Apostila Lpt i 2011-1 Parte II

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MATERIAL DE APOIO LPT I PARTE II8. DIFERENAS ENTRE FALA E ESCRITA O primeiro mito que deve ser desfeito na relao entre fala e escrita o de que a fala o lugar da informalidade, da liberdade, do dizer tudo e da forma que quiser, e a escrita, por sua vez, o lugar da realizao formal, controlada e bem elaborada. A perspectiva da dicotomia estrita tem o inconveniente de considerar a fala como o lugar do erro e do caos gramatical, tomando a escrita como o lugar da norma e do bom uso da lngua. Seguramente, trata-se de uma viso a ser rejeitada. (Marcuschi, 2001: 28) Na verdade, fala e escrita so duas realizaes possveis de uma mesma lngua que tanto podem ser elaboradas quanto informais. O que determinar o grau maior ou menor de formalidade o contexto em que o falante ou escritor estar inserido. O que existe uma maior valorizao da escrita pela sociedade, justamente pelo fato de esta ser aprendida e desenvolvida em uma instituio social que a escola. Entretanto, assim como a fala no possui uma propriedade negativa, a escrita tambm no uma modalidade privilegiada, ou seja, no existe superioridade de uma modalidade em relao outra. Sendo assim, fala e escrita so duas prticas sociais que se realizam em um continuum e no de maneira dicotmica. Isso equivale a dizer que tanto a fala como a escrita apresentam um continuum de variaes, ou seja, a fala varia e a escrita varia. Assim, a comparao deve tomar como critrio bsico de anlise uma relao fundada no continuum dos gneros textuais para evitar as dicotomias estritas. (Ibidem: 42). As diferenas entre lngua oral e lngua escrita permitem traar um quadro contrativo dos componentes bsicos dessas modalidades. Quanto ... Interao Planejamento Criao Fala Escrita

Interao face a face. Mesmo contextoInterao distncia (espao temporal). situacional. Contexto situacional diverso.

Simultneo ou quase simultneo produo. Anterior produo. Coletiva, administrada passo a passo. Individual.

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Memria Consulta Reformulao Acesso Processamento

Impossibilidade de apagamento.

Possibilidade de reviso.

Sem condies de consulta a outros textos. Livre consulta. A reformulao pode ser promovida tantoA reformulao promovida apenas pelo pelo falante como pelo interlocutor. escritor.

Acesso imediato s reaes do interlocutor. Sem possibilidade de acesso imediato. O falante pode processar o texto,

redirecionando-o a partir das reaes do interlocutor. Processo Criao

O escritor pode processar o texto a partir das possveis reaes do leitor.

de O texto mostra todo o seu processo deO texto tende a esconder o seu processo criao. de criao, mostrando apenas o resultado.

Adaptado de Fvero (2000:74) EXERCCIOS TEXTO PARA QUESTES DE 1 A 4. A arte de escrever H, portanto, uma arte de escrever que a redao. No uma prerrogativa dos literatos, seno uma atividade social indispensvel para a qual falta, no obstante, muitas vezes, uma preparao preliminar. A arte de falar, necessria exposio oral, mais fcil na medida em que se beneficia da prtica da fala cotidiana, de cujos elementos parte em princpio. O que h de comum, antes de tudo, entre a exposio oral e a escrita a necessidade da boa composio, isto , uma distribuio metdica e compreensvel de idias. Impem-se igualmente a visualizao de um objetivo definido. Ningum capaz de escrever bem, se no sabe bem o que vai escrever. Justamente por causa disso, as condies para a redao no exerccio da vida profissional ou no intercmbio amplo dentro da sociedade so muito diversas das da redao escolar. A convico do que vamos dizer, a importncia que h em diz-lo, o domnio de um assunto de nossa especialidade tiram redao o carter negativo de mero exerccio formal, como tem na escola. Qualquer um de ns senhor de um assunto , em princpio, capaz de escrever sobre ele. No h um jeito especial para a redao, ao contrrio do que muita gente pensa. H apenas uma falta de preparao inicial, que o esforo e a prtica vencem.

3Por outro lado, a arte de escrever, na medida em que consubstancia a nossa capacidade de expresso do pensar e do sentir, tem de firmar razes na nossa prpria personalidade e decorre, em grande parte, de um trabalho nosso para desenvolver a personalidade por esse ngulo. [...] A arte de escrever precisa assentar numa atividade preliminar j radicada, que parte do ensino escolar e de um hbito de leitura inteligentemente conduzido; depende muito, portanto, de ns mesmos, de uma disciplina mental adquirida pela autocrtica e pela observao cuidadosa do que outros com bom resultado escreveram. (CAMARA Jr., Joaquim Mattoso. Manual de expresso oral & escrita. 7. ed. Petrpolis: Vozes, 1983) 1. Releia o trecho destacado abaixo: H, portanto, uma arte de escrever que a redao. No uma prerrogativa dos literatos, seno uma atividade social indispensvel... A partir da leitura, como poderamos definir uma redao?

2. H algum ponto de convergncia entre um texto proferido oralmente e um texto escrito? Justifique sua resposta.

3. No texto de Mattoso Camara h algumas passagens que abordam a importncia da prtica redacional na escola. Transcreva, abaixo, um desses trechos.

4. Releia o trecho destacado, a seguir, e explique, com suas palavras, o que o autor quis nos transmitir.

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Impem-se igualmente a visualizao de um objetivo definido. Ningum escrever bem, se no sabe bem o que vai escrever.

capaz de

TEXTO PARA QUESTO 5 Pases j chegam ao FMI com todos esses impasses, denotando a incapacidade de suas elites de chegarem a frmulas consensuais para enfrentar a crise mesmo porque essas frmulas implicam prejuzos aos interesses de alguns grupos poderosos. A a burocracia do FMI deita e rola. H, em geral, economistas especializados em determinadas regies do globo. Mas, na maioria das vezes, as frmulas aplicadas aos pases so homogneas, burocrticas, de quem est por cima da carne-seca e no quer saber de limitaes de ordem social ou poltica.(...) Sem os recursos adicionais do Fundo, a travessia de 1999 seria um inferno, com as reservas cambiais se esvaindo e o pas sendo obrigado ou a fechar sua economia ou a entrar em parafuso. O desafio ser produzir um acordo que obrigue, sim, o governo e Congresso a acelerarem as formas essenciais. ( caro, 170, outubro de 1998 questo adaptada do vestibular da Unicamp) 5. O articulista Luiz Nassif em seu artigo O FMI vem a. Viva o FMI, publicado na revista caro, fez uso do registro culto tpico do jornalismo, mas utilizou tambm algumas expresses da linguagem tcnica dos economistas e outras prprias da linguagem informal. Leia o trecho abaixo e resolva as questes propostas a seguir. a) Transcreva as expresses que remetem ao universo econmico.

b) Transcreva as expresses caractersticas da linguagem informal.

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c) Substitua essas expresses apresentadas no nvel coloquial por outras tpicas da linguagem formal.

GERNDIO E GERUNDISMO Gerndio ou presente contnuo uma forma verbal que indica uma ao em andamento, geralmente precedida pelo verbo estar. Entretanto uma forma verbal usada de maneira equivocada, sendo assim muitas pessoas se sentem incomodadas com a freqncia com que se ouvem frases como "Voc poder estar comprando pela internet", "Vou estar lhe transferindo...", "Vamos estar verificando"... o que intitulou-se de gerundismo. A Fuvest comentou sobre o assunto . Transcreveu o seguinte fragmento de uma crnica: Quando a teleatendente diz: "O senhor pode estar aguardando na linha, que eu vou estar transferindo sua ligao", ela pensa que est falando bonito. Por sinal, ela no entende por que "eu vou estar transferindo" errado e "ela est falando bonito" certo. E vem a pergunta da banca: Voc concorda com a afirmao do jornalista sobre o que certo e o que errado no emprego do gerndio? Justifique sucintamente sua resposta. De acordo com a Revista Lngua Portuguesa, o gerundismo joga luz sobre o artificialismo nas relaes sociais, um vcio de linguagem que simula a formalidade e evita compromisso com a palavra dada. Leia atentamente o texto abaixo e na sequncia faa os exerccios propostos. Por Luiz Costa Pereira Jr. Ele chegou furtivo, espalhou-se feito gripe e virou uma compulso nacional. Em menos de uma dcada, o gerundismo cavou pelas bordas seu lugar sob os holofotes do pas. o Paulo Coelho da linguagem cotidiana. Nas filas de banco, em reunies de empresas, ao telefone, nas conversas formais, em e-mails e at nas salas de aula, h sempre algum que "vai estar passando" o nosso recado, "vai estar analisando" nosso pedido ou "vai poder estar procurando" a chave do carro. fenmeno democrtico, sem distino de classe, profisso, sexo ou idade. O gerundismo j foi alvo de tantos e calorosos debates, que mesmo a polmica em torno dele pode estar virando uma espcie de esporte de horas vagas, quase uma comicho a que poucos parecem indiferentes. Embora no haja explicao nica para a origem do fenmeno, sua popularidade chama a ateno no s de especialistas da lngua, mas de empresrios e ouvidos sensveis a saraivadas repetidas do mesmo vcio. Principalmente porque, por trs da aparente certeza sinttica, podemos estar diante de um

6fenmeno com implicaes semnticas e pragmticas - seu sentido, alargado ao dia-a-dia, pode dizer algo sobre a prpria cultura brasileira, nem sempre lembrada quando se discute o assunto. O uso repetitivo do gerndio tem nome prprio: endorria. Sim, a palavra parente da diarria, para alegria dos humoristas. Mas a vtima do gerundismo no o gerndio isolado, in natura, a estrutura "vou estar + gerndio", uma perfrase (locuo com duas ou trs palavras). Em si, a locuo "vou estar + gerndio" legtima quando comunica a idia de uma ao que ocorre no momento de outra. A sentena "vou estar dormindo na hora da novela" adequada ao sistema da lngua, assim como quando h verbos que indiquem ao ou processo duradouros e contnuos: "amanh vai estar chovendo" ou "amanh vou estar trabalhando o dia todo", por exemplo. Aquilo que se deu o nome de gerundismo se d quando ns no queremos comunicar essa idia de eventos ou aes simultneas, mas antes falar de uma ao especfica, pontual, em que a durao no a preocupao dominante. A coisa piora mesmo quando a idia de continuidade nem deveria existir na frase. "Vou falar" narra algo que vai ocorrer a partir de agora. "Vou estar falando" se refere a um futuro em andamento - "estar" d idia de permanncia no tempo. Nesses casos, o gerndio usado em situaes mais adequadas ao uso do infinitivo (aquele que no d idia de ao em curso, mas de assertiva). no mnimo forado falar de uma ao isolada, que se concluiria num ato, como se fosse contnua. Quando respondemos ao telefone "vou estar passando o recado", foramos a barra para que o recado, que potencialmente tem tudo para ser dado, no tenha mais prazo de validade. - H um paradoxo semntico porque se d a impresso de que a ao prometida duradoura - diz o lingista Srio Possenti, da Universidade de Campinas. Ao adotar o gerndio numa construo que no o pedia, a pessoa finge indicar uma ao futura com preciso, quando na verdade no o faz. Para a professora Maria Helena de Moura Neves, da Unesp e do Mackenzie, autora da Gramtica de Usos do Portugus, o gerundismo faz a informao pontual (em que o foco est na ao) ser transformada numa situao em curso (durativa). O aspecto pontual aquele em que um fenmeno flagrado independentemente da passagem de tempo - o verbo se refere s ao. So pontuais, por exemplo, expresses como "vou fazer" ou o futuro do presente, "farei". Sugesto de vdeos: Lngua solta gerundismo Jornal da globo - gerundismo EXERCCIOS SOBRE GERNDIO Partindo do pressuposto de que no devemos usar o gerndio para reforar a ideia de progressividade no futuro, escreva as frases abaixo utilizando a forma correta, sempre que julgar necessrio:

a) Eu vou estar estudando o projeto de lei.

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b) Estaremos transferindo a quantia amanh.

1. O gerndio traz vrios significados diferentes. Abaixo alguns exemplos: Gerndio modal: Chegou alegrando o ambiente. Gerndio temporal. Indica contemporaneidade entre a ao expressa pelo verbo principal e o gerndio: Vi Henrique conversando. Gerndio durativo: Ficou escrevendo seu livro. Gerndio cuja ao imediatamente anterior do verbo principal: Estudando, passou no vestibular em primeiro lugar. Gerndio concessivo: Chovendo, no iria festa. Gerndio explicativo: Vendo que a suspenso no funcionava, o piloto chamou o mecnico. Qual a diferena entre as frases abaixo? Explique o sentido de cada uma. a) Vi teu filho nadando. b) Nadando, vi teu filho. Resposta: ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ PRONOMES 1. Das alternativas abaixo, apenas uma preenche de modo correto as lacunas das frases. Assinale-a: Quando sares, avisa-nos, que iremos ____________. Meu pai deu um livro para _________ ler. No se ponha entre _____________ e ela. Mandou um recado para voc e __________. a) c) 2. contigo, eu, eu, eu. consigo, mim, mim, eu. O emprego e a colocao dos pronomes sublinhados esto corretos em: d) consigo, eu, mim, mim. e) contigo, eu, mim, mim.

b) com voc, mim, mim, mim.

a) para mim partir o bolo? Farei-o com prazer.

8 b) Unam-se agora, e todos lhes seguiro o exemplo. c) Eles j haviam vingado-se dela uma vez, embora eu lhe houvesse prevenido disso. d) Por mais que venha a se esforar, no consigo os bons resultados de que ele orgulha-se. e) O mdico receitou-a um remdio, mas ela no lhe encontrou.

3.

Em H quem no se importe, est correta a colocao do pronome se, assim como a do pronome sublinhado em:

a) Deus abenoe-te, meu filho! b) tem comportado-se muito mal aquele jogador. c) poderia-se adiar esse encontro para a prxima semana. d) os rebeldes no entregar-se-iam facilmente. e) para ajudar-me, era capaz de tudo.4. Em sempre que nos vemos e volto sempre a ela, os pronomes pessoais esto empregados segundo as normas do portugus escrito culto. Entre os exemplos abaixo, o que tambm est de acordo com essas normas : a) c) e) 5. ela trouxe o livro para mim ler. no estou lhe reconhecendo. estivemos muito prximos, mas no lhe vi o rosto. Marque o item sublinhado que represente impropriedade vocabular, erro gramatical ou ortogrfico.

b) entre eu e voc tudo acabou. d) parece que o filme no o agradou.

H (A) tempos est em tramitao no Congresso proposta para reforma do sistema financeiro que concede independncia plena ao Banco Central. So fortes as presses para que a matria seja aprovada ainda sob (B) o atual governo. A iniciativa contempla contradio insanvel (C). No existe frmula poltica capaz de aumentar a independncia do BC. Nenhuma agncia governamental superaria-o (D) em matria de liberdade. Atua independentemente (E) de qualquer controle externo. (Baseado em Josemar Dantas) 12. CRASE 1. Encontre a frase onde o sinal da crase facultativo:

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a) Fui Holanda o ano passado. b) Eles riam s bandeiras despregadas. c) Estivemos aqui uma hora da madrugada. d) Prefiro esta quela. e) Ele fiz uma crnica Rubem Braga. 2. Onde facultativo o uso do sinal da crase? a) Estiveram na minha casa s duas horas da madrugada. b) Meu amor aumenta medida que o tempo passa. c) Eles foram at cidade comprar mantimentos. d) Fiz uma redao Machado de Assis. e) Na prxima semana irei Olinda dos saudosos carnavais. 3. Mostre onde o sinal indicador da crase foi usado indevidamente. a) Ela nunca foi gafieiras mas adora danar. b) O lder assistia a tudo distncia de cem metros. c) Retornou casa paterna. d) Encontrei-o beira da falncia. e) Fomos at rua. 4. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase: Foi obrigado _________ embarcar no trem que saa _________ onze horas, mas mostrou ________ seu descontentamento. a) a as . b) as . c) a s a. 5. O sujeito tico ou moral no se submete aos acasos da sorte, ________ vontade e aos desejos de um outro, ______ tirania das paixes, mas obedece apenas _______ sua conscincia (que conhece o bem e _____ virtudes) e ________ sua vontade racional, que conhece os meios adequados para chegar aos fins morais. A busca do bem e da felicidade so ______ essncia da vida tica. (Marilena Chau, Convite Filosofia, tica, 1997, p. 342) Assinale a opo que preenche as lacunas de forma correta. a) as a. b) a a s a . c) a a as . d) a a s a. e) a as a . d) s a. e) a s .

106. A alternativa com erro no emprego do acento indicativo da crase : a) A maioria dos homens passa de uma condio outra. b) Explicava sua experincia filha. c) Deveria explicar sua experincia essa gente. d) Esperou do meio-dia s quatro horas. e) Vivenciou desde os projetos ambiciosos s experincias sem importncia.

13. PONTUAO1. ... acaba de inaugurar em Boston, EUA, um avanado laboratrio...; o emprego das vrgulas nesse segmento se justifica por: a) Necessidade de destacar o termo mais importante. b) Obrigatoriedade de separar as siglas. c) Mostrar uma explicitao do termo anterior. d) Destacar o vocativo. e) Indicar um termo intercalado. 2. Indique a alternativa em que a pontuao da frase obedece norma culta. a) Nos ltimos anos empresrios, pegaram, firme, na questo da responsabilidade social. b) Associaram-se em fundaes que, captam recursos, e orientam trabalhos. c) Outros, como era de se esperar, foram estimulados, pelos empregados, a olhar, para os desfavorecidos. d) O Brasil tem, segundo critrios do IBGE 20 milhes de pessoas, vivendo abaixo da linha da pobreza. e) Para os que recebem ajuda, essa multiplicao bem-vinda, mas est longe de representar uma soluo. 3. Assinale a alternativa que apresenta a pontuao correta. a) Dos entrevistados europeus, alguns, j buscam notcias on-line. b) Alguns entrevistados j buscam celular; outros, computadores. c) No Afeganisto, o conflito, leva a um grande esforo de guerra. d) Os governos tm um objetivo: informar em vrias, linguagens. e) Para melhorar sua reputao o Brasil, precisa, mudar estratgias. 4. Assinale a opo em que o trecho foi transcrito com erro de pontuao. a) A Independncia Brasileira no foi uma revoluo: ressalvadas a mudana no relacionamento externo e a reorganizao administrativa no topo, a estrutura econmica-social criada pela explorao colonial continuava intacta, agora em benefcio das classes dominantes locais.

11b) Diante dessa persistncia, era inevitvel que as formas modernas de civilizao, vindas na esteira da emancipao poltica e implicando liberdade e cidadania, parecessem estrangeiras ou postias, antinacionais, emprestadas, despropositadas etc., conforme as preferncias dos diferentes crticos. c) A violncia da adjetivao indica as contores do amor-prprio brasileiro (de elite), obrigado a desmerecer em nome do progresso, os fundamentos de sua preeminncia social, ou vice-versa, opo deprimente nos dois casos. d) De um lado, trfico negreiro, latifndio, escravido e mandonismo, um complexo de relaes com regra prpria, firmado durante a Colnia e ao qual o universalismo da civilizao burguesa no chegava. e) De outro lado, sendo posto em xeque pelo primeiro, mas pondo-o em xeque tambm, a Lei (igual para todos), a separao entre o pblico e o privado, as liberdades civis, o parlamento, o patriotismo romntico. (SCHWARZ, Roberto. Cultura e poltica, p. 127-128) 5. Marque o item em que o emprego da vrgula est correto. a) Os anunciantes procuram ser cada vez mais criativos, e o pblico persuadido pelas frases de impacto. b) A primeira coisa que voc tem a fazer botar um Gold Smoke na boca, e acend-lo com um gesto msculo. c) claro, que a presso exercida pela publicidade pode chegar a nveis assustadores. d) Cada vez mais a seduo da publicidade tem provocado, polmica atualmente. e) A verdade que a redao de texto publicitrio, tornou-se hoje em dia uma atividade especializada. 6. Assinale a opo que corresponde ao emprego incorreto do sinal de pontuao. O Fisco ter acesso s informaes declaradas tanto pelos contribuintes, como pelas administradoras de carto de crdito e pelo comrcio no Imposto de Renda, e, tambm, por meio do novo sistema eletrnico, (1) s informaes de movimentao real. Um contribuinte que, (2) no tenha capacidade econmica, ou seja, (3) que tenha um salrio baixo e que, em um ms, (4) gaste no carto de crdito R$ 100 mil, por exemplo, (5) poder ser investigado. As novas mquinas esto sendo implantadas em todos os estados. Entre os mais adiantados esto a Bahia e o Distrito Federal . (Adaptado de Sistema eletrnico para facilitar a arrecadao, Vivian Oswald, O Globo, 29/07/2002) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 7. Marque o segmento do texto cuja pontuao defeituosa. a) A tradicional lista da revista Forbes com as 500 maiores empresas americanas, traz uma surpresa este ano: 190 companhias so estreantes, contra 76 novatas da edio do ano passado.

12b) Adivinhe de onde veio a maioria das calouras? c) Bingo! Do mundo virtual. d) No total, 23% so empresas de Internet e outras 40% de reas ligadas Web, como computadores, softwares e telecomunicaes. e) Ao contrrio da rival Fortune, cujo critrio para avaliao das 500 maiores exclusivamente o faturamento, a Forbes considera quatro itens: vendas, lucro, patrimnio e valor de mercado. (Cristiane Correa, com adaptaes)

14. TEXTO VERBAL E NO-VERBAL A capacidade humana ligada ao pensamento que se manifesta por meio de palavras (verbum, em latim) de uma determinada lngua caracteriza o texto ou linguagem verbal. Existem, porm, outras formas de linguagem de que o homem lana mo para representar o mundo, expressar-se, comunicar-se: os gestos, a msica, a pintura, a mmica, as cores. Trata-se da linguagem ou do texto no-verbal. possvel apontar semelhanas e diferenas entre os dois tipos de textos. A anlise criteriosa (leitura) dos signos utilizados nos textos no-verbais permite que o sentido seja apreendido e que se estabelea comunicao, mesmo que a correspondncia no seja absoluta e um mesmo tipo de mecanismo assuma contornos especficos em cada tipo de linguagem. A utilizao de recursos no-verbais na comunicao freqente e exige que o leitor esteja atento a essas formas de interao que, muitas vezes tomam o lugar dos textos verbais -ou a eles se associam -com o objetivo de produzir sentido de maneira mais rpida e eficiente o caso das tabelas, dos grficos, dos sinais de trnsito, charges. Observe a mensagem transmitida com a charge abaixo:

.com/colunistas/clauro/cla _070205.php)

A capa da revista Veja, publicada em 22/06/200, apresentada abaixo, associa a linguagem verbal e a linguagem no-verbal. Analise-a e comente a mensagem transmitida.

EXERCCIO

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(http://veja.abril.com.br/busca/resultadoCapas)

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17. COESO TEXTUAL Um texto no uma unidade construda por uma soma de sentenas, mas pelo encadeamento, pelo sentido, pelas relaes entre as idias que criam uma trama de significados a que damos o nome de textualidade. Esse encadeamento a coeso textual. Uma das maneiras de se alcanar a coeso textual se d pela recuperao de elementos de uma orao em oraes posteriores. Observe: Pegue trs mas e coloque-as sobre a mesa.. Se perguntarmos a um falante de lngua portuguesa se as duas sentenas formam um texto, sua resposta ser afirmativa. Se lhe perguntarmos o motivo, dir que ambas tratam da mesma coisa. Se lhe perguntarmos ainda se existe algo na segunda sentena que a possa ligar primeira, ele nos apontar o pronome as. De fato, o pronome as recupera o termo trs mas. Eis a um exemplo de coeso textual. (Abreu, 2001:12)

14 importante ainda ressaltar que h inmeras formas de se estabelecer coeso entre as sentenas de um texto diferentes do desagradvel procedimento que o uso de expresses como: o mesmo, a repetio de artigos e o uso abusivo do pronome qual. Observe: Pegue as trs mas. Coloque as mesmas sobre a mesa. Prefira: Pegue trs mas e coloque-as sobre a mesa. Pedi uma cerveja. Uma cerveja veio sem gelo. / Pedi uma cerveja a qual veio sem gelo. Prefira: Pedi uma cerveja que veio sem gelo. / Pedi uma cerveja. Ela veio sem gelo. USO DOS OPERADORES ARGUMENTATIVOS. Vejamos abaixo os principais conectivos com os seus respectivos sentidos: Relaes lgicas Palavras e expresses articuladoras que podem ser usadas

Adio, seqncia de informaes E, nem, no s mas tambm, no s como tambm, bem como etc.

Oposio de idias Mas, porm, contudo, todavia, entretanto, no entanto, no etc.

Alternativas, escolhas Ou, ou...ou, ora...ora, j...j, quer...quer, seja...seja

Concluso Causa, justificativa ou explicao de um fato

Logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim, para concluir, finalmente, em resumo

Que, porque, pois, porquanto, como, pois que, uma vez que, visto que, j que etc.

Contradio e concesso

Ainda que, apesar de que, embora, mesmo que, conquanto que, se bem que, por mais que, posto que etc.

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Condio

ou

hiptese

necessria para que se realize Se, contanto que, salvo se, desde que, a menos que, a no ser que, um fato caso etc.

Conformidade

de

um Conforme, segundo, consoante

pensamento com outro

Finalidade ou objetivo do fato Para que, a fim de que,

Proporcionalidade

medida que, proporo que, ao passo que, quanto mais, quanto mais, quanto menos Quando, enquanto, assim que, logo que, todas as vezes que, desde

Tempo

que,

depois

que,

sempre

que,

assim

que,

previamente,

subseqentemente, simultaneamente, recentemente Comparao Como, assim como, tal como

Conseqncia De sorte que, de modo que, de forma que, sem que, tanto que etc.

Verossimilhana Na verdade

Similaridade Igualmente, tambm da mesma forma, assim como

Exemplo Por exemplo, para ilustrar

Evidncias adicionais

Ademais, alm disso, igualmente importante, adicionalmente, tambm

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EXERCCIOS 1. Renas as frases em um s perodo, observando as relaes sugeridas entre parentes. Escreva duas possibilidades para cada item.a) causa No consegui tirar meu passaporte essa semana. A Polcia Federal estava sem os formulrios e sem os impressos.

b) concluso Aquele que sobe por favor deixa sempre rastro de humilhao. Devemos ter sempre coragem e confiana em nosso prprio esforo.

c) fim Os salrios precisam subir. Haver recuperao do mercado consumidor.

d) concesso Computadores e robs j convivem com seres humanos nas fbricas, nas instituies financeiras, nas escolas e at nos supermercados. Seis dcadas depois que surgiram os primeiros computadores, l pelos idos da Segunda Guerra Mundial, um punhado de questes se colocam, entre elas: ser que eles vo competir com os seres humanos?

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e) causa Os fundadores do YouTube, Steve Chen e Chad Hurley inovaram com a possibilidade das pessoas poderem colocar vdeos em um site compartilhado. Receberam o Webby Pessoa do Ano pelo sucesso da pgina.."

2. Relacione as ideias dos trs grupos de sentenas abaixo, em um s perodo, articulando as sentenas da maneira que julgar mais adequada. Faa isso trs vezes, dando relevncia , alternadamente, a cada uma das idias. a) Muitas empresas multinacionais esto decepcionadas com alguns aspectos da nova Constituio. b) Muitas empresas multinacionais continuaro a investir no Brasil. c) Muitas empresas multinacionais acreditam no futuro do Brasil.

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3. Faa o mesmo exerccio, agora apenas uma vez, obedecendo s indicaes entre parnteses. a) O fogo , paradoxalmente, um importante regenerador de matas naturais. (ideia principal) b) O fogo destri a matria orgnica necessria formao do humo do solo. (concesso primeira) c) O fogo destri o excesso de material combustvel acumulado no cho. (causa da primeira)

4. Reescreva o texto (ou no texto porque ainda no apresenta coeso) de maneira a torn-lo coeso. As revendedoras de automveis no esto mais equipando os automveis para vender os automveis mais caro. O cliente vai revendedora de automveis com pouco dinheiro e, se tiver de pagar mais caro pelo automvel, desiste de comprar o automvel e as revendedoras tm prejuzo.

5. Complete as lacunas de modo a tornar os textos claros e coesos. a) O dia ......................................................conheci voc foi muito importante. b) A cidade ..........................................passei era maravilhosa. c) A sala .................................................tudo ocorreu tornou-se inesquecvel. d) A garota ......................................................... pais so mdicos fascinante.

19e) Muitos candidatos ...................................... compareceram no reuniam condies favorveis. f) O filme, ....................................... gostaram muito, uma produo europia. g) Estudei algumas lnguas, ....................................................no falo muito bem. h) Freqentei escolas .............................................................cursos no eram bons. i) A faculdade ...................................................... estudo agora est abrindo meus horizontes. j) O livro, ....................................me referi, aquele, de capa azul. 5. Abaixo temos alguns fragmentos de textos que apresentam algum tipo de incoerncia. Aponte-os e discuta a razo dessas incoerncias. a) Conheci Sheng no primeiro colegial e a comeou um namoro apaixonado que dura at hoje e talvez para sempre. Mas no gosto da sua famlia: repressora, preconceituosa, preocupada em manter as milenares tradies chinesas. O pior que sou brasileira, detesto comida chinesa e no sei comer com pauzinhos. Em casa, s falam chins e de chins eu s sei o nome do Sheing. No dia do seu aniversrio, j fazia dois anos de namoro, ele ganhou coragem e me convidou para jantar em sua casa. Eu no podia recusar e fui. Fiquei conhecendo os velhos, conversei com eles, ouvi muitas histrias da famlia e da China, comi tantas coisas diferentes que nem sei. Depois fomos ao cinema eu e o Sheing.

b) O quarto espelha caractersticas de seu dono: um esportista, que adorava a vida ao ar livre e no tinha omenor gosto pelas atividades intelectuais. Por toda a parte, havia sinais disso: raquetes de tnis, prancha de surf, equipamento de alpinismo, skate, um tabuleiro de xadrez com as peas arrumadas sobre uma mesinha, as obras completas de um poeta ingls.

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c) Era meia-noite. Oswald preparou o despertador para acordar s seis da manh e encarar mais um dia de trabalho. Ouvindo o rdio, deu conta de que fizera sozinho a quina da loto. Fora de si, acordou toda a sua famlia e bebeu durante a noite inteira. s quinze para as seis, sem foras sequer para erguer-se da cadeira, o filho mais velho teve de carreg-lo para a cama. No tinhas mais fora nem para erguer o brao. Quando o despertador tocou, Oswald, esquecido da loteria, ps-se imediatamente de p e ia preparar-se para ir trabalhar. Mas o filho, rindo, disse: pai, voc no precisa trabalhar nunca mais na vida.

15. ORGANIZAO DE RESUMOS RESUMO Resumo uma condensao fiel das idias ou dos fatos contidos no texto. Resumir um texto significa reduzi-lo ao seu esqueleto essencial sem perder de vista trs elementos: a) cada uma das partes essenciais do texto;

b) a progresso em que elas se sucedem; c) a correlao que o texto estabelece entre cada uma dessas partes. O resumo , pois, uma reduo do texto original, procurando captar suas idias essenciais, na progresso e no encadeamento em que aparecem no texto. Quem resume deve exprimir, em estilo objetivo, os elementos essenciais do texto. Por isso no cabem, num resumo, comentrios ou julgamentos ao que est sendo condensado. Muitas pessoas julgam que resumir reproduzir frases ou partes de frases do texto original, construindo uma espcie de "colagem". Essa "colagem " de fragmentos do texto original no um resumo. Resumir apresentar, com as prprias palavras, os pontos relevantes de um texto. A reproduo de frases do texto, em geral, atesta que ele no foi compreendido. Para elaborar um bom resumo, necessrio compreender antes o contedo global do texto. No possvel ir resumindo medida que se vai fazendo a primeira leitura.

21 evidente que o grau de dificuldade para resumir um texto depende basicamente de dois fatores: a) da complexidade do prprio texto (seu vocabulrio, sua estruturao sinttico-semntica, suas relaes lgicas, o tipo de assunto tratado, etc.); b) da competncia do leitor (seu grau de amadurecimento intelectual, o repertrio de informaes que possui, a familiaridade com os temas explorados). O uso de um procedimento apropriado pode diminuir as dificuldades de elaborao do resumo. Aconselhamos as seguintes passadas: 1. Ler uma vez o texto ininterruptamente, do comeo ao fim. J vimos que um texto no um aglomerado de frases: sem ter noo do conjunto, mais difcil entender o significado preciso de cada uma das partes. Essa primeira leitura deve ser feita com a preocupao de responder genericamente seguinte pergunta: do que trata o texto? 2. Uma segunda leitura sempre necessria. Mas esta, com interrupes, com o lpis na mo, para compreender melhor o significado de palavras difceis (se preciso, recorra ao dicionrio) e para captar o sentido de frases mais complexas (longas, com inverses, com elementos ocultos). Nessa leitura, deve-se ter a preocupao sobretudo de compreender bem o sentido das palavras relacionais, responsveis pelo estabelecimento das conexes (assim, isto, isso, aquilo, aqui, l, da, seu, sua, ele, ela, etc.). 3. Num terceiro momento, tentar fazer uma segmentao do texto em blocos de idias que tenham alguma unidade de significao. Ao resumir um texto pequeno, pode-se adotar como primeiro critrio de segmentao a diviso em pargrafos. Pode ser que se encontre uma segmentao mais ajustada que a dos pargrafos, mas como incio de trabalho, o pargrafo pode ser um bom indicador. Quando se trata de um texto maior (o captulo de um livro, por exemplo) conveniente adotar um critrio de segmentao mais funcional, o que vai depender de cada texto (as oposies entre os personagens, as oposies de espao, de tempo). Em seguida, com palavras abstratas e mais abrangentes, tenta-se resumir a idia ou as idias centrais de cada fragmento. 4. Dar a redao final com suas palavras, procurando no s condensar os segmentos mas encade-los na progresso em que se sucedem no texto e estabelecer as relaes entre eles. Observe o resumo do texto abaixo

22Na verdade, por que desejamos, quase todos ns, aumentar nossa renda? primeira vista, pode parecer que desejamos bens materiais. Mas, na verdade, os desejamos principalmente para impressionar o prximo. Quando um homem muda-se para uma casa maior num bairro melhor, reflete que gente de mais classe" visitar sua esposa, e que alguns pobretes deixaro de freqentar seu lar. Quando manda o filho a um bom colgio ou a uma universidade cara, consola-se das pesadas mensalidades e taxas pensando nas distines sociais que tais escolas conferem a pais e filhos. Em toda cidade grande. seja na Amrica ou na Europa, casas iguaizinhas a outras so mais caras num bairro que noutro, simplesmente porque o bairro mais chique. Uma das nossas paixes mais potentes o desejo de ser admirado e respeitado. No p em que esto as coisas, a admirao e o respeito so conferidos aos que parecem ricos. Esta a razo principal de as pessoas quererem ser ricas. Efetivamente, os bens adquiridos pelo dinheiro desempenham papel secundrio. Vejamos, por exemplo, um milionrio, que no consegue distinguir um quadro de outro, mas adquiriu uma galeria de antigos mestres com auxlio de peritos. O nico prazer que lhe do os quadros pensar que se sabe quanto pagou por eles; pessoalmente, ele gozaria mais, pelo sentimento, se comprasse cromos de Natal, dos mais piegas, que, porm, no lhe satisfazem tanto a vaidade. Tudo isso pode ser diferente, e o tem sido em muitas sociedades. Em pocas aristocrticas, os homens eram admirados pelo nascimento. Em alguns crculos de Paris, os homens so admirados pelo seu talento artstico ou literrio, por estranho que parea. Numa universidade teuta possvel que um homem seja admirado pelo seu saber. Na ndia, os santos so admirados; na China, os sbios. O estudo dessas sociedades divergentes demonstra a correo de nossa anlise, pois em todas encontramos grande percentagem de homens indiferentes ao dinheiro, contanto que tenham o suficiente para se sustentar, mas que desejam ardentemente a posse dos mritos pelos quais, no seu meio, se conquista o mrito. (RUSSELL, Bertrand. Ensaios cticos. 2. ed. So Paulo, Nacional, 1957. p. 67-8. In: FIORIN, Jos Luiz & SAVIOLI, Francisco Plato. (1995). Para entender o texto: leitura e redao. 11. ed. So Paulo: tica.)

Resumo do texto I - Ideia geral do texto Busca da admirao e do respeito, uma das fortes paixes do homem II - Segmentao do texto Critrio: tipo de objeto a ser adquirido 1 pargrafo: aquisio dos bens materiais; 2 pargrafo: aquisio daquilo que valorizado em cada poca ou em cada sociedade.

23III Resumo das idias de cada parte a) busca da riqueza em nossa sociedade busca do respeito e da admirao dos outros, porque isso conferido a quem parece rico; b)busca do que cada sociedade valoriza busca da admirao e do respeito dos outros. IV Redao final O homem cobia a riqueza no para usufruir dos bens materiais que ela possibilita, mas para alcanar admirao e prestgio, uma das mais fortes paixes do homem. Assim como nossa sociedade persegue a riqueza porque ele confere prestgio, outras perseguem outros indicadores de prestgio: o nascimento, o talento artstico, o saber, a santidade. (FIORIN, Jos Luiz & SAVIOLI, Francisco Plato. (1995). Para entender o texto: leitura e redao. 11. ed. So Paulo: tica.)Bibliografia ABAURRE, Maria Luiza et alii. (2003). Portugus: lngua e literatura. 2. ed. So Paulo: Moderna. ABREU, ntnio Suarez. (2001). Curso de Redao.11 ed. So Paulo: tica. CASTRO, Adriane Belluci Belrio de et alii .(2000). Os degraus da leitura. So Paulo: Edusc. EMEDIATO, Wander (2004). A frmula do texto: redao, argumentao e leitura. So Paulo: Gerao editorial. FARACO, Carlos Alberto & TEZZA, Cristvo. Prtica de texto: lngua portuguesa para nossos estudantes. 7. ed. Petrpolis: Vozes,1999. FIORIN, Jos Luiz & SAVIOLI, Francisco Plato. Para entender o texto: leitura e redao. 11. ed. So Paulo: tica, 1995. MARCUSCHI, Luiz Antnio. Da fala para a escrita: atividades de retextualizao. 2. ed. So Paulo: Cortez, 2001. PACHECO, Agnelo de Carvalho. A dissertao: teoria e prtica. 19 ed. So Paulo: Atual, 1988. SAVIOLI, Francisco Plato et alii. Coleo Anglo de Ensino. So Paulo: Anglo, 2004. SOBRAL, Joo Jonas Veiga. Redao: Escrevendo com prtica. So Paulo: Iglu, 1997. TERRA, Ermani & NICOLA, Jos de.( Gramtica, literatura e redao. So Paulo: Scipione, 1997. VIANA. Antnio Carlos et alii. Roteiro de Redao lendo e argumentando. 1 ed. So Paulo. Scipione, 2004.

DIFICULDADES COM A LINGUAGEM ESCRITA

24EMIGRANTE IMIGRANTE O que sai de um pas O que entra em um pas

EMINNCIA IMINNCIA

Figura ilustre Proximidade

APRESSAR APREAR

Acelerar Perguntar ao ajustar o preo de

INFLIGIR INFRINGIR

Aplicar pena Transgredir, violar

INTERCESSO INTERSEO

Ato de interceder, interveno Ato de cortar

MANDADO MANDATO

Ordem escrita que emana de autoridade judicial Delegao, procurao

EMPOSSAR EMPOAR

Tomar posse Formar poa

SOAR SUAR

Produzir som Transpirar

TAXA TACHA

Imposto Prego

25

TRFEGO TRFICO

Relativo a trnsito Negcios fraudulentos

EXPECTADOR ESPECTADOR

Aquele que tem expectativa Aquele que v um espetculo

SEO SESSO CESSO

Diviso, repartio Tempo de uma reunio ou espetculo Ato de ceder

CELA SELA SELA

Pequeno quarto Arreio Verbo selar

COMPRIMENTO CUMPRIMENTO

Extenso Saudao

EMINENTE IMINENTE

Alto, elevado Prestes a ocorrer

ASSESSRIO ACESSRIO

Relativo a assessor Suprfluo

CASSAR CAAR

Tirar os direitos de algum Perseguir a caa

26

DEFERIR DIFERIR

Conceder, concordar Discordar, ser diferente

DESCRIO DISCRIO

Ato de descrever Qualidade de quem discreto

DESTRATAR DISTRATAR

Insultar Desfazer contrato

RATIFICAR RETIFICAR

Confirmar, corroborar Corrigir

POR QUE, POR QU, PORQUE OU PORQU? POR QUE Utilizado no incio de frases interrogativas. Com sentido de razo / motivo pelo(a) qual. Por que voc no foi festa? Gostaria de saber por que voc no foi festa. POR QU Utilizado no final de frases interrogativas ou quando estiver isolado. Voc no foi festa, por qu? PORQUE Utilizado em respostas, na introduo de causa ou explicao. No fui festa porque estava doente. PORQU Com valor substantivo, precedido de determinante. Pode ser substitudo por motivo. Quero saber o porqu de tanta gritaria. A FIM DE ou AFIM? A FIM DE Com intuito

27Ns procuramos a fim de estabelecermos relaes comerciais. AFIM Com afinidade So pessoas afins. ONDE ou AONDE? ONDE Usado quando o verbo indica permanncia (em que lugar). Onde est o meu carro? AONDE Usado quando o verbo indica movimento (a que lugar). Aonde voc vai agora? H CERCA DE, ACERCA DE ou CERCA DE? H CERCA DE Indica tempo decorrido. A pea teatral est sendo apresentada h cerca de dois anos. ACERCA DE a respeito de. Falvamos acerca de sua demisso. CERCA DE Indica arredondamento (perto de, coisa de, por volta de, em torno de, aproximadamente) Cerca de 10 mil pessoas compareceram manifestao. Obs: No usar para nmeros exatos. Ex.: Cerca de 543 pessoas... HAJA VISTO ou HAJA VISTA? A expresso correta HAJA VISTA, mesmo antes de palavras masculinas. Vamos repetir a demonstrao. Haja vista o interesse dos participantes. TAMPOUCO ou TO POUCO? TAMPOUCO Tambm no. No compareci a festa tampouco ao almoo. TO POUCO Muito pouco. Tenho to pouco tempo disponvel para essa tarefa.

28A ou H? A Preposio, indica tempo futuro, idia de distncia e na expresso a tempo. Ele chegar daqui a duas semanas. A cidade fica a 20 km daqui. No chegaremos a tempo de ver o espetculo. H Indica tempo decorrido, passado. H tempo que no trabalho tanto quanto agora. Saiu h pouco do Rio de Janeiro. A PAR ou AO PAR? A PAR Estar ciente de, sabedor. Estou a par do ocorrido. AO PAR Termo usado em Operadores de Mercado Financeiro (indica paridade ou igualdade). O lanamento de aes foi feito ao par (com base no valor nominal). MENOS ou MENAS? Forma correta : H menos pessoas aqui do que l. No esquea que NO existe a forma MENAS. MS, MAS ou MAIS? MS Ruins. Essas pessoas so muito ms. MAS Conjuno coordenativa adversativa: entretanto, porm. A virtude comunicvel. Mas o vcio contagioso. MAIS Antnimo de menos. O jornal de hoje publicou mais fotos da vencedora do festival. MAL ou MAU?

29

MAL Antnimo de bem. A criana estava passando mal desde ontem. MAU Antnimo de bom. Houve mau uso dos equipamentos eletrnicos. AO INVS DE ou EM VEZ DE? AO INVS DE Significa ao contrrio de. Maura, ao invs de Alice, resolveu se dedicar msica. EM VEZ DE o mesmo que em lugar de. Em vez de Jos, Carlos esteve presente. A NVEL DE ou EM NVEL DE? A forma A NVEL DE dita com tanta propriedade no existe, portanto deve ser eliminada ou substituda por EM RELAO A, NO QUE DIZ RESPEITO A. A nvel de presidente, eu acredito que...(INCORRETO) No que diz respeito ao presidente, eu acredito que...(CORRETO) A expresso EM NVEL DE pode ser usada quando for possvel estabelecer nveis /patamares em relao ao que se fala. As decises tomadas em nvel federal (estadual, municipal) podero ser definitivas. Obs: Em relao ao mar, aceita-se ao nvel do mar ou no nvel do mar. A PRINCPIO ou EM PRINCPIO? A PRINCPIO Significa inicialmente, no comeo, num primeiro momento. A princpio havia um homem e uma mulher. EM PRINCPIO Quer dizer em tese, por princpios, teoricamente. Em princpio, sou contra a pena de morte. Ou use simplesmente:

30Em tese, sou contra a pena de morte. EM CORES O pronunciamento do presidente foi filmado em cores ontem. Conserta-se TV em cores. NA RUA Roberto residia na rua Augusta. EM DOMICLIO ou A DOMICLIO? O correto entregas em domiclio. o mesmo que fazer entregas em casa, no escritrio. Fazemos entregas em domiclio. Obs.: S usamos a domiclio com verbos de movimento. Conduziram o doente a domiclio (melhor: ...ao seu domiclio). SITO A ou SITO EM? Nosso escritrio situa-se na Avenida Brasil. DIA-A-DIA ou DIA A DIA?- De acordo com a nova ortografia, dia a dia no ter mais o hfen DIA-A-DIA Cotidiano. Isso freqente no nosso dia-a-dia. DIA A DIA Diariamente. Suas chances de vitria aumentam dia a dia. SE NO ou SENO? SE NO Pode ser substitudo por caso no. Devolva o relatrio se no estiver de acordo. SENO Pode ser substitudo por somente, apenas. No vejo outra alternativa seno concordar. SENO Substantivo, significando contratempo.

31O show no teve nenhum seno.

PORISSO ou POR ISSO? NO existe a forma PORISSO. A forma correta POR ISSO. por isso que voc no vai mais errar. AO ENCONTRO DE ou DE ENCONTRO A? AO ENCONTRO DE Designa uma situao favorvel. Nossas propostas vo ao encontro das atuais tendncias do mercado. DE ENCONTRO A D a idia de oposio, contrariedade, choque. Temos pontos de vista diferentes: minhas idias vo de encontro s suas. COM CERTEZA OU CONCERTEZA? Com certeza, com certeza, separado! CONTUDO OU COM TUDO? COM TUDO Faz referncia a algo mencionado anteriormente, invariavelmente acompanhado do pronome ISSO. Com tudo isso possvel perceber que estudar essencial! CONTUDO Introduz uma idia oposta ao que foi mencionado anteriormente, pode ser substitudo por entretanto, porm, todavia, mas. Contudo no possvel afirmar que todas as pessoas so felizes. DERREPENTE OU DE REPENTE? S existe a forma DE REPENTE.

INFELIZMENTE OU INFELISMENTE? Grafa-se infeliz com Z, portanto o advrbio INFELIZMENTE, derivado de infeliz, deve tambm ser grafado com Z.

32OQUE OU O QUE? Trata-se de uma expresso formada por duas palavras, portanto O QUE. A falta de desenvolvimento sustentvel O QUE acarreta tantos problemas ao meio ambiente. QUIS OU QUIS? O verbo querer deve ser grafado com S, assim: Eu no QUIS incomodar voc. Ele tambm no QUIS. Talvez os outros QUISESSEM... AGENTE OU A GENTE? AGENTE substantivo. Este o AGENTE 007. Ele um AGENTE da Polcia Federal. A GENTE forma oral que na linguagem coloquial substitui o pronome NS. - Vocs preferem ir ao cinema ou ao teatro? - claro que A GENTE preferi ir ao cinema. OPNIO OU OPINIO? / OPITAR OU OPTAR? CORRUPTO OU CORRUPITO? As formas corretas so OPTAR, OPINIO E CORRUPTO. ERRO NA ACENTUAO DE ALGUMAS PALAVRAS Em algumas situaes, a acentuao altera no s a classe gramatical, mas tambm o sentido da palavra. influncia Pronncia Tecnolgico Maquinaria Influencia Pronuncia Tecnologia maquinria no existe ms vocs secretria meses Voces, vocis, vos no existem secretaria

ERRO NA PRONNCIA DE ALGUMAS PALAVRAS PRONNCIA CORRETA PRONNCIA ERRADA Aeronutica Areonutica

33Bandeja Emagrecer Progresso Coincidncia Advogado Mortadela Bicarbonato Problema Salsicha Prprio Sobrancelha Perturbar Frustrado Cabeleireiro Entretela Engajamento Mendigo Meteorologia Ignorante Bandeija Esmagrecer Pogresso Conhicidncia Adevogado Mortandela Bicarbornato Poblema, ploblema Shalchicha Empecilho Pprio Estupro Sombrancelha Beneficente Pertubar Irrequieto Frustado Prazerosamente Cabelereiro, cabeleileiro Misto Entertela Caderneta Enganjamento Xifpagos Mendingo Dignitrio Metereologia Cinqenta Inguinorante Asterisco Estudo de texto Um mundo afogado em papel Na sociedade digital, o homem gasta muito mais folhas do que antes dos computadores Sobre a mesa do jovem executivo, um moderno computador, com processador mais que veloz de 1,1 megahertz e memria de 60 gigabites, capaz de armazenar todos os documentos que escreve e os dados que precisa consultar, enviar com presteza sua correspondncia e ainda guardar as fotos das ltimas frias. Pode-se supor que, com esse computador, internet, cmera digital e scanner a seu dispor, esse executivo no precise Asterstico Cincoenta Dignatrio Xipfagos Cardeneta Mixto Prazeirosamente Irriquieto Beneficiente Estrupo Impecilho probrema, Reivindicao Privilgio Superstio Lagartixa Receoso Digladiar Subsdio Rubrica Disenteria Reinvidicao Previlgio Supertio Largatixa Receioso Degladiar Subzidio Rubrica Desinteria

34mais de armrios de arquivo ou de gavetas. Mas pilhas de papel, livros e cartes sobre a mesa provam uma enorme contradio: o mundo digitalizado est se afogando em papel. Quando os primeiros PCs comearam a ser comercializados, em 1980, o consumo mundial de papel registrado pela Organizao da naes Unidas para a Alimentao e agricultura (FAO) era de 190 milhes de toneladas. Em 1990, j era de 240 milhes e, hoje, chega perto de 300 milhes de toneladas. Essa diferena pesa no s nos sacos de lixo, mas tambm ameaa reas florestais, rios, solo e ar. [...] Segundo relatrio de uma das maiores empresas de consultoria em papel e impresso da Europa, a Pira Internacional, a demanda por alguns tipos de papel pode aumentar em at 70% nos prximos oito anos. Entre os mais cotados para estrelas do consumo esto o papel escritrio (aquele usado em impressoras comuns, em casa ou no trabalho) e os que servem para embalagem. S h queda de demanda para o papel-jornal. As razes para essas previses esto, no por coincidncia, ligadas diretamente ao desenvolvimento das tecnologias digitais. Se uma pessoa lia um jornal h cinco anos, hoje pode ler dez na Internet e, portanto, imprimir pginas desses dez jornais comenta Lus Fernando Tedesco, gerente de marketing de suprimentos da Hewlett-Packard do Brasil. [...] At hoje ningum conseguiu criar um substituto to prtico quanto as fibras de papel de celulose diludas em gua e prensadas, receita criada pelo oficial da corte chinesa Tsai Lun, no ano 105 d.C. Os cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos estados Unidos, tentam h anos finalizar o projeto do e-paper. A idia criar um material semelhante tela de cristal lquido, fino e flexvel, que posa exibir imagens e textos gerados por um chip que receberia as informaes e as imprimiria. Essas folhas poderiam ter seu contedo apagado e reescrito a qualquer hora. Mas isso ainda fico. Para os representantes da indstria de celulose e papel, o impacto do aumento do consumo previsto contornvel. hoje se busca a produtividade de florestas, a reduo de perdas com o fechamento do ciclo da gua e a diminuio de gastos com energia, usando resduos de madeira como combustvel, diz Marcos Vettorato, diretor industrial da Companhia Suzano de Papel e Celulose. Esses cuidados diminuem o impacto ambiental, salvaguardam o estoque de matrias-primas e reduzem custos. [...] Dois lados da folha Diminuir custos pelo modo mais fcil tambm pe em risco as florestas. Com o crescimento da demanda, a presso sobre as florestas nativas aumenta, principalmente no Sudeste Asitico. mais barato derrubar uma rvore de 100 anos de idade do que cultivar eucalipto ou pnus por 10 ou 15 anos. Mas no Brasil a adaptao do eucalipto ao clima e ao solo faz do cultivo uma alternativa vantajosa. Como o e-paper ainda uma promessa e o escritrio sem papel, uma fico, a sada para evitar problemas futuros reduzir o consumo. Parece simplrio lembrar que uma folha de papel tem dois lados, mas se todos os 115 bilhes de folhas gastas anualmente em impresses caseiras ( cerca de 119 milhes de quilos de papel) fossem usadas e reusadas, 1,3 milho de rvores no precisariam ser cortadas. So nmeros para pensar. (Cristina Charo. Galileu, So Paulo,n.130, maio 2002, p. 48-50) Questes

351. Destaque do texto a frase que representa a ideia (tese) defendida pelo autor do texto. Que contradio pode ser identificada na frase que voc destacou? Comente.

2. O trecho abaixo foi retirado do texto. Leia-o e, a seguir, responda ao que se pede. Diminuir custos pelo modo mais fcil tambm pe em risco as florestas. Com o crescimento da demanda, a presso sobre as florestas nativas aumenta, principalmente no Sudeste Asitico. mais barato derrubar uma rvore de 100 anos de idade do que cultivar eucalipto ou pnus por 10 ou 15 anos.

A leitura atenta do trecho permite pressupor qual a maneira mais fcil de reduzir custos. Qual seria ela?

3. Monte o fluxograma com o problema e as possveis solues para esse problema apresentadas pela autora.

_________________ _________________ _________________ _________________ ________________

_________________ _________________ _________________ _________________ ________________

_________________ _________________ _________________ _________________ ____________

_________________ _________________ _________________ _________________ ____________

4. Qual da idias abaixo explica por que o e-paper mencionado no texto. Comente sua resposta.

36 O e-paper mencionado como mais uma tecnologia digital que no foi capaz de contribuir para a diminuio do consumo de papel. O e-paper mencionado como uma tecnologia digital que substituiria as telas e impressoras atuais. O e-paper mencionado como uma tecnologia digital que finalmente contribuiria para a diminuio do consumo de papel.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 5. Monte o fluxograma com a ideia defendida pelo autor (tese), os dados, as previses e o depoimento utilizados para comprovar essa tese.

_________________ _________________ _________________ _________________ _________________ _________________

_________________ _________________ _________________ _________________ _________________ _________________ ____Leia com ateno!

_________________ _________________ _________________ _________________ _________________ _________________ ___

_________________ _________________ _________________ _________________ _________________ _________________ __

01/08/2007 - 19h14 Veja como evitar gafes e mal-entendidos nas mensagens eletrnicas da Folha Online Etiqueta na rede O e-mail um meio de comunicao diferente dos demais. Ao redigir suas mensagens, observe as instrues a seguir e crie uma impresso de eficincia e profissionalismo. Cuidados na redao

37A facilidade para escrever e enviar uma mensagem estimula a informalidade. Aproveite esse benefcio sem cair no desleixo: dedique tempo para redigir e-mails com clareza e objetividade se no quiser confundir (ou aborrecer) o destinatrio. Tente ser objetivo e separar os assuntos com clareza Sem excessos Alm de irritantes, mensagens longas e repetitivas dificilmente conseguem transmitir as informaes desejadas com eficincia e rapidez. Moderao no texto Na hora de escrever um e-mail, pode ser tentador incluir todas as pessoas conhecidas na lista de destinatrios. Lembre-se de que sua mensagem apenas mais uma na caixa de entrada e, se quiser que seja lida com ateno, ela ter de ser bem elaborada. Alm disso, se voc envia para 25 pessoas uma mensagem que precisa de cinco minutos para ser lida, ir consumir mais de duas horas do tempo alheio. Tenha em mente que na tela a leitura torna-se mais fcil se o texto vier em pargrafos curtos. Em nome da clareza Se voc quer que seu e-mail seja lido, dedique teno para a identificao do assunto. Em vez de tentar resumir o contedo no ttulo, escreva a mensagem primeiro, leia-a e depois elabore a identificao. Prefira usar poucas palavras, pois frases longas demais no aparecem inteiras na caixa de identificao de diversos programas de gesto de e-mail. Identifique o assunto com at 50 caracteres Escrita objetiva Aprenda a escrever mensagens de leitura fcil e a transmitir o que importante sem desperdiar o tempo das pessoas Como responder Mantenha a mesma identificao do assunto (em uma resposta, ela vir precedida da sigla "Re:"), pois a medida facilita a organizao por tema na hora de arquivar os assuntos. Para redigir a resposta, acrescente seus comentrios no incio do texto, insira algumas observaes ao longo da mensagem e delete o que no tiver importncia. Se cada pessoa que ler e devolver a mensagem adicionar um bloco de texto no incio, o e-mail corre o risco de ficar imenso. Passo a passo

381. Para enviar e-mails apenas informativos, use PSC (para seu conhecimento).

2. Nesse tipo de e-mail, voc pode usar tambm a sigla PSI (para sua informao). Clareza ao comunicar Ao contrrio do que ocorre com cartas, os e-mails so informais e em geral tm um tom coloquial. No entanto, alguns destinatrios podem interpretar de maneira errada. Ao escrever, pense em quem vai ler e reserve a intimidade para os amigos. Seja objetivo e aumente as chances de ser compreendido Abreviaes Como cada vez mais pessoas compem suas mensagens em movimento, s vezes usando o celular como teclado, aumenta a tendncia ao uso de abreviaes. A necessidade de facilitar o processo deu origem a uma linguagem rica em siglas e palavras de fcil identificao, como "msg" em vez de "mensagem" e "vc" no lugar de "voc". No se sinta obrigado a utilizar esse "idioma" e reserve a linguagem codificada para mensagens enviadas para quem compreende e para mensagens informais. S abrevie palavras se tiver certeza de que o leitor da mensagem as entende Smbolos com significado No incio da era do e-mail, foram desenvolvidos sinais grficos destinados a transmitir uma mensagem de humor, chamados de smileys ou emoticons. Em geral, apontam o tom do texto, como indiferena ou preocupao, por exemplo. Existe uma grande variedade desses smbolos, mas os mais usados esto descritos no quadro ao lado. Vale lembrar que nem todas as pessoas conhecem o significado dos emoticons e h quem os considere infantis. Evite us-los em e-mails profissionais. Significado :-) Tradicional sorriso. Costuma indicar satisfao. ;-) Piscada. Em geral, acompanha uma piada ou brincadeira. :-( Preocupao. Costuma indicar tristeza ou desencanto. :-I Indiferena. Revela apatia ou falta de interesse. :-> Sarcasmo. Usado para identificar cinismo ou ironia. Tom correto Ao escrever um e-mail para uma pessoa pela primeira vez, pode ser difcil saber qual tratamento dar e como encerrar a mensagem. Aposte na neutralidade: use "Caro (fulano)" e termine com "Um abrao". Reserve formas mais prximas (como "querido" ou "um beijo") para destinatrios que voc conhece bem. Tente solucionar questes difceis por telefone ou pessoalmente

39O perigo das emoes Quando estiver nervoso ou alterado, preste o dobro de ateno nas mensagens que pretende enviar, pois algumas vezes um e-mail que voc julga inofensivo pode conter emoes que no precisam ser transmitidas. Escrever com neutralidade em momentos de agitao no fcil, e a leitura feita pelo destinatrio pode agravar ainda mais a situao. Se tiver dvidas, elabore uma mensagem "difcil" mas no envie: faa uma leitura atenta depois de um intervalo. Nos e-mails profissionais, evite ironias Em busca de ajuda Se voc se sente cansado ou sob presso, pode ser til pedir a opinio de um colega antes de mandar uma mensagem. Mostre o e-mail para uma pessoa no envolvida e pea seu parecer sincero.Adaptado de http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u316916.shtml 07/08/2007

A importncia da boa comunicao interna De: Diretor Presidente Para: Gerente Na prxima sexta-feira, aproximadamente s 17h, o Cometa Halley estar nesta rea. Trata-se de um evento que ocorre a cada 78 anos. Assim, por favor, renam os funcionrios no ptio da fbrica, usando capacete de segurana, ocasio em que eu, pessoalmente, explicarei o fenmeno a eles. Se estiver chovendo, no poderemos ver o raro espetculo a olho nu, sendo assim, todos devero se dirigir ao refeitrio, onde ser exibido o filme Documentrio sobre o Cometa Halley. De: Gerente Para: Supervisor Por ordem do Diretor-Presidente, na sexta-feira s 17h, o Cometa Halley vai aparecer sobre a fbrica, a olho nu. Se chover, por favor, renam os funcionrios, todos com capacete de segurana e os encaminhem ao refeitrio, onde o raro fenmeno ter lugar, o que acontece a cada 78 anos. De: Supervisor Para: Chefe de Produo A convite de nosso querido Diretor, o cientista Halley, 78 anos, vai aparecer nu s 17h no refeitrio da fbrica, usando capacete, pois vai ser apresentado um filme sobre o raro problema da chuva na segurana. O Diretor levar a demonstrao para o ptio da fbrica. De: Chefe de Produo Para: Mestre

40Na sexta-feira s 17h, O Diretor, pela primeira vez em 78 anos, vai aparecer nu no refeitrio da fbrica para filmar o Halley, o cientista famoso e sua equipe. Todo mundo deve estar l de capacete, pois vai ser apresentado um show sobre a segurana na chuva. O Diretor levar a banda para o ptio da fbrica. De: Mestre Para: Funcionrios Todo mundo nu, sem exceo, deve estar com os seguranas no ptio da fbrica na prxima sexta-feira, s 17h, pois o Diretor e o Sr. Halley, guitarrista famoso, estaro l para mostrar o raro filme Danando na Chuva. Caso comece a chover mesmo, para ir ao refeitrio de capacete na mesma hora. O show ocorre a cada 78 anos. Aviso Geral Nesta sexta-feira, o Chefe da Diretoria vai fazer 78 anos e liberou geral para festa s 17h no refeitrio. Vo estar l, pago pelo manda-chuva, Bill Halley e seus cometas. Todo mundo vai estar nu e de capacete, porque a banda muito louca e o rock vai rolar at o ptio, mesmo com chuva. (http://www.marcolino.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=17)

TEXTOS COMPLMENTARES

Tecnologias do futuro: Domtica e Internet das Coisas

05/02/2010

A plataforma foi pensada para no sufocar a inovao tecnolgica, no impondo restries sobre as tecnologias do futuro, que ainda no foram sequer imaginadas. [Imagem: Hydra] Casas inteligentes pressupem equipamentos eletrnicos e eletrodomsticos que, mesmo no sendo um primor em termos de QI, sejam capazes pelo menos de conversar uns com os outros. Isto comea a se tornar possvel, graas ao trabalho de um consrcio de empresas e instituies de pesquisas da Europa. Eles construram uma camada intermediria de software e hardware - um middleware que permite que sensores e equipamentos de diversos fabricantes troquem dados e funcionem de forma cooperativa. Tecnologias do futuro A maioria das propostas de casas e edifcios inteligentes pressupe a existncia de capacidades embutidas nos aparelhos domsticos - da TV e da geladeira at os

41 sistemas de aquecimento, iluminao e ar condicionado - que os tornem capazes de se comunicar uns com os outros, de preferncia por meio de redes sem fio. Essa interconexo permitir uma operao em conjunto que aumente o conforto e o bem-estar dos moradores e, sobretudo, economize energia ao mximo. Mas como aparelhos diferentes, utilizando diferentes tecnologias, fabricados por empresas diferentes, em momentos diferentes, poderiam comunicar-se uns com os outros? Uma forma seria a de insistir em que todos os dispositivos sejam fabricados em conformidade com algum padro acordado, nacional ou internacionalmente. Mas isso seria complexo e demorado demais, alm de se aplicar somente aos aparelhos novos. Isso tambm poderia sufocar a inovao tecnolgica, ao impor restries sobre tecnologias do futuro, que ainda no foram sequer imaginadas. Internet das coisas Uma forma muito melhor, afirmam os pesquisadores do projeto Hydra, desenvolver uma camada de middleware, orientada para o servio a ser prestado, e que possa ser utilizada de forma flexvel pelos fabricantes. "Isso vai ajudar os fabricantes, desenvolvedores de software e integradores de sistemas a construir aparelhos e equipamentos que possam ser ligados em rede com facilidade e flexibilidade atravs de servios web, criando solues de alto desempenho e com timas relaes entre custo e eficincia," explica Markus Eisenhauer, gerente do projeto. Com a camada Hydra, todos os tipos de aparelhos, incluindo os medidores de eletricidade, gua ou gs, e no apenas os aparelhos de uso interno da casa inteligente, podero ser interconectados sem que se necessite saber o que acontece dentro deles. Em princpio, qualquer dispositivo Hydra pode se conectar a qualquer outro, trazendo to propalada "internet das coisas" um pouco mais prximo da realidade. Assistncia tcnica remota O middleware fornece acesso a todos os sensores e dispositivos embarcados. Com isto, um desenvolvedor de software no precisa se preocupar com os tipos de sensores que esto instalados na casa. "Se voc deseja obter um valor de temperatura, voc pode simplesmente pedir ao middleware semanticamente - 'Eu quero a temperatura desta sala' - e a camada Hydra ir interpretar o pedido e fornecer acesso aos sensores correspondentes," explica ele.

42 Os aparelhos atuais podem ser adaptados para funcionar com o mesmo sistema. "Estamos distribuindo um kit de desenvolvimento onde voc poder integrar o middleware nos aparelhos," diz Eisenhauer, "mas voc pode utiliz-lo com os aparelhos j existentes e habilit-los para o padro Hydra, desde que eles tenham algum poder de processamento." A tecnologia no facilitar apenas o uso e controle dos aparelhos, mas tambm sua manuteno e assistncia tcnica. Colocando sensores dentro dos seus produtos, como mquinas de lavar ou qualquer outro eletrodomstico, os fabricantes podero acess-los e diagnosticar os problemas remotamente, sem precisar de fazer uma visita ao local. Qualquer dispositivo Hydra pode se conectar a qualquer outro, trazendo to propalada "internet das coisas" um pouco mais prximo da realidade. [Imagem: Hydra] Sade em casa E a automao domstica - ou domtica - apenas um exemplo do que se pode fazer com a plataforma Hydra. Outra aplicao importante ser na rea da sade, especialmente no acompanhamento de pacientes em suas prprias casas. Os parceiros do projeto criaram uma demonstrao utilizando sensores de rede de medio de peso corporal, presso arterial, glicemia e saturao de oxignio. Um sensor muscular capaz at mesmo de emitir avisos de um ataque epilptico. "Ns temos alguns prottipos e demonstradores j em funcionamento, onde temos usado um Playstation 3 comum funcionando como uma central de controle de uma casa", diz Eisenhauer. "Ento ns temos diferentes tipos de tecnologias - ZigBee, Bluetooth e outras tudo coberto por nosso gerenciamento de rede dentro da plataforma Hidra,", diz Eisenhauer. "E ento, s para mostrar que tambm podemos usar aparelhos de prateleira, ns usamos um acessrio do Wii como balana e o ligamos ao nosso PlayStation 3." O console PlayStation 3, que j est em muitas casas, pode facilmente executar o middleware Hydra e, segundo os engenheiros, proporcionando total privacidade aos dados dos pacientes. "No um sistema de telemedicina completo, mas tem todos os ingredientes necessrios de um sistema desse tipo e, nesse momento, est funcionando com hardware diverso e heterogneo," diz Eisenhauer. Tecnologia agropecuria

43 A agropecuria tambm poder se beneficiar da plataforma Hydra. Em um experimento, porcos foram equipados com etiquetas RFID para que seus movimentos pudessem ser monitorados. "Ns podemos localizar cada porco no barraco ou fora dele, e podemos usar isso para controlar o sistema de aquecimento e ventilao. Se o galpo ficar muito lotado, a temperatura sobe e ento o sistema de aquecimento reage de acordo," explica o engenheiro. Em outro experimento, sensores sem fio ZigBee monitoram a umidade do solo em um campo, ajudando os agricultores a decidir o melhor momento para semear as suas culturas. Inteligncia ambiente Para Eisenhauer, a plataforma Hydra traz para mais perto da realidade um mundo de inteligncia ambiente, ou computao ubqua, onde a inteligncia artificial se torna parte do nosso ambiente cotidiano. " um viabilizador da viso que Mark Weiser, o fundador da computao ubqua, tinha do 'computador que desaparece'. A plataforma Hydra uma tecnologia que poder fazer este sonho se tornar uma realidade," diz ele. Toda a plataforma Hydra est sendo desenvolvida como cdigo aberto (open source) e est disponvel no repositrio SourceForge. Mais informaes podem ser obtidas no site www.hydramiddleware.euhttp://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=tecnologias-do-futuro-domotica-internetcoisas&id=010150100205