cerimnia do Ch:
- No mexa seu ch com os dedos,mas com o cotovelo.
Com isso no quis dizer que seus discpulos deveriam colocar o cotovelo dentro da xcara
de ch e assim mex-lo, mas que o movimento de mexer deveria partir do cotovelo, e no da
mo. Da mesma forma, as presses no shiatsu devem partir no dos dedos e mos, mas do
cotovelo e do hara, num movimento total do corpo.
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Utilizando o peso do corpo
para exercer as presses
Tcnica das mos
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9.5 A Presso no Zen Shiatsu
O shiatsu funciona atravs de presses executadas pelo praticante no corpo de paciente. O
tipo bsico de presso no zen shiatsu apresenta trs caractersticas: perpendicular rea
tratada, estacionria, e executada contra uma base que oferea firma apoio ao corpo do paciente.
Presso Perpendicular (e vertical)
A melhor presso incide perpendicularmente sobre o ponto ou rea tratada, e, se possvel,
exercida diretamente de cima para baixo sobre o paciente. fundamental que o praticante
coloque-se em relao a cada rea tratada de forma a tirar o mximo de proveito do peso do seu
corpo. Por isso a melhor superfcie para a aplicao do zen shiatsu o cho, ou uma mesa bem
baixa, de modo que o praticante possa inclinar-se sobre o paciente.
Presso Estacionria (tempo)
A presso contnua, firme, sem movimento fundamental no zen shiatsu. uma presso
calma, cuja intensidade aumenta e diminui de forma gradual. Por no ser sbita e agressiva,
mantm o paciente relaxado, exercendo profunda ao sobre seu organismo. Cada presso
mantida, em mdia, de 3 a 5 segundos, embora ao tratar reas sensveis, nela nos detenhamos
por vrios segundos a mais.
Presso Apoiada
Toda presso vinda de uma determinada direo necessita de algum apoio vindo da
direo oposta. Dessa forma, o paciente no necessita resistir s presses, num esforo para no
desequilibrar-se. Esse esforo mantm o corpo do paciente tensoe, portanto, impenetrvel ao
toque do terapeuta. Com o paciente deitado, a superfcie sobre a qual ele se encontra fornece
esse apoio ao mesmo tempo em que exerce, de baixo para cima, uma presso proporcional
quela executada de cima para baixo pelo praticante. Essa superfcie deve ser plana e firme
embora acolchoada, para no ser incmoda. J quando trabalhamos com o paciente sentado,
nossa tarefa de torna mais difciltemos que pressionar e fornecer apoio ao mesmo tempo.
O apoio ao paciente no deve ser nunca desprezado, j que essencial para que ele
possa se entregar. No zen shiatsu, a mo me estabiliza o corpo do paciente, fornecendo-lhe
apoio extra.
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Profundidade das Presses
No zen shiatsu procuramos tocar profundamente o paciente, e para isso usamos a
suavidadea presso deve ser firme e profunda, mas ao mesmo tempo gentil. Assim o paciente
permanece relaxado e receptivo, permitindo que a energia do toque penetre profundamente seu
corpo. Em reas tensas, doloridas, comeamos com uma presso mais superficial, que
aprofundamos medida que o paciente relaxa e a dor cede sem forarmos seus limites de
conforto. A presso muito forte ou violenta faz com que o corpo se contraia se feche, criando
uma espcie de escudo protetor. Quanto mais fora usamos, mais o corpo se tenciona.
Nenhuma quantidade de presso penetra um corpo tenso. Lembre-se sempre: quanto mais
resistncia o paciente oferecer, menor fora devemos fazer.
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10 RELAO PRATICANTEPACIENTE
O zen-shiatsu uma linguagem, um dilogo entre duas energias vitais. O praticante,
naturalmente, um elemento bsico nesse dilogo. To importante quanto o que ele faz,
como ele faz. Sua postura (fsica e psquica), sua maneira de tocar, seu sentimento em relao
ao paciente influem de forma decisiva na qualidade do trabalho.
Em seu livro Do-It-Yourself Shiatsu, Ohashi diz: O praticante de shiatsu deve a maior
parte de sua habilidade experincia. Tambm verdade que o shiatsuno uma mera tcnica
de manipulaoa atitude do paciente tem um importante papel na qualidade do tratamento. Se
voc no tem empatia com seu paciente, seu shiatsu no tem valor ... Da, prefira trabalhar
somente com pessoas de que goste e, julgando pela minha experincia, esses sentimentos
positivos produzem o melhor shiatsu.
Essa uma perspectiva que denota elevada conscincia do zen-shiatsucomo profisso.
No uma tcnica mecnica sem um sentimento sincero entre praticante e paciente
impossvel estabelecer contato energtico profundo. verdade que, algumas vezes, aprendemos
a gostar de uma pessoa ao longo de uma srie de aplicaes, mas algum potencial deve existir
nesse sentido, e o shiatsu-terapeuta necessita utilizar a percepo e intuio na avaliao desse
potencial.
10.1 Ambiente de Trabalho
Sala arejada sem objetos desnecessrios e de preferncia sem muitos mveis,
ensolarada, com janelas para que possa circular energia renovada. Cores claras e harmoniosas,
ambiente limpo, msica suave, luz regulvel.
Lenis de algodo trocados a cada sesso.
Roupas confortveis para o terapeuta e o paciente.
Sempre lavar as mos aps a sesso com sal grosso ou bicarbonato de sdio para limpar
o campo energtico.
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11 SEQNCIA DE ZEN SHIATSU
11.1 Posterior (Decbito Ventral)
1 Posio Inicial Centramento
Foto 1
Antes de iniciar a sesso o terapeuta deve aquietar sua mente, fazendo pelo menos trs
respiraes profundas e ficando um minuto em silncio. (foto 1)
O ideal aprender a meditar e sentir-se como um canal de energia pelo qual ir circular o
kicurativo do universo.
Foto 2
2 Imput - Aps a sintonia com voc mesmo, sintonizar-se com o paciente,
posicionamento as duas mos ativa e passiva sobre as costas do paciente, procurando sentir o
seu ritmo respiratrio. (foto 2)
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O paciente deve estar posicionado como na foto, e a sua cabea poder durante a sesso
mudar vrias vezes de lado.
Sugiro iniciar ficando ao lado direito da paciente, massageando primeiro seu lado esquerdo
e depois seu lado direito.
Sequencia das Costas
3 Soltar paravertebrais ao lado da coluna (agarra e sacode) fazendo balano inicial.
4Presso palmar ao longo do Meridiano da Bexiga, iniciando do lado oposto das costas
em relao a sua posio (mo passiva parada ombro e mo ativa descendo).
Seguindo como mostra as fotos at a altura da cintura. (Fotos 3 a 8)
Iniciando o Lado Esquerdo
Foto 3 Foto 4
Repetir esse movimento pelo menos 3 vezes cada lado.
Foto 5
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Iniciando o lado direito
Foto 6 Foto 7
Foto 8
5Presso palmar perpendicular sobre a coluna vertebral, com as mos sobrepostas at o
meio da coluna torcica" e troca a mo na lombar (mo horizontal embaixo) . Na
expirao. (foto 9)
Foto 9
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6Alongamento da