Apostila Brigada de Incendio - Ok

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Curso de Formação de Brigadista

A Brigada de Incêndio é basicamente um grupo organizado de pessoasque são especialmente capacitadas para que possam atuar numa área

previamente estabelecida, na prevenção, abandono e combate a um princípio de incêndio, e que também estejam aptas a prestar os primeirossocorros a possíveis vítimas.

1. O Brigadista e suas funçõesOs brigadistas devem ser pessoas da própria empresa, gozar de boa

saúde, boa condição física e conhecer as instalações. Deve ser treinado para

ser capaz de identificar situações de emergência, acionar alarme e corpo debombeiros, cortar energia quando necessário, realizar primeiros socorros,controlar pânico, guiar a saída das pessoas para abandono da área,combater princípios de incêndio.

Exemplos de organograma de brigada de incêndio

1.1 Procedimentos em caso de emergência

▪ Análise da situaçãoApós o alerta, a brigada deve analisar a situação, desde o início até o

final do sinistro; havendo necessidade, acionar o Corpo de Bombeiros eapoio externo, e desencadear os procedimentos necessários, que podem ser

priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com o número debrigadistas e os recursos disponíveis no local.

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▪ Primeiros socorros Prestar primeiros socorros às possíveis vítimas, mantendo ou

restabelecendo suas funções vitais com SBV (Suporte Básico da Vida) eRCP (Reanimação Cardiopulmonar) até que se obtenha o socorro

especializado.▪ Corte de energia

Cortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica dosequipamentos, da área ou geral.▪ Abandono de área

Proceder ao abandono da área parcial ou total, quando necessário,conforme comunicação preestabelecida, removendo para local seguro, auma distância mínima de 100 m do local do sinistro, permanecendo até a

definição final.▪ Confinamento do sinistro

Evitar a propagação do sinistro e suas conseqüências.▪ Isolamento da área

Isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir os trabalhos deemergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.▪ Extinção

Eliminar o sinistro, restabelecendo a normalidade.

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1.2 Equipamentos de Detecção e Alarme

Alarme Caixinhas de cor vermelha, instaladas em diversos locais e que, ao

serem acionadas, disparam um alarme no local e na Central de Segurança,avisando o sinistro.

SireneÉ fixada sobre o alarme. Quando acionada, emite um som

característico e pisca intermitentemente.

Dispositivo de detecção 

Instalados no teto. Quando na presença de fumaça ou calor, avisamautomaticamente á Central de Segurança.

Acessórios: Detectores de fumaça, detectores manuais (alarmes), sirene.

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2. Prevenção e Combate a Incêndios

■ Introdução

O efetivo controle e extinção de um incêndio requerem umentendimento da natureza química e física do fogo. Isso inclui informaçõessobre fontes de calor, composição e características dos combustíveis e ascondições necessárias para a combustão.Combustão é uma reação química de oxidação, auto-sustentável, comliberação de luz, calor, fumaça e gases.Para efeito didático, adota-se o triangulo do fogo para exemplificar eexplicar a combustão, atribuindo-se, a cada face, um dos elementosessenciais da combustão.

Triângulo do Fogo

Os três elementos são:

→ Calor 

→ Comburente (Oxigênio)

→ Combustível

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2.1 Calor 

Forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação deoutra energia, através de processo físico ou químico. 

Pode ser descrito como uma condição da matéria em movimento, isto é,movimentação ou vibração das moléculas que compõem a matéria. Asmoléculas estão constantemente em movimento. Quando um corpo éaquecido, a velocidade das moléculas aumenta e o calor (demonstrado pelavariação da temperatura) também aumenta.

O calor é gerado pela transformação de outras formas de energia, quaissejam:

Energia química: a quantidade de calor gerado pelo processo decombustão;Energia elétrica: o calor gerado pela passagem de eletricidade através de

um condutor, como um fio elétrico ou um aparelho eletrodoméstico;Energia mecânica: o calor gerado pelo atrito de dois corpos;Energia nuclear: o calor gerado pela fissão(quebra)do núcleo de átomo.

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→ Propagação do Calor O calor pode se propagar de três diferentes maneiras: condução,

convecção e irradiação. Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o caloré transferido de objetos com temperatura mais alta para aqueles comtemperatura mais baixa. O mais frio de dois objetos absorverá calor até queesteja com a mesma quantidade de energia do outro.

■ Condução 

Condução é a transferência de calor através de um corpo sólido demolécula a molécula, Colocando-se, por exemplo, a extremidade de uma

barra de ferro próxima a uma fonte de calor, as moléculas destaextremidade absorverão calor; elas vibrarão mais vigorosamente e sechocarão com as moléculas vizinhas, transferindo-lhes calor. Essasmoléculas vizinhas, por sua vez, passarão adiante a energia calorífica, demodo que o calor será conduzido ao longo da barra para a extremidade fria.Na condução, o calor passa de molécula a molécula, mas nenhumamolécula é transportada com o calor, quando dois ou mais corpos estão emcontato, o calor é conduzido através deles como se fossem um só corpo.

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■ Convecção 

É a transferência de calor pelo movimento ascendente de massas degases ou de líquidos dentro de si próprios. Em incêndio de edifícios, essa éa principal forma de propagação de calor para andares superiores, quandoos gases aquecidos encontram caminho através de escadas, poços deelevadores, etc.

■ Irradiação 

É a transmissão de calor por ondas de energia calorífica que sedeslocam através do espaço. As ondas de calor propagam-se em todas asdireções, e a intensidade com que os corpos são atingidos aumenta oudiminui à medida que estão mais próximos ou mais afastados da fonte decalor.

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2.2 Combustível

É toda a substância capaz de queimar e alimentar a combustão. É oelemento que serve de campo de propagação ao fogo.Os combustíveis

podem ser sólidos, líquidos ou gasosos. 

Sólidos Líquidos Gasosos

■ Combustíveis Sólidos Queimam em superfície e profundidade e deixam resíduos sólidos após

a queima (cinzas).Ex: papel, madeira, tecido, etc. 

■ Combustíveis Líquidos Queimam apenas em superfície.

Ex: gasolina, álcool, tintas, etc.Os líquidos assumem a forma do recipiente que os contem. Sederramados, os líquidos tomam a forma do piso, fluem e se acumulam naspartes mais baixas.

■ Combustíveis Gasosos Os gases não têm voluma definido tendendo, rapidamente, a ocupar o

recipiente onde esta contido, seguem a direção do vento. Para queimar, hánecessidade de que esteja em uma mistura ideal com ar atmosférico.Ex:GLP ,GNV, etc.

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2.3 Comburente (oxigênio) 

É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão.

O mais comum é que o oxigênio desempenhe esse papel.A atmosfera é composta por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e1% de outros gases. Em ambientes com a composição normal do ar, aqueima desenvolve-se com velocidade e de maneira completa. Notam-sechamas. Contudo, a combustão consome o oxigênio do ar num processocontínuo. Quando a porcentagem do oxigênio do ar do ambiente passa de21% para a faixa compreendida entre 16% e 8%, a queima torna-se maislenta, notam-se brasas e não mais chamas. Quando o oxigênio contido no ar

do ambiente atinge concentração menor que 8%, não há combustão.

O2

2.5 Métodos de Extinção do Fogo Os métodos de extinção do fogo baseiam-se na eliminação de um ou

mais dos elementos essenciais que provocam o fogo.

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■ Retirada do Material É a forma mais simples de se extinguir um incêndio. Baseia-se na

retirada do material combustível, ainda não atingido, da área de propagaçãodo fogo, interrompendo a alimentação da combustão. 

■ Resfriamento É o método mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do

material combustível que está queimando, diminuindo, conseqüentemente,

a liberação de gases ou vapores inflamáveis. 

■ Abafamento Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material

combustível.

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2.6 Classes de incêndio

■ Classe “A” Materiais Sólidos 

São aqueles cujo combustível queima emsuperfície e profundidade, deixando resíduossólidos após a queima (cinzas). São os maisfreqüentes, e por queimarem em profundidade,requerem um rescaldo bastante cuidadoso.Como exemplos, poderíamos citar os combustíveissólidos (madeira, papel, palha, tecido, etc.).

■ Classe “B” Líquidos e Gases Inflamáveis 

São aqueles que queimam apenas emsuperfície, como por exemplo, os líquidosinflamáveis (gasolina, álcool, querosene, óleodiesel, tintas, etc.), os gases inflamáveis (acetileno,gás liquefeito de petróleo - GLP, etc.) e os colóides(combustíveis pastosos, como graxas, etc.). 

■ Classe “C” Elétricos Energizados São os incêndios que ocorrem em aparelhos

elétricos energizados. Estes incêndios, após serretirado o agente energizador, podem ser combatidoscomo outra classe de incêndio (geralmente classe―A‖). Todavia, devemos ter cuidado com aparelhos

que possuem acumuladores (capacitores e aparelhosde TV, por exemplo), que mesmo após desligados

continuam energizados.

■ Classe “D” Metais Pirofóricos São aqueles que ocorrem em ligas metálicas

combustíveis (metais pirofóricos). Para tais incêndiosse faz necessária a utilização de agentes extintoresespecíficos. Como exemplos de combustíveisencontrados em incêndios desta classe podemos citar:

as ligas de magnésio, sódio, potássio, zinco, alumínioem pó e outros.

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2.7 Agentes ExtintoresSão substâncias empregadas para extinguir a combustão. Existem

inúmeros agentes extintores, sendo os mais empregados os de mais baixocusto, facilidade de obtenção e bom rendimento operacional.

  Água - É o agente extintor universal, sendo o de mais fácil obtenção,mais baixo custo e de maior rendimento operacional.

  Espuma - É um aglomerado de partículas de solução aquosa debaixa densidade. Atua por abafamento e é indicada para líquidosinflamáveis.

  Pó Químico Seco (PQS) - É uma mistura de pós micropulverizadosconstituídos basicamente, de bicarbonato de sódio ou bicarbonato de

potássio.  Gás Carbônico (CO2) - É um gás incolor, inodoro (sem cheiro),

não tóxico e não condutor de eletricidade.

2.8 Extintores de incêndioSão aparelhos portáteis ou carregáveis que servem para extinguir

princípios de incêndios. De um modo geral os extintores são constituídospor um recipiente de metal contendo um agente extintor. Os extintores

portáteis mais comuns são os seguintes:

  Espuma Química  Espuma Mecânica  Água Pressurizada o Água a Pressurizar  Gás Carbônico  PQS Pressurizado  PQS a Pressurizar 

UTILIZAÇÃO DO EXTINTOR DE INCÊNDIO

IDENTIFICAR O TIPO DE INCÊNDIO E LANÇARMÃO DO EXTINTOR ADEQUADO.

PRSL  

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■ EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA

Capacidade: 10 litrosAplicação: Classe A

Alcance do jato: 10 metroTempo de descarga: 60 segundosMétodo de Extinção: Resfriamento

■ EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA 

Capacidade: 09 litros

Aplicação: Classes A e BAlcance do jato: 05 metrosTempo de descarga: 60 segundosMétodo de Extinção:Abafamento Resfriamento 

■ EXTINTOR DE CO2

Capacidade: 2, 4, e 6 kgAplicação: Classes B e CAlcance do jato: 2,5 metrosTempo de descarga: 25 segundosMétodo de Extinção: Abafamento Resfriamento 

■EXTINTOR DE PQS

Capacidade:1, 2, 4, 6, 8, 12 KgAplicação: Classes B, C e DAlcance do jato: 05 metrosTempo de descarga: 15 a 30 segundosMétodo de Extinção: Abafamento 

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2.9 Mangueira de Incêndio

É o equipamento de combate a incêndio, constituído de um duto

flexível dotado de juntas de união, destinado a conduzir água sob pressão.O revestimento interno do duto é um tubo de borracha que impermeabilizaa mangueira, evitando que a água saia do seu interior. É vulcanizada emuma capa de fibra. A capa do duto flexível é uma lona, confeccionada defibras naturais ou sintéticas, que permite à mangueira suportar alta pressãode trabalho, tração e as difíceis condições do serviço de combate aincêndio.

Juntas de união são peças metálicas, fixadas nas extremidades dasmangueiras, que servem para unir lances entre si ou ligá-los a outrosequipamentos hidráulicos, após serem feitos os encaixes.

Quanto ao DiâmetroAs mangueiras classificam-se também quanto ao seu

diâmetro, sendo normalmente utilizadas pelo Corpo deBombeiros as de 38, 63, 75 e 100mm. 

Quanto ao Comprimento

As mangueiras se apresentam com 15 e 30 metros de

comprimento. 

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■ Formas de Acondicionar Mangueiras

São maneiras de dispor as mangueiras, em função da sua utilização: 

● Em espiral: própria para o armazenamento, devido ao fato de apresentaruma dobra suave, que provoca pouco desgaste no duto. Usodesaconselhável em operações de incêndio, tendo em vista a demora aoestendê-la e a inconveniência de lançá-la, o que pode causar avarias na

 junta de união. 

●Aduchada: é de fácil manuseio, tanto no combate a incêndio, como notransporte. O desgaste do duto é pequeno por terapenas uma dobra.

●Em ziguezague: Acondicionamento própriopara uso de linhas prontas, na parte superior daviatura (em compartimentos específicos). O desgaste do duto é maiordevido ao número de dobras.

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3.PRIMEIROS SOCORROS – (APH)

Conceito De Primeiros SocorrosPrimeiros Socorros é o tratamento imediato e provisório ministrado

a uma vítima de trauma ou doença, fora do ambiente hospitalar, com oobjetivo de prioritariamente evitar o agravamento das lesões ou até mesmoa morte e estende-se até que a vítima esteja sob cuidados médicos. 

Socorrista:É aquele que está habituado a prática de primeiros socorros, o que

Implica na aquisição de conhecimentos básicos e espírito de solidariedadehumana.

Qualidade do Socorrista:Improvisação CompreensãoSegurança PaciênciaLiderança ComunicaçãoRapidez ExperiênciaBom Senso PersistênciaFirmeza Tolerância

▪ Etapas Básicas Do Socorrismo Toda vez que um socorrista realizar um atendimento, ele levará em

consideração dois fatores iniciais:1 - Está consciente ou não? Vítima consciente já demonstra estar viva.2 – É evento clínico ou traumático? Em princípio, os eventos clínicos nospermitem maior liberdade de manipulação das vítimas.

→Análise da cena • cuidados com a segurança do profissional (prioridade)• observação • sinalização →Análise da cena - Abordagem da vítima• verificação da responsividade – pode ser realizada a distância.Procuramos perceber as manifestações da vítima.• checagem dos sinais vitais – só pode ser realizada em contato com a

vítima.

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3.1 Análise Primária 

→Abordagem da vítima Se for na maca, colocamos ambas as mãos nos ombros da vítima e falamoscom ele. Se for no chão, apoiamos um joelho e colocamos ambas as mãosnos ombros da vítima.Sinais - são os indicativos que obtemos sem auxílio da vítima.Sintomas - são os indicativos que obtemos com auxílio da vítima.

▪ SINAIS VITAIS - –  formas de checagem: “"VER / OUVIR /

SENTIR" . respiração – geralmente usa-se o dorso da mão para sentir.. pulso – carotídeo (em adultos e crianças) / braquial (em bebês).

. pressão arterial – precisa-se de instrumental específico.. temperatura – precisa-se de instrumental específico.

Obs. Checando respiração: Em lactentes não fazemos hiperextensãocervical.ROTEIRO DE PRIORIDADES NO ATENDIMENTO A -  abertura das vias aéreas com controle cervicalB - boa ventilaçãoC -  controle hemodinâmico (circulação / controle das hemorragias)

D -  déficit neurológico

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* toda vítima de trauma possui lesão cervical até provar o contrário!* o estado de uma vítima é inversamente proporcional ao número deinformações obtidas pelo socorrista.* não se administra nada via oral para vítimas inconscientes!

A = Vias aéreas com controle cervical. Se a vítima não responde (está Inconsciente) verifique se está

respirando.Na vítima inconsciente a queda da língua contra a faringe é causa

freqüente de obstrução de vias aéreas. Essa situação prejudica a passagemde ar, consequentemente, impede a respiração.

Sangue, vômitos, corpos estranhos, também podem ser causas deobstrução de vias aéreas.

É imperativo manter a permeabilidade das vias aéreas para garantir aoxigenação do sangue

.- Empuxo mandibular (Repare na posição do polegar e indicador)

▪ Manobra de Heimlich Também conhecida como ―compressões abdominais‖. Destinada às

obstruções causadas por corpos estranhos sólidos. Em crianças e adultos érealizada no epigástrio. Em gestantes e lactentes, essa manobra é realizada

no tórax, sobre o esterno, sendo entre os seios na gestante e na linhamamilar com os dedos indicador e médio nos lactentes.

Adulto Gestante lactentes

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B = Respiração. 

Atenção na abordagem da vítima checamos primeiro a respiração.Em caso de ausência, realizamos duas insuflações.

Só então checamos o pulso. Se ausente também, combinamos commassagens cardíacas!Ventilação boca-a-boca (Pode ser boca-nariz, Em lactentes é boca-aboca/nariz.)Ventilação boca-máscara (Duas mãos fixando a máscara)Ventilação ambú-máscara (Duas mãos fixando a máscara)Ventilação ambú-tubo (Em lactente)

Reanimação Cardiopulmonar (Rcp)Em crianças e adultos é realizada sobre o terço inferior do esterno,

utilizando-se ambas as mãos apoiando apenas a região tênar e com oscotovelos estendidos. Em lactentes, essa manobra é realizada com os dedosmédio e anelar sobre o esterno, abaixo da linha mamilar. Nas gestantes, aexecução é como nos adultos, porém é importante e tração do úterogravídico para a esquerda, objetivando a descompressão da veia cavainferior.

Pode ser feito a Massagem cardíaca sobre a maca ou a Massagem cardíacano chão.· Parada Respiratória (P.R.) - Interrupção Brusca Da Função Pulmonar· parada cardiorrespiratória (p.c.r.) - suspensão imediata das funçõespulmonar e cardíaca.

*Importante Não há parada somente cardíaca, pois essa situação é impossível de

ocorrer. Parando o coração, imediatamente ocorrerá parada da função

pulmonar, ou seja, parada cardiorrespiratória.

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* Checagem da respiração (qualquer vítima) - vias aéreas* Checagem do pulso (vítima infantil e adulta) - no carotídeo* Inicia-se a manobra de rcp sempre pela insuflação!!

 Em adultos (de 8 anos em diante) • 1 ou 2 executantes – preferencialmente com 1.2 ventilações X 30 massagens cardíacas

 Em crianças (de 1 até 8 anos)

• 1 ou 2 executantes 2 ventilações X 30 massagens cardíacas

 RCP em crianças e adultos1 - checando a respiração - Realizando hiperextensão cervicalA checagem da respiração inicialmente é realizada sem a hiperextensão.Caso não seja constatado movimento ventilatório, fazemos a hiperextensãoda cabeça para verificar se a ausência da respiração é devida à queda dalíngua no oro-faringe.2 – ventilando- Preferencialmente boca-a-boca, mas pode ser boca-nariz.3 – checando o pulso - Carotídeo (com os dedos indicadores e médios).

4 – massageando - No terço inferior do esterno, apoiando a região tênar.

 Em lactentes (de 0 até 1 ano)

• 1 executante 2 ventilações X 30 massagens cardíacas

 RCP em lactentes

1 – checando a responsividade (Tocando o bebê)

2 – checando a respiração (sem hiperextensão)3 – insuflando - Boca-a-boca/nariz (sem hiperextensão)4 – checando o pulso(Braquial)5 – massageando (Dois dedos na linha mamilar)6 – ventilando e massageando

- checagem da respiração (em qualquer vítima). vias aéreas- checagem do pulso (em crianças e adultos) . carotídeo

- checagem do pulso (em bebes) . braquial- Iniciamos a manobra de RCP sempre pelas ventilações!!

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C = Circulação.Estando a vítima consciente, verifique inicialmente o pulso radial, se estenão for percebido, então tente palpar o pulso carotídeo ou femoral. Emvítimas

inconscientes, verifique o pulso carotídeo do lado da vítima que você seencontra.Se o pulso está ausente: falta bomba cardíaca? Iniciar massagemcardíaca externa.Existe grande hemorragia? Realizar controle de hemorragia.Estando presente o pulso, analise a sua qualidade:- lento ou rápido;- forte (cheio) ou franco (filiforme);

- de ritmo regular ou irregular.

D = Estado neurológico (nível de consciência).Tomadas as medidas possíveis para garantir o ABC, importa conhecer oestado neurológico da vítima, de maneira sucinta.Avaliação do estado neurológico:- análise do nível de consciência;- verificação de pupilas.1) Nível de consciência  – verifique se a vítima se encontra:

à dor;

2) Pupilas – observar se estão:

DIÂMETRO DAS PUPILAS

Observação Causa ProvávelDilatadas, sem reação Inconsciência, choque, parada

cardíaca, hemorragia, lesão na cabeçaContraídas, sem reação Lesões no sistema nervoso central,

Abuso de drogasUma dilatada e outra contraída Acidente vascular cerebral, lesões na

CabeçaEmbaçadas Choque, coma

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TIPOS DE RESPIRAÇÃOObservação Causa Provável

Rápida, Superficial Choque, problemas cardíacos, choque

insulínico, pneumonia, insolação

Profunda, Ofegante Obstrução das vias aéreas, ataquecardíaco, doenças pulmonares, lesõesde tórax, coma diabético, lesões nospulmões pelo calor

Roncorosa Acidente vascular cerebral, fraturas de

crânio, abuso de drogas ou álcool,obstrução parcial das vias aéreas

Crocitante Obstrução das vias aéreas, lesões nasvias aéreas provocadas pelo calor

Gorgolejante Obstrução das vias aéreas, doençaspulmonares, lesões nos pulmões

provocadas pelo calor

Ruidosa, com chiado asma, enfisema, obstrução de viasaéreas, arritmia cardíaca

Tosse com sangue Ferimentos no tórax, fraturas decostela, pulmões perfurados, lesõesinternas

*Não se administra nada via oral para pessoas inconscientes pelo risco dabronco aspiração.

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COR DA PELEObservação Causa Provável

VermelhaAcidente vascular cerebral,hipertensão arterial, ataque cardíaco,coma diabético

Pálida, CinzentaChoque, ataque cardíaco, hemorragia,colapso circulatório, choque insulínico

Azulada, CianóticaDeficiência respiratória, arritmias,falta de oxigenação, doençaspulmonares, certos envenenamentos

TEMPERATURA DA PELE

Observação Causa Provável

Fria, ÚmidaChoque, hemorragia, perda de calordo corpo, intermação

Fria, Seca Exposição ao frio

Fria, com sudorese excessiva Choque, ataque cardíaco

Quente, Seca Febre alta, insolação

Quente, Úmida Infecções

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TAXA RESPIRATÓRIA POR MINUTO

Normal Adulto 12 a 20

Criança (1 a 5 anos) 25 a 28Criança (5 a 12 anos) 20 a 24Bebê (0 a 1 anos) 30 a 70

Rápida Adulto + 30 (problema sério)Criança (1 a 5 anos) + 44 (problema sério)Criança (5 a 12 anos) + 36 (problema sério)Bebê ( 0 a 1 ano) + 70 (problema sério)

Lenta Adulto - 10 (problema sério)Criança (1 a 5 anos) - 20 (problema sério)Criança (5 a 12 anos) - 16 (problema sério)Bebê (0 a 1 ano) - 30 (problema sério)

PULSO POR MINUTO

Normal Adulto 60 80Criança (1 a 5 anos) 70 a 110Criança (5 a 12 anos) 65 a 160Bebê (0 a 1 anos) 150 a 180

Rápido Adulto + 80Criança (1 a 5 anos) + 110Criança (5 a 12 anos) + 160

Bebê ( 0 a 1 ano) + 180

Lento Adulto - 60Criança (1 a 5 anos) - 70Criança (5 a 12 anos) - 65Bebê (0 a 1 ano) - 150

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TIPOS DE PULSOObservação Causa Provável

Rápido e Forte hemorragia interna (estágios iniciais),ataque cardíaco, hipertensão

Rápido e Fraco choque, fadiga pelo calor, comaDiabético, falência do

sistema circulatório

Lento e Forte acidente vascular cerebral, fratura de

crânio, lesão no sistema nervoso central

Ausência de pulso parada cardíaca

3.2 Análise secundária da vítimaSó então se chega ao passo E na abordagem da vítima: o exame físico

à procura de lesões que não tão evidentes no momento da Abordagem

Primária. É importante lembrar que só se inicia a Abordagem Secundáriaapós completar e resolver todas as etapas A-B-C-D.Para a avaliação secundária, examine os segmentos do corpo, procurandorealizar:Inspeção: verifique a cor da pele, a simetria das estruturas, o

alinhamento, a presença de deformidades ou sangramentos;Palpação: em busca de deformidades, rigidez, flacidez e dor.

Mantenha o controle cervical ( imobilização da cabeça) durante toda a

abordagem secundária, assim como a reavaliação do ABC. Somenteremova as roupas da vítima para expor lesões sugeridas porsuas queixas ou reveladas no exame primário. É importante examinar cadaum dos segmentos do corpo.

Cabeça: inspecione a cor da pele da face e observe as pupilas quanto aotamanho à simetria (iguais ou desiguais), palpe o crânio, examineolhos procurando por objetos estranhos, observe se há sangramento ousaída de líquido de nariz ou ouvido. Inspecione boca e garganta à procura

de corpo estranho (dentem vômito). Palpe os ossos da face, observe se há

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sinal roxo atrás das orelhas (equimose retro auricular), sugestivo de lesãode coluna cervical ou fratura da base do crânio.

Pescoço: inspecione a traquéia e simetria do pescoço, verifique seas veias do pescoço estão cheias demais (sugestivo de lesão intratorácica

grave).Palpe as veias do pescoço estão cheias demais (sugestivo de lesãointratorácicagrave). Palpe a coluna cervical verificando alinhamento, dor, crepitação,rigidez da musculatura.

Tórax: inspecione a face anterior do tórax buscando assimetria coma respiração, sinais de contusão e ferimentos. Palpe o tórax delicadamente eobserve se há dor.

Abdomem: inspecione e palpe delicadamente observando dor erigidez.

Pelve: analise mobilidade e dor.Membros inferiores: inspecione e apalpando da coxa aos pés.

Observe ferimentos, alinhamento, deformidades, dor e rigidez.Membros superiores: inspecione e apalpe dos ombros às mãos,

observando ferimentos, alinhamento, deformidades, dor e rigidezDorso: realize a manobra de rolamento para examinar o dorso, observe

o alinhamento da coluna.Durante todo o exame, fique atento ao A-B-C-D. 

3.3 Hemorragias 

· Definição: perda aguda de sangue. Em geral, todas as hemorragias devemser contidas· classificação:h. Venosas - sangramento mais escuro, que sai escorrendo.H. Arteriais - sangramento de cor viva (rutilante), que sai em jatos.H. Externas - são aquelas com origem na superfície corporal.H. Internas - são aquelas que não ocorrem na superfície corporal

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Métodos para Detenção de Hemorragias

Elevação da região acidentada: pequenas hemorragias nos membros eoutras partes do corpo podem ser diminuídas, ou mesmo estancadas,elevando-se a parte atingida e, conseqüentemente, dificultando a

chegada do fluxo sanguíneo.Não elevar o segmento ferido se isto produzir dor ou se houver suspeitade lesões internas.

Tamponamento: pequenas, médias e grandes hemorragias podem serdetidas pela obstrução do fluxo sanguíneo, com as mãos ou,preferencialmente, com um pano limpo ou gaze esterilizada, fazendo umcurativo compressivo. É o melhor método de estancar uma hemorragia.

Compressão arterial: se os métodos anteriores não forem suficientes

para estancar a hemorragia, ou se não for possível comprimir diretamente oferimento, deve-se comprimir as grandes artérias para diminuir o fluxosanguíneo.

Tratamento da Hemorragia Interna  Deitar o acidentado e elevar os membros inferiores.

  Prevenir o estado de choque.

  Providenciar transporte urgente, pois só em hospital se pode estancar ahemorragia interna.

Tratamento da Hemorragia Externa  Deitar a vítima; o repouso da parte ferida ajuda a formação de um

coágulo.  Se o ferimento estiver coberto pela roupa, descobri-lo (evitar, porém, o

resfriamento do acidentado).

  Deter a hemorragia.

Evitar o estado de choque 

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3.4 FraturasFratura é a ruptura total ou parcial de osso.Podem ser fechadas ou expostas.

  Fratura fechada: na fratura fechada não há rompimento dapele, ficando o osso no interior do corpo. 

  Fratura exposta: fratura na qual há rompimento da pele.Neste tipo de fratura ocorre simultaneamente um quadro dehemorragia externa, existindo ainda o risco iminente deinfecção.

Identificação   Dor local: uma fratura sempre será acompanhada de uma dor

intensa, profunda e localizada, que aumenta com os movimentos oupressão.

 Incapacidade funcional: é a incapacidade de se efetuar os movimentosou a função principal da parte afetada.

  Deformação ou inchaço: ocorre devido ao deslocamento das seçõesdos ossos fraturados ou acúmulo de sangue ou plasma no local. Ummétodo eficiente para se comprovar a existência da deformação é o dese comparar o membro sadio com o fraturado.

  Crepitação óssea: é um ruído produzido pelo atrito entre as seçõesósseas fraturadas. Este sinal, embora de grande valor para diagnosticar

uma fratura, não deve ser usado como método de diagnóstico para nãoagravar a lesão.

  Mobilidade anormal: é a movimentação de uma parte do corpo ondeinexiste uma articulação. Pode-se notar devido à movimentação anormalou à posição anormal da parte afetada. Este método, assim como oanterior, não deve ser forçado. No caso de dúvida, sempre considerar aexistência da fratura.

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Tratamento da Fratura Fechada  Aplicar tração em fraturas de membros sempre que possível.

  Imobilizar a fratura mediante o emprego de talas, dependendo dascircunstâncias e alinhamento do osso.

  Imobilizar também a articulação acima e abaixo da fratura para evitarqualquer movimento da parte atingida.

  Observar a perfusão nas extremidades dos membros, para verificar se atala ficou demasiadamente apertada.

  Verificar presença de pulso distal e sensibilidade.

  Tranqüilizar o acidentado mantendo-o aquecido e na posição maiscômoda possível.

 Prevenir o estado de choque.

  Remover a vítima em maca.

  Transportar para o hospital.OBS. Como em qualquer traumatismo grave, a dor e o estado psicológicoalterado (stress) podem causar o choque, devendo o socorrista preveni-lo.Em fraturas anguladas ou em articulações não se deve tracionar. Imobilizarcomo estiver.

Tratamento da Fratura Exposta

Este tipo de fratura é caracterizado pela hemorragia abundante, risco decontaminação, bem como lesões de grande parte do tecido. Osprocedimentos são:

  Gentilmente, tentar realinhar o membro.

  Estancar a hemorragia, mediante emprego de um dos métodos dehemostasia (ação ou efeito de estancar uma hemorragia).

  Não tentar recolocar o osso no interior da ferida.

  Prevenir a contaminação, mediante assepsia local, mantendo o

ferimento coberto com gaze esterilizada ou com as próprias roupas davítima (quando não houver gaze).

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  Imobilizar com tala comum, no caso de fratura onde os ossospermaneçam no seu alinhamento, ou empregar a tala inflável, a qualestancará a hemorragia (tamponamento) e prevenirá a contaminação.

  Se não for possível realinhar a fratura, imobilizá-la na posição em queestiver.

  Checar presença de pulso distal e sensibilidade.

  Nos casos em que há ausência de pulso distal e/ou sensibilidade, otransporte urgente para o hospital é medida prioritária.

  Prevenir o estado de choque tranqüilizando a vítima e evitando que vejao ferimento.

  Remover a vítima em maca.

 Transportar a vítima para o hospitalOBS. Fraturas e luxações na região do ombro (clavícula, omoplata e cabeça

de úmero) devem ser imobilizadas com bandagem triangular.

3.5 Queimaduras

Queimadura é uma lesão produzida no tecido de revestimento doorganismo por agentes térmicos, produtos químicos, irradiação ionizante,etc.A pele (tegumento) tem por finalidade a proteção do corpo contra invasãode microrganismos, a regulação da temperatura do organismo através daperda d'água para o exterior e a conservação do líquido interno. Destaforma, uma lesão produzida no tecido tegumentar irá alterar em maior oumenor grau estes mecanismos, dependendo da sua extensão (áreaqueimada) e da sua profundidade (grau de queimadura).Pode-se dividir a queimadura em graus, de acordo com a profundidade.

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Graus de Queimadura

  Primeiro grau: atinge somente a epiderme. Caracteriza-se

por dor local e vermelhidão da área atingida.

  Segundo grau: atinge a epiderme e a derme. Caracterizam-sepor dor local, vermelhidão e formação de bolhas d’água.

  Terceiro grau: atinge o tecido de revestimento, alcançandoo tecido muscular, podendo chegar até o ósseo. Caracteriza-se pela pele escurecida ou esbranquiçada e as vítimas podemse queixar de muita dor. Também podem não referenciar doralguma na área queimada, por ter havido a destruição dos

terminais sensitivos. De todo modo, ao redor de queimadurasde 3o grau, haverá queimaduras de 2o e de 1o graus, quefreqüentemente serão motivo de fortes dores.

Extensão da Queimadura 

Para calcular em um adulto a porcentagem aproximada de superfície depele queimada, tomamos em conta os seguintes dados, considerando as

partes em relação ao todo:Cabeça 9%Pescoço 1%Membros superiores 9%(cada um)Tórax e abdome 18%Costas 18%Membros Inferiores 18%

(cada um, incluindo nádegas)Para as crianças, a porcentagem é a seguinte:

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Cabeça 18%Membros superiores 9%(cada um)Tórax e abdome 18%

Costas e nádegas 18%Membros Inferiores 14%(cada um, incluindo nádegas)É considerada como sendo grave qualquer queimadura (mesmo que seja deprimeiro grau) que atinja 15% do corpo ou mais.

IdentificaçãoA queimadura pode ser identificada visualmente pelo aspecto do tecido.

10.4. Tratamento em Queimaduras Térmicas

  Retirar parte da roupa que esteja em volta da área queimada.

  Retirar anéis e pulseiras da vítima, para não estrangularem asextremidades dos membros, quando incharem.

  As queimaduras de 1º grau podem ser banhadas com água fria paraamenizar a dor.

  Não perfurar as bolhas em queimaduras de 2º grau.

  Não aplicar medicamentos nas queimaduras.

  Cobrir a área queimada com um plástico limpo.

  Se a vítima estiver consciente, dar-lhe água.

  Evitar (ou tratar) o estado de choque.

  Transportar a vítima com urgência para um hospital especializado.10.5. Tratamento em Queimaduras Químicas

  Retirar a roupa da vítima impregnada com agente químico.  Lavar o local afetado com água corrente sem esfregá-lo  — 5 minutos

para ácidos, 15 minutos para álcalis e 20 minutos para cáusticosdesconhecidos.

  Se o agente agressor for cal virgem seco, não usar água; removê-lo comescova macia.

  Nos demais casos, proceder como nas queimaduras térmicas. 

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3.6 Intoxicação

A intoxicação ou envenenamento ocorre quando o indivíduo entra emcontato, ingere ou aspira substâncias tóxicas de natureza diversa, quepossam causar distúrbios funcionais ou sintomáticos, configurando umquadro clínico sério.A intoxicação pode resultar em doença grave ou morte em poucas horas, sea vítima não for socorrida em tempo hábil.A gravidade de envenenamento depende da suscetibilidade do indivíduo,da quantidade, tipo e toxicidade da substância introduzida no organismo edo tempo de exposição.

Vias de penetração

  Pele: contato direto com plantas ou substâncias químicas tóxicas.

  Vias digestivas: ingestão de qualquer tipo de substância tóxica, químicaou natural.

  Vias respiratórias: aspiração de vapores ou gases emanados desubstâncias tóxicas.

Identificação

  Sinais evidentes na boca, pele ou nariz de que a vítima tenhaintroduzido substâncias tóxicas para o organismo.

 Hálito com odor estranho.

  Dor, sensação de queimação nas vias de penetração e sistemascorrespondentes.

  Sonolência, confusão mental e outras alterações da consciência.

  Estado de coma alternado com períodos de alucinações e delírios.

  Lesões cutâneas, queimaduras intensas com limites bem definidos.

  Depressão da função respiratória.

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Tratamento 

Na intoxicação porContato (pele):  Para substâncias líquidas, lavar abundantemente o local afetado com

água corrente. Substâncias sólidas devem ser retiradas do local semfriccionar a pele, lavando-a, a seguir, com água corrente.

Na intoxicação porIngestão (vias digestivas):  Não provocar vômito se a vítima estiver inconsciente, com convulsões,

ou tiver ingerido venenos cáusticos (ácidos, álcalis e derivados depetróleo).

  Quando os ácidos e álcalis são fortes, provocam queimaduras nas viasde penetração. Nestes casos, deve-se diluir a substância dando água para

a vítima beber.

3.7 Desmaio e VertigemO desmaio consiste na perda transitória da consciência e da força muscular,fazendo com que a vítima caia ao chão. Pode ser causado por váriosfatores, como a subnutrição, o cansaço, excesso de sol, stress. Pode serprecipitado por nervosismo, angústia e emoções fortes, além de serintercorrência de muitas outras doenças.Vertigem consiste nos sinais e sintomas que antecedem o desmaio.Identificação  Tontura.

  Sensação de mal-estar.

 Pele fria, pálida e úmida.

  Suor frio.

  Perda da consciência.Tratamento Diante de uma vítima que sofreu desmaio, devemos proceder da seguintemaneira:

  Arejar o ambiente.

  Afrouxar as roupas da vítima.

  Não permitir aglomeração no local para não expor a vítima.

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3.8 Crises EpiléticasA epilepsia é uma doença do sistema nervoso central que se caracteriza porcausar crises de convulsões (ataques) em sua forma mais grave.Os ataques ou convulsões se caracterizam por:

  Queda abrupta da vítima.

  Perda da consciência.

  Contrações de toda a musculatura corporal.

  Aumento da atividade glandular com salivação abundante e vômitos.Pode ainda ocorrer o relaxamento dos esfíncteres com micção e evacuaçãoinvoluntárias.Ao despertar, o doente não se recorda de nada do que aconteceu durante a

crise e sente-se muito cansado, indisposto e sonolento.A conduta do socorrista no ataque epilético consiste, principalmente, emproteger o doente e evitar complicações. Deve-se deixar a vítima comroupas leves e desapertadas (as contrações musculares aumentam atemperatura corpórea) e virá-lo de lado para que não aspire as secreções ouo vômito para os pulmões.Um cuidado especial deve ser dado à boca, pois o doente pode ferir-se,mordendo a língua ou as bochechas. Para tanto, interpõe-se um calço

(pedaço de pano, por exemplo) entre os dentes superiores e inferiores,impedindo que eles se fechem. Esta manobra, entretanto, deve sercuidadosa, pois o socorrista poderá ser mordido, ou o objeto poderá causarobstrução respiratória. Cessada a crise, que dura de 1 a 5 minutos, realizarassepsia na vítima, oferecer líquidos e mantê-la em repouso em ambienteadequado.É preciso que os curiosos sejam afastados do local, pois esta doençaacarreta um grande senso de inferioridade e a presença de estranhos apenas

contribui para a acentuação do problema psicológico.Deve-se orientar a vítima para voltar a procurar seu médico.

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"Dedique algo de sua vida aos outros. Sua dedicação

não será um sacrifício. Será uma experiênciadivertida porque é um intenso esforço aplicado para

um fim significativo." (Dr. Thomas Dooley)