Apostila Curso Mapa de Riscos
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Curso Mapa de Riscos – Guia Prático de Implantação
Esta apostila é parte integrante do Curso Mapa de Riscos – Guia Prática de Implantação. Todos os direitos reservados.
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CURSO ONLINE MAPA DE RISCOS
GUIA PRÁTICO DE IMPLANTAÇÃO
- APOSTILA –
Parabéns por realizar um curso do DDS Online. Você está investindo no seu futuro. Desejamos a você grande sucesso na sua carreira.
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AULA 1 – APRESENTAÇÃO 4
AULA 2 – ACIDENTES DE TRABALHO E MAPA DE RISCOS 5
AULA 3 – LEGISLAÇÃO 8
AULA 4 – TIPOS DE RISCOS E SEUS AGENTES 9
AULA 5 – CONSEQUÊNCIAS POSSÍVEIS 11
AULA 6: RISCOS QUÍMICOS 16
AULA 7: RISCOS FÍSICOS 21
AULA 8: RISCOS BIOLÓGICOS 25
AULA 9: RISCOS ERGONÔMICOS 26
AULA 10: RISCOS MECÂNICOS 28
AULA 11: O QUE SÃO MAPA DE RISCOS 29
AULA 12: QUEM FAZ O MAPA DE RISCOS 29
AULA 13: ESTUDO DOS TIPOS DE RISCOS 30
AULA 14: EXEMPLOS DE RISCOS EM ALGUMAS ATIVIDADES E ÁREAS DA EMPRESA 32
AULA 15: COMO LEVANTAR E IDENTIFICAR OS RISCOS EM VISITA À FÁBRICA 35
AULA 16: AVALIAÇÃO DOS RISCOS PARA A ELABORAÇÃO DO MAPA 36
AULA 17: A COLOCAÇÃO DOS CÍRCULOS NA PLANTA OU CROQUI 37
AULA 18: RELATÓRIO PARA A DIREÇÃO DA EMPRESA 40
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AULA 19: ONDE COLOCAR O MAPA E COMO ADMINISTRAR AS SUAS REVISÕES 42
AULA 20: CASOS ESPECIAIS 44
AULA 21: ATIVIDADE PRÁTICA -‐ FAÇA O MAPA DE RISCOS DE UMA SEÇÃO DE USINAGEM 46
AULA 22: ATIVIDADE PRÁTICA -‐ RESPOSTAS 47
AULA 23: RESUMO DA NR 5 – CIPA 49
AULA 24: RESUMO DA NR 9 -‐ PPRA 52
QUESTIONÁRIO AUXILIAR PARA ELABORAÇÃO DO MAPA DE RISCOS 55
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Aula 1 – Apresentação
O Curso Mapa de Riscos se propõe a ser um roteiro para orientar os
profissionais da área de saúde e segurança ocupacional durante a preparação,
elaboração ou revisão dos Mapa de Riscos das empresas onde atuam, tanto
como empregados, quanto como consultores.
A elaboração do Mapa de Riscos é uma exigência legal. Mas, mais do que
atender a legislação, esperamos que os alunos desse curso possam contribuir
para a diminuição dos índices de acidentes.
O resultado da metodologia seguida nesse curso vai depender muito de
dois fatores:
• do grau de engajamento do aluno para absorver o conteúdo
apresentado no curso;
• do envolvimento dos funcionários da empresa na elaboração do
mapa de riscos.
Como já mostramos no Curso Segurança do Trabalho de A a Z, o acidente
de trabalho tem implicações econômicas e sociais relevantes. Logo, a prevenção
não pode depender do esforço de poucos, ela precisa estar disseminada na
organização. E para isso, a administração da empresa deve tratar a prevenção
com o mesmo empenho que outras questões empresariais são tratadas.
Tome nota: o foco da gestão é o homem.
Por que existe uma empresa senão para contribuir para a sociedade?
Nenhuma organização sobrevive no longo prazo sem a percepção clara de que o
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atendimento às necessidades do homem deve ser o centro das suas ações.
As diversas medidas prevencionistas de que dispomos hoje podem
contribuir no seu conjunto para uma maior valorização da vida humana.
Para você que, tomou a iniciativa de realizar esse curso, nossos sinceros
parabéns!
Persista, estude. Seu empenho e conhecimento irão contribuir um
ambiente de trabalho mais seguro.
Aula 2 – acidentes de trabalho e mapa de riscos
A legislação que trata da segurança do trabalho no Brasil vem evoluindo
faz muitas décadas. Em 1944 tivemos a primeira lei estabelecendo a
obrigatoriedade da formação da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes).
Já na década de 70, o Brasil passou por um intenso crescimento industrial.
Infelizmente, junto com esse crescimento, ocorreu grande aumento no número
de acidentes de trabalho. Em resposta, os legisladores começaram a
desenvolver uma série de normas, entre elas, a obrigatoriedade da contratação
de profissionais especializados, como técnicos e engenheiros de segurança, e
também enfermeiros e médicos do trabalho.
Com o tempo, os legisladores perceberam que, se os índices de acidentes
não estavam reduzindo no Brasil, então era preciso mudar de estratégia. Se a
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implantação de medidas de segurança por força de lei não estava dando
resultados, era preciso envolver mais os próprios trabalhadores. Nesse cenário
surge o Mapa de Riscos.
Para reflexão
O conceito principal do Mapa de Riscos não é técnico, mas reside em um
entendimento mais profundo da natureza humana: para reduzir os índices de
acidentes de trabalho é necessário o envolvimento de todos na empresa, da alta
gerência até o chão de fábrica.
Como está previsto na NR-5, a CIPA tem por obrigação elaborar o mapa
de riscos. Logo, onde tem CIPA, tem mapa de riscos. Como sabemos, a
obrigatoriedade da CIPA depende do grau de risco e do número de empregados
da empresa.
Vejamos algumas características do mapa de riscos:
• é uma representação gráfica dos riscos de acidentes nos diversos
locais de trabalho, inerentes ou não ao processo produtivo
• deve ser de fácil visualização e consulta, estando afixado em locais
acessíveis nos ambientes de trabalho.
Para fins desse curso, iremos dividir os riscos ambientais em 5 tipos:
riscos mecânicos, físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. Cada um desses
riscos é indicado no mapa de riscos através de cores e tamanhos, indicando os
locais onde os riscos estão presentes.
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Tome nota: para o sucesso da metodologia do mapa de riscos é
indispensável a participação das pessoas que no dia-a-dia trabalham
naquele ambiente.
O próprio ato de mapear os riscos coloca os trabalhadores numa atitude
mais seguro, mais propícia a se prevenir ou a eliminar os fatores de riscos
identificados. O mapa de riscos então contribui para o controle ou eliminação
dos riscos.
E para a alta gestão da empresa, é importante conhecer os riscos
detectados? Claro que sim! Acidentes de trabalho causam custos financeiros
diretos, devido a paralização das linhas de produção, isso sem falar de uma
série de outras consequências, como também o impacto sobre a motivação dos
funcionários.
O mapeamento dos riscos deve ser feito anualmente, toda a vez que se
renova a CIPA. Digno de nota que essa revisão anual é de suma importância,
pois os novos trabalhadores incorporados podem aprender sobre o mapa de
riscos e mudanças no ambiente de trabalho podem ser consideradas.
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Aula 3 – legislação
Em primeiro lugar, tenha em mente a obrigatoriedade do mapeamento
dos riscos ambientais para todas as empresas que, pelo seu grau de risco e
número de empregados, tenham CIPA.
Em relação às normas regulamentadoras, a NR-5 na parte que fala das
atribuições da CIPA, a primeira atribuição citada é:
"a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de
riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria
do SESMT, onde houver;"
Tome nota: a CIPA é responsável para elaborar o mapa de riscos,
envolvendo nesse processo os funcionários da empresa.
Já a NR-9, que trata do PPRA, faz um importante vínculo entre este e o
mapa de risco, vejamos:
"9.6.2 O conhecimento e a percepção que os trabalhadores têm do
processo de trabalho e dos riscos ambientais presentes, incluindo os dados
consignados no Mapa de Riscos, previsto na NR-5, deverão ser considerados
para fins de planejamento e execução do PPRA em todas as suas fases. "
Tome note: o mapa de riscos deve ser considerado para fins de
planejamento e execução do PPRA.
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Aula 4 – tipos de riscos e seus agentes
Para fins desse curso, classificaremos os agentes em: químicos, físicos,
biológicos, ergonômicos e mecânicos. Nessa aula veremos exemplos de cada
tipo para, nas aulas
seguintes, vermos as
possíveis consequências
de cada um.
Riscos são parte da
vida. Em todo ambiente
onde estamos, existem
riscos. Em casa, no
trabalho, no ônibus, em
todo lugar. Os riscos
laborais comprometem a
segurança e saúde das
pessoas e também a produtividade da empresa. Por isso, devem ser
combatidos.
Esses riscos podem afetar o trabalhador no curto ou no longo prazo,
causando acidentes, lesões ou as chamadas doenças profissionais ou do
trabalho, que equiparam-se aos acidentes de trabalho.
Para que possamos montar o mapa de riscos, precisamos identificar e
classificar os agentes causadores dos riscos. O agente é o fator gerador do
risco. Vejamos alguns exemplos de agentes e suas classificações:
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Agentes químicos: poeira, fumos, névoas, vapores, gases, produtos
químicos em geral, etc.
Agentes físicos: ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes,
pressões anormais, temperaturas extremas, iluminação deficiente, umidade, etc.
Agentes biológicos: vírus, bactérias, protozoários, fungos, bacilos,
parasitas, insetos, cobras, aranhas, etc.
Agentes ergonômicos: trabalho físico pesado, posturas incorretas,
treinamento inadequado, trabalhos em turnos, trabalho noturno, atenção e
responsabilidade, monotonia, ritmo excessivo, etc.
Agentes mecânicos: arranjo físico deficiente, máquinas e
equipamentos, ferramentas defeituosas ou inadequadas, eletricidade,
sinalização, perigo de incêndio, perigo de explosão, transporte de materiais,
edificações, armazenamento inadequado, etc.
Na próxima aula, estudaremos detalhadamente cada um desses agentes e
veremos as consequências que eles podem causar no ser humano.
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Aula 5 – consequências possíveis
O simples fato de existirem riscos nos locais de trabalho não quer dizer
que existe, obrigatoriamente, risco para a saúde. Se a saúde do trabalhador
será afetada ou não, e em que grau, vai depender de uma série de condições
como: tipo de agente, concentração do agente no caso de produto químico,
tempo de exposição ao agente, etc.
Nas tabelas a seguir veremos que tipos de consequências, ou seja, danos
para a saúde, podem ser causados a partir de diversos agentes, sejam eles
químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos.
Ao todo apresentaremos 5 tabelas, uma para cada tipo de risco.
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Tabela 1 - Riscos químicos e suas possíveis consequências
Riscos químicos Possíveis consequências
Poeiras minerais (sílica,
asbesto, carvão mineral)
Silicose (quartzo), asbestose (amianto), pneumoconiose dos
minérios de carvão (mineral).
Poeiras vegetais (algodão,
bagaço de cana-de-açúcar)
Bissinose (algodão), bagaçose (cana-de-açúcar).
Poeiras alcalinas(calcário) Doença pulmonar obstrusiva crônica, enfisema pulmonar.
Poeiras incômodas Podem interagir com outros agentes prejudiciais presentes no
ambiente de trabalho, aumentando a nocividade.
Fumos metálicos Doença pulmonar obstrusiva, febre de fumos metálicos,
intoxicação específica de acordo com o metal.
Névoas, gases e vapores Ácido clorídrico, ácido sulfúrico, soda cáustica e cloro causam
irritação das vias aéreas superiores.
Hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, dióxido de
carbono, monóxido de carbono causam dores de cabeça,
náuseas, sonolência, convulsões, coma ou até a morte.
Butano, propano, aldeídos, cetonas, cloreto de carbono,
tricloroetileno, benzeno, tolueno, álcoois, percloroetileno e
xileno podem causar ação depressiva sobre o sistema nervoso,
danos aos diversos órgãos, ao sistema formador do sangue.
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Tabela 2 - Riscos físicos e suas possíveis consequências
Riscos físicos Possíveis consequências
Ruído Dores de cabeça, cansaço, irritação, diminuição da audição,
aumento da pressão arterial, problemas do aparelho digestivo,
taquicardia e perigo de infarto.
Vibrações Cansaço, irritação, dores na coluna, dores nos membros,
artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos
moles e lesões circulatórias.
Calor Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação,
prostação térmica, choque térmico, fadiga térmica,
perturbação das funções digestivas e hipertensão.
Radiações não ionizantes Queimaduras, lesões nos olhos, na pele e em outros órgãos.
Radiações ionizantes Alterações celulares, câncer, fadiga e problemas visuais.
Iluminação deficiente ou
excessiva
Fadiga, problemas visuais, acidentes de trabalho e
ofuscamento.
Umidade Doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças da pele e
doenças circulatórias.
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Tabela 3 - Riscos biológicos e suas possíveis consequências
Riscos biológicos Possíveis consequências
Bacilos, bactérias, fungos,
protozoários, parasitas e vírus.
Tuberculose, intoxicação alimentar, brucelose, malária
e febre amarela
Tabela 4 - Riscos ergonômicos e suas possíveis consequências
Riscos ergonômicos Possíveis consequências
Trabalho físico pesado, posturas
incorretas e posições incômodas
Cansaço, dores musculares, fraqueza, hipertensão
arterial, úlcera duodenal, doenças do sistema
nervoso, alterações do ritmo normal de sono,
acidentes e problemas na coluna.
Ritmos excessivos, monotonia,
trabalho em turnos, jornada
prolongada, conflitos, ansiedade e
responsabilidade.
Cansaço, dores musculares, fraqueza, alterações do
sono, da libido e da vida social com reflexos na saúde
e no comportamento, hipertensão arterial,
taquicardia, angina, infarto, diabetes, asma, doenças
nervosas, doenças do aparelho digestivo, gastrite,
úlcera, tensão, ansiedade e medo.
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Tabela 5 - Riscos mecânicos e suas possíveis consequências
Riscos mecânicos Possíveis consequências
Arranjo físico deficiente Acidente , desgaste físico excessivo.
Máquinas sem proteção Acidentes graves.
Instalações elétricas inadequadas Curto-circuito, choque elétrico, incêndio,
queimaduras e acidentes fatais.
Matéria-prima sem especificação e inadequada Acidentes, doenças profissionais, queda da
qualidade de produção.
Ferramentas defeituosas ou inadequadas Acidentes, principalmente nos membros
superiores.
Falta de EPI ou EPI inadequado ao risco Acidentes e doenças profissionais.
Transporte de materiais, peças, equipamentos sem as
devidas precauções
Acidentes.
Edificações com defeitos de construção (piso com
desnível, escadas fora da especificação, ausência de
saídas de emergência e mezaninos sem proteção)
Quedas e acidentes.
Falta de sinalização das saídas de emergência, da
localização de escadas e caminhos de fuga, alarmes,
extintores de incêndios.
Ações desorganizadas nas emergências e
acidentes.
Armazenamento e manipulação inadequadas de
inflamáveis e gases, curto-circuitos, sobrecargas de
redes elétricas.
Incêndios e explosões.
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Aula 6: riscos químicos Formas dos agentes químicos
Os agentes químicos podem se apresentar em 3 formas distintas: sólido,
líquido e gasoso. Vejamos alguns exemplos de agentes químicos mais comuns:
Na forma gasosa temos: monóxido de carbono, dióxido de enxofre,
vapores de solventes, óxido de hidrogênio, amônia, gás sulfídrico, etc. A forma
gasosa é a mais perigosa, devido à facilidade de penetrarem no corpo humano
pela via respiratória.
Na forma líquida podemos encontrar: ácidos, álcalis e solventes.
Na forma sólida podemos citar soda cáustica em camadas, pós, poeiras de
sílica, etc.
Tipos de contaminantes ambientais
Vejamos quais são os tipos mais comuns de agentes químicos:
Poeiras
São produzidas mecanicamente por ruptura de partículas maiores, como
fibras de amianto e poeiras de sílica.
Fumos
Os fumos são partículas sólidas produzidas por condensação de vapores
metálicos. Exemplos: fumos de óxido de zinco nas operações de soldagem com
ferro, de chumbo em trabalhos a temperaturas acima e 500 oC e de outros
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metais em operações de fusão.
Fumaças
Fumaças produzidas pela combustão incompleta, como a liberada pelos
escapamentos de automóveis, que contém monóxido de carbono, são
contaminantes ambientais e representam riscos de acidente e à saúde.
Neblinas
As neblinas são partículas liquidas produzidas por condensação de
vapores. Exemplos: anidrido sulfúrico, gás clorídrico, etc.
Gases
Os gases são dispersões de moléculas que se mistruam com o ar, como
GLP, monóxido de carbono, gás sulfídrico, gás cianídrico, etc.
Vapores
São dispersões de moléculas no ar que podem se condensar para formar
líquidos ou sólidos em condições normais de temperatura e pressão, como
vapores de benzol, dissulfito de carbono, etc.
Fatores que influenciam a toxicidade dos contaminantes ambientais
Deve-se lembrar que a presença de produtos ou agentes no local de
trabalho não quer dizer que, obrigatoriamente, existe perigo para a saúde. O
risco vai depender de uma série de fatores:
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• Concentração (quanto maior for a concentração do produto, mais
rapidamente os seus efeitos nocivos se manifestarão no organismo)
• Índice respiratório (representa a quantidade de ar inalado pelo
trabalhador durante a jornada)
• Sensibilidade individual (representa o nível de sensibilidade de cada
pessoa, é uma característica individual)
• Toxicidade (é o potencial tóxico da substância no organismo)
• Tempo de exposição (é o tempo que o organismo fica exposto ao
contaminante)
Vias de penetração dos agentes químicos
O agente químico pode penetrar no trabalhador por diversas vias: pela
pele (via cutânea), pela boca e estômago (via digestiva) e pelo nariz e pulmões
(via respiratória).
Via Cutânea
Os ácidos, álcalis e solventes, ao atingirem a pele, podem ser absorvidos
ou provocar lesões como caroços ou chagas (acne química), podendo também
comprometer as mucosas dos olhos, boca e nariz. A soda em escamas e os pós
também podem penetrar na pele e contaminar.
Essas situações ocorrem quando os trabalhadores manipulam produtos
químicos sem os EPIs adequados à atividade, por exemplo: luvas, aventais,
botas, máscaras ou óculos de segurança.
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Via Digestiva
A contaminação do organismo ocorre pela ingestão acidental ou não de
substâncias nocivas.
Hábitos inadequados como alimentar-se ou ingerir líquidos no local de
trabalho, umedecer os lábios com a língua, usar as mãos para beber água e a
falta de higiene contribuem para a ingestão de substâncias nocivas. Podem
ocorrer casos de ingestão acidental de ácidos, álcalis ou solventes. As lesões
vão depender do tipo de produto ingerido, mas é comum ocorrerem lesões na
boca, esôfago e estômago.
Via Respiratória
As substâncias penetram pela boca e pelo nariz, afetando a garganta e os
pulmões. Através da circulação sanguínea, podem seguir para outros órgãos,
onde manifestarão seus efeitos tóxicos.
Substâncias químicas na forma de pó em suspensão no ar podem
facilmente penetrar no organismo pela respiração. Partículas muito pequenas
podem vencer as barreiras naturais das vias respiratórias, chegando a atingir
partes mais profundas do pulmão.
Em todos esses casos pode existir risco de contaminação se os
funcionários não usarem os equipamentos de proteção individual ou se não
houver sistemas de ventilação ou exaustão adequados.
Riscos possíveis dos produtos químicos para a saúde
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Vejamos alguns exemplos de produtos químicos e seus possíveis riscos
para a saúde.
Chumbo
Usado em baterias, na construção civil, tintas, vernizes, munições, etc.
Penetra no organismo por ingestão ou inalação. Pode provocar lesões nos rins e
no fígado ou causar câncer. Os sintomas podem ser: demência, fadiga, cólicas
intestinais, degeneração dos rins ou fígado, depressão do Sistema Nervoso
Central, etc.
Mercúrio
Usado na fabricação de termômetros, barômetros, bombas de vácuo,
extração de ouro, etc. O mercúrio acumula-se nos rins, fígado, baço e ossos. O
envenenamento provoca inchaço das glândulas salivares e pode resultar em
queda dos dentes e úlceras na boca e gengivas. Os sintomas principais podem
ser: náuseas, vômitos, diarréia, cefaléia, dores abdominais, espasmos
musculares, ansiedade, depressão, etc.
Metanol
Também conhecido como álcool metílico, é extraído da madeira e do gás
natural. Foi muito usado como combustível de veículos, mas seu uso foi
reduzido devido aos riscos para a saúde. Hoje em dia, seu principal uso é como
solvente na indústria. Se inalado, causa irritação às membranas das mucosas,
tem efeito tóxico no sistema nervoso, além de náuseas, vômitos, cegueira,
coma ou até a morte.
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Agentes químicos típicos de algumas indústrias
Vejamos alguns exemplos de produtos químicos encontrados nas
indústrias:
Aciaria / Processo de Fundição
Podemos encontrar poeiras contendo sílica livre cristalizada, óxido de
ferro, silicatos, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, chumbo, etc.
Calçados / Processo de colagem
Pode-se encontrar solventes orgânicos constituintes da cola como
benzeno, tolueno ou xileno.
Cerâmicas / Processo de limpeza e decoração
Podemos encontrar benzeno, nitrobenzeno, tricloroetileno, aguarrás, etc.
Aula 7: riscos físicos Iluminação
É importante que as condições de iluminação natural ou artificial dos
locais de trabalho sejam apropriadas para o tipo de atividade a ser
desenvolvida. Iluminação insuficiente ou excessiva pode dificultar as tarefas,
provocar perturbações visuais e causar acidentes.
Pressões extremas
Em locais onde existem pressões extremas, sejam elas altas ou baixas, é
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necessário o uso de equipamentos especiais e rigoroso treinamento. Por
exemplo, lembre-se dos mergulhadores que trabalham nas plataformas de
petróleo.
Ruídos
Os ruídos produzidos por máquinas e equipamentos, quando em níveis
excessivos, podem ser prejudiciais à saúde. Cada indivíduo poderá desenvolver
distinta alteração na sua capacidade auditivia, dependendo do tempo de
exposição, do nível sonoro e da sensibilidade individual. Quanto maior o nível do
ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.
Engana-se quem pensa que o risco que o ruído exerce sobre a saúde é
somente associado à perda auditiva. Existem outros efeitos nocivos do ruído:
Sobre o sistema nervoso:
• modificações das ondas cerebrais
• fadiga nervosa
• perda de memória, irritabilidade e dificuldade em coordenar ideias
Sobre o aparelho cardiovascular:
• hipertensão
• modificação do ritmo cardíaco
• modificação do calibre dos vasos sanguíneos
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Outros efeitos
• modificação do ritmo respiratório
• perturbações gastrintestinais
• diminuição da visão noturna
• dificuldade na percepção das cores
• perda temporária da capacidade auditiva
Radiações
As radiações podem ser de dois tipos: ionizantes e não ionizantes.
O raio X é um exemplo de radiação ionizante. Os operadores de aparelhos
de raios X estão expostos a esse tipo de radiação que pode afetar o organismo.
É necessário tomar cuidados especiais para operar esses equipamentos.
As radiações infravermelho podem provocar problemas visuais, como
catarata, além de problemas na pele ou queimaduras. Essas radiações estão
presentes nas soldas oxiacetilênica, nos fornos, na solda elétrica, etc.
Temperaturas extremas
Tanto altas quanto baixas temperaturas podem ser muito nocivas à saúde
dos trabalhadores.
Entre os problemas causados pelo calor excessivo podemos citar:
catarata, câimbras, insolação, desidratação, distúrbios psiconeuróticos, erupção
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da pele e problemas circulatórios.
Já o frio pode causar: feridas, rachaduras e necrose da pele,
enregelamento, gangrena e amputação do membro lesado. Outras
consequências possíveis são: agravamento de doenças musculares periférias
preexistentes, de doenças reumáticas e doenças das vias respiratórias.
Vibrações
Na indústria, é comum a presença de máquinas e equipamentos que
produzem vibrações que podem ser prejudiciais à saúde.
Quando as vibrações são geradas por ferramentas manuais, elétricas e
pneumáticas, dizemos que são localizadas. Esse tipo de vibração, com o tempo,
pode provocar problemas nas articulações das mãos, braços e osteoporose
(perda da substância óssea).
Já as vibrações generalizadas (ou de corpo inteiro) podem afetar os
operadores de grandes máquinas como os motoristas de caminhões, ônibus e
tratores, provocando dores lombares e lesões na coluna vertical.
Umidade
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou
encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos
trabalhadores, são situações insalubres e devem ter a atenção dos
prevencionistas através de inspeções realizadas nos locais de trabalho para se
estudar a implantação de medidas de controle.
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Aula 8: riscos biológicos Por que surgem os riscos biológicos?
Por que o homem entra em contato com micróbios ou agentes biológicos
presentes nos animais.
Existem algumas atividades que aumentar o risco desse contato.
Por exemplo: trabalho em hospitais, coleta de lixo, indústrias de
alimentação e laboratórios.
Vamos ver alguns exemplos de fatores, que quando presentes no
ambiente laboral, geram riscos biológicos:
• bacilos
• bactérias
• fungos
• parasitas
• vírus
• protozoários
• insetos
• cobras
• aranhas
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• escorpiões
Tome nota: esses agentes podem penetrar no corpo pela pele, por
ingestão ou respiração. Exemplos de doenças causadas são: tuberculose,
brucelose, malária, febre amarela, dengue, etc.
As medidas preventivas mais comuns são o controle médico permanente,
o uso de equipamentos de proteção individual, a higiene rigorosa nos locais de
trabalho, os hábitos de higiene pessoal, o uso de roupas adequadas, a
vacinação e o treinamento adequado.
Aula 9: riscos ergonômicos Riscos ergonômicos são riscos ligados à execução e à organização de
todos os tipos de tarefas. Vejamos alguns exemplos:
• altura inadequada do assento da cadeira
• distância insuficiente entre as pessoas numa seção de trabalho
• monotonia no trabalho
• isolamento do trabalhador
• treinamento inadequado ou inexistente
A ergonomia também já foi chamada de engenharia humana, ou seja, ela
estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho.
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A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define a ergonomia como
a "aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e
técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o
homem e seu trabalho, e cujos resultados se medem em termos de eficiência
humana e bem-estar no trabalho".
Os agentes ergonômicos podem produzir alterações no organismo e no
estado emocional, comprometendo a produtividade, saúde e segurança.
Por isso, eles podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos,
provocando danos à saúde do trabalhador.
Como podemos então reduzir os riscos dos acidentes provocados
por agentes ergonômicos?
Precisamos adequar o homem às condições de trabalho do ponto de vista
da praticidade, do conforto físico e psíquico e do visual agradável.
Essa adequação pode ser obtida através de:
• melhores condições de higiene no ambiente de trabalho
• melhor relacionamento entre as pessoas
• modernização de máquinas e equipamentos
• uso de ferramentas adequadas
• alterações no ritmo das tarefas
• postura adequada
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• diversificação do trabalho
Aula 10: riscos mecânicos Existem diversos tipos de riscos mecânicos, que podem estar presentes
em ferramentas defeituosas, máquinas, equipamentos, etc.
Vamos ver alguns exemplos de agentes mais comuns:
• prédio com área insuficiente;
• arranjo físico deficiente;
• pisos pouco resistentes e irregulares;
• matéria-prima fora de especificação;
• falta de equipamento de proteção individual ou EPI inadequado ao risco;
• instalações elétricas impróprias ou com defeitos;
• localização imprópria das máquinas;
• falta de proteção em partes móveis e pontos de operação;
• máquinas com defeitos;
• ferramentas defeituosas ou usadas de forma incorreta.
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Falando sobre ferramentas, é importante conhecer a ferramenta adequada
para cada tipo de atividade. O uso de ferramentas inapropriadas pode ser
perigoso. Vejamos:
• faca: muito usada inadequadamente como chave de fenda ou alavanca
• chaves de fenda: usadas inadequadamentoe como alavanca ou talhadeira
• limas: usadas inadequadamente como martelo ou alavanca
• talhadeiras: usadas inadequadamente como chave de fenda ou alavancas
Aula 11: o que são Mapa de Riscos Definição:
O mapa é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos
existentes nos locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos e
cores. O seu objetivo é informar e conscientizar os trabalhadores pela fácil
visualização desses riscos. É um instrumento que pode ajudar a diminuir a
ocorrência de acidentes de trabalho.
Segundo a legislação brasileira, o mapa de riscos é obrigatório nas
empresas que possuem CIPA.
Aula 12: quem faz o mapa de riscos A responsabilidade pela elaboração do Mapa de Riscos é da CIPA,
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Deve ser feito em conjunto com
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os trabalhadores da empresa, que precisam ser ouvidos. A CIPA pode contar
com o suporte do SESMT (Serviço Especializado em Saúde e Medicina do
Trabalho) quando houver.
A CIPA também pode pedir auxílio de outras entidades, como:
• Federação das Indústrias
• SESI
• SENAI
Para que o mapa seja produzido, a CIPA necessitará de uma planta do
local. Se não houver, poderá usar um desenho simplificado, um croqui ou
mesmo um rascunho ou esquema.
Na próxima aula veremos os grupos de risco e suas respectivas cores.
Aula 13: Estudo dos tipos de riscos Observe as cinco cores abaixo. Você sabe associar essas cores aos grupos
de risco? É o que você vai aprender na aula de hoje.
Grupos
de risco e suas
cores
Veremos os principais riscos ambientais, sua classificação nos grupos e a
cor de cada grupo.
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Lembre-se que para visualizar o conteúdo completo dessa aula é
necessário estar "logado" no site. Entre com seu login e senha para se logar.
Como vimos na aula anterior, a responsabilidade por elaborar o mapa de
riscos é da CIPA. Logo, é importante que esta esteja familiarizada com os
grupos de risco e suas respectivas cores.
No presente curso, usaremos como base, o formato mais conhecido para
elaboração do mapa de riscos.
Grupo I (cor vermelha)
Agentes químicos: poeira, fumos metálicos, névoas, vapores,
gases e produtos químicos em geral.
Grupo II (cor verde)
Agentes físicos: ruído, vibração, radiação ionizante e não
ionizante, pressões anormais, temperaturas extremas, iluminação deficiente e
umidade.
Grupo III (cor marrom)
Agentes biológicos: vírus, bactérias, protozoários, fungos, bacilos,
parasitas, insetos, cobras e animais peçonhentos em geral.
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Grupo IV (cor amarelo)
Agentes ergonômicos: trabalho físico pesado, posturas incorretas,
treinamento inadequado, jornadas prolongadas, trabalho noturno,
responsabilidade, conflito e tensões, desconforto ou monotonia.
Grupo V (cor azul)
Agentes mecânicos: arranjo físico deficiente, máquinas sem
proteção, matéria prima fora de especificação, equipamentos inadequados,
ferramentas defeituosas, eletricidade, incênio, etc.
Aula 14: exemplos de riscos em algumas atividades e áreas da empresa
No Brasil, milhares de empresas elaboram mapas de riscos, nos mais
variados setores, logo seria uma tarefa enorme preparar uma lista completo
com os riscos mais comuns. Por isso, optamos por uma lista ilustrativa, para
servir de exemplo e primeiro passo para os membros da CIPA.
Para assistir ao conteúdo completo, primeiro entre no site com seu login e
senha.
Usinagem
• Riscos físicos: ruído e iluminação deficiente;
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• riscos químicos: óleo de corte;
• riscos ergonômicos: postura incorreta e levantamento de peso;
• riscos mecânicos: fagulhas nos olhos.
Prensagem
• Riscos físicos: ruído;
• riscos ergonômicos: postura, repetitividade e monotonia;
• riscos mecânicos: cortes e perfurações.
Caldeiraria
• Riscos físicos: ruído e calor;
• riscos químicos: fumos e gases tóxicos;
• riscos ergonômicos: postura e levantamento de peso;
• riscos mecânicos: choque elétrico e queimaduras.
Jateamento de areia
• Riscos físicos: ruído e iluminação deficiente;
• riscos químicos: poeira;
• riscos ergonômicos: postura incorreta, ritmo excessivo e trabalho em pé;
• riscos mecânicos: projeção de partículas.
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Galvanoplastia
• riscos químicos: névoas, vapores e ácidos;
• riscos ergonômicos: postura incorreta, ritmo excessivo e trabalho em pé;
• riscos mecânicos: quedas.
Pintura
• Riscos físicos: ruído e iluminação deficiente;
• riscos químicos: solventes, substâncias químicas agressivas;
• riscos ergonômicos: postura incorreta, ritmo excessivo e trabalho em pé.
Trabalho com ferramentas portáteis
• Riscos físicos: ruído e vibração;
• riscos ergonômicos: postura incorreta e ritmo excessivo;
• riscos mecânicos: cortes, perfurações e batidas contra.
Tornearia
• Riscos físicos: ruído e iluminação deficiente;
• riscos químicos: óleo solúvel;
• riscos ergonômicos: postura incorreta, trabalho em pé, levantamento de
peso e responsabilidade;
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• riscos mecânicos: fagulhas e cortes.
Alto-forno
• Riscos físicos: calor e radiação não ionizante;
• riscos químicos: gases, poeiras e fumos metálicos;
• riscos ergonômicos: postura e responsabilidade;
• riscos mecânicos: queimaduras.
Aula 15: como levantar e identificar os riscos em visita à fábrica Para implementar o mapa de riscos, primeiro a CIPA deve dividir a fábrica
em áreas, por exemplo, conforme as diferentes fases da produção. Na maior
parte dos casos, isso corresponde também às diferentes seções da empresa.
Essa repartição ajuda e muito a identificar os riscos.
Em seguida o grupo envolvido na elaboração do mapa de riscos deverá
percorrer cada uma dessas áreas, literalmente, com lápis e papel na mão.
Ponto principal: importantíssimo ouvir os trabalhadores de cada seção.
Faça a inspeção visual com atenção, mas, não se esqueça de ouvir os
trabalhadores.
É importante perguntar aos trabalhadores:
• o que te incomoda no seu ambiente de trabalho?
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• o quanto isso te incomoda?
Lembre-se de ter em mãos o mapa do local visitado e, ir anotando no
próprio mapa os riscos detectados. Nesse momento, não se preocupe em
classificar os riscos nos grupos, apenas anote os riscos no mapa.
A primeira pergunta apresentada acima ajuda a identificar os riscos. A
segunda ajuda a estimar a sua intensidade.
Ao final dessa etapa da elaboração do mapa de riscos você deverá ter:
• a empresa divida em diferentes seções
• um mapa para cada seção
• diversos riscos anotados nesse mapa
• uma estimativa da intensidade de cada risco.
Dica: coloque números nos mapas e anote separadamente (no verso do
mapa ou num caderno à parte) a descrição do risco e sua intensidade. Lembre-
se: não se preocupe em classificar os riscos agora! Isso será feito na próxima
fase.
Aula 16: avaliação dos riscos para a elaboração do mapa
Com as informações coletadas na etapa de visita ao campo, o próximo
passo é convocar uma reunião de trabalho.
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Os membros da CIPA bem como outros funcionários envolvidos na
elaboração do mapa de riscos devem estar presentes.
Nessa reunião, analise cada setor da empresa separadamente.
Cada risco detectado nos setores deve ser analisado individualmente.
Agora chegou o momento de classificar os riscos, conforme o que
aprendemos nas aulas anteriores.
Recomendamos que seja montada uma tabela contendo no mínimo as
seguintes informações: setor da empresa, descrição do risco, número do risco
no mapa, grupo de risco, cor e intensidade do risco.
A intensidade do risco deve ser pequena, média ou grande.
Aula 17: a colocação dos círculos na planta ou croqui
Os riscos são colocados nos mapas na forma de círculos. Esses círculos
podem variar em tamanhos e cores.
Como já vimos anteriormente, a cor do círculo depende do grupo do risco,
a saber:
• vermelho -> risco químico
• verde -> risco físico
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• marrom -> risco biológico
• amarelo -> risco ergonômico
• azul -> risco mecânico
Já o tamanho do círculo dependerá da intensidade, a saber:
• círculo pequeno -> baixa intensidade
• círculo médio -> média intensidade
• círculo grande -> alta intensidade
Recomendamos que, de acordo com o tamanho do seu mapa, você defina
um tamanho adequado para o círculo grande, ou seja, quantos centímetros de
diâmetro deverá ter o seu círculo grande. A partir dessa medida, use uma
proporção para encontrar os tamanhos dos círculos médio e pequeno.
Por exemplo, se você achar conveniente que seu círculo grande tenha
uma tamanho de 3 centímetros de diâmetro, então uma boa medida para os
outros círculos será 2 centímetros para o médio e 1 centímetro para o pequeno.
Esse critério é só uma sugestão, você pode usar qualquer outro critério
que achar conveniente.
Os círculos podem ser desenhados e colados no mapa. Ou, caso sua
empresa disponha de recursos para isso, podem ser também impressos no
mapa.
Cada círculo deve ser colado no local correto do mapa ou seja, bem sobre
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o local onde existe o risco.
Caso, em uma seção existam diversos riscos diferentes de um mesmo
grupo, basta colocar um círculo da cor específica. Por exemplo, se em um ponto
existem riscos físicos de vibração, ruído e calor, basta colocar um único círculo
de cor verde naquele ponto. Qual deve ser o tamanho desse círculo? Deve ser o
tamanho da maior intensidade. Por exemplo, se a intensidade da vibração e
calor são baixas, mas o ruído é médio, devemos colocar um círculo verde de
tamanho médio.
Distintos grupos de risco no mesmo ponto
Outra situação possível é existirem riscos de diferentes grupos de riscos
no mesmo ponto.
Nesse caso, sendo conveniente por economia de espaço, é possível
colocar um único círculo, que será fracionado.
Como se fosse uma pizza de 2, 3, 4 ou 5 fatias, cada fatia com a cor
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correspondente ao grupo de risco.
Risco que abrange toda a
seção
Quando um risco afeta
uma seção inteira (ruído, por
exemplo) é possível representar
o risco com apenas um círculo,
localizado no centro do mapa,
sendo que esse círculo conterá
setas saindo das suas bordas,
conforme figura abaixo. Isso
indica que aquele risco se
espalha pela área toda.
Aula 18: relatório para a direção da empresa
Após a elaboração do mapa, é de competência da CIPA preparar um
relatório para encaminhar à diretoria da empresa.
O principal conteúdo desse relatório são os riscos encontrados durante a
etapa de elaboração do mapa. Recomendamos que a lista dos riscos seja
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estruturada na forma de uma tabela. No link abaixo você encontra uma tabela
em Excel que pode ser usada para montar essa parte do relatório.
[ACESSE A SALA DE AULA PARA BAIXAR A PLANILHA EXCEL]
Essa tabela encontra-se dividida em 5 grupos, que correspondem aos 5
diferentes grupos de risco. Para cada grupo, há cinco colunas:
• 1a coluna: lista dos tipos de risco dentro de cada grupo, sendo uma linha
para cada risco encontrado no ambiente.
• 2a coluna: para cada risco, especificar a fonte geradora do risco, ou seja,
o que causa o problema.
• 3a coluna: identificar o risco com a sua posição no mapa, ou seja, é
preciso colocar um número diferente em cada círculo do mapa de riscos.
Caso o círculo tenha mais de uma cor, coloca-se um número em cada uma
delas. Desse modo os círculos no mapa poderão ser representados por
números nessa coluna.
• 4a coluna: registrar os equipamentos de proteção individual e coletiva que
são usados para proteger daquele risco. Caso não esteja sendo usado
nenhum, registrar isso.
• 5a coluna: anotar as medidas recomendadas para eliminar ou controlar
cada risco identificado.
Caso a CIPA tenha montado um mapa de riscos para cada seção ou
unidade da empresa, pode ser conveniente separar as tabelas constantes da
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planilha por seção ou unidade. Isso dependerá do tamanha e complexidade da
operação de cada empresa e somente a CIPA poderá identificar a melhor forma
de proceder.
Se for esse o caso, sugerimos que salva a planilha com diversos nomes,
uma para cada seção/unidade da empresa.
Tendo sempre em mente que, como em qualquer relatório para a
administração, a organização do documento e facilidade de leitura e análise é
muito importante.
Aula 19: onde colocar o mapa e como administrar as suas revisões
Após o envio do relatório de mapa de riscos para a direção da empresa,
caso seja constatada a necessidade de mudanças, ajustes ou melhorias, essa
deverá se manifestar, especificando o prazo para providenciar e concluir tais
alterações. Os membros da CIPA podem e devem ser consultados. De comum
acordo entre a direção e os membros da CIPA devem ser estabelecidas que
alterações serão feitas, como serão feitas e em que prazo. Essas datas deverão
cosntar do livro de atas da CIPA.
Quanto ao local de fixação do mapa de riscos, esse deve ser de fácil
acesso, visível a todos, para que as pessoas possam ter ciência dos riscos
daquele ambiente de trabalho.
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Não podemos perder de vista que o objetivo do mapa de riscos é
conscientizar sobre os riscos e contribuir para eliminá-los, reduzí-los ou
controlá-los. Aprendemos nas aulas anteriores que os riscos são identificados no
mapa por círculos com cores e tamanhos distintos. Logo, quanto mais riscos há
em determinada seção ou unidade da empresa, maior será o número círculos,
bem como uma maior ocorrência de círculos grandes, ou seja, risco elevado.
Por isso, espera-se que com o tempo, após implantadas as medidas
mitigadoras, que reduzem os riscos, tanto a quantidade de círculos bem como
seu tamanho possam ser, na medida do possível, reduzidos.
Por outro lado, também é possível que novos círculos sejam incluídos no
mapa. Em que situações isso poderia acontecer? Vejamos alguns exemplos:
• alterações nos processos dentro de uma certa seção/unidade da empresa,
como por exemplo inclusão ou substituição de máquinas;
• inclusão de novas unidades industriais na empresa;
• descoberta de riscos antes desconhecidos.
É desejável que, no caso de alterações nos processos industriais, a análise
dos impactos nos riscos ambientais seja realizada antes da mudança, para que
os trabalhadores tenham tempo hábil de se preparar e serem treinados.
Após todas essas considerações, podemos afirmar que o mapa de riscos é
dinâmico, ou seja, muda no tempo. Novos círculos podem surgir, círculos
podem desaparecer e o seu tamanho pode variar.
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Por isso o mapa de riscos deve ser revisado com frequência, sempre que
houverem modificações relevantes de processo. Caso não haja nenhuma
alteração, o mapa deve ser revisado uma vez por ano. Lembrando que cabe a
CIPA decidir sobre essas revisões e acompanhar seus prazos.
Aula 20: casos especiais
A essa altura do curso, já cobrimos grande parte do fundamento teórico
necessário para que você seja capaz de preparar um mapa de riscos. Na aula de
hoje vamos apresentar alguns casos especiais, ou seja, situações
extraordinárias.
Por que é importante mostrar esses casos? Para que você entenda que,
embora exista um conhecimento geral que deve ser aplicado, podem sempre
ocorrer casos especiais que precisam ser tratados, com bom senso e
criatividade.
Os casos especiais mostrados nessa aula são:
• empresa de construção civil com CIPA que sub-contrata empresa sem
CIPA
• empresas de transportes
• área de plantio de cana de açucar de uma grande empresa produra de
açúcar e álcool
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Existe uma grande diversidade de empresas obrigadas a realizar o mapa
de riscos. Em geral, toda empresa obrigada a ter CIPA, deve elaborar o mapa
de risco. Entretanto, na prática, uma série de situações extraordinárias podem
ocorrer.
Por exemplo: considere uma empresa que possua CIPA sub-contrate uma
empreitera sem CIPA. A sub-contratada será instalada em área específica no
terreno da contratante, onde deverá realizar as atividades previstas no contrato.
Nesse caso, a responsabilidade pela elaboração do mapa de riscos é da CIPA da
empresa contratante.
Outro caso interessante são as empresas de construção civil. Nesse caso,
uma possibilidade é criar os mapas de risco por fases da obra, por exemplo,
fundações, concretagem, acabamento, etc. Cada uma dessas fases envolve
riscos e pessoal diferenciados. No caso da construção de prédios, andares
diferentes, mas com o mesmo layout, podem ser representados por mapas
idênticos.
No caso de empresas de transportes, por exemplo, empresas de ônibus, é
possível representar os veículos, ilustrando os riscos aos quais o motorista está
exposto.
Para finalizar, vejamos o caso das áreas de plantio e colheita de cana de
acúcar. Nesse caso, a área de trabalho é bastante extensa, porém, existe uma
simetria, ou similaridade de riscos por toda a extensão do terreno. Pode-se
representar com apenas um mapa toda a região de plantio. Pode ser útil variar
o mapa por fases, por exemplo, plantio, manutenção e colheita.
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Aula 21: Atividade Prática -‐ Faça o mapa de riscos de uma seção de usinagem
Para vocês que chegaram até aqui no nosso Curso Mapa de Riscos - Guia
Prático de Implantação, você está de parabéns! Agora chegou a hora de colocar
seu conhecimento em prática.
Nessa aula você deve baixar para o seu computador dois desenhos, e usá-
los como base para montar um mapa de riscos.
O primeiro desenho é uma visão em perfil de uma seção de usinagem. O
segundo desenho é uma visão superior, ou seja, você irá visualizar a seção
como se estivesse vendo-a do topo, do alto.
O objetivo desse exercício é montar um mapa de riscos dessa
seção hipotética.
Primeiro você deverá identificar os riscos existentes e julgar sobre sua
intensidade, se alta, média ou baixa. Faça uma lista numerada. Em seguida,
usando o segundo desenho, numere os locais seguindo a mesma orientação da
sua lista, criando uma associação entre a numeração no desenho com a sua
lista.
Em seguida, classifique cada risco conforme o seu grupo e proponha
medidas para reduzí-los.
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Para finalizar, imprima o segundo desenho e faça os círculos coloridos, e
monte o mapa de riscos.
DICA: use a planilha da Aula 18: relatório para a direção da empresa para
fazer essa atividade.
A resposta para esse exercício está na aula seguinte.
Não se esqueça de entrar no site com seu login e senha para depois
baixar o material do exercício.
Abaixo está o link para o primeiro desenho.
Clique aqui para baixar o primeiro desenho.
Abaixo está o link para o segundo desenho.
Clique aqui para baixar o segundo desenho.
Após concluir esse exercício, navegue até a aula seguinte para ver a
resposta.
Aula 22: Atividade Prática -‐ Respostas
Após completar a atividade prática prevista na Aula 21: Atividade Prática -
Faça o mapa de riscos de uma seção de usinagem, compare as suas respostas
com o modelo apresentado nessa aula.
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Vale reforçar que o modelo é "apenas um modelo". O julgamento sobre o
que é risco e sua intensidade não é uma ciência exata. Por isso que não fica a
cargo de uma única pessoa, ou seja, toda a CIPA é responsável por sua
produção. E mais, a CIPA deve ouvir os trabalhadores em campo para produzir
o mapa. Logo, o mapa de riscos é fruto de um trabalho de diversas pessoas.
Tendo dito isso, não se sinta frustrado caso o seu mapa de riscos esteja
muito distinto do apresentado aqui. O mais importante é que você tenha
aprendido a metodologia, os conceitos principais e colocado-os em prática nesse
exercício.
Na sua vida prática, como profissional de SST, a produção do mapa de
riscos será feito em equipe e, seus conhecimentos aqui adquiridos irão fazer
toda a diferença no seu trabalho.
Nessa aula você deverá baixar para o seu computador 3 arquivos. O
primeiro é a visão alta (topo) com os círculos nele posicionados para que você
compare com o que você produziu. O segundo é o mapa de riscos em si, ou
seja, a planta do local com os círculos sobre ele. O terceiro e último é a planilha
(a mesma que irá constar do relatório para a administração da empresa) com
todos os riscos listados.
Uma última palavra: não tenha medo de errar! Prepare o seu mapa antes
de olhar a resposta. Use o tempo que precisar.
Abaixo está o link para o primeiro desenho do gabarito.
Clique aqui para baixar o primeiro desenho.
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Abaixo está o link para o segundo desenho do gabarito.
Clique aqui para baixar o segundo desenho.
Abaixo está o link para a planilha com a lista de riscos.
Clique aqui para baixar a planilha de riscos.
Aula 23: Resumo da NR 5 – CIPA
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), tem como objetivo
a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho. Em outras
palavras, a CIPA deve criar condições de trabalho que proporcionem
preservação da vida e da saúde do trabalhador.
A quantidade de funcionários que irá constituir a CIPA depende de dois
fatores: o número de funcionários e a atividade econômica. No texto da norma,
no Quadro I, encontra-se uma tabela que relaciona esses fatores. Por exemplo,
um supermercado (classe C-21) somente precisa constituir CIPA acima de 51
funcionários. Por outro lado, uma fábrica de papel (classe C-7a) já necessita da
CIPA bastando possuir 20 funcionários.
A CIPA é composta de representantes do empregador e dos empregados.
Para cada representante, deve haver um titular e um suplente. Os
representantes dos empregadores são escolhidos pelos próprios. Os
representantes dos empregados serão eleitos por voto secreto, devendo
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participar somente as pessoas interessadas.
O mandato dos membros eleitos da CIPA terá duração de um ano, sendo
possível uma reeleição. Importante reforçar que segundo a norma, o presidente
da CIPA será designado entre os representantes dos empregador. Já os
representantes dos empregados escolherão entre os titulares e o vice-
presidente.
Outro ponto importante é que a CIPA não pode ter seu número de
representantes diminuído e não pode ser desativada antes do término do
mandato mesmo que haja redução do número de funcionários da empresa. A
única excessão permitida é no caso de encerramento das atividades do
estabelecimento.
• Algumas das atribuições da CIPA são:
- Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de
riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, assessorada pelo
SESMT, onde houver;
- Elaborar plano de trabalho preventivo na solução de problemas;
- Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no
trabalho;
- Promover anualmente, junto com o SESMT, a SIPAT (Semana Interna de
Prevenção de Acidentes);
- Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de
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trabalho, visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a
segurança e saúde dos trabalhadores.
• Algumas das atribuições dos empregados são:
- Participar da eleição de seus representantes;
- Colaborar com a gestão da CIPA.
• Algumas das atribuições do presidente são:
- Convocar os membros para reuniões;
- Coordenar as atividades.
•Algumas das atribuições do Vice-Presidente são:
- Executar o que lhe for delegado;
- Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos
afastamentos temporários.
•Algumas das atribuições do Secretário são:
- Acompanhar as reuniões e redigir atas;
- Preparar correspondências.
A norma estabelece também que as reuniões da CIPA devem ser mensais,
obedecendo um calendário pré-estabelecido. Devem ser realizadas durante o
expediente normal de trabalho e um local apropriado. As reuniões deverão ser
registradas em atas, assinadas pelos presentes e encaminhadas cópias para
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todos os membros.
A empresa deverá promover o treinamento para os membros da CIPA
antes da posse. A carga horária será de 20h (vinte horas), distribuídas em no
máximo 8h (oito horas) diárias e será realizado durante o expediente normal da
empresa.
Nessa aula tocamos nos principais pontos da NR 5 - CIPA. Entretanto,
para uma visão detalhada, recomendamos a leitura completa da Norma.
Aula 24: Resumo da NR 9 -‐ PPRA
Na aula anterior, você aprendeu o básico sobre NR 5 - CIPA. Agora,
veremos também um resumo da NR 9 - PPRA.
Este programa visa à preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que
venham a existir no ambiente de trabalho. Deve ser elaborado obrigatoriamente
e implementado em todas as empresas que admitam trabalhadores como
empregados.
Para completar o ambiente ocupacional esse programa também contempla
a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais como fator de qualidade
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de vida e responsabilidade socioambiental.
Para efeito dessa norma são considerados riscos ocupacionais o risco
físico, risco químico, risco biológico e também devem ser levados em
consideração os riscos ergonômicos e os riscos de acidente.
Os três primeiros são imutáveis devem ser considerados de acordo com
seus agentes, porém os dois últimos se consideram de acordo com seu
ambiente de trabalho e as ações de seus funcionários, podendo ser um ato ou
condição insegura.
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deve ser desenvolvido no
âmbito de cada estabelecimento, ou seja, se a empresa possui filiais todas tem
a obrigação de possuir esse documento, com a responsabilidade do empregador
de providenciar profissional capacitado e habilitado para elaborá-lo. Deve estar
em fácil acesso para todos os trabalhadores e eventual fiscalização.
Nenhuma empresa está livre de ocorrências acidentes ou doenças
ocupacionais, mas caso não exista nenhum risco na fase de antecipação ou
reconhecimento do risco, a empresa deve adotar medidas previstas na norma
nas alíneas a e f do subitem 9.3.1.
O PPRA é um documento legal fazendo parte integrante de todos os
outros sistemas de segurança no trabalho adotadas pela empresa, inclusive em
parceria com o PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
O PPRA deve ser desenvolvido e registrado de maneira formal em um
documento base seguindo uma estrutura que contenha o planejamento anual,
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estratégias e métodos de ação, divulgação dos dados e o período e a forma de
avaliação do desenvolvimento do PPRA.
Análise do documento deve ser feita pelo menos uma vez ao ano ou
quando se julgar necessário para avaliação do seu desenvolvimento ou
realização dos ajustes necessários para definição de novas metas e prioridades.
Este documento elaborado e revisado deve ser apresentado na CIPA –
quando houver – e discutir os riscos existentes e suas medidas de controle,
também deve ser anexado uma cópia ao livro de atas da Comissão.
O desenvolvimento do PPRA deverá seguir etapas de realização e sua
elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação poderão ser
realizadas pelo SESMT ou por pessoa ou equipe que, a critério do empregador,
sejam capazes de desenvolvê-lo.
Quando um risco é identificado o mesmo deve ser eliminado, na
impossibilidade de eliminação do risco, ele deve ser minimizado ou controlado
através das medidas de controle adota para cada agente.
Caso seja adotada como medida de controle um equipamento de proteção
coletiva, o mesmo deverá obedecer uma hierarquia de implantação e ser
acompanhada de treinamento aos trabalhadores quanto aos procedimentos.
Quando comprovado a inviabilidade técnica da adoção de medidas de
proteção coletiva ou quando não forem suficientes, deverão ser adotadas outras
medidas de controle, também obedecendo a sua hierarquia.
Pela CLT o empregador tem a obrigação legal de comunicar aos
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trabalhadores os riscos ambientais existentes, para a segurança do mesmo,
quando se encontrar em situação de risco iminente ou grave suas atividades
podem ser interrompidas e de imediato comunicar o fato ao superior hierárquico
para as devidas providências para a total segurança no ambiente de trabalho.
Questionário auxiliar para elaboração do mapa de riscos
Nessa aula apresentamos um questionário auxiliar, que pode ser usado
por você ou em conjunto com a CIPA para a fase de visita a campo. Use-o como
diretriz, para apoiá-lo a detectar os riscos no ambiente de trabalho.
Esse questionário funciona como um conjunto de lembretes. O ideal é que
você tome-o com base ou "pontapé" inicial, mas, não se restrinja às perguntas
do questionário. Você deve ampliá-lo caso julgue necessário ou até mesmo,
eliminar perguntas desnecessárias.
Ao todo são 59 perguntas divididas em 5 partes, conforme os grupos de
risco.
1o Grupo - Agentes Químicos
1. Existem produtos químicos na seção? Quais?
2. Existem emanações de gases, vapores, névoas, fumos ou neblinas? De
onde são provenientes?
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3. Como são manipulados os produtos químicos?
4. Existem equipamentos de proteção coletiva na seção? Quais?
5. Estes equipamentos são suficientes? Se não forem eficientes, indique as
causas.
6. Quais são os EPIs usados na seção?
7. Existem riscos de respingos na seção? Como?
8. Existem riscos de contaminações na seção? Como?
9. Usam óleos/graxas e lubrificantes em geral?
10. Usam solventes? Quais?
11. Sobre os processos de fabricação existem outros riscos a
considerar?
2o Grupo - Agentes Físicos
1. Existe ruído constante na seção?
2. Existe ruído intermitente na seção?
3. Quais os equipamentos mais ruidosos? Aonde ficam?
4. Os funcionários usam protetor de ouvidos?
5. Existe calor excessivo na seção?
6. Existem problema de frio na seção?
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7. Existe radiação na seção?
8. A iluminação é adequada e suficiente?
9. Em que pontos a iluminação é insuficiente?
10. Existem problemas com vibrações? Onde?
11. Existe umidade na seção?
12. Existem equipamentos de proteção coletiva na seção? Quais?
3o Grupo - Agentes Biológicos
1. Existe risco de contaminação por vírus, bactérias, protozoários, fungos e
bacilos?
2. Existe risco de contato com parasitas?
3. Quanto a insetos, existe proliferação?
4. Quanto a ratos, existe indicação da presença no local?
5. Onde é acondicionado o lixo orgânico?
4o Grupo - Agentes Ergonômicos
1. O trabalho exige esforço físico pesado?
2. Indique o local e as funções que exigem esforço físico pesado
3. Existe alguma atividade que é exercida com postura incorreta?
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4. O trabalho é exercido em posição incômoda? Onde? Em que situação?
5. O ritmo de trabalho é adequado ou excessivo? Em que funções ele é
excessivo?
6. Existe alguma atividade monótona ou repetitiva? Qual?
7. Existe excesso de responsabilidade em alguma função?
8. Existe acumulo de função?
9. Ocorrem dificuldades de adaptação ao uso dos EPIs ?
5o Grupo - Agentes Mecânicos
1. Com relação ao arranjo físico, os corredores e passagens estão
desimpedidos e sem obstáculos? Se existem impedimentos e obstáculos,
onde estão?
2. Os produtos químicos estão convenientemente guardados?
3. Os serviços de limpeza são realizados de forma conveniente e satisfatória?
4. O piso oferece segurança aos trabalhadores? Há necessidade de reparos?
Se sim, aonde?
5. Existem chuveiros de emergência e lava-olhos na seção?
6. As ferramentas manuais estão em bom estado de conservação? Alguma
precisa ser substituída?
7. As máquinas e equipamentos estão em bom estado? Precisam de reparos?
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8. As máquinas sofrem manutenção periódica?
9. Existe alguma máquina com botão de parada de emergência? O operador
foi treinado sobre seu correto uso? Existe algum botão de parada de
emergência defeituoso?
10. A chave geral das máquinas é de fácil acesso? Sabe indicar onde
está localizada?
11. Existe algum problema para ligar ou desligar qualquer equipamento?
12. As máquinas tem a devida proteção contra estilhaços nas
engrenagens, correias e polias? Se há problemas, indique o local.
13. Os operadores costumam parar as máquinas para limpeza, ajustes
ou consertos? Quem é responsável por essas atividades?
14. Os dispositivos de segurança das máquinas atendem às
necessidades?
15. Os EPIs necessários são utilizados na operação das máquinas?
16. Existem riscos com eletricidade? Existem máquinas, equipamentos
ou partes elétricas com fios soltos, sem isolamento? Em que local?
17. Os interruptores de emergência estão sinalizados (pintados de
vermelho)? Se não estiverem, indique o local.
18. Existem cadeados de segurança nas caixas de chaves elétricas, ao
operar com alta tensão? Se não, aonde faltam?
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19. Há instalações elétricas provisórias? Se sim, aonde?
20. E quanto a sinalização de segurança, há pontos onde ela é
inexistente ou inadequada? Indique o local.
21. Como são feitos os transportes de materiais? Quais os riscos?
22. Existem riscos na edificação? Existem trincas, vazamentos ou
mofos? Se sim, indique o local.