Apostila Geografia - Ensino Fundamental - Módulo 03

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Prefeitura Municipal de Santos ESTÂNCIA BALNEÁRIA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO Equipe Interdisciplinar Módulo III e IV Ciclo I Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos Santos 2003

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Prefeitura Municipal de Santos ESTÂNCIA BALNEÁRIA

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO

Equipe Interdisciplinar Módulo III e IV

Ciclo I Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos

Santos 2003

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UM NOVO OLHAR SOBRE A GEOGRAFIA

“Criar o que não existe ainda deve ser a pretensão de todo sujeito que está vivo.” Paulo Freire

A escola revela a necessidade da criação de novas concepções ou adequação de concepções antigas sobre a educação ao longo do tempo e do espaço social. As reflexões sobre educação apontam um posicionamento da escola que deve atender aos interesses característicos de uma sociedade diversificada e em transição. Atendendo a essas necessidades, a Geografia vem procurando aproximar o aluno da realidade, fornecendo subsídios para a interpretação das experiências vivenciadas dentro e fora da escola, relacionando-as com a sociedade. É necessário ampliar a capacidade de observação do aluno em direção à distribuição territorial, dos lugares e dos acontecimentos, fornecendo informações e criando condições concretas de aprendizado. Não se pode esquecer que a transformação das paisagens não é fruto apenas da ação humana, outros fatores influenciam as transformações e devem ser considerados. O conhecimento geográfico e sua compreensão devem ser os principais enfoques, sendo essencial a conexão entre a paisagem e a vida das pessoas. A natureza presente na paisagem e a sua relação com o homem formam a base dessa disciplina. A Geografia propõe-se a algo mais que descrever paisagens, pois a simples descrição não fornece elementos suficientes para uma compreensão global daquilo que pretendemos conhecer geograficamente. Ir além das aparências significa considerar que, por trás de toda paisagem, temos, necessariamente, uma dinâmica particular que a determina, que a constrói, que a mantém com determinada aparência. Estudar geograficamente o mundo, no todo ou em parte, é buscar entender como e por que as paisagens apresentam as características que observamos, não só aquilo que vemos (paisagem), mas também os fatores determinantes da aparência, o modo pelo qual a sociedade produz o espaço geográfico. Como exemplo, vamos imaginar que uma pessoa identifica um “cartão-postal de Santos”. Reconhece os jardins, a praia, a fonte, os tipos de meios de transporte, mas não identifica o que causou essas transformações no ambiente natural.

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Se o estudo da paisagem se restringisse à descrição dos elementos que a constituem, incluiríamos os tipos de construções, as casas, os carros, as pistas asfaltadas e encerraríamos. Mas, como não basta fazer uma espécie de fotografia falada ou escrita das paisagens, deve-se entender as razões que determinam essa paisagem. Para isso, pode propor-se questões como:

• Por que exatamente neste local construíram tantos prédios e tantas avenidas? • Para onde vão ou de onde vêm essas embarcações, esses carros, ou esses ônibus? • Por que a baía tem esse formato? • Como surgiram os morros? • Por que alguns dos morros têm vegetação e outros não? • E as pessoas? Onde estão, o que fazem, como vivem?

Ao responder essas e outras questões, o espaço geográfico estará sendo desvendado além das aparências do “cartão-postal”. Outro material que pode ser utilizado é a fotografia, que é um documento bastante valioso para recuperarmos, mesmo parcialmente, os registros de uma época. Com elas, conseguimos informações sobre as diferentes formas de pensar, viver, trabalhar e conviver em sociedade. As fotografias possibilitam aos alunos “ver” e refletir sobre um local ou uma situação. Demonstram o quanto mudou e como podem ajudar a transformá-lo para melhor. Indústrias, cidades, agricultura, rios, solos, climas, populações – todos esses elementos e outros – constituem o espaço geográfico, isto é, o meio ou realidade material onde a humanidade vive e do qual ela própria é parte integrante. Tudo nesse espaço depende do homem e da natureza. O homem reelabora esses elementos naturais ao fabricar os plásticos a partir do petróleo, ao represar rios e construir usinas hidrelétricas, ao aterrar pântanos e edificar cidades, ao inventar velozes aviões para encurtar. Para nos posicionarmos inteligentemente frente a este mundo, temos de conhecê-lo bem. Ser cidadão pleno significa estar integrado criticamente na sociedade, participando ativamente de suas transformações. Para isso, devemos refletir sobre o nosso mundo, e a Geografia é um instrumento indispensável para empreendermos essa reflexão.

Esta atividade poderá ser feita com a foto de uma paisagem ou planta de um lugar. O trabalho realizado coletivamente permite uma rica troca de informações. Os alunos poderão observar o que vêem, descrevendo o que considerem mais interessante ou significativo. Poderão localizar pontos de referência como montanhas, rios, construções, formas de relevo etc. Cada aluno fará um passeio imaginário pela paisagem apresentada, descrevendo os caminhos percorridos. É importante que se estabeleçam relações com espaços conhecidos pelos alunos, analisando semelhanças e diferenças entre estes e a paisagem escolhida para o estudo. Os alunos devem trazer fotos ou figuras de jornais e revistas que retratem o espaço do bairro ou da cidade em que vivem. Mais interessante ficará o trabalho se os alunos puderem percorrer o espaço escolhido, com roteiro de observação escolhido, proporcionando a comparação com as imagens e informações coletadas anteriormente, partindo sempre dos aspectos naturais.

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INTEGRANDO ASSUNTOS DO CONTEÚDO... Relevo – observando o relevo poderemos estudar as formas que caracterizam a paisagem, e como ele pode influenciar a vida das pessoas que aí vivem. Quais atividades econômicas as planícies podem oferecer? Como é realizado o extrativismo nessa região? A agricultura está sendo aproveitada? Rio – aparecendo algum rio na paisagem apresentada, a hidrografia poderá ser estudada, ressaltando-se a importância dos rios para a vida da população, questionando-se sobre as possibilidades econômicas que o rio representa e a maneira como o homem utiliza esse potencial. Conceituar nascente, foz e hidrelétrica. Discutir a importância de uma usina hidrelétrica na região para a produção de energia abastecendo o Porto de Santos. Bairro – discutindo as características do bairro e da cidade, a atividade pode ser estendida, com entrevistas junto a representantes do poder público, identificando as funções de vereadores e prefeito. Vegetação – observando a vegetação pode-se apresentar a relação com clima, considerando-o fator determinante. Alguns questionamentos possíveis são: Que tipos de plantas você observa? Elas crescem espontaneamente ou foram plantadas pelo homem? Algumas delas são aproveitadas economicamente pela população? Que tipos de animais são encontrados no lugar? Quais sons podem ser ouvidos?

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ATIVIDADES ECONÔMICAS O desenvolvimento da agricultura do café, especialmente no Estado de São Paulo, facilitou a implantação de indústrias. Hoje, a Região Sudeste é a mais industrializada do país, com fábricas de todos os tipos. Também se destaca no extrativismo, na agricultura e na pecuária. O grande crescimento das indústrias da Região Sudeste modificou e transformou a paisagem e o modo de vida da população. Com o aumento das atividades econômicas, o Porto de Santos ampliou suas atividades de exportação e importação. A obra de Tarsila do Amaral retrata os trabalhadores brasileiros.

Operários, de Tarsila do Amaral,1933.

1. O que você acha que essas pessoas retratadas no quadro estão fazendo? 2. Onde você acha que elas estão? 3. Tarsila do Amaral pintou esse quadro em 1933. E você, como retrataria os trabalhadores

atuais? Os trabalhadores brasileiros estão distribuídos por três setores da economia:

No campo, assim como na cidade, milhares de pessoas deixam suas casas todos os dias e vão trabalhar para ganhar o sustento de suas famílias. Pelo trabalho, os seres humanos transformam a natureza. Quando o homem corta uma árvore e a transforma em tábuas de madeira para construir sua casa, está realizando um trabalho.

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As pessoas podem trabalhar em atividades de: • produção:

• compra e venda:

• prestação de serviços:

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COMÉRCIO O comércio é uma atividade que as pessoas sempre realizaram. Ele baseia-se na troca. Os povos antigos trocavam mercadorias por outras mercadorias.

Essa forma de comercializar produtos acabava gerando confusão. Além disso, as pessoas tinham sempre que transportar as mercadorias para ser trocadas. Não era fácil carregar bois ou sacas de cereais. Com o passar do tempo, as pessoas começaram a usar a moeda (dinheiro) para trocar mercadorias. INDÚSTRIA E RECICLAGEM

Grande parte dos recursos naturais é transformado em outros pela indústria. Por exemplo: O minério de ferro no subsolo é apenas recurso natural; depois de extraído torna-se matéria-prima para produzir o ferro, que por sua vez, servirá como bem intermediário e matéria-prima para produção do aço; este, finalmente, será matéria-prima, para um produto final (automóvel, navio). Novíssimo dicionário de economia Paulo Sandroni. S.Paulo, Best. Seller, 1999.

Se você pudesse conversar com seus bisavós ou com pessoas mais velhas, ficaria sabendo que, quando eles tinham a sua idade, a vida era bem diferente. Não existiam shopping centers, vídeo game, comida congelada, batatinha frita industrializada e muitos outros produtos. Isso acontecia porque o Brasil, naquela época, não fabricava muitos dos produtos que atualmente fabrica. As indústrias começaram a ganhar força no país somente a partir da década de 1930.

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TIPOS DE INDÚSTRIAS Desde os tempos mais antigos, o homem aprendeu a extrair os recursos da natureza. Assim, ele podia alimentar-se e fazer vários objetos. Esse aprendizado nunca parou. Com o surgimento das máquinas, a atividade industrial tornou-se predominante. Vamos conhecê-la? ATIVIDADES HUMANAS O ser humano desenvolve várias atividades produtivas. Elas podem ser divididas em três tipos: primárias, secundárias e terciárias. EXTRAÇÃO A indústria extrativa retira matérias-primas diretamente da natureza e, por meio de vários processos, as transforma em outros produtos. Ela está dividida em extrativa vegetal, animal e mineral. Como exemplo de indústria extrativa vegetal, podemos lembrar a da banana. Também aproveitamos a carne e o óleo de alguns peixes, obtidos pela atividade da indústria extrativa animal. A indústria extrativa mineral, por sua vez, nos proporciona a gasolina, produzida a partir do petróleo. CONSTRUÇÃO Como o próprio nome diz, a indústria da construção está ligada à atividade da construção civil. Ela é responsável por erguer casas, prédios e edifícios para as pessoas morarem ou trabalharem. Também constrói rodovias, pontes e túneis. Como a construção civil utiliza materiais como cal, cimento, ferro e vidro, depende de produtos feitos por outras indústrias. INDÚSTRIAS DE CUBATÃO As indústrias de Cubatão representam um pólo industrial importante para a economia da Baixada Santista. Há projetos educacionais que merecem ser conhecidos, como o “Projeto de Parceria com Indústrias” que visa a formar agentes multiplicadores capazes de intervir no ambiente de trabalho e na comunidade através do repasse de informações educativas voltadas para trabalhadores da empresa e empreiteiras, seus familiares, colaboradores, caminhoneiros transeuntes, público estudantil e de terceira idade. Esta parceria consiste no desenvolvimento de um trabalho integrado e participativo utilizando estratégias que incluem palestras, treinamentos para identificação de criadouros, elaboração de material educativo, mensagens em holleriths, cartazes, concurso de slogans, peças teatrais, entre outras.

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O pé de algodão inteiro é aproveitado para fabricar peças do vestuário e outras coisas. A fibra (parte macia da planta) é usada para fazer roupas, chapéu e até sapato. A semente é usada para fazer óleo. A penugem curta que fica presa ao caroço do algodão é usada na fabricação de travesseiros, papéis e plástico. Para fazer tecido, o primeiro passo é colher o algodão. Folha de S.Paulo, 14 junho 1996. Folhinha.

O extrativismo é uma atividade econômica destinada à extração de riquezas naturais para serem comercializadas ou industrializadas

Em muitos casos, a extração de madeira deixou de ser uma atividade extrativa, tornando-se uma atividade reprodutiva. As pessoas começaram a plantar árvores, reproduzindo os vegetais para exploração da madeira. A isso se dá o nome de reflorestamento ou silvicultura. Mas o reflorestamento não possibilita o retorno das espécies animais que viviam naquelas florestas antes do desmatamento, pois foi rompido o equilíbrio ecológico.

O extrativismo animal é realizado por meio da caça e da pesca, porém essas atividades também podem causar um desequilíbrio na natureza.

A PESCA NA ÁREA CONTINENTAL DE SANTOS

Ilha Diana A pesca é uma atividade importante praticada no litoral e em alguns rios dos municípios brasileiros. Da pesca litorânea, são retirados: lagosta, tartarugas, peixes e outros animais, que são vendidos para o consumo da população ou para as indústrias. Em Santos, na ilha Diana, muitos moradores sobrevivem da pesca. Muitos pescadores trabalham por conta própria e usam tarrafas ou redes. É a chamada pesca artesanal.

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De origem tupi-guarani, a palavra caiçara significa armadilha feita de galhos de madeira, porém, hoje, o termo é usado em referência às pessoas que moram em cidades litorâneas ou aos pescadores de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.

Os caiçaras são o resultado de todo um processo de evolução urbana que teve início na época da colonização, quando índios e portugueses começaram a se relacionar e integrar suas culturas. As técnicas de agricultura dos nativos, que mantinham fortes ligações com o meio ambiente, consistiam na derrubada e queima da mata para o cultivo. Na pesca, eram utilizados arpões, redes e armadilhas fixas ou flutuantes. Com o tempo, estes costumes foram sendo aprendidos e incorporados pelos brancos, sendo que, aqueles que habitavam as regiões de praia, tornaram-se pescadores, sobrevivendo de forma muito semelhante à dos caiçaras: da pesca e da agricultura de subsistência.

Em decorrência desta troca de informação e assimilação de cultura, a palavra caiçara passou a ser utilizada também para definir os pescadores e moradores do litoral. Mas, apesar de ainda empregada por muitos, poucos sabem sobre sua origem e abrangência de significado.

Quem produz objetos, utilizando o trabalho manual e poucos instrumentos é chamado de artesão. Geralmente, os ensinamentos e as técnicas do artesanato são passadas de pai para filho, de geração para geração. O artesão que possui mais experiência no trabalho é chamado de mestre e ensina aos mais jovens a arte de seu ofício.

MEIOS DE TRANSPORTE Quanto mais a gente anda, mais chão tem pela frente... Como o homem sempre foi bicho curioso, louco para conhecer novos lugares e ampliar seu próprio mundo, logo as pernas ficaram curtas. Ops! Isso não significa que elas diminuíram de tamanho, não. Mas que foi preciso inventar maneiras mais rápidas de chegar aos lugares, sem gastar tanta energia, tanta sola de sapato.

Parece brincadeira, mas o primeiro meio de transporte por terra feito inteiramente pelo homem foi a bicicleta, que hoje você usa para brincar. Ela existe desde 1817, quando tinha formas bem engraçadas, muito diferentes das que existem hoje. Uma das primeiras foi inventada pelo Barão Von Drais, e não era bem uma bicicleta: era uma "máquina de andar"!. Toda de madeira, ela era parecida com as de hoje, mas não tinha pedais. O preguiçoso barão a usava apenas como apoio, e ela só se movia se os pés estivessem no chão!

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Somente em 1870, apareceram as primeiras engenhocas de metal com pneus de borracha, mas eram bem diferentes das de hoje: os pedais eram ligados à roda da frente, que era enorme! Aos poucos, as bicicletas foram mudando, até chegarem à forma que a gente conhece hoje – isso se elas não mudarem mais... Só que a bicicleta ainda era pouco para o homem. O sonho era ter transportes cada vez mais velozes. A partir do século 19, começaram a surgir invenções que mudaram o ritmo do mundo. Em 1803, veio a locomotiva a vapor, que depois iria inspirar o surgimento dos trens. A locomotiva a vapor servia para transportar cargas, alimentos e pessoas, por linhas que cruzavam o mapa do mundo como um imenso bordado.

Não foi difícil fazer a primeira embarcação que flutuasse sobre as águas. Tanto é que nem existe um registro preciso de quando isso aconteceu. Mas, com certeza, eram embarcações bem simples e precárias, que mais pareciam uma casca de noz partida ao meio, ou aqueles barquinhos de papel que a gente faz para brincar na banheira.

As embarcações que entraram para a história são mais arrojadas. Existe um tipo de embarcação que tem a ver diretamente com a história do Brasil. Sabe qual? Sim, a caravela inventada em 1450. Graças às caravelas, os portugueses se aventuraram pelos mares e um belo dia chegaram a terras desconhecidas mais tarde chamadas de Brasil.Foram justamente os portugueses que construíram as primeiras caravelas, uma grande novidade para a época. Elas eram rápidas e seguras, e permitiram aos europeus sair do seu continente para explorar novas terras.

São Paulo é o estado brasileiro mais bem servido em transportes rodoviários e ferroviários. O desenvolvimento da cafeicultura no final do século passado e início deste estimulou a construção de ferrovias por vários pontos do nosso estado, para facilitar o transporte do café até o porto de Santos, de onde era exportado.

A maior parte dos rios de São Paulo correm sobre planaltos. Se isso é bom pela facilidade de obtenção de energia, acaba dificultando seu aproveitamento como meio de transporte. O transporte por rios, em hidrovias, ganhou destaque nos últimos anos, pois, segundo estimativas, permite levar grandes quantidades de cargas a um custo baixo. É duas vezes mais barato que o trem e cinco vezes mais barato que o transporte rodoviário.

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Escola Therezinha de J. S. Pimentel José e Adhemar, funcionários do bonde

A 3ª série entrevista seu José e Adhemar.

Quando os ônibus surgiram, os bondes foram queimados e os condutores e motorneiros ficaram muito tristes.

As crianças batiam no bolso do motorneiro. Quando as moedas caiam no chão elas saíam correndo.

Bonde de santos.

Observação: O texto foi transcrito literalmente, conforme a escrita autêntica das crianças da classe.

Observe as figuras e responda:

1. Que meios de transporte você já utilizou? 2. Você já utilizou outros meios de transporte que não aparecem nesse desenho? Quais? 3. Que meios de transporte existem em maior quantidade em seu bairro?

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MEIOS DE COMUNICAÇÃO

O telefone celular toca. Chegou um e-mail. A secretária eletrônica está apitando. Nossa! Como seria se nada disso existisse? Provavelmente milhares de pessoas ficariam aflitas. Ou mais quietinhas. É que já estamos acostumados a nos comunicar com os outros, quase o tempo todo. Nada disso seria possível sem a tecnologia. As invenções que parecem hoje tão simples tiveram um longo caminho a percorrer, como uma ligação daqui até um país distante. Viajamos sem perceber pela história do telefone, do rádio, da televisão e até da Internet. A comunicação é feita pela linguagem (escrita, falada e representada por símbolos e sinais), por meio dos mais diferentes recursos, que são os meios de comunicação. Como você poderia se comunicar com outras pessoas se estivesse nas seguintes situações?

1. Você precisa falar com um colega que mora na mesma rua que você. 2. Você quer convidar um amigo para brincar em sua casa, mas ele mora em um bairro distante

do seu. 3. Você precisa dar um recado urgente para alguém, mas onde ele está não há telefone. 4. Você gostaria de mandar uma mensagem para alguém sem utilizar o correio. 5. Você quer comunicar um acontecimento para muitas pessoas. 6. Você quer anunciar a venda de um produto.

PODER PÚBLICO Uma pessoa só vai ter condições de exercer a cidadania se suas necessidades básicas não estiverem gritando mais alto. Por exemplo, você consegue fazer uma redação se estiver morrendo de fome ou se não souber o que falar sobre o tema? É o que acontece com a população. Ninguém vai poder exercer a cidadania, votando conscientemente, se não tiver suas necessidades mínimas atendidas. E quais são essas necessidades? Alimentação, saúde , trabalho, cultura, lazer, emprego, meio ambiente saudável, iniciativa da população - tudo isso são direitos do cidadão que estão na Constituição. A igualdade também tem de existir, não apenas nos assuntos da lei, mas de oportunidades. Uma pessoa deve ter condições de melhorar seu salário, sua profissão e posição social. A educação é importantíssima, pois a democracia precisa de cidadãos bem informados, que saibam pensar sozinhos. Se não for assim, ninguém vai votar de maneira inteligente. Se a democracia não puder oferecer todas essas condições, então ela não existe. Não podemos ficar de braços cruzados esperando. Temos o dever de assumir nossa responsabilidade como cidadãos e exigir que os governantes façam sua parte.

Como dizem os Titãs, na música Comida:

"A gente não quer só comer, A gente quer prazer pra aliviar a dor.

A gente não quer só dinheiro, A gente quer dinheiro e felicidade.

A gente não quer só dinheiro, A gente quer inteiro e não pela metade".

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Veja se você sabe quais são os nomes de algumas secretarias. Faça a correspondência dos nomes das secretarias as funções:

CADA UM POR TODOS

A preocupação com o meio ambiente deve fazer parte da vida de cada pessoa, não só dos governantes, para que as cidades se tornem lugares melhores para se viver. O saneamento básico (tratamento de esgoto), o sistema de transporte coletivo, a fiscalização das indústrias, a criação de parques e praças com muito verde são algumas das coisas que os governantes têm obrigação de fazer.

Mas nós também podemos contribuir para diminuir a poluição. Como? Fazendo a nossa parte, como todo cidadão: separando o lixo para ser reciclado, não sujando as ruas e lugares públicos, utilizando transporte coletivo. Para cada um dos problemas, existe uma solução, mas o ideal é evitar que os problemas aconteçam. Prevenir antes de remediar, para que o céu fique mais azul e as cidades sejam lugares gostosos de morar.

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PECUÁRIA E AGRICULTURA O que o boi representa para você? Mesmo longe, no pasto, o boi está presente em várias coisas que fazem parte de sua vida: na alimentação, no vestiário, nas músicas, nas histórias... A pecuária e a agricultura vêm se modernizando, cada vez mais, com a utilização de máquinas e tratores, adubos, mudas sementes selecionadas e com técnicas avançadas de criação, seleção de raças e pastagens artificiais.

O espaço rural é ocupado hoje, principalmente por atividades ligadas à agricultura e à pecuária. A maior parte do espaço rural brasileiro é ocupada por grandes propriedades (latifúndios) que pertencem a poucas pessoas. A grande maioria das propriedades rurais são pequenas (minifúndios). Atualmente, a população rural é baixa e os trabalhadores, muitas vezes, vivem nos centros urbanos e trabalham na agricultura como bóias-frias. Muitos desses trabalhadores formam os movimentos dos sem-terra.

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No Brasil, há muitos lugares que não são aproveitados para a plantação de alimentos ou criação de animais. Há fazendeiros que têm pedaços enormes de terra (latifúndios) e não aproveitam a maior parte do terreno. A Reforma Agrária procura fazer a redistribuição das terras para os trabalhadores rurais. Folha de S.Paulo, 18 outubro 1996. Folhinha.

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Observe as gravuras e responda:

1. A sua cidade explora a agricultura? 2. Como o café ajudou na economia de Santos? 3. Faça um desenho representando o “lavrador de café”.

MEIO AMBIENTE E RECICLAGEM

Atividades que agridem o meio ambiente e são consideradas crime: cortar árvores nativas, roçar qualquer tipo de vegetação à beira d’água, colocar fogo em vegetação, desviar cursos d’água, caçar, criar ou comercializar animais ou aves silvestres, pescar com redes ou tarrafas.

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O desperdício de alimentos é muito grande no Brasil. Se pensarmos que existem cerca de 32 milhões de brasileiros em situação de miséria, descobrimos que jogar comida no lixo é falta de respeito aos que passam fome. Infelizmente, quase toda a comida que sobra dos restaurantes e das feiras de rua vai para o lixo. Imagine quantas pessoas seriam beneficiadas se esses alimentos fossem reaproveitados!

O desperdício de água também é um problema grave, já que em todo o mundo as reservas de água potável (boa para beber) estão cada dia menores. Por isso, escovar os dentes com a torneira aberta, demorar horas no chuveiro ou deixar vazamentos sem conserto é o primeiro passo para as torneiras de muita gente morrerem de sede no futuro… A água é uma das maiores riquezas que existe, e não pode ser jogada fora. Evitar o desperdício e reaproveitar aquilo que não usamos mais também é uma maneira de exercer a cidadania. Economizando papéis, por exemplo, estamos salvando árvores, pois é com a madeira das árvores que se faz o papel. A reciclagem protege o meio ambiente porque diminui os montes de sucata dos lixões clandestinos e dos depósitos de lixo. Reciclar também diminui a poluição causada pelas fábricas, que passam a produzir menos quantidade desses materiais.

De que maneira sua escola reaproveita o papel?

E se usarmos a imaginação, podemos divertir-nos com coisas que normalmente iriam para a lata de lixo. O verso do papel que sai da impressora pode ser utilizado para rascunho e desenho. Podemos usar as caixas de bombons para fazer máscaras e móbiles. E quando estivermos cansados de brincar com essas invenções, levamos tudo para reciclar!

O esgoto doméstico é a principal forma de poluição das águas no Brasil, mas as grandes indústrias também poluem. Elas lançam nos rios os resíduos de sua produção. São produtos químicos muito tóxicos e malcheirosos, que destróem a vida dos rios. Os governos de vários países exigem que as indústrias limpem os dejetos antes de lançá-los em águas limpas, mas as fábricas nem sempre respeitam as leis. A poluição do ar e do solo também acaba indo para a água. A fumaça dos carros e das indústrias provoca a chuva ácida. Os agrotóxicos usados nas plantações são tragados pela água das chuvas, que correm até o rio mais próximo. A preservação das fontes de água potável(que pode ser bebida) e a obtenção de água para a indústria e a agricultura são grandes desafios ambientais para os próximos anos.

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Do jardim da praia à Mata Atlântica, de modernos edifícios a prédios antigos do centro Histórico, sem esquecer do porto e das zonas leste e noroeste, Santos é um verdadeiro charme.

MONTE SERRAT

Marco no coração da cidade, no topo apresenta o Santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira de Santos e festejada no dia 8 de setembro. O acesso pode ser por bondinho, que funciona sobre trilhos em sistema funicular, ou por escadaria com 415 degraus possibilita uma visão de toda a cidade, e também vistas parciais dos municípios de São Vicente, Cubatão, Guarujá e Praia Grande. O Morro de São Jerônimo recebeu a denominação de Monte Serrat em 1604, após a construção da capela, em 1603, por ordem do então governador Dom Francisco de Souza, espanhol devoto da santa, padroeira de Barcelona. Em 1927, iniciou-se o sistema de transporte por bondinhos, com a inauguração do Salão de Festas e Restaurante da S/A Elevador Monte Serrat. Além de contar com terraços e mirante, em 1934 o imóvel passou a abrigar o Cassino Monte Serrat, que recebeu artistas como Carmem Miranda, Francisco Alves e Sílvio Caldas até ser fechado, em 1946, quando o presidente Gaspar Dutra proibiu o jogo no Brasil. Reformado em 1998, hoje seus espaços destinam-se a festas sociais. Dispõe, ainda, de lanchonete e do Salão do Castelinho, onde a criançada brinca de rei e rainha, com direito à coroa, manto e cetro. Em 2001, foram refeitos trechos da escadaria, restaurados os nichos da Via Sacra e recuperada a Fonte do Itororó, que se encontra ao pé do monte.

MUSEU DE ARTE SACRA

Localiza-se no prédio do antigo Mosteiro de São Bento. Inaugurado em 1981, dispõe de acervo com cerca de 600 peças, das quais mais de 400 estão expostas. Divide-se em seis espaços temáticos. A Sala Principal conta com a imagem mais antiga (1540), de Sta. Catarina de Alexandria A Sala Frei Gaspar expõe obras e objetos do padre que foi um dos maiores historiadores do País. Com 2.500 exemplares, a biblioteca permite pesquisa histórica e geográfica até nos finais de semana.

BOLSA OFICIAL DE CAFÉ

Abriga o Museu do Café do Brasil, cuja Sala de Pregões(onde realizavam a cotação do café) dispõe do mesmo cadeirado em jacarandá-da-baía que acomodava os antigos corretores. O teto abobadado rosa e branco tem no centro uma clarabóia com vitral de Benedicto Calixto, artista ainda responsável pelos afrescos que retratam fases da história de Santos.

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FONTE DO ITORORÓ

Importante para o abastecimento da cidade, estava ligada ao comportamento da população que transformou o local em ponto de encontro de conhecidos, amigos, namorados. Esse hábito inspirou os versos da canção popular para adultos, que acabou incorporada ao repertório infantil:

Eu fui no Itororó

Beber água e não achei

Achei bela morena

Que no Itororó deixei...

A princípio chamada de Tororó, que em tupi quer dizer jorro ou enxurrada, mais tarde a bica passou a ser denominada de Itororó, que significa água barulhenta ou de enxurrada. Ela formava o ribeiro do Itororó, cortado por pontes de madeira e que atravessava ruas como a atual João Pessoa e XV de Novembro, em direção ao mar. Pertenceu a Brás Cubas, fornecendo água para seu curtume, abasteceu uma lavanderia pública e, em 1932, serviu à Empresa Águas do Itororó, fabricante de refrigerantes.

BONDE

Percorre ruas e praças do Centro Histórico, num trajeto de 10 minutos que inclui guias e integrantes do 'Programa Vovô Sabe Tudo' - idosos que contam curiosidades do passado. O veículo aberto é da década de 20 e voltou a circular em setembro de 2000, após restaurado. O bonde fechado voltou às ruas em 2002. A adoção dos ônibus, em 1944, levou ao desinteresse a Cia. City, cujo acervo foi absorvido, em 1951, pelo Serviço Municipal de Transportes Coletivos (SMTC). Em 1956, os bondes abertos passaram a ser fechados e, por sua coloração alaranjada, receberam o apelido de "camarões". Em 28 de fevereiro de 1971, o último bonde de Santos foi recolhido à garagem.

PORTO DE SANTOS

Considerado o maior porto da América Latina, sua importância no contexto econômico-financeiro reside na exportação de açúcar, café, papel, sucos cítricos, soja em grão e em farelo, cujo movimento, por vezes, chega a superar a importação de trigo, fertilizante químico (adubo), enxofre e sal, resultando em saldo positivo para a balança comercial do Brasil. A origem do porto, que data do século XVI, está vinculada ao tráfico de escravos e ao comércio de sal. Mas seu papel no desenvolvimento do Estado e do País deve-se à exportação de café. No século XIX, o perigo de epidemias que a movimentação de cargas, passageiros e tripulantes dos navios poderia acarretar, acabou motivando o investimento no sistema sanitário, criado por Saturnino de Brito, que beneficiou toda a cidade. O porto modernizado cria oportunidades de emprego e ajuda o progresso da Baixada Santista.

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ENGENHO SÃO JORGE DOS ERASMOS

O Engenho São Jorge dos Erasmos foi construído sobre uma plataforma de terreno, ampliada pela construção de muros de arrimo, em posição de domínio sobre a paisagem à frente e protegida dos ataques dos índios pelo Morro da Nova Cintra. Construídas à base de pedras, areia e cal de conchas, restaram apenas duas paredes. As ruínas da sede são constituídas por blocos de rochas graníticas. Hoje, ali se desenvolve um projeto arqueológico, para garantir a segurança das estruturas para implantação de um parque cultural. A localização, junto a um riacho, permitiu que fosse movido a energia hidráulica, com roda d'água.

JARDIM BOTÂNICO CHICO MENDES

O Jardim Botânico Chico Mendes produz as mudas que abastecem o jardim da praia, com espécies da Mata Atlântica, árvores de madeira de lei, o bosque de pau-brasil - inaugurado em 2001 - e palmeiras. O parque tem alamedas asfaltadas e iluminadas, que facilitam a prática de caminhadas, além de bancos e mesas de madeira, ideais para piqueniques. Possui três lagos com patos, marrecos, gansos e uma ilha com macacos. Dispõe ainda de viveiro com animais silvestres, playground e campo de futebol.

LAGOA DA SAUDADE

A Lagoa da Saudade é a maior atração do bairro da Nova Cintra. Embora os mergulhos sejam proibidos por causa da densa camada de areia e da presença de um jacaré, que ali foi deixado por volta de 1996, a pesca esportiva é incentivada pelo poder público municipal, que abastece regularmente suas águas com peixes e girinos. Seu entorno conta com brinquedos e quiosques próprios para piqueniques e churrascos.

ESTÁDIO URBANO CALDEIRA (VILA BELMIRO)

No Estádio Urbano Caldeira, o 'Alçapão da Vila ', foi feita a história do time que projetou o nome da cidade de Santos em todo o mundo. As glórias do clube são exibidas na Sala de Troféus, com mais de 500 peças conquistadas em diversas modalidades, como futebol profissional e amador, voleibol, basquete, judô e caratê. Dentre os inúmeros craques, destacou-se Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que jogou pelo Santos de 1956 a 1974.

AQUÁRIO MUNICIPAL

Primeiro aquário público do Brasil foi inaugurado em 1945. Conta com espécies de água doce e salgada como garoupas, moréias, carpas, piranhas, tartarugas, tubarões, corais etc. O lobo-marinho Macaezinho é a maior atração. O aquário conta ainda com o único filhote de pingüim nascido em cativeiro, no Brasil. Na visita monitorada, a pessoa fica sabendo que o tubarão tem esqueleto cartilaginoso e troca todos os dentes a cada 28 dias; que o pirarucu e a pirambóia são dois peixes de água doce que respiram por pulmões, em vez de brânquias; que animais como a garoupa e

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o polvo são miméticos, pois usam camuflagem para se defender dos agressores e atacar suas presas - a garoupa confunde-se com as rochas e o polvo elimina uma tinta escura. A preocupação com o ambiente está presente no Tanque do Lixo. Ele contém garrafas, latas etc., indicando o tempo de decomposição desses detritos, variável de três ou seis anos (papel e cigarro) a 1 milhão de anos (vidro) ou infinitamente (plástico). O cuidado também se manifesta no Setor de Educação Ambiental, que atende cerca de 600 estudantes por ano.

ORQUIDÁRIO

Parque zoobotânico que mistura características de jardim com aspectos de mata natural, plantados principalmente com exemplares da Mata Atlântica.Tem árvores frutíferas e medicinais, espécies raras como pau-brasil e cedro e estufa com mudas de orquídeas. A abundância da vegetação atrai inúmeros pássaros, que vivem em liberdade entre animais silvestres como cotias, jabutis e macucos. Um lago abriga carpas, tartarugas e recebe aves aquáticas migratórias. Num viveiro interativo, as pessoas têm contato direto com tucanos, marrecos, gralhas, anus, garças e atobás. Existem ainda araras, papagaios e corujas e algumas espécies ameaçadas de extinção, como macacos-aranhas, micos-leões-dourados, micos-leões-de-cara-dourada e jacarés-de-papo-amarelo. Em 2000, recebeu um viveiro com um casal de cervídeos, que já se reproduziram.

Conversando com pessoas mais idosas, observamos que há alguns anos o contato do homem com a natureza era mais estreito e próximo. Hoje, essa necessidade se manifesta na procura por atividades que promovam o contato com a natureza. Assim, surge o ecoturismo, ou turismo ecológico, uma atividade de lazer que leva as pessoas a desfrutar da natureza e, ao mesmo tempo, ampliar os conhecimentos sobre ela. Esse contato com a natureza contribui para a preservação ambiental e para a responsabilidade com essa riqueza que tem um valor econômico, oferecendo, ao mesmo tempo, o conhecimento das belezas existentes na área continental de Santos. O ecoturismo propicia a utilização ordenada e a preservação dos recursos naturais e culturais da comunidade. FAZENDA CABUÇU – é uma referência histórica para a Baixada Santista. No período de colonização, o lugar serviu de abrigo à Companhia de Jesus, que montou aí um posto de catequese para os índios. Com córregos, cachoeiras, mata exuberante e muitas espécies de aves, o local é muito atraente, além de proporcionar o contato com a Mata Atlântica despertando para a importância da preservação ambiental. CAMINHOS DE ITATINGA – é o ponto de partida para descobrir belezas naturais. Abriga três ecossistemas (mata de encosta, manguezal e restinga), e várias espécies da fauna local. LAJE DE SANTOS – localizado na Ponta da Praia é considerado o melhor ponto de mergulho do Estado de São Paulo e um dos lugares mais ricos e belos de toda a costa brasileira. A água é sempre cristalina e há variedade de flora e fauna marinhas.

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CAMINHOS DO JURUBATUBA – em tupi-guarani, Jurubatuba significa “lugar feliz”. É um dos mananciais mais puros da área e possui um importante sistema de captação. ESTÂNCIA DIANA - Repleta de histórias e belezas naturais, a Estância Diana faz parte de um

cenário rural deslumbrante. Nos caminhos e trilhas que cortam o sítio, os visitantes têm a oportunidade de observar a existência de três ecossistemas: mata de encosta, restinga, manguezal, além de variadas espécies da fauna como joão de barro, tucano, quero-quero, gavião, beija-flor e outros animais silvestres. Na Estância Diana, pode-se ver de perto a exótica criação de búfalos da raça Murrah.

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DARIN, Áurea; MEDEIROS, Ieda. Geografia (Coleção Vitória-Régia). Campina Grande do Sul/PR: Ed. Lago, 2001. GUELLI, Neusa S.; ORENSZTEJN, Miriam. Geografia: Ensino Fundamental. São Paulo: Ed. Moderna, 2003. REVISTA SEMANAL DA LIÇÃO DE CASA. São Paulo: Klick Editora, 1999. SOUSA, Maurício de. Histórias em Quadrões. 6ª reimpressão. Guarulhos/SP: Ed. Globo, 2002. INSTITUIÇÕES DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTOS: • Departamento de Ação Comunitária dos Morros • Secretaria do Meio Ambiente • Secretaria de Turismo

SITES:

www.canalkids.com.br www.cidadedesantos.com.br www.museudapessoa.com.br www.novomilenio.inf.br/santos