Apostila de Ensaios Preliminares

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Ensaios Cerâmicos Ensaios Preliminares AMOSTRAGEM Coleta de amostras que permita a retirada de frações iguais. AMOSTRA É a parte de Material ou um grupo de unidades, retirada de uma grande massa ou conjunto UTILIZAÇAO DA AMOSTRA São utilizadas para, através dos ensaios cerâmicos, fornecer informações sobre as características da grande massa ou conjunto. PROCESSO DE REDUÇÃO DA AMOSTRA A quantidade ideal da amostra, para ser usada nos ensaios, é obtida através da redução de amostras maiores. A redução das amostras é feita pelo processo de quarteamento. OBJETIVO DO QUARTEAMENTO Reduzir urna amostra pelo processo de quarteamento é ter sempre uma amostra homogênea e capaz de fornecer informações da massa ou conjunto. MÉTODO DE QUARTEAMENTO 1. Homogeneizar a amostra; (com espátula) 2. Amontoar a amostra formando um cone; 3. Achatar o monte e dividi-lo em 4 partes iguais; 1

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Ensaios preliminares SENAI

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AMOSTRAGEM

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AMOSTRAGEM

Coleta de amostras que permita a retirada de fraes iguais.

AMOSTRA

a parte de Material ou um grupo de unidades, retirada de uma grande massa ou conjunto

UTILIZAAO DA AMOSTRA

So utilizadas para, atravs dos ensaios cermicos, fornecer informaes sobre as caractersticas da grande massa ou conjunto.

PROCESSO DE REDUO DA AMOSTRA

A quantidade ideal da amostra, para ser usada nos ensaios, obtida atravs da reduo de amostras maiores. A reduo das amostras feita pelo processo de quarteamento.

OBJETIVO DO QUARTEAMENTO

Reduzir urna amostra pelo processo de quarteamento ter sempre uma amostra homognea e capaz de fornecer informaes da massa ou conjunto.

MTODO DE QUARTEAMENTO

1. Homogeneizar a amostra; (com esptula)

2. Amontoar a amostra formando um cone;

3. Achatar o monte e dividi-lo em 4 partes iguais;

4. Separar 2 partes opostas, e juntar as outras duas;

5. Repetir as operaes acima at obter a quantidade necessria a ser utilizada.

Ps.: 1 Kg de amostra aps o quarteamento suficiente para a realizao dos ensaios.

PREPARAO DA AMOSTRA

APS QUARTEAMENTO

1. Acomodar a amostra num recipiente adequado; (bandeja de alumnio):

2. Separar em paralelo, certa quantidade de amostra para a realizao do ensaio de umidade. (vide mtodo).

3. Codificar o recipiente com nome do material, componentes do grupo, turma, etc.

4. Levar para estufa 70 o C x 24 horas.

APS SECAGEM

Separar amostra necessria para ensaio de resduo. moer ou triturar a argila utilizando:

britador de mandbulas;

moinho de disco;

moinho de pratos vibratrios;

almofariz e pistilo de porcelana;

APS MOAGEM

peneirar a argila em peneira malha 80 para prensagem e extruso e # 180 ou 200 para colagem.

ENSAIO DE RESDUO

PROCEDIMENTO

1. Utilizar a amostra bruta, seca a 70 oC x 24 horas.

2. Atravs de um becker de plstico de 1.000 ml, pesar 100 g da amostra.

3. Adicionar 500 ml de gua e 20 ml de hidrxido de amnio ou soluo de silicato de sdio

Obs.: os reagentes atuam como defloculante da frao argilosa desfazendo assim alguns grnulos de argilas que se encontrarem mais agregados.

4. Agitar com basto de vidro e deixar em repouso por 24 hora.

5. Aps as 24 horas, agitar a mistura atravs de um agitador mecnico, para dispersar a frao argilosa, por 30 minutos.

6. transferir a amostra quantitativamente para uma peneira de # 325.

7. Lavar em gua corrente at eliminar a frao argilosa. (quando a gua sair limpa).

Observaes:

8. Passar suavemente os dedos sob o material; no forar a passagem dos gros pela peneira.

9. Se ocorrer a presena de material argiloso duro, gotejar gotas de NH40H ou soluo de silicato de sdio, e, esfregar.

10. Caso, o material argiloso duro, no se desfazer, transferir o material contido na peneira para um becker, com auxlio de um apicete. Adicionar 10 ml silicato de sdio ou hidrxido de amnio e ferver por 1 hora. Aps a fervura, repetir os dois ltimos itens do procedimento.

CONTINUAO DO ENSAIO

11. Quando a gua sair limpa da peneira, transferir o resduo cuidadosamente para uma cpsula de alumnio.

12. Acomodar a cpsula de alumnio na estufa.

13. Aps seco montar um conjunto de peneiras, sendo: # 100, # 150, # 200 e # 325.

14. Transferir o resduo para o conjunto de peneiras.

15. Levar o conjunto de peneiras ao vibrador. Vibrar por 10 minutos.

16. Aps vibrar, pesar o material retido em cada peneira.

OBSERVAES:

1) a massa retida relativa a massa da amostra bruta e seca a 110 oC.

2) caso usar a amostra mida para iniciar o ensaio, calcular a massa da amostra seca utilizada.

17. Transferir o resduo para uma cpsula de porcelana e analisar o resduo pesado e observar a presena de:

Mica = observao visual.

Matria Orgnica = calcinar parte do resduo a 700 oC e observar a cor aps carbonizao.

C + 02 C02

Ferro magntico = captado pelo im.

Carbonatos = Mostra efervescncia na presena de HCl.

Ferro (xido e hidrxido) = Soluo esverdeada do HCl adicionado.

Quartzo = Atravs da anlise trmica diferencial, apresenta pico endotrmico a 573 oC.

Ps.: O resduo pode ser observado tambm atravs de um microscpio.

ENSAIOS DE UMIDADE

Sempre guardar a amostra em recipiente hermeticamente fechado (saco plstico) para no perder umidade.

So 3 os mtodos de determinao da % de umidade.

I DETERMINAO DIRETA DA UMIDADE

1. Pesar uma cpsula de alumnio e anotar a tara (T).

2. Pesar de 100 a 250 g da amostra mida com preciso de 0,01 e anotar a massa mida (Mu).

3. Colocar a cpsula na estufa ou lmpada at peso constante (eliminao completa da gua).

Ps.: Para saber se a gua foi eliminada, colocar uma placa de vidro sobre a cpsula e verificar se a mesma no apresenta embaada. A presena de vapor d'gua no vidro evidencia que a amostra no perdeu toda a umidade.

4. Retirar a cpsula, deixando resfriar no dessecador.

5. Pesar a cpsula com material, anotar o peso total (material seco + tara).

6. Descontar, do peso total, a tara da cpsula, obtendo a massa seca (MS).

II - MTODO DA BALANA COM INFRAVERMELHO

1. Pesar 10 g da amostra com preciso de 0,001 g (Mu).

2. Colocar a luz infravermelho sobre a amostra.

3. Acertar o regulador de temperatura no no 4 e ligar a lmpada.

4. Desligar a balana e aps + ou - 10 min. ligar e verificar se o peso permanece constante. Se no permanecer, a amostra ainda contm gua, e torna-se necessrio deixar mais tempo.

5. Quando o peso permanecer constante, fazer a leitura da massa seca (Ms).

6. Desligar a lmpada e a balana, e proceder a limpeza da mesma. Calcular

III - MTODO DO SPEEDY OU UMIDMETRO

O umidmetro denominado em ingls, Speedy moisture tester- medidor rpido de umidade.

Fazem parte do umidmetro:

recipiente de ao com tampa de vedao perfeita, o manmetro acoplado na tampa (medidor de presso);

ampolas de vidro contendo carbureto de clcio (CaC2);

duas esferas de ao;

balana para pesagem da amostra;

escova para limpeza, a seco, do recipiente;

tabela para transformar a presso em % de umidade;

Sequncia do Ensaio

Quando o ensaio feito pelo mtodo do aparelho speedy, o tamanho da amostra varia em funo do teor de umidade previsto:

Umidade prevista em % at 10, de 10 a 20 e de 20 a 30.

Colocar no recipiente:

1. Peso da amostra mida (g) 20,0, 10,0 ou 5,0

2. Amostra pesada, 2 esferas de ao, a cpsula ou ampola de CaC2.

Obs.: a falta de CaC2 altera o resultado do ensaio, pois toda a gua da amostra deve reagir com o CaC2.

3. Fechar o recipiente e agit-lo violentamente para cima e para baixo, durante 5 segundos, a fim de quebrar a cpsula.

4. Colocar o aparelho na posio horizontal e dar um movimento rotativo para facilitar a mistura do carbureto com a gua da amostra.

5. Agitar novamente e rolar o aparelho at resfriar o gs acetileno. As operaes devem ser repetidas pelo tempo mnimo de 3 minutos.

Ps.: O aparelho deve ser agitado para facilitar a reao do CaC2 com toda a gua da amostra. A reao formada :

CaC2 + 2 H20 C2H2 + Ca(OH)2

gs acetileno

6. A presso do gs acetileno registrada no manmetro.

7. A tampa deve vedar perfeitamente o recipiente para que o gs no escape.

8. Fazer a leitura no manmetro, e atravs da tabela, transformar em % de umidade.

9. Abrir vagarosamente a aparelho de um s lado para descarregar o gs e, em seguida, abri-lo completamente e limp-lo a seco.

10. Se o manmetro atingir, no incio, o valor mximo da escala abrir logo o aparelho e repetir o ensaio com a metade da amostra. Caso contrrio, se indicar menos que 0,5 kgf/cm2 repetir o ensaio com o dobro da amostra.

11. Operar o aparelho longe das chamas uma vez que o gs acetileno inflamvel. No fumar durante os ensaios ou limpeza do mesmo.

Ps.: Existem umidmetros que fornecem a leitura direta em % de umidade.

Exerccios

1 Calcule as seguintes umidades

ENSAIOS DE HIGROSCOPICIDADE

MTODOS PARA ARGILAS EM PS

1. Fazer a amostragem e reduzir para 50,0 g.

2. Moer em almofariz e passar em peneira # 100

3. Secar a amostra, at peso constante, a 110 oC.

4. Pesar 20,0 g da amostra seca com 0,01 g de preciso (Ms).

5. Saturar um ambiente com vapor d'gua (100 % de UR) e deixar a amostra nesse ambiente durante 24 horas.

6. Retirar a amostra e pesar com preciso de 0,01 g (Mu).

7. Calcular a % de higroscopicidade pela frmula:

Onde:

Mu: massa da amostra que absorveu gua do ambiente

Ms: massa da amostra seca a 110 oC.

PARA CORPOS DE PROVA PRENSADO

1. Separar 2 corpos de prova a 110 oC at peso constante.

2. Pesar os corpos de prova secos, com preciso de 0,01 g (Ms).

3. Medir os corpos de prova com 0,1 mm de preciso (Li).

4. Colocar os corpos de prova no ambiente com 100% de UR.

5. Conserv-los nesse ambiente durante 24 horas.

6. Retirar e Pesar com 0,01 g de preciso (Mu).

7. Medir os de prova (Lf).

8. Calcular a higroscopicidade.

9. Calcular a expanso percentual devido absoro d'gua.

Ps.: Maior poder de higroscopicidade resulta em maior percentual de expanso.

Exerccios

1 Calcule as seguintes higroscopicidades

2 Calcule a expanso higroscpica dos exerccios abaixo.

ENSAIO DE ABSORO D'GUA, POROSIDADE APARENTE, MEA (pela balana hidrosttica) e MEAS (Massa especfica aparente da parte slida)1. Para maior preciso secar os corpos de prova (pedaos) em estufa 110 o C at massa constante.

2. Retirar, e colocar no dessecador.

3. Pesar os corpos de prova em balana eltrica ou hidrosttica com preciso de 0,01g obtendo (Ms), imergir os corpos de prova num recipiente de alumnio ou vidro com gua e que possa ser aquecido.

4. Aquecer em bico de mecker. Ferver durante 2 horas. (contar o tempo aps o incio da fervura).

5. Deixar esfriar at temperatura ambiente ou acelerar o resfriamento com gua corrente.

6. Manter os corpos de prova sempre imersos em gua.

7. Pesar os corpos de prova imerso obtendo (Mi), pelo mtodo da balana hidrosttica. Anotar.

8. Com um pano mido, retirar o excesso de gua da superfcie dos corpos de prova e pes-los separadamente (sempre pedao por pedao) obtendo (Mu), ou massa do corpos de prova saturada de gua. Anotar.

Clculos:

9. Calcular a mdia aritimtica da massa especfica aparente, massa especfica aparente da parte slida, porosidade aparente e absoro d'gua. Anotar.

10. Anotar todos os resultados mdios na tabela de resultados dos ensaios preliminares.

Exerccios

1 Calcular as absores e porosidades dos dados abaixo.

ENSAIO DE TENSO DE RUPTURA A FLEXO (TRF)

Ensaio utilizado para corpos de prova verde (cru), seco queimado e vidrado. No caso dos ensaios preliminares os corpos de prova so rompidos verde, seco e queimado a 900 o C e 1250 o C.

PROCEDIMENTO DO ENSAIO

1. Medir com a paqumetro a largura (b) e a espessura (a) nos corpos de prova (utilizar as medidas at ento efetuadas).

2. Colocar os corpos de prova no deflectmetro. (equipamento para efetuar o ensaio de TRF)

3. Acertar a escala de leitura em:

7 kgf para corpos de prova verde/seco

15 kgf para corpos de prova seco/queimado

30 kgf para corpos de prova queimado

60 Kgf para corpos de prova queimado/vidrado

4. Zerar o equipamento, colocando o boto da velocidade em 0.

5. Acertar a velocidade de aplicao de carga de acordo com a caracterstica dos corpos de prova no momento de ligar o equipamento:

velocidade 1: verde/seco

velocidade 2: seco/queimado

velocidade 3: queimado

velocidade 4: queimado/vidrado

6. Ligar o equipamento, at o corpo de prova romper. Desligar.

7. Fazer a leitura da carga de ruptura (kgf). Anotar. (P)

8. Anotar o valor da distncia entre os cutelos de apoio (L)

9. Calcular a TRF em Kgf/cm2 e MPa, atravs de:

Onde :

TRF: tenso de ruptura flexo (Kgf/cm2 ou Mpa)

P : carga de ruptura (kgf)

a : espessura (cm)

b : largura (cm)

d : dimetro (cm3)

TRF = Kgf/cm2 x 0,098 = Mpa

10. Calcular a mdia aritimtica dos resultados dos corpos de prova verde, seco e queimados 950 e 1250 o C.

Exerccios

1- substitua os dados na frmula correspondente e calcule o TRF.

ENSAIO DE PERDA AO FOGO

PROCEDIMENTO EM ALTAS TEMPERATURA

Ps.: Utilizar corpos de prova confeccionados por prensagem, colagem ou extruso.

1. Secar os corpos de prova em estufa 110 o C at peso constante.

2. Esfriar em dessecador.

3. Pesar cada corpos de prova com preciso de 0,01 g. Anotar (Ms).

4. Realizar a queima dos corpos de prova nos ensaios preliminares, nas temperaturas de 950 a 1250 o C.

5. Pesar os corpos de prova e anotar a massa aps a queima (Mq).

6. Calcular a Perda ao Fogo:

Exerccios

1 Calcle a Pf dos dados abaixo.

PREPARAO DE CORPOS DE PROVA POR PRENSAGEM

1. Utilizar amostra quarteada, moda e seca.

2. Peneirar em # 80 (0,177 mm de abertura).

3. Acondicionar a amostra em bacia plstica.

4. Umidecer o material dando 5 a 7 % de umidade.

5. Homogeneizar, esfregando entre as mos.

6. Granular em # 16 ou 18.

7. Colocar a amostra em saco plstico para homogenizao.

8. Prensar 16 corpos de prova, em prensa sob presso de 200 a 250 Kgf/cm2.

9. Colocar os corpos de prova em bandeja de alumnio ou uma placa plana.

10. Codificar e numerar os corpos de prova.

11. Pesar os corpos de prova midos com preciso de 0,01.

12. Anotar M a verde ou cru.

13. Medir os corpos de prova com o paqumetro, o comprimento, a largura e espessura (para clculos de volume geomtrico e retrao).

14. Anotar como C, L, E.

15. Deixar os corpos de prova secar ao ar por 24 horas.

16. Calcular o volume geomtrico: C x L x E = cm3.

17. Calcular a massa especfica aparente geomtrica ou Mea geomtrica ou densidade aparente geomtrica em g/cm3 dos corpos de prova pela frmula:

onde:

M = massa do corpos de prova mido

V = volume atravs de C x L x E

18. Calcular a mdia aritmtica da Mea geomtrica a verde.

19. Colocar os corpos de prova em estufa a 70 o C por 24 horas.

20. Para evitar empeno dos corpos de prova, acomod-los pela espessura.

21. Retirar da estufa, colocar os corpos de prova no dessecador at atingir a temperatura ambiente.

22. Medir e pesar da mesma forma descrita anteriormente e anotar os dados.

23. Calcular a Mea aps secagem.

24. Calcular a mdia aritmtica.

25. Calcular a retrao aps secagem, segundo a frmula:

Onde:

Rs: Retrao aps secagem (%)

Ci: Comprimento inicial (cm)

Cf: Comprimento final aps secagem (cm)

Exerccios

1- Calcule as retraes dos dados abaixo.

26. Calcular a mdia aritimtrica da retrao de secagem.

27. Separar os corpos de prova da seguinte forma:

a) 4 para ensaio de TRF seco.

b) 5 corpos de prova para queima 950 o C por 3 horas.

c) 5 corpos de prova para queima 1250 o C por 3 horas.

d) 2 corpos de prova para ensaio de % de Higroscopicidade.

28. Submeter ao ensaio de TRF (tenso de ruptura flexo 4 corpos de prova seco)

29. Queimar os corpos de prova 950 o C e 1250 o C com 3 horas de patamar.

Ps.: As condies de queima so pr-estabelecidas para que seja possvel obter resultados comparveis, assim a queima deve ser realizada em atmosfera oxidante, isto para evitar fenmenos redutores que afetam as caractersticas cermicas, provocando em geral cores escuras. A cor aps a queima, entretanto, no condio suficiente para que se possa aceitar ou rejeitar uma argila, quanto as possibilidades de uso em um determinado ramo cermico.

30. Retirar os corpos de prova do forno e anotar a cor de queima

31. Medir e pesar os corpos de prova, anotar de acordo com as temperaturas.

32. Determinar a TRF 950 e 1250 o C, calcular a mdia aritmtica em ambas temperaturas.

33. Calcular a Mea, retrao de queima 950 e 1250 o C , retrao linear total, retrao volumtrica, perda ao fogo, sempre calculando a mdia aritmtica destes ensaios, onde:

MASSA ESPECFICA APARENTE

MASSA ESPECFICA APARENTE DE SLIDOS

A Massa Especfica Aparente de um slido um dado importante para a determinao da estrutura cristalina.

A massa Especfica Aparente de um slido pode ser obtida por diversos modos.

O mtodo escolhido depende das caractersticas da amostra e da exatido exigida.

Para um slido que tenha uma forma regular (por exemplo cubo) o volume pode ser calculado pela medida direta dos comprimentos das arestas, e a massa pode ser obtida pesando-se o slido.

Portanto para se obter a Mea = Massa = g/cc

Volume

Se o slido for irregular, mas relativamente grande, o seu volume poder ser determinado mergulhando-o em lquido de densidade menor e medindo o volume do lquido deslocado.

A Massa Especfica Aparente de um slido granulado o resultado entre a massa do slido e o volume do slido.

O volume aparente do slido granulado composto de :

volume ocupado pelo slido (Vs) + volume ocupado pelos espaos vazios entre os gros tambm chamado de poros abertos (Vpa).

Os poros existentes so originados da m distribuio granulomtrica do material.

Esses vazios que provocam a diminuio no Fator de Empacotamento (FE) da mistura dos gros.

Falamos que a densificao mxima quando no ocorre predominncia dos poros entre os gros do slido.

Aumentar o FE das slidos granulados significa arranjar a composio granulomtrica, dentre outros fatores, dentre os quais destacamos tambm a presso de compactao.

Porosidade Total (Pt) = 100% - FE

Para que o FE atinja 100% ou 1 significa que a Mea deve ser igual a Mer e portanto deve estar ausente de poros.

No caso das chamotas refratrias, que tambm um material granulado, o enfoque a ser dado na interpretao do resultado deve ser aquele que indica o grau de sinterizao na queima.

Quanto maior a sinterizao maior o valor da Mea, uma vez que neste procedimento em questo no est medindo o empacotamento dos gros e sim o volume que esses gros ocupam considerando-os densificados pela sinterizao (Com ausncia de poros internos aos gros).

As composies granulomtricas de massas atomizadas, para a prensagem de azulejos, ou pisos cermicos, devem ter uma distribuio granulomtrica (regulvel pelo controle balanceado entre o atomizador e a caracterstica da barbotina) que favorea uma densificao elevada aps a prensagem da massa granulada.

Medir a Mea de amostras granuladas significa desenvolver um procedimento para medir o volume ocupado por uma massa conhecida de amostra. A medida desse volume aparente (Va) feita de duas formas:

Quando preciso conhecer o grau de densificao da amostra de chamota refratrias, a ABNT preconiza que se determine o volume pelo mtodo da balana hidrosttica.

Quando o objetivo conhecer o grau de empacotamento de uma mistura, a determinao do volume aparente (Va) no normalizada pela ABNT mas essa densificao feita por vibrao controlada ou pancadas, em nmero determinado, a fim de se obter uma situao possvel de reproduzir as condies de assentamento dos gros . Aps a densificao anota-se o volume compactado e calcula-se a Mea da amostra.

Na norma da ABNT, supe-se, para a primeira forma, que 2 minutos de contato do gro com a gua seja suficiente para eliminar qualquer efeito de absoro de gua pelo gro.

Ao imergi-lo em uma bureta com gua, o volume de gua deslocada (Vad) , que o empuxo, determinar o volume aparente da parte slida (Vas).

Por definio:

Volume Aparente do Slido = Volume slido + Volume de poros fechados

Volume gua Deslocado = Empuxo = Volume aparente do slido

O volume de poros fechados que eventualmente encontram-se dentro do gro de chamota, indicativo do grau de sinterizao da chamota.

O dimensionamento de um box ou silos de armazenagem de matria prima granulada, necessita do valor da Mea do material granulado a fim de, a partir de uma quantidade fixada, obter as dimenses do depsito.

MASSA ESPECFICA APARENTE DE LQUIDOS

A massa especfica aparente de um lquido ou suspenso, um dado importante para a determinao de slidos.

A massa da suspenso a soma da massa de gua + massa aparente seca do slido.

O clculo do volume de gua para diluir suspenses onde se conhece:

Volume da suspenso antes do acerto = Vsusp.1Mea da suspenso antes do acerto = Meai

Mea da suspenso aps o acerto = Meaf

Sendo Meai menor que Meaf

Volume da suspenso aps o acerto = Vsusp2

Volume de gua para a diluio = Va

Portanto:

Va = Vsusp2 - Vsusp1

( DA x VA ) + (Meai x Vsusp1) = (Meaf x Vsusp2)

Vsusp2 = DA x VA + (Meai x Vsusp1) Meaf

Va = (DA x Va + Meai x Vsusp1 ) - Vsusp1

Meaf

Va = DA x Va + Meai x Vsusp1 - Meaf x Vsusp1 Meaf

Va x Meaf - DA x Va = Vsusp1 (Meai - Meaf)

DA = Densidade da gua.

Montar tabelas de teor de slidos de barbotinas e vidrados muito importante e tem grandes aplicaes dentro do processo industrial.

Nos laboratrios de rotina onde o fator tempo fundamental e as informaes precisam ser colhidas no menor tempo possvel, entram essas tabelas como um elemento auxiliar em diversas situaes onde a relao slido / lquido importante.

A Massa Especfica Aparente de suspenses nunca apresenta um valor fixo invarivel. Esse valor, sensvel s variaes no teor de gua, bastante flexvel e, por exemplo, no clculo da

% de resduo de suspenses, preciso conhecer a Massa seca (Ms) de um certo volume de suspenso.

Para no ficar determinando a umidade cada vez que precisar da relao slido / lquido ( gua) , recorro a construo de uma tabela que varivel conforme varia a Mer do slido.

Dessa forma cada tipo de massa ou vidrado precisa ter sua tabela especfica.

As duas frmulas:

Observao: As duas frmulas acima esto deduzidas na revista cermica N( 3

pgina 98

Considere o seguinte problema:

No processo de colagem trabalha-se com uma barbotina cuja Mea varia de 1,70 a 1,80 g/cc. A Mer do slido de 2,60 g/cc.

Massa Espec. AparenteQde mat. secoQde de gua% de gua% de slido

1,70

1,71

1,72

1,73

1,74

1,75

1,76

1,77

1,78

1,79

1,80

Atribua por exemplo, 1000 ml de suspenso :

Ms = 1000 x 2,60 x (1,70 - 1,000) = 1.137,50 g

(2,60 - 1,000)

% de slidos = Mseca x 100

Mmida

Onde :

Mmida = Msuspenso = Volume da suspenso x Mea

Substituindo teremos : % de slidos = 1.137,50 x 100 = 66,91 %

1.000 x 1,70

A % de gua = % de umidade

A % de umidade = 100 - % de slidos

Substituindo teremos :

% de gua = 100 - 66,9 = 33,1 %

Para o clculo de g de gua, substituir os valores na frmula :

Vgua = 1.000 x (2,60 - 1,70) = 562,50g (2,60 - 1,00)

Para os valores de 1,71 a 1,80 da tabela da pgina anterior , so as mesmas frmulas, apenas mudando os valores de Mea da suspenso.

RESOLVA NO CADERNO, AT COMPLETAR COM A Mea DE 1,80 g/cc .

O valor de g de material seco, pode ser para qualquer outro valor o qual deve ser utilizado para fazer ensaio de resduo pois assim a massa de slidos (necessria naquele ensaio) fica determinada bastando apenas determinar a Mea da suspenso, antes do ensaio do resduo.

Vamos imaginar agora o seguinte problema :

Tenho uma suspenso cermica da qual conheo :

A Mea da suspenso;

O volume da suspenso;

A % de umidade.

Qual a massa de slidos dessa suspenso?

Quando quer se determinar o volume de gua de uma suspenso utiliza-se a seguinte frmula :

Volume de gua = Mmida - Mseca

Mmida = Mseca + Mgua = Massa de suspenso

Massa de suspenso = Vsusp. x Mea suspenso

Mea susp. = Msuspenso Vsuspenso

Para calcular a massa seca (Ms) eu preciso determinar a umidade. No ensaio de umidade importante considerar dois aspectos :

QUANDO A % DE UMIDADE CALCULADA EM BASE SECA, A % DE SLIDOS SEMPRE 100%.

Em qualquer barbotina, quando falamos em % de slidos diferente de 100%, estamos afirmando que a % de UMIDADE FOI CALCULADA EM BASE MIDA pois :

% de slidos = 100% - % U base mida (bu)

Se, no ensaio de umidade for calculada em base seca, a primeira providncia a ser tomada calcular ou transformar o valor de base seca para base mida.

Lembre-se que : M mida = M suspenso

M suspenso = V suspenso x Mea suspenso

Na frmula acima a nica incgnita a massa seca (Ms).

Encontrando-se a Ms pode-se calcular, por exemplo o volume de gua :

Volume de gua = M mida - M seca

A seguir tabela de transformao de base mida em base seca e vice-versa; pgina . Atravs da frmula :

Vamos supor que preciso preparar uma suspenso.

Tenho uma argila cuja Mer de 2,62 g/cc. Preciso preparar 3,5 litros de uma suspenso dela. A Mea proposta para a suspenso de 1,75 g/cc. Quanta gua precisa ser medida e quantos gramas de argila so necessrios para serem adicionados gua?

IMPORTANTE : Nunca colocar gua na argila.

Ms = V susp. x Mer x (Mea - 1,00) (Mer - 1,00)

Ms = 3.500 x 2,62 x (1,75 - 1,00) (2,62 - 1,00)

Ms = 4.245,37g

V gua = V susp. x (Mer - Mea) (Mer - 1,00)

V gua = 3.500 x (2,62 - 1,75) (2,62 - 1,00)

V gua = 1879,6 ml ou 1.879,6 g

O volume de gua tambm pode ser calculado da seguinte forma :

V gua = M susp. - Ms

Vamos supor agora o seguinte :

Tenho que preparar uma suspenso argilosa ou massa cermica usando toda a massa de argila seca disponvel a fim de conseguir o mximo volume possvel de suspenso :

Mea = Ms + M gua Vs + V gua

Vs = Ms

Mer

V gua = M gua, pois considera-se a densidade da gua = 1,000

Precisa-se preparar uma suspenso de Alumina-Zircnia. A mistura tem a proporo de 80% de Al2O3 e 20% de ZrO2. Sabe-se que a Mer da Al2O3 de 3,25 g/cc e a da ZrO2 de 5,60 g/cc. Qual o volume de gua em gramas a ser colocado em 300 g de massa? A Mea de trabalho de 1,80 g/cc.

Mea = Ms1 + Ms2 + M gua Vs1 + Vs2 % V gua

onde : Vs1 = Ms1 Mer1

Vs2 = Ms2 Mer2

As massas de Ms1 e Ms2 so encontradas em funo da % que entra na mistura e da massa total da mistura.

Considerando M gua = V gua temos : XMea x (Vs1 + Vs2 + X) = Ms1 + Ms2 + XSubstituindo temos :

Vs1 = 240g = 73,85

3,25

Vs2 = 60g = 10,71 5,60

1,80 = (240 + 60) + X . (73,85 + 10,71) + X

1,80 x (84,56 + X) = 300 + X

152,208 + 1,80X = 300 + X1,80X - X = 300 - 152,208

X = 147,792 = 184,74 ml de gua

0,80

BIBLIOGRAFIA: Revista Cermica.

EXERCCIOS

1. Calcule a massa de material seco que deve ser misturado com 1 litro de gua para preparar uma suspenso com uma Mea de 1,56 g/cc. A Mer do slido de 2,59 g/cc. Calcule tambm a massa da suspenso e o volume.

2. Calcule a massa de material seco que deve ser misturado com 100 litro de gua para preparar uma suspenso com uma Mea de 1,50 g/cc. A Mer do slido de 2,52 g/cc. Calcule tambm a massa da suspenso e o volume.

3. Calcule o volume de gua a ser acrescentado em 8,5 litros de vidrado para que Me de 1,70 g/cc atinja um valor de 1,58 g/cc e aps o ajuste, o volume da suspenso ser de ...............

4. Calcule o volume de gua a ser acrescentado em 100 litros de vidrado para que Me de 1,70 g/cc atinja um valor de 1,54 g/cc e aps o ajuste, qual ser o volume da suspenso ?

5. Calcule o volume de gua total, aps o acerto da Mea de uma barbotina, sabendo-se que 500 ml tem uma Mea de 1,82 g/cc e deve ser diludo para 1,65 g/cc. A Mer do slido de 2,72 g/cc.

6. Calcule o volume de gua total, aps o acerto da Mea de uma barbotina, sabendo-se que 300 ml tem uma Mea de 1,80 g/cc e deve ser diludo para 1,60 g/cc. A Mer do slido de 2,70 g/cc.

7. Considerando que uma suspenso apresenta uma variao da Mea de 1,59 a 1,65 g/cc construa uma tabela com os dados:

a) Mea (g/cc)

b) % de slidos

c) % Umidade

d) Kg slido / litro de suspenso

e) g de slido / 200 ml de suspenso

f) Considerar a Mer 2,62 g/cc.

8. 250 litros de uma barbotina apresenta uma Mea de 1,69 g/cc e a % de umidade de 38,6 % Calcule :

a) A % de slidos da barbotina

b) volume de gua presente no 250 litros

c) volume de gua a ser adicionado na suspenso para diminuir em 10% o teor de slidos da barbotina.

d) Considerar Mer de 2,62 g/cc.

9. A Mea de uma barbotina de 1,72 g/cc. Calcule a massa seca presente em 350 litros da barbotina. Considerar Mer de 2,62 g/cc.

10. Sabendo-se que 800 ml de barbotina tem uma Mea de 1,82 g/cc , calcule a massa seca presente o volume de gua considerando que Mer do slido de 2,68 g/cc.

11. Qual o volume de gua necessrio para preparar 600 ml de uma suspenso cuja Mea deve ser de 1,92 g/cc. A Mer do slido de 2,79 g/cc. Calcule tambm a massa seca a ser pesada para preparar a suspenso.

12. Qual o volume de gua para preparar uma suspenso argilosa com Mea de 1,56 g/cc, sabendo-se que temos disponvel 3,8 kg da amostra seca cuja Mer de 2,54 g/cc .

13. Sabendo-se que a Mea de uma suspenso de 1,68 g/cc e que 300 ml dessa suspenso cujo slido tem uma Mer de 2,58 g/cc, contm 250 g de material seco. Calcule o volume da gua presente nessa suspenso.

14. Qual o volume de gua a ser acrescentado em uma argila mida para preparar uma suspenso com Mea de 1,74 g/cc. O volume da suspenso de 450 ml e a Mer do slido de 2,67 g/cc. A % de umidade da amostra de 7,8% medida no speedy.

15. Para preparar uma suspenso com Mea de 1,60 g/cc, calcule a massa mida e o volume de gua necessrio para ter 2,8 litros de suspenso. A Mer do slido de 2,58 g/cc e a % de umidade de 7,0%.

16. Temos a disposio 2,45 kg de uma argila mida. Do ensaio de umidade sabemos que Mu = 20,0g e Ms = 18,37g. Precisa-se fazer uma barbotina com uma Mea de 1,56g/cc utilizando-se toda essa argila. Sabe-se que a Mer do slido de 2,60g/cc. Calcule :

a) volume de gua necessrio que deve ser apresentado na suspenso, (nessa argila mida) a fim de conseguir a Mea desejada.

b) A massa total da suspenso.

c) Calcular o volume de gua que deveria ser acrescentado na suspenso j pronta a fim de diluir para uma Mea de 1,40g/cc.

d) Calcule a % de slidos da barbotina diluda.

17. Ao fazer a diluio de um determinado vidrado, errei no calculo colocando gua a mais e a Mea apresentou um valor de 1,30g/cc. Um outro lote do mesmo vidrado aps descarregamento do tamboro apresenta uma Mea de 1,69g/cc. A Mea que deve ser aplicado o vidrado de 1,48g/cc, e como eu preciso aproveitar o vidrado com diluio em excesso, qual o volume dele e do denso que devem ser misturados para ter 15 litros da suspenso com Mea de 1,48g/cc.

18. Ao fazer a diluio de um determinado vidrado, errei no calculo colocando gua a mais e a Mea apresentou um valor de 1,37 g/cc. Um outro lote do mesmo vidrado aps descarregamento do tamboro apresenta uma Mea de 1,70g/cc. A Mea que deve ser aplicado o vidrado de 1,50 g/cc, e como eu preciso aproveitar o vidrado com diluio em excesso, qual o volume dele e do denso que devem ser misturados para ter 200 litros da suspenso com Mea de 1,50 g/cc.

MASSA ESPECFICA REAL

Massa Especfica Real, a relao entre massa de uma substncia qualquer e a massa da gua.

Os objetivos que determinam a massa especfica real so:

1)Classificao aproximada da slica (quartzo, quartzito, areia quartzosa), uma vez que a mesma apresenta diferentes massa especfica real, em funo do tipo de transformao ocorrida durante a queima.

EXEMPLO : Refratrios de slica devem ter uma massa especfica real de 2,38g/cc para evidenciar a fase cristalina, cristobalita, cuja massa especfica real de 2,32g/cc.

2)No controle de sinterizao de matrias primas cermicas que so previamente sinterizadas.

EXEMPLO: Argilas slico - aluminosas usadas na fabricao de chamotes slico-aluminosos. Aps a sinterizao do chamote a massa especfica real maior.

3)No controle de sinterizao de produtos cermicos tais como: Faiana, porcelana, grs, etc...

4)Para determinao da porosidade real de matrias primas e produtos.

5)Na determinao de material slido e volume de gua necessrios para preparar suspenses argilosas com densidade aparente preestabelecidas:

Volume gua = Vsuspenso X Mer - Mea suspenso Mer - 1,000

Massa seca = V suspenso X Mer X Mea - 1,000 Mer - 1,000

6)Para determinao de granulometria abaixo de 44 micra pelo mtodo da Pipeta de Andreasen , Densmetro ou Centrfuga.

7)Para determinao da rea especfica atravs do permemetro de Fischer.

MTODO DE ENSAIO ABNT 6221

PREPARAO DA AMOSTRA

Reduzir por quarteao a amostra, e passar em peneira ABNT No 100.

Secar 110(C at peso constante.

EXECUO DO ENSAIO

1)Utilizar um picnmetro de 50 ml provido de termmetro at 50(C , graduado de 1 em 1(C.

2)Acomodar o picnmetro, seco e limpo, sobre uma balana analtica, juntamente com o funil, e tarar.

3)Pesar 5g do material seco a ser analisado. Anotar o peso (Ms).

4)Adicionar 15 ml de gua deionizada.

5)Agitar lentamente para que ocorra o homogeneizao da gua com a amostra.

6)Atravs de uma piceta, escorrer gua deionizada pelas paredes internas de picnmetro.

7)Levar o bico de Mecker para expulsar o ar.

PRECAUO : No deixar entrar ebulio e no agitar.

8)Quando notar a sada do ar, retirar o picnmetro , deixar descansar por 10 minutos e retornar chama , sempre tendo o mximo de cuidado para no entrar em ebulio e no agitar .

9)Repetir a operao do item 8 por quatro vezes .

10) Com auxlio de uma piceta , lentamente adicionar gua at completar o volume .

11) Esperar atingir o equilbrio trmico .

OBSERVAO :Para acelerar o processo poder-se- utilizar uma bacia de gelo.

12) Introduzir o termmetro .

13) Enxugar o picnmetro externamente . Anotar a temperatura e pesar.

Anotar o peso (Mas)

14) Lavar o picnmetro , e introduzir gua deionizada , na mesma temperatura do item 13.

15) Enxugar o picnmetro externamente e pesar (mc).

CLCULO

Mer = Ms X densidade da gua na temperatura T

(Ms + Mc) - Mas

Sendo : Ms = Massa da amostra utilizada.

Mc = Peso do picnmetro com gua.

DENSIDADE DA GUA EM FUNO DA TEMPERATURA

Temperatura ((C)Da (g/cc.)

41,000

5 a 150,999

16 a 210.998

22 a 250,997

26 a 280,996

29 a 320,995

33 a 350.994

36 a 370,993

38 a 400,992

41 0,991

Expressar com duas casas decimais e na unidade de g/cc.

A Mer mdia deve ser aquela entre dois ensaios cujas Mer apresentem diferena mximas de 0,005g/cc.

OBSERVAO: Normalmente nas indstrias, determinam-se a Mer, pelo procedimento descrito abaixo, o qual preconizado pela ABNT. Em um bequer, pesar 5,000 g do material a ser analisado. Adicionar 10 ml de gua deionizada, e ferver por 5 minutos. Aps a fervura transferir a soluo para um picnmetro quantitativamente. Completar o volume com gua deionizada, e prossegue-se como descrito anteriormente, a partir do item 11.

TCNICA DE AFERIO DO PICNMETRO

A aferio dos picnmetros aplicada somente para aqueles que apresentam termmetro.

O termmetro desses picnmetros encontram-se na prpria tampa do frasco. O capilar lateral.

A aferio importante para que se possa calcular, toda vez que se usa o picnmetro para um ensaio, a massa do picnmetro para um ensaio, a massa do picnmetro com gua (Mc ou Mas) na mesma temperatura de pesagem do picnmetro com amostra e gua (Mas).

PORQUE A TEMPERATURA DO Mc DEVE SER IGUAL A TEMPERATURA DO Mas?

Para calcular a Mer fazemos :

Mer = Ms = Ms . (Ms + Mc) - Mas Massa de gua deslocada

Para transformar massa de gua deslocada em volume de gua deslocada = volume ocupado pelo slido (Vs) e portanto poder calcular a Mer.

Mer = Ms eu preciso considerar a densidade da gua.

Vs

Vs = Massa de gua deslocada . Densidade da gua na temperatura do Mc e Mas

Diretamente eu posso fazer :

Mer = Ms x Da da gua

(Ms + Mc) - Mas

A aferio do picnmetro facilita o processo pois uma vez feito s aplicar os valores obtidos a fim de se calcular a Mc na temperatura do Mas.

PROCEDIMENTO DE AFERIO

O procedimento de aferio consiste basicamente em pesar o picnmetro com gua destilada ou deionizada em balana analtica, em duas temperaturas bem distintas (gua gelada e gua quente).

Com esse procedimento voc ter Mc1 e Mc3 em temperaturas T1 e T3 extremas de forma que a temperatura (T2) no instante da pesagem do Mas ser sempre um valor intermedirio entre T1 e T3.

Ver grfico a seguir figura 1 :

Ma1 B

Ma2 E

Ma3 A D C

T1 T2 T3

Figura 1

*Ma2 Quando as temperaturas T1 e T3 so extremas o valor da Ma2 (T2) ser sempre referente ao ensaio executado.

Para determinar Ma2 eu preciso ter a temperatura no instante em que pesei Mas.

Por semelhana de tringulos temos:

AB = AC Ma1 - Ma3 = Ma2 - Ma3 DE DC T3 - T1 T3 - T2Ma2 = (Ma1 - Ma3) x (T3 - T2 ) + Ma3 (T3 - T1)

BIBLIOGRAFIA : Revistas Cermicas.

Norma ABNT.

EXERCCIOS

1) Explique como se calcula o volume ocupado pelo slido (Vs) , no transcorrer do ensaio de Mer de amostras que reagem com gua. (Consultar Norma da ABNT 6221).

2) Explique como se calcula o Vs , no transcorrer do ensaio com amostras que no reagem com gua.

3) Com a Mer conhecida e a Ms tambm conhecida possvel determinar:

a) Volume de poros fechados (Vpf).

b) Volume Aparente (Va).

c) Volume Aparente da parte slida (Vas).

d) Volume do slido (Vs).

4) Na determinao da Mer a ordem :

a) Secar, pesar Ms, pesar Mc, pesar Mas

b) Secar, pesar Ms, pesar Mas, pesar Mc

c) a e b so corretas

d) nda

5) No ensaio de Mer temos os seguintes dados:

Ms = 5,0g

Mc = 78,753 g

Mas = 81,905 g

Qual o volume ocupado apenas pelo slido?

6) Sabendo-se que a Mer de uma argila de 2,53 g/cc e que temos 2,5 kg de uma argila, qual o volume ocupado pelo slido?

Justifique esse valor de volume pode ser usado para dimensionar um box.

7) No ensaio de Mea de uma argila granulada encontrou-se um valor de 1,21 g/cc. A Mer desse material de 2,59 g/cc. Calcule o volume de poros presente no armazenamento de 5,0 kg dessa argila.

8) Para os dados abaixo determine a Mer e o volume ocupado pelo slido dentro do picnmetro:

Mas = 80,053 g

Mc = 78,173 g

Ms = 3,000 g

9) Dados:

Ensaio N( 1 2 3

Ms 1,402 g 1,66 g 0,819 g

Mc 84,9155 g 87,2505 g 84,4035 g

Mas 85,7475 g 88,2570 g 84,9240 g

Calcular a Mer para cada ensaio, analise os resultados e calcule o valor mdio no Sistema Internacional de Unidades

10) Dados os ensaios de Mer de uma massa de Titanato de Brio:

Ensaio N( 1 2 3

Ms 2,7134 g 3,0942 g 2,7334 g

Mc 106,2129 g 92,1566 g 95,2129 g

Mas 108,1472 g 94,3619 g 97,1602 g

Calcule o Mer mdia segundo os critrios da ABNT.

11) Calcule a Mer da uma amostra, dados:

Mc a 14( C 114,9356 g

Mc a 41( C 113,8836 g

Mas a 21( C 116,1955 g

Ms usada no ensaio = 2,1076 g

12) Quando voc usa um picnmetro com termmetro como voc procede para determinar o volume ocupado pelo slido?

13) Um refratrio de slica prensado apresenta uma Mer de 2.65 g/cc. Aps a queima sua Mer no deve ultrapassar 2,38 g/cc. Por que ?

14) Dados os valores de Mer do :

Quartzo ( 2,65 g/cc.

Tridimita ( 2,32 g/cc

Cristobalita ( 2,32 g/cc

Vidro SiO2 2,21 g/cc

Quartzo ( 2,60 g/cc

Tridimita ( 2.32 g/cc

Cristobalita ( 2,21 g/cc

Compare esses valores com os da PEB 178 e justifique por que a ABNT especificou a Mer.

15) Tendo-se a Mea ; Meas: Mer de um material cermico queimado em vrias temperaturas, explique como se usa e se analisa esses valores para definir a temperatura de sinterizao mais adequada.

16) Fazendo-se Meas - Mea encontra-se um valor que indica a presena de ...............

17) Fazendo-se Mer - Meas encontra-se um valor que indica a presena de.................

18) Fazendo-se Mer - Mea encontra-se um valor que indica a presena de..................

19) Um refratrio mede 260 X 115 x 64 mm e pesa 1905,0 g . Sabendo-se que a Mer do slido de 2,72 g/cc e a % Aa = 17,2. Calcule a % de empacotamento dos gros e a respectiva porosidade total em %.

20) Quais os dados necessrios para se calcular o fator de empacotamento?

21) Em quais condies o fator de empacotamento assume o valor de 1 ou 100% ?

22) Um refratrio isolante mede 255 x 113 x 64 mm e sua massa de 1940 g. Calcule a % de porosidade total sabendo-se que a Mer de 2680 kg/m3 .

23) No exerccio acima, calcule o volume total de poros abertos e fechados.

24) Do exerccio anterior. justifique qual o volume de poros (abertos e fechados) que deve predominar para que o refratrio seja considerado um bom isolante trmico.

25) Calcule o volume de gua que deve ser acrescentado em 4,3 kg de argila mida para preparar uma suspenso com uma Mea de 1,58 g/cc. A argila apresenta uma umidade de 5,7%. A Mer do slido de 2,58 g/cc. Qual ser a % de slidos dessa suspenso pronta?

26)Calcule o volume de gua que deve ser usado para preparar 1000 ml de uma suspenso argilosa. A argila tem uma umidade de 7,4% medida no speedy e sua Mer de 2,53 g/cc. A Mea da suspenso deve ser de 1,60 g/cc.

27) Tem-se 3,45 kg de uma argila. A % de umidade da argila de 7,8% medida no speedy. Calcule o volume de suspenso que ser obtido com esta argila para que a suspenso tenha uma Mea de 1,65 g/cc. A Mer do slido de 2,63 g/cc. Determine tambm de gua que dever ser acrescentado para se ter a suspenso.

FORMULRIO

Volume de gua = Volume de suspenso x (Mer - Mea) (Mer - 1,00)

Volume da suspenso = Volume de gua . Mer - Mea / Mer - 1,00

Massa seca = Volume de suspenso x Mer x (Mea - 1,00)

(Mer - 1,00)

Mea de lquidos = Massa de suspenso . Volume de suspenso

Massa de suspenso = Volume da suspenso x Mea

Volume da suspenso aps acerto = (1,00 x Volume de gua) + (Meai x Vs)

Mea final

Volume de gua para acerto = Volume da suspenso x (Mea inicial - Mea final) (Mea final - 1,00)

Volume de gua total = Volume de gua inicial + volume de gua para acerto

% de slidos = Massa seca . Massa mida

Massa mida = Volume da suspenso x Mea

% de umidade = 100 - % de slidos

Massa seca = Massa mida x % de slidos 100

Volume da suspenso = Massa seca . Mer x Mea - 1,00 / Mer - 1,00

% de umidade base seca = Massa mida - Massa seca x 100

Massa seca

Volume de slido = Massa seca Mer

Fator de empacotamento = Mea x 100

Mer

Porosidade total = 100 - FE

Mer = Massa seca x densidade da gua na temperatura t

(Massa seca + Mc) - Mas

Mc = peso do picnmetro com gua

Mas = Peso do picnmetro com gua e material

Mea de slido ou Mea geomtrica = Massa do slido . Volume do slido

% de resduo = Massa retida x 100 Massa seca inicial

% de finos = 100 - % de resduo

Volume de poros abertos = Volume aparente x % de poros 100

Massa do slido = Volume real do slido x Mer

Volume real do slido = Volume aparente - Volume dos poros

Massa do corpo seco a 110(C = 100 x Massa queimada . (100 - % de perda ao fogo)

Massa mida = 100 x Massa seca % de slidos

Volume de gua evaporado = Massa mida - Massa seca

Volume aparente = Vol. do slido + Vol. dos poros abertos + Vol. dos poros fechados

Vol. dos poros fechados = Vol. aparente - (Vol. do slido + Vol. dos poros abertos)

Volume dos poros abertos = Volume aparente x Porosidade aparente 100

Porosidade aparente = Massa mida - Massa seca x 100

Massa mida - Massa imersa

Porosidade total = Mer - Mea x 100

Mer

Absoro de gua = Massa mida - Massa seca x 100

Massa seca

Mea de slido irregular ou Mea hidrosttica = Massa seca . Massa mida - Massa imersa

Massa especfica aparente da parte slida = Meas = Massa seca . Massa seca- Massa imersa

Porosidade aparente = Absoro de gua x Mea

Massa aps queima = Massa seca x (100 - % perda ao fogo) 100

Poros fechados = % de porosidade total - % de porosidade aparente

Perda ao fogo terica = 100 x Mol do voltil Mol do composto

% de umidade base seca = 100 x % de umidade base mida 100 - % de umidade base mida

CONCLUSES

Mea menor que Meas = Evidncia de poros abertos

Mea = Meas = Ausncia de poros abertos

Meas menor que Mer = Evidncia de poros fechados

Meas = Mer = Ausncia de poros fechados

Mea = Meas = Mer = Sinterizao mxima dos gros ou mximo empacotamento

Bibliografia

1 Revista Cermica

2 Apostila Senai Ensaios Preliminares. Santos, Leia. Cocchi, Mnica.

3 Apostila Ensaios Cermicos Preliminares de Matrias Primas Amarante, Armando 04/89

A.B.C

Mea = M

V

Volume Aparente

Va = Mu - Mi (cm3)

Massa Especfica Aparente

Mea = Ms = Ms g/cm3

Va = Mu - Mi

Porosidade Aparente

% Pa = Mu - Ms x 100

Mu - Mi

ou

% Pa = Mu - Ms x 100

Va

% Rq = Cs Cq x 100

Cs

% Rv = 100 x RT - 13 + 1

100

Mea = M (g/cm3)

V

% PF = Ms - Mq x 100

Ms

% Rt = Ci Cq x 100

Ci

para corpos de prova quadrados os retangulares

TRF = 3 x P x L__

2 x a2 x b

para corpos de prova cilndricos

TRF = 8 x P x L

d3

Clculo da % de Umidade

%U = Mu - Ms x 100

Ms

% U = Mu Ms x 100

Ms

% Higroscopicidade = (Mu Ms) x 100

Ms

% expanso = (Lf - Li) x 100

Li

% Absoro d'gua

% Aa = (Mu - Ms) x100

Ms

Volume Aparente da Parte Slida

Vas = Ms - Mi (cm3)

Massa Especfica Aparente da Parte Slida

ou

Densidade Aparente da Parte Slida

Mea = Ms = Ms x 100 (g/cm3)

Ms - Mi Vas

% PF = Ms - Mq x 100

Ms

a) Ci = 13,82 cm

Cf = 13,33 cm

% Rs = ?

% Rs = Ci - Cf x 100

Ci

FE= Mea

Mer

Mea = Ms = Ms

(Vs + Vpa) Va

% de Ubs = 100 x % Ubu

100 - % Ubu

M mida = M seca___

100 (100 - %Ubu)

Va = Vsusp1 x (Meai - Meaf)

(Meaf - DA )

Ms = Vsusp. x Mer x (Mea - 1,000)

(Mer - 1,000)

Vgua = Vsusp. x (Mer - Mea)

(Mer - 1,000)

a) a=1,33 cm

b=5,62 cm

P= 3,5 kgf

L= 10 cm

b) a=2,33 cm

b=10,62 cm

P= 7,5 kgf

L= 10 cm

c) a=1,52 cm

b=5,68 cm

P= 4,0 kgf

L= 10 cm

d) a=1,73 cm

b=6,89 cm

P= 13,5 kgf

L= 10 cm

a Mu = 10,00 g

Ms = 8,00 g

%U = ?

b Mu = 100,00 g

Ms = 88,57 g

%U = ?

c Mu = ?

Ms = 88,57 g

%U = 10

d Mu = 100,00 g

Ms = ?

%U = 5,7

e Mu = ?

Ms = 88,57 g

%U = 6,7

f Mu = 50,00 g

Ms = ?

%U = 12,6

a) Mu = 35,64 g

Ms = 30,12 g

%Hg = ?

b) Mu = 125,64 g

Ms = 113,02 g

%Hg = ?

a) Lf = 35,76 cm

Li = 34,99 cm

% exp Hg = ?

b) Lf = 25,63 cm

Li = 22,29 cm

% exp Hg = ?

a Ms = 100 g

Mu = 104 g

Mi = 57 g

% A = ?

% Pa = ?

b Ms = 234,45 g

Mu = 287,98 g

Mi = 145,89 g

% A = ?

% Pa = ?

c Ms = 311,67 g

Mu = 389,99 g

Mi = 203,44 g

% A = ?

% Pa = ?

a) Ms =133,08 g

Mq = 118,87 cm

% Pf = ?

b) Ms = 50,18 g

Mq = 45,74 g

% Pf = ?

b) Ci = 14,99 cm

Cf = 14,59 cm

% Rs = ?

Mas = Peso do picnmetro com gua mais material.