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CURSO DE MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE COMPRAS Apostila I Finanças Corporativas Prof. Lauro Eduardo Magrini 2019

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CURSO DE MBA EM

GESTÃO ESTRATÉGICA DE COMPRAS

Apostila I

Finanças Corporativas

Prof. Lauro Eduardo Magrini

2019

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1. Introdução à Administração Financeira

Finanças é, de acordo com o dicionário Aurélio, a “ciência e a profissão do manejo do

dinheiro, particularmente do dinheiro do Estado”.

Dessa forma, entendemos que finanças consiste na arte e na ciência de administrar o

dinheiro ou fundos com o auxílio dos princípios econômicos, contábeis e conceitos do

valor do dinheiro no tempo às tomadas de decisões em negócios, visando maximizar o

lucro dos investidores.

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Estrutura de uma sociedade por ações

Fonte: Apresentação do Prof. M.Sc. Adm. Clebson Wilson E. do Nascimento

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2. Relação com a Teoria Econômica e a Análise Marginal

Relação com a teoria econômica

“O administrador precisa compreender o arcabouço econômico e estar atento para as

consequências da variação dos níveis de atividade econômica e das mudanças de

política econômica.” (GITMAN; 2006, p.9).

Princípio da Análise Marginal

“A decisão de investir deve ser tomada somente quando os benefícios adicionais

superarem os custos adicionais.”

Exemplo de Análise Marginal

Uma empresa está decidindo se substituirá um dos computadores por um novo mais

sofisticado que permitirá um maior volume de transações.

Esse computador exigiria um desembolso de $ 80.000, e o computador antigo poderia

ser vendido por $28.000 líquidos.

Os benefícios estimados na aquisição do novo computador seriam de $100.000 e os

benefícios do antigo computador giram entorno de $35.000.

Com base no princípio da análise marginal, é interessante a empresa realizar esse

investimento?

Fonte: Apresentação do Prof. M.Sc. Adm. Clebson Wilson E. do Nascimento

3. Relação entre o Administrador Financeiro e o Controller

O Administrado financeiro trabalha com o conceito de “Regime de Caixa”, que

considera somente os eventos que de fato foram concretizados, ou seja, Saída e

Entrada de dinheiro no Caixa.

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Por outro lado, o Controller trabalha com o conceito de “Regime de Competência”,

que considera a ocorrência do evento independente da sua efetivação, ou seja, os

recebimentos e os pagamentos são baseados no seu fato gerador e não na entrada ou

saída efetiva de recursos. Por exemplo, reconhece receitas de vendas

independentemente do recebimento ou não dos valores correspondentes.

4. Algumas Definições

Instituições Financeiras

Intermediário que canaliza poupança para empréstimos ou investimentos.

Por exemplo: Bancos comerciais, financeiras, corretoras, etc.

Mercados Financeiros

Está subdividido em Mercado Monetário e Mercado de Capitais.

É um ambiente de transações diretas entre fornecedores de recursos (oferta) que

negociam com tomadores de recursos (demanda).

Por exemplo: Bolsas de valores, bolsas de mercadorias, sistemas eletrônicos de

negociação, etc.

a. Mercado Monetário

Voltada para a negociação de fundos de curto prazo.

Agentes interessados em emprestar ou tomar emprestados recursos por um período

não superior a 1 ano.

Por exemplo: letra do tesouro e comercial paper

b. Mercado de Capitais

Permite a realização de transações financeiras de longo prazo.

Representado principalmente pelas bolsas de valores

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5. Composição e Segmentos do Sistema Financeiro Nacional

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6. Risco

Assim como na vida particular o administrador financeiro de uma empresa pode tomar

decisões corporativas levando em consideração os riscos inerentes ao processo.

A imagem a seguir representa as algumas características com relação ao risco.

Fonte: Apresentação do Prof. M.Sc. Adm. Clebson Wilson E. do Nascimento

É importante realçar que o retorno sobre o investimento é proporcional ao risco. Por

exemplo, pessoas avessas ao risco preferem investir em cadernetas de poupança. Por

outro lado, pessoas que desejam obter ganhos maiores, mesmo correndo o risco de

perder tudo, preferem investir no mercado de capitais, ou seja, investem e ações na

bolsa de valores.

Em função disso, a regra básica de qualquer investidor é DIVERSIFICAR as

aplicações. Sendo assim, o administrador financeiro deve investir no mercado de

ações, em imóveis, no Tesouro Direto e em outros tipos de investimento cujos riscos

variem de baixo para alto e de forma proporcional à aversão ou propensão ao risco.

Como falavam nossos avós, “não coloquem todos os ovos na mesma cesta”.

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O gráfico a seguir apresenta a relação existente entre o retorno sobre o investimento e

os riscos inerentes a esse processo.

Fonte: Apresentação do Prof. M.Sc. Adm. Clebson Wilson E. do Nascimento

7. Gestão do Risco

A gestão de risco é inerente às preocupações dos administradores de empresas com a

sustentabilidade dos negócios. Primeiro é preciso entender que gestão de risco

consiste em planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos humanos e materiais de

uma empresa para protegê-la de possíveis perdas e, dessa forma, tomar providências

para garantir a sobrevivência do empreendimento e a geração de valor aos acionistas

diante de incertezas.

Nesse sentido, os administradores têm o grande desafio de implantação de processos

de controle interno, com o objetivo de prevenir e mitigar possíveis riscos que possam

causar danos pessoais ao meio ambiente e à imagem da empresa.

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Principais Tipos de Risco

Os riscos podem ser classificados nas dimensões descritas resumidamente a seguir.

a. Risco de crédito

Refere-se a incertezas de recebimentos de um valor.

Pode ser divido em:

a) risco da falta de pagamento, ou inadimplência;

b) risco de concentração de crédito;

c) risco soberano, ou risco do país.

b. Risco de mercado

Refere-se à incerteza relacionada aos retornos esperados de um investimento, em

decorrência de variações em fatores como taxas de juro, taxas de câmbio, preços de

ações e commodities.

A seguir, relacionamos os principais riscos de mercado:

a) risco do mercado acionário;

b) risco do mercado de câmbio;

c) risco do mercado de juros;

d) risco do mercado de commodities.

c. Risco operacional

Está relacionado a possíveis perdas devido ao resultado de sistemas, controles ou

processos inadequados, tais como:

a) risco organizacional;

b) risco de operações;

c) risco de pessoal.

d. Risco legal

Está relacionado a perdas oriundas de transações inadequadas devido à falta de

definições e técnicas e da legalidade na elaboração de contratos.

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e. Risco de imagem

Está relacionado a perdas decorrentes de desgastes reputação da instituição junto ao

mercado ou a autoridades em razão de publicidade negativa, de ações particulares

ilegais ou irresponsáveis, as quais podem ser verdadeiras ou não.

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8. Inflação e Juros

O que você acha se um amigo seu lhe pedisse R$ 100 hoje, na condição de lhe

devolver esse mesmo valor daqui a 1 ano?

O que está envolvido neste processo?

Resposta: Há três componentes nessa história.

O risco de seu amigo não lhe devolver o dinheiro;

A desvalorização do dinheiro no tempo causado pela inflação;

E o custo de oportunidade, pois você poderia aplicar essa quantia em um banco e ser remunerado a uma determinada taxa de juros real.

E você, caro aluno, saberia dizer quais as principais causas da inflação, ou seja, por

que ela acontece?

E o que o governo pode fazer para tentar controla a evolução da inflação?

Quais são os principais indicadores de inflação adotados no Brasil?

O gráfico a seguir apresenta a correlação existente entre a taxa de inflação e a taxa

SELIC adotada pelo governo brasileiro.

Fonte: http://fabiano-amorim.blogspot.com/2014/11/aumentar-taxa-selic-realmente-reduz.html

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A figura a seguir demonstra a relação entre as variações na Taxa de Juros SELIC e a

economia.

9. Valor do Dinheiro no Tempo

O dinheiro tem seu valor no tempo. “Um dólar hoje vale mais do que um dólar amanhã”,

uma vez que, hoje, o dinheiro poderá ser investido e valer mais daqui a um ano.

Alguns dos principais conceitos do valor do dinheiro no tempo e que servem para

realizar uma análise entre alternativas de investimentos são:

Valor Presente Líquido

Valor Futuro

Taxa Interna de Retorno

Payback

A. Valor Presente Líquido

Representa o valor atual de uma série de pagamentos ou recebimentos ao longo do

tempo dada uma determinada taxa de juros.

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A imagem a seguir representa o Valor Presente de um Real em função da taxa de juros

utilizada.

Fonte: Apresentação do Prof. M.Sc. Adm. Clebson Wilson E. do Nascimento

B. Valor Futuro

Representa o valor de uma determinada série de pagamentos ou recebimentos ao

longo do tempo em uma data futura dada uma determinada taxa de juros.

A imagem a seguir representa o Valor Futuro de um Real em função da taxa de juros

utilizada.

Fonte: Apresentação do Prof. M.Sc. Adm. Clebson Wilson E. do Nascimento

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10. Políticas Econômicas1

É o conjunto de medidas tomadas pelo governo de um país com o objetivo de atuar e

influir sobre os mecanismos de produção, distribuição e consumo de bens e serviços.

Embora dirigidas ao campo da economia, essas medidas obedecem também a critérios

de ordem política e social. Em síntese, a política econômica global do Governo consiste

em promover o desenvolvimento econômico, garantir o pleno emprego e sua

estabilidade, equilibrar o volume financeiro das transações econômicas com o exterior,

estabilidade de preço e controle da inflação, promover a distribuição da riqueza e da

renda. Para alcançar os objetivos da política econômica global, são utilizadas quatro

políticas com dinâmicas próprias: Fiscal, Cambial, de Rendas e Monetária.

A. Política Fiscal

É a política de receitas e despesas do Governo Federal, Estadual e Municipal. Envolve

a definição e aplicação da carga tributária exercida sobre os agentes econômicos, bem

como a definição dos gastos do Governo. Quando as receitas são superiores à soma

das despesas, diz-se que o governo tem um superávit fiscal primário e, caso sejam

inferiores, um déficit fiscal primário. Tem forte impacto sobre a política monetária

quando os prazos de recolhimento de impostos afetam o fluxo de caixa dos agentes

econômicos. Uma política fiscal adequada permitiria reduzir o endividamento interno do

Tesouro através de um superávit fiscal. Para aumentar as receitas é necessária uma

Reforma Tributária que melhore a capacidade arrecadadora e, para reduzir as

despesas, uma Reforma Administrativa que diminua despesas de custeio. A Reforma

da Previdência ajudaria tanto na redução do custo quanto no aumento da receita. De

acordo com a teoria Keynesiana, o governo de um país, em vez de procurar o equilíbrio

no orçamento, deveria praticar uma política fiscal de elevação dos gastos públicos e/ou

redução de impostos, mesmo que incorrendo em déficits orçamentários. É denominada

política expansionista da demanda e da produção.

B. Política Cambial

Instrumento da política de relações comerciais e financeiras entre um país e o conjunto

dos demais países, está fundamentalmente baseada na administração da taxa de

câmbio e no controle das operações cambiais. A atuação do Governo sobre essa taxa,

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com mecanismos que podem valorizá-la ou desvalorizá-la, afeta diretamente as

exportações, importações e o movimento internacional de câmbio financeiro. A política

cambial deve ser cuidadosamente administrada no que tange ao seu impacto sobre a

política monetária. O desempenho muito forte nas exportações gera um efeito

monetário pelo ingresso de divisas, a conversão da moeda estrangeira para reais

implica na expansão da emissão de moeda que é fato gerador de inflação. A oferta

monetária via câmbio, por exportações ou por captações externas, prejudica o controle

dos juros aumentando o custo do governo, que se obriga a aumentar a dívida pública

mobiliária para enxugar a moeda que entra em circulação. A remuneração dos dólares

em reservas internacionais é menor do que remuneração paga internamente nos títulos

federais. Uma boa política cambial deve permitir um elevado fluxo de moedas com o

exterior nos dois sentidos.

C. Política de Rendas

É a política que o governo exerce estabelecendo controles diretos sobre a

remuneração dos fatores diretos de produção envolvidos na economia, tais como

salários, depreciações, lucros, dividendos e preços dos produtos intermediários e finais.

Os principais objetivos dessa política são: propiciar ganhos de poder aquisitivo aos

salários, no caso de controle de outros preços; redistribuir a renda; garantir a renda

mínima a determinados setores ou classes sociais; reduzir o nível das tensões

inflacionárias, visando à estabilidade dos preços.

D. Política Monetária

Conjunto de medidas adotadas pelo governo visando adequar os meios de

pagamentos disponíveis às necessidades da economia do país. Uma das principais

funções da política monetária é o controle da oferta de moeda e das taxas de juros, a

fim de que sejam atingidos os objetivos da política econômica do governo. A atuação

do governo procura regular a moeda circulante no mercado financeiro, o que ocasiona

reflexos nas taxas de juros. Ao governo interessa ter instrumentos capazes de interferir

no mercado financeiro, dada a importância desse mercado perante o setor produtivo da

economia. A taxa de juros tem papel fundamental na realocação de recursos entre os

agentes econômicos, assim, quando ocorrem flutuações imprevisíveis da taxa de juros

o governo utiliza instrumentos para manter essas flutuações dentro de uma faixa de

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previsibilidade que não provoque sérias distorções ao setor produtivo, seguindo uma

programação monetária prévia. A política monetária pode recorrer a diversas técnicas

de intervenção, controlando a taxa de juros pela alteração nos critérios e nas taxas

cobradas em operações de redesconto do Banco Central, regulando as operações de

Mercado Aberto (Open Market), alterando os percentuais de exigibilidade em Depósitos

Compulsórios. Em relação ao crédito podem ser adotadas medidas restritivas ou

práticas seletivas. As restritivas consistem na fixação de limites de crédito bancário e

na redução dos prazos de pagamento dos empréstimos. As práticas seletivas visam

sobretudo direcionar o crédito para atividades mais rentáveis e produtivas da

economia. No Brasil, como na maioria de outros países, o Banco Central é o órgão

responsável pela execução das políticas monetária e cambial do País, bem como pela

regulação e fiscalização do SFN. O primeiro conjunto de atribuições é o de um banco

central clássico, objetivando a estabilidade interna e externa da moeda. Já as funções

de órgão supervisor, nem sempre a cargo do banco central em outros países,

objetivam manter a estabilidade e solvência do sistema financeiro. A independência do

banco central, em discussão atualmente no Congresso, significa dar a ele autonomia

plena na execução da política monetária, sem a interferência política do governo. A

suposta necessidade dessa independência é um forte argumento a favor da exclusão

da atividade de supervisão bancária do elenco de atribuições de uma autoridade

monetária. Em maior ou menor grau, este argumento de proteção ao “guardião da

moeda” vem historicamente explicando a opção política de muitos países em retirar do

banco central a função de supervisão bancária, transferindo-a para outro órgão do

governo. Fica o banco central com foco na Política Monetária do país.

1 – Fonte: Apostila do Prof. José de Alencar Rocha Loures Júnior.

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ATIVIDADES

1 - Liste abaixo quais as consequências, que em sua opinião, a falta da Administração

Financeira pode causar a uma empresa.

2 - Quais as providências em sua opinião que a empresa deve tomar em relação às

finanças?

3 - Há uma vasta modalidade de aplicações financeiras existentes no mercado. Quais

são as alternativas de investimentos existentes no mercado financeiro que um gestor

financeiro poderia aplicar recursos ou captar recursos?

4 - Qual a importância do mercado de capitais para a economia?

5 - Por que investir no Mercado de Capitais?