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APOSTILA PARA ESTUDOS DE ATIVIDADES DE BOMBEIRO

3 PARTECURSO DE BOMBEIRO CIVILCOOPBOM-COOPERATIVA DE BOMBEIROS E SALVA VIDAS CIVIS DO RSContedo e Paginas: INCNDIO EM MATAS 02 SEGURANA DA EQUIPE NO COMBATE A INCNDIO 08 COMBATE A INCNDIO PREDIAL 11 AVALIAO DA CENA 12 PLANO DE AO 12 SALVAMENTOS - 13 EXPLORAO 14 BUSCA/VARREDURA 15 TCNICAS DE EXTRICAO RPIDA 16 ESTRATGIA DE ATAQUE AO INCNDIO 17 MTODOS DE ATAQUE AO INCNDIO 18 TCNICAS DE VENTILAO 19 COMBATE A INCNDIO VEICULAR 20 COMBATE A INCNDIO EM GLP 23 USO DE ESCADAS PROLONGVEIS 24 SPDA-SISTEMA CONTRA DESCARGAS ATMOSFRICAS 27 SALVAMENTO EM DESABAMENTOS 29 SALVAMENTO EM SOTERRAMENTOS 31 SALVAMENTO EM POO 32 SALVATAGEM 34 RECALDO 36 INSPEO FINAL 38 PROTEO E PRESERVAO 38 EQUIPAMENTOS PARA SALVATEGEM E RESCALDO - 39 PREVENO EM REA DE POUSO DE HELICPTEROS 41 CLASSIFICAO DE HELIPONTOS 45 ENTRADAS FORADAS 46 IINCNDIO EM INSTALAES ELTRICAS - 50

Aluno(a):________________________________________________________________________________

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Incndios em MatasA destruio das matas por incndio, alm de causar danos materiais, prejudica o sistema ecolgico e o clima. A quase totalidade dos incndios em matas ocorre pela ao humana, que, de forma inadvertida ou mesmo dolosa, provoca a devastao da natureza. Aliadas ao do homem, as situaes meteorolgicas adversas tambm contribuem para a ocorrncia de incndios, principalmente no perodo de julho a outubro, devido estiagem e s geadas. A guarnio designada para o combate deve estar equipada com os materiais especficos, estar tecnicamente treinada e possuir a necessria capacitao fsica. O sucesso da operao depende do conhecimento do comportamento do fogo e das peculiaridades da extino deste tipo de incndio.

Partes do IncndioPara melhor compreenso e estudo, o incndio em matas dividido em partes. So elas: permetro: a borda do fogo. o comprimento total das margens da rea queimando ou queimada. O permetro est sempre mudando, at a extino do fogo. cabea: a parte do incndio que se propaga com maior rapidez. A cabea caminha no sentido do vento. onde o fogo queima com maior intensidade. Control-la e prevenir a formao de uma nova cabea , geralmente, a questo-chave para o controle do fogo. dedo: faixa longa e estreita que se propaga rapidamente a partir do foco principal. Quando no controlado, d origem a uma nova cabea. costas ou retaguarda: parte do incndio que se situa em posio oposta cabea.Queima com pouca intensidade. Pode se propagar contra o vento ou em declives. flancos: as duas laterais do fogo que separam a cabea da retaguarda. A partir dos flancos, formam-se os dedos. Se houver mudana no vento, os flancos podem se transformar em uma nova cabea. focos secundrios: provocados por fagulhas que o vento leva alm da cabea ou por materiais incandescentes que rolam em declives. Devem ser extintos rapidamente para no se transformarem em novas cabeas e crescerem em tamanho. bolsa: rea no queimada do permetro. Normalmente espao no queimado entre os dedos. ilha: pequena rea, no queimada, dentro do permetro.

Combustveis: So divididos em combustveis leves, pesados e verdes. Podem ainda ser classificados conforme as suas respectivas localizaes em: AREOS, RASTEIROS OU SUBTERRNEOS, conforme foto ao lado . Combustveis leves ou de queima rpida: So os que queimam com maior facilidade, permitindo umapropagao rpida do fogo. Fornecem calor para que os combustveis pesados entrem em combusto e para que os combustveis verdes sequem e queimem com facilidade. So exemplos de combustveis leves: grama seca, folhas mortas, arbustos e gravetos.

Combustveis pesados ou de queima lenta: So os que queimam lentamente em decorrncia do seu volume eda umidade que retm. So mais difceis de entrarem em combusto, porm, quando queimam, ardem por longo perodo e sua extino mais trabalhosa. Troncos e galhos so exemplos de combustveis pesados.

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Combustveis verdes: a vegetao em crescimento. No de fcil combusto, porm, grande volume de fogo podesec-la rpida e favoravelmente para entrada em combusto. Certos vegetais, como eucalipto, pinheiro e cedro, possuem leos em sua constituio que, uma vez queimados, produzem grande volume de fogo.

Fatores de Propagao de Incndios: O bombeiro deve estar atento a situaes que possam aumentar aintensidade do fogo e modificar sua direo, fazendo as chamas crescerem subitamente e, at mesmo, voltarem-se para o local onde ele se encontra, tornando o combate perigoso. Estes fatores so:

Condies MeteorolgicasTodos os aspectos do tempo tm efeito sobre o comportamento do fogo em mata. Alguns dos fatores que influenciam os incndios florestais so: vento, temperatura e umidade.

VentoQuanto mais forte for o vento, mais rpida ser a propagao do incndio. Isso porque o vento traz consigo um suprimento adicional de oxignio. Pode tambm levar fagulhas alm da linha do fogo e iniciar, com isto, focos secundrios. Ventos mudam a direo do fogo rpida e inadvertidamente. Essas mudanas colocam em risco tanto a segurana no trabalho quanto o prprio controle do incndio. Visto que o sol aquece o solo, o ar junto ao solo aquecido sobe. Assim, as correntes de ar geralmente erguem-se pelos vales e aclives durante o dia. Durante tarde e noite, o solo se refresca e as correntes de ar invertem sua direo, descendo aos vales e declives. Portanto, importante verificar a direo do vento nos vales e declives para que se planeje o ataque ao incndio. Outro dos efeitos do vento no comportamento do fogo que ele seca os combustveis, fazendo com que queimem melhor e mais rapidamente.

TemperaturaOs combustveis pr-aquecidos pelo sol ardem com maior rapidez do que os combustveis frios. A temperatura do solo tambm influi na movimentao das correntes de ar. A temperatura tem influncia direta sobre os bombeiros, tornando-os mais estafados e cansados para o combate.

UmidadeA umidade em forma de vapor dgua est sempre presente no ar. A quantidade de umidade que est no ar afeta a quantidade que est no combustvel. O contedo de umidade dos combustveis uma considerao importante no combate a incndios, visto que os combustveis leves so os que tm maior facilidade em umedecer. midos, esses combustveis queimam lentamente e no produzem calor suficiente para incendiar os combustveis pesados, tornando mais lenta a propagao.

Topografia do TerrenoOs acidentes do terreno desempenham um papel importante na propagao do fogo e, ao contrrio das condies meteorolgicas, que variam frequentemente, o terreno um fator constante. Deve-se levar em conta a topografia do terreno no combate a incndios em matas.

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Aclivefogo queima com mais rapidez para cima, porque, no alto, as chamas encontram maior quantidade de combustvel, aliando-se aos gases quentes que produzem a conveco.

Declive O fogo lento porque as correntes de convecovo no sentido oposto aos combustveis, no os aquecendo.Em declives ngremes, troncos incandescentes podem rolar, causando riscos para os bombeiros, quer pelo impacto com o material, quer pela possibilidade que este tem de conduzir o fogo para a retaguarda dos bombeiros, colocando-os entre duas frentes.

Classificao dos Incndios em MataO sucesso da operao de extino depende do conhecimento da classificao dos incndios em mata. A classificao feita de acordo com a localizao dos combustveis. Incndio Subterrneo Quando h queima de combustveis abaixo do solo, tais como hmus, razes e turfa. Este tipo de incndio normalmente de combusto lenta e sem chamas, porm, de difcil extino. Incndio Rasteiro Quando h queima de combustveis de baixa estatura, tais como: vegetao rasteira, folhas e troncos cados, arbustos, etc. Este o tipo de incndio que ocorre com maior freqncia, conhecido tambm por incndio de superfcie. Incndio Areo Quando h queima de combustveis que esto acima do solo, tais como galhos, folhas, musgos, etc. Este tipo de incndio ocorre geralmente em dias de muito vento e baixa umidade relativa do ar, e conhecido tambm por incndio de copas.

Incndio total Quando temos todas asformas de incndio acima descritas.

Mtodo de CombatePara a extino de incndios em matas, h dois mtodos que podem ser empregados isoladamente ou em conjunto.

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Ataque DiretoConsiste em combater diretamente as chamas no permetro do incndio. Para isso, utilizam-se ferramentas agrcolas, abafadores e bombas costais. Dependendo do acesso e fonte de abastecimento, pode-se utilizar moto-bombas e viaturas de incndio. O mtodo de ataque direto deve ser usado quando o fogo no muito violento, permitindo que os bombeiros se aproximem da linha de fogo e, tambm, quando o incndio no est se espalhando rapidamente. Abafador Deve ser aplicado sobre o fogo para extingui-lo, com movimentos de sobe e desce, sem ultrapassar a linha do corpo. Podem ser confeccionados de ramos verdes e tiras de mangueiras. Bomba Costal Este equipamento possui, normalmente, reservatrio de 20 litros de gua e esguicho. A gua recalcada quando o bombeiro aciona manualmente o pisto. Ferramentas Agrcolas So ferramentas comuns, (tais como p, enxada, enxado, etc.), utilizadas principalmente para colocar terra sobre o fogo.

Ataque areo Feito por avio com tanques especiaisou com elicpteros com bolsa de gua.

Ataque IndiretoConsiste em combater o fogo a alguma distncia do seu permetro. Este mtodo utilizado quando o fogo de grande intensidade ou est se movendo rapidamente. Neste mtodo de combate, faz-se o aceiro ou se utiliza de uma barreira natural, e, a partir da linha construda ou existente, faz-se o fogo de encontro. O aceiro visa extinguir o incndio pela retirada do material e deve ser suficientemente largo para evitar que o fogo se propague para o outro lado. Aceiros mais largos que o necessrio, porm, significam desperdcio de tempo e esforos que podem ser vitais em outras frentes. O aceiro composto de duas reas: raspada e tombada

rea RaspadaConsiste em remover a vegetao at que a terra viva seja exposta. Para este servio so empregadas ferramentas manuais como enxadas, enxades e ancinhos ou mquinas como trator de p ou com rastelo. Deve-se, na medida do possvel, evitar o encontro com vegetao de grande porte. Caso o encontro com esta vegetao no possa ser evitado, deve-se remov-la com o emprego de foice, machado ou moto-serra. Toda a vegetao retirada da rea raspada, caso no esteja queimada, deve ser removida em direo rea a preservar, para, mais tarde, evitar uma grande carga de incndio pela utilizao do fogo de encontro.

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rea TombadaConsiste em se derrubar toda a vegetao em direo ao fogo, visando diminuir o tamanho das chamas, evitando que elas ultrapassem a rea raspada. Dificulta tambm o transporte de material incandescente pelo vento.

Utilizam-se, nesta operao, foices, machados e moto-serras. Fogo de EncontroTcnica utilizada aps a execuo do aceiro. Consiste em atear fogo na rea tombada em direo ao incndio, visando alargar o aceiro. Quando se deixa o fogo queimar at o aceiro, h o perigo de o fogo pular a linha, devendose, sempre que possvel, usar o fogo de encontro a partir do aceiro. A queima a partir do aceiro deve ser feita to logo este esteja construdo e aps ordem do Comandante da Operao.

Cuidados a serem tomados: Nunca atear fogo em rea maior do que seja possvel controlar. Atear fogo na direo do incndio e contra o vento. Ficar atento aos focos de incndio que possam surgir dentro da rea protegida. Nunca deixar o fogo de encontro se espalhar pelas extremidades do aceiro. Ter pessoal para controlar o fogo de encontro. Onde for possvel, usar o fogo de encontro a partir de uma barreira natural. Se no houver condies seguras e certas de que o fogo de encontro resolver, devido ao vento ou outros bices, no executar este procedimento.

Rescaldo : quando se elimina todos os riscos de reignio do incndio. uma fase trabalhosa, porm, a nica maneira capaz de garantir que o incndio foi extinto e que no tem mais riscos de reignio. Procedimentos para o rescaldo: Caminhar por todo o permetro onde se deu o incndio e ter certeza de que foi extinto. Eliminar toda fonte de calor do permetro do incndio. Se o rescaldo for trabalhoso, permitir que o combustvel queime sob controle. Ter certeza de que o aceiro est limpo. Cortar ou apagar com gua troncos que possam soltar fascas alm do aceiro. Extinguir focos esparsos. Espalhar todo o material incandescente que no puder ser extinto com gua ou terra para dentro do permetro (se for o caso, enterr-lo). Colocar todo o combustvel rolio em posio que no possa rolar e ultrapassar o aceiro.

Prescries GeraisA extino de incndio em mata um servio perigoso e exaustivo e requer do bombeiro uma tenacidade acima do normal. Toda operao de combate a incndio deve ter um Posto de Comando onde haja condies de comunicao, atendimento em primeiros socorros e viaturas para deslocamentos rpidos, planejamento e controle da operao. O incndio em mata tem um comportamento genrico. Devido temperatura e umidade do ar, ele tem menos intensidade na madrugada e maior intensidade entre s 10:00 e s 18:00 horas. Portanto, seria lgico intensificar o combate durante a madrugada. Porm, deve-se levar em conta a pouca visibilidade neste horrio, o que afeta diretamente a segurana dos bombeiros. S uma anlise apurada sobre o tipo de vegetao e terreno pode apontar qual o melhor horrio para

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intensificar os trabalhos. Uma coisa certa, o combate a incndio em matas deve ser feito o mais rpido possvel e

ininterruptamente at a sua total extino.O combate deve ser feito em equipes, no devendo nunca o bombeiro trabalhar isolado. Cada equipe deve possuir rdio capaz de transmitir o andamento do servio e receber instrues do Comandante da Operao. Ao se optar pelo ataque indireto, deve-se observar a existncia de barreiras j construdas(como estradas), que devem ser usadas como aceiros. Ao usar a tcnica de fogo de encontro, deve-se calcular o local onde os dois fogos vo se encontrar. Este local deve ser suficientemente distante da linha de aceiro, para evitar que a grande quantidade de fuligem produzida seja transportada pelo vento para trs deste ponto, criando outros focos de incndio. Os bombeiros que vo trabalhar noite devem chegar ao local do incndio antes que escurea para reconhecer o terreno luz do dia. Chegando ao local, devem, primeiramente, determinar o caminho para escapar, se for necessrio. O trabalho de extino em matas desgastante. O perodo em servio no deve exceder 12 horas seguidas e o descanso no deve ser menor que 8 horas. Os servios de extino s devem ser abandonados aps rescaldo criterioso, ficando a rea queimada em observao para alerta imediato em caso de reignio. As equipes de extino devem ter apoio do servio de meteorologia local e de vigias, que alertaro principalmente sobre as mudanas do vento. O chefe de cada equipe deve ter constante e rigoroso controle do pessoal e equipamento. Deve-se prever suficiente quantidade de suprimentos e equipamentos para o perodo de combate. Deve-se, tambm, tomar cuidado quando se trabalha em local de vegetao muito densa (que atrapalha a movimentao) e quando h grande quantidade de combustveis entre o aceiro e o incndio. Em outros pases, com tradio no combate a incndio, existe um ditado indgena que diz: O combatente deve ficar sempre com um p no preto, ou seja, com rota de escape pela rea j queimada.

Equipamento para o Combate a Fogo em MataEquipamento de proteo individual 1. Capacete 2. Bando (protetor posterior do pescoo) 3. culos de proteo 4. Capa 5. Luvas 6. Botas

Equipamento de proteo coletiva Rdios Faca / faco Material de primeiros socorros no Posto de Comando Ambulncia com pessoal habilitado Binculo Apito Cordas (cabos) Cantis e reservatrio dgua

Cada grupo (equipe) normalmente deve ter no mnimo 3 e no mximo 12 elementos, cabendo ao chefe o controle de seu grupo. A verificao constante de efetivo e de equipamento deve ser prioritria. Para algumas operaes deve-se destacar um vigia que fica longe, com rdio, apito e binculos, para evitar que os combatentes sejam envoltos pelo fogo. Deve-se garantir sempre a segurana individual e coletiva e identificar todas as situaes para garantir o sucesso no combate ao incndio florestal. importante manter sempre contato com o Posto de Comando e elaborar, em todo ataque, as rotas de fuga. Deve-se, tambm, zelar pelo cuidado, manuteno e bom uso das ferramentas de combate a incndios em mata (principalmente quando fora da poca de fogo em mato, quando devem ser feitas as previses de necessidade para preparao para o perodo crtico).

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SEGURANA DA EQUIPE EM COMBATE A INCNDIOS PREDIAISRegras Bsicas de SeguranaTodos os bombeiros devem entender e cumprir, sem excees, as regras gerais de segurana no combate a incndios urbanos e industriais, que se podem agrupar em quatro categorias, levando em considerao os seguintes aspectos: 1-Propagao do incndio; 2-Comportamento das Estruturas

do Edifcio; 3-Trabalho em Equipe; 4-Atitude na Atuao. 1Quanto a Propagao do Incndio, devemos observar:Ter sempre ateno quanto a posio da propagao, para no ser apanhado de surpresa ou ficar cercado; Estar sempre informado sobre as condies do incndio. Este aspeto muito importante quando no se consegue localiz-lo perfeitamente, devido aos elementos de compartimentao do edifcio ou de outros fatores;Ter uma noo da estrutura da edificao, para efetuar a explorao e encontrar o foco do incndio muito importante.

Redobrar a ateno se atuar em pisos acima do incndio. Nestas circunstncias deve prestar ainda mais ateno s alteraes do comportamento do incndio; Muita ateno, tambm, quando se combate um incndio em pisos abaixo do solo, dado o risco acrescido dessa situao; Ter muito cuidado quando existem atmosferas eventualmente explosivas;Em edifcios industriais e em grandes armazns deve redobrar-se a ateno, pois pode existir uma elevada carga de incndio e materiais perigosos;

Em plantas industriais, grandes armazns e amplos espaos comerciais, a ausncia de compartimentao pode facilitar a propagao do incndio a todo o espao; Em edifcios industriais e emgrandes armazns deve redobrar-se a ateno, pois pode existir uma elevada carga de incndio ou matrias perigosas;

Em plantas industriais, grandes armazns e amplos espaos comerciais dever ter-se em ateno que a ausncia de compartimentao pode facilitar a propagao do incndio a todo o espao;

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Comportamento das Estruturas do Edifcio

O comportamento do edifcio apresenta riscos mais acentuados quando a operao executada em edifcios com vrios pisos, particularmente nos de construo antiga. Deve ser dada uma especial ateno s condies em que se encontram os diferentes elementos de construo afetados pelo incndio, especificamente os seguintes:

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a)Coberturas e assoalhos, em particular se forem de madeira, verificando se h abaulamento, destruio parcial, locais com temperatura elevada ou fumegantes, etc.; b)Elementos metlicos (pilares, vigas, elementos de compartimentao), verificando se h deformaes, posio ou colorao anormais, pontos com temperatura elevada, etc... c)Note que as estruturas metlicas so frequentes em certos tipos de edifcios, como em plantas industriais, armazns e supermercados isolados. Nestes locais, alm das precaues indicadas, deve estar-se atento possibilidade do incndio se propagar por conduo e poder cercar os bombeiros.

Forros e Tetos podero cair, provocando ferimentos nos bombeiros ou obstruindo os caminhos de fuga. Geralmente em contrues , de fino acabamento, forros de gesso acartonado; chapas de fibras ou madeiras; tornam-se muito perigosos, pois a sustentao frgil ao calor. No caso de risco de colapso de elementos de construo, os bombeiros devem abandonar de imediato o local, deslocando-se pelas rotas de fuga mais seguras. Durante esta evacuao do edifcio, o deslocamento deve ser efetuado cumprindo os procedimentos de segurana, protegendo-se junto dos elementos estruturais do edifcio de maior confiana, como ao lado de colunas e abaixo de vigas de sustentao.

3-Trabalho em EquipeNo combate a um incndio urbano ou industrial o bombeiro atua integrado numa equipe, sob o comando do mais graduado. O chefe de equipe responsvel direto pela sua atuao e integrao com o restante equipes envolvidas na operao. Quanto ao trabalho em equipe, deve proceder-se como se indica a seguir *Manter sempre o contato com o chefe de equipe e com os outros membros da equipe. *Comunicao permanentemente com o chefe da sua equipe, colaborando com ele e cumprindo rigorosamente as instrues recebidas. *Estas so regras de ouro que, em equipe, aumentam as hipteses de reagir com sucesso numa situao de perigo eminente; *Certificar-se que as instrues recebidas do chefe de equipa so perfeitamente entendidas; *NUNCA ATUAR ISOLADAMENTE

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4-Atitude na AtuaoQuanto atitude na atuao, deve-se proceder da seguinte forma: Atuar sempre observando a propagao do incndio e das condies estruturais da edificao; Entender o comportamento do incndio e prever como evoluir fundamental para tomar as medidas de segurana adequadas a esse comportamento; Combater o incndio com agressividade, mas garantir em primeiro lugar a segurana. Esta deve estar sempre em primeiro lugar. Isto no impede que se combata o incndio eficazmente ao contrrio, garante o sucesso das operaes; Prever caminhos de fuga. fundamental saber, permanentemente, como se pode fugir para atingir um ponto seguro, aspecto que ser vital em caso de emergncia; Ter cuidado com a instalao eltrica quando: Combate o incndio com gua, devendo assegurar-se, antes de o fazer, que a instalao eltrica no est em carga (sob tenso);

Deslocamento no Interior Edifcio:A tcnica para movimentao no interior de um edifcio com pouca visibilidade utilizar as paredes como guia. As linhas de mangueira, tambm podem servir de guias no deslocamento com pouca visibilidade. medida que se deslocam, os bombeiros devem procurar sentir o piso sua frente pelo toque das mos, de um p ou das ferramentas que transportam, assegurandose da sua continuidade e estabilidade. Este procedimento pretende evitar acidentes por quedas, em escadas e aberturas eventualmente existentes nos pisos, provocadas ou no pelo incndio;

O deslocamento em escadas deve ser feito cuidadosamente; Utilizao do edifcio para proteoPara abrir uma porta, os bombeiros devem tatear, com as costas da mo, a parte superior da porta e a fechadura, de modo a determinarem o grau de aquecimento. Se for elevado, a porta no deve ser aberta at existir junto dela uma linha de mangueira com a pronta a atuar. Os bombeiros devem colocarse lateralmente, protegidos pela parede, agachados e abrir a porta o mais vagarosamente possvel. Uma ateno muito especial deve ser dada a portas que se abrem no sentido do local onde se encontram os bombeiros, bem como a portas com duas folhas.

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Os Bombeiros s devem entrar no compartimento se se houver condies de segurana. Note-se que situaes de sinistros, em incndios os riscos so eminentes.

ATUAO PELO TERRAO OU TELHADO DAS EDIFICAES:O bombeiro s deve atuar na cobertura de um edifcio se a estrutura desta for minimamente segura e, nesse caso, deve ter ateno aos seguintes cuidados especiais de segurana: A) Utilizar todo o EPI; b) Tentar fazer uma ancoragem com cabos(linha de vida), em uma estrutura fixa da edificao; c) Caminhar com cuidado sobre estruturas estveis;

ATUAO EXTERNA, JUNTO AO SOLO. CUIDADO COM OS DESABAMENTOS.Prestar muita ateno possvel queda de objetos e ocupar posio protegida . No solo os bombeiros devem ocupar posies seguras, precavendo-se de uma possvel queda de parede.

COMBATE A INCNDIOS PREDIAISAs operaes de combate a um incndio desenvolvem-se, sequencialmente, atravs das seguintes etapas, que chamamos de Fases do Combate a Incndio.

Avaliao da Cena e Plano de Ao; Salvamentos; Ataque; Rescaldo; Salvatagem;Todas estas fases, descritas nos pontos seguintes, devem ser seguidas em qualquer operao de combate a incndios, com exceo das fases dos salvamentos e da vigilncia, que podero no ser necessrias. No entanto, no possvel estabelecer regras e procedimentos comuns no combate a incndios urbanos e industriais. No caso dos incndios industriais, as diferenas ainda so mais evidentes, na medida em que os procedimentos a adotar variam com o tipo de indstria. 11

So muito diferentes os produtos, tipos de edifcios e respectivos riscos numa indstria cerealsta, metalrgica ou qumica, por exemplo. Torna-se, portanto, absolutamente necessrio conhecer previamente a natureza dos produtos existentes na instalao industrial onde foi declarado o incndio, as suas caractersticas fsicas e qumicas, toxicidade, exposio s temperaturas, contato com a gua, etc... Por outro lado, numa instalao industrial, uma atuao sem conhecimento prvio dos riscos existentes pode dar origem a acidentes de extrema gravidade e, eventualmente, implicar evacuao de populaes e danos materiais muito alm do permetro da empresa. Por isso, a interveno dos bombeiros dever ser sempre coordenada com os servios de segurana da empresa.

Avaliao da Cena: A Avaliao da Cena, a primeira das fases das operaes de combate a um incndioe crucial para o sucesso das restantes. Na fase de Avaliao, devemos observar as condies concretas em que se desenvolve o incndio, de modo a que se possam identificar e dimensionar as aes a tomar. Garante-se, assim, uma maior possibilidade de sucesso nos salvamentos e no ataque ao incndio. A avaliao da ocorrncia precede de uma pr-avaliao com o recebimento da chamada de socorro e pode continuar no percurso at a cena, atravs dos meios de comunicao ou de visualizao, se for possvel ver de longe a cena. Porm, na cena da ocorrncia que a coleta de informao, atravs do reconhecimento, mais rica.

Os dados essenciais a recolher, para que se faa uma boa avaliao da Cena So:1-Existncia de vtimas ou pessoas em perigo; 2-Tipo de construo e respectiva ocupao; 3-rea e altura do edifcio; 4-Localizao de reas com maior risco; 5-Localizao e extenso do incndio; 6-Locais em risco de serem afetados pelo incndio (Inflamveis/Explosivos/Qumicos/etc); 7-Capacidade local de abastecimento de gua para servio de incndios; 8-Condies meteorolgicas no local; 9-Condies de acesso; 10-Ocupao de prdios Vizinhos. Sempre que for detectado que existem salvamentos a efetuar, ser dada prioridade a esses salvamentos. O Comandante da Operao de Socorro, dar as respectivas ordens s equipes presentes no local, mesmo que tenha que interromper o reconhecimento. Em seguida, o Comandante , deve prosseguir com o reconhecimento, em paralelo com as aes de salvamento. Do mesmo modo, se existirem equipes em nmero suficiente, o comandante pode, aps ter efetuado um reconhecimento mais concreto, definir o respectivo plano de ao e da as instrues s equipes desenvolverem as manobras. Em seguida, acompanhando as equipes que avanam pelo edifcio ou recebendo informaes das mesmas vias rdio, continuar constantemente avaliando a cena e orientando as aes. O Comandante tambm poder delegar a outros Bombeiros o sub comando da operao.

Plano de Ao: O Comandante das operaes de socorro, com base na informao recolhida, e quando doreconhecimento no local, estabelece um plano de ao e transmite aos diversos chefes de equipes as diferentes atividades a desenvolver 12

As equipes unem os seus esforos nas diversas manobras definidas, pela ordem de prioridade estabelecida pelo comandante das operaes de socorro, sempre sob o comando do respectivo chefe de equipe.

Entre os meios de ao a serem seguidos pelas equipes, merecem destaque os seguintes:1-Meio de salvamento, como j se referiu; 2-Meios de socorro na rea da sade, para assistir eventuais vtimas, quando estas se encontrarem em local seguro; 3-Linhas de mangueiras para combate ao incndio; 4-Meios de ventilao ttica, para garantir a sada controlada do fumo, calor e gases de combusto para o exterior do edifcio; 5-Meios de acesso pelo exterior, como escadas de diversos tipos, escadas giratrias ou plataformas elevatrias; 6-Meios de entrada forada, para garantir a acessibilidade aos locais isolados ou de difcil acesso; 7-Meios de proteo para a equipe, contra os riscos da operao; 8-Meios de apoio para a reposio e reforo ao abastecimento de gua para as linhas de combate;

Salvamentos:

O salvamento de vidas em perigo uma fase prioritria no desenrolar das operaes, uma

vez que exista confirmao, ou suspeita, vtimas ou pessoas em perigo. , portanto, um fator decisivo na determinao da ttica e dos procedimentos a usar na cena da operao, podendo a necessidade de efetuar salvamentos retardarem o restante das operaes. Claro que nem todos os incndios apresentam risco eminente para as vidas humanas. Esse risco est relacionado com: a)A exposio do corpo humano aos produtos txicos, s chamas, ou ao calor intenso resultantes da combusto; b)A existncia de partes da estrutura do edifcio em perigo de desabar; c)O estilhaar de vidros e queda de artigos de mobilirio e de outros componentes do edifcio. Frente a um incndio, estando mental e fisicamente capazes, as pessoas fogem do edifcio, antes de serem impedidas pelo fumo ou pelas chamas. A no ser, quando o incndio propaga-se muito rapidamente atingindo importantes rotas de fuga , limitando a evacuao. A simples presena de um grande nmero de pessoas, como no caso dos edifcios que recebem pblico (grandes estabelecimentos comerciais, casas de espetculos, hotis, etc.) no razo suficiente para haver vidas em perigo.

Mas, ocorre em muitos casos, a impossibilidade de fuga, por vrios motivos. Veja alguns: a) devido a razes de ordem fsica ou mental; b) pela ausncias de rotas de fugas adequadas ouobstrudas; c) pela rpida propagao; d) Pela intoxicao; e) Por estarem dormindo, e serem tomadas de surpresa pelo volume do fogo ou gases;

QUANDO ISTO OCORRE A VIDA DAS MESMAS EST SOB GRAVE RISCO DE MORTE. 13

certo que todas as ameaas para os ocupantes do edifcio onde se desenvolve um incndio tm de ser corretamente avaliadas, a fim de serem dados os passos possveis no sentido de as reduzir ou eliminar. esse o papel do comandante das operaes de socorro.

Quando se prev que existam salvamentos a efetuar, utilizam-se duas tticas distintas:

1- Utilizando os Prprios Meios da Edificao pelo Interior:

Neste caso, utilizamos as

escadas e outras rotas de circulaes e fuga do edifcio para encaminhar ou transportar as pessoas para o exterior. o mtodo mais seguro, que deve ser utilizado sempre que as condies do incndio e do edifcio o permitam. Lembre-se que nunca devem ser utilizados os elevadores como meio de evacuao.

2- Utilizando os Meios Externos: Quando no possvel efetuar os salvamentos

usando as prprias

estruturas do edifcio, atua-se pelo exterior, tendo como recursos os materiais e equipamentos de salvamento dos prprios Bombeiros, desenvolvendo as chamadas manobras de salvamentos, tais como 1Uso de Cordas e Acessrios de Salvamento em Alturas; 2Uso de uma Manga de Salvamento/Tubo de Tecido/Tobog de Tecido; 3Uso de Escadas Manuais prolongveis ou de Gancho, ou Mecnicas como a Magirus;

Nas operaes de salvamento incluem-se, tambm, todas as aes, a desenvolver no interior do edifcio,

Para realizarmos estas aes os Bombeiros tero que empenhar trs tipos de aes, assim denominadas: EXPLORAO, BUSCA E SALVAMENTOnecessrias para localizar e salvar vtimas, sempre que se suspeitar da existncia de pessoas em perigo,

EXPLORAO:

Nunca entre sozinho no

ambiente sinistrado, procure ter algum acompanhando para auxiliar tanto no Combate quanto no Salvamento. Toda equipe deve estar preparada para intervir em um salvamento, seja ele em local sinistrado por incndio, desabamento ou desmoronamento. Todos os equipamentos devem estar prontos para uso e em local adequada de acondicionamento organizado.

OS EQUIPAMENTOS MINIMOS PARA ESTAS AES SO: Cabos longos (mnimo de 30 mts); Luvas de vaqueta; Lanterna de capacete; Lanterna de mo; Lanterna tipo refletores; 14

Capacete de resgate; Cadeirinha de salvamento; KIT de salvamento em altura (mosqueto e freio 8); Cabo solteiro (mnimo de 4,5mt); Aparelho de respirao autnoma (locais confinados)

Em locais onde a visibilidade quase zero, mesmo com o uso de lanternas, o Bombeiro muitas vezes poder ter limites de busca. Jamais se deve entrar sozinho em um local para eventuais buscas, deixando sempre algum responsvel na entrada com um cabo guia, convencionando movimentos e sinais de aviso e comunicao.

BUSCA:No caso de haver pouco homens e um local extenso para busca, deve ser usado a tcnica de marcao de local, usando os seguintes smbolos:

Esses sinais devem ser utilizados quando houver uma busca em local de grande porte com pouco pessoal. O bombeiro passa, localiza, marca e retorna a busca. Mas sempre deve ter a certeza de que no existe risco iminente para a vitima. Outro sistema muito utilizado pelos bombeiros o sistema de entrada controlada, geralmente utilizada nas buscas em edificaes que devem ser evacuadas ou sofreram um sinistro de proporo onde possa haver mltiplas vitimas. O bombeiro marca um X antes de entrar no recinto, coloca o horrio de entrada e a identificao, ao sair coloca o horrio de sada e a quantidade de vitimas encontradas. No caso de no haver vitima marca-se S/V (Sem Vtima).

Durante as buscas, o bombeiro pode entrar marcando a identificao e horrio de entrada, faz a averiguao no local e retorna para marcar um numero maior de vitimas. No caso de outro bombeiro passar pelo local e estiver faltando apenas o horrio de sada, deve estar atento sabendo que um companheiro est ali dentro com mais de uma vitima e pode estar com dificuldades. BUSCA COM 02 BOMBEIROS, 01 ENTRO E OUTRO COMO SEGURANA/VIGIA: Nas buscas em locais sem visibilidade, nunca devem ser feitas com apenas um bombeiro. Deve sempre entrar um bombeiro para a busca, com cabo-guia e um segundo deve permanecer fora como segurana. O Bombeiro que entra no compartimento, deve entrar por um lado e sair do outro, sempre buscando varrer o cho com as mos na posio de joelhos e constantemente comunicando-se por sinais atravs de puxes no cabo guia.

COMUNICAO COM O CABO GUIA: Na comunicao entre o bombeiro do lado de fora da edificao e os bombeiros no interior da mesma. Este cabo deve estar sempre tenso a fim de que haja, efetivamente, comunicao. Para cada equipe de bombeiros que adentrar estrutura, deve haver um outro do lado de fora, responsvel pela sua segurana. A comunicao entre os bombeiros pode ser feita tanto do interior do ambiente para o exterior do ambiente, como do exterior para o interior. importante que os bombeiros no interior no fiquem com seus movimentos limitados pelo cabo.

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Portanto o bombeiro do exterior no deve prender ou tentar puxar o companheiro de dentro da edificao, mesmo quando em situao de emergncia. Os cdigos a serem usados nestas ocasies so:

SINAL

1 puxo 2 puxes 3 puxes 4 puxes

SIGNIFICADO

Tudo bem Solte cabo Retese cabo(Esticar o Cabo) Achei vtima

Toda comunicao deve ter resposta, portanto, o bombeiro deve acusar, sempre, o recebimento da mensagem com um puxo, o que quer dizer que entendeu o comunicado. No caso de no receber resposta, usar o cdigo novamente e, persistindo a falta de resposta, deve repetir o procedimento mais uma vez. Se, mesmo assim, no obtiver resposta, deve providenciar socorro imediato ao colega. Do lado de fora, deve haver uma equipe de segurana pr-determinada, para socorrer a equipe de salvamento em uma emergncia. Esta equipe de segurana deve ser composta de dois bombeiros com EPI e EPR (mscara autnoma), que acompanharo os trabalhos da equipe de salvamento sob a superviso do Comandante da Operao. Um bombeiro deve controlar toda a operao no interior da edificao, supervisionando o equipamento e o pessoal, anotando misso, nome do bombeiro e tempo de trabalho de cada elemento. Este procedimento reduz a possibilidade de um homem ficar esquecido no interior da estrutura ou trabalhar fora da margem de segurana estabelecida. Os bombeiros no devem hesitar em sair da edificao se as condies internas indicarem a possibilidade de um iminente colapso da estrutura. Ao avanar no interior da estrutura, devem ter pleno conhecimento da quantidade de ar necessria para o retorno.

SALVAMENTO:MTODOS RPIDA E VTIMAS: DE EXTRICAO TRANSPORTE DE

InconscientesInconscientes

Vitimas Conscientes

Inconscientes

Inconscientes16

Ataque: O ataque a um incndio urbano ou industrial, duas aes so decisivas para evitar o seudesenvolvimento:1-Impedir a propagao do incndio atravs do resfriamento e isolamento das reas contiguas, evitando que este se propague s reas expostas aos seus efeitos; 2-Atacar diretamente o prprio foco do incndio.

Como Regras Gerais no Ataque Temos:1- Atuao rpida e decisiva, sem perdas de tempo, porm nunca descuidando da segurana da equipe; 2- Tentar prever sempre o comportamento do fogo, frente s caractersticas do edifcio, para obter o seu controle

Nesta fase das operaes de Ataque destacam-se trs marcos importantes:Confinamento ou Isolamento - Um incndio est confinado quando os meios de combate esto dispostos de tal forma que se pode garantir que o incndio no vai alastrar, alm da rea j afetada; Domnio - Um incndio est dominado quando h sinais ntidos que cedeu, perante a ao dos meios de ataque. A intensidade das chamas diminui visivelmente e o fumo apresenta uma cor mais esbranquiada, devido ao vapor resultante da aplicao da gua nas operaes de combate; Extino - Um incndio est extinto quando os principais focos deixarem de estar ativos, praticamente no existindo chamas. Podero apenas existir pequenos focos em atividade, sem importncia, na maioria sob a forma de brasas que sero facilmente eliminados, sem apresentar perigo.

Estratgias de Ataque: O comandante das operaes de socorro decidir sobre qual a melhor estratgiade ataque ao incndio, face s condies em que o mesmo se encontra e aos meios disponveis no local. So duas as estratgias de ataque a incndios urbanos e industriais, a ofensiva e a defensiva.

Estratgia OfensivaA estratgia ofensiva consiste no ataque ao incndio colocando os meios de combate de modo a conter a sua propagao, realizando o seu confinamento, menor rea possvel. Em incndios urbanos, a aplicao desta estratgia consiste na montagem de linhas de mangueira para ataque no interior do edifcio. Esta estratgia mais eficaz e deve ser utilizada sempre que as condies de segurana do edifcio e a intensidade e dimenso do incndio o permitam. Sempre que possvel, a estratgia ofensiva deve ser efetuada, ponderando os meios disponveis, de modo a empurrar as chamas, o fumo e os gases de combusto para o exterior do edifcio, combinando as operaes de extino com as de ventilao ttica. Alm da ventilao tctica, as operaes de combate ao incndio pelo interior (estratgia ofensiva) so tambm apoiadas pelas operaes de abastecimento de gua, montagem de acessos pelo exterior (utilizando as escadas disponveis nos bombeiros) e abertura de acessos, recorrendo a mtodos de entrada forada. Sempre que houver pessoas no interior do edifcio obrigatrio o recurso estratgia ofensiva.

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Estratgia Defensiva: Quando a intensidade e a dimenso do incndio, ponderadas em relao aos meios disponveis,ou a falta de segurana do edifcio no permitam desenvolver as operaes de ataque ofensivo ao incndio pelo seu interior, recorre-se estratgia defensiva, que se desenvolve pelo exterior. Esta estratgia consiste em fazer incidir os meios de combate a partir do exterior, atravs de portas, janelas ou outros vos abertos nas fachadas ou, ainda, atravs de aberturas e partes destrudas da cobertura do edifcio. H ainda circunstncias particulares que podem levar o comandante das operaes de socorro a optar por uma estratgia defensiva, protegendo apenas as exposies exteriores, no combatendo o incndio. So disso exemplos as situaes de: 1- Exploso iminente (BACKDRAFT OU FLASHOWER; 2-Existncia de produtos txicos ou outras matrias perigosas no interior do edifcio, que apresentem ALTO RISCO PARA OS BOMBEIROS; 3-Eminncia de desabamento, total ou parcial, do edifcio. No caso de instalaes industriais com maior risco de incndio (indstria qumica pesada, indstrias da madeira, fbricas de papel, de plsticos, de tintas, etc.), em que a carga de incndio muito elevada, mais provvel surgir uma situao que imponha a estratgia defensiva.

MTODOS DE ATAQUE: aps a escolha da estratgia de ataque, passamos para o mtodo de ataque, que podem ser 3. Ataque Direto, Indireto ou Combinado, vejamos a seguir:CUIDADOS ANTES DO ATAQUE: A energia eltrica dever ser imediatamente desligada, evitando que o curto circuito comprometa as partes no atingidas ou pondo em risco a equipe de combate. O ataque deve ser em tcnicas de ataque direto ou indireto devendo sempre proteger ou atacar os flancos. Procure ficar de costas para o vento, assim poder se proteger do calor e fumaa. Se necessrio arrombe vias de acesso que estejam bloqueadas, portas ou janelas, tendo o cuidado de verificar o perigo de ocorrer o Back Draft (sopro pelas costas) exploso ambiental ocorrida com a entrada de oxignio no ambiente. Toque a porta com as mos verificando se est quente ou se sai fumaa por baixo, se estiver, abra-a com cuidado, utilizando o mtodo ESCUDO. Abra devagar e em etapas para que o oxignio entre lentamente. Ter sempre como prioridade nesta situao o seguinte: isolar evitando que o incndio se propague para outras edificaes ou andares.

ATAQUE DIRETOO mais eficiente uso de gua em incndio em queima livre o ataque direto. Em locais com pouca ou nenhuma ventilao, o bombeiro deve usar jatos intermitentes e de curta durao, at a extino. Os jatos no devem ser empregados por muito tempo, evitando alterar o movimento dos gases e o balano trmico, que o movimento dos gases aquecidos at o teto e a expanso do vapor de gua em todas as reas, aps a aplicao dos jatos de gua, fazendo com que haja uma brusca reduo da temperatura local. Sendo este jato aplicado por muito tempo, o vapor comea a se condensar, precipitando a fumaa ao piso, havendo a perda de visibilidade, ou seja, os gases e fumaa que deveriam ficar ao nvel do teto, tomam o lugar do ar fresco ao nvel do solo. O bombeiro utiliza um jato de meia-neblina direcionando o centro do jato diretamente ao material que est queimando

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ATAQUE INDIRETO o mtodo que permite a equalizao trmica do ambiente, usando a vaporizao da gua. Deve ser utilizado sem entrar no ambiente e quando o ambiente estiver confinado e com alta temperatura, com ou sem fogo. preciso cuidado porque esta pode ser uma situao propcia para o surgimento de uma exploso ambiental (FlashOver ou backdraft). Este ataque no deve ser efetuado enquanto no houver certeza da retirada das vtimas do local, porque a grande gerao de vapor poderia mat-las por asfixia. conseguido, dirigindo-se o jato de gua para o teto superaquecido, tendo como resultado a produo de aproximadamente 1700 litros de vapor, para cada litro de gua adicionada. No ataque indireto, o esguicho ser acionado por um perodo de 20 a 30 s, no mximo. No utilizar um excesso de gua. Aps a aplicao da gua, o bombeiro aguarda a equalizao da temperatura do ambiente, isto , que as labaredas diminuam e que reduzam a focos isolados para maior facilidade de combate. Isso poder ser constatado atravs de: - falta de luminosidade intensa das labaredas; - baixo nvel de rudo oriundo da queima dos materiais. O bombeiro, aps estabilizar o ambiente, deve entrar no local com o esguicho fechado e extinguir os focos remanescentes atravs de jatos intermitentes de pequena durao, dirigidos diretamente base do fogo. Quando estiver desenvolvendo esta fase, o bombeiro deve fazer com que o volume de gua seja o menor possvel. Quando do trmino da utilizao do esguicho, deve-se fecha-lo lentamente, para evitar o golpe de arete.

ATAQUE COMBINADOUm incndio que est em local confinado, sem risco de exploso ambiental, mas com superaquecimento do ambiente, que permita a produo de vapor para auxiliar a extino (abafamento e resfriamento), usa-se o ataque combinado. O ataque combinado consiste na tcnica de gerao do vapor combinada com o ataque direto base dos materiais em chamas. O esguicho deve ser movimentado de forma a descrever um crculo, atingindo o teto, a parede, o piso e a parede oposta e novamente o teto. No ataque combinado os bombeiros devem ficar abaixados, o que facilita a movimentao circular que caracteriza este ataque. Quando no houver mais gerao de vapor, utiliza-se o ataque direto para a extino dos focos remanescentes.

TCINCAS DE VENTILAO NO COMBATE AO INCNDIOVentilao Natural horizontal: a aberturade portas, janelas, para troca de gases por ar fresco.19

Ventilao Natural vertical: a abertura do tetopara sada dos gases e abre-se uma porta para entrada de ar fresco, apenas o suficiente para que no provoque uma explosoambiental. (Back Draft)

Ventilao

realizada atravs de mtodos e equipamentos para a renovao do ar, com o uso de exaustores ou jato dgua em chuveiro com 90% de neblina, lanado prximo janela ou porta de dentro para fora da edificao, saindo assim toda a fumaa para fora, chamado de aerao.

Forada:

Vantagens da ventilao:Visualizao e localizao do foco. Retirada do calor. Retirada dos produtos txicos, inflamveis e de combusto. A ventilao facilita o trabalho, em atingir seus objetivos. Atingir o local sinistrado no menor tempo possvel. Visualizar e resgatar vtimas presas. Aplicar os agentes extintores adequados minimizando os danos causados pelo fogo, gua e produto da combusto.

PROCEDIMENTOS PARA COMBATE A INCNDIO VEICULAREPI Necessrio:Todos EPIs de combate a incndio. Anlise do local: Verificar o tipo de via (rodovia, tnel, via urbana etc.) ; Verificar se h grande fluxo depessoas. Observar se h combustvel derramado sob o veculo ou escorrendo para os arredores.

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Aproximao do Veculo: aproximar-se do veculo, consider-lo sempre movido a GNV.Aproximar-se com o vento pelas costas; Fazer de Imediato o Isolamento da rea: No caso de simples vazamento,dever ser evacuadas as pessoas e animais num raio de 400m. Nos casos em que houver chama envolvendo os cilindros, dever ser adotado um raio mnimo de 800m.

Tipos de veculos/Aproximao:Auto comum (carros de passeio)/ Pela frente do veculo, pois o cilindro se localiza atrs do automvel. nibus e caminhes / Aproximar-se por trs ou pela frente, pois os cilindros Vans / Kombi / Pela frente, pelo mesmo motivo acima citado. Pick-up / Pela frente pois os cilindros esto sobre a caamba ou carroceria de madeira.

Posicionamento das viaturas: Escolher a posio da viatura visando a segurana da mesma e daguarnio, no mnimo, a 100 metros para carros de passeio, 200 metros para vans e txis, e 300 metros para veculos de carga ou reboque, do veculo sinistrado. As barreiras encontradas como muros e construes diversas podem ser levadas em considerao para auxiliar na limitao dos danos.

Como Combater:- Verificar a direo do vento; - Armar duas linhas direta de 1 com esguichos regulveis ou armar dois magotinhos ou armar 1 linha direta de 1 e 1 mangotinho; - Procurar sempre ter uma linha como proteo; - O combate dever ser realizado atravs do mtodo de resfriamento dos tanques, a fim de ser evitado o fenmeno B.L.E.V.E (Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion) nos cilindros envolvidos em chamas ou aquecimento por irradiao; - Dever tambm ser utilizado jato neblina em alta presso (acima de 100 lbs), a fim de se proceder ao efeito de arrastamento do ar (exausto), para disperso da concentrao de GNV; - O combate dever ser realizado em posio de alarme gases.

Fechamento das vlvulasVlvula de Abastecimento. Esta vlvula se encontra localizada na parte destinada aoacondicionamento do motor do veculo, intermediando o Carburador ou TBI da Injeo Eletrnica e o cilindro de armazenamento do GNV. Sua principal funo a de interromper o fluxo de GNV do cilindro para o motor. Constitui-se numa pequena alavanca, geralmente pintada na cor vermelha, que se girada no sentido antihorrio realiza a ao para a qual fora criada.

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Localizao da vlvula de abastecimento

Vlvula do CilindroEncontra-se localizada junto ao cilindro de abastecimento de GNV, um registro que impede a alimentao do citado gs ali armazenado para o restante do sistema. Para fech-la necessrio romper um plstico que o cobre, colocado pela empresa instaladora do Kit GNV e girar o registro no sentido anti-horrio.

Localizao da vlvula do Cilindro

Desligamento do Cabo da BateriaAssim que o cilindro for resfriado e for feito o fechamento das vlvulas, deve-se proceder desconexo dos cabos da bateria. O cabo da bateria a ser desconectado primeiro deve ser o negativo em razo de a mesma fazer seu aterramento com o chassi do carro atravs de seu borne negativo. Do contrrio, se desconectssemos primeiramente o plo positivo, correr-se-ia o risco de a chave metlica entrar em contato com alguma parte da carroceria e, estando esta ligada ainda ligada ao plo negativo da bateria, fecharia o circuito e provocando centelhas.

Escolha dos plos

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COMBATE A INCNDIO EM GLPO gs liquefeito e um combustvel formado pela mistura de hidrocarbonetos com trs ou quatro tomos de carbono (propano e butano), como mostra a figura 1, extrados do petrleo, podendo apresentar-se em mistura entre si e com pequenas fraes de outros hidrocarbonetos. Ele tem a caracterstica de ficar no estado liquido quando submetido a presso, sendo por isto chamado de gs liquefeito de petrleo (GLP). De fcil combusto, o GLP e inodoro, mas por motivo de segurana, uma substancia chamada MERCAPTANA e adicionada ainda nas refinarias. Ela produz o cheiro caracterstico percebido quando ha algum vazamento de gs. O GLP no e corrosivo, poluente e nem txico, mas se inalado em grande quantidade produz efeito anestsico, podendo levar a morte por asfixia e provocar tambm convulses e de desorientao na vitima.

Relao de comparao do GLP com ar e a gua ESTADO GASOSO ESTADO LQUIDO 1 m3 de ar = 1,22 kg 1 litro de gua = 1kg 1 m3 de GLP = 2,2 kg 1 litro de GLP = 0,54kg

Fenmeno em Incndio com Recipiente Sob Presso.Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion (Bleve) Exploso de Vapores Expandidos de Lquidos em Ebulio. a exploso (liberao sbita de presso) de vapor em expanso de um liquida com temperatura superior a seu ponto de ebulio atravs da passagem de liquido para vapor. Neste processo de expanso, e gerada a energia que agride a estrutura do recipiente, projetando os fragmentos e ocasionando a rpida mistura do gs com o ar, que da por resultado a liberao de uma grande quantidade de fogo caracterstico. Um exemplo que pode ser citado e o de um caso de incndio que envolva o botijo e que por algum motivo a vlvula de segurana no venha a se romper, haver colapso da estrutura metlica do vasilhame (ruptura da chapa), o fenmeno descrito acima ser seguido de estampido e projeo da carcaa do botijo como um artefato blico (projtil).

Proteo contra o BlevePara proteger recipientes de exploses, deve-se resfri-los com gua, utilizando-se uma linha de proteo com jato de gua em forma de neblina, isolando o local e mantendo o resfriamento dos recipientes de gases ate que no seja mais necessrio, com o esgotamento do produto ou extino total do vazamento e das chamas. A aproximao do recipiente sinistrado, para combate ao fogo, deve ser feita ao longo de sua estrutura, no pelas extremidades, devido ao fato de que, ocorrendo a exploso, a guarnio pode ser atingida por fragmentos do recipiente colapsado, os quais sero disparados como projeteis, em sentidos contrrios.

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Procedimentos no Combate em Instalaes de GLP.Precaues ao Chegar no LocalIsolar a rea de risco. Com exceo das pessoas autorizadas pelo comandante das operaes no local, afastar as pessoas para evitar acidentes e no atrapalhar os servios da guarnio de bombeiros. Coletar o maior numero de informaes possveis relativas a ocorrncia de todas as fontes disponveis e acionar apoio se necessrio. Questionar o local exato da ocorrncia, aspecto da edificao, fontes de ignio (eletricidade), quantidade e tipo de vitimas, descrio do material do local, vias de acesso, riscos iminentes e outras duvidas que possam surgir. Traar um plano de ao levando em considerao os meios disponveis e as condies do local, emitir decises e ordens claras e precisas. Manter a guarnio com o vento as costas em local aberto para aproximao de um fogo ou vazamento de GLP. Se o local for confinado, fazer ventilao forcada ou saturar o ambiente com agentes extintores (C02, PQS ou gua em forma de neblina). Eliminar todas as fontes de ignio e gs externas e simultaneamente manter todas as pessoas fora da rea da nuvem de GLP iniciando esse procedimento logo que chegar ao local. Entrar no local adotando procedimentos padro de atendimento, utilizando EPR, ressaltando que a chave geral do local deve ser desligada para evitar fascas; usar linha de proteo ao adentrar no local. Em locais confinados cuidado com exploses ambientais, que podem ser evitadas ventilando o local (utilizar o ventilador/ exaustor das viaturas no ambiente, se possvel) ou saturando o local com um agente extintor (C02, PQS ou gua em forma de neblina). Explorar com cuidado as partes baixas do local (cho, poro), pois o gs tende a acumular-se nessas regies; se houver vitima, a mesma provavelmente estar intoxicada (eventualmente queimada) o que prioriza a remoo para local seguro e ventilado antes de qualquer outro procedimento de resgate.

Escada ProlongvelOperao de armar a Escada Prolongvel A ordem de armar abrange quatro operaes sucessivas: 1 Retirar a escada; 2 Transportar a escada; 3 Elevar a escada; 4 Fixar a escada.

Retirar a EscadaCompreende o ato do chefe e seu auxiliar, designados, retirarem a escada da viatura, ou do local onde estas devem ser armazenadas, depsitos, salas etc... A dupla (chefe e ajudante) transporta, at o local. *Nesta operao, a extremidade dentada do lano fixo (bases) fixada ao solo pelos ps do chefe da guarnio, enquanto o ajudante eleva a escada. *Uma vez elevada a escada, o chefe desenvolve-a at a altura desejada,puxando a corda de desenvolvimento e acionando os grampos fixadores. *Durante o desenvolvimento, o ajudante guarnecer a escada.

Fixar a Escada *Uma vez armada a escada, o ajudante subir e a amarrar,sempre que for possvel.

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Operao de Desarmar a Escada Prolongvel A escada deve estar posicionada, corretamente, para que possa ser utilizada. Os bombeiros devem utilizar a tcnica padro para subida, descida e tomada de posio,que visam sua maneabilidade com mxima presteza e segurana. O bombeiro dirige-se resolutamente escada, onde faz uma ligeira pausa, a fim de tomar posio inicial de subida. Esta posio inicial consiste em colocar o p esquerdo no primeiro degrau e a mo direita segurando o banzo do lado direito,um pouco acima da cabea, e constitui o 1 tempo. Em seguida, executa o 2 tempo,levando o p direito ao segundo degrau, ao mesmo tempo em que a mo esquerda vai segurar o banzo do lado esquerdo, um pouco acima da cabea, e assim prossegue executando este movimento ascensional em dois tempos alternados; p esquerdo e mo direita, e p direito e mo esquerda.

A posio do corpo durante a subida a seguinte: o tronco obedece posio da escada sem nenhumainclinao lateral, ligeiramente inclinado para frente, o mximo possvel aproximado da escada, sem,contudo roar nos degraus. A cabea ligeiramente inclinada para trs e o olhar sempre voltado para cima. Os braos e as pernas executam os movimentos de flexo e extenso de modo a conservar os joelhos e cotovelos sempre para fora dos banzos, e os ps tocam os degraus somente com as plantas.

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Para Descer Observa-se o movimento inverso ao prescrito para a subida. Os movimentos de subida so executados a princpio na cadncia do passo ordinrio (militar), devendo o bombeiro contar os tempos em voz alta; proporo que forem adquirindo prtica, podero contar os tempos mentalmente e elevar a cadncia at o passo acelerado.

POSIO DE COMBATE COM MANGUEIRA COM USO DE ESCADA: Para esquerda, o bombeiro enfia o p e a perna direita entre os dois degraus, na altura conveniente, at o salto da botina engatar no degrau imediatamente inferior, ficando a ponta do p voltada para dentro; e desce o p esquerdo mais um degrau, fixando-o pelo salto da botina, ficando a ponta do p voltada para fora. A posio tomada nas escadas, a fim de permitir ao bombeiro manter-se em segurana, sem o auxlio das mos,que ficam desimpedidas para qualquer servio. Para a Direita, Inverte.

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Transporte da escada ProlongvelO transporte da escada prolongvel faz-se com o chefe frente seguido do ajudante, ambos colocando-a no ombro esquerdo, pendente de um dos banzos, na altura dos dois primeiros e dos dois ltimos degraus, respectivamente, por onde introduzem o brao esquerdo, segurando no banzo ou no degrau, para melhor acomodla. Pode ser conduzida tambm com o brao estendido no prolongamento do corpo.

Transporte

SPDA Sistema de Proteo Contra Descargas AtmosfricasTipos de SPDA

Captor Franklin:

Composto por uma pea metlica de ao Inoxidvel, com quatro lanas ponte agudas, conectadas a um cabo de cobre que desce at a base de aterramento junto ao solo, atravs da parede lateral do prdio, passando por espaadores que tambm funcionam como isoladores, para que o cabo, no encoste no prdio, indo direto para o aterramento junto ao solo. Esta pea fixada em um mastro de metal, que por sua vez fixada na parte mais alta da edificao. 27

Esquema de Instalao:

Captor Gaiola de Faraday: Consisteem uma malha de captao

formada por mdulos retangulares sempre utilizandocabo de cobre nu passando por isoladores ou fixados direto sobre a superfcie sendo uma opo muito utilizada em sistemas de pra-raios

Funo da Gaiola Faraday

PERIFRICOS

Caixa de Inspeo Para aterramento Terminais Areos/Mastros

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Captor para 2 decidas

SOLDA EXOTRMICASolda exotrmica a forma mais eficiente de se fazer todas as conexes de um sistema de aterramento. Para se fazer uma solda exotrmica, necessrio um molde de grafite adequado ao tipo de conexo (por exemplo, para soldar cabo 25mm2 em uma haste de 5/8). O material que vai formar a solda uma mistura de p de xido de cobre e alumnio. Cada cartucho de solda vem com um p de ignio separado e um disco metlico que serve para conter o p de solda na parte superior do molde. Para se fazer a solda instala-se o molde juntando-se os componentes que se pretende soldar. Coloca-se o disco metlico e preenche-se a parte superior do molde com p de solda. Por ltimo despeja-se o p de ignio sobre o p de solda. Com o acendedor d-se ignio no p, que desencadeia uma reao exotrmica atingindo temperaturas superiores a 2200C. Esta temperatura funde o disco metlico e o material fundente desce para aparte inferior do molde entrando em contato com os componentes que se deseja soldar. Estes fundem-se, devido alta temperatura. Ao se resfriar, a solda e os componentes de conexo se solidificam proporcionando uma conexo perfeita.

Salvamento em DesabamentoDesabamentos so ocorrncias que se caracterizam pelo colapso de estruturas edificadas pelo homem. 0 desabamento de uma estrutura pode ser previsto pelo surgimento de algumas anormalidades, como aparecimento sbito de fissuras e rachaduras, bem como pela sua progresso rpida, perda de sustentao do alicerce e vergamento de vigas e colunas. Se medidas preventivas no forem tomadas, a estrutura poder ruir de uma s vez. No atendimento deste tipo de ocorrncia, cortar a corrente eltrica e fechar os registros de gs e gua para evitar acidentes. Se existir gs no ambiente, fazer a ventilao.

Tipos de Desabamento Desabamento parcial lateral: Ocorre quando uma das laterais da edificao e as vigas, o teto, ou o piso ficam sustentados apenas por uma das laterais, formando um angulo reto.

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Desabamento em camadas: Ocorre quando todas as paredes de sustentao das vigas, o teto ou do piso cedem e a estrutura cai em camadas. Neste tipo de desabamento mais difcil encontrar sobreviventes, porque so formados poucos vos.

Desabamento em "V": Ocorre quando a viga, o teto ou o piso cede na sua parte central, ficando suas extremidades sustentadas pelas paredes laterais.

Desabamento Sem Vtimas Nos desabamentos que no fizeram vtimas, o bombeiro trabalhar sem emergncia, resgatando materiais. Se possvel, isolar o local e far escoramento a fim de estabilizar a estrutura, derrubando a parte de alvenaria que no puder ser estabilizada. Desabamento Com Vtimas Neste tipo de desabamento, o bombeiro dever agir rapida- mente a fim de retirar as vtimas com vida. Diversos servios devem ser executados, simultaneamente, sob comando, para agilizar a operao. So alguns deles: Isolar o local, impedindo o acesso de pessoas no ligadas ao servio. Retirar primeiramente as vtimas que esto visveis. Fazer escoramento ou retirar partes da edificao que oferecem perigo de queda. 0 escoramento de emergncia feito pelo bombeiro chamado de TEMPORRIO (visa evitar mais desabamentos e, no, recolocar a estrutura na posio original). Para retirar parte da estrutura que oferece perigo iminente de queda, usar o croque ou outro equipamento que possibilite trabalhar a uma distancia segura. Parar os servios de vez em quando para escutar pedidos de socorro, choro ou gemidos, ou usar o localizador de pessoas. Atravs de informaes, identificar a disposio dos cmodos. Desta forma, pode-se fazer uma seleo, intensificando o salvamento em reas com maior probabilidade de xito. Se o desabamento ocorreu na madrugada, provavelmente as vtimas estejam nos quartos, se ocorreu nas horas da refeio, provavelmente estejam na cozinha (ou refeitrios). Executar ventilao para as vtimas localizadas e que demoraro a ser resgatadas. Ampolas de ar comprimido, ligadas a mangueiras, podem ser usadas para levar o ar a vtima pelos espaos livres dos entulhos. Nunca usar oxignio puro pura ventilao. Ao localizar uma vtima coberta por escombros, limpar rapidamente as vias areas (boca e nariz), desobstruindo-as, e liberar o trax, para que possa respirar por si mesma. Caso a vtima no respire, proceder reanimao cardio-pulmonar. Para se chegar a um vo onde se encontra uma vtima, pode ser efetuado um tnel. Este artificio lento e requer cuidados redobrados. S deve ser feito quando os demais mtodos forem impraticveis. Iniciar o tnel a partir do nvel mais

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baixo possvel, com 0,75 m de largura e 1 m de altura. Para aumentar o fator segurana deve ser feito junto s paredes, com escoramento. Remover o entulho para fora da rea de desabamento, preferencialmente para local mais baixo. A remoo de entulhos basicamente manual. O uso de retro-escavadeiras guinchos e outros equipamentos pesados s poder ser feito por determinao do Comandante de Operao. Prosseguir na remoo dos escombros at encontrar todas as vtimas. Iluminar o local, se necessrio, utilizando holofotes e geradores.

Salvamento em SoterramentoSoterramento a movimentao de terra, areia ou material similar que cobre total ou parcialmente uma pessoa ou animal. 0 soterramento no costuma formar vos com ar. Por este motivo, o bombeiro deve trabalhar o mais rapidamente possvel, pois as vtimas morrero rapidamente por no poderem respirar. 0 comportamento do bombeiro no atendimento a este tipo de ocorrncia semelhante ao adotado no desabamento. Para atender a esta ocorrncia o bombeiro deve executar diversos servios simultaneamente, sempre sob comando. So eles: Isolar o local. Retirar as vtimas visveis. Fazer escoramento.

Ao localizar a vtima, limpar suas vias areas, desobstruindo-as, e liberar o trax para que possa respirar por si mesma. Remover a terra para fora da rea de soterramento, preferencialmente para nvel mais baixo. Remover a terra com p escota ou com as mos. Qualquer outro tipo de equipamento s poder ser usado por determinao do Comandante da Operao, do contrario poder ferir a vtima. Iluminar o local, se necessrio. Se a vtima estiver sob tbuas ou paredes, ventilar o local como no desabamento. Cuidado ao retirar este obstculo, pois grande quantidade de terra pode vir a cair sobre a vtima. As vezes, prefervel fazer um tnel sob estes obstculos. Estancar o vazamento de gua ou gs que porventura exista, realizando escoamento ou ventilao do local. Nas escavaes com mais de 1,50 m de profundidade, os taludes devem ser escorados, salvo quando sua inclinao tornar desnecessria tal providncia. Escoramento O escoramento de uma parede, de um teto ou de um estuque depender muito do que restou da construo, pois tudo est em equilbrio e qualquer deslocamento poder fazer o restante da alvenaria cair. 0 escoramento normalmente realizado com os materiais de construo encontrados no local de ocorrncia. Para fazer um escoramento preciso conhecer seus principais componentes: Escora: uma viga de madeira ou metal, cujo comprimento mximo de 30 vezes a sua menor espessura. Por exemplo: 30 x 10 cm = 300 cm (3 m). Contra-escora: uma placa de tamanho varivel que serve para distribuir o peso

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ou a presso da parte a ser escorada. Soleira: uma placa usada na extremidade de uma escora para distribuir peso ou presso no solo. Cunha: vista de lado, um bloco triangular que ajusta a escora. 0 seu comprimento seis vezes sua menor espessura. Lembrar que madeira para escoramento no deve conter ns ou rachaduras. As madeiras duras so mais resistentes, mas apresentam o inconveniente de o corte ser mais difcil. As madeiras verdes so menos resistentes que as secas. Ao realizar o escoramento, deve-se: Observar o local a ser escorado. Observar o material disponvel. Verificar os pontos de apoio. Verificar o alinhamento das escoras em relao ao local a ser escorado. Ao executar essa operao, cortar as escoras um pouco menores para permitir a colocao das cunhas. Usar sempre as escoras aos pares. Escoramento de Parede Fazer uma contra-escora colocando uma tbua na parte superior da parede que ameaa ruir. Apoi-la com duas escoras, uma em cada extremidade da tbua. Fazer uma soleira com outra tbua. Fincar duas cunhas no solo para apoio e ajuste das escoras.

Escoramento de Teto e Vigas Fazer uma contra-escora colocando uma tbua no teto ou na viga. Apoia-la com duas escoras, uma em cada extremidade da tbua. Fazer a soleira com outra tbua. Ajustar as escoras com cunhas.

Salvamento em Poo:Ocorrncia de salvamento em poo todo trabalho realizado em escavaes, poos de captao de gua ou de lanamento de detritos, valas e galerias onde necessrio que se faa um iamento para efetuar o resgate de: Pessoas, em nmero varivel, podendo ainda estar com ou sem vida aparente; Animais, podendo ser de pequeno porte tais como cachorro e gato ou de grande porte tais como cavalo e vaca; Objetos, podendo ser de pequeno ou grande porte, de interesse pblico como por exemplo objetos roubados e abandonados. So considerados de grande porte tudo o que exceda o peso mdio de duas pessoas totalmente equipadas, que de acordo com a NFPA seria acima de 270Kg. necessrio o Comandante da Guarnio faa uma anlise especfica dos riscos

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existentes no local e j providenciar de imediato que os mesmos sejam anulados. Os principais riscos que evolvem uma ocorrncia de salvamento em poo so: Presena de gases txicos ou asfixiantes no interior do poo: Presena de gases inflamveis ou explosivos no interior do poo: Risco de desbarrancamento ou desabamento da parede interna do poo; Risco de desbarrancamento ou desabamento da boca do poo: Existncia de gua, insetos e animais no fundo do poo: De acordo com a anlise da ocorrncia e dos riscos existentes, o Comandante da Guarnio dever empregar os equipamentos necessrios para o resgate sendo que os materiais geralmente utilizados so: Equipamentos de proteo individual: que visam a proteo fsica do bombeiro tais como capa sem o forro e luvas de raspa ( para evitar contato da pele com as paredes internas do poo ), capacete ( para se resguardar da queda de objetos ) e o EPR de presso positiva ( para se precaver dos gases ). Se houver presena de gua contaminada ou poluda ser necessrio o uso da bota tipo light ou a roupa seca, alm dos equipamentos necessrios de mergulho, se for o caso; Equipamentos de salvamento em altura: que visam a descida do bombeiro e posteriormente o iamento da vtima e do bombeiro tais como a cadeiras de salvamento para o bombeiro e para a vtima ( se for o caso ), mosqueto, oito, cabo de salvamento em altura, roldanas, fitas para ancoragem e cordins; Equipamentos acessrios: podero ainda ser empregados outros acessrios tais como detector de gs, EPR para a vtima, escadas ( para servir como apoio ), cabos diversos (de sisal com 1 ou 1,5 polegadas, espias de nylon e multi-uso ), cabo da vida, lanternas, holofote, HT, materiais de sapa, garatia, croque ( para pesquisa em poo com gua ), ventilador, exaustor e outros; Equipamentos de pronto socorrismo: se for o caso, quando possvel dever ser utilizado equipamento de imobilizao especfico tais como colar cervical, equipamentos para imobilizao de membros e o Ked, Sked ou maca cesto para o iamento; equipamentos para resgate de animais de grande porte: so necessrios equipamentos prprios tais como aparelho de poo, alavancas, cabresto e munhequeiras; Equipamentos para resgate de objetos de grande porte: aparelho de poo ou na impossibilidade um guincho, tirfor, lingas, patescas e manilhas. Aps a escolha da tcnica adequada e do material necessrio para cada caso, os mesmos devero ser empregados adequadamente conforme a situao, devendo o bombeiro sempre atentar para alguns princpios bsicos necessrios para a segurana da guarnio: Efetuar sempre prtico, devendo as guarnies j estarem preparadas e com funes divididas anteriormente para evitar surpresas de qual ser a misso de cada um no local; Atentar para o comando neste tipo de ocorrncia, devendo o Cmt da Ocorrncia, ficar fora do poo para manter o melhor controle da situao e segurana do local; Descer os materiais necessrios para o salvamento de preferncia antes ou juntamente com o Bombeiro que estiver adentrando ao poo, e em caso de necessidade, efetuar a descida do material depois tomando o cuidado com a devida ancoragem no cabo para evitar que o objeto venha a se soltar e atingir o bombeiro; Para facilitar a comunicao entre o bombeiro e a superfcie, devero ser convencionados anteriormente toques nos cabos, em especial para as condies de descer, parar e subir o cabo; Em alguns casos, onde no possvel a passagem de um bombeiro com o EPR nas costas, devido a pequena abertura do orifcio, ser necessrio que o EPR venha ancorado ao prprio cabo acima do bombeiro, numa distncia tal que possibilite a mscara alcanar o rosto do mesmo, devendo ainda ser ancorado um cabo entre a torneira e a mascar, sendo este na mesma extenso da mangueira, para evitar que a mascar venha a se desprender do rosto do bombeiro. Em alguns casos poder ser

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providenciado uma linha de ar mandado sendo o abastecimento de ar feito pela superfcie e atentando que a mscara dever ser sempre de presso positiva; Podero, em alguns casos, ser utilizado pontos de ancoragens improvisados tais como galho de rvore, guincho, escada do ABE e escadas prolongveis, devendo esta ser posicionada inclinada de forma que sua extremidade superior fique alinhada ao centro do poo, sendo ento ancorada viatura ou outro ponto fixo atravs de cabos presos aos banzos de onde poder ser feita a ancoragem para o iamento; sempre que possvel e desde que no oferea risco a vtima ou animal, deve-se evitar a entrada do bombeiro no interior do poo, procurando atravs de cabos e outros equipamentos efetuar o resgate da superfcie; bombeiro s dever entrar no poo depois que todos os riscos forem eliminados; se necessrio, efetuar a descida de um bombeiro ( utilizando equipamento de proteo individual ) e atentando para as devidas ancoragens, colocao de cadeiras, fixao de roldanas, cabos e outros equipamentos, devendo sempre a descida ser comandada de cima pela guarnio, pois se o bombeiro que estiver descendo vir a se sentir mal, isto evitar que ele caia e ainda proporcionar um resgate mais rpido; bombeiro sempre dever ser iado antes ou junto com a vtima, exceo feita quando houver mais de uma vtima, caso em que ser necessrio efetuar o iamento de uma vtima enquanto o bombeiro faz a ancoragem da outra e aguarda a liberao do cabo, ou ento, nos casos em que a abertura do poo estreita demais para passar duas pessoas ( como por exemplo uma boca de lobo), ocasio em que a vtima tambm ir subir primeiro para agilizar o atendimento de primeiros socorros; efetuar o iamento de animais e objetos sempre aps a subida do bombeiro, para evitar acidentes; bombeiro dever permanecer o menor tempo possvel no interior do poo. Uma vez definido que se vai cortar ou podar a rvore, elabora-se um plano de corte. Se o plano um corte total da rvore deve-se observar o seguinte: Determinar o circulo de ao: deve-se avaliar a altura da rvore e determinar um raio cuja raio seja de 2,5 (duas vezes e meia ) a altura da rvore. Determinar a rea para ferramentas: Deve-se estender uma lona fora do Crculo de Ao e sobre ela colocar todos as ferramentas. Verificar se no h obstculos segurana dos bombeiros e populao: - Animais peonhentos instalados na rvore. - Evacuar residncias, se for o caso. - Acionar Cia de Fora e Luz para os desligamentos necessrios - Acionar outros servios necessrios (Telefnica, COMPAHIA DE GS, etc.) para outras manobras;

SALVATAGEMIntroduo A salvatagem um conjunto de aes que visa diminuir os danos causados pelo fogo, pela gua e pela fumaa, antes, durante e aps o combate ao incndio. Pode ser realizada em qualquer fase do combate ao incndio. Este procedimento operacional compreende diversas aes: cobertura de objetos, escoamento de gua, secagem, transporte de objetos, etc. O rescaldo a fase do servio de combate ao incndio em que se localizam focos de fogo escondidos ou brasas que podero tornar-se novos focos. Este trabalho visa impedir que o fogo volte, aps estar dominado. Trata-se, pois, da ltima fase do combate ao incndio. O rescaldo no deve prejudicar os trabalhos de peritagem (determinao das causas do incndio), mas

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deve impedir o ressurgimento do fogo e deixar o local em condies de segurana para os peritos e para quem for reconstruir ou recuperar a edificao. Deve-se realizar a remoo e no a destruio dos materiais; se possvel, recuperar o local. Procedimentos em Salvatagem Os procedimentos de salvatagem visam a diminuio dos danos causados pelo incndio e seu combate. A salvatagem, atravs de um planejamento bem feito, consistir em: organizao e cobertura de mquinas, moblia e materiais existentes no local do sinistro; escoamento da gua empregada no combate; separao do material no queimado e sua remoo para lugar seguro; cobertura de janelas, portas e telhados. Aes como jogar gua em fumaa ou em objetos quentes (sem fogo) devem ser evitadas, pois acarretam conseqncias tais como: mais danos que o incndio; gasto desnecessrio de gua, que poder faltar no combate ao fogo; perda sensvel de tempo; riscos desnecessrios guarnio.

Planejamento para Operao de Salvatagem Os danos causados pelo calor, pela fumaa e pela gua freqentemente so superiores aos causados pelo fogo. Uma salvatagem planejada e bem executada pode reduzir danos e perdas. Um bom servio de salvatagem tambm um dos melhores meios para se elevar o respeito e a estima que a sociedade tem pelo Corpo de Bombeiros. Este fator deve ser um incentivo para os bombeiros, gerando um constante aprimoramento profissional. A eficincia das operaes de salvatagem depende de planejamento e treinamento. Tambm depende de uma adequada manuteno do material de salvatagem e, para isso, existem homens responsveis pela conferncia e conservao desse material. O planejamento deve ser especfico (de acordo com as peculiaridades do incndio e do efetivo) e deve ser prvio (cada um sabendo o que e como fazer). Todo bombeiro deve ser treinado para operaes de salvatagem. A salvatagem essencial nas atividades de bombeiros. Organizao dos Materiais a serem Cobertos Durante o combate, deve-se ter em vista que a gua utilizada poder causar mais danos que o fogo. Os mveis e materiais, portanto, devem ser cobertos e protegidos da ao nociva da gua. A organizao dos materiais a serem cobertos ser definida pelas suas caractersticas e quantidade. Uma dificuldade comum para o trabalho de salvatagem a falta de estrados sob materiais sujeitos danificao pela gua, tais como caixas de papelo, alimentos, papis, entre outros. Deve-se, neste caso, remover os materiais acondicionando-os em estrados ou suportes de 15 cm de altura (no mnimo), improvisando-os, se necessrio, e deixando espao suficiente entre os materiais e o teto para colocao de coberturas de salvatagem. Quando o material de cobertura for escasso, usam-se as coberturas mais gastas empregadas na montagem de calhas ou reservatrios para captao da gua utilizada no combate ao incndio. Se bem utilizada, uma nica cobertura proteger satisfatoriamente a moblia de toda uma sala. Para isso, agrupam-se os mveis no centro da sala (se possvel, no debaixo de luminrias, onde poder haver goteira), voltando gavetas e portas para o interior do agrupamento de mveis. Se houver tapetes, enrol-los e coloc-los

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sobre algum mvel. Pequenos objetos (bibels, peas de decorao, etc.) devem ser guardados convenientemente. Guardaroupas, estantes e outros mveis altos devem ser colocados de forma a servirem de suporte para a cobertura (cumeada), enquanto os demais objetos e mveis so devidamente protegidos sob a cobertura. Algum deve ficar responsvel pela verificao constante das coberturas efetuadas, comunicando ao comandante da operao qualquer alterao na situao de salvatagem. Coberturas de Salvatagem As coberturas de salvatagem devem ser constitudas de materiais impermeveis e ter os cantos e bordas com bainha reforada, onde se colocam ilhoses metlicos para amarrao e sustentao por cabos. Modernamente usam-se coberturas de polietileno, que so mais leves, de fcil manuseio, geralmente inertes a produtos qumicos e bastante flexveis. Tambm no emboloram e no absorvem umidade. No servem, porm, para envolver objetos cortantes ou perfurantes e tm tendncia a escorregarem de pilhas altas, necessitando de amarrao.

Escoamento de gua Toda gua resultante do combate ao incndio deve ser escoada para local prprio (esgoto ou reservatrio), impedindo o acmulo, prejudicial edificao e ao servio. Se a gua apresentar condies de reutilizao para o combate (ou seja, estar limpa e no muito quente), deve-se canaliz-la para um reservatrio. Caso contrrio, a gua deve ser canalizada para o sistema de esgoto da edificao. Um meio prtico de escoamento da gua de pavimentos superiores o uso de calhas, montadas com auxlio de coberturas de salvatagem. As calhas tambm podem ser instaladas em um andar inferior, para conduzir a gua atravs de janelas ou portas. Cobertura de Janelas e Telhados A salvatagem deve continuar mesmo aps o fogo ser totalmente extinto, pois os materiais previamente protegidos podem ser danificados pelas intempries (chuva, sol, vapores). Deve-se cobrir aberturas em janelas, portas ou telhados, mesmo que no tenham sido causadas pelo fogo ou pelos bombeiros. Transporte de Materiais O transporte de objetos pequenos e fragmentados pode ser feito com o uso de coberturas velhas ou danificadas.

RescaldoOs procedimentos de rescaldo tm por objetivo confirmar a extino completa do incndio e deixar o local sinistrado nas melhores condies possveis de segurana e habitabilidade, sem destruir evidncias de incndio.

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O rescaldo consistir em: - Determinar e sanar (ou isolar) as condies perigosas da edificao; - Detectar focos de fogo, seja visualmente, por toques ou sons e extingui-los completamente; - Remover escombros e efetuar a limpeza do local sinistrado e de objetos no queimados. As aes de salvatagem empregadas durante um incndio afetaro diretamente o trabalho de rescaldo a ser realizado, minimizando-o ou prejudicando-o. Como toda operao de bombeiro, o rescaldo deve ser precedido de um planejamento adequado situao. Condies Perigosas da Edificao Antes do incio do rescaldo, imprescindvel verificar as condies de segurana da edificao. A intensidade do fogo e a quantidade de gua utilizada no combate ao incndio so fatores importantes para se determinar essas condies. O fogo pode afetar partes estruturais da edificao, diminuindo sua resistncia; a utilizao de gua em grandes quantidades implica em peso adicional sobre pisos e paredes. H outros fatores que resultam em condies inseguras ao rescaldo, tais como: - Concreto avariado pela ao do calor. - Madeiramento do telhado ou do piso queimado. - Pisos enfraquecidos devido exposio de vigas de sustentao ao calor e ao choque trmico produzido durante o combate ao incndio. - Estrutura metlica deformada pela ao do incndio. - Paredes comprometidas devido dilatao de estruturas metlicas. - Revestimento (reboco) solto devido ao do calor. - Constatando condies inseguras para a entrada ou permanncia no local, o bombeiro deve comunicar-se imediatamente com o comandante da operao, que determinar as medidas cabveis. Deteco e Extino de Focos Ocultos A deteco e a extino de focos so procedimentos essenciais para o rescaldo. Requerem do bombeiro conhecimento, ateno e persistncia. O bombeiro s deve abandonar esse servio quando tiver certeza da completa extino do fogo. Rescaldo apressado ou mal feito pode exigir o retorno ao local sinistrado, o que demonstrar ineficincia no servio. Pode-se detectar focos ocultos visualmente, por toques e sons. VISUALMENTE, OBSERVANDO SE H: Material descolorado; pintura descascada; sada de fumaa pelas fendas; rebocos trincados; papel de parede ressecado e/ou chamuscado. POR MEIO DE TOQUES, SENTINDO A temperatura das paredes, pisos e outros materiais. OUVINDO OS SONS, PROCURANDO IDENTIFICAR: Estalos caractersticos de materiais queimando; chiado de vapor.

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importante em um rescaldo ter pacincia para verificar todas as possibilidades de focos de incndio escondidos. imprescindvel, na pesquisa de focos ocultos, a verificao sistemtica e contnua para se determinar se houve propagao do fogo para outros compartimentos da edificao ou para outras edificaes. Verificando-se que houve propagao, preciso saber as maneiras pelas quais o fogo se propagou. Deve-se dar ateno especial ao madeiramento de telhado e pisos, devido facilidade que estes tm de conduzir o fogo de um ambiente para outro. Havendo suspeita de focos em espaos ocultos sob pisos, acima de forros ou entre paredes e divisrias, deve-se abri-los. O mtodo de abertura de forro consiste em destac-lo da estrutura de sustentao. Quando puxar o forro, o bombeiro deve posicionar-se distante da abertura, de onde podero sair estilhaos. No se deve realizar esta operao sem estar usando equipamento de proteo adequado (capa, luvas, capacete, mscara, etc.).

Extinguindo Focos de Incndio Manter sempre uma linha de ataque armada para extino de focos ou para qualquer eventualidade. Havendo necessidade do uso de gua, deve-se faz-lo em pequena quantidade, sempre tomando cuidado para no prejudicar a percia do incndio. Durante o rescaldo comum descobrirmos pequenos objetos queimando. Devido ao seu tamanho e condies do local, melhor coloc-los em um recipiente com gua que molh-los com jatos. Lavatrios, pias, bacias e tanques so muito teis para isso. O bolso tambm pode ser usado como recipiente para este fim. Os mveis grandes, como sofs, camas e estantes, devero ser removidos para fora do ambiente, onde possveis focos podero ser facilmente extintos. indispensvel a utilizao de EPIs, inclusive aparelho de proteo respiratria, nas operaes de rescaldo.

Inspeo Final: A inspeo final tem por objetivo:- Assegurar que a causa do incndio est totalmente eliminada; - Verificar se o rescaldo foi totalmente realizado; - Avaliar a eficincia do rescaldo; - Verificar as condies finais de segurana do local sinistrado. - Durante esta inspeo, verifica-se se ainda h necessidade de escoamento da gua ou remoo de escombros e limpeza. - O local deve ser deixado nas melhores condies de segurana e habilidade. Somente ento o equipamento recolhido.

Proteo e Preservao do Local SinistradoDurante o combate ao incndio e rescaldo, o bombeiro deve ter duas preocupaes: - Manter as evidncias das causas do fogo onde foram encontradas, sem toclas e sem remov-las, se possvel; - Identificar, remover e guardar, em segurana, evidncias que no possam ser deixadas no local.

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importante lembrar que resduos ou objetos parcialmente queimados podem ser evidncias para a percia determinar as causas e os efeitos do incndio. O bombeiro que detectar evidncias de incndio criminoso deve preservar o local, proteger a evidncia e comunicar imediatamente a descoberta a seu chefe imediato (vide captulo 8 Determinao de Causas de Incndio). Obs: A preservao do local de crime est prevista na resoluo SSP-382, de 01/09/99 (Bol G PM 171/99). No alterar as evidncias mais do que o absolutamente necessrio extino do incndio. No usar gua em excesso, o que pode destruir a evidncia, alm de significar gasto desnecessrio. Aps a preservao do local e proteo das evidncias, os escombros devem ser removidos para prevenir possvel reignio. Qualquer material no danificado pelo fogo deve ser separado e limpo. Os escombros devem ser colocados em local adequado, fora da rea do incndio, evitando-se deix-los na calada ou na rua. Especial cuidado deve ser tomado em locais onde se encontram livros contbeis, notas fiscais, recibos e outros documentos. A remoo deve ser ordenada mantendo o material arrumado e separado e a extino, criteriosa, para no causar danos maiores. Lembrar que esse tipo de material pode tambm ser evidncia de incndio criminoso. Com o intuito de preservar evidncias e evitar acidentes, deve ser absolutamente proibida a presena de qualquer pessoa estranha ao servio de combate a incndio, com exceo das autorizadas pelo Cmt da operao, e devidamente acompanhadas por um bombeiro.

Equipamentos de Salvatagem e RescaldoMuitos dos equipamentos usados para salvatagem e rescaldo so os mesmos que os utilizados para outras operaes de bombeiros. A seguir so apresentados alguns equipamentos prprios para estas operaes. Bolso Um bolso (ou sacola) pode ser feito de coberturas de salvatagem velhas ou danificadas. Deve medir 2 metros de lado e possuir ilhoses nas bordas. Pelos ilhoses so passados cabos que formaro as alas para seu transporte. Este bolso poder ser utilizado para carregar pequenos objetos ou resduos do incndio, ou ainda como recipiente para imerso de pequenos objetos que estejam queimando.

Ferramentas para chuveiros automticos Para evitar que um chuveiro automtico possa danificar objetos de uma instalao, quando aberto desnecessariamente ou quando permanecer aberto alm do necessrio, cada bombeiro deve carregar duas pequenas cunhas para serem empregadas como bloqueadores de chuveiros automticos. Alm destas cunhas individuais, deve-se ter disponvel um conjunto bsico de ferramentas, que constar de: chaves especiais para manipulao dos "plugs" (bicos) de chuveiros automticos; plugs diversos para chuveiros automticos; bloqueador para vedao.

Passadeiras: As passadeiras so usadas para proteger carpetes e pisos de alto custo dos detritos e do material sujo espalhados pelo prprio bombeiro, durante a sua locomoo no interior da edificao. Estes detritos acumulam-se, principalmente, no solado das botas dos bombeiros. Tambm comum observar gua escorrendo do seu capacete e da sua capa.

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Bombas portteis e edutores So utilizadas para a retirada de gua dos pavimentos subterrneos, poos de elevadores, etc. Aspirador de gua O aspirador de gua empregado para remover lquidos e sujeiras dos carpetes e tapetes. Outros equipamentos Alm dos equipamentos acima citados, deve-se dispor de outros equipamentos prprios para a salvatagem, entre os quais: Alicates isolados; Talhadeiras; Malhos; Chaves ajustveis; Martelos; Grampeadores e grampos para trabalhos pesados; Facas; Chaves de fenda; Pregos e parafusos; Plsticos e papis para cobertura; Rodos; Vassouras; Esponjas; Cadeados com barra. Equipamentos de Rescaldo Entre os equipamentos usados para o rescaldo incluem-se: Croque: Para abrir teto, verificando a extenso do incndio e removendo forros em brasa. Machado e alavanca: Para abrir paredes e pisos. Bolso: Para carregar escombros ou servir de recipiente para imerso de materiais em brasa. P, gadanho e enxada: Para remover materiais em fardos ou soltos. Limpeza, Inspeo e Manuteno dos Equipamentos A ao do incndio sobre os equipamentos de bombeiros pode ser danosa se no h um cuidado especial logo aps o seu uso. Entre os cuidados necessrios, destaca-se a limpeza de todo o equipamento. Para a limpeza dos equipamentos de salvatagem e rescaldo, usam-se somente jatos dgua e escova dura. Apenas os materiais extremamente sujos devem ser esfregados com detergente neutro e enxaguados abundantemente. A limpeza deve ser feita antes que o material seque, evitando a impregnao de fuligem ou produtos qumicos. Antes de guardado ou dobrado, o equipamento deve ser bem seco. A umidade nociva, podendo causar-lhe ferrugem, bolor ou mofo. Deve-se fazer inspees peridicas, especialmente aps o uso, visando localizar danos ou irregularidades no material. Se possvel, deve-se realizar reparos necessrios. A manuteno dos equipamentos deve ser: preventiva: lubrificando, colocando em uso ou simplesmente limpando; corretiva: executando os reparos necessrios. Limpeza adequada, inspees peridicas e manuteno apropriada so fatores que determinaro uma durao maior do equipamento.