Apostila de liturgia completo
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Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
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Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
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APRESENTAÇÃO
A presente apostila tem como objetivo formar jovens interessados no
Santo Serviço do Altar, no auxílio a Sacerdotes, na Santa Missa na Forma
Extraordinária do Rito Romano, a Missa Tridentina, conforme as prescrições
de 1962.
Mediante isso, chamamos a atenção dos candidatos que as normas
litúrgicas aqui expostas, tratam-se unicamente de atender a esta forma
litúrgica, anterior ao Concílio Vaticano II.
Cabe a nós entender e ter presente em nossas conciências a eliminação
de qualquer comparação e juízos de valores quanto às formas litúrgicas
diferentes das aqui expostas.
O Organizador.
Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
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ORAÇÕES PARA INICIAR AS REUNIÕES
Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis.
E acendei neles o fogo do Vosso amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
OREMOS
Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo,
Fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito.
E gozemos sempre da Sua consolação, por Cristo Nosso Senhor. Amém!
Ave Maria, cheia de graça,
o Senhor é convosco.
Bendita sois vós entre as mulheres,
e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus,
rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte.
Amém.
Nossa Senhora do Carmo, Rogai por nós.
São João Bosco, Rogai por nós.
São Tarcísio, Rogai por nós.
+ Nos cum prole pia,
Benedictat Virgo Maria
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NOÇÕES, NORMAS,
EXPLICAÇÕES E
PRÁTICA CERIMONIAL
Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
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15 CONSELHOS DE OURO PARA OS SERVIDORES DO ALTAR
1) CONSIDERAR UMA GRANDE HONRA O SER ACÓLITO (= NÃO INSTITUÍDO, COROINHA).
ESFORÇAR-SE POR HONRAR ESTE CARGO E SER FIEL A ESTA GRAÇA.
2) FAZER BEM CADA MOVIMENTO E COM EXATIDÃO. POR EXEMPLO: PREPARAR O ALTAR, AJUDAR NA
MISSA, ACENDER OS CARVÕES DO TURÍBULO, AS ENTRADAS E SAÍDAS DAS CERIMÔNIAS. DAR O MELHOR
DE SI.
3) PIEDADE. GRANDE AMOR A JESUS EUCARISTIA. FAZER UMA VISITA AO SANTÍSSIMO CADA VEZ QUE
FOR À IGREJA. AÇÃO DE GRAÇAS APÓS A COMUNHÃO. ROSÁRIO (OU TERÇO) DIÁRIO À NOSSA SENHORA.
4) ESTADO DE GRAÇA. PERMANECER SEMPRE NA AMIZADE COM DEUS. SE CAIR EM PECADO,
CONFESSAR-SE O QUANTO ANTES. FUGIR DAS OCASIÕES DE PECADO (TV, MÁS COMPANHIAS, MAUS
AMBIENTES).
5) CONHECER-SE E CORRIGIR-SE. TEMOS DEFEITOS E FRAQUEZAS. ACEITAR AS CORREÇÕES COM
HUMILDADE. PEDIR A GRAÇA DE DEUS.
6) SERIEDADE E RESPONSABILIDADE NO CUMPRIMENTO DO DEVER. LEVAR A SÉRIO AS ORDENS, OS
AVISOS, AS CERIMÔNIAS, OS DEVERES PRÓPRIOS DO ACÓLITO.
7) NÃO OLHAR PARA OS FIÉIS OU OUTRAS PARTES DURANTE AS CERIMÔNIAS.
8) PERMANECER ERGUIDO, EM POSIÇÃO RETA:
- AJOELHADO: ERGUIDO, AS MÃOS JUNTAS, SEM CRUZAR OU MOVER OS PÉS;
- EM PÉ: OS PÉS ENDIREITADOS, AS MÃOS JUNTAS;
- SENTADO: O CORPO ERGUIDO, OS JOELHOS JUNTOS, AS MÃOS SOBRE AS PERNAS;
- CAMINHANDO: COMPASSADAMENTE. OS OLHOS BAIXOS. NÃO CAMINHAR PARA TRÁS.
9) REALIZAR CADA AÇÃO SOMENTE DEPOIS DE TER CONCLUÍDO A ANTERIOR. SENTAR-SE, AJOELHAR-SE,
COLOCAR-SE DE PÉ (NÃO SE APOIAR QUANDO ESTIVER EM PÉ).
10) ATENÇÃO ÀS CERIMÔNIAS. FAZER AS COISAS BEM E COMPASSADAMENTE, MAS COM PRONTIDÃO E
DESENVOLTURA. ENSAIAR. APRENDER BEM.
11) SIMETRIA E SINCRONIZAÇÃO NAS CERIMÔNIAS. REALIZAR AS AÇÕES JUNTO COM OS OUTROS AO
MESMO TEMPO, POR EX: AS INCLINAÇÕES E AS RESPOSTAS DA MISSA. GUARDAR SEMPRE A MESMA
DISTÂNCIA QUANTO AOS OUTROS ACÓLITOS.
12) SILÊNCIO: NA IGREJA, NA SACRISTIA. NÃO CONVERSAR NA IGREJA, NÃO RIR, NÃO GESTICULAR.
13) PRONUNCIAR BEM AS PALAVRAS [EM LATIM].
14) RESPEITO E OBEDIÊNCIA AOS SACERDOTES, SUPERIORES E CERIMONIÁRIOS MAIS VELHOS.
15) BOM EXEMPLO: NO CATECISMO, NA ESCOLA, NA RUA, NA IGREJA. OBSERVAR UM COMPORTAMENTO
EXEMPLAR (QUE MOTIVE A SER IMITADO). FAZER AS COISAS COM DEDICAÇÃO, PIEDADE E ZELO.
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I – PARTICIPAÇÃO NA SANTA MISSA
Introdução. Nesta apostila vamos seguir o que diz o Papa Pio XII na “Instrução sobre Música
Sacra e Sagrada Liturgia”, de 3 de setembro de 1958. Este é o último documento que trata
sobre o assunto até o ano de 1962.
1) Noções prévias. A Santa Missa pode ser:
a) Missa Pontifical: é a Missa celebrada pelo Bispo. Esta pode ser:
Solene: celebrada com canto e ministros sagrados.
Rezada: sem canto com a ajuda de dois Sacerdotes Capelães (mesmas
normas de participação da Missa dialogada ou rezada pelo sacerdote).
b) Missa com canto: quando o Sacerdote canta as partes que lhe são próprias.
Subdivide-se em:
Solene: quando o Sacerdote é ajudado pelo Diácono e Subdiácono;
Cantada (de guardião): quando o Sacerdote é ajudado só por acólitos.
c) Missa Dialogada: quando os fiéis participam liturgicamente, ou seja,
respondendo ao Celebrante e rezando com ele o Gloria, Credo, Sanctus e Agnus Dei.
d) Missa Rezada: quando os fiéis participam em silêncio ou em comum por meio de
orações e cânticos de piedade popular (extra-litúrgicos).
2) Participação dos fiéis nas Missas com canto. Na Missa Solene a participação ativa dos fiéis pode realizar-se em três graus:
a) Primeiro grau: Quando todos os fiéis cantam as respostas litúrgicas: Amen; Et
cum spiritu tuo; Gloria Tibi, Domine; Habemus ad Dominum; Dignum et iustum est; Sed
libera nos a malo; Deo gratias. Deve-se trabalhar para que em todos os lugares os fiéis
sejam capazes de cantar essas repostas.
b) Segundo grau: Quando todos os fiéis cantam as partes do Ordinário da Missa:
Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus e Agnus Dei. Deve-se esforçar para que os fiéis saibam a
cantar essas partes da Missa com as melodias gregorianas mais simples.
c) Terceiro grau: Quando todos os presentes estejam de tal modo exercitados no
canto gregoriano, que saibam cantar as partes do Próprio da Missa. Deve-se urgir essa
participação plena sobretudo nas comunidades religiosas e seminários.
Nos domingos e festas deve-se optar (optandum est) para que a Missa paroquial ou
principal seja celebrada com canto.
Para as Missas cantadas, aplicam-se as mesmas normas de participação da Missa
solene.
3) Participação dos fiéis nas Missas rezadas. O primeiro modo com o qual os fiéis podem participar da Missa rezada dá-se
quando, cada um, por própria indústria, participa internamente, ou seja, com atenção às
partes principais da Missa, ou externamente, segundo os costumes aprovados das diversas
regiões.
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São principalmente dignos de louvor os que, com um pequeno missal adaptado à sua
capacidade, rezam com o Sacerdote as mesmas orações da Igreja. Como, porém, nem todos
os fiéis são igualmente idôneos para entender os ritos e fórmulas litúrgicas, estes podem
participar de um modo mais apto e fácil, ou seja “meditando piamente nos mistérios de
Jesus Cristo, ou fazendo exercícios de piedade e orações que, embora difiram da forma dos
ritos sagrados, no entanto pela sua natureza a eles convém1”.
O segundo modo de participação dá-se quando os fiéis participam da Santa Missa
com orações comuns e cânticos. Deve-se cuidar para que tais orações e cânticos estejam de
acordo com as diversas partes da Missa.
O terceiro modo de participação e o mais perfeito de todos, dá-se quando os fiéis
respondem liturgicamente ao Celebrante, como que dialogando com ele e rezando em voz
alta as partes que lhes são próprias. Esta participação plena se distingue em quatro graus:
a) Primeiro grau: se os fiéis dão ao Celebrante as respostas mais fáceis: Amen; Et
cum spiritu tuo...
b) Segundo grau: se os fiéis dizem todas as respostas do acólito, rezam o Confiteor
antes da comunhão e o Domine non sum dignus.
c) Terceiro grau: se os fiéis rezam com o Celebrante as partes do Ordinário da
Missa: Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus e Agnus Dei.
d) Quarto grau: se os fiéis rezam juntamente com o Celebrante as partes do Próprio
da Missa: Intróito, Gradual, Ofertório e Comunhão. Este último grau pode ser usado com
dignidade por grupos mais seletos e cultos.
Outras normas:
Nas Missas rezadas, todo o Pater Noster pode ser rezado pelos fiéis juntamente com
o Celebrante, mas somente em língua latina, e acrescentando o Amen. Em razão do
costume, enquanto o Celebrante reza o Pai Nosso em latim, os fiéis podem rezá-lo juntos
em português.
Nas Missas rezadas os fiéis podem cantar hinos populares, guardando-se, porém, a
lei de que estejam de acordo com cada parte da Missa.
1 Mediator Dei.
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4) Posições dos fiéis na Santa Missa.
Partes da Cerimônia Missa Rezada Missa Dialogada Missa Cantada e
Solene
Missa
Pontifical
Recepção do Bispo (Ecce
Sacerdos)
De joelhos De joelhos De joelhos De joelhos
Entrada do Celebrante De pé De pé De pé De pé
Canto do Asperges De pé De pé De pé De pé
Orações ao pé do altar De joelhos De joelhos De pé De pé
Ao subir ao altar De joelhos De pé De pé De pé
Incensação - - De pé De pé
Intróito e Kyrie De joelhos De pé De pé De pé
Gloria De joelhos De pé De pé/sentados De
pé/sentados
Colecta (oração do dia). De joelhos De pé2 De pé
5 De pé
5
Epístola Sentados Sentados Sentados Sentados
Gradual/Aleluia Sentados Sentados Sentados Sentados
Evangelho De pé De pé De pé De pé
Credo De pé De pé De pé/sentados De
pé/sentados
Et incarnatus est Genuflexão Genuflexão De joelhos De joelhos
Dñus. vob./Oremus De pé De pé De pé De pé
Ofertório Sentados Sentados Sentados Sentados
Incensação do Celebrante - - De pé De pé
Orate fratres De pé De pé De pé De pé
Após o Sanctus (rezado
ou cantado)
De joelhos De joelhos De joelhos De joelhos
Todo o Cânon De joelhos De joelhos De joelhos De joelhos
Pater Noster/Agnus Dei De joelhos De pé De pé De pé
Após o Agnus /comunhão De joelhos De joelhos De joelhos De joelhos
Abluções até Communio De joelhos De joelhos De pé De pé
Postcommunio De joelhos De pé1 De pé
1 De pé
1
Bênção final De joelhos De joelhos De joelhos De joelhos
Evangelho final De pé De pé De pé De pé
Orações finais/pé do altar De joelhos De joelhos - -
Saída do Celebrante De pé De pé De pé De joelhos
2 Exceção: nos dias de penitência (advento, quaresma), salvo no domingo, e nas Missas de defuntos, deve-se
ajoelhar durante a Colecta e a Postcommunio.
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II – Normas para os Acólitos
1) Regras para ajudar a Missa rezada com 1 Acólito3.
1. O acólito da Missa, sempre que possível, deve apresentar-se vestido de batina e
sobrepeliz.
2. Na sacristia, quando o sacerdote começa a paramentar-se, deve colocar-se à sua esquerda
e oferecer-lhe sucessivamente o amito, a alva, o cíngulo, o manípulo, a estola e a casula.
Depois que o sacerdote põe o cíngulo, ajusta a alva de maneira que as suas extremidades
fiquem igualmente elevadas do chão e as pregas igualmente distribuídas.
3. Uma vez paramentado o sacerdote, tomará o missal segurando-o com ambas as mãos,
por baixo, tendo-o diante do peito e com a abertura para o lado esquerdo.
4. Ao partir da sacristia, fará reverência à cruz, juntamente com o sacerdote, e lhe oferecerá
água benta, seguindo na sua frente. Se a Missa não for no altar-mor ou no altar do
Santíssimo, passando por estes fará genuflexão simples, e, se o Santíssimo, estiver exposto,
fará genuflexão dupla, juntamente com o sacerdote.
5. Chegando ao altar, receberá com a mão direita o barrete, beijando-o, depois de ter
beijado também a mão do sacerdote; fará genuflexão junto com o sacerdote, colocando em
seguida o missal no altar sobre a estante, e o barrete na credência do lado da Epístola.
Note-se que o acólito sempre faz genuflexão durante a Missa, desde a chegada
até a saída, mesmo se não há o Santíssimo no sacrário.
6. De volta da credência, passará para o lado do Evangelho, fazendo genuflexão no meio,
ficando de pé, mãos postas e virado para o altar. Nas Missas com o povo, antes de ir para o
seu lugar ao lado do Evangelho, o acólito tocará a campainha, na credência, assim que o
celebrante, após abrir o missal, se dirigir para o meio do altar.
7. Quando o sacerdote desce o degrau para começar a Missa, se ajoelhará no chão (e não no
degrau) e benzendo-se com ele, responderá com voz clara e compassada, conservando
sempre as mãos postas e a cabeça virada para o altar.
Sempre que o sacerdote se benze ou bate no peito, o acólito fará o mesmo
(exceto no Confíteor que o acólito também reza depois do sacerdote e durante o Cânon).
8. O Confiteor deve ser rezado com inclinação profunda; às palavras ''tibi pater" e ''te pater"
o acólito deve virar-se para o sacerdote; só ao "Indulgentiam" é que cessa a inclinação.
9. Quando o sacerdote sobe ao altar, o acólito levantará com a mão direita a extremidade
dianteira da alva para não ser pisada, e passará a ajoelhar-se sobre o degrau, aí ficando, de
joelhos, até o fim da Epístola.
3 Extraídas do Manual da Paróquia.
Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
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10. Terminada a Epístola, responderá ''Deo gratias" e, levantando-se irá buscar o missal
para passá-lo ao lado do Evangelho, esperando porém ao lado do sacerdote, que este se
dirija para o meio do altar.
11. No princípio do Evangelho fará o sinal da cruz juntamente com o celebrante, estando
virado para ele e ao seu lado esquerdo, e, ao ouvir a palavra "Iesus" fará reverência e
voltará para o lado da Epístola onde ficará até o fim do Evangelho, de pé e mãos postas.
12. Durante o Credo se conservará de joelhos.
13. Terminado o Credo e dito o "Oremus", subirá ao altar para dobrar o véu do cálice,
colocando-o dobrado sobre o altar (com a cruz para cima), e se dirigirá para a credência,
trazendo as galhetas para o lado do altar, tomando a do vinho na mão direita e a da água na
mão esquerda. Oferecerá ao sacerdote primeiro a do vinho, beijando-a na alça antes de dar
e depois de receber, e depois a da água, com a colherinha.
14. Logo em seguida levará as galhetas para a credência e voltará para o ''Lavabo'' com a
galheta de água na mão direita e o pratinho do Lavabo na mão esquerda, colocará no braço
esquerdo o manustérgio, ou colocará sobre o altar ou debaixo do pratinho, pendente na
direção do sacerdote. No Lavabo, quando o sacerdote se aproxima, o acólito lhe fará
reverência antes de derramar a água, como também depois, antes de voltar para a credência.
Terminado o "Lavabo" tomará a campainha da credência e irá se ajoelhar do lado da
Epístola.
15. Ao "Orate fratres" esperará que o sacerdote termine de dar a volta, para começar a
responder o "Suscipiat".
16. Ao "Sanctus" tocará três vezes a campainha e ao "Benedictus" se benzerá com o
sacerdote.
17. Antes da elevação, quando o sacerdote estender as duas mãos sobre o cálice, dará um
toque de campainha, levantar-se-á e levando a campainha irá se ajoelhar bem perto do
celebrante, mas atrás e para o lado. Durante a elevação (tanto da hóstia como do cálice)
tocará três vezes a campainha, bem espaçadamente, sustentando com a mão esquerda a
ponta da casula, e inclinando-se, dando um toque na campainha, quando o sacerdote faz a
genuflexão.
18. Terminada a elevação voltará a ajoelhar-se onde estava. Ao “Per ipsum” (pequena
elevação), tocará a campainha; ao "Agnus Dei" baterá três vezes no peito como o sacerdote,
e ao "Domine non sum dignus" tocará três vezes a campainha.
19. Quando o sacerdote faz genuflexão após ter tomado a Hóstia, o acólito levanta-se e vai
à credência buscar a patena. Ajoelha-se no seu lugar e, enquanto o sacerdote toma o cálice,
reza o "Confiteor" e reponde "Amen" ao "Misereatur" e ao "Indulgentiam". Bate a
campainha quando o sacerdote abre o sacrário, exceto quando na Missa foram consagradas
partículas para o povo em alguma âmbula. Bate a campainha nas três vezes em que o Padre
diz “Domine non sum dignus”.
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Quando o sacerdote vai se dirigir para a mesa da comunhão, o acólito se levanta,
afasta-se para a esquerda sem voltar as costas para o Santíssimo, deixa o padre passar e o
acompanha pelo lado direito, colocando bem a patena sob o queixo dos comungantes,
acompanhando o movimento da mão do sacerdote.
No final entrega a patena ao sacerdote. Bate a campainha ao fechar-se o sacrário. O
acólito deve segurar a patena sem tocar no centro dela, sempre em posição horizontal.
20. Abluções: O Acólito vai à credência e traz para o altar as duas galhetas de vinho e água,
uma em cada mão. Fica atento aguardando que o padre incline o cálice para a ablução.
Então porá vinho no cálice e, pouco depois vinho e água, devagar e aos poucos, parando
quando o celebrante erguer o cálice ou os dedos.
21. Voltará em seguida para a credência onde deixa as galhetas, cobrindo-as, e, vindo
novamente para o altar, levará o véu desdobrado, segurando-o com ambas as mãos, para o
lado do Evangelho e de lá passará o missal para o lado da Epístola, fazendo genuflexão ao
passar pelo meio do altar.
22. Posto o missal no altar (reto, não em diagonal), voltará para o lado do Evangelho para
entregar ao sacerdote a bolsa e o véu; depois se ajoelhará no degrau do lado do Evangelho.
23. Dada a bênção pelo sacerdote, levantar-se-á indo imediatamente para perto do altar do
lado do Evangelho e aí fará o sinal da cruz, respondendo ao sacerdote; em seguida, feita
reverência ao celebrante, passará para o lado da Epístola, indo buscar na credência a folha
com as orações finais (se for preciso).
24. Ao "Et Verbum caro factum est" fará genuflexão e logo após se ajoelhará no chão para
responder às orações finais, apresentando a folha das orações finais quando o sacerdote
pedir. Terminadas as orações, levará a folha para a credência, trará o barrete, apanhará o
missal, fará genuflexão com o sacerdote, dar-lhe-á o barrete, beijando-o primeiro e depois a
mão do sacerdote, e voltará para a sacristia, na frente, da mesma forma que veio no
princípio da Missa.
25. Chegando à sacristia fará reverência à cruz com o sacerdote, receberá o barrete e se
ajoelhará para receber a bênção do sacerdote. Depois, colocará o barrete juntamente com o
missal sobre a mesa; passando depois para a esquerda do sacerdote, o ajudará a desvestir-
se, recebendo os paramentos e colocando-os em ordem sobre a mesa.
26. Terminado tudo, fará uma reverência ao sacerdote e lhe pedirá a bênção, retirando-se da
sacristia.
Se comungou, deverá ir para a igreja para dar ação de graças. Depois, guardar no
seu lugar a batina e a sobrepeliz. Se for o encarregado, deverá arrumar o altar, apagar as
velas e guardar os paramentos.
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2) Particularidades da Missa rezada com 2 Acólitos.
1. Princípios gerais:
Eles se colocam ao pé do altar; no chão, de cada lado: o primeiro no lado da
epístola e o segundo no lado do evangelho.
Antes e depois dos diversos deslocamentos, eles vêm juntos fazer a genuflexão no
meio do altar, no chão.
É sempre o primeiro acólito (o da direita) que toca a campainha.
2. Na saída da sacristia: o segundo vai à frente, toca o sino da entrada e, chegando ao altar,
deixa o primeiro, que leva o missal, e o celebrante passarem diante dele.
3. Depois da Epístola: o primeiro acólito transporta sozinho o missal; o segundo acólito se
levanta para ouvir o Evangelho, ou transporta o pedestal do microfone, se for o caso.
4. Ao Ofertório: Após a genuflexão, o segundo sobe ao altar para dobrar o véu do cálice,
enquanto o primeiro vai à credência apanhar as galhetas, toma a do vinho e dá a de água,
com a colherinha, para o segundo acólito; e ambos vão até o lado direito do altar.
5. No Lavabo: O primeiro derrama a água sobre os dedos do padre e ele mesmo segura o
pratinho. O segundo apresenta o manustérgio.
6. Na elevação: Sobem ambos para os lados do padre, um pouco atrás, e levantam um
pouquinho a casula só na elevação.
7. Depois da comunhão dos fiéis: O primeiro acólito serve o padre nas abluções e guarda a
patena enquanto o segundo aguarda de joelhos. A seguir, o segundo sobe e transporta o
missal ao mesmo tempo em que o primeiro toma e transporta o véu do cálice; o primeiro
deixa o segundo passar diante dele, por respeito pelo missal que ele transporta. O primeiro
apresenta ao padre a bolsa aberta, o véu e de novo a bolsa fechada, enquanto o segundo o
aguarda no chão ao lado da Epístola ao lado do altar. Ambos fazem vênia ao altar e vêm
juntos ao meio, onde genufletem, vão o primeiro para a esquerda e o segundo para a direita.
Destrocam os lugares quando o primeiro voltar da resposta ao último Evangelho.
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3) Modo de ajudar a Missa rezada do Bispo. 1. Arrumação: a) Do altar:
Arrumar o paramento no meio do altar, com o manípulo ao lado.
Não precisa colocar sacra se tiver o “cânon”.
O missal já deve estar aberto na Missa do dia.
Acendem-se quatro velas.
Coloca-se uma candela ao lado do Missal (a candela deve estar sempre junto ao
Missal).
Coloca-se um genuflexório aos pés do altar para o bispo com o “cânon”.
b) Da credência: arruma-se para a Missa como de costume acrescentando o lavabo do
bispo (jarro, bacia (com água) e toalha) e um pratinho para colocar a cruz e o solidéu. O
cálice deve ser colocado na credência da missa.
2. Para a Missa rezada do Bispo, sempre se requerem dois Acólitos. Chegando à igreja, o
Bispo fará as orações preparatórias no genuflexório: os Acólitos ficarão de joelhos a seus
lados. Depois que o Bispo fizer as orações preparatórias, faz-se o lavabo no meio do altar4,
o A2 tira o genuflexório e coloca o “cânon” em frente ao sacrário (no lugar da sacra maior),
o A1 traz o pratinho para o bispo colocar a cruz peitoral e o solidéu, e depois os acólitos
ajudam o Bispo paramentar. Os acólitos devem levar os paramentos ao bispo, um de cada
vez. Depois que o Bispo se paramentar, o A1 traz o pratinho e coloca o solidéu no Bispo; o
A2 vai ajoelhar-se com o manípulo nas mãos.
3. Depois da absolvição para o povo, na oração aos pés do altar, o A2 entrega ao bispo o
Manípulo (o lado aberto deve estar virado para a direita).
4. Depois da Epístola, o A1 passa o Missal e A2 passa a candela.
5. O Ofertório: o A1 coloca o cálice no meio do altar. Tudo segue normal, sendo que o
lavabo se faz de joelhos: o A1 segura o jarro e a bacia, e o A2 a toalha.
Depois da Secreta, o A1 pega o pratinho na credência, tira o solidéu do bispo e o
coloca no pratinho. O A2 tira o Missal da estante e coloca em seu lugar o “cânon” se tiver, e
coloca o Missal na credência. Se não houver “cânon” nada do que foi dito será feito.
6. Na hora da comunhão dos fiéis o A1 vai com a patena e o A2 vai coma candela; de modo
que: o A1 fica à direita do Bispo e o A2 à sua esquerda. Depois da comunhão, o A2 já pode
deixar a candela no lado da epístola.
7. Depois que o A1 fizer as abluções, coloca o solidéu no Bispo. Depois que o cálice estiver
arrumado, o A1 levará o cálice novamente para a credência. E o A2 faz o lavabo do bispo
como já foi mostrado acima (se o A1 chegar a tempo deve ajudar, e para não complicar
muito, pode , desta vez, segurar a toalha)
4 Acólito 1 leva o jarro e bacia; Acólito 2 leva a toalha e sabonete (se houver).
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8. Antes da bênção final há mais respostas: V: Sit nomen Domini benedictum. R: Ex hoc
nunc et usque in saeculum. / V: Adiutorium nostrum in nomine Domini. R: Qui fecit caelum
et terram.
9. Se tiver “cânon” o A2 segurá-lo-á para o bispo; se não, segurará a sacra.
10. Depois de acabar a Missa os acólitos ajudarão o Bispo a tirar os paramentos. Depois o
A1 pegará o pratinho para entregar a cruz peitoral; e o A2 colocará o genuflexório para o
Bispo (se o Bispo for fazer as orações finais, o genuflexório deve ser colocado antes). Os
acólitos devem permanecer junto ao Bispo.
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4) Missa Cantada com Cerimoniário e Turiferário
1. Turiferário à frente da procissão, com o turíbulo na mão direita, os dois acólitos com as
mãos postas, o clero presente, o cerimoniário e, por fim, o celebrante. Chegando ao altar o
TUR faz genuflexão e se dirige para o lado da Epístola. O CER fica à direita do CEL e os
ACS um de cada lado. O CER recebe o barrete e passa-o ao AC1, fazem todos a
genuflexão, se ajoelham, enquanto que o AC1 vai até a credência ou cadeira para deixar o
barrete, ao voltar se ajoelha do lado epístola à direita do CER.
2. Se houver Asperges, entram os ACs, em seguida o Clero presente. Atrás entra o CER
(direita) e o TUR (esquerda), segurando a capa do CEL. Chegando ao altar. Os ACS se
colocam um de cada lado. O TUR permanece ao lado esquerdo e o CER à direita do CEL.
O CER apresenta a água benta. Todos se ajoelham e o CEL entoa o Asperges. Depois que o
CEL se aspergir, como também aos ministros ao seu lado, todos se levantam. O CEL tendo
o CER à sua direita faz com este a genuflexão e asperge o Clero e depois o povo. Se houver
espaço o TUR acompanha o CEL segurando a capa do lado esquerdo.
3. Chegando ao altar de volta todos permanecem de pé até o final da oração. Finda a oração
todos genufletem e vão aos bancos. O CER recebe a capa do CEL e passa ao TUR que a
leva para a sacristia. Depois de colocar o manípulo e a casula o CEL vai ao meio do altar
acompanhado dos ACs e do CER para o início da Missa.
4. Terminadas as orações ao pé do altar, quando o CEL subir ao altar, o CER suspende a
alva do CEL, dá um sinal para que todos se levantem; chama o TUR, recebe a naveta e
ambos se dirigem ao centro do altar para benzer o incenso. O CER oferece ao celebrante a
colherinha, beija primeiro a colherinha e depois a mão do padre (na ordem inversa ao
recebê-la). Depois que entregou a colherinha diz: “Benedicite pater reverende”, inclinando
a cabeça.
5. Depois de bento o incenso, o CER recebe o turíbulo do TUR e lhe entrega a naveta
passando, em seguida, o turíbulo ao CEL beijando a parte superior do turíbulo e depois a
mão do celebrante . O TUR deixa a naveta na credência, faz genuflexão no centro, e se
coloca à esquerda do CEL.
6. Enquanto o CEL incensa a cruz, o AC1, sem genuflexão, pega o Missal e fica de pé do
lado epístola, virado para o altar. Ele fica com o Missal, enquanto o CEL incensa este lado
do altar, e em seguida o coloca sobre o altar, voltando para seu lugar sem genuflexão. O
CER e o TUR acompanham o CEL fazendo as genuflexões sustentando-o com a mão sob o
cotovelo. (Porém não seguram a parte posterior da casula.).
Após a incensação do altar o CER recebe o turíbulo do CEL (beijando a mão da
sacerdote e depois o turíbulo), o TUR desce com ele para o lado epístola e se coloca à sua
esquerda. O CER, diante do CEL, o incensa com três ductos de dois ictus, fazendo com o
TUR reverência profunda antes e depois. Em seguida o CER entrega o turíbulo ao TUR,
que volta para o seu lugar.
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7. O CER mantém-se à direita do CEL e lhe indica o intróito, em seguida recita o Kyrie
alternando com o CER e os ACs (que estão de pé). Se houver tempo o CEL faz vênia à cruz
e vai se sentar e os ACs fazem genuflexão no meio do altar e vão se sentar junto à
credência ,o CER permanece de pé à direita do celebrante, voltado para a nave. (Fig. 6)
8. Ao cantar-se o último Kyrie, o CEL, ao convite do CER, se dirige para o centro do altar,
onde, entre os dois ACs e estando o CER à direita do AC1, faz, juntamente com eles a
genuflexão. O CEL sobe ao altar para entoar o “Gloria” (se houver). Depois de recitado o
Gloria, o CEL genuflete no supedâneo; o CER e os ACs acompanham a genuflexão e todos
se dirigem para as cadeiras. Ao canto do “Cum Sancto Spiritu”, todos voltam para o altar.
9. Depois do canto do Kyrie ou do Gloria, o CEL canta o Dominus vobiscum e se dirige
para o lado da epístola para cantar a oração. O CER, estando do lado do missal, vira a
página e indica as orações, os ACs permanecem de pé.
10. Se o CEL for se sentar para o canto da epístola, quando um leitor for cantá-la, o
movimento é idêntico ao do Kyrie. Terminado o canto da epístola, o CEL e o CER dirigem-
se para o altar para rezar o gradual, alelluia ou tractus, e em seguida, regressam às cadeiras
se o canto for longo. Se o CEL não se sentar para o canto da epístola todos permanecem no
mesmo lugar, e vão se sentar só depois de rezado o gradual, tractus ou alelluia.
11. No versículo que segue ao alelluia, ou na última estrofe da prosa, ou no último
versículo do tractus, ao sinal do CER, todos se levantam e voltam para o altar para a benção
do incenso, que se procede como no início. Terminada a imposição do incenso, enquanto o
CEL reza o Munda Cor Meum, o CER toma o missal e, com o TUR, desce ao meio do
altar: então os acólitos se juntam aos dois e todos fazem a genuflexão. O CER sobe para
deixar o missal no altar, descendo em seguida para colocar-se à direita do TUR; o TUR vai
para o lado do evangelho e fica em baixo, de frente para o altar. Os ACs se colocam juntos
de pé no plano, na lateral do altar. Depois que o CEL cantou “Sequentia” ou “Initium”, com
o sinal da cruz, o TUR passa o turíbulo ao CER, e este o apresenta ao CEL beijando o
turíbulo e em seguida a mão do mesmo; o CER acompanha o CEL nas reverências.
Terminado a incensação do livro, o CER recebe de volta o turíbulo, beijando a mão do CEL
e o turíbulo e o entrega ao TUR. Terminado o canto do evangelho, se o CEL for pregar os
quatro ministros fazem juntos a genuflexão; o TUR vai alimentar o turíbulo; os ACs e o
CER vão se sentar. Se outro sacerdote for pregar, o movimento é feito junto com o
celebrante: CER à direita e TUR à esquerda do CEL, ACs em cada ponta.
12. Terminado o sermão os ACs dirigem-se para o altar, fazem genuflexão com o CEL ao
sinal do CER; se o CEL tiver pregado fazem genuflexão no centro, o CER à direita do AC
1; depois os ACs se abrem e o CER vai para o lado da epístola, todos permanecem de pé;
todos os ministros genufletem ao “Et incarnatus est”; tendo o CEL recitado o Credo ele
desce os degraus do altar para ajoelhar-se juntamente com os ministros ao canto do “Et
incarnatus”. Se ainda faltar muito para o canto destas palavras, todos se dirigem para as
cadeiras procedendo-se como no Gloria. Então ao canto do “Et Incarnatus” o CEL tira o
barrete e se inclina assim como os acólitos, enquanto que o CER se põe de joelhos. No
“Crucifixus”, o CER, se for clérigo, vai levar o cálice para o altar, se o CER não for clérigo,
um dos clérigos que estiverem no coro, dando preferência ao mais digno, vai levar o cálice
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ao altar depois do “Et homo factus est” do “Credo”, desdobra o corporal e coloca sobre ele
o cálice coberto com o véu. Se não houver “Credo”, faz-se o mesmo logo depois do
evangelho. Ao canto do “Et vitam”, ao sinal do CER, todos voltam para o altar. Os
ministros esperam, de pé, em seus devidos lugares o “Oremus” do Ofertório para fazerem a
vênia.
13. Depois que fizeram a reverência no “Oremus” do ofertório, os ACs fazem no meio a
genuflexão; o AC2 vai dobrar o véu do cálice, o AC1 vai à credência para pegar as
galhetas; depois de dobrar o véu o AC2 se coloca à esquerda do AC1 e recebe deste a
galheta com água. Fazem a reverência ao CEL ao apresentar-lhe as galhetas beijando-as
antes e depois (exceto na Missa de Requiem), e o saúdam novamente com uma inclinação
de cabeça, antes de se retirarem. Em seguida voltam aos seus lugares e permanecem de pé.
14. No oferecimento do cálice, quando o CEL estiver rezando o “Veni sanctificator
spiritus”, o CER chama o TUR e ambos sobem ao altar para a benção o incenso. Quando o
CEL estiver incensando a cruz o AC2 tira o missal, esperando do lado do evangelho, e o
põe de volta depois que o CEL incensou este lado do altar. Desce em seguida, fazendo a
genuflexão com o AC1 no centro, e se dirigem para a credência, para preparar o lavabo.
15. Terminado a incensação do altar, o CER incensa o CEL, como no intróito; o AC2 pega
com as duas mãos o manustérgio desdobrado, o AC1 pega com a mão esquerda o pratinho,
e com a direita a galheta de água, e se coloca à esquerda do AC2. Os ACs se aproximam
do CEL e fazem uma inclinação; o AC1 derrama a água e o AC2 apresenta o manustérgio.
Quando o CEL devolve o manustérgio, os ACs fazem a inclinação, voltam à credência e
deixam a galheta, o manustérgio e o pratinho, pegando em seguida a campainha; depois vão
ao meio do altar genufletem e ficam de pé, nos seus lugares, até serem incensados, em
seguida ajoelham.
Depois de incensado o CEL, o TUR recebe o turíbulo do CER, fazem juntos a
genuflexão diante do altar; o CER vai para o lado do evangelho para indicar as orações ao
CEL; o TUR vai incensar, primeiro o clero, um sacerdote de cada vez com um golpe duplo;
em seguida o coro, primeiro o lado do evangelho depois o da epístola, com três golpes
duplos em cada lado: um para o centro outro para a sua esquerda e outro para a sua direita.
16. O TUR, depois que incensou o coro, vai diante do altar faz a genuflexão e incensa de
um ducto e um ictus a cada um, ao CER, ao AC1 e ao AC2. Em seguida faz a genuflexão,
vai até a entrada do coro, e incensa o povo com 3 ductus e 1 ictus (no meio, à sua esquerda
e à sua direita); depois, volta diante do altar faz a genuflexão e vai alimentar o turíbulo,
para entrar na hora do Sanctus. Se não houver clero, o TUR espera o fim do lavabo para
incensar os ministros.
17. O CER deve estar atento para indicar as orações ao CEL e virar as páginas do missal.
Pouco antes da consagração, o TUR se coloca do lado da epístola; o AC1, põe o incenso
no turíbulo. O TUR se ajoelha no degrau central mais baixo, ao mesmo tempo que o CER
se ajoelha do lado esquerdo do CEL, ou seja, quando tiver virado a folha do missal que
corresponde à consagração, e incensa o Ssmo. com 3 ductos e 2 ictus a cada elevação,
fazendo uma inclinação mediana, antes e depois. . O CER, de joelhos à esquerda do CEL,
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levanta a casula durante a elevação. O AC1 toca a campainha, ou os dois, se houver duas
campainhas.
Depois da consagração, o CER e o TUR se levantam ; o CER continua a virar as
folhas do missal. O TUR depois de fazer uma genuflexão no centro vai deixar o turíbulo na
sacristia. Em seguida volta e se ajoelha ao lado direito do AC1. Os ACs permanecem de
joelhos até o “Domine non sum dignus”.
18. Quando o CER virou a folha do missal onde esteja o “Domine non sum dignus”, ele
desce os degraus e se ajoelha ao lado esquerdo do AC2. Terminado o terceiro “Domine non
sum dignus”,os quatro se levantam; o AC1 vai à credência deixar a campainha e pegar a
patena. Quando o AC1 chegar, fazem todos a genuflexão e sobem ao supedâneo para
comungar. Quando o sacerdote estiver comungando o Preciosíssimo Sangue, o CER reza o
“Confiteor”, que todos acompanham. Depois que comungaram, os ACs voltam para seus
lugares ao pé do altar e se ajoelham; o TUR volta a se ajoelhar ao lado do AC1; e o CER
acompanha o CEL com a patena. Ao voltar da Comunhão, o CER se coloca de joelhos no
degrau inferior do altar, lado da epístola.
19. Depois da comunhão, quando o CEL fechar o sacrário, todos se levantam; o AC1 vai
pegar as galhetas que apresenta ao CEL como na missa rezada. Depois que deixou as
galhetas na credência vai ao meio do altar e faz genuflexão com o AC2; em seguida o AC1
transporta o missal enquanto que o AC2 transporta o véu do cálice. Depois que o CEL
cobriu o cálice, descem e se colocam cada qual no seu lugar. O TUR vai à sacristia buscar o
turíbulo e se coloca junto à credência, onde permanece até a procissão de saída. Durante o
Evangelho final, o próprio TUR coloca incenso no turíbulo.
20. O CER, quando o CEL fechou o sacrário, se levanta e permanece no mesmo lugar, do
lado da epístola; quando o AC1 deixar o missal sobre o altar ele sobe e se coloca do lado do
missal, no lado da epístola, marca o missal para a antífona de comunhão e assiste durante as
orações. Depois da última oração, ele fecha o missal, pega e mostra ao CEL um livro com
o “Ite Missa est”. Quando o CEL terminou de cantar o “Ite Missa est”, o CER desce, faz
genuflexão no meio e se coloca do lado evangelho, de pé; quando o coro terminar de cantar
o “Deo Gratias”, ao sinal do CER, todos se ajoelham para a bênção; terminada a bênção
todos se levantam e o CER vai segurar a sacra para o sacerdote; se houver um evangelho
próprio ele deixa o missal aberto e o leva para o lado evangelho, assim que o CEL cantar o
“Ite missa est”. Contudo o CER deve ir para o lado do evangelho neste momento. Durante o
Evangelho, os ACs estão de pé virados para o CEL; no “Et Verbum” eles fazem a
genuflexão.
21. Depois do evangelho final, o CER vai pegar o barrete do CEL; quando este desce, todos
fazem a genuflexão, depois o CER entrega o barrete ao CEL beijando primeiro o barrete e
depois a mão de celebrante. Voltam para a sacristia na mesma ordem de entrada. Chegando
à sacristia o CEL tira o barrete e todos fazem vênia à cruz como antes da missa; o CEL tira
os paramentos, ajudado pelo CER.
A . M . D. G .
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ANOTAÇÕES
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Transcrição resumida de algumas partes do livro
A SANTA MISSA NA HISTÓRIA E NA MÍSTICA.
Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
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INTROÍBO AD ALTARE DEI
Entrarei ao Altar de Deus. Um dia, como um cervo acossado por matilhas, debatia-
se David com mil inimigos, assim externos como internos, para livrar-se deles e levar vida
mais tranquila. Mas só depois de longo, penoso e renhido combate, quando forças humanas
já não lhe podiam valer, foi que chamou por socorro do Alto: “Julgai-me, ó Deus, e separai
a minha causa da gente ímpia; livrai-me do homem injusto e enganador!”.
Foi, então, que, talvez arrebatado em êxtase, como o profeta Jeremias, entrou a
contemplar os povos da Terra, ascendendo ao Monte Sião para lá celebrar a nova aliança; e
os ouvia aclamar triunfalmente, lá do alto, aplaudindo aos que vinham carregados dos bens
do Senhor, como trigo, vinho novo... e os via como em um jardim irrigado e florido, sem
nunca elanguescer e entristecer-se: fortalecia-os o Senhor e lhes mudava o pesar em alegria.
E o Senhor repetia: “Saturá-los-ei de graças; inebriarei as almas dos meus sacerdotes, e o
meu povo usará à fartura dos meus bens” (Jer 31, 12-15).
Foi, então, repito, que David resolveu entrar ao Altar do Senhor, erguido no Monte
Sião. – Introíbo ad altare Dei.
* * *
O que David queria, e em êxtase via, não lhe foi possível obter. Qual Moisés, viu e
suspirou pela terra em que corre leite e mel, viu e suspirou pelo Altar, em que sacrifica o
Cordeiro imaculado, mas como Moisés, morreu sem entrar na terra prometida.
“Introíbo ad altare Dei!” – Sim, entrarei ao altar de Deus; entrarei senão eu, ao
menos, em um dos meus descendentes!
E a profecia se realizou. O Filho da Casa de David, Jesus Cristo, entrou ao altar de
Deus, levantado no Monte calvário, levantado no Monte Sião, que se multiplicou tantas
vezes quantas são as Igrejas do Senhor no mundo universo.
* * *
O Sacrifício.
Que é um sacrifício? O sacrifício verdadeiro e propriamente dito, segundo no-lo
define o próprio Espírito Santo pela boca de Moisés e São Paulo, é a oblação de coisa
sensível com a sua destruição quer parcial, quer total, quer seja física (como se dá com o
holocausto) quer mística, (como se dá com a libação e efusão de vinho ou água) efetuada
por um ministro legítimo e feita só a Deus, com o fim de manifestar os sentimentos
internos, com que o homem deve reconhecer o seu supremo domínio. Desde que há
memória do homem decaído, não faltaram sacrifícios entre os povos.
Passando pelos mais, limito-me a apontar o de Melquisedec, narrado nas Escrituras,
e que tem, por isso mesmo, o testemunho infalível do Espírito Santo, e que é muito próprio
para o nosso caso.
Melquisedec ofereceu a Deus o sacrifício de pão e vinho, símbolo perfeitíssimo do
sacrifício da Nova Aliança, em que o pão, pelo poder das palavras da consagração, se
transubstancia em Corpo de Cristo, e o vinho em Sangue de Cristo. Recordo ainda o
sacrifício da lei mosaica, que é considerado debaixo de quatro pontos de vista, devido aos
quatro diversos fins:
O sacrifício latrêutico, que visa direta e exclusivamente, segundo a intenção do
sacrificante, o fim de reconhecer por ele o supremo e inalienável domínio de Deus sobre
Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
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tudo o que existe. Por isso, neste sacrifício há destruição total da oferta ou vítima, há
destruição física; e é por isso dito holocausto.
O sacrifício eucarístico, que visa diretamente o fim de render graças a Deus pelos
favores e benefícios outorgados; e chama-se “hóstia pacífica”.
O impetratório, que visa a obtenção de novas graças e novos benefícios.
O propiciatório, que visa aplacar a Deus, e por isso é chamado também de
satisfatório, cujo escopo é oferecer a Deus vítimas em expiação dos pecados, em satisfação
das penas devidas pelos pecados, e chama-se “hóstia pro delicto” e “hóstia pro peccatis”.
Do dito se colhe que o sacrifício tem como fim reconhecer a perfeição infinita do
ser Divino e do seu soberano domínio sobre quanto veio à existência por seu infinito poder.
O reconhecimento do Ser perfeitíssimo, que é Deus, é uma Eucaristia ou agradecimento no
pleno rigor da significação do termo; ela abrange em sua verdadeira acepção as idéias da
adoração, em virtude da qual o homem se aniquila na presença da divina Majestade; da
gratidão, que leva o homem a exaltar os benefícios de Deus; da imperfeição, que induz o
homem a implorar as graças de que necessita; da expiação, que faz com que se obtenha a
supressão da justa ira do Senhor, prestes a fulminar sobre o homem o seu tremendo castigo.
Estes são e devem ser os quatro fins que visa todo e qualquer sacrifício que se
oferece à Divindade, os quais se podem reunir em um púnico, que é o de unir intimamente
o homem a Deus; e chama-se a eucaristia-sacrifício.
O sacrifício da Nova Aliança.
Exposta a noção geral do sacrifício, qual é entendido por todas as religiões
verdadeiras e falsas, releva acentuar mais a significação do sacrifício da Nova Lei, o
sacrifício da religião revelada, sacrifício da religião cristã, o único aceitável a Deus, sendo
o único prescrito por ele próprio. Abrogando Deus a religião mosaica, aboliu o sacrifício
que nela fora ordenado; e fundando uma religião diversa da de Moisés, estabeleceu um
sacrifício diferente do de Moisés.
Cristo, o Filho de Deus, veio ao mundo para fazer a vontade do Pai. Depois de haver
aperfeiçoado a lei de Moisés e modificando a religião judaica, instituiu um sacrifício digno
da lei e da religião divinamente acabadas: é o sacrifício de um homem-Deus.
A natureza humana, unida hipostaticamente à Pessoa divina, isto é, ao verbo,
segunda Pessoa da santíssima Trindade, não pratica ação que não se deva atribuir à Pessoa;
ora, em Jesus há uma única Pessoa, e esta é divina; Jesus é Deus, e o que Deus faz é ato de
valor infinito e, se bem que o sacrifício seja de natureza humana, todavia o sacrifício de
Jesus é ação que se deve atribuir à Pessoa divina, ao Verbo; mas a ação do Verbo é infinita,
logo, infinito é o sacrifício; logo, o sacrifício do homem-Deus é de valor infinito. Portanto,
de todos os sacrifícios é o sacrifício de cristo, o Homem-Deus, que de um modo mais
perfeito preenche os quatro fins acima expostos; porque, considerada a dignidade da vítima
imolada em holocausto, que vítima houve jamais ou haverá que supere em dignidade ou
excelência a Vítima divina, Jesus Cristo? O sacrifício de Cristo, embora um único, valeu
infinitamente mais do que os milhões e bilhões de vítimas puramente humanas ou
irracionais de todos os tempos.
Esta é a verdade que a Igreja definiu nos Concílios Efesino e Tridentino, quando
disse que Cristo se ofereceu a Deus Pai sobre o altar da cruz, para lá efetuar a nossa eterna
redenção.
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Sim, a morte de Cristo na cruz foi um verdadeiro sacrifício. Em Cristo temos o
sacerdote constituído por Deus desde toda a eternidade e por isso legítimo. Em Cristo
temos a vítima sensível, verdadeira e realmente imolada na cruz. Temos portanto, os dois
requisitos essenciais para todo o sacrifício: o sacerdote e a vítima. (N.B. Não é requisito
essencial que seja o sacerdote quem mate a vítima, mas sim quem a ofereça). Em Cristo
temos outrossim perfeitamente verificados os quatro fins do sacrifício: Cristo por sua morte
na cruz reconhece o supremo domínio de Deus, aplaca a divina majestade, expia as penas
dos pecados, impetra novas bênçãos do alto e rende graças a Deus pelos benefícios
recebidos.
O Santo Sacrifício da Missa.
Enquanto houver homens sobre a terra é mister que haja sacrifícios; e isto por força
dos fins que visa toda sacrifício: o reconhecimento da soberania absoluta de Deus, o
rendimento de graças ao Senhor pelos benefícios recebidos, a impetração de novos favores
divinos e o aplacamento da ira divina, ofendida pelos pecados, e a satisfação das penas
merecidas.
Ora, que outro sacrifício poderia ser mais grato a Deus e preencher de modo mais
perfeito a finalidade do sacrifício do que o sacrifício do Homem-Deus?
Eis aqui por que, fundando Cristo sua religião sobre a terra, lhe deu um novo
sacrifício, que é a continuação do sacrifício oferecido outrora, cruentamente, sobre o
Calvário: o sacrifício da Missa!
O sacrifício da Missa é um verdadeiro sacrifício; porque é, primeiro, um ato público
efetuado segundo um rito determinado e por ministros para isso especificamente deputados.
Este rito e estes ministros foram instituídos por Deus mesmo, que aboliu o rito e os
mistérios da Lei Antiga. Por isto, de todos os sacrifícios, é o da santa Missa o único
aceitável a Deus, porquanto é ele a renovação e a aplicação daquele do Calvário, do qual
tem a plena eficácia.
É, em segundo lugar, verdadeiro sacrifício, porque se oferece na Missa uma coisa
sensível, que é o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, debaixo das espécies de pão e vinho, o
mesmo Corpo e o mesmo Sangue que um dia ficou imolado no alto do Calvário, oferecido
pelo próprio Sumo Sacerdote, Jesus Cristo. Se há uma diferença entre os dois, esta consiste
em que o Sacrifício do Calvário foi cruento; em que no Calvário Cristo se ofereceu
pessoalmente sem ministros, enquanto nos nossos altares se oferece mediante o ministério
dos sacerdotes; em que no Calvário o sacrifício nos mereceu a redenção, e nos nossos
altares, a aplicação dos frutos dela.
Portanto, não há motivo algum para negar que o Sacrifício da Missa seja verdadeiro
sacrifício: temos nela o sacerdote e temos a vítima.
A Eucaristia – Sacramento.
A respeito do sacrifício seria incompleto se passássemos em silêncio um elemento,
não digo essencial, mais integral de todo o sacrifício: A Eucaristia-Sacramento.
Parece provado que a todos os sacrifícios, assim pagãos como judaicos, estava
anexa a ideia de que, para ser completo o sacrifício, era mister unir-se à divindade com a
participação efetiva e real das vítimas: isto é, com a comunhão, como diríamos hoje, em
que se come da vítima.
Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
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Fosse como fosse a ideia dos pagãos e juDeus a respeito da comunhão, o certo é que
o sacrifício da Missa, não só é Eucaristia-Sacrifício, senão também Eucaristia-sacramento.
Sim, no sacrifício da Missa a criatura não só se dá inteiramente a Deus em holocausto, mas
é por Deus convidada a assentar-se à sua mesa celeste, sobre a qual ele oferece a comer e a
beber aquela mesma vítima, a carne e o sangue preciosíssimos de Jesus.
Ó alimento divinizado pela consagração! Alimento divino! O Corpo e o Sangue
unidos à alma e à divindade de nosso Senhor Jesus Cristo! Alimento único; pois só ele tem
a virtude de operar a fusão de Deus com o homem, união que proporciona à criatura bens
inúmeros, que a transforma e a torna sempre mais semelhante ao seu Criador.
Que realidade consoladora! Pela Eucaristia-Sacramento ou pela comunhão que devo
fazer, sempre que celebro, uno-me de modo admirável a Deus; nutro-me com a substância
divina; sou de certa maneira divinizado; preparo-me insensivelmente para a páscoa da vida
eterna.
* * *
Quer-me agora parecer que não é necessário insistir ainda no valor do santo
sacrifício da Missa. É mais que evidente. Aqui temos um Deus que se imola, um Deus que
é imolado. Que cúmulo de mistérios!
Entretanto, importa relembrar que o sacrifício da Missa é de valor infinito, para que
ninguém se escuse de não ter encontrado o suficiente para si. É um mar inexaurível de
graças e benefícios. Só quem bebe deste mar agrada a Deus; só quem assiste à Missa presta
a Deus o sacrifício por ele aceito. Afora o sacrifício da Missa, nenhum outro pode ser
agradável a Deus e proveitoso ao homem e tão proveitoso, que santos do céu participam da
sua glória, as almas do purgatório e os vivos da terra gozam superabundantemente dos seus
benefícios. É que o sacrifício da Missa constitui o único holocausto verdadeiramente digno
do Senhor, em que se sacrifica o Cristo sempre vivo para interceder em nosso favor. Aqui,
como sobre a cruz, o Cristo se constitui o vínculo vivo que nos une a Deus.
No santo sacrifício da Missa temos o ato em volta do qual gravita e dele se irradia o
próprio sacrifício da Redenção. Sim, na santa Missa, aquele mesmo sacrifício, oferecido um
dia sobre o Calvário, assume a condição como de coisa que ocupa a circunferência, como
de um satélite gravitando em volta do sol, como de uma fonte viva que deságua no oceano.
A santa Missa é o entro, é o sol e é o oceano onde se concentra o próprio sacrifício do
Calvário que é eterno, e ao mesmo tempo perpetuado no tempo, no céu perante Deus e na
terra entre os homens; é o mistério da consumação de todos os desígnios de Deus, realizado
um dia e renovado por todos os séculos até ao fim do mundo.
* * *
É tendo presente o exposto que o sacerdote deve oferecer o tremendo ato religioso.
Oxalá se aproximasse sempre para o futuro da ara sagrada do Senhor com estas disposições
de alma que o dominam ao presente!
Quem dera, pudesse comunicar e, comunicadas, conservar estas mesmas santas e
invejáveis disposições nas almas de todos os assistentes ao santo e inefável sacrifício da
Missa! Quisera, sim, que todos os cristãos se persuadissem de vez por todas ser o santo
sacrifício da Missa o ato de religião mais necessário!
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PARAMENTANDO-SE
1. O amicto.
2. A alva.
3. O cíngulo.
4. O manípulo;
5. A estola.
6. A casula.
7. A dalmática.
O sacerdote é no altar o substituto e representante de Jesus Cristo. Para apresentar-
se dignamente diante de Deus Pai, e da Corte Celeste, deve trazer na alma o ornamento das
virtudes daquele que representa.
O sacerdote deverá apresentar-se diante do Pai celeste como um outro Jacó diante
de Isaac, vestido das vestes de Esaú, o primogênito. Exultará Deus por aquela fragrância
que se desprenderá do coração de seu Filho primogênito e unigênito, oculta debaixo das
vestes desde sacerdote. Manda a Igreja, qual outra Rebeca, vestir o sacerdote de vestes não
suas, como para atrair sobre si, por esta piedosa fraude, a complacência divina, e tornar o
sacrifício incruento da santa Missa aceito a Deus Pai.
Quão pequeno e ao mesmo tempo quão grande é o sacerdote; nada em si, tudo em
Jesus! Nisto pensando, vai se paramentando; e a cada paramento que enverga novas ideias
lhe ocorrem. Ouçamo-lo!
1. O amicto.
A primeira peça, que o sacerdote veste, é o amicto. Beija-o; lança-o sobre aos ombros,
descansa-o por um momento na cabeça; fixa-o em volta do pescoço; deixa-lhe as
extremidades caírem pelas espáduas, e segura-as em seguida com duas longas fitas, em
volta dos rins, enquanto diz: “Ponde-me na cabeça, Senhor, o elmo da salvação para que
repila os assaltos do demônio”.
* * *
O amicto é de origem muito antiga, comum aos clérigos e leigos. Estes, porém, o
abandonaram, e Roma o adotou. Era então o amicto desdobrado não pr baixo, mas por cima
da alva, como peça litúrgica, e prescreve seu uso a partir do século XI. Ainda o prescreve o
rito ambrosiano.
Cinge-se com o amicto o pescoço, para significar segundo Amalário, a moderação
que se deve ter no uso da voz, visto que esta se localiza na garganta: “Collum undique
cingimos, quia vox in collo est”. Esta é de fato a idéia que expressa ainda hoje o bispo,
quando, na ordenação do subdiácono, diz, impondo-lhe o amicto: “Recebe o amicto,
símbolo da moderação na voz”.
Se perguntarmos por que descansa o amicto por um momento na cabeça,
respondemos que foi uso já antes do século XI cobrir primeiro a cabeça, da qual se tirava só
depois de se tem envergado todos os mais paramentos, que o amicto deveria cobrir. Posto
que fosse isto de direito exclusivo dos papas a partir do século XII até XVI, estava em uso
também entre os simples sacerdotes de alguns lugares, que se cobriam cm ele a cabeça
durante certa parte da Missa. Deste uso originou-se o sentido místico dado ao amicto.
Chamaram-no de – “galea salutis” – elmo da salvação.
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Belo sentido místico tem ele! Bem necessário é ao sacerdote este elmo da salvação.
Agarre-se ele a este símbolo da verdadeira esperança cristã!
Elmo de aço, capacete inamolgável, quanto és necessário ao ministro e batalhador
da causa de Deus! É justamente contra o sacerdote que o demônio arma e assesta de
preferência sua formidável bateria para arrancar-lhe da alma a paz, e do coração a coragem.
Protege-o, ó – “galea salutis”.
2. A alva.
Vestido o amicto, enverga a alva, veste talar qual fora prescrita por Deus aos
sacerdotes descendentes de Aarão. É geralmente tecida de linho. Comforma-se assim
melhor com as vestes que São João viu em sua visão e descreve: “E foi-lhe dado vestir-se
de finíssimo linho, resplandecente e branco” (Apoc 19, 8). A alva representa, no seu lavor
como na sua brancura, a justiça e a inocência conquistadas mediante as tribulações
padecidas em união com Cristo: “E este linho fino são as virtudes dos Santos” (Apoc 19,
8). “Esses lavaram seus vestidos e os embranqueceram no sangue do Cordeiro” (Apoc 7,
14).
Os ministros da Igreja primitiva andavam sempre vestidos com essa alva, também
fora das funções litúrgicas. Os neófitos e os néo-batizados vestiam-se na oitava da pascoela
e a depunham no sábado seguinte, que por isso chamava “in albis”, donde vem o nome da
veste: “alva”.
3. O cíngulo.
Pega depois o cíngulo, corda de certo comprimento que serve para estreitar a alva
em volta dos flancos assim que a sua amplitude não impeça no desempenho das suas
funções religiosas.
O cíngulo é de origem muito antiga, e com ele cingiam, então, todos os que
gozavam ou queriam gozar do bom nome e da boa reputação, pois simbolizava o recato, a
continência, a probidade; é por isso prescrito já no primeiro “Ordo Romanus’, como peça
que deve fazer parte das vestes eclesiásticas.
E cingindo-se os rins com este cíngulo, reza: “Cingi-me, Senhor, com o cíngulo da
pureza, e extingui em mim as chamas da volúpia, para que reine em mim a virtude da
continência e da castidade”.
Cíngulo, cinge os rins dos sacerdotes, para que tenham sempre presente a
necessidade da mortificação, que lhes assegura e garante a inocência da vida! Sem se
mortificar não são e não podem ser Ministros do Crucificado, porque quem quer ser de
Cristo crucifica a carne com seus vícios e concupiscências.
4. O manípulo.
Enfia, ao depois, no braço esquerdo o manípulo. Sua origem, além de remotíssima,
é interessante. Usavam-no os Cônsules Romanos por ocasião da inauguração dos jogos no
circo. Depois que o cristianismo entrou em Roma, e criou nela raízes, as estátuas e
monumentos cristãos, que simbolizavam o Salvador e a Santíssima Virgem, eram
distinguidas das mais pelo manípulo. Logo vê-se nele um sinal de respeito todo peculiar
prestado a Jesus e a Maria.
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As personagens distintas, em ocasiões de darem ou receberem presentes, levavam o
manípulo ricamente trabalhado. As estátuas ou imagens destas personagens são
representadas com o manípulo sobre o braço esquerdo. No primeiro “Ordo Romanus”, é
prescrito como insígnia de autoridade: tem-no o subdiácono desdobrado sobre o braço
direito na ocasião de dirigir a “Schola Cantorum”.
De Moléon (1718) aventou a ideia de que o manípulo teria servido de lenço para
enxugar o suor: daí o nome “sudarium”. Dele se serviam os rapazes que, na abadia de
Cluni, cantavam no coro; como também durante o mesmo ofício, dele usavam os rapazes de
São João de Lyon. Estes seguravam-no entre os dedos da mão esquerda.
Isto parece sugerir a ideia de que a finalidade do manípulo fora sempre qual é hoje a
dos lenços. Mas, por serem estes casos esporádicos, parece ser mais aceitável a ideias dos
manípulos, em sua origem, eram verdadeiros distintivos de nobreza e autoridade, sendo que
consta, com toda a certeza, que eram levados pelos clérigos “in sacris”, e só durante a
Missa, desde o século X.
Entretanto, assim uma como outra ideia pode ser interpretada pela oração que a
Igreja põe na boca do sacerdote ao introduzir-lhe no braço o manípulo: “Possa eu tornar-me
digno, Senhor, de carregar o manípulo das lágrimas e da dor, para que receba na glória o
prêmio dde minhas fadigas”.
5. A Estola.
Depois do manípulo vem a vez da de pendurar ao pescoço, peito abaixo, e cruzar
sobre o mesmo a estola. Interessante a sua origem! As pessoas de posição e abastadas
usavam originariamente um rico tecido de linho pendente do pescoço para com ele enxugar
o rosto. Deste pano, chamado orarium (do latim, os= boca, rosto), usavam mais tarde os
que falavam em público; por isso tornou-se ele, aos poucos, nas Igrejas, o ornamento dos
bispos, dos padres e dos diáconos; daí quererem alguns derivar a origem do “orarium”, de
“orator” = pregador; daí o costume de subirem ainda hoje, os pregadores ao púlpito com a
estola.
É certo que primitivamente caía a estola direito por trás e pela frente. Passou-se
depois a cruzá-la sobre o peito e até a firmá-la cruzada debaixo do braço direito.
A Igreja conserva ainda hoje três modos de levar a estola. O bispo observa primeiro,
o sacerdote o segundo e o diácono o terceiro.
6. A Casula.
Vem a vez de envergar a casula (casa pequena, chamada pelos gregos de “planeta”)
peça não fixa, mas móvel. A casula primitiva assemelhava-se bastante a uma pequena casa,
em que parecia estar encerrado o sacerdote. A sua forma redonda permitia o giro fácil em
redor do pescoço.
É a antiga “paenula” derivado de “pannus”, vestimenta de uso universal, vestida em
toda parte e por todos.
Pelo fim do século IV tornou-se mais o hábito próprio e cotidiano dos senadores; e
aos poucos passou a ser veste exclusiva dos sacerdotes ou ministros do culto divino.
Santo Ambrósio é representado em um mosaico do século V vestido da “paenula”,
mosaico que se encontra na capela de São Sátiro em Milão.
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Para ter livres as mãos, o sacerdote recolhia a casula dos braços aos ombros; na
elevação o diácono soerguia-a por detrás, para que o celebrante fosse mais desimpedido em
seus movimentos, ato este, ainda hoje em uso, posto que de nenhuma finalidade prática.
Desde o século XV foi-se-lhe cortando parte do que cobria os braços, assim que
veio tomando imperceptivelmente a forma atual, que muito pouco se assemelha àquela
primitiva. Só a “gótica” relembra mais de perto o que fora a casula primitiva.
* * *
O diácono e o subdiácono são ministros, servos, ajudantes que servem o sacerdote
no altar.
O diaconato e o subdiaconato são as duas Ordens chamadas Maiores para se
distinguirem das Menores, que são os ostiariato, leitorato, exorcistato e acolitato.
O ofício próprio do diácono é cantar o santo Evangelho e servir o sacerdote no altar.
Antigamente, quando os sacerdotes eram pouco numerosos, incumbiam-se os diáconos de
outras funções mais importantes, hoje reservados ao sacerdote: eles batizavam, distribuíam
a santa comunhão, o que se lhes concede ainda hoje em certos casos raros.
O subdiácono canta a Epístola e serve diretamente ao diácono, indiretamente ao
sacerdote, no que se refere ao santo Sacrifício. São estes dois ministros do Sacerdote, em
virtude do seu ofício, revestidos de dignidade extraordinária. É a eles que se permite chegar
mais perto do Santo dos Santos; são os que representam no altar os fiéis e respondem em
nome deles.
* * *
Como disse, paramentam-se: o diácono leva manípulo, mas só durante a santa Missa
e no ofício da sexta-feira santa e sábado santo; põe estola, que, ao invés do sacerdote, cruza,
não sobre o peito, mas sob o braço direito. Em vez de casula enverga dalmática. Dos
mesmos paramentos, menos a estola, se veste o subdiácono.
7. A dalmática.
A dalmática é, com poucas variantes, a tunicela dos antigos romanos, veste
comprida, de mangas, antes estreitas que largas, que se sobrepunha à alva; mas não logrou
generalizar-se na liturgia.
A dalmática, originária da Dalmácia (donde lhe vem o nome) entrou em uso
litúrgico já no século II do cristianismo. Era mais comprida que a tunicela e muito ampla.
As mangas mais largas, porém fechadas, como as da tunicela. Mais tarde se abriram as
mangas da dalmática e da tunicela. Eram mangas curtas; pois não ultrapassavam os
cotovelos.
Vestia-se então a dalmática por sobre a tunicela, como hoje ainda o faz o bispo ao
celebrar pontificalmente. Até os imperadores envergavam este hábito. Como paramento
sagrado, a dalmática foi primeiramente reservada aos Bispos. São Silvestre, no século IV, a
concedeu também aos diáconos; e não tardou que se tornasse paramento exclusivo deles.
Chama-se na liturgia a veste da justiça – “dalmática justitiae”.
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AS CORES DOS PARAMENTOS
1. O Branco.
2. O Encarnado.
3. O Verde.
4. O Roxo.
5. O Preto.
6. O Róseo.
1. O Branco.
Os paramentos que ostentam cor branca revelam dia de festa e júbilo.
É sempre o fundo dos paramentos que diz se um paramento é branco, encarnado,
verde, roxo, preto ou róseo, e não a corda da cruz da casula, e é o fundo que se apresenta
com relevos artísticos trabalhados em ouro, pedraria e prata.
Entre as cores é o branco a expressão da alegria da inocência, da glória angélica, do
trunfo dos Santos, da dignidade e da vitória do Salvador.
Por isso os paramentos de cor branca são usados na Igreja romana nas festas de
Nosso Senhor Jesus Cristo: Natal, Epifania, Ascenção, Corpo de Deus, festas do Sagrado
Coração de Jesus; nas festas de Nossa Senhora, de todos os Santos, Pontífices, Doutores,
Confessores e Virgens, numa palavra, nas festas dos santos e santas que não forem
mártires.
2. O vermelho.
A Igreja Romana prescreve, além dos paramentos brancos, os encarnados, os
verdes, os roxos, e os pretos. Entende-se aqui por paramentos a casula, a estola e o
manípulo.
Os paramentos encarnados ou vermelhos são usados nas festas do Espírito Santo, da
Cruz, e dos Santos Mártires.
Quão bem quadra o encarnado nestas Missas! Simboliza, em seus esplendor, o fogo,
e em sua cor, o sangue: o fogo da caridade pura e santa, o fogo que teve o poder de levar os
que o sentiam crepitar estuante, no peito, a dar a vida e o sangue por Deus.
3. O verde.
Os paramentos verdes são usados nas funções religiosas das Têmporas, que
significam na liturgia mística a peregrinação rumo do céu, i. é, no tempo que segue à
Epifania e Pentecostes.
Em verdade, muito bem sabe a Igreja interpretar os pensamentos mais sublimes por
meio dos mais simples sinais e símbolos! Manda ao sacerdote que use dos paramentos
verdes nestes dias para ficar com o sentir do povo cristão, que vê no verde a cor da
primavera e o símbolo da esperança, dando-lhe ocasião de suspirar pela eterna primavera
como peregrinos que têm postos os olhos só na Cidade Eterna, com a firme esperança de lá
chegar.
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4. O roxo.
Os paramentos roxos ou violáceos são usados durante o Advento, Septuagésima,
Quaresma, Têmpora, Vigílias, Rogações e as três solenes bênçãos litúrgicas do ano, i. é, das
velas, das cinzas e das palmas.
Também aqui está a cor maravilhosamente escolhida. É a cor da penitência; e os
dias em que ela é usada são de penitência. É a cor, cujos reflexos ora claros, ora escuros
fascinam a vista, considerada na antiguidade como a cor significativa do poder régio, da
soberania, das altas dignidades, das riquezas.
A Igreja, longe de abolir este simbolismo, ampliou-o, modificando lhe o aspecto e
aplicando-o à penitência, à oração em meio da aflição e da humilhação. E não é
precisamente isto que nos enriquece, eleva e dignifica? Não é a penitência, a oração e a
humilhação que nos tornam gratos a Deus e nos conquistam a sua graça?
5. O preto.
O preto está em perfeito antagonismo com o branco. Se esta cor é símbolo da
alegria, aquela é o símbolo da tristeza.
A cor preta recorda tristeza, designa luto, relembra a morte.
A Igreja veste luto na comemoração da morte de Jesus e de seus filhos. Chora-lhes a
morte como Esposa que é de Jesus e como Mãe que é dos cristãos. Lá está ela vestida de
preto no altar a interceder e a sacrificar pelos filhos bem amados.
6. O róseo.
Os paramentos róseos foram introduzidos nas Igrejas ricas e são usados só duas
vezes ao ano: no terceiro domingo do Advento, chamado “Gaudete”, e no quarto domingo
da Quaresma, chamado “Laetare”. A origem desta cor litúrgica vem disso: no domingo
“Laetare”, o Papa benzia a rosa que enviaria, ora a um, ora a outro dos príncipes cristãos.
Só mais tarde é que esta cor ficou introduzida no domingo “Gaudete”, que apresenta
algumas analogias litúrgicas como o domingo “Laetare”.
Estas são as cores dos paramentos na Igreja romana, que não reconhece nenhuma
outra mais.
N.B. A uniformidade exige que todas as mais peças, com o frontal, o conopéu, etc.,
sejam sempre da cor da casula, excetuado o conopéu, que nunca deve ser de cor preta.
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COISAS DO CULTO DIVINO
1. A pia da água benta.
2. A aspersão – Caldeirinha com o hissope.
3. O cantochão ou gregoriano (cantoria).
4. O incenso (naveta).
5. O turíbulo.
6. O altar (fixo, móvel e portátil).
7. O Tabernáculo.
8. As toalhas.
9. O Corporal com a Bursa.
10. A pala.
11. O purificatório.
12. O manustérgio.
13. O cálice com o véu.
14. A vela com Castiçal.
1. A pia da água benta.
A água benta. A benção da água é uma cerimônia litúrgica antiquíssima, Tertuliano, no
século III, fala da água santificada por meio da invocação de Deus.
A benção mais solene da água foi sempre a da fonte batismal, que se faz nas Vigílias da
Páscoa e Pentecoste.
Nos primeiros séculos muitos do povo cristão levavam às suas casas um pouco de água
benta, antes que fosse misturada com o sacro crisma, a fim de aspergir as casas e os
campos. Generalizando-se este costume, tornou-se muito cedo tão grande o número de
pretendentes desta água que, não bastando a que fora benta nas duas preditas solenidades,
ordenou Carlos magno em seus Capitulares (Código de leis dividido em capítulos) que se
benzesse a água em todos os domingos do ano antes da Missa.
O rito da benção da água está cheio de belos significados. O sacerdote toma sal e água,
que primeiro exorciza, e, misturando-os em seguida, os benze recitando algumas orações.
Que significam estas cerimônias e matérias?
A tarefa própria do sal é preservar da corrupção; a da água purificar. O sacerdote os
exorciza, isto é, os livra de todo o contato diabólico, coisa que a Igreja faz sempre que eleva
alguma criatura ao uso santo. Mistura-os o sacerdote para que esta água consagrada tenha
em si a virtude que preserva da corrupção e a que purifica. Lança-lhes a bênção ainda, com
o sinal da cruz, que é a arma da defesa contra os inimigos da salvação e a fonte de toda a
graça. Reza, enfim, implorando a virtude de poder, mediante esta água, expulsar o diabo
das nossas almas, dos nossos corpos e das nossas casas; curar as nossas doenças e atrair
sobre nós o socorro do espírito Santo.
Possui a água benta o poder de apagar os pecados veniais de todos os que dela se
servem com fé em Jesus Cristo e com o arrependimento das próprias culpas.
“Lavai-me, Senhor, sempre mais das minhas iniquidades e purificai-me dos meus
pecados.” (Sl 50, 4)
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2. A aspersão – caldeirinha com hissope.
A aspersão do altar e da Casa de Deus que é prescrita para certas Igrejas antes de
começar a Santa Missa Solene, e é louvavelmente praticada nas matrizes, oncorre
belamente para instruir o povo fiel acerca de grande e importante verdade: é necessário que
nós nos purifiquemos antes de assistir ao Santo sacrifício. São numerosíssimas as
purificações prescritas na Lei antiga, aos sacerdotes e ao povo que se propõe a fazer suas
oblações a Deus. E, todavia, quão inferiores são os sacrifícios de Israel aos dos cristãos! A
nação alguma foi dado ter a divindade tão perto, como o nosso Deus nos é tão vizinho,
exclama São Tomás.
Enquanto se vai procedendo à aspersão, o coro canta a antífona: “asperges me, Domine,
hyssopo, et mundabor, lavabis me et super nivem dealbabor”. – Aspergi-me Senhor, com o
hissope, e serei purificado; lavai-me, senhor, e serei mais alvo que a neve.
Asperge-se primeiramente o altar, para afugentar o espírito das trevas que se introduz
em toda a parte, mesmo no santuário.
A seguir, o sacerdote se asperge a si mesmo; pois, se a pureza há de ser o condão de
todos, é evidente que deve ser particularmente do sacerdote, que se propõe percorrer as filas
dos fiéis, levando-lhes as graças da purificação.
Segue a aspersão dos fiéis. E, à medida que vai desempenhando estas cerimônias, recita
a meia voz, com os seus ministros, o “Miserere”, expressando os sentimentos de penitência,
que o animam a ele e aos fiéis, dispondo-se assim a receber os dons divinos.
Durante o tempo Pascal, ou melhor, desde a Páscoa a Pentecoste, o coro canta uma
outra antífona, acompanhada da primeira estrofe, não já do “Miserere” mas do Salmo 117:
“Confitemini Domino”: - “Vidi aquam egredientem de templo a latare dextro, aleluia! Et
omnes ad quos pervenit aqua ista salvi facti sunt et dicent: aleluia, aleluia, aleluia!” – Vi a
água romper do lado direito do templo, aleluia! E salvaram-se todos os que foram
aspergidos com esta água; e todos dirão: aleluia, aleluia, aleluia!
Mas por que este canto durante o tempo pascal? É que antigamente era nos dias de
Páscoa e Pentecoste que se administrava o santo sacramento do Batismo aos catecúmenos.
A antífona relembra os frutos salutares do sacramento da regeneração. Convida-nos a Igreja
à alegria e ao recolhimento, por tão grande benefício. Entende-se, por isso que estaria fora
de lugar o “Miserere”, que é próprio para dias de dor e penitência.
Se tivéssemos maior fé, de certo estaríamos sempre em tempo na Igreja a fim de
participar das graças da aspersão!
3. O cantochão ou gregoriano.
O coro canta, e canta um canto todo próprio da Santa Igreja, um canto sagrado pela
elevação divina dos pensamentos e melodias.
Longe de ser inferior a qualquer outro, o Canto Gregoriano supera a todos pela
expressão da prece, que irrompe tão intensa quão simples da alma humana que procura a
Deus.
O Canto gregoriano merece ser aqui recordado por constituir uma nota característica na
santa Missa Solene, e nos demais ofícios divinos.
O nome de “cantus planus” – cantochão – orignou-se da sua simplicidade; assim, foi
chamado a partir do século XIV, em oposição ao canto compassado e figurado que entrou a
lhe fazer concorrência.
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4. O incenso – Naveta.
E enquanto os ouvidos se embalam e a alma se eleva às regiões superiores com as
suaves melodias do cantochão, turvam os olhos e o olfato nuvens espiraladas que ascendem
do turíbulo ao alto e enchem a Igreja toda.
É o incenso cuja origem, símbolo e uso despertam certo interesse, como coisa
inseparável em todas as solenes funções religiosas.
O incenso é uma substancia resinosa, extraída de uma planta que cresce na Palestina e
na Arábia.
A língua latina tem duas palavras para indicar essa substancia: a palavra “thus”, de um
verbo grego, que significa perfumar, e a palavra “incensum”, de um verbo latino, que quer
dizer queimar, donde o termo incenso. Podemos reunir os dois significados e dizer que o
incenso é um perfume destinado a se consumir em honra de Deus.
O uso do incenso era conhecido entre os Gregos e Romanos, que o ofereciam aos seus
Deuses. Em sinal de honra, era queimado também diante de personagens ilustres. Aos
poucos foi usado outrossim para incensar os bispos, depois de pessoas em geral, por fim, os
próprios objetos.
5. O turíbulo.
O turíbulo é um instrumento litúrgico, em que crepita o fogo que devorará o incenso, e
donde se evolará em nuvens aromáticas. Em sua origem era o turíbulo um enorme
perfumador sem correntes e repleto de carvão aceso. Um mosaico de São Vital de Ravena
prova que o turíbulo já era suspenso por correntes no século VI. Era o turíbulo carregado
pelos acólitos e levado “ad nares hominum” – aos narizes dos homens – que estendiam para
ele as mãos e recolhiam a si o fumo suave do incenso. Há testemunhos que depõem ter sido
o incenso usado, desde o século II, para perfumar as Igrejas; e só mais tarde se passou a
usa-lo para incensar as pessoas e as cosas. A “Peregrinatio Sylvias ad loca santa” narra que
na manhã do domingo, ao canto do galo, quando o Bispo e os seus ministrantes entraram no
santuário do “Atanásis” (Ressurreição) já alumiado por numerosíssimas lâmpadas, após a
oração e a salmodia, e antes que o Bispo lesse o Evangelho ao povo, eram carregados
turíbulos; e a “Basílica da Ressurreição ficou cheia de um suave aroma”.
O uso do incenso na liturgia é ainda hoje muito frequente. É usado quase em todas as
cerimônias litúrgicas: na Missa Solene; durante os ofícios das Laudes e das Vésperas; nas
bênçãos do Santíssimo; e, entre outras, nas grandes bênçãos litúrgicas do ano, das velas, da
Purificação, das cinzas, e das palmas.
Falar-se-á em seu lugar da incensação do altar durante a missa solene.
Também o incenso tem o seu simbolismo. Este aroma, que a Igreja usa em todas as
solenidades, deve recordar-vos continuamente que devemos ter o bom cheiro de Jesus
Cristo, e rescender em todo lugar o conhecimento e o amor de nosso Deus.
Ascendamos ainda mais alto para achar um belíssimo significado do incenso! Como o
discípulo predileto, em sua visão de Patmos, contemplamos no céu os turíbulos de ouro,
movidos pelos Anjos, junto ao trono do Cordeiro. Estes turíbulos estavam cheios de
perfumes, narra o vidente; e revela-nos também que eles não eram outra coisa que as
orações dos Santos. O incenso, portanto, segundo São João, simboliza também a oração; e
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quando se eleva ao céu, relembra-nos como há de ser a nossa prece; isto é, pura, ardente,
aromatizante com o perfume das nossas virtudes.
6. O altar (fixo, móvel e portátil)
Fixam-se agora os olhares mais intensa e demoradamente no altar. Os maiores e mais
vivos sentimentos despertam à sua vista.
Que é o altar? Quantas espécies há? Que representa?
O altar significa coisa alta, “alta res”; e é uma tábua soerguida um tanto acima do solo,
em que se oferece o sacrifício.
A Igreja devia ter o seu altar, altar sagrado por excelência, porque a vítima que nele se
imola é um Deus.
Há duas espécies de altares: o altar fixo ou imóvel e o altar portátil ou móvel. O
primeiro consta de uma grande laje de pedra (geralmente de mármore) que descansa sobre
um bloco ou colunatas da mesma matéria, e forma um todo consagrado e fixo soalho. O
outro não passa de uma simples laje de pedra, assaz larga para pousarem sobre ela o cálice
e a hóstia; e é engastada em uma lousa de pedra ou madeira. A pedra ou altar móvel
consagrado pode ser transportado de um lugar para outro sem prejuízo da consagração, o
que não se dá com o altar imóvel.
Há nas Igrejas geralmente mais de um altar. O altar-mor, quase sempre fixo, é o
principal; é o lugar em que se efetuam de preferências as sagradas cerimônias.
Os altares laterais não eram conhecidos nos primeiros séculos; principiaram a sê-lo,
quando foi introduzido o costume de rezar mais missas simultaneamente em uma e mesma
Igreja.
Seja qual for o material com que se constrói o complexo de peças que compõem o altar,
nele não poderá faltar nunca a lousa de pedra consagrada sobre a qual possam caber pelo
menos a hóstia e o cálice.
Sobre o altar está colocada a cruz com a imagem de Jesus Cristo Crucificado, a fim de
recordar ao celebrante e aos fiéis a paixão de Jesus Cristo, que o sacrifício renova
misticamente.
Não podem faltar duas velas acesas, uma à direita, outra à esquerda do Crucifixo, em
sinal da honra e veneração que se deve tributar à adorável vítima.
São regularmente três os degraus no altar-mor, e simbolizam as virtudes teologais da fé,
esperança e caridade que conduzem a Jesus Cristo.
De fato, o altar representa Jesus Cristo; e disso adverte o bispo aos subdiáconos no dia
da sua ordenação. O rito da consagração dos altares é comovente: são mais de duzentos
sinais da cruz que se fazem sobre o altar durante as cerimônias de sua consagração, o que
bem deve lembrar o pensamento predominante do sacrifício da cruz.
O altar é de pedra, ao menos a parte que deve receber a hóstia e o cálice; ora, a pedra é
uma figura de Jesus Cristo, “pedra angular” (Ef 2, 20) da Igreja, como chama São Paulo.
Cinco cruzes estão gravadas nesta pedra e figuram as cinco chagas do Salvador.
É ela purificada por numerosas bênçãos, porquanto simboliza aquele Pontífice eterno,
santo, inocente, imaculado, de quem fala o Apóstolo.
Passa ainda por diversas unções executadas com o óleo dos Catecúmenos e do Sagrado
Crisma. Constitui emblema daquele de quem está escrito: “O espírito do Senhor descasa
sobre mim; por isso ele me ungiu” (Lc 4 ,18)
Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
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No sepulcro desta pedra jazem algumas relíquias de Santos, devendo ser, ao menos uma
delas, de um mártir, para assim relembrar o piedoso costume dos primeiros séculos em que
se celebravam os santos mistérios sobre o sepulcro dos mártires.
O altar representa, portanto, Jesus Cristo; é a figura de Deus que reside no meio do seu
povo.
7. O tabernáculo.
Releva fixar a atenção no tabernáculo, que ocupa o centro do altar e é encimado de uma
cupulazinha ou baldaquim. Encontra-se quase so no altar-mor. Sua finalidade, desde os
tempos mais remotos, é guardar as sagradas hóstias e partículas das mesmas. O baldaquim é
absolutamente necessário para que se possa expor o Santíssimo no ostensório.
O tabernáculo deve ser no interior revestido ou de ouro ou de seda branca, e no exterior,
ao menos a parte da frente, de um véu chamado “conopéu’.
Sobre o tabernáculo não deve haver nada, afora o crucifixo. Assim o tabernáculo como
o baldaquim devem ser de obra prima, tanto quanto possível. Em alguns lugares são
riquíssimos e de execução artística. Neste sentido a Igreja não poupou nunca dinheiro ou
tempo.
O altar há de ser exornado de forma que mereça, tanto quanto a matéria o possa, servir
de morada de Deus três vezes santo.
Concorrem de modo especial a santificar o altar as relíquias dos Santos que, em arcas
preciosas, ficam expostas sobre ele. É este costume muito antigo e muito digno e justo,
porque digno e justo é que no momento da sacrifício do augusto e soberano Senhor, Cabeça
dos fiéis, os Santos, como membros desse corpo, estejam presentes e se associem à glória
do supremo ato da Religião Cristã.
Ordena, porém, a Igreja que, mesmo assim, se devem afastar do altar todas as relíquias
e relicários durante a santa missa, que se celebra no tempo do advento e da quaresma, bem
como durante o ofício de réquiem e a exposição do Santíssimo Sacramento.
8. As toalhas.
O que prende a atenção sobre o altar são as três toalhas de linho ou cânhamo alvíssimo
Uma dessas se estende por sobre a ara sagrada de forma a encobrir quase inteiramente o
altar dos lados e da frente. Duas outras que se ocultam aos olhares cobrem a mesa do altar e
devem cobrir ao menos a pedra sagrada. O sacerdote que celebra sem estas três toalhas peca
gravemente, como também se admite outras de pano que não sejam linho ou cânhamo. Sua
finalidade é óbvia: pode suceder que se entorne o santíssimo Sangue e então uma única
toalha não bastaria para recolher. O uso da toalha remonta ao menos ao século IV: isto se
pode provar historicamente.
9. O corporal com a Bursa.
Quero aqui antecipar a referência a outros panos, que, por rigor da ordem proposta neste
trabalho, deveriam ser mencionados quando ocorressem no ato da celebração da missa.
Faço-o para não distrair então a atenção, que reclamam coisas mais simples.
Assim, pois, importa saber que, afora as toalhas, que cobrem o altar, são usados,
durante o santo sacrifício da Missa, o corporal, a pala, o purificatório e o manustérgio.
Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
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O corporal é um pano de linho do formato de grande lenço, que o sacerdote estende
sobre o altar e em que se faz a consagração das sagradas espécies. É com muita razão que
assim se chama: devido ao seu contato imediato com o adorável Corpo de Cristo. Que
antigamente era ele muito mais amplo, é evidente: nele se depositavam os pães e o vinho
dos fiéis para serem consagrados. Daqui a opinião de que nos primeiros tempos se prestava
o corporal para o mesmo fim com a toalha; ou melhor: que o corporal e a toalha fossem um
e a mesma coisa. A isto nos induz, outrossim, o fato de que então se cobria a mesa do altar
para o sacrifício e era descoberta logo depois de acabado.
E quem não vê reproduzido este antigo costume nas atuais cerimônias, com que se
desnudam os altares nas quintas-feiras santas e se cobrem com a toalha no dia seguinte?
10. A pala.
A pala tem a forma quadrada, e serve para cobrir o cálice. Primitivamente era uma
única peça com o corporal, cujas extremidades, dobradas por sobre o cálice se prestavam
para cobri-lo. Tendo-se reduzido as dimensões do corporal, foi mister achar meio com que
se cobrisse o cálice; daí a origem da pala.
Segundo as instruções da sagrada Congregação dos Ritos, a parte da pala, que toca
diretamente o cálice, deve ser de linho ou cânhamo; tolera-se na parte superior a seda e os
recamos; mas é proibida a cor preta, mesmo qualquer emblema de morte.
11. O purificatório.
O purificatório é um pano, de proporções de lençozinho, que serve para enxugar o
cálice. Os antigos não falam dele; só é conhecido que os monges de Cluny abstergiam o
cálice com uma toalha dependurada junto ao altar, do lado da epístola; mas com o andar
dos tempos foi substituída por um pano, que se tornou um acessório indispensável do
cálice.
12. O manustérgio.
O manustérgio é o paninho que o público vê facilmente, quando dele usa o celebrante
para enxugar os dedos depois de lavados com a água, que o acólito sobre eles entorna na
parte da missa, que se chama “Lavabo”.
Assim as toalhas, como o corporal e a pala, devem ser bentas pelo próprio bispo ou por
um sacerdote para isso delegado. Para o purificatório a benção é facultativa. Para o
manustérgio não há benção.
Assim como a nenhum leigo é permitido tocar, sem necessidade ou sem licença
especial, o corporal, a pala e o purificatório, depois de terem sido usados na santa missa,
muito menos os poderão lavar antes que o sacerdote ou o diácono e subdiácono os haja
lavado primeiro.
Estas peças tem também seu simbolismo e sobretudo por serem de linho: simbolizam os
lenços de linho, em que José de Arimatéia envolveu o Corpo do Senhor; e exercem
realmente em cada santa missa a mesma função de receber em si o Corpo adorável de Jesus
imolado sobre os nossos altares.
Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
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A alvura desses panos nos ensina que, se as nossas almas desejam receber dignamente o
“Pão que faz viver eternamente” (Jo 6, 59), deve, a seu exemplo, desenrolar-se e
apresentar-se imaculadas aos olhos do Cordeiro divino.
13. O cálice com o véu.
Resta mencionar o cálice, por todos conhecido, de uso primordial entre todos os povos,
e usado por Cristo na última ceia.
Dos vasos sagrados do templo de Jerusalém fazem menção as sagradas Escrituras.
Também é notório o castigo fulminado aos profanadores dos vasos sagrados no banquete de
Nabucodonosor.
Em que reverência se devem ter os cálices sagrados da Nova Lei, não é de difícil
inteligência para os homens de fé: receptáculos são do Sangue divino, derramado em
remissão dos pecados.
Ordena a Igreja que assim os cálices como os cibórios, em que se consagram e guardam
as hóstias para distribuir aos fiéis, devem ser por dentro dourados. No mais, o material
usado para o seu fabrico há de ser prata, ouro ou outro que não se oxide ou absorva
líquidos.
Do mesmo material deve ser a patena, que se destina a receber a hóstia. Simboliza o
sepulcro de Cristo.
14. A Vela com castiçal.
Não se poderá passar em silêncio a vela na liturgia. Sua história e seu simbolismo são
de real interesse.
Todas as velas que crepitam no altar ou em volta dele devem ser de cera que as abelhas
fabricaram: de cera bruta, tal qual é fabricada pelas abelhas, quando houver missa de
“Réquiem” e se realizarem as funções comemorativas da paixão e morte de Jesus Cristo
durante a semana santa; - de cera refinada e branca para todas as demais funções litúrgicas.
Velas, portanto, feitas de qualquer outro material (estearina, sebo, etc.) são
rigorosamente proibidas no altar, a não ser que devam servir para ornamentar e alumiar a
Igreja ou para fazer luz ao celebrante que reza a santa missa.
É multíplice o uso da vela nas cerimônias litúrgicas; mas limitemo-nos ao uso que dela
se faz durante o santo sacrifício da missa.
O número de velas acessas no altar durante a santa missa varia, segundo varia a
solenidade da mesma. Para uma missa simples devem ser duas. É permitida uma terceira,
que se deverá acender ao “Sanctus” e apagar depois da “Communio”. Seu lugar será o lado
da “Epístola”. Mas é uso que tende a desaparecer de todo. Para uma missa cantada ou
solene, se deverão acender seis velas, três de cada lado do tabernáculo; mas, sendo missa
pontifical, isto é, em que o bispo diocese pontifica pessoalmente, ajuntar-se-á mais uma
sétima.
A Igreja simboliza desta forma os sete dons que o espírito santo dispensou, no dia da
consagração episcopal, àquele que recebeu então a plenitude do sacerdócio com o poder de
conferir os sete Sacramentos.
Observe-se ainda que nas Missas solenes é o diácono que canta o evangelho do dia, e
que nesta ocasião os dois acólitos empunham castiçais com velas acesas e se postam à
esquerda e à direita do subdiácono, que segura o missal.
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Ora, antigamente se costumava, em algumas Igrejas da França, carregar nestas ocasiões
um número variado de círios, segundo a solenidade da festa.
Daqui o designarem-se as tais festas: festas de três, de cinco e de sete círios ou castiçais.
Se indagamos agora a significação da vela de cera, devemos dizer que simboliza Jesus
Cristo, chamado a “Luz do mundo” (Jo 8, 12); a “Luz que dissipa as trevas” (Jo 1, 5)
A vela alumia, aquece; Jesus Cristo dissipa as trevas da nossa ignorância e acende em
nossos corações o verdadeiro amor.
Esta luz eterna, que é o Verbo divino, encarnou-se um dia; e a vela recorda este
mistério: “A cera, produzida pelas abelhas virgens, é o símbolo da carne de Cristo formada
no seio da Virgem Maria; o pavio é o símbolo de sua alma; a chama, o de sua divindade”. É
Santo Anselmo que assim se exprime.
Quando, pois, vemos consumir-se sobre os nossos altares esta cera, recordemos aquele
de quem ela é símbolo. Saibamos contemplar nestes lampejos os raios daquele Jesus, cuja
face resplandece nos céus como o sol em toda a sua pujança; re-animemos a nossa fé no
que vem imolar-se sobre o altar da nossa terra, naquele Cordeiro sempre imolado da cidade
celeste, de que é a Luz.
Esforcemo-nos por ser e por caminhar como os filhos da luz, correspondendo ao
chamamento que nos dirige a vela acesa!
AO PÉ DO ALTAR
A santa Missa em geral
A divisão da Santa Missa
A Santa Missa em geral.
Grandes preparativos, na verdade, para o ato religioso que se está para começar!
O aparato até aqui apontado e descrito visa só e unicamente a santa Missa. São
preparativos remotos, sim, mas intimamente conexos com o ato central da santa Missa. Este
ato central, augusto, sublime e cheio de mistérios, é o da consagração; ato em que o pão e o
vinho se transubstanciam no Corpo e Sangue de Jesus cristo. É o ato central em torno do
qual gravitam a bem dizer os outros atos, desde os mais remotos aos mais próximos.
Descritos e explanados os atos remotos, resta descrever e explanar os próximos. Antes,
porém, de entrar nos particulares, convém dar o conceito da Missa, a sua história, e suas
partes principais.
* * *
Que se entende por Missa?
Se é só questão de nome, Missa é o que entre os gregos se chama “mistagogia”, que
quer dizer, iniciação nos mistérios de uma religião; Hierurgia, isto é, ação sagrada, santa; e
liturgia, isto é, rito.
Missa é o que entre os latinos se chama sacrifício, oblação, agenda, ação por excelência,
fração dos pães, oferta e comunhão.
Tudo isso significa Missa e tudo se qualifica pelo nome “Missa”.
Mas donde veio semelhante nome a tão augusta ação, de modo a dominar todos os mais
que são em si muito mais expressivos e próprios para dar-nos dela uma ideia mais exata?
Veio do fato seguinte: Os catecúmenos eram despedidos da assembleia dos fiéis antes
de se iniciarem os santos mistérios. Dizia-se-lhes então: “Ite, Missa est!” – Ide-vos, é a hora
de partir! – Outros diziam: - Ide-vos, estais despachados!
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Não se perca pela expressão. O pensamento é assaz claro: “Missa” vem do verbo latino
“mittere” que quer dizer ação de enviar, despachar, etc., donde a palavra “misso” – envio,
despacho, etc.
E porque de ordinário, seguiam à despedida dos catecúmenos os sagrados mistérios,
passou-se desde logo a denominar “Missa” o conjunto de todos esses mistérios.
A Igreja continua ainda hoje, na liturgia da Missa, a usar o “Ite, missa est”, com a única
diferença de que agora não já despede catecúmenos, a quem era vedado assistir ao santo
sacrifício, mas fiéis que acabam de assistir a ele. O “Ite, missa est’ de hoje declara que a
Missa acabou, ao passo que o de outrora dizia que a Missa ia começar.
Restaria expender agora o conceito de Missa quanto à sua essência; mas bastará
recorda-lo, visto não diferenciar em sua substancia do que se disse acima a respeito do
“Sacrifício da Nova Aliança”. Sempre, pois, que ouvimos falar de Missa, devemos, como
cristãos católicos, crer o que dela diz o Concílio Tridentino contra os hereges de Lutero,
Calvino, etc. quando assim a define:
“A Missa é o sacrifício da Nova Lei, em que Cristo é oferecido e incruentamente
imolado, debaixo das espécies de pão e vinho, pelo ministério de um homem, em prol da
Igreja, a fim de reconhecer o supremo domínio de Deus e nos aplicar as satisfações (pelos
pecados) e os merecimentos de sua paixão”.
A santa Missa é, na verdade, como já acima dissemos, um verdadeiro sacrifício: nela
encontram-se os dois elementos essenciais do sacrifício: a oblação e a imolação, como
também o elemento integral: a comunhão.
Que isto seja assim, bem se vê pela definição do Concílio Tridentinno, que,
anatematizando os inovadores do século XVI, se exprime, a respeito, desta forma:
“Se alguém disser que na Missa não se oferece a Deus um verdadeiro e próprio
sacrifício, ou que o que se oferece não é mais que o Cristo que se nos dá a nós em alimento,
seja anátema” (Sess. X, XII, can. 1).
* * *
Sabendo o que é a santa Missa, pode-se passar a ver em traços rápidos a sua história,
isto é, o seu desenvolvimento quanto às preces e ritos.
Se voltarmos os olhos para a primeira santa Missa, celebrada pelo seu próprio Instituidor,
Jesus Cristo, naquela memorável hora da última ceia; e se lermos o que São João
Evangelista escreve sobre as cerimônias e orações, nos convenceremos facilmente de que a
primeira Santa Missa continha em botão o que em séculos posteriores foi desabrochando
nesta formosa flor de sedutoras e impressionantes cerimônias litúrgicas e sublimes e divinas
orações rituais.
A santa Missa foi sempre a mesma desde a sua origem até aos nossos tempos, se a
considerarmos em sua essência; mas assumiu disposições externas diversas através dos
séculos, vindo a dar nas que tem hoje.
Sendo diversos os ritos, cerimônias e composição das orações, sobretudo na Igreja Oriental
e Ocidental, e sendo que a nós mais interessam as da Igreja Ocidental, a que pertencemos,
nestas nos demoraremos um pouco.
* * *
A divisão da santa Missa
A divisão mais histórica e litúrgica da santa Missa é, segundo o atual rito romano, a que
segue:
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I parte: A preparação para a santa Missa, que consta das orações rezadas ao pé do altar
pelo celebrante e ajudante ou acólitos.
II parte: A Missa dos catecúmenos que encerra as preces e leitura das epistolas apostólicas,
etc., e que constitui a parte catequética e doutrinária; pois era nesta altura da Missa que se
instruíam os catecúmenos, donde lhe vem o nome. Vai do intróito ao ofertório.
III parte: A Missa dos fiéis, assim dita, porque a partir do ofertório ao - Ite, Missa est - só
era permitida a assistência dos batizados.
* * *
Para melhor penetrarmos na compreensão destes augustos mistérios da santa Missa, demos
a seguir uma nova exposição da divisão da santa Missa, bem como seu esquema.
I parte: A oração preparatória, que consta do salmo 42 e mais preces recitadas ao pé do
altar entre o celebrante e os acólitos. - Examine as aspirações da alma para Deus e seu
pesar ou dor de o haver ofendido.
II parte: O ofício divino deprecatório, que parte do intróito e vai à epístola, exclusive,
abrangendo por conseguinte o intróito - Kyrie - glória - oração (orações) da Igreja. -
Destina-se esta parte ao fim de impetrar de Deus as graças, que Cristo nos granjeou
mediante sua vida, paixão e morte.
III parte: O ofício divino doutrinal, que parte da epístola e vai até ao credo, inclusive,
constando por isso da epistola - gradual - verso aleluia - tracto - sequência - evangelho -
credo. - Escutamos nesta parte a doutrina e os exemplos de Cristo: entendemos o que Jesus
fez por nós e o que devemos nós fazer por Jesus.
IV parte: A preparação do Sacrifício, que parte do ofertório e vai até à secreta, inclusive,
abrangendo assim a antífona - as orações do ofertório e da mistura da água e vinho - o
lavabo - orate fratres - a oração (ou orações) da secreta. – É a parte dita: a primeira parte
PRINCIPAL da Missa. É nesta que fazemos sob o símbolo do pão e vinho oferecido a Deus
a nossa entrega total e incondicional à divina Majestade.
V parte: O santo Sacrifício, que parte do prefácio e vai até à oração pela comunhão dos
santos, inclusive, compreendendo desta maneira a prefação - santo - comemoração dos
vivos - consagração - comemoração da obra da redenção - comemoração dos defuntos -
comunhão dos santos.
Se excluímos a prefação, podemos intitular esta parte de - Cânon - e é a assim chamada
segunda parte PRINCIPAL da Missa. Nesta ficam dadas as nossas ofertas (pão e vinho) no
Corpo e Sangue de Jesus Cristo. - Rogamos ao Pai que se digne aceitar este sacrifício do
Filho em agradecimento pelos benefícios que recebemos - em expiação dos pecados que
cometemos - em petição das graças que precisamos.
VI Parte: O banquete sacrificaI, que parte do Padre nosso e vai até a oração (ou orações)
depois da comunhão ("postcommunio") inclusive, constando desta forma do Padre nosso -
Agnus Dei -comunhão - antífona - "postcommunio". Aqui se realiza o que diz S. Paulo:
Nós estamos em Deus e Deus em nós; porquanto o Pai, em troca das nossas dádivas, nos dá
seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, feito pão dos Anjos, na Sagrada Comunhão. É a assim
chamada terceira parte PRINCIPAL da Missa.
VII parte: A despedida, que parte do "ite, Missa est" até o último evangelho inclusive,
donde se segue que consta do "ite, Missa est", - placeat - benção - último evangelho. -
Expressamos aqui a Deus Pai, em prova do grande benefício que recebemos em assistir á
santa Missa, a nossa completa adesão ao Filho e a nossa sincera vontade de irmos aos
trabalhos com Jesus e como Jesus.
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A santa Missa consta de partes fixas e móveis ou mutáveis. As partes fixas י o conjunto de
fórmulas e ritos habituais da Missa, que se observam inalteravelmente em todas as Missas,
e se denominam o "Ordinário da Missa". As partes móveis ou mutáveis é o conjunto de
fórmulas e ritos que variam segundo as espécies de Missas, e denominam-se o "Próprio da
Missa"; porque assim as fórmulas como os ritos são apropriados aos mistérios ou ás festas
que se celebram.
O Ordinário da Missa, hoje em uso em todos os Missais romanos, remonta ao século XIII,
estampado em Milão na edição "Princeps do Missal Romano" em 1474; e definitivamente
consagrado, anunciado e preparado pelo Concílio Tridentino; e publicado finalmente pelo
Papa S. Pio V em 1570. Se não foram outros motivos, bastava o de ser o "Ordinário da
Missa" de tão vetusta origem, para o termos na mais alta estima e veneração. Mas a isso, e a
mais que isso, nos impele este "Ordinário" por ser o mais sagrado formulário de preces e
ritos com que se invoca a Deus e se obriga Jesus a descer dos céus sobre os nossos altares.
Para formarmos ideia clara da santa missa, ponderemos a origem histórica de cada uma das
partes componentes da santa Missa e a significação própria e figurada de cada uma delas.
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ORDO MISSÆ
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ASPERSÃO
Aos domingos, o celebrante, antes da Missa paroquial, benze a água e asperge os fiéis, a fim de os preparar
deste modo para assistirem dignamente ao Santo sacrifício.
Durante o ano:
Antífona:
Aspergir-me-eis, Senhor, com o hissope e
serei limpo. Lavar-me-eis e ficarei mais
alvo que a neve. Sl. Tende compaixão de
mim, Senhor, segundo a Vossa grande
misericórdia.
Asperges me, Domine, hyssopo, et
mundábor: lavábis me, et super nivem
dealdabor. Ps. Miserere mei, secundum
magnam misericórdiam tuam.
V. Glória ao Pai... Aspergir... V. Glória Patri. Asperges...
Acabada a aspersão, o celebrante, tendo chegado ao altar, diz:
V. Mostrai-nos, Senhor, a Vossa
misericórdia (T.P. Aleluia).
V. Ostende nobis, Domine, misericórdiam
tuam (T.P. Allelúja).
R. E dai-nos a Vossa salvação (T.P.
Aleluia)
R. Et salutáre tuum da nobis (T.P. Allelúja)
V. Senhor, escutai a minha oração. V. Domine, exáudi orationem meam.
R. E fazei que subas até Vós o meu
clamor.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. O Senhor seja convosco. V...Dominus.vobiscum.
R. E com o vosso espírito R. Et cum spíritu tuo.
Oremos. Ouvi-nos, Senhor Santo,
Pai omnipotente e Deus eterno, e dignai-
vos mandar lá do céu o Vosso Anjo Santo
que guarde, proteja, favoreça, visite e
defenda todos os que habitam neta casa.
Por Jesus Cristo Nosso Senhor.
Oremus. Exáudi nos, Domine sancte,
Pater omnipotens, aeterne Deus: et mítere
dignéris sanctum Angelum tuum de caelis,
qui custodiat, fóveat, prótegat, vísitet atque
deféndat omnes habitantes in hoc
habitáculo. Per Christum, Dóminum
nostrum.
R. Amém. R. Amem.
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ORDO MISSÆ
PREPARAÇÃO
Orações ao pé do altar
De pé, diante dos degraus do altar, o celebrante começa a Missa, fazendo o sinal da cruz: M nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito. Amém.
N nomine Patris, et Filii, et Spiritus
Sancti. Amen.Antífona.
V. Subirei ao altar de Deus. V. Introibo ad altare Dei.
R. Ao Deus que é a minha alegria. R. Ad Deum qui lætificat juventutem
meam.Salmo 42 (este salmo omite-se nas Missas de Defuntos e do Tempo da Paixão)
ulgai-me, ó Deus, e separai a minha
causa da causa da gente ímpia. Livrai-
me do homem injusto e enganador.
UDICA me, Deus, et discerne causam
meam de gente non sancta: ab homine
iniquo et doloso erue me.
R. Pois vós, ó meu Deus, sois a minha
força. Por que me repelis? Por que ando
eu triste, quando me aflige o inimigo?
R. Quia tu es, Deus, fortitudo mea: quare
me repulisti, et quare tristis incedo, dum
affligit me inimicus?
V. Enviai-me a vossa luz e a vossa
verdade. Elas me guiarão e hão de
conduzir-me a vossa montanha santa, ao
lugar onde habitais.
V. Emitte lucem tuam et veritatem tuam:
ipsa me deduxerunt et adduxerunt in
montem sanctum tuum, et in tabernacula
tua.
R. Entrarei ao altar de Deus, ao Deus que
é a minha alegria.
R. Et introibo ad altare Dei: ad Deum qui
lætificat juventutem meam
.
V. Louvar-vos-ei ó Deus, Deus meu, ao
som da harpa. Por que estais triste, ó
minha alma? E por que me inquietas?
V. Confitebor tibi in cithara Deus, Deus
meus: quare tristis es anima mea, et quare
conturbas me?
R. Espera em Deus, porque ainda o
louvarei como meu Salvador e meu Deus.
R. Spera in Deo, quoniam adhuc
confitebor illi: salutare vultus mei,
et Deus meus
V. Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito
Santo.
V. Gloria Patri, et Filio, et Spiritui
Sancto.
R. Assim como era no princípio, agora e
sempre, e por todos os séculos dos
séculos. Amém.
R.. Sicut erat in principo, et nunc, et
semper: et in sæcula sæculorum. Amen.
Repete a Antífona: V. Entrarei ao altar de Deus. V. Introibo ad altare Dei.
R. Ao Deus que é a minha alegria. R. Ad Deum qui lætificat juventutem
meam.
E I
J J
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V. O nosso auxílio está em nome do
Senhor.
V. Adjutorium nostrum in nomine
Domine.
R. Que fez o Céu e a Terra. R. Qui fecit caelum et terram. Profundamente inclinado, o celebrante diz o Confiteor, e depois dele, os assistentes.
u pecador me confesso, etc. onfiteor Deo omnipotenti, etc.
R. Que Deus onipotente se compadeça de
vós, perdoe os vossos pecados e vos
conduza à vida eterna.
R. Misereatur tui omnipotens Deus, et
dimissis peccatis tuis, perducat te ad
vitam æternam.
V. Amen V. AmenOs assistentes dizem o Confiteor:
u pecador me confesso a Deus todo-
poderoso,à bem-aventurada sempre
Virgem Maria, ao bem-aventurado são
Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado são
João Batista, aos santos apóstolos são
Pedro e são Paulo, a todos os Santos, e a
vós irmãos, que pequei muitas vezes, por
pensamentos, palavras, obras e omissões,
por minha culpa, minha culpa, minha
máxima culpa. Portanto, rogo à bem-
aventurada Virgem Maria, ao bem-
aventurado são Miguel Arcanjo, ao bem-
aventurado são João Batista, aos santos
apóstolos são Pedro e são Paulo, a todos
os Santos, e a vós irmãos, que rogueis por
mim a Deus Nosso Senhor.
onfiteor Deo omnipotenti, beatæ
Mariæ semper Virgini, beato
Michæli Archangelo, beato Joanni
Baptistæ, sanctis Apostolis Petro et
Paulo, omnibus Sanctis, et tibi, pater:
quia peccavi nimis cogitatione, verbo, et
opere: percutiunt sibi pectus ter, dicentes:
mea culpa, mea culpa, mea maxima
culpa. Ideo precor beatam Mariam
semper Virginem, beatum Michælem
Archangelum, beatum Joannem
Baptistam, sanctos Apostolos Petrum et
Paulum, omnes Sanctos, et te, pater, orare
pro me ad Dominum Deum nostrum.
Celebrante: V. Que Deus onipotente se compadeça de
vós, e perdoando os vossos pecados, vos
conduza à vida eterna.
V. Misereatur vestri omnipotens Deus, et
dimissis peccatis vestris, perducat vos ad
vitam æternam.
R. Amém. R. Amen. Fazendo o sinal da cruz, o celebrante diz:
V.Indulgência absolvição, e remissão
dos nossos pecados, conceda-nos o
Senhor onipotente e misericordioso.
V. Indulgentiam absolutionem, et
remissionem peccatorum nostrorum,
tribuat nobis omnipotens et misericors
Dominus:
R. Amém. R. Amen. O celebrante, inclinado, diz:
V. Ó Deus, voltando-vos para nós nos
dareis a vida.
V. Deus, tu conversus vivificabis nos.
R. E o vosso povo se alegrará em vós. R. Et plebs tua lætabitur in te.
V.Mostrai-nos, Senhor, a vossa
misericórdia.
V. Ostende nobis Domine, misericordiam
tuam.
R. E dai-nos a vossa salvação. R. Et salutare tuum da nobis.
V.Ouvi, Senhor, a minha oração. V. Domine, exuadi orationem meam.
R. E chegue até vós o meu clamor. R. Et clamor meus ad te veniat.
E C
E C
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49
V. O Senhor seja convosco. V. Dominus vobiscum.
R. E com o vosso espírito. R. Et cum spiritu tuo. O celebrante sobe ao altar, dizendo:
Oremos.
Pedimos-vos, Senhor, afasteis de
nós as nossas iniquidades, para que, com
almas puras, mereçamos entrar no Santo
dos Santos. Por Cristo Jesus Nosso
Senhor. Amém
Oremus.
Aufer a nobis, quæsumus,
Domine, iniquitates nostras: ut ad Sancta
sanctorum puris mereamur mentibus
introire. Per Christum Dominum nostrum.
Amen.
O celebrante beija o altar, e inclinado, diz a seguinte oração: Nós vos suplicamos, Senhor, pelos
méritos de vossos santos, (beijando o
centro do altar) cujas relíquias aqui se
encontram, e de todos os demais santos,
vos digneis perdoar todos os nossos
pecados. Amém.
Oramus te, Domine, per merita
Sanctorum tuorum, quorum reliquiæ hic
sunt, et omnium Sanctorum: ut indulgere
digneris omnia peccata mea. Amen.
PRIMEIRA PARTE: ANTE-MISSA
Nas Missas solenes, incensa-se o altar.
O celebrante vai para o lado da Epístola, e lê o Introito. Canto solene de entrada, o Intróito como que
enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Às primeiras palavras, todos se benzem, ao mesmo
tempo que o celebrante.
INTRÓITO [ver Missa do dia]
KYRIE ELEISON
O celebrante, no meio do altar, diz, alternadamente com os assistentes:
Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Kyrie eleison.
R. Kyrie eleison.
Kyrie eleison.
R. Christe eleison.
Christe eleison.
R. Christe eleison.
Kyrie eleison.
R. Kyrie eleison.
Kyrie eleison.
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50
GLORIA IN EXCELSIS
Canto de alegria, o Gloria in excelsis só se diz nas missas de caráter festivo: Domingos (fora do Advento,
Septuagésima e Quaresma), Tempos do Natal, Tempo Pascal, festas de Nosso Senhor, da Santíssima Virgem,
dos Anjos e dos Santos, e Missas votivas solenes. Omite-se em todas as outras Missas.
LÓRIA A DEUS NAS
ALTURAS!
E paz na terra aos homens de
boa vontade.
Senhor Deus, Rei dos céus,
Deus Pai onipotente.
Nós vos louvamos.
Nós vos bendizemos.
Nós vos adoramos.
Nós vos glorificamos.
Nós vos damos graças, por
vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho
Unigênito. Senhor Deus,
Cordeiro de Deus, Filho de
Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do
mundo, tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do
mundo, acolhei a nossa
súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só vós sois Santo.
Só vós sois o Senhor.
Só vós o Altíssimo, Jesus
Cristo.
Com o Espírito Santo, na glória de
Deus Pai.
Amém.
LORIA IN EXCELSIS
DEO.
Et in terra pax hominibus
bonæ voluntatis.
Laudamus te.
Benedicimus te.
Adoramus te.
Glorificamus te.
Gratias agimus tibi propter
magnam gloriam tuam.
Domine Deus, Rex coelestis,
Deus Pater omnipotens.
Domine Fili unigenite, Jesu
Christe. Domine Deus, Agnus
Dei, Filius Patris.
Qui tollis peccata mundi,
miserere nobis.
Qui tollis peccata mundi,
suscipe deprecationem
nostram.
Qui sedes ad dexteram Patris,
miserere nobis.
Quoniam tu solus Sanctus.
Tu solus Dominus.
Tu solus Altissimus, Jesu
Christe.
Cum Sancto Spiritu in gloria Dei
Patris.
Amen.
O celebrante beija o altar, volta-se ao povo e diz: V. O Senhor seja convosco. V. Dominus vobiscum.
R. E com vosso espírito. R. Et cum spiritu tuo.
Oremos. Oremus.
COLETA O celebrante, diante do missal, recita a COLETA. Breve oração que resume e apresenta a Deus os votos de
toda a assembléia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia. [ Ver Missa do dia]
Conclusão: ...por todos os séculos dos séculos.
R. Amém.
...per ómnia saéculua saeculorum.
R. Amen
G G
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51
EPÍSTOLA Nas Missas solenes, a Epístola é cantada pelo subdiácono. Nas outras é lida pelo celebrante, em voz alta.
[Ver Missa do dia] No fim, os assistentes respondem:
R. Demos graças a Deus! R. Deo Grátias!
GRADUAL, ALELUIA, TRACTO
No Tempo da Septuagésima, o Alleluia é substituído pelo Tracto. No Tempo Pascal, omite-se o Gradual, e
dizem-se dois Alleluia.
[Ver Missa do dia]
EVANGELHO O celebrante, ao meio do altar, profundamente inclinado, diz:
Purificai-me, Deus onipotente, o
coração e os lábios, Vós que purificastes
os lábios do profeta Isaías com um carvão
em brasa; pela vossa misericordiosa
bondade, dignai-Vos purificar-me, de
vosso santo Evangelho.
Dignai-Vos, Senhor, abençoar-me. –
R.Esteja o Senhor no meu coração e nos
meus lábios, para digna e
competentemente proclamar o seu
Evangelho. Ámem.
Munda cor meum ac lábia mea,
omnípotens Deus, qui lábia Isaíae
prophétae cálculo mundásti igníto: ita me
tua grata miserratióne dignáre mundáre,
ut sanctum evangélium tuum digne
váleam nuntiáre. Per Christum Dómine
nostrum. Amem.
Jube, Dómine, bene, benedicere.
R.Dominus sit in corde meo et in labiis
meis: ut digne et competenter annuntiem
evangelium suum. Amen.
Passa para o lado esquerdo do altar, e lê ou canta o Evangelho. Nas Missas solenes, o Evangelho é cantado
pelo diácono, o qual, antes disso, diz, de joelhos: Munda cor meum, etc., e em seguida pede a benção ao
celebrante: Purificai-me, etc.
V. Dai-me, senhor, a vossa benção.
R. Esteja o Senhor no teu coração e nos
teus lábios, para digna e
competentemente proclamares o seu
Evangelho. Em nome do Pai e do Filho
e do Espírito Santo. Ámem.
V. Jube, domne, benedícere.
R. Dominus sit in corde tuo, et in lábiis
tuis, ut digne et competénter annúnties
evangélium suum: in nómine Patris, et
Fílii, et Spíritus Sanctis. Amen.
Toda a assistência está de pé. Às primeiras palavras - Sequentia, etc. faz-se o sinal da cruz na testa, na boca
e no peito.
Proclamação solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a Leitura ou o
canto do Evangelho, que nos recorda sempre um episódio da vida ou um ponto de doutrina do Salvador,
rodeia-se de certa solenidade. A assembléia conserva-se de pé, por veneração e respeito para com a palavra
de Deus. Nas Missas solenes organiza-se uma pequena procissão. Incensa-se o Livro dos Evangelhos e
acompanha-se com círios acesos
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52
V. O Senhor seja convosco V. Dominus vobiscum.
R. E com vosso espírito. R. Et cum spiritu tuo.
ontinuação do santo Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo
NN.
EQUENTIA sancti Evangelii
secundum NN.
No fim, os assistentes respondem: R. Glória a Vós Senhor. R. Glória tibi, Domine.
[Ver Evangelho do dia] No fim, responde-se:
R. Louvor a vós ó Cristo. R. Laus tibi, Christe
O celebrante beija o sagrado texto, dizendo: Por este santo Evangelho
proclamado, sejam perdoados os nossos
pecados.
Per evangelica dicta deleantur
nostra delicta.
CREDO
O celebrante vai ao meio do altar e diz o Credo. Este só se diz aos domingos, nas festas de 1a. classe, nas
festas de Nosso Senhor, de Nossa Senhora, nas festas natalícias (nascimento para o céu) dos Aóstolos e
Evangelistas, dos Doutores da Igreja e nas missas votivas solenes.
REIO em um só Deus, Pai onipotente,
criador do céu e da terra, de todas as
coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só
Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus
,nascido do Pai, antes de todos os séculos:
Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de
Deus verdadeiro. Gerado, não criado,
consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas
foram feitas. Ele, por amor de nós, e para
nossa salvação, desceu dos céus; e (todos se
ajoelham) SE ENCARNOU POR OBRA DO
ESPÍRITO SANTO, EM MARIA VIRGEM,
E SE FEZ HOMEM. Também por amor de
nós foi crucificado, sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao
terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu
aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
E de novo há de vir, em sua glória, para
julgar os vivos e os mortos; E o seu reino não
terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que
dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com
o Pai e o Filho é igualmente adorado e
glorificado: ele o que falou pelos profetas.
Creio na Igreja, una, santa, católica e
apostólica. Professo um só Batismo, para a
remissão dos pecados. E espero a ressurreição
dos mortos e a vida do mundo que há de vir.
Amém
REDO in unum Deum, Patrem
omnipotentem, factorem coeli et terræ,
visibilium omnium et invisibilium. Et in
unum Dominum Jesum Christum, Filium Dei
unigenitum. Et ex Patre natum ante omnia
sæcula. Deum de Deo, lumen de lumine,
Deum verum de Deo vero. Genitum, non
factum, consubstantialem Patri: per quem
omnia facta sunt. Qui propter nos homines, et
propter nostram salutem descendit de coelis.
Hic genuflectitur ET INCARNATUS EST
DE SPIRITU SANCTO EX MARIA
VIRGINE: ET HOMO FACTUS EST.
Crucifixus etiam pro nobis; sub Pontio Pilato
passus, et sepultus est. Et resurrexit tertia die,
secundum Scripturas. Et ascendit in coelum:
sedet ad desteram Patris. Et iterum venturus
est cum gloria judicare vivos et mortuos:
cujus regni non erit finis. Et in Spiritum
Sanctum, Dominum et vivificantem: qui ex
Patre, Filioque procedit. Qui cum Patre, et
Filio simul adoratur et conglorificatur: qui
locutus est per Prophetas. Et unam, sanctam,
catholicam et apostolicam Ecclesiam.
Confiteor unum baptisma in remissionem
peccatorum. Et exspecto resurrectionem
mortuorum. Et vitam venturi sæculi. Amen.
C S
C C
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53
SEGUNDA PARTE: SACRIFÍCIO
OFERTÓRIO
Preparação para o Sacrifício
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. O celebrante oscula o
altar e volta-se ao povo com esta saudação:
V. O Senhor seja convosco. V. Dominus vobiscum.
R. E com vosso espírito. R. Et cum spiritu tuo.
OREMOS:
Nas Missas solenes, enquanto o coro canta a antífona do Ofertório, o subdiácono leva para o altar o cálix e a
patena com a hóstia, que o diácono apresenta ao celebrante. O acólito leva as galhetas com o vinho e a água.
[Ver Missa do dia]
Ofertório do Pão e do Vinho.
O celebrante oferece o pão e coloca-o na patena. Coloquemos também na patena, hóstias pequenas à beira
da grande, ofereçamo-nos com ela ao Senhor.
Oferecimento do pão:
ecebei, santo Pai, onipotente e eterno
Deus, esta hóstia imaculada, que eu
vosso indigno servo, vos ofereço, ó meu
Deus, vivo e verdadeiro, por meus
inumeráveis pecados, ofensas, e
negligências, por todos os que circundam
este altar, e por todos os fiéis vivos e
falecidos, afim de que, a mim e a eles,
este sacrifício aproveite para a salvação
na vida eterna. Amém
uscipe, sancte Pater, omnipotens
æterne Deus, hanc immaculatam
hostiam, quam ego indignus famulus tuus
offero tibi, Deo meo vivo et vero, pro
innumerabilibus peccatis, et
offensionibus, et negligentiis meis, et pro
omnibus circumstantibus, sed et pro
omnibus fidelibus Christianis vivis atque
defunctis: ut mihi, et illis proficiat ad
salutem in vitam æternam. Amen. Ao lado direito do altar, o celebrante deita vinho no cálix, a que mistura umas gotas de água, dizendo a
seguinte oração:
Deus, que maravilhosamente
criastes em sua dignidade a natureza
humana e mais prodigiosamente ainda a
restaurastes, concedei-nos, que pelo
mistério desta água e deste vinho, sermos
participantes da divindade daquele que se
dignou revestir-se de nossa humanidade,
Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor Nosso,
que sendo Deus convosco vive e reina em
união com o Espírito Santo, por todos os
séculos dos séculos. Amém.
eus, qui humanæ substantiæ
dignitatem mirabiliter condidisti, et
mirabilius reformasti: da nobis per hujus
aquæ et vini mysterium, ejus divinitatis
esse consortes, qui humanitatis nostræ
fieri dignatus est particeps, Jesus Christus
Filius tuus Dominus noster: Qui tecum
vivit et regnat in unitate Spiritus Sancti
Deus: per omnia sæcula sæculorum.
Amen.
R S
Ó D
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54
No meio do altar, o celebrante faz o oferecimento do cálix:
ós vos oferecemos Senhor, o cálice
da salvação, suplicando a vossa
clemência. Que ele suba qual suave
incenso à presença de vossa divina
majestade, para salvação nossa e de todo
o mundo. Amém.
fferimus tibi, Domine, calicem
salutaris, tuam deprecantes
clementiam: ut in conspectu divinæ
maiestatis tuæ, pro nostra et totius mundi
salute, cum odore suavitatis ascendat.
Amen.Depois, inclinando-se diz:
m espírito de humildade e coração
contrito, sejamos por vós acolhidos,
Senhor. E assim se faça hoje este nosso
sacrifício em vossa presença, de modo
que vos seja agradável, ó Senhor Nosso
Deus.
n spiritu humilitatis et in animo
contrito suscipiamur a te, Domine: et
sic fiat sacrificum nostrum in conspectu
tuo hodie, ut placeat tibi, Domine Deus.
Invocação do Espírito Santo:
inde, ó Santificador, onipotente e
eterno Deus e, abençoai este
sacrifício preparado para glorificar o
vosso santo nome
eni, Sanctificator, omnipotens
æterne Deus: et bene dic hoc
sacrificum, tuo sancto nomini
præparatum.
INCENSAÇÃO
Segue-se, nas Missas solenes, o rito da incensão. São incensadas primeiro as oblatas, depois a cruz, o altar,
celebrante, ministros e fiéis.
BENÇÃO DO INCENSO:
ela intercessão do bem-aventurado
são Miguel Arcanjo, que está à direita
do altar do incenso, e de todos os seus
eleitos, digne-se o Senhor abençoar
este incenso, e recebê-lo qual suave
perfume. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Amém,
er intercessionem beati Michaëlis
archangeli, stantis a dextris altaris
incensi, et omnium electorum suorum,
incensum istud dignetur Dominus bene
dicere, et in odorem suavitatis accipere.
Per Christum Dominum nostrum. Amen
O celebrante incensa primeiro as oblatas:
ue este incenso, por vós abençoado,
se eleve até vós, e desça sobre nós a
vossa misericórdia.
ncensum istud, a te benedictum,
ascendat ad te, Domine, et descendat
super nos misericordia tua.
N O
E I
V V
P P
Q I
Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
55
Em seguida incensa a cruz e o altar, dizendo entretanto os seguintes versículos, tirados do Salmo 140:
uba como incenso até vós, Senhor, a
minha oração; e como o sacrifício
vespertino, seja a elevação das minhas
mãos. Colocai Senhor uma guarda à
minha boca, e uma sentinela à porta de
meus lábios, para que meu coração não se
deixe arrastar por palavras de maldade,
procurando pretextos para pecar.
irigatur, Domine, oratio mea, sicut
incensum in conspectu tuo: elevatio
manuum mearum sacrificium
vespertinum. Pone, Domine, custodiam
ori meo, et ostium circumstantiæ labiis
meis: ut non declinet cor meum in verba
malitiæ, ad excusandas excusationes in
peccatis. O celebrante entrega o turíbulo ao diácono, dizendo:
cenda o Senhor em nós o fogo do
seu amor e a chama de sua eterna
caridade. Amém
ccendat in nobis Dominus ignem sui
amoris, et flammam æterne caritatis.
Amen. O diácono incensa o celebrante, e depois o clero. Nas Missas de defuntos, é incensado só o
celebrante.
LAVABO
O celebrante vai à direita do altar e lava as mãos, dizendo entretanto os seguintes versículos do salmo 25:
avo as minhas mãos entre os
inocentes, e me aproximo do vosso
altar,
ó Senhor, para ouvir o cântico dos
vossos louvores, e proclamar todas as
vossas maravilhas.
Eu amo, Senhor, a beleza da vossa
casa, e o lugar onde reside a vossa glória.
Não me deixeis, ó Deus, perder a
minha alma com os ímpios, nem a minha
vida com os sanguinários.
Em suas mãos se encontram
iniquidades, sua direita está cheia de
dádivas.
Eu porém, tenho andado na
inocência. Livrai-me, pois, e tende
piedade de mim.
Meus pés estão firmes no caminho
reto. Eu te bendigo, Senhor, nas
assembléias dos justos.
Glória ao Pai...
avabo inter innocentes manus meas:
et circumdabo altare tuum, Domine.
Ut audiam vocem laudis: et
enarrem universa mirabila tua.
Domine, dilexi decorem domus
tuæ: et locum habitationis gloriæ tuæ.
Ne perdas cum impiis, Deus,
animam meam: et cum viris sanguinum
vitam meam.
In quorum manibus iniquitates
sunt: dextera eorum repleta est
muneribus.
Ego autem in innocentia mea
ingressus sum: redime me, et miserere
mei.
Pes meus stetit in directo: in
ecclesiis benedicam te, Domine.
Gloria Patri, et Filio, et Spiritui
Sancto.
Sicut erat in principio, et nunc, et
semper: et in sæcula sæculorum. Amen.
Nas Missas de defuntos e do Tempo da Paixão omite-se o Gloria Patri.
S D
A A
L L
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56
Oração à Santíssima Trindade
Inclinado, ao meio do altar, o celebrante diz:
ecebei, ó Trindade Santíssima, esta
oblação, que vos oferecemos em
memória da Paixão, Ressurreição e
Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e
em honra da bem-aventurada e sempre
Virgem Maria, de são João Batista, dos
santos apóstolos Pedro e Paulo, e de todos
os Santos; para que, a eles sirva de honra
e a nós de salvação, e eles se dignem
interceder no céu por nós que na terra
celebramos sua memória. Pelo mesmo
Cristo, Senhor Nosso. Amém.
uscipe, sancta Trinitas, hanc
oblationem, quam tibi offerimus ob
memoriam passionis, resurrectionis, et
ascensionis Jesu Christi, Domini nostri, et
in honorem beatæ Mariæ semper
Virginis, et beati Ioannis Baptistæ, et
sanctorum apostolorum Petri et Pauli, et
istorum, et omnium sanctorum: ut illis
proficiat ad honorem, nobis autem ad
salutem: et illi pro nobis intercedere
dignentur in cælis, quorum memoriam
agimus in terris. Per eumdem Christum
Dominum nostrum. Amen. Voltando-se para a assistência, o celebrante convida-a a orar com ele:
Orate Frates e Secreta
O celebrante volta-se para os fiéis e convida-os a que orem com ele para que Deus Se digne aceitar-lhes o
sacrifício comum:
rai irmãos, para que este sacrifício,
que também é vosso, seja aceito e
agradável a Deus Pai Onipotente
rate fratres, ut meum ac vestrum
sacrificium acceptabile fiat apud
Deum Patrem omnipotentem.
Resposta da assistência: R. Receba, o Senhor, de vossas mãos este
sacrifício, para louvor e glória de seu
nome, para nosso bem e de toda a sua
santa Igreja. Amém
R. Suscipiat Dominus sacrificium de
manibus tuis (vel meis) ad laudem et
gloriam nominis sui, ad utilitatem quoque
nostram, totiusque Ecclesiæ suæ sanctæ.
Amem Em seguida lê a Secreta. À Secreta principal, podem, em certas Missas, ajuntar-se outras, em número igual e
segundo as mesmas regras da Colecta.
SECRETA
[Ver Missa do dia]
A Secreta diz-se, como o nome indica, em secreto. No entanto, para que os fiéis possam corroborar com um
amém toda a ação do ofertório que terminou, o celebrante conclui em voz alta:
...Por todos os séculos dos séculos. ...Per omnia sæcula sæculorum.
R. Amém. R. Amen.
R S
O O
Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
57
CÂNON MISSÆ
Oblação do Sacrifício
O Cânon constitui a parte central da Missa. Com o Prefácio, começa a grande <prece
eucarística>, a solene oração sacerdotal da Igreja e oblação propriamente dita do
Sacrifício. Curto diálogo introdutório entre o celebrante e a assembléia desperta nas almas
os sentimentos de ação de graças que convêm à celebração dos santos mistérios.
V. O Senhor seja convosco. V Dominus vobiscum.
R. E com o vosso espírito. R. Et cum spiritu tuo.
V. Para o alto os corações. V Sursum corda.
R. Já os temos para o Senhor R. Habemus ad Dominum.
V. Demos graças ao Senhor, nosso Deus. V. Gratias agamus Domino Deo nostro
R. É digno e justo. R. Dignum et justum est.
PREFÁCIO COMUM
Este prefácio diz-se sempre que a Missa o não tiver próprio. Ver a seguir, os Prefácios próprios:
erdadeiramente é digno e justo,
razoável e salutar, que, sempre e em
todo lugar vos demos graças, ó Senhor
santo, Pai onipotente, eterno Deus, por
Jesus Cristo, Nosso Senhor. É por ele que
os Anjos louvam a vossa Majestade, as
Dominações a adoram, tremem as
Potestades. Os céus, as virtudes dos céus,
e os bem- aventurados Serafins a
celebram com recíproca alegria. Aos seus
cânticos, vo-lo pedimos, deixai que se
unam nossas vozes, para cantarmos em
súplice louvor:
ere dignum et justum est, aequum et
salutare, nos tibi semper, et ubique
gratias agere: Domine sancte, Pater
omniopetens, aeterne Deus. Per Christum
Dominum nostrum, per quem majestatem
tuam laudant angeli, adorant
dominationes, tremunt potestates; coeli
coelorumque virtutes, ac beata seraphim,
socia exsultatione concelebrant: cum
quibus et nostras voces ut admitti jubeas
deprecamur, supplici confessione
dicentes:
anto, Santo, Santo, Senhor Deus do
universo.
O Céu e a Terra proclamam a vossa glória
. Hosana nas alturas.
Bendito o que vem em nome do Senhor.
Hosana nas alturas!
anctus, Sanctus, Sanctus, Dominus
Deus Sabaoth.
Pleni sunt cæli et terra gloria tua.
Hosanna in excelsis.
Benedictus qui venit in nomine Domini.
Hosanna in excelsis.
V V
S S
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58
Continuação do Cânon
O celebrante, profundamente inclinado, beija o altar e continua a grande oração sacerdotal.
vós, Pai clementíssimo, por Jesus
Cristo vosso Filho e Senhor nosso,
humildemente rogamos e pedimos
aceiteis e abençoeis estes dons, estas
dádivas, estas santas oferendas ilibadas.
e igitur, clementissime Pater, per
Jesum Christum Filium tuum,
Dominum nostrum, supplices rogamus ac
petimus, uti accepta habeas, et benedicas,
hæc dona, hæc munera, hæc sancta
sacrificia.illibata;Oração por toda a Igreja, em especial pela hierarquia:
ós Vo-los oferecemos, em primeiro
lugar, pela vossa santa Igreja
católica, à qual vos dignai conceder a paz,
proteger, conservar na unidade e
governar, através do mundo inteiro, e
tamém pelo vosso servo o nosso Papa...,
pelo nosso Bispo..., e por todos os
(bispos) ortodoxos, aos quais incumbe a
guarda da fé católica e apostólica.
n primis, quae tibi offérimus pro
Ecclésia tua sancta cathólica: quam
pacificáre, custódire, adunáre et régere
dignéris toto orbe terrárum: una cum
fámulo tuo Papa nostro N. et Antístite
nostro N. et ómnibus orthodoxis, atque
cathólicae et apostólicae fídei cultóribus.
Memento dos vivos
embrai-vos, Senhor, de vossos servos
e servas NN., e de todos os que aqui
estão presentes, cuja fé e devoção
conheceis, e pelos quais vos oferecemos,
ou eles vos oferecem, este sacrifício de
louvor, por si e por todos os seus, pela
redenção de suas almas, pela esperança de
sua salvação e de sua conservação, e
consagram suas dádivas a vós, o Deus
eterno, vivo e verdadeiro.
emento, Domine, famulorum,
famularumque tuarum N. et N. et
omnium circumstantium, quorum tibi
fides cognita est, et nota devotio, pro
quibus tibi offerimus: vel qui tibi offerunt
hoc sacrificium laudis pro se, suisque
omnibus: pro redemptione animarum
suarum, pro spe salutis, et incolumitatis
suæ: tibique reddunt vota sua æterno Deo,
vivo et vero.Memória dos Santos
nidos na mesma comunhão ,
veneramos primeiramente a
memória da gloriosa e sempre Virgem
Maria, Mãe de Deus e Senhor Nosso
Jesus Cristo,*a dos vossos bem-
aventurados Apóstolos e Mártires: Pedro
e Paulo, André, Tiago, João e Tomé,
Tiago, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Simão
e Tadeu, Lino, Cleto, Clemente, Xisto,
Cornélio, Cipriano, Lourenço, Crisógono,
João e Paulo, Cosme e Damião, e a de
todos os vossos santos. Por seus méritos e
preces, concedei-nos, sejamos sempre
fortalecidos com o socorro de vossa
proteção. Pelo mesmo Cristo, Senhor
Nosso. Amém.
ommunicantes, et memoriam
venerantes, in primis gloriosæ
semper Virginis Mariæ, Genitricis Dei et
Domini nostri Jesu Christi: * sed et
beatorum Apostolorum ac Martyrum
tuorum, Petri et Pauli, Andreæ, Jacobi,
Joannis, Thomæ, Jacobi, Philippi,
Bartholomæi, Matthæi, Simonis, et
Thaddæi, Lini, Cleti, Clementis, Xysti,
Cornelii, Cypriani, Laurentii,
Chrysógoni,Joannis et Pauli, Cosmæ et
Damiani, et omnium Sanctorum tuorum;
quorum meritis precibusque concedas, ut
in omnibus protectionis tuæ muniamur
auxilio. Per eundem Christum Dominum
nostrum. Amen.
A T
N I
L M
U C
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59
Estendendo as mãos sobre as oblatas, o celebrante diz:
or isso, vos rogamos, Senhor, aceiteis
favoravelmente a homenagem de
servidão que nós e toda a vossa Igreja vos
prestamos, firmai os nossos dias em vossa
paz, arrancai-nos da condenação eterna, e
colocai-nos entre os vossos eleitos. Por
Jesus Cristo, Senhor Nosso. Amém.
anc igitur oblationem servitutis
nostræ, sed et cunctæ familiæ tuæ,
quæsumus, Domine, ut placatus accipias:
diesque nostros in tua pace disponas,
atque ab æterna damnatione nos eripi, et
in electorum tuorum jubeas grege
numerari. Per Christum Dominum
nostrum. Amen. Da Vigília pascal ao sábado <in albis> e desde a Vigília do Pentecostes até ao sábado seguinte, diz-se:
or esta oblação que vos oferecemos
também por aqueles que dignastes
regenerar pela água e pelo Espírito Santo,
dando-lhes a remissão de todos os
pecados. *
anc igitur oblationem servitutis
nostræ, sed et cunctæ familiæ tuæ,
quam tibi offerimus pro his quoque, quos
regenerare dignatus es ex aqua et Spiritu
Sancto, tribuens eis remissionem omnium
peccatorum: * O celebrante abençoa as oblatas dizendo:
ós vos pedimos, ó Deus, que esta
oferta seja por vós em tudo,
abençoada, aprovada, ratifi cada,
digna e aceitável a vossos olhos, afim de
que se torne para nós o no Corpo e
Sangue do Vosso Filho amantíssimo,
Nosso Senhor Jesus Cristo.
uam oblationem tu, Deus, in omnibus,
quæsumus, bene dictam,
adscriptam, ratam, rationabilem,
acceptabilemque facere digneris: ut nobis
Corpus, et Sanguis fiat dilectissimi
Filii tui Domini nostri Jesu Christi.
P H
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60
CONSAGRAÇÃO
Inclina-se sobre o altar, e profere as palavras da consagração da Hóstia. Em seguida adora-a, e eleva-a aos olhos
dos assistentes, para que todos a adorem em silêncio. O mesmo faz, depois, para a consagração do Cálix.
le, na véspera de sua paixão, tomou o
pão em suas santas e veneráveis mãos, e
elevando os olhos ao céu para vós, ó Deus,
seu Pai onipotente, dando-vos graças,
benzeu-o, partiu-o e deu-o a seus
discípulos, dizendo: Tomai e Comei Dele,
Todos.
ui pridie quam pateretur, accepit panem
in sanctas ac venerabiles manus suas, et
elevatis oculis in cælum ad te Deum Patrem
suum omnipotentem, tibi gratias agens,
benedixit, fregit, deditque discipulis suis,
dicens: Accipite, et manducate ex hoc
omnes.
ISTO É O MEU
CORPO
HOC EST ENIM
CORPUS MEUM
Consagração do Cálix:
e igual modo, depois de haver ceado,
tomando também este precioso cálice
em suas santas e veneráveis mãos, e
novamente dando-vos graças, benzeu-o e
deu-o a seus discípulos, dizendo: Tomai e
Bebei Dele Todos.
imili modo postquam cænatum est,
accipiens et hunc præclarum Calicem in
sanctas ac venerabiles manus suas: item tibi
gratias agens, benedixit, deditque
discipulis suis, dicens: Accipite, et bibite ex
eo omnes
ESTE É O CÁLIX DO
MEU SANGUE, DO
SANGUE DA NOVA E
ETERNA ALIANÇA:
(MISTÉRIO DA FÉ!) O
QUAL SERÁ
DERRAMADO POR
AMOR DE VÓS E DE
TODOS OS HOMENS
PARA A REMISSÃO DOS
PECADOS. TODAS AS
VEZES QUE ISTO
FIZERDES, FAZEI-O EM
MEMÓRIA DE MIM
HIC EST ENIM CALIX
SANGUINIS MEI, NOVI
ET ÆTERNI
TESTAMENTI:
(MYSTERIUM FIDEI)
QUI PRO VOBIS ET PRO
MULTIS EFFUNDETUR
IN REMISSIONEM
PECCATORUM. HÆC
QUOTIESCUMQUE
FECÉRIT, IN MEI
MEMÓRIAM FACIÉTIS.
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D S
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61
O celebrante continua depois as orações do Cânon:
or esta razão, Senhor, nós, vossos
servos, com o vosso povo santo,
lembrando-nos da bem-aventurada Paixão
do mesmo Cristo, vosso Filho e Senhor
Nosso, assim como de sua Ressurreição,
saindo vitorioso do sepulcro, e de sua
gloriação Ascensão aos céus, oferecemos à
vossa augusta Majestade, de vossos dons e
dádivas, a Hóstia pura, a Hóstia santa, a
Hóstia imaculada, o Pão santo da vida
eterna, e o Cálice da salvação perpétua.
obre estes dons, vos pedimos digneis
lançar um olhar favorável, e recebê-los
benignamente, assim como recebeste as
ofertas do justo Abel, vosso servo, o
sacrifício de Abraão, pai de nossa fé, e o que
vos ofereceu vosso sumo sacerdote
Melquisedeque, Sacrifício santo, Hóstia
imaculada.
nde et memores, Domine, nos servi tui
sed et plebs tua sancta, eiusdem Christi
Filii tui Domini nostri tam beatæ Passionis,
nec non et ab inferis Resurrectionis, sed et in
cælos gloriosæ Ascensionis: offerimus
præclaræ maiestati tuæ de tuis donis ac datis,
hostiampuram, hostiam sanctam,
hostiam immaculatam, Panem sanctum
vitæ æternæ, et Calicem salutis perpetuæ.
upra quæ propitio ac sereno vultu
respicere digneris; et accepta habere,
sicuti accepta habere dignatus es munera
pueri tui justi Abel, et sacrificium Patriarchæ
nostri Abrahæ: et quod tibi obtulit summus
sacerdos tuus Melchisedech, sanctum
sacrificium, immaculatam hostiam.
Profundamente inclinado, o celebrante diz:
uplicantes vos rogamos, ó Deus
onipotente, que, pelas mãos de vosso
santo Anjo, mandeis levar estas ofertas ao
vosso Altar sublime, à presença de vossa
divina Majestade, para que, todos os que,
participando deste altar, recebermos o
sacrossanto Corpo, e Sangue de vosso
Filho, sejamos repletos de toda a bênção
celeste e da Graça.Pelo mesmo Jesus Cristo,
Nosso Senhor. Amém.
upplices te rogamus, omnipotens Deus,
jube hæc perferri per manus sancti
Angeli tui in sublime altare tuum, in
conspectu divinæ majestatis tuæ: ut quoquot
ex hac altaris partecipatione sacrosanctum
Filii tui Corpus, et Sanguinem
sumpserimus, omni benedictione cælesti et
gratia repleamur. Per eumdem Christum
Dominum nostrum. Amen.
Memento dos defuntos:
embrai-vos, também, Senhor, de vossos
servos e servas (NN. e NN. ), que nos
precederam, marcados com o sinal da fé, e
agora descansam no sono da paz.
A estes, Senhor, e a todos os mais
que repousam em Jesus Cristo, nós vos
pedimos, concedei o lugar do descanso, da
luz e da paz. Pelo mesmo Jesus Cristo,
Nosso Senhor. Amém
emento etiam, Domine, famulorum
famularumque tuarum N. et N. qui
nos præcesserunt cum signo fidei, et
dormiunt in somno pacis
Ipsis, Domine, et omnibus in Christo
quiescentibus, locum refrigerii, lucis et
pacis, ut indulgeas , deprecamur. Per
eumdem Christum Dominum nostrum.
Amen.
P
S
U
S
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62
O celebrante bate no peito, dizendo:
ambém a nós, pecadores, vossos servos,
que esperamos na vossa infinita
misericórdia, dignai-vos conceder um lugar
na comunidade de vossos santos Apóstolos e
Mártires: João, Estevão, Matias, Barnabé,
Inácio, Alexandre, Marcelino, Pedro,
Felicidade, Perpétua, Águeda, Luzia, Inês,
Cecília, Anastácia, e com todos os vossos
Santos. Unidos a eles pedimos, vos digneis
receber-nos, não conforme nossos méritos
mas segundo a vossa misericórdia.Por Jesus
Cristo Nosso Senhor. Amém.
obis quoque peccatoribus, extensis
manibus ut prius, secrete prosequitur:
famulis tuis, de multitudine miserationum
tuarum sperantibus, partem aliquam, et
societatem donare digneris, tuis sanctis
Apostolis et Martyribus: cum Joanne,
Stephano, Matthia, Barnaba, Ignatio,
Alexandro, Marcellino, Petro, Felicitate,
Perpetua, Agatha, Lucia, Agnete, Cæcilia,
Anastasia, et omnibus Sanctis tuis: intra
quorum nos consortium non æstimator
meriti, sed veniæ, quæsumus, largitor
admitte. Per Christum Dominum nostrum.
Por Ele, ó Senhor, sempre criais,
santificais, vivificais, abençoais, e nos
concedeis todos estes bens
Per quem hæc omnia Domine,
semper bona creas, sanctificas, vivificas,
benedicis, et præstas nobis.
DOXOLOGIA FINAL
POR ELE, COM E LE E NELE, A VÓS,
DEUS PAI ONIPOTENTE, NA UNIDADE DO
ESPÍRITO SANTO, TODA A HONRA E TODA A
GLÓRIA
PER IPSUM, ET CUM IPSO, ET IN IPSO, EST
TIBI DEO PATRI OMNIPOTENTI, IN UNITATE
SPIRITUS SANCTI, OMNIS HONOR
ET..GLORIA.
O celebrante termina em voz alta:
V. POR TODOS OS SÉCULOS DOS SÉCULOS V. PER OMNIA SÆCULA SÆCULORUM
R. Amém. .R. Amen.
COMUNHÃO
Participação no Sacrifício
<<Pater Noster>>
O sacrifício já se ofereceu. Deus aceitou-o, deixou-se apaziguar, e vai-Se-nos dar a Si mesmo em Cristo na Santa
Comunhão. O Celebrante prepara-se e recita a oração dominical, e pede a Deus que nos dê o pão de cada dia e as
disposições de caridade para com Ele e o próximo indispensáveis para bem comungar. Porque receber a Sagrada
Eucaristia é apertar os laços que nos unem com Jesus e com o seu Corpo místico.
OREMOS. Fiéis às ordens do
Senhor e, instruídos pelos divinos
ensinamentos, ousamos dizer:
OREMUS. Præceptis salutaribus
moniti, et divina institutione formati,
audemus dicere:
T N
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63
ai nosso, que estais nos céus, santificado
seja o vosso nome, venha a nós o vosso
reino, seja feita a vossa vontade, assim na
terra como no céu. O pão nosso de cada dia
nos dai hoje, e perdoai-nos as nossas dívidas,
assim como nós perdoamos aos nossos
devedores. E não nos deixeis cair em
tentação,
R. mas livrai-nos do mal
ater noster, qui es in cælis: sanctificetur
nomen tuum: adveniat regnum tuum: fiat
voluntas tua, sicut in cælo, et in terra. Panem
nostrum quotibianum da nobis hodie, et
dimitte nobis debita nostra, sicut et nos
dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos
inducas in tentationem,
R. Sed libera nos a malo.
O celebrante diz Amen em voz baixa, e continua:
ivrai-nos de todos os males, ó Pai,
passados, presentes e futuros, e pela
intercessão da bem-aventurada e gloriosa
sempre Virgem Maria, dos vossos bem-
aventurados apóstolos, Pedro, Paulo, André
e todos os Santos, dai-nos propício a paz em
nossos dias, para que, por vossa
misericórdia, sejamos sempre livres do
pecado, e preservados de toda a perturbação.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que, sendo Deus, convosco vive e reina na
unidade do Espírito Santo,
Por todos os séculos dos séculos.
R. Amém
ibera nos, quæsumus, Domine, ab
omnibus malis, præteritis, præsentibus,
et futuris: et intercedente beata et gloriosa
semper Virgine Dei Genitrice Maria, cum
beatis Apostolis tuis Petro et Paulo, atque
Andrea, et omnibus Sanctis, da propitius
pacem in diebus nostris: ut ope
misericordiæ tuæ adiuti, et a peccato simus
semper liberi, et ab omni perturbatione
securi. Per eumdem Dominum nostrum
Jesum Christum, Filium tuum. Qui tecum
vivit et regnat in unitate Spíritus Sanctis
Deus,
Per ómnia saecula saeculórum.
R. Amen
Fração da Hóstia
O celebrante parte a Hóstia ao meio, de uma das partes tira um pequeno fragmento que deita no preciosíssimo
Sangue, traçando antes, com ele, sobre o Cálix, três vezes, o sinal da cruz, e dizendo:
V. A paz do Senhor seja sempre convosco.
V. Pax Domini sit semper vobis cum.
R. E com o vosso Espírito. R. Et cum spiritu tuo.
Deixa cair uma partícula da Hóstia no cálice e prossegue:
Que esta mistura sacramental do
Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus
Cristo, seja para nós que os vamos receber,
penhor da vida eterna. Amém.
Hæc commixtio et consecratio
Corporis et Sanguinis Domini nostri Jesu
Christi fiat accipientibus nobis in vitam
æternam. Amen.
P P
L L
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64
AGNUS DEI
O celebrante bate três vezes no peito, dizendo:
ordeiro de Deus, que
tirais o pecado do
mundo,
R. Tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo,
R. Tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo,
R. Dai-nos a paz.
gnus Dei, qui tollis
peccata mundi,
R. Miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata
mundi,
R. Miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata
mundi,
R. Dona nobis pacem.
Inclinado, recita a oração seguinte, pela paz da Igreja, depois da qual se dá, nas Missas solenes, o ósculo da paz. O
celebrante dá-o ao diácono, este ao subdiácono, o qual o transmite ao clero presente.
Na Quinta-feira Santa, diz-se das três vezes: miserere nobis. - Nas Missas de Defuntos diz-se: Dona eis requiem; à
terceira vez: dona eis requiem sempiternam. Não se bate no peito. enhor Jesus Cristo, que dissestes aos
vossos apóstolos: "Eu vos deixo a paz,
eu vos dou a minha paz": não olheis os meus
pecados, mas para a fé da vossa Igreja; dai-
lhe, a paz e a unidade, segundo a vossa
misericórdia. Vós que sendo Deus, viveis e
reinais, em união com o Espírito Santo, por
todos os séculos dos séculos. Amém.
omine Jesu Christe, qui dixisti
Apostolis tuis: Pacem relinquo vobis,
pacem meam do vobis: ne respicias peccata
mea, sed fidem Ecclesiæ tuæ: eamque
secundum voluntatem tuam pacificare et
coadunare digneris: qui vivis et regnas Deus,
per omnia sæcula sæculorum. Amen.
Preparação para a Comunhão
Inclinado sobre o altar, o celebrante recita as duas orações seguintes, como preparação imediata para a
Comunhão:
enhor Jesus Cristo, filho de Deus vivo,
que por vontade do Pai, cooperando com
o Espírito Santo, por vossa morte destes a
vida ao mundo. Livrai-me, por este vosso
sacrossanto Corpo e por vosso Sangue, de
todos os meus pecados e de todos os males.
E, fazei que eu observe sempre os vossos
preceitos, e nunca me afaste de Vós, que,
sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai e
o Espírito Santo, por todos os séculos dos
séculos. Amém.
omine Jesu Christe, Fili Dei vivi, qui ex
voluntate Patris, cooperante Spiritu
Sancto, per mortem tuam mundum
vivificasti: libera me per hoc sacrosanctum
Corpus et Sanguinem tuum ab omnibus
iniquitatibus meis, et universis malis: et fac
me tuis semper inhærere mandatis, et a te
numquam separari permittas. Qui cum
eodem Deo Patre et Spiritu Sancto vivis et
regnas Deus in sæcula sæculorum. Amen.
C A
S D
S D
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65
ste vosso Corpo, Senhor Jesus Cristo,
que eu, que sou indigno, ouso receber,
não seja para mim causa de juízo e
condenação, mas por vossa misericórdia,
sirva de proteção e defesa à minha alma e ao
meu corpo, e de remédio aos meus males.
Vós, que sendo Deus, viveis e reinais com
Deus Pai e o Espírito Santo, por todos os
séculos dos séculos. Amém.
erceptio Corporis tui, Domine Jesu
Christe, quod ego, indignus sumere
præsumo, non mihi proveniat in judicium et
condemnationem; sed pro tua pietate prosit
mihi ad tutamentum mentis et corporis, et ad
medelam percipiendam. Qui vivis et regnas
cum Deo Patre in unitate Spiritus Sancti
Deus, per omnia sæcula sæculorum. Amen.
Comunhão do celebrante
O celebrante genuflecte e pegando depois na sagrada Hóstia, diz:
Receberei o Pão do céu e invocarei o
nome do Senhor:
Panem cælestem accipiam, et nomen
Domini invocabo
Em seguida bate três vezes no peito, dizendo: Senhor, eu não sou digno, de que
entreis em minha morada, mas dizei uma só
palavra e a minha alma será salva.
Domine, non sum dignus, ut intres
sub tectum meum: sed tantum dic verbo, et
sanabitur anima mea.Faz sobre si o sinal da cruz com a sagrada Hóstia, antes de a comungar:
Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo
guarde a minha alma para a vida eterna.
Amém.
orpus Domini nostri Jesu Christi
custodiat animam meam in vitam
æternam. Amen.Recolhe-se por uns instantes, e depois recita os seguintes versículos:
Que retribuirei ao Senhor por tudo o
que me tem concedido? Tomarei o Cálice da
salvação e invocarei o nome do Senhor.
Invocarei o Senhor louvando-O, e ficarei
livre de meus inimigos.
Quid retribuam Domino pro omnibus
quæ tribuit mihi? Calicem salutaris
accipiam, et nomen Domini
invocabo.Laudans invocabo Dominum, et ab
inimicis meis salvus ero.Toma o preciosíssimo Sangue, fazendo antes sobre si o sinal da cruz, dizendo:
Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo
guarde a minha alma para a vida
eterna. Amém.
anguis Domini nostri Jesu Christi
custodiat animam meam in vitam
æternam. Amen.
Comunhão dos fiéis
Os fiéis, ou o acólito por eles, recitam o CONFITEOR:
u pecador me confesso a Deus todo-poderoso,à
bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao
bem-aventurado são Miguel Arcanjo, ao bem-
aventurado são João Batista, aos santos apóstolos
são Pedro e são Paulo, a todos os Santos, e a vós
padre, que pequei muitas vezes, por pensamentos,
palavras, obras e omissões, batendo três vezes no
peito: por minha culpa, minha culpa, minha
máxima culpa.Portanto, rogo à bem-aventurada
sempre Virgem Maria, ao bem-aventurado são
Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado são João
Batista, aos santos apóstolos são Pedro e são Paulo,
a todos os Santos, e a vós irmãos, que rogueis por
mim a Deus Nosso Senhor
onfiteor Deo omnipotenti, beatæ Mariæ
semper Virgini, beato Michaëli Archangelo
beato Ioanni Baptistæ, sanctis Apostolis Petro et
Paulo, omnibus Sanctis, et tibi pater: quia peccavi
nimis cogitatione verbo, et opere: mea culpa, mea
culpa, mea maxima culpa. Ideo precor beatam
Mariam semper Virginem, beatum Michaëlem
Archangelum, beatum Ioannem Baptistam, sanctos
Apostolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te
pater, orare pro me ad Dominum Deum Nostrum.
E P
O C
O S
E C
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66
Voltando-se para os fiéis, o celebrante diz:
V. Que Deus onipotente se compadeça de
vós e, perdoando os vossos pecados vos
conduza à vida eterna.
R. Amém.
V. Indulgência absolvição, e remissão dos
nossos pecados, conceda-nos o Senhor
onipotente e misericordioso.
R. Amém.
V. Misereatur vestri omnipotens Deus, et
dimissis peccatis vestris, perducat vos ad
vitam æternam.
R. Amen
V..Indulgentiam, absolutionem, et
remissionem peccatorum vestrorum tribuat
vobis omnipotens et misericors Dominus.
R. Amen.
O celebrante volta-se para o altar, genuflecte e voltando-se pra os assistentes ergue a Hóstia, dizendo:
Eis o Cordeiro de Deus! Eis aquele
que tira o pecado do mundo!
Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit
peccata..mundi.
E em seguida, três vezes:
Senhor, eu não sou digno de que
entreis em minha morada, mas dizei uma só
palavra e a minha alma será salva.
Domine, non sum dignus, ut intres
sub tectum meum: sed tantum dic verbo, et
sanabitur anima mea. Dirigindo-se à mesa de comunhão diz a cada um dos comungantes:
O Corpo e o Sangue de Nosso Senhor
Jesus Cristo guarde tua alma para a vida
eterna. Amem.
Corpus Domini nostri Jesu Christi
custodiat animam tuam in vitam æternam.
Amen.
ABLUÇÕES
O celebrante purifica primeiro o cálix e depois os dedos, e toma as abluções. Entretanto vai dizendo:
azei Senhor, que com o espírito puro,
conservemos o que a nossa boca
recebeu. E, que desta dádiva temporal, nos
venha remédio para a eternidade.
oncedei, Senhor, que vosso Corpo e
vosso Sangue que recebi, me absorvam
intimamente, e fazei que, restabelecido por
estes puros e santos Sacramentos, não fique
em mim mancha alguma de culpa. Vós, que
sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai e
o Espírito Santo, por todos os séculos dos
séculos. Amém.
uod ore sumpsimus, Domine, pura mente
capiamus, et de munere temporali fiat
nobis remedium sempiternum.
orpus tuum, Domine, quod sumpsi, et
Sanguis, quem potavi, adhæreat
visceribus meis: et præsta; ut in me non
remaneat scelerum macula, quem pura et
sancta refecerunt Sacramenta. Qui vivis et
regnas in sæcula sæculorum. Amen.
Limpa o cálix e deixa-o, coberto, no meio do altar. Nas Missas solenes, é o subdiácono quem limpa o cálix e o leva
para a credência.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO
O celebrante passa para o lado direito do altar, e recita a antífona da Comunhão.
[Ver Missa do dia]
F
C
Q
C
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67
V. O senhor seja convosco.
R. E também com o teu espírito.
V. Dóminus vobíscum.
R. Et cum spiritu tuo.
PÓS-COMUNHÃO
À Pós-comunhão principal da Missa podem, em certos casos, como para a Colecta, juntar-se outras.
[Ver Missa do dia]
... por todos os séculos dos séculos.
V. Amém
... per ómnia sáecula saeculórum.
V. Amen
FINAL DA MISSA
O celebrante volta ao meio do altar, beija-o, e, voltando-se para os fiéis saúda-os:
V. O Senhor seja convosco V. Dominus vobiscum.
R. E com o vosso espírito. R. Et cum spiritu tuo.
V. Ide, a Missa acabou. V.Ite, Missa est.
Ou, nas missas em que omite-se o Glória:
V. Bendigamos ao Senhor. V. Benedicamus Domino.
R. Demos graças a Deus R. Deo gratias.
Ou ainda, nas missas de Réquiem: V. Descansem em paz.
R. Amém.
V. Requiescant in pace.
R. Amen.
Voltando-se para o altar, recita a seguinte oração
eja-vos agradável, ó Trindade santa, a
oferta de minha servidão, afim de que
este sacrifício que, embora indigno aos olhos
de vossa Majestade, vos ofereci, seja aceito
por Vós, e por vossa misericórdia, seja
propiciatório para mim e para todos aqueles
por quem ofereci. Por Cristo Jesus Nosso
Senhor. Amém.
laceat tibi, sancta Trinitas, obsequium
servitutis meæ: et præsta, ut sacrificium
quod oculis tuæ maiestatis indignus obtuli,
tibi sit acceptabile, mihique, et omnibus pro
quibus illud obtuli, sit, te miserante,
propitiabile. Per Christum Dominum
nostrum. Amen.
Beija o altar, volta-se para a assistência, e dá a bênção, dizendo:
bençoe-vos o Deus onipotente, Pai, e
Filho, e Espírito Santo.
enedicat vos omnipotens Deus: Pater, et
Filius, et Spiritus Sanctus.
R. Amém. R. Amen.
S P
A B
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68
ÚLTIMO EVANGELHO
O celebrante passa para o lado esquerdo do altar e recita, como útimo Evangelho, o princípio do Evangelho de S.
João (que se omite na Quinta-feira Santa e na Vigília pascal).
V. O Senhor seja convosco. V.Dominus vobiscum.
R. E com o vosso espírito. R. Et cum spiritu tuo.
Início do santo Evangelho segundo são
João
Initium sancti Evangelii secundum
Joannem.
R. Glória a Vós Senhor. R. Gloria tibi, Domine.
o princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus Todas as
coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada
do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e
a vida era a luz dos homens.
E a luz
resplandece nas trevas, e as trevas não a
compreenderam. Houve um homem enviado
de Deus, cujo nome era João Este veio como
Testemunha para dar testemunho da luz,
afim de que todos cressem por meio dele.
Não era Ele a luz, mas veio para dar
testemunho da luz. Ali estava a Luz
verdadeira, a que ilumina a todo o homem
que vem a este mundo Estava no mundo, e o
mundo foi feito por Ele, e o mundo não O
conheceu. Veio para o que era seu, e os seus
não O receberam. Mas, a todos quantos O
receberam, deu-lhes o poder de se tornarem
filhos de Deus, aos que crêem no seu Nome;
Os quais não nasceram do sangue, nem do
desejo da carne, nem da vontade do homem,
mas nasceram de Deus.E O VERBO SE FEZ
CARNE, (ajoelhar): e habitou entre nós, e
vimos a sua glória, glória própria do Filho
Unigênito do Pai, cheio de graça e de
verdade.
R. Demos graças a Deus
n principio erat Verbum et Verbum erat
apud Deum, et Deus erat Verbum. Hoc
erat in principio apud Deum. Omnia per
ipsum facta sunt, et sine ipso factum est nihil
quod factum est; in ipso vita erat, et vita erat
lux hominum; et lux in tenebris lucet, et
tenebræ eam non comprehenderunt. Fuit
homo missus a Deo cui nomen erat Joannes.
Hic venit in testimonium, ut testimonium
perhiberet de lumine, ut omnes crederent per
illum. Non erat ille lux, sed ut testimonium
perhiberet de lumine. Erat lux vera quæ
illuminat omnem hominem venientem in
hunc mundum. In mundo erat, et mundus per
ipsum factus est et mundus eum non
cognovit. In propria venit, et sui eum non
receperunt. Quotquot autem receperunt eum,
dedit eis potestatem filios Dei fieri; his qui
credunt in nomine ejus, qui non ex
sanguinibus, neque ex voluntate carnis,
neque ex voluntate viri, sed ex Deo nati sunt.
(ajoelhar): ET VERBUM CARO FACTUM EST,
et surgens prosequitur: et habitavit in nobis:
et vidimus gloriam ejus, gloriam quasi
Unigeniti a Patre, plenum gratiæ et veritatis.
R. Deo gratias.
N I
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69
ORAÇÕES NO FIM DA MISSA REZADA
De joelhos diante do altar, o celebrante diz com os fiéis as seguintes preces prescritas pelo papa Leão XIII e
por Pio XI enriquecidas de indulgências (10 anos). Este último papa mandou se rezassem pela conversão da
Rússia.
Ave Maria,... (três vezes)
Salve Rainha,...
OREMOS:
Deus, nosso refúgio e fortaleza, olhai propício para o povo que a Vós clama; e, pela
intercessão da gloriosa e imaculada Virgem Maria, Mãe de Deus, de S. José, seu Esposo,
dos vossos bem-aventurados Apóstolos S. Pedro e S. Paulo e de todos os Santos, ouvi
misericordioso e benigno as preces que Vos dirigimos para a conversão dos pecadores, para
a liberdade e exaltação da Santa Madre Igreja. Pelo mesmo Jesus Cristo Senhor Nosso.
V. Amém.
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, cobri-nos com o vosso escudo contra os
embustes e ciladas do demônio. Subjugue-o Deus, instantemene o pedimos. E vós, príncipe
da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no inferno a Satanás e a todos os espíritos
malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.
S. Pio X pediu se ajuntasse três vezes a seguinte jaculatória:
V. Sacratíssimo Coração de Jesus.
R. Tende piedade de nós.
(Ordinário extraído do Missal Quotidiano e Vesperal, por Dom Gaspar Lefebvre, 1960)
Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
70
PEQUENO
DICIONÁRIO LITÚRGICO
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DICIONÁRIO LITÚRGICO (Missal cotidiano - D. Gaspar Lefebvre)
ALFAIA - O mesmo que Paramento
ALITÚRGICO - É o dia em que não se pode celebrar o Santo Sacrifício, que é a expressão
máxima e o centro da Liturgia: não havendo Missa, não há Liturgia.
ALTAR - Mesa sobre a qual o sacerdote oferece o Sacrifício da Missa. Onde existe
sacrifício oficial, existe altar; por isso o judaísmo e o paganismo também possuíam e
possuem altares; o protestantismo, abolindo o sacrifício, excluiu necessariamente o altar.
Embora de modo diverso para as várias espécies de altar, o rito romano exige quatro coisas
para o altar: mesa, base, sepulcro e sagração. A mesa é a superfície larga e comprida que
descansa sobre a base. O sepulcro é a pequena cova que contém relíquias de santos
mártires. A sagração do altar é a sua solene dedicação feita pelo bispo. - Altar fixo ou
imóvel: altar cuja mesa de pedra natural, se estende sobre toda a base, também de pedra,
com a qual foi consagrada inseparavelmente; o mesmo dizendo-se do sepulcro que deve ser
também inseparável da mesa. Nas igrejas consagradas deve haver pelo menos um altar
imóvel. - Altar portátil ou móvel: chapa consistente de pedra natural, de tr6es ou quatro
centímetros de espessura, que contenha o sepulcro, e sobre a qual possa estar pelo menos a
hóstia grande e a maior parte do cálice. É consagrado pelo bispo ou por quem tenha tal
faculdade; chama-se também pedra d'ara: do termo latino ARA que significa altar. É
também móvel a mesa semelhante ao altar fixo, sagrada pelo bispo ou por quem tenha tal
faculdade, não porém inseparavelmente da base. - Altar-mór: altar principal, nem sempre
consagrado, em que geralmente se conserva o Santíssimo e se celebram os principais atos
de culto. - Privilégio do altar portátil: faculdade outorgada pelo Direito ou por concessão
apostólica, de celebrar sobre a pedra d'ara em qualquer lugar. - Altar privilegiado: altar em
que o sacerdote lucra uma indulgência plenária em benefício da alma em cujo sufrágio
celebra; pode ser privilégio quotidiano ou não, perpétuo ou não, conforme reze a concessão
papal. "também privilégio o altar em que se podem celebrar certas Missas votivas mesmo
em dias proibidos pelas rubricas; é ainda o altar a cuja visita estão anexas indulgências
pelos vivos e defuntos".
ÂMBULA - (Píxide, Cibório). Cálice com tampa, para a conservação e distribuição das
sagradas partículas.
ÁMEN ou AMÉM - Aclamação hebraica que significa: ASSIM SEJA, com a qual o povo
dá sua adesão às preces do sacerdote. Não sendo final de prece, significa; NA VERDADE.
Neste sentido encontra-se com freqüência nos textos escriturais.
AMITO - Pano branco, de forma quadrangular, que os eclesiásticos colocam sobre a
cabeça e depois sobre os ombros, deixando-o cair nas costas, antes de vestir a alva.
ANO ECLESIÁSTICO - É o Ano da Igreja, e gira em torno de seu Sol, que é Cristo
ressuscitado. Distribui nas cinqüentas e duas semanas os mistérios da vida do Senhor e as
fases da história passada, presente e futura da Igreja. Valoriza, com as Têmporas, as quatro
estações do ano; santifica o semana, consagrando a Deus o Domingo. O Ano Litúrgico
inicia com o primeiro Domingo do Advento.
ANTÍFONA - Estribilho litúrgico usado nas Orações e nos Salmos da Missa e do Ofício.
ASPERGES - Aspersão com água benta. Rito com que se borrifa água benta sobre pessoas
ou coisas.
ÁZIMO - Pão sem fermento que se usa como matéria eucarística no rito romano.
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BÁCULO - Bastão episcopal, símbolo da jurisdição.
BALAUSTRADA ou MESA DA COMUNHÃO - Série de balaústres, ou seja, de
colunelos, que separa o presbitério da nave da igreja. A balaustrada cobre-se com uma
toalha de linho, para a Comunhão dos fiéis.
BALDAQUINO ou BALDAQUIM - Espécie de dossel sustido por colunas, que cobre
um altar ou trono. cfr. Pálio e Umbela.
BÁLSAMO - Resina perfumada que o bispo, na Quinta- feira Santa, infunde no Óleo, para
a consagração do Crisma.
BARRETE - Chapéu quadrangular dos eclesiásticos.
BEIJO ou ÓSCULO - Sinal litúrgico de respeito, amor, obséquio e paz. Sinal de
veneração para com as coisas santas. Muito usado na liturgia antiga, entre os ministros do
altar, foi caindo em desuso: poucas vezes se usa atualmente, como na ordenação sacerdotal,
em que o bispo oscula a face direita do neo-sacerdote. - BEIJO ou ÓSCULO DA PAZ :
abraço litúrgico, durante a Missa solene, em sinal de caridade e amizade.
BREVIÁRIO - Livro litúrgico do Ofício Divino que os Sacerdotes e Ordens Religiosas
devem recitar diariamente.
BUGÍA - Pequeno castiçal usado como sinal de honra, quando oficiam os Prelados.
CALENDÁRIO LITÚRGICO - Ordem das festas do Ano Litúrgico( Próprio do Tempo)
e das festas dos Santos( Próprio dos Santos) harmonizada com os 365 ou 366 dias do Ano
Civil. O Calendário Litúrgico se altera todos os anos, conforme o dia da Páscoa, que é festa
móvel. (cfr. Páscoa).
CÁLICE - Vaso sagrado para a consagração do vinho na Missa. Deve ser de ouro, ou pelo
menos de prata internamente dourada.
CAMPAINHA - Sino pequeno usado para os sinais no interior da igreja. Veja também
"Matraca ".
CANDELABRO - Grande castiçal com ramificações, em cada uma das quais se coloca
uma vela.
CÂNON - Significa Regra fixa e imutável. É a parte central da Missa que contém a
"Grande Prece Eucarística" da Consagração. Precedido de uma solene introdução ou
Prefácio, o Cânon vai do TE IGITUR ao PATER NOSTER.
CANTO - Exprime o esplendor das formas solenes do culto, e deve ser executado
preferivelmente por todos os participantes: celebrante, ministros, cantores e povo. - O
CANTO GREGORIANO ou CANTO - CHÃO é o canto genuinamente litúrgico, ao qual
pode associar-se o polifônico e o popular.
CAPELA - Templozinho de um só altar, ou divisão de uma igreja com altar próprio. -
Significa também a solene função papal e o coro de cantores a serviço de uma igreja ou
capela.
CASTIÇAL - Utensílio com bocal na parte superior, para segurar velas.
CATAFALCO ou ÉSSA - Estrado alto sobre o qual se coloca o féretro. A éssa pode
acolher o féretro ou apenas simbolizá-lo nas funções exequiais. Neste último caso, pode ser
substituída por um pano preto estendido no chão.
CATECÚMENO - É a pessoa que estuda o catecismo católico, a fim de preparar-se para o
Batismo. - MISSA DOS CATECÚMENOS é a parte do Santo Sacrifício à qual podiam eles
assistir e que vai do início da Missa até o fim do Credo.
CATEDRAL - Igreja matriz e central de cada diocese. Nela encontra-se a cátedra ou trono
do bispo. Chama-se também IGREJA DA SÉ, porque ela é a sé ou sede do bispo.
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CELEBRANTE - É o sacerdote que celebra o Santo Sacrifício da Missa, ou preside ofícios
litúrgicos.
CINZAS - Sacramental que se impõe na fronte dos fiéis, ao iniciar-se a Quaresma, para
simbolizar a penitência. Obtêm-se estas cinzas pela combustão dos ramos bentos no
Domingo de Ramos do ano precedente.
CÍRIO PASCAL - Grande vela de cera, que, apagada, representa Cristo morto, e acesa,
Cristo ressuscitado para iluminar o mundo. Benze-se solenemente na função da Vigília
Pascal; acende-se nas funções solenes, até o dia da Ascensão.
CLÉRIGO - É a pessoa consagrada ao serviço do altar.
CLERO - Corporação das pessoas consagradas ao culto de Deus, e, por isso, separadas do
mundo. O ingresso no clero dá-se com a recepção da tonsura, ocasião em que o aspirante se
torna clérigo para todos os efeitos.
COLETA ou OREMUS - Prece sacerdotal própria da Missa, que resume as homenagens a
Deus e reúne os votos e desejos dos fiéis que constituem a Família de Deus. A Coleta se diz
logo depois do KYRIE ou GLÓRIA IN EXCÉLSIS.
COMEMORAÇÃO - Breve memória litúrgica de uma festividade, no dia em que se
celebra outra festa mais importante, relegando-se aquela a segundo plano.
COMUNHÃO - Consumação do Sacrifício Eucarístico, obrigatória para o celebrante e
vivamente recomendado para os fiéis. - É também a antífona cantada pelo coro e que o
celebrante recita após a comunhão.
CONOPEU - Véu que envolve o tabernáculo, ou cortina que lhe cobre a fachada, quando
nele se conserva o Santíssimo.
CONSAGRAÇÃO - Oferta e dedicação a Deus de uma pessoa ou coisa. Tem caráter
irrevogável e separa de todo o uso profanado. Chama-se Consagração. de modo
particular, a Transubstanciação Eucarística.
COR - São cinco as cores litúrgicas, simbolizando cada uma a característica litúrgica do
dia: Branco (símbolo da santidade), vermelho (fogo da caridade e sangue do martírio).
Verde (esperança). Roxo (penitência) e preto (luto).
- Branco, nas festas do Senhor, da Virgem, dos Anjos e de todos os santos não mártires. -
Vermelho, no triunfo de Jesus Cristo (Domingo de Ramos), e nas festas do Espírito Santo e
dos mártires. - Verde em todos os domingos da Epifania e de Pentecostes. - Roxo no
Advento, na Quaresma, e em todos os demais dias de penitência e súplica. Admitem-se
também o rosa e o ouro. A cor rosa, símbolo de alegria, nos domingos III do Advento e IV
da Quaresma, em cujas Missas o Intróito abre-se respectivamente com as palavras Laetáre e
Gaudéte, que significam : Alegrai-vos e Exultai. A cor ouro pode substituir o branco, o
roxo e o verde.
CORO - Parte da igreja reservada ao Clero para a recitação e o cato das funções sacras.
Indica também o grupo de cantores.
COROINHA - Menino que presta serviços nas funções, substituindo os ministros de
ordem inferior.
CORPORAL - Pano quadrangular, de linho ou cânhamo, com pequena com pequena cruz
no centro, sem ornatos, que se estende sobre o altar, para acolher o Cálice e a Hóstia
durante a Missa, as âmbulas e o ostensório com o Santíssimo.
CULTO - É o complexo de atos com que exprimimos, em particular ou em público, com a
alma só ou com toda a nossa pessoa, as nossas relações com Deus. O culto a Deus se chama
culto de latria ou de adoração. O culto aos Anjos e Santos se diz culto de dulia ou de
veneração aos servos de Deus(do grego dúlos: servos). Devido ao excepcional privilégio de
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Mãe de Deus, a Virgem Santíssima recebe o culto de hiperdulía, ou seja, de especialíssima
veneração devida à mais santa das criaturas de Deus. cfr. Adoração e Liturgia.
DALMATICA - Paramento próprio do diácono, ministro principal do bispo e do sacerdote.
DOXOLOGIA - Expressão de louvor à Santíssima Trindade. A <<grande doxologia>> é o
Glória in excélsis. A "pequena doxologia": o Glória Patri e as estrofes finais dos hinos de
Ofício.
ELEVAÇÃO - Gesto com que se executa o rito de oferta. E, por excelência, elevação o ato
com o celebrante ergue a Hóstia e o Cálice após a consagração.
EPÍSTOLA - E o trecho escritural que se lê antes do Gradual na Missa. Tem esse nome,
que quer dizer carta, porque na maioria dos casos é extraído das cartas ou Epístola dos
Apóstolos.
ESTOLA - Insígnia do poder particular do bispo, do sacerdote e do diácono. E um faixa
que pende em duas partes do pescoço e se cruzam no peito. O diácono usa a estola sempre a
tiracolo.
EVANGELHO - Cada um dos quatro primeiros livros do Novo Testamento. -Trecho
extraído de um deles e lido ou cantado na Santa Missa.
EXEQUIAS - Rito da bênção, - também chamada absolvição - que se dá aos defuntos, com
ou sem a presença do féretro. Por extensão, indicam também toda uma função fúnebre.
FÉRIA - Cada dia da semana, exceto o Sábado e o Domingo.
FESTA - Dia de celebração dos mistérios cristãos. Na liturgia há uma graduação entre as
festas, a saber : rito duplo e simples. As festas de RITO DUPLO é dividido em quatro
categorias: de I e de II classe; rito duplo maior e menor, e RITO SIMPLES. (cfr. Rito). Há
festas de preceito, ou sejam, festas em que é obrigatório assistir à Missa e abster-se de todo
o trabalho servil. São festas de preceito: todos os domingos e as seguintes festas que podem
cair em dias de semana: 1.º de janeiro (Circuncisão do Senhor) - 6 de janeiro (Epifania); -
Ascensão (cinqüenta dias após a Ressurreição: cai sempre em Quinta-feira); - Corpo de
Deus (Quinta feira após o Domingo da SS. Trindade); - Imaculada Conceição (8 de
dezembro); - Natal (25 de dezembro).
FUNERAL - rito litúrgico em sufrágio dos fiéis defuntos. Compreende cada uma ou o
conjunto das seguintes funções: a trasladação do féretro até a igreja, o Ofício e a Missa
fúnebres, as Exéquias e o Transporte ao cemitério.
GENUFLEXÃO - Ato de dobrar o joelho ou de ajoelhar. É por excelência o gesto litúrgico
de adoração a Deus. Emprega-se, contudo, também como sinal de veneração diante de
pessoas ou coisas sagradas. É SIMPLES quando de dobra somente o joelho direito, e
DUPLA quando ambos.
GRADUAL - Canto intercalar, na Missa, entre a Epístola e o Evangelho. O nome Gradual
lhe vem do latim GRADUS, degrau, pelo fato de ser, antigamente, executado do alto dos
degraus do púlpito.
GREGORIANO - É o canto oficial da Igreja, coordenado, reformado e promulgado pelo
Papa S. Gregório Magno.
HOMILIA ou HOMÍLIA - Explicação do Evangelho que o celebrante faz ao povo
durante a Missa. (cfr. Sermão).
INCENSAÇÃO - Gesto com que se oferece o perfume do incenso queimado, em sinal de
adoração a Deus, de veneração aos Santos, ou de respeito a pessoas e coisas sagradas.
INTROITO - Canto com que se inicia a Missa.
ITE: MISSA EST - Fórmula de despedida no fim da missa. Significa: Ide-vos, é a
despedida!
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JEJUM EUCARÍSTICO - Limita o uso de alimentos sólidos e bebidas alcoólicas a três
horas antes da Comunhão, e o uso de bebidas não alcoólicas a uma hora. A água não quebra
o jejum eucarístico.
KYRIE ELEISON - Invocação grega que se conserva na liturgia latina e que significa:
Senhor, tende piedade.
LADAINHA - Oração litúrgica de origem popular, composta de uma série de invocações a
que segue, em forma de estribilho, a súplica. Lembramos as ladainhas do Sagrado Coração
de Jesus, do Nome de Jesus e de Nossa Senhora.
LÂMPADA - Serve de ornamento para altares e imagens. Exige-se acesa, dia e noite, no
altar onde esteja o Santíssimo Sacramento.
LAVABO - Início do salmo que o sacerdote recita ao lavar as mãos depois do Ofertório.
LITURGIA - Pio XII a define assim: "O culto público que nosso Redentor, como Cabeça
da Igreja, oferece ao Pai Eterno, e o culto público que a Igreja, sociedade dos fiéis, oferece
à Cabeça, Cristo, e por meio dele, ao Pai Eterno. Em suma : é o culto integral do Corpo
Místico de Jesus Cristo, ou seja, de Cristo, a Cabeça, e juntamente dos membros, que são os
fiéis".
LIVROS LITÚRGICOS - Livros oficiais do culto católico. São os seguintes: Missal,
Breviário, Ritual, Pontifical, Martirológio e respectivos excertos autorizados.
MANÍPULO - É a insígnia litúrgica do subdiácono, derivada talvez do lenço que se
pendurava ao pulso, ou, segundo o nome, "na mão".
MANUSTERGIO - Toalhinha de linho com que o celebrante enxuga as mãos após o
Lavabo.
MATRACA - Instrumento de madeira formado por tabuinhas movediças que se agitam, à
guisa de campainha, para substituí-la no Tríduo Sagrado. (cfr. Campainha).
MEMENTO - Duas orações do Cânon - uma antes da Consagração, e outra depois, _ nas
quais o celebrante lembra os vivos e os defuntos respectivamente. O termo latino
"memento" significa precisamente: "Lembra-te".
MINISTRO - É, no Corpo Místico, a pessoa que cumpre os atos de culto, em nome de
Jesus Cristo. Em prática, porém, entende-se por ministros o Diácono e o Subdiácono, que
servem na missa solene; os demais auxiliares são considerados ministros inferiores.
MISSA - É o ato central máximo do culto católico. A ele se orienta todo o restante da
liturgia: Sacramentos, Sacramentais, Ofícios e Catequese. O nome deriva da despedida final
dirigida pelo diácono aos fiéis: "Ite, Missa est". (cfr. Ite: Missa est).
MISSA CANTADA - Celebrada sem auxílio de Ministros sagrados, mas intercalada com o
canto de vários textos, executados pelo celebrante e pelo coro.
MISSA CONVENTUAL - É a missa coligada ao Ofício Coral a que se acham obrigados
os cabidos de cônegos e as Ordens Religiosas.
MISSA DIALOGADA - Missa rezada em que os fiéis se unem ao coroinha para responder
aos diálogos do celebrante. Os fiéis podem, também, recitar continuamente, sem alternar
com o celebrante, as partes que na Missa solene são executadas pelo coro.
MISSA PAROQUIAL - É a Missa que, nas festas de preceito, o pároco deve aplicar pelos
próprios paroquianos.
MISSA PONTIFICAL - Missa solene celebrada pelo bispo e também pelos prelados que
tenham tal faculdade.
MISSAL - Livro que contém os textos das Missas e as regras para a sua celebração. (cfr.
Livros Litúrgicos).
MISSA REZADA - celebrada sem auxílio de Ministros sagrados e sem canto.
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MITRA - Insígnia de honra com que, nas funções, o Papa, os Cardeais, os Bispos e alguns
Prelados cobrem a cabeça. Tem a forma de cone bipartido: as pontas simbolizam o Antigo e
o Novo Testamento.
NAVETA - Pequeno recipiente de metal em forma de barco e no qual se conserva o
incenso.
NEÓFITO - O mesmo que néo-batizado.
OBLATAS - São as "coisas oferecidas a Deus, ou seja, o pão e o vinho a serem
consagrados".
OFERTÓRIO - Esta palavra designa três coisas: 1) a Ação pela qual o celebrante, na
Missa, oferece a Deus o pão e o vinho a serem consagrados; 2) a Antífona cantada pelo
coro, logo depois do Credo; 3) toda a parte da Missa que vai dessa antífona até a Secreta
inclusive.
OITAVA - Continuação litúrgica das três solenidades máximas: Páscoa, Pentecostes e
Natal, por oito dias.
ÓLEO - Elemento natural de rico simbolismo e que serve para a confecção da matéria de
alguns Sacramentos e Sacramentais. Na Quinta- feira Santa o bispo consagra os Santos
Óleos, isto é, o Óleo dos Catecúmenos, o Óleo dos Enfermos, e o Santo Crisma; este último
é uma composição de óleo com bálsamo. Para todos esses casos, requer-se óleo de oliva.
Para as lâmpadas que devem arder no altar do Santíssimo Sacramento, pode-se usar, como
combustível, qualquer espécie de óleo, o qual pode também ser substituído por velas de
cera.
ORATÓRIO - Lugar de oração e culto, erigido particularmente para uma família( oratório
privado ou familiar) ou para uma comunidade (oratório público ou semipúblico). É público,
se nele tem direito de assistir aos Ofícios divinos qualquer fiel, embora seja erigido para
utilidade de algum colégio. É semi-público, se erigido exclusivamente para uma
comunidade ou grupo de fiéis, sem que outros tenham direito de assistir nele aos Ofícios
Divinos.
ORDEM - Sacramento que confere ao cristão os poderes sacerdotais. Chama-se Ordem por
constar de vários graus ascendentes, divididos em quatro Ordens Menores: Ostiariato,
Leitorato, Exorcistato, Acolitato; e três Ordens Maiores ou Sagradas: Subdiaconato,
Diaconato e Presbiterato ou Sacerdócio. O Episcopado não é uma Ordem particular, mas
simplesmente o Sacerdócio em sua plenitude. Eis as particularidades de cada Ordem:
Ostiariato: confere ao Ostiário a faculdade de abrir e fechar a igreja, de cuidar das alfaias.
Leitorato: confere ao Leitor a faculdade de ler, do púlpito, livros da Sagrada Escritura,
durante o Ofício Divino.
Exorcistato: confere ao Exorcista a faculdade de impor as mãos sobre os energúmenos,
cristãos ou não, para expulsar o demônio. Hoje, o uso dessa faculdade está reservado aos
bispos, que só o delegam a sacerdotes de comprovada virtude.
Acolitato: confere ao Acólito o poder de servir ao diácono e subdiácono na Missa.
Qualquer leigo pode fazer as funções de acólito.
Subdiaconato: confere ao Subdiácono o poder de executar vários ofícios, especialmente
cantar a Epístola na Missa solene e colocar água no cálice para a consagração eucarística.
O Subdiaconato impõe a obrigação perpétua da castidade e da recitação diária do Ofício
Divino.
Diaconato: confere o poder espiritual de servir proximamente ao Sacerdote e cantar o
Evangelho na Missa solene. Como antecipação, também confere a faculdade de exercer em
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caso de necessidade, ofícios propriamente sacerdotais; distribuir a Comunhão, pregar e
administrar o Batismo solene.
Sacerdócio: distinguem-se, no Sacerdócio, dois graus: o Presbiterato e o Episcopado. O
primeiro confere ao Presbítero ou Sacerdote o poder de consagrar o Corpo e o Sangue de
Cristo, e de perdoar os pecados. O Episcopado, ou Sacerdócio em plenitude, confere ao
Bispo o poder exclusivo de "conferir a outrem todas as Ordens".
ORDINÁRIO DA MISSA - Conjunto de orações e fórmulas da Missa que não variam.
Opõe-se ao "Próprio" que reúne as partes variáveis, que mudam conforme a festa e o tempo
litúrgicos.
ORGÃO - "E o instrumento musical tradicional da Igreja. Pela suavidade e majestade dos
sons foi considerado digno de desposar a Liturgia Sagrada, para acompanhar os cantos e
para encher, com suaves harmonias, os silêncios do coro". (S. Pio XI).
OSTENSORIO - Custódia metálica circundada de raios e que se usa para a exposição
solene do SSmo. Sacramento.
PALA - Pequeno linho quadrado e engomado ou cartão recoberto de linho, com que o
sacerdote cobre o Cálice depois do Ofertório até a Comunhão.
PÁLIO - Sobrecéu portátil, com varas, que se leva em procissões, como para proteger o
sacerdote portador do Santíssimo Sacramento. cfr. Umbela e Baldaquino.
PÃO - É, com o vinho e as gotas d'água, a matéria da Eucaristia. (cfr. Hóstia).
PARAMENTO - Vestimenta litúrgica. Fazem parte dos paramentos para a Missa: amito,
alva, cíngulo, manípulo, estola e casula. O subdiácono, em lugar de estola e casula, usa a
tunicela; o diácono, no lugar da casula, veste a dalmática. Na benção com o Santíssimo
Sacramento, o sacerdote usa: sobrepeliz, estola e capa de aspérges.
PARTICULA - A pequena hóstia consagrada que se distribui em comunhão aos fiéis.
PÁSCOA - Festa central do Ano Eclesiástico. Celebra-se no primeiro Domingo depois da
primeira lua cheia, que segue ao dia 19 de março. Pode portanto ocorrer do dia 21 de março
a 25 de abril.
PATENA ou Pátena - Pratinho de metal dourado que serve para cobrir o Cálice, e para
receber a Hóstia. A patena usada para a distribuição da Comunhão tem dimensões um
pouco maiores.
PATRONO - É o santo Padroeiro local.
PLANETA - O mesmo que casula.
PLUVIAL - Manto usado nas funções solenes, nas procissões e bençãos. Pluvial e Planeta
excluem-se mutuamente.
POS-COMUNHÃO - Oração de agradecimento após a Comunhão na Missa.
POSIÇÕES DO CORPO - A liturgia admite quatro posições do corpo: em pé, sentado, de
joelhos e prostrado. A primeira é a mais eminente, conservada pelo celebrante durante toda
a Santa Missa.
PREFÁCIO - Introdução solene de grande Prece Eucarística, ou Cânon. O celebrante o lê
em voz ou canta.
PRESBITÉRIO - Parte do templo reservada ao clero. Ao presbitério fazem parte o altar-
mór e o coro clerical; separa-o da nave a balaustrada ou mesa da comunhão.
PROCISSÃO - Cortejo religioso de fiéis guiados pelo Clero que se transferem de um lugar
sagrado par outro, cantando e rezando.
PURIFICADOR - Pano com que o sacerdote enxuga o Cálice depois de comungar. - O
mesmo que sangüíneo.
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RITO - Em sentido próprio, é o conjunto de cerimônias, orações e fórmulas que compõem
uma ação litúrgica.
RITUAL - Livro que traz os ritos - preces e rubricas - dos Sacramentos e Sacramentais.
ROGAÇÕES - Orações litúrgicas de súplica, que se fazem no dia 25 de abril e no Tríduo
que precede à Ascensão.
ROQUETE - Sobrepeliz estreita com mangas, rendas e pregas ; insígnia de cônegos e
prelados.
RUBRICA - Nota, geralmente em letra vermelha, (rubra), nos livros litúrgicos.
SACRAMENTAL - Ato religioso, semelhante ao Sacramento, mas de instituição
eclesiástica, para santificação da alma : bênçãos, consagrações, etc..
SACRAMENTO - Ato religioso, de instituição divina, para santificação da alma. São sete
: Batismo, Crisma ou Confirmação, Eucarística, Penitencia ou Confissão, Extrema-Unção,
Ordem e Matrimônio.
SACRÁRIO - Parte do altar na qual se conservam as Sagradas Espécies. Chama- se
também "Tabernáculo"
SACRISTIA - Local da igreja no qual se conservam as alfaias sagradas e no qual o clero se
paramenta.
SECRETA - Oração coletiva, recitada em voz baixa, com que o celebrante conclui o rito
de Ofertório. (cfr. Coleta).
SERMÃO - Discurso cristão pregado do púlpito e que versa s6obre qualquer assunto
moral- religioso. (cfr. Homilia).
SOBREPELIZ - Martelete branco que os clérigos usam sobre o hábito. (cfr. Roquete).
TÊMPORAS - Três dias de penitência (Quarta- feira, Sexta e Sábado) no início de cada
estação. São as seguintes temporas: do Advento, da Quaresma, de Pentecostes e de
setembro.
TITULAR - O Santo a que é dedicada a igreja ou o altar.
TOCHA - Grande vela de cera, que, no candelabro ou sem ele, se usa nas Missas solenes,
bençãos eucarísticas, procissões e funerais.
TRANSUBSTANCIAÇÃO - Efeito da consagração eucarística. Consiste na substância do
Corpo e do Cristo.
TRONO - Templozinho onde se coloca o ostensório com o Santíssimo Sacramento. -
Cátedra do bispo diocesano.
TUNICELA - Veste sagrada própria do subdiácono; é semelhante à dalmática do diácono.
TURÍBULO - Recipiente em que se queima incenso nas funções.
VENERAÇÃO - Culto prestado aos servos de Deus.
VÉSPERAS - Parte do Ofício Divino que se celebra ao pôr do sol nos dias festivos.
VÉU UMERAL - Faixa larga de seda que vela os ombros e as mãos quando o subdiácono
segura a patena durante a Missa solene, ou quando o sacerdote ou diácono leva o
ostensório em procissão e nas bênçãos do Santíssimo.
VINHO - Com o pão e as gotas d'água constitui a matéria eucarística.
Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
79
Carta Apostólica
em forma de Motu Proprio
SUMMORUM PONTIFICUM
Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
80
Disposições de S.S. o Papa Bento XVI sobre o uso da liturgia romana anterior à reforma realizada
em 1970
Sempre foi preocupação dos Sumos Pontífices até o tempo presente, que a Igreja de Cristo ofereça
um culto digno à Divina Majestade "para louvor e glória de seu nome" e "para nosso bem e o de
toda sua Santa Igreja".
Desde tempos imemoriais até o futuro deve ser respeitado o princípio "segundo o qual cada Igreja
particular deve estar de acordo com a Igreja universal não só sobre a doutrina da fé e os sinais
sacramentais, mas nos usos universalmente transmitidos pela tradição apostólica contínua. Estes
devem manter-se não só para evitar os enganos, mas também para que a fé seja transmitida em sua
integridade, já que a regra de oração da Igreja (lex orandi) corresponde a sua regra da fé (lex
credendi)." 5
Entre os Pontífices que expressaram tal preocupação destacam os nomes de São Gregório Magno,
quem se preocupou com a transmissão aos novos povos da Europa tanto a fé Católica como os
tesouros do culto e a cultura acumulados pelos romanos durante os séculos precedentes. Temos
instruções para a forma da Sagrada Liturgia tanto do Sacrifício da Missa como do Ofício Divino tal
como eram celebrados na Cidade. Ele fez grandes esforços para promover monges e monjas, que
militavam sob a Regra de São Bento, em todo lugar junto com a proclamação do Evangelho para
que suas vidas igualmente exemplificassem aquela tão saudável expressão da regra "Nada, pois,
antepor-se à Obra de Deus" (capítulo 43). Desta maneira a Sagrada liturgia segundo a maneira
romana fez fértil não só a fé e a piedade, mas a cultura de muitos povos. Mais ainda é evidente que
a Liturgia Latina em suas diversas formas estimulou a vida espiritual de muitíssimos Santos em
cada século da Era Cristã e fortalecido na virtude da religião a tantos povos e fazendo fértil sua
piedade.
Entretanto, com o fim que a Sagrada Liturgia possa de modo mais eficaz cumprir com sua missão,
muitos outros Romanos Pontífices no curso dos séculos vieram a expressar particular preocupação,
entre eles São Pio V é eminente, quem com grande zelo pastoral, segundo a exortação do Concílio
de Trento, renovou o culto em toda a Igreja, assegurando a publicação de livros litúrgicos
corrigidos e "restaurados segundo as normas dos Pais" e os pôs em uso na Igreja Latina.
É evidente que entre os livros litúrgicos de Rito Romano o Missal Romano é eminente. Nasceu na
cidade de Roma e gradualmente ao longo dos séculos tomou formas que são muito similares a
aquelas em vigor em recentes gerações.
"Este mesmo objetivo foi açoitado pelos Romanos Pontífices ao longo dos séculos seguintes,
assegurando a colocação em dia, definindo os ritos e os livros litúrgicos, e empreendendo, do
começo deste século, uma reforma mais geral".6 Foi desta forma em que atuaram nossos
Predecessores Clemente VIII, Urbano VIII, São Pio X7, Bento XV, Pio XII e o Beato João XXIII.
Mais recentemente, entretanto, o Concílio Vaticano Segundo expressou o desejo de que com o
devido respeito e reverência pela divina liturgia esta fora restaurada e adaptada às necessidades de
nossa época.
5 Instrução Geral sobre o Missal Romano, terceira edição típica, 2002, n. 397.
6 Papa João Paulo II, Carta Apostólica Vicesimus Quintus Annus (4 de dezembro de 1988), 3: AAS 81 (1989),
899.
7 Cf. ibid.
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Impulsionado por este desejo, nosso Predecessor o Sumo Pontífice Paulo VI em 1970 aprovou para
a liturgia da Igreja Latina livros restaurados e parcialmente renovados, e que ao redor do mundo
foram traduzidos em diversas línguas vernáculas, foram acolhidos pelos Bispos e pelos sacerdotes e
fiéis. João Paulo II revisou a terceira edição típica do Missal Romano. Desta maneira os Romanos
Pontífices atuaram para que "este edifício litúrgico, por assim dizer,[...]volte outra vez a aparecer
esplêndido em sua dignidade e harmonia". 8
Entretanto, em algumas regiões, um número não pequeno de fiéis estiveram e permanecem
aderidos com tão grande amor e afeto às formas litúrgicas prévias, e imbuíram profundamente sua
cultura e espírito, que o Sumo Pontífice João Paulo II, movido pela preocupação pastoral por estes
fiéis, em 1984 mediante um indulto especial Quattuor abhinc annos, desenhado pela Congregação
para a Liturgia Divina, outorgou a faculdade para o uso do Missal Romano publicado por João
XXIII em 1962; enquanto que em 1988 João Paulo II uma vez mais, mediante o Motu Proprio Ecclesia
Dei, exortou aos Bispos a fazer um uso mais amplo e generoso desta faculdade em favor de todos os
fiéis que o solicitem.
Tendo ponderado amplamente os insistentes pedidos destes fiéis a nosso Predecessor João Paulo II,
tendo escutado também os Padres do Consistório de Cardeais realizado em 23 de março de 2006,
tendo sopesado todos os elementos, invocado o Espírito Santo e pondo nossa confiança no auxílio
de Deus, pela presente Carta Apostólica, DECRETAMOS o seguinte:
Art. 1. O Missal Romano promulgado por Paulo VI deve ser considerado como a expressão
ordinária da lei da oração (lex orandi) da Igreja Católica de Rito Romano, enquanto que o Missal
Romano promulgado por São Pio V e publicado novamente pelo Beato João XXIII como a expressão
extraordinária da lei da oração (lex orandi) e em razão de seu venerável e antigo uso goze da devida
honra. Estas duas expressões da lei da oração (lex orandi) da Igreja de maneira nenhuma levam a
uma divisão na lei da oração (lex orandi) da Igreja, pois são dois usos do único Rito Romano.
Portanto, é lícito celebrar o Sacrifício da Missa de acordo com a edição típica do Missal Romano
promulgado pelo Beato João XXIII em 1962 e nunca anulado, como a forma extraordinária da
Liturgia da Igreja. Estas condições estabelecidas pelos documentos prévios Quattuor abhinc annos e
Ecclesia Dei para o uso deste Missal são substituídas pelas seguintes:
Art. 2. Em Missas celebradas sem o povo, qualquer sacerdote de Rito Latino, seja secular ou
religioso, pode usar o Missal Romano publicado pelo Beato João XXIII em 1962 ou o Missal Romano
promulgado pelo Sumo Pontífice Paulo VI em 1970, qualquer dia exceto no Sagrado Tríduo. Para a
celebração segundo um ou outro Missal, um sacerdote não requer de nenhuma permissão, nem da
Sé Apostólica nem de seu Ordinário.
Art. 3. Se Comunidades ou Institutos de Vida Consagrada ou Sociedades de Vida Apostólica de
direito pontifício ou diocesano desejam ter uma celebração da Santa Missa segundo a edição do
Missal Romano promulgado em 1962 em uma celebração conventual ou comunitária em seus
próprios oratórios, isto está permitido. Se uma comunidade individual ou todo o Instituto ou
Sociedade desejam ter tais celebrações freqüente ou habitualmente ou permanentemente, o assunto
deve ser decidido pelos Superiores Maiores segundo as normas da lei e das leis e estatutos
particulares.
8 Papa Pio X, Carta Apostólica sob a forma de Motu Proprio Abhinc Duos Annos (23 de outubro de 1913): AAS 5
(1913), 44-450; cf. Papa João Paulo II, Carta Apostólica Vicesimus Quintus Annus (4 de dezembro de 1988), 3: AAS 81,
899.
Curso Para Formação de Acólitos na Forma Extraordinária do Rito Romano.
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Art. 4. Com a devida observância da lei, inclusive os fiéis Cristãos que espontaneamente o
solicitem, podem ser admitidos à Santa Missa mencionada no art. 2.
Art. 5, § 1. Em paróquias onde um grupo de fiéis aderidos à prévia tradição litúrgica existe de
maneira estável, que o pároco aceite seus pedidos para a celebração da Santa Missa de acordo ao
rito do Missal Romano publicado em 1962. Que o pároco vigie que o bem destes fiéis esteja
harmoniosamente reconciliado com o cuidado pastoral ordinário da paróquia, sob o governo do
Bispo e segundo o Cânon 392, evitando discórdias e promovendo a unidade de toda a Igreja.
§ 2. A celebração segundo o Missal do Beato João XXIII pode realizar-se durante os dias de semana,
enquanto que aos Domingos e dias de festa deve haver só uma destas celebrações.
§ 3. Que o pároco permita celebrações desta forma extraordinária para fiéis ou sacerdotes que o
peçam, inclusive em circunstâncias particulares tais como matrimônios, funerais ou celebrações
ocasionais, como por exemplo peregrinações.
§ 4. Os sacerdotes que usem o Missal do Beato João XXIII devem ser dignos e não impedidos
canonicamente.
§ 5. Nas Igrejas que não são nem paroquiais nem conventuais, é o Reitor da Igreja quem concede a
permissão acima mencionada.
Art. 6. Nas Missas celebradas com o povo segundo o Missal do Beato João XXIII, as Leituras podem
ser proclamadas inclusive nas línguas vernáculas, utilizando edições que tenham recebido a
recognitio da Sé Apostólica.
Art. 7. Onde um grupo de fiéis laicos, mencionados no art. 5§1 não obtém o que solicita do pároco,
deve informar ao Bispo diocesano do fato. Ao Bispo lhe solicita seriamente aceder a seu desejo. Se
não puder prover este tipo de celebração, que o assunto seja referido à Pontifícia Comissão Ecclesia
Dei.
Art. 8. O Bispo que deseje estabelecer provisões para os pedidos dos fiéis laicos deste tipo, mas que
por diversas razões se vê impedido de fazê-lo, pode referir o assunto à Pontifícia Comissão Ecclesia
Dei, que deveria proporcionar conselho e ajuda.
Art. 9, § 1. Da mesma forma um pároco pode, uma vez considerados todos os elementos, dar
permissão para o uso do ritual mais antigo na administração dos sacramentos do Batismo,
Matrimônio, Penitência e Unção dos Enfermos, conforme sugira o bem das almas.
§ 2. Concede-se aos Ordinários a faculdade de celebrar o sacramento da Confirmação utilizando o
anterior Missal Romano, conforme sugira o bem das almas.
§ 3. É lícito para sacerdotes em sagradas ordens usar o Breviário Romano promulgado pelo Beato
João XXIII em 1962.
Art. 10. É lícito que o Ordinário local, se o considerar oportuno, erija uma paróquia pessoal segundo
as normas do Canon 518 para as celebrações segundo a forma anterior do Rito Romano ou nomear
um reitor ou capelão, com a devida observância dos requisitos canônicos.
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Art. 11. Que a Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, ereta em 1988 por João Paulo II, 9 siga levando
adiante sua função. Esta Comissão deve ter a forma, tarefas e normas de ação que o Romano
Pontífice deseje atribuir.
Art. 12. A mesma Comissão, em adição às faculdades das que atualmente goza, exercerá a
autoridade da Santa Sé para manter a vigilância sobre a observância e aplicação destas disposições.
Tudo o que é decretado por Nós mediante este Motu Proprio, ordenamos que seja assinado e
ratificado para ser observado a partir de 14 de Setembro deste ano, festa da Exaltação da Santa
Cruz, em que pese a todas as coisas em contrário.
Dado em Roma, junto a São Pedro, em 7 de julho no Ano do Senhor de 2007, Terceiro de nosso
Pontificado.
9 Cf. Papa João Paulo II, Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio Ecclesia Dei (2 de julho de 1988), 6: AAS
80 (1988), 1498.
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ÍNDICE DAS MATÉRIAS
ORAÇÕES PARA INICIAR AS REUNIÕES......................................................... 02
NOÇÕES, NORMAS, EXPLICAÇÕES E PRÁTICA CERIMONIAL............... 03
Transcrição resumida de algumas partes do livro
A SANTA MISSA NA HISTÓRIA E NA MÍSTICA............................................ 22
ORDO MISSÆ......................................................................................................... 44
PEQUENO DICIONÁRIO LITÚRGICO.............................................................. 69
Carta Apostólica em forma de Motu Proprio
SUMMORUM PONTIFICUM............................................................................. 78