Apostila Portugues Teoria

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ABITEP – PORTUGUÊS01 www.concursosdeodontologia.com.br [email protected] Tel.: 11 3214 - 8949 APOSTILA TEÓRICA DE PORTUGUÊS Prof. Agenor Costa

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    APOSTILA TERICA DE PORTUGUS

    Prof. Agenor Costa

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    FONTICA

    Em sentido mais elementar, a Fontica o estudo dos sons emitidos pela voz humana, os quais caracterizam a oposio entre os vocbulos.

    Ex:. em pato e bato o som inicial das consoantes p e b que ope entre si as duas palavras. Tal som recebe a denominao de FONEMA.

    Quando proferimos a palavra aflito, por exemplo, emitimos trs slabas e seis fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa slaba pode haver um ou mais fonemas.

    No sistema fontica do portugus do Brasil h aproximadamente, 33 fonemas.

    importante no confundir com fonema. Fonema som, letra sinal grfico que representa o som.

    Vejamos alguns exemplos:

    Manh 5 letras e quatro fonemas: m / a / nh / Txi 4 letras e 5 fonemas: t / a / k / s / i Corre 5 letras e 4 fonemas Hora 4 letras e 3 fonemas Aquela 6 letras e 5 fonemas Guerra 6 letras e 4 fonemas Fixo 4 letras e 5 fonemas Hoje 4 letras e 3 fonemas Canto 5 letras e 4 fonemas Tempo 5 letras e 4 fonemas Campo 5 letras e 4 fonemas Chuva 5 letras e 4 fonemas

    LETRA a representao grfica, a representao escrita, de um determinado som.

    CLASSIFICAO DOS FONEMAS

    VOGAIS

    a, e, i, o, u

    SEMIVOGAIS

    S h duas semivogais: i e u, quando se incorporam vogal numa mesma slaba da palavra, formando um ditongo ou tritingo. Exs.: cai-a-ra, te-sou-ro, Pa-ra-guai.

    CONSOANTES

    b, c, d, f, g, h, j, l, m, n, p, q, r, s, t, v, x, z

    ENCONTROS VOCLICOS

    A sequncia de duas ou trs vogais em uma palavra, damos o nome de encontro voclico. Ex.: cooperativa.

    Trs so os encontros voclicos: ditongo. tritongo, hiato.

    DITONGO

    a combinao de uma vogal + uma semivogal ou vice-versa. Dividem-se em: - orais: pai, fui; - nasais: me, bem, po; - decrescente: (vogal + semivogal) meu, riu, di; - crescentes: (semivogal + vogal) ptria, vcuo.

    TRITONGO Semivogal + vogal + semivogal.

    Pa-ra-guai, U-ru-guai, J-ce-guai, sa-guo, quo, iguais, minguam.

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    HIATO

    o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente , em duas diferentes emisses de voz. fa-s-ca, sa--de, do-er, a-or-ta, po-di-a, ci--me, po-ei-ra, cru-el, ju--zo.

    SLABA

    D-se o nome de slaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados numa s emisso de voz.

    Quanto ao nmero de slabas, o vocbulo classifica-se em:

    Monosslabo possui uma s slaba: p, mel, f, sol. Disslabo possui duas slabas: ca-sa, me-sa, pom-bo. Trisslabo possui trs slabas: Cam-pi-nas, ci-da-de, a-tle-ta. Polisslabo possui mais de trs slabas: es-co-la-ri-da-de, hos-pi-ta-li-da-de.

    TONICIDADE

    Nas palavras com mais de uma slaba, sempre existe uma slaba que se pronuncia com mais fora do que as outras: a slaba tnica. Exs.: em l-gri-ma, a slaba tnica l; em ca-der-no, der; em A-ma-p, p.

    Considerando-se a posio da slaba tnica, classificam-se as palavras em:

    Oxtonas quando a tnica a ltima slaba: Pa-ra-n, sa-bor, do-mi-n. Paroxtonas quando a tnica a penltima slaba: mr-tir, ca-r-ter, a- m-vel, qua-dro. Proparoxtonas quando a tnica a antepenltima slaba: -mi-do, c-li-ce, s-fre-go, ps-se-go, l-gri-ma.

    ENCONTROS CONSONANTAIS

    a sequncia de dois ou mais fonemas consonnticos num vocbulo. atleta, brado, creme, digno, etc.

    DGRAFOS

    So duas letras que representam um s fonema, sendo uma grafia composta para um som simples.

    H os seguintes dgrafos: 1) Os terminados em h, representados pelos grupos ch, lh, nh. Exs.: Chave, malha, ninho. 2) Os constitudos por letras sobradas, representados pelos grupos rr e ss. Exs.: carro, pssaro. 3) Os grupo gu, qu, sc, s, xc, xs. Exs.: guerra, quilo, nascer, cresa, exceto, exsurgir. 4) As vogais nasais em que a nasalidade indicada por m ou n, encerrando a slaba em uma palavra. Exs.: pom-ba, cam-po, on-de, can-to, man-to.

    NOTAES LXICAS

    So certos sinais grficos que se juntam s letras, geralmente para lhes dar um valor fontico especial e permitir a correta pronncia das palavras. So os seguintes:

    1) o acento agudo indica vogal tnica aberta: p, av, lgrima; 2) o acento circunflexo indica vogal tnica fechada: av, ms, ncora; 3) o acento grave sinal indicador de crase: ir cidade; 4) o til indica vogal nasal: l, im; 5) a cedilha d ao c o som de ss, moa, lao, aude; 6) o apstrofo indica supresso de vogal: me dgua, pau-dalho; 7) o hfen une palavras, prefixos, etc.: arco-ris, peo-lhe, ex-aluno.

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    ORTOGRAFIA OFICIAL

    As dificuldades para a ortografia devem-se ao fato de que h fonemas que podem ser representados por mais de uma letra, o que no feito de modo arbitrrio, mas fundamentado na histria da lngua.

    Eis algumas observaes teis.

    DISTINO ENTRE J E G

    1. Escrevem-se com J: a) As palavras de origem rabe, africana ou amerndia: canjica, cafajeste, canjer, paj, etc. b) As palavras derivadas de outras que j tm j: laranjal (laranja, enrijecer (rijo), anjinho (anjo), granjear (granja), etc. c) As formas dos verbos que tm o infinitivo em: jar - despejar, despejei, despeje; arranjar - arranjei, arranje; viajar viajei, viajeis. d) O final AJE: laje, traje, ultraje, etc. e) Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR, os quais mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, reja; dirigir: dirijo, dirija.

    2. Escrevem-se com G: a) O final dos substantivos -AGEM, -IGEM, -UGEM: coragem, vertigem, ferrugem, etc. Excees: pajem, lambujem. b) Os finais: -GIO, -GIO, -GIO e GIO: estgio, egrgio, relgio, refgio, prodgio, etc. c) Os verbos em -GER e GIR: fugir, mugir, fingir.

    DISTINO ENTRE S E Z

    1. Escrevem-se com S a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, etc. b) O sufixo S e a forma feminina ESA, formadores dos adjetivos ptrios, ou que indicam profisso, ttulo honorfico, posio social, etc.: portugus portuguesa, campons camponesa, marqus marquesa, burgus burguesa, monts, pedrs, princesa, etc. c) O sufixo ISA,: sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc. d) Os finais ASE, -ESE, -ISE e OSE, na grande maioria se o vocbulo for erudito ou de aplicao cientfica, no haver dvida, hiptese, exegese anlise, trombose, etc. e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: coisa, Neusa, causa. f) O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo radical termina em S: pesquisar (pesquisa), analisar (anlise), avisar (aviso), etc. g) Quando for possvel a correlao ND - NS: escandir escanso, pretender pretenso, repreender repreenso, etc.

    2. Escrevem-se em Z a) O sufixo IZAR, de origem grega, nos verbos e nas palavras que tm o mesmo radical: civilizar, civilizao, civilizado, organizar, organizao, organizado, realizar, realizao, realizado, etc. b) Os sufixos EZ e EZA formadores de substantivos abstratos derivados de adjetivos: limpidez (limpo), pobreza (pobre), rigidez (rijo), etc. c) Os derivados em ZAL, -ZEIRO, -ZINHO e ZITO: cafezal, cinzeiro, chapeuzinho, cozito, etc.

    DISTINO ENTRE X E CH

    1. Escrevem-se com X a) Os vocbulos em que o X o precedido de ditongo: faixa, caixote, feixe, etc. b) A maioria das palavras iniciadas por ME: mexerico, mexer, mexerica, etc.

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    DISTINO ENTRE S, SS, E C

    Observe o quadro das correlaes:

    Correlao Exemplos

    t c alto-ao; infrator-infrao; Marte-marcial; ter teno abster-absteno; ater-ateno; conter-conteno; deter rg rs deteno; reter-reteno aspergir-asperso; imergir-imerso; submergir- submerso rt rs inverter-inverso; divertir-diverso; pel plus impelir- impulsivo; expelir-expulso; repelir- repulso corr curs correr curso cursivo discurso excurso incurso sent sens sentir-senso, sensvel, consenso ced cess ceder cesso conceder concesso; interceder intercesso. exceder excessivo (exceto exceo) gred agredir agresso agressivo progredir gress progresso progresso progressivo prim press imprimir impresso, oprimir opresso, reprimir represso tir sso admitir admisso, discutir discusso, permitir permisso, (re)percutir (re)percusso.

    EMPREGO DAS INICIAIS MAISCULAS

    Escrevem-se com letra inicial maiscula:

    1. A primeira palavra de perodo ou citao. Diz um provrbio rabe: A agulha veste os outros e vive nua.

    No incio dos versos que no abrem perodo facultativo o uso da letra maiscula.

    2. Substantivos prprios (antropnimos, alcunhas, topnimos, nomes, sagrados, mitolgicos, astronmicos): Jos, Tiradentes, Brasil, Amaznia, Campinas, Deus, Maria Santssima, Tup, Minerva, Via-Lctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc.

    O deus pago, os deuses pagos, a deusa Juno.

    3. Nomes de pocas histricas, datas e fatos importantes, festas religiosas: Idade Mdia, Renascena, Centenrio da Independncia do Brasil, a Pscoa, o Natal, o Dia das Mes, etc.

    4. Nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da Repblica, etc.

    5. Nomes de altos conceitos religiosos ou polticos: Igreja, Nao, Estado, Ptria, Unio, Repblica, etc.

    6. Nomes de ruas, praas, edifcios, estabelecimentos, agremiaes, rgos pblicos, etc.: Rua do Ouvidor, Praa da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colgio Santista, etc.

    7. Nomes de artes, cincias, ttulos de produes artsticas, literrias e cientficas, ttulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os Lusadas, O Guarani, Dicionrio Geogrfico Brasileiro. Correio da Manh, Manchete, etc.

    8. Expresses de tratamento: Vossa Excelncia. Sr. Presidente, Excelentssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.

    9. Nomes dos pontos cardeais, quando designam regies: Os povos do Oriente, o falar do Norte. Mas: Corri o pas de norte a sul. O Sol nasce a leste.

    10. Nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o dio, a Morte, o Jabuti (nas fbulas), etc.

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    Escrevem-se com letra inicial minscula:

    1. Nomes de meses, de festas pags ou populares, nomes gentlicos, nomes prprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, etc.

    2. Os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando empregados em sentido geral: So Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua ptria.

    3. Nomes comuns antepostos a nomes prprios geogrficos: o rio Amazonas, a baa de Guanabara, o pico da Neblina, etc.

    4. Palavras, depois de dois pontos, no se tratando da citao direta: Qual deles: o hortelo ou o advogado? (Machado de Assis) Chegam os magos do Oriente, com suas ddivas, ouro, incenso, mirra. (Manuel Bandeira)

    DIVISO SILBICA

    1. chave: cha-ve aquele: a-que-le palha: pa-lha manh: ma-nh guizo: gui-zo

    No se separam as letras que formam os dgrafos CH, NH, LH, QU, GU.

    2. emblema: em-ble-ma, abrao: a-bra-o reclamar: re-cla-mar, recrutar: re-cru-tar flagelo: fla-ge-lo, drama: dra-ma globo: glo-bo, fraco:fra-co implicar: im-pli-car, agrado: a-gra-do atleta: a-tle-ta, atraso: a-tra-so prato: pra-to

    CONSOANTE + L CONSOANTE + R

    No se separam as letras dos encontros consonantais que apresentam a seguinte formao: consoante + L ou consoante + R.

    3. correr: cor-rer desam: des-am

    Separam-se as letras dos dgrafos RR, SS, SC, S, XC.

    Mistrio: mis-t-rio Herdeiro: her-dei-ro

    No se separam as letras que representam um ditongo.

    4. sade: sa--de rainha: ra-i-nha cruel: cru-el

    Separam-se as letras que representam um hiato.

    5. Paraguai: Pa-ra-guai Saguo: sa-guo

    No se separam as letras que representam um tritongo.

    6. torna: tor-na tcnica: tc-ni-ca submeter: sub-me-ter

    Consoante no seguida de vogal, no interior da palavra, fica na slaba que a antecede.

    7. pneumtico: pneu-m-ti-co gnomo: gno-mo psicologia: psi-co-lo-gia

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    Consoante seguida de vogal, no incio da palavra, junta-se slaba que a segue:

    Sublinhar: sub-li-nhar Sublocar: sub-lo-car

    No grupo BL, s vezes cada consoante pronunciada separadamente, mantendo sua autonomia fontica. Nesse caso, tais consoantes ficam em slabas separadas.

    Preste ateno nas seguintes palavras: trei-no so-cie-da-de gai-o-la ba-lei-a des-mai-a-do im-bui-a ra-diou-vin-te ca-o-lho te-a-tro co-e-lho du-e-lo vi-a-mos a-mn-sia gno-mo co-lhei-ta quei-jo pneu-mo-ni-a fe--ri-co dig-no e-nig-ma e-clip-se Is-ra-el mag-n-lia

    PALAVRAS COM CERTAS DIFICULDADES

    ONDE - AONDE

    Emprega-se AONDE com os verbos que do ideia de movimento. Equivale sempre a PARA ONDE. Aonde voc vai? Aonde nos leva com tal rapidez? Naturalmente, com os verbos que no do ideia de movimento emprega-se o ONDE. Onde esto os livros? No sei onde te encontrar.

    MAU MAL

    MAU um adjetivo (seu antnimo bom). Escolheu um mau momento. Era um mau aluno.

    MAL pode ser: a) advrbio de modo (antnimo de bem). Ele se comportou mal. Seu argumento est mal estruturado. b) conjuno temporal (equivale a assim que). Mal chegou, saiu. c) substantivo O mal no tem remdio. Ela foi atacada por um mal incurvel.

    CESSO / SESSO / SECO / SEO

    CESSO significa o ato de ceder. Ele faz a cesso dos seus direitos autorais. A cesso do terreno para a construo do estdio agradou a todos os torcedores.

    SESSO o intervalo de tempo que dura uma reunio. Assistimos a uma sesso de cinema. Reuniram-se em sesso extraordinria.

    SECO (ou SEO) significa parte de um todo, subdiviso. Lemos a notcia de seco (ou seo) de esportes. Compramos os presentes na seco (ou seo) de brinquedos.

    H / A

    Na indicao de tempo, emprega-se:

    h para indicar tempo passado (equivale a faz): H dois meses que ele no aparece. Ele chegou da Europa h um ano.

    a para indicar tempo futuro: Daqui a dois meses ele aparecer. Ele voltar daqui a um ano.

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    FORMAS VARIANTES Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer uma delas considerada correta. Eis alguns exemplos:

    aluguel ou aluguer hem? ou hein? alpartaca, alpercata ou alpargata imundice ou imundcia amdala ou amgdala infarto ou enfarte assobiar ou assoviar laje ou lajem assobio ou assovio lantejoula ou lentejoula azala ou azalia nen ou nenen bbado ou bbedo nhambu, inhambu ou nambu bilis ou bile quatorze ou catorze cibra ou cimbra surripiar ou surrupiar carroaria ou carroceria taramela ou tramela chimpanz ou chipanz relampejar, relampear, relampeguear ou relampar debulhar ou desbulhar porcentagem ou percentagem fleugma ou fleuma

    SINAIS DE PONTUAO

    Pontuao o conjunto de sinais grficos que indicam na escrita as pausas da linguagem oral.

    PONTO

    O ponto empregado no geral para indicar o final de uma frase declarativa. Ao trmino de um texto, o ponto conhecido como final. Nos casos comuns ele chamado de simples. Tambm usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cristo), a.C. (antes de Cristo), E.V. (rico Verssimo).

    PONTO DE INTERROGAO

    usado para indicar pergunta direta. Onde est seu irmo? s vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamao. A mim?! que idia!

    PONTO DE EXCLAMAO

    usado depois das interjeies, locues ou frases exclamativas. Cus! Que injustia! Oh! meus amores! Que bela vitria! jovens! lutemos!

    VRGULA

    A vrgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena pausa na fala. Emprega-se vrgula: - nas datas e nos endereos: So Paulo, 17 de setembro de 1989. Largo do Paissandu, 128. - no vocativo e no aposto: Meninos, prestem ateno! Termpilas, o meu amigo, escritor. - nos termos independentes entre si: O cinema, o teatro, a praia e a msica so as suas diverses. - com certas expresses explicativas como: isto , por exemplo ... Neste caso usado o duplo emprego da vrgula: Ontem teve incio a maior festa da minha cidade, isto , a festa da padroeira. - aps alguns adjuntos adverbiais: No dia seguinte, viajamos para o litoral. - com certas conjunes. Neste caso tambm usado o duplo emprego da vrgula: Isso, entretanto, no foi suficiente para agradar o diretor. - aps a primeira parte de um provrbio: O que os olhos no veem, o corao no sente. - em alguns casos de termos oclusos: Eu gostava de ma, de pera e de abacate.

    RETICNCIAS

    - so usadas para indicar suspenso ou interrupo do pensamento: No me disseste que era teu pai que... - para realar a palavra ou expresso: Hoje em dia, mulher casa com po e passa fome... - para indicar ironia, malcia ou qualquer outro sentimento: Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu tambm...

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    PONTO E VRGULA

    -separar oraes coordenadas de certa extenso ou que mantm alguma simetria entre si: Depois, Iracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada. - para separar oraes coordenadas j marcadas por vrgula ou no seu interior: Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista, porm, mais calmo, resolveu o problema sozinho.

    DOIS PONTOS

    - enunciar a fala dos personagens: Ele retrucou: No vs por onde pisas? - para indicar uma citao alheia: Ouvia-se, no meio da confuso, a voz central de informaes: passageiros do voo das nove queiram dirigir-se ao porto de embarque. - para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expresso anterior: Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente. - enumerao aps os apostos: Como trs tipos de alimento: vegetais, carnes e amido.

    TRAVESSO

    Marca, nos dilogos, a mudana de interlocutor, ou serve para isolar palavras ou frases: - Quais so os smbolos da ptria? - Que ptria? - Da nossa ptria, ora bolas! (P. M. Campos). - Mesmo com o tempo revoltoso chovia, parava, chovia, parava outra vez. - A claridade devia ser suficiente pra mulher ter avistado mais alguma coisa. (M. Palmrio).

    Usa-se para separar oraes do tipo: - Avante!- gritou o general. - A Lua foi alcanada, afinal cantava o poeta.

    Usa-se tambm para ligar palavras ou grupo de palavras que formam uma cadeia de frase: - A estrada de ferro Santos-Jundia. - A ponte Rio Niteri. - a linha area So Paulo Porto Alegre.

    ASPAS

    So usadas para: - indicar citaes textuais de outra autoria: A bomba no tem endereo certo. (G. Meireles) - para indicar palavras ou expresses alheias ao idioma em que se expressa o autor: estrangeirismo, grias, arcaismo, formas populares: H quem goste de jazz-band. No achei nada legal aquela aula de ingls. - para enfatizar palavras ou expresses: Apesar de todo esforo, achei-a irreconhecvel naquela noite. - ttulos de obras literrias ou artsticas, jornais, revistas, etc: Fogo Morto uma obra prima do regionalismo brasileiro. - em casos de ironia: A inteligncia dela me sensibiliza profundamente. Veja como ele educado cuspiu no cho.

    PARNTESES

    Empregamos os parnteses: - nas indicaes bibliogrficas: Sede assim qualquer coisa. Serena, isenta, fiel. (Meireles, Ceclia, Flor de Poemas). - nas indicaes cnicas dos textos teatrais: Mos ao alto! (Joo automaticamente levanta as mos, com os olhos fora das rbitas. Amlia se volta). (G. Figueiredo) - quando se intercala num texto uma ideia ou indicao acessria: e a jovem (ela tem dezenove anos) e a jovem no poderia mord-lo, morrendo de fome. (C. Lispector) - para isolar oraes intercaladas: Estou certo de que eu (se lhe ponho Minha mo na testa alada) Sou eu para ela. (M. Bandeira)

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    COLCHETES [ ] Os colchetes so muito empregados na linguagem cientfica.

    ASTERISCO O asterisco muito empregado para chamar a ateno do leitor para alguma nota (observao).

    BARRA A barra muito empregada nas abreviaes das datas e em algumas abreviaturas.

    MORFOLOGIA ESTRUTURA DAS PALAVRAS

    As palavras, em Lngua Portuguesa, podem ser decompostas em vrios elementos mrficos ou elementos de estrutura das palavras. Exs.: cinzeiro = cinza + eiro endoidecer = en + doido+ ecer predizer = pre + dizer

    Os principais elementos mdicos so:

    RADICAL

    o elemento mrfico em que est a ideia principal da palavra. Exs.: amarelecer = amarelo + ecer enterrar = em + terra + ar pronome = pro + nome

    PREFIXO

    o elemento mrfico que vem antes do radical. Exs.: anti heri In - feliz

    SUFIXO

    o elemento mdico que vem depois do radical. Exs.: med - onho cear ense

    FORMAO DAS PALAVRAS

    A Lngua Portuguesa, como qualquer lngua viva, est sempre criando novas palavras. Para criar suas novas palavras, a lngua recorre a vrios meios chamados processos de formao de palavras.

    Os principais processos de formao de palavras so:

    DERIVAO a formao de uma nova palavra mediante o acrscimo de elementos palavra j existente.

    a) Por sufixao: Acrscimo de um sufixo. Exs.: dent-ista, bel-ssimo.

    b) Por prefixao: Acrscimo de um prefixo. Exs.: ab-jurar, ex-diretor.

    c) Por parassntese: Acrscimo de um prefixo e um sufixo. Exs.: en-fur-ecer, en-tard-ecer.

    d) Derivao imprpria: Mudana das classes gramaticais das palavras. Exs.: andar (verbo) o andar (substantivo) contra (preposio) o contra (substantivo) fantasma (substantivo) o homem fantasma (adjetivo) oliveira (substantivo comum) Maria de Oliveira (substantivo prprio)

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    COMPOSIO

    a formao de uma nova palavra, unindo-se palavras que j existem na lngua:

    a) Por justaposio: Nenhuma das palavras formadoras perde letra. Exs.: passatempo (= passa + tempo); tenente-coronel (= tenente + coronel).

    b) Por aglutinao: Pelo menos uma das palavras perde a letra. Exs.: fidalgo (=fi(lho) + d(e) + algo); embora (= em + boa + hora).

    HIBRIDISMO

    a criao de uma nova palavra mediante a unio de palavras de origens diferentes. Exs.: abreugrafia (portugus e grego), televiso (grego e latim), zincografia (alemo e grego).

    MORFOLOGIA CLASSES DE PALAVRAS

    Na Lngua Portuguesa existem dez classes de palavras ou classes gramaticais: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advrbio, preposio, conjuno, interjeio.

    SUBSTANTIVOS

    Substantivo a palavra varivel em gnero, nmero e grau, que d nome aos seres em geral.

    So, portanto, substantivos:

    a) os nomes das coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra, Valria, Talita, Humberto, Paris, Roma, descalvado.

    b) os nomes de aes, estados ou qualidades, tomados por seres: trabalho, corrida, tristeza, beleza, altura.

    CLASSIFICAO DOS SUBSTANTIVOS

    a) COMUM quando designa genericamente qualquer elemento da espcie: rio, cidade, pas, menino, aluno.

    b) PRPRIO quando designa especificamente um determinado elemento. Os substantivos prprios so sempre grafados com inicial maiscula: Tocantins, Porto Alegre. Brasil, Martini, Nair.

    c) CONCRETO quando designa seres de existncia real ou no propriamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. Verifique que sempre possvel visualizar em nossa mente o substantivo concreto, mesmo que ele no possua existncia real: casa, cadeira, caneta, fada, bruxa, saci.

    d) ABSTRATO quando designa as coisas que no existem por si, isto , s existem em nossa conscincia, como fruto de uma abstrao, sendo, pois, impossvel visualiz-lo como um ser. Os substantivos abstratos vo, portanto, designar aes, estados ou qualidades, tomados como seres: trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza.

    Os substantivos abstratos, via de regra, so derivados de verbos ou adjetivos. trabalhar trabalho correr corrida alto altura belo beleza

    FORMAO DOS SUBSTANTIVOS

    a) PRIMITIVO quando no provm de outra palavra existente na lngua portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal. b) DERIVADO quando provm de outra palavra da lngua portuguesa: florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro. c) SIMPLES quando formado por um s radical: gua, p, couve, dio, tempo, sol. d) COMPOSTO quando formado por mais de um radical: gua-de-colnia, p-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito-girassol.

    COLETIVOS Coletivo o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo de seres da mesma espcie.

    Veja alguns coletivos que merecem destaque:

    Alavo de ovelhas leiteiras; Alcateia de lobos; lbum de fotografias, de selos; Antologia de trechos literrios escolhidos;

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    Armada de navios de guerra; Armento de gado grande (bfalo, elefantes, etc.); Arquiplago de ilhas; Assembleia de parlamentares, de membros de associaes; Atilho de espigas de milho; Atlas de ilhas; Banca de examinadores; Bandeira de garimpeiros, de exploradores de minrios; Bando de aves, de pessoal em geral; Cabido de cnegos; Cacho de uvas, de bananas; Cfila de camelos; Cambada de ladres, de caranguejos, de chaves; Cancioneiro de poemas, de canes; Caravana de viajantes; Cardume de peixes; Clero de sacerdotes; Colmeia de abelhas; Concilio bispos; Conclave de cardeais em reunio para eleger o papa; Congregao de professores, de religiosos; Congresso de parlamentares, de cientistas; Conselho de ministros; Consistrio de cardeais sob a presidncia do papa; Constelao de estrelas; Corja de vadios; Elenco de artistas; Enxame de abelhas; Enxoval de roupas; Esquadra de navios de guerra; Esquadrilha de avies; Falange de soldados, de anjos; Farndola de maltrapilhos; Fato de cabras; Fauna de animais de uma regio; Feixe de lenha, de raios luminosos; Flora de vegetais de uma regio; Frota de navios mercantes, de txis, de nibus; Girndola de fogos de artifcios; Horta de invasores, de selvagens, de brbaros; Junta de bois, mdicos, de examinadores; Jri de jurados; Legio de anjos, de soldados, de demnios; Malta de desordeiros; Manada de bois, de elefantes; Matilha de ces de caa; Ninhada de pintos; Nuvem de gafanhotos, de fumaa; Panapan de borboletas; Peloto de soldados; Penca de bananas, de chaves; Pinacoteca de pinturas; Plantel de animais de raa, de atletas; Quadrilha de ladres, de bandidos; Ramalhete de flores; Rstia de alhos, de cebola; Rcua de animais de carga; Romanceiro de poesias populares; Resma de papel; Revoada de pssaros; Scia de pessoas desonestas; Vara de porcos; Vocabulrio de palavras.

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    FLEXO DOS SUBSTANTIVOS

    Como j assinalamos, os substantivos variam de gnero, nmero e grau.

    GNERO

    Em Portugus, o substantivo pode ser do gnero masculino ou feminino: o lpis, o caderno, a borracha, a caneta.

    Podemos classificar os substantivos em:

    a) SUBSTANTIVOS BIFORMES: so os que apresentam duas formas uma para o masculino, outra para o feminino. aluno/aluna homem/mulher menino/menina carneiro/ovelha

    Quando a mudana de gnero no marcada pela desinncia mas pela alterao do radical, o substantivo denomina-se heternimo. pai/me padrinho/madrinha bode/cabra cavaleiro/amazona

    b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: so os que apresentam uma nica forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se em:

    1. Substantivos epicenos, so substantivos uniformes que designam animais: ona, jacar, tigre, borboleta, foca. Caso se queira fazer a distino entre o masculino e o feminino, devemos acrescentar as palavras macho ou fmea: ona macho, jacar fmea.

    2. Substantivos comuns de dois gneros: so substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferena de gnero feita pelo artigo, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estudante, a estudante, este dentista.

    3. Substantivos sobrecomuns: so substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferena de gnero no especificada por artigos ou outros determinantes, que sero invariveis: a criana, o cnjuge, a pessoa, a criatura. Caso queira especificar o gnero, procede-se assim: Uma criana do sexo masculino. O conjuge do sexo feminino.

    Alguns substantivos que apresentam problema quanto ao gnero:

    So masculinos: O antema, o telefonema, o teorema, o trema, o edema, o eclipse, o lana-perfume, o fibroma, o estratagema, o proclama, o grama (unidade de peso), o d (pena, compaixo), o gape, o caudal, o champanha, o alvar, o formicida, o guaran, o plasma, o cl.

    So femininos: A abuso, a aluvio, a anlise, a cal, a cataplasma, a dinamite, a comicho, a aguardente, a derme, a omoplata, a usucapio, a bacanal, a libido, a sentinela. A hlice.

    Mudana de Gnero com Mudana de Sentido

    Alguns substantivos, quando mudam de gnero, mudam de sentido. Veja alguns exemplos: O cabea (o chefe, o lder) a cabea (parte do corpo) O capital (dinheiro, bens) a capital (cidade principal) O rdio (aparelho receptor) a rdio (estao transmissora) O moral (nimo) a moral (parte da Filosofia, concluso) O lotao (veculo) a lotao (capacidade) O lente (o professor) a lente (vidro de aumento)

    PLURAL DOS NOMES SIMPLES

    1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se o S: casa casas; pai pais; im ims; me mes.

    2. Os substantivos terminados em O formam o plural em: a) ES (a maioria deles e todos os aumentativos): balco, balces, corao, coraes, grandalho, grandalhes. b) ES (um pequeno nmero): co, ces, capito, capites, guardio, guardies. c) OS (todos os paroxtonos e um pequeno nmero de oxtonos): cristo, cristos, irmo, irmos, rfo, rfos, sto, stos.

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    Muitos substantivos com esta terminao apresentam mais de uma forma de plural: aldeo ou aldees; charlato charlates ou charlates; ermito, ermitos ou ermites; tabelio, tabelies e tabelies, etc.

    3. Os substantivos terminado em M mudam o M para NS: armazm, armazns, harm, harns, jejum, jejuns.

    4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar, lares, xadrez, xadrezes, abdmen, abdomens (ou abdmenes), hfen, hfens (ou hfenes). Obs: carter, caracteres; lcifer, lciferes; cnon, cnones.

    5. Os substantivos terminados em al, el, ol e ul trocam o l por is animal, animais; papel, papis; anzol, anzis; paul, pais. Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cnsul, cnsules.

    6. Os substantivos paroxtonos terminados em il fazem o plural em eis: fssil, fsseis; rptil, rpteis. Os substantivos oxtonos terminados em il mudam o il para s: barril, barris; fuzil, fuzis; projetil, projetis.

    7. Os substantivos terminados em s so invariveis, quando paroxtonos: o pires, os pires; o lpis, os lpis. Quando oxtonos ou monosslabos tnicos, junta-se-lhes ES retira-se o acento grfico: portugus, portugueses; burgus, burgueses; ms, meses; s, ases. So invariveis: o cais, os cais; o xis, os xis. So invariveis tambm, os substantivos terminados em x com valor de /ks/: o trax, os trax; o nix, os nix.

    8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o substantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porm, o S do substantivo primitivo: corao, coraezinhos; papelzinho, papeizinhos; cozinho, cezitos.

    Substantivos s usados no plural: Afazeres, arredores, cs, confins, frias, npcias, olheiras, viveres, anais, belas-artes, condolncias, exquias, fezes, culos, psames, copas, espadas, ouros e paus (naipes).

    PLURAL DOS NOMES COMPOSTOS

    1. Somente o ltimo elemento varia:

    a) Nos compostos grafados sem hfen: aguardente, aguardentes, claraboia, claraboias, malmequer, malmequeres, vaivm, vaivns. b) Nos compostos com os prefixos gro, gr e bel: gro-mestre, gro-mestres, gr-cruz, gr-cruzes, bel-prazer, bel-prazeres. c) Nos compostos de verbo ou palavra invarivel seguida de substantivo ou adjetivo: beija-flor, beija-flores, quebra-sol, quebra-sois, guarda-comida, guarda-comidas, vice-reitor, vice-reitores,, sempre-viva, sempre-vivas, nos compostos de palavras repetidas mela-mela, mela-melas, reco-reco, reco-recos, tique-tique, tique-tiquesa.

    2. Somente o primeiro elemento flexionado:

    a) Nos compostos ligados por preposio: copo-de-leite, copos-de-leite; pinho-de-riga, pinhos-de-riga; p-de-meia, ps-de-meia; burro-sem-rabo, burros-sem-rabo. b) Nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalidade ou limitando a significao do primeiro: pombo-correio, pombos-correio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espadas; banana-maa, bananas-maas. A tendncia moderna a de pluralizar os dois elementos, pombos-correios, homens-r, navios-escolas, etc.

    3. Ambos os elementos so flexionados:

    a) Nos compostos de substantivo + substantivo: couve-flor, couves-flores, redator-chefe, redatores-chefes, carta-compromisso, cartas-compromissos. b) Nos compostos substantivo + adjetivo (ou vice-versa): amor-perfeito, amores-perfeitos; gentil-homem, gentis-homens; cara-plida, caras-plidas.

    So invariveis:

    a) Os compostos de verbo + advrbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pisa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo. b) As expresses substantivos: o chove-no-molha, os chove-no-molha; o no-bebe-nem-desocupa-o-copo, os no-bebe-nem-desocupa-o-copo. c) Os compostos de verbos antnimos o leva-e-traz, os leva-e traz, o perde-ganha, os perde-ganha.

    ADJETIVOS COMPOSTOS

    Nos adjetivos compostos, apenas o ltimo elemento se flexiona. histrico geogrfico, histrico-geogrficos latino-americanos, latino-americanas cvico-militar, cvico-militares

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    Obs.:

    1. Os adjetivos composto referentes as cores so invariveis, quando o segundo elemento um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos amarelo-ouro, paredes azul-piscina. 2. No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: surdos-mudos, surdas-mudas. 3. O composto azul-marinho invarivel: gravatas azul-marinho.

    GRAUS DO SUBSTANTIVO

    Dois so os graus do substantivo o aumentativo e o diminutivo, os quais podem ser: sinttico ou analtico.

    ANALTICO Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuio do tamanho: boca pequena, prdio imenso, livro grande.

    SINTTICO Constri-se com o auxlio de sufixos nominais aqui apresentados.

    Principais Sufixos Aumentativos

    AA; AO; ALHO; ANZIL; O; REU; ARRA; ARRO; ASTRO; ZIO; ORRA; AZ; UA. A barcaa, ricao, grandalho, corpanzil, cadeiro, povaru, bocarra, homenzarro, poetastro, copzio, cabeorra, lobaz, dentua.

    Principais Sufixos Diminutivos

    ACHO; CHULO; EBRE; ECO; EJO; ELA; ETE; ETO; ICO; TIM; ZINHO; ISCO; ITO; OLA; OTE; UCHO; ULO; NCULO; ULA; USCO. Lobacho, montculo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flautim, pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, glbulo, homncula, apicula, velhusco.

    Observaes:

    1. Alguns aumentativos e diminutivos em determinados contextos, adquirem valor pejorativo: medicastro, petrasto, velhusco, mulherzinha, etc. Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaru, fogaru, etc. 2. usual o emprego dos sufixos diminutivos dando s palavras valor afetivo: Joozinho, amorzinho, etc. 3. H casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo meramente formal, pois no do a palavra nenhum daqueles dois sentidos: cartaz, ferro, papelo, carto, folhinha, etc. 4. Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e diminutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, bonzinho, pequenito.

    Apresentam alguns substantivos heternimos ou desconexos. Em lugar de indicarem o gnero pela flexo ou pelo artigo, apresentam radicais diferentes para designar o sexo:

    Bode-cabra, burro-besta, carneiro-ovelha, co-cadela, cavalheiro-dama, compadre-confreira, frade-freira, frei-soror, genro-nora, padre-madre, padrasto-madrasta, padrinho-madrinha, pai-me, veado-cerva, zango-abelha, etc.

    SIGNIFICAO DAS PALAVRAS (SEMNTICA)

    Quanto significao, as palavras podem ser:

    1. Sinnimas quando apresentam sentidos semelhantes: falecer e morrer, belo e bonito, longe e distante, etc.

    2. Antnimas quando tm significao oposta: triste e alegre, bondade e maldade, riqueza e pobreza.

    3. Homnimas quando so escritas ou pronunciadas de modo idntico mas so diferentes quanto ao significado. Os homnimos podem ser: a) perfeitos quando possuem a mesma grafia (homgrafos) e a mesma pronncia (homfonos): cura (padre) cura (do v. curar) vero (estao) vero (verbo ver) so (sadio) so (verbo ser)

    b) Imperfeitos quando tm a mesma grafia mas pronncia diferente (homgrafos) ou a mesma pronncia mas grafia diferente (homfonos). Exemplos: selo (substantivo) selo (verbo) ele (pronome) ele (letra)

    4. Parnimas quando se assemelham na forma mas tm significados diferentes. Exemplos: Descriminar (inocentar) discriminar (distinguir) Discente (relativo a alunos) docente (relativo a professores)

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    DENOTAO E CONOTAO

    A denotao a propriedade que possui a palavra de limitar-se a seu prprio conceito, de trazer apenas o seu significado primitivo, original.

    A conotao a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se no seu campo semntico, dentro de um contexto, podendo causar vrias interpretaes.

    Observe os exemplos:

    Denotao As estrelas do cu. Vesti-me de verde. O fogo do isqueiro.

    Conotao As estrelas do cinema. O jardim vestiu-se de flores. O fogo da paixo.

    SENTIDO PRPRIO E SENTIDO FIGURADO

    As palavras podem ser empregadas no sentido prprio ou no sentido figurado. Constru um muro de pedra sentido prprio. Mara tem um corao de pedra sentido figurado. A gua pingava lentamente sentido figurado.

    ADJETIVOS

    FLEXO DOS ADJETIVOS

    GNERO

    Quanto ao gnero, o adjetivo pode ser: a) Uniforme: quando apresenta uma nica forma para dois gneros: Homem inteligente / mulher inteligente. Homem simples / mulher simples Aluno feliz / aluna feliz b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, outra para o feminino: Homem simptico / mulher simptica Homem alto / mulher alta Aluno estudioso / mulher estudiosa

    Observao: no que se refere ao gnero, a flexo dos adjetivos semelhante a dos substantivos.

    NMERO

    a) Adjetivos simples Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os substantivos simples: Pessoa honesta pessoas desonestas Regra fcil regras fceis Homem feliz homens felizes

    Observao: Os substantivos empregados como adjetivos ficam variveis: Blusa vinho blusas vinho Camisa rosa camisas rosa

    b) Adjetivo composto Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o ltimo elemento varia, tanto em gnero quanto em nmero: Acordos scio-poltico-econmico acordos scio-poltico-econmicos Causa scio-poltico-econmica causas scio-poltico-econmicas Acordo luso-franco-brasileiro acordos luso-franco-brasileiros Lente cncavo-convexa lentes cncavo-convexas Camisa verde-clara camisas verde-claras Sapato marrom-escuro sapatos marrom-escuros

    Observaes: 1. Se o ltimo elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invarivel: Camisa verde-abacate camisas verde-abacate Sapato marrom-caf sapatos marrom-caf

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    Blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro

    2. Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariveis: Blusa azul-marinho blusas azul-marinho Camisa azul-celeste camisas azul-celeste

    3. No adjetivo composto (como j vimos) surdo-mudo, ambos os elementos variam: Menino surdo-mudo meninos surdos-mudos Menina surda-muda meninas surdas-mudas

    Graus dos Adjetivos

    As variaes de intensidade significativa dos adjetivos podem ser expressas em dois graus: - o comparativo - o superlativo

    Comparativo

    Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma outra qualidade que o prprio ser possui, podemos concluir que ela igual, superior ou inferior. Da os trs tipos de comparativo:

    - Comparativo de igualdade: O espelho to valioso como (ou quanto) o vitral. Pedro to saudvel como (ou quanto) inteligente.

    -Comparativo de superioridade: O ao mais resistente que (ou do que) o ferro. Este automvel mais confortvel que (ou do que) econmico.

    -Comparativo de inferioridade: A prata menos valiosa que (ou do que) o ouro. Este automvel menos econmico que (ou do que) confortvel.

    Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de intensidade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo:

    - Superlativo absoluto Neste caso no comparamos a qualidade com a de outro ser: Esta cidade poluidissima. Esta cidade muito poluida.

    - Superlativo relativo Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a a outros seres: Este rio o mais poluido de todos. Este rio o menos poluido de todos.

    Observe que o superlativo absoluto pode ser sinttico ou analtico:

    - Analtico: expresso com o auxlio de um advrbio de intensidade. Muito trabalhador; excessivamente frgil, etc.

    - Sinttico: expresso por uma s palavra (adjetivo + sufixo): antiqussimo, cristianssimo, sapientssimo, etc.

    Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno possuem, para o comparativo e o superlativo, as seguintes formas especiais:

    NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO(absoluto,relativo)

    Bom melhor timo, melhor Mau pior pssimo, pior Grande maior mximo, maior Pequeno menor mnimo, menor

    Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintticos:

    acre-acrrimo agradvel agradabilssimo amargo amarssimo spero - asprrimo audaz audacssimo benvolo benevolentssimo

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    clebre celebrrimo cruel crudelssimo eficaz eficacssimo fiel fidelssimo frio frigidssimo incrvel incredibilssimo integro integrrimo livre librrimo magro magrrimo mando mansuetssimo negro nigrrimo (negrssimo) pessoal personalssimo possvel possibilssimo prspero prosprrimo pblico publicissimo sbio sapientssimo salubre salubrrimo simples simplicssimo terrvel terribilssimo velho vetrrimo voraz voracssimo gil aglimo agudo acutssimo amvel amabilssimo antigo antigussimo atroz atrocssimo benfico beneficentssimo capaz capacssimo cristo cristianssimo doce dulcssimo feroz ferocssimo frgil fraglimo humilde humlimo ( humildssimo) inimigo inimicssimo jovem juvenssimo magnfico magnificentssimo malfico maleficentssimo mido minutssimo nobre nobilssimo pobre pauprrimo (pobrssimo) preguioso pigrrimo provvel probabilssimo pudico pudicssimo sagrado sacratssimo sensvel sensibilssimo tenro tenerssimo ttrico tetrrimo visvel visibilssimo vulnervel vulnerabilssimo

    Adjetivos Gentlicos e Ptrios Arglia argelino Bizncio bizantino Boston bostoniano Bragana bragantino Bucareste bucarestino,ense Cairo cairota Cana cananeu Catalunha catalo Chicago chicaguense Coimbra coimbro, conimbricense Crsega corso Crocia croata Egito egpcio Equador equatoriano Filipinas filipino Florianpolis florianopolitano Fortaleza fortalezense Gabo gabons Genebra genebrino Goinia goianense

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    Groelndia groenlands Guin guinu, guieenense Himalaia himalaico Hungria hngaro, magiar Iraque iraquiano Bagd bagdali Bogot bogotano Braga bracarense Braslia brasiliense Buenos Aires portenho, buenairense Campos campista Caracas caraquenho Ceilo cingals Chipre cipriota Crdova cordovs Creta cretense Cuiab cuiabano El Salvador salvadorenho Esprito Santo esprito-santense, capixaba vora eborense Finlndia finlands Formosa formosano Foz do Iguau iguauense Galiza Galego Gibraltar gibraltarino Granada granadino Guatemala guatemalteco Haiti haitiano Honduras hondurenho Ilhus ilheense Jerusalm hierosolimita Joo Pessoa pessoense La Paz pacense, pacenho Macap macapaense Macei maceioense Madri madrileno Maraj marajoara Moambique moambicano Montevidu montevideano Normandia normando Pequim pequins Porto portuense Quito quitenho Santiago santiaguense So Paulo (est.) paulista So Paulo (cid.) paulistano Terra do Fogo fueguino Trs Coraes tricordiano Tripoli tripolitano Veneza veneziano Juiz de Fora juiz-forense Lima limenho Macau macaense Madagascar malgaxe Manaus manauense Minho minhoto Mnaco monegasco Natal natalense Nova Iguau iguauano Pisa Pisano Povoa do Varzim poveiro Rio de Janeiro (etd.) fluminense Rio de Janeiro (cid.) carioca Rio Grande do Norte potiguar Salvador salvadorenho Toledo toledano Rio Grande do Sul gacho Varsvia varsoviano Vitria vitoriense

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    Locues Adjetivas

    As expresses de valor adjetivo, formadas de preposies mais substantivos chamam-se LOCUES ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem ser substitudas por adjetivos correspondente.

    CONCORDNCIA ENTRE ADJETIVO E O SUBSTANTIVO

    - O adjetivo concorda com o substantivo em gnero e nmero. -aluno estudioso; aluna estudiosa -alunos estudiosos, alunas estudiosas.

    - O adjetivo vai normalmente para o plural, quando se refere a mais de um substantivo, porm, vai para o masculino plural se os substantivos forem de gneros diferentes. - Face e boca lindas - Rosto e cabelos macios. - Mos e nariz compridos - Dedo e unha limpos.

    - O adjetivo pode concordar em gnero e nmero com o substantivo mais prximo, quando os substantivos so sinnimos, ou mesmo quando um adjetivo os precede. - Progresso e marcha humana. - Como fizeste mau servio e tarefa!

    - O adjetivo concorda com o mais prximo, quando se refere a vrios substantivos no plural. - Mos e narizes compridos. - Dedos e unhas limpas. - Amores e iluses fantsticas. - O substantivo permanece no plural, quando vem acompanhado de dois ao mais adjetivos no singular, exprimido em partes. - O velho e o novo Testamentos. - Os acordos brasileiro e americano.

    CONCORDNCIA ENTRE O VERBO E O SUBSTANTIVO

    O verbo concorda com o sujeito em nmero e pessoa. - Eu amo. - Ns trabalhamos. - Pedro tem uma linda casa.

    O sujeito composto leva o verbo para o plural - Paulo e Maria foram praia - Renata e Josefina estudam bastante para passar no concurso.

    PRONOMES

    Pronome a palavra varivel em gnero, nmero e pessoa que representa ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa no discurso. Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome substantivo. Ele chegou. (ele) Convidei-o (o) Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a extenso de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo. Esta casa antiga. (esta) Meu livro antigo. (meu)

    Classificao dos Pronomes

    H, em Portugus, seis espcies de pronomes: -pessoais: eu, tu, ele/ela, ns, voz, eles/elas e as formas obliquas de tratamento: -possessivos: meu, teu seu, nosso, vosso, seu e flexes: Demonstrativos: este, esse, aquele e flexes; isto, isso, aquilo. -relativos: o qual, cujo, quando e flexes; que, quem, onde: -indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vrios tanto quanto, qualquer e flexes; algum, ningum, tudo, outrem, nada, cada, algo: -interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases interrogativas.

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    Pronomes Pessoais

    Pronomes pessoais so aqueles que representam as pessoas do discurso:

    1 pessoa: quem fala, o emissor. Eu sai (eu) Ns samos (ns) Convidaram-me (me) Convidaram-nos (ns)

    2 pessoa: com quem se fala, o receptor. Tu saste (tu) Vs saste (vs) Convidaram-te (te) Convidaram-vos (vs)

    3 pessoa: de que ou de quem se fala, o referente. Ele saiu (ele) Eles sairam (eles) Convidei-o (o) Convidei-os (os)

    Os pronomes pessoais so os seguintes:

    NMERO PESSOA CASO RETO

    CASO OBLQUO

    Singular 1 2 3

    Eu Tu Ele, ela

    me, mim, comigo te, ti, contigo se, si, consigo, o, a, lhe

    Plural 1 2 3

    Ns Vs Eles, elas

    nos convosco vos, convosco se, si, consigo, os, as, lhes

    PRONOMES DE TRATAMENTO

    Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento. Referem-se pessoa a quem se fala, embora a concordncia deve ser feita com a terceira pessoa. Convm notar que, a exceo feita a voc, esses pronomes so empregados no tratamento cerimonioso.

    Veja a seguir alguns desses pronomes.

    PRONOME ABREVIATURA EMPREGO

    Vossa Alteza V.A. prncipes, duques Vossa Eminncia V. Em Cardeais Vossa Excelncia V. Ex Altas autoridades em geral Vossa Magnificncia V. Mag Reitores de universidades Vossa Reverendssima V. Revm Sacerdotes em geral Vossa Santidade V.S. Papas Vossa Senhoria V.S Funcionrios graduados Vossa Majestade V.M. Reis, imperadores

    So tambm pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, voc, vocs.

    Emprego dos Pronomes Pessoais

    1. Os pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele/ela, ns, vs, eles/elas) devem ser empregados na funo sinttica de sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento. Convidaram ele para a festa. (errado) Receberam ns com ateno. (errado) Eu cheguei atrasado. (certo) Ele compareceu festa. (certo)

    2. Na funo de complemento, usam-se os pronomes oblquos e no os pronomes retos. Convidei ele. (errado) Chamaram ns. (errado) Convidei-o. (certo) Chamaram-nos. (certo)

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    3. Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando antecipados de preposio, passam a funcionar como oblquos. Neste caso, considera-se correto seu emprego como complemento. Informaram a ele os reais motivos. Emprestaram a ns os livros. Eles gostam muito de ns.

    4. As formas eu e tu s podem funcionar como sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento. Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado) Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo)

    Como regra prtica, podemos propor o seguinte: quando precedidas de preposio no se usam as formas retas eu e tu, mas as formas oblquas mim e ti: Ningum ir sem eu. (errado) Nunca houve discusses entre eu e tu. (errado) Ningum ir sem mim. (certo) Nunca houve discusses entre mim e ti. (certo)

    H, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas eu e tu mesmo precedidas por preposio: quando essas formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo. Deram o livro para EU ler. (ler: sujeito) Deram o livro para TU leres. (leres: sujeito)

    Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas eu e tu obrigatrio, na medida em que tais pronomes excercem a funo sinttica de sujeito.

    5. Os pronomes oblquos se, si, consigo devem ser empregados somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construo em que os referidos pronomes no sejam reflexivos: Querida, gosto muito de si. (errado) Preciso muito falar consigo. (errado) Querida, gosto muito de voc. (certo) Preciso muito falar com voc. (certo)

    Observe que nos exemplos que seguem no h erro algum, pois os pronomes se, si, consigo foram empregados como reflexivos: Ele feriu-se. Cada um faa por si mesmo a redao. O professor trouxe as provas consigo.

    6. Os pronomes oblquos conosco e convosco so utilizados normalmente em sua forma sinttica. Caso haja palavra de reforo, tais pronomes devem ser substitudos pela forma analtica: Queria falar conosco = Queriam falar com ns dois. Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vs prprios.

    7. Os pronomes oblquos podem aparecer combinados entre si. As combinaes possveis so as seguintes:

    Me + o = mo, me + os = mos Te + o = to, te + os = tos Lhe + o = lho, lhe + os = lhos Nos + o = no-lo, nos + os = no-los Vos + o = vo-lo, vos + os = vo-los Lhes + o = lho, lhes + os = lhos

    A combinao tambm possvel com os pronomes oblquos femininos a, as.

    Me+a=ma, me+as=ma Te+a=ta, te+as=ta

    - Voc pagou o livro ao livreiro? - Sim, paguei-lho.

    Verifique que a forma combinada LHO resulta da fuso de LHE (que representa o livreiro) com O (que representa o livro).

    8. As formas oblquas O, AS, OS, AS so sempre empregadas como complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas LHE, LHES so empregadas como complemento de verbos transitivos indiretos: O menino convidou-a. (V.T.D.) O filho obedece-lhe. (V.T.I.)

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    Consideram-se erradas construes em que o pronome O (e flexes) aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as construes em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de verbos transitivos diretos: Eu lhe vi ontem. (errado) Nunca o obedeci. (errado) Eu o vi ontem. (certo) Nunca lhe obedeci. (certo)

    9. H pouqussimos casos em que o pronome oblquo pode funcionar como sujeito ocorre com os verbos deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir, ver seguidos de infinitivo: Deixei-o sair. Vi-o chegar. Sofia deixou-se estar janela.

    fcil perceber a funo do sujeito dos pronomes oblquos, desenvolvendo as oraes reduzidas de infinitivo: Deixei-o sair: deixei que ele sasse.

    10. No se considera errada a repetio de pronomes oblquos: A mim, ningum me engana. A ti tocou-te a mquina mercante.

    Nesses casos, a repetio do pronome oblquo no constitui pleonasmo vicioso, e sim nfase.

    11. Muitas vezes os pronomes oblquos equivalem a pronomes possessivo exercendo funo sinttica de adjunto adnominal: Roubaram-me o livro = roubaram meu livro. No escutei-lhe os conselhos = no escutei seus conselhos.

    12. As formas plurais ns e vs podem ser empregadas para representar uma nica pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de modstia: Ns - disse o prefeito procuramos resolver o problema das enchentes. Vs sois minha salvao, meu Deus!

    13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de vossa, quando nos dirigimos pessoa representada pelo pronome, e por sua, quando falamos dessa pessoa: Ao encontrar o governador, pergunto-lhe: - Vossa Excelncia j aprovou os projetos? Sua Excelncia, o governador, dever estar presente na inaugurao.

    14. Voc e os demais pronomes de tratamento (Vossa Majestade, Vossa Alteza); embora se refiram pessoa com quem falamos (2 pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como pronomes de terceira pessoa: Voc trouxe seus documentos? Vossa excelncia no precisa incomodar-se com seus problemas.

    COLOCAO PRONOMINAL

    Em relao ao verbo, os pronomes tonos (me, te, se, lhe, o, a, ns, vs, lhes, os, as) podem ocupar trs posies:

    1. Antes do verbo prclise Eu te observo h dias. 2. Depois do verbo nclise Observo-te h dias. 3. No interior do verbo mesclise Observa-te-ei sempre.

    nclise

    Na linguagem culta, a colocao que pode ser considerada normal a nclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento direto ou indireto. O pai esperava-o na estao agitada. Expliquei-lhe o motivo das frias.

    Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a nclise a colocao recomendada nos seguintes casos:

    1. Quando o verbo iniciar a orao. Voltei-me em seguida para o cu lmpido. 2. Quando o verbo iniciar a orao principal precedida de pausa. Como eu achasse muito breve, explicou-se. 3. Como o imperativo afirmativo.

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    Companheiros, escutai-me. 4. Com o infinitivo impessoal. A menina no entendera que engord-las seria apressar-lhes um destino na mesa. 5. Com o gerndio, no precedido da preposio em. E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo. 6. Com o verbo que inicia a coordenada assindtica. A velha amiga trouxe um leno, pediu-me uma pequena moeda de meio franco.

    Prclise

    Na linguagem culta a prclise recomendada:

    1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos, interrogativos e conjunes. As crianas que me serviram durante anos eram bichos. Tudo me parecia que ia ser comida de avio. Quem lhe ensinou esses modos? Quem os ouvia, no os amou. Que lhes importa a eles a recompensa? Emlia tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.

    2. Nas oraes optativas (que exprimem desejo). Papai do cu o abenoe. A terra lhes seja leve.

    3. Com o gerndio precedido da preposio em: Em se animando, comea a contagiar-nos. Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse.

    4. Com advrbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja pausa entre eles. Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova. Antes, falava-se to-somente na aguardente da terra.

    Mesclise

    Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente e do futuro do pretrito do indicativo, desde que estes verbos no estejam precedidos de palavras que reclamem a prclise. Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris. Dir-se-ia vir do oco da terra. Mas: No me lembrarei de alguns belos dias em Paris. Jamais se diria vir do oco da terra.

    Com essas formas verbais e nclise inadmissvel: Lembrarei-me (!?) Diria-se (!?)

    O Pronome tono nas Locues Verbais

    1. Auxiliar + infinitivo ou gerndio no pronome pode vir procltico ou encltico ao auxiliar, ou depois do verbo principal. Podemos contar-lhe o ocorrido. Podemos-lhe contar o ocorrido. No lhes podemos contar o ocorrido. O menino foi-se descontraindo. O menino no se foi descontraindo.

    2. Auxiliar + particpio passado o pronome deve vir encltico ou procltico ao auxiliar, mas nunca encltico ao particpio. Outro mrito do positivismo em relao a mim foi ter-me levado a Descartes Tenho-me levantado cedo. No me tenho levantado cedo.

    O uso do pronome tono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o auxiliar e o gerndio, j est generalizado, mesmo na linguagem culta. Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, o da colocao do pronome no inicio da orao o que se deve evitar na linguagem escrita.

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    Pronomes Possessivos

    Os pronomes possessivos referem-se s pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

    Quando digo, por exemplo, meu livro, a palavra meu informa que o livro pertence 1 pessoa (eu).

    Eis as formas dos pronomes possessivos.

    1 pessoa singular: meu, minha, meus, minhas. 2 pessoa singular: teu, tua, teus, tuas. 3 pessoa singular: seu, sua, seus, suas.

    1 pessoa plural: nosso, nossa, nossos, nossas. 2 pessoa plural: vosso, vossa, vossos, vossas. 3 pessoa plural: seu, sua, seus, suas.

    Voc bem sabe que eu no sigo a opinio dele. A opinio era de Camilo devia tomar casa deles. Eles batizaram com o nome delas as guas deste rio.

    Os possessivos devem ser usados com critrio. Substitu-los pelos pronomes oblquos comunica frase desenvoltura e elegncia.

    Crispim Soares beijou-lhes as mos agradecido (em vez de: beijou as suas mos). No me respeitava na adolescncia. A repulsa estampava-se-lhe nos msculos da face. O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos.

    Alm da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir:

    1. Clculo aproximado, estimativa: Ele poder ter seus quarenta e cinco anos. 2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se personagem de uma histria. O nosso homem no se deu por vencido. Chama-se Falco o meu homem. 3. O mesmo que os indefinidos: certo, algum. Eu c tenho minhas dvidas. Comlio teve suas honras amargas. 4. Afetividade, cortesia. Como vai, meu menino? No os culpo, minha boa senhora, no os culpo.

    No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de parentes famlia. assim que um moo deve zelar o nome dos seus?

    Podem os possessivos ser modificados por um advrbio de intensidade. Levaria a mo ao colar de prolas, com aquele gesto to seu, quando no sabia o que dizer.

    Pronomes Demonstrativos

    So aqueles que determinam, no tempo ou no espao, a posio da coisa designada em relao pessoa gramatical.

    Quando digo este livro, estou afirmando que o livro se encontra perto de mim a pessoa que fala. Por outro lado, esse livro indica que o livro est longe da pessoa que fala e prximo da que ouve; aquele livro indica que o livro est longe de ambas as pessoas.

    Os pronomes demonstrativos so estes: este (e variaes), isto = 1 pessoa esse (e variaes), isso = 2 pessoa aquele (e variaes), prprio (e variaes) mesmo (e variaes), prprio (e variaes) semelhante (e variao), tal (e variao)

    Emprego dos Demonstrativos

    1. ESTE (e variaes) e ISTO usam-se:

    a) Para indicar o que est prximo ou junto da 1 pessoa (aquela que fala): Este documento que tenho nas mos no meu. Isto que carregamos pesa 5 kg.

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    b) Para indicar o que est em ns ou que nos abrange fisicamente: Este corao no pode me trair. Esta alma no traz pecados. Tudo se fez por este pas.

    c) Para indicar o momento em que falamos: Neste instante estou tranquilo. Deste minuto em diante vou modificar-me.

    d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas prximo do momento em que falamos: Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile. Esta noite (= a noite que passou) no dormi bem. Um dia destes estive em Porto Alegre.

    e) Para indicar que perodo de tempo mais ou menos extenso e no qual se inclui o momento em que falamos: Nesta semana no choveu. Neste ms a inflao foi maior. Este ano ser bom pra ns. Este sculo terminar breve.

    f) Para indicar aquilo de que estamos tratando: Este assunto j foi discutido ontem. Tudo isto que estou dizendo j velho.

    g) Para indicar aquilo que vamos mencionar: S posso lhe dizer isto, nada somos. Os tipos de artigos so estes: definidos e indefinidos.

    2. ESSE (e variaes) e ISSO usam-se:

    a) Para indicar o que est prximo ou junto da 2 pessoa (aquela com quem se fala): Esse documento que tens na mo teu? Isso que carregas pesa 5 kg.

    b) Para indicar o que est na 2 pessoa ou que a abrange fisicamente: Esse teu corao me traiu. Essa alma traz inmeros pecados. Quantos vivem nesse pas?

    c) Para indicar o que se encontra distante de ns, ou aquilo de que desejamos distncia: O povo j no confia nesses polticos. No quero mais pensar nisso.

    d) Para indicar aquilo que j foi mencionado pela 2 pessoa: Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde. O que voc quer dizer com isso?

    e) Para indicar tempo passado, no muito prximo do momento em que falamos: Um dia desses estive em Porto Alegre. Comi naquele restaurante dia desses.

    f) Para indicar aquilo que j mencionamos: Fugir aos problemas? Isso no do meu feito. Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia no est muito distante.

    3. AQUELE (e variaes) e AQUILO usam-se:

    a) Para indicar o que est longe das duas primeiras pessoas e refere-se 3: Aquele documento que l est teu? Aquilo que eles carregam pesa 5 kg.

    b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante: Naquele instante estava preocupado. Daquele instante em diante modifiquei-me. Usamos, ainda, aquela semana, aquele ms, aquele ano, aquele sculo para exprimir o tempo que j decorreu.

    4. Quando se faz referencia a duas pessoas ou coisas j mencionadas, usa-se este (ou variaes) para a ltima pessoa ou coisa e aquele (ou variaes) para a primeira: Ao conversar com Isabel e Lus, notei que este se encontrava nervosa e aquela tranquila.

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    5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos da preposio DE, pospostos a substantivos, usam-se apenas no pluras: Voc teria coragem de proferir um palavro desses, Rose? Com um frio destes no se pode sair de casa. Nunca vi uma coisa daquelas.

    6. Mesmo e prprio variam em gnero e nmero quando tm carter reforativo: Zima mesma (ou prpria) costura seus vestidos. Lus e Lusa mesmos (ou prprios) arrumam suas camas.

    7. O (e variaes) pronome demonstrativo quando equivale a aquilo, isso ou aquele (e variaes): Nem tudo a (aquilo) que reluz ouro. O (aquele) que tem muitos vcios tem muitos mestres. Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames. A sorte mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela no ama os homens superiores.

    8. Nisto, em inicio de frase, significa ento, no mesmo instante: A menina ao cair, nisto o pai a segurou.

    9. Tal pronome demonstrativo quando tomado na acepo de este, isto, esse, isso, aquele, aquilo: Tal era a situao do Pas No disse tal. Tal no pde comparecer.

    Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitudes tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompanha que, formando a expresso que tal? (? Que lhe parece?) em frases como: Que tal minha filha?. Que tais minhas filhas? e quando correlativo de qual ou outro tal: Suas manias eram tais quais as minhas. A me era tal quais as filhas. Os filhos so tais qual o pai. Tal pai, tal filho.

    pronome substantivo em frases como:

    No encontrarei tal (= tal coisa). No creio em tal (= tal coisa).

    Pronomes Relativos

    Veja este exemplo:

    Armando comprou a casa QUE lhe convinha.

    A palavra que representa o nome da casa, relaciona-se com o termo casa um pronome relativo.

    PRONOMES RELATIVOS so palavras que representam nomes j referidos, com os quais esto relacionados. Da denominaram-se relativos. A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente. No exemplo dado o antecedente de que casa. Outros exemplos de pronomes relativos:

    Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos. O lugar onde paramos era deserto. Traga tudo quanto lhe pertence. Leve tantos ingressos quantos puder. Posso saber o motivo por que (ou pelo qual)desistiu do concurso?

    Eis o quadro dos pronomes relativos:

    VARIVEIS INVARIVEIS Masculino Feminino o qual, os quais

    a qual, as quais

    quem

    cujo, cujos

    cuja, cujas que

    quanto, quantos

    quanta, quantas

    onde

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    Observaes:

    1. O pronome relativo QUEM s se aplica a pessoas, tem antecedente, vem sempre antecedido de preposio e equivale a O QUAL. O mdico de quem falo meu conterrneo.

    2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem sempre um substantivo sem artigo. Qual ser o animal cujo nome a autora no quis revelar?

    3. QUANTO(s) e QUANTA(s) so pronomes relativos quando precedidos de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. Tenho tudo quanto quero. Leve tantos quanto precisar. Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou.

    4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a em que. A casa onde (= em que) moro foi de meu av.

    Pronomes Indefinidos

    Estes pronomes se referem 3 pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado.

    1. So pronomes indefinidos substantivos: Algo, algum, fulano, sicrano, beltrano, nada, ningum, outrem, quem, tudo.

    Exemplos: Algo o incomoda? Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve. No faas a outrem o que no queres que te faam. Quem avisa amigo . Encontrei quem me pode ajudar. Ele gosta de quem o elogia.

    2. So pronomes indefinidos adjetivos: Cada, certo, certos, certa, certas.

    Cada povo tem seus costumes. Certas pessoas exercem vrias profisses. Certo dia apareceu em casa um reprter famoso.

    Pronomes Interrogativos

    Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de modo impreciso 3 pessoa do discurso.

    Exemplos: Que h? Que dia hoje? Reagir contra qu? Por que motivo no veio? Quem foi? Qual ser? Quantos vm? Quantas irms tens?

    ARTIGO

    Artigo uma palavra que antepomos aos substantivos para determin-los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gnero e o nmero.

    Dividem-se em:

    Definidos: o, a, os, as. Indefinidos: um, uma, uns, umas.

    Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, paticular. Viajei com o mdico. (Um mdico referido, conhecido, determinado).

    Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral. Viajei com um mdico. (Um mdico no referido, desconhecido, indeterminado).

    Isoladamente, os artigos so palavras de todo vazias sem sentido.

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    NUMERAL

    Numeral a palavra que indica quantidade, ordem, mltiplo ou frao.

    O numeral classifica-se em:

    - cardinal quando indica quantidade. - ordinal quando indica ordem. - multiplicativo quando indica multiplicao. - fracionrio quando indica fracionamento.

    Exemplos:

    Slvia comprou dois livros. Antnio marcou o primeiro gol. Na semana seguinte, o anel custar o dobro do preo. O galinheiro ocupava um quarto do quintal.

    Emprego do Numeral

    Na sucesso de papas, reis, prncipes, anos, sculos, captulos, etc., empregam-se de 1 a 10 os ordinais:

    Joo Paulo II (segundo) ano III (ano terceiro) Luis X (dcimo) ano I (primeiro) Pio IX (nono) Sculo IV (quarto)

    De 11 em diante, empregam-se os cardinais:

    Leo XIII (treze) ano XI (onze) Pio XII (doze) Sculo XVI (dezesseis) Luis XV (quinze) Captulo XX (vinte)

    Se o numeral aparece antes, lido como ordinal:

    XX Salo de Automvel (vigsimo) VI Festival da Cano (sexto) IV Bienal do Livro (quarta) XVI captulo da telenovela (dcimo sexto)

    Quando se trata do primeiro dia do ms, deve-se dar preferncia ao emprego ordinal:

    Hoje primeiro de setembro. No aconselhvel iniciar perodos com algarismos. 16 anos tinha Patrcia = Dezesseis anos tinha Patrcia.

    A ttulo de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos ordinais. Ex. casa vinte e um (= a vigsima primeira casa), pgina trinta e dois (= a trigsima segunda pgina). Os cardinais um e dois no variam nesse caso porque est subentendida a palavra nmero, casa nmero vinte e um, pgina nmero trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever tambm a folhas vinte e um, a folhas trinta e dois. Na linguagem forense, vemos o numeral flexionado: a folhas vinte e uma, a folhas trinta e duas.

    PALAVRAS INVARIVEIS

    ADVRBIO

    Advrbio a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou o prprio advrbio, exprimindo um circunstncia.

    Os advrbios dividem-se em:

    1. LUGAR: aqui, c, l, acol, ali, a, aqum, alm, algures, alhures, nenhures, atrs, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avante, atravs, defronte, aonde, etc.

    2. TEMPO: hoje, amanh, depois, antes, agora, anteontem, sempre, nunca, j, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, ento, amide, breve, brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc.

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    3. MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior, melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc.

    4. INTENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, to, bastante, demasiado, meio, completamente, profundamente, quanto, quo, tanto, bem, mal, quase, apenas, etc.

    5. AFIRMAO: sim, deveras, certamente, realmente, efetivamente, etc.

    6. NEGAO: no.

    7. DVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, qui, decerto, provavelmente, etc.

    H Muitas Locues Adverbiais

    1. DE LUGAR: esquerda, direita, tona, distncia, frente, entrada, sada, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc.

    2. TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, tarde, noite, s ave marias, ao entardecer, de manh, de noite, por ora, por fim, de repente, de vez em quando, de longe em longe, etc.

    3. MODO: vontade, toa, ao lu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferncia, em geral, a cada passo, s avessas, ao invs, s claras, a pique, a olhos vistos, de propsito, de sbito, por um triz, etc.

    4. MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a p, a cavalo, a martelo, a mquina, a tinta, a paulada, a mo, a facadas, a picareta, etc.

    5. AFIRMAO: na verdade, de fato, de certo, etc.

    6. NEGAO: de modo algum, de modo nenhum, em hiptese alguma, etc.

    7. DVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc.

    Advrbios Interrogativos

    Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como?

    Palavras Denotativas

    Certas palavras, por no se poderem enquadrar entre os advrbios, tero classificao parte. So palavras que denotam excluso, incluso, situao, designao, realce, retificao, afetividade, etc.

    1. DE EXCLUSO s, salvo, apenas, seno, etc. 2. DE INCLUSO tambm, at, mesmo, inclusive, etc. 3. DE SITUAO mas, ento, agora, afinal, etc. 4. DE DESIGNAO eis. 5. DE RETIFICAO alis, isto , ou melhor, ou antes, etc. 6. DE REALCE c, l, s, que, ainda, mas, etc.

    Voc l sabe o que est dizendo, homem... Mas que olhos lindos! Veja s que maravilha!

    PREPOSIO

    Preposio so palavras que estabelecem um vnculo entre dois termos de uma orao, o primeiro, um subordinante ou antecedente, e o segundo, um subordinado ou consequente.

    Exemplos: Chegaram a Porto Alegre. Discorda de voc. Fui at a esquina. Casa de Paulo.

    Preposio Essenciais e Acidentais

    As preposies essenciais so: a, ante, aps, at, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre e atrs.

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    Certas palavras ora aparecem como preposies, ora pertencem a outras classes, sendo chamadas, por isso, de preposies acidentais: afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, no obstante, salvo, segundo, seno, tirante, visto, etc.

    CONJUNO

    Conjuno a palavra que une duas ou mais oraes.

    Conjunes Coordenativas

    1. ADITIVAS: e, nem, tambm, mas, etc. 2. ADVERSATIVAS: mas, porm contudo, todavia, entretanto, seno, no entanto, etc. 3. ALTERNATIVAS: ou, ou... ou, ora... ora, j... j, quer... quer, etc. 4. CONCLUSIVAS: logo, pois, portanto, por conseguinte, por consequncia. 5. EXPLICATIVAS: isto , por exemplo, a saber, que, porque, pois, etc.

    Conjunes Subordinativas

    1. CONDICIONADAS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc. 2. CAUSAIS: porque, j que, visto que, que, pois, porquanto, etc. 3. COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais..., que, etc. 4. CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc. 5. CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que, etc. 6. INTEGRANTES: que, se, etc. 7. FINAIS: para que, a fim de que, que, etc. 8. CONSECUTIVAS: tal... qual, to... que, tamanho... que, de sorte que, de forma que, de modo que, etc. 9. PROPORCIONAIS: proporo que, medida que, quanto... tanto mais, etc. 10. TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc.

    INTERJEIO

    Interjeio a palavra que comunica emoo. As interjeies podem ser:

    - alegria: ah! oh! oba! eh! - animao: coragem! avante! eia! - admirao: puxa! ih! oh! nossa! - aplauso: bravo! viva! bis! - desejo: tomara! oxal! - dor: ai! ui! - silncio: psiu! silncio! - suspenso: alto! basta!

    LOCUO INTERJETIVA o conjunto de palavras que tm o mesmo valor de um interjeio. Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam! Meus Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim!

    VERBOS

    CONCEITO

    As palavras em destaque no texto abaixo exprimem aes, situando-as no tempo.

    Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a receita de como mat-las. Que misturasse em partes iguais acar, farinha e gesso. A farinha e o acar atrairiam, o gesso esturricaria dentro delas. Assim fiz. Morreram.

    Essas palavras so verbos. O verbo tambm pode exprimir:

    a) Estado: No sou alegre nem sou triste. Sou poeta.

    b) Mudana de estado: Meu av foi buscar ouro. Mas o ouro virou terra.

    c) Fenmeno: Chove. O cu dorme.

    VERBO a palavra varivel que exprime ao, estado, mudana de estado e fenmeno, situando-se no tempo.

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    FLEXES

    O verbo a classe de palavras que apresenta o maior nmero de flexes na lngua portuguesa. Graas a isso, uma forma verbal pode trazer em si diversas informaes. A forma cantvamos, por exemplo, indica:

    a) a ao de cantar. b) a pessoa gramatical que pratica essa ao (ns). c) o nmero gramatical (plural) d) o tempo em que tal ao ocorreu (pretrito). e) o modo como encarada a ao: um fato realmente acontecido no passado (indicativo). f) que o sujeito pratica a ao.

    Portanto, o verbo flexiona-se em nmero, pessoa, modo, tempo e voz.

    1. NMERO: o verbo admite singular e plural: O menino olhou para o animal com os olhos alegres. (singular) Os meninos olharam para o animal com os olhos alegres. (plural)

    2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo trs pessoas gramaticais:

    1 pessoa, aquela que fala. Pode ser:

    a) do singular corresponde ao pronome pessoal eu. Eu adormeo.

    b) do plural corresponde ao pronome pessoal ns. Ns adormecemos.

    2 pessoa, aquela que ouve. Pode ser:

    a) do singular: corresponde ao pronome pessoal tu. Tu adormeces.

    b) do plural: corresponde ao pronome pessoal vs. Vs adormeceis.

    3 pessoa, aquele de quem se fala. Pode ser:

    a) do singular: corresponde aos pronomes pessoais ele, ela. Ela adormece.

    b) do plural: corresponde aos pronomes pessoais eles, elas. Eles adormecem.

    3. MODO: a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do falante em relao ao fato que comunica. H trs modos em portugus.

    a) indicativo, a atitude do falante de certeza diante do fato. A cachorra Baleia corria na frente.

    b) subjuntivo, a atitude de falante de dvida diante do fato. Talvez a cachorra Baleia corra na frente. c) imperativo, o fato enunciado como uma ordem, um conselho, um pedido. Corra na frente, Baleia.

    4. TEMPO: a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no tempo, em relao ao momento em que se fala. Os trs tempos bsicos so:

    a) presente a ao ocorre no momento em que se fala: Fecho os olhos, agito a cabea.

    b) pretrito (passado): a ao transcorreu num momento anterior quele em que se fala: Fechei os olhos, agitei a cabea.

    c) futuro: a ao poder ocorrer aps o momento em que se fala: Fecharei os olhos, agitarei a cabea.

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    O pretrito e o futuro admitem subdivises, o que no ocorre com o presente.

    H ainda trs formas de que no exprimem exatamente o tempo em que se d o fato expresso. So as formas nominais, que completam o esquema dos tempos simples.

    5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser:

    a) agente do fato expresso: O carroceiro disse um palavro ... (sujeito agente) O verbo est na voz ativa.

    b) paciente do fato expresso: Um palavro foi dito pelo carroceiro. (sujeito paciente) O verbo est na voz passiva.

    c) agente e paciente do fato expresso: O carroceiro machucou-se. (sujeito agente e paciente) O verbo est na voz reflexiva.

    6. FORMAS RIZOTNICAS E ARRIZOTNICAS: d se o nome de rizotnica forma verbal cujo acento tnico est no radical. Falo estudam. D-se o nome de arrizotnica forma verbal cujo acento tnico est fora do radical. Falamos estudarei.

    7. CLASSIFICAO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em:

    a) regulares so aqueles que possuem as desinncias normais de sua conjugao e cuja flexo no provoca alteraes no radical. Canto, cantei, cantarei, cantava, cantasse.

    b) irregulares so aqueles cuja flexo provoca alteraes no radical ou nas desinncias. Fao, fiz, farei, fizesse.

    c) defectivos so aqueles que no apresentam conjugao completa, como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fenmenos naturais, como chover, trovejar, etc.

    d) abundantes so aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, essa caracterstica ocorre no particpio. Matado, morto, enxugado, enxuto.

    e) anmalos so aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugao. Verbo ser: sou fui. Verbo ir: vou ia.

    QUANTO EXISTNCIA OU NO DO SUJEITO

    1. Pessoais: so aqueles que se referem a qualquer sujeito implcito ou explcito. Quase todos os verbos so pessoais. O Nino bateu na porta.

    2. Impessoais: so aqueles que no se referem a qualquer sujeito implcito ou explcito. So utilizados sempre na 3 pessoa. So impessoais:

    a) verbos que indicam fenmenos meteorolgicos: chover, nevar, ventar, etc. Garoava na madrugada roxa.

    b) haver, no sentido de existir, ocorrer, acontecer: Houve um espetculo ontem. H alunos na sala. Havia o cu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos claros.

    c) fazer, indicando tempo decorrido ou fenmeno meteorolgico: Fazia dois anos que eu estava casado. Faz muito frio nesta regio?

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    O VERBO HAVER (empregado impessoalmente)

    O verbo haver impessoal sendo, portanto, usado invariavelmente na 3 pessoa do singular quando significa:

    1. Existir: H pessoas que nos querem bem. Criaturas infalveis nunca houve nem haver. Brigavam toa, sem que houvesse motivos srios. Livros, havia-os de sobra; o que faltava era leitores.

    2. Acontecer, suceder? Houve casos difceis na minha profisso de mdico. No haja desavenas entre vs. Naquele presdio havia frequentes rebelies de presos.

    3. Decorrer, fazer, com referncia ao tempo passado: H meses que no o vejo. Haver nove dias em que ele nos visitou. Havia j duas semanas que Marcos no trabalhava. O fato aconteceu h cerca de oito meses.

    Quando pode ser substitudo por fazia, o verbo haver concorda com pretrito imperfeito, e no no presente: Havia (e no h) meses que a escola estava fechada. Morvamos ali havia (e no h) dois anos. Ela conseguir emprego havia (e no h) pouco tempo. Havia (e no h) muito tempo que a polcia a procurava.

    4. Realizar-se: Houve festas e jogos. Se no chovesse, teria havido outros espetculos. Todas as noites havia ensaios das escolas de samba.

    5. Ser possvel, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e seguido de infinitivo): Em pontos de cincia no h transigir. No h cont-lo, ento, no mpeto. No havia descrer na sinceridade de ambos. Mas olha, Tomsia, que no h fiar nestas afeiezinhas. E no houve convenc-lo do contrrio. No havia por que ficar ali a recriminar-se.

    Como impessoal o verbo haver forma ainda a locuo adverbial de h muito (= desde muito tempo, h muito tempo): De h muito que est rvore no d frutos. De h muito no o vejo. O verbo haver transmite a sua impessoalidade aos verbos que com ele formam locuo os quais, por isso, permanecem invariveis na 3 pessoa do singular. Vai haver eleies, em outubro. Comeou a haver reclamaes. No pode haver reclamaes. Parecia haver mais curiosos do que interessados. Mas haveria outros defeitos, devia haver outros. A expresso correta haja vista, e no haja visto. Pode ser construda de trs modos: Hajam vista os livros desse autor. Haja vista os livros desse autor. Haja vista aos livros desse autor.

    CONVERSO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA

    Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase. Exemplo: Gutenberg inventou a imprensa -----------------voz ativa A imprensa foi inventada por Gutenberg ---------------voz passiva

    Observe que o objeto direto ser o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passar a agente da passiva e o verbo assumir a forma da passiva, conservando o mesmo tempo.

    Outros exemplos: Os calores intensos provocam as chuvas. As chuvas so provocadas pelos calores intensos. Eu o acompanharei. Ele ser acompanhado por mim. Todos te louvariam. Serias louvado por todos.

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    Prejudicaram-me. Fui prej