APOSTILA DE CIÊNCIAS ENSINO FUNDAMENTAL …. Também serve como gás comburente, que alimenta a...

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NEEJA NÚCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS CONSTRUINDO UM NOVO MUNDO APOSTILA DE CIÊNCIAS ENSINO FUNDAMENTAL Módulo 3 Professor Luiz Patatt

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NEEJA – NÚCLEO ESTADUAL DE

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

CONSTRUINDO UM NOVO MUNDO

APOSTILA DE CIÊNCIAS

ENSINO FUNDAMENTAL

Módulo 3

Professor Luiz Patatt

COMPOSIÇÃO DO AR

O ar atmosférico é formado por vários gases, vapor dágua, microorganismos e impurezas (poeira e fuligem).

GÁS QUANTIDADE EM %

OXIGÊNIO 21

GASES NOBRES 0,91

NITROGÊNIO 78

GÁS CARBÔNICO 0,03

Observando o gráfico, podemos ver que na atmosfera há vários gases: oxigênio, gases nobres (hélio, neônio, argônio, criptônio, radônio, xenônio), nitrogênio e gás carbônico. Podemos ver a quantidade (percentagem) de cada gás na atmosfera, sendo o nitrogênio em maior quantidade. Estes são os componentes constantes no ar atmosférico.

A quantidade de vapor d água, microorganismos e impurezas dependem de alguns fatores como, por exemplo, o clima, a poluição e os ventos. Então estes são componentes variáveis do ar atmosférico.

Componentes Constantes do Ar

Nitrogênio - É o gás mais abundante do ar (78%). Sua fórmula química é N2, ou seja, uma molécula de nitrogênio é formada por dois átomos de nitrogênio. Os animais e as plantas não aproveitam o nitrogênio do ar, mas existem alguns seres vivos que conseguem aproveitá-lo e transformá-lo em sais nitrogenados, como os nitratos. Estes seres vivos são as bactérias que vivem em raízes de plantas leguminosas (feijão, soja e ervilha).

O ciclo começa com o gás nitrogênio penetrando no solo. As bactérias o absorvem, transformando em nitratos que são cedidos, em partes para as plantas. Estas plantas utilizam os nitratos para produzir proteínas, que fazem parte do corpo vegetal. Animais herbívoros comem estas plantas adquirindo para si as proteínas. Animais carnívoros comem os herbívoros, transferindo para eles as suas proteínas. Quando um animal morre é decomposto por bactérias e fungos, que retornam ao solo e mais tarde absorvidos por outra planta. E assim, iniciando o ciclo do nitrogênio novamente.

Oxigênio – Cerca de 21% do ar da atmosfera é de gás oxigênio. Nosso organismo não consegue ficar muito tempo sem respirar. Precisamos do ar atmosférico porque contém oxigênio, responsável para a respiração. O oxigênio atua na “queima” dos alimentos, produzindo energia necessária para o funcionamento dos nossos órgãos assim, eles conseguem se manter em

atividade. Também serve como gás comburente, que alimenta a combustão (queima). Quando um ser vivo utiliza o gás oxigênio para a respiração damos o nome de seres aeróbicos (plantas e animais).

Quando não usam o gás oxigênio para a respiração ou “queimar” seus alimentos, damos o nome de seres anaeróbicos (algumas bactérias). O O2 pode, no entanto, causar danos ao homem. Quando entra em contato com o ferro (Fe) provoca a chamada ferrugem, que destrói carros, máquinas portões, navios e etc.

4Fe +3 O2 →2 Fe2O3

Gás Carbônico – Este gás, com fórmula química CO2, é essencial para a vida dos vegetais na realização da fotossíntese, que produz glicose e energia.

Gases Nobres – Dificilmente se combinam com outras substâncias, por isso

são nobres. São eles: hélio (He), Neônio (Ne), Argônio (Ar), criptônio (Kr), Xenônio (Xe) e Radônio (Rn). São isolados e utilizados pelo homem: - em flashes, máquinas fotográficas (Xe);

- em letreiros luminosos (Ne, Kr);

- para encher balões (He);

- em aparelhos utilizados para tratamento de câncer (Rn);

- no interior de lâmpadas (Ar).

O gás neônio também é chamado de gás-neon. Ele produz luz vermelha e laranja.

O criptônio produz uma luz verde-azulada.

Componentes Variáveis do Ar

Vapor d água – O vapor d água da atmosfera vem da evaporação da água dos

mares, rios e lagos; respiração dos seres vivos; transpiração das plantas; evaporação da água do solo e evaporação da água de dejetos (fezes e urina de animais).

Esta umidade (vapor d água) é importante para os seres vivos porque ajuda na formação das nuvens. Em alguns locais, onde há baixa umidade, muitas pessoas apresentam dificuldade na respiração.

Poeira – é formada por várias partículas sólidas que se depositam nos móveis, utensílios domésticos, estradas, telhados, etc.Na atmosfera, é possível ver a poeira.

Fumaça – Quem mais produz fumaça com fuligem são as fábricas que não tem filtros nas suas chaminés.

A fuligem, que tem cor escura, é formada por substâncias como chumbo (Pb). Causa sérios danos ao aparelho respiratório.

A fumaça que sai de automóveis, ônibus e caminhões contêm dióxido de enxofre (SO2), monóxido de carbono (CO), dióxido de nitrogênio (NO2) e hidrocarbonetos.

Microorganismos – Estão em grandes quantidades na atmosfera. Muitos são responsáveis por doenças como o tétano, tuberculose e gripe. Alguns não causam doenças e ajudam na decomposição de organismos mortos, na fabricação de antibióticos. Outros, como o bacilo láctico se desenvolve no leite produzindo a coalhada.

COMBUSTÃO

A combustão é uma reação química que sempre produz calor (exotérmica) em forma de energia.

A chama da vela produz luz (energia luminosa) e calor (energia térmica). A gasolina que queima no motor do carro e faz ele se mover (energia mecânica) produz calor (energia térmica).

Na combustão, éliberado também vapor d água e gás carbônico. Alguns destes gases podem poluir a atmosfera.

Os combustíveis fósseis são os mais poluentes.

PROPRIEDADES DO AR

Não se pode pegar ou ver o ar, mas sabemos que ele existe. Através de suas propriedades é possível comprovar a sua existência. O ar é matéria e ocupa todo o espaço do ambiente que não exista outra matéria. Por exemplo, em uma garrafa com água pela metade, o ar ocupa a outra metade (superior) desta garrafa.

O ar tem massa. Na Terra, tudo o que tem massa também tem peso, ou seja, é atraído pela gravidade terrestre, que é a força que puxa todas as coisas para o seu centro..

O ar tem elasticidade. Quando tapamos o orifício da seringa e depois soltamos o êmbolo observamos que este êmbolo tende a voltar à posição inicial. Elasticidade é a propriedade que o ar tem de voltar ao seu volume inicial, quando para a compressão.

A expansibilidade do ar é a propriedade que o ar tem de aumentar de volume, ocupando todo o lugar disponível.

O ar exerce pressão. A massa de ar atmosférico exerce pressão sobre a superfície da Terra, que é a pressão atmosférica. .

Pressão e Altitude

Uma pessoa que está no nível do mar (na praia, por exemplo) está com uma quantidade maior de ar sobre ela do que uma pessoa que está a 800m acima do nível do mar.

Então, quanto maior a altitude, menor é a pressão atmosférica exercida sobre ela. E quanto menor a altitude, maior é a pressão atmosférica. O mesmo aparelho, que serve para medir a pressão atmosférica é usado para medir a altitude. O barômetro, então é usado também como altímetro.

Ventos

Vento é o ar em movimento.

Uma camada de ar aquecida pelo Sol se expande, ficando menos densa e sobe. Uma camada de ar frio vai ocupar o seu lugar. Esse ar frio também é aquecido e sobe. Assim, formam-se as correntes de ar, que constituem os ventos. Nas regiões mais quentes (ar menos denso), a pressão atmosférica é menor do que nas regiões mais frias (ar mais denso). Por isso, o vento sempre vai das regiões de alta pressão para as de baixa pressão. A velocidade dos ventos varia de acordo com diferença de pressão entre duas regiões e da distância entre elas.

Conforme a velocidade, o vento recebe nome diferente: brisa, ventos alísios, ciclones e furacões.

A brisa é um vento fraco e agradável. A brisa terrestre ocorre de noite e se desloca da terra para o mar.

O vento alísio é brando e persistente.

Os ciclones ou tufão tem velocidade acima de 100Km/hora. Furacão também é um ciclone porque atinge velocidade superior a 300km/hora. Apresentam um movimento de rotação, que formam correntes de ar em espiral (redemoinhos).

PREVISÕES DO TEMPO

Meteorologia é a ciência que estuda as condições atmosféricas. Tempo e clima não são a mesma coisa. Tempo é quando falamos das condições atmosféricas que acontecem em determinado momento. Clima trata das condições atmosféricas que ocorrem com mais freqüência em determinada região.

Fatores de Interferem na Previsão do Tempo

Alguns fatores podem interferir na previsão do tempo: nuvens, massas de ar, frentes frias e quentes, temperatura, umidade do ar e pressão atmosférica.

Nuvens: são formadas por gotículas de água produzidas da evaporação de rios, lagos, oceanos, etc.

Massas de ar: são grandes blocos de ar que se estendem horizontalmente por

alguns milhares de quilômetros e verticalmente por algumas centenas de metros ou quilômetros. Podem durar vários dias ou até semanas.

Aparelhos de Medida

De acordo com a velocidade dos ventos, é possível dizer quando uma massa de ar chegará num determinado lugar. Para medir essa velocidade usa-se um anemômetro. Neste aparelho há um dispositivo que registra quantas rotações são dadas em determinado tempo, indicando a velocidade do vento.

Para saber a direção do vento usa-se um dispositivo chamado biruta. A biruta tem a forma de um saco aberto nas duas extremidades, sendo a extremidade fixa maior que a solta. O fluxo de ar que entra alinha a biruta de acordo com a direção do vento.

Para media a temperatura, utilizamos o termômetro, que é um instrumento que pode ser usado tanto para medir a temperatura do nosso corpo, como para medir a da água, do ar, ou de qualquer outra coisa.

A umidade do ar (quantidade de vapor d água na atmosfera) também é um fator importante para fazer a previsão do tempo. Quanto mais úmido o ar, mais possibilidade de chuva. O instrumento que mede a umidade do ar é o higrômetro.

Para medir a quantidade de chuva de um determinado local utiliza-se o pluviômetro. É composto por um funil e um cilindro de vidro graduado.

A pressão atmosférica depende da umidade do ar. O ar seco é mais pesado do que o úmido. Então, quanto mais seco estiver o ar, maior será a pressão atmosférica. Se diminuir a pressão, aumenta a umidade, então é provável que chova neste lugar. Para medir a pressão atmosférica utiliza-se um barômetro, que pode ser aneróide ou de mercúrio.

Como se faz a Previsão do tempo

No Brasil, um órgão é responsável por essa coleta que vem das estações meteorológicas de cada estado, de satélites artificiais que giram ao redor do planeta Terra e também de outros países.

Através destas informações, os meteorologistas fazem suas previsões do tempo.

Os satélites meteorológicos, que ficam em torno da Terra, são capazes de tirar fotografias das massas de ar e das nuvens que estão na atmosfera. Registram ainda a velocidade dos ventos e a sua direção. Estes dados são enviados para a estação de meteorologia.

AR E SAÚDE

O ar das grandes cidades é muito poluído. Está cheio de gases tóxicos

e de fuligem. Geralmente, em regiões de praia e de florestas, não existe poluição, ou seja, o ar é puro. Esta poluição que acontece provoca sério danos à saúde. Algumas doenças são transmitidas através de microorganismos que estão no ar. Vírus e bactérias, que são microorganismos transmitem doençasatravés do ar.

Devemos ter alguns cuidados básicos para evitar contaminações:

- lavar sempre copos, talheres e toalhas antes de usá-los;

- lavar sempre bem as mãos;

- tomar vacinas.

Bactérias

As bactérias podem transmitir doenças através do ar, como a tuberculose e a meningite. Há também a pneumonia, difteria e coqueluche.

O Solo

O solo que você pisa; as rochas que modelam as montanhas; o fundo dos rios, lagos e mares: tudo isso é apenas uma fina "casca" do imenso planeta que é a Terra.

A Terra

A Terra tem forma aproximadamente esférica e é achatada nos pólos. Sua estrutura interna é dividida em crosta terrestre, manto e núcleo.

A crosta terrestre é a camada mais superficial. É o nosso chão, ou seja, a

parte do planeta sobre o qual andamos, vivemos, construímos as nossas casas. Nos continentes, sua espessura pode ter de 30 a 80 Km; já no fundo dos oceanos varia entre 5 e 10 km.

O manto fica abaixo da crosta terrestre, possui quase 3000 km de espessura.

É formado por material semelhante ao da crosta terrestre, submetido a pressão intensa e à temperatura elevada. A temperatura do manto aumenta com a profundidade e deve variar entre cerca de 1000ºC e 3000ºC ou mais, na parte mais funda. A parte do manto formada por rochas derretidas é chamada de magma. Quando um vulcão entra em erupção, o magma é expelido e passa a ser denominado lava.

O núcleo localiza-se na parte central da Terra, abaixo do manto, com cerca de 3400 km de espessura. A temperatura no centro do núcleo interno deve ultrapassar os 5 000ºC.

Em alguns pontos do planeta, o magma está localizado próximo à superfície o que acaba aquecendo a água subterrânea. Essa água quente jorra na forma de jatos: é o gêiser, que pode ultrapassar os 100ºC de temperatura..

O que você pensaria se soubesse que as rochas encontradas nos planaltos brasileiros e africanos são muito parecidas, e que fósseis idênticos foram encontrados em continentes diferentes?

Será que os continentes já estiveram unidos no passado?

Note que os continentes se encaixam como peças de quebra-cabeça. Essas e outras evidências sugerem que os continentes podem ter sido parte de um único conjunto de rochas no passado. Esta teoria é chamada teoria da deriva continental.

Como consequência destes rompimentos, os oceanos também sofreram divisão obedecendo as transformações provocadas pelas massas dos novos continentes.

Deu-se origem então a outra teoria chamada Tectônica de Placas.

O movimento de uma placa em relação à outra é de cerca de 2 a 10 cm ao ano. Por isso praticamente não é percebido pelos nossos sentidos. Ao longo de milhões de anos, entretanto, esse movimento mudou muito o aspecto de nosso planeta, afastando alguns continentes e aproximando outros.

Os terremotos

Terremoto ou sismo são tremores bruscos e passageiros que acontecem na superfície da terra causados por choques subterrâneos de placas rochosas da crosta terrestre a 300m abaixo do solo. Outros motivos considerados são

deslocamentos de gases (principalmente metano) e atividades vulcânicas. A maioria dos terremotos ocorre quando certa tensão na fronteira entre duas placas tectônicas é liberada. Duas placas em movimento podem se encostar, exercer pressão uma contra a outra e ficar presas entre si. Em determinado momento, a força acumulada entre elas pode vencer o atrito, provocando um deslizamento rápido: uma placa escorrega ao longo da outra, o que libera a energia acumulada. Essa energia desencadeia "ondas de choque", chamadas ondas sísmicas, que se espalham pelas rochas e provocam tremores de terra.

Os vulcões

O que acontece se você sacudir bem uma garrafa de refrigerante e depois abrir?

A pressão do gás fará o líquido transbordar da garrafa. Quanto maior a pressão dentro da garrafa, maior a força com que o líquido vai transbordar.

Algo parecido ocorre nos vulcões. As rochas derretidas no interior da terra (magma) são expelidas, juntamente com gases e vapor de água, através de falhas na crosta. Os vulcões podem surgir de várias maneiras. Muitos

aparecem nas bordas das placas tectônicas.

Rochas, minerais e solo

A crosta terrestre possui várias camadas compostas por três tipos de rochas que são formadas pela mistura de diferentes materiais. Essas rochas podem se: r magmáticas, também chamadas de ígneas, sedimentares ou metamórficas.

Rochas magmáticas ou ígneas

As rochas magmáticas ou ígneas, são originadas do interior da Terra, onde são fundidas em altíssima temperatura. Nas erupções de vulcões, essas rochas são lançadas do interior da Terra, para a superfície. Sofrem, então, resfriamento rápido e se solidificam.

• O basalto é uma rocha escura muito utilizada na pavimentação de

calçadas, ruas e estradas e são advindas do resfriamento rápido do magma.

• A pedra-pomes, gerada após rápido resfriamento em contato com a

água formando uma rocha cheia de poros ou buracos devido à saída de gases. Parece uma "espuma endurecida".

.

• O granito (vem do latim granum, que significa "grão') se forma no

interior da crosta terrestre por resfriamento lento e solidificação do magma. É muito utilizado em revestimento de pisos, paredes e pias. O granito é formado por grãos de várias cores e brilhos: são os minerais.

Rochas sedimentares

Observe na figura abaixo que a rocha é formada por camadas (ou estratos).

Esse tipo de rocha é chamada de rocha sedimentar e se forma a partir de mudanças ocorridas em outras rochas. Chuva vento, água dos rios, ondas do mar: tudo isso vai, aos poucos, fragmentando as rochas em grãos de minerais. Pouco a pouco, ao longo de milhares de anos, até o granito mais sólido se transforma em pequenos fragmentos. Esse processo é chamado de intemperismo.

Por isso é muito comum encontrar restos ou marcas de animais e plantas em rochas sedimentares: o animal ou planta morre e é coberto por milhares de grãos de minerais.

Os restos ou marcas de organismos antigos são chamado de fósseis.

Analisando os fósseis, os cientistas podem estudar como era a vida no passado em nosso planeta.

A origem do arenito

O arenito se forma quando rochas como o granito se desintegram aos poucos pela ação dos ventos e das chuvas. Os grãos de quartzo dessas rochas formam a areia. Areias e dunas de areia, porém não são rochas: são fragmentos de rochas. A areia pode se depositar no fundo do mar ou em depressões e ficar submetida a um aumento de pressão ou temperatura. Assim cimentada e endurecida, forma o arenito - um tipo de rocha sedimentar. O arenito é usado em pisos.

O calcário

O acúmulo de esqueletos, conchas e carapaças de animais aquáticos ricos em carbonato de cálcio, que é um tipo de sal, pode formar outra variedade de rocha sedimentar, o calcário.

O calcário também se forma a partir de depósitos de sais de cálcio na água. O calcário é utilizado na fabricação de cimento e de cal. A cal serve para pintura de paredes ou para a fabricação de tintas. A cal ou o próprio calcário podem ser utilizados para neutralizar a acidez de solos.

Rochas metamórficas

Ardósia é usada como piso.

Você já viu pias, pisos ou esculturas de mármore? O mármore é uma rocha formada a partir de outra rocha, o calcário. É um exemplo de rocha metamórfica.

As rochas metamórficas são assim chamadas porque se originam da transformação de rochas magmáticas ou sedimentares por processos que alteram a organização dos átomos de seus minerais. Surge, então, uma nova rocha, com outras propriedades e, às vezes, com outros minerais.

Muitas rochas metamórficas se formam quando rochas de outro tipo são submetidas a intensas pressões ou elevadas temperaturas.

Outra rocha metamórfica é a ardósia, originada da argila e usada em

pisos.

Pias e pisos também podem ser feitos de gnaisse, uma rocha metamórfica originada geralmente do granito.

Gemas ou pedras preciosas

As gemas são rochas muito duras. São riquezas existentes no subsolo, comumente conhecidas como pedras preciosas. As jazidas de esmeralda, rubi, diamante e outras são raras por isso essas pedras têm grande valor

comercial.

No subsolo, também são encontradas jazidas de metais, por exemplo, ouro, ferro, manganês, alumínio, zinco, cobre, chumbo.

Na foto podemos observar algumas gemas ou pedras preciosas.

Como o solo se formou

A camada de rochas na superfície da Terra está, há milhões de anos, exposta a mudanças de temperatura e à ação da chuva, do vento, da água dos rios e das ondas do mar. Tudo isso vai, aos poucos, fragmentando as rochas e provocando transformações químicas. Foi assim, pela ação do intemperismo, que, lentamente, o solo se formou. E é dessa mesma maneira que está continuamente se remodelando.

Os seres vivos também contribuem para esse processo de transformação das rochas em solo. Acompanhe o esquema abaixo:

• A chuva e o vento desintegram as rochas.

• Pedaços de liquens ou sementes são levados pelo vento para uma região sem vida. A instalação e a reprodução desses organismos vão aos poucos modificando o local. Os liquens, por exemplo, produzem ácidos que ajudam a desagregar as rochas. As raízes de plantas que crescem nas fendas das rochas irão contribuir para isso.

• Na medida em que morrem, esses organismos enriquecem o solo em formação com matéria orgânica e, quando ela se decompõe, o solo se torna mais rico em sais minerais. Outras plantas, que necessitam de mais nutrientes para crescer, podem então se instalar no local. Começa a ocorrer o que se chama de sucessão ecológica.

• Há muitos tipos de solo. A maioria deles é composta de areia e argila, vindas da fragmentação das rochas, e de restos de plantas e animais mortos (folhas, galhos, raízes, etc.). Esses restos estão sempre sendo decompostos por bactérias e fungos, que produzem uma matéria orgânica escura, chamadas húmus. À medida que a decomposição continua, o húmus vai sendo transformado em sais minerais e gás carbônico. Ao mesmo tempo, porém, mais animais e vegetais se depositam no solo e mais húmus é formado.

.

Vemos, então, que o solo é formado por uma parte mineral, que se originou da desagregação das rochas, e por uma parte orgânica, formada pelos restos dos organismos mortos e pela matéria orgânica do corpo dos seres vivos que está sofrendo decomposição. Vivem ainda no solo diversos organismos, inclusive as bactérias e os fungos, responsáveis pela decomposição da matéria orgânica dos seres vivos.

• Por baixo da camada superficial do solo encontramos fragmentos de rochas. Quanto maior a profundidade em relação ao solo, maiores são também os fragmentos de rocha.

• O ser humano retira recursos minerais das camadas abaixo do solo. Parte da água da chuva, por exemplo, se infiltra no solo, passando entre os espaços dos grãos de argila e de areia. Outra parte vai se infiltrando também nas rochas sedimentares e em fraturas de rochas, até encontrar camadas de rochas impermeáveis. Formam-se assim os chamados

lençóis de água ou lençóis freáticos, que abastecem os poços de água.

• Finalmente, na camada mais profunda da crosta terrestre, encontramos a rocha que deu origem ao solo - a rocha matriz.

Tipos de solo

O tipo de solo encontrado em um lugar vai depender de vários fatores: o tipo de rocha matriz que o originou, o clima, a quantidade de matéria orgânica, a vegetação que o

Alguns tipos de solo secam logo depois da chuva, outros demoram mais.

• Solos arenosos são aquele que têm uma quantidade maior de areia do

que a média (contêm cerca de 70% de areia). Eles secam logo porque são muito porosos e permeáveis: apresentam grandes espaços (poros) entre os grãos de areia. A água passa, então, com facilidade entre os grãos de areia e chega logo às camadas mais profundas. Os sais minerais, que servem de nutrientes para as plantas, seguem junto com a água. Por isso, os solos arenosos são geralmente pobres em nutrientes utilizados pelas plantas.

• Os chamados solos argilosos contêm mais de 30% de argila. A argila é

formada por grãos menores que os da areia. Além disso, esses grãos estão bem ligados entre si, retendo água e sais minerais em quantidade necessária para a fertilidade do solo e o crescimento das plantas. .

Solo argiloso.

Solo argiloso compactado pela falta de água.

• A terra preta, também chamada de terra vegetal, é rica em húmus. Esse solo, chamado solo humífero, contém cerca de 10% dehúmus e é

bastante fértil. O húmus ajuda a reter água no solo, torna-se poroso e com boa aeração e, através do processo de decomposição dos organismos, produz os sais minerais necessários às plantas.

Os solos mais adequados para a agricultura possuem uma certa proporção de areia, argila e sais minerais utilizados pelas plantas, além do húmus. Essa composição facilita a penetração da água e do oxigênio utilizado pelos microorganismos. São solos que retêm água sem ficar muito encharcados e que não são muito ácidos.

• Terra roxa é um tipo de solo bastante fértil, caracterizado por ser o

resultado de milhões de anos de decomposição de rochas de arenito-basáltico originadas do maior derrame vulcânico que este planeta já presenciou, causado pela separação da Gondwana- América da Sul e África - datada do períodoMezozóico. É caracterizado pela sua aparência vermelho-roxeada inconfundível, devida a presença de minerais, especialmente Ferro.

Os perigos da poluição do solo

Não só os ecologistas, mas autoridades e todo cidadão devem ficar atentos aos perigos da poluição que colocam em risco a vida no planeta Terra.

O lixo

No início da história da humanidade, o lixo produzido era formado basicamente de folhas, frutos, galhos de plantas, pelas fezes e pelos demais resíduos do ser humano e dos outros animais. Esses restos eram naturalmente decompostos, isto é, reciclados e reutilizados nos ciclos do ambiente.

Com as grandes aglomerações humanas, o crescimento das cidades, o desenvolvimento das indústrias e da tecnologia, cada vez mais se produzem resíduos (lixo) que se acumulam no meio ambiente.

Lixo urbano despejado nos rios.

Lixões a céu aberto

A poluição do solo causada pelo lixo pode trazer diversos problemas.

O material orgânico que sofre a ação dos decompositores - como é o caso dos restos de alimentos - ao ser decompostos, forma o chorume. Esse

caldo escuro e ácido se infiltra no solo. Quando em excesso, esse líquido pode atingir as águas do subsolo (os lençóis freáticos) e, por conseqüência contaminar as águas de poços e nascentes.

As correntezas de água da chuva também podem carregar esse material para os rios, os mares etc.

O liquido escuro é chorume saido dos lixos.

Chorume nos rios (mancha escura)

A poluição do solo por produtos químicos

A poluição do solo também pode ser ocasionada por produtos químicos lançado nele sem os devidos cuidados. Isso ocorre, muitas vezes, quando as indústrias se desfazem do seu lixo químico. Algumas dessas substâncias

químicas utilizadas na produção industrial são poluentes que se acumulam no solo.

Um outro exemplo são os pesticidas aplicados nas lavouras e que podem, por seu acúmulo, saturar o solo, ser dissolvidos pela água e depois ser

absorvidos pelas raízes das plantas. Das plantas passam para o organismo das pessoas e dos outros animais que delas se alimentam.

Os fertilizantes, embora industrializados para a utilização no solo, são em geral, tóxicos. Nesse caso, uma alternativa possível pode ser, por exemplo, o processo de rotação de culturas, usando as plantas leguminosas;

esse processo natural não satura o solo, é mais econômico que o uso de fertilizantes industrializados e não prejudica a saúde das pessoas.

A poluição do solo, e da biosfera em geral, pode e deve ser evitada. Uma das providências necessárias é cuidar do destino do lixo.

A erosão do solo

Como sabemos as chuvas, o vento e as variações de temperatura provocadas pelo calor e pelo frio alteram e desagregam as rochas. O solo também sofre a ação desses fatores: o impacto das chuvas e do vento, por exemplo, desagrega as suas partículas. Essas partículas vão então sendo removidas e transportadas para os rios, lagos, vales e oceanos.

A ação do ser humano

O desmatamento provocado pelas atividades humanas acelera muito a erosão natural. Vamos ver por quê.

Em vez de cair direto no solo, boa parte da água da chuva bate antes na copa das árvores ou nas folhas da vegetação, que funcionam como um manto protetor. Isso diminui muito o impacto da água sobre a superfície. Além disso, uma rede de raízes ajuda a segurar as partículas do solo enquanto a água escorre pela terra. E não podemos esquecer também que a copa das árvores protege o solo contra o calor do Sol e contra o vento.

Desmatamento para o cultivo em Marcelândia, MT.

Ao destruirmos a vegetação natural para construir casa ou para a lavoura, estamos diminuindo muito a proteção contra a erosão. A maioria das plantas que nos serve de alimento tem pouca folhagem e , por isso, não protege tão bem o solo contra a água da chuva. Suas raízes são curtas e ficam espaçadas nas plantações, sendo pouco eficientes para reter as partículas do solo.

Com a erosão, o acúmulo de terra transportada pela água pode se depositar no fundo dos rios, obstruindo seu fluxo. Esse fenômeno é chamado de assoreamento e contribui para o transbordamento de rios e o alagamento das áreas vizinhas em períodos de chuva.

Como evitar a erosão?

Existem técnicas de cultivo que diminuem a erosão do solo. Nas encostas, por exemplo, onde a erosão é maior, as plantações podem ser feitas em degraus ou terraços, que reduzem a velocidade de escoamento da água.

Em encostas não muito inclinadas, em vez de plantar as espécies dispostas no sentido do fluxo da água, devemos formar fileiras de plantas em um mesmo nível do terreno, deixando espaço entre as carreiras. Essas linhas de plantas dispostas em uma mesma altura são chamadas de curvas de nível.

Outra forma de proteger a terra é cultivar no mesmo terreno plantas diferentes mas em períodos alternados. Desse modo o solo sempre tem alguma cobertura protetora. É comum a alternância de plantação de milho; por exemplo, com uma leguminosa. As leguminosas trazem uma vantagem adicional ao solo: repõe o nitrogênio retirado do solo pelo milho ou outra cultura. Esse "rodízio" de plantas é conhecido como rotação de cultura

REINO PLANTAE

O Reino Plantae, ou simplesmente Reino Vegetal, como o próprio nome dá a entender é composto basicamente pelas plantas em suas mais diversas espécies. Este é de longe considerado o reino mais importante, isto porque foram as plantas que deram início à vida na Terra há milhões de anos, graças a sua capacidade de se alimentar dependendo apenas de si mesma.

Foto: Reprodução

As plantas são consideradas o primeiro elo da cadeia alimentar, sustentando até hoje toda a vida na Terra, pois são a base da cadeia alimentar

para os mínimos organismos como fungos, bactérias. Não podemos esquecer que num mundo cada vez mais industrializado e dominado pelo capitalismo as plantas são de importância vital para o equilíbrio da quantidade de gás carbônico (CO2) na nossa atmosfera.

Características

Podemos citar como características para os representantes deste reino o fato de se tratar de seres pluricelulares e eucariontes, ou seja, que possuem núcleo celular definido. São autótrofos, capazes de produzir seu próprio alimento através de processos como a fotossíntese, apesar de ainda precisarem de nutrientes essenciais presentes no solo, água e luz solar. Contudo, algumas plantas são incapazes de produzir alimento para si próprias, e é a este tipo de vegetal que damos o nome de parasita, pois, elas se agregam a outras estruturas de seres vivos para que possam sobreviver com os nutrientes necessários. Os vegetais possuem celulose em sua parede celular, além de cloroplastos e ventrículos no interior das células.

Classificação

As plantas podem ser classificadas de acordo com vários aspectos, o primeiro deles está relacionado com a presença ou ausência de flores. Aquelas que possuem flores e uma estrutura reprodutora visível são denominadas fanerógamas, já aquelas nas quais a estrutura reprodutora não se encontra visível e não possui flores ou sementes chamamos de criptógamas. Também podemos classificá-las de acordo com a presença ou não dos vasos condutores de água e sais minerais e de matéria orgânica, ou seiva elaborada, como vasculares e avasculares.

Os grupos de plantas

De acordo com as classificações que vimos acima, as plantas podem ser divididas em quatro grupos distintos. São eles:

• Criptógama: A palavra significa basicamente “estrutura reprodutora

escondida”, onde cripto significa escondido e gama, gameta.

• Fanerógama: Esta palavra significa “Estrutura reprodutora visível”, onde

fânero, significavisível, e gama, como já vimos, significa gameta.

• Gimnosperma: Gimno significa “descoberta” e sperma significa

“semente”. Então neste caso é o mesmo que dizer que uma planta possui a semente descoberta, ou ainda visível, ou nua.

• Angiosperma: Angion significa “vaso”, e este vaso ao qual a palavra se

refere neste contexto é o próprio fruto. Sperma significa “semente”. Logo angiosperma significa uma “planta que possui a semente guardada em seu interior”

Conheça o processo da fotossíntese, produção de alimento pelas plantas

Fotossíntese: produção de alimento pelas plantas

O que é

A fotossíntese é um processo realizado pelas plantas para produção de seu próprio alimento. De forma simples, podemos entender que a planta retira gás carbônico do ar e energia do Sol.

Processo

Através deste processo, a planta produz seu próprio alimento constituído essencialmente por glicose. À medida que a planta produz glicose, ela elimina oxigênio.

A glicose é utilizada pela planta na realização de suas funções metabólicas, ou seja, ela é o seu principal combustível, sem ela, seria impossível manter suas funções vitais.

O processo de formação da glicose se dá através de reação química, e esta, somente é possível devido à transformação da energia solar em energia química.

Importância da fotossíntese

Sem a fotossíntese, não existiria vida em nosso planeta, pois é através dela que se inicia toda a cadeia alimentar. Daí a grande importância das plantas, vegetais verdes e alguns outros organismos.

Além disso, como já vimos, a medida em que a planta produz glicose ela elimina oxigênio, e sem oxigênio é impossível sobreviver.

Os Biomas Brasileiros

Em outras palavras, um bioma é formado por todos os seres vivos de uma determinada região, cuja vegetação tem bastante similaridade e continuidade, com um clima mais ou menos uniforme, tendo uma história comum em sua formação. Por isso tudo sua diversidade biológica também é muito parecida.

O Brasil possui enorme extensão territorial e apresenta climas e solos muito variados. Em função dessas características, há uma evidente diversidade de biomas, definidos sobretudo pelo tipo de cobertura vegetal.

Biomas Continentais Brasileiros

Área Aproximada (km²) Área / Total Brasil

Bioma AMAZÔNIA 4.196.943 49,29%

Bioma CERRADO 2.036.448 23,92%

Bioma MATA ATLÂNTICA 1.110.182 13,04%

Bioma CAATINGA 844.453 9,92%

Bioma PAMPA 176.496 2,07%

Bioma PANTANAL 150.355 1,76%

Área Total Brasil 8.514.877 100%

Fonte: http://www.ibge.com.br/home/presidencia

Caatinga

Há aproximadamente 260 milhões de anos, toda região onde hoje está o semi-árido foi fundo de mar, mas o bioma caatinga é muito recente. Há apenas dez mil anos atrás era uma imensa floresta tropical, como a Amazônia. Para conhecer bem esse bioma do semi-árido brasileiro, basta fazer uma visita ao Sítio Arqueológico da Serra da Capivara, no sul do Piauí. Ali estão os painéis rupestres, com desenhos de preguiças enormes, aves gigantescas, tigres-dente-de-sabre, cavalos selvagens e tantos outros. No Museu do Homem Americano estão muitos de seus fósseis. Com o fim da era glacial, há dez mil anos atrás, também acabou a floresta tropical. Ficou o que é hoje a nossa Caatinga.

A Caatinga ocupa oficialmente 844.453 Km² do território brasileiro. Hoje fala-se em mais de um milhão de Km² . Estende-se pela totalidade do estado do Ceará (100%) e mais de metade da Bahia (54%), da Paraíba (92%), de Pernambuco (83%), do Piauí (63%) e do Rio Grande do Norte (95%), quase metade de Alagoas (48%) e Sergipe (49%), além de pequenas porções de Minas Gerais (2%) e do Maranhão (1%).

A Caatinga é muito rica em biodiversidade, tanto vegetal quanto animal, sobretudo de insetos. É por isso que o sul do Piauí, por exemplo, é muito favorável à criação de abelhas.

Amazônia

“Pulmão do Mundo”, “Planeta Água”, “Inferno Verde”, são alguns dos chavões mundialmente conhecidos a respeito da Amazônia. Está sempre em evidência em qualquer ponto da aldeia globalizada.

Interessa a todos. Uma das últimas regiões do planeta que ainda seduzem pela exuberância de uma natureza primitiva, hoje absolutamente ameaçada por sua devastação.

A Amazônia guarda a maior diversidade biológica do planeta – região mega-diversa - e escoa 20% de toda água doce da face da Terra. Seu início se deu há 12 milhões de anos atrás, quando os Andes se elevaram e fecharam a saída das águas para o Pacífico. Formou-se um fantástico Pantanal, quase um mar de água doce, coberto só por águas. Depois, com tantos sedimentos, a crosta terrestre tornou emergir e, aos poucos, formou-se o que é hoje a Amazônia. Ela ocupa 49,28% do território brasileiro.

Mata Atlântica

Já foi a grande floresta costeira brasileira. Ia do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Em alguns lugares adentrava o continente, como no Paraná, onde ocupava 98% do território Paranaense.

Era também o mais rico bioma brasileiro em biodiversidade. Ainda é em termos de Km². Hoje é o mais devastado de nossos biomas. Restam

aproximadamente 7% de sua cobertura vegetal. São manchas isoladas, muitas vezes sem comunicação entre si. Há quem fale em apenas 5%.

A Mata Atlântica é o exemplo mais contundente do modelo desenvolvimento predatório desse país. Foi ao longo dele que se saqueou o pau Brasil e depois se instalaram os canaviais, tantas outras monoculturas, além do complexo industrial. Quem vive onde já foi esse bioma muitas vezes nem conhece seus vestígios, tamanha sua devastação.

Cerrado

O Cerrado é o mais antigo bioma brasileiro. Fala-se que sua idade é de aproximadamente 65 milhões de anos. É tão velho que 70% de sua biomassa está dentro da terra. Por isso, se diz que é uma “floresta de cabeça prá baixo”. Por isso, para alguns especialistas, o Cerrado não permite qualquer revitalização. Uma vez devastado, devastado para sempre. Por isso, se diz que é uma “floresta de cabeça prá baixo”. Por isso, para alguns especialistas, o Cerrado não permite qualquer revitalização.

Uma vez devastado, devastado para sempre.

O Cerrado é ainda a grande caixa d’água brasileira. É do Planalto Central que se alimentam bacias hidrográficas que correm para o sul, para o norte, para o oeste e para o leste.

O Cerrado guarda ainda uma fantástica biodiversidade, porém, 57% do Cerrado já foram totalmente devastados e a metade do que resta já está muito danificada. Sua devastação é muito veloz, chegando a três milhões de hectares por ano. Nesse ritmo, estima-se que em 30 anos já não existirá.

Pantanal

No Brasil o Pantanal ocupa 150.355 Km², ou seja, 1,76% do nosso território. Há opinião que 80% do Pantanal encontra-se bem conservado. Entretanto, as queimadas, a derrubada das árvores, o assoreamento dos rios ameaçam sua existência. As últimas reportagens de TVs falam da intensa evaporação de suas águas e o risco de tornar-se um deserto. O que mais ameaça e agride esse bioma são as pastagens, queimadas e as entradas do agronegócio. Foi para impedir projeto de cana no Pantanal que Anselmo deu sua vida. A forma como a criação de gado teria se adaptado ao ambiente seria uma das responsáveis. Entretanto, para outros, os problemas ambientais do Pantanal passa também pela criação de gado.

Pampa

O Pampa gaúcho é bastante diferente dos demais biomas brasileiros. Dominado por gramíneas, com poucas árvores, sempre foi considerado mais apropriado para a criação do gado. Entretanto, em 2004 foi reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente como um bioma. Na verdade, sua biodiversidade havia sido ignorada por quase trezentos anos. Foi a porta de entrada para o gado através da região sul. A outra foi pelo vale do São Francisco, através dos currais de gado.

CADEIA ALIMENTAR

O equilíbrio ecológico depende diretamente da interação, das trocas e das relações que os seres vivos estabelecem entre si e com o ambiente.

Os seres respiram, vivem sobre o solo ou na água, obtêm alimento, aquecem-se com o calor do Sol, abrigam-se, reproduzem-se, morrem, se decompõem etc. Nesses processos, o ar, o solo, a água e a luz solar interagem de forma intensa com as plantas, os animais e os demais seres vivos. Essa interação garante a dinâmica vida da biosfera. A Amazônia, por exemplo, abriga uma rica diversidade biológica que inclui aproximadamente 20% de todas as espécies existentes no planeta. Esse é um fato intimamente relacionado à incidência dos raios solares na região equatorial, à abundância de água e ao sistema de manutenção da umidade e dos nutrientes do solo.

Obtendo Energia para Viver

Todos os seres vivos precisam de energia para produzir as substâncias necessárias à manutenção da vida e à reprodução. Os seres vivos obtêm a energia basicamente de duas maneiras: Os clorofilados, através da energia do Sol, e os não-clorofilados, a partir da alimentação dos clorofilados.

Vamos explicar melhor:

A cadeia alimentar é uma sequência que mostra quem se alimenta de quem.

O ser humano (ser vivo não-clorofilado) ao comer um bife, está mastigando a carne de um boi (ser vivo não-clorofilado) que se alimentou de capim (ser clorofilado). O capim obtém a energia para crescer a partir da luz do Sol, em um processo chamado fotossíntese, e por este motivo é chamado de produtor. Já os organismos não clorofilados são chamados de consumidores. Olhe o esquema abaixo:

Produtores Consumidores primários Consumidores secundários

Capim

Boi

Ser Humano

Produtores

Como exemplos de produtores temos as plantas e as algas, seres

clorofilados, que não se alimentam de outro ser vivo obtendo do Sol a sua energia de que necessita para a fotossíntese.

No processo da fotossíntese, as plantas retiram água e sais minerais do solo pelas raízes. Na maioria das plantas, a água é levada até as folhas através de pequenos tubos, os vasos condutores de seiva bruta. A folha retira também um gás do ar, o gás carbônico. As plantas usam então o gás carbônico, a água e a luz solar absorvida graças à clorofila (pigmento verde presente principalmente nas folhas) para fabricar açúcares. Esse processo é chamado fotossíntese.

Não é só o açúcar que você conhece, usado para adoçar o café e os doces, que é fabricado pelas plantas. O arroz, a batata, a banana, o feijão, o macarrão, ou qualquer outro alimento de origem vegetal, são constituídos de um tipo de açúcar (chamado de amido) também fabricado pelas plantas no

processo da fotossíntese.

Além dos açúcares a fotossíntese dá origem ao gás oxigênio. O oxigênio é então lançado no ar ou na água (no caso de plantas aquáticas). E, por fim, os animais e as plantas usam esse gás e o alimento para produzir energia.

Podemos resumir a fotossíntese assim:

gás carbônico + água + luz solar -------> açúcar + oxigênio

Esse esquema pode ser lido da seguinte maneira: o gás carbônico se combina com a água e com a energia da luz solar transformando-se (a seta indica transformação) em açúcar e oxigênio..

Os seres clorofilados são classificados como produtores porque,

utilizando diretamente a energia solar, a água e o gás carbônico, para produzir as substâncias necessárias à manutenção das suas atividades vitais, garantindo o seu crescimento e a sua reprodução.

O pulmão do mundo?

Até pouco tempo, acreditava-se que a região amazônica era a grande responsável pela manutenção dos níveis de oxigênio da terra, sendo popularmente chamada de ‘pulmão da terra’. Porém, recentes pesquisas descobriram a existência de um novo “pulmão”: as algas marinhas. Apesar de

se apresentar nas cores verdes, azuis, marrons, amarelas e vermelhas, todas as algas possuem clorofila e fazem fotossíntese. Como são muito numerosas, que se atribui a sua fotossíntese a maior parte de oxigênio existente no planeta.

Todos os seres vivos respiram

Imagine a seguinte situação: depois de dirigir por um tempo, o motorista teve de parar e abastecer o carro. Você já se perguntou para onde vai o combustível? E por que o carro pára se ficar sem combustível?

O combustível se mistura com o oxigênio e é queimado, transformando-se em gás carbônico e água (na forma de vapor), que saem pelo escapamento. Essa queima de gasolina ou de outro combustível é chamada de combustão.

É pela respiração que a energia do alimento é usada para as atividades do organismo. Veja um resumo da respiração:

glicose + oxigênio ----> gás carbônico + água + energia

A energia originada pela respiração será usada para a realização de todas as atividades dos seres vivos. Você, por exemplo, precisa de energia para crescer, andar, correr, falar, pensar e muito mais.

A planta faz fotossíntese e também respira!

A respiração não é feita apenas pelos animais. Todos os seres vivos respiram, inclusive as plantas. Isso quer dizer que as plantas usam, na respiração, parte do alimento que fabricam na fotossíntese. Com isso conseguem energia para o crescimento da raiz, do caule, das folhas, etc. A outra parte da energia (da glicose) produzida pela planta na fotossíntese é armazenada em forma de amido servindo de reserva para a planta. A

semente, por exemplo, irá crescer inicialmente com a energia dos açucares que ela armazena.

Do produtor ao consumidor

Nas cadeias alimentares encontramos animais que se alimentam de plantas: são chamados animais herbívoros. Outros animais comem os animais herbívoros: são os carnívoros. E ainda há carnívoros que comem outros

carnívoros e animais que comem tanto as plantas quanto outros animais, sendo chamados de onívoros. Todos esses organismos que se alimentam de outros seres são chamados consumidores.

Para simplificar chamamos o primeiro consumidor da cadeia, isto é, os animais herbívoros, de consumidores primários ou consumidores de primeira ordem. Os animais que vêm logo em seguida são classificados como consumidores secundários. Os seguintes são consumidores terciários, quaternários e assim por diante. Podem existir consumidores de quinta ordem ou mais, mas as cadeias não vão muito além disso.

A Reciclagem da Natureza: Os Decompositores

Uma das maneiras de diminuir os problemas que o ser humano provoca na natureza ao extrair tantos recursos seria aumentar a reciclagem, isto é, o reaproveitamento de diversos materiais. Com isso, economizamos energia e diminuímos a destruição dos recursos naturais. Pense quantas árvores podem deixar de ser abatidas se reciclarmos o papel dos jornais, por exemplo, para fabricar outros papéis.

Nos ambientes naturais, ocorre um tipo de reciclagem feito por diversos organismos que se alimentam de plantas e animais mortos e também de fezes e urina. Os principais organismos que realizam esse trabalho são as bactérias e os fungos (ou cogumelos). São esses organismos que fazem uma fruta apodrecer, por exemplo.

Esses seres da mesma forma que os animais e as plantas precisam de energia para as suas atividades. A diferença, porém, é que seu alimento são "restos" de outros seres vivos.

Por sua vez, essas substâncias (o gás carbônico, a água e os sais minerais) são liberadas para o ambiente e podem ser reaproveitas pelas plantas na construção de açucares, proteínas e outras substâncias que vão formar seu corpo.

Esse processo, realizado principalmente por bactérias e fungos, é chamado decomposição. Bactérias e fungos são exemplos de organismos decompositores.

A decomposição faz a matéria que é retirada do solo pelas plantas (e

aproveitada em seu crescimento) voltar ao solo. Dizemos então que há um ciclo da matéria na natureza: a matéria passa do solo para os seres vivos e dos seres vivos para o solo.

Podemos reciclar energia?

Uma lâmpada transforma energia elétrica em luz. Mas uma parte da energia elétrica é transformada também em calor: a lâmpada esquenta quando está ligada. Um rádio transforma energia elétrica em som, mas ele também esquenta, porque uma parte da energia elétrica é transferida sob forma de calor para o ambiente.

Os seres vivos também estão sempre liberando para o ambiente uma parte da energia dos alimentos sob forma de calor. Mas, como você já sabe, a energia usada pela planta na fotossíntese vem da luz do Sol e não do calor gerado pelos organismos.

Desse modo ao contrário do que ocorre com a matéria, a energia não é completamente reciclada nas cadeias alimentares. De onde, então, vem a energia? Do Sol. É o Sol que constantemente fornece, energia sob a forma de luz.

A teia alimentar

Na natureza, alguns seres podem ocupar vários papéis em diferentes cadeias alimentares. Quando comemos uma maçã, por exemplo, ocupamos o papel de consumidores primários. Já ao comer um bife, somos consumidores secundários, pois o boi, que come o capim, é consumidor primário.

Muitos outros animais também têm alimentação variada. Um organismo pode se alimentar de diferentes seres vivos, além de servir de alimento para diversos outros. O resultado é que as cadeias alimentares se cruzam na natureza, formando o que chamamos de teia alimentar.

As plantas nunca mudam o seu papel: são sempre produtores. E todos os produtores e consumidores, estão ligados aos decompositores, que permitem a reciclagem da matéria orgânica no ambiente.

Nutrientes

Todos os nutrientes são muito importantes para a manutenção do bom

funcionamento do nosso organismo, por isso devemos manter uma dieta

balanceada.

Quando falamos em nutrição, podemos defini-la como processos que

vão desde a ingestão dos alimentos até à sua absorção pelo nosso organismo.

Os seres humanos são seres heterotróficos e onívoros, ou seja, alimentam-se

de outros organismos e mantêm uma alimentação muito variada, composta de

produtos de origem vegetal e animal. É muito importante ter uma dieta

balanceada, constituída por proteínas,vitaminas, sais minerais, água,

carboidratos e lipídeos, que são as fontes de energia e matéria-prima para o

funcionamento das células.

O nosso organismo consegue produzir grande parte das substâncias de

que necessita, a partir da transformação química dos nutrientes que ingerimos

com a alimentação. Mas existem outras substâncias nutritivas que não são

produzidas pelo nosso organismo, sendo necessário obtê-las prontas no

alimento. As proteínas que ingerimos na alimentação fornecem aminoácidos às

células, que os utilizam na fabricação de suas próprias proteínas. São

substâncias que constituem as estruturas do nosso corpo e são chamadas

também de nutrientes plásticos. Os aminoácidos essenciais devem ser

obtidos a partir da ingestão de alimentos ricos em proteínas, como carne, leite,

queijos e outros alimentos de origem animal. Mas sempre lembrando que o

consumo em excesso de produtos de origem animal pode causar alguns

prejuízos ao organismo.

As vitaminas são substâncias orgânicas consideradas como nutrientes

essenciais. São substâncias necessárias em pequenas quantidades, mas que

influenciam muito no bom funcionamento do nosso organismo. A maior parte

das vitaminas auxilia as reações químicas catalisadas por enzimas e a sua falta

causa sérios prejuízos ao organismo.

Os sais minerais são nutrientes inorgânicos muito importantes para o

bom funcionamento do organismo de todos os seres vivos e a falta de alguns

desses minerais pode prejudicar o metabolismo. A água não é um nutriente,

mas é fundamental para a vida. Além de sua ingestão na forma líquida, há

também a água ingerida quando nos alimentamos, pois ela faz parte da

composição da maioria dos alimentos.

Outros nutrientes orgânicos muito importantes para os organismos vivos

são os carboidratos (também chamados de glicídios) e os lipídios. Esses

nutrientes têm a função de fornecer energia para as células e por isso podem

ser chamados de nutrientes energéticos.

Sistema Digestivo, Sistema Digestório

O Sistema Digestório (antes Sistema Digestivo ou Aparelho

Digestivo) é formado por um conjunto de órgãos cuja função é transformar os

alimentos, por meio de processos mecânicos e químicos.

No fim dos processos, as inúmeras moléculas de proteínas,

polissacarídeos, lipídios e ácidos nucleicos chegam desdobradas em moléculas

de glicerol, aminoácidos, ácidos graxos, nucleotídeos e monossacarídeos,

passam pelo sangue e são assimiladas pelo organismo. Esse processo é

denominado de digestão.

Componentes do Sistema Digestório

O Sistema Digestório (nova nomenclatura) divide-se em: Tubo

digestório(propriamente dito) e os Órgãos anexos.

Tubo Digestório

O tubo digestório (antes conhecido por tubo digestivo) divide-se

em: alto, médio ebaixo:

Tubo digestório alto: boca, faringe e esôfago.

Tubo digestório médio: estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e

íleo).

Tubo digestório baixo: intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso,

descendente, a curva signóide e o reto).

Órgãos anexos: glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e

vesícula biliar.

Tubo Digestório Alto

Formado pela boca, faringe e esôfago.

Boca

A boca é a porta de entrada dos alimentos no tubo digestivo.

Corresponde a uma cavidade forrada por uma mucosa, onde os alimentos são

umidificados pela saliva, produzida pelas glândulas salivares.

Com isso, durante a mastigação os alimentos passam primeiro pelo

processo da digestão mecânica, pela ação dos dentes e da língua e,

posteriormente, pela atividade enzimática da ptialina. Sendo assim, na rápida

passagem dos alimentos pela boca, a ptialina (amilase salivar) começa a atuar

sobre o amido encontrado na batata, farinha de trigo, arroz, transformando-o

em moléculas menores.

Faringe

A faringe é um tubo músculo membranoso, que se comunica com a

boca, através do istmo da garganta e na outra extremidade com o esôfago.

Dessa maneira, para chegar ao esôfago, o alimento, depois de mastigado,

percorre toda a faringe, que é um canal comum, tanto para o sistema

respiratório quanto para a faringe.

No processo de deglutição, o palato mole é retraído para cima e a

língua empurra o alimento para dentro da faringe, que se contrai

voluntariamente e leva o alimento para o esôfago. Nesse momento

a epiglote fecha o orifício de comunicação com a laringe, impedindo a

penetração do alimento nas vias respiratórias.

Esôfago

O esôfago é um conduto musculoso, controlado pelo sistema nervoso

autônomo. Assim, por meio de ondas de contrações, o conduto musculoso vai

espremendo os alimentos e levando-os em direção ao estômago.

Tubo Digestório Médio

Formado pelo estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).

Estômago

O estômago é um grande bolsa que se localiza no abdômen,

responsável exclusivamente pela digestão das proteínas. A entrada do

estômago recebe o nome de cárdia, porque fica muito próxima ao coração,

separada dele somente pelo diafragma.

O simples movimento de mastigação dos alimentos, já ativa a produção

do ácido clorídrico no estômago contúdo somente com a presença do

alimento, de natureza proteica, que se inicia a produção do suco gástrico:

uma solução aquosa, composta de água, sais, enzimas e ácido clorídrico.

Não obstante, a pepsina é a enzima mais potente do suco gástrico

sendo regulada pela ação de um hormônio, a gastrina, produzida no próprio

estômago, no momento que moléculas de proteínas dos alimentos entram em

contato com a parede do órgão. Assim, a pepsina quebra as moléculas

grandes de proteína e as transforma em moléculas menores,

chamadas proteoses e peptonas.

Importante notar que a mucosa gástrica é recoberta por uma camada

de muco, que a protege de agressões do suco gástrico, considerado bastante

corrosivo. A partir disso, quando ocorre um desequilíbrio na proteção, resulta

na inflamação da mucosa (gastrite) ou também no surgimento de feridas

(úlcera gástrica).

Por fim, a digestão gástrica dura, em média de duas a quatro horas.

Nesse processo o estômago sofre contrações que forçam o alimento contra o

piloro, que se abre e fecha, permitindo que, em pequenas porções,

o quimo (massa branca e espumosa), chegue ao intestino delgado.

Intestino Delgado

O intestino delgado é revestido por uma mucosa enrugada (que

apresenta inúmeras projeções) e está localizado entre o estômago e o intestino

grosso. Ele tem a função de segregar as várias enzimas digestivas, dando

origem à moléculas pequenas e solúveis: a glicose, aminoácidos, glicerol etc.

Intestino Grosso

O intestino grosso, que mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de

diâmetro, é o local de absorção de água (tanto a ingerida quanto a das

secreções digestivas), de armazenamento e de eliminação dos

resíduos digestivos. Está dividido em três partes: o ceco, o cólon (que se

subdivide em ascendente, transverso, descendente e a curva sigmoide) e reto.

DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO

Hérnia do esôfago, gastrite, Cálculo biliar(pâncras ), diverticulite,

hemorroidas, cirróse, doenças vesicular biliar, constipação(intestino

preso).

Hábitos Alimentares

Muitos componentes da alimentação têm sido associados com o processo de desenvolvimento do câncer, principalmente câncer de mama, cólon (intestino grosso) reto, próstata, esôfago e estômago. Alimentação de risco Alguns tipos de alimentos, se consumidos regularmente durante longos períodos de tempo, parecem fornecer o tipo de ambiente que uma célula cancerosa necessita para crescer, se multiplicar e se disseminar. Esses alimentos devem ser evitados ou ingeridos com moderação. Neste grupo estão incluídos os alimentos ricos em gorduras, tais como carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, beicon, presuntos, salsichas, lingüiças, mortadelas, dentre outros. Existem também os alimentos que contêm níveis significativos de agentes cancerígenos. Por exemplo, os nitritos e nitratos usados para conservar alguns tipos de alimentos, como picles, salsichas e outros embutidos e alguns tipos de enlatados, se transformam em nitrosaminas no estômago. As nitrosaminas, que têm ação carcinogênica potente, são responsáveis pelos altos índices de câncer de estômago observados em populações que consomem alimentos com estas características de forma abundante e freqüente. Já os defumados e churrascos são impregnados pelo alcatrão proveniente da fumaça do carvão, o mesmo encontrado na fumaça do cigarro e que tem ação carcinogênica conhecida. Os alimentos preservados em sal, como carne-de-sol, charque e peixes salgados, também estão relacionados ao desenvolvimento de câncer de

estômago em regiões onde é comum o consumo desses alimentos. Antes de comprar alimentos, compare a quantidade de sódio nas tabelas nutricionais dos produtos.

Cuidados ao preparar os alimentos

O tipo de preparo do alimento também influencia no risco de câncer. Tente adicionar menos sal na hora de fazer a comida, aumentando o uso de temperos como azeite, alho, cebola e salsa. A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de até 5 g de sal ou 2 g de sódio por dia, ou seja, o equivalente a uma tampa de caneta cheia. Ao fritar, grelhar ou preparar carnes na brasa a temperaturas muito elevadas, podem ser criados compostos que aumentam o risco de câncer de estômago e coloretal. Por isso, métodos de cozimento que usam baixas temperaturas são escolhas mais saudáveis, como vapor, fervura, pochê, ensopado, guisado, cozido ou assado.

Fibras x gordura

Estudos demonstram que uma alimentação pobre em fibras, com altos teores de gorduras e altos níveis calóricos (hambúrguer, batata frita, bacon etc.), está relacionada a um maior risco para o desenvolvimento de câncer de cólon e de reto, possivelmente porque, sem a ingestão de fibras,

o ritmo intestinal desacelera, favorecendo uma exposição mais demorada da mucosa aos agentes cancerígenos encontrados no conteúdo intestinal. Em relação a cânceres de mama e próstata, a ingestão de gordura pode alterar os níveis de hormônio no sangue, aumentando o risco da doença. Há vários estudos epidemiológicos que sugerem a associação de dieta rica em gordura, principalmente a saturada, com um maior risco de se desenvolver esses tipos de câncer em regiões desenvolvidas, principalmente em países do Ocidente, onde o consumo de alimentos ricos em gordura é alto. Já os cânceres de estômago e de esôfago ocorrem mais freqüentemente em alguns países do Oriente e em regiões pobres onde não há meios adequados de conservação dos alimentos (geladeira), o que torna comum o uso de picles, defumados e alimentos preservados em sal. Atenção especial deve ser dada aos grãos e cereais. Se armazenados em locais inadequados e úmidos, esses alimentos podem ser contaminados pelo fungo Aspergillusflavus, o qual produz a aflatoxina, substânciacancerígena. Essa toxina está relacionada ao desenvolvimento de câncer de fígado. Como prevenir-se

Agumas mudanças nos nossos hábitos alimentares podem nos ajudar a reduzir os riscos de desenvolvermos câncer. A adoção de uma alimentação saudável contribui não só para a prevenção do câncer, mas também de doenças cardíacas, obesidade e outras enfermidades crônicas como diabetes.

Desde a infância até a idade adulta, o ganho de peso e aumentos na circunferência da cintura devem ser evitados. O índice de massa corporal (IMC) do adulto (20 a 60 anos) deve estar entre 18,5 e 24,9 kg/m2. O IMC entre 25 e 29,9 indica sobrepeso. Com IMC acima de 30 a pessoa é considerada obesa. O IMC é calculado dividindo-se o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em m). Veja a fórmula.

peso IMC =-------- h²

Frutas, verduras, legumes e cereais integrais contêm nutrientes, tais como vitaminas, fibras e outros compostos, que auxiliam as defesas naturais do corpo a destruírem os carcinógenos antes que eles causem sérios danos às células. Esses tipos de alimentos também podem bloquear ou reverter os estágios iniciais do processo de carcinogênese e, portanto, devem ser consumidos com freqüência.

As fibras, apesar de não serem digeridas pelo organismo, ajudam a regularizar o funcionamento do intestino, reduzindo o tempo de contato de substâncias cancerígenas com a parede do intestino grosso. Vale a pena frisar que a alimentação saudável somente funcionará como fator protetor, quando adotada constantemente, no decorrer da vida. Neste aspecto devem ser valorizados e incentivados antigos hábitos alimentares do brasileiro, como o uso do arroz com feijão. Como se alimenta o brasileiro

No Brasil, observa-se que os tipos de câncer que se relacionam aos hábitos alimentares estão entre as seis primeiras causas de mortalidade por câncer. O perfil de consumo de alimentos que contêm fatores de proteção está abaixo do recomendado em diversas regiões do país. De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, que em 2010 entrevistou 54.367 pessoas, o padrão alimentar no país mudou para pior.

Apesar de consumir mais frutas e verduras, o brasileiro continua a comer muita carne gordurosa (1 em cada 3 entrevistados) e tem optado por alimentos práticos, como comidas semiprontas, que são menos nutritivas. A ingestão de fibras também é baixa, onde se observa coincidentemente, uma significativa frequência de câncer de cólon e reto. O feijão, alimento

rico em ferro e fibras, que tradicionalmente fazia o famoso par com o arroz, perdeu espaço na mesa dos brasileiros.

Outro dado negativo é que os refrigerantes e sucos artificiais - que têm alta concentração de açúcar - têm ganhado espaço na preferência dos brasileiros. Ao todo, 76% dos adultos bebem esses produtos pelo menos uma vez por semana e 27,9%, cinco vezes ou mais na semana. O consumo quase que diário aumentou 13,4% em um ano. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a

popularidade dos refrigerantes é ainda maior: 42,1% tomam refrigerantes quase todos os dias.

ATIVIDADES

1. Qual o gás que está presente em maior quantidade na atmosfera? 2. Cite a principal importância do gás ozônio encontrado na atmosfera. 3. Qual é a camada da atmosfera que apresenta a maior quantidade de oxigênio? 4. O que você entende por chuva ácida? 5. Cite as propriedades do ar. 6. Como chamamos o fenômeno de desgaste das rochas? 7. Qual o tipo de solo encontrado em nossa região? 8. Como é chamada a erosão provocada pelo vento e pela chuva? 9. Qual o processo pelo qual a planta com presença de luz e umidade, absorve do ambiente o gás carbônico e produz oxigênio? 10. Como são classificados os vegetais? 11. Monte uma cadeia alimentar e identifique quem é o ser produtor. 12. Nos estados de Minas Gerais – MG, Mato Grosso – MT e Goiás – GO encontra-se um bioma com uma fantástica biodiversidade, que esta seno devastada para o plantio. Qual é este bioma? 13. Como são classificados os seres clorofilados? 14. Em sua opinião, o que se pode fazer para que o Brasil não se torne um “país de obesos”? 15. Para determinar se uma pessoa é obesa foi criado o índice de massa corporal (IMC). Ele pode ser calculado com a seguinte expressão matemática:

. Quando o IMC for entre 18,5 e 24,5, é considerado normal. Qual é o

teu índice de massa corporal? 16. Um grande poluente atmosférico emitido principalmente por automóveis, tem a propriedade de se combinar com a hemoglobina do sangue, inutilizando-a para o transporte do gás oxigênio. Que poluente é esse?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

- BARROS, Carlos. Seres vivos. Editora Ática

- Projeto Araribá. Terceira Edição. Moderna

-CANTO, Eduardo Leite. Terceira edição. Moderna.