APOSTILA -...

57
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO - FAVENI APOSTILA DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E DESENVOLVIMENTO HUMANO ESPÍRITO SANTO

Transcript of APOSTILA -...

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO - FAVENI

APOSTILA

DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR

E DESENVOLVIMENTO HUMANO

ESPÍRITO SANTO

2

FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A conduta humana organiza-se em esquemas de ações ou de representações

adquiridos, elaborados pelo indivíduo a partir de sua experiência individual, que

podem coordenar-se variavelmente em função de uma meta intencional e formar

estruturas de conhecimento de diferentes níveis. A função que integra essas

estruturas e sua mudança é a inteligência.

A Inteligência é definida por dois aspectos

Organização: forma determinada de organização do conhecimento. Exemplo: não

pensamos em como caminhamos, simplesmente caminhamos, ou seja, tenho uma

estrutura conhecido, a ação é o plano representativo deste esquema.

3

Adaptação: realiza-se através da assimilação e acomodação.

Assimilação e Acomodação

Assimilação: transforma o objeto de conhecimento de acordo com o que temos

construído. Exemplo: comer maçã o organismo absorve, faz parte dele.

Acomodação: adaptar-se ao objeto de conhecimento através do sujeito. O sujeito se

transforma para acomodar o objeto. Exemplo: a criança difere que existem vários tipos

de cães, pequeno, grande, feroz, amigo.

Estágio Sensório-Motor (0-2 anos)

4

Desenvolvimento inicial das coordenações e relações de ordem entre ações, início de

diferenciação entre o próprio corpo e os objetos; aos 18 meses, mais ou menos,

constituição da função simbólica (capacidade de representar um significado a partir

de um significante). No estágio sensório-motor o campo da inteligência aplica-se a

situações e ações concretas.

Subestágios do estágio sensório-motor:

o Subestágio 1(0-1 meses);

o Subestágio 2(1-4 meses);

o Subestágio 3(4-8 meses);

o Subestágio 4(8-12 meses);

o Subestágio 5(12-18 meses);

o Subestágio 6(18-24 meses).

Reação Circular

Segmento de conduta que o bebê associa a uma consequência que tenta reproduzir

repetindo tal conduta. O resultado deste exercício é o fortalecimento do esquema

motor, que tenderá a conservar-se e a aperfeiçoar-se.

Reações Circulares primárias

5

São esquemas simples, descobertos fortuitamente pelo bebê e circunscritos a seu

próprio corpo. Exemplo: chupar a mão;

Reações Circulares secundárias

São coordenações de esquemas simples cujas consequências são inicialmente

casuais. Ao contrário das primeiras, os efeitos associados à conduta ocorrem não

mais no próprio corpo, senão no meio físico ou social. Exemplo: adulto tamborilar os

dedos sobre a mesa, o bebê se agita e o adulto entende que deve repetir o ato.

Reações Circulares terciária

Resultam da coordenação flexível de esquemas secundários, experimentando novos

meios que levam a um efeito desejado, servem para "ver o que acontece". Exemplo:

a criança usa um objeto para lançar outro.

Subestágio 1 (0-1 meses)

O exercício dos reflexos inatos

O bebê relaciona-se com o mundo através dos sentidos e da ação. Os reflexos inatos

proporcionam-lhe um repertório mínimo de condutas, mas que é suficiente para

sobreviver.

A conduta reflexiva é desencadeada quando ocorre uma determinada estimulação.

Exemplo: sucção.

6

Este estágio é caracterizado pela repetição dos esquemas motores inatos. O processo

fundamental na adaptação é a assimilação: a experiência derivada do exercício do

reflexo permite ao recém-nascido adaptar-se a novas condições de estímulo repetindo

assimiladoramente o mesmo esquema de ação; ou seja, reagindo de modo

semelhante a ambas, a assimilação nova à anterior.

A Assimilação apresenta 3 aspectos:

Repetição: assimilação funcional ou reprodutora, que assimila o objeto à função.

Exemplo: suga o mamilo sempre que este é aproximado;

Generalização: assimilação extensiva a objetos novos e variados. Exemplo: suga todo

objeto colocado próximo a boca (fralda, bico)

Reconhecimento: a duração, intensidade ou os componentes do esquema motor

reflexo diversificam-se em função das características do estímulo; por isso dizemos

que o indivíduo reconhece o objeto. Exemplo: diferenciar o-chupável-que-alimenta do

o-chupável-que-não alimenta.

7

Subestágio 2 (1-4 meses)

As primeiras adaptações adquiridas e a reação circular primária.

Formação das primeiras estruturas adquiridas: os hábitos. Exemplo: quando o bebê

faz algo intencional que o agrada/atrai tenta repetir a ação;

Esta é uma reação circular primária porque, por um lado, o efeito inicial produziu-se

de maneira fortuita e porque, por outro, as ações que a criança repete de modo

rotineiro e invariável estão concentradas em seu próprio corpo. Começam a surgir as

primeiras coordenações motoras como pressão-sucção, visão-audição.

Contágio Condutual

O assimilador antecedente à

assimilação: a criança só imita o

adulto quando a conduta a ser

imitada existe previamente no seu

repertório. Exemplo: imitar um som

que o adulto faça, que por sua vez

imitou uma vocalização que a criança

já produzia.

8

Subestágio 3 (4-8 meses)

A reação circular secundária

Reações circulares secundárias: A reação circular secundária envolve objetos

externos; ex: casualmente o bebê alcança o móbile de seu berço; este movimento

tende a ser repetido; o bebê começa a recuperar objetos escondidos.

Neste estágio a criança já interage com o meio, sua estrutura já não é mais só

biológica, os novos esquemas são mais ricos e variados e possibilitam uma atividade

mais liberada.

A assimilação generalizadora com os objetos é muito ativa, a criança explora com

curiosidade aplicando esquemas conhecidos associados a efeitos que já é capaz de

antecipar tais como: chupar sacudir e bater.

Coordenação de esquemas secundários

A criança já é capaz de encontrar objetos escondidos; no subestágio anterior, o bebê

descobre o objeto por acaso; agora, desde o início, existe um objetivo; o bebê

demonstra originalidade e procura utilizar esquemas antigos; seria o que Piaget

chama de "assimilação generalizadora".

A assimilação recognitiva também está relacionada com êxitos posteriores, pois neste

subestágio aparece o reconhecimento motor ela já associa um objeto ao movimento,

ao sacudir o braço ela faz soar o chocalho. Agora a atenção e o interesse da criança

9

deslocam-se até o resultado das suas ações, ela não faz mais só por fazer, a criança

é cada vez mais sensível as mudanças da realidade, fonte de desequilíbrio e novas

acomodações.

Os avanços na conduta mostram a proximidade da atividade intencional, porém ainda

não foi estabelecida a coordenação entre meios e fins.

O efeito produzido pela reação secundária acontece com repetições casuais e

também acontece casualmente. A relação entre a conduta e a meta, por exemplo

espernear para conseguir mexer com os pés um brinquedo pendurado.

No terceiro subestágio, a criança imita somente a conduta visível em seu

próprio corpo. A existência do objeto continua ligada as ações e percepções da criança

ela só o procura se ele está parcialmente oculto, o espaço está restrito a ação

momentânea pois nesta fase existe a ausência da conservação do objeto.

Subestágio 4 (8 - 12 meses)

10

Coordenação de Esquemas Secundários Aplicados a Relações

Meios / Fins

Esquema Sucessão de ações que possuem uma organização de ações e que são

sucessíveis de repetição em situações semelhantes.

Ex: Sacudir um chocalho para fazê-lo soar.

Relações Meios / Fins.

Um esquema media o êxito de uma meta associada a outro esquema. Ex: Agarrar um

brinquedo, retirando um obstáculo que está entre a criança e o brinquedo.

Passagem ao subestágio 4

Aparecimento da intencionalidade.

Acentua-se a atenção que ocorre no meio.

Aparecimento das primeiras coordenações do tipo meios-fios.

As reações secundárias coordenam-se em função de uma meta não imediata.

Meios adequados para a consecução do objetivo proposto.

11

Esquemas do Subestágio 4

Procedem do repertório prévio da criança, havendo a coordenação intencional.

Sacudir um chocalho para produzir um som.

Os esquemas ainda não possuem a mobilidade necessária, a conduta se

repete tipicamente como foi aprendida.

Encontrar um objeto que foi escondido, quando isso é feito diante dela.

Progressos nas habilidades de imitação aproximada. Entre chocar de mãos

quando deve bater palmas.

Progressos nas habilidades de imitação análoga. Abrir e fechar as mãos

quando deve abrir e fechar os olhos.

Possibilidade de imitar movimentos invisíveis. Mover os lábios. Tocar o nariz, a

orelha. Mostrar a língua.

Coordenação dos esquemas de representação facilitando a compreensão de

objetos e fatos.

Disposição de sair de casa quando lhe colocam determinada roupa.

Quando sua fralda é retirada sabe que irá tomar banho.

Esquemas de conhecimento têm progressos, como os relativos à captação do

espaço.

Observação e provocação de deslocamentos de objetos.

Distinção das pessoas (6 - 8 meses)

Chorar quando algum estranho se aproxima sem que uma figura bem

conhecida e protetora esteja presente.

12

Repetição de conduta tal como foi aprendida.

Subestágio 5 (12 - 18 meses)

Reações Circulares Terciárias

É o descobrimento de novas relações

instrumentais como resultado de um

processo de experimentação ajustada à

novidade da situação.

A assimilação agora não é mera

repetição pois na reação circular

terciária o esquema sensório-motor está

integrado por elementos móveis e

variáveis em cada repetição, à medida

que as condições da ação são

modificadas.

A busca ativa de uma nova relação entre meios e fins inicia-se de modo intencional,

mas é atingida normalmente de modo fortuito: quando um esquema prévio não é

eficaz, a criança ensaia procedimentos aproximados até que o tateio leve à resposta

correta.

A criança começa a usar meios novos para atingir seus objetivos e realiza verdadeiros

atos de inteligência e de solução de problemas.

13

Aproxima um objeto puxando algo sobre o qual está situado, por exemplo uma

manta ou uma almofada.

A conduta do barbante é semelhante e consiste em atrair um objeto puxando o

prolongamento do mesmo que pode ser um barbante;

A conduta do bastão consiste em usar um bastão ou um pau para alcançar um

objeto afastado.

Puxar um lençol sobre o qual está de pé até compreender que precisa sair de

cima para poder pegá-lo.

Tentar passar um boneco horizontalmente através das grades verticais do

parque até entender que precisa fazê-lo girar para conseguir fazê-lo passar.

A criança descobre o uso correto do ancinho como instrumento para aproximar

objetos, brinca aproximando-os e afastando-os alternadamente.

Desaparece o erro de subestágio 4

Já que o esquema de busca prévio não é eficaz, a criança ensaia outros

procedimentos, até obter o resultado desejado. Ex: quando a bola desaparece sob a

mesa, nós buscamos ali e não embaixo do sofá.

Erro de transposição no estágio V

A criança não consegue ainda enfrentar os deslocamentos invisíveis do objeto.

A criança é incapaz de inferir que, se o objeto não está na mão do

experimentador, deve estar embaixo do lenço.

14

Ainda pesam muito as evidências perceptivas diretas; por isso a elaboração da

permanência do objeto ainda é vista com dificuldade quando ocorrem deslocamentos

dos objetos com trajetórias ocultas para a criança.

A experimentação e o ensaio permitem à criança incorporar a seu repertório

imitativo novos esquemas.

Subestágio 6 (18 - 24 meses)

Invenção de novas combinações de esquemas a partir de suas

representações.

Caracteriza-se pelo aparecimento da representação e, então, os problemas podem

começar a ser resolvidos no plano simbólico e não mais puramente prático.

15

Esquemas e ações suscetíveis de ser realizadas com ou sobre os objetos que

compartilham alguma propriedade (por exemplo agarrar objetos de certo tamanho,

pode-se girar objetos redondos ou cilíndricos) assim, os esquemas assimilam os

objetos.

Os esquemas de ação proporcionam o primeiro conhecimento sensório-motor dos

objetos como são sob o ponto de vista perceptivo; e o que pode ser feito com eles no

plano motor.

Através da ação dos esquemas, a criança vai elaborando o seu conhecimento dos

próprios objetos e das relações espaciais e causais que colocam em contato certos

objetos e acontecimentos com outros.

O sujeito já não resolve, então, os problemas por tateio, mas parece fazer uma

reflexão prévia.

A criança tentar subir num banquinho, mas, ao apoiar-se nele, ele se desloca.

Em um momento determinado, a criança se detém na sua ação, parece refletir, pega

o banquinho e o apoia na parede, evitando, assim, seu deslocamento e, a seguir, sob

novamente.

A aquisição da linguagem mudará as relações da criança.

Com o seu aparecimento entramos em uma nova etapa representativa, que

abrirá novas perspectivas para o seu desenvolvimento intelectual.

As novas habilidades são exercitadas em ações predominantemente

assimilatórias, tais como jogo simbólico, baseado na aceitação do "como se". Ex:

Brincar com uma caixa "como se" fosse um carro.

ORIGEM DA FUNÇÃO SIMBÓLICA

16

Evolução da inteligência sensório-motora.

Os símbolos originam-se da ação tanto como significantes; quanto como significados.

SIGNIFICANTES

Procedem predominantemente da imitação, são dados por práticas sociais das quais

o indivíduo se apropria através da imitação: diferida ou internalizada (manejo de

imagens mentais).

SIGNIFICADOS

Tem seu valor como elementos de assimilação.

Dar significado ou compreender um objeto é assimilá-lo aos esquemas disponíveis.

17

Significantes e significados

Diferenciam-se, facilitam-se mutuamente, enriquecem-se e coordenam-se no

desenvolvimento sensório-motor do mesmo modo que o fazem as funções de

assimilação e acomodação.

A experimentação e o ensaio permitem à criança incorporar a seu repertório imitativo

novos esquemas.

A inteligência sensório-motora depois de Piaget

A descrição da fase sensório motora de Piaget foi feita com a observação de seus três

filhos, então outras pessoas quiseram pesquisar se este processo ocorre igualmente

em populações diferentes. E foi constatado que Piaget tinha razão, embora algumas

diferenças cronológicas foram constatadas, mas por causa da estimulação, do meio e

da forma como as crianças eram criadas.

Após muitas pesquisas os psicólogos descobriram a capacidade dos bebês nas

primeiras semanas de vida demonstrando uma conduta mais precoce do que Piaget

supunha. A coordenação intersensorial aparece desde os primeiros dias de vida e a

conservação do objeto ocorre antes do que Piaget supunha, principalmente se o

objeto é algo significativo para a criança. O que Piaget interpretou em função da

competência cognitiva foi interpretado posteriormente em função da execução motora.

Piaget dizia que crianças não procuram o objeto, pois não tem uma representação do

mesmo, enquanto outros autores dizem que a criança não tem é a habilidade motora

18

para pegar o objeto, ex: bebês de nove meses levantam um obstáculo para buscar

um objeto escondido sob. E um de 5 meses não o faz, mas é porque os de 9 já

desenvolveram uma habilidade motora para tal.

Na função simbólica os estudos de Piaget fecham com os novos dados coletados, a

construção da função simbólica é a elaboração do conhecimento sobre a realidade e

os dois aspectos principais são: a representação e a comunicação. Os símbolos são

instrumentos criados a serviço da relação interpessoal e a permanência do objeto

adianta-se quando o objeto é uma pessoa relacionada a criança. O final deste estagio

é paralelo a existência de ajustes entre mãe e filho a comunicação pré-linguística e a

aquisição da linguagem.

DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DA

CRIANÇA

Padrão motor: é uma série de movimentos inter-relacionados, para alcançar um

objetivo. Ocorre em 3 fases: preparatória, ação e contínua

Os elementos do movimento são 4:

1 - Tempo;

2 - Peso;

3 - Espaço;

4 - Forma.

19

Fatores que afetam as respostas motoras:

-Conhecimento do espaço

-Qualidade da força

-E seu inter-relacionamento

Estágios do desenvolvimento motor e estágios

de aprendizagem

Para a criança estar pronta para movimentos perceptivos motores e voluntários é

necessário seguir o desenvolvimento dos movimentos básicos, que são fundamentais

como pré-requisitos.

20

Movimento voluntário (2 a 6 anos – saindo do corpo vivido entrando no corpo

percebido)

Os movimentos reflexos são involuntários. São elementos fundamentais para o

desenvolvimento motor

Movimentos reflexos são executados sem o pensamento consciente em resposta a

um estímulo. O desenvolvimento básico dos reflexos baseia-se em: posturais,

segmentares e de preensão.

-equilibrar-se num pé só

-andar sobre uma linha em diferentes curvas e formas

-hiperestender o corpo em vários níveis e direções

-transportar objetos na cabeça

- correr para perto e para longe de objetos em movimento

21

Movimentos básicos

Essa é a fase mais crítica para que o desenvolvimento motor seja correto.

Normalmente a criança desenvolve pela prática

Podem ser:

-Locomotores: Rastejar, andar, saltar, pendurar, rastejar

-não locomotores: puxar, empurrar, virar, curvar

-Manipulativos: Em sala de aula (preensão, cópia, etc.)

1-perceptivo motor:

Baseia-se nos estágios anteriores, acrescentando outra dimensão: a percepção que

antecede a resposta motora. A criança interpreta antes de responder a um movimento.

Importantíssimo para o desenvolvimento da inteligência

2-habilidades físicas:

Estas determinam adequação ao movimento. A criança muito nova não tem essa

adequação. Adquire essas habilidades na fase do corpo percebido (5-6 anos). Essas

habilidades são relativas ao esporte e à dança. Em habilidades mais complexas as

crianças nessa idade ainda não têm maturidade total

3-movimentos criativos:

É a resposta ao "movimento" através da comunicação. Aqui ocorre o desenvolvimento

motor expressivo e interpretativo. Estímulos do ambiente são motivadores nessa faixa

de idade

22

São desenvolvidos também em classe (artes visuais- música)

Estágios de aprendizagem

1-Imitação:

A criança observa e executa uma imitação do que está vendo (ação)

Esse movimento é carente de coordenação (ou controle muscular) - é uma forma

imatura e imperfeita. Ocorre com crianças até 3 anos.

2-Manipulação:

A criança desempenha a ação de acordo com orientações dadas; não se baseia

somente na observação

23

3-Conceituação:

Nessa fase a criança alcança exatidão, equilíbrio e outras habilidades de precisão

podem ser alcançadas (na pré-escola)

4-Discriminação:

Coordenação de uma série de ações com sequência adequada.

Começam a surgir as habilidades motoras rítmicas e a complexa coordenação óculo-

motora

-bater na bola de soprar com as mãos abertas procurando mantê-la no ar

-Arremessar uma bola de meia ou pequenos sacos de areia num balde ou caixa com

abertura de tamanho igual ao da bola

-Em sala de aula: encaixar pinos de madeira- jogar bilboquê, etc.

5-Naturalidade:

Atinge o desempenho mais alto de capacidade e a ação quase não requer energia

psíquica (pensamento). As respostas são automáticas e espontâneas

Ex: andar é uma ação motora que se desenvolve na criança até o nível de maturidade

Movimentos e atividades de dança

A execução das atividades motoras grossas ocorre paralelamente ao

desenvolvimento integral da criança.

24

Para estimular o auto- conceito: movimentos com conhecimento das partes do corpo

e do que o corpo pode executar

Imagem corporal (melhorar o autoconceito)

-Esconder partes do corpo (nariz, orelha, etc.)

-mover braços, cabeça, pernas e pé de maneira ritmada

-colocar objeto sobre diferentes partes do corpo

-Transmitir mensagens usando as diferentes partes do corpo

-Desenhar partes do corpo num papel (em classe)

-mover parte do corpo em determinada direção

-tocar diferentes partes do corpo com os olhos fechados

-Brincadeiras, como: "o macaco disse"- o professor dá os comandos

25

- espelhar-se num parceiro imitando seus movimentos

Coordenação

Falhas na coordenação motora podem ser causadas pela deficiência de movimentos

desde o período de amamentação até a 1ª infância

Andar (explorar diversas maneiras de andar, correr saltar)

-Andar de lado

-Andar com artelhos para fora e calcanhares unidos

-Correr com as mãos sobre a cabeça

-Correr com as mãos nos quadris

-Correr com as mãos presas às costas

26

-Correr na ponta dos pés

-Saltitar nos dois pés

-Saltitar num pé só

-Saltar para frente

-Saltar para trás

-Saltitar para o lado direito, para o esquerdo

Empurrar e puxar

-Cabo de guerra- dois a dois usando corda curta

-Cobra: deitar em decúbito dorsal, braços estendidos sobre a cabeça, deslizar o corpo

no solo, inclinando o quadril na linha da cintura, para a esquerda e para a direita

-Peixe: em decúbito dorsal, no solo, executar movimentos de nadar

27

-Urso: andar em quatro apoios, movimentando ao mesmo tempo, braço esquerdo,

perna esquerda, braço direito, perna direita

Atividades de equilíbrio

-subir escada, elevando o joelho o mais alto possível

-passo de elefante: inclinada para frente na altura da cintura, deixar os braços e mão

soltos imitando o elefante. (Propor outras imitações)

-andar de joelhos: a criança anda ajoelhada com as mãos no ar

-passo de pato: com as mãos seguras nas costas, em forma de cauda, andar inclinada

ou agachada para frente ou qualquer outra variação

-pulo do coelho: saltitar para frente sobre dois pés e apoio com as mãos no solo

Atividades de Conscientização do Corpo

A criança necessita de atividade que envolvam os dois lados do corpo, para se obter

o máximo de eficiência nos movimentos.

-deitada em decúbito dorsal, com os pés elevados do solo, executar círculos

-deitada em decúbito dorsal, braços estendidos ao longo do corpo, deslizar os dois

braços ao mesmo tempo até tocar a cabeça com as mãos.

-Deitada em decúbito dorsal, braços estendidos ao longo do corpo, deslizar o braço

esquerdo para cima e perna esquerda para cima, perna direita para fora

-Deitar no solo, com os olhos fechados e tocar as partes do corpo que forem citadas

28

Atividades de consciência espacial

Usar a imaginação da criança. Não dar exemplo.

Pedir à criança:

-Ser uma árvore

-Procurar ser mais alta que possa

-Procurar ser menor que possa

-Apontar a uma parede. Tocar e voltar

-Apontar uma parede. Correr até ela e voltar

29

-Sem sair do lugar, mover os pés rapidamente

DESENVOLVIMENTO HUMANO

O desenvolvimento humano é muito rico e diversificado. Cada pessoa tem suas

características próprias, que as distinguem das outras pessoas, e seu próprio ritmo de

desenvolvimento.

Por mais que estudemos e nos esforcemos para compreender o comportamento

humano e seu desenvolvimento, ele sempre reserva surpresas e imprevistos. A

singularidade do ser humano, que foge a padrões pré-estabelecidos é que produz o

avanço, o progresso e a mudança. Como diz Piaget, “é o desequilíbrio que gera o

desenvolvimento, pois este, é uma equilibração progressiva, uma passagem contínua

de um estado de menos equilíbrio para um estado de equilíbrio superior”.

O que faz a vida valer a pena é essa constante incerteza quanto ao momento seguinte;

é isso que nos estimula a inventar, a criar, a realizar, a tentar melhorar nosso mundo.

Entretanto, apesar das diferenças e da incerteza que marcam o desenvolvimento

humano, alguns pesquisadores estabeleceram fases de desenvolvimento, as quais

obedecem a certa sequência, válida para todos. Isto é, todas as pessoas, ao se

desenvolverem, passam por essas etapas embora varie a idade e as características.

30

FASES DO DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento humano, não apresenta momentos de modificações radicais; a

evolução é gradual e contínua. Entretanto, em alguns momentos ocorrerão maiores

alterações como por exemplo, o crescimento físico na infância e na adolescência e

mais acentuado, e perceptível do que na idade adulta, que é um período de maior

estabilidade.

Mesmo considerando-se o desenvolvimento contínuo, para estudá-lo dividiu-se o

processo em cinco fases, cada uma com características próprias.

1. Pré-natal

2. Infância de zero a 12 anos

31

3. Adolescência - dos 12 a 18 anos ou 21 anos)

4. Idade adulta - dos 21 aos 60 anos

5. Velhice - dos 60 ou mais.

A divisão das fases vai depender dos critérios que se estabelecem para se concluir

que alguém é adulto. No entanto estaremos focando apenas a fase da infância por ser

esta a população atendida pelas atividades. A idade não pode ser o único critério na

avaliação do grau de desenvolvimento do indivíduo, muito mais importante que a

idade são as várias dimensões da maturidade, emocional, social, intelectual e física.

Maturidade significa o nível de desenvolvimento em que a pessoa se encontra, em

comparação com a maioria das pessoas de sua idade. Os vários tipos de maturidade

estão interligados; um não se desenvolve sem que os outros também se desenvolvam.

A maturidade pode ser dividida em quatro dimensões principais:

· Maturidade emocional – diz respeito à expressão e ao controle das emoções nas

diversas idades. Parte fundamental da vida humana.

· Maturidade social – compreenda a evolução da sociabilidade, no sentido de

superação do egocentrismo infantil, na contribuição para o bem-estar social e a

participação nas decisões de interesse social.

· Maturidade física – engloba o desenvolvimento das características físicas, estatura,

peso, sexo, ser canhoto, índio, etc.

· Maturidade intelectual – refere-se à maneira como a pessoa vai conhecendo a si

mesma e ao mundo que a cerca.

O desenvolvimento mental envolve:

32

- A ampliação dos horizontes: o indivíduo torna-se sempre mais capaz de

compreender e de pensar o passado, o presente e o futuro, a criança pequena só tem

condições de perceber e viver o presente.

- Há um aumento da capacidade para lidar com abstrações e símbolos.

O exemplo mais característico é o da linguagem, por volta dos 2 anos a criança usa

150 palavras; aos 7 anos pode utilizar aproximadamente 2500 palavras e com o

desenvolvimento torna-se cada vez mais complexa e rica em expressões e ideias.

- A capacidade de atenção e concentração por períodos cada vez mais longos; quanto

mais nova a criança, menor sua capacidade de atenção e concentração em uma

tarefa. Ela se cansa mais facilmente e tende a mudar de atividade.

- Um declínio do devaneio e fantasia; os sonhos devaneios e fantasias infantis não

constituem fuga da realidade, mas são normais e necessários para o desenvolvimento

da criança.

- O desenvolvimento da memória; não é na infância que a pessoa tem maiores

possibilidades no campo da memória, pois a linguagem, as experiências, as

percepções e a compreensão infantis estão longe de ter atingido o seu

desenvolvimento máximo para essa possibilidade.

- Um aumento da capacidade de raciocínio; o raciocínio será mais ingênuo e

egocêntrico na fase infantil.

33

Artigos para complementação de estudos

Desenvolvimento Motor da Criança e Estimulação

Precoce

Resumo

Sabe-se que o desenvolvimento motor é o processo de mudanças no

comportamento motor que envolve tanto a maturação do sistema nervoso central,

quanto a interação com o ambiente e os estímulos dados durante o desenvolvimento

da criança. Verificou-se as fases de desenvolvimento da criança até os 18 meses de

vida e como a estimulação precoce, principalmente em crianças nascidas pré-termo

e com baixo peso, pode fazer a diferença em uma idade mais avançada da criança.

Palavras chave: Desenvolvimento motor, fases de desenvolvimento, estimulação

precoce.

Introdução

O aprimoramento motor é o ponto de partida de todo o desenvolvimento motor da

criança. A independência adquirida com a locomoção e a manipulação de objetos

ampliou a visão de mundo do ser humano, contribuindo e levando-o a progredir

34

continuamente [1].

O desenvolvimento motor é o processo de mudança no comportamento motor, o

qual está relacionado com a idade, tanto na postura quanto no movimento da

criança [2].

O desenvolvimento é um processo de mudanças complexas e interligadas das quais

participam todos os aspectos de crescimento e maturação dos aparelhos e sistemas

dos organismos [3].

O desenvolvimento motor é dependente da biologia, do comportamento e do

ambiente e não apenas da maturação do sistema nervoso [4]. Quando a criança

nasce, o seu SNC ainda não está completamente desenvolvido. Ela percebe o

mundo pelos sentidos e age sobre ele, criando uma interação que se modifica no

decorrer do seu desenvolvimento. Deste modo, por meio de sua relação com o meio,

o SNC se mantém em constante evolução, em um processo de aprendizagem que

permite sua melhor adaptação ao meio em que vive [5].

Cada criança apresenta seu padrão característico de desenvolvimento, visto que

suas características inerentes sofrem a influência constante de uma cadeia de

transações que se passam entre a criança e seu ambiente. Mesmo assim, existem

características particulares que permitem uma avaliação grosseira do nível e da

qualidade do desempenho [3].

Um bom desenvolvimento motor repercute na vida futura da criança nos aspectos

sociais, intelectuais e culturais, pois ao ter alguma dificuldade motora faz com que a

criança se refugie do meio o qual não domina, consequentemente deixando de

realizar ou realizando com pouca frequência determinadas atividades [1].

A maioria das crianças nasce sem problemas de desenvolvimento. As diferenças

35

individuais entre elas são muitas, inclusive características físicas, temperamento e

personalidade; mas a sequência de desenvolvimento é bastante previsível [6].

Sabe-se que, na ausência de sinais severos, como nos casos de paralisia cerebral e

retardo mental, um número significativo de crianças com história de prematuridade

vem apresentar sinais de distúrbios de aprendizagem, dificuldades de linguagem,

problemas de comportamento, déficits de coordenação motora e percepção

visuoespacial na idade escolar [7]. De acordo com isso, foram constatados em

estudos experimentais que a estimulação sensório motora em recém-nascidos de

risco favoreceu a adequação de seus padrões motores [5].

Deve-se ter em mente que as informações obtidas através de pesquisas culturais

cruzadas sobre o desenvolvimento motor de lactentes vêm alertar pesquisadores,

médicos, terapeutas e educadores quanto à existência de diferentes padrões no

desenvolvimento e quanto à necessidade de conhecimento dos padrões da

população em que se atua, evitando interpretações equivocadas de testes motores e

falhas no diagnóstico de desvios, atrasos ou precocidade no desenvolvimento motor

[8].

Fases do Desenvolvimento da Criança

Rápidas mudanças no desenvolvimento ocorrem durante os primeiros 24 meses

após o nascimento e influenciam dramaticamente por toda a vida. As mudanças

evolutivas que ocorrem durante esse período são resultado de complexo

desenvolvimento neurológico, o qual é influenciado por fatores genéticos e

ambientais [8].

36

O conhecimento do desenvolvimento motor assume importância fundamental na

clínica pediátrica, sobretudo, em casos de o lactente apresentar ou correr o risco de

apresentar, distúrbio motor devido a alguma lesão nervosa ou a uma anomalia do

sistema osteomuscular [4].

Por isso, o fisioterapeuta precisa de noções e conhecimento claros sobre

desenvolvimento, para poder avaliar o lactente ou a criança, sabendo identificar as

características individuais do desempenho e que conheça mais as capacidades e

respostas diante de certos estímulos que podem ser esperados em determinada

idade [3].

Cada criança apresenta seu padrão característico de desenvolvimento, pela

influência sofrida em seu meio. Durante os primeiros anos de vida os progressos em

relação ao desenvolvimento costumam obedecer a uma sequência ordenada, mas

existe considerável variabilidade individual, de acordo com cada criança [3].

Tendo em mente que cada criança é um indivíduo com padrão, ritmo de

desenvolvimento e habilidades ligeiramente diferentes, Flehmig [9-22] esboça as

típicas aquisições da criança em desenvolvimento:

Primeiro Mês

A postura do recém-nascido é a flexão fisiológica. Predomina a assimetria. Em

decúbito dorsal ele é capaz de virar a cabeça para ambas as direções. Em decúbito

ventral ele é capaz de estender os membros inferiores reciprocamente e de virar a

cabeça para liberar as vias aéreas nessa posição. A cabeça do recém-nascido cai

completamente para trás quando ele é puxado para a posição sentada. Quando

37

segurado pelas axilas, apoia-se se mantendo erguido por alguns segundos sem

fixação adequada e depois, cai fletindo os joelhos [9].

Durante as primeiras semanas de vida, o lactente é capaz de reagir às sensações

táteis, gustativas, sonoras, aos movimentos e as imagens visuais, especialmente

diante de um rosto humano, mas depende de alguém que o alimente, o proteja e o

suporte contra a ação da gravidade e durante os movimentos no meio ambiente [3].

A criança recém-nascida move os braços, as pernas e o corpo inteiro ao mesmo

tempo (movimento em bloco) porque não pode ainda diferenciar os movimentos

separados [23]. Os movimentos em bloco se evidenciam principalmente durante a

manipulação, embora também possam ocorrer durante outros movimentos, como

parte gradativa do controle motor [4]. À medida que o córtex e as bainhas de mielina

se desenvolvem, é estabelecida a conexão com a medula espinhal, com isso os

movimentos em bloco diminuem e os movimentos voluntários se tornam mais

precisos [23].

Objetos que se movem na linha visual são percebidos e já fixados por pouco tempo.

Os olhos acompanham junto com a cabeça à estimulação por um objeto, ou pelo

rosto da mãe, até a linha média. A criança reage a efeitos luminosos ou acústicos

com enrugamento da testa, Reflexo de Moro, diminuindo a atividade ou ficando

totalmente quieta. Já produz poucos sons laríngeos. Chora antes das refeições.

Quando ouve ruídos, interrompe seus movimentos mas ainda não se vira para a

fonte acústica [9].

Reflexos e Reações: Sucção e deglutição, quatro pontos cardeais, olhos de boneca,

fuga à asfixia (até o resto da vida), glabelar, magnético, colocação palmar,

colocação plantar, tônico cervical simétrico, preensão palmar, preensão plantar,

38

tônico cervical assimétrico, tônico labiríntico, Galant, Moro, positivo de apoio,

cutâneo plantar em extensão, marcha automática e a reação de endireitamento da

cabeça[10].

Segundo mês

Em decúbito dorsal, a criança ainda apresenta predomínio de flexão, mas realiza

uma extensão melhor. O corpo já está simétrico. Na posição ventral já pode

estender o segmento torácico. A cabeça levanta-se por curtos intervalos, ainda

ligeiramente oscilando, mas não além dos 45º. Quando puxada para sentar, a

cabeça ainda oscila, mas ela orienta-se para a posição ereta mais estável. Segurada

pelas axilas, a criança ergue-se por alguns segundos de maneira mais estável e

abandona a posição mais suavemente, fletindo os joelhos [11].

Objetos que se movem (à 30 ou 40 cm) são percebidos e fixados na linha visual. Os

olhos param até que o objeto saia do campo visual. A criança reage a estímulos

luminosos extremos com enrugamento da testa, choro, reflexo de Moro, ou

diminuindo sua atividade, permanecendo quieta. Ouvindo ruídos, ela já inicia seus

movimentos (pode se virar para a direção do som) [11].

Reflexos e reações: Os reflexos têm menor intensidade, mas se produzem bem

equilateralmente. São eles: Sucção e deglutição, Quatro Pontos Cardeais, Glabelar,

Marcha Automática, Magnético, Colocação Plantar, Colocação Palmar, Galant,

RTCA, RTCS, Tônico Labiríntico, Preensão Plantar, Preensão Palmar, Positivo de

Apoio, Cutâneo Plantar em Extensão, Moro e a Reação de Endireitamento da

Cabeça[10].

39

Terceiro Mês

A criança pode virar-se para os dois lados, não mais em bloco, mas já com certa

rotação. A cabeça pode ser mantida na linha média, mas se coloca, frequentemente,

para um dos lados. As mãos podem ser trazidas para a linha média. Ela já brinca

com as mãos e pode segurar objetos, levando-os à boca. Na posição ventral, ergue

a cabeça a 45º e o apoio sobre os antebraços ainda não é estável [12].

A criança já colabora quando se quer levantá-la da posição dorsal. A cabeça já

acompanha bem, mas ainda oscila um pouco. Segurada pelas axilas, já permanece

mais estável na posição em pé. O tônus flexor já não predomina e a criança já

mostra padrão extensor [12].

Percebem-se objetos na linha média e mesmo além dela para ambos os lados, na

linha visual, à distância de 30-40cm. A criança acompanha o objeto a mais de 180º e

já observa por tempo prolongado se este a interessar. Os movimentos dos olhos e

cabeça já são, muitas vezes, simultâneos e coordenados. Ouvindo ruídos, a criança

para de mover-se e vira logo para a fonte geradora [12].

Reflexos e Reações: RTCA, Tônico Labiríntico, Preensão Plantar, Preensão Palmar,

Cutâneo Plantar em Extensão, Moro e Reações de Endireitamento da Cabeça,

Postural Labiríntica, Óptica de Retificação e Retificação do Corpo sobre a

Cabeça[10].

Em resumo, sentar e ficar em pé não são posturas independentes no primeiro

trimestre. Mas o bebê mostra sinais do que está para acontecer. Lutando contra a

gravidade, ele adquire controle da cabeça e dá um grande passo para vencer a força

40

da gravidade que o havia deixado tão fisicamente dependente no momento do

nascimento [2].

Quarto Mês

As mãos são trazidas à linha média e contempladas, coordenadamente com a

atitude da cabeça e do corpo. Em posição ventral, a cabeça já se ergue a quase 90º

e apoia os antebraços com bastante estabilidade. Já iniciam os movimentos de

rastejamento [13].

Quando levantada da posição dorsal, colabora com bom controle da cabeça.

Sentada, o tronco ainda não é estável. Quando levantada pelas axilas, estende as

pernas, encontra o suporte e faz peso ligeiramente mediante co-contração [13].

Percebe objetos na linha média e além dela à distância de 20-30cm. Acompanhada

com os olhos e movimentos da cabeça um objeto até mais de 180º. Mãos, dedos e

objetos são levados à boca e sugados. A criança opõe resistência quando lhe

querem tirar um brinquedo. Já consegue distinguir bem as qualidades de sons [13].

Reflexos e Reações: RTCA, Tônico Labiríntico, Preensão Plantar, Preensão Palmar,

Cutâneo Plantar em Extensão, Moro e Landau[10].

O contato com o ambiente melhorou e, por causa disso, a criança começa a

investigar seu ambiente e mostra-se mentalmente mais adiantada do que lhe

permite a motricidade. A criança já tem, além das fases da satisfação de

necessidades alimentares, o desejo de contatos com o ambiente. Se não os

consegue, chora [13].

41

Quinto Mês

Em decúbito dorsal pode virar-se de um lado para o outro e, às vezes, atingir o

decúbito ventral. Já leva os pés à boca. Em decúbito ventral, a cabeça ergue-se bem

até 90º. Começa o deslocamento de peso para um dos lados, a fim de liberar um

dos braços. Estabilidade incipiente do tronco. Quando erguido pelas axilas, há maior

flexibilidade no joelho [14].

Reflexos e Reações: Preensão Plantar, Cutâneo Plantar em Extensão, Landau e

inicia-se a Reação de Equilíbrio[10].

Sexto Mês

Se a criança se senta, pode-se tirar as mãos por curtos períodos. Ela joga-se, então,

para adiante, tendo um controle de peso insuficiente. Quando colocada em pé,

apresenta boa simetria da postura, mas não se mantém independentemente [15].

Já pode falar algumas palavrinhas como papai e mamãe [15].

Reflexos e Reações: Preensão Plantar, Cutâneo Plantar em Extensão (dependendo

da criança pode se extinguir nesse mês, mas em algumas perdura até 1 ano),

Landau e Reações de Retificação da Cabeça sobre o Corpo, Endireitamento do

Corpo sobre o Corpo, Postural de Fixação e de Proteção[10].

Sétimo Mês

42

Não permanece mais em decúbito dorsal, virando-se para um dos lados. Em

decúbito ventral, às vezes tenta ficar de gato. Sentada, apresenta bom equilíbrio

quando se inclina para frente. Quando segurada pelas axilas, tenta equilibrar-se,

mas oscila [16].

A criança agarra objetos e tenta estabilizar-se neste sentido. Objetos menores e

maiores são agarrados, quase sempre com a palma da mão. Já existe boa

coordenação dos músculos oculares, boa coordenação olho-mão, já acompanha em

todos os planos [16].

Já come biscoitos que lhe são dados, bebe em xícara que alguém segura para ela e

come com colher [16].

Reflexos e Reações: Landau[10].

Oitavo Mês

Da posição ventral, pode, fletindo-se, passar para a posição de gato. Sentada, já se

apoia com rotação muito boa para adiante e lateralmente. Apoiando-se, já consegue

ficar em pé [17].

A criança tornou-se muito mais estável e chega à posição ereta embora ainda sem

segurança. Assim, do ponto de vista mental, há uma melhor situação e pode, a partir

daí, descobrir melhor o seu meio. Movimentos continuados, modificações na posição

e tentativas constantes de alcançar alguma coisa no espaço determinam o

desenvolvimento [17].

Nono Mês

43

Quase nunca assume a posição dorsal e ventral. Senta-se estavelmente e, quando

perde o equilíbrio, reage com contra movimento do corpo. Fica em pé com maior

estabilidade e, quando segurada, apresenta bom equilíbrio. Sentada ou em pé

apoia-se sobre os quatro membros, locomovendo-se com maior rapidez [18].

Nessa idade, o brinquedo bem agarrado já pode ser atirado. Pega objetos pequenos

com o polegar e o indicador (pinça) [18].

Décimo Mês

Atinge o sentar sem apoio independentemente, com bastante equilíbrio. Também já

fica em pé sozinha segurando em objetos. Passa da posição em pé para sentada e

sentada para em pé [19].

Esta idade é o estádio intermediário da horizontal para a vertical ainda instável. Os

estádios intermediários melhoram. A criança fica em pé e tenta largar-se. Anda ao

longo dos móveis, engatinha. Por isso, já não se pode deixá-la só [19].

Décimo Segundo Mês

Ainda preferem engatinhar, pois é uma locomoção mais rápida, mas já começam a

dar os primeiros passos [20].

44

Décimo Quinto Mês

O engatinhar já não é o recurso mais utilizado para se locomover, mas ainda é

usado. A criança já pode deslocar seu peso e adaptar-se bem à modificação da sua

posição no espaço. Já pode caminhar livremente [21].

Têm boa compreensão do que lhe dizem e consegue expressar-se dizendo, por

exemplo, papá (comer), au-au (cão) [21].

Décimo Oitavo Mês

A criança mostra equilíbrio adequado às posições. Bom controle de cabeça e tronco,

boa rotação, boa flexão de quadril na posição sentada, boa extensão de quadril em

pé e boa mobilidade das articulações [22].

Ela já pode agarrar um objeto e transportá-lo. Arruma os objetos, tenta colocá-los

em ordem, desarruma, apalpa, distingue materiais e superfícies. Melhora de forma

constante a sua integração perceptiva, acompanhada pelo desenvolvimento da fala.

A evolução motora está realizada, de modo que a criança pode experimentar amplas

dimensões evolutivas [22].

Em estudo realizado buscou-se observar de que maneira o homem vem

completando seu desenvolvimento motor normal e os fatores que podem levar a

dificuldades motoras futuras, mostrando a importância da estimulação na fase de

maior desenvolvimento, que vai de 0 a 18 meses. Concluiu-se que existem fases

bem pouco vivenciadas do DMN e que estas, quando corretamente estimuladas,

levam à obtenção de melhor condição de vida para as crianças, tanto presente

45

quanto futuramente porque o estímulo dado, mesmo que por curto período de

tempo, faz com que as crianças respondam e vivenciem as fases estimuladas [1].

Também foram realizados estudos comparando o desenvolvimento motor em

lactentes brasileiros e norte-americanos a fim de descobrir se há ou não diferenças

no comportamento e desenvolvimento motor entre uma cultura e outra. Constataram

que, de maneira geral, os lactentes brasileiros apresentaram uma evolução maior no

desenvolvimento nos primeiros oito meses, seguido de um período de relativa

estabilização. Assim concluíram, de acordo com várias pesquisas, que o padrão de

desenvolvimento motor não é universal [8].

Estimulação Motora Precoce

Em nenhuma fase do ser humano o desenvolvimento motor vai ser tão rápido como

o de 0 a 1 ano e 8 meses. Portanto, este é o período em que o bebê ainda terá

maiores possibilidades de se normalizar sem se defasar no seu desenvolvimento

[24].

Independente da perspectiva adotada, mais biológica ou social, são muitas as

evidências de que crianças pré-termo estão sob maior risco para apresentar atraso

perceptual, motor e cognitivo, associado ou não a problemas de comportamento e

déficit de atenção [7]. Ao se pensar em lesão cerebral que ocorreu pré, peri ou pós-

natal tem que se pensar, ao mesmo tempo, em intervenção precoce nas áreas

sensório-motoras para atingir o mais rápido possível um desenvolvimento que ainda

está com toda a sua plasticidade e capacidade de receber as sensações normais e

integrá-las [24].

46

Pensava-se que o SNC era imutável após o seu desenvolvimento. Com a

descoberta da neuroplasticidade sabe-se que as conexões sinápticas são

modificadas pela demanda funcional. Como substrato da aprendizagem do indivíduo

em sua interação com o ambiente, pode-se perceber a importância da criança

experimentar movimentos e posturas normais desde seu nascimento, favorecendo a

sua habilitação; caso contrário se esta criança começar a realizar movimentos e

posturas anormais durante seu desenvolvimento, estará aprendendo a interagir com

o mundo em padrões anormais, reforçando circuitos neuronais de comportamentos

anormais, dificultando e limitando sua qualidade de vida [5].

Quanto mais tarde a criança iniciar o plano de normalização, mais defasado estará o

seu desenvolvimento motor, juntamente com a perda na área sensorial, refletindo na

perda da noção espacial, esquema corporal, percepção, que poderá contribuir com a

falta de atenção ou dificuldades cognitivas [24]. O tratamento por meio do conceito

neuroevolutivo (Bobath) foi originalmente desenvolvido pelos Bobath na Inglaterra no

início da década de 1940 para o tratamento de indivíduos com fisiopatologias do

SNC. Esse método foi descrito como um conceito de vida e, como tal, continuou a

evoluir com o passar dos anos [25].

O tratamento pelo desenvolvimento neurológico, como planejado por Bobath, usa o

manuseio para inibir respostas anormais enquanto facilita reações automáticas. O

manuseio proporciona experiências sensoriais e motoras normais que darão base

para o desenvolvimento motor. Com as abordagens sensório-motoras, estímulos

sensoriais específicos são administrados para estimular uma resposta

comportamental ou motora desejada. Técnicas de integração sensorial algumas

vezes são incorporadas nos programas sensório-motores. A intervenção sensório-

47

motora pode ser aplicada a bebês de alto risco de várias maneiras, por exemplo, o

rolamento linear em uma bola pequena para estimular o sistema vestibular e

promover um estado de alerta. Estímulos proprioceptivos e táteis profundos poderão

promover um comportamento calmo e auto regulatório [25].

As atividades lúdicas são um meio para atingir os objetivos terapêuticos. A

brincadeira original não é como tirar férias da vida; é vida. O terapeuta e a criança

estão sempre crescendo e mudando. A brincadeira original não se baseia no medo,

mas em uma relação de confiança com a vida. Como um amiguinho, o terapeuta se

junta a criança de tal forma que ambos se sentem amados, respeitados e ansiosos

por explorar. As habilidades necessárias para a brincadeira serão a curiosidade,

confiança, resistência, vigilância [6].

A arte de normalizar o tônus é brincar com ele. Se o tônus é baixo, trazê-lo para um

tônus mais alto e normalizado; se o tônus é alto, trazê-lo para o tônus mais baixo e

normalizado. Assim que obtiver um tônus mais normalizado, é necessário dar-se a

reação de equilíbrio. São essas reações de equilíbrio, rotação, tirar da linha média,

que vão manter o tônus normalizado e fazer com que o cérebro integre essas

reações e mantém o tônus [24].

Antes que a criança chegue é necessário planejar como utilizar o ambiente e os

brinquedos para trabalhar no sentido das metas de desenvolvimento da criança. É

importante ter pelo menos um plano de reserva para a seção de fisioterapia, pois a

criança pode não querer realizar atividade proposta. O uso criativo do equipamento

e dos brinquedos é uma habilidade muito importante. Um adjunto à flexibilidade é

aprender a usar o ambiente como instrumento de fisioterapia. Uma grande

motivação para as crianças pequenas são irmãos, pais e avós. A família pode

48

conseguir que a criança faça alguma coisa que o terapeuta não consegue. Também

sabem o tipo de brincadeira que a criança gosta e podem incorporar jogos familiares

às sessões. A música também pode ser de grande motivação; pode ser de fundo,

para incrementar a atmosfera da sessão de fisioterapia, usada como meio para as

rotinas de exercícios, tocada em um gravador acionado por botões para incentivar

movimentos específicos [6].

Estudo comparativo sobre desempenho perceptual e motor em crianças em idade

escolar que nasceram pré-termo e a termo mostrou diferenças significativas de

desempenho entre os dois grupos em quase todos os testes. Chama a atenção para

a importância do acompanhamento que deve ser dado do desenvolvimento de

recém-nascidos pré-termo, principalmente os nascidos abaixo da 34º semana de

gestação e com menos de 1500g, até a idade escolar. Uma recomendação

pertinente, frente aos dados apresentados, é que além de programas de detecção

precoce de sequelas neuromotoras, crianças com história de prematuridade e que

não apresentam quadro neurológico evidente, deveriam ser encaminhados a

programas de intervenção precoce [7].

Em análise sobre o desenvolvimento cognitivo de crianças nascidas com muito baixo

peso na idade pré-escolar, constatou-se um funcionamento intelectual limítrofe no

momento da avaliação, indicando possível dificuldade escolar, reforçando a

necessidade de se promover estimulação adequada à criança [26].

É muito importante fazer um plano de tratamento, visualizando-se o bebê com o que

se apresenta, e como será se não for possível normalizá-lo, para que se trabalhe

muito mais nas suas dificuldades e que, pelo bom posicionamento, a normalização

adquirida na terapia ou pelo manuseio adequado dado pela mãe (que deve ser bem

49

orientada) perdure por mais tempo. Essa é a ideia fundamental da intervenção

precoce: normalizar o tônus e permitir que, pela plasticidade, estas sensações

normais sejam absorvidas e que sejam mantidas pelo maior tempo possível, para

que as sensações anormais sejam colocadas em segundo plano, fazendo com que o

cérebro só integre as sensações normais e depois as use para sempre [24].

De nada adianta o bebê ir diariamente à sessão de terapia e depois passar o resto

do dia em posturas que não favoreçam esta normalização. É muito mais vantajoso

um bebê ir uma a duas vezes por semana na terapia onde a mãe é sempre

orientada e assiste o tratamento. Ela é a grande força para a normalização de um

bebê pequeno, e por isso ela deve ser respeitada, conquistada e amada pelo

terapeuta [24].

Objetivos

Fazer um levantamento quanto às fases de desenvolvimento motor normal da

criança e sobre como e o porquê da estimulação precoce na criança de risco.

Metodologia

Foram pesquisadas e utilizadas referências bibliográficas de 1990 à 2004,

encontradas na biblioteca do Centro Universitário Hermínio Ometto e na base de

dados Scielo Brasil.

Conclusão

50

Pode-se concluir que o período de 0 a 18 meses é o de maior desenvolvimento da

criança, sendo que as diferenças são notadas claramente. Também que cada

criança tem seu tempo e se desenvolve de acordo com a maturação de seu SNC,

juntamente com a ação do meio em que vivem; mas pode-se considerar, por alto,

uma sequência de desenvolvimento normal que deve ser seguida. Sabe-se da

necessidade que algumas crianças possuem, através de estudos realizados, de

estimulação nessa primeira fase de sua vida, mesmo não possuindo problemas

neurológicos (geralmente, crianças que nascem pré-termo, com extremo baixo

peso). E é a partir disso que a fisioterapia faz uso da estimulação precoce, ajudando,

através de brincadeiras, as crianças a se desenvolverem da melhor maneira

possível.

Referências

1.Vigiano AP, Reis CB, Recalde CSS, Mello JISC, Suenari L, Affara CR. A

importância em estimular as fases do desenvolvimento motor normal de 0 a 18

meses. Fisioterapia em movimento 1997-1998; 10(2):31-43.

2.Goldberg C, Sant AV. Desenvolvimento motor normal. In: Tecklin JS.

Fisioterapia pediátrica. São Paulo: Artmed; 2002. 13-34.

3.Burns YR, MacDonald J. Desenvolvimento da motricidade desde o nascimento

até os 2 anos de idade. In: Fisioterapia e crescimento na infância. São Paulo:

51

Santos; 1999. 31-42.

4.Shepherd RB. Desenvolvimento da motricidade da habilidade motora. In:

Fisioterapia pediátrica. São Paulo: Santos; 1998. 09-42.

5.Silva RK, Gaetan ESM. A importância da estimulação ambiental e da

intervenção fisioterapêutica precoce na habilitação de crianças com paralisia

cerebral: uma visão neurofisiológica. Reabilitar 2004; 22(6): 49-57.

6.Rtliffe KT. A típica criança em desenvolvimento. In: Fisioterapia clínica

pediátrica. São Paulo: Santos; 2000. 23-68.

7.Magalhães LC, Catarina PW, Barbosa VM, Mancini MC, Paixão ML. Estudo

comparativo sobre o desempenho perceptual e motor na idade escolar em

crianças nascidas pré termo e a termo. Arq. Neuro-Psiquiatr. 2003; 61.

8.Santos DCC, Gonçalves VMG, Gabbard C. Desenvolvimento motor durante o

primeiro ano de vida: uma comparação entre lactentes brasileiros e

americanos. Temas sobre desenvolvimento. 2000; 9(53): 34-37.

9.Flehmig I. Evolução normal e anômala primeiro mês-normal. In: Texto e atlas

do desenvolvimento normal e seus desvios no lactente. São Paulo: Atheneu; 2004:

111-122.

52

10.Flehmig I. Reflexos e reações In: Texto e atlas do desenvolvimento normal e

seus desvios no lactente. São Paulo: Atheneu; 2004: 13-30.

11.Flehmig I. Segundo mês-normal motricidade grosseira. In: Texto e atlas do

desenvolvimento normal e seus desvios no lactente. São Paulo: Atheneu; 2004: 123-

136.

12.Flehmig I. Terceiro mês-normal motricidade grosseira. In: Texto e atlas do

desenvolvimento normal e seus desvios no lactente. São Paulo: Atheneu; 2004: 137-

153.

13.Flehmig I. Quarto mês-normal motricidade grosseira. In: Texto e atlas do

desenvolvimento normal e seus desvios no lactente. São Paulo: Atheneu; 2004: 155-

172.

14.Flehmig I. Quinto mês-normal motricidade grosseira. In: Texto e atlas do

desenvolvimento normal e seus desvios no lactente. São Paulo: Atheneu; 2004: 173-

182.

15.Flehmig I. Sexto mês-normal motricidade grosseira. In: Texto e atlas do

desenvolvimento normal e seus desvios no lactente. São Paulo: Atheneu; 2004: 183-

191

16.Flehmig I. Sétimo mês-normal motricidade grosseira. In: Texto e atlas do

53

desenvolvimento normal e seus desvios no lactente. São Paulo: Atheneu; 2004: 193-

203.

17.Flehmig I. Oitavo mês-normal motricidade grosseira. In: Texto e atlas do

desenvolvimento normal e seus desvios no lactente. São Paulo: Atheneu; 2004: 205-

223.

18.Flehmig I. Nono mês-normal motricidade grosseira. In: Texto e atlas do

desenvolvimento normal e seus desvios no lactente. São Paulo: Atheneu; 2004: 225-

232

19.Flehmig I. Décimo mês-normal motricidade grosseira. In: Texto e atlas do

desenvolvimento normal e seus desvios no lactente. São Paulo: Atheneu; 2004: 233-

240.

20.Flehmig I. Décimo segundo mês-normal motricidade grosseira. In: Texto e

atlas do desenvolvimento normal e seus desvios no lactente. São Paulo: Atheneu;

2004: 241-249.

21.Flehmig I. Décimo quinto mês-normal motricidade grosseira. In: Texto e atlas

do desenvolvimento normal e seus desvios no lactente. São Paulo: Atheneu; 2004:

251-271.

22.Flehmig I. Décimo oitavo mês-normal motricidade grosseira. In: Texto e atlas

54

do desenvolvimento normal e seus desvios no lactente. São Paulo: Atheneu; 2004:

273-304.

23.Holle B. Desenvolvimento motor. In: Desenvolvimento motor na criança

normal e retardada. São Paulo: Manole; 1990. 07-21.

24.Telg EK. Intervenção precoce na pratica. Revista de fisioterapia 1991; 4: 107-

111.

25.Sheahan MS, Brockway NF, Tecklin JS. A criança de alto risco. In: Tecklin JS.

Fisioterapia pediátrica. São Paulo: Artmed; 2002: 69-97.

26.Meio MDBB et al. Desenvolvimento cognitivo de crianças prematuras de

muito baixo peso na idade pré-escolar. J.Pediatr. 2004; 80.

55

BIBLIOGRAFIA

GALVÃO, M.I. O Espaço Do Movimento: Investigação No Cotidiano De Uma Pré-

Escola À Luz Da Teoria De Henri Wallon. Dissertação De Mestrado, Universidade De

São Paulo, São Paulo-SP, 1992.

JACOBSON, L.L. La especie humana es una excepción, pues en ella, el órgano

se encuentra muy poco desarrollado, 1783-1843.

LELOUP, J. Y. O corpo e seus símbolos: uma antropologia essencial. Petrópolis:

Vozes, 1998.

LOWEN, A. Bioenergética. São Paulo: Summus, 1982.

MAHONEY, A.A. Contribuições de H Wallon para a reflexão sobre questões

educacionais. In: Placco, V.L.; MAHONEY; A.A; PINO,A (orgs.)Psicologia e

educação : Revendo comunicações. São Paulo. Educ.2002.

NAVARRO, F. Caracterologia pós-reichiana. São Paulo: Summus, 1995.

NAVARRO, F. Somatopsicopatologia. São Paulo: Summus, 1996.

PIAGET, J. A Construção Do Real. Rio de Janeiro: Zahar, 1967.

56

PIAGET, J. A formação do símbolo na criança, imitação, jogo, sonho, imagem e

representação. de jogo: São Paulo: Zahar, 1971.

PIAGET, Jean e INHELDER, B. Gênese Das Estruturas Lógicas Elementares. Ed.

Zahar. Rio de Janeiro, 1971

PIAGET, Jean. O Nascimento da Inteligência na Criança. Editora Guanabara. Rio

de Janeiro, 1991.

PINKER, Steven. O instinto da linguagem: como a mente cria a linguagem. 1ª:

Edição: Ed. Martins Fontes, 1954.

PIONTELLI, A. De feto a criança. Rio de Janeiro: Imago, 1995.

REICH, W. Análise do Caráter. São Paulo: Martins Fontes, 1995

REICH, W. Bambini del Futuro. Milano: SugarCo Edizioni, 1987.

SAMPAIO, Fátima Silva. Linguagem na Educação Infantil. Fortaleza, SEDUC, 2003.

SCIAR-CABRAL Leonor. Introdução a psicolingüística. ED. ATICA, 1991.

SCLIAR-CABRAL, L. (1976) O Estado da Psicolingüística no Brasil. Arquivos

Brasileiros de Psicologia Aplicada., 28 (3): 146-176. Seduc, 2003.

57

SKNNER, B.F. Ciências do Comportamento Humano. (J.C. Todorov & R.Azzi, Trads).

São Paulo. Martin: font: original (publicado em 1954)

VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. RIO DE JANEIRO: MARTINS

FONTES, 1996.

VYGOTSKY, L.S. A Formação Social Da Mente: O Desenvolvimento Dos

Processos Psicológicos Superiores. Tradução De José Cipolla Neto, Luis Silveira

Menna Barreto E Solange Castro Afeche – 5ª Edição. São Paulo:Martins Fontes, 1994.

WALLON, H. As Etapas Da Socialização Da Criança. Lisboa, 1953.

WALLON, H. As Origens do Caráter. Trad. Heloyza Dantas de Souza Pinto. São

Paulo: Nova Alexandria, 1994.