Apostila Riscos Fisicos II

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  Disciplina: Riscos Físicos II Ruído (Parte 2) e Vibrações e Pressões Anormais (Parte 1) Prof. REGINALDO VELLO LOUREIRO Doutor em Saúde Pública (Saúde A mbiental e Ocuacional! "e#tre em Saúde Pública (Saneamento do "eio Ambiente$Polui%&o 'ua#! En. )i*il+ En. Sanitari#ta e En. de Seuran%a do ,r abal-o Vitria ! 2""#

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Apostila de riscos físicos

Transcript of Apostila Riscos Fisicos II

  • Disciplina: Riscos Fsicos IIRudo (Parte 2)eVibraes e Presses Anormais(Parte 1) Prof. REGINALDO VELLO LOUREIRODoutor em Sade Pblica (Sade Ambiental e Ocupacional)Mestre em Sade Pblica (Saneamento do Meio Ambiente/Poluio guas)Eng. Civil, Eng. Sanitarista e Eng. de Segurana do Trabalho

    Vitria - 2006

  • So definidos 3 coeficientes:Coeficiente de Absoro: aa =Energia absorvida Energia incidente

  • Propagao do som com obstculosSom incidenteSom refletidoSom transmitidoSom absorvido

  • Coeficiente de Absoro (a)

  • Reverberao do Som

    O som, em ambientesfechados, amplifica-sepelo fenmeno daReverberao.

    Ao rudo da fonte, soma-se o rudo refletido

  • Tempo de reverberao

  • Limites de Tolerncia para Rudo Contnuo e Intermitente NORMAS:- ISO 90 dB (A)- OSHA 90 dB (A)- NIOSH 85 dB (A)- MPAS 90 dB (A)- MTE 85 dB (A)

  • AVALIAO DO RUDO CONTNUO OU INTERMITENTE

    Medidor de Nvel de Presso Sonora

    Circuito de compensao A (dBA)Circuito de resposta lenta (Slow) (dBA - Slow)

  • RUDO DE DIFERENTES NVEIS

    DOSIMETRIAClculo da dose

    C 1 + C2 + C3 + ------ + CnT 1 T 2 T3 Tn

    Dosmetro

  • UDIO-DOSMETROInstrumento capaz de integrar diferentes nveis de presso sonora em um determinado tempo prestabelecido, dando como resultado a dose de rudo correspondente a este tempo de exposio

    Se a dose > 1 insalubre < 1 no insalubre

  • DosimetriaA movimentao do trabalhador durante as suas funes deve ser acompanhada.( Item 6.4.2 alnea e da NHO 01 da Fundacentro )

  • O avaliador deve posicionar-se relativamente ao trabalhador e ao instrumentos de medio de forma que a perturbao do campo acstico causada pela sua presena seja mnima ou desprezvel.

  • NVEL MDIO (Lavg ou Leq)

    o nvel ponderado sobre o perodo de medio, que pode ser considerado como nvel de presso sonora contnuo, em regime permanente, que apresenta a mesma energia acstica total que o rudo real, flutuante, no mesmo perodo de tempo. Baseia-se no princpio de igual energia. No caso dos limites de tolerncia da NR-15, a frmula simplificada de clculo :Lavg ou Leq = 80 + 16,61 log (0,16.CD/TM)sendo:TM = Tempo de amostragem (horas decimais)CD = Contagem da Dose (percentagem)

  • Imaginemos que pelo mtodo manual de clculo da dose (C1/T1+C2/T2+.....Cn/Tn), chegamos ao resultado final da equao (Dose= 4), ou seja, 400% de Dose.Utilizando-se da frmula Leq = 80 + 16,61 log (0,16.CD/TM)realizaremos a substituio dos dados, sendo que neste caso o tempo a ser considerado para uma jornada de 8 horas.Lavg ou Leq = 80 + 16,61 log ( 0,16 x 400) 8Lavg = 80 + 16,61 log 8Lavg = 95,00 dB(A).Exemplo de Clculo do Leq

  • O que melhor ?

    Usar Lavg ou Dose ?

  • Lavg = LeqS representa a exposio se acompanhado da durao da jornada de trabalhoDoseSempre representa a exposio, independente da jornada de trabalho

  • Um trabalhador executa suas atividades exposto aos seguintes nveis de rudo: 90 dB(A) durante 1 hora / 84 dB(A) durante 4 horas O restante da jornada permanece em um local onde o NPS 86 dB(A) / O Limite de Tolerncia foi ultrapassado? C1 C2 C3 ---- + ----- + ---- 1 1 3 T1 T2 T3 -- + -- = 0,25 + 0,43 = 0,68 = 0,7 Dose = D = 0,7 < 1 4 7Nvel de Rudo Tempo de Exposio Mxima Exposio dB(A) ( horas ) Diria Permitida (h) 90 1 4 84 4 -- 86 3 7

    Como a Dose = D = Cn/Tn < 1, o limite de tolerncia no foi ultrapassado.

  • O valor do nvel equivalente de rudo extrapolado para 8 horas obtido pela seguinte equao:

    Log D + 5,117 Log 0,7 + 5,117Leq = ---------------------- = ------------------------- 0,06 0,06

    Dose (D) = 0,7Leq = 82,7 dB(A).

  • Um trabalhador fica exposto a um nvel de rudo de 95 dB(A) durante 1 h,a 100 dB(A) durante 1 hora, a 89 dB(A) durante 2 horas e a 85 dB(A) durante 4 horas.C1 C2 C3 1 1 2 4------- +--------- + --------- = ------ + ------ + ------- + --------- = 2,4 (Dose = D)T1 T2 T3 2 1 4,5 8

    Nvel de Rudo Tempo de Exposio Mx Exposio dB(A) ( horas ) Diria 95 1 2 100 1 1 89 2 4,5 85 4 8

    Como o somatrio das fraes foi superior a 1, o Limite de Tolerncia foi ultrapassado.O valor do Nvel Equivalente de Rudo (Leq) extrapolado para 8 horas obtido pela seguinte equao:

    Log D + 5,117 Log 2,4 + 5,117LEQ = ---------------------- = ------------------------ = 91,62 0,06 0,06

    Logo, a Dose de Rudo D = 2,4 e o Leq = 91,62 dB(A)

  • Relao entre Rudo Mdio (Leq) e Dose (D) 75 dB ( A ) 25 % (dose = 0,25)80 dB ( A ) 50 % (dose = 0,5)85 dB ( A ) 100 % (dose = 1)90 dB ( A ) 200 % (dose = 2)95 dB ( A ) 400 % (dose = 4)100 dB ( A ) 800 % (dose = 8)105 dB ( A ) 1600 % (dose = 16)

  • A atenuao do rudo proporcionada por um protetor auricular funo do espectro de rudo 125 250 500 1000 2000 4000 8000 Hertz

  • A correta aplicao do

    NRRNvel de Reduo de Rudo

  • PROTETORES AURICULARES

    NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONNAL SAFETY AND HEALTH ( NIOSH)

    A NIOSH diz que:

    O NRR deve ser "corrigido" por um desconto de:

    25% para conchas

    50% plugs moldveis

    75% plugs pr - moldados

  • Isso significa que o usurio de uma concha com NRR 24, quando utilizada em um ambiente cujo nvel de rudo de 95 dB(A), teramos que deduzir ( 24 - 7 = 17 dB ; 17dB - 25 % = 13 dB)Logo: 95dB 13 dB (NRRcorrigido) = 82 dB(A) Se o utilizado fosse um "plug" moldvel com NRR 29, a exposio seria: (29 - 7 = 22 dB ; 22 dB - 50% = 11 dB) Logo: 95 dB 11 dB = 84 dB(A) Deve ser deduzido do NRR um fator de 7 dB(A), para corrigir o valor fornecido pelo Medidor de Nvel de Presso Sonora, na Escala A (devido s distores que o aparelho apresenta nas baixas freqncias,na Escala A).

  • Norma ANSI S 12.6 - 1997Mtodo BA colocao do protetor feita pelo ouvinte no treinado.

  • Item 6.3 III a)Manual de Orientao sobre Aposentadoria Especial (INSS)

    Na concluso do perito dever estar indicado qual o nvel de rudo a que o segurado esteve efetivamente exposto, considerando o Nvel de Reduo de Rudo (NRR), gerado pelo uso de EPC para benefcios concedidos at 06.05.99 e EPC ou EPI para benefcios concedidos a partir de 07.05.99.

  • Atenuao de protetores auriculares Mtodo NIOSH n 2Rudo contnuo dB (C) NRR = Rudo que chega ao ouvido do trabalhador

  • Atenuao de protetores auriculares

    NIOSHNPS = dBA ( NRRc 7 )Luttgardes

  • Rudo de impactoPicos de energia acstica de durao inferior a 1 segundo, a intervalos superiores a 1 segundo.

  • InstrumentalMedidor de nvel de presso sonora.IDEAL: Circuito linear e resposta para impactoOPCIONAL: Circuito de resposta rpida (Fast) e circuito de compensao C.

  • Limites de tolernciaCircuito linear: 130 dBCircuito C: 120 dB ( C )

    Risco Grave e IminenteCircuito linear: 140 dBCircuito C: 130 dB ( C )

  • A calibrao de decibelmetros e dosmetros deve ser feita anualmente ?

  • NBR 10151 / 2000O Certificado de calibrao deve ser renovado no mnimo a cada dois anos.

  • NBR 10151 / 2000O ajuste do medidor de nvel de presso sonora deve ser realizado pelo operador do equipamento, com o calibrador acstico, imediatamente antes e aps cada medio.

  • ULTRA-SOMSons de alta frequncia (agudos) na faixa de 10.000 a 20.000 Hz, de 75 a 105 dB, causam incmodo subjetivo e desconforto.ACGIH

  • INFRA-SOMSons de baixa freqncia (graves) na faixa de ressonncia do trax (50 a 60 Hz ) causam vibrao de corpo inteiro e desconforto.ACGIH??????

  • PLANO DE CONSERVAO AUDITIVAPCA Baseado nas recomendaes da OSHA 29 CRF 1910.95 e NIOSH

    Avaliao e monitoramento da exposio a rudoMedidas de controle ambiental e organizativasAvaliao e monitoramento audiolgicoUso de protetores auricularesAspectos educativosAvaliao da eficcia do programa

  • O INSS e a Aposentadoria Especial

  • Art. 3 Item III b)

    Nveis variados de decibis

    A mdia logartimica obtida por dosimetria deve ser superior a 80 dB ( A ) ou 90 dB ( A ) e nenhuma das medies pode estar abaixo ou igual aos limites de tolerncia previstos nas Normas Previdencirias.

    I.N. n. 39 do INSS

  • Art. 3 Item III e)Nveis variados de decibis

    Algumas medies podero s situar abaixo ou igual a 80 ou 90 dB (A), no caracterizando, desta forma, a existncia de uma objetiva exposio ao agente nocivo, impedindo contemplar o pleito.

    I.N. n. 39 do INSS

  • Art. 3 Item III g)Nveis variados de decibis

    As mdias dos nveis de exposio ao agente rudo devero, necessariamente, ser obtidas atravs de dosmetros / decibelmetros de grupos de qualidade de zero a dois da classificao IEC 651.

    I.N. n. 39 do INSS