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GESTÃO DE EMPREENDIMENTOS AGROPÉCUARIOS CONTEUDO PROGRAMÁTICO 1. NOÇ ÕES FU NDAMENTAIS DE ADMINISTRAÇ ÃO 1.1. Conceito de Administração 1.2. Histórico da Administração 1.2.1 Henry Taylor 1.2.2 Henry Fayol 1.2.3 Henry Ford 2. ADMINISTRAÇÃO RURAL 2.1 Conceito e seu campo de atuação 2.2 Os empreendimento s Agropecuários 2.2.1 Empresa Rural 2.2.2 Empresa Agrícola x Empresa Industrial 2.2.3 Caracterização da Empresa Agrícola 3. CARACTERIZAÇÃO DAS AREAS DA ADMINISTRAÇÃO NA PROPRiEDADE RURAL 3.1 Área de Produção 3.2 Áreas de Comercialização E Marketing 3.3 Área Financeira 3.4 Área de Recursos Humanos 4. O EMPREENDEDOR RURAL - EXÉRCÍCIOS - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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GESTÃO DE EMPREENDIMENTOS AGROPÉCUARIOS

CONTEUDO PROGRAMÁTICO

1. NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE ADMINISTRAÇÃO1.1. Conceito de Administração

1.2. Histórico da Administração

1.2.1 Henry Taylor 

1.2.2 Henry Fayol

1.2.3 Henry Ford

2. ADMINISTRAÇÃO RURAL

2.1 Conceito e seu campo de atuação2.2 Os empreendimentos Agropecuários

2.2.1 Empresa Rural

2.2.2 Empresa Agrícola x Empresa Industrial

2.2.3 Caracterização da Empresa Agrícola

3. CARACTERIZAÇÃO DAS AREAS DA ADMINISTRAÇÃO NA PROPRiEDADE

RURAL

3.1 Área de Produção

3.2 Áreas de Comercialização E Marketing

3.3 Área Financeira

3.4 Área de Recursos Humanos

4. O EMPREENDEDOR RURAL

- EXÉRCÍCIOS

- BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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I - NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE ADMINISTRAÇÃO 

1. Conceitos Básicos

O que é ADMINISTRAÇÃO ?

Porque  ADMINISTRAR ?

O que é ADMINISTRAR ?

Como ADMINISTRAR ?

“Administrar é interpretar os objetivos propostos pela empresa e transformá-los em ação

empresarial através do planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços

realizados em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de atingir tais objetivos.” 

“Administrar é alcançar objetivos, por meio da organização de grupos de pessoas, com eficiênciae eficácia.” 

Objetivos – são metas a serem alcançadas, alvos a serem atingidos.

Eficiência – utilização dos meios. É a relação entre os recursos que deveriam ser consumidos e

os recursos realmente consumidos.

Eficácia  – os resultados. É a relação entre os resultados obtidos e os resultados desejados ou  previstos.

2. Histórico da Administração

Em 1900 surgiram os primeiros métodos e processos de organização, com os estudiosos

Frederick W. Taylor, Henry Fayol e Henry Ford, que se destacaram como precursores da

administração.

2.1 Frederick Winslow Taylor ( 1856 – 1915) - fundador da Administração Cientifica (1911)

desenvolveu estudos a respeito de técnicas de racionalização do trabalho do operários.

Enfatizava o uso do tempo e dos seus métodos e para assegurar que seus objetivos de máxima

 produção a mínimo custo fossem alcançados criou a ORT (Organização Racional do Trabalho).

Para tanto seguia os seguintes princípios:

 Analise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos;

Estudo da fadiga humana

Divisão do trabalho e especialização do operário

E - Especifica

T - Temporal

A - Aplicável

S - Significado

M - Mensurável

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Divisão de cargas e tarefas

Desenho de cargos e salários

Incentivos salariais e prêmios de produção

Conceito de homo economicus - o homem ao tomar uma decisão acaba optando sempre

 por aquela que lhe trouxer melhores e maiores ganhos.

Condições ambientais de trabalho

Supervisão funcional 

1.2.2 Henry Fayol (1841-1925) -  fundador da Teoria Clássica, paralelamente aos estudos de

Taylor, Fayol defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta

administração. Relacionou 14 princípios gerais da administração, que são:1. Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para

aumentar a eficiência.

2. Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e o de esperar obediência; a responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade: é a obrigação decumprir as atribuições do cargo e responder pelas conseqüências dos próprios atos e decisões. Ambas devem estar equilibradas entre si.

3. Disciplina: depende da obediência. Corresponde ao cumprimento dos acordosestabelecidos e das determinações vigentes.

4. Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o principio da autoridade única.

5. Unidade de direção: uma cabeça e um plano para cada grupo de atividades quetenham o mesmo objetivo.

6. Subordinação do particular ao geral: os interesses setoriais devem subordinar-se aosinteresses maiores, como o interesse pessoal deve subordinar-se ao interesse grupal.

7. Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para empregados eempresa, em termos de retribuição.

8. Centralização: refere-se ao grau de concentração da autoridade na hierarquiaorganizacional. Seu inverso é a delegação.

9. Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo. É também denominado principio do comando.

10. Ordem: um lugar para cada coisa em seu lugar; um tempo para cada coisa e cadacoisa em seu tempo; uma função para cada pessoa e cada pessoa em sua função. É o princípioda ordem material, temporal e funcional.

1l. Equidade: amabilidade e justiça para alcançar lealdade do pessoal.

12. Estabilidade e duração (num cargo) do pessoal: a rotação tem um impacto negativosobre a eficiência da organização. Quanta mais tempo uma pessoa permanecer num cargo,tanto melhor.

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13. Iniciativa: a capacidade de visualizar a necessidade de uma ação e executá-la sem precisar aguardar ordens superiores.

14. Espírito de equipe: harmonia e união das pessoas em torno de propósitos comuns,que asseguram o sucesso da organização.

 AS 6 FUNÇÕES BÁSICAS DA ADMINISTRAÇÃO POR FAYOL

Fayol define o ato de administrar como sendo constituído das funções prever, organizar,

comandar, coordenar e controlar, mais tarde acrescidos de planejar, formando a sigla PPOCCC.

Estas funções administrativas constituem, assim, as funções do administrador:

Prever: visualizar o futuro e definir os objetivos e metas da empresa.

Planejar: traçar os planos de ação. Um bom plano de ação deve ter unidade,

continuidade e flexibilidade.

Organizar: Organização proporciona todas as coisas úteis ao funcionamento da empresa

e pode ser dividida em organização material e organização social.

Comandar: dirigir e orientar o pessoal. Consiste em levar a organização a funcionar. Seu 

objetivo é alcançar o rendimento máximo dos funcionários no interesse global.

Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos. Ela

sincroniza coisas e ações em suas proporções certas e adapta os meios aos fins.

Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras e as ordens dadas. O

objetivo é localizar as fraquezas e erros para corrigi-los no presente e preveni-los no

futuro.

Estes são os elementos da Administração que constituem o chamado processo administrativo, e

que são localizáveis em qualquer trabalho do administrador, em qualquer nível ou área de

atividade da empresa.

 AS 6 FUNÇÕES BÁSICAS DA EMPRESA POR FAYOL

1. Funções Técnicas Racionadas com a produção de bens ou serviços

2. Funções Comerciais Relacionadas com a compra e venda de bens ou serviços

3. Funções Financeiras Relacionadas com a procura e gerência de capitais.

4. Funções de Segurança Relacionadas com a proteção e preservação do patrimônio

5. Funções Contábeis Relacionadas com os inventários, balanços e estatísticas

6. Funções

 Administrativas

Coordenam e sincronizam as demais funções da empresa,

 pairando sempre acima delas.

1.2.3 Henry Ford (1863 – 1947) - é visto como um dos responsáveis pelo grande salto

qualitativo no desenvolvimento organizacional atual. Em 1903 fundou a Ford Motor Co. com o

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intuito de fabricar carros a preços populares dentro de um plano de vendas e assistência técnica.

Ciente da importância do consumo em massa, lançou alguns princípios para agilizar a produção,

reduzir os custos e o tempo de produção.

Integração vertical e horizontal - Produção integrada, da matéria-prima ao produto final 

acabado (Integração vertical) e instalação de uma rede de distribuição imensa

(Integração horizontal).

Padronização - Instaurando a linha de montagem e a padronização do equipamento

utilizado, obtinha-se agilidade e redução nos custos. Em contrapartida, prejudicava a

flexibilização do produto.

Economicidade - Redução dos estoques e agilização da produção.

2. ADMINISTRAÇÃO RURAL

2.1 Conceito

É a área da Administração responsável pelo planejamento, acompanhamento e distribuição da

 produção agro-industrial brasileira.É uma ramificação da ciência da administração que estuda os processos racionais das decisões

e ações administrativas em organizações rurais.

É o estudo da combinação eficiente e eficaz dos fatores de produção com vistas à tomada de

decisão do gerente agrícola para conseguir maiores lucros, satisfação pessoal, sem agredir a

natureza.

É um dos ramos da administração que estuda os processos racionais das decisões e ações

administrativas em organizações rurais.

 A administração rural é uma ciência é também uma arte e teve início no principio do século XX,

nos Estados Unidos e na Inglaterra, que se iniciou com a análise econômica das culturas e

criações, com registros de dados contábeis e técnicos e com a análise de custos de produção. É 

considerado um ramo da ciência administrativa que não se preocupa apenas em analisar os

aspectos inerentes à empresa rural, como também suas inter-relações com o meio ambiente.

No Brasil a Administração Rural surgiu num processo histórico semelhante. Iniciou com analise

da viabilidade econômica de culturas e criações, o registro de dados contábeis e técnicos e a

analise de custos de produção.

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Com um quadro onde a importância da administração é demonstrada de forma tão clara, é de

fundamental importância que os princípios básicos de administração sejam esclarecidos e as

funções essenciais da administração precisam ser estudadas, como veremos a seguir:

1. Planejamento

Para MEGGINSON et all (1998) planejar é escolher um curso de ação e decidir com

antecedência o que se vai fazer, em que seqüência, quando e como. Está intimamente

relacionado a todas as outras funções da administração, principalmente a de controlar.

Planejamento é o processo de determinar os objetivos e metas organizacionais e como realizá-

los". Envolve:

• Escolher um destino;

•  Avaliar os caminhos alternativos;

• Decidir o rumo específico para o destino escolhido.

 Uma forma de administrar uma propriedade agrícola é com o planejamento da mesma; a outra e

sem planejamento nenhum.

Muitas vezes, uma fazenda aparentemente não tem planejamento; porém, analisando com mais

 profundidade o andamento dos trabalhos e outros aspectos, percebe-se que a atividade esta

  planejada – só que empiricamente, “na cabeça do dono ou do administrador”.Infelizmente,

nestes casos, o dono passa a ser insubstituível na atividade, e se, por algum acaso ele ausentar-

se, os negócios podem tropeçar. (BARBOSA, 1985)

O processo de planejamento de uma fazenda, conforme COSTA e GONÇALVES (2002) envolve

fornecer respostas para as seguintes questões:

1. O que você quer executar? (metas)

2. O que você tem para trabalhar? (fontes)

3. Com quanto de dívida você consegue conviver? (avaliação da capacidade de correr riscos)

4. O que já foi feito? (análise das performances passadas)

5. O que ainda pode ser feito? (existência de planos alternativos)

6. O que será feito? (apresentar decisões tomadas)

7. Como e quando estas coisas serão feitas? (organizando e direcionando ações)

8. Como o sucesso será garantido? (formas de controlar o empreendimento).

Planejamentos ou orçamentos avançados tomam muito tempo de elaboração por parte do

gerente.

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O processo de planejamento está estruturado em três perspectivas:

EstratégicoÉ o planejamento do rumo de uma organização e de todos os seus componentes. Direciona amissão da organização em termos de sua principal atividade. Resultados do planejamento

estratégico incluem diretrizes amplas e gerais para a seleção de áreas de atividades oumercados nos quais devemos penetrar, ou dos quais devemos nos retirar. Tem um longohorizonte de tempo e olha para o futuro em termos da missão da organização.

TáticoAnalisa alternativas à realização da missão; os resultados normalmente são alvos deoportunidade dentro da indústria ou do mercado. Tem um período de tempo mais curto do queo estratégico e examina mais especificamente variáveis como as condições de mercado, osobjetivos financeiros e os recursos necessários para realizar a missão. Todo planejamentotático é feito dentro da estrutura do plano estratégico.

Operacional É o planejamento do dia-a-dia. Tem um período de tempo ainda mais curto do que o

 planejamento tático e é responsável por cronogramas, tarefas específicas e alvos mensuráveis,envolvendo gerentes em cada unidade, que serão responsáveis pela realização do plano. Emgeral, existem três níveis de planejamento.

Missão: a razão de existência da empresa. São negócios atuais e futuros que podem ser vistoscomo o objetivo principal de uma empresa.

2. Organização

Organizações são grupos de indivíduos com um objetivo comum ligados por um conjunto derelacionamentos de autoridade-responsabilidade; são necessárias sempre que um grupo busca

consolidar seus objetivos.

"O processo de organizar compreende as decisões que têm por finalidade atribuir tarefas a

indivíduos e grupos de indivíduos, de modo que cada um - grupo ou indivíduo - tenha um

compromisso específico que contribui para a realização de uma tarefa maior" (Maximiano).

BARBOSA (1985) defende que organização é sinônimo de organismo. Organismo é um conjunto

de órgãos, com funções especificas, mas que se inter-relacionam e agem e atuam em conjunto

(interagem e interatuam).

Uma organização rural pode ser definida como um conjunto de departamentos integrantes de

uma exploração agro-pastoril – organização econômica, ou seja, com objetivo de lucro. Mesmo

sendo civil em sua maioria, explorada pelo fazendeiro como pessoa física, deve caminhar para o

modelo empresarial.

Para SOUZA et al (1992) a organização da empresa rural pode ser vista sob dois aspectos:

organização de pessoal e organização física.

Organização de pessoal se trata de pequenas empresas rurais, podendo ser feita de maneira

informal, com o proprietário esclarecendo os funcionários sobre seus cargos e as tarefas que

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devem executar. O proprietário deve conseguir dos funcionários, também de maneira informal,

um comprometimento para a realização de tais tarefas.

Organização física por sua vez refere-se à sua estruturação física, ou seja, àqueles tópicos que

se relacionam com a organização dos campos e benfeitorias, máquinas, equipamentos, materiais

e etc.

Os departamentos diversos da organização rural são representados no organograma, através

dos encarregados dos mesmos. É importante que o proprietário estabeleça a forma dessa

organização, o que ajudará a aliviar “a carga das próprias costas” e trabalhar mais tranqüilo.

(BARBOSA 1985)

Uma boa organização é de extrema importância para o pleno desenvolvimento de uma empresa

rural. Quanto mais organizada e estruturada ela estiver, menos problemática será sua direção e

mais facilmente serão atingidos os seus objetivos.

3. Direção

 A direção é o processo pelo qual um indivíduo influencia outros a realizar os objetivos desejados,

de forma a buscar a realização da missão da empresa. Dentro da organização de uma empresa,

o processo de liderança tem a forma de um gerente que influencia os subordinados a realizaremos objetivos pela alta gerência.

A direção é uma função essencial do processo administrativo. Para BARBOSA (1985) de nada

vale a elaboração de um bom planejamento e o estabelecimento de uma correta estrutura

organizacional se não houver uma direção adequada.

 A direção se realiza sobre pessoas e não sobre máquinas, benfeitorias, terras ou animais. É 

 preciso agir sobre os recursos humanos compreendendo suas reações e comportamento.

Segundo o autor, o comportamento das pessoas dentro da empresa é que vai definir o êxito decada tarefa realizada, e, conseqüentemente a eficiência do empresário na condução dos seus

negócios.

Tudo isso, torna-se de fundamental importância para que o empresário rural entenda como é

complexo executar ações de direção, uma vez que elas dependem de diferentes situações e das

 pessoas nelas envolvidas.

4. Controle

O controle que é o processo de se assegurar que os objetivos organizacionais e deadministração sejam atingidos, está relacionada intimamente a cada uma das outras funções do

administrador (MEGGINSON et all, 1998).

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"O processo de controle consiste das ações seqüenciais tomadas pela administração para

estabelecer os padrões de desempenho, medir e avaliar o desempenho, e tomar ações

corretivas quando necessário" (Montana & Charnov).

Todas as funções da Administração são de suma importância para que se alcance bons

resultados

Os sistemas de controle para serem eficazes, devem obedecer a vários critérios:

1) Focalizar os objetivos organizacionais para controlar as atividades adequadas;

2) Agir no tempo certo para a administração poder introduzir uma ação corretiva e ainda atingir 

os objetivos;

3) Serem eficazes no custo para os benefícios superarem os custos;

4) Dar informações precisas;

5) Serem aceitos pelos que estão envolvidos, ou são afetados, pelo sistema de controle.

Como em qualquer empresa, em uma fazenda, segundo BARBOSA (1985) deve se controlar:

 _ O patrimônio, ou seja, a propriedade como um todo, como as benfeitorias, as máquinas,

ferramentas, os valores a receber, os rebanhos e outros estoques, além, é claro, das dívidas

decorrentes das explorações e investimentos na propriedade.

 _ O resultado, ou seja, as atividades de exploração, ou tudo que gera despesas e receitas na propriedade.

 _ O rebanho, ou seja, o controle de gado, nos casos de animais leiteiros ou de reprodução, o

controle deve ser individual (por cabeça) – controlam-se nascimentos, parições, perdas,

 produção de leite, etc.

 _ Além destes itens, há uma enormidade de outros a serem controlados, dependentes do grau 

de controle a se efetivar na propriedade.

O controle pode ser feito em nível estratégico, onde se procura avaliar o desempenho global daempresa; em nível intermediário, onde cada unidade é avaliada; e em nível operacional, onde se

cuida do nível mais baixo da empresa, dando a cada tarefa uma visão de curto prazo (SOUZA et 

al, 1992).

O controle é vital dentro da empresa, uma vez que permite que erros sejam sanados a tempo,

evitando que se comprometam as demais funções da produção. A ele cabe devolver as

informações ao planejamento, a fim de que o ciclo da administração tenha continuidade, e

verificar se todas as ações estão sendo desempenhadas corretamente. É uma tarefa contínua e

fundamental.

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O processo de controle, por exemplo, tão criticado e, realmente, uma verdadeira arma do mal 

quando utilizado em excesso, é absolutamente essencial para o planejamento eficaz, pois a

 Administração precisa saber de seu desempenho para poder fazer uso eficiente dos recursos

organizacionais. Deve avaliar como os recursos são usados, tomar ações corretivas quando

necessário e planejar eficazmente para usar os recursos com mais eficiência no futuro. Existem

três pontos principais no que diz respeito à importância do controle:

• É necessário para medir e avaliar o desempenho organizacional 

• É um processo dinâmico e contínuo

• Envolve todas as facetas da organização

Neste ponto é necessário reforçar a importância da utilização dos processos em forma cíclica,

incluindo-se uma avaliação e feedback.

Todo essa seqüência de processos é extremamente importante à administração da empresa. O

custo de um erro resultante do velho método de tomada de decisão "empurrando com a barriga" 

é alto demais na economia complexa de hoje e somente a eficaz condução desses processos

 pode garantir um bom gerenciamento.

Estabelecido os objetivos e metas (planejamento), distribuídas as atividades (organização) e

estruturados a direção e os controles organizacionais, é necessário avaliar-se como aorganização tem alcançado seus objetivos e então se preparar para começar novamente todo o

 processo.

Para concluir, vamos ler um diálogo ilustrativo da obra Alice no País das Maravilhas:

 Alice: Por favor, você poderia me dizer que caminho devo seguir?Gato Cheshire: Isso depende muito do lugar para onde você quer ir. Alice: Eu não me importo para onde.Gato Cheshire: Então não faz diferença o caminho a pegar.

2.2 O Campo de atuação da Administração Rural  

O conhecimento das condições de mercado e dos recursos naturais dá ao produtor rural os

elementos básicos para o desenvolvimento de suas atividades econômicas. Cabe ao

administrador rural a seguinte tarefa:

1. Tomar decisões sobre o quê produzir;

2. Decidir sobre o quanto produzir;

3. Estabelecer o modo como vai produzir;

4. Controlar a ação desenvolvida;

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5. Avaliar os resultados obtidos medindo os lucros ou prejuízos e analisando quais as razões que

fizeram com que o resultado alcançado fosse diferente daquele previsto.

 A Administração Rural é, portanto, o conjunto de atividades que facilita aos produtores rurais a

tomada de decisões ao nível de sua unidade de produção, a empresa agrícola, com o fim de

obter o melhor resultado econômico, mantendo a produtividade da terra.

2.3 Os Empreendimentos Agropecuários

2.3.1 Empresa Rural 

 A administração rural está voltada para auxiliar na tomada da decisão na empresa rural.

Não possui uma classificação quanto a tipos de administração rural e sim podemos caracterizar 

as empresas rurais.

Empresa Rural  é a unidade de produção em que são exercidas atividades que dizem respeito à

 produção agrícola, pecuária ou culturas florestais com a finalidade de obter de lucro.

Segundo Marion (2002, p. 24), “empresas rurais são aquelas que exploram a capacidade

 produtiva do solo por meio do cultivo da terra, da criação de animais e da transformação de

determinados produtos agrícolas”.

Para Crepaldi (1998, p. 23), “é a unidade de produção em que são exercidas atividades que

dizem respeito a culturas agrícolas, criação do gado ou culturas florestais, com a finalidade de

obtenção de renda”.

 Ambos os conceitos de empresa rural abordam a exploração da terra e da criação dos animais

como fonte de renda. E partindo desses conceitos classificam as atividades rurais em três

grupos distintos:

1) Produção Vegetal- Atividade Agrícola;

2) Produção Animal- Atividade Zootécnica;

3) Indústrias Rurais- Atividade Agroindustrial.

 As empresas rurais podem ser:

 

• Familiares

• Patronais

• Consolidada

• Em transição

• De subsistência

• Latifundiária

• Capitalista

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• Familiar Consolidada:

a) Propriedades semi-especializadas a diversificadas (3 a 5 atividades com área de

aproximadamente 100 ha e concentração de 50 ha);

b) Usa tecnologia;

c) Busca assistência técnica e creditícia;

d) Os proprietários são esclarecidos e tem contato com a comunidade;

e) O proprietário mora na propriedade.

• Familiar em Transição:

a) Diversificação maior de 3 a 6 atividades para obtenção de renda, com área de 50 ha e

concentração de 20 há;

b) Usa pouca tecnologia;

c) Não busca tanto a assistência técnica e creditícia;

d) São menos esclarecidos em relação a empresas consolidadas.

• Familiar de subsistência ou periféricos:

a) Possui uma diversificação de 4 a 7 atividades, com área de 20 ha chegando a ter umaconcentração de 10 há;

b) Para sua subsistência e comercialização do excedente;

c) Usam baixa tecnologia;

d) Não buscam o crédito, pois não possuem viabilidade econômica para ter acesso;

e) Pouco esclarecidos quase não saem de suas propriedades.

Patronal latifundiário:

a)Propriedade com grande extensão de área, 600 vezes o módulo rural, improdutiva, com cultivo

de animais e vegetais extensivo ou mesmo sem cultivo;

b) O proprietário não reside e nem vive da renda extraída do seu sistema produtivo.

• Patronal Capitalista:

a) Tem a produção voltada para o mercado;

b) O uso da mão-de-obra contratada é maior do que as familiares;c) São semi-especializados de 2 a 3 atividades para obtenção de renda em grande escala;

d) São propriedades acima de 200 ha;

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e) Usam alta tecnologia;

f) Recorrem ao crédito rural para viabilizar sus sistema produtivo.

2.3.2 Fatores de Produção

 A "terra" e o "trabalho" são considerados fatores originários, já o "capital" e derivado da "terra" e do

"trabalho". Segundo a teoria desses autores, vamos analisar a influencia desses três fatores na produção.

Esses fatores têm influencia direta na produção, os quais são utilizados para satisfazer as nossas

necessidades, direta ou depois de transformadas. O planeta em que habitamos que foi denominado de

"Terra", constitui o primeiro fator de produção e quando surgiu o homem, o mundo já estava criado.

É bom lembrar que o homem é o agente da produção e o seu trabalho representa o segundo fator da

 produção. O trabalho, em economia, quer dizer o trabalho humano e não o desempenho das máquinas e

nem o esforço dos animais que parecem trabalhar. A máquina industrial e os animais colocados a serviço

do homem representam o terceiro fator de produção, que é o "capital" o qual vamos abordar a seguir.

É considerado capital, os bens que não se destina à imediata satisfação do ser humano, mas que tem a

função de facilitar a produção de utilidades econômicas. O capital no ponto de vista econômico é

representado pelas matérias primas, usinas, máquinas, ferramentas, edifícios industriais etc. O dinheiro ou 

o credito, também é considerado capital, somente do ponto de vista comercial ou financeiro, representando

a fonte do financiamento para a compra dos bens de produção: bens duráveis e transitórios (insumos).

Quando os três fatores estão em harmonia, a produção com certeza estará crescente, observamos na

"terra" o fator originário com uma riqueza incalculável para o ser humano, com o "trabalho" conseguirmos

os bens econômicos, e por fim vem o "capital", que só com ele pode se concluir o ciclo produtivo.

Qualquer tipo de empresa rural seja familiar ou patronal, é integrada por um conjunto de recursos

denominado Fatores de Produção:

Terra: é o fator mais importante, pois na terra se aplicam os capitais e se trabalha para obter a

 produção.

Capital: representa o conjunto de bens colocados sobre a terra com o objetivo de aumentar 

sua produtividade e ainda facilitar e melhorar a qualidade do trabalho humano. O capital da

empresa agropecuária é constituído de benfeitorias, animais de produção, máquinas e

implementos agrícolas e os insumos agropecuários.

Trabalho: é o conjunto de atividades desempenhadas pelo homem. A tarefa de administrar 

também é considerada trabalho, assim como lavrar a terra, cuidar dos animais, construir cercas

etc. A diferença fundamental entre a administração e execução de práticas agrícolas é que na

 primeira há uma exigência maior de conhecimento e na segunda se precisa fazer apenas aquilo

 para o qual foi designado.

Organização da Empresa Agrícola – é a combinação das atividades desenvolvidas em funçãodas características dos fatores de produção disponíveis.

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Manejo da empresa agrícola – é o conjunto de medidas que deve tomar o administrador para

que todas as praticas agropecuárias sejam realizadas a tempo e de maneira eficiente.

2.3.3 Fatores que influenciam a atividade agropecuária

 A produção agropecuária está associada a um amplo contexto, onde uma infinidade de variáveiscondicionam tanto os resultados tecnológicos como a rentabilidade e lucratividade.

 Alguns destes condicionantes são considerados de:

• Natureza Técnica (aspectos físicos e biológicos);

• Natureza Institucional e Humana ( exógenos e endógenos à propriedade rural)

( Ver gráficos)

2.3.4 Empresa Agrícola x Empresa Industrial 

O funcionamento eficiente da empresa é mais difícil na agropecuária do que na indústria, pelas

razões abaixo relacionadas:

EMPRESA AGROPECUÁRIA EMPRESA INDUSTRIAL

•  A quantidade e a qualidade da produção

não pode ser controlada com precisão.

• Pode ser controlada com precisão,

 porque as variáveis que agem sobre a

 produção são controláveis.

• Especialização menos possível devido à

ação dos fatores naturais.

• Tem a especialização das atividades

dentro da empresa.

• O uso das máquinas e equipamentos é

menos possível porque estas têm que ser 

móveis e seu uso é limitado a certos

 períodos do ano

• O uso de grande parte das máquinas e

equipamentos é fixa e são usados num

mesmo local.

•  A produção obedece a prazos fixos • Pode intensificar a sua produção,

 proporcionando o uso mais eficiente do

capital 

2.3.5 Caracterização da Empresa Agrícola

Os estabelecimentos ou unidades de produção rurais podem ser caracterizados através de

diferentes critérios de classificação. Os mais freqüentemente usados são:

• Classificação por sistema

de posse

Propriedade – apresenta uma série de vantagens sobre outros sistemas de

acesso e por isso é considerada teoricamente ideal.

 Arrendamento – transferência temporária do direito de uso da terra , que o

 proprietário faz a terceiros em contrapartida ao pagamento de um patrimônio de um prêmio pelo uso do fator. Contrato de locação.

Parceria – exploração conjunta de terra por 2 ou mais produtores. É uma

co-participação formando uma sociedade de exploração conjunta de terra.

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• Classificação por 

tamanho da área

• Classificação quanto ao tipo de atividade:

1. Agrícolas – exploram somente atividades agrícolas podendo ser especializadas ou 

diversificadas.

2. Pecuárias - exploram somente atividades relacionadas a criação de animais.

3. Agropecuárias - exploram tanto as atividades agrícolas como as atividades de pecuária.

Pode ser considerada empresa mista.

• Classificação quanto a Tração

1. Manual  

2. Animal  

3. Mecânica

4. Robotizada

• Quanto à natureza jurídica

Na atividade agrícola encontramos duas formas jurídicas possíveis de exploração:

• Pessoa Física – ou pessoa natural é o ser humano, o indivíduo. No Brasil prevalece a

exploração na forma de pessoa física.

 

Minifúndio – área demasiadamente pequena para um emprego

adequado da mão-de-obra familiar do proprietário, não proporcionando uma

renda satisfatória para o sustento familiar rural.

Latifúndio – área excessivamente grande em relação a capacidade deuma exploração eficiente sobe a administração do proprietário. Pode ser um

latifúndio por extensão ( imóvel que excede 600 x ou mais a área do módulo

na respectiva zona) e latifúndio por exploração ( imóvel rural que seja igual 

ou superior ao módulo rural e que permaneça inexplorado em relação as

suas potencialidades.

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3. CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DA ADMINISTRAÇÃO NAPROPRIEDADE RURAL

3.1 Área de Produção

 A produção caracteriza o processo de transformação dos fatores de produção em produtos para

venda no mercado, sendo que a empresa administra a compra dos insumos, combinando-os

segundo um processo de produção escolhido e vendendo produtos ou serviços (Vasconcellos &

Troster, 1996). A teoria da produção aplica-se às empresas comerciais, bem como órgãos

governamentais e organizações sem fins lucrativos, com atividades produtivas (Pindyck &

Rubinfeld, 1994).

Os recursos que compõem a área de produção são os recursos de transformação e de

utilização. Com relação à área de produção as empresar rurais podem ser classificadas comoespecializadas e diversificadas.

Especializada é a produção baseada em uma só linha de exploração de modo que o empresário

rural que a pratica depende de uma só fonte de renda.

Vantagens da especialização:

a) Cada empresa deve dedicar-se a linha de exploração que melhor se adapte , tendo em vista

obtenção de maiores lucros;

b) Desenvolve habilidades do homem para executar determinadas tarefas dentro da organização

c) Permite melhor aplicação de capital 

d) Facilita a administração da empresa

Diversificada é a produção de vários produtos para o mercado e nesse caso o empresário rural 

depende de várias fontes de renda. Muitas empresas estão organizadas de tal modo a obter 

renda de um grupo reduzido de produtos estreitamente relacionados que pode ser denominado

semi-especializado.

Vantagens da diversificada:

a) Através da adequada combinação de explorações principais, complementares e

suplementares, determina o uso mais completo dos recursos disponíveis;

b) Reduz os riscos devido a preços desfavoráveis e as condições meteorológicas desfavoráveis;

c) Permite a rotação de cultura

3.2 Áreas de Comercialização E Marketing 

3.2.1 Comercialização

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É o conjunto da operações ou funções realizadas no processo de levar os bens ou serviços

desde o produtor primário até o consumidor final.

3.2.1.1Comercialização Agrícola

Nas empresas rurais, dependendo da cultura, existe uma diferença em relação a outrasempresas de produção, pois as vendas dos produtos não tem caráter continuo e sim integrado

com o período das safras.

 A comercialização agrícola estuda o fluxo dos produtos agropecuários das empresas rurais para

o consumidor, que envolve o fluxo de atividades e indivíduos. Engloba a identificação e analise

de todas as atividades e instituições necessárias à transferência dos bens e serviços.

3.2.1.2 A Ação Comercializadora

É abordada por meio das funções ou atividades das instituições do mercado e a forma decomportamento sobre como se relacionam, que é a estrutura de comercialização.

Funções de comercialização

São atividades através das quais adicionam-se as utilidades de tempo, lugar, forma e posse do

 produto, que irão lhe conferir suas condições finais de consumo.

Classificam-se em:

• Permuta compra e venda que acrescenta a utilidade de posse.

• Física que são armazenamento (tempo); beneficiamento e embalagem (forma); e

transporte (lugar);

•  Auxiliares padronização, financiamento e informações de mercado.

Instituições de Comercialização

São os sujeitos do sistema de comercialização que desenvolvem as funções adicionadoras de

utilidade. Classificam-se em:

• Atacadista Industrial 

• Varejista ou retalhista

• Comissários, vendedores e viajantes

• Corretores e bolsas

•  Instituições governamentais e associações

•  Instituições Financeiras

B) Intermediários Agentes

C) Instituições auxiliares ou agências facilitadoras

 A) Intermediários Comerciantes

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• Seguradoras e bolsas de mercado a termo

• Agentes de coleta e divulgação de informações de mercado

3.2.1.3 Canal de Comercialização

É o caminho percorrido pelo produto desde a saída da unidade de produção agrícola até chegar 

ao consumidor. É a relação de todas as instituições de mercado numa certa linha: produtor –

consumidor.

Mediante a análise dos canais de comercialização, pode-se:

Localizar pontos de estrangulamento. Ex.: armazéns inadequados ou insuficientes, estradas

intransitáveis por algum período, etc.

Detectar graus de competição. Ex.: Oligopólios, cartéis e monopólios

Fazer diagnósticos dos setores.

Os canais de comercialização podem se:

1. De acordo com o número de instituições – é a maneira mais tradicional de classificar os

canais. Com base no número de instituições eles podem ser:

Canal direto – caracterizado pela inexistência de intermediários.

Canal Semi-direto – é caracterizado pela existência de apenas um tipo de intermediário entre o

 produtor e o consumidor.

Canal indireto – é caracterizado pela inserção de mais do que um tipo de intermediário entre o

 produtor e o consumidor.

1. De acordo com o grau de desenvolvimento - de acordo com o grau de desenvolvimentolocal, regional ou nacional e com o nível de organização da comercialização, os canais

 podem ser classificados em:

Tradicional – é aquele em que operam as instituições intermediárias tradicionais de varejo e

atacado.

Moderno – é aquele que requer comercialização mais rápida e mais eficiente, produção mais

organizada e produtos mais processados.

 Avançado – é aquele que surge da necessidade de atender ao mercado exterior.

2. De acordo com o nível de integração – subdivide-se em:

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• Não-integrados – representam os canais tradicionais, em que os agente produtores, atacadistas

e varejistas negociam um com o outro em operações isoladas.

• Integrados – representam os canais modernos e avançados, em que os agentes, produtores,

atacadistas e varejistas negociam sob o controle de uma gerência central programada.Constituem os chamados complexos agroindustriais.

3.2.1.4 Fluxo de Comercialização

É o esquema geral de todos os possíveis canais estruturados de forma agregada.

Fluxo Geral – é a síntese capaz de reunir as diversificadas ações por que passam a mercadoria

no sistema de comercialização de produtos agropecuários e seus agentes, de forma agregada

ou não.

 

Neste fluxo podemos identificar 6 níveis de mercado, cada qual com uma graduação diferente de

concorrência que são:

∂  Mercado Local – é o produtor rural e o primeiro comprador. Grade número de vendedores para

um pequeno número de compradores. (Oligopsônio ou Monopsônio)

•  Atacado intermediário de reunião – número maior de atacadistas locais vendem seus lotes aum número menor de atacadistas regionais. (Oligopólio bilateral)

 

CONS

UMIDOR 

MERCEARIA DOISMAEL

VERDURÃOHORTILAVRAS

SABORES EMERCE ARIA

VERDURÃO DOALESSANDRO

SUPERMERCADOSÃO J0ÃO

SUPERMERCADOALVES

HIPERVERDURÃO

REAL VERDURÃO

SUPERMERCADOREX

VERDURÃOECONÔMICO

ARMAZEM DOCÉLIO

FEIRANTE 1

CEASA (SP)

CEASA (BH)

PRODUTOR

FLUXO GERAL DA COMERCIALIZAÇÃO DA BANANA EM LAVRAS - MG NA SEMANA DEL 22 À 28 DE FEVEREIRO DE 1.999

FEIRANTE 2, E FEIRANTE 3, E SUPERMERCADO ESPERANTO

100%

7%

16%

2%

16%

2%

0,42%

21,10%

0,26%

0,88%

2,11%

5,63%

5,28%

3,68%

17,60%

7%

0,17%

57%

0,153%   0,017%  

14,4%   1,6%

0,378%   0,0042%  

18,99%   2,11%

0,221   0,039%  

25,802%   0,798%  

2,0226%   0,00844%  

5,067%   0,563%

0,153 % 0,017%

0,792%   0,088%

2,944%   0,736%  

1,84%   0,16%  

12%   4% 

Percentagem de perdaPercentagem passado para o consumidor   

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÷  Mercado Terminal de Reunião – número maior de atacadistas regionais para um pequeno

número de grades atacadistas. (Oligopsônio ou Monopsônio)

≠  Atacadistas igualizadores - número pequeno que detêm grande volume de produtos, vendem

em grandes lotes para os atacadistas distribuidores. (Oligopólio bilateral)

≡  Mercado Regional – os atacadistas em pequeno número vendem aos varejistas em grande

número. (Oligopólio )

≈  Mercado Varejista – os varejistas em número relativamente grande vendem aos milhares de

consumidores que compram em pequenas quantidades. (Oligopólio ou concorrência

monopolista).

3.2.2 Marketing Rural 

Marketing – compreende todas as ações desenvolvidas para a venda de produtos e serviçosagropecuários e para a fixação de uma imagem positiva das empresas que atuam no setor.

Conceitos importantes e básicos em marketing são: necessidade, desejo, demanda, produto,

troca, transação e mercado. (Ler texto)

Numa organização orientada para o marketing rural, os produtos, os canais de distribuição

usados e as promoções de venda estão todos relacionados como meios de se atingir as

necessidades dos consumidores com lucro.

O Marketing Rural está relacionado com 3 atividades:

• Reconhecimento da demanda;

• Estimulação da demanda pela promoção e venda;

• Satisfação da demanda, pelo produto em si e pelos meios de distribuição.

Satisfação do Consumidor

Venda

Preço

Promoção

Propaganda

DistribuiçãoProcessamento

Marca

Produtor 

Embalagem

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3.2.2.1 Dificuldades do Marketing Rural 

• Produtos não diferenciados;

• Tradicionalismo;

• Sistema de administração empírico ;

• Sazonalidade da produção;

• Propriedades isoladas e distantes;

• Baixa mentalidade comercial;

• Produtos perecíveis;

• Irreversibilidade da produção.

3.3 ÁREA DE RECURSOS HUMANOS

3.3.1 Conceito

Relacionada a todas as pessoas que ingressam, permanecem ou participam da empresa e

que promovem o seu funcionamento.

3.3.2 Recursos Humanos ou Pessoal 

Constituem os recursos vivos e dinâmicos da empresa;

Dotados de vocação dirigida para o crescimento e desenvolvimento;

Capazes de manipular e colocar em ação os demais recursos;

Capazes de auto-evoluir e promover acréscimos qualitativos e quantitativos às operações da

empresa.Vejamos cada um dos aspectos que a empresa agrícola precisa desenvolver para ter 

recursos humanos capacitados e motivados:

Recrutamento – é a busca de recursos humanos para suprir a necessidade da empresa.

 Antes de iniciar o recrutamento a empresa precisa estipular as características do empregado que

vai contratar. Entre as características destaca-se; idade, escolaridade, formação, experiência,

etc.

Meio de recrutamento: anúncios de jornal, rádio, revistas, etc.

Seleção – é escolher a pessoa mais adequada para preencher a vaga. Utiliza-se osseguintes meios para selecionar funcionários: formulários, entrevistas, testes, curriculum vitae,

etc.

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Treinamento – consiste em transmitir ao funcionário os conhecimentos necessários para o

desempenho de suas funções.

Motivação – é a junção das palavras motivação + ação. Por trás de cada ação há um motivo.

Os motivos que levam uma pessoa a ação são vários. O principal é a satisfação de suas

necessidades. Existem diversos tipos de necessidades, são elas:

3.3.4 LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO

O tipo de liderança também influi no nível de motivação dos empregados.O que se entende por liderança?

“Significa exercer influência sobre o comportamento de outrem”.

Quando damos uma ordem a um subordinado, quando discutimos um ponto de vista com um

interlocutor, e em inúmeras outras situações, o que estamos fazendo é uma tentativa de

liderança.

Existem duas maneiras de se conseguir que outra pessoa faça o que queremos que seja

feito: Por coação ou por motivação.

Quando agimos através da coação estamos agindo como “chefões”, quando agimos através

da motivação estamos agindo como “lideres”.

CHEFÃO LÍDER  Seu interesse é voltado

exclusivamente para o trabalho;

Está disposto a escutar;

Isola-se do grupo; Com freqüência ouve o grupo antes de

tomar decisões;Inspira medo, desconfia, cria tensão; É educado, sugere, orienta;É grosseiro, é autocrático; Interessa-se também pelas pessoas;

Diz: “Eu”, “Façam” Diz: “Nós”, “Façamos”  Não se dispõem a escutar; Trabalha com o grupo;Toma sempre decisões sem

consultar o grupo;

Inspira confiança, confia e assiste

Necessidadefisiológica

Auto-realização

Necessidade deSegurança

Necessidade

Social

Necessidade deStatus

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Não considera diferenças

individuais.

Leva em consideração as diferenças

individuais.

3.4 ÁREA DE FINANÇAS

Trata-se das previsões dos recursos monetários necessários à aquisição ou obtenção de

insumos, serviços, equipamentos e demais recursos ou fatores para a produção e

comercialização de produtos agropecuários, de formar a atender aos objetivos da empresa, a

área de finanças da empresa rural diz respeito basicamente a:

Receitas – são as entradas de dinheiro da empresa durante determinado período oriundo da

venda de produtos agropecuários e de subprodutos das atividades agropecuárias, da prestação

de serviços, do arrendamento da terra, etc,

Despesas – são todos os gastos de recursos, durante um determinado período de tempo

 para aquisição dos fatores de produção e comercialização.

Investimentos - são todos os gastos realizados para a obtenção de recursos necessários às

atividades agropecuárias cuja utilização ultrapasse um ciclo produtivo, isto é, recursos utilizados

 por mais de um período de produção. Ex.: aquisição de máquinas, equipamentos, rebanhos

 produtivos, construção de estábulos, etc.

Depreciação -