Apostila CAGE 2013 Portugues Edson

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  • Professor EDSON OTERO SILVEIRA [email protected]

    Curso Prof. Alvsio Greco www.cursogreco.com.br | Lngua Portuguesa 1

    Lngua Portuguesa

    Sumrio CONCEITOS IMPORTANTES ..................................................................................................... 2 PROSDIA ............................................................................................................................. 2 ACENTUAO GRFICA .......................................................................................................... 5 PROCESSOS DE FORMAO DE PALAVRAS................................................................................6

    ORTOGRAFIA ....................................................................................................................... 10 CLASSES DE PALAVRAS ......................................................................................................... 14 SUBSTANTIVO ..................................................................................................................... 13 ADJETIVO ............................................................................................................................ 14 ARTIGO ............................................................................................................................... 16 NUMERAL ............................................................................................................................ 16 PRONOME ............................................................................................................................ 16 UNIFORMIDADE DE TRATAMENTO ........................................................................................ 17 COLOCAO PRONOMINAL ................................................................................................... 17

    VERBO ................................................................................................................................. 19 ADVRBIO ........................................................................................................................... 20 PREPOSIO ........................................................................................................................ 21 CONJUNO ........................................................................................................................ 21 INTERJEIO ....................................................................................................................... 22 CONCORDNCIA NOMINAL ................................................................................................... 23 VISO GERAL SOBRE FLEXES VERBAIS ................................................................................ 28 CONJUGAO VERBAL .......................................................................................................... 28 VERBOS - CURIOSIDADES E DIFICULDADES ........................................................................... 31 ANLISE SINTTICA DO PERODO SIMPLES ........................................................................... 33 SUJEITO E PREDICADO ......................................................................................................... 34 TIPOS DE SUJEITO ............................................................................................................... 34 FUNES DO PRONOME SE .................................................................................................. 36 TERMOS ASSOCIADOS AO VERBO ......................................................................................... 39 TERMOS ASSOCIADOS AO NOME ........................................................................................... 41 CONCORDNCIA VERBAL ...................................................................................................... 45 VOZES DO VERBO ................................................................................................................ 50 REGNCIA ........................................................................................................................... 53 PRONOMES RELATIVOS ........................................................................................................ 57 CRASE ................................................................................................................................. 63 PERODO COMPOSTO ........................................................................................................... 71 ORAES COORDENADAS..................................................................................................... 71 ORAES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS ............................................................................ 75 ORAES SUBORDINADAS ADJETIVAS .................................................................................. 78 ORAES SUBORDINADAS ADVERBIAIS ................................................................................ 81 PONTUAO ........................................................................................................................ 85 DISCURSO DIRETO E INDIRETO ............................................................................................95 RESPOSTAS ........................................................................................................................108

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    Conceitos Importantes

    1. Fontica -

    2. Morfologia -

    3. Sintaxe -

    4. Semntica

    A democracia a melhor forma de governo. O termo democracia a) uma palavra paroxtona.

    b) um substantivo comum feminino singular. c) o ncleo do sujeito da orao. d) a forma de governo em que o poder exercido pelo povo.

    Fundamental lembrar as diferenas entre anlise morfolgica e anlise sinttica.

    1) ANLISE MORFOLGICA = ANLISE INDIVIDUAL DA PALAVRA CLASSES GRAMATICAIS Substantivo, Adjetivo, Artigo, Pronome, Numeral, Verbo, Advrbio, Preposio, Conjuno,

    Interjeio. 2) ANLISE SINTTICA = ANLISE DA PALAVRA DEPENDENTEMENTE DA FRASE FUNES SINTTICAS

    Sujeito, Predicado, Complemento Verbal, Complemento Nominal, Agente da Passiva, Adjunto Nominal, Adjunto Adverbial, Predicativo, Aposto, Vocativo

    FONTICA

    a parte da gramtica que se ocupa com o reconhecimento e a classificao dos sons prprios da lngua. Ao falar, emitimos sons que levam o nome de fonemas. Os sons so ilimitados, pois podem nunca ser exatamente iguais. Os fonemas, no entanto, so poucos e sempre os mesmos.

    Vogais

    sons formados pela vibrao das cordas vocais, sem nenhum atrito. So as representaes

    sonoras das letras a, e, i, o, u, y e suas variaes de abertura, nasalidade e articulao. So sempre elementos centrais de uma slaba.

    Semivogal

    so vogais que perdem sua fora ao reunirem-se a outra vogal na mesma slaba. (REI - a vogal E e a semivogal I; PAUSA a vogal A e a semivogal U)

    Consoantes

    ao contrrio das vogais, so sons sempre gerados com obstculos na cavidade bucal (lngua, lbio,

    dentes, palato, etc). So as representaes sonoras das letras restantes. S aparecem na slaba junto a uma vogal.

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    ENCONTROS VOCLICOS

    Ditongo

    o encontro de VOGAL + SEMIVOGAL (decrescente) ou, ao contrrio, SEMIVOGAL + VOGAL (crescente).

    ex: pai e muito (decrescentes); qual e frequente (crescentes)

    Tritongo

    o encontro formado por SEMIVOGAL + VOGAL + SEMIVOGAL ex: Uruguai, saguo

    Hiato

    o encontro de duas VOGAIS, lado a lado, mas que pertencem a slabas diferentes. ex: pa-s, di-a

    Dgrafo

    conjunto de letras que representam apenas um som.

    ch (chapu, acho) lh (milho, olho) nh (ninho, nhoque) rr (carro, urrando) ss (pssaro, osso) gu seguido de e ou i (guitarra, guerra) qu seguido de e ou i (quilo, quente) sc (florescer) s (nasa) xc (exceder) alm das vogais + m ou n, que servem para representar as vogais nasais (campo, tempo, indo, pombo, mundo).

    PROSDIA OXTONA: quando o acento recai na ltima slaba. (caf, funil, heri) PAROXTONA: quando o acento recai na penltima slaba. (marimba, escola, retorno)

    PROPAROXTONA: quando o acento recai na antepenltima slaba. (exrcito, pndulo, quilmetro)

    A PROSDIA a parte da fonologia que estuda e fixa a posio da slaba tnica nas palavras. H muitos casos de palavras faladas de forma diferente da que consta no dicionrio. So erros de prosdia que se perpetuam no dia a dia e interferem, inclusive, nas questes de

    acentuao, com j vimos anteriormente. So as famosas SILABADAS. Vamos a alguns casos: Devem ser oxtonas: cateter, condor, ruim, ureter, Nobel, mister

    Devem ser paroxtonas: avaro, austero, filantropo, ibero, pudico, ltex, recorde, rubrica, txtil ibero (em ibero-americano) Devem ser proparoxtonas: aerlito, nterim, lvedo, bvaro, crisntemo.

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    Exerccios 01. Assinale a proposio VERDADEIRA: a) O fonema /Z/ pode ser representado, na escrita, somente por duas letras diferentes, como em "camiseta" e "exato". b) As palavras "aqueles" e "senhora" so exemplos de que nem sempre o nmero de letras igual ao nmero de fonemas. c) Em "orelha" temos cinco letras e um dgrafo. d) A palavra "Campinas" tem 8 letras, 8 fonemas e 3 slabas. e) Na Lngua Portuguesa, todas as letras representam um fonema. 02. A palavra que contm mais letras do que fonemas se encontra na alternativa: a) epidemia. b) convexo. c) antologia. d) megalomania. e) planeta. 03. A pronncia das palavras na linguagem coloquial por vezes se distancia bastante da sua representao escrita. Em alguns casos, essa diferena chega a determinar uma quantidade diferente de slabas entre a palavra escrita e sua pronncia na linguagem coloquial. Este o caso da palavra: a) Habitantes; b) Estruturalmente; c) Objeto; d) Portugus; e) Laser. 04. Ele chegou s carreiras, trazendo do colgio a notcia da sada do professor. As palavras em destaque na frase anterior apresentam respectivamente: a) hiato, ditongo decrescente, ditongo crescente b) ditongo crescente, ditongo decrescente, hiato c) ditongo decrescente, ditongo crescente, hiato d) ditongo decrescente, ditongo crescente, ditongo decrescente e) hiato, ditongo crescente, ditongo decrescente 05. Assinale a melhor resposta. Em papagaio, temos: a) um ditongo b) um tritongo c) um trisslabo d) um oxtono e) um proparoxtono 06. Assinale a palavra que contenha uma semivogal: a) magoar b) cuidado c) trado d) quero e) hiato 07. As silabadas, ou erros de prosdia (pronncia), so frequentes no uso da lngua. Assinale a alternativa em que no ocorre nenhuma silabada. a) Eis a um prottipo de rbrica de um homem vaidoso. b) Para mim, a humanidade est dividida entre os filntropos e os misntropos. c) Os arqutipos de iberos so mais pudicos que se pensa. d) Nesse interim, chegou o mdico com a contagem de leuccitos e o resultado da cultura de lvedos. e) varo de informaes, segui todas as suas pegadas.

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    Acentuao Grfica

    Regras Bsicas

    terminadas em a(s), e(s), o(s),em, ens

    terminadas em quaisquer outras combinaes

    OXTONAS

    COM ACENTO sof, caf, cip, tambm, refns, portugus

    SEM ACENTO cantar, saci, jacu, andor, guri

    PAROXTONAS

    SEM ACENTO parede, quadro, sala, item, agudo

    COM ACENTO revlver, afvel, tnis, osis, nutron

    PROPAROXTONAS

    COM ACENTO rpido, mdico, qumica, abbora

    MONOSSLABAS

    tnicas terminadas em A, E, O d, f, trs, l, c, p, ms, s, p, ns, ps

    OBS: atente ao professor quando ele explica sobre o conceito de terminadas em.

    REGRAS ESPECIAIS

    1) Regra do i e do u tnicos: so acentuados quando

    I formam hiato com vogal anterior; II esto sozinhos na slaba ou acompanhados de s; III no so seguidos de nh. ca-, a-tra-, ca--am,Lu-s, e-go-s-mo, fa-s-ca, ba--a, cu--ca, ju--zes, ga--ch, ru--do, a-tra--los, pos-su--los, sa--va, ci--me, vi--va, ba- NOVO: No mais se acentuaro o i e o u tnicos nas PAROXTONAS quando forem precedidos de

    ditongos. bai-u-ca, fei-u-ra cuidado Essa regra no se aplica a palavras oxtonas em que o i ou u tnicos, precedidos de ditongo, estejam sozinhos ou acompanhados de s. Continuam, pois, a ser acentuadas palavras como Pi-au-, tui-ui-(s).

    2) Regra dos ditongos abertos Acentuam-se os ditongos abertos U, I, I, desde que sejam tnicos, menos nas palavras paroxtonas.

    COM ACENTO (oxtonas): anis, papis, vu, vus, cu, cus, chapu, di, corri,faris,heri SEM ACENTO (paroxtonas): heroico, paranoico, europeia, ideia, joia, assembleia, apoio (verbo)

    3) Regra dos Acentos Diferenciais Permanecem como obrigatrios: a) o acento diferencial de tonicidade que distingue pr (verbo) de por (preposio);

    b) o acento diferencial de timbre que distingue pde (3a pessoa do singular do pretrito perfeito) e pode (3a pessoa do singular do presente do indicativo) do verbo poder.

    c) o acento diferencial dos verbos TER e VIR no presente do indicativo (tm e vm), plurais respectivos de tem e vem.

    obs: o mesmo vale para os verbos derivados de TER e VIR: ele mantm/eles mantm; ele provm/eles provm; isso contm/estas coisas contm.

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    EXERCCIOS 01. A frase em que ocorre erro de acentuao : a) inegvel que a mulher pde, nas ltimas dcadas, afirmar sua competncia profissional. b) Homens e mulheres tm, hipoteticamente, a mesma inteligncia. c) De um harmonioso relacionamento homem-mulher, advm vantagens para toda a sociedade. d) Aps inmeras dificuldades, o homem finalmente para e redefine alguns conceitos ultrapassados. e) Todos concluram que as conversaes tinham fludo satisfatoriamente. 02. Considere as seguintes afirmaes sobre a acentuao grfica no texto. I - A palavra risvel (l. 41) recebe o acento grfico pela mesma regra que preceitua o uso do acento em ridculo (l. 20). II - A palavra possudo (l.17) recebe o acento grfico pela mesma regra de a (l. 33). III - Se fosse retirado o acento grfico das palavras vrias (l. 07), pblica (l.16) e est (l. 27), esta alterao provocaria o surgimento de outras palavras da Lngua Portuguesa. Quais esto corretas? (A) Apenas I. (D) Apenas II e III. (B) Apenas II. (E) I, II e III. (C) Apenas I e III. 03. Considere as seguintes afirmaes acerca de acentuao. I - A mesma regra determina a acentuao grfica das palavras Las (l. 13) e ningum (l. 15). II . O emprego do acento grfico em adolescncia (l. 10) e prprio (l. 23) decorre da mesma regra. III - A palavra psteres (l. 16) recebe acento grfico em virtude de ser o plural de uma palavra acentuada. Quais esto corretas: (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e II. (E) I, II e III. 04. A regra que determina o uso de acento em contriburam (l. 21) a mesma que prescreve seu uso na palavra (A) frequncia (l. 1.5). (B) previsvel (l. 23). (C) indivduos (l.29). (D) contedos(l. 32). (E) cientfico (l. 34), 05. So acentuadas pela mesma razo as palavras da opo: a) h, at, atrs. b) histria, geis, voc. c) est, at, voc. d) ordinrio, aplogo, insuportvel. e) fcil, dcil, contedo 06. A retirada de um acento de uma palavra geralmente provoca mudanas em sua pronncia, numa leitura em voz alta, por exemplo. Esse o caso de todas as palavras abaixo, A EXCEO DE a) mdia b) distncia c) d) tm e) rvores

    IMPORTANTE: 1) No haver mais acento circunflexo nas formas verbais da 3a pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos crer, ler e ver (creem, leem e veem) e na 3a pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo dar (deem). 2) Fica abolido o acento que havia nas paroxtonas terminadas em oo(s), no importando se so substantivos ou formas verbais. Daqui em diante, deve-se escrever: voo, voos, enjoo, enjoos, ressoo, perdoo, povoo, coroo, abenoo, abotoo, amontoo, magoo 3) O trema fica totalmente abolido pelo novo Acordo. Daqui em diante, deve-se escrever: aguentar, arguio, eloquente, tranquilo, antiguidade, frequncia, frequente, frequentemente, cinquenta, arguir, bilngue.

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    Processos de formao de palavras

    PALAVRAS PRIMITIVAS E PALAVRAS DERIVADAS

    Primitivas: so palavras que do origem a outras. Derivadas: so aquelas que se originam de outras.

    Exemplo:

    PALAVRAS COGNATAS

    Palavras cognatas ou famlias etimolgicas so palavras que possuem o mesmo radical. Exemplo: locutor (aquele que fala) locutrio (lugar em que se fala) elocuo (ao resultante de falar) loquaz (falador)

    A) DERIVAO Processo pelo qual se formam palavras pela anexao de afixos (prefixos e/ou sufixos) a uma palavra tomada como base.

    Exemplo:

    Tipos de derivao

    Prefixal: forma-se a palavra pela anexao de prefixo base. Exemplo: retro + agir = retroagir in + til = intil

    desculpar rever subsolo - super-homem Sufixal: forma-se a palavra pela anexao de sufixo base.

    Exemplo: deslocar + mento = deslocamento feliz + mente = felizmente

    utilizar narrador estudante nomeao - pessoal Prefixal e Sufixal: forma-se a palavra pela anexao de prefixo e sufixo independentes base.

    Exemplo: In+feliz+mente = infelizmente In+til+idade = inutilidade

    inutilizar desnutrio

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    Parassinttica: forma-se a palavra pela anexao simultnea de prefixo e sufixo base. Se

    qualquer um deles for retirado, perde-se o sentido da palavra. Exemplo: ex + ptria + ar = expatriar

    em + barca + o = embarcao embelezar entardecer adoar - desalmado

    Regressiva: forma-se a palavra no com o acrscimo de afixos base, mas com a subtrao da desinncia r do infinitivo dos verbos. Exemplo:

    atrasar = atraso lutar = luta analisar anlise amparar amparo danar dana atacar ataque perder perda

    vender venda cantar canto

    Imprpria: forma-se a palavra nova sem alterar a forma da base. Esse processo implica mudana de classe gramatical da palavra. Exemplo:

    O relmpago (substantivo) iluminou a noite.

    B) COMPOSIO Processo pelo qual se forma uma palavra pela agregao de duas (ou mais) palavras de sentido

    prprio. Exemplo: gua + ardente = aguardente (palavra composta)

    Tipos de composio

    Justaposio: o tipo de composio em que os elementos agregados conservam a mesma

    pronncia que possuam em separado. Exemplo: gira + sol = girassol

    pontap, meio-fio, p-de-moleque, couve-flor Aglutinao: tipo de composio em que ao menos um dos elementos agregados tem alterada a

    pronncia que possua em separado. Exemplo: plano + alto = planalto

    petrleo, fidalgo, vinagre, aguardente, pernalta

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    EXERCCIOS 01. Considerando o valor dos sufixos, assinale o par de vocbulos que guardam entre si a mesma relao significativa existente entre desenvolver / desenvolvimento. a) substituir / substituvel d) estimular / estimulante b) fragmentar / fragmentao e) traduzir / tradutor c) criar / criativo 02. Supondo que as palavras da Lngua Portuguesa possam ser formadas pela combinao de trs elementos bsicos (prefixos, radicais e sufixos), selecione a alternativa que contm palavras estruturadas por uma s das seguintes formaes: (a) prefixo + radical; (b) radical + sufixo; (c) prefixo + radical + sufixo. a) internacionais - concidados. b) intangibilidade - fronteiras. c) mantm - tnicas. d) nacionalismo - encobre. e) ateno - contexto. 03. Para responder questo, observar o valor dos prefixos e preencher adequadamente os parnteses da coluna B de acordo com a coluna A. Coluna A Coluna B 1. repetio ( ) descontentamento 2. anterioridade ( ) contribuir 3. reunio ( ) preocupao 4. negao ( ) compartilhar ( ) revestir Est correta a numerao da alternativa a) 4, 3, 1, 3, 2. d) 4, 3, 2, 3, 1. b) 2, 1, 3, 4, 1. e) 2, 2, 4, 3, 1. c) 2, 3, 1, 3, 4. 04. Considere as seguintes afirmaes sobre morfologia: I- As palavras incerto, impreciso e irreversvel apresentam um mesmo prefixo. II- As palavras enlouquecem e encontrar apresentam um mesmo prefixo. III- As palavras consequncias e consumo possuem o mesmo radical. Quais esto corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) apenas I e III.

    ANOTAES:

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    Ortografia

    1. Terminao -SO ao tirar a terminao de verbos terminados em TER, TIR, DER, DIR e GIR,

    a ltima letra uma consoante.

    preten der preten so expan dir expan so ascen der ascen so inver ter inver so diver tir diver so asper gir asper so submer gir submer so 2. Terminao SSO- ao tirar a terminao de verbos terminados em TER, TIR, DER, DIR e MIR, a ltima letra uma vogal. agre dir agre sso regre dir regre sso ce der ce sso impri mir impre sso admi tir admi sso subme ter submi sso 3. Terminao O- em palavras que fogem das 2 regras anteriores. ato ao infrator infrao executar execuo isento iseno discreto discrio atentar ateno 4. Emprego de EZ ou EZA- terminao sempre usada em substantivos abstratos que derivam de adjetivos. Primitivo Derivado altivo altivez puro pureza robusto robustez ntido nitidez cido acidez belo beleza estpido estupidez grvida gravidez 5. Emprego de ES ou ESA- terminao sempre usada em adjetivos ptrios. Primitivo Derivado montanha montanhs(esa) Frana francs(esa)

    monte monts(esa) China chins(esa) burgo burgus(esa) Portugal portugus(esa) corte corts(es) Holanda holands(esa)

    6. Emprego de ISAR- terminao sempre usada em verbos cuja palavra primitiva j possui S no final. Primitivo Derivado pesquisa pesquisar improviso improvisar

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    anlise analisar Emprego de izar- terminao usada em verbos cuja palavra primitiva no possui S no final. Primitivo Derivado agonia agonizar anarquia anarquizar colono colonizar motor motorizar smbolo simbolizar ameno amenizar ideal idealizar moderno modernizar suave suavizar universal universalizar cicatriz cicatrizar 7. Grafia das palavras DERIVADAS- sempre seguem a grafia das suas primitivas. atrs atrasado, trs, traseira, atrasando lpis lapisinho, lapiseira, lapiso gs gasoso, gasolina, gaseificado, gasoduto laranja laranjeira, laranjinha loja lojista, lojinha lisonja lisonjear, lisonjeado, lisonjeando caixa caixinha, caixote, caixo, encaixar, encaixotar, encaixando, encaixotando faixa faixinha, enfaixar, enfaixamento, enfaixado cheio encher, enchimento, enchente, encheo, enchido tachar (acusar) tachado, tachando tarraxa atarraxar, atarraxado, atarraxando 8. Use S (e no Z): a) Terminaes -ase, -ese, -ise, -ose: catequese, prclise, metamorfose (cuidado com deslize: do verbo deslizar); b) nas formas dos verbos PR e QUERER no pretrito: pus, pusesse, comps, antepusera, quisesse, quisera; c) Aps ditongo (iniciando slaba): causa, giser, lousa, moiss, maisena, nusea, Neusa, Sousa (S com som de /z/ aps consoante, s em trans+vogal {transe, transao} e nos formatos bs {obsquio, subsdio, subsistir}) d) Na terminao S (aberta): atravs, convs, invs (cuidado com dez). 9. Use J, (e no G): a) Em todas as terminaes -aje: laje, traje, ultraje; b) Antes das vogais A, O, U: loja, joia, juba. 10. Use G, (e no J): a) Antes das vogais E, I (somente use J nestes casos quando a palavra primitiva j possuir J no radical - ex: laranjeira, laranjinha, lojista, lojinha, viaje e viajem do verbo viajar); b) Em todas as terminaes -agem, -igem, -ugem: malandragem, vertigem, ferrugem (cuidado com pajem); c) Em todas as terminaes -ege, -oge: frege, herege, paragoge; d) Em todas as terminaes -gio, -gio, -gio, -gio, -gio: estgio, egrgio, remgio, prestgio, relgio, refgio.

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    11. O dfono X: Em algumas situaes, alm dos valores normais de /s/ e /z/, o X apresenta o som composto /ks/. Portanto so 2 sons representados por apenas 1 letra: DFONO. Ex: complexo, clmax, durex, flexo, nexo. 12. Diminutivo Plural das Palavras Terminadas em R, L e O PASSOS RADAR LENOL CANO 1) faa o plural 2) retire o S 3) acrescente o ZINHO 4) volte com o S plural

    Exerccios 01. A ........... de seu ............. superava a nossa ............. . a) extenso - prejuzo - expectativa b) extenso - prejuzo - espectativa c) estenso - prejuso - expectativa d) exteno - prejuzo - espectativa e) extenso - prejuzo - espectativa 02. Meu ............... amigo, a ............... de sua esposa no ............... a hiptese de divrcio. a) presado - gravids - exclue b) prezado - gravidez - exclui c) presado - gravidez - exclui d) presado - gravids - exclui e) prezado - gravides - exclue 03. Apurados os fatos, temos certeza de que no houve, por parte do guarda, a ............... de ..............., naquela zona, um ............... totalmente congestionado. a) intenso - aprear - trfico b) inteno - apressar - trfego c) inteno - aprear - trfego d) intenso - apressar - trfico e) inteno - apressar - trfico 04. Depois de uma rpida anlise, chegaram concluso de que um nmero to considervel de ............... constitui ............... . a) excesses - previlgio inadmissvel b) excees - privilgio inadmissvel c) escees - privilgio inadimissvel d) excesses - privilgio inadmissvel e) excees - previlgio inadmissvel 05. Apesar da ............... daquela regio as ............... brotaram ............... . a) arids - florezinhas - vissossas b) arids - florzinhas - viozas c) aridez - florzinhas - viosas d) aridez - florezinhas - viosas e) arids - florzinhas - viosas 06. ............... o caso ............... das informaes que possumos muita ............... . a) Analisar atravs - pretenso d) Analizar atravs - preteno b) Analisar atravez - pretenso e) Analizar atravez - preteno c) Analisar atravs - preteno 07. Ao depor, a testemunha ............... propor uma ............... fiel dos fatos e conseguiu realizar a ............... perfeita dos acontecimentos. a) quis - discrio - recreao d) quiz - descrio - recreao b) quis - descrio - recriao e) quiz - discrio - recriao c) quiz - descrio - recriao

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    08. So grafados com ss os substantivos derivados de a) reclamar e compreender b) suceder e discutir c) constatar e intervir d) intimidar e converter e) rever e repetir 09. Assinale a alternativa que completa adequadamente a frase abaixo. evidente que, entre os erros considerados globalmente de ortografia, h os que se explicam por influncia da lngua falada, como ............... e outros que se explicam pelo desconhecimento das ............... etimolgicas dos nomes, como ................ a) advogado - razes - estenso b) adevogado - raizes - extenso c) adivinhar - raises - extenso d) fralda - rases - esteno e) flarda - razes exteno

    ANOTAES:

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    CLASSES DE PALAVRAS A gramtica portuguesa divide as palavras do idioma em dez classes. Dentre elas, h duas que podemos chamar de bsicas ou nucleares:

    o substantivo e o verbo. Com apenas essas duas classes de palavras podem-se construir frases, tais como: Acidentes acontecem. Barulho incomoda.

    1. SUBSTANTIVO Pertencem a essa classe todas as palavras que designam os seres em geral, as entidades reais ou

    imaginveis. Exemplos: mesa, lua, luz, fada, centauro, iluso, tristeza. Substantivo concreto x abstrato Concreto o substantivo que designa seres que existem no mundo real ou imaginrio e podem ser

    concebidos como realidades individuais e separadas umas das outras: queijo, lobisomem, nuvem, pgina, porco, cidade, etc. Um dos artifcios utilizveis para reconhecer um substantivo concreto a possibilidade de represent-los por meio de imagens visuais.

    Abstrato, por oposio a concreto, o substantivo que designa noes genricas que no existem sob a forma de realidades que podem ser individualizadas ou separadas dos seres que as suportam.

    Os abstratos representam qualidades, estados, sentimentos, sensaes e aes dos seres, tomados como se existissem afastadas (abstradas) deles. Exemplos: velocidade, beleza, crueldade, corrida, separao, salto, afastamento.

    Os abstratos, como no tm existncia autnoma, no podem ser representados diretamente por meio de imagens. S se representa a velocidade por meio do deslocamento de um corpo no espao; s se representa a fria por meio de um ser furioso.

    EXERCCIOS Leia o texto que segue: Sob a justificativa de evitar excesso de velocidade e com isso diminuir a estatstica de acidentes, o Departamento de Trnsito espalhou pela cidade de So Paulo radares acoplados a cmaras fotogrficas para flagrar os transgressores e aplicar-lhes a devida multa pela infrao. A operao arrecadou, no ano passado, mais do que o IPVA. Sobre a palavra operao (em destaque), pode-se afirmar: I. Trata-se de um substantivo abstrato que retoma e sintetiza o que se disse no perodo anterior. II. Poderia ser permutada por roubalheira, que cumpriria o mesmo papel de sntese mas daria outra direo argumentativa ao texto. III. Se fosse substituda por diligncia, esta palavra daria uma orientao argumentativa mais favorvel medida adotada pelo Departamento de Trnsito. (so) correto(s): a) apenas I. b) apenas II.. c) apenas III. d) I, II e III. e) apenas I e III

    2. ADJETIVO Classe de palavras que servem para indicar as qualidades, as propriedades do substantivo. Exemplos:

    poroso, leve, branco, frgil, comprido.

    LOCUO ADJETIVA

    Trata-se de uma expresso formada de preposio mais substantivo, qualificadora de outro substantivo. Exemplos:

    de madeira, de tijolo, sem porta, com varanda, de praia

    O ADJETIVO E SEU FUNCIONAMENTO NO TEXTO

    a) cabelos longos / cabelos ridculos

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    O adjetivo serve para agregar ao substantivo significados dominantemente associados ao adjetivo

    ou pessoa. Nesse caso, o adjetivo considerado como dominantemente descritivo. Exemplo: Certos jogadores usam cabelos longos . O adjetivo pode tambm agregar ao substantivo significados que traduzem uma impresso ou

    julgamento decorrentes dominantemente do ponto de vista do enunciador. Exemplo: Certos jogadores usam cabelos ridculos . b) jovem esportista / esportista jovem

    No Portugus, a posio mais usual do adjetivo depois do substantivo (o contrrio do ingls). H certos pares de palavras em que, pelo seu significado, ambas possuem traos tanto de substantivos quanto de adjetivos. Em casos como esses, interpreta-se o elemento anterior como

    substantivo; o posterior, como adjetivo. Exemplo: Um jovem esportista abandonou a carreira por causa dos estudos. Nesse caso, interpreta-se jovem como substantivo (um indivduo); esportista, como adjetivo. Um esportista jovem ainda precisa amadurecer. Nesse caso, o esportista que se interpreta como substantivo; jovem, como adjetivo.

    c) Uma moradia simples / uma simples moradia H adjetivos que, antes do substantivo, possuem um significado; depois, outro bem diferente. Exemplo:

    Uma moradia simples no custa uma exorbitncia. Simples, nesse caso, significa modesta, sem luxo, desprovida de complicaes. A investigao concluiu que o local suspeito no passava de uma simples moradia. Nesse caso, simples quer dizer nada alm de mera. d) estrada longa / longa estrada.

    O adjetivo, posto depois do substantivo, traduz uma qualidade mais neutra, prpria mais da caracterstica do objeto do que de uma impresso do enunciador. Colocado antes, traduz, alm de uma qualidade da coisa ou da pessoa, uma impresso que provoca no enunciador. Exemplo:

    Para chegar ao local, percorreu-se uma estrada longa. (quantidade mais neutra) Para chegar ao local, percorreu-se uma longa estrada. (quantidade que implica certa impresso do enunciador).

    EXERCCIOS 1. Algum tempo hesitei se devia abrir estas memrias pelo princpio ou pelo fim, isto , se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja comear pelo nascimento, duas consideraes me levavam a adotar diferente mtodo: a primeira que no sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro bero; a segunda que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moiss, que tambm contou a sua morte, no a ps no introito, mas no cabo: diferena radical entre esse livro e o Pentateuco. Machado de Assis, Memrias Pstumas de Brs Cubas. Vamos estabelecer a diferena entre defunto autor e autor defunto. a) no h diferena. Os termos so sinnimos. b) Nos dois casos, o primeiro termo adjetivo e o segundo, substantivo. c) Autor defunto um morto que escreve e defunto autor o escritor que morreu. d) Autor defunto seria um escritor que teria tido a carreira interrompida pela morte: defunto autor comea a escrever exatamente depois que a vida se interrompe. e) Em autor defunto, defunto seria substantivo; em defunto autor, defunto seria adjetivo. 2. O jornalista Clovis Rossi, num artigo da Folha de S. Paulo (06.10.2000, p. A2), sustenta a tese de que o Brasil, diferentemente da opinio de muitos brasileiros, tem grande importncia no concerto das naes. O principal argumento a favor de sua tese o tamanho do territrio, da populao e da economia brasileira. O argumento desfavorvel a nossa m distribuio de renda, que ele chama de dvida social. Conclui o artigo com estas palavras: Na hora em que

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    [o Brasil] pagar pelo menos parte de sua dvida social, ento, ser um grande parceiro, e no apenas um parceiro grande. Tomando como base esse trecho final, pode-se afirmar que: I. na expresso grande parceiro, o adjetivo indica uma qualidade do substantivo e traduz uma avaliao positiva do articulista sobre o mesmo substantivo; II. ao dizer parceiro grande, o articulista pretende indicar uma qualidade do substantivo menos dependente de sua avaliao e mais dependente da realidade; III. a mudana de posio do adjetivo, para ser coerente com o contexto, deveria ser invertida: na hora em que [o Brasil] pagar pelo menos parte de sua dvida social, ento ser um parceiro grande, e no apenas um grande parceiro. (so) correto(s): a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) I, II e III.

    3. ARTIGO Classe que serve, basicamente, para indicar se o substantivo concebido como algo j definido e conhecido previamente, ou como algo indefinido e ainda no nomeado. Exemplos: I. Era uma vez um cordeiro e um lobo que bebiam gua beira de um crrego. II. Ento, o lobo disse para o cordeiro: Por que est voc sujando o crrego em que estou bebendo? Como se v, os artigos indefinidos (um) no trecho I servem para indicar que os substantivos cordeiro, lobo e crrego no haviam ainda sido citados, tratando-se, pois, de entidades

    indefinidas. No trecho II, os artigos definidos (o) indicam que os trs substantivos j so dados como conhecidos por terem sido anteriormente mencionados.

    4. NUMERAL Classe que, em princpio, serve para indicar a quantidade dos substantivos, quantos so eles (um, dois, dez, o triplo, o qudruplo, um tero, um quinto). O numeral ordinal indica em que posio se

    localiza certo substantivo numa escala de nmeros dispostos em srie (dcimo, trigsimo, centsimo).

    5. PRONOME uma classe de palavras que servem para indicar uma das trs pessoas do discurso ou situar

    alguma coisa em relao a essas trs pessoas. Por conveno, considera-se: 1 pessoa, a que fala; 2 pessoa, com quem se fala; 3 pessoa, de quem se fala.

    Exemplo:

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    Uniformidade de tratamento

    COLOCAO PRONOMINAL Podemos afirmar que os pronomes oblquos tonos gravitam em torno do verbo, podendo ocupar

    trs posies: antes do verbo (prclise): Algum me falou de voc. no meio do verbo (mesclise): Tomar-se-o as medidas cabveis. depois do verbo (nclise): Discutiu-se o discurso do presidente. A colocao pronominal determina as posies dos Pronomes Oblquos tonos em relao aos verbos.

    PRCLISE

    A prclise usual em uma situao bsica: quando o verbo vem precedido de palavras atrativas,

    como: Palavras negativas (no, nunca, nada, jamais): Nunca se soube como ocorreu o episdio. Nunca nos encontraremos novamente. Jamais se cumprimentam.

    Advrbios (l, j, aqui, a): L se vo meus anis. Quando cheguei, ainda o vi discutindo e ameaando. Caso haja pausa grfica entre o advrbio e o verbo, emprega-se a nclise: Aqui, vive-se muito bem.

    Pronomes relativos (que, o qual, os quais): H pessoas que se irritam por nada. Essa a pessoa que nos orientou. Pronomes indefinidos (algo, tudo, algum): Algo me dizia que a situao ia melhorar. Quem te disse essa bobagem? Ningum me viu sair.

    PRONOME RETO PRONOME OBLQUO

    PRONOME POSSESSIVO

    PRONOME DEMONSTRATIVO

    1 pessoa singular

    eu me, mim, comigo meu este, isto

    2 pessoa

    singular tu te, ti, contigo teu esse, isso

    3 pessoa singular

    ele, voc se, si, consigo,

    o, a, lhe seu aquele

    1 pessoa plural ns nos, conosco nosso estes

    2 pessoa plural vs vos, convosco vosso esses

    3 pessoa plural eles, vocs se, si, consigo,

    os, as, lhes seus aqueles

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    Conjunes subordinativas(que, embora, ainda que, se, caso): Se me chamarem, eu vou. Sempre pensei que te tratara bem. Se me vires abraado com mulher feia, aparta, que briga! Quando te vi, nunca pensei que serias minha mulher.

    MESCLISE

    A mesclise pouco usual no Portugus contemporneo. S ocorre com as formas do futuro do

    presente(convidarei) e do futuro do pretrito(convidaria): Esquecer-te-ei. Esquecer-te-ia. Se essas mesmas formas vierem precedidas de palavras atrativas, a prclise prevalece sobre a

    mesclise: Mostrar-lhe-ei meus escritos. (mas: No lhe mostrarei meus escritos.) Falar-vos-iam a verdade? (mas: Nunca vos falariam a verdade.)

    NCLISE

    considerada a colocao bsica do pronome. Deve ocorrer quando o verbo est no incio da frase (JAMAIS INICIE UMA ORAO COM PRONOME OBLQUO TONO).

    Chegou-se a ns, apresentou-se, sentou-se logo atrs. Apresentaram-se vrias opes de cor. Contaram-me casos estranhssimos. usual a nclise junto s seguintes formas verbais: a) Gerndio (desacompanhado de preposio) - Saiu daqui, lamentando-se de todos. b) Imperativo afirmativo - D-me a tua palavra. c) Infinitivo impessoal - No era preciso preocupar-se conosco.

    NCLISE PROIBIDA No ocorre nclise com os futuros nem com o particpio. No ocorrem, portanto, colocaes como: Encontrars-me na hora marcada. (O correto : Encontrar-me-s na hora marcada.) Eu tinha dado-lhe minha palavra. (O correto : Eu tinha-lhe dado minha palavra.) Diro-nos (errado) - Dir-nos-o (correto) Tinha amado-te (errado) - Tinha te amado (correto)

    Exerccios 1. Nos itens que seguem, ocorrem frases extradas de autores de nossa literatura. Coloque o pronome contido nos parnteses, de acordo com as prescries da norma culta. a) De repente tudo ...... aquietou ...... no velho prdio. (se) (L. Cardoso) b) Teramos a impresso de que ...... banhvamos ...... juntos. (nos) (Graciliano Ramos) c) A iluminao escassa no ...... permitia ...... um exame profundo. (me) (Anbal Machado) d) O ndio mais moo saltou pela floresta como um campeiro atrs do cozinho que ...... servia ...... de guia. (lhe) (Jos de Alencar) e) sempre ...... pareceu ...... que mulher um bicho esquisito, difcil de governar. (me) (Graciliano Ramos)

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    2. () De qualquer modo, h uma tendncia macia para reconhecer o carter ampliado das mudanas econmicas e tecnolgicas que afetariam, com maior ou menor impacto, todas as sociedades do planeta, justificando o termo globalizao, mesmo quando se critica a sua possvel banalizao como instrumento de conhecimento. (Gilberto Velho, Revista de Cultura Brasileira, 03/98, n 1) Substituindo por pronome pessoal oblquo o complemento de afetariam, na mesma frase em que ocorre, obtm-se: a) afet-las-iam. b) afetariam-nas. c) as afetariam. d) lhes afetariam. e) afetar-lhes-iam.

    1. O octogenrio Francisco Julio faleceu 2. quietamente no Mxico, onde morava h muitos 3. anos. As Ligas Camponesas, por ele fundadas, 4. so hoje uma lembrana histrica. Uma pergunta 5. que se poderia fazer : por que o Movimento

    6. dos Sem-Terra, o MST, tem mais repercusso do 7. que tiveram as Ligas Camponesas? Claro, as

    8. circunstncias so diferentes, mas quero me 9. deter num detalhe: os nomes.

    10. Liga Camponesa uma expresso que 11. deve ter sado dos antigos manuais comunistas: 12. liga no um termo muito usual; camponesa 13. muito menos. Os bolcheviques falavam da unio

    14. entre operrios e camponeses, mas um homem 15. do campo, no Brasil, jamais se autodenominaria 16. campons.. 17. Movimento dos Sem-Terra outra coisa. 18. Sem-terra, como sem-teto., uma expresso 19. que fala por si. Mas o importante, no meu modo 20. de ver, a palavra movimento Exatamente por 21. isto, porque diz que algo est se movendo. que 22. no est parado. que est rumando para um

    23. objetivo. 24. O movimento d, aos seus membros, algo 25. que decisivo, sobretudo no mundo em que 26. vivemos: o sentido de pertencer (de

    27. pertenena, palavra que talvez no exista, mas 28. que deveria existir), de compartilhar ideais, de 29. avanar, junto com outros, para um ideal. claro 30. que, sob essa denominao. pode-se ir desde a

    31. extrema esquerda at a extrema direita. No clima 32. social e econmico em que vivemos, com 33. pessoas sentindo-se cada vez mais

    34. marginalizadas, isoladas, abandonadas, o termo 35. movimento. Adquire um significado 36. transcendente. esse significado que precisa ser

    37. entendido. E entendido com urgncia, porque no 38. entender, a, significa tragdia social.

    6. VERBO Pertencem classe do verbo as palavras que indicam: ao praticada por um executor: O arqueiro arremessou a flecha. O povo protestou. processo que afeta um objeto ou uma pessoa: A rvore caiu. O menino cresceu. estado em que algo ou algum se situa: A garoa est fria. A cidade ficou perigosa.

    3. Considere as seguintes afirmaes referentes a pronomes do texto. I- O pronome me da linha 08 poderia ser deslocado para depois da forma verbal deter, sem prejudicar a correo da frase. II - O pronome se da linha 15 poderia ser deslocado para depois da forma verbal autodenominaria sem acarretar erro. III - O pronome se da linha 15 poderia ser corretamente substitudo pela expresso a si mesmo, se substitussemos a forma verbal autodenominaria por denominaria. Quais esto corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e II. (D) Apenas I e III (E) I, II e III.

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    7. ADVRBIO Como o prprio nome indica, pertencem a essa classe as palavras que se associam ao verbo para indicar as vrias circunstncias que envolvem a ao. Exemplos:

    LOCUO ADVERBIAL

    Trata-se de uma expresso formada de preposio mais substantivo, modificadora do verbo. Exemplos:

    Observao

    O advrbio pode tambm ser associado: ao adjetivo

    a outro advrbio

    ao contedo de uma orao inteira.

    Exerccios 1. O nome destacado funciona, respectivamente, como substantivo, adjetivo e advrbio em: a) A rapidez de seu discurso me confundiu. No seu discurso, ele pronunciava rpido as palavras. Confundiu-me porque seu discurso parecia rpido. b) A futilidade caracteriza-se pelo zelo demasiado ao pouco importante. O demasiado no nos pertence. Preocupa-se demasiado com questes fteis, c) A monotonia marcava a paisagem. O cenrio montono nos entediava. Naquela paisagem, eu os ouvia falar montono. d) O barato nos pode sair caro. Pagou barato pelo objeto, mas se arrependeu. O preo barato pode ser ilusrio. e) O homem s no encontra companhia em si mesmo. O s aquele que no se encontrou. O homem encontra companhia s em si mesmo.

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    Texto para a questo 2 At algum tempo atrs, imaginava-se que um crebro jovem, em sua plena vitalidade biolgica, fosse muito mais poderoso e criativo do que um outro j maduro e desgastado pela idade. A Matemtica fornecia o maior dos argumentos para os defensores dessa teoria: quase todas as grandes equaes matemticas foram propostas ou decifradas por gente com menos de 30 anos. Albert Einstein tinha apenas 26 anos quando apresentou sua Teoria Geral da Relatividade a mais revolucionria de todas as elaboraes matemticas, que lhe valeu o Prmio Nobel de Fsica, quinze anos depois. O argumento forte, porm ele se baseia numa ideia ultrapassada a respeito da mente humana. As novas descobertas esto mostrando que a inteligncia no se limita capacidade de raciocnio lgico, necessria para propor ou resolver uma complicada equao matemtica. Os testes de QI, um dos antigos parmetros usados para medir a inteligncia, j no servem mais para avaliar a capacidade cerebral de uma pessoa. A inteligncia muito mais que isso. uma soma inacreditvel de fatores, que inclui at os emocionais. Adaptado de GUARACY, Thales; RAMALHO, Cristina. Veja, 19.8.1998. 2. No texto, o advrbio destacado mais deixa pressuposta a ideia de que: a) os testes de QI serviram, no passado, para medir a inteligncia. b) hoje os testes de QI so melhores do que no passado para avaliar a inteligncia. c) os testes de QI nunca serviram para medir a inteligncia. d) no passado, alm dos testes de QI, outros parmetros serviram para medir a inteligncia. e) hoje os testes de QI no so melhores do que no passado para avaliar a inteligncia.

    PREPOSIO E CONJUNO - CONECTIVOS OU CONECTORES Duas classes de palavras possuem a funo de conectar elementos da frase: a preposio e a

    conjuno.

    8. PREPOSIO Classe de palavras que servem para estabelecer conexo entre uma palavra e outra.

    Exemplo:

    As preposies mais usuais so:

    a, ante, aps, at, com, contra, de, desde, em, entre para, perante, por, sem, sob, sobre.

    9. CONJUNO Classe de palavras que estabelecem conexo entre uma orao e outra.

    Exemplo:

    A conjuno e seu funcionamento no texto

    a) O Brasil um grande pas/embora tenha sido colonizado por portugueses.

    O Brasil um grande pas/porque foi colonizado por portugueses.

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    A conjuno, alm de conectar oraes entre si, estabelece relaes de significados diferentes

    entre elas. Com isso, a escolha de uma conjuno em vez de outra pode ser motivada por diferentes maneiras de interpretar ocorrncias e acontecimentos. Nas duas frases transcritas anteriormente, o uso da conjuno embora estabelece uma relao

    de oposio entre as oraes e indica que o enunciador interpreta como negativa a atuao do colonizador portugus. O uso do porque estabelece uma relao de causa entre as oraes e indica que o enunciador interpreta como positiva a colonizao portuguesa.

    b) A vtima do atropelamento foi atendido num hospital pblico, mas saiu de l com vida.

    comum o uso das conjunes para criar efeitos de sentido. No caso da frase transcrita, o uso do mas cria efeito de humor e de crtica ao mesmo tempo. O mas, no caso, est estabelecendo o pressuposto de que hospital pblico atende mal aos seus doentes a ponto de acarretar risco de

    vida.

    Exerccios 1. Em cada uma das frases que seguem, ocorre uma preposio em destaque. Indique o tipo de relao que ela estabelece, de acordo com o seguinte cdigo: 1. relao de lugar 2. relao de modo 3. relao de causa 4. relao de instrumento 5. relao de finalidade 6. relao de tempo a) () No o vejo desde o ano passado. b) ( ) Chegou at a beira da praia. c) () Viajarei de trem: detesto nibus. d) () Brigaram por dinheiro. e) () Acompanhamos o resultado com interesse. f) () Aqui no h lugar para este material. 2. Considerando-se a relao lgica existente entre os dois segmentos dos provrbios adiante citados, o espao pontilhado NO poder ser corretamente preenchido pela conjuno mas, apenas em: a) Morre o homem, (...) fica a fama. b) Reino com novo rei (...) povo com nova lei. c) Por fora bela viola, (...) por dentro po bolorento. d) Amigos, amigos! (...) negcios parte. e) A palavra de prata, (...) o silncio de ouro.

    10. INTERJEIO Classe que representa emoes, sensaes, uma ordem, um apelo. Sempre representam uma vocalizao (oh, credo, ufa, ai, psiu, x...)

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    CONCORDNCIA NOMINAL

    Concordncia Nominal nada mais que o ajuste que fazemos aos demais termos da orao para que concordem em gnero e nmero com o SUBSTANTIVO. Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome.

    REGRA GERAL: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em gnero e nmero com o substantivo. A pequena criana uma gracinha. O primeiro garoto que encontrei era muito gentil e simptico. CUIDADOS ESPECIAIS

    1. Quando um mesmo adjetivo se refere a mais de um substantivo: a) Se vier antes, Bom lugar e ocasio para uma conversa a dois. Serviram-nos excelente ravili e vinho tinto naquele restaurante. Nunca recebi tamanha ingratido e desrespeito. Voc escolheu m hora e lugar para o nosso encontro. b) Se vier depois,

    Comprou duas blusas e uma cala colorida. Comprou duas blusas e uma cala coloridas. No gosto de gravata, camisa e palet listrado. No gosto de gravata, camisa e palet listrados. A recesso atingiu a indstria e o comrcio brasileiro. A recesso atingiu a indstria e o comrcio brasileiros. CUIDADO: Vinham pela calada uma jovem e um cachorrinho vira-lata. Tinha em casa um rouxinol e um papagaio falador.

    2. Palavras com dupla classificao (VERSTEIS) ADJETIVO: ADVRBIO:

    Elas esto meio confusas e cansadas. Comeu duas meias taas de sorvete.

    As situaes eram bastante constrangedoras. Os garotos possuam bastantes amigas. H pessoas menos interessadas no servio. Havia menos pessoas naquela fila.

    Cada vez apareciam pessoas mais interessadas. Cada vez apareciam mais pessoas interessadas.

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    As mulheres estavam muito interessadas na palestra. O pas contava com muitas autoridades responsveis. Elas no ficaram entre as trs melhor classificadas no concurso. Elas no ficaram entre as trs melhores atletas do concurso. Os candidatos estavam pouco entusiasmados com a festa. Vinham poucas pessoas para a festa.

    Lcia e Madalena estavam ss. Lcia e Madalena estavam s namorando.

    3. PROIBIDO PROIBIDA Com expresses formadas pelo verbo ser mais um adjetivo ( bom, necessrio, proibido, permitido, til, etc.), devem-se distinguir duas situaes:

    a) Quando o sujeito dessas expresses, que normalmente vem posposto, no vem precedido de artigo ou qualquer modificador, a expresso fica invarivel:

    proibido entrada. No permitido conversas. Cerveja bom. b) Quando o sujeito dessas mesmas expresses vem precedido de artigo ou qualquer modificador, a expresso toda concorda com o sujeito:

    proibida a entrada. No so permitidas essas conversas. Nossa cerveja boa. Quantos ovos so necessrios para uma omelete? 4. MENOS e ALERTA

    so invariveis: Tinha menos coragem do que eu. Os rapazes estavam alerta. 5. QUITE, ANEXO, MESMO e todos os PARTICPIOS so ADJETIVOS (portanto, concordam com o substantivo a que se referem): Eu estou quite com a vida. Ns estamos quites. Enviou-me anexas duas notas promissrias. Realizadas as audincias e ouvidas as partes, o juiz deu a sentena. Vocs mesmas, meninas, podem testemunhar. Eu mesma fiz o almoo, disse, orgulhosa, a noiva. 6. OS NOMES DAS CORES

    EXEMPLO Gostava de roupas azuis, amarelas e verdes.

    Nunca usava roupas marrons ou sapatos beges.

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    Os automveis preferidos eram pretos e bords.

    Escreveu em folhas brancas.

    Depois da briga, tinha os olhos roxos. Por que pintou seus cabelos castanhos?

    A escola adotou abrigos amarelos. Gostava muito de sapatos violeta.

    Porm nunca usou gravatas rosa.

    Trajava ternos cinza e gravatas prata. Os substantivos permanecem invariveis; os adjetivos flexionaram-se para concordar com os

    substantivos aos quais se referem. 7. Os nomes compostos de cor

    Os jogadores usavam camisetas azul-claras. Pintou a casa com janelas verde-escuras. Os vizinhos no gostaram das portas cinza-claro.

    Nasceu uma criana com cabelos amarelo-ouro. O padre usava ternos cinza-chumbo.

    Em nomes de cor compostos, o primeiro elemento _________________________________ O segundo, sim, quando ______________________________________________________

    __________________________________________________________________________ Excees: Azul-marinho e azul-celeste, que so invariveis.

    Exerccios Faa a concordncia correta dos termos entre parnteses 01. Estava com a perna e o brao ____________________ (engessado) 02. Nunca senti ____________________ amor e dedicao. (tanto) 03. Seguem ____________________ carta as fotos e os documentos. (anexo) 04.S vieram um homem e uma mulher ____________________ .(grvido) 05. Os soldados ____________________ cometeram o crime. (mesmo) 06. S tomei ____________________ taa de champanha. (meio) 07. Minha mulher est ____________________ agressiva. (meio) 08. Ns ____________________ tivemos que sair para resolver o problema. 09. ____________________ sua compreenso. (necessrio) 10. ____________________ carteirinha para ingressar no clube.

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    Complete as frases com os termos entre parnteses 01. Enviou-lhe __________ os dados e as informaes _________ (anexo e solicitado) 02. No Maracan, as camisas ____________ aquecem o corao. (rubro-negro) 03. Comprou duas saias ____________ que no combinavam com os sapatos __________ e as luvas_______. (azul-claro, cinza e creme) 04. No banco de trs, sentavam-se um padre e uma moa __________. (solteiro) 05. Encontraram cavernas e um rio ___________. (desconhecido) 06. Elas estavam __________ diante do mundo. (s) 07. ____________expresso e porte caracterizavam-no. (altivo) 08. Tachou de ____________ nossas declaraes. (falso) 09. Havia jornais e revistas __________ pelo cho. (espalhado) 10. Encomendou dois ternos ___________. (azul-escuro) 11. Aliava sua simpatia a um lindssimo par de olhos ____________. (verde-mar) 12. Intensificaram-se as relaes ______________. (luso-brasileiro) 13. Eram vrios documentos e uma carta altamente _____________. (sigiloso) 14. Peo que torne ____________ a carta em que qualifiquei de ____________ aquelas nomeaes. (pblico e suspeito) 15. ___________ as testemunhas, o jri se reuniu para deliberar. (ouvido) 16. Nos grandes negcios, ____________ cautela. (necessrio) 17. A prudncia ____________ em qualquer atividade. (necessrio) 18. Considerava ____________ aquelas afirmaes. (inverdico) 19. Seus argumentos no pareciam ______________ para persuadi-lo. (suficiente) 20. As irms estavam sempre ___________. (s) 21. Decidiu-se que ficaria ____________ baronesa a posse das aes. (assegurado) 22. O confronto das testemunhas tornou __________ os erros do processo anterior. (visvel) 23. Precisamos de mais disposio e __________ preguia. (menos) 24. Portou-se com ___________ lealdade e coragem. (extremo) 25. Vestia camisa bordada e calas ____________. (rosa-choque) 26. As questes ___________ terminavam s vezes em longas guerras. (sino-japons) 27. Eles ___________ seriam os beneficirios. (prprio) 28. Pediu-me _________ dois lenos __________ para fazer um passe de mgica. (emprestado e cor-de-rosa) 29. Essas meninas so _________ a me. (tal qual) 30. Deu-lhe um beijo e um abrao____________. (apertado) 31. Julgam-se cultos, mas so apenas __________. (semialfabetizado)

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    32. Diante da sugesto do rapaz, ela sorriu ____________ e desconversou. (amarelo) 33. Eram rapazes _____________e vadios; os moradores do bairro consideravam-nos como _______.(intil e irrecupervel) 34. Vestia calas _____________e sapatos ____________. (marrom e gelo) 35. Recebeu da av duas blusas _________ e dois suteres ________ (azul-marinho e verde-azulado) 36. Tivemos que transpor ruas e um beco ________. (lamacento) 37. Seus sonhos renasciam _________ tinham sido sempre. (tal qual) 38. Enviou-me dois cheques e uma fatura _________. (manuscrito) 39. Diante das visitas, ele se comportou o pior _________, tornando __________ quaisquer concluses acerca de seu carter. (possvel e possvel) 40. Tendo em vista as regras de concordncia, assinale a opo em que qualquer uma das formas entre parnteses pode completar corretamente a lacuna do enunciado: a) olhos e cabeleira (negro/negros) b) pastel e empada (esborrachada/esborrachados) c) homens e mulheres (fantico/fanticas) d) massa e carne (estragada/estragados) e) ditos e zombaria (desnecessria/ desnecessrias) 41. Assinale a opo em que a concordncia nominal indicada entre parnteses no aceita pela norma culta: a) Aprecio a cultura e a histria...... . (europeia) b) Procure sempre comprar jornais e revistas .......(brasileiros) c) Esses meninos esto com os ps e as mos .......(sujas) d) Encontrei as cadeiras e o sof ....... (reformados) e) Essa professora contou-nos lendas e contos ....... (antigos) 42. Assinale a alternativa em que a palavra destacada constitui erro de concordncia: a) Ele caiu em contradies bastantes para comprometer todo o grupo. b) Com um pouco mais de sorte, meia quadrilha teria sido presa. c) Embora meio vagas, as informaes ajudaram bastante. d) Aps dizer muito obrigado, a secretria desligou o telefone. e) Sempre confiantes em si mesmas, recusaram toda oferta de ajuda. 43. Assinale a alternativa que contenha erro de concordncia. a) No bom para ningum boatos sobre mudanas na economia. b) intil, por enquanto, esses esclarecimentos prestados pela Receita Federal. c) No so claras as declaraes do Ministrio da Fazenda a respeito dos juros sobre compras a varejo. d) No permitido venda de bebida alcolica a menores. e) Para evitar intranquilidade, os jornais consideram que no era conveniente notcias mais detalhadas sobre a epidemia.

    ANOTAES:

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    Viso Geral sobre FLEXES VERBAIS Verbo: palavra que exprime ao, estado ou fenmeno e que se caracteriza por ser conjugada, isto , flexionar-se para indicar pessoa, nmero, tempo e modo. - Classificao:

    a) regular (amar ) b) irregular (trazer ) c) anmalo (ser )

    d) defectivo (falir ) e) abundante (aceitado-aceito)

    - Formas rizotnicas (slaba tnica no radical) CANT/O arrizotnicas (slaba tnica fora do radical) CANT/AMOS

    - Modos finitos: indicativo, subjuntivo, imperativo infinitos: infinitivo, gerndio e particpio

    Nas oraes, o verbo se apresenta como: a) forma simples: amei, viemos, saberei. b) tempo composto: auxiliar ter ou haver + o verbo principal no particpio: tinha amado, tem

    visto, terei dito. c) locuo verbal ou conjugao perifrstica: desejo saber, andam dizendo, comeou a chover.

    Conjugao verbal

    Tempos derivados do presente do indicativo 1) Formao do presente do subjuntivo

    Permuta-se a desinncia O da 1 pessoa do presente do indicativo por E nos verbos da 1 conjugao e por A nos verbos da 2 e da 3. canto que eu cante vendo que eu venda parto que eu parta Obs.: verbos que no fazem a 1 pessoa do singular do presente do indicativo em O e o verbo querer formam irregularmente o subjuntivo:

    dou d estou esteja vou v sei saiba sou seja hei haja quero queira

    2) Formao do imperativo O imperativo, quer afirmativo, quer negativo, igual s formas correspondentes do presente do subjuntivo, com exceo das 2as pessoas do imperativo afirmativo (Tu e Vs), que se formam pela

    supresso do S das mesmas pessoas do presente do indicativo.

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    MODO IMPERATIVO (indica um desejo, uma ordem, um apelo)

    PRESENTE INDICATIVO

    IMPERATIVO AFIRMATIVO

    PRESENTE SUBJUNTIVO

    IMPERATIVO NEGATIVO

    EU

    corro x corra x

    TU

    corres corre corras corras

    ELE (VOC)

    corre corra corra corra

    NS

    corremos corramos corramos corramos

    VS

    correis correi corrais corrais

    ELES (VOCS)

    correm corram corram corram

    Exerccios Texto para a questo 1 TERRVEL mas s contra as savas A partir de plantas como mamona, gergelim e virola, pesquisadores da UNESP e UFSCar elaboram inseticidas contra a sava-limo que no causem danos ao ambiente. jornal da UNESP julho/agosto de 1994, Ano X, n 86, pg. 16. 1. Observando com ateno o modo dos verbos que ocorrem nesse trecho, correto concluir que: I. A notcia d como certo que pesquisadores da UNESP-SP e da UFSCar-SP esto em busca de um inseticida que seja ao mesmo tempo letal contra a sava-limo e incuo para o meio ambiente. II. certo que j se encontrou, no Brasil, um inseticida inofensivo para o meio ambiente. III. Ainda no certo que inseticidas contra a sava-limo sejam inofensivos ao meio ambiente. (so) correto(s): a) Apenas I. b) Apenas II. c) I, II e III. d) Nenhum dos enunciados. e) Apenas I e III. 2. Preencha as lacunas com a alternativa adequada. I. preciso que ns ....... (renascer) II. ...... da luta todos ns. (desistir) III. possvel que novidades ...... (surgir) IV. Espero que vs no ...... sem mim. (ir) a) renascemos; desistamos; surgem; ides b) renasamos; desistimos; surjam; ides c) renascemos; desistam; surgem; ides d) renasamos; desistamos; surjam; vades e) renasamos; desistam; surjam; vades

    3. Conta Rubem Braga o conselho que um amigo lhe deu certa vez: Olhe, Rubem, faa como eu, no tope parada com a gramtica. Tratando Rubem por tu e respeitando o padro culto, o amigo deveria dizer: a) Olhai, Rubem, faz como eu, no enfrente a gramtica. b) Olhai, Rubem, faze como eu, no te vs atemorizar com a gramtica. c) Olha, Rubem, faas como eu, cuide de seguir a gramtica. d) Olhe, Rubem, faas como eu, evita fugir a gramtica. e) Olha, Rubem, faz como eu, no desafies a gramtica.

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    4. Na etiqueta de uma toalha Artex l-se o seguinte: Lavar antes de usar. Cores escuras sangram; lavar separadamente. No usar gua sanitria. Evitar amaciante em excesso. Secar imediatamente. No passar. A presena do infinitivo, em instrues de etiquetas e manuais explicativos, procedimento muito utilizado pelas indstrias, uma vez que, dirigindo-se a qualquer leitor, garante a atuao sobre esse leitor virtual. Leia atentamente o que est escrito abaixo: I. Se o autor se dirigisse a um ouvinte, tratando-o por tu, a etiqueta traria o seguinte: Lava antes de usar. Cores escuras sangram; lava separadamente. No usa gua sanitria. Evita amaciante em excesso. Seca imediatamente. No passa. II. Se o autor se dirigisse a um ouvinte, tratando-o por voc, o texto da etiqueta seria: Lave antes de usar. Cores escuras sangram; lave separadamente. No use gua sanitria. Evite amaciante em excesso. Seque imediatamente. No passe. III. Se a redao do texto fosse alterada, e o ouvinte fosse tratado por voc, uma proposta possvel seria: Antes de utilizar este produto, observe as seguintes recomendaes: lave-o antes de usar; lave-o separadamente, se ele for de cor escura; no use gua sanitria; evite o uso de amaciante em excesso; seque imediatamente; no passe este produto. Com relao aos textos acima, h adequao das formas verbais no imperativo norma escrita padro: a) em I e III. b) em I e II. c) em II e III. d) apenas em I. e) em todas as alternativas.

    5. Considere as seguintes afirmaes sobre a fala do soldado no ltimo quadrinho. I - A forma verbal e os sinais de exclamao indicam que o que o soldado est enunciando uma splica. II - No registro coloquial, em vez de mude poderia ter sido utilizada a forma muda. III - Se o soldado tratasse Deus por Tu, de acordo com o padro culto a forma verbal empregada deveria ser mudes. . IV - Se o soldado tratasse Deus por Vs, de acordo com o padro culto a forma verbal empregada deveria ser mudeis. Quais esto corretas? (A) Apenas I e II. (B) Apenas II e III. (C) Apenas III e IV. (D) Apenas II, III e IV. (E) I, II, III e IV.

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    Verbos - Curiosidades e Dificuldades - Os verbos terminados em iar so regulares,

    Avali o Avali amos

    AVALIAR Avali as Avali ais Avali a Avali am

    a no ser os 5 verbos que fazem parte da Turma do MRIO:

    MEDIAR ANSIAR REMEDIAR INCENDIAR ODIAR Esses verbos sofrem uma irregularidade nas formas rizotnicas (eu tu ele eles) do presente do indicativo: eu medeio tu anseias ele incendeia eles odeiam

    - Cuidado com o futuro do subjuntivo: Para no errar este tempo, conjugue o verbo na 3a. pessoa do plural do pretrito perfeito. A seguir, retire as duas letras finais: am. Eles tiveram Eles viram futuro do subjuntivo: Quando eu tiver. futuro do subjuntivo: Quando eu vir o filme.

    - Verbos derivados

    Normalmente, os verbos derivados seguem a mesma conjugao dos primitivos.

    Por isso, para conjugar intervir, convir, desavir-se, basta conjugar o verbo primitivo VIR

    manter, entreter, conter, reter, abster, basta conjugar o verbo primitivo TER propor, dispor, repor, antepor, basta conjugar o verbo primitivo POR satisfazer, refazer, desfazer, basta conjugar o verbo primitivo FAZER

    rever, antever, prever, basta conjugar o verbo primitivo VER reaver, basta conjugar o verbo primitivo HAVER Complete as frases com os verbos entre parnteses: 01. Ele ...........................na discusso. Eu no ...................... (intervir - pretrito perfeito) 02. Se eles ................................ a deciso, no haveria acordo. (manter) 03. As crianas se .............................com os brinquedos. (entreter-se - pretrito perfeito) 04. Se a proposta me ............................., faremos o acordo. (convir) 05. Quando eles ....................... o acordo, sero aplaudidos. (propor) 06. Se eu ............................ de tempo, irei visit-lo. (dispor)

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    07. Se eles .......................... todas as condies, sero contratados. (satisfazer) 08. Ainda bem que tu ............................. a tempo. (intervir - pretrito perfeito) 09. Os noivos se .............................. ontem tarde. (desavir-se) 10. Elas ..............................a confiana de todos. (reaver - pretrito perfeito) 11. Se te ........................ essas sugestes, .............................-as. (convir - futuro do subjuntivo e aceitar - imperativo) 12. Se ela ........................... o carro, desistir da ao. (reaver) 13. Se ela ........................... o carro, desistiria da ao. (reaver) 14. Quando eles ............................. os clculos, vero que est tudo em ordem. (refazer) 15. Se eles.............................. os clculos, veriam que est tudo em ordem. (refazer) 16. Se no te ................................., assinaremos o contrato. (opor) 17. Se no te ................................., assinaramos o contrato. (opor) 18. Se ......................... moa, ........................ com ela (ver - futuro do subjuntivo e falar - imperativo)

    - Verbos com duplo particpio (abundantes) Muitos verbos tm 2 particpios. O PARTICPIO REGULAR (-ADO, para verbos de 1 conjugao; IDO, para

    verbos de 2a. e 3a.) usado em locues verbais, depois dos verbos TER e HAVER. O PARTICPIO IRREGULAR usado depois dos verbos SER e ESTAR. Ele tinha completado o trabalho. O trabalho estava completo. Eles haviam suspendido o jogo. O jogo foi suspenso. Ele havia acendido o fogo. O fogo estava aceso.

    ANOTAES:

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    ANLISE SINTTICA DO PERODO SIMPLES

    Frase, Orao, Perodo A SINTAXE o estudo das regras que coordenam a combinao de palavras para construir

    frases. FRASE: um enunciado de sentido completo, a unidade mnima da comunicao. 1 s palavra: Fogo! Vrias palavras sem verbo: Que inocncia, que aurora, que alegria! Vrias palavras com verbo: Saberemos chegar ao nosso destino.

    ORAO: frase, ou pedao de frase, que contm um verbo.

    ANLISE SINTTICA DO PERODO SIMPLES

    Para melhor compreender os padres oracionais preciso perceber a existncia de 4 posies

    bsicas ou 4 casas sintticas: 1- SUJEITO 2- VERBO 3- COMPLEMENTOS 4- ADJUNTOS ADVERBIAIS

    (verbais e nominais, (no influi no padro frasal, s enfeita) incluindo-se o predicativo) O aluno est lendo a histria com muita ateno. O menino um gnio. O aluno respeita o professor. Este carro custa uma fortuna. O filho obedece ao pai sem contestao. Algum entrou no quarto. Era meia-noite. Houve problemas na festa.

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    SUJEITO E PREDICADO Sujeito: termo sobre o qual recai a afirmao do predicado. Predicado: termo que projeta uma afirmao sobre o sujeito. Exemplo:

    TIPOS DE SUJEITO 1) DETERMINADO

    Existe um elemento ao qual o predicado se refere; pode-se saber quem esse elemento. Exemplo: Gato detesta gua fria. a- Sujeito Simples: O que tem um s ncleo. Exemplo:

    Os garons serviam salgadinhos. b- Sujeito Composto: O que tem mais de um ncleo. Exemplo:

    O padre e o juiz trocavam gentilezas. Obs.: Muitas vezes o sujeito no precisa vir explcito na orao, porque a terminao do verbo ou o contexto permitem identific-lo. Nesses casos, a tradio gramatical costuma cham-lo de

    c- sujeito oculto, implcito na desinncia verbal ou elptico.

    Estamos preparados para o futuro. (sujeito NS) Chegaste cedo ontem? (sujeito TU)

    2) INDETERMINADO

    Existe um elemento ao qual o predicado se refere; no se pode saber quem esse elemento. H duas maneiras de indeterminar o sujeito de uma orao: a) verbo na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado

    anteriormente. Exemplo: Ontem roubaram meu carro. Procuraram o ladro incansavelmente. Na noite anterior, assaltaram o bar da escola.

    b) verbo acompanhado do pronome SE, desde que o verbo no apresente objeto direto (so os intransitivos, trans. indiretos e de ligao). Vive-se melhor no campo.

    Precisa-se de professores de portugus.

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    3) INEXISTENTE

    Ocorre quando simplesmente no existe um elemento ao qual o predicado se refere. a) Anoitece mais cedo no inverno.

    Choveu pouco no ltimo ms. Nestes casos no h sujeito porque h verbos impessoais que representam fenmenos da natureza.

    b) Est tarde demais. Faz muito frio na Europa.

    H meses no vejo tua irm. Neste segundo grupo, exemplos da impessoalidade dos verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam ideia de tempo ou fenmeno natural.

    c) Deve haver muitos interessados no produto. H boas razes para suspeitarmos dele.

    Neste terceiro grupo, exemplos de verbo haver no sentido de existir ou acontecer.

    Exerccios 1. Leia o que preceitua Celso Cunha sobre o sujeito indeterminado: Algumas vezes o verbo no se refere a uma pessoa determinada, ou por se desconhecer quem executa a ao, ou por no haver interesse no seu conhecimento. Dizemos, ento, que o SUJEITO INDETERMINADO. (Nova Gramtica do Portugus Contemporneo) Observe, agora, o trecho a seguir: Chegaram alguns homens e levaram o nosso pai e a nossa me. Alegaram problemas de segurana nacional. A partir daquele dia, () ficamos rfos de pais vivos. Dizem que a esperana a ltima que morre. Acho que, para ns, foi a primeira a se ausentar. (L. C. Oliveira) Segundo o que preceitua Celso Cunha, o sujeito indeterminado, no trecho dado, na orao construda com a forma verbal: a) chegaram b) alegaram c) levaram d) ficamos e) dizem 2. Classifique o sujeito dos verbos destacados, de acordo com o seguinte cdigo: A) sujeito determinado simples; B) sujeito determinado composto; C) sujeito indeterminado; D) sujeito inexistente; E) sujeito determinado implcito na desinncia verbal. I. ( ) No fundo da mala havia uns nmeros velhos de almanaques e revistas. (Guimares Rosa) II. ( ) A crie e os preos dos dentistas destroem a boca do brasileiro. (Isto) III. ( ) corriam dela umas mulheres, que andavam buscando lenha. (Guimares Rosa) IV. ( ) Chamam a rosa de rainha das flores. V. ( ) () Jamais sofri do complexo de dipo, graas a Deus. (Mrio de Andrade)

    3. Algumas dessas lnguas so estruturalmente bastante sofisticadas: o Kamaiur possui declinaes, como o latim, para marcar a funo da palavra na frase (sujeito, objeto direto, etc.). Tambm se expressa atravs de um sistema de declinaes o grau de certeza do falante quanto ao assunto de que se fala. O ncleo do sujeito de "se expressa" a) Kamaiur. b) sistema. c) grau. d) certeza. e) assunto.

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    Os sonhos so de fato mensagens, concordava Freud, mas no as esperadas pelo pblico em geral. No revelam seu sentido pelo mtodo corrente de atribuir a cada detalhe do sonho uma significao simblica, nica e definida, nem possvel l-los como um criptograma a ser decifrado por meio de uma chave ingnua Freud declarou a inutilidade de ambos os procedimentos populares. Ao invs deles, recomendava o mtodo catrtico: o sonhador deve empregar a associao livre, renunciando sua costumeira crtica racional aos meandros mentais, para reconhecer o sonho pelo que ele : um sistema. 4. Assinale a alternativa que identifica corretamente os sujeitos de "revelam" (linha 03), "renunciando" (linha 10) e "reconhecer" (linha 12), respectivamente. a) os sonhos - o sonhador - o sonhador b) mensagens - o sonhador - sua costumeira crtica racional c) os sonhos - a associao livre - o sonhador. d) as mensagens - a associao livre o sonhador. e) os sonhos - o sonhador - sua costumeira crtica racional. Como se explica que, apesar de seu lgubre estalinismo, Che Guevara tenha adquirido uma aura romntica que ofusca a de qualquer outro heri do sculo 20. Essa aura romntica comeou a se formar quando, abandonando uma prestigiosa posio no regime cubano, se internou no Congo para lutar contra uma corrupta e sanguinria ditadura colonialista. E tornou-se legendria em decorrncia de sua trgica aventura na Bolvia. Che Guevara morreu antes de suas ideias e, graas a isso, no s escapou do eclipse histrico, como se transformou num dos smbolos e cones da nossa poca. Seus mtodos eram autoritrios, sua base terica, extremamente superficial, e o seu projeto econmico-social fracassou miseravelmente. 5. Considere as seguintes formas verbais do texto: 1. ofusca (l.03) 2. comeou (l.05) 3. se internou (l.07) 4. tornou-se (l.08/09) 5. escapou (l.12) 6. fracassou (l.16) Quais delas tm como sujeito - expresso ou subentendido - "Che Guevara"? a) Apenas 1 e 3 b) Apenas 2 e 4 c) Apenas 3 e 5 d) Apenas 4 e 6 e) Apenas 5 e 6

    FUNES DO PRONOME SE

    1. PRONOME APASSIVADOR

    S ocorre quando na frase se do as seguintes condies:

    verbo transitivo direto na 3 pessoa; pronome se; possvel a transformao para a voz passiva analtica. Exemplo: No se encontraram respostas.

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    Transformao:

    Respostas no foram encontradas. Nesse caso: o pronome se apassivador; a frase est na voz passiva sinttica; o sujeito respostas. Observao

    Quando o se apassivador, h sempre na orao um sujeito expresso, com o qual o verbo deve concordar. Exemplo: Ouviu-se um grito. Ouviram-se uns gritos.

    2. NDICE DE INDETERMINAO DO SUJEITO

    Ocorre numa estrutura como esta:

    verbo intransitivo, transitivo indireto ou de ligao; pronome se; no possvel transformar a frase para a voz passiva analtica. Exemplo: Suspeitava-se do governador. Nesse caso, no possvel a transformao para a voz passiva analtica:

    Nesse exemplo: o se ndice de indeterminao do sujeito; o sujeito indeterminado; a frase est na voz ativa; do governador objeto indireto. Observao

    Quando o se funciona como ndice de indeterminao do sujeito, o verbo fica obrigatoriamente na 3 pessoa do singular. Exemplo: Suspeitou-se dos governadores.

    3. PRONOME REFLEXIVO

    O se funciona como pronome reflexivo quando um anafrico que tem como referncia o sujeito da orao.

    Exemplo:

    Pode funcionar sintaticamente como: objeto direto quando complemento de um verbo que no exige obrigatoriamente preposio. Exemplo: O candidato escondeu-se atrs do palanque. objeto indireto quando complemento de um verbo que exige preposio obrigatria. Exemplo: Ela se deu um presente caro.

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    Observao: no papel de reflexivo, o pronome se pode ser permutado por a si mesmo/ a si

    prprio com o mesmo sentido.

    Exerccios Texto para a questo 1 Cmara Municipal: Aqui se fazem leis aqui se fazem tramas aqui se fazem discursos aqui se cobra imposto aqui se paga multa aqui se julgam rus aqui se guardam presos ensardinhados em cubculos. Os presos fazem gaiolas para que tambm os pssaros fiquem presos dentro e fora dos cubculos musicalando a vida. (Carlos Drummond de Andrade, Poesia e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 1992. p. 594.) 1. Assinale a alternativa ERRADA: a) Em todos os versos em que aparece, o pronome se est funcionando como partcula apassivadora. b) Em todos os versos em que aparece o pronome se, h um sujeito determinado. c) Aqui se guardam presos equivale a presos so guardados aqui. d) Na fala popular do Brasil, em vez de aqui se guardam presos, usa-se aqui se guarda presos. e) Na lngua culta escrita, na frase aqui se cobra imposto, o verbo ficaria no singular mesmo que impostos ocorresse no plural. 2. Assinale a alternativa em que a palavra se tem a mesma funo que na frase abaixo: No se espera uma soluo imediata para os problemas da educao. a) No se vive bem com um salrio mnimo. b) Precisa-se de tecnologia estrangeira na telefonia celular. c) Fortaleceu-se o mercado de capitais com as privatizaes. d) No se gosta de solues precipitadas. e) Cada vez mais se reclama dos produtos de consumo. 3. Instruo: A questo 3 est relacionada ao seguinte anncio de jornal:

    No corpo do anncio, a expresso Vende-se 3 lojas bem montadas a) apresenta problema de concordncia verbal. Deveria ocorrer na forma Vendem-se porque se ndice de indeterminao do sujeito, e lojas o sujeito paciente. b) no apresenta problema de concordncia verbal, porque se ndice de indeterminao do sujeito, e lojas o objeto direto. c) Apresenta problema de concordncia verbal. Deveria ocorrer na forma Vendem-se porque se partcula apassivadora, e lojas o sujeito paciente. d) no apresenta problema de concordncia verbal, porque se partcula apassivadora, e lojas o sujeito paciente. e) apresenta problema de concordncia verbal. Deveria ocorrer na forma Vendem-se porque se pronome reflexivo com funo sinttica de objeto indireto, e lojas o objeto direto.

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    TERMOS ASSOCIADOS AO VERBO

    OBJETO DIRETO sempre associado a verbo; sem preposio obrigatria; indica o alvo, o elemento sobre o qual recai a ao verbal.

    OBJETO INDIRETO sempre associado a verbo; por meio de preposio obrigatria; indica o alvo ou o destinatrio da ao verbal.

    ADJUNTO ADVERBIAL associado a verbo; com ou sem preposio; indica a circunstncia em que se desenrola a ao verbal.

    Obs: O adjunto adverbial pode modificar, tambm, o adjetivo e o prprio advrbio.

    AGENTE DA VOZ PASSIVA sempre associado a verbo passivo; sempre iniciada por preposio; indica o agente, o executor da ao verbal, quando a orao est na voz passiva.

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    Exerccios 1. Analise os termos destacados nas frases que seguem, de acordo com o cdigo: A) objeto direto B) objeto indireto I. ( ) O churrasqueiro temperou a carne com sal grosso apenas. II. ( ) Os cidados, muitas vezes, discordam dos seus representantes. III. ( ) O decreto concede aos funcionrios um reajuste acima do esperado. IV. ( ) O presidente enviou a Proposta de Emenda Constitucional ao Congresso. V. ( ) Nada de esportes radicais! Exerccios fsicos moderados nos convm mais. 2. Analise sintaticamente os termos destacados, usando o cdigo proposto: A) objeto direto B) objeto indireto C) objeto direto preposicionado I. ( ) Aos convidados entregaram a programao do ano todo. II. ( ) Aos convidados todos os atores receberam em seus camarins. III. ( ) Mulher que a dois ama, a ambos engana. IV. ( ) A um bom maestro todos os msicos respeitam. V. ( ) Bons jantares nenhum hspede recusa. 3. Observe a frase: A meta do governo produzir mais. Como se v, o verbo produzir transitivo direto e no vem acompanhado de nenhum objeto. Esse apagamento do objeto: a) restringe a extenso do significado do verbo. b) amplia a extenso do significado do verbo, associando-o a qualquer tipo de produo. c) deixa implcito um objeto direto particularizado. d) altera o sentido do verbo produzir, associando-o ideia de aumentar a eficincia da agricultura. e) faz com que a frase fique sem possibilidade de ser interpretada. 4. Num famoso hospital de So Paulo, lia-se o seguinte aviso na seo de radiologia: Telefone celular possibilita interferncia nos aparelhos radiolgicos. Desligue-o, por favor. Sobre esse aviso, pode-se dizer que: I. Em vez de possibilita, a melhor escolha seria acarreta, ou provoca; II. O verbo possibilitar no admite como objeto um termo de sentido negativo. III. normal em Portugus dizer: A cirurgia possibilitou cura total do paciente; mas no se diz A cirurgia possibilitou dores agudas no abdmen. (so) correto(s) a) apenas I b) apenas II c) apenas III d) apenas I e III e) I, II e III. 5. Observe nos enunciados que seguem o verbo pegar e seus acompanhantes. I- O motoqueiro pegou o capacete e sumiu. II- Com o inverno, o povo pega gripe. Em I, o sujeito agente e o verbo significa apanhar com a mo, agarrar. Em II, o sujeito um paciente afetado e o verbo significa contaminar-se. O mesmo verbo empregado num conto de Guimares Rosa (Desenredo), em que o narrador fala de um personagem (J Joaquim) que era correto, pacato e tinha tudo para no sair das regras. Um dia, porm, apaixonou-se e, a partir da, passou a tomar atitudes completamente inexplicveis. Para narrar o incio da paixo por uma mulher casada, o narrador se serve da escolha do ms de maio (o ms dos casamentos) e explora uma construo pouco usual com o verbo pegar. Era infinitamente maio e J Joaquim pegou o amor. Assinale a alternativa que contm uma afirmao incorreta sobre a frase citada: a) Ao afirmar era infinitamente maio, o narrador sugere que o encantamento prprio do ms de maio envolveu os dois amantes.

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    b) O verbo pegar, nesse contexto, tem o sentido de contaminar-se, deixar-se afetar e seu sujeito (J Joaquim) est indicando o paciente afetado. c) O objeto do verbo pegar, nesse caso, o amor e est indicando o provocador da ao indicada pelo verbo. d) Essa maneira de construir o enunciado uma forma de interpretar a paixo como algo que foge do controle daquele que se apaixona. e) O verbo pegar, nesse contexto, est sem sentido literal e quer dizer que o seu sujeito agarrou o amor como se fosse uma realidade concreta. 6. O adjunto adverbial, ao agregar certas circunstncias ao verbo, interfere profundamente no significado global da frase. Prova disso que, conforme a circunstncia indicada pelo adjunto adverbial, o contedo de uma frase pode ser favorvel ou desfavorvel, agressivo ou polido. Observe as trs frases que seguem: I. Por excesso de velocidade, o veculo atropelou dois pedestres na calada. II. Entregue, por obsquio, este recado ao gerente o quanto antes possvel. III. Entregue, pelo amor de Deus, este recado ao gerente, sem moleza. Sobre eles, s no correto um dos comentrios a seguir: a) Em I, os dois adjuntos