Apostila desenho mecanico i

121
Desenho Mecânico I Prof. Fernando C1 C4 C3 C2 O1 O2 T1 T2 t1 t2

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Page 1: Apostila   desenho mecanico i

Desenho

Mecânico I

Prof. Fernando

C1

C4

C3

C2O1 O2

T1

T2

t1

t2

Page 2: Apostila   desenho mecanico i

Tangência e

Concordância

Capítulo 01

Page 3: Apostila   desenho mecanico i

Chama-se concordância de duas linhas curvas ou de uma reta com uma curva, aligação entre elas, executada de tal forma, que se possa passar de uma paraoutra, sem ângulo, inflexão ou ponto de descontinuidade.

A concordância em desenho geométrico se baseia nos seguinte princípio:

1 - Tangenciar um ponto significa contê-lo no traçado;2 - Para concordar um arco com uma reta é necessário que o ponto de concordância e o centro do

arco, estejam ambos sobre uma mesma perpendicular.3 - Para concordar dois arcos, o ponto de concordância assim como os centros dos arcos, devem

estar sobre uma mesma reta, que é normal aos arcos no ponto de concordância.

Vejamos alguns exemplos:

1 - Tangência da circunferência C entre a reta R e o ponto P.

3 - Concordância de circunferências no mesmo sentido e em sentidos contrários.

2 - Tangência da circunferências C1 e C2 no ponto T.

Reta R

Circunferência C

Centro O

Ponto de tangência T

Ponto P

O2TO1

C1

R1 R2

C2

O2T

O1

C1

R1R2

C2

O2TO1O2T O1

Tangência e Concordância

1-1

Page 4: Apostila   desenho mecanico i

4 -Concordâcia entre duas retas e um arco de circunferência (com raio definido)

6 - Tangência interna entre circunferências e retas

5 - Tangência externa entre circunferências e retas.

O1

O1

C = r1 1 C = r3 1r2 -

C =2 r2

C1

C4

C3

C2O2

O2

Tangente 1

Tangente 2

T1’

T1

T2’

T2

t1

O

r

t2

O1 O2

T1

T2

t1

t2

O1

C = r1 1

C = r3 1r2 +

C =2 r2

O2

C1

C4C3

C2

O1 O2

T1

T2

O1 O2

T1

T1’

T2

T2’

1-2

* O objetivo aqui é fazer um

arredondamento qualquer na

união das duas retas

Page 5: Apostila   desenho mecanico i

7 - Tangência interna entre circunferências e um arco com raio definido - r3.

9 - Tangência interna e externa entre circunferências e um arco com raio definido - r3.

8 - Tangência externa entre circunferências e um arco com raio definido - r3.

O1

O1

O1

O1

C = r1 1

C1

C1

C = r3 3r1 +

C = r3 1r3 -

C = r4 3r2 +

C = r4 2r3 -

C =2 r2

C =2 r2

C2

C2

O2

O2

O2

O2

O1

C1

C3C4

C2

O2 O1 O2

I

O1

I

C1

C3

C4C2

O2

O1

O1

C = r1 1

C1

C = r3 1r3 +

C = r4 2r3 -

C =2 r2

C2

O2

O2

I

O1

C1

C = r3 1r3 +

C = r4 2r3 -

C2

O2

1-3

* O objetivo aqui é fazer arcos tangenciarem

circunferências de diversas maneiras

Arbitrar

Arbitrar

Page 6: Apostila   desenho mecanico i

10 - Levantar uma perpendicular na extremidade de uma reta.

11 - Dividir uma reta ao meio e traçar uma perpendicular.

12 - Traçar a bissetriz de um ângulo.

A

B

C

E

D

A

A

A

B

B

B

P

0

P

P’ P’

C1

C1

A A

P

B B0

C2

C3

13 - Dividir um ângulo reto em três partes iguais

CB

C1

A

CB

C1C3

C2

A

CB

1-4

Page 7: Apostila   desenho mecanico i

15 - Traçar uma tangente por um ponto dado sobre uma circunferência.

14 - Construir um triângulo equilátero dado um lado AB.

16 - De um ponto dado fora da circunferência, traçar tangentes e sua circunferência.

BA

O

O O

B

C

P

P P

P P

A

O

P

17 - Dividir uma circunferência em 3 e 6 partes iguais.

1-5

Page 8: Apostila   desenho mecanico i

19 - Dividir uma circunferência em 5 partes iguais.

18 - Dividir uma circunferência em 4 e 8 partes iguais.

20 - Dividir uma circunferência em 7 partes iguais.

21 - Dividir uma circunferência em 9 partes iguais.

C1

C1 C1

C2

C2

C4C4

C3

C1

Lado

Lado

1-6

Page 9: Apostila   desenho mecanico i

Normas

Técnicas

Capítulo 02

Page 10: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

Escrita em desenho técnico (NBR 8402)

O objetivo da norma NBR 8402 é fixar as condições exigíveis para a escrita usada emdesenhos técnicos e documentos semelhantes.

As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são:

a) legibilidade;b) uniformidade;C) adequação à microfilmagem e a outros processos de reprodução.

Tabela - Proporcões e dimensões de símbolos gráficos

Exemplo de escrita vertical Exemplo de escrita inclinada

2-1

Page 11: Apostila   desenho mecanico i

Exercício de Caligrafia Técnica

ABCDEF G HI J KL M NO PQ RST UVW XYZ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 ØABCDEF G HI J KL M NO PQ RST UVW XYZ0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Ø

a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v wx y za b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v wx y z

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2-2

Page 12: Apostila   desenho mecanico i

MargemFormato Dimensões

Esquerda OutrasComprimento

Espessuralinhas damargem

A0 841x1189 25 10 175 1,4

A1 594x841 25 10 175 1,0

A2 420x594 25 7 178 0,7

A3 297x420 25 7 178 0,7

A4 210x297 25 7 178 0,7

A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A3,A2, A1 e A0, ou aolongo da largura da folha de desenho no formato A4.

A legenda consiste basicamente de :

1 - título do desenho2 - número3 - escala4 - logo da empresa/instituição5 - data e nome6 - descrição dos componentes:

- quantidade- denominação- peça- material, normas, dimensões

Disposição da folha para desenho técnico (NBR 10582)

Legenda

A2

A4

A0

A1

A3

Folhas de desenho (NBR 10068)

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2-3

Page 13: Apostila   desenho mecanico i

Modelo de folha com legenda

Desenho Mecânico IProf. Fernando, Eng.º Ms.

A3

A4

3

63

Detalhe

ESCALA:

TURMA:

DES. n.º

UNIDADE:

DATA:

1:1

185

7

7

25

DISCIPLINA:

ESCALA:

TURMA:

DES. n.º

UNIDADE:

DATA:

ALUNO:

TÍTULO:

30

40 40

7

8

8

14

7

7

25

2-4

DISCIPLINA:

ESCALA:

TURMA:

DES. n.º

UNIDADE:

DATA:

ALUNO:

TÍTULO:

30

40 40

7

8

8

14

Page 14: Apostila   desenho mecanico i

Dobramento de folha (NBR 13142)

O objetivo da norma NBR 13142 é fixar as condições exigíveis para odobramento de cópia de desenho técnico.

Requisitos gerais

- O formato final do dobramento de cópias de desenhos formatos A0, A1, A2 e A3 deve ser oformato A4.

- As dimensões do formato A4 devem ser (210x297mm) conforme a NBR 10068.

- As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda (NBR 10582).

- O dobramento deve ser feito a partir do lado direito, em dobras verticais, de acordo com asmedidas indicadas nas figuras.

- Quando as cópias de desenho formato A0, A1 e A2 tiverem que ser perfuradas paraarquivamento, deve ser dobrado, para trás, o canto superior esquerdo, conforme indicado(dobra 2).

Dobramento de folhas na orientação “paisagem”

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2-5

Page 15: Apostila   desenho mecanico i

Dobramento de folhas na orientação “retrato”

Dobramento de folha (NBR 13142)

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2-6

Page 16: Apostila   desenho mecanico i

Tipos de linhas (NBR 8403)

Tipo de linhas Descrição Aplicações

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2-7

Page 17: Apostila   desenho mecanico i

Escala (NBR 8196)

Para os efeitos desta Norma aplicam-se as definições da NBR 10647.

A designação completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA”, seguida da indicação darelação:

a) ESCALA 1:1, para escala natural;b) ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1);c) ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1).

- O valor de “X” deve ser conforme especificado na tabela.- A palavra “ESCALA” pode ser abreviada na forma “ESC.”- A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho.- Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala geral, estas

devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se referem; na legenda, deveconstar a escala geral.

- A escala a ser escolhida para um desenho depende da complexidade do objeto ou elemento a serrepresentado e da finalidade da representação. Em todos os casos, a escala selecionada deve sersuficiente para permitir uma interpretação fácil e clara da informação representada. A escala e otamanho do objeto ou elemento em questão são parâmetros para a escolha do formato da folha dedesenho.

O objetivo da norma NBR 8196 é fixar as condições exigíveis para oemprego de escalas e suas designações em desenhos técnicos.

Escalas padronizadas para desenho técnico

Redução Natural Ampliação

1:21:51:101:201:1001:2001:5001:1000

2:15:1

10:120:1

100:1200:1500:1

1000:1

1:1

44

35

Esc. 1:1

44

35

Esc. 1:2

Esc. 5:1

13

60º

7

Esc. 1:1

60º

13

7

Escala deredução

Desenho emEscala Natural 1:1

Escala deampliação

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2-8

Page 18: Apostila   desenho mecanico i

Perspectiva

Isométrica

Capítulo 03

Page 19: Apostila   desenho mecanico i

Quando olhamos para um objeto, temos a sensação de profundidade e relevo. Para transmitir essa idéiaao desenho, é necessário recorrer a um modo especial de representação gráfica: a perspectiva. Elarepresenta graficamente as três dimensões de um objeto em um único plano, de maneira a transmitir aidéia de profundidade e relevo.

Existem diferentes tipos de perspectiva. Veja como fica a representação de um cubo em três tiposdiferentes de perspectiva:

Desenho em Perspectiva

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Perspectiva Cavaleira

P = 2 / 3 L

P = 1 / 2 L

P = 1 / 3 L

L

30º

P

L

L

45º

P

L

L

60º

P

L

3-1

Page 20: Apostila   desenho mecanico i

Perspectiva Isométrica

Cada tipo de perspectiva (Cônica, Cavaleira e Isométrica) mostra o objeto de um jeito. A perspectivaisométrica é a que dá a idéia menos deformada do objeto pois mantém as mesmas proporções docomprimento, da largura e da altura do objeto representado.

Exemplos de representações em perspectiva isométrica

Ângulos de desenho

30º

Desenhando perspectivas isométricas com esquadros

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3-2

Page 21: Apostila   desenho mecanico i

1ª fase - Trace a perspectiva isométrica do círculo naface superior e marque um ponto A no cruzamento daslinhas que dividem o quadrado auxiliar.

2ª fase - A partir do ponto A, trace a perpendicular AB.

3ª fase - Ligue o ponto B ao círculo por meio de duaslinhas conforme imagem abaixo.

4ª fase - Apague as linhas de construção e reforce ocontorno do cone.

1ª fase - Trace o prisma auxiliar respeitando ocomprimento, a largura e a altura aproximados doprisma com elementos arredondados.

3ª fase - Trace os semicírculos que determinam oselementos arredondados, na face anterior e na faceposterior do modelo.

4ª fase - Apague as linhas de construção e reforce ocontorno do traçado.

2ª fase - Marque, na face anterior e na face posterior, ossemiquadrados que auxiliam o traçado dos semicírculos.

Exemplos de desenhos isométricos utilizando papel reticulado

Cone Peça prismática

Perspectiva isométrica

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3-3

Page 22: Apostila   desenho mecanico i

1

Desenho Mecânico IProf. Fernando

3-4

Page 23: Apostila   desenho mecanico i

2

Desenho Mecânico IProf. Fernando

3-5

Page 24: Apostila   desenho mecanico i

3

Desenho Mecânico IProf. Fernando

3-6

Page 25: Apostila   desenho mecanico i

4

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3-7

Page 26: Apostila   desenho mecanico i

Projeção

Ortogonal

Capítulo 04

Page 27: Apostila   desenho mecanico i

Diedros

Projeção Ortogonal

Um objeto quando representado em perspectiva isométrica apresentam certa deformação, isto é, não sãomostradas em verdadeira grandeza, apesar de conservarem as mesmas proporções do comprimento, dalargura e da altura do objeto.Além disso, a representação em perspectiva isométrica nem sempre mostra claramente os detalhes internosda peça.Na indústria, em geral, os desenhos não são representados em perspectiva, mas sim em projeção ortogonal.A projeção ortogonal é uma forma de representar graficamente objetos tridimensionais em superfíciesplanas, de modo a transmitir suas características com precisão e demonstrar sua verdadeira grandeza.Em qualquer tipo de projeção, os elementos fundamentais são: o Ponto de observação, as linhasprojetantes, o plano de projeção e o objeto real imaginário a ser representado (ver figura abaixo).

Ponto deobservação

Plano de projeção

Linhas projetantes

Objeto

A representação por quadrantes ou Diedros divide o espaço em quatro regiões. Cada diedro é a regiãolimitada por dois semiplanos perpendiculares entre Si.Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método de representação por diedros adotam a projeçãoortogonal no 1º diedro. No Brasil, a ABNT recomenda a representação no 1º diedro.Entretanto, alguns países, como por exemplo os Estados Unidos e o Canadá, representam seus desenhostécnicos no 3º diedro.

No Diedro o objeto se situa entre o observador e o plano de projeção.No 3 Diedro o plano de projeção se situa entre o objeto e o observador.

É importante observar em que diedro esta representado o desenho para evitar o risco de interpretar erradoas características do objeto.

1ºº

Este símbolo indica que o desenho técnico estárepresentado no 1º diedro.Este símbolo aparece no canto inferior direito da folhade papel dos desenhos técnicos, dentro da Legenda.

Quando o desenho técnico estiver representadono 3º diedro, você verá este outro símbolo:

Desenho Mecânico IProf. Fernando

4-1

Page 28: Apostila   desenho mecanico i

Primeiro Diedro

aaaaaaaaaaaaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaaaaaaaaaaa

aaaaaaaaaaaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaa

aaaaa

aaaaa

aaaaa

aaaaa

aaaaa

Frontal

Superior

Lateral

Ponto deobservação

Frontal Lat. Esquerda

Superior

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4-2

Page 29: Apostila   desenho mecanico i

Terceiro Diedro

aaaaaaaaaaaaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaaaaaaaaaaa

aaaaaaaaaaaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaaa

aaaaa

aaaaa

aaaaa

aaaaa

aaaaa

aaaaa

Frontal

Superior

Lateral

Ponto deobservação

FrontalLat. Esquerda

Superior

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4-3

Page 30: Apostila   desenho mecanico i

Primeiro Diedro

Desenho Mecânico IProf. Fernando

4-4

Page 31: Apostila   desenho mecanico i

Terceiro Diedro

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4-5

Page 32: Apostila   desenho mecanico i

Representar a peça no Primeiro Diedro

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4-6

Page 33: Apostila   desenho mecanico i

Representar a peça no Terceiro Diedro

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4-7

Page 34: Apostila   desenho mecanico i

1

Desenho Mecânico IProf. Fernando

2

4-8

Page 35: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

3

4

4-9

Page 36: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

5

6

4-10

Page 37: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

7

8

4-11

Page 38: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

9

10

4-12

*Não esquecer das linhas de centro nos furos

Page 39: Apostila   desenho mecanico i

Capítulo 05

Vistas

Auxiliarese

representações

especiais

Page 40: Apostila   desenho mecanico i

Vistas Auxiliares

Quando um componente possui superfícies inclinadas (oblíquas) ele deve ser representado em desenhotécnico por meio de vistas auxiliares. Superfícies inclinadas, quando representada apenas por meio dasprojeções ortogonais aparecem geralmente deformadas (ver exemplo abaixo), indo de oposto ao princípio daprojeção ortogonal que é de representar um componente de forma precisa e em verdadeira grandeza.

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Exemplo de componente com superfície inclinada representado pormeio de projeções ortogonais

Construindo uma vista auxiliar

Superior

Frontal Lateral

Região deformada

Região deformada

5-1

Page 41: Apostila   desenho mecanico i

Vistas Auxiliares

Componentes com mais de uma superfície inclinada

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5-2

Page 42: Apostila   desenho mecanico i

Vistas Auxiliares

Exemplos de peças com superfícies inclinadas que necessitamde uma ou mais vista auxiliar.

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5-3

Page 43: Apostila   desenho mecanico i

Representações especiais

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5-4

Existem objetos que pela simplicidade de suas formas são plenamenterepresentados por somente duas vistas (Figura a), ou até mesmo poruma única vista, usando símbolos de identificação (Figura b).

Para facilitar a interpretação dos objetos representados com uma só vista, assuperfícies planas são caracterizadas pelo traçado cruzado, conforme mostra a Figura c.

(c)

Alguns objetos planos, tais como juntas de vedação, placas etc., desde que nãocontenham detalhes que necessitem de mais de uma vista, podem ser representados emuma única vista, fazendo-se a identificação das suas espessuras com notas escritas,conforme está exemplificado nas figuras abaixo.

Page 44: Apostila   desenho mecanico i

Representações especiais

Desenho Mecânico IProf. Fernando

5-5

Representações de objetos simétricos

Os objetos simétricos podem ser representados por vistas que mostram somente ametade ou a quarta parte da peça, conforme mostra a figura abaixo. Com a utilizaçãode linhas de simetria, também chamadas de eixos de simetria, indica-se a existência deoutra parte exatamente igual e simétrica em relação ao eixo.

Indicação de simetria

Indicação de simetria

(c)

Page 45: Apostila   desenho mecanico i

Representações especiais

Desenho Mecânico IProf. Fernando

5-6

Representações de detalhes ampliados

Para melhorar a representação e facilitar a cotagem de pequenos detalhes deum objeto, pode-se recorrer a representação de um detalhe ampliado da regiãodesejada. Isso é feito por meio de uma circunferência em traço fino e contínuo e umaletra maiúscula que identifica o local.Fora da vista o detalhe é desenhado em escala apliada, conforme desenho abaixo.

Page 46: Apostila   desenho mecanico i

CotagemAbnt NBR 10126

Capítulo 06

Page 47: Apostila   desenho mecanico i

Cotagem (NBR 10126)

O objetivo da norma NBR 10126 é fixar os princípios gerais decotagem a serem aplicados em todos os desenhos técnicos.

Aplicação

Toda cotagem necessária para descrever uma peça ou componente, clara e completamente, deve serrepresentada diretamente no desenho.

A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente o elemento.

Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade (por exemplo, milímetro) para todas as cotas sem oemprego do símbolo. Se for necessário, para evitar mau entendimento, o símbolo da unidade predominantepara um determinado desenho deve ser incluído na legenda. Onde outras unidades devem ser empregadascomo parte na especificação do desenho (por exemplo, N.m. para torque ou kPA para pressão), o símbolo daunidade apropriada deve ser indicado com o valor.

Cotar somente o necessário para descrever o objeto ou produto acabado. Nenhum elemento do objeto ouproduto acabado deve ser definido por mais de uma cota. Exceções podem ser feitas:

a) onde for necessário a cotagem de um estágio intermediário da produção (por exemplo: o tamanho doelemento antes da cementação e acabamento);

b) onde a adição de uma cota auxiliar for vantajosa.

Não especificar os processos de fabricação ou os métodos de inspeção, exceto quando foremindispensáveis para assegurar o bom funcionamento ou intercambiabilidade.

A cotagem funcional deve ser escrita diretamente no desenho (ver Figura 1).Ocasionalmente a cotagem funcional escrita indiretamente é justificada ou necessária. A Figura 2 mostra oefeito da cotagem funcional escrita indiretamente, aceitável, mantendo os requisitos dimensionaisestabelecidos na Figura 1.

A cotagem não funcional deve ser localizada de forma mais conveniente para a produção e inspeção.

Figura 1

Figura 2

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6-1

Page 48: Apostila   desenho mecanico i

Método de execução

Os elementos de cotagem incluem a linha auxiliar, linha de cota, limite da linha de cota e a cota. Os várioselementos da cotagem são mostrados nas Figuras 3 e 4.

As linhas auxiliares e cotas são desenhadas como linhas estreitas contínuas, conforme NBR 8403, mostradonas Figuras 3 e 4.

Linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota (ver Figuras 3 e 4). Umpequeno espaço deve ser deixado entre a linha de contorno e linha auxiliar.

Linhas auxiliares devem ser perpendiculares ao elemento dimensionado, entretanto se necessário, pode serdesenhado obliquamente a este, (aproximadamente 60°), porém paralelas entre si (ver Figura 5).

Linhas auxiliares e cota, sempre que possível, não devem cruzar com outras linhas (ver Figura 6).

Figura 4

Figura 3b

Figura 5

Figura 3a

Figura 6

Cotagem (NBR 10126)

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6-2

Page 49: Apostila   desenho mecanico i

A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento o seja (ver Figura 7)

O cruzamento das linhas de cota e auxiliares devem ser evitados, porém, se isso ocorrer, as linhas nãodevem ser interrompidas no ponto de cruzamento.

A linha de centro e a linha de contorno, não devem ser usadas como linha de cota, porém, podem serusadas como linha auxiliar (ver Figura 8). A linha de centro, quando usada como linha auxiliar, devecontinuar como linha de centro até a linha de contorno do objeto.

Figura 7

Figura 9

Figura 8

A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio de setas ou traços oblíquos.

As indicações são especificadas como segue (ver Figura9) :

a) a seta é desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15°. A seta pode ser aberta, ou fechadapreenchida;

b) o traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a 45°;

c) o ponto é no formato circular e preenchido;

A indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num mesmo desenho.

Somente uma forma da indicação dos limites da linha de cota deve ser usada num mesmo desenho.Entretanto, quando o espaço for muito pequeno, outra forma de indicação de limites pode ser utilizada (verFigura 18).

Quando houver espaço disponível, as setas de limitação da linha de cota devem ser apresentadas entre oslimites da linha de cota (ver Figura 10). Quando o espaço for limitado as setas de limitação da linha de cota,podem ser apresentadas externamente no prolongamento da linha de cota, desenhado com esta finalidade(ver Figura 11).

Somente uma seta de limitação da linha de cota é utilizada na cotagem de raio (ver Figura 12). Pode serdentro ou fora do contorno, (ou linha auxiliar) dependendo do elemento apresentado.

Cotagem (NBR 10126)

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6-3

Page 50: Apostila   desenho mecanico i

As cotas devem ser apresentadas em desenho em caracteres com tamanho suficiente para garantircompleta legibilidade, tanto no original como nas reproduções efetuadas no microfilmes (conforme NBR8402). As cotas devem ser localizadas de tal modo que elas não sejam cortadas ou separadas por qualqueroutra linha.

Existem dois métodos de cotagem mas somente um deles deve ser utilizado num mesmo desenho:

- as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas e preferivelmente nocentro (ver Figura 13).

Exceção pode ser feita onde a cotagem sobreposta é utilizada (ver Figura 31). As cotas devem serescritas de modo que possam ser lidas da base e/ou lado direito do desenho. Cotas em linhas de cotasinclinadas devem ser seguidas como mostra a Figura 14.

a) método 1:

Figura 10

Figura 13

Figura 15

Figura 11

Figura 14

Figura 16

Figura 12

Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas nas Figuras 15 e 16.

Cotagem (NBR 10126)

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6-4

Page 51: Apostila   desenho mecanico i

b) Método 2:

- as cotas devem ser lidas da base da folha de papel.As linhas de cotas devem ser interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrição da cota (ver Figuras17 e 18).

Figura 17Figura 18

Figura 19

Figura 20

Figura 21 Figura 22

Na cotagem angular podem ser seguidas uma dasformas apresentadas nas Figuras 19 e 16. A localização das cotas freqüentemente necessita ser

adaptada às várias situações. Portanto, por exemplo,as cotas podem estar:

a) no centro submetido da linha de cota, quando apeça é desenhada em meia peça (Figura 20).

b) sobre o prolongamento da linha de cota, quandoo espaço for limitado (Figura 21).

c) sobre o prolongamento horizontal da linha de cota,quando o espaço não permitir a localização com ainterrupção da linha de cota não horizontal (Figura 22).

Cotagem (NBR 10126)

Desenho Mecânico IProf. Fernando

6-5

Page 52: Apostila   desenho mecanico i

Cotas fora de escala (exceto onde a linha de interrupção for utilizada) deve ser sublinhada com linha retacom a mesma largura da linha do algarismo (ver Figura 23).

Figura 23

Os símbolos seguintes são usados com cotas para mostrar a identificação das formas e melhorar ainterpretação de desenho. Os símbolos de diâmetro e de quadrado podem ser omitidos quando a forma forclaramente indicada. Os símbolos devem preceder à cota (ver Figuras 24 a 28).

Ø – Diâmetro

R – Raio

– Quadrado

SR – Raio esférico

SØ – Diâmetro esférico

Figura 27 Figura 28

Figura 24 Figura 25 Figura 26

Cotagem (NBR 10126)

Desenho Mecânico IProf. Fernando

6-6

Page 53: Apostila   desenho mecanico i

Disposição e apresentação da cotagem

A disposição da cota no desenho deve indicar claramente a finalidade do uso. Geralmente é resultado dacombinação de várias finalidades.

Deve ser utilizada somente quando o possível acúmulo de tolerâncias não comprometer a necessidadefuncional das partes. (Figura 29).

Cotagem em cadeia

Cotagem por elemento de referência

Este método de cotagem é usado onde o número de cotas da mesma direção se relacionar a um elementode referência.Cotagem por elemento de referência pode ser executada como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva.

Cotagem em paralelo é a localização de várias cotas simples paralelas uma às outras e espaçadassuficientemente para escrever a cota (ver Figuras 30 e 31).

Cotagem aditiva é uma simplificação da cotagem em paralelo e pode ser utilizada onde há limitação deespaço e não haja problema de interpretação. A origem é localizada num elemento de referência e as cotassão localizadas na extremidade da linha auxiliar (ver Figura 31).

Figura 29

Figura 30 Figura 31

Cotagem (NBR 10126)

Desenho Mecânico IProf. Fernando

6-7

Page 54: Apostila   desenho mecanico i

Quando os elementos estiverem próximos, quebramos as linhas auxiliares para permitir a inscrição da cotano lugar apropriado, como mostra a Figura 33.

Figura 32

Figura 33

Cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for vantajoso.Neste caso, a origem deve ser como mostra a Figura 32.

Cotagem (NBR 10126)

Desenho Mecânico IProf. Fernando

6-8

Page 55: Apostila   desenho mecanico i

Figura 34

Figura 36 Figura 37

Figura 35

Cotagem por coordenadas

Pode ser mais prático reduzir-se a Tabela, como mostra a Figura 34 do que a Figura 32.

Coordenadas para pontos de intersecção em malhas nos desenhos de localização são indicadas comomostra a Figura 35.

Coordenadas para pontos arbitrários sem a malha, devem aparecer adjacentes a cada ponto (ver Figura36) ou na forma de tabela (ver Figura 37).

Cotagem (NBR 10126)

Desenho Mecânico IProf. Fernando

6-9

Page 56: Apostila   desenho mecanico i

Cotagem combinada

Cotagem simples, cotagem aditiva e cotarem por elemento comum podem ser combinadas no desenho (verFiguras 38 e 39).

Indicações especiais

Cordas, arcos, ângulos e raios

As cotas de cordas, arcos e ângulos, devem ser como mostra a Figura 40.

Quando o centro do arco cair fora dos limites do espaço disponível, a linha de cota do raio deve serquebrada ou interrompida, conforme a necessidade de localizar ou não o centro do arco (ver Figura 12).

Quando o tamanho do raio for definido por outras cotas, ele deve ser indicado pela linha de cota do raiocom o símbolo R sem cota (ver Figura 41).

Figura 38 Figura 39

Figura 40

Figura 41

Cotagem (NBR 10126)

Desenho Mecânico IProf. Fernando

6-10

Page 57: Apostila   desenho mecanico i

Elementos equidistantes

Onde os elementos equidistantes ou elementos uniformemente distribuídos são parte da especificação dodesenho a cotagem pode ser simplificada.

Espaçamento linear pode ser cotado como mostra a Figura 42. Se houver alguma possibilidade deconfusão, entre o comprimento do espaço e o número de espaçamentos, um espaço deve ser cotado comomostra a Figura 43.

Espaçamentos angulares de furos e outros elementos podem ser cotados como mostra a Figura 44.Espaçamentos dos ângulos podem ser omitidos se não causarem dúvidas ou confusão (ver Figura 45).

Espaçamentos circulares podem ser cotados indiretamente, dando o número de elementos, como mostra aFigura 46.

Figura 42 Figura 43

Figura 44 Figura 45

Figura 46

Cotagem (NBR 10126)

Desenho Mecânico IProf. Fernando

6-11

Page 58: Apostila   desenho mecanico i

Elementos repetidos

Se for possível definir a quantidade de elementos de mesmo tamanho e assim, evitar de repetir a mesmacota, eles podem ser cotados como mostram as Figuras 47 e 48.

Figura 47

Figura 49

Figura 48

Figura 50

Figura 51 Figura 52

Chanfros e escareados

Chanfros devem ser cotados como mostra a Figura 49. Nos chanfros de 45° a cotagem pode sersimplificada, como mostram as Figuras 50 e 51.

Escareados são cotados conforme mostra a Figura 52.

Cotagem (NBR 10126)

Desenho Mecânico IProf. Fernando

6-12

Page 59: Apostila   desenho mecanico i

Outras indicações

Para evitar a repetição da mesma cota ou evitar chamadas longas, podem ser utilizadas letras dereferências, em conjunto com uma legenda ou nota (ver Figura 53).

Em objetos simétricos representados em meio corte ou meia vista (ver Figura 54) (ver NBR 10067), a linhade cota deve cruzar e se estender ligeiramente além do eixo de simetria.

Normalmente não se cota em conjunto, porém, quando for cotado, o grupo de cotas específico para cadaobjeto deve permanecer, tanto quanto possível, separados (ver Figura 55).

Figura 53 Figura 54

Figura 55

Cotagem (NBR 10126)

Desenho Mecânico IProf. Fernando

6-13

Page 60: Apostila   desenho mecanico i

As cotas devem ser distribuídas pelas vistas de forma a indicar todas as dimensões necessárias paraviabilizar a construção do objeto desenhado, porém, não pode haver cotas repetidas ou desnecessárias.

Uma região do objeto deve ser cotada apenas uma vez em uma das vistas, naquela que representar deforma mais clara a geometria do objeto, (ver figuras abaixo).

Cotagem (NBR 10126)

Desenho Mecânico IProf. Fernando

6-14

Dicas para cotar um desenho

Page 61: Apostila   desenho mecanico i

Cotagem (NBR 10126)

Desenho Mecânico IProf. Fernando

6-15

Exemplo de cotagem ideal

Page 62: Apostila   desenho mecanico i

Vistas

Seccionais

Capítulo 07

Page 63: Apostila   desenho mecanico i

Cortes e seções

O recurso de corte e seções em um desenho faz-se necessário, em geral, quando apeça a ser representada possui uma forma interior complicada ou quando algunsdetalhes importantes para a definição da peça não ficam totalmente definidos por umaprojeção ortogonal em arestas visíveis. Os cortes e seções devem ser usados apenasquando trouxerem algo relevante à representação gráfica convencional.

Corte evitando a representação de arestas ocultas

Vazios representados por arestas ocultas

Corte total (melhor interpretação da montagem)Elevação frontal (interpretação confusa)

Desenho Mecânico IProf. Fernando

7-1

Page 64: Apostila   desenho mecanico i

Certo Errado

Redundante

Hachuras para diferentes materiais (NBR 12298)

Os planos de corte são, em geral, paralelos aos planos de projeção e devempassar, preferencialmente, pelos planos de simetria e eixos de furos queeventualmente possam existir.Partes de peças interceptadas por um corte ou seção são representados pormeio de rachuras, que devem ser feitas, sempre que possível a 45º e comespaçamento conveniente, conforme o tamamanho do desenho, escala, etc.

Desenho Mecânico IProf. Fernando

7-2

Page 65: Apostila   desenho mecanico i

Nas figuras abaixo são ilustrados três tipos de cortespossíveis em uma mesma peça.

CORTE PLENO OU TOTAL

MEIO CORTE

CORTE PARCIAL

Corte AA

Corte AA

- O corte pleno ou total éefetuado em um plano queatravessa totalmente apeça.

- O meio corte é efetuadopor dois planosconcorrentes no eixo dapeça.

- O corte parcial não érepresentado pornenhuma simbologia eindicação de corte. Navista onde o corteparcial é efetivamentevisualizado, o corte édelimitado por uma linhafina contínua ondulada.

Desenho Mecânico IProf. Fernando

7-3

Page 66: Apostila   desenho mecanico i

CORTE POR PLANOS PARALELOS

CORTE POR PLANOS CONCORRENTES

Corte AA

Corte AA

Superior

Superior

Quando os detalhes não estiverem alinhados uns com os outrosdeverá ser usado o número de planos - paralelos ouconcorrentes - necessários à completa representação da peça.

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7-4

Page 67: Apostila   desenho mecanico i

CORTE E REBATIMENTO POR PLANOS CONCORRENTES

CORTE E REBATIMENTO POR MÚLTIPLOSPLANOS CONCORRENTES

Corte AA

Corte AA

Superior

Superior

A

A

AA

Desenho Mecânico IProf. Fernando

7-5

Page 68: Apostila   desenho mecanico i

CORTE POR PLANOS SUSSESSIVOS SEM REBATIMENTO

REGRAS GERAIS EM CORTES

Superior

Corte AA

A

A

Errado Certo

Cada elemento de um conjunto deve ser rachurado demaneira diferente para facilitar a interpretação

Desenho Mecânico IProf. Fernando

7-6

Page 69: Apostila   desenho mecanico i

CORTE DE UMA POLIA

CORTE EM PEÇAS NERVURADAS

PARAFUSOS, PINOS E REBITES

SuperiorCorte AA

ERRADO

CERTO

A representação de peças maciças como eixos, parafusos, raios de roda,porcas, rebites, chavetas, elos de corrente, nervuras, não são hachurados.

Elementos NÃO Cortados

Desenho Mecânico IProf. Fernando

7-7

Page 70: Apostila   desenho mecanico i

REBATIMENTO DE DETALHES NÃO CORTADOS

REBATIMENTOS DE NERVURAS NÃO CORTADAS

DISTINÇÃO ENTRE ABAS E NERVURAS

Superior Corte AA

ERRADO

CERTO

Exceções em Corte

Desenho Mecânico IProf. Fernando

7-8

Page 71: Apostila   desenho mecanico i

CORTE SEÇÃO

Corte A-A Seção A-A

Seções

Desenho Mecânico IProf. Fernando

7-9

Page 72: Apostila   desenho mecanico i

Elementos de

máquinas

Capítulo 08

Ligação

De apoio

De transmissão

Elásticos

De vedação

1

2

3

4

5

Page 73: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

Elementos de ligação

Elementos de ligação permanente

Prisioneiro

Porcas

Pino/cavilha e contra-pino

Parafuso

Um rebite compõe-se de um corpo em forma de eixo cilíndrico e de uma cabeçaque pode ter vários formatos. É usado para unir rigidamente peças ou chapas,principalmente, em estruturas metálicas, de reservatórios, caldeiras, máquinas,navios, aviões, veículos de transporte e treliças.

A representação técnica dos rebites é ilustrada abaixo e as principais dimensõessão: comprimento da haste (z), comprimento útil (L) e diâmetro do rebite (d).

8-1

Elementos de ligação desmontável

A união de peças feita pelos elementos de fixação pode ser de dois tipos: permanente ou móvel.No tipo de união móvel, os elementos de fixação podem ser colocados ou retirados do conjunto sem causarqualquer dano às peças que foram unidas. É o caso, por exemplo, de uniões feitas com parafusos, porcas earruelas. Enquanto que no tipo de união permanente, os elementos de fixação, uma vez instalados, não podemser retirados sem que fiquem inutilizados. É o caso, por exemplo, de uniões feitas com rebites e soldas.

1

Page 74: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

Métrica Triangular M

Whitworth W Gou

8-2

Muitos dos elementos de ligação desmontáveis são roscados, assim como algunselementos de transmissão, por isso, é importante saber identificar os vários perfisde rosca e suas aplicações.

Perfis de rosca comum em elementos de ligação desmontáveis(parafuso, porca e prisioneiro)

ângulo do perfil da rosca:a = 60º .diâmetro menor do parafuso (Ø do núcleo):d = d - 1,2268P.diâmetro efetivo do parafuso (Ø médio):d = D2 = d - 0,6495P.folga entre a raiz do filete da porca e a crista do filete doparafuso:f = 0,045P.diâmetro maior da porca:D = d + 2f .diâmetro menor da porca (furo):D = d - 1,0825P.diâmetro efetivo da porca (Ø médio):D = d2.altura do filete do parafuso:h = 0,61343P .raio de arredondamento da raiz do filete do parafuso:r = 0,14434P.raio de arredondamento da raiz do filete da porca:r = 0,063P.

1

2

1

2

e

re

ri

Fórmulas:

a = 55ºP = ____ _____

nºde filetes

h = h = 0,6403 · Pr = rr = 0,1373 · Pd = Dd = d - 2hD = d = d - h

1

i

ri

1 e

2 2 e

e

e

No sistema métrico, as medidas das roscas sãodeterminadas em milímetros. Os filetes têm formatriangular, ângulo de 60º, crista plana e raizarredondada.

No sistema whitworth, as medidas são dadas empolegadas. Nesse sistema, o filete tem a formatriangular, ângulo de 55º, crista e raiz arredondadas.

Obs. Existe também o perfil americano, que se diferencia do métrico apenas por apresentar as medidas em polegadas.

Elementos de ligação1

Page 75: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

Redondo

Retangular

Trapezoidal

Dente de serra

Rd

Tr

R

S

Parafusos de grandes

diâmetros sujeitos a

grandes esforços.

Ex.: Equipamentos

ferroviários

Parafusos que

transmitem

movimento suave e

uniforme. Ex.: Fusos

de máquinas

Parafusos que

sofrem grandes

esforços e choques.

Ex.: Prensas e

morsas

Parafusos que

exercem grande

esforço num só

sentido Ex.: Macacos

de catraca.

passo

8-3

O perfil de rosca triangular é mais comum nos elementos de ligação desmontáveiscomo os parafusos, porcas e prisioneiros. Os perfis apresentados abaixo (redondo,trapezoidal, retangular e dente de serra) são comuns em elementos de transimssão,por isso são chamados roscas de transmissão.

Elementos de ligação1

Page 76: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

8-4

Em desenho técnico costuma-se desenhar o perfil da rosca triangular métrica eWitworth, conforme indicado abaixo:

não

Repreentação de rosca em desenho técnico

A representação convencional de rosca é feita conforme indicado abaixo:

Representação convencional de rosca

Rosca externa / macho Rosca interna / fêmea

Quando o perfil da rosca for diferente do triangular e Witworth, costuma-se desenhar operfil da rosca apenas em corte parcial de forma a representar o formato e as dimensõesde pelo menos um fio de rosca.

Elementos de ligação1

Page 77: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

8-5

Parafusos

Parafusos de cabeça prismática (atarraxamento externo com chave prismática)

Parafusos de cabeça fendada (atarraxamento com chave de fenda)

Sextavada Sextavada com rebaixo

Sextavada com ressalto Quadrada

Cilíndrica

Escariada abaulada

Redonda

Abaulada

Escariada

Abaulada furada em cruz

Parafusos são elementos de fixação, empregados em uniões desmontáveis, isto é, as peças podem sermontadas e desmontadas facilmente, bastando apertar e desapertar os parafusos que as mantêm unidas.Os parafusos se diferenciam pela forma da rosca, da cabeça, da haste e do tipo de acionamento.Eles podem ser classificados pelo formato da cabeça, do corpo, tipo de ponta e forma de aperto(atarraxamento). Aqui será usada a classificação pelo tipo de atarraxamento.

Elementos de ligação1

Page 78: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

8-6

Parafusos

Parafusos de cabeça com fenda cruzada (atarraxamento com fenda cruzada)

Fenda cruzada

Fenda cruzada ou de oco cruciforme

Oco de seis canais

Parafusos de cabeça com caixa (atarraxamento interno)

Sextavado interno

Elementos de ligação1

Page 79: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

8-7

Parafusos

Porcas

Parafusos de cabeças diversas (atarraxamento manual)

Porcas prismáticas

De olhal Recartilhado cruzado

De argolal Borboleta

Recartilhado reto

Normal Cega com calota esférica

De encosto plano De encosto cônico

De ressalto De encosto esférico

Abaulado com unha

Elementos de ligação1

Page 80: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

8-8

Porcas

Porcas prismáticas (continuação)

Cega

De almofada

Quadrada

Porcas cilíndricas

De fenda

De nervura

De estria

De furo de topo

De furo lateral

De estrias incompletas

Elementos de ligação1

Page 81: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

8-9

Porcas

Porcas de aperto manual

Recartilhada

De manípulo

Borboleta

De haste

Elementos de ligação1

Page 82: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

8-10

Prisioneiro

Tipos de prisioneiro

Exemplos de ligações desmontáveis

Tradicional

Totalmente roscado

Com garganta

De corpo reduzido

Com garganta e guia

Ligação comparafuso

Ligação comprisioneiro

Ligações com parafuso e porca

São parafusos sem cabeça com rosca em ambas as extremidades, sendo recomendados nassituações que exigem montagens e desmontagens freqüentes. Existem diversos tipos, conformepode ser observado abaixo:

Elementos de ligação1

Page 83: Apostila   desenho mecanico i

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8-11

Arruela

Plana Plana chanfrada Quadrada

Plana com furo quadrado

Helicoidalde pressão

Elásticade pressão

Elásticaondulada

Quadrado em cunha

ElásticaDente exterior dente interior

Anel de retençãoexterno

As arruelas são componentes, em geral, planos com furo central. Têm a função de distribuir igualmente aforça de aperto entre a porca, o parafuso e as partes montadas. Em algumas situações, tambémfuncionam como elementos de trava, além de previnir o desgaste da face furada devido a sucessivosapertos e desapertos.

Elementos de ligação1

Page 84: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

8-12

Pinos / Cavilhas

Contrapino

Cilíndrico

Com cabeça

Canelado

Canelado 1/3

Cônico roscado

De pressão

Cavilha

Tipo ISO 1234 Tipo mola

Exemplo de aplicação do contrapino

Os pinos e cavilhas têm a finalidade de alinhar ou fixar os elementos de máquinas, permitindo uniõesmecânicas.A diferença entre pino e cavilhas é que no caso da união com pino, uma das peças pode se movimentarpor rotação. Enquanto a cavilha une peças que não são articuladas entre si.

O contrapino ou cupilha é uma haste ou arame com formasemelhante à de um meio-cilindro, dobrado de modo a fazeruma cabeça circular e tem duas pernas desiguais. Introduz-se o contrapino ou cupilha num furo na extremidade de umpino ou parafuso com porca castelo. As pernas do contrapinosão viradas para trás e, assim, impedem a saída do pino ouda porca durante vibrações das peças fixadas.

Elementos de ligação1

Page 85: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

Os elementos de apoio consistem de componentes auxiliares ao funcionamento demáquinas. Alguns elementos de apoio são: buchas, guias, rolamentos e mancais.

Buchas

As buchas são elementos de máquinas que temforma cilíndrica ou cônica. Servem para apoiar eixos,guiar brocas e alargadores. Normalmente, a bucha éfabricada com material mais dúctil e leve do que omaterial do eixo, tais como, alumínio, cobre, latão,que além de tudo, são ótimos dissipadores de calor.

As buchas podem ser classificadas quanto ao tipo de solicitação. Nesse sentido, elas podem ser de fricçãoradial para esforços radiais, de fricção axial para esforços axiais e cônicas para esforços nos dois sentidos.

Bucha defricção radial

Bucha defricção axial

Buchacônica

8-13

Elementos de apoio2

Page 86: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

GuiasA guia é um elemento de máquina que mantém, com certo rigor, a trajetória de determinado componente.As guias classificam-se em dois grupos: guias de deslizamento e de rolamento.

As guias de deslizamentos tem, geralmente asseguintes formas:

Em máquinas operatrizes são empregadas combinaçõesde vários perfis de guias de deslizamentos, conhecidoscomo barramento. No quadro abaixo é apresentadoalguns perfis combinados e sua aplicação.

As guias de rolamento geram menor atrito que as guias de deslizamento. Isto ocorre porque oselementos rolantes giram entre as guias. Os elementos rolantes podem ser esferas ou roletas, comoilustrações apresentadas abaixo:

Guia de deslizamento

Guia de rolamento

8-14

Elementos de apoio2

Page 87: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

Mancal

Mancal de deslizamento Mancal de rolamento

O mancal pode ser definido como suporte ou guia em que se apóia um eixo. No ponto de contato entrea superfície do eixo e a superfície do mancal, ocorre atrito e para minimizar esse atrito e facilitar arotação ou deslocamento axial, geralmente é colocado uma bucha ou um rolamento. Devido a isso, osmancais são divididos em mancais de deslizamento (quando usa bucha) ou de rolamento (quando usarolamento).

Geralmente, os mancais de deslizamento são montadoscom uma bucha. Esses mancais são usados em máquinaspesadas ou em equipamentos de baixa rotação, porque abaixa velocidade evita superaquecimento doscomponentes expostos ao atrito.

Quando é necessário aplicar maior velocidade derotação e menos atrito, o mancal de rolamento é o maisadequado.

8-15

Elementos de apoio2

Page 88: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

Rolamentos

TIPOS DEROLAMENTO

Rolamento fixo com umacarreira de esferas.

Rolamento de rolo comuma carreira de rolos.

Rolamento de contatoangular com umacarreira de esferas.

Rolamentoautocompensador deesferas.

Rolamentoautocompensador derolos

Rolamento de roloscônicos.

Rolamento axial simples.

8-16

A configuração dos rolamentos pode ser de diversos tipos: fixa de uma carreira de esferas, decontato angular de uma carreira de esferas, autocompensador de esferas, de rolo cilíndrico,autocompensador de uma carreira de rolos, autocompensador de duas carreiras de rolos, derolos cônicos, axial de esfera, axial autocompensador de rolos, de agulha e com proteção.

Os rolamentos são classificados emfunção dos seus elementos rolantes.

Diferentes configurações dos rolamentos:

Rolamento de esfera - Apropriados pararotações mais elevadas.

Rolamento de rolos - os corpos rolantes sãoformados de cilindros, rolos cônicos ou barriletes.Esses rolamentos suportam cargas maiores edevem ser usados em velocidades menores.

Rolamento de agulhas - os corpos rolantessão de pequeno diâmetro e grande comprimento.São recomendados para mecanismos oscilantes,onde a carga não é constante e o espaço radial élimitado.

Elementos de apoio2

Page 89: Apostila   desenho mecanico i

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Eixo-árvore

8-17

Elementos de transmissão3

O eixo-árvore é uma espécie de “colunavertebral” das máquinas. Nele sãomontados, polias, rodas, buchas,rolamentos, engrenagens, manípulos,volantes, transmitindo força e rotação paraeles.Quanto ao tipo, os eixos podem serroscados, ranhurados, estriados, maci-ços, vazados, flexíveis, cônicos, cujascaracterísticas estão descritas a seguir.

Eixo-árvore

Eixo maciço

Eixo vazado

Os eixos maciços tem seção transversal circular maciça, com degraus ou apoios para ajustedas peças montadas sobre eles. A extremidade do eixo é chanfrada para facilitar a montagem.No exemplo abaixo o eixo possui na extremidade uma espiga de seção quadrada.

Os eixos vazados tem basicamente duas finalidades: a primeira é reduzir o peso e são usadosem motores de avião, a segunda é em

(exemplo: eixo de torno)facilitar a fixação de peças mais longas para a usinagem

máquinas-ferramenta .

Roscado

Page 90: Apostila   desenho mecanico i

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Eixo-árvore

Eixo cônico

8-18

Elementos de transmissão3

Eixo roscado

Os eixos cônicos devem ser ajustados a um componente que possua um furode encaixe cônico. A parte que se ajusta tem um formato cônico e é firmementepresa por uma porca. Uma chaveta é utilizada para evitar a rotação relativa.

Rasgo de chavetaRoscado

Esse tipo de eixo é composto de rebaixos e furos roscados, o que permite sua utilização comoelemento de transmissão e também como eixo prolongador utilizado na fixação de rebolos pararetificação interna e de ferramentas para usinagem de furos.

Roscado internoRoscado externo

Page 91: Apostila   desenho mecanico i

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Eixo-árvore

Eixo ranhurado

Eixo estriado

8-19

Elementos de transmissão3

Esse tipo de eixo apresenta uma série de ranhuras longitudinais em torno desua circunferência. Essas ranhuras engrenam-se com os sulcos correspondentesde peças que serão montadas no eixo. Os eixos ranhurados são utilizados paratransmitir grande força.

Assim como os eixos cônicos, como chavetas, caracterizam-se por garantiruma boa concentricidade com boa fixação, os eixos-árvore estriados também sãoutilizados para evitar rotação relativa em barras de direção de automóveis,alavancas de máquinas etc.

Page 92: Apostila   desenho mecanico i

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Engrenagens cilíndricas

Engrenagem

8-20

Elementos de transmissão3

Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem paratransmitir movimento e força entre dois eixos. Muitas vezes, asengrenagens são usadaspara variar o número de rotações e o sentido da rotação de um eixopara o outro.Geralmente em uma montagem com engrenagens de tamanhosdiferentes, a menor é chamada de pinhão e a maior de coroa.

Existem vários tipos de engrenagem, que são escolhidos de acordocom sua função. Na sequência serão apresentados os tipos maiscomuns.

Engrenagens cilíndricas têm a forma de cilindro epodem ter dentes retos ou helicoidais (inclinados).Abaixo, pode ser visto alguns exemplo.

Em desenho técnico, as engrenagens são representadasDe forma normalizada.

Como regra geral, a engrenagem é representada como uma peçasólida, sem dentes. Apenas um elemento da engrenagem, odiâmetro primitivo, é indicado por meio de uma traço-ponto, comomostra o desenho. Mas, quando, excepcionalmente, for necessáriorepresentar um ou dois dentes, eles devem ser desenhados comlinha contínua larga. Conforme ilustrado ao lado.

Diâmetro primitivo

Page 93: Apostila   desenho mecanico i

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Engrenagem

Cremalheira

Engrenagens cônicas

8-21

Elementos de transmissão3

Engrenagens cônicas são aquelas que têm forma de troncode cone. Elas podem ter dentes retos ou helicoidais.

As engrenagens cônicas transmitem rotaçãoentre eixos concorrentes. Ou seja, aqueles que vão seencontrar em um mesmo ponto, quando prolongados.

Exemplo

Cremalheira é uma barra dentada, destinada a engrenar uma outra engrenagem. Com essesistema, pode-se transformar movimento de rotação em movimento retilíneo e vice-versa.

Page 94: Apostila   desenho mecanico i

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Rosca de transmissão

8-22

Elementos de transmissão3

Além da fixação as roscas também podem ser aplicadas na trasmissão de força emovimento.Quando ela tem essa função é chamada de rosca de trasmissão. Ela pode ter váriosperfis. (Ver página 8-3).

Alguns exemplos de aplicação de roscas de transmissão são os fusos de máquinas-ferramenta e o macaco mecânico, que transforma o movimento de rotação emmovimento linear.

Eixo roscado

Macaco

Fuso de máquina

Page 95: Apostila   desenho mecanico i

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Polias

8-23

As polias são componentes cilíndricos, movimentados pela rotação de um eixo demotor ou por correias.

Polias

Correia

Exemplo de utilização de polias

Polia de discomontada no

eixo do motor

Correia transmitea rotação do motor

para outra polia

Polia gira o eixoárvore da máquina

Polias com diâmetro < 250 mm são do tipo disco,as de diâmetro > 250 são polias de braço.

Polia de disco

Polia de braço

Elementos de transmissão3

Page 96: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

Polias

8-24

Tipos de polias

Os tipos de polia são determinados pela forma da superfície na qual a correia seassenta. Elas podem ser planas ou trapezoidais. As polias planas podem apresentardois formatos na sua superfície de contato: plana ou abaulada.

Polia Representação

Elementos de transmissão3

Page 97: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

Correias

8-25

As correias são elementos que transmitem movimento e força, geralmente, de umapolia (condutora) para outra polia (conduzida). Elas podem ser planas ou trapezoidais(com encosto liso ou dentado).

Plana lisa

Trapezoidal lisa

Plana dentada

Trapezoidal dentada

Exemplo de utilização de correia

Nesse exemplo a correia transmite a rotação entrepolias dispostas em eixos não paralelos

Correia plana lisa

Elementos de transmissão3

Page 98: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

Correntes

8-26

Elementos de transmissão3

As correntes transmitem força e movimento, geralmente, entre duas engrenagens.Para isso, as engrenagens devem estar em um mesmo plano.Os eixos de sustentação das engrenagens ficam perpendiculares ao plano.

Algumas características da transmissão por correntes são:Elas não patinam, podem transmitir potência em locais de difícil acesso,Permitem o acionamento simultâneo de vários eixos e em geral,Não necessitam de tencionadores.

Na sequência são apresentados alguns tipos de correntes.

w

w

w

Corrente de elos Corrente de buchas

Corrente de dentes Corrente de rolos

Page 99: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

Cabos de aço

8-27

Elementos de transmissão3

Cabos são elementos de transmissão que suportam cargas (força de tração), deslocando-asnas posições horizontal, vertical ou inclinada.Os cabos são muito empregados em equipamentos de transporte e na elevação de cargas,como em elevadores, escavadeiras, pontes rolantes entre outras.

Exemplos:

O cabo de aço é constituido de almae perna.A perna é composta de váriosarames em torno de um aramecentral, conforme a figura ao lado.

Page 100: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

Molas

Tipos de molas

Quanto ao formato elas podem ser divididas em helicoidais e planas:

Molas helicoidais

8-28

As molas são usadas, principalmente, nos casos de armazenamento deenergia, amortecimento de choques, distribuição de cargas, limitação de vazão epreservação de junções ou contatos.Existem diversos exemplos onde as molas são empregadas, como por exemplo emsuspensão de eutomóveis, valvulas de descarga, brinquedos entre outros.

Molas planas

Quanto a solicitação de esforços as molas pode ser divididas em:

Força

Mola plana simples

Mola espiral

Molahelicoidal cônica

Feixes de molaMola prato

Elementos elásticos4

Page 101: Apostila   desenho mecanico i

Simbologia

Capítulo 09

Tolerâncias dimensionais

Estado de superfície

Tolerâncias geométricas

1

2

3

Page 102: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

9-1

1 Tolerâncias dimensionais

É muito difícil executar peças com as medidas rigorosamente exatas porque todo processo defabricação está sujeito a imprecisões. Sempre acontecem variações ou desvios das cotas indicadas nodesenho.A prática tem demonstrado que as medidas das peças podem variar, dentro de certos limites, paramais ou para menos, sem que isto prejudique a qualidade. Esses desvios ou afastamentos) aceitáveisnas medidas das peças caracterizam o que chamamos de tolerância dimensional.

As tolerâncias vêm indicadas, nos desenhos técnicos, por valores e símbolos apropriados e dediversas maneiras. Abaixo temos alguns exemplos.

Cota nominal e afastamentos não simétricos

Cota nominal e desvio simétrico

Cota nominal e afastamentos negativos

Cota nominal e afastamentos positivos

Cotas- limitesCota nominal e desvios com desvio nulo

Cota-limite em uma direção

Simbologia ISO Simbologia ISO e desvios

Simbologia ISO e cotas limites

Page 103: Apostila   desenho mecanico i

Superfícies em bruto, porém limpas de rebarbas e saliências.

Superfícies apenas desbastadas (Ra = 50 m)

Superfícies usinadas (Ra = 6,3 m)

Superfícies polidas (Ra = 0,8 m)´

μ

μ

μ

Desenho Mecânico IProf. Fernando

Essa simbologia de estado de superfície ilustrada abaixo está em desuso, porém aindapode ser encontrada em alguns projetos.

A simbologia para estado de superfície atualmente mais utilizada é a aprensetada abaixo.

9-2

2 Simbologia para indicaçãode estado de superfície

(acabamento superficial)

Page 104: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

Simbologia para indicação da direçãonas marcas de processo (estrias)

9-3

2Simbologia para indicação da

direção nas marcas de processo(estrias)

Page 105: Apostila   desenho mecanico i

Desenho Mecânico IProf. Fernando

0,2 A

A

Simbologia da tolerância

Valor da tolerância

Referência (quando existir)

Maneira de representar

9-4

3 Simbologia para indicação detolerâncias geométricas

Page 106: Apostila   desenho mecanico i

Retilineidade em um plano

Retilineidade em um paralelepípedo

Planeza

A zona de tolerância quando projetada em um plano é limitada porduas linhas paralelas distantes entre si o valor de t

Quando a tolerância de retilineidade é definida em duasdireções perpendiculares entre si, a zona de tolerância élimitada por um paralelepípedo de seção transversal .t1 x t2

A zona de tolerância é limitada por dois planos paralelos,distantes entre si o valor de .t

Desenho Mecânico IProf. Fernando

9-5

3 Tolerância geométrica(de forma)

Page 107: Apostila   desenho mecanico i

Retilineidade em um paralelepípedo

Circularidade

Forma de uma linha qualquer

A zona de tolerância é limitada por dois cilindros coaxiaisdistantes entre si o valor de t.

A zona de tolerância no plano considerado é limitado por doiscilindros concêntricos distantes entre si o valor radial de t.

A zona de tolerância é limitada por duas linhas tangentes a círculos de diâmetros . O centrodos círculos localiza-se ao longo da linha que corresponde à forma geometricamente perfeita.

t

Desenho Mecânico IProf. Fernando

9-6

3 Tolerância geométrica(de forma)

Page 108: Apostila   desenho mecanico i

Paraleleismo em um plano

Paraleleismo em um paralelepípedo

Paralelismo cilíndrico

A Zona de tolerância é limitada por duas linhas paralelas,separadas entre si uma distância t e paralelas a uma linhade referencia.

A Zona de tolerância é limitada por um paralelepípedo de seçãot1 x t2 e paralela à linha do referencial quando a tolerância éespecificada em dois planos perpendiculares entre si.

A Zona de tolerância é limitada por um cilindro de diametro tparalelo à linha do referencial quando o valor da tolerância éprecedido pelo símbolo de diâmetro ø.

Desenho Mecânico IProf. Fernando

9-7

3 Tolerância geométrica(de orientação)

Page 109: Apostila   desenho mecanico i

Perpendicularidade

Inclinação

Quando projetada em um plano, a zona de tolerância é limitadapor duas linhas paralelas e separadas por uma distância t eque são perpendiculares a uma linha de referencia.

O eixo deve estar contido entre duaslinhas paralelas distanciadas entre si

0,1mm. Estas linhas sãoperpendiculares à superfície de

referencia.

O eixo do furo deve estar contidoentre duas linhas paralelas

distanciadas entre si 0,08mm,inclinadas 60º.

O eixo do cilindro deve estar contidoem uma zona de cilíndrica de ø0,1mm

perpendicular ao referencial.

A superfície inclinada deve estarcontida entre dois planos paralelosafastados 0,02mm, inclinadas 20º

Desenho Mecânico IProf. Fernando

9-8

3 Tolerância geométrica(de orientação)

Page 110: Apostila   desenho mecanico i

Localização

Concentricidade

Simetria

A zona de tolerância é limitada por um círculo de diâmetro t, cujocentro está na posição teoricamente exata do ponto considerado.

A zona de tolerância é limitada por um círculo de diâmetro t, cujocentro coincide com o ponto de referência.

A zona de tolerância é limitada por dois planos paralelos a umadistância t e posicionados simetricamente em relação ao planomédio relativamente a um eixo de referência.

Desenho Mecânico IProf. Fernando,

9-9

3 Tolerância geométrica(de posição)

Page 111: Apostila   desenho mecanico i

Capítulo 10

Exercícios

Page 112: Apostila   desenho mecanico i

Desenho 1 e 2

Reproduzir o desenho A em uma folha A4 e os desenhos B e C em outra folha A4.(Os desenhos estão fora de escala então distribua-os de forma que ocupem adequadamente a folha.Não é necessário colocar cotas e é importante ter qualidade nos traços)

10-1

(A)

(B)

(C)

Page 113: Apostila   desenho mecanico i

Desenhos 3

Fazer o esboço do componente aolado em perspectiva isométrica,utilizando o papel reticulado abaixo.

10-2

Page 114: Apostila   desenho mecanico i

10-3

Page 115: Apostila   desenho mecanico i

Frontal

Frontal

Latera

l

Latera

l

Superi

or

Superi

or

Representar por meio de três vistas: superior, frontal e lateral.(Folha A4, cotar, fazer legenda, escala 1:1)

Desenhos 4 e 5

10-4

Page 116: Apostila   desenho mecanico i

Representar esse componente que possui superfície inclinada por meio deprojeção ortogonal e vista auxiliar,(Folha A4, , com legenda, cotas e indicação de vistas)em escala de ampliação 2:1

Desenhos 6

Desenhos 7Representar o eixo com representação especial.Vistas suprimidas, ou seja, apenas com uma vista em escala 1:1e um detalhe na região do meio em escala 2:1.(Folha A4, com legenda, cotas e indicação das vistas)

10-5

45º

Page 117: Apostila   desenho mecanico i

Desenho 8Representar por meio de 3vistas ortogonais, porém, alateral esquerda deve serrepresentada em corte total.(Folha A4, cotar, fazer legenda,escala de ampliação 2:1)

Desenho 9Representar por meio de uma vista superior e um meio corte.(Folha A4, cotado, legenda prenchida, icom ndicação de vistas eem )escala de ampliação 5:1

10-6

Page 118: Apostila   desenho mecanico i

10-7

Desenho 11

Desenho 10Representar por meio de uma vistasuperior e um meio corte.(Folha A4, cotado, legenda prenchida, icomndicação de vistas e em escala 1:1)

Representar por meio das seguintes vistas: Superior, Frontal em Corte e Lateral.(Folha A4, cotado, legenda prenchida, icom ndicação de vistas e em escala 1:1)

Ilustração em corte

Representar por meio de uma vista frontal e seções onde for necessário.(Folha A4, em escala 1:1, com cota, legenda e nome das vistas)

Page 119: Apostila   desenho mecanico i

Desenho 12Desenhar o parafuso e a porca conforme ilustrado abaixo.(Folha A4, em escala 2:1, com cota)

Dimensões:

d = 20mm

= 60mml

1ª etapa

2ª etapa

3ª etapa

10-8

Page 120: Apostila   desenho mecanico i

10-9

Desenho 1

3F

azer

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legenda.

Page 121: Apostila   desenho mecanico i

Desenho 14Fazer o projeto desse conjunto de suporte e roldana.

1 folha A3 com o projeto do conjunto, com tabela de componentes, legenda, indicaçãodos componentes, sem cota.

1 folha A3 com o projeto de todos os componentes, com legenda, cotas, indicaçãovistas e dos componentes.

Conjunto montado

10-10