Apostila Para Concurso Jornalismo - Parte 1

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Este material foi elaborado por Joanatha Moreira reproduo livre [email protected] TEMTICAS DOS CONCURSOS VOLUME 1 Relao de provas fichadas neste volume:BNDES 2005 (digital) Petrobrs Distribuidora S.A. Governo do Estado do Rio Grande do Norte 1989 Secretaria do Estado da Sade 1990 Prefeitura Municipal de Maca - 1994 Instituto Nacional do Cncer 1995 Centro de Educao Integral 1996 Fundao Dr. Joo Barcellos Martins - 1996 IBGE - 1996 Assemblia Legislativa do Estado de Pernambuco 1998 (apostila) Petrleo Brasileiro 1998 (apostila) Petrleo Brasileiro Distribuidora 1998 (apostila) Prefeitura Municipal de Barra Mansa 1998 (apostila) Faetec 1999 (apostila) Prefeitura do Rio de Janeiro 1999 (apostila) IBGE 1999 (apostila) SMS 2001 (apostila) Petrobrs 2002 (apostila) Prefeitura Municipal de Campinas 2002 (apostila) Companhia Hidro Eltrica do So Francisco 2002 (apostila) Transpetro 2002 (apostila) Eletrobrs 2003 (apostila) Companhia Vales do So Francisco 2003 (apostila) Companhia de Transportes BH 2003 (apostila) Prefeitura Municipal de Paracambi 2003 (apostila) Ceasa 2004 (apostila) Assemblia Legislativa de Gois 2006 (digital) Cmara dos Deputados (rdio, TV e impresso) 2003 (digital) ANA 2006 (digital) Incra 2005 (impresso) DNIT 2006 (impresso) Transpetro 2005 (digital) Cesan 2005 (impresso) Servio Federal de Processamento de Dados 2005 (impresso) Eletrobrs 2005 (digital) Antaq 2005 (digital) Arquivo Nacional 2006 (digital) Cmara Municipal de Resende 2005 (digital) Chesf 2002 (digital) Comisso de Energia Nuclear (digital) Companhia Energtica de Roraima 2004 (digital) Conab 2004 (digital) Eletrobrs 2 (digital) Eletrobrs 2005 (digital) Estado de Roraima 2005 (digital) Fundacentro objetiva e discursiva (trs provas - digitais) Governo do Par 1 2004 (digital) Governo do Par 2 2004 (digital) IBGE 2002 (digital) IBGE 2004 (digital) Infraero 2004 (trs provas digitais) MEC 2003 (duas provas digitais) Ministrio Pblico de Rondnia 2005 (digital) MultiRio 2005 (digital) Petrobrs 2005 (trs provas digitais) Polcia Federal 2005 (duas provas digitais) Prefeitura de Manaus 2005 (digital) Prefeitura de Palmas 2005 (digital) Radiobrs 2004 (digital) STJ 2004 (digital) Tribunal de Justia Amazonas (digital) TJ Amazonas 2005 (digital) Vigilncia Sanitria 2004 (digital)

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Este material foi elaborado por Joanatha Moreira reproduo livre [email protected]

TEMTICAS DE CONCURSOS1PARTE 1: TEORIA DA COMUNICAO/ CONCEITOS DO JORNALISMO..............4 #Agenda Setting/ #Newsmaking/ #gatekeeping/#espiral do silncio...............................4 #Teoria Crtica...................................................................................................................7 #Teorias da Comunicao .................................................................................................9 #Jornalismo Econmico...................................................................................................16 #Conceitos do Jornalismo................................................................................................17 #Jargo jornalstico..........................................................................................................22 #Jornal/ #revista...............................................................................................................23 PARTE 2: REPORTAGEM/ NOTCIA/ LINGUAGEM JORNALSTICA.....................26 #Entrettulos (interttulos)................................................................................................26 #Lead................................................................................................................................26 #Ttulo..............................................................................................................................27 #Notcia X #Reportagem.................................................................................................28 #Linguagem jornalstica .................................................................................................33 #Gneros jornalsticos......................................................................................................34 #Texto..............................................................................................................................36 #Pauta...............................................................................................................................39 PARTE 3: MARKETING/ COMUNICAO EMPRESARIAL/ GESTO/ RELAES PBLICAS/ ASSESSORIA DE IMPRENSA/ PROPAGANDA......................................41 #Assessoria de imprensa/ #Comunicao organizacional/ #Relaes Pblicas.............41 #Pblicos/ #target.............................................................................................................54 #Cerimonial/ #eventos.....................................................................................................55 #Release e outros produtos..............................................................................................57 #House Organ/ publicaes empresariais........................................................................60 #Coletivas/ #entrevistas ..................................................................................................62 #Pesquisa..........................................................................................................................66 #Publicidade/ #Propaganda.............................................................................................68 #Marketing.......................................................................................................................74 PARTE 4: TELEVISO/ RDIO/ INTERNET/ NTC (NOVAS TECONOLOGIAS DA COMUNICAO)..............................................................................................................80 #Novos meios de comunicao/ #Novas Tecnologias de Comunicao........................80 #Cinema...........................................................................................................................83 #Televiso........................................................................................................................84 #Rdio..............................................................................................................................92 #Fotografia.......................................................................................................................98 #Internet.........................................................................................................................100 #Softwares/#computadores............................................................................................103 #Telecomunicaes........................................................................................................104 PARTE 5: PRODUO GRFICA/ EDITORAO....................................................106 #Programao visual......................................................................................................106 #Impresso.....................................................................................................................107 #Papel/ formatos............................................................................................................110 #Tipologia......................................................................................................................1111

Coletnea de provas de concursos anteriores Editora Degrau Cultural/ Provas avulsas obtidas na internet (www.folhadirigida.com.br)

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Este material foi elaborado por Joanatha Moreira reproduo livre [email protected] #Diagramao................................................................................................................112 #Editorao/edio jornalstica......................................................................................115 Estilos/ correntes............................................................................................................118 Estados Unidos/ Europa.................................................................................................118 #Imprensa no Brasil.......................................................................................................120 #Lei de Imprensa/#Calnia/#Difamao/#Injria/ #Direito de Resposta.....................123 #Direito autoral..............................................................................................................125 #Liberdade de expresso................................................................................................125 #tica..............................................................................................................................126 #Registro profissional....................................................................................................130 Outras.............................................................................................................................131 PARTE 7: COMUNICAO DE MASSA/ COMUNICAO HUMANA/ COMUNICAO SOCIAL..............................................................................................133 #Comunicao de Massa/ Cultura de Massa.................................................................133 #Opinio pblica............................................................................................................135 #Comunicao Social....................................................................................................137 #Semitica/ #Semiologia/ #comunicao humana........................................................139

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PARTE 1: TEORIA DA COMUNICAO/ CONCEITOS DO JORNALISMO

#Agenda Setting/ #Newsmaking/ #gatekeeping/#espiral do silncioTrs dos principais conceitos ligados ao jornalismo so newsmaking, gatekeeping e agenda setting. Estas teorias so utilizadas para explicar os critrios que definem o nmero limitado de histrias selecionadas para explicar os critrios que definem o nmero limitado de histrias selecionadas dentre os muitos fatos que ocorrem no mundo durante um perodo qualquer, e o que faz com que aqueles acontecimentos sejam considerados notcia. Conceito de agenda setting uma hiptese pela qual se pretende dar conta do fato de a mdia orientar o pblico no sentido de acolher e adotar uma pauta temtica, levando-o ento a se ocupar com certo nmero de assuntos e a pr outros de lado. A tematizao considerada um dos principais mecanismos da agenda-setting, pois consiste em colocar em relevo determinados temas da pauta jornalstica, atribuindolhes maior relevncia, alm de prolongar sua permanncia na discusso pblica. Como exemplos de tematizao podem-se citar: editoriais, comentrios jornalsticos, entrevistas, debates, crnicas, charges e caricaturas. Os meios de comunicao mostraram sua capacidade de agendar temas para sociedade analisar ou debater. No necessariamente dizem ao pblico como pensar, mas quais so os assuntos importante formular uma opinio. Esta hiptese ficou conhecida como agenda-setting. A Teoria do Agendamento uma teoria de Comunicao formulada por Maxwell McCombs e Donald Shaw na dcada de 1970. De acordo com este pensamento, a mdia determina a pauta (em ingls, agenda) para a opinio pblica ao destacar determinados temas e preterir, ofuscar ou ignorar outros tantos2.2

Histria (site Winkpdia) As idias bsicas da Teoria do Agendamento podem ser atribudas ao trabalho de Walter Lippmann, um proeminente jornalista estadunidense. Ainda em 1922, Lippmann props a tese de que as pessoas no respondiam diretamente aos fatos do mundo real, mas que viviam em um pseudo-ambiente composto pelas "imagens em nossas cabeas". A mdia teria papel importante no fornecimento e gerao destas imagens e na configurao deste pseudo-ambiente. A premissa bsica da teoria em sua forma moderna, entretanto, foi formulada originalmente por Bernard Cohen em 1963: "Na maior parte do tempo, [a imprensa] pode no ter xito em dizer aos leitores o que pensar, mas espantosamente exitosa em dizer aos leitores sobre o que pensar" (pg.13). Ao estudarem a forma como os veculos de comunicao cobriam campanhas polticas e eleitorais, Shaw e McCombs constataram que o principal efeito da imprensa pautar os assuntos da esfera pblica, dizendo s pessoas no "o que pensar", mas "em que pensar". Geralmente se refere ao agendamento como uma funo da mdia e no como teoria (McCombs & Shaw, 1972). Contexto e Fundamentos A teoria explica a correspondncia entre a intensidade de cobertura de um fato pela mdia e a relevncia desse fato para o pblico. Demonstrou-se que esta correspondncia ocorre repetidamente. Acredita-se que o agendamento ocorra porque a imprensa deve ser seletiva ao noticiar os fatos. Profissionais de notcias atuam como gatekeepers (porteiros) da informao, deixando passar algumas e barrando outras, na medida em que escolhem o que noticiar e o que ignorar. O que o pblico sabe e com o

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MCCOMBS E SHAW: o agenda-setting consideravelmente mais que a clssica assero que as notcias nos dizem sobre o que pensar. As notcias tambm dizem como pensar nisso. Tanto a seleo de objetos que despertam a ateno como a seleo de enquadramento para pensar esses objetos so os poderosos papis do agenda-setting. Antonio Hohlfeldt alude a uma hiptese de agenda ou agenda setting: uma hiptese pela qual se pretende dar conta do fato de a mdia orientar o pblico no sentido de acolher e adotar uma pauta temtica, levando-o ento a se ocupar com certo nmero de assuntos e a pr outros de lado. Ao se referir aos newsmaking, Mauro Wolf (Teorias da Comunicao), pergunta: que imagens do mundo fornecem os noticirios televisivos? Como se associa essa imagem s exigncias quotidianas da produo de notcias? Como se articula a cultura profissional dos jornalistas e a organizao do trabalho e dos processos produtivos? As pesquisas baseadas no conceito de newsmaking procuram descrever o trabalho comunicativo dos emissores como um processo no qual acontece de tudo rotinas cansativas, distores intrnsecas e esteretipos funcionais. Baseando-se na etnografia dos mass media, essas anlises articulam e individualizam empiricamente os numerosos nveis de construo dos textos informativos de massa. Newsmaking: O modelo terico do Jornalismo, que leva em conta critrios como noticiabilidade, valores-notcia, constrangimentos organizacionais, construo de audincias e rotinas. O estudo dos emissores, na perspectiva do newsmaking, considera que, no atual contexto de produo de informaes, necessrio que seja ampliada a viso convencional do conceito de emissor. Assim, correto afirmar que, alm da imprensa, do rdio e da TV, as agncias de notcias, as fontes institucionais de informao e as assessorias de imprensa e comunicao so consideradas emissores. A teoria da espiral do silncio diz respeito opinio pblica. A estreita relao entre a mdia e os grupos de poder pode gerar uma espiral do silncio. Essas teorias defendem que os indivduos buscam a integrao atravs da opinio pblica e procuram se expressar dentro de parmetros da maioria para evitar o isolamento. A opo pelo silncio ocorreria pelo medo da solido (ou excluso) social, que se prorroga em espiral. Acredita-se que muitas pessoas no s so influenciadas pelo que os outros dizem como tambm pelo que imaginam que eles possam dizer. H trs mecanismos condicionantes para a espiral do silncio: acumulao (excesso de exposio na mdia); consonnciaque se importa em dado momento , em grande parte, um produto do gatekeeping miditico. A funo de agendamento um processo de trs nveis: Media Agenda (Agenda Miditica) - questes discutidas na mdia Public Agenda (Agenda Pblica ou da Sociedade Civil) - questes discutidas e pessonalmente relevantes para o pblico Policy Agenda (Agenda de Polticas Pblicas) - questes que gestores pblicos consideram importantes Um dos debates entre pesquisadores so as questes de causalidade: a agenda miditica que pauta a agenda da sociedade, ou vice-versa? Iyengar e Kinder estabeleceram uma relao de causalidade com um estudo experimental no qual identificaram que o priming, a clareza da apresentao e a posio eram todos determinantes da importncia dada a uma matria de jornal. Entretanto, a questo de se h influncia da agenda pblica na agenda miditica continua aberta a questionamentos. Conceitos importantes Gatekeeping - controle sobre a seleo do contedo exercido pela mdia e pela imprensa Priming - no agendamento, a idia de que a mdia atrai ateno para alguns aspectos da vida poltica em detrimento de outros (Baran & Davis, 2000). Framing ou Enquadramento - apresentao de contedo de forma a orientar sua interpretao em certas linhas predeterminadas

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(forma semelhante que as notcias so divulgadas) e ubiqidade (presena da mdia em todos os lugares). Partindo do conceito de percepo seletiva3 e retomando o de acumulao (provocada pelos meios de comunicao), Elisabeth Noelle-Neumann ps em destaque a onipresena da mdia como eficiente formadora de opinio, no que tange a fatos da realidade. Interessada em conhecer as condies requeridas para um estudo emprico da opinio pblica, esta terica alem da comunicao props uma hiptese, qual denominou de ESPIRAL DO SILNCIO. Durante os anos 50 e uma boa parte 60, a investigao acadmica do jornalismo essencialmente quantitativa e dominada pelo paradigma do gatekeeper (conceito usado por White para estudar o fluxo de notcias nos jornais e, sobretudo, para individualizar os pontos que funcionam como portas e que decidem se uma informao passa ou rejeitada). DeGeorge: a habilidade que tm os meios de comunicao para produzir alteraes graas aos efeitos cognitivos pode ser atribuda ao constante processo de seleo realizado pelos gatekeepers nos meios de comunicao, que, em primeiro lugar, determinam que acontecimentos so jornalisticamente interessantes e quais no, atribuindo distintas relevncias em variveis como a extenso (de tempo e espao), a importncia (tamanho da manchete, localizao no jornal, freqncia de apario, posio no conjunto das notcias) e o grau de conflito (a maneira como se apresenta o material jornalstico). (...) O termo gatekeeper foi introduzido pelo psiclogo Kurt Lewin (sobre as decises domsticas) e adaptada ao jornalismo por David White. Enquanto os estudos sobre gatekeeper ligavam o contedo dos jornais ao trabalho de seleo das notcias, executado pelo guarda do porto, da barreira (gate), os estudos mais recentes sobre produo de notcias relacionam a imagem da realidade social, dada pelos media com a organizao diria das empresas jornalsticas. o que pontua Mauro Wolf, as exigncias organizativas e estruturais e as caractersticas tcnicoexpressivas, prprias de cada meio de comunicao de massa, so elementos fundamentais para a determinao da reproduo da realidade social fornecida pelos mass media. (...) Nesse sentido, possvel dizer que o jornalismo no o espelho da realidade, muito mais uma forma de conhecimento social, que constri diariamente o mundo que nos cerca. No processo de descrever um fato, a notcia define e d forma a esse fato (B.W. Tuchman). Gatekeeper: ao de selecionar notcias. As abordagens tericas referentes a efeitos de longo prazo incluem agendasetting, newsmaking, gatekeeping e editing4.3

A percepo seletiva outro fator em evidncia: os receptores se expem s mensagens protegidos, de alguma forma, por predisposies j existentes. A interpretao, nesses casos, pode at mudar o sentido de uma mensagem. A assimilao da mensagem dependeria, ainda, de outros fatores, como concordncia com as opinies, empatia para com o comunicador e at mesmo pouco envolvimento com o assunto. Por fim, aparece a memorizao seletiva como mais um fator a ser levado em conta, uma vez que as pessoas tendem a memorizar os aspectos com que concordam e essa concordncia est relacionada ao tempo de exposio mensagem. Quanto maior tempo de exposio, maior concordncia. Ocorre aqui o chamado efeito Barnett de que argumentos favorveis tendem a ser recordados, em detrimento dos argumentos contrrios.4

Segundo WOLF, o editing tem, portanto, como objetivo fornecer uma representao sinttica, necessariamente breve, visualmente coerente e possivelmente significativa do objeto da notcia imposto pelas exigncias e tcnicas produtivas, transforma-se em algo muito diferente. De acordo com ATHEIDE, o fundamento principal da atividade de editing, nos noticirios, transformar o acontecimento numa

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#Teoria CrticaTeoria Crtica da Cultura: d-se nfase particular natureza intrnseca e ao papel desempenhado pela ideologia nas sociedades modernas, assim como delas se esboa uma viso totalizante, denunciando-se a instaurao de uma barbrie cultural. A partir dos anos 50, a inteligentsia norte-americana desloca seu eixo de estudo para a observao das teorias da Escola de Frankfurt, abandonado os conceitos de causa e efeito de Lasswell, porque esta corrente apresenta uma forma de esquema linear. Ainda: A escola de pensamento que entende os meios de comunicao como meios de poder e dominao a Escola de Frankfurt. Teoria de Lasswell: Uma maneira conveniente para descrever um ato de comunicao consiste em responder s seguintes perguntas: Quem, Diz o qu, Em que canal, Para quem, Com que efeito? O estudo cientfico do processo de comunicao tende a se concentrar em uma ou outra dessas questes. O estudo do Quem salienta a importncia, para uma abordagem adequada do processo de comunicao, dos controles que os emissores exercem sobre as formas e os contedos comunicativos. (...) O estudo de Para quem e Com que efeito define o campo de interesse dos pesquisadores como o das conseqncias objetivamente averiguveis da comunicao no nvel dos receptores. A Escola de Frankfurt tornou-se conhecida pelas pesadas crticas contra a comunicao de massa e a indstria cultural, nos anos 40. Constituem caractersticas atribuveis teoria crtica da cultura, sustentada por Theodor Adorno e Max Horkheimer, da Escola de Frankfurt: d-se nfase particular natureza intrnseca e ao papel desempenhado pela ideologia nas sociedades modernas, assim como delas se esboa uma viso totalizante, denunciando-se a instaurao de uma barbrie cultural; A indstria cultural fixa de maneira exemplar a derrocada da cultura, sua queda na mercadoria. A transformao do ato cultural em valor suprime sua funo crtica e nele dissolve os traos de uma experincia autntica. A produo industrial sela a degradao do papel filosfico-existencial da cultura. Diante disso, pode-se dizer que Adorno e Horkheimer analisaram fenmenos cultuais sob o aspecto da conjuno entre arte e tecnologia. INDSTRIA CULTURAL: Na perspectiva da indstria cultural, todas as diversas formas simblicas tornam-se, a cada dia, com mais intensidade, bens simblicos. Esse processo scio-histrico de produo, transmisso, mercantilizao, apropriao e interpretao de formas simblicas na cultura das sociedades modernas reforado pelas novas tecnologias de comunicao. Com isso, pode-se afirmar que os conglomerados comunicacionais exercem, cada vez mais, controle sobre todos os tipos de informao que circulam nas sociedades globalizadas atravs do domnio de sistemas de produo e transmisso. As novas tecnologias da comunicao, ao mesmo tempo em que possibilitaram um maior acesso s informaes e ao conhecimento, tambm geram uma subordinao de seus receptores a uma estratgica de dependncia tecnolgica cada vez mais sofisticada. inegvel o processo de midiao da cultura moderna. A circulao de bens simblicos, por meio das tecnologias da comunicao, ampliou-se de forma nunca antes vista na histria, rompendo com a noo de tempo-espao e estabelecendo novashistria com princpio, meio e fim. Para WOLF, o editing tem, portanto, como objetivo fornecer uma representao sinttica, necessariamente breve, visualmente coerente e possivelmente significativa do objeto da notcia.

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referncias de carter ideolgico das culturas. Em uma sociedade hierarquizada, dividida em classes, os bens culturais tendem a responder ou satisfazer demandas de pblicos especficos, mantendo o domnio de grupos polticos, religiosos e econmicos, reproduzindo, na esfera das relaes sociais, o falseamento da democracia discursiva e perpetuando o status quo. Indstria Cultural: a atuao jornalstica, bem como seus pares da comunicao de massa, foi alvo de acentuada crtica dentro de um conceito surgido em 1947, que procurou desenvolver uma abordagem da sociedade humana, a partir da atividade comunicacional/informacional, tendo como objeto a Amrica do Norte e a Alemanha nazista. Indstria Cultural: a produo em escala industrial e a promoo publicitria de bens simblicos conferiram a tais bens um valor de mercado e deles fizeram produtos de amplo consumo. A industrializao da cultura recebeu, principalmente durante o sculo XX, diversas crticas, de diferentes tericos. O CONCEITO DE INDSTRIA CULTURAL RESULTA DO PRIMEIRO CONFRONTO TERICO ENTRE A CULTURA EUROPIA DO ILUMINISMO E A CULTURA DE MASSAS, PRODUZIDA PARA MILHES. Teoria Crtica da Sociedade o modelo de teoria que, contrapondo-se Teoria Tradicional, de tipo cartesiano, busca unir teoria e prtica, ou seja, incorporar ao pensamento tradicional dos filsofos uma tenso com o presente. A Teoria Crtica da Sociedade tem um incio definido a partir de uma ensaio-manifesto, publicado por Max Horkheimer em 1937, intitulado "Teoria Tradicional e Teoria Crtica". Foi utilizada, criticada e superada por diversos pensadores e cientistas sociais, em face de sua prpria construo como teoria, que autocrtica por definio. A Teoria Crtica comumente associada Escola de Frankfurt. Na viso da teoria crtica formulada pela Escola de Frankfurt, o entretenimento produzido pela mdia gera alienao e comodismo no pblico. Douglas Kellner afirma que, como fenmeno histrico, a cultura de mdia relativamente recente. Embora as novas formas de indstria cultural descritas por Horkheimer e Adorno nos anos 40 cinema, rdio, revistas, histrias em quadrinhos, propagandas e imprensas tenham comeado a colonizar o lazer e a ocupar o centro do sistema de cultura e comunicao nos Estados Unidos da Amrica (EUA) e em outras democracias capitalistas, foi s com o advento da televiso, no ps-guerra, que a mdia se transformou em fora dominante na cultura, na socializao, na poltica e na vida social. (...) O destaque dado pela escola de Frankfurt cooptao at mesmo de impulsos aparentemente radicais e subversivos suscita a questo da natureza e dos efeitos das leituras resistentes to prezadas por alguns tericos culturais. A abordagem da Escola de Frankfurt contribui muito para se inaugurarem crticas sistemticas e consistentes ideologia na indstria cultural. (...) A Cultura est desempenhando um papel cada vez mais importante em todos os setores da sociedade contempornea, com mltiplas funes em campos que vo do econmico ao social, tendo os meios de comunicao funo fundamental nesse processo. (...) A Cultura da mdia, da mesma forma que os discursos polticos, ajuda a estabelecer a hegemonia de determinados grupos e projetos polticos: ela produz representaes que podem induzir a simpatia a determinadas posies polticas que levam as pessoas a acreditar que certas ideologias so naturais. O termo indstria cultural foi proposto pelos pensadores da Escola de Frankfurt, em contraposio ao conceito de cultura de massa formulado pelos intelectuais americanos (communication research). Essa distino conceitual marca o incio da to

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propalada dicotomia terica entre apocalpticos e integrados. A distino fundamental est na concepo ideolgica de cada um dos conceitos. Para os apocalpticos, o termo cultura de massas no traduzia a complexidade do sistema da indstria cultural, alm de ser falacioso, pois pressupunha que se tratava de um sistema de cultura democrtica, de todos para todos. O termo indstria cultural traduziria, portanto, a idia de que se trata de uma cultura em que h produtores e consumidores, em uma relao tipicamente comercial. No Brasil, a teoria crtica proposta pela Escola de Frankfurt pode ser considerada uma das teorias sociais que exerceu maior influncia terica na comunidade acadmica brasileira da rea de comunicao social, a partir de estudos iniciados por pesquisadores das cincias sociais do eixo Rio So Paulo Braslia. Entre os cientistas sociais de maior relevncia nesse processo, podem-se destacar: Gabriel Cohn (Comunicao e Indstria Cultural), Srgio Miceli (A Noite da Madrinha), Renato Ortiz (A Moderna Tradio Brasileira) e Brbara Freitag (A Teoria Crtica Ontem e Hoje). Na rea de comunicao, entre as obras mais relevantes que expressam tal influncia, podem ser mencionadas: O Capital da Notcia, de Ciro Marcondes Filho; Notcia: um Produto Venda, de Cremilda Medina, e Televiso e Capitalismo, de Srgio Caparelli. O termo Indstria Cultural foi empregado pela primeira vez na publicao da Dialtica do Iluminismo, de Adorno e Horkheimer. Nesta publicao, os autores tinham o objetivo de criticar: bens culturais produzidos de forma sistemtica, em srie, e que transmitem a ideologia dominante.

#Teorias da ComunicaoTeoria um sistema organizado de conceitos pelos quais se produzem enunciados descritivos e explicativos referentes a um dado domnio do saber. A despeito das teorias da comunicao, elas dizem respeito a cenrios scio-culturais nos quais avulta um sem-nmero de representaes simblicas, enraizadas em um imaginrio coletivo. Dentre as mais conhecidas teorias da comunicao, destacam-se a teoria matemtica, teoria crtica e teoria da recepo. Por comunicao, entende-se a criao e partilha, em plano social e mbito cultural, de mensagens formalmente codificadas. Teoria do duplo estgio do fluxo comunicacional (Paul Lazarsfeld) as relaes interpessoais atuam como formas eficientes de intermediao de mensagens produzidas pela mdia. (...) Segundo a teoria do two-step-flow, o processo de comunicao se d em duas etapas e, em ambas, os lderes de opinio tm um papel decisivo. comunicao: folhetos de cordel e almanaques so canais indiretos empregados na folkcomunicao. Luiz Beltro criou o conceito de folkcomunicao para designar o sistema que se origina e dirige aos pblicos marginalizados rurais e urbanos, s minorias alienadas do processus desenvolvimentista econmico cultural da sociedade envolvente, por vezes mesmo em conflito com as foras que o compem e mantm. Ainda: A teoria da Folkcomunicao, formulada por Luiz Beltro na dcada de 60, um exemplo de teoria da comunicao formulada por um brasileiro a partir de pesquisas empricas realizadas no Nordeste, sobre as formas de comunicao popular como festas religiosas e devoes no-cannicas. Teoria matemtica: os emissores e receptores devem ser sistemas similares. O rudo na comunicao inversamente proporcional fidelidade. O canal atua no processo de comunicao. (...) Rudo a interferncia de qualquer natureza no canal de 9

comunicao. (...) A redundncia um excesso ou desperdcio de signos na transmisso da mensagem. Entretanto, um certo nvel de redundncia na mensagem inevitvel e importante, sobretudo por: neutralizar os efeitos do rudo. Um dos modelos contemporneos mais utilizados foi elaborado pelo matemtico Claude Shannon e pelo engenheiro eletricista Warren Weaver, que apesar de tratarem de comunicao eletrnica, os cientistas do comportamento humano julgaram o modelo Shannon-Weaver bastante til na descrio da comunicao humana. Em 1948, H. Lasswell tornou-se clebre com sua teoria que basicamente aplicava a questo: quem diz o qu, por qual canal e com que efeito?. No livro Teorias da Comunicao: conceitos, escolas e tendncias (Petrpolis RJ: Vozes, 2001), Vera V. Frana assinala que [...] os homens sempre se comunicaram [...] e os primeiros agrupamentos humanos, aquilo que podemos intuir como embrio da vida social, apenas se constituram na base de trocas simblicas [...] (p. 41). Nestas palavras, descerra-se um conceito de comunicao social, assim como se aponta seu valor e se indica sua valia. Isto est claro, no citado texto, pelo seguinte motivo: a implcita referncia feita necessidade permanente do dilogo corrobora sua centralidade no processo histrico de formao das sociedades humanas, que tm o ato comunicativo em sua origem; A cincia era parte da filosofia e esta baseava-se na razo e na f. Francis Bacon foi um dos primeiros a descreve o mtodo emprico das cincias, propondo a substituio dos argumentos baseados na autoridade pela prtica da verdade. A definio que caracteriza o empirismo de Francis Bacon O CONHECIMENTO resultado da experincia e s so aceitas verdades que possam ser comprovveis pelos sentidos5. De acordo com Bernard Mige (O pensamento da comunicao), a teoria da comunicao , uma teoria estruturalista: ela pretende decompor o universo em pedaos de conhecimento capaz de traar seu roteiro e depois recompor um modelo, simulacro desse universo, aplicando certas regras de reunio ou de interdio. Isso refere-se as primeiras teorias de comunicao com base no modelo da teoria da informao (emissor canal mensagem receptor). De acordo com o pensador Denis McQuail, autor que relaciona a teoria do desenvolvimento teoria do jornalismo, o elemento normativo essencial da teoria do desenvolvimento foi o fato de que os meios de comunicao deveriam ser usados positivamente para o desenvolvimento nacional e para autonomia e identidade cultural de uma sociedade nacional em particular. Com relao aos princpios mais importantes dessa teoria, podemos dizer que em seu contexto, os meios de comunicao devem dar prioridade cultura e ao idioma nacionais, alm de que os jornalistas e outros trabalhadores dos meios de comunicao tm responsabilidades, assim como liberdades, em suas tarefas de coletar e difundir as informaes. De acordo com a Teoria da Comunicao, em meados dos anos 40, o conceito de indstria cultural foi criado por ADORNO e HORKHEIMER. Quem diz o que, por que canal e com que efeito? Com essa frmula, que o tornou clebre e que aparentemente no apresenta ambigidade, um terico, em 1948, dota a sociologia funcionalista da mdia de um quadro conceitual que, at ento, alinhava5

O objetivo do mtodo baconiano constituir uma nova maneira de estudar os fenmenos naturais. Para Bacon, a descoberta de fatos verdadeiros no depende do raciocnio silogstico aristotlico mas sim da observao e da experimentao regulada pelo raciocnio indutivo. O conhecimento verdadeiro resultado da concordncia e da variao dos fenmenos que, se devidamente observados, apresentam a causa real dos fenmenos.

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apenas uma srie de estudos de carter monogrfico. O texto acima, extrado de Histria das Teorias de Comunicao escrito por Armand Mattelart, refere-se a Harold Lasswell. A economia poltica da comunicao comea a se desenvolver nos anos 60, questionando, de incio, os desequilbrios dos fluxos de informao e produtos culturais entre os pases desenvolvidos e em desenvolvimento. Nos anos 70, as polticas governamentais de democratizao cultural e a idia de servio e monoplio pblicos so confrontadas com a lgica comercial em um mercado que estava sendo globalizado, e a economia poltica vai tentar compreender o processo crescente de valorizao das atividades culturais pelo capital. Portanto, pode-se afirmar que no perodo histrico citado no texto, vrias pesquisas so realizadas para analisar a imbricao entre o complexo militar-industrial e a indstria da comunicao. Tambm nesta mesma poca histrica, na Amrica Latina, desenvolveu-se a teoria da dependncia6, que vai refletir-se nas estratgias de desenvolvimento dos pases. Durante os anos 70, do sculo XX, na rea de comunicao, difundiram-se diversos estudos acerca da questo do imperialismo cultural. Ns interpretamos e vemos a ilustrao com a interpretamos. Assim, a descrio da experincia imediata, por meio de uma interpretao, uma descrio indireta. A Teoria do Espelho foi a primeira a tentar explicar por que as notcias so como so, ainda no sculo XIX. Sua base a idia de que o jornalismo REFLETE A REALIDADE. TEORIA DOS ESTUDOS CULTURAIS7: entre as teorias contemporneas da comunicao, a que se ocupa das relaes existentes entre os mass media e a cultura popular se chama teoria dos estudos culturais. Seus conceitos-chaves so: ideologia, hegemonia, cultura popular e identidade cultural. Ainda: Embora abordada de6

TEORIA DA DEPENDNCIA: esta teoria dominou o debate terico na dcada de 60: no s autores brasileiros contriburam para enriquecer o debate terico. A Comisso Econmica para a Amrica Latina (Cepal), rgo ligado s Naes Unidas, foi criada na dcada de 40, e tinha como propsito explicar o porqu do atraso no desenvolvimento da Amrica Latina em relao aos pases chamados centrais e encontrar formas de procurar sanar esta disparidade. Para que os pases perifricos superassem o atraso e amenizassem as disparidades em relao aos pases centrais, a Cepal props um modelo baseado numa industrializao desses, invertendo assim o seu carter de produtor de matria-prima. E, para que isso fosse possvel, era preciso que o Estado entrasse em cena como o principal empreendedor desse projeto (substituio de importaes). O debate a respeito da dependncia tem seu pice no incio dos anos 60. Essa teoria vem tentar explicar o porqu depois de se ter praticamente concludo o processo de substituio de importao, as economias dos pases latino-americanos, em particular o Brasil, comearam a entrar em um perodo de crise econmica, caracterizado pela estagnao de seu crescimento. Temos dois conceitos bem definidos de dependncias: de um lado autores que acreditavam ser o fator externo o determinante da situao de dependncia (Furtado, Frank, Santos e Marini), e outro que afirmam ser de principal importncia questo interna da relao de classe (FHC e Falleto). Concluise que tanto o fator externo quanto o interno so de fundamental importncia na determinao da dependncia, pois se integram a parir do momento que se tem uma situao em que a relao existente de centro e periferia, uma vez que no centro so tomadas decises relacionadas aos interesses do capitalismo em sua fase mais avanada de desenvolvimento, e na periferia os interesses das minorias das classes que detm o poder poltico e econmico nos pases subdesenvolvidos. 7 Das teorias alems sobre jornalismo, existem cinco grandes correntes, que podem ser ramificadas em mais de 10. Destas, destacam-se a Differentiation theory (teoria da diferenciao) e a Cultural Studies theory (teoria dos estudos culturais). como uma rvore em crescimento, que vai tendo mais e mais galhos, mais e mais teorias. A teoria dos Estudos Culturais, por exemplo, entre muitas caractersticas e perspectivas, pretende efetivar a investigao sobre a diversidade de objetos e de fenmenos que se constituem de interesse dos diferentes movimentos sociais que vo se formando nos mais variados espaos das sociedades, amparados e motivados pela implantao de uma poltica de apoio e fortalecimento das diversidades e do respeito s pluralidades, colocando-se a favor dos estudos, concepes e das lutas contra-hegemnicas.

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perspectivas distintas, a questo da representao da realidade construda pela mdia caracteriza os estudos culturais tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos da Amrica (EUA). Tambm: as formulaes que relacionam a estrutura social, o contexto histrico e a ao dos meio de comunicao, com o objetivo de determinar como se d a atribuio de sentido realidade cotidiana, denominam-se: estudos culturais. (...) Uma das abordagens mais ricas sobre a comunicao a desenvolvida nos chamados cultural studies. Esses estudos nos afirmam que: o comportamento do pblico orientado por fatores estruturais e culturais que influenciam o contedo dos mass media, precisamente pela capacidade de adaptao destes ltimos. As teorias iniciais sobre os processos comunicativos no constituem teorias da comunicao em si, mas teorias sociais ou teorias de cincias que estudavam o fenmeno comunicativo, entendido como decorrncia de um modelo sociocultural determinado. O estudo terico da comunicao teve inicio no interior do campo das cincias sociais. Ilustram essa origem as teorias que resultam da anlise de socilogos sobre os impactos da mdia na organizao social e poltica, como, por exemplo, a teoria hipodrmica, de base sociolgica e psicolgica. A participao das cincias sociais no arcabouo terico da comunicao um dos fatores que explicam o carter interdisciplinar das teorias comunicacionais. A abordagem emprico-experimental (persuaso) formulada pela escola francesa para explicar os fundamentos econmicos da relao entre emissor e receptor, foi denominada, posteriormente, de economia das trocas simblicas. O estudo das funes da comunicao de massa ressalta o papel social dos meios de comunicao, a partir de funes e disfunes latentes e manifestas do sistema de comunicaes. A compreenso das diversas teorias da comunicao exige o estudo dos modelos socioculturais em que elas foram elaboradas, ou seja, depende do conhecimento do contexto histrico em que tais teorias surgiram. TEORIA HIPODRMICA: Na viso behaviorista da comunicao como manipulao, o fenmeno definido como a resposta de um organismo a um estmulo. (...) A Teoria Hipodrmica, do incio do sculo XX, assume que o receptor da mensagem reage de forma instantnea inevitvel, por isso os efeitos da comunicao no eram estudados e sim dados como certos. Os estudos culturais britnicos situam a cultura no mbito de uma teoria da produo e da reproduo social, especificando os modos como s formas culturais servem para aumentar a dominao social ou para possibilitar a resistncia e a luta contra a dominao. Inclui-se, nesse mbito, o estudo da comunicao social. A constatao das limitaes da teoria hipodrmica deu lugar a outras abordagens, entre as quais se destacam: a emprico-psicolgico-experimental, que estuda os fenmenos psicoindividuais da relao comunicativa; a emprico-sociolgica de campo, que explicita fatores de mediao entre indivduos e os meios de comunicao; e estrutural-funcionalista, que elabora hipteses acerca das relaes entre indivduos, sociedade e os medias. Os engenheiros civis do Antigo Regime na Fraca estiveram entre os primeiros a formalizar uma problemtica da comunicao associada a um espao nacional e formao de um mercado interno, aplicando-a as estradas e canais. Jos Marques de Melo: Nossas pesquisas empricas so escassas e insuficientes, e permanecemos importando teorias exgenas. No Brasil, ainda hoje, teorias exgenas exercem grande influncia nos estudos de mdia. o caso das hipteses agenda-setting, gatekeeping e newsmaking, que servem de base para o estudo das novas tendncias de pesquisas em comunicao.

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Newsmaking X Assessoria de Imprensa: O carter negociado da produo da informao por uma assessoria, que visa a possibilitar a divulgao na imprensa, chamado: newsmaking. TEOLOGIA DA LIBERTAO: As teorias de comunicao de base marxista influenciaram diretamente a comunicao eclesial (catlica) no Brasil, sobretudo no perodo de 1970 a 1980, motivada pela teologia da libertao. Essa corrente contribuiu para a formulao de leituras crticas de produtos miditicos como telenovelas, noticirios, histrias em quadrinhos e cinema. TEORIA DA AO COMUNICATIVA: A teoria da ao comunicativa, formulada por Jrgen Habermas, parte do pressuposto de que a relao dialgica inerente ao mundo vivido, espao privilegiado da razo comunicativa. (...) Em Habermas, os sistemas na modernidade se institucionalizam em apenas duas estruturas, o Estado e a economia, e, por tal razo, as instituies de comunicao ocupariam o espao da esfera pblica, que, no modelo de Habermas, representa o entorno do subsistema do Estado. (...) Habermas contribuiu para a filosofia social no sentido em que supera a abordagem exclusivamente finalista da ao de Weber, por via da introduo do conceito de ao comunicativa. Habermas critica como sendo uma contradio central do pensamento weberiano o fato de compor um conceito complexo de racionalidade social exclusivamente sob o aspecto teleolgico. Alm disso, Habermas constri a partir da pragmtica, uma concepo no reducionista da linguagem, cuja nfase se estabelece no carter simblico e publicamente acessvel, prprio da ao social e da prpria estrutura de linguagem, e no simplesmente como algo interior a conscincia. Ainda, Habermas adequou entre teoria da ao e a teoria de sistemas, a partir de seu par conceitual sistema/ mundo da vida. (...) Para explicar a trama das trocas simblicas e dos contextos lingsticos, Jrgen Habermas, citado por Mattelart e Mattelart (1999), criou a expresso: AGIR COMUNICATIVO. Na perspectiva dialgica, a comunicao o encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significao dos significados. Entre as diversas tendncias ideolgicas que influenciaram a produo de teorias sobre a comunicao nas primeiras dcadas do sculo XX, destacam-se duas correntes, denominadas integrados e apocalpticos por Umberto Eco. No primeiro caso, tem-se teorias norte-americanas que procuravam legitimar a importncia e o papel da mdia na sociedade. Em contraposio, surgiram as teorias crticas, de carter apocalptico, impulsionadas pela leitura marxista da escola de Frankfurt.

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Teoria da dissonncia cognitiva8: A teoria da dissonncia cognitiva procura explicar como as pessoas reduzem os conflitos internos quando enfrentam um choque entre seus pensamentos e seus atos. USOS E GRATIFICAES: A teoria dos Usos e Gratificaes afirma que as pessoas tm mecanismos de motivao/aceitao e rejeio aos meios de comunicao de massa. Esses mecanismos so: a) Exposio seletiva os componentes da audincia tendem a expor-se informao que est de acordo com suas atitudes e a evitar as mensagens que, pelo contrrio, esto em desacordo com elas. Serve para reforar opinies pr-existentes, no para modificar pontos de vista. O receptor escolhe o que quer ver e ouvir. b) Percepo seletiva os elementos do pblico no se expem ao rdio, televiso ou ao jornal em estado de nudez psicolgica; pelo contrrio, apresentam-se revestidos e protegidos por predisposies j existentes, por processos seletivos e outros. A interpretao transforma e adapta o significado da mensagem recebida. c) Memorizao seletiva os aspectos que esto em acordo com as atitudes e as opinies prprias so memorizados num grau mais elevado do que os outros. medida que o tempo passa, a memorizao seleciona os elementos mais significativos (para o indivduo) em detrimento dos mais discordantes ou culturalmente mais distantes. (...) Em relao aos Usos e Gratificaes, a atitude seletiva do receptor, que sempre foi considerada fator de perturbao e responsvel pela ineficcia dos esforos persuasivos, passa a constituir parte estvel do processo comunicativo. COMMUNICATION RESEARCH: A linha de pesquisas de tradio norteamericana, conhecida como communication research, incorporou elementos que evidenciam a complexidade da relao emissor/mensagem/destinatrio no processo de comunicao. Seus tericos pretenderam alcanar o seguinte objetivo imediato: marcar a insero dos processos psicolgicos intervenientes na recepo da mensagem. Nessa perspectiva, provvel que a comunicao tenda a reforar opinies preexistentes e que pessoas se exponham informao que estejam de acordo com as suas idias e atitudes, rejeitando aquelas das quais discordam. Esse processo de exposio seletiva est vinculado ao tempo de exposio mensagem e aos nveis de concordncia com ela; assim, argumentos favorveis tendem a ser memorizados em detrimento aos argumentos contrrios nas mensagens. ESCOLA DE CHICAGO: a mensagem compreende um conjunto de informaes codificadas transmitidas por um canal, que pode ser definida como a inteno objetivada de transmitir um determinado significado. Assim, a transmisso da mensagem implica, por parte do emissor, uma codificao intencional de significado, e, por parte do receptor, uma decodificao, ou uma nova atribuio do significado. Essa8

Duas teorias desenvolvidas pela psicologia so freqentemente mencionadas e utilizadas no Marketing: a teoria da atribuio e a teoria da dissonncia cognitiva. A teoria da atribuio descreve o processo pelo qual o indivduo identifica as causas da insatisfao, atribuindo-as a si prprio ou a agentes externos e responsabilizando estes ltimos em maior ou menor grau de acordo com trs categorias: a fonte do problema ("locus") interna ou externa (do comprador ou de um agente externo); a estabilidade (trata-se de um acidente ou de um problema estrutural) e o controle (o problema foi causado intencionalmente ou no). Diversos estudos comprovam a influncia do processo de atribuio sobre o comportamento ps-compra do consumidor (Evrard, 1995; Oliver, 1997; Richins, 1983). A teoria da dissonncia cognitiva se baseia na observao de que uma pessoa que atua contra sua prpria atitude pode, posteriormente, modificar cognies ou comportamentos de modo a adapt-los ao comportamento incongruente. Segundo Festinger (1975), as hipteses bsicas da teoria so as seguintes: "1.A existncia de dissonncia, ao ser psicologicamente incmoda, motivar a pessoa para tentar reduzi-la e realizar a consonncia. 2.Quando a dissonncia est presente, a pessoa, alm de procurar reduzi-la, evitar ativamente situaes e informaes suscetveis de aumentar a dissonncia.".

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anlise est alicerada na Escola de Chicago, que define a comunicao como um processo estruturado simbolicamente. Assim, o processo de comunicao constitui o emprego de smbolos comuns com vistas interao (Rdiger). Segundo a abordagem emprica experimental, processos psicolgicos desencadeados pelos receptores intervm nas suas respostas aos estmulos da comunicao. (...) Dentro da tradio administrativa norte-americana da pesquisa em comunicao, a abordagem emprica de campo marca o incio dos estudos sobre a mediao social que caracteriza o consumo da comunicao de massa. Ciberntica: A ciberntica e a teoria de sistemas so perspectivas embasadas na viso da comunicao como informao. Uma vez que a comunicao um fenmeno social, e que existe uma viso de sociedade pressuposta a cada teoria da comunicao, a globalizao e processos correlatos, ao porem em xeque os objetos das cincias sociais, pem em questo as teorias da comunicao. Com relao ao impacto da mdia na sociedade, e contrariamente a tendncias de pesquisa anteriores, um aspecto fundamental dos estudos contemporneos em comunicao sua nfase nos efeitos em longo prazo. CINCIA: Na viso da maioria dos tericos, o reconhecimento dos fenmenos da comunicao como constitutivos das relaes humanas e sociais, e seu conseqente estudo sistemtico ao longo do sculo XX desde as interaes interpessoais, caractersticas de todas as sociedades, at a mdia de massa, em sua centralidade socioeconmica, poltica e cultural nos ltimos 100 anos , no resultaram na construo de uma verdadeira cincia da comunicao. (...) Os pesquisadores da comunicao tm-se valido de outras reas do conhecimento notadamente da Psicologia, Sociologia, Antropologia, Lingstica, Ciberntica e Economia Poltica para fundamentar e desenvolver seus trabalhos. (...) Da perspectiva da filosofia da cincia, uma cincia como tal precisa de validade epistemolgica, ou seja, os estudos da comunicao teriam de produzir seus prprios pressupostos, teorias, metodologias e tcnicas. (...) No ltimo sculo, a comunicao foi essencialmente um campo de estudos formado por vrios objetos, em diferentes nveis. A onipresena do fenmeno comunicativo na vida humana e social fez que ele tivesse sido percebido e definido de maneira diversa segundo diferentes teorias da comunicao. De acordo com Mauro Wolf, no que diz respeito aos impactos da comunicao na sociedade, as tendncias atuais da pesquisa sugerem um deslocamento de foco: os estudiosos tm-se ocupado menos dos efeitos a curto prazo uma problemtica restrita e mais das conseqncias a longo prazo questo ampla e complexa da exposio das pessoas mdia. (...) Atualmente, os pesquisadores esto mais atentos aos modos como os destinatrios das mensagens de um sistema miditico onipresente estruturam suas concepes da realidade social. (...) Uma diferena fundamental entre as tendncias atuais e as anteriores a busca, hoje, de uma abordagem abrangendo todo o sistema da mdia com enfoque em determinadas reas temticas em vez do estudo de casos individuais, sobretudo, de campanhas. (...) A nfase das tendncias atuais nos efeitos a longo prazo da exposio das pessoas mdia no significa o abandono da tese acerca do grande poder que os meios exerceriam sobre os indivduos. Apoiado em conceitos de Barthes e Baudrillard, o socilogo espanhol Manuel Castells afirma que as culturas so formadas por processos de comunicao.

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MARSHALL MACLUHAN9 construiu o conceito de que os meios de comunicao so uma extenso do homem. Isto significa dizer que o meio a mensagem. LASSWELL: Harold Lasswell procurou descrever o processo de comunicao por meio das seguintes questes: Quem? (emissor); Diz o qu? (mensagem); Em que canal? (meio); Para quem? (receptor); Com que efeito? (feedback). DISFUNO NARCOTIZANTE: define-se como disfuno e como funo, partindo do princpio de que a existncia de grandes massas de populao politicamente apticas e inertes contrria ao interesse de uma sociedade moderna. (...) O cidado interessado e informado pode deleitar-se com tudo aquilo que sabe, no percebendo que se abstm de decidir e de agir. (Lazarsfeld-Merton, 1948, 85 apud Wolf, 1995:61). Sobre esse texto certo afirmar que: refere-se chamada disfuno narcotizante, na qual o excesso de informaes pode se transformar em conhecimento passivo. NOVO PARADIGMA: Os novos paradigmas da comunicao privilegiam os estudos dos efeitos de longo prazo, centrados nos processos de significao. Jos Haroldo Pereira, no livro Curso Bsico de Teoria da Comunicao, define canal como o meio fsico que transporta, do emissor ao receptor: SINAIS.

#Jornalismo EconmicoCoberturas macroeconmica e microeconmica: os temas tratados de forma dedutiva (do geral para o particular); os temas so tratados de forma indutiva (do particular para o geral), respectivamente. De acordo com Sidney Basile, no livro Elementos do jornalismo econmico (Rio de Janeiro: Campus, 2002), so, respectivamente, caractersticas das coberturas macroeconmica e microeconmica: os temas so tratados de forma dedutiva (do geral para o particular); os temas so tratados de forma indutiva (do particular para o geral). Sidnei Basile compara a divulgao de um comercial de televiso em uma rede nacional com a insero de um anncio em uma publicao de economia e negcios. na publicao especializada em assuntos de economia, a adequao do pblico ao meio de comunicao infinitamente maior que na TV; No final da dcada de 70 do sculo XX, a notcia da rea econmica passou a ocupar em definitivo um espao obrigatrio e particular nas pginas dos grandes jornais. INSIDE INFORMATION: termo em ingls usado no mercado financeiro para definir informaes sigilosas sobre empresas e instituies com aes negociadas nas

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McLuhan introduz as frases o impacto sensorial, o meio a mensagem e aldeia global como metforas para a sociedade contempornea, ao ponto de se tornarem parte da nossa linguagem do dia-a-dia. de sua autoria uma famosa frase que descreve a TV: Viso, som e fria. Aldeia global quer dizer simplesmente que o progresso tecnolgico estava reduzindo todo o planeta mesma situao que ocorre em uma aldeia, ou seja, a possibilidade de se intercomunicar diretamente com qualquer pessoa que nela vive. O princpio que preside ao conceito de Aldeia Global o de um mundo interligado, com estreitas relaes econmicas, polticas e sociais, fruto da evoluo das Tecnologias da Informao e da Comunicao (vulgo TIC), particularmente da World Wide Web, diminuidoras das distncias e das incompreenses entre as pessoas e promotor da emergncia de uma conscincia global interplanetria, pelo menos em teoria.

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Bolsas de Valores. Quem obtm essas informaes privilegiadas pode obter lucros ao manipul-las. A prtica criminosa e h penas severas previstas em lei.

#Conceitos do JornalismoSegundo Alberto Dines, o Jornalismo um processo de impresso a ordenao da novidade que busca despertar a ateno pblica pelo CONTRASTE. O modelo de jornalismo interpretativo-investigativo surge da necessidade do leitor moderno de situar-se no contexto do acontecimento, possibilitando a informao numa dimenso comparada, integrada com outros fatos e projetada para o futuro. (...) Com o advento do Rdio e da TV, o jornalismo impresso precisou sofrer algumas adaptaes que conferissem maior complexidade informao, como o aprofundamento de pesquisas que fez surgir o jornalismo do tipo INTERPRETATIVO. Matria mais explicativas, abertas e detalhadas, com vrios mtodos de construo, como entrevistas e observaes de campo so caractersticas do JORNALISMO INTERPRETATIVO. Toda reportagem pressupe investigao e interpretao. O jornalismo interpretativo consiste em um tipo de informao em que se evidenciam conseqncias ou implicaes dos dados. A Ciespal relaciona a m formao dos comunicadores sociais na Amrica Latina com a ausncia de bons professores. Um dos grandes problemas na formao dos comunicadores sociais est sua falta de sensibilidade para perceber os limites impostos pela audincia. Adelmo Genro: O Jornalismo uma forma de conhecimento social singular, histrica, com base na indstria, que supre uma necessidade da universalizao do mundo a partir do Sistema Capitalista. (...) No jornalismo, o especifico (o singular) tem mais fora do que o geral. O profissional de comunicao desempenha o papel de MODELADOR DA SOCIEDADE. Os jornalistas precisam conhecer suas ferramentas de trabalho, para no se tornarem vtimas de discursos hermticos ou anrquicos, que na realidade revelam a falta de habilidade do profissional da imprensa para lidar com a linguagem e exercer sua funo social, que a de tradutor da realidade para os seus leitores. (Cremilda Medina) Curiosidade uma qualidade indispensvel a quem se lana na atividade jornalstica. Mas no a nica que dever ser aprimorada no exerccio da profisso. Outras so SENSIBILIDADE DA NOTCIA, CULTURA, DOMNIO DA LNGUA. Nas formas tradicionais da sociedade, o fluxo da informao era armazenada hierarquicamente, observa Ciro Marcondes Filho. O advento da imprensa rompeu com essa forma segregada e ao jornalismo coube SOCIALIZAR A INFORMAO E DISSEMIN-LA NA SOCIEDADE. De acordo com Cremilda Medina, as qualidades precpuas do jornalista so IMPROVISO, SENSIBILIDADE PARA A AO E CAPACIDADE DE REAO IMEDIATA. Na definio de jornalismo elaborada por Luiz Beltro destacam-se alguns aspectos, que tm como objetivo O BEM COMUM10.10

Jornalismo a informao de fatos correntes, devidamente interpretados e transmitidos periodicamente sociedade, com o objeto de difundir conhecimentos e orientar a opinio pblica no

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Segundo Juarez Bahia, a natureza social do jornalismo caracteriza-se por INFORMAO E DIVERTIMENTO. Conforme Juarez Bahia da natureza do jornalismo atender s necessidades da sociedade no que diz respeito : INFORMAO, INTERPRETAO, ORIENTAO E DIVERSO. Uma boa apurao do fato jornalstico deve considerar OS PONTOS CONTROVERSOS E APROFUNDAR A INVESTIGAO. Regera informao significa divulga-la quando conveniente. Pode-se classificar o jornalismo como uma das categorias da Literatura. tarefa do ombudsman: avaliar o que foi publicado. Ou ainda: so caractersticas de um ombudsman a grande independncia, autoridade para acionar os mecanismos necessrios e liberdade para atuar como um crtico interno da organizao. O ombudsman possui o papel de representar os leitores em uma empresa jornalstica. AINDA: aperfeioar a eqidade, ampliar a credibilidade e consolidar a responsabilidade esto entre os objetivos da funo. Os meios que o ombudsman tem para alcanar esses objetivos so: COLUNAS, CONFERNCIAS, MEMRANDOS E REUNIES. OMBUDSMAN: A Folha de S.Paulo foi o primeiro jornal brasileiro a instituir o cargo de ombudsman, em 1989. O ombudsman tem as seguintes atribuies: redige diariamente crtica interna sobre o trabalho da redao, ouve os leitores e prepara uma coluna pblica semanal com crticas aos meios de comunicao e ao prprio jornal. Inside information significa INFORMAO PRIVILEGIADA. O conceito de Jornalismo de natureza substantiva envolve a presena de reprter no palco da ao, ou seja, refere-se emisso direta do local onde ocorre determinado fato. O conceito de Jornalismo de natureza adjetiva refere-se ausncia do reprter no palco da ao. Determinados formatos radiofnicos e/ou televisivos so predominantemente do tipo adjetivo. O debate, a entrevista de estdio, o documentrio e o boletim informativo tm uma propenso de desenvolver o Jornalismo de Natureza Adjetiva. Ao contrrio, a entrevista ao vivo, o flash, o telejornal e o radiojornal tendem a ser de natureza substantiva. Em relao aos critrios tcnicos da redao jornalstica, pode-se afirmar que toda palavra, ao lado da significao (denotao), possui tambm uma implicao emocional (conotao), que a torna mais ou menos compreensvel. A regra de Dale-Chal quanto maior a porcentagens de palavras familiares em um texto, tanto maior sua legibilidade deve ser observada na redao jornalstica. O que se convencionou a chamar jornalismo de preciso uma adaptao das tcnicas de observao da cincia social busca de notcias: a pesquisa, a anlise de contedo, a observao do participante e as experincias de campo. Podemos dizer que a anlise de contedo UM CONJUNTO DE TCNICAS DE ANLISE DAS COMUNICAES. O Jornalismo UMA FORMA SOCIAL DE CONHECIMENTO. Por trs da noo de que possvel uma reportagem objetiva, est a idia de que a informao pode ser apresentada de tal maneira que seus receptores sejam capazes de formar suas prprias opinies. Segundo Dan Schiller, pode-se afirmar que alguns fatoressentido da promoo do bem comum (BELTRO, 1992, p. 67). BELTRO, Luiz. Iniciao filosofia do jornalismo. So Paulo: EDUSP, 1992.

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favorecem a evoluo da norma de OBJETIVIDADE jornalstica. Entre eles, o desenvolvimento da fotografia, acompanhada pela crena de que ela representa de maneira realista a realidade e a evoluo da noo de imprensa como voz do povo. OBJETIVIDADE: Assegura-se a objetividade pela possibilidade de verificao dos fatos, apresentaes de possibilidades que conflitam, apresentao de provas auxiliares, uso judicioso das aspas, estruturao da informao numa seqncia apropriada e separao entre fatos e anlises. (Nelson Traquina) O princpio da objetividade na produo jornalstica, hoje uma imposio nesta atividade, foi marcado por quatro grandes acontecimentos histricos: o advento das agncias de notcias, o desenvolvimento industrial, as duas grandes guerras e o advento da publicidade e das relaes pblicas. A razo pela qual as agncias de notcias so consideradas menos vulnerveis a notcias tendenciosas que: servem a veculos de opinies polticas diferentes. A objetividade absoluta , na prtica, impossvel. Tanto em veculos impressos quanto audiovisuais, o simples mecanismo de seleo das informaes a serem divulgadas e o encadeamento dessas informaes no discurso eliminam a pretensa objetividade. (...) O texto jornalstico deve ser imparcial, entendendo-se que a neutralidade do jornalista deve preservar a natureza intrnseca dos fatos. (...) O princpio da imparcialidade postula que a informao jornalstica deve ser justa, estar livre de preconceitos, mostrar amplitude de critrio e respeitar a verdade, bem como representar devidamente todo credo ou corrente de pensamento. Entre as regras pragmticas para a imparcialidade, o equilbrio e a objetividade no jornalismo, o reprter deve observar a chamada regra da atribuio, de acordo com a qual se deve fornecer a fonte, seja esta bvia ou no, de cada fato importante de uma histria. Quanto s diferenas entre notcia e informao jornalstica, tem-se que a notcia trata de um fato ou acontecimento indito, intenso, atual, com proximidade e identificao que a tornam relevante; j a informao mais extensa, completa e mais rica de dados. Ainda: Um profissional de comunicao sabe distinguir entre notcia e informao jornalstica, que guardam graus diferentes de profundidade na abordagem do assunto: a notcia mais breve, sumria, ligada emergncia do fato que a gerou; a informao jornalstica mais extensa e completa, mais rica em aprofundamento e nas relaes com outros universos. O jornalista se depara com um conflito permanente entre sua subjetividade e seu dever profissional. A melhor maneira de lidar com isso BUSCAR RECONHECER SUA SUBJETIVIDADE e no usar a NEUTRALIDADE COMO MSCARA. Entre as regras para a imparcialidade, o equilbrio e a objetividade do jornalismo, regra da atribuio deve ser observada pelo reprter. Essa regra consiste em fornecer a fonte, seja bvia ou no, de cada fato importante de uma histria. O jornalismo tem quatro razes de ser fundamentais: INFORMAR, INTERPRETAR,ORIENTAR E ENTRETER. DEADLINE (fechamento): presses como o deadline fazem com que os definidores primrios (grupos de poderes que apresentam, quase sempre, opinies institucionalizadas) tornem-se constantes nos meios comunicativos. ERA DA INFORMAO: com a globalizao e as novas ferramentas de comunicao baseadas na telemtica, criou-se o que Ismar de Oliveira Soares denomina de Era da Informao, na qual a comunicao possui quatro atributos universais. Ela , ao mesmo tempo, planetria, permanente, imediata e imaterial.

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JUAREZ BAHIA: A palavra jornalismo quer dizer apurar, reunir, selecionar e difundir notcias, idias, acontecimentos e informaes gerais com veracidade, exatido, clareza, rapidez, de modo a conjugar pensamento e ao (...) o jornalismo uma arte, uma cincia, uma tcnica. JOS MARQUES DE MELO: tem a viso do jornalismo enquanto tcnica ao considerar que cabe ao discurso jornalstico reproduzir o real, que no passa de algo imutvel, restando aos jornalistas a tarefa de relatar os fatos. MARCONDES FILHO: Notcia a informao transformada em mercadoria com todos os seus apelos estticos, emocionais e sensacionais; para isso a informao sofre um tratamento que a adapta s normas mercadolgicas de generalizao, padronizao, simplificao e negao do subjetivismo. NILSON LAGE: a atividade jornalstica se baseia num trip formado pelas linguagens, tecnologias e cincias sociais. De acordo com ele, pode-se definir notcia como o relato de uma srie de fatos a partir do fato mais importante ao aspecto mais importante. ADELMO GENRO FILHO: jornalismo como uma forma de conhecer que se cristaliza no oposto da universalidade, a singularidade. uma forma de conhecimento que surge, historicamente, com base no desenvolvimento das relaes capitalistas e com base na indstria. (...) Ele usa as categorias metodolgicas de Kant, o singular, o particular e o universal. Assim, conclui: o critrio jornalstico de uma informao est indissoluvelmente ligado reproduo de um fato do ponto de vista da sua singularidade. RONALDO HENN: Sob influncia da teoria pierciana dos signos, diz que a produo de notcia envolve um processo ainda mais complexo, que ele entende por semiose. As notcias formam signos cujos objetos so as ocorrncias que pululam no cotidiano. Esto aptas a reproduzir interpretantes de diferentes matizes, que vo desde a formao de opinio sobre determinados episdios at a gerao de aes concretas na sociedade. JOS MARQUES DE MELO: O jornalismo concebido como um processo social que se articula a partir da relao (peridica/oportuna) entre organizaes formais (pblicos/receptores), atravs de canais de difuso (jornal/revista/rdio/televiso/cinema) que asseguram a transmisso de informaes (atuais) em funo de interesses e expectativas (universos culturais e ideolgicos). A atividade profissional tem por objeto a apurao, o processamento e a transmisso peridica de informaes da atualidade para o grande pblico ou para segmentos desse pblico atravs de veculos de difuso coletiva. O jornalismo entendido como uma forma social de conhecimento, que parte do singular, do particular, ou seja, tem como base a realidade emprica. O surgimento do jornal noticioso est ligado a dois fatores scio-histricos: urbanizao e industrializao. REDUNDNCIA: Um dos recursos do texto jornalstico o uso da redundncia. fundamental rememorar fatos para tornar o texto mais acessvel a todos os leitores. ATIVIDADE JORNALSTICA: os elementos imprescindveis a atividade jornalstica so: fato, informao e pblico. VEROSSIMILHANA: Um dos aspectos que conferem validade ao texto jornalstico, surgindo de uma tcnica na dosagem da seleo e combinao dos elementos informativos, a verossimilhana. FUTURO DA IMPRENSA: Segundo alguns autores, entre os quais Alberto Dines, perigo maior que ainda hoje ameaa a grande empresa jornalstica, : a predominncia da tecnocracia e da burocracia.

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JORNALISMO DIRIO: pode ser interpretado como um processo conjunto a interligar cada edio. Corolrio11 maior do Jornalismo pode ser interpretado como a quebra intencional e programada das normas, para despertar a ateno pelo contraste; INFORMAO: a forma/contedo de uma mensagem emitida e recebida. Ainda: a interao perfeita de forma/contedo peculiar a uma mensagem emitida e recebida. Comunicao X informao: comunicao significa operao de transferncia e partilha de experincias, sendo informao a forma/contedo que se transmite. QUALIDADE MDIA: o ponto timo de produo editorial. Mensagens jornalsticas: resulta da articulao de um conjunto de elementos estruturais caractersticos do processo de informao. MEDIA WATCHERS: As prticas de anlise e crtica dos media watchers visam, entre outros objetivos, contribuir para o aperfeioamento dos meios de comunicao. (...) O Observatrio da Imprensa foi o primeiro media watcher da internet brasileira. Embora tenha surgido num ambiente acadmico, em 2001, passou a ser um projeto de uma organizao sem fins lucrativos, o Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor). A funo social do jornalismo responder s necessidades de indivduos ou grupos de afirmar publicamente suas opinies e informaes. Esta funo, com relao imprensa, confirma o seu poder. JORNALISMO PBLICO: Em meados de 1990, surgiu a expresso jornalismo cvico, logo acompanhada por outras como jornalismo de interesse pblico, ou ainda jornalismo de contato com a comunidade. Apesar da falta de acordo sobre o rtulo, os adeptos da nova tendncia estavam de acordo com o essencial: os jornais devem retomar o contato com a comunidade, descobrindo o que os leitores querem e abrindo espao para discusso dos temas de interesse pblico. (...) A acusao principal contra o jornalismo cvico a de que seus adeptos abandonaram a iseno e a distncia em relao aos processos polticos, principalmente o eleitoral, para adotar a postura de participantes, criando agenda e orientando a discusso. Conceito bsico no Jornalismo, a autonomia para investigar e divulgar assuntos de interesse pblico denominada independncia editorial.

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Verdade que decorre de outra, que sua conseqncia necessria ou continuao natural.

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#Jargo jornalstico12O acompanhamento e o desdobramento de um fato so chamados de SUTE. Ou ainda: reportagem que explora os desdobramentos de notcia publicada na edio anterior. Ainda: sute o desenvolvimento de uma notcia publicada pelo jornal nos dias seguintes primeira publicao. Indispensvel logo aps a divulgao do fato, como seu desdobramento natural ou mesmo provocado, a sute deve, no entanto, ser suspensa quando no houver novas informaes a respeito e os textos j estiverem apenas repetindo os dados colhidos nos dias anteriores. (...) seqncia de um assunto, em edies subseqentes do jornal, em caso de novas informaes. BONECA o esboo grfico de uma pgina ou publicao, sem rigor com as medidas. DEDO DURO: chamada para informaes complementares em outra pgina. VIVA: slaba ou palavra isolada em uma linha. Ainda: a palavra ou slaba que sobra na ltima linha de um pargrafo. A forca a ltima linha sozinha, constituda por palavra isolada, no topo de uma nova coluna ou a primeira linha de um pargrafo solta no final de uma coluna de texto (a informao de forca no est confirmada). OLHO: frase do texto destacada, em corpo maior, no meio da matria. Tambm: para destacar, no meio do texto, uma determinada frase de efeito numa entrevista no estilo pingue pongue, o editor pode lanar mo do OLHO. No jargo jornalstico, o puro registro dos fatos sem comentrios ou interpretaes tambm conhecido como HARD NEWS. FAZER A COZINHA: reescrever, adaptar, atualizar ou condensar textos prontos para publicao. SEGUNDO CLICH: em linguagem jornalstica, significa: Variao de uma mesma edio com informaes de ltima hora. FAIT DIVERS: Os franceses chamam fait divers s trivialidades de chocalhice. Muitas manchetes so feitas retratando pessoas como se fossem gado. Imagine-se cada12

Chapu - uma palavra, nome ou expresso, sempre sublinhada, usada acima do ttulo e em corpo pequeno, para caracterizar o assunto ou personagem da notcia. Ainda: chapu - Palavra ou expresso curta colocada acima de um ttulo. Usada para indicar o assunto de que trata o texto ou os textos que vm abaixo dela. Calhau - todo material usado para cobrir espaos em branco que no foram ocupados com material editorial, material publicitrio ou anncio referente ao prprio jornal, programado antecipadamente. O calhau aparece geralmente na forma de um anncio relativo ao jornal colocado na pgina sem planejamento prvio, apressadamente, para suprir falhas de diagramao. Aquela pequena notcia que preenche os claros deixados pelo noticirio e que no tem importncia tambm chamada de calhau. Box - Recurso editorial que se reveste de forma grfica prpria. Um texto que aparece na pgina entre fios, sempre em associao ntima com outro texto, mais longo. Pode ser uma biografia, um dilogo, uma nota da redao, um comentrio, um aspecto pitoresco da notcia. Macarro - Palavra usada para designar uma folha solta de papel-jornal, em tamanho padro, inserida entre as pginas de uma edio. O macarro pode ser previamente programado pelo setor industrial do jornal como pode tambm ser utilizado para aumentar ou diminuir o nmero de pginas de uma edio. Gancho - Pretexto que gera a oportunidade de um trabalho jornalstico. Quanto mais pretextos h para a produo de uma investigao jornalstica mais oportuna ela . Quanto mais ganchos estiverem por trs de uma edio mais quente ela . Bigode - Fio de um ponto tipogrfico que serve para marcar uma separao visual entre textos e/ou ilustraes. Sua caracterstica no ocupar toda a medida do material que ele separa. centralizado nela de forma a deixar margens brancas de igual extenso nos dois lados. Barriga - No jargo jornalstico significa a publicao de um erro grave de informao. Do ponto de vista tico e de credibilidade, quando um veculo de comunicao d uma barrigada deve corrigi-la, sem eufemismos, imediatamente na edio subseqente, assumindo integralmente a culpa e apurando responsabilidades no mbito interno do veculo.

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figura pblica com um chocalho ao pescoo. Quanto mais se mexe, mais o badalo soa e os jornais assoalham-se para publicar os no-depoimentos de desalinhamentos do rebanho com fatos no confirmados e desmentidos que foram dados como falsos. O sucesso consegue-se com uma tcnica a que chamo de chocalhar para chocar. A visada na primeira pgina at pode no ter chocalhado, mas o jornal que chocalha por ela. COPIDESQUE: redao final, melhorada, de uma matria ou de qualquer texto escrito. EMPACOTAMENTO: uma das etapas do processo de produo de notcias nas redaes on-line, significa transformao de material de agncia noticiosa conveniada em diferentes matrias. BALO DE ENSAIO: Quando uma autoridade deseja avaliar a repercusso de uma deciso se marcar como nus de eventuais reaes negativas, lana mo s vezes de um recurso que o jargo jornalstico chama de: balo de ensaio. Ainda: especulao que uma fonte planta no noticirio para avaliar a repercusso na opinio pblica. SUTI: Em jargo jornalstico, suti o subttulo que vem logo aps a manchete, para refor-la ou dar-lhe maior clareza. GRAVATA: a frase que vem logo abaixo do ttulo de uma arte e que tem a funo de explicar o que ela apresenta. RESMUNGAR: investigar a harmonia, o ritmo e os acentos. INSERO: O termo insero usado em pelo menos dois casos: no sentido de ordenar a publicao de um anncio ou no sentido de colocar uma matria em pgina de jornal ou revista. EFEMRIDES: significam, em latim, "memorial dirio", "calendrio" (ephemris,dis), ou, em grego, "de cada dia" (ephmers,dos). A palavra efmero/a ("que dura um dia") tem a mesma etimologia. Uma efemride um fato relevante escrito para ser lembrando ou comemorado em um certo dia, ou ainda uma sucesso cronolgica de datas e de seus respectivos acontecimentos. NARROWCASTING: grupos especficos de interesse. Hard news consistem nas notcias vinculadas a acontecimentos. (...) Soft news referem-se a ocorrncias sem grande importncia, que podem ser armazenadas. (...) Spot news so notcias que dizem respeito a acontecimentos imprevistos. (...) Hot news se reportam a acontecimentos muito recentes. NEWSPEG: qualquer acontecimento da atualidade que legitima a noticiabilidade de outro acontecimento, assunto ou problemtica. Ainda: "Gancho" que atualiza uma informao, permitindo que ela se torne notcia. BROCHE: A edio de um jornal pode lanar mo de recursos como o broche, que uma foto ou ilustrao aplicada sobre outra maior, em um local em que a ltima tem pouca informao visual. O broche funciona como informao complementar, mas um recurso de destaque que deve ser usado com parcimnia.

#Jornal/ #revistaOs jornais ocupam funes sociais relevantes, independentemente do tamanho das estruturas organizacionais. Editorialmente, este tipo de mdia apresenta semelhanas a partir de caractersticas comuns como funes de TRANSMITIR INFORMAES E INFLUENCIAR LEITORES. O formato de um jornal est sempre associado sua finalidade e pblico alvo. Os dois formatos mais tradicionais so O STANDARD E O TRABLIDE. 2

Para Alberto Dines, a seo Cartas dos leitores, nos jornais, especialmente importante, porque representa a evidncia de que o leitor no um fato isolado, mas uma frao de um universo. Jorge Cludio Ribeiro identifica como a expresso jornal de causa um procedimento jornalstico que significa NOTICIRIO IDENTIFICADO COM A LINHA EDITORIAL DO JORNAL (ex.: O Estado de So Paulo). Uma o texto publicado na primeira pgina que apresenta a notcia ao leitor e o avisa que um noticirio mais completo est em determinada pgina interna. O jornal, em essncia, noticia os fatos por etapas, enquanto a revista d ao leitor uma viso de conjunto. O que os americanos chamam de infotainment13, referindo-se principalmente televiso, tem sido tambm observado no jornalismo brasileiro. Esse processo identificado por EFEITOS ESPECIAIS E AUDINCIA. O editorial representa o ponto de vista de um meio de comunicao. Assim, os atributos necessrios para um bom editorialista so: ARGUMENTAO, SENSO CRTICO E RESPONSABILIDADE. Ainda: Editorial um gnero jornalstico que expressa a opinio oficial da empresa. O EDITORIAL CONSISTE na "verdade" e no posicionamento do veculo informativo sobre um dado fato publicado. O editorial um texto jornalstico opinativo e impessoal, que aborda tema relevante. PGINA FRONTAL: a implementao da pgina frontal aos editoriais (opposite-editorial-page) objetivou ventilar, pela multiplicidade, o setor opinativo dos jornais. O comentrio jornalstico e o editorial so textos opinativo, mas no se confundem com a nota. Apesar da rapidez de informao fornecida pelo rdio e pela televiso, a mdia impressa ainda est entre as preferidas do pblico. O que a diferencia dos outros meios de massa a CONSISTNCIA. O PAPEL DO JORNAL a busca das circunstncias. A informatizao dos veculos impressos motivou mudanas estticas profundas nos jornais, adotando-se ampla utilizao de grficos, ilustraes e desenhos. A independncia editorial um princpio da atividade jornalstica, que pode ser explicado, entre outras palavras, como a determinao de que: os veculos devem trabalhar em funo do interesse do cidado, de forma independente de outros interesses. JORNAL POPULAR: Os jovens e as mulheres amam estes jornais. Eles so bem escritos, so todos coloridos, visualmente atrativos, esto bem impressos e investem em publicidade. O modelo definitivo: a) investem principalmente em exemplares avulsos; (...) c) mantm um reduzido nmero de pginas (24 a 36 em mdia); d) conseguem nova publicidade para nova massa de consumidores; e) e aproveitam a sinergia da editora-me (pacotes publicitrios, rede de distribuio, servios gerais e impressoras) . O texto de Juan Antonio Giner, publicado na Revista Ideas, em fevereiro de 2003, se refere ao seguinte tipo de jornal: POPULAR. Jornais isentos e independentes: pressupem estruturas internas harmnicas e liberais;

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Infotainment uma palavra inventada pelos americanos com o cruzamento de duas: information e entertainment.

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As revistas so publicaes peridicas que, de acordo com o pblico e a linha editorial, divulgam mensagens jornalsticas, publicitrias, institucionais, doutrinrias, artsticas, educativas, culturais, cientficas ou de humor. Diante do fato de que o leitor tem a sua disposio outros meios para obter informaes imediatas, o jornalismo impresso precisou promover adaptaes em seu estilo redacional. Isto trouxe como conseqncia a aproximao do texto do jornal dirio ao da revista de informao semanal, com a publicao de matrias interpretativas. As revistas de atualidades trabalham com mais nfase a reportagem, o comentrio e a fotografia. Em geral, o reprter parte de um fato conhecido e busca novos ngulos para a matria. Mas essa regra no rgida e as revistas podem trazer reportagens inditas, verdadeiros furos de reportagem. Personalizao da Informao significa que o jornal : um produto dirigido a cada leitor em separado. Na dcada de 60, a partir da modernizao da indstria grfica e da potencializao da propaganda, em detrimento da prpria informao, em alguns casos, nasce uma forma diferenciada de jornalismo, que se consolidou entre a segunda metade da dcada de 70 e no curso da dcada de 80, sendo hoje um pilar da comunicao de massa. Estamos falando de jornalismo: DE REVISTA. CABEA: O conjunto formado pelo ttulo, lide e outros elementos introdutrios, na parte superior de algum tipo de matria jornalstica, se chama: CABEA. Nos jornais dirios, a narrativa de imprensa caracteriza-se: por uma espcie de jogo meta-narrativo. A primeira revista no mundo j falava a um pblico especfico. Lanada em 1663, a alem Edificantes Discusses Mensais continha assuntos aos interesses em temas teolgicos. No Brasil, o pioneirismo contraditrio para os especialistas no assunto. Alguns consideram o Correio Brazilliense, editado em 1808 em Londres por Hiplito da Costa, sendo a nossa primeira revista. Outros estudiosos atribuem revista Variedades ou Ensaios de Literatura, em 1812, genuinamente brasileira e, portanto, a pioneira em nosso pas. TIRAGEM E CIRCULAO: respectivamente, absoluto que efetivamente foi impresso e de exemplares que chegaram s mos dos leitores.

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PARTE 2: REPORTAGEM/ NOTCIA/ LINGUAGEM JORNALSTICA#Entrettulos (interttulos)A finalidade do uso deste recurso tornar mais agradveis e menos pesados textos noticiosos extensos. Recurso utilizado em textos muito longos para ABRIR CLAROS NA PGINA. Nos textos extensos, a matria jornalstica pode ser dividida em entrettulos, que so TTULOS DE SUBDIVISO. Sobre o emprego correto de entrettulos nos textos jornalsticos, correto afirmar, de acordo com o Manual de Redao e Estilo de O Estado de S. Paulo: a finalidade do uso deste recurso tornar mais agradveis e menos pesados textos noticiosos extensos; Entrettulos so elementos que servem para dar uma pausa no texto jornalstico, reforando algum aspecto que ser tratado a seguir.

#LeadCaracteriza-se por lead que destaque o relevante e assinale os aspectos adicionais mais importantes, desenvolvendo-se em ordem decrescente. Um bom LEAD aquele que faz o leitor continuar a ler. Ainda: uma das funes do lead atrair o leitor para a notcia e resumir os fatos mais importantes. O primeiro Lead de conceito moderno, influenciado pelo modelo do jornalismo americano foi publicado na imprensa brasileira no dia 11 de outubro de 1950 e dava conta de que o general americano Dwigth Eisenhower seria nomeado Comandante das Foras de Defesa da Europa Ocidental. Esse lead saiu na primeira pgina do Dirio Carioca. O discurso informativo introduzido no Brasil no final da dcada de 40, que tomava com base as tcnicas norte-americanas de redao jornalstica, popularizou a estrutura da pirmide invertida, caracterizada pela organizao dos fatos em FATOS CULMINANTES, FATOS LIGADOS ENTRADA, PORMENORES, DETALHES DISPENSVEIS. O bom lead faz o leitor continuar a ler, lembra Luiz Garcia. O lead, deve, pois, evitar ESTAR RECHEADO DE DETALHES QUE SOBRELEVEM O FATO PRINCIPAL. Ao optar pela grafia lead em vez de lide, para definir as primeiras linhas do texto de jornal, Luz Garcia assinala que a palavra inglesa expressa exatamente as funes dessas primeiras linhas e significa GUIA. No Lead tradicional, as perguntas quem, o qu, quando, onde e por qu so representadas pela seguintes frmula: 3Q CO PQ. Na redao de reportagens mais extensas, o lead abrangente (ou lido) de uso indicado para dar coerncia s retrancas ou sub-retrancas. A funo desse lido APRESENTAR TODO O ASSUNTO. SUB-RETRANCA: Um recurso editorial muito usado no jornalismo impresso a sub-retranca, texto editado abaixo do principal, para o qual traz informaes

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complementares ou anlise ou contextualizao. A sub-retranca tem como marca grfica ttulo em corpo menor do que o de um texto autnomo. A pirmide invertida uma tcnica de redao jornalstica que se caracteriza pela organizao dos acontecimentos em FATOS CULMINANTES, ASPECTOS DE ENTRADA, PORMENORES, DETALHES DISPENSVEIS. O Lide que apresenta a viso do lugar onde a notcia ocorreu ou descreve a cena e as pessoas envolvidas DESCRITIVO. O lide bombstico e de grande efeito conhecido como CPSULA. A forma de redao jornalstica que obedece a seqncia de revelar os fatos culminantes, os fatos importantes ligados entrada, os pormenores interessantes e detalhes dispensveis A PIRMIDE INVERTIDA. Lead composto, lead resumo, lead flash, lead dramtico (ver livro Jornalismo Narrativo, em Material da Net, dentro da pasta Jornalismo). NARIZ DE CERA: abertura da matria com consideraes do jornalista sobre dados sem maior importncia. Ainda: Considerado um sinal de exagero de texto, o pargrafo introdutrio que retarda a entrada no assunto especfico de uma matria jornalstica chamado de nariz-de-cera. LEAD INTERPRETATIVO: Duas variaes estruturais de notcias so usadas em situaes especficas: O lead narrativo, em que uma breve seqncia de fatos (em geral, na cobertura da vida urbana ou de fatos policiais menos dramticos) conduz a concluso inesperada. como um pequeno conto, de quatro a cinco linhas. O lead interpretativo, em que um fato (econmico, cientfico) apresentado no simplesmente como de fato ocorreu, mas relacionado a outros fatos ou tomado por suas conseqncias previsveis, de modo a facilitar a compreenso ou aproximar a informao do cotidiano do pblico. Em redao jornalstica, existe o conceito de lead, ou a determinao de comear a redigir a notcia pelo fato principal, entre os que sero relatados. Essa estrutura se aplica a textos jornalsticos destinados a qualquer meio de comunicao. SUBLIDE: correspondente ao segundo pargrafo de um texto de corte e porte jornalstico. O lead no passa de uma tcnica, surgida nos anos 50, para evitar o nariz-decera da imprensa tradicional, que, em vez de dar a notcia ao leitor, adiava-a por quatro ou cinco pargrafos de subliteratura. Ou seja, em vez de informar diretamente que Fulano de Tal fora atropelado, dava voltas e mais voltas antes de chegar ao fato. A grande maioria dos jornais brasileiros ainda se utiliza do lide para vrias das reportagens que publica. Os lides podem ser noticiosos e no-factuais, admitindo ainda outras variaes, dependendo do tipo de matria que est sendo produzida. Os lides (leads) podem romper a clssica frmula das perguntas o qu, quem, quando, como, onde e por qu em vrias situaes. As mais comuns so encontradas nas matrias de repercusso ou sute; naquelas em que faltam informaes; nas matrias humanas; naquelas que so interpretadas; ou ainda nas no-noticiosas.

#TtuloO ttulo funciona no jornalismo como anncio da notcia, portanto, como uma boa propaganda. Dessa forma, ele no deve ter como procedimento PROMETER MAIS DO QUE A MATRIA PODE OFERECER. 27

O ttulo de matria publicada em jornais e revistas ocupa no mais que 5% do espao da matria. Deve chamar a ateno do leitor, que s ento ler o lide e, finalmente, toda a matria. Em jornalismo, o ttulo um convite to atraente quanto necessrio para conquistar o leitor. Ele um anncio da informao e deve REFLETIR E SINTETIZAR O CLIMA DA NOTCIA. Como anncio da notcia, o ttulo deve concentrar-se NO FATO QUE DESPERTA MAIS ATENO. Para que um ttulo tenha o efeito de anunciar o fato principal, ele deve ser extrado de LEAD DA MATRIA, anunciando e resumindo o fato no jornal. Nas edies dominicais, os ttulos so revistizados. Verbos devem aparecer nos ttulos PREFERENCIALMENTE NO PRESENTE. Devem ser evitados ttulos com os verbos: DEVER E PODER (no tem fora de notcia o que deve e o que pode acontecer) Manchete interna o ttulo da principal matria de cada pgina. J o termo manchete usado para referir-se ao ttulo do principal assunto da edio e vem sempre na primeira pgina. Tanto a manchete quanto a manchete interna diferenciam-se dos demais ttulos pelo maior corpo de letra utilizado e maior nmero de linhas ou colunas ocupado na pgina. O resumo da matria jornalstica que destaca o aspecto principal ou mais sugestivo com o objetivo de deixar o leitor interessado em ler o texto o TTULO. Os ttulos devem ser curtos e com poucas palavras, combinadas com legendas que valorizem a seqncia de leitura. Ttulos e legendas so importantes em uma boa edio e devem ser claros, especficos e preferencialmente descrever uma ao em curso. O ttulo deve destacar o elemento mais importante ou inusitado do texto. Os ttulos, quanto posio que ocupam na pgina, podem ser classificados como manchete, manchetinha, entrettulo, subttulo ou antettulo. Entre esses, os mais usados so a manchete, ttulo principal que fica no