Apostila de OSM - Aula

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FACULDADE FADIRE SÃO FRANCISCO ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS - OSM Prof.: Edivam Junior PEDREIRAS MA

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FACULDADE FADIRE SÃO FRANCISCO

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E

MÉTODOS - OSM

Prof.: Edivam Junior

PEDREIRAS

MA

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I - O.S.M.

“O. S. M. - É uma atividade administrativa

voltada para a obtenção da melhor

produtividade possível dos Recursos

Humanos - RH, Recursos Materiais - RM, e

Recursos Tecnológicos - RT, através de

técnicas científicas que envolvem os

aspectos comportamentais e instrumentais,

no ambiente interno ou externo da

empresa”.

Organização

Organização da Empresa é definida como a ordenação e agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance dos objetivos e resultados estabelecidos. Estrutura Organizacional é o conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa. O termo “Organização” freqüentemente tem sido empregado como sinônimo de

arrumação, ordenação, eficiência, porém, em nosso objetivo ORGANIZAÇÃO deve ser entendida não apenas como o quadro estrutural de cargos definidos por:

Respectivos títulos;

Atribuições básicas;

Responsabilidades;

Relações formais;

Nível de autoridade;

Aspectos culturais Nestes termos, podemos definir como função básica de ORGANIZAÇÃO, o estudo cuidadoso da estrutura organizacional da empresa para que esta seja bem definida e possa atender as necessidades reais e os objetivos estabelecidos

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de forma integrada com a organização informal e as estratégias estabelecidas na empresa.

1.1 A Estrutura Formal

É aquele oficialmente definida na empresa com todas as formalidades e padrões

vigentes quanto á forma de preparação e divulgação de normas a respeito. Será

encontrada:

Em simples comunicados;

Instruções;

Manuais de Procedimentos ou Organização

Forma Gráfica: ORGANOGRAMA

Forma Descritiva: DESCRIÇÃO DE CARGOS Embora necessária e tantas vezes desejada, a estrutura formal poderá não ser adequada em determinadas empresas, e mesmo sendo adequada terá que conviver com a Estrutura Informal.

1.2 A Estrutura Informal

Os funcionários das empresas pertencem automaticamente e inevitavelmente à

vida informal das mesmas. Deste relacionamento do cotidiano, surgem:

Entendimentos extra-estruturais;

Conceitos alheios às normas;

Desentendimentos;

Eventuais conflitos;

Lideranças naturais;

Amizades e ações benéficas ou prejudiciais à empresa Na maioria dos casos, é dada liberdade total para a organização informal, mas isto é perigoso e não tem razão de ser, porque é administrável e direcionável

positivamente. Exemplo de Sucesso:

“Empresas que estão praticando com critérios claros e de comum acordo,

a participação de funcionários na gestão e nos lucros”.

Nestes casos ocorre:

Transparência;

Lealdade;

Sentido colaboracionista

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1.3 ORGANIZAÇÃO - Atividades de OSM

Projetar a criação, união ou eliminação de unidades, bem como acompanhar a respectiva execução;

Descrever e definir o objetivo e as funções de cada uma das unidades empresariais;

Divulgar, nos níveis competentes, os trabalhos desenvolvidos em OSM;

Implantar e acompanhar in loco os trabalhos desenvolvidos por OSM;

Elaborar, emitir e divulgar as normas, regulamentos e manuais necessários;

Estudar os ciclos organizacionais;

Analisar as alternativas de ação para promover a maturidade organizacional;

Avaliar impactos ou desgastes provenientes das ações e dos ciclos;

Estruturar as formas e necessidades de treinamento de pessoal visando o desenvolvimento.

2. Sistemas

Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função. Na discussão de problemas empresariais de nossa época a palavra SISTEMA, vem sendo usada com muita freqüência, de tal forma que pesquisadores estão estudando sistemas, analistas vêem as organizações como sistemas, e aumenta

gradativamente a instituição de Órgãos e CIAS sob enfoque sistêmico. Uma

definição de Sistema em termos de Administração de empresas poderia

ser:

“Sistema é um conjunto de atividades interligadas de forma que todas

estejam em uma relação direta, de maneira a possibilitar que determinados

objetivos sejam alcançados”.

2.1 Objetivos do estudo de Sistemas na Empresa

Identificar todos os sistemas que ocorrem na empresa, definindo de forma objetiva as entradas, as operações e as saídas, que devem estar sempre em sintonia com os objetivos preestabelecidos;

Canalizar todas as forças e energias que ocorrem no sistema para os objetivos preestabelecidos;

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Estabelecer sistemas de controle e avaliação, permanentes em todas as fases do sistema (entradas, processos, saídas e retroalimentação), visando acompanhar e desempenho em relação aos objetivos;

Criar sistemas de retroalimentação, que sejam verdadeiras reintroduções no processo, para que este não perca o seu movimento dinâmico, não haja “estrangulamentos” no sistema de comunicações da empresa, auto-regulando os sistemas.

2.2 SISTEMAS - Atividades de OSM

Análise de viabilidade econômica no desenvolvimento de sistemas;

Elaboração de cronogramas físico/financeiro/pessoal para Desenvolvimento;

Avaliação de equipamentos, instrumentos e ferramentas á disposição;

Análise e definição da amplitude dos níveis organizacionais contemplados;

Definição e estruturação dos dados a nível operacional das informações transacionais;

Definição e estruturação das atividades dos sistemas de informação para integração e planejamento das informações gerenciais;

Definição e estruturação das informações visando proporcionar flexibilidade, adaptabilidade e respostas rápidas à tomada e ao apoio às decisões.

3. Métodos

“Método é o caminho ordenado e sistemático para se chegar a um fim”. Este caminho pode ser estudado como um sistema ou processo, tanto em nível operacional, tático, estratégico como o filosófico, nos três últimos ocorrem os processos intelectuais.

Como processo intelectual, entendemos a abordagem de qualquer problema mediante análise prévia e sistemática de todas as vias possíveis de acesso à solução.

O processo operacional é a maneira lógica de organizar a seqüência das diversas atividades para chegar ao fim almejado. É a própria ordenação da ação.

Metodologia Do Grego: META - ao largo ODOS - caminho LOGOS - discurso, estudo.

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“Na prática, consiste em avaliar, analisar e estudar os vários métodos

disponíveis, identificando, explicando e justificando as limitações,

principalmente as implicações e possíveis resultados de suas utilizações”. É a aplicação do método através de processos e técnicas, sendo que não procura soluções, mas estuda a melhor maneira de abordar determinados problemas empresariais, no estado atual dos conhecimentos.

“Ciência é um conhecimento racional, metódico e sistemático, capaz de ser submetido à verificação”. Ao desenvolver as estruturas de recursos e de operações na empresa, ao definir procedimentos, rotinas, métodos, os profissionais estabeleceram a PADRONIZAÇÃO na análise administrativa, envolvendo os aspectos Organizacionais e de Planejamento.

“A padronização procura a unificação e a simplificação das atividades administrativas, segundo padrões, parâmetros e modelos preestabelecidos, aceitos pela empresa ou impostos pela criação de novos hábitos ou mudanças organizacionais”.

Os objetivos são:

O aumento da produtividade; e.

A redução de custos;

Os esquemas padronizados e sistemáticos possibilitam:

Facilidade de consultas, leitura, atualizações e guarda;

Formação de conjuntos compactos ou sistemas integrados de Informações e dados

Exemplo de Padronização de Procedimentos “Análise Administrativa ou de Sistemas em O S M”

Planejamento

Levantamento de Dados e Informações

Análise & Seleção de Alternativas

Proposta & Implementação de Alternativas

Avaliação & Ampliação/Melhorias

3.1 Objetividade dos Métodos

Integração de todas as atividades da empresa, por suas unidades.

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Organizadas dinamicamente, através um inter-relacionamento constante e padronizado;

Procurar a melhor qualidade na solução dos problemas, evitando a aplicação pura e simples de modelos externos nacionais ou estrangeiros. Aclimatizando-os quando possível, considerando as peculiaridades de cada cultura, linguagem e produto;

Harmonizar recursos empresariais.

3.2 MÉTODOS - Atividades em O S M

Racionalização do trabalho, ou seja:

Definir a movimentação de documentos;

Definir o Fluxo de decisões dos sistemas;

Modificação dos métodos de trabalho;

Municiamento da empresa com Ferramentas de análise e gestão de Processos;

Atualização de Técnicas de Administrativas e dos sistemas de trabalho;

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II-ORGANIZAÇÃO

ELABORAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

“Estrutura organizacional é o conjunto ordenado de responsabilidades,

autoridades, comunicações e decisões das unidades organizacionais de

uma empresa”. Delineamento da estrutura é a atividade que tem por objetivo criar uma estrutura para uma empresa ou então aprimorar a existente. Naturalmente, a estrutura organizacional não é estática, o que poderia ser deduzido a partir de um estudo simples de sua representação gráfica: o organograma. A estrutura organizacional é bastante dinâmica, principalmente quando são considerados os seus aspectos informais provenientes da caracterização das pessoas que fazem parte de seu esquema. A estrutura organizacional deve ser delineada, considerando as funções de administração como um instrumento para facilitar o alcance dos objetivos estabelecidos. De acordo com o autor Ackoff, o planejamento organizacional deveria estar voltado para os seguintes objetivos:

Identificar as tarefas físicas e mentais que precisam ser desempenhadas;

Agrupar as tarefas em funções que possam ser bem desempenhadas e atribuir sua responsabilidade a pessoas ou grupos, isto é, organizar funções e responsabilidades;

Proporcionar aos empregados de todos os níveis: - informação e outros recursos necessários para trabalhar de maneira tão eficaz quanto possível, incluindo feedback sobre o seu desempenho real;

- medidas de desempenho que sejam compatíveis com os objetivos e metas empresariais; - motivação para desempenhar tão bem quanto possível.

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METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO DA ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL

No desenvolvimento de uma estrutura organizacional devem-se considerar os seus componentes, condicionantes e níveis de influência. Na mesma forma que quando de sua implantação (e respectivos ajustes), é muito importante o processo participativo de todos os funcionários da empresa, visando a uma maior integração e motivação. E, finalmente, é necessário avaliar a estrutura organizacional implantada, principalmente quanto ao alcance dos objetivos estabelecidos, bem como, as influências dos aspectos formais e informais na empresa. Entre os fatores internos que influenciam a natureza da estrutura organizacional da empresa,

segundo Peter Drucker, contam-se:

A natureza dos objetivos estabelecidos para a empresa e seus membros;

As atividades operantes exigidas para realizar esses objetivos;

A seqüência de passos necessária para proporcionar os bens ou serviços que os membros e clientes desejam ou necessitam;

As funções administrativas a desempenhar;

As limitações da habilidade de cada pessoa na empresa, além das limitações tecnológicas;

As necessidades sociais dos membros da empresa;

O tamanho da empresa.

Drucker, também considera os elementos e as mudanças no ambiente externo que são também forças poderosas que dão forma à natureza das relações externas. Mas para o estabelecimento de uma estrutura organizacional, considera-se como mais adequada a análise de seus componentes, condicionantes e níveis de influência, conforme apresentado a seguir.

2.1 ELEMENTOS DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Com vistas no delineamento da Estrutura Organizacional, Eduardo P. G.

Vasconcelos, apresenta os ELEMENTOS:

COMPONENTES da estrutura Organizacional;

CONDICIONANTES para a formação e adaptação;

NÍVEIS DE INFLUÊNCIA existentes na estrutura

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RECURSOS

HUMANOS

AMBIENTE

EXTERNO

OBJETIVOS

ESTRATÉGIAS

RECURSOS

TECNOLÓGICOS

SISTEMA DE

RESPONSABILIDADES

SISTEMA DE

AUTORIDADE

DEPARTAMENTALIZ.

LINHA E ASSESSORIA

[ATRIBUIÇ] ÃO DE ATIVIDADES

AMPLITUDE CONTROLE

NÍVEIS HIERÁRQUICOS

DELEGAÇÃO

CENTRALIZAÇÃO / DESCENTRALIZAÇÃO

NÍVEIS DE INFLUÊNCIA ESTRATÉGICO

TÁTICO

OPERACIONAL

SISTEMA DE

DECISÕES

SISTEMA DE

COMUNICAÇÃO

DADOS

INFORMAÇÕES

DECISÕES

AÇÕES

RESULTADOS

O QUÊ? COMO?

QUANDO? POR QUÊ?

QUANTO?

DE QUEM/PARA QUEM?

. . . COMUNICAR! !

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FATORES CONDICIONANTES DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Vamos analisar os vários fatores que condicionam o estabelecimento de uma estrutura organizacional.

A. FATOR HUMANO

Todo executivo deve trabalhar com e através de pessoas. E estas pessoas realizam os trabalhos que permitem que os objetivos estabelecidos sejam alcançados.

A eficiência de uma estrutura depende de sua qualidade intrínseca e do valor e

da integração dos homens que ela organiza. Portanto, no desenvolvimento de uma estrutura organizacional eficiente deve-se levar em consideração o

comportamento e os conhecimentos das pessoas que terão de desempenhar

as funções que lhes serão atribuídas. De acordo com J. P. Simeray, o coeficiente humano que pondera a qualidade da estrutura é produto dos seguintes fatores:

O valor dos homens;

O conhecimento que eles possuem da estrutura; e.

Sua motivação para fazê-lo funcionar da melhor forma possível.

Henry Fayol enumera que são necessárias determinadas qualidades humanas

cuja importância aumenta à medida que a pessoa sobe na hierarquia. Ele considera as seguintes capacidades:

TÉCNICA;

DE COMANDO;

ADMINISTRATIVA;

DE COOPERAÇÃO;

DE INTEGRAÇÃO. ANOTAÇÕES

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B. FATOR AMBIENTE EXTERNO

Quando se considera este fator, deve-se analisar o processo de relacionamento entre a empresa e o seu ambiente externo. Este aspecto não está relacionado apenas a uma estratégia inicial à época do nascimento da empresa, mas também à avaliação contínua das constantes mudanças no ambiente relevante da empresa e o efeito dessas na sua estrutura organizacional. Outro aspecto a considerar que enfoca o fator ambiente externo e a estrutura organizacional é o da análise do fluxo de decisões, na qual são identificadas as decisões administrativas necessárias para se dirigir uma empresa e as relações entre elas.

Russel L. Ackoff apresenta o seguinte roteiro para análise:

Determinar de quais pessoas, fora da empresa, são as necessidades e os desejos que a empresa tenta atender;

Determinar como essas necessidades ou desejos são comunicados à empresa;

Determinar como a informação necessária é registrada e transmitida a outras pessoas na empresa

ANOTAÇÕES

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2.1.2.5 NÍVEIS DE INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

C. FATOR SISTEMA DE OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS

O fator sistema de objetivos e estratégias tem influência na estrutura organizacional à medida que, quando os objetivos e estratégias estão bem definidos e claros, é mais fácil organizar, pois se sabe o que esperar de cada membro do grupo que compõe a empresa.

“Objetivo é o alvo ou situação que se pretende atingir”.

“Estratégia é a definição do caminho mais adequado para alcançar o

objetivo”.

D. FATOR TECNOLOGIA

Eduardo P. G. Vasconcelos considera o fator tecnológico como o conjunto de conhecimentos que são utilizados para operacionalizar as atividades na empresa para que seus objetivos possam ser alcançados.

ESTRATÉGICO

TÁTICO

OPERACIONAL

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No desenvolvimento de uma estrutura organizacional têm-se três níveis de influência:

Nível estratégico;

Nível tático;

Nível operacional.

A. NÍVEL ESTRATÉGICO DE INFLUÊNCIA

O planejamento estratégico pode ser conceituado como um processo gerencial que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, com vistas em obter um nível de otimização na relação da empresa com o seu ambiente. Portanto, o nível estratégico de influência considera a estrutura organizacional de toda a empresa e a melhor interação desta com o ambiente. Um exemplo de influência do nível estratégico:

“A necessidade de criação de uma nova divisão da empresa para melhor

adequação de um produto ao seu mercado”.

B. NÍVEL TÁTICO DE INFLUÊNCIA O planejamento tático tem por finalidade otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo. Portanto, o nível tático de influência considera determinado conjunto de aspectos homogêneos da estrutura organizacional da empresa. Um exemplo de influência do nível tático:

“A divisão de uma área industrial em duas áreas, produção e técnica para

melhor administrar dos recursos empregados.”

C. NÍVEL OPERACIONAL DE INFLUÊNCIA O planejamento operacional pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implementação estabelecidas. O planejamento operacional cria condições para a adequada realização dos trabalhos diários da empresa. Portanto, o nível operacional considera uma parte bem específica da estrutura organizacional da empresa. Um exemplo de influência do nível operacional:

“A alteração da estrutura organizacional da área de sistemas com a criação

de uma unidade organizacional responsável pelas atividades de

ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS".

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III – SISTEMAS

1 - TEORIA DE SISTEMAS No século XVII, houve uma evolução considerável nos campos de estudos das ciências relacionadas com a Física, Mecânica e da Matemática, sendo que os pressupostos (métodos, conceitos e suposições) utilizados por estas ciências passaram a ser utilizados pela humanidade para analisar os fatos sociais, rejeitando a partir daí a Teologia, o misticismo e outras formas de interpretação. O uso deste Modelo Mecânico de interpretação social visualiza a sociedade como uma espécie de máquina complexa, cujas ações e processos podem ser analisadas na ação recíproca das causas naturais, na identificação dos elementos componentes e suas inter-relações, bem como, a relação de causas e efeitos entre os inputs e os outputs. Da mesma forma, no progresso da Biologia, séculos após, inspirou-se o Modelo Orgânico da sociedade, tratando-se do princípio da mútua dependências entre as partes, assemelhando-se a sociedade a um organismo vivo. Abreviando as evoluções ocorridas, em 1950, o biólogo Ludwig Von Bertalanffy procura através da proposição da denominada Teoria dos Sistemas (T.G.S.), uma conceituação geral que unisse e fundamentasse os diversos campos da ciência. Em seu livro “TEORIA GERAL DOS SITEMAS”, lança os pressupostos básicos da teoria:

Há uma tendência para a integração das várias ciências naturais e sociais;

Tal integração parece orientar-se para uma teoria dos Sistemas;

Essa teoria pode ser um meio importante de objetivar os campos não físicos do conhecimento científico, especialmente nas ciências sociais;

Desenvolvendo princípios unificadores que atravessam verticalmente os universos particulares das diversas ciências, essa teoria se aproxima do objetivo da unidade da ciência;

Isso pode levar a uma integração muito necessária na educação científica. A abordagem sistêmica não lança novos elementos formadores de uma ou de diversas ciências, mas sim uma nova forma de encará-las. Analisá-las sob o enfoque sistêmico não as modifica; resume-se a observá-las sob um mesmo prisma. Portanto, o “Moderno Enfoque de Sistemas” procura desenvolver:

Uma técnica para lidar com a amplitude das empresas;

Um enfoque interativo do todo, o qual não permite a análise em separado das partes do todo, em virtude das intrincadas inter-relações das partes entre si e com o todo, as quais não podem ser tratadas fora do contexto do todo;

O estudo das relações entre os elementos componentes, em preferência ao estudo dos elementos entre si, destacando-se o processo e as possibilidades

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de transição, especificados em função dos seus arranjos estruturais e da sua dinâmica.

Podemos definir que:

“Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que,

conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e

efetuam determinada função”.

1.1 ELEMENTOS DE UM SISTEMA ENTRADAS SAÍDAS CON TROLE & AVALI AÇÃO FEEDBACK (RETROALIMENTAÇÃO)

OBJETIVOS É a razão da existência do sistema, isto é, a finalidade para a qual o sistema foi criado.

ENTRADAS As entradas do sistema, cuja função caracteriza as forças que fornecem ao sistema o material, a energia e a informação para a operação ou processo, o qual gerará determinadas saídas do sistema que devem estar em sintonia com os objetivos anteriormente estabelecidos;

PROCESSO

OBJETIVOS

PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO

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O processo de transformação do sistema, que é definido como a função que possibilita a transformação de um insumo (entrada) em um produto, serviço ou resultado (saída). Este processador é a maneira pela qual os elementos componentes interagem no sentido de produzir as saídas desejadas;

CONTROLES E AVALIAÇÕES Os controles e avaliações do sistema, principalmente para verificar se as saídas estão coerentes com os objetivos estabelecidos. Para realizar o controle e a avaliação de maneira adequada, é necessária uma medida do desempenho do sistema, chamada padrão;

RETROALIMENTACÃO A retroalimentação, ou realimentacão, ou feedback do sistema, que pode ser considerado como a reintrodução de uma saída sob a forma de informação. A realimentacão é um processo de comunicação que reage a cada entrada de informação incorporando o resultado da “ação resposta” desencadeada por meio de nova informação, a qual afetará seu comportamento subsequente, e assim sucessivamente. Essa realimentacão é um instrumento de regulação retroativa ou de controle, em que as informações realimentadas são resultados das divergências verificadas entre as respostas de um sistema e os parâmetros previamente estabelecidos. Portanto, o objetivo do controle é reduzir as discrepâncias ao mínimo, bem como, propiciar uma situação em que esse sistema se torna auto-regulador.

ANOTAÇÕES: __________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________

1.2 CONCEITOS BÁSICOS

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AMBIENTE DE UM SISTEMA É O CONJUNTO DE ELEMENTOS QUE NÃO PERTENCEM AO SISTEMA, MAS QUALQUER ALTERAÇÃO NO SISTEMA PODE MUDAR OU ALTERAR OS SEUS ELEMENTOS E QUALQUER ALTERAÇÃO NOS SEUS ELEMENTOS PODE MUDAR OU ALTERAR O SISTEMA.

MERCADO DE

MÃO-DE-OBRA

GOVERNO CONCORRÊNCIA

FORNECEDORES CONSUMIDORES

SISTEMA

FINANCEIRO COMUNIDADE

SINDICATOS TECNOLOGIA

SISTEMA: é o que se está estudando ou considerando;

SUBSISTEMAS: são as partes identificadas de forma estruturada, que integram o sistema;

SUPERSISTEMA OU ECOSSISTEMA: é o todo e o sistema é um subsistema dele.

E

EQÜIFINALIDADE Segundo a qual um mesmo estado final pode ser alcançado, partindo de diferentes condições iniciais e por maneiras diferentes;

EMPRESA

ECOSSISTEMA

SISTEMA

SUBSISTEMA

A

SUBSISTEMA

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ENTROPIA NEGATIVA Que mostra o empenho dos sistemas para se organizarem para a sobrevivência, através de maior ordenação.

ENTROPIA O processo entrópico decorre de uma lei universal da natureza, na qual todas as formas de organização se movem para a desorganização e morte. Entretanto, os sistemas abertos podem gerar entropia negativa, por intermédio da maximização da energia importada, o que pode ser obtido via maximização da eficiência com que o sistema processa essa energia.

DADO É QUALQUER ELEMENTO IDENTIFICADO EM SUA FORMA BRUTA QUE POR SI SÓ NÃO CONDUZ A UMA COMPREENSÃO DE DETERMINADO FATO OU SITUACÃO.

INFORMAÇÃO É O DADO TRABALHADO QUE PERMITE AO EXECUTIVO TOMAR DECISÕES.

GERENCIAL É O PROCESSO ADMINISTRATIVO (PLANEJAMENTO, ORGANIZACÃO, DIREÇÃO E CONTROLE) VOLTADO PARA RESULTADOS. SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS (SIG) É O PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DE DADOS EM INFORMAÇÕES QUE SÃO UTILIZADAS NA ESTRUTURA DECISÓRIA DA EMPRESA, BEM COMO PROPORCIONAM A SUSTENTAÇÃO ADMINISTRATIVA PARA OTIMIZAR OS RESULTADOS ESPERADOS.

2.1. ÁREAS BÁSICAS DA EMPRESA

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A. ÁREAS FUNCIONAIS FINS Englobam as funções e atividades envolvidas diretamente no ciclo de transformação de recursos em produtos e de sua colocação no mercado. Pertencem a esta categoria as seguintes áreas funcionais:

Marketing: é a função relativa à identificação das necessidades de mercado, bem como a colocação dos produtos e serviços junto aos consumidores.

Produção: é a função relativa à transformação das matérias-primas em produtos e serviços a serem colocados no mercado.

B. ÁREAS FUNCIONAIS MEIOS Congregam as funções e atividades que proporcionam os meios para que haja a transformação de recursos em produtos e serviços e sua colocação no mercado. Podem ser desse tipo, para uma empresa industrial e comercial qualquer, as seguintes áreas funcionais:

MARKETING

PRODUÇÃO

ÁREAS FUNCIONAIS FIM

ÁREAS FUNCIONAIS MEIO

ADM

FINANCEIRA

ADM

DE

MATERIAIS

ADM DE

RECURSOS

HUMANOS

ADM

DE

SERVIÇO

S

GESTÃO

EMPRESARIAL

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Administração financeira: é a função relativa ao planejamento, captação, orçamentação e gestão dos recursos financeiros, envolvendo também os registros contábeis das operações realizadas nas empresas.

Administração de materiais: é a função relativa ao suprimento de materiais, serviços e equipamentos, a normatizacão, armazenamento e movimentação de materiais e equipamentos da empresa.

Administração de recursos humanos: é a função relativa ao atendimento de recursos humanos da empresa, ao planejamento e gestão deste recurso, do seu desenvolvimento, benefícios, obrigações sociais etc.

Administração de serviços: é a função relativa ao transporte de pessoas, administração dos escritórios, documentação, patrimônio imobiliário da empresa, serviços jurídicos, segurança etc.

Gestão empresarial: é a função relativa ao planejamento empresarial e ao desenvolvimento de sistemas de informações.

2.2 DESCRIÇÃO DE ATIVIDADES POR ÁREA

A. ÁREA FUNCIONAL: MARKETING As atividades básicas propostas são:

Produto

Desenvolvimento dos produtos atuais;

Lançamento de novos produtos;

Estudo de mercado;

Forma de apresentação;

Embalagem.

Distribuição

Expedição;

Venda direta;

Venda por atacado.

Promoção

Material promocional;

Promoção;

Publicidade;

Propaganda;

Amostra grátis.

Preços

Estudos e análises;

Estrutura de preços, descontos e prazos.

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B. ÁREA FUNCIONAL: PRODUÇÃO As atividades básicas propostas são:

Fabricação

Processo produtivo;

Programação;

Controle.

Qualidade

Programação;

Controle.

Manutenção

Preventiva;

Corretiva.

C. ÁREA FUNCIONAL: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA As suas atividades básicas propostas são:

Planejamento de recursos financeiros

Orçamento;

Programação das necessidades de recursos financeiros;

Projeções financeiras;

Análise do mercado de capitais.

Captação de recursos financeiros

Títulos;

Empréstimos e financiamentos (negociação e contratação de recursos);

Administração de contratos de empréstimos e financiamentos (prestação de contas aos órgãos financiadores, amortização),

Correção e encargos financeiros dos contratos.

Gestão dos recursos disponíveis

Pagamentos (fundo fixo de caixa, controle de vencimento, borderôs, reajustes de preços);

Recebimentos (controle de recebimentos, registros);

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Operações bancárias (abertura e encerramento de contas, transferências, conciliações);

Fluxo de caixa;

Acompanhamento do orçamento financeiros

Seguros

Análise do mercado securitário;

Contratação de apólices;

Administração das apólices;

Liquidação de sinistros.

Contábil

Contabilidade patrimonial (análise, registro patrimonial, correção monetária, depreciação e amortização do ativo fixo);

Contabilidade de custos (apropriação, rateios, relatórios de custos);

Contabilidade geral (demonstrações financeiras, relatórios contábeis, contabilidade de contratos de empréstimos e financiamentos, controle de correntistas).

D. ÁREA FUNCIONAL: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS As suas atividades básicas propostas são:

Planejamento de materiais e equipamentos

Programação das necessidades de materiais e equipamentos;

Análise de estoques (classificação ABC, lote econômico, estoque de segurança etc.);

Normatização e padronização;

Orçamento de compras.

Aquisições

Seleção e cadastramento de fornecedores (contatos, coleta de dados sobre fornecedores, avaliação etc.);

Compras de materiais e equipamentos (licitação, emissão de encomendas, acompanhamento de entregas);

Contratação de serviços e obras.

Gestão de materiais e equipamentos

Inspeção e recebimento (verificação de qualidade, quantidade, especificação etc.);

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Movimentação de materiais (transporte);

Alienação de materiais e equipamentos;

Controle de estoques (localização física, controle de entradas, requisições, quantidades em estoque, separação de materiais, armazenagem etc.);

Distribuição e armazenagem dos materiais e equipamentos (entrega ao requisitante ou a outros almoxarifados).

E. ÁREA FUNCIONAL: ADMINISTRACÀO DE RECURSOS HUMANOS As suas atividades básicas propostas são:

Planejamento

Programação de necessidades de pessoal (quem, quando, para onde, quantos);

Análise de mercado de trabalho;

Pesquisa de recursos humanos;

Orçamento de pessoal.

Suprimentos do quadro

Cadastramento de candidatos a emprego;

Recrutamento;

Seleção (exames psicotécnicos, médico, teste de conhecimento profissional);

Registro e cadastramento;

Contratação de mão-de-obra de terceiros.

Gestão de recursos humanos

Movimentação de pessoal (transferências, promoções, transformação de vagas, admissões, demissões);

Cargos e salários;

Controle de pessoal (ponto, distribuição de efetivo, controle de produtividade);

Acompanhamento de orçamento de pessoal;

Relações com sindicatos.

Desenvolvimento de recursos humanos

Avaliação de desempenho;

Acompanhamento de pessoal;

Treinamento.

Pagamentos e recolhimentos

Folha de pagamento;

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Encargos sociais;

Rescisões dos contratos de trabalho;

Auxílios.

Benefícios

Assistência médica;

Empréstimos e financiamentos;

Lazer;

Assistência social.

Obrigações sociais

Medicina do trabalho;

Segurança do trabalho;

Ações trabalhistas;

Relatórios fiscais.

F. ÁREA FUNCIONAL: ADMINISTRACÀO DE SERVIÇOS

As atividades propostas são

Transportes

Planejamento da frota de veículos e normatização do uso dos transportes na empresa;

Administração da frota de veículos (controles, alienações, programação do uso, relatórios sobre acidentes etc.).

Serviços de apoio

Manutenção, conservação e reformas dos locais, instalações civis, elétricas e hidráulicas;

Administração de móveis e equipamentos de escritório (normatização, padronização, controle físico, orçamento, inventário);

Planejamento e operação do sistema de comunicação telefônica;

Serviços de zeladoria, limpeza e copa;

Manutenção da correspondência da empresa (recebimento, expedição e classificação, serviços de malote);

Administração dos arquivos (normatização, padronização e organização de arquivos);

Serviços de gráfica;

Relações públicas;

Segurança;

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Serviços jurídicos;

Informações técnicas e acervo bibliográfico.

Patrimônio imobiliário

Cadastro do patrimônio imobiliário;

Alienação e locação de imóveis.

Administração do patrimônio imobiliário (reformas, modificações, construções de edificações, documentação, regularização).

G. ÁREA FUNCIONAL: GESTÃO EMPRESARIAL As suas atividades básicas propostas são:

Planejamento e controle empresarial

Planejamento estratégico;

Acompanhamento das atividades da empresa;

Auditoria.

Sistema de informações

Planejamento de sistemas de informações;

Desenvolvimento e manutenção de sistemas de informações;

Processamento de dados.

A. FLUXOGRAMA

1. DIAGRAMA DE BLOCOS

FORNECE UMA VISÃO GERAL, RÁPIDA E SIMPLES DO PROCESSO,

ATIVIDADE OU ROTINA, UTILIZAMO-NOS DESTE FLUXOGRAMA PARA

SIMPLIFICAR PROCESSOS GRANDES E COMPLEXOS, OU PARA

DOCUMENTAR TAREFAS INDIVIDUAIS. DEVE-SE INCLUIR UMA FRASE

CURTA DENTRO DE CADA RETÂNGULO, DESCREVENDO A ATIVIDADE

EXECUTADA.

Page 27: Apostila de OSM - Aula

27

É LINEAR ------> DESVIO (GO TO)

SIMPLIFICA, DEMONSTRA PROCESSOS MUITO COMPLEXOS.

ORGANOGRAMA É UM TIPO DE DIAGRAMA DE BLOCOS. MOSTRA COMO

A AUTORIDADE, RESPONSABILIDADES E ATIVIDADES SÃO DELEGADAS.

SIMBOLOGIA

ATIVIDADES

INÍCIO/FIM SENTIDO DO FLUXO

Page 28: Apostila de OSM - Aula

28

CONTRATAÇÃO DE

FUNCIONÁRIOS

1. RECONHECER NECESSIDADES

2. APROVAR A REQUISIÇÃO

3. LISTAR CANDIDATOS

INTERNOS

4. ENTREVISTAR CANDIDATOS

5. SE APROVADO, IR PARA 10.

6. PESQUISAR EXTERNA/E

7. SELECIONAR CANDIDATOS

8. ENTREVISTAR CANDIDATOS

9. CLASSIFICAR CANDIDATOS

10. AP. OFERTA DE EMPREGO

11. AG. ACEITAÇÃO OFERTA

12. AP. NOVO FUNCIONÁRIO

FIM

Page 29: Apostila de OSM - Aula

29

2. FLUXOGRAMA PADRÃO ANSI – AMERICAN NATIONAL STANDARDS

INSTITUTE

ANALISA OS INTER-RELACIONAMENTOS DETALHADOS DE UM

PROCESSO, FORNECENDO UMA COMPREENSÃO DETALHADA DE UM

PROCESSO, QUE EXCEDE, E EM MUITO, AQUELA DADA POR UM

DIAGRAMA DE BLOCOS. NA VERDADE, O DIAGRAMA DE BLOCOS

NORMALMENTE É USADO COMO PONTO DE PARTIDA, E UM

FLUXOGRAMA PADRÃO É USADO PARA DETALHAR AS ATIVIDADES

DENTRO DE CADA BLOCO, ATÉ O NÍVEL DESEJADO DE DETALHE. CADA

TAREFA DO PROCESSO OU ROTINA EM ESTUDO PODE SER DETALHADA

ATÉ O PONTO EM QUE O FLUXOGRAMA PADRÃO PODE SER USADO

COMO PARTE DO MANUAL DE TREINAMENTO DE UM NOVO

FUNCIONÁRIO.

SIMBOLOGIA

OPERAÇÃO DECISÃO

INSPEÇÃO ARMAZENAGEM

SENTIDO

DE FLUXO

TRANSMISSÃO

CONEXÃO INÍCIO/FIM

Page 30: Apostila de OSM - Aula

30

1

1

CORTAR O CABELO

PRECISA

CORTAR

?

NÃO

SIM

DIRIJA-SE AO

AO BARBEIRO

É A SUA

VEZ ?

NÃO

SIM

AGUARDE

A SUA VEZ

CORTE O

CABELO

FIM

Page 31: Apostila de OSM - Aula

31

3. FLUXOGRAMA FUNCIONAL UTILIZANDO A SIMBOLOGIA E MÉTODO DE CONSTRUÇÃO DO FLUXOGRAMA PADRÃO ANSI, O FLUXOGRAMA FUNCIONAL, RETRATA O MOVIMENTO ENTRE AS DIFERENTES ÁREAS DE TRABALHO, UMA DIMENSÃO ADICIONAL QUE SE TORNA PARTICULARMENTE IMPORTANTE PARA A ANÁLISE DA ROTINA OU PROCESSO EM PAUTA. IDENTIFICA COMO AS ORGANIZAÇÕES VERTICAIS AFETAM UM PROCESSO QUE FLUI HORIZONTALMENTE, POR MEIO DA ORGANIZAÇÃO, OU SEJA, ACOMPANHA A EXECUÇÃO DE UMA ROTINA OU PROCESSO QUE NORMALMENTE ENVOLVE O TRABALHO DE MAIS DE UMA UNIDADE ORGANIZACIONAL (DEPARTAMENTO, SETOR.).

EXERCÍCIOS

1. ELABORE O FLUXOGRAMA PADRÃO ANSI: “ROBOT FAZ PIPOCA”

2. ELABORE O FLUXOGRAMA FUNCIONAL

ROTINA: DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS

UNIDADE ORGANIZACIONAL (CENTRAL): DEPARTAMENTO

TÉCNICO/DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS

ÁREA: VENDAS 1. EMITE SOLICITAÇÃO DE ORÇAMENTO;

2. ENCAMINHA A SOLICITAÇÃO DE ORÇAMENTO AO DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO;

ÁREA: DEPTO DESENVOLVIMENTO

3. PREPARA O PRÉ-PROJETO PARA ORÇAMENTO, EM 2 VIAS; 4. ARQUIVA A SEGUNDA VIA DO PRÉ-PROJETO;

5. ENCAMINHA A PRIMEIRA VIA DO PRÉ-PROJETO AO CPD PARA COMPOR CUSTO;

ÁREA: C.P.D.

Page 32: Apostila de OSM - Aula

32

6. BASEADO NO PRÉ-PROJETO QUE COMPÕE O CUSTO DA PEÇA; 7. EMITE A PLANILHA PARA ‘VENDAS’,

8. ENCAMINHA PLANILHA DE VENDAS PARA O DEPTO DE VENDAS;

ÁREA: VENDAS 9. DEFINE O CUSTO FINAL DO PRODUTO; 10. ENVIA O ORÇAMENTO AO CLIENTE; 11. AGUARDA A APROVAÇÃO DO CLIENTE;

12. SE APROVADO,

12.1 ENVIA PEDIDO AO DEPTO DE DESENVOLVIMENTO; SE NÃO, 12.2 FAZ ANOTAÇÕES NO ORÇAMENTO; 12.3 ARQUIVA ORÇAMENTO.

ÁREA: DEPTO DESENVOLVIMENTO

13. ELABORA O PLANEJAMENTO DESCRITIVO DO PRODUTO; 14. MONTA O CRONOGRAMA DE PRODUÇÃO; 15. PREPARA F.M.E.A. E PROJETOS; 16. ENVIA PROJETOS À DIRETORIA; 17. ELABORA FICHA TÉCNICA DO PRODUTO; 18. ELABORA FLUXOGRAMA DO PROCESSO; 19. ELABORA PLANOS DE CONTROLE;

20. ACOMPANHA PREPARAÇÃO E AJUSTES DAS FERRAMENTAS;

21. PRODUZ 50 PEÇAS PARA TESTE DAS FERRAMENTAS; 22. AVALIA A AMOSTRA DE PEÇAS; 23. SE AMOSTRA É ACEITÁVEL, 23.1 PRODUZ AMOSTRA OFICIAL; 23.2 ENVIA AO CLIENTE PARA APROVAÇÃO; 23.3 AGUARDA APROVAÇÃO DO CLIENTE; . SE NÃO, 23.4 IDENTIFICA AS NÃO-CONFORMIDADES

23.5 VOLTA A EXECUTAR O PROCEDIMENTO ‘20’ (EM DIANTE.).

Page 33: Apostila de OSM - Aula

33

2.1.2 COMPONENTES DA ESTRUTURA

São Quatro os componentes da estrutura organizacional:

1) SISTEMA DE RESPONSABILIDADE

É o resultado da alocação de atividades sendo constituído por:

Departamentalização;

Linha e assessoria;

Atribuições das atividades das unidades organizacionais.

“Responsabilidade refere-se à obrigação que uma pessoa tem de fazer

alguma coisa a outrem (Jucius e Schelender)”. O sistema de responsabilidade refere-se à alocação das atividades inerentes a

esta obrigação, Vasconcelos.

Portanto, quando um subordinado assume determinada obrigação, deve prestar contas à pessoa que lhe atribuiu a responsabilidade. A quantidade de responsabilidade pela qual o subordinado terá de prestar contas determina a quantidade de autoridade delegada. Outro aspecto é que permanece na responsabilidade a obrigação do indivíduo a quem ela foi atribuída, ou seja, a responsabilidade não se delega.

2) SISTEMA DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO

Ao se considerar OS TIPOS DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL deve-se lembrar que estes são os resultados da departamentalização. A departamentalização pode ser considerada, entre todos os componentes e subcomponentes da estrutura organizacional, como o mais conhecido pelos funcionários da empresa. Departamentalização é o agrupamento, de acordo com um critério específico de homogeneidade, das atividades e correspondentes recursos (Humanos, Materiais e Tecnológicos) em unidades organizacionais. A estrutura organizacional é representada graficamente no organograma, que, entretanto, não apresenta todos os aspectos da estrutura organizacional.

“Organograma é a representação gráfica de determinados aspectos da

estrutura organizacional”.

Page 34: Apostila de OSM - Aula

34

Existem algumas formas de a empresa departamentalizar as suas atividades, As básicas são:

Departamentalização por quantidade;

Departamentalização funcional;

Departamentalização territorial (ou geográfica);

Departamentalização por produtos (ou serviços);

Departamentalização por clientes;

Departamentalização por projeto;

Departamentalização matricial;

Departamentalização mista.

Page 35: Apostila de OSM - Aula

35

A.1. DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR QUANTIDADE

Para uma empresa trabalhar com este tipo de departamentalização, deve agrupar certo número de pessoas não diferenciáveis que, a partir desta situação, têm obrigação de executar tarefas sob as ordens de um superior.Sua utilidade tem diminuído, principalmente devido aos seguintes aspectos:

O desenvolvimento dos recursos humanos;

Os trabalhos de equipe especializada são mais eficientes que os

baseados em número de pessoas; e

Não serve para os níveis intermediários e mais elevados da empresa. E

mesmo para os níveis mais baixos da hierarquia empresarial a sua

validade se restringe a determinados setores do processo produtivo.

DIRETORIA

PRODUÇÃO

GERÊNCIA

MATERIAIS

GERÊNCIA

USINAGEM IS

GERÊNCIA

MANUTENÇÂO

SUPER- VISOR 1

SUPER- VISOR 2

SUPER- VISOR 1

SUPER- VISOR 2

SUPER- VISOR 1

SUPER- VISOR 2

Page 36: Apostila de OSM - Aula

36

A . 2 DEPARTAMENTALIZAÇÃO FUNCIONAL

As atividades são agrupadas de acordo com as funções da empresa. Pode ser considerado o critério de departamentalização mais usado pelas empresas.

A. 3 DEPARTAMENTALIZAÇÃO TERRITORIAL / GEOGRÁFICA

Usada em empresas territorialmente dispersas, baseia-se no princípio de que todas as atividades que se realizam em determinado território devem ser agrupadas e colocadas sob as ordens de um administrador.

DIRETORIA

GERÊNCIA

DE

MARKETING

GERÊNCIA

ADMINISTRATIVA

GERÊNCIA

DE

PRODUÇÃO

DIRETORIA

COMERCIAL

GERÊNCIA

REGIÃO

0.NORTE

GERÊNCIA

REGIÃO

1.NORDESTE

GERÊNCIA

REGIÃO

5.CENTRO

BASE 01

BASE 02

BASE 11

BASE 12

BASE 51

Page 37: Apostila de OSM - Aula

37

A.4 DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PRODUTOS / SERVIÇOS

O agrupamento dos Recursos é feito de acordo com as atividades inerentes a cada um dos produtos ou serviços da empresa. A seguir apresenta-se uma parte do organograma representativo da departamentalização por produtos.

A . 5 DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR CLIENTES

As atividades são agrupadas de acordo com as necessidades variadas e especiais dos clientes ou fregueses da empresa.

DIRETORIA

GERÊNCIA

DIVISÃO

PLÁSTICOS

GERÊNCIA

DIVISÃO

PIGMENTOS

GERÊNCIA

DIVISÃO

QUÍMICA

DIRETORIA

PÇA. RAMOS

DEPTO.

INFANTIL

DEPTO.

FEMININO

DEPTO.

MASCULINO

SEÇÃO ROUPAS

SEÇÃO BRINQ.

SEÇÃO MODAS

SEÇÃO JÓIAS

SEÇÃO CALÇADOS

SEÇÃO MODAS

Page 38: Apostila de OSM - Aula

38

A .6 DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROJETOS

Na departamentalização por projetos, as atividades e as pessoas recebem atribuições temporárias. O gerente de projeto é responsável pela realização de todo o projeto ou de uma parte dele. Terminada a tarefa, o pessoal que temporariamente havia sido destinado a ela é designado para outros departamentos ou outros projetos. A departamentalização por projetos baseia-se na definição de projeto:

“PROJETO É UM TRABALHO, COM DATAS DE INÍCIO E TÉRMINO, COM

PRODUTO FINAL PREVIAMENTE ESTABELECIDO, EM QUE SÃO

ALOCADOS E ADMINISTRADOS OS RECURSOS, TUDO ISTO SOB A

RESPONSABILIDADE DE UM COORDENADOR.”

DIRETORIA

GERÊNCIA

ADM E

FINANÇAS

GERÊNCIA

COMERCIAL

GERÊNCIA

PROJETOS

PROJETO

EURAMERIS

ALFA

PROJETO

TELECOM

Page 39: Apostila de OSM - Aula

39

A . 7 DEPARTAMENTALIZAÇÃO MATRICIAL

Baseia-se na sobreposição de dois ou mais tipos de departamentalização sobre a mesma pessoa. Geralmente, esta sobreposição se refere à fusão entre a estrutura funcional e a estrutura por projetos. A departamentalização matricial não leva em consideração o princípio clássico

de unidade de comando estabelecido por Henry Fayol em 1.916, no seu livro

Administração Industrial e Geral. No entanto, o conflito interno preconizado pela escola clássica pode ser evitado se existir clara definição de atribuições de cada um dos elementos componentes da estrutura. A departamentalização matricial, tendo em vista sua característica de responsabilidade compartilhada, exige nível de confiança mútua e capacidade de improvisação na solução de problemas. Dessa forma, é importante o estudo de liderança dos elementos da Alta Administração, que têm grande influência em relação ao conflito inevitável desse tipo de departamentalização, que pode ser minimizado se administrado com eficiência. Do ponto de vista evolutivo, a departamentalização matricial surgiu porque as formas tradicionais de organizar não eram eficazes para lidar com atividades complexas, envolvendo várias áreas do conhecimento científico e com prazos determinados para sua realização. As principais razões que levaram a departamentalização funcional a fracassar nestes tipos de circunstâncias foram:

Baixo grau de integração entre áreas cada vez mais especializadas;

Falta de um coordenador geral para o projeto com visão ampla para integrar as várias especializações e relacioná-las com as necessidades dos clientes; e

Falta de motivação dos especialistas responsáveis por partes de uma atividade maior, sem um entendimento satisfatório de como elas estão relacionadas com o esforço total.

Page 40: Apostila de OSM - Aula

40

DIRETORIA

PRODUÇÃO

GERÊNCIA

PROJETOS

GERÊNCIA

ENGENHARIA

ELÉTRICA

GERÊNCIA

ENGENHARIA

MECÂNICA

RECURSOS

HUMANOS,

TECNOLÓGIC

E

MATERIAIS

RECURSOS

HUMANOS,

TECNOLÓGIC

E

MATERIAIS

PROJETO

A

PROJETO

B

PROJETO

C

Page 41: Apostila de OSM - Aula

41

A . 8 DEPARTAMENTALIZAÇÃO MISTA

É o tipo mais freqüente, pois cada parte da empresa deve ter a estrutura que mais se adapte à sua realidade organizacional.

DIRETORIA

GERÊNCIA

ADM E

FINANÇAS

GERÊNCIA

COMERCIAL

GERÊNCIA

PROJETOS

PROJETO

EURAMERIS

ALFA

PROJETO

TELECOM

TESOURARIA

CONTÁBIL

REGIÃO

NORTE

REGIÃO

SUL

Page 42: Apostila de OSM - Aula

42

B . LINHA E ASSESSORIA

DE LINHA, são as unidades organizacionais que têm ação de comando,

enquanto que as unidades organizacionais DE ASSESSORIA não têm ação

de comando, cabendo-lhes o aconselhamento às unidades de linha no

desempenho de suas atividades.

LINHA

LINHA

LINHA

LINHA

ASSESSORIA

Page 43: Apostila de OSM - Aula

43

C. ATRIBUIÇÕES DE ATIVIDADES

As atribuições das unidades organizacionais da empresa têm como base a

especialização do trabalho. A especialização está diretamente ligada à DIVISÃO

DO TRABALHO, baseando-se no maior conhecimento dos diversos e diferentes aspectos necessários à realização de determinado trabalho. O equilíbrio da especialização do trabalho na estrutura organizacional, evita problemas de falta de motivação dos funcionários devido à realização de trabalhos repetitivos e de pouca criatividade.

2.1.2.2 SISTEMA DE AUTORIDADE

Sistema de Autoridade é o resultado da distribuição do poder na Organização, sendo constituído por:

Amplitude administrativa e níveis hierárquicos;

Delegação; e

descentralizada

“Autoridade é o direito para fazer alguma coisa. Ela pode ser o direito de

tomar decisões, de dar ordens e requerer obediência, ou simplesmente o

direito de desempenhar um trabalho que foi designado. A autoridade pode

ser formal ou informal (Jucius e Schelender).” Observa-se que, ao se descer do nível hierárquico mais alto para o nível

hierárquico mais baixo, a amplitude de autoridade vai diminuindo até chegar ao limite mínimo. A autoridade formal representa o poder delegado pelo superior hierárquico imediato. A autoridade informal é uma espécie de “autoridade adquirida” que é desenvolvida por meio de relações informais entre as pessoas da empresa, que o fazem voluntariamente e por deferência à sua posição ou status. Na realidade, a autoridade informal serve para modificar a autoridade formal na determinação do quanto ela terá de aceitação por parte dos vários subordinados nos diferentes níveis hierárquicos.

A . AMPLITUDE DE CONTROLE

“A amplitude de controle, também é denominada Amplitude Administrativa,

ou ainda Amplitude de Supervisão e refere-se à quantidade de

subordinados que um superior pode supervisionar pessoalmente, de forma

eficiente e eficaz”

Page 44: Apostila de OSM - Aula

44

Quando o número de subordinados é maior que a amplitude administrativa, ocorrerá:

Perda de controle;

Ineficiência de comunicações;

Queda do nível de qualidade;

Demora na tomada de decisões; e

Desmotivação dos funcionários.

Quando o número de subordinados é menor que a amplitude administrativa, ocorrerá:

Falta de delegação;

Custos maiores;

Sub-otimização da alta administração;

Desmotivação; e

Pequeno desenvolvimento de RH.

B. DELEGAÇÃO

DELEGAÇÃO é a transferência de determinado nível de autoridade de um

chefe para seu subordinado, criando a correspondente responsabilidade

pela execução da tarefa delegada. Podemos entender como delegação:

A transferência temporária do poder e responsabilidade, específicos;

A tarefa que for transferida do chefe para o subordinado; e

Quando existe a obrigação (responsabilidade) do subordinado para com

o chefe na realização da tarefa.

C . DESCENTRALIZAÇÃO / CENTRALIZAÇÃO

CENTRALIZAÇÃO é a maior concentração de poder decisório na alta direção de uma empresa.

VANTAGENS:

MENOR NÚMERO DE NÍVEIS HIERÁRQUICOS;

MELHOR USO DOS R. HUMANOS, R. MATEIRAIS E R. TECNOLÓGICOS;

MELHOR INTERAÇÃO NO PROCESSO DE PLANEJAMENTO, CONTROLE E AVALIAÇÃO;

UNIFORMIDADE NOS PROCESSOS TÉCNICOS E ADM;

DECISÕES ESTRATÉGICAS MAIS RÁPIDAS; E

MAIOR SEGURANÇA NAS INFORMAÇÕES.

Page 45: Apostila de OSM - Aula

45

DESCENTRALIZAÇÃO é a menor concentração do poder decisório na Alta Administração da empresa, sendo, portanto, mais distribuído pelos seus diversos níveis hierárquico.

VANTAGENS:

GERAÇÃO DE MAIOR ESPECIALIZAÇÃO NAS UNIDADES ORGANIZACIONAIS;

MENOR EXIGÊNCIA DE TEMPO NAS INFORMAÇÕES E DECISÕES;

MAIOR DESENVOLVIMENTO DE R. HUMANOS;

MAIOR MOTIVAÇÃO;

POSSIBILIDADE DE MAIOR PARTICIPAÇÃO;

TOMADA DE DECISÕES MAIS PRÓXIMAS DOS FATOS;

MAIOR CRIATIVIDADE E INOVAÇÕES; E

MAIOR TEMPO PARA A ALTA ADMINISTRAÇÃO.

COMPARAÇÕES ENTRE DESCENTRALIZAÇÃO E DELEGAÇÃO

DESCENTRALIZAÇÃO DELEGAÇÃO

1. LIGADA AO CARGO 1. LIGADA À PESSOA

2. ATINGE VÁRIOS NÍVEIS

HIERÁRQUICOS

2. ATINGE UM NÍVEL HIERÁRQUICO

3. CARÁTER FORMAL 3. CARÁTER INFORMAL

4. MENOS PESSOAL 4. MAIS PESSOAL

5. MAIS ESTÁVEL NO TEMPO 5. MENOS ESTÁVEL NO TEMPO

2.1.2.3. SISTEMA DE COMUNICAÇÕES

Comunicação é o processo mediante o qual uma mensagem é enviada por

um emissor, através de determinado canal, e entendida por um receptor

(Vasconcelos). O sistema de comunicação é a rede por meio da qual fluem as informações que permitem o funcionamento da estrutura de forma integrada e eficaz (Vasconcelos, 1972:10). No sistema de comunicações deve ser considerado:

O que deve ser comunicado?

Como deve ser comunicado?

Quando deve ser comunicado?

De quem deve vir à informação?

Para quem deve ir a informação?

Por que deve ser comunicado?

Quanto deve ser comunicado?

Page 46: Apostila de OSM - Aula

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A .ESQUEMAS DE COMUNICAÇÃO

De maneira genérica existem dois tipos diferentes de formação de esquemas de comunicação numa empresa. São eles:

O formal: é conscientemente planejado, facilitado e controlado. Ele segue a corrente de comando numa escala hierárquica; e

O informal: surge espontaneamente na empresa, em ação às necessidades de seus membros.

B . OS FLUXOS DA COMUNICAÇÃO

As comunicações na empresa podem ser realizadas através dos seguintes fluxos:

Horizontal, realizado entre unidades organizacionais diferentes, mas do mesmo nível hierárquico;

Diagonal ou transversal, realizado entre unidades organizacionais e níveis diferentes; e

Vertical, realizado entre níveis diferentes, mas da mesma área.

C . O CUSTO DA COMUNICAÇÃO

No estudo das comunicações entre pessoas ou unidades organizacionais, deve-se levar em consideração o aspecto custo para a empresa, pois a análise da transmissão das informações mostra que ela é muito mais custosa do que se poderia pensar, não tanto devido às despesas de apoio necessárias, mas principalmente em função do tempo que ela absorve e das demoras que acarreta

D. COMUNICADOS INTERNOS SOBRE O COMETA DE HALLEY

De: GERENTE DE GERAL

Para: GERENTE DE DIVISÃO Na sexta-feira, às 17 horas aproximadamente, o cometa de Halley estará visível nesta área. Trata0se de um evento que ocorre somente a cada 76 anos. Assim, por favor, reúna os funcionários no pátio da fábrica, todos usando capacetes de segurança, e explicarei a eles o fenômeno, Se estiver chovendo não poderemos ver nada. Neste caso, reuna os funcionários no refeitório e mostrarei a eles sobre o cometa.

Page 47: Apostila de OSM - Aula

47

De: GERENTE DE DIVISÃO

Para: GERENTE DA FÁBRICA Por ordem do Gerente Geral, na sexta-feira, às 17 horas, o cometa de Halley vai aparecer sobre na fábrica. Se chover, por favor, reúna os funcionários, todos usando capacetes de segurança, e os encaminhe ao refeitório, onde o raro fenômeno terá lugar, o que acontece a cada 76 anos.

De: GERENTE DE FÁBRICA

Para: CHEFE DE PESSOAL Por ordem do Gerente Geral, às 17 horas de sexta-feira, o fenomenal cometa de Halley vai aparecer no refeitório, usando capacete de segurança. Se chover, o Gerente Geral dará outra ordem, o que ocorre uma vez a cada 76 anos.

De: CHEFE DE PESSOAL

Para: SUPERVISOR Na sexta-feira, às 17 horas, o Gerente Geral vai aparecer no refeitório com o cometa da Halley, o que acontece a cada 76 anos. Se chover, o Gerente Geral levará o cometa para o pátio da fábrica, usando capacete de segurança.

ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO (LAYOUT)

Page 48: Apostila de OSM - Aula

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O arranjo físico adequado proporciona para a empresa maior economia e produtividade, a partir da boa disposição dos instrumentos de trabalho e através da utilização otimizada dos equipamentos de trabalho e do fator humano alocado no sistema.

O estudo do arranjo físico de móveis e equipamentos em qualquer local de trabalho é de importância indiscutível, pois disso dependem o bem-estar e, conseqüentemente, o melhor rendimento das pessoas. Uma boa disposição de móveis e equipamentos faculta maior eficiência aos fluxos de trabalho e uma melhoria na próprio aparência do local. ROTEIRO PARA DETERMINAÇÃO DE UM ARRANJO FÍSICO IDEAL a) Informar-se sobre as atividades o serem desenvolvidas em certo espaço disponível b) Informar-se sobre as dimensões e características dos móveis e equipamentos necessários às operações que ali serão desenvolvidas, bem como sobre o número de empregados que serão ali lotados e suas respectivas condições e fluxos de trabalho. c) Preparar uma planta baixa e plantas de perfis dos vários ângulos do local, confrontando a área disponível. d) Tentar encontrar uma disposição ótimo, levando em conta os fatores organizacionais, ecológicos de ambientação e físicos. e) Testar a solução encontrada, dispondo os móveis e equipamentos numa maquete. f) Levar à apreciação dos usuários e, finalmente, da Direção Superior a solução encontrada. FINALIDADES DO ARRANJO FÍSICO As finalidades principais do arranjo físico são: • Conseguir eficiência no fluxo de documentos • Facilitar a supervisão por parte das chefias • Melhorar o desempenho dos empregados • Otimizar a utilização de máquinas, equipamentos, móveis e espaço físico. Tais finalidades são de vital importância, e a sua concretização é missão do analista de O & M. PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA ELABORAÇÃO DE UM ARRANJO FÍSICO Entre os princípios que devem ser do conhecimento de um analista de O & M, quando da elaboração de um arranjo físico, destacam-se: • Dispor próximos os setores que tenham um grande fluxo recíproco de informação ou documentação, ou que realizem tarefas complementares entre si: • Dispor os setores de trabalho de modo a permitir rápido e eficiente supervisão dos empregados; • Colocar os setores de atendimento ao público próximos à entrada ou, no caso de edifício, no andar térreo: • Agrupar os setores que realizem trabalhos similares;

Page 49: Apostila de OSM - Aula

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• Alocar arquivos, armários, máquinas e outros utensílios perto dos pessoas ou setores que deles façam uso mais freqüente; • Dispor, na medida do possível, as pessoas, os móveis e os equipamentos no mesma direção; • Atentar para a boa apresentação visual do ambiente, bem como para os fatores de ambientação, que propiciarão maior conforto aos empregados e, conseqüentemente, maior motivação e rendimento. • Agrupar, no térreo, as unidades que operam grandes máquinas e equipamentos: • Alertar para a localização de portas, janelas, pilastras, tomadas, interruptores, lâmpadas, dependências de serviço, entre outras. FATORES ECOLÓGICOS Dos fatores ecológicos ou de ambientação destacam-se a iluminação, o nível de ruído, as cores, a ventilação e a temperatura, entre outros. a) ILUMINAÇÃO - Experiências já comprovaram que a produtividade aumenta à medida que melhoram as condições de iluminação do local. A qualidade dos produtos está, de igual forma, relacionada com a intensidade da luz. Harry Milleer sugere, quanto à iluminação, os seguintes parâmetros: • Nos Corredores 25 watts • Nas salas de espera 50 Watts • Nas áreas de digitação 75 Watts • Nas áreas de contabilidade 100 Watts • Nas áreas de desenho 125 Watts b) RUÍDO - A presença de ruídos é um dos fatores que mais perturbam o bom andamento dos trabalhos, afetando a concentração e, por conseguinte, a produtividade. Os ruídos podem Ter origem externo, em decorrência do trânsito ou de outros barulhos, como também interno, proveniente de máquinas em funcionamento, de campainhas e sirenes, ou de movimentação de pessoas, Harry Miller sugere algumas formas para eliminar os ruídos, entre os quais destacamos: • Substituição de Campainhas por sinais óticos • Abafamento parcial das campainhas de telefones; • Colocação de feltro sob as máquinas de escrever e máquinas de contabilidade: • Colocação de fechaduras automáticas nas portas e lubrificação dos suas fechaduras e dobradiças; • Forração do piso com tapete • Uso de guarnição de borracha nos pés das cadeiras • Emprego de materiais acústicos. Som Ambiente: Algumas pesquisas sobre o som ambiente indicam que os entrevistados são favoráveis ao som nos ambientes de trabalho. As empresas especializadas apresentaram as mais diversas teorias sobre o benefício do som ambiente.

Page 50: Apostila de OSM - Aula

50

Quando se insiste com o entrevistado sobre o que representa, de fato, a música que ele ouve, vem logo a resposta: “Se a música não me agrada, ela me irrita; se me agrada, faço uma viagem ouvindo-a. E claro que, irritado ou viajando, o produção se desnivela, gerando insatisfação e baixa produtividade nas organizações”. Existe, portanto, um estudo que mostro ser o som ambiente totalmente desaconselhável para os ambientes de trabalho que exijam um grau mínimo de concentração. c) CORES - É inquestionável o efeito psicológico que os cores dos móveis e cômodos causam às pessoas. Todas as correntes são unânimes em aconselhar, como mais ideais para os ambientes de escritório as cores frias, como branco, creme, tonalidades claras do azul, do verde e do cinza. As cores são importantes na produção e no bem-estar das pessoas. O peso aparente dos objetos aumenta ou diminui de acordo com sua cor. As cores claras proporcionam o sensação de menor peso. As cores padronizadas pela Associação Brasileiro de Normas Técnicas (ABNT), para uso nos postos de trabalho são as seguintes: Vermelho - Usada para distinguir e indicar perigo (caixa de alarme, extintores, etc.) Alaranjado - Identifica partes móveis e perigos de máquinas e equipamentos, Amarelo - É cor usada no sentido de perigo, para indicar cuidado (parte baixo de escadas portáteis, corrimão etc.). Verde - Caracterizo segurança, identificando caixas de equipamentos de socorro de urgência, boletins, avisos de segurança etc. Azul - Indica cuidado, exemplificando: elevadores, entrados de caixas subterrâneas, tanques, tornos, caldeiras etc. Preto - Identifica coletores de resíduos. d) VENTILAÇÃO E TEMPERATURA A ventilação adequada pode ser obtida de duas formas, como veremos: • Ventilação natural - É obtida pela instalação de janelas e aberturas que possibilitem o circulação do ar. Às vezes, não há possibilidade de ventilação natural ou a circulação de ar é insuficiente para proporcionar uma sensação agradável. Pode haver inconvenientes, como poeira, ruídos externos e freqüentes períodos de chuva, que venham a desaconselhar o ventilação natural. • Ventilação artificial - É obtida por meios mecânicos; os mais comuns são os ventiladores, os circuladores de ar, os compressores e os condicionadores de ar. A ventilação artificial faz-se necessária quando se utilizam, na empresa, máquinas ou computadores que exijam uma certo preparação do ar em nível de umidade, pureza e temperatura.

Page 51: Apostila de OSM - Aula

51

• Com relação à temperatura. Sabemos que tanto os homens como os máquinas são sensíveis aos seus efeitos. Há estudos que associam a temperatura à produtividade humana. Na fig. 9.2, o layout apresenta inúmeras falhas, que a seguir relacionamos: a) A disposição dos móveis b) A iluminação natural obstruída por uma estante c) A distância entre o chefe e os funcionários d) A posição de cada funcionário, em relação ao fluxo de trabalho, é inadequada. e) A distância dos fichários em relação aos usuários f) A iluminação artificial é insuficiente, considerando ser composta apenas de duas lâmpadas comuns. Tipos de Arranjo Físico Com relação à divisão do espaço, existem dois tipos básicos de arranjo físico: • O arranjo com divisórias • O arranjo sem divisórias Arranjo com divisórios - Caracteriza-se por separar as posições ou setores de trabalho por meio de divisórias, armários, paredes ou outros meios de separação total ou parcial (meia altura). É recomendável, principalmente, para os trabalhos que exijam a formação de equipes de especialistas. Vantagens: • Alto nível de especialização e de concentração no trabalho • Criação de laços sólidos de amizade entre os membros do grupo, sendo bastante usado em escritórios, de um modo geral. Desvantagens: • Encarece o projeto, o uso de divisórias. • Perda do espaço físico • Ligação intenso dos membros do grupo pode colaborar para criação de barreiras ao relacionamento com o grupo maior de toda a organização.

• Arranjo sem divisórias - Bastante usado em bancos e fábricas, não

apresenta divisórias, consistindo, às vezes, em um salão único onde todos

as funções são desempenhadas sem separação física.

GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO O QUE É GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO ? O Gerenciamento do Conhecimento é um Processo que identifica, avalia, captura, estrutura e difunde o conhecimento sobre determinados assuntos, que uma empresa gera durante

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suas atividades, para que possa ser aproveitado por todos os funcionários. Esse processo está baseado no estabelecimento e implementação de uma Metodologia para coletar, analisar e catalogar as informações que estão dispersas em arquivos, documentos e na mente das pessoas, tornando essas informações disponíveis para todos. COMO DISPONIBILIZAR A INFORMAÇÃO? O desafio para as organizações é como disponibilizar o conhecimento adquirido pelos funcionários tanto para uso imediato como também transmiti-lo aos demais. A saída, demissão ou aposentadoria de pessoal qualificado das empresas significa, em muitos casos, uma perda de conhecimento importante para a sobrevivência ou expansão de um negócio. E este ainda continua sendo um risco para as organizações. Para que as empresas possam continuar crescendo os executivos precisarão compreender como explorar características fora do comum da economia do conhecimento e como manejá-lo de forma eficaz. E isto exige três ações: criar redes que propiciem cada vez mais retornos; Unir as pessoas em redes organizacionais e Reconhecer a individualidade do desenvolvimento do conhecimento. No entanto é da maior importância que todos compreendam que o conhecimento tem uma dinâmica diferente. Ele não pode ficar parado ou estocado. Só terá valor e utilidade se houver troca na medida em que se mantém atualizado, relevante e vivo. PARA QUE GERENCIAR O CONHECIMENTO? O objetivo do processo é capturar o conhecimento das pessoas com reconhecida capacidade em cada domínio ou assunto, e estruturar esse conhecimento de modo que possa ser armazenado e facilmente entendido por outras pessoas. A obtenção desse conhecimento é um dos maiores desafios para quem deseja implementar o processo. A identificação de qual conhecimento é útil e que deve ser considerado já exige um alto grau de preparo e definições metodológicas e conceituais muito claras. Nem todo dado nos leva a ter informações úteis e nem toda a informação é relevante para o assunto que estamos considerando. Devemos identificar como esse conhecimento se expressa e onde ele pode ser obtido (documentos, arquivos, sistemas, mente das pessoas,...). AVALIANDO A INFORMAÇÃO Portanto, temos que avaliar se determinada informação traz de fato algum conhecimento para o domínio que estamos considerando, de que tipo é essa informação e como ela pode ser relacionada com outras, para produzir conhecimento. Identificado e avaliado como sendo de interesse para o assunto, necessitamos capturar esse conhecimento, ou seja, extraí-lo de onde se encontra e trazê-lo para dentro de nosso processo de estruturação. A captura pode envolver diversas técnicas como entrevistas especializadas, observações locais, simulações de situações, análise de processos e atividades, verificação de documentos, análise automática de textos, etc..

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ESTRUTURANDO AS INFORMAÇÕES Uma vez que o conhecimento tenha sido obtido, deve ser estruturado, ou seja, categorizado e relacionado com outros. A categorização ou classificação do conhecimento é o primeiro passo para permitir sua perfeita caracterização e facilitar a sua localização. Todo conhecimento consiste em conceitos, definições, informações sobre sua história e relacionamentos entre esses conceitos e definições. A capacidade de identificar rapidamente relacionamentos existentes e de formar novos relacionamentos que se mostram úteis é o que caracteriza uma pessoa com um bom conhecimento. Finalmente, essas informações devem ser difundidas e divulgadas para que o maior número possível de pessoas possa utilizá-las e assim aumentar o seu próprio conhecimento. COMO A INFORMAÇÃO É OBTIDA Neste ponto devemos fazer uma consideração sobre a terminologia empregada. Sabemos que os computadores armazenam em seus arquivos apenas dados ou signos . Quando verificamos o conteúdo desses arquivos de computador (seja por meio de telas, relatórios ou qualquer outro meio), o que obtemos são apenas conjuntos de signos, em um formato de seqüências que formam palavras, ou desenhos, mapas, sons, imagens, etc. A informação que extraímos desse conjunto de signos está diretamente ligada à nossa capacidade de relacionar esses signos entre si, e entre esses signos e relacionamentos com o que está armazenado em nosso cérebro. Portanto, só obtemos alguma informação quando conseguimos interpretar, analisar e relacionar esses signos. Um relatório cheio de números pode não trazer nenhuma informação para mim, mas pode carregar informações valiosas para quem souber interpretar esses signos, avaliar o seu conteúdo implícito e relacioná-los com outros signos. Esse é o processo básico para a obtenção de informações. O COMPUTADOR COMO GERENCIADOR O computador é utilizado normalmente para armazenar dados. Por isso, o nome ainda hoje usado para denominar a área da empresa responsável pelo suporte de Tecnologia de Informação é o de "Processamento de Dados". Quem trabalha nesses departamentos sabe apenas que o computador recebe determinado conjunto de signos, que são processados e armazenados de acordo com algumas regras e depois esses signos são armazenados em determinadas seqüências para serem exibidos em telas e relatórios. Somente as pessoas capazes de avaliar o seu conteúdo (os usuários e clientes) é que podem obter informações novas sobre algum aspecto do assunto. PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES Com base nessas informações, a pessoa atualiza o seu conhecimento sobre o assunto, ou seja, acrescenta, altera, confirma ou nega a existência de relacionamentos. O conhecimento é a ação, aquilo que a pessoa faz quando utiliza as informações. Dizemos que uma pessoa tem Conhecimento a respeito de algum assunto ou domínio quando, ao ser colocada em situações novas, ela demonstra habilidade para incorporar novos relacionamentos e modificar outros, agindo de forma mais eficaz. Para fazer com

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que o computador nos auxilie na tarefa de obter mais conhecimento, temos que torná-lo capaz de subir um nível naquilo que ele habitualmente realiza. Ou seja, temos que passar do "processamento de dados" para o "processamento de informações". Temos que armazenar e divulgar informações e não apenas dados ou seqüências de signos. Isso significa registrar e processar basicamente relacionamentos entre dados. O computador passará a nos fornecer "dados interpretados", de acordo com nossas necessidades. BASE DE CONHECIMENTO Portanto, quando falamos em Bases de Conhecimentos estamos, na verdade, nos referindo a Bases de Dados e Bases de Informações. Armazenamos definições, fatos, dados e relacionamentos entre eles, que nos fornecem novas informações sobre esses fatos, definições, dados e relacionamentos. O Gerenciamento do Conhecimento é um conjunto de atividades, técnicas e métodos que garantem que a obtenção, armazenamento e divulgação das informações realmente propicie um aumento do nível de conhecimento dos funcionários da empresa. IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROCESSO DE GERENCIAMENTO Ao verificar que uma das características que mantém a empresa competitiva e forte no mercado é o grau de conhecimento que seus funcionários possuem, a empresa deve iniciar imediatamente a implementação de processos de trabalho que façam com que pelo menos a parte mais importante desse conhecimento possa ficar em sua propriedade. A empresa sempre irá depender dos seus funcionários para a correta aplicação desses conhecimentos, mas não pode ficar na dependência desses funcionários. A implementação de um Processo de Gerenciamento do Conhecimento tornará mais claras as competências e necessidades da empresa, permitindo um direcionamento mais eficaz em seus recursos de treinamento e capacitação, além de identificar pontos críticos e permitir a redução de sua exposição a riscos. UTILIZAÇÃO DO GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO NAS EMPRESAS Em recente estudo realizado pela empresa Teltech Resource Network Corp. para determinar o que, exatamente, deve ser feito para implementar um bom programa de Gerenciamento do Conhecimento nas empresas, algumas conclusões podem ser consideradas surpresas, mas a grande maioria dos resultados apenas confirma que um planejamento eficaz e uma clara compreensão dos objetivos do projeto é o que garante o sucesso. Foram estudadas 93 aplicações de Gerenciamento do Conhecimento em 83 companhias diferentes. O estudo verificou que mais de dois terços dos projetos que tiveram um forte impacto na empresa estão ligados às áreas de Produção, Desenvolvimeto de Produtos e Serviços aos Clientes. Os objetivos que foram colocados pelas empresas para os seus projetos de Gerenciamento do Conhecimento, e que foram amplamente alcançados, podem ser divididos da seguinte maneira:

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OS OBJETIVOS DAS EMPRESAS : Uma conclusão interessante do estudo é que muitas empresas que tinham projetos de Gerenciamento do Conhecimento, em andamento ou implementados, não os designava por esse nome. Isso ocorreu em 42% dos casos estudados. 45% dos projetos foram para aumentar as vendas; 35% para reduzir custos; 10% para melhorar o serviço prestado aos clientes; 6% para melhorar a qualidade; 4% para refinar processos internos. Métodos principais para organizar e transferir conteúdos em um projeto de Gerenciamento do Conhecimento Uma das conclusões da pesquisa foi que 76% das aplicações que tiveram sucesso e deram grande impacto nos negócios investiram muito em planejamento, antes de iniciar. Ficou claro que a estratégia de "vamos começar e ver o que acontece" não dá muitos resultados. A pesquisa indicou dois métodos principais para organizar e transferir conteúdos em um projeto de Gerenciamento do Conhecimento: Modelo de armazenamento, que cria grandes bases de dados de informações; Modelo de apontamento, onde o usuário é dirigido a uma pessoa que detém o conhecimento que ele necessita. AS EMPRESAS E OS RESULTADOS As empresas mais efetivas na organização e transferência do conhecimento foram as que combinaram os dois métodos (71%). As que utilizaram exclusivamente um dos métodos não obtiveram o mesmo sucesso (apenas 32% tiveram êxito). Além disso, todas as aplicações de grande impacto organizaram o seu conteúdo de forma que os usuários sempre sabiam quais eram os próximos passos a serem seguidos para obter o que desejavam. Em 84% dos casos de sucesso houve um grande investimento na criação e manutenção das bases de conhecimento, que determinam o conteúdo do conhecimento disponibilizado. Para conseguir isso, dois tipos de profissionais foram utilizados: os que tem habilidade em extrair, organizar e gerenciar o conteúdo do conhecimento e os especialistas em cada assunto, que decidem o que deve ser armazenado como conteúdo. GERENCIAMENTO DAS MUDANÇAS Esforços em gerenciamento de mudanças, tais como o treinamento dos usuários e o incentivo ao uso das aplicações foram cruciais para o sucesso dos projetos, de acordo com 74% das empresas. As companhias que não atentaram para esses itens tiveram pouco ou nenhum sucesso. De acordo com a pesquisa, a distribuição das aplicações de Gerenciamento do Conhecimento que tiveram grande impacto nas empresas foi a seguinte, por área de aplicação: 30% Produção 25% Desenvolvimento de Produtos 15% Serviços aos Clientes 10% Planejamento Estratégico 5% Gerenciamento do Capital Intelectual 5% Gerenciamento de Projetos 5% Processos de Vendas 5% Processos Gerais da Empresa OS OBJETIVOS DAS APLICAÇÕES DE SUCESSO 45% Divulgar as melhores práticas 25% Melhorar a colaboração entre grupos de projetos 15% Aumentar o nível de conhecimento 5% Fornecer informações para a empresa 5% Oferecer um produto ou serviço 5% Tornar disponíveis as informações externas

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