Apostila Básica de Bromatologia

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•21/09/2014 •1 Bromatologia I Paulo Figueiredo [email protected] Programa 1. Composição dos alimentos. Nutrientes e não nutrientes. Actividade química das proteínas, lípidos e carboidratos. Importância da água na química e bioquímica dos alimentos. Sais minerais, vitaminas e substâncias com propriedades antioxidantes. Classificação e utilização de aditivos alimentares. 2. Características sensoriais dos alimentos: o gosto, o aroma, a cor, a textura. Noções de reologia alimentar. 3. Influência dos processos de elaboração, conservação e preparação culinária na composição dos alimentos. 4. Substâncias tóxicas naturais presentes nos alimentos: micotoxinas, toxinas marinhas, compostos originados durante o processamento e substâncias provenientes da contaminação ambiental. 6. Análise e controlo de qualidade. Inspecção e programas de controlo. Amostragem. Técnicas aplicadas à análise de alimentos. Acreditação de laboratórios.

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Apostila Básica com slides sobre Bromatologia

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  • 21/09/2014

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    Bromatologia I

    Paulo Figueiredo

    [email protected]

    Programa

    1. Composio dos alimentos. Nutrientes e no nutrientes. Actividadequmica das protenas, lpidos e carboidratos. Importncia da gua na qumica e bioqumica dos alimentos. Sais minerais, vitaminas e substncias com propriedades antioxidantes. Classificao e utilizao de aditivos alimentares.

    2. Caractersticas sensoriais dos alimentos: o gosto, o aroma, a cor, a textura. Noes de reologia alimentar.

    3. Influncia dos processos de elaborao, conservao e preparao culinria na composio dos alimentos.

    4. Substncias txicas naturais presentes nos alimentos: micotoxinas, toxinas marinhas, compostos originados durante o processamento e substncias provenientes da contaminao ambiental.

    6. Anlise e controlo de qualidade. Inspeco e programas de controlo. Amostragem. Tcnicas aplicadas anlise de alimentos. Acreditao de laboratrios.

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    Bibliografia

    1. J. Adrian, J. Potus, A. Poiffait, P. Dauvillier, Anlisis nutricional de alimentos, 2000, Acribia

    2. R. Matissek, F. M. Schnepel, G. Steiner, Anlisis de los alimentos. Fundamentos, mtodos, aplicaciones, 2000, Acribia

    3. H.-D. Belitz, W. Grosch, P. Schieberle, Food Chemistry, 2009, Springer4. O. R. Fennema, Food Chemistry, 1996, CRC5. S. S. Nielsen, Food analysis, 2010, Springer6. R. Owusu-Apenten, Introduction to food chemistry, 2004, CRC7. A. Gomes de Castro, A qumica e a reologia no processamento dos

    alimentos, 2003, Instituto Piaget

    Web

    http://nutrition.jbpub.com/resources/chemreview.cfm

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    Avaliao

    A. Exame 100%

    B. Avaliao contnua:1. Frequncia(s) 70 % (mn. 10)2. Discusso de artigos 30 %

    Grupos funcionais em Qumica

    Introduo

    R OHHidroxilo

    Carbonilo R C

    O

    H

    R

    C

    O

    R

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    Grupos funcionais em Qumica

    Introduo

    Carboxilo R C

    O

    OH

    Amino R N

    H

    H

    Grupos funcionais em Qumica

    Introduo

    Fosfato

    Sulfidrilo

    R

    O P

    O

    O-

    O-

    R SH

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    Grupos funcionais em QumicaCompostos aromticos

    Ligaes duplas conjugadasCorSusceptibilidade a oxidaesReactividade fotoqumica

    Introduo

    4n+2 e- pn = 0, 1, 2, ...

    Mecanismos de reaces qumicasAdioEliminaoSubstituioRearranjosReaces de radicais livres

    IniciaoPropagaoTerminao

    Introduo

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    Cintica qumicaAlteraes em funo de:

    ConcentraoTemperaturapH

    velocidade = k [A]x[B]y

    x=0 ordem zerox=1 ordem 1

    Introduo

    Tipos de ligao qumicaCovalenteInicaFormas de ressonncia

    Introduo

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    Teoria dos orbitais molecularesOrbitais atmicos podem combinar para formar orbitais

    molecularesN de orbitais moleculares formados igual ao n de orbitais

    atmicos combinadosAps combinao dos orbitais atmicos, forma-se um n igual

    de orbitais ligantes e anti-ligantesCada orbital molecular pode conter apenas 2 e- de spin

    opostoOrbitais moleculares so preenchidos por um nico electro e

    s depois se d o emparelhamento

    Introduo

    Teoria dos orbitais moleculares

    Introduo

    O2

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    ProtenasLpidosAcaresguaVitaminasMineraisAnti-oxidantes naturaisAditivos alimentaresCompostos txicos naturais

    Composio dos alimentos

    ProtenasEstrutura:

    Primria sequncia de a. a.; ligaes covalentesSecundria pregueamento localizado (hlices-a e

    folhas-b)Super-secundria associao de estruturas

    secundriasTerciria enrolamento totalQuaternria associao de subunidades proteicas

    num local especfico

    Composio dos alimentos

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    Composio dos alimentosProtenas

    Compostas por a. a.a. a. ligados por ligaes peptdicas

    Composio dos alimentosProtenas

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    apenas 20 a. a. naturais em protenasa. a. modificados podem ser produzidos:

    sob condies fisiolgicasno laboratriodurante o processamento de alimentos

    10-11 a. a. no sintetizados no corpo humanoa. a. essenciais

    Composio dos alimentosProtenas

    Composio dos alimentosProtenas

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    determinao da composio em a. a. de uma protenahidrlise com HCl 6 M a 110 C durante 12-72 hsoluo resultante separada e quantificada por um

    analizador de a. a.HPLC com coluna de permuta inica ou RP-C18

    a. a. reagem com composto fluorescente (o-ftalaldedo) e podem ser detectados por um detector de fluorescncia

    processo destri Trppara o detectar usa-se hidrlise bsica

    Composio dos alimentosProtenas

    composio em a. a. afecta flavoura. a. com sabor doce Gly, Ala, Thr, Pro, Ser, Glua. a. com sabor amargo Phy, Tyr, Arg, Leu, Val, Met,

    Hisa. a. com sabor cido Glu, Asp

    Composio dos alimentosProtenas

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    Estrutura secundriaa. a. pequenos mais compatveis com formao de

    hlices-agrandes cadeias laterais mais facilmente acomodadas

    numa estrutura de folha-bEstrutura super-secundria

    atraces entre hlices-a e/ou folhas-b levam formao de estruturas super-secundrias

    nvel mais sofisticado de estrutura das protenas fibrosas

    estruturas estabilizadas por interaces complementares entre elementos da estrutura secundria

    Composio dos alimentosProtenas

    Estrutura de domnioregies geometricamente distintas numa protenapodem funcionar como:

    unidades evolucionriasunidades funcionaisunidades de enrolamento

    Composio dos alimentosProtenas

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    Estrutura terciria ou globularestrutura tridimensional adoptada por uma cadeia

    polipeptdicaforma esfricancleo hidrofbicosuperfcie carregada

    Composio dos alimentosProtenas

    Estrutura terciriacadeias enrolam-se de modo que a. a. no polares

    fiquem no centrocadeias laterais carregadas dirigem-se para o

    exterior, formando ligaes de H ou interaces electrostticas fracas com a gua

    superfcie globular predominantemente polar possui zonas hidrofbicas

    extenso da hidrofobicidade relacionada com caractersticas funcionais

    Composio dos alimentosProtenas

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    Estrutura terciriafrmulas para calcular dimenses das protenas

    globulares:

    Composio dos alimentos

    Volume (V ) 1.3 M

    rea (A) 5.72 M2/3

    Razo rea:volume (SV) 4.44 M1/3

    Dimetro (D) 1.35 M1/3

    Protenas

    Estabilizao das estruturas proteicasInteraces electrostticas

    atraco entre cadeias laterais de a. a. cidos (Asp, Glu) e bsicos (Lys, Arg, His)

    Ligaes de Hs as internas contribuem para estabilizar as

    protenasligaes superficiais so perturbadas pela gua

    Interaces hidrofbicasefeito de estabilizao mais importanteimportantes para a estrutura de protenas

    desnaturadas (gis, espumas, emulses)aumentam com a temperatura (at ~70 C)solutos alteram a estrutura do solvente e logo as

    interaces hidrofbicas

    Composio dos alimentosProtenas

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    Desnaturaoperca de estrutura secundria, terciria ou quaternriaprovocada por:

    temperaturas elevadaspHfora inicateor de gua

    provocada por operaes unitriasmisturaconcentraosecagem

    Composio dos alimentosProtenas

    Protenas fibrosasforma alongadainsolveiscomponentes estruturais

    tecido conjuntivopelosunhastendesmsculos

    fortes interaces protena-protenaexcluso de gua da matriz proteicafibrilas resultantes reforadas por diversas ligaes

    entre as cadeias

    Composio dos alimentosProtenas

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    Protenas globularesenrolamento compactoanfiflicassolveisligantesenzimas

    Composio dos alimentosProtenas

    Protenas de armazenamento (ovos, sementes, leite)estrutura semi-estendida

    parcialmente insolveisformam agregados de protenas ou grnulos

    armazenamento numa forma semi-concentrada

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    papel das protenas na clula:proteco externa em animais

    pele, cabelo, unhas, cascosestrutura e movimento

    ossos, msculos, tendestransporte de nutrientes

    sangue e componentes (hemoglobina, protenas do plasma)

    nutrio de jovensleite, ovos, sementes, nozes

    catalisadoresenzimas

    protenas de defesaanticorpos, inibidores enzimticos, lectinas, toxinas

    Composio dos alimentosProtenas

    Classificao das protenas com base na sua solubilidade:extraco sequencial de alimentos com gua, soluo

    salina diluda e 70% EtOH, seguida por uma base diluda permite obter 5 classes de protenas:

    albumina solveis em guaglobulina solveis em sais diludosprolamina solveis em EtOH/H2Oglutelina solveis em bases diludasprotena residual bases, ureia, agentes redutores

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    Enzimascatalisadores biolgicos aceleram reaces qumicas

    nas clulasfortemente especficas e eficazescatalisam diversas alteraes dos alimentos durante o

    armazenamentousadas em processos de produo de alimentosenzimas endgenas

    naturalmente presentes nos alimentos; afectam a qualidade

    enzimas exgenasquase sempre isoladas a partir de bactrias; usadas

    no processamento de alimentos

    Composio dos alimentosProtenas

    Cintica enzimticaconcentrao de uma enzima determinada em termos de

    actividadevelocidade de formao de produto por unidade de

    tempoconstante que liga actividade concentrao

    depende das condies ambientais

    Composio dos alimentosProtenas

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    anlises enzimticasdiversos processos tecnolgicos so avaliados atravs da

    quantidade residual de enzima presente num alimentopasteurizao, branqueamento, tratamento por

    presses elevadas, temperatura interna do produto

    Composio dos alimentosProtenas

    material para anlises enzimticas

    Composio dos alimentosProtenas

    Origem da enzimaExtracto do alimento

    Enzima purificada

    Substrato

    Em geral sintticos; disponveis para analisar 6 enzimas principais (oxidoredutases, transferases, hidrolases, liases, isomerases, ligases)

    Substratos que se degradam em presena da enzima, originando produtos que podem ser analisados por absorvncia ou fluorescncia

    SolventeSolues tampo controladas em relao composio, temperatura, pH e fora inica

    TemperaturaControlada com banho de gua ou recipientes com circulao de gua

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    cintica enzimticavelocidade inicial v0

    velocidade da reaco ao tempo t, quando 5% ou menos do substrato convertido em produto

    equao de Michaelis-Menten

    [S] concentrao de substrato (mole/L)Vmax velocidade mxima terica para uma reaco

    enzimtica (mmole/s)Km constante de Michaelis-Menten (mole/L)

    Composio dos alimentosProtenas

    cintica enzimticak2 constante cataltica ou n de renovao kCAT[ET] concentrao total de enzimaVmax = kCAT[ET]Km concentrao de substrato necessria para que v0

    alcance 50% de Vmaxvalor constante para cada enzima

    Composio dos alimentosProtenas

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    cintica enzimticaequao de Lineweaver-Burke

    equao de Eadie

    Composio dos alimentosProtenas

    Vmax1

    SVmax

    Km

    v

    1

    0

    vo = (-Km vo/[S]) + Vmax

    cintica enzimticaequao de Hanes

    Composio dos alimentosProtenas

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    cintica enzimticainibidor enzimtico

    pequeno composto que deprime a actividade de uma enzima por interaco com uma regio definida da enzima

    padres de inibio podem fornecer informaes teis sobre a estrutura da enzima

    Composio dos alimentosProtenas

    Inactivao enzimticaindicadores enzimticos no processamento de carne

    mais termoestveis que muitos vrus da carne e bactrias patognicas

    sistema APIZYMkit de 19 ampolas com substratos desidratados

    para testar 19 enzimasadiciona-se uma potencial fonte de enzimas

    a cada ampola e verifica-se se h alterao de cor ao fim de 1-4 h

    glutamato oxaloacetato transaminaseencontra-se na maioria das carnesactividade decresce com aquecimento a

    73-75 Clactato desidrogenase (indicador mais prometedor)

    actividade decresce com aquecimento a 63-66 C

    Composio dos alimentosProtenas

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    Inactivao enzimticaindicadores enzimticos no branqueamento de vegetais

    lipoxigenasemedio de variaes na absorvncia a 243 nm

    oxidao do c. linoleico a um dieno conjugado

    mtodo do amido-iodetoteste colorimtrico quantitativo para a

    lipoxigenaseoxidao do iodeto incolor, por hidroperxido

    do c. linoleico, a iodoiodo forma complexo azul-escuro com amido

    solvel

    Composio dos alimentosProtenas

    Isolamento e purificao de enzimasnecessidade de isolar enzimas dos alimentos em diversos

    graus de pureza, antes de poder caracteriz-lasenzimas das plantas extradas a partir de tecidos

    vegetativos (frutos, folhas, tubrculos) ou sementesenzimas animais extradas de tecidos seleccionados, pois

    cada tecido ou orgo possui diferentes caractersticasno caso de extrair de msculos, desejvel algum

    envelhecimento prvio

    Composio dos alimentosProtenas

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    Isolamento e purificao de enzimasdesintegrao dos tecidos e extraco das enzimas

    misturadorultra sons

    evitar excessivo aquecimentodigesto com lisozimatratamento com solvente orgnico (tolueno)

    habitualmente adiciona-se um tampo antes da desintegrao e extraco

    acastanhamento enzimtico em tecidos vegetais evitado por adio de antioxidantes antes da desintegrao

    Composio dos alimentosProtenas

    Isolamento e purificao de enzimasclarificao do extracto bruto

    filtrao para eliminar suspensespapelfibra de vidroagentes precipitantescentrifugao

    antes da filtrao adiciona-se um tensioactivo para ajudar a solubilizar as enzimas ligadas parede celular

    Composio dos alimentosProtenas

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    Isolamento e purificao de enzimasconcentrao e recuperao de enzimas

    evaporao sob vcuo (35-50 C)ultrafiltrao (5 C)

    concentrado pode necessitar de posterior filtrao

    Composio dos alimentosProtenas

    Lpidosqualquer material de origem biolgica solvel em

    solventes orgnicos4 classes principais:

    Composio dos alimentos

    Cerassteres de lcoois de cadeia longa e cs. gordos

    Revestimento em plantas

    EsterisEx: colesterol

    Necessrio ao bom funcionamento das membranas celulares

    FosfolpidosForma membranas celulares

    Emulsificantes

    Triacilgliceris

    (TAG)leos e gorduras alimentares

    Vitaminas A, E, D, K por vezes consideradas como lpidos

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    TAGs de origem animal so normalmente gorduras slidasTAGs de origem vegetal so geralmente leos

    devido ao menor grau de saturao

    Composio dos alimentosLpidos

    Triacilgliceris contm 1 glicerol e 3 cs. gordosnos fosfolpidos, um grupo OH do glicerol est ligado a um

    grupo fosfato, o qual por sua vez est ligado a outro grupo

    Composio dos alimentosLpidos

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    3 cs. carboxlicos constituintes dos TAGs tm a frmula geral CH3(CH2)nCOOH

    n varia de 10 a 20n total de tomos de C varia de 12 a 22

    quanto maior a cadeia, menor a solubilidade em gua

    Composio dos alimentosLpidos

    cs. gordos saturados no possuem qualquer ligao duplacs. gordos mono-insaturados contm 1 nica ligao duplacs. gordos poli-insaturados possuem 2 ou mais ligaes

    duplas

    Composio dos alimentosLpidos

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    sistema omega de classificaon localizao da 1 ligao dupla a contar do CH3

    terminalmaioria dos lpidos poli-insaturados contm cs.

    gordos -3 ou -6aco na preveno de doenas cardiovascularesconverso em prostaglandinas e leucotrienos

    anti-inflamatrios e anti-hipertensivos

    Composio dos alimentosLpidos

    Composio dos alimentosLpidos

    c. gordo Nome comum Nome IUPAC

    Saturados

    C4:0 c. butrico c. butanico

    C6:0 c. caprnico c. hexanico

    C8:0 c. caprlico c. octanico

    C10:0 c. cprico c. decanico

    C12:0 c. lurico c. dodecanico

    C14:0 c. mirstico c. tetradecanico

    C16:0 c. palmtico c. hexadecanico

    C18:0 c. esterico c. octadecanico

    C20:0 c. araqudico c. eicosanico

    C22:0 c. behnico c. docosenico

    C24:0 c. lignocrico c. tetracosanico

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    Composio dos alimentosLpidos

    c. gordo Nome comum Nome IUPAC

    Mono-insaturados

    C14:1 (cis D9) c. miristoleico c. cis-9-tetradocenico

    C16:1 (cis D9) c. palmitoleico c. cis-9-hexadecenico

    C18:1 (cis D9) c. oleico c. cis-9-octadecenico

    C18:1 (trans D9) c. eladico c. trans-9-octadecenico

    C18:1 (cis D11) c. vaccnico c. cis-11-octadecenico

    C20:1 (cis D9) c. gadoleico c. cis-9-eicosenico

    C22:1 (cis 13) c. ercico c. cis-13-docosenico

    C22:1 (cis 11) c. cetoleico c. cis-11-docosenico

    C24:1 (cis 15) c. nervnico c. cis-15-tetracosenico

    Composio dos alimentosLpidos

    c. gordo Nome comum Nome IUPAC

    Poli-insaturados

    C18:2 n-6 c. linoleico c. cis-9,12-octadecadienico

    C18:3 n-3 c. linolnico c. cis-9,12,15-octadecatrienico

    C18:3 n-6 c. g-linolnico c. 6,9,12-octadecatrienico

    C18:4 n-3 c. estearidnico c. cis-6,9,12,15-octadecatetraenico

    C20:4 n-6 c. araquidnico c. cis-5,8,11,14-eicosatetraenico

    C20:5 n-3 c. timnodnico c. cis-5,8,11,14,17-eicosapentaenico

    C22:5 n-6 DPA c. cis-4,7,10,13,16-docosapentaenico

    C22:6 n-3 DHA c. cis-4,7,10,13,16,19-docosahexaenico

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    Medida do grau de insaturaovalor de iodo directamente proporcional ao grau de

    insaturaodissolve-se uma amostra do leo, fazendo-a reagir

    com uma quantidade predeterminada de cloreto de iodo

    adiciona-se KI, reduzindo o cloreto de iodo em excesso a iodo livre

    iodo que no reage titulado com tiossulfato de sdio, usando amido como indicador

    Composio dos alimentosLpidos

    cs. gordos podem ser cis ou transcis mais comuns na naturezahidrogenao de leos alimentares provoca rearranjo de

    cis em transruminantes possuem cs. gordos trans devido

    fermentao anaerbia no rumencs. gordos trans na manteiga

    cis podem ser designados Z (zusammen)trans podem ser designados E (entgegen)

    Composio dos alimentosLpidos

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    oxidaoocorre quando espcies reactivas de oxignio (ROS)

    reagem com cs. gordos insaturadosranoreaco radicalar em cadeia

    Composio dos alimentosLpidos

    oxidaoformao de compostos intermedirios (hidroperxidos)

    degradam-se formando aldedos e cetonas volteissabores e aromas desagradveis fortes

    Composio dos alimentosLpidos

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    Avaliao da oxidao de uma gordurateste do c. tiobarbitrico (TBA)

    TBA reage com o malonil aldedo resultante de cs. gordos com 3 ou mais insaturaes

    Composio dos alimentosLpidos

    Avaliao da oxidao de uma gorduramedio do ndice de perxido (PV)

    miliequivalentes de iodo libertado quando hidroperxidos reagem com HI

    concentrao de I2 livre determinada por titulao com tiossulfato, usando amido como indicador

    Composio dos alimentosLpidos

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    Influncia das gorduras na textura dos alimentos depende de 3 caractersticas fsicas

    ponto de fusopolimorfismondice de gordura slida

    Composio dos alimentosLpidos

    ponto de fusomtodos de medio:

    amostra colocada num tubo capilar, fechado e aquecido num banho de gua at ficar transparente ou ndice de gordura slida = 0

    amostra em forma de disco arrefecida at solidificar. Colocada num banho de gua. Ponto de fuso a temperatura qual o disco perde a forma

    amostra colocada numa taa com um buraco no fundo. Aps aquecimento, gordura derrete e escorre para fora da taa. Essa temperatura o ponto de fuso. Processo automatizado

    Composio dos alimentosLpidos

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    ponto de fusoaumenta com o tamanho da cadeia e com o grau de

    saturao do c. gordocs. gordos trans tm maior ponto de fuso que os cis

    Composio dos alimentosLpidos

    polimorfismoformao de estruturas cristalinas de TAGs que diferem

    no arranjo das molculasobservveis por difraco de raios Xforma a obtida quando um leo sofre um

    arrefecimento rpidosegmentos da cadeia de c. gordo retm um

    elevado grau de mobilidade e organizam-se em forma hexagonal ou de modo desordenado

    estado a tem tempo de vida de 60 seg, antes de ser convertido na forma b

    Composio dos alimentosLpidos

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    polimorfismoforma b possui tempo de vida entre 60 seg e anosestado b o final e mais estvel

    estruturas a e b so metaestveis, pois ambas podemtransformar-se em cristal b

    TAGs existem como cristais a durante o processamento, passando a b durante o armazenamento

    se um TAG contiver 2 ou mais cs. gordos diferentes, acristalizao mais complexa

    cristalizao afectada pela presena de diferentes cs. gordos no TAG e pelo nmero de diferentes TAG nos diversos leos alimentares

    Composio dos alimentosLpidos

    Funcionalidade das gordurastextura de TAGs depende de atributos fsicos

    facilmente quantificadosatributos subjectivos de qualidade medidos por anlise

    sensorialpainel de provadores

    o poder lubrificante de uma gordura, ou capacidade de reduzir a frico est ligado percepo de cremosidade e suavidade

    gro e dureza dependem do tamanho dos cristais e do ndice de gordura slida

    a consistncia das gorduras est ligada ao equilbrio entre carcter slido e lquido

    Composio dos alimentosLpidos

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    Funcionalidade das gordurasplasticidade

    uma gordura plstica flui quando lhe aplicada uma fora e recupera a sua consistncia original (no a forma) quando a fora removida

    uma gordura plstica derrete ao longo de uma gama larga de temperaturas

    provocada pela presena de uma mistura de cristais com diferentes estabilidades

    gorduras no plsticas apresentam uma transio entre slido e lquido mais definida

    Composio dos alimentosLpidos

    Funcionalidade das gordurasplasticidade

    gorduras plsticasmargarinaleo de cocoleo de palma

    gorduras no plsticasmanteiga de cacau

    Composio dos alimentosLpidos

  • 21/09/2014

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    Substitutos e imitadores de gordurassubstitutos so substncias similares a lpidos destinados

    a substituir as gordurasamidos modificadosfibragomasemulsificantesprotenas reestruturadascelulose

    Composio dos alimentosLpidos

    Mozzarella com substituto de gordura,bactriase matriz proteica

    Olestra um emulsificante produzido por reaco da sacarose com 6-8 moles de cs. gordos C12-C22 na presena de um catalisador

    outros substitutos hidrofbicos e mais digerveis so produzidos com apenas 2-3 moles de cs. gordos

    outras alternativas produzidas por ligao de um c. gordo hidrofbico e um lcool derivado do acar (hidroflico), como o sorbitol

    Composio dos alimentosLpidos

  • 21/09/2014

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    triacigliceris de cadeia mdia so produzidos por hidrlise de leos vegetais

    cs. gordos saturados com cadeias mdias e curtas so isolados

    cadeias mdias religadas ao glicerol com ajuda de um catalisador

    triacilgliceris de cadeia mdia possuem pontos de fuso mais baixos, maior solubilidade em gua e so resistentes a oxidao

    triacilgliceris de cadeia mdia no passam aos tecidos adiposos, sendo directamente metabolizados no fgado

    Composio dos alimentosLpidos

    Substitutos e imitadores de gordurasimitadores so protenas ou carboidratos que

    imitam as propriedades fsicas, de textura, sensao na boca e organolpticas das gorduras verdadeiras

    celuloses microcristalinas tm propriedades de textura semelhantes s gorduras mas no as de flavour

    retm humidade e actuam como texturizadores e estabilizadores

    Composio dos alimentosLpidos

  • 21/09/2014

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    amidos e amidos modificados de batatas, milho, aveia, arroz, trigo ou tapioca

    do corpo e modificam a texturapara usar com emulsificantes, protenas, gomas

    e outros amidos alimentares modificados

    Composio dos alimentosLpidos

    protenas microcristalinas produzidas a partir das protenas do soro ou do leite e ovo

    aquecimento e corte simultneos, de modo a produzir pequenas partculas de protena coagulada

    sensao na boca semelhante da gordura

    Composio dos alimentosLpidos

  • 21/09/2014

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    Acarescarboidrato qualquer composto com frmula

    (CH2O)n com n 3n = 3 triosen = 4 tetrosen = 5 pentosen = 6 hexose

    Composio dos alimentos

    acares simplesacares necessrios vidamonossacridos

    glucose (dextrose), frutose (levulose), manose, galactose

    glucose o acar mais abundante na naturezaconstituinte principal da celulose e amido

    dissacridossacarose, lactose, maltose

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    Monossacridosacares que no podem ser hidrolisados a acares

    mais simplesglucose, frutose

    constituintes bsicos de todos os outros carboidratos

    Composio dos alimentosAcares

    estruturasaldoses - acares com uma funo aldedo

    glucose um polihidroxialdedocetoses acares com um grupo cetona em C2

    frutose uma cetoseC1 carbono anomricodisposio do grupo OH em C5 determina a configurao

    absolutaacares D tm C5-OH a apontar para a direita

    maioria dos acares naturaisnos acares L aponta para a esquerda

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    Composio dos alimentosAcares

    estruturasreaco intra-molecular entre o aldedo em C1 e o C5-OH

    produz um anel piranoseformao de um hemiacetal origina um novo grupo

    OH em C1abaixo do plano a-D-glucoseacima do plano b-D-glucose

    reaco entre C1 e C4-OH produz um anel furanose

    Composio dos alimentosAcares

    b-D-glucopiranosea-D-glucopiranose

  • 21/09/2014

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    estruturasamido formado por unidades a-D-glucosecelulose formada por unidades b-D-glucose

    Composio dos alimentosAcares

    reactividade dos monossacridoslcoois esterificam com cidos

    pentassulfato por reaco com H2SO4pentafosfato com H3PO4pentaacetato com anidrido actico

    tambm se aplica a amido e celulosegrupos OH metilados com etxido de etileno, produzindo

    um ter (R-O-Me)iodeto de metilo em condies alcalinas tambm conduz

    a metilaometilao permite determinar o tamanho do anel e o

    tipo de ligao entre monossacridos

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    reactividade dos monossacridosaldedo facilmente oxidado, formando cidos carboxlicosaldedos sofrem adio com aminas, formando uma base

    de Schiff1 passo da reaco de Maillard

    Composio dos alimentosAcares

    reactividade dos monossacridosadio com fenil hidrazina, produzindo osazonas

    cristais amarelos a frioosazonas formadas por diferentes acares tm

    pontos de fuso diferentesusados para identificar o acar de partida

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    reactividade dos monossacridosaldedos formam lcoois por reduo com borohidreto de

    sdio

    Composio dos alimentosAcares

    Poliis ou lcoois de acar produtos da hidrogenao do grupo aldedo de acares

    simplesalguns ocorrem na natureza, outros so sintticosmenor teor calrico que acares comuns

    usados por diabticosno degradados por microrganismos na boca

    no provocam cries

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    Dissacridos formados quando um grupo OH de um monossacrido

    reage com o carbono anomrico de outroligao glicosdica hidrolizada por cidos (inverso),

    dando os monossacridos constituintes

    Composio dos alimentosAcares

    reactividade dos dissacridoshidrlise pode ser feita por invertasesacarose no tem carbono anomrico

    acar no redutorglucose e frutose so acares redutores

    reduzem Cu2+ a Cu+ (precipita como hidrxidode cobre Cu(OH)2), sob condies detemperatura e pH elevados

    teste de Fehling para acares redutores

    Composio dos alimentosAcares

    acares com reagente de Fehling

    aps aquecimento

  • 21/09/2014

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    reactividade dos dissacridos cristais aquecidos derretem e depois sofrem desidratao

    e polimerizaocaramelizao

    Composio dos alimentosAcares

    Polissacridos amido

    amidos comerciais contm 2 polissacridosamilose e amilopectina (0.25:0.75)

    separados por precipitao selectiva ou solubilizao selectiva

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    precipitao selectivaamido dissolvido com solvente orgnico

    dimetilsulfxido, adio de BuOH ou I2

    complexo insolvelpp amilose

    Composio dos alimentosAcares

    solubilizao selectivaamido aquecido

    amilose dissolvemistura de amilose dissolvida e

    amilopectina insolvel separada por filtrao

    amido o polissacrido mais abundante aps a celulosereserva de energia para plantas superioresocorre como grnulos visveis ao microscpio ptico

    proveniente de cereais, legumes e tubrculosdiferentes propriedades segundo origempodem ser distinguidos por raios X

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    amilosepolmero de unidades a-D-glucose ligadas por

    ligaes 1,4adopta estrutura de dupla hlice quando secaadopta forma aleatria em soluoadio de iodo origina um complexo de incluso

    (g-amilose)

    Composio dos alimentosAcares

    mudana de cor do iodo (450 para 620 nm) devida mudana de polaridade da gua para o interior no polar da hlice

    amilose forma complexos de incluso com outros solutos no polares

    BuOH, cs. gordos, hidrlise enzimtica da amilose origina produtos de

    cadeia mais curtamenor capacidade de ligao ao iodo

    medida da actividade da amilase

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    amilopectinapolmero linear de unidades a-D-glucose ligadas por

    ligaes 1,4, com ramificaes a(16) a cada 15-20 unidades de glucose

    ramificao impede formao de hlice e ligao de iodo

    percentagem de amilose calculada a partir da quantidade de iodo complexada (Y mg)

    % amilose = (Y x100/20)elevado grau de ramificao aumenta

    solubilidade do amido

    Composio dos alimentosAcares

    gros de amido so insolveis em guarecuperados por filtrao

    cada tipo de amido sofre mudanas fsicas tpicas quando aquecido

    temperatura de gelatinizao aumento brusco de absoro de gua, causando um aumento de 100% no volume dos grnulos

    amilose libertada dos grnulosaumento na viscosidade da soluocalorimetria de varrimento diferencial e

    viscosimetria mtodos de verificao da temperatura de gelatinizao

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    pectinaexo-polissacrido encontrado em plantas terrestres

    serve de cimento intercelular, ajudando a manter juntas as clulas

    extrada a partir de citrinos por extraco alcalina, seguida por precipitao com clcio ou EtOH

    Composio dos alimentosAcares

    estrutura baseada em 2 tipos de monossacridossequncias repetidas do ster metlico do cido

    poli-galacturnicosequncias de ramnose ocorrem juntamente com

    pequenas quantidades de sequncias mistas

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    caractersticas conformacionaisresduos de cido a-D-galacturnico ligados por

    ligaes a-1,4unidades empilhadas uma sobre a outraformao de bolsas com capacidade de

    ligaounidades ramnosil ligadas por ligaes b-1,4

    estrutura semelhante da celulose

    Composio dos alimentosAcares

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    quando aquecida em soluo, hlice perde estrutura terciria

    se a temperatura for reduzida, pectina forma um gelmtodos para avaliar fora do gel:

    mtodo SAGanalisador Voland Stevensdeterminao da temperatura de gelao

    Composio dos alimentosAcares

    alginatopolissacrido isolado de algas castanhas

    homopolmero de cido b-D-manurnico, cido a-L-gulurnico e sequncias mistas de ambos

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    estrutura do alginatosequncias de cido b-D-manurnico adoptam

    estrutura secundria de hlice estendidasequncias de cido gulurnico ligadas por

    ligaes a-1,4 semelhantes s da pectina

    Composio dos alimentosAcares

    alginato adopta estrutura no organizada em soluoviscosidade aumenta em funo da concentrao

    e peso molecularadio de ies (Mg2+, Ca2+, Sr2+, Ba2+) induz

    formao de gelalginato usado como espessante, estabilizante de

    molhos e geladosalginato forma pelculas, usadas na cobertura de

    peixealginato usado na produo de legumes, carne ou

    peixe reestruturados

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    xantano e outros exo-polissacridos de origem microbiana

    xantano (E415) foi o 1 polissacrido microbiano aprovado para uso alimentar

    produzido por culturas imersas de Xanthomonas campestris

    Composio dos alimentosAcares

    xantano consiste numa cadeia central de b-1,4-D-glucose, a qual sustenta uma cadeia de trissacrido (3,1-a-D-manopiranose-2,1-b-D-cido glucornico-4,1-b-D-manopiranose)

    cadeia central rgida, mas cadeias laterais conferem aumento de solubilidade relativamente celulose

    xantano no forma gel, excepto na presena de galactomananos

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    xantano possui elevada estabilidade relativamente a pH, aquecimento e enzimas

    usado como espessante e estabilizadorpouco digervel

    utilizao em alimentos pouco calricosfunciona como fibra alimentar

    Composio dos alimentosAcares

    goma gelana (E418) um polissacrido linear produzido por fermentao com Sphingomonas elodea

    cadeia linear de glucose, cido glucornico, glucose e ramnose

    agente gelanteem concentraes muito baixas produz gis

    fluidosusados para barrar

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    goma Wellan - polissacrido produzido por Alcaligenessp.

    estrutura glucose, cido glucornico, glucose, ramnose, com uma ramificao ramnose no 3 resduo

    no forma gisgoma ramsan outro polissacrido ramificado que no

    forma gistambm produzido por Alcaligenes sp.

    Composio dos alimentosAcares

    galactomananos gomas das sementespolissacridos de armazenamento mais abundantes

    aps o amidoextrados de sementes de leguminosas

    guar, tara, goma de alfarroba

    Composio dos alimentosAcares

    Guar Cyamopsis tetragonolobus

  • 21/09/2014

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    estrutura baseada numa cadeia de manose com ligaes b-1,4, com cadeias laterais de galactose

    solubilidade aumenta com n de resduos galactose

    razo manose:galactose2:1 guar3:1 tara4:1 alfarroba

    usados como gelantes e espessantes

    Composio dos alimentosAcares

    glicognioequivalente animal do amidomais ramificado que amilopectina

    degradao nos msculos influi na qualidade da carne

    Composio dos alimentosAcares

  • 21/09/2014

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    Fibra alimentarcelulose, xilanose e componentes da parede celular

    vegetal, no digerveisruminantes possuem enzimas digestivas capazes de

    os degradar

    Composio dos alimentos

    gua70% ou mais em peso dos alimentospropriedades diferentes das dos outros lquidos, devido

    s grandes foras atractivas existentes entre as molculas

    ligaes de hidrognio

    Composio dos alimentos

  • 21/09/2014

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    estado lquido - 1 molcula de H2O liga-se a outras 3.4 molculas de H2O

    estado slido - 1 molcula liga-se a 4lquido polar

    Composio dos alimentosgua

    aw gua disponvelrazo entre a presso de vapor da soluo (substncias

    dissolvidas) e a presso de vapor do solvente (gua)proporcional fraco molar do solutodepende do soluto que nela est dissolvido, i. e. da

    composio do alimento (carboidratos, sais minerais, ...)

    Composio dos alimentosgua

    aw = P/P0 = x0(P0-P)/P = x1/(x1+x2)

    x1=n de moles do soluto

    aw Alimentos

    0.98Carne e peixe frescos

    Frutas e legumes frescos

    Leite e bebidas

    0.93 - 0.98

    Leite evaporado

    Pasta de tomate

    Carne enlatada

    0.85 - 0.93Fiambre fresco

    Leite condensado aucarado

    0.60 - 0.85

    Frutas secas

    Cereais

    Compotas

    0.60Chocolate

    Bolos

    Leite em p

  • 21/09/2014

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    isotermas de sororelacionam humidade ambiente com aw do alimento a

    uma dada temperaturataxas deveriam ser idnticas (alimentos em equilbrio),

    mas normalmente uma superior outramodificaes da estrutura dos alimentosinteraces com solutos

    adsoro quando o teor de humidade do alimento inferior humidade relativa da atmosfera circundante

    o alimento pode absorver guadesoro no caso contrrio

    Composio dos alimentosgua

    estgio 1 - gua fortemente ligada, entrando na composio molecular. Chama-se gua de constituio e no fundvel nem congelvel

    estgio 2 - gua mais fracamente ligada. absorvida por condensao superfcie formando-se camadas de gua ligadas por pontes de H

    estgio 3 - gua livre condensada em capilares e interstcios. Um ligeiro aumento desta quantidade de gua no produto provoca um grande aumento de aw

    Composio dos alimentosgua

  • 21/09/2014

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    isotermas de soro possibilitam:previso e controlo da actividade microbianapreviso da velocidade dos fenmenos bioqumicospreviso da variao de peso durante o

    armazenamentocontrolo do processo de secagem e do processo de

    armazenamentoestimativa da durao prtica do armazenamentoestabelecimento do tipo de embalagem

    Composio dos alimentosgua

    Vitaminascompostos orgnicos no sintetizados no corpo humano

    (excepto D) necessrios manuteno da sadelipossolveis (A, D, E, K)hidrossolveis

    Composio dos alimentos

    vit. A vit. B12

  • 21/09/2014

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    Anti-oxidantes naturaiscompostos presentes nos alimentos, capazes de impedir

    oxidaes provocadas por O2 e metaisOxidao adio de oxignio ou remoo de hidrognio

    de uma molculadiversas reaces de oxidao no envolvem

    directamente O2

    Composio dos alimentos

    oxidao afecta alimentosmicro constituintes

    cores, compostos responsveis pelo flavour, vitaminas, minerais

    macro constituintescarboidratos, lpidos, protenas

    factores de qualidadepropriedades organolpticas e nutricionais

    tempo de prateleira e segurana

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

  • 21/09/2014

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    oxidao destri ligaes duplas conjugadasperca de corperca de vitaminas

    reaces entre cs. gordos polinsaturados e O2 forma hidroperxidos (ROOH)

    degradados a compostos de baixo peso molecularcetonas, aldedos, lcooisprovocam sabores e aromas desagradveis

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    caractersticas da oxidao de alimentosmaioria dos processos de oxidao envolvem

    reaces de transferncia de 1 e-

    desidrogenao de RHRH R(ox) + 1e

    - + H+

    remoo de um e- de RH por um radical livreRH + OH

    . R. + H-O-Hoxidao tambm pode ocorrer por adio de O2 a

    RH, formando ROOH

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

  • 21/09/2014

    65

    espcies reactivas de oxignio (ROS)oxignio molecular sofre um processo de reduo de

    4 electres para formar guaforma espcies de oxignio activado

    superxido, perxido e radical hidroxilo

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    O2 atmosfrico no reactivo porque est no estado estacionrio

    n total de spin = 2S+1electres com spins paralelos 2(0.5+0.5)+1=3

    tripletoelectres com spins opostos 2(-0.5+0.5)+1=1

    singuleto

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

  • 21/09/2014

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    no O2 atmosfrico existem 2 e- desemparelhados na orbital p*2p (anti-ligante)

    tripleto pouco reactivosinguleto muito reactivo

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    radical superxido (.O2) um produto intermdio da

    respirao aerbia, mas tambm se forma por reaco do O2 com metais de transio

    radical peroxilo forma-se quando um radical hidrocarboneto reage com O2

    .R + O2

    .OOR

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

  • 21/09/2014

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    radical hidroxilo (.OH) forma-se quando um perxido

    reduzidose o agente redutor for um io metlico reaco de Fenton

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    catalisadores da oxidao de alimentosradiao electromagntica

    mais eficaz na presena de sensibilizadores (pigmentos, )

    ies metlicoshemos dissociados

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

  • 21/09/2014

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    Inibidores da oxidao dos alimentosagentes quelantes

    reduzem concentrao de ies metlicos em soluoextintores de radicais livres

    formam radicais estveis e menos reactivosagentes redutores

    dadores de electresagentes que removem ou reduzem a concentrao de O2

    e/ou H2O2

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    Antioxidantes naturaisbenefcios

    aco positiva sobre a sadelimitaes

    interferncia no flavournecessrio avaliar a segurana

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

  • 21/09/2014

    69

    Antioxidantes naturaistocoferis

    a, b, g, dtransferncia do hidrognio fenlicocaptura do oxignio singuleto

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    Antioxidantes naturaiscido ascrbico

    dador de hidrognioextintor de oxignio singuletoremoo de oxignio molecularregenerao de radicais tocoferolpro-oxidante reduo de Fe3+ a Fe2+

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

  • 21/09/2014

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    Antioxidantes naturaiscarotenides

    extino de oxignio singuleto

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    Antioxidantes naturaisquelantes de metais

    cido fosfricocido ctricocido ascrbicoEDTAaminocidos e pptidosprotenas (transferina, ovotransferina)

    formam complexos ou compostos de coordenao

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

  • 21/09/2014

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    Antioxidantes naturaisflavonides

    produtos secundrios do metabolismo das plantasquelantes de metaissequestradores do anio superxidodadores de hidrognio

    antocianinas, flavanois, flavonois, flavonas, isoflavonas, proantocianidinas

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    Quercetina

    Antioxidantes naturaisreaco de Maillard (acastanhamento no enzimtico)

    reaco entre compostos com um grupo carbonilo e aminas

    compostos com grupo carbonilo dos alimentos:aldedoscetonasacares redutores

    compostos com grupos amina:aminocidos, polipeptidos ou protenas

    1 passo uma reaco de adio entre um acar redutor e uma amina primria

    produto final um pigmento castanho melanoidinapassos intermdios mal conhecidos

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

  • 21/09/2014

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    reaco de Maillard varia com:temperaturatempo de reacocomposio do alimentohumidadepH

    reaces paralelas ou em srie produzem diversos produtos de reaco

    importantes como corantes, componentes do flavour e anti-oxidantes

    alguns possuem propriedades adversasreaco de acares com lisina produz protenas

    com digestibilidade reduzidatemperaturas de cozedura elevadas produzem

    aminas heterocclicas que so fortes mutagneos

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    reaco de Maillard tambm ocorre temperatura ambiente durante armazenamento prolongado

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    Changes in the free HMF of UHT sterilised milk stored at different temperaturestemp. 4C temp. 8C temp. 20C

  • 21/09/2014

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    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    qumica da reaco de Maillardformao de uma base de Schiff

    amina primria reage com um acar atravs de uma adio-eliminao

    ataque nucleoflico ao grupo carbonilo seguido por perca de uma molcula de H2O formando uma imina (base de Schiff)

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

  • 21/09/2014

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    qumica da reaco de Maillardrearranjo de Amadori

    a imina isomeriza para formar um composto de Amadori

    equilbrio ceto-enlico

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    qumica da reaco de Maillardformao de deoxiosonas

    intermedirio de Amadori liberta uma amina e forma uma deoxiosona

    processo depende do pHpH

  • 21/09/2014

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    qumica da reaco de Maillardformao de compostos responsveis pelo flavour

    deoxiosonas so reactivas e sofrem diversas reaces, formando compostos que influem na cor e no flavour

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    qumica da reaco de Maillarddegradao dos produtos de Amadori a pH bsico

    em condies alcalinas, produtos de Amadori fragmentam e formam compostos bicarbonilos de baixo peso molecular

    auto-polimerizam para formar melanoidinas

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

  • 21/09/2014

    76

    qumica da reaco de Maillarddegradao de Strecker

    alguns compostos bicarbonilo combinam com a. a.eliminao de RCHO, formando compostos

    heterocclicos simplespirazinas, oxazis, tiozol, pirrol e tiofenos

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    Reaco de Maillard

    acares redutores e a-amino cidos

    n-glicosilamina ou n-fructosilamina

    1-amino-1-deoxi-2-cetose (intermedirio de Amadori)

    reductonas e desidroreductonas

    furanos tiofenos pirris

    condensao retroaldlicaH2S & NH3degradao de Strecker

    amino cidos

    hidroxiacetona

    acetona

    acetilaldedo

    glioxal piruvaldedo glicerolaldedo

    (Metional, NH3 & H2S)

    heterociclizao

    pirazinas, piridinas, tiazis, pirris & oxazis

  • 21/09/2014

    77

    variveis que afectam a reaco de Maillardgua

    pHaumento de pH provoca aumento da extenso da

    formao de compostos com cor

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    produtos resultantes da oxidao de lpidos contribuem para a formao de melanoidinas

    oxidao no enzimtica de lpidos tambm origina produtos anti-oxidantes

    reaco de protenas com produtos de oxidao dos lpidos

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

  • 21/09/2014

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    Determinao da capacidade anti-oxidante totalreaco modelo baseada na oxidao in vitro do cido

    linoleico ou LDL humanamedio da capacidade de captura de radicais

    ensaio do DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazina)ensaio TRAP (total radical-trapping parameter)ensaio TEAC (Trolox equivalent antioxidant activity)ensaio ORAC (oxygen radical absorbance capacity)

    FRAP (ferric-reducing antioxidant power)ensaio do cido tiobarbitrico (TBARS) mede a oxidao de

    lpidos

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

    Anti-oxidante idealausncia de efeitos fisiolgicos prejudiciaissem influncia organolptica negativaeficaz a baixas concentraessolvel em lpidosefeito persistentefacilmente disponveleconmicono absorvido pelo corpo

    Composio dos alimentosAnti-oxidantes

  • 21/09/2014

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    Aditivos alimentaresinicialmente, substncias adicionadas em pequenas

    quantidades para assegurar a conservaooutros aditivos introduzidos para melhorar a aparncia

    e restantes qualidades organolpticassubstncias adicionadas intencionalmente aos alimentos

    para melhorar as suas caractersticas, tcnicas de elaborao, conservao e/ou melhorar a sua adaptao ao uso a que se destinam

    como no possuem valor nutritivo, no podem ser considerados alimentos nem ingredientes utilizados na sua elaborao

    Composio dos alimentos

    Classificao dos aditivosmodificadores das caractersticas organolpticas

    corantesaromatizantespotenciadores de saboredulcorantes artificiais

    aditivos que melhoram caractersticas fsicasestabilizantesemulsificantesespessantesgelificantesanti-espumferoshumectantesanti-aglutinantes

    Composio dos alimentosAditivos

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    Classificao dos aditivosevitam alteraes qumicas e biolgicas

    conservantesanti-oxidantessinrgicos dos anti-oxidantes

    melhoradores ou correctores das propriedadesreguladores de pHgaseificantes

    Composio dos alimentosAditivos

    corantessubstncias que proporcionam, reforam ou variam a cororgnicos

    obtidos a partir de plantas ou animaisclorofilacarotenidesbetalanasantocianinas

    Composio dos alimentosAditivos

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    Composio dos alimentosAditivos

    clorofila

    carotenide

    antocianina

    betalana

    mineraisactualmente no utilizados nos alimentos

    sulfato de cobrecromato de chumbolaca

    Composio dos alimentosAditivos

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    sintticosmais de 3000, dos quais apenas 10 % usados nos

    alimentosproporcionam cores persistentescores variadas e uniformescores de diversas intensidadeselevada pureza e baixo preopodem obter-se em grandes quantidades

    Composio dos alimentosAditivos

    Fluorona Food Red 14 (FD&C N. 3)

    segundo solubilidadecorantes hidrossolveiscorantes lipossolveiscorantes insolveis

    Composio dos alimentosAditivos

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    tipos de aromas e saboresdoceamargocidosalgadopicanteadstringentemetlico

    aroma devido a substncias dispersas nos gases

    sabor devido ao contacto de uma soluo aquosa de uma determinada substncia com os sensores da superfcie da lngua e regies adjacentes da boca

    substncias insolveis em gua no tm sabor

    Composio dos alimentosAditivos

    diferenas de intensidade dos sabores devem-se:interaco entre as molculas da gua com as do

    alimento (soluto)compatibilidade entre as estruturas qumicas da

    gua com as do solutosensaes salgadas e cidas mais intensas

    pois so causadas por substncias mais compatveis com a gua do queas doces ou amargas, alcanandoregies mais profundas do epitlio

    Composio dos alimentosAditivos

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    aromatizantessubstncias que proporcionam cheiro e sabor aos

    alimentosnaturais

    limonenoessncia de pinheiro

    artificiaisgrande poder aromatizantebaratosmais persistentes

    acetaldedo2-acetil-3-etilpirezina

    Composio dos alimentosAditivos

    Composio dos alimentosAditivos

    OH

    O CH3

    H O

    VanilinaNatural ou sinttica

    OH

    OH2C

    H O

    CH3

    EtilvanilinaEstritamente sinttica(aroma mais intenso)

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    potenciadores de saborcido glutmicoglutamato de sdio

    Composio dos alimentosAditivos

    edulcorantes artificiaisactuam sobre o sabor dos alimentos produzindo uma

    sensao docepoder edulcorante muito superior ao de qualquer acar

    naturalsem valor nutricionalreforam o sabor doce dos alimentos, como

    complemento dos acares ou por si s

    Composio dos alimentosAditivos

    S

    NH

    O

    OO

    sacarina

    Acar Poder edulcorante relativo

    Lactose 16

    Maltose 30

    Glucose 70

    Sacarose 100

    Frutose 170

    Sacarina 40 000

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    estabilizantesimpedem alteraes de forma ou natureza qumica nos

    alimentos, inibindo reaces ou mantendo o equilbrio qumico

    podem dividir-se em:emulsificantesespessantesgelificantesanti-espumferoshumectantes

    Composio dos alimentosAditivos

    emulsificantesmantm uma disperso uniforme de 2 ou mais

    fases no miscveisconcentram-se na interface reduzindo a tenso

    superficialemulso estvel

    substncias tensioactivas (contm molculas de ambas as fases)

    goma arbica, alginato de clcio, agar- agar, pectina, celulose, lecitina

    Composio dos alimentosAditivos

    H2C

    HC

    O

    H2C O P O CH2CH2N+(CH3)3

    O

    O-

    C

    O

    C17H33

    O C C17H31

    O

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    espessantesaumentam a viscosidade dos alimentos

    combinam-se com a gua para aumentar a viscosidade e formar gis

    amido, polidextrose, pectina

    Composio dos alimentosAditivos

    gelificantesprovocam a formao de um gel

    alginatos, agar, carragenano

    Composio dos alimentosAditivos

  • 21/09/2014

    88

    anti-espumferosevitam ou controlam a formao de espuma no

    desejvelsilicone evita formao de espuma CO2 estabiliza a espuma formada

    Composio dos alimentosAditivos

    humectantestm afinidade para a gua, estabilizando o teor

    adequado de humidadesorbitol, celulose e derivados, ortofosfatos

    anti-aglutinantesimpedem a aglutinao, floculao, coagulao

    ou peptizaocarbonato de clcio, silicato de clcio

    Composio dos alimentosAditivos

  • 21/09/2014

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    conservantessubstncias que se adicionam aos alimentos para os

    proteger de alteraes biolgicas como fermentaes, putrefaco e emboloramento

    cido srbico, benzoato de clcio, anidrido sulfuroso, cido actico, cido lctico, nitrato de potssio, cido benzico

    caractersticas a respeitar:no txicos nem prejudiciais nas doses

    permitidasno alterveis no metabolismo humano para um

    produto txicono pode ser utilizado para mascarar

    ingredientes ou alimentos em mau estado, nem processos de fabrico fraudulentos

    fcil identificao analtica

    Composio dos alimentosAditivos

    anti-oxidantessubstncias que impedem ou retardam as oxidaes

    catalticas e rancidez natural ou provocada pela aco do ar, luz, metais e temperaturas elevadas

    devem ser lipossolveis e no comunicar cheiro nem sabor ao alimento

    produtos que apenas tm aco anti-oxidanteBHA, BHT

    produtos com outras aces, alm da anti-oxidanteSO2, Na2SO3, NaHSO3

    Composio dos alimentosAditivos

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    capacidade inibidora da oxidao mede-se pelo factor de proteco

    FP>1 anti-oxidanteFP

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    anti-oxidantes sintticoscido ascrbico e derivados

    efeito fraco, requer sinrgicorapidamente degradado

    galatosefeito fortesabor um pouco amargosinrgicos (cido ctrico) potenciam

    SO2reage com O2 do ar formando H2SO4

    BHAmuito eficazsolvel em lpidossem cor nem sabor

    BHTsolvel em lpidosmenor poder anti-oxidantealguma toxicidade

    Composio dos alimentosAditivos

    sinrgicos de anti-oxidantessubstncias que, sem ser anti-oxidantes, reforam a

    aco destescido lcticocido ctricoortofosfato de sdio

    potencia a aco dos sulfitos

    Composio dos alimentosAditivos

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    reguladores de pHcidos, bases e sais usados para controlar o pH dos

    alimentosorgnicos

    lactato de clciocitrato de sdio

    inorgnicoscarbonato de sdiosulfato de clcio

    Composio dos alimentosAditivos

    gaseificantessubstitutos da levedura, para produo de CO2

    CO2bicarbonato de sdiosulfato de clciosulfato de sdiofosfato de amnio

    outros aditivosempregues em aces especficas

    desenformadoresplastificantes

    Composio dos alimentosAditivos

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    Compostos txicos naturaisalguns metabolitos secundrios das plantas so txicos

    solanina das batatascompostos produtores de cianeto no feijo-de-limasafrolo em especiariascido prssico em amndoascido oxlico em espinafres e rubarboinibidores enzimticos e hemaglutininas em soja

    tiramina no queijoavidina na clara de ovo

    antagonista da biotinatiaminase no peixe

    destri vitamina B1cido domoico no pescado

    perca de memria

    Composio dos alimentos

    solo e gua contm metais perigososPb, Hg, Cd, As, Zn, Se

    toxinas produzidas por microrganismosaflatoxinastricotecenosocratoxinasfumonisinaszearalenona

    Composio dos alimentosComp. txicos naturais

  • 21/09/2014

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    Clostridium perfringenscarne contaminada por contedo intestinal

    durante o abatediversas toxinas

    C. botulinumtoxina do botulismo

    Bacillus cereuscereulide

    Staphylococcus aureusenterotoxinas, entre outras

    Escherichia coliO157:H7

    Composio dos alimentosComp. txicos naturais

    produtos formados durante a preparao dos alimentosnitrosaminasPAHsaminas heterocclicas

    maioria destes compostos txicos so removidos ou inactivados quando os alimentos so processados

    Composio dos alimentosComp. txicos naturais

  • 21/09/2014

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    Substncias provenientes da contaminao ambientealimentos contaminados devido ao modo como so

    cultivados, criados, processados, armazenados ou preparados

    geralmente existentes em concentraes muito baixas e sem risco srio

    Pbbifenilos policlorados (PCBs)produtos de pirlise resultantes da preparao

    culinria

    Composio dos alimentos

    Compostos originados durante o processamentoperca de qualidade em alimentos frescos

    deteriorao qumicadeteriorao biolgica

    deteriorao resulta parcialmente da perca de regulao metablica e homeostase*

    alteraes relativamente rpidas para alimentos de origem animal

    alimentos de origem vegetal deterioram-se mais lentamente

    alterao biolgica tambm ocorre devido senescncia dos tecidos

    Composio dos alimentos

    *propriedade de um ser vivo regular o seu ambiente interno de modo a manter uma condio estvel

  • 21/09/2014

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    senescnciadiversas alteraes irreversveis das clulas

    em geral, termina na morte celularsegue-se ao crescimento e maturao

    Composio dos alimentosComp. orig. durante process.

    frutos podem crescer segundo uma sigmoidal (mas) ou uma dupla sigmoidal (peras)

    fase de arranque, crescimento, diviso celular, expanso

    crescimento seguido de maturao e senescnciaprodutor de alimentos tenta impedir maturao

    prematura

    Composio dos alimentosComp. orig. durante process.

  • 21/09/2014

    97

    frutos climatricosaumento no consumo de O2 e na produo de

    etileno no incio da maturaoaplicao externa de etileno diminui o tempo at

    ao incio da maturaoaumento no consumo de O2 permanente ou

    irreversvelfrutos no climatricos

    amadurecem sem aumento no consumo de O2 e sem um pico evidente na produo de etileno

    adio externa de etileno provoca um aumento imediato no consumo de O2

    efeito transiente; pra se etileno for removido

    Composio dos alimentosComp. orig. durante process.

    frutos climatricosmas, bananas, figos, meloa, pra, manga, tomate

    frutos no climatricosmirtilo, uva, limo, lima, toranja, laranja, azeitona,

    anans, morango

    Composio dos alimentosComp. orig. durante process.

    climatricos

    no climatricos

  • 21/09/2014

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    amadurecimento provoca alteraes na ultra-estrutura, cor, textura e flavour dos frutos

    durante amadurecimento, amido hidrolisado em glucose, a qual depois transformada em sacarose

    volteis dos frutos so steres de baixo peso molecular formados a partir de lcoois C5 e cido butanico

    maioria so aldedos e cetonas formadas como produtos secundrios de degradao de hidroperxidos

    hidroperxidos provenientes da oxidao dos lpidos

    Composio dos alimentosComp. orig. durante process.

    qualidade dos alimentos crneos e pescado determinada por factores que afectam o pH dos tecidos

    transporte antes do abatereservas de glicognio nos tecidos, na altura do

    abatetemperatura de armazenamento da carcaaestmulos elctricos

    converso de msculo em carne determinada pela velocidade do metabolismo do glicognio, o qual produz cido lctico aps o abate

    Composio dos alimentosComp. orig. durante process.

  • 21/09/2014

    99

    fases da converso de msculo em carne

    Composio dos alimentosComp. orig. durante process.

    Fase pr-rigor ATP dos msculos elevado

    Fase do rigorExausto de ATP

    Textura rgida

    Fase ps-rigorAmaciamento devido aco de proteases

    converso de msculo em carnecirculao de sangue interrompida logo aps o abate

    no h transferncia de O2 dos pulmes para os tecidos

    1-imediatamente aps a morte, nveis intracelulares de ATP permanecem elevados

    relaxao muscular e textura macia2-exausto de ATP

    msculo entra em contraco (rigor mortis)3-proteases activadas a pH baixo

    perca de textura do msculo

    Composio dos alimentosComp. orig. durante process.

  • 21/09/2014

    100

    qualidade da carne depende principalmente do pHdeve baixar de 7.3 para 5.3 em 24 h

    Composio dos alimentosComp. orig. durante process.

    qualidade da carne tambm depende da temperaturaarmazenamento entre 1-5 C

    aumento indesejvel da rigidezevitado por armazenamento a 15 C ou

    estmulos elctricos

    Composio dos alimentosComp. orig. durante process.

  • 21/09/2014

    101

    maturao da carne conduz a um endurecimentoresultado do aumento no tamanho e quantidade de

    fibra muscularperca de elasticidade devido a aumento de ligaes

    cruzadas no colagnio

    Composio dos alimentosComp. orig. durante process.