Apostila de História 10 A Baixa Idade Média (X-XV) · PDF fileChoque de...

4
Apostila de História 10 A Baixa Idade Média (X-XV) 1.0 A Crise do Feudalismo Destruição material; Morticínio; Insegurança; Caos político; Novas e terríveis invasões: Húngaros, árabes e vickings (normandos); Ano 1000: Fim do Mundo? Fim das invasões, paz e prosperidade; Diminuição do ritmo de invasões Surto demográfico X Sistema Feudal; Setores que se desenvolveram: Setor artesanal (armeiros, pintores, ourives, construtores) Trabalhava para a nobreza e o alto clero; Agricultura Por causa da necessidade de alimento, foi feito uma expansão territorial, aterrando pântanos e desmatando bosques; houve também inovações técnicas (arado de madeira evoluiu para arado de ferro, moinhos de vento para moinhos hidráulicos). Expansionismo: “Drang Nach Osten” – Expansão germânica no Oriente (atual Rússia) com o pretexto da propagação da cristandade; Reconquista cristã da Península Ibérica; Movimento cruzadista. 2.0 O Movimento Cruzadista Choque de Civilizações Ocidente cristão X Oriente muçulmano; 200 anos de guerras; Objetivo aparente Reconquistar o Santo Sepulcro, em Jerusalém, sob domínio muçulmano; Objetivos reais Projetar influência no território bizantino, dominado pela Igreja Ortodoxa, ter mais acesso a produtos orientais (especiarias); Em 1905, o papa Urbano II pronunciou um grande discurso no Concílio de Clermont chamando os cristãos para expedições cruzadistas; Composição dos exércitos cruzados: cavaleiros sem terra e antigos servos; Produção auto-suficiente e limitações tecnológicas; Mais produtividade = acréscimo tributário; Isolamento do feudo = dificuldade de transpor a região. Expulsão de feudos; Marginalização Servos (Reocuparam antigos centros urbanos) e senhores feudais (por causa do Direito de Primogenitura, que dava ao filho mais velho toda a herança, surgiu os cavaleiros andantes).

Transcript of Apostila de História 10 A Baixa Idade Média (X-XV) · PDF fileChoque de...

Apostila de História 10 – A Baixa Idade Média (X-XV)

1.0 A Crise do Feudalismo

Destruição material;

Morticínio;

Insegurança;

Caos político;

Novas e terríveis invasões: Húngaros, árabes e vickings (normandos);

Ano 1000: Fim do Mundo? – Fim das invasões, paz e prosperidade;

Diminuição do ritmo de invasões – Surto demográfico X Sistema Feudal;

Setores que se desenvolveram:

Setor artesanal (armeiros, pintores, ourives, construtores) – Trabalhava para

a nobreza e o alto clero;

Agricultura – Por causa da necessidade de alimento, foi feito uma expansão

territorial, aterrando pântanos e desmatando bosques; houve também

inovações técnicas (arado de madeira evoluiu para arado de ferro, moinhos

de vento para moinhos hidráulicos).

Expansionismo:

“Drang Nach Osten” – Expansão germânica no Oriente (atual Rússia) com o

pretexto da propagação da cristandade;

Reconquista cristã da Península Ibérica;

Movimento cruzadista.

2.0 O Movimento Cruzadista

Choque de Civilizações – Ocidente cristão X Oriente muçulmano;

200 anos de guerras;

Objetivo aparente – Reconquistar o Santo Sepulcro, em Jerusalém, sob domínio

muçulmano;

Objetivos reais – Projetar influência no território bizantino, dominado pela Igreja

Ortodoxa, ter mais acesso a produtos orientais (especiarias);

Em 1905, o papa Urbano II pronunciou um grande discurso no Concílio de

Clermont chamando os cristãos para expedições cruzadistas;

Composição dos exércitos cruzados: cavaleiros sem terra e antigos servos;

Produção auto-suficiente e limitações

tecnológicas;

Mais produtividade = acréscimo tributário;

Isolamento do feudo = dificuldade de

transpor a região.

Expulsão de feudos;

Marginalização – Servos (Reocuparam antigos

centros urbanos) e senhores feudais (por

causa do Direito de Primogenitura, que dava

ao filho mais velho toda a herança, surgiu os

cavaleiros andantes).

Crianças e idosos seguiam os cruzados para fazer uma peregrinação aos locais

sagrados;

Árabes consideram as cruzadas como o primeiro momento do imperialismo

europeu.

2.1 Primeira Cruzada: Cruzada dos Nobres (1096-1099)

Reconquistou Jerusalém e organizou-a em moldes feudais.

2.2 Segunda Cruzada (1147-1149)

Tentativa fracassada de retomar Jerusalém reconquistada pelos turcos.

2.3 Terceira Cruzada: Cruzada dos Reis (1189-1192)

Participação de monarcas da Inglaterra (Ricardo “Coração de Leão”), França (Felipe

Augusto) e do Sacro Império Romano-Germânico (Frederico “Barba Ruiva”);

Resultou em acordos diplomáticos com os turcos para a permissão das

peregrinações.

2.4 Quarta Cruzada: Cruzada Comercial (1202-1204)

Liderada por comerciantes de Veneza;

Desviada de Jerusalém para Constantinopla, que foi saqueada.

2.5 Quinta, Sexta, Sétima e Oitava Cruzadas (1218-1270)

Cruzadas secundárias, fracassaram.

2.6 Cruzada das Crianças (1212) e Cruzada dos Mendigos (1096)

Somente os “puros” e “inocentes” poderiam libertar Jerusalém;

Foram totalmente dizimadas.

2.7 Consequências do Movimento Cruzadista

Ordem da cavalaria criada em 1118, em Jerusalém;

9 Cavaleiros de origem francesa.

2.8 Consequências do Movimento Cruzadista

Não resolveram o aumento populacional;

Abalo da Igreja;

Independência relativa dos camponeses;

Destruição do mundo bizantino;

Enriquecimento de cidades pelas alugações dos barcos e do financiamento dos

cruzados, gerando aumento do fluxo rural; principais cidades: Veneza e Gênova.

Empobrecimento da população, principalmente os cavaleiros;

Oportunidades de divergência entre interesses de regiões;

Abertura do Mar Mediterrâneo para o comércio.

3.0 Renascimento Comercial Europeu

Entroncamento das rotas comerciais – Produtos de luxo do Oriente, sal, madeira e

cereais;

Rota mais lucrativa: Rota do Mediterrâneo – Antiga rota das cruzadas; passava por

Veneza, Gênova, Alexandria e Constantinopla.

Prosperamento das cidades italianas – Monopólio sobre produtos exóticos e

especiarias.

Norte da Europa (século XII) – Hansas (associações dos mercadores):

Inglaterra: Merchants of the Staple;

Reunião de Hansas do norte da Alemanha atual: Liga Hanseática;

controlava os mares Bálticos e Norte. Comercializava-se trigo e pescado

para a população e madeira para a infra-estrutura.

Dois grandes pólos comerciais: Italiano e Alemão. Interligando-os existiam rotas

terrestres nas planícies de Champanhe;

Nas rotas terrestres originava-se as feiras, que eram centros de articulação

do comércio europeu. A insegurança, como a Guerra dos Cem Anos (França

x Inglaterra), declinou as feiras, originando novas rotas, marítimas e

fluviais, recuperando as feiras;

Retorno da moeda em larga escala e atividades bancárias – Nova classe social:

Mercadores.

4.0 Renascimento Urbano Europeu

Surgimento de burgos (cidades fortalezas) em antigas cidades romanas, aglomerados

nas encruzilhadas de rotas comerciais; eles tinham como origem também a

aglomeração em torno de antigos castelos, onde havia cobrança de impostos;

Expansão comercial e urbana X Ordem feudal – Movimento Comunal (séc. XI-

XIII); luta pela emancipação das cidades;

Corporações de Mercadores (guilda): Agrupavam negociantes para manter o

monopólio local;

Corporações de Ofício: Reuniam trabalhadores por especialidade; era hierarquizada:

mestres-artesãos (proprietários das oficinas, ferramentas, matéria-prima do

conhecimento técnico) no topo, seguido pelos companheiros ou oficiais jornaleiros

(trabalhadores especializados) e aprendizes (trabalhavam em troca de alimento,

alojamento, vestuário e aprendizado). Gerou uma mobilidade social;

Limitação cultural (cristianismo): - Filosofia escolástica (condena o lucro e prática

de usura); “justo preço” (preço da matéria-prima mais as despesas da mão-de-obra).

Forma pacífica: pagamento da

indenização do nobre local.

Intervenção do rei pelas cartas

de franquia: autonomia

burguesa sobre impostos,

tropas e administração.

Como o lucro era pouco, gerou um enriquecimento de uma parcela de mestres –

Nova classe social: Burguesia;

Surgimento do capitalismo.