Apostila fontes
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Oficina de Manutenção de Fontes de Computadores
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MANUTENÇÃO DE FONTES CHAVEADAS PARA COMPUTADORES
PORQUE MANUTENÇÃO DE FONTES DE PC
Antigamente, na época do XT, o conserto de fontes fazia parte da rotina dos técnicos de informática. Com a popularização dos PCs e da manutenção de micro a troca passou a ser comum.
Evitar que as sucatas das fontes sejam jogadas na natureza e sabendo que existem algumas que custam valores consideráveis são justificativas para realizar a manutenção, alem de que a maioria dos defeitos são simples.
TESTES PRELIMINARES
Na manutenção de fontes é necessário um conhecimento mínimo do
manuseio do multímetro, que será descrito de acordo com a necessidade no decorrer desse material.
A primeira utilização é a medida de tensão da tomada, onde utilizamos a maior escala AC do Multímetro (750V AC), como mostrado na Fig. 01:
Fig. 01 A posição das ponteiras pode ser qualquer uma, TENHA CUIDADO,
POIS NESSE TIPO DE MEDIDA HÁ RISCO DE CHOQUES, antes de ligar uma fonte à tomada, verifique a chave seletora de voltagem se é a mesma que obtida.
Verifique também se a polaridade da tomada esta correta e se existe aterramento, como mostrado na Fig. 02.
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Fig. 02 Existirá uma tensão entre terra e fase próxima a medida anteriormente
entre fase e neutro. MEDINDO TENSÃO DA FONTE Para verificar as tensões de saída da fonte utilizamos a escala de tensão DC de 20 V DC, esta escala é suficiente para todas as saídas. As medidas são feitas como mostrado na Fig. 03, onde o terminal negativo (preto) fica fixo no GND e o positivo (vermelho), é o que movemos para verificar as diversas tensões de saída.
Fig. 03
Os possíveis valores de tensão serão descritos a seguir de acordo com o tipo de fonte.
FONTES AT Apesar de estar ultrapassada seu principio de funcionamento é
semelhante as fontes ATX, exceto pelo seu acionamento. Nas fontes AT temos que “curtocircuitar” os terminais que ficam ligados a chave (on/off), que podem ser dois ou quatro. No caso de quatro terminais ligue o azul com o branco e o marrom com o preto, ou de acordo com instruções na carcaça. FAÇA A CONEXÃO E ISOLE ANTE DE LIGAR A TOMADA, POIS A RISCO DE CHOQUE NESSES TERMINAIS.
As tensões encontradas nesses tipos de fonte estão descritas na Fig. 04, e as cores dos fios na Tab. 01
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Fig. 04
Tensão Cor P.G. (3,3V) Laranja +5 V Vermelho -5 V Branco +12 V Amarelo (raramente laranja) -12 V Azul GND (terra) Preto
Tab. 01
FONTE ATX O grande diferencial das fontes ATX é que pode ser ligada e desligada
pela placa mãe, pois possuem circuito stand-by. Para isso ela permanece alimentada mesmo com o PC desligado, aumentando a incidência de defeitos.
Para ligar uma fonte ATX fora do PC é necessário aterra o pino 14 (fio verde), para isso basta conectar um condutor entre o fio verde e o preto, como mostrado na Fig. 05.
Fig. 05
O primeiro sinal de que ela pode estar boa é o funcionamento do cooler, que é alimentado com o +12V (aplicável também para fontes AT). As tensões podem ser verificadas como já demonstrado na Fig. 03. Para um
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teste mais preciso devemos adicionar uma carga de 10 Ω por 10 W nas principais tensões (+12V e +5V), como mostra a Fig. 06:
Fig. 06
As tensões encontradas nesses tipos de fonte estão descritas na Fig. 07, e as cores dos fios na Tab. 02
Fig. 07
Tensão Cor P.G. (3,3V) Cinza +5 V Vermelho -5 V Branco +12 V Amarelo -12 V Azul GND (terra) Preto
+3,3 V Laranja (raramente marrom)
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+5 VSB Roxo
OS-ON Verde
Tab. 02 Existem ainda outros conectores auxiliares como o 12V auxiliar, para Pentiun IV(Fig. 08), o 3,3V auxiliar (Fig. 09) e os 4 pinos extras da ATX II (Fig. 10), alem dos conectores para periféricos SATA.
Fig. 08
Fig. 09
Fig. 10
INICIO A MANUTENÇÃO EM FONTES ATX Para os profissionais que trabalham com manutenção de fontes chaveadas é importante a utilização de uma lâmpada em serie. Sua construção simples Fig. 11, economizará fusíveis e semicondutores.
Fig. 11
Acrescente uma tomada universal com uma lâmpada incandescente em série com o fio fase. Neutro e terra são ligados normalmente na rede. Também pode ser usado um estabilizador e um bom estoque de fusíveis.
O primeiro diagnóstico em uma fonte é o cooler, como já mencionado, e os capacitores estourados. Se o capacitor for da saída, apenas troque-os, mas se for o filtro da entrada, poderá ter algo mais.
A limpeza também faz parte da manutenção, a poeira pode parar o cooler, e a oxidação bastante comum, romper as trilhas. Sempre que suspeitar de uma trilha verifique a continuidade com o multímetro, Fig. 12.
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Fig. 12 Também utilizaremos o multímetro para o teste de semicondutores
(diodos, e transistores). Os diodos podem ser testados como mostrados na Fig. 13. Para o teste de transistores podemos compará-los a dois diodos como mostrado na Fig. 13. Na Tab. 03 temos alguns resultados possíveis.
Fig. 13
Tab. 03 Esses resultados podem ser obtidos no circuito, mas para confirmar devemos testar o componente fora do circuito.
DEFEITOS MAIS FREQUENTES
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Entrada de tensão, retificador e filtro.
Fig. 14
Essa é a parte da entrada da fonte. A maioria das fontes é exatamente igual nessa parte, e em alguns casos não há o filtro de linha com bobinas e capacitores na entrada.
Como podemos ver, depois do fusível há um termistor. Esse termistor é um NTC, que diminui a resistência conforme a temperatura aumenta. A utilidade dele nesse circuito é amenizar o pico de corrente no momento em que se liga a fonte, para não danificar os diodos, os capacitores ou a chave, que iria deteriorar os contatos em pouco tempo devido ao faiscamento.
Após o termistor, há um filtro formado pelos componentes T1, C1, C2, C3 e C4, que tem por função evitar que o ruído gerado pelo chaveamento da fonte não seja propagado pela rede elétrica. Além disso, o filtro desvia para a terra os eventuais picos de tensão vindos da rede, por isso é importante sempre instalar o fio terra, ou na PIOR DAS HIPÓTESES, liga-lo ao neutro da rede.
S1 é a chave seletora 110/220 volts. Na posição 220 ela fica aberta e não tem nenhuma função no circuito. A tensão da rede será retificada e carregará os dois capacitores em serie com cerca de 150 a 170 volts cada um, conforme a rede. Com a chave na posição 110, o retificador passará a funcionar como um dobrador de tensão, fazendo com que igualmente cada capacitor se carregue com 150 a 170 volts, numa rede de 110 volts. Algumas fontes têm um circuito de comutação automática com relé.
Algumas fontes possuem em paralelo com os capacitores eletrolíticos, (C5 e C6) um par de varistores, que entram em curto caso a fonte receba uma tensão acima do suportado, causando a queima do fusível e protegendo o resto do circuito contra maiores danos. Geralmente esses varistores ficam envolvidos em um pedaço de luva termo-encolhivel.
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Defeitos relacionados
Não liga e fusível queima quando é trocado:
Ponte retificadora em curto, capacitores do filtro de linha em curto, varistores em curto. Também pode ser causado por curto no circuito chaveador.
Não liga e fusível queimado, mas não torna a queimar se for trocado:
Termistor aberto, ou ponte retificadora aberta.
Não consegue manter as tensões na saída estabilizadas
Capacitores do dobrador de tensão secos.
Tab. 04 Circuito chaveador.
Fig. 15 Aqui temos a área da fonte onde acontece boa parte dos defeitos,
sejam eles defeitos visíveis como a explosão dos transistores, ou invisíveis, como a abertura dos resistores de partida. Essa topologia de conversor com dois transistores usada na maioria das fontes é conhecida como "forward em meia ponte".
O enrolamento que aparece no lado direito da Fig. 15 é o primário do transformador principal, e T2 o transformador de acoplamento. R3 e R6 são os resistores comumente chamados de resistores de partida. Eles servem para aplicar uma corrente mínima na base dos 3 transistores, para que eles possam iniciar a oscilação. O valor mais comum para eles é 330K. Q1 e Q2 são os transistores do circuito chaveador. Existem vários transistores usados
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para essa função, sendo os mais comuns: MJE13007, MJE13009, 2SC4242, NT407F, 2SC2335, 2SC3039, 2SC4106 e 2N6740. Eles chaveiam alternadamente, numa freqüência de cerca de 60 a 70 kHz.
Defeitos relacionados
Fonte queimando fusível: Transistores em curto ou com fuga. Na maioria dos casos de queima dos transistores, os resistores e diodos ligados nas suas bases também queimam.
Não liga, tem tensão nos capacitores do dobrador e os transistores estão bons:
Resistores de partida abertos.
Às vezes liga, às vezes não: Um dos resistores aberto. Aquecimento excessivo dos transistores:
Capacitores de acoplamento (C7 e C8) secos. Mais provável de acontecer em fontes muito velhas.
Outros setores das fontes ATX
RETIFICAÇÃO E FILTRAGEM.
ALIMENTAÇÃO DO CIRCUITO DE CONTROLE.
CIRCUITO DE CONTROLE.
POWER GOOD.
SENSOR DE CORRENTE.
FONTE STAND-BY. Esquema de fonte AT e ATX
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