Apostiila cursinho primeiro_semestre

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Cursinho Preparatório para o ENEM – UNIFAL-MG | Dr. Emílio da Silveira, nº. 14, Centro – CEP: 37130-000- ALFENAS/MG Tel.: (35) 3292-5466 Apresentação O Cursinho Preparatório para o Enem – 2012 tem como objetivo preparar alunos e egressos do Ensino Médio para a realização do Exame Nacional de Ensino Médio, no ano de 2012. Pretende, ainda, preparar jovens e adultos, com idade igual ou superior a 18 anos, para a realização desse exame com vistas à Certificação de Conclusão do Ensino Médio conforme legislação vigente. A partir de 2012, a Pró-Reitoria de Extensão propôs o realinhamento das atividades do Cursinho, incluindo a participação de docentes da UNIFAL-MG, a fim de redimensiona-lo tendo como eixo as matrizes de referência, propostas pelo Inep, bem como as competências e habilidades de cada matriz de referência, as quais são avaliadas pelo Exame Nacional do Ensino Médio. Justifica-se essa reorganização pelo fato de a UNIFAL-MG, desde 2010, a exemplo de outras instituições de ensino superior, ter adotado o Enem como exame de ingresso para os cursos de graduação nos três campi (Alfenas, Poços de Caldas e Varginha). Assim, a reorganização objetiva adequar o cursinho a fim de que possa estar condizente com a estrutura do atual Enem. Dito isso, ressalte-se o fato de serem incluídos, entre os cursistas do Pré- vestibular, o jovem ou o adulto, que não tendo concluído o Ensino Médio, poderão, por meio do Enem, obter também a Certificação de Conclusão do Ensino Médio. Pretende-se, já em 2012, introduzir atividades extracurriculares como plantão de dúvidas e Curso de Redação a Distância, incluindo, gradativamente, objetos de conhecimento que antes não eram abordados no cursinho, vinculados às áreas do conhecimento Filosofia, Sociologia, Tecnologias da Informação e da Comunicação, Educação Física e Arte. Tais objetos, ainda que incipientemente, serão abordados durante os seminários e painéis integrados, na realização de redações e mesmo durante as aulas com temáticas afins. Em linhas gerais, o Cursinho Preparatório para o Enem – 2012 está organizado em consonância com as quatro Matrizes de Referência para o Enem, associadas aos objetos de conhecimentos de cada Matriz, além dos Eixos Cognitivos, comuns a todas as áreas do conhecimento: a) Matriz de Referência de Linguagens, códigos e suas tecnologias; b) Matriz de Referência de Matemática e suas tecnologias; c) Matriz de Referência de Ciências da Natureza e suas tecnologias; d) Matriz de Referência de Ciências Humanas e suas tecnologias; Com a adoção das Matrizes de Referência, tornou-se contraproducente manter a distribuição de disciplinas de forma compartimentalizada, seguindo uma estrutura mais tradicional de cursinho pré-vestibular. Dessa forma, os eixos cognitivos (comuns a todas as áreas do conhecimento), matrizes de referência e objetos de conhecimento associados a cada uma das quatro matrizes já citadas, são abordados pelos professores, de forma interdisciplinar, tendo como critério as competências e habilidades avaliadas no Enem. Além das competências e habilidades indicadas em cada matriz de referência, o Cursinho trabalha com os eixos cognitivos, listados a seguir, comuns a todas as áreas do conhecimento.

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Apresentação

O Cursinho Preparatório para o Enem – 2012 tem como objetivo preparar alunos e egressos do Ensino Médio para a realização do Exame Nacional de Ensino Médio, no ano de 2012. Pretende, ainda, preparar jovens e adultos, com idade igual ou superior a 18 anos, para a realização desse exame com vistas à Certificação de Conclusão do Ensino Médio conforme legislação vigente.

A partir de 2012, a Pró-Reitoria de Extensão propôs o realinhamento das atividades do Cursinho, incluindo a participação de docentes da UNIFAL-MG, a fim de redimensiona-lo tendo como eixo as matrizes de referência, propostas pelo Inep, bem como as competências e habilidades de cada matriz de referência, as quais são avaliadas pelo Exame Nacional do Ensino Médio.

Justifica-se essa reorganização pelo fato de a UNIFAL-MG, desde 2010, a exemplo de outras instituições de ensino superior, ter adotado o Enem como exame de ingresso para os cursos de graduação nos três campi (Alfenas, Poços de Caldas e Varginha). Assim, a reorganização objetiva adequar o cursinho a fim de que possa estar condizente com a estrutura do atual Enem. Dito isso, ressalte-se o fato de serem incluídos, entre os cursistas do Pré-vestibular, o jovem ou o adulto, que não tendo concluído o Ensino Médio, poderão, por meio do Enem, obter também a Certificação de Conclusão do Ensino Médio.

Pretende-se, já em 2012, introduzir atividades extracurriculares como plantão de dúvidas e Curso de Redação a Distância, incluindo, gradativamente, objetos de conhecimento que antes não eram abordados no cursinho, vinculados às áreas do conhecimento Filosofia, Sociologia, Tecnologias da Informação e da Comunicação, Educação Física e Arte. Tais objetos, ainda que incipientemente, serão abordados durante os seminários e painéis integrados, na realização de redações e mesmo durante as aulas com temáticas afins.

Em linhas gerais, o Cursinho Preparatório para o Enem – 2012 está organizado em consonância com as quatro Matrizes de Referência para o Enem, associadas aos objetos de conhecimentos de cada Matriz, além dos Eixos Cognitivos, comuns a todas as áreas do conhecimento:

a) Matriz de Referência de Linguagens, códigos e suas tecnologias; b) Matriz de Referência de Matemática e suas tecnologias; c) Matriz de Referência de Ciências da Natureza e suas tecnologias; d) Matriz de Referência de Ciências Humanas e suas tecnologias;

Com a adoção das Matrizes de Referência, tornou-se contraproducente manter a distribuição de disciplinas de forma compartimentalizada, seguindo uma estrutura mais tradicional de cursinho pré-vestibular.

Dessa forma, os eixos cognitivos (comuns a todas as áreas do conhecimento), matrizes de referência e objetos de conhecimento associados a cada uma das quatro matrizes já citadas, são abordados pelos professores, de forma interdisciplinar, tendo como critério as competências e habilidades avaliadas no Enem. Além das competências e habilidades indicadas em cada matriz de referência, o Cursinho trabalha com os eixos cognitivos, listados a seguir, comuns a todas as áreas do conhecimento.

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I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica e das línguas espanhola e inglesa.

II. Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas.

III. Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema.

IV. Construir argumentação (CA): relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente.

V. Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. Sabemos que a proposta de redimensionamento nos trará novos desafios, mas acreditamos que, juntos e, colaborativamente, as equipes técnica, administrativa e pedagógica, professores e cursistas, esse processo se dará de forma dinâmica na medida em que cada se sentir parte importante de todo o processo.

Agradecemos a todos aqueles que contribuíram (e ainda contribuem) com este trabalho que busca, em especial, promover o diálogo entre universidade e comunidade.

É nosso desejo que cada cursista possa ingressar numa instituição de ensino superior. Para isso, contamos com a participação, com a colaboração e o esforço de todos, pois o sucesso de um é o sucesso de todos nós.

Bom trabalho e sejam todos bem-vindos!

Marcelo Pacheco Coordenador técnico-administrativo

Profª Rosângela Rodrigues Borges Coordenadora pedagógica

Maria de Fátima Sant’Anna Pró-Reitora de Extensão – UNIFAL-MG

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Sumário

Linguagens e tecnologias I Profª Lívia Moreira da Silva....................................................................

04

Linguagens e tecnologias II Prof. Gabriel Teodoro Gomes.................................................................

55

Linguagens e tecnologias III – Espanhol Prof. Bruno Franciel da Silva..................................................................

92

Linguagens e tecnologias III – Inglês Prof. Bruno Franciel da Silva..................................................................

114

Ciências Humanas e suas tecnologias I Prof. Bruno de Oliveira Souza ...............................................................

130

Ciências Humanas e suas tecnologias II Lincoln Lara Cardoso..............................................................................

170

Ciências da Natureza e suas tecnologias I Profª. Dayane Jenny Tavares Jacon………………………………………

359

Ciências da Natureza e suas tecnologias II Profª. Glenda Pessoa Lacerda................................................................

397

Ciências da Natureza e suas tecnologias III Prof. Délcio de Paula Júnior...................................................................

489

Ciências da Matemática e suas tecnologias I Prof. Augusto Duarte Alvarenga............................................................

596

Ciências da Matemática e suas tecnologias I Profª. Estela Costa Ferreira....................................................................

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Linguagens e tecnologias I Profª. Lívia Moreira da Silva

Aula 01

QUINHENTISMO (1500-1601)

Homem tapuia, de Albert Eckhout

Quinhentismo: século XVI Contexto histórico: a) na Europa

Ascensão da burguesia

Invenções

Progresso científico

Reforma

Contrarreforma

Grandes navegações b) no Brasil

1500 - descobrimento do Brasil. - exploração do pau-brasil.

1530 - início das expedições de exploração e povoamento.

1534 - criação das capitanias hereditárias.

1549 - vinda dos jesuítas.

catequese dos índios e fundação dos primeiros colégios. Características: -- literatura documental sobre o Brasil escrita por portugueses (que acompanhavam as expedições) e por viajantes estrangeiros. -- literatura pedagógica dos jesuítas visando à catequese dos índios e a orientação moral e espiritual dos colonos. A literatura do século XVI foi uma literatura sobre o Brasil, porém escrita sobre o olhar dos portugueses, isto é, dos estrangeiros e não dos nativos (índios).

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Refletindo ideias do Renascimento e da Contrarreforma, traduziu o espírito de aventura, a sedução do exótico, o expansionismo geográfico e a propagação da cristandade.

Padre Anchieta

Contexto Histórico

A Europa do século XVI assistiu à desestruturação da sociedade feudal. Os florescentes centros urbanos atraíam a população rural e neles se desenvolveu o comércio que propiciou o aparecimento da burguesia mercantil. Por sua vez, esta financiou as Grandes Navegações, cujo objetivo era a procura de novos mercados produtores e consumidores. Portugal gozava de uma situação privilegiada: a precoce centralização política na figura do rei, a posição geográfica estratégica, a rápida formação de uma burguesia mercantil, a Escola de Sagres (o mais completo e inovador centro de estudos náuticos da época) propiciaram a expansão de Portugal na procura por novas rotas comerciais, uma vez que o comércio no Mediterrâneo era monopólio das cidades italianas. Essa expansão iniciou-se com a tomada de Ceuta, em 1415, e estendeu-se da conquista e colonização da África e Ásia até a descoberta do Brasil. No entanto, o Feudalismo não foi minado somente pelo aparecimento da burguesia mercantil, mas também pela Reforma Protestante, que atraiu essa mesma burguesia. A reação da Igreja não se fez esperar e a Contrarreforma, sustentada pela companhia de Jesus, iniciou um movimento de reconquista espiritual. As Grandes navegações e a Contrarreforma determinaram as duas tendências da produção literária do século XVI: a) Preocupação com a conquista material: literatura informativa que descreve as riquezas da terra; b) Preocupação com a conquista espiritual: literaturas dos jesuítas, voltada para a catequese do índio e para a orientação moral e espiritual.

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A literatura informativa Nessa literatura os cronistas portugueses e estrangeiros escreveram textos que revelam seu deslumbramento frente à nova terra tropical, exótica, misteriosa. Não são textos propriamente literários, mas tem um valor documental inestimável para a história de nossos primeiros tempos e já contêm um sentimento nativista que encontrará sua expressão máxima no Romantismo. Expoentes da literatura de informação:

Pero Vaz de Caminha

Pero de Magalhães Gândavo

Gabriel Soares de Sousa

Hans Staden

A literatura Jesuítica

Essa literatura foi elaborada pelos jesuítas que se incumbiram de catequizar os indígenas, educar e dar orientação moral e espiritual aos colonizadores. Escreveram poesias, teatros pedagógicos, sermões e cartas, nas quais informavam os superiores da Companhia de Jesus sobre o desenvolvimento de seus trabalhos na Colônia. Quem mais se destacou entre os jesuítas foi Padre José de Anchieta (1534-1597), pela relevância literária de sua obra e por ter sido o primeiro a escrever para brasileiros. Devido á intenção didática de seus textos, usa linguagem de fácil assimilação e imagens claras. Anchieta escreveu em latim, tupi e português e foi o autor da primeira gramática em língua tupi: Arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil. Exercícios 1- (UF-PA) Caetano Veloso em Língua usa expressões como “Lusamérica”, chegando mesmo a confessar: “Gosto de sentir minha língua roçar A Língua de Luís de Camões” Através destes versos, percebe-se: a) Um protesto exposto contra o colonialismo português. b) A atitude extasiada com que o autor se coloca ante o elemento europeu.

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c) As origens portuguesas renascentistas das nossas manifestações culturais, em especial, da nossa literatura. d) Que funcionam apenas como figuras de retórica, dispensáveis, pois, no texto como um todo. e) O registro da presença da tirania na cultura brasileira. 2- ...“ De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem formosa. Pelo sertão pareceu-nos do mar muito grande, porque a estender a vista não podíamos ver se não terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata , nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos. Mas, a terra em si é muito boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem. Mas o melhor fruto que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente; e esta deve ser a principal semente que Vossa alteza nela deve lançar.”...

Trecho da carta de Caminha.

Com base no trecho apresentado da carta de Pero Vaz de Caminha, assinale a alternativa correta: a) Relata o primeiro contato dos portugueses com populações não europeias. b) Expõe a atitude compreensiva dos portugueses diante da barbárie dos índios. c) Descreve as habitações indígenas, a organização social tribal e os mecanismos de comando dela. d) Revela a extensão e fertilidade da terra, seus produtos naturais como ouro, prata e especiarias. e) Mostra o indígena brasileiro como uma gente necessitada da fé crista portuguesa. 3- O sentimento nativista e a exaltação da figura do índio não são temas que se esgotam na literatura informativa. São retomados em vários estilos de época, principalmente no Romantismo e no Modernismo.

Carta de Pero Vaz A terra é mui graciosa, Tão fértil eu nunca vi. A gente vai passear,

No chão espeta um caniço, No dia seguinte nasce

Bengala de castão de oiro. Tem goiabas, melancias, Banana que nem chuchu.

Quantos aos bichos, tem-nos muitos, De plumagens mui vistosas.

Tem macaco até demais. Diamantes tem à vontade,

Esmeralda é para os trouxas. Reforçai, Senhor, a arca, Cruzados não faltarão,

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Vossa perna encanareis, Salvo o devido respeito. Ficarei muito saudoso Se for embora daqui.

Analise como Murilo Mendes, poeta modernista, reescreveu em 1932 a Carta de Caminha. a) O autor demonstra em seus versos o amor pelo Brasil, homenageando-o com um poema. b) Há uma exaltação as riquezas naturais do Brasil, com o objetivo de promovê-lo para o mundo na década de 30. c) A releitura do poema de Caminha trata a visão do paraíso encontrado pelos portugueses de maneira bastante irônica. d) Mendes tinha a intenção de levar seu leitor à época do descobrimento por meio da releitura fidedigna de seu poema. e) Caminha e sua carta influenciaram gerações de artistas brasileiros, sendo latente em todos o espírito antinacionalista. 4- (ENEM-2009, questão 112)

ECKHOUT, A. “Índio Tapuia” (1610-1666). Disponível em:

http://www.diaadia.pr.gov.br. Acesso em: 9 jul. 2009.

A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir, nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto. CAMINHA, P. V. A carta. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.

Acesso em: 12 ago. 2009.

Ao se estabelecer uma relação entre a obra de Eckhout e o trecho do texto de Caminha, conclui-se que: a) Ambos se identificam pelas características estéticas marcantes, como tristeza e melancolia, do movimento romântico das artes plásticas.

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b) O artista, na pintura, foi fiel ao seu objeto, representando-o de maneira realista, ao passo que o texto é apenas fantasioso. c) A pintura e o texto têm uma característica em comum, que é representar o habitante das terras que sofreriam processo colonizador. d) O texto e a pintura são baseados no contraste entre a cultura europeia e a cultura indígena. e) Há forte direcionamento religioso no texto e na pintura, uma vez que o índio representado é objeto da catequização jesuítica. 5- (ENEM- 2009, questão 111)

Cuitelinho Cheguei na bera do porto Onde as onda se espaia. As garça dá meia volta, Senta na bera da praia. E o cuitelinho não gosta

Que o botão da rosa caia.

Quando eu vim da minha terra, Despedi da parentaia.

Eu entrei em Mato Grosso, Dei em terras paraguaia.

Lá tinha revolução, Enfrentei fortes bataia.

A tua saudade corta

Como o aço de navaia. O coração fica aflito,

Bate uma e outra faia.

E os oio se enche d´água Que até a vista se atrapaia.

Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola,

2004. Transmitida por gerações, a canção Cuitelinho manifesta aspectos culturais de um povo, nos quais se inclui sua forma de falar, além de registrar um momento histórico. Depreende-se disso que a importância em preservar a produção cultural de uma nação consiste no fato de que produções como a canção Cuitelinho evidenciam a: a) Recriação da realidade brasileira de forma ficcional. b) Criação neológica na língua portuguesa. c) Formação da identidade nacional por meio da tradição oral. d) Incorreção da língua portuguesa que é falada por pessoas do interior do Brasil. e) Padronização de palavras que variam regionalmente, mas possuem mesmo significado.

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6- (ENEM- 2010, questão 115) Resta saber o que ficou das línguas indígenas no português do Brasil. Serafim da Silva Neto afirma: “No português brasileiro não há, positivamente, influência das línguas africanas ou ameríndias”. Todavia, é difícil de aceitar que um longo período de bilinguismo de dois séculos não deixasse marcas no português do Brasil.

ELIA, S. Fundamentos Histórico-Linguísticos do Português do Brasil. Rio de Janeiro:

Lucerna, 2003 (adaptado).

No final do século XVII, no norte do Egito, foi descoberta a Pedra de Roseta, que continha um texto escrito em egípcio antigo, uma versão desse texto chamada “demótico”, e o mesmo texto escrito em grego. Até então, a antiga escrita egípcia não estava decifrada. O inglês Thomas Young estudou o objeto e fez algumas descobertas como, por exemplo, a direção em que a leitura deveria ser feita. Mais tarde, o francês Jean-François Champollion voltou a estudá-la e conseguiu decifrar a antiga escrita egípcia a partir do grego, provando que, na verdade, o grego era a língua original do texto e que o egípcio era uma tradução. Com base na leitura dos textos conclui-se, sobre as línguas, que a) Cada língua é única e intraduzível. b) Elementos de uma língua são preservados, ainda que não haja mais falantes dessa língua. c) A língua escrita de determinado grupo desaparece quando a sociedade que a produzia é extinta. d) O egípcio antigo e o grego apresentam a mesma estrutura gramatical, assim como as línguas indígenas brasileiras e o português do Brasil. e) O egípcio e o grego apresentavam letras e palavras similares, o que possibilitou a comparação linguística, o mesmo que aconteceu com as línguas indígenas brasileiras e o português do Brasil. 7- (UFV) Leia a estrofe abaixo e faça o que se pede: Dos vícios já desligados nos pajés não crendo mais, nem suas danças rituais, nem seus mágicos cuidados. (ANCHIETA, José de. O auto de São Lourenço [tradução e adaptação de Walmir Ayala] Rio de Janeiro: Ediouro[s.d.]p. 110) Considerando a estrofe acima, pronunciada pelos meninos índios em procissão analise: a) A presença dos meninos índios representa uma síntese perfeita e acabada daquilo que se convencionou chamar de literatura informativa. b) Os meninos índios representam a revolta dos nativos contra a catequese trazida pelos jesuítas, de quem querem libertar-se tão logo seja possível.

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c) Os meninos índios são figuras alegóricas cuja construção como personagens atende a todos os requintes da dramaturgia renascentista. d) Os meninos índios estão afirmando os valores de sua própria cultura, ao mencionar as danças rituais e as magias praticadas pelos pajés. e) Os meninos índios representam o processo de aculturação em sua concretude mais visível, como produto final de todo um empreendimento do qual participaram com igual empenho a Coroa Portuguesa e a Companhia de Jesus. 8- (UNISA) A “literatura Jesuítica” nos primórdios de nossa história: a) tem grande valor informativo; b) merca nossa maturação clássica; c) visa à catequese do índio, à instrução do colono e sua assistência religiosa e moral; d) está a serviço do poder real; e) tem fortes doses nacionalistas. AULA 02

BARROCO (1601-1768)

Detalhe da vista do Itamaracá, de Franz Post.

Barroco: séculos XVII e XVIII Contexto histórico: a) na Europa

Estado absolutista

Contrarreforma (Companhia de Jesus e Concílio de Treno)

Desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer-Quibir

Domínio espanhol sobre Portugal (1580-1640) b) no Brasil

Ciclo da cana-de-açúcar

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Bahia e Pernambuco: centros econômicos e culturais

Bandeiras

Invasões Características:

O Barroco reflete a crise do homem entre o mundo material e o espiritual.

O homem, dividido entre os chamados do corpo e da alma.

Teocentrismo x Antropocentrismo

O homem vive uma constante luta para conciliar os opostos: o claro e o escuro, a matéria e o espírito, a luz e as trevas.

Concepções antagônicas

A procura do ponto do espírito em que os diferentes se anulem e deem sossego ao espírito cansado.

Nessa busca de conciliação de polos opostos, surgem dois modos de aproximar da realidade as quais dão origem as duas tendências estilísticas do Barroco: o Cultismo e o Conceptismo.

Cultismo ou gongorismo consiste no jogo de palavras, ao emprego abusivo de figuras de estilo como a metáfora e a hipérbole. Corresponde ao excesso de detalhes das artes plásticas. Ex.: “ Se choras por ser duro, isso é ser brando, Se choras por ser brando, isso é ser duro.” (Gregório de Matos)

Conceptismo, que principalmente ocorre na prosa, corresponde ao jogo de ideias. A organização da frase obedece a uma ordem rigorosa com o intuito de convencer e ensinar. Ex.: “Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias res coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelhos e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo há mister luz, há mister espelhos e há mister olhos.” (Pe. Antônio Vieira) há mister = ser necessário

Recurso linguístico: metáfora, antítese, paradoxo, hipérbole, hipérbato, sinestesia, aliteração, assonância. Autores: Gregório de Matos Guerra ou Boca do Inferno -1633 a 1696 (Poesias amorosas, religiosas, satíricas e filosóficas) Padre Antônio Vieira -1608 a 1697 (Sermões e teatros) Manuel Botelho de Oliveira Bento Teixeira

Contexto Histórico

O final do século XVI assistiu ao término do ciclo das Grandes Navegações e à derrocada política e econômica de Portugal que, em 1580, depois da morte D. Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir, cai sob o domínio espanhol. A dominação, que durou 60 anos, terminou em 1640.

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A unificação da Península Ibérica deu força a Contrarreforma, que procurava não só recuperar os fiéis perdidos para a Reforma Protestante, mas também conquistar novos seguidores. O vigilante Tribunal do Santo Ofício da Inquisição não deixou que os avanços científicos e culturais do resto da Europa chegassem à Península Ibérica, impondo severa censura a toda produção. Judeus e muçulmanos foram convertidos pela força ao catolicismo. Com a fundação da Companhia de Jesus, em 1534, por Santo Inácio de Loyola, os jesuítas dominaram o ensino tanto em Portugal quanto no Brasil.

O domínio espanhol, no entanto, não exerceu muita influência no plano político brasileiro, uma vez que a Colônia continuou a ser administrada por portugueses. Durante esse período, começou o processo de expansão territorial com as bandeiras, que, penetrando o sertão, procuravam escravos, ouro e pedras preciosas. Com a conquista do litoral do Norte e do Nordeste, os franceses foram expulsos. Os holandeses, depois de uma tentativa frustrada de se estabelecerem na Bahia entre 1624 e 1625, ocuparam a capitania de Pernambuco. Aí permaneceram de 1630 a 1654, explorando a cana-de-açúcar. Expulsos, os holandeses começaram a produzir açúcar nas Antilhas e forçaram a queda dos preços internacionais do produto, por isso o ciclo da cana-de-açúcar entrou em declínio no Brasil.

Literatura O Barroco brasileiro foi fruto de manifestações isoladas, visto que a Colônia ainda não dispunha de um grupo intercomunicante de escritores, nem de um público leitor influente, nem de vida cultural intensa, situação agravada pela proibição da imprensa e pela falta de liberdade de expressão. Reflexo da literatura escrita na Península Ibérica, a produção dessa época também revela a crise do homem do século XVII, dividido entre os valores antropocêntricos do Renascimento e as amarras do pensamento medieval reabilitado pela Contrarreforma. Essa tensão manifesta-se no confronto pecado/perdão, terreno/ celestial, vida/morte, amor platônico/ amor carnal, fé/razão, céu/ inferno. Seus principais autores são: Padre Antônio Vieira (prosa e teatro) e Boca do Inferno (poesia lírica, satírica, sacra ou religiosa) Manifestações Artísticas O Barroco era a expressão artística da crise espiritual vivida pelo homem do século XVII, dividido entre a racionalidade e o antropocentrismo do Renascimento e a volta ao teocentrismo e à espiritualidade medievais. Caracterizou-se pela ostentação, cujo objetivo era impressionar e influenciar o receptor: a fé deveria ser atingida mais pelos sentimentos e pela emoção do que pelo raciocínio. A arquitetura, a escultura e a pintura, frequentemente misturadas, perseguem esse fim usando de recursos como: a) Assimetria: O estilo é retorcido, opondo-se à simetria e ao equilíbrio do Renascimento, Colunas negras do Vaticano, obra de Benini, Basílica de São Pedro

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b) Impressão de movimento: Opondo-se à estaticidade clássica, são escolhidas as cenas de maior intensidade dramática (rostos contraídos pelo sofrimento ou pelo êxtase) para serem representadas na escultura e na pintura.

Êxtase da Santa Teresa, autor Bernini. c) A técnica do claro-escuro, na pintura, dá a sensação de profundidade.

Descida da cruz, Pieter Paul Rubens.

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No Brasil, o Barroco engloba suas primeiras manifestações com a arquitetura jesuítica do século XVI, porém sua forma amis exuberante, tanto nas artes plásticas como na arquitetura, só ocorreu no sáculo XVIII, com as igrejas baianas e mineiras, as esculturas de Aleijadinho, pinturas de Ataíde, e a música de Lobo Mesquita e José Maurício Nunes Garcia.

Obra de Manuel da Costa Ataíde, Interior da Igreja de São Francisco de Assis,em Ouro Preto (MG)

Recursos Linguísticos METÁFORA: Substituição de uma palavra por outra a partir de uma semelhança (comparação). Ex.: “Sua boca é um Cadeado E meu corpo é uma fogueira.” (Chico Buarque de Hollanda) ANTÍTESE: Figura de linguagem que consiste em justapor (colocar lado a lado) dois contrários. Ex.: “Eu preparo uma canção x que faça acordar os homens e adormecer as crianças.” (Drummond) PARADOXO: Reunião de ideias contraditórias num mesmo enunciado. Os termos, além de fazerem um contraste, eles se contradizem, ou seja, negam-se mutuamente. EX.: “Pra se viver do amor Há que esquecer o amor”. (Chico Buarque de Hollanda) No discurso, o sindicalista afirmou que o operário quanto mais trabalha mais tem dificuldades econômicas. HIPÉRBOLE: Afirmação exagerada. Ex.: Ele possuía um mar de sonhos e aspirações. HIPÉRBATO: Ou inversão, é a alteração da ordem direta dos termos na oração, ou das orações no período.

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Ex.: “Bendito o que, na terra, o fogo fez, e o teto.” (Olavo Bilac) (Bendito o que fez o fogo e o teto na terra.) Viajam cansados os pescadores de ilusões. (Os pescadores de ilusões viajam cansados) SINESTESIA: Fusão de dois ou mais sentidos (tato, paladar, olfato, visão, audição) na composição de uma única imagem. Ex.: O cheiro doce e verde do capim trazia recordações da fazenda, para onde nunca mais retornou. (cheiro = sensação olfativa; doce = sensação gustativa; verde = sensação tátil) ALITERAÇÃO: Repetição de fonema(s) no início, meio, ou fim de vocábulos distantes em uma ou mais frases, em um ou mais versos. Ex.: “São Paulo - metrópole o metrô - bisturi que rasga o ventre da noite...” (Clínio Jorge) ASSONÂNCIA: Aproximação fonética entre vogais tônicas de palavras diferentes. Ex.: “Pássaro da lua que queres cantar nessa terra tua sem flor e sem mar?” (Cecília Meireles)

EXERCÍCIOS 1- (ENEM- 2009, questão91) Os melhores críticos da cultura brasileira trataram-na sempre no plural, isto é, enfatizando a coexistência no Brasil de diversas culturas. Arthur Ramos distingue as culturas não europeias (indígenas, negras) das europeias (portuguesa, italiana, alemã etc.), e Darcy Ribeiro fala de diversos Brasis: crioulo, caboclo, sertanejo, caipira e de Brasis sulinos, a cada um deles correspondendo uma cultura específica.

MORAIS, F. O Brasil na visão do artista: o país e sua cultura. São Paulo: Sudameris, 2003.

Considerando a hipótese de Darcy Ribeiro de que há vários Brasis, a opção em que a obra mostrada representa a arte brasileira de origem negro-africana é: a)

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b)

c)

d)

e)

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2- (DRHU-SP)

“Triste Bahia! Ó quão dessemelhante Estás e estou do nosso antigo estado! Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado, Rica te vi eu já, tua a mi abundante.

A ti trocou-te a máquina mercante,

Que em tua larga barra tem entrado, A mim foi-me trocado, e tem trocado, Tanto negócio e tanto negociante.”

Nestas estrofes, Boca do Inferno dirige-se à “cidade da Bahia” e considera os efeitos da passagem do tempo na relação entre ambos. No trecho acima, tal relação é expressa por uma: a) Identidade de estados, como consequência da exploração econômica sofrida tanto no plano coletivo quanto no individual. b) Identidade de estados, como consequência de um processo de transações econômicas que acabaram por beneficiar tanto a cidade quanto o poeta. c) Dessemelhança de estados, resultante da incompatibilidade de interesses entre os negócios do poeta, no plano particular, e os da economia colonialista, no plano geral. d) Dessemelhança de estados, resultante das trocas comerciais que degradam o nível de vida da cidade sem ter afetado a condição social do poeta. e) Oposição de estados, já que os negócios levaram o poeta à abastança ao mesmo tempo em que a vida empobrecia pela ação da “máquina mercante”. 3- (UF-BA) “Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os Pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra, o que fez o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção, mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores dizem uma coisa e fazem outra; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem; ou é porque o sal não salga, e os pregadores se pregam a si, e não a Cristo, ou porque a terra se não

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deixa salgar, e os ouvintes em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal.” (Sermão de Santo Antônio aos Peixes (1654) - Pe. ANTONIO VIEIRA) O autor aponta como causa da corrupção na terra: a) A doutrina pregada é fraca ou os homens não lhe são receptivos. b) Os pregadores pregaram uma falsa doutrina ou a doutrina é ineficiente. c) Os homens não são receptivos à doutrina, porque ela é verdadeira. d) A ação dos pregadores não testemunham oque eles pregam. e) Os homens tentam imitar os pregadores, seguindo-lhes a doutrina. 4- (ENEM- 2010, questão 113)

A Herança Cultural da Inquisição A Inquisição gerou uma série de comportamentos humanos defensivos

na população da época, especialmente por ter perdurado na Espanha e em Portugal durante quase 300 anos, ou no mínimo quinze gerações.

Embora a Inquisição tenha terminado há mais de um século, a pergunta que fiz a vários sociólogos, historiadores e psicólogos e psicólogos era se alguns desses comportamentos culturais não poderiam ter-se perpetuado entre nós.

Na maioria, as respostas foram negativas, ou seja, embora alterasse sem dúvida o comportamento da época, nenhum comportamento permanece tanto tempo depois, sem reforço ou estímulo continuado.

Não sou psicólogo nem sociólogo para discordar, mas tenho a impressão de que existem alguns comportamentos estranhos na sociedade brasileira, e que fazem sentido se você os considerar resquícios da era da Inquisição. [...]

KANITZ, S. A Herança Cultural da Inquisição. In: Revista Veja. Ano 38, nº 5, 2 fev. 2005 (fragmento).

Considerando-se o posicionamento do autor do fragmento a respeito de comportamentos humanos, o texto a) Enfatiza a herança da Inquisição em comportamentos culturais observados em Portugal e na Espanha. b) Contesta sociólogos, psicólogos e historiadores sobre a manutenção de comportamentos gerados pela Inquisição. c) Contrapõe argumentos de historiadores e sociólogos a respeito de comportamentos culturais inquisidores. d) Relativiza comportamentos originados na Inquisição e observados na sociedade brasileira. e) Questiona a existência de comportamentos culturais brasileiros marcados pela herança da Inquisição. 5- (ENEM- 2010, questão 134)

Fora da ordem

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Em 1588, o engenheiro militar italiano Agostinho Romelli publicou Le Diverse et Artificiose Machine, no qual descrevia uma máquina de ler livros. Montada para girar verticalmente, como uma roda de hamster, a invenção permitia que o leitor fosse de um texto ao outro sem se levantar de sua cadeira. Hoje podemos alternar entre documentos com muito mais facilidade - um clique no mouse é suficiente para acessarmos imagens, textos, vídeos e sons instantaneamente. Para isso, usamos o computador, e principalmente a internet – tecnologias que não estavam disponíveis no Renascimento, época em que Romelli viveu.

BERCITTO, D. Revista Língua Portuguesa. Ano II. N°14. O inventor italiano antecipou, no século XVI, um dos princípios definidores do hipertexto: a quebra de linearidade na leitura e a possibilidade de acesso ao texto conforme o interesse do leitor. Além de ser característica essencial da internet, do ponto de vista da produção do texto, a hipertextualidade se manifesta também em textos impressos, como a) Dicionários, pois a forma do texto dá liberdade de acesso à informação. b) Documentários, pois o autor faz uma seleção dos fatos e das imagens. c) Relatos pessoais, pois o narrador apresenta sua percepção dos fatos. d) Editoriais, pois o editorialista faz uma abordagem detalhada dos fatos. e) Romances românticos, pois os eventos ocorrem em diversos cenários. 6- (ENEM- 2011, questão 40) Acompanhando a intenção da burguesia renascentista de ampliar seu domínio sobre a natureza e sobre o espaço geográfico, através da pesquisa científica e da invenção tecnológica, os cientistas também iriam se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a cor e mesmo a expressão e o sentimento. SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Unicamp, 1984. O texto apresenta um espírito de época que afetou também a produção artística, marcada pela constante relação entre a) fé e misticismo. b) ciência e arte. c) cultura e comércio. d) política e economia. e) astronomia e religião. 7- (ENEM- 2011, questão 118)

Quando os portugueses se instalaram no Brasil, o país era povoado de índios. Importaram, depois, da África, grande número de escravos. O Português, o Índio e o Negro constituem, durante o período colonial, as três bases da população brasileira. Mas no que se refere à cultura, a contribuição do Português foi de longe a mais notada.

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Durante muito tempo o português e o tupi viveram lado a lado como línguas de comunicação. Era o tupi que utilizavam os bandeirantes nas suas expedições. Em 1694, dizia o Padre Antônio Vieira que “as famílias dos portugueses e índios em São Paulo estão tão ligadas hoje umas com as outras, que as mulheres e os filhos se criam mística e domesticamente, e a língua que nas ditas famílias se fala é a dos Índios, e a portuguesa a vão os meninos aprender à escola.” (TEYSSIER, P. História da língua portuguesa. Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1984 (adaptado)) A identidade de uma nação está diretamente ligada à cultura de seu povo. O texto mostra que, no período colonial brasileiro, o Português, o Índio e o Negro formaram a base da população e que o patrimônio linguístico brasileiro é resultado da a) Contribuição dos índios na escolarização dos brasileiros. b) Diferença entre as línguas dos colonizadores e as dos indígenas. c) Importância do padre Antônio Vieira para a literatura de língua portuguesa. d) Origem das diferenças entre a língua portuguesa e a língua tupi. e) Interação pacífica no uso da língua portuguesa e da língua tupi. 8- Leia o poema e perceba:

À INSTABILIDADE DAS COUSAS DO MUNDO

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura,

Em continuas tristezas a alegrias,

Porém, se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a Luz, por que não dura?

Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto, da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza, Na formosura não se dê constância,

E na alegria, sinta-se triste. Começa o Mundo enfim pela ignorância

A firmeza somente na inconstância. I- No texto predominaram as imagens: a) olfativas; b) gustativas; c) auditivas; d) táteis; e) visuais. II- A ideia central do texto é: a) a duração efêmera de todas as realidades do mundo;

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b) a grandeza de Deus e a pequenez humana; c) os contrastes da vida; d) a falsidade das aparências; e) a duração prolongada do sofrimento. Aula 03

ARCADISMO (1768-1808)

Detalhe de leitura da sentença de Tiradentes, de Eduardo de Sá.

Arcadismo: séculos XVIII Contexto histórico: a) na Europa

Ascensão política da burguesia

Liberalismo econômico

Primeira Revolução Industrial

Despotismo esclarecido

Iluminismo

Revolução Francesa b) na América

Independência dos Estados Unidos c) no Brasil

Ciclo da mineração

Mudança do eixo econômico e cultural para Minas Gerais e Rio de Janeiro

Inconfidência Mineira Características:

Novo interesse pelos clássicos

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Racionalismo

Equilíbrio

Simplicidade

Desprezo aos exageros barrocos (inutiliza truncat)

Aurea mediocritas

Fugere urbem

Poesia épico-nativista (prenúncio do Romantismo) Autores:

Cláudio Manuel da Costa (Glauceste Satúrnio)

Tomás Antônio Gonzaga (Dirceu)

Silva Alvarenga (Termindo Sipílio)

Basílio da Gama

Santa Rita Durão Contexto Histórico A Europa, no século XVIII, vivia uma época de transformações radicais. O espírito científico - baseado na razão, na observação e na experimentação- propiciou o desenvolvimento do Iluminismo e marcou a produção científico-cultural: a física de Newton, a filosofia de Locke, as ideias dos enciclopedistas. O Iluminismo, uma visão de mundo da burguesia intelectual da época, defendia a ideia de Voltaire de que, como Deus está na natureza, o homem pode descobri-lo por meio da razão, sem necessidade da intervenção da Igreja. Defendia também a ideia de Rousseau de que os homens são naturalmente bons e iguais entre si, a sociedade é que os corrompe. Era preciso, pois, modificar a sociedade para garantir a liberdade, a igualdade e a fraternidade (lema da Revolução Francesa). A Primeira Revolução Industrial, caracterizada pela aplicação da ciência na indústria, registrou a mudança de uma economia agrária e manual para uma economia dominada pela indústria e mecanização da manufatura e fortaleceu a burguesia, cujo objetivo, agora, era ascender politicamente. Os déspotas esclarecidos, soberanos absolutistas inspirados pelo racionalismo iluminista, limitaram o poder da Igreja, reduziram os privilégios da aristocracia e do clero, estimularam as artes e a pesquisa científica e protegeram os interesses da burguesia. Esse quadro preparou o terreno para a independência dos Estados Unidos (1776) e para a Revolução Francesa (1789). No Brasil, na passagem do século XVII para o XVII, a descoberta de jazidas de ouro e diamante deslocou a atividade econômica e cultural do Nordeste para a região de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, iniciando o ciclo da mineração. Diferentemente da sociedade do ciclo da cana-de-açúcar rígida e patriarcal, assentada na monocultura e na escravidão, os núcleos urbanos (que se desenvolveram em função da atividade mineradora), com sua variedade de serviços e funções, permitiram uma maior mobilidade social. Nas últimas décadas do século XVIII, com o declínio da mineração, a opressão fiscal da Coroa e a corrupção das autoridades, as vilas empobreceram. As reações contra Portugal, aliada as ideias iluministas, que encontraram eco no

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crescente sentimento nativista, desembocaram na Inconfidência Mineira, da qual participaram advogados, intelectuais e poetas.

Tiradentes Esquartejado, de Pedro Américo (1843-1905)

Manifestações Artísticas

O Neoclassicismo (o novo Classicismo, o retorno aos ideais clássicos e renascentistas), baseado na visão científica e nas ideias racionalistas do Iluminismo, foi uma reação ao estilo extravagante do Barroco e representou um retorno à simplicidade, sobriedade, simetria e equilíbrio clássico, que se refletiram na arquitetura e na escultura. A pintura inspirou-se em temas históricos e na mitologia clássica.

No Brasil, curiosamente, embora fosse século XVIII e a produção artística da época estivesse ligada aos ideais iluministas, assistiu-se ao desabrochar exuberante do Barroco, também chamado de Barroco brasileiro ou ainda Barroco mineiro. Em Ouro Preto (antiga Vila Rica) predominam esculturas em madeira e pedra-sabão do Aleijadinho e pinturas de Manuel da Costa Ataíde. Na Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco, destacam-se a arquitetura e a ornamentação de algumas igrejas. Lobo de Mesquita e o padre José Maurício foram os principais compositores de música barroca sacra. O Barroco literário não coincidiu, portanto, com as outras manifestações culturais, esse Barroco presente no arcadismo é conhecido como Rococó o Barroco que não quer morrer.

Mosteiro São Bento, R.J.

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Literatura

O Arcadismo insurgiu-se contra os exageros do Barroco, produzindo uma poesia que retornou à simplicidade e equilíbrio clássicos e renascentistas. No Brasil, ocorreu um entrosamento acentuado entre vida intelectual e preocupações político-sociais: o selvagem foi valorizado, houve uma invasão crítica da política colonial e um crescente nativismo. Pela primeira vez, desde o “descobrimento”, o momento histórico permitiu a existência de uma relação sistemática entre escritor, obra e público, preparando o campo para a Era Nacional de nossa literatura. Três foram os princípios básicos do Arcadismo: 1) Fugere urbem (fugir da cidade) em busca do locus amoenus (lugar ameno, aprazível) : o poeta voltava-se para a natureza, para o campo à procura de uma vida simples, bucólica, longe dos centros urbanos (todos os nossos poetas árcades; no entanto, foram urbanos, intelectuais e burgueses, daí falar-se em fingimento poético que se concretiza no uso de pseudônimos pastoris); 2) Carpe diem (aproveita o dia): máxima do poeta latino Horácio com a qual o poeta convidava a aproveitar o momento presente (este foi também um dos temas preferenciais do Barroco); 3) Inutiliza truncat (cortem-se as inutilidades): os árcades queriam cortar todos os excessos barrocos, por isso usavam palavras simples, períodos curtos e mais comparações que metáforas.

O Arcadismo teve como expoentes: Tomas Antônio Gonzaga (Marília de Dirceu e Cartas Chilenas); Basílio da Gama (O Uraguay) e Santa Rita Durão (Caramuru) .

EXERCÍCIOS 1- (FAU-SANTOS) No primeiro quarteto de um soneto de Cláudio Manuel da Costa lê-se: “Fatigado de calma se acolhia Junto o rebanho à sombra dos salgueiros; E o sol, queimando os ásperos oiteiros, Com violência maior no campo ardia.” Encontra-se no texto as seguintes características do eu-lírico: a) Artificialismo, uso da mitologia greco-romana, natureza adormecida. b) Contraste, bucolismo, existência de pastores. c) Simplicidade de forma, contato com a natureza, bucolismo. d) Natureza adormecida, liberdade formal, idealização da realidade. e) Simplicidade de forma, presença de pastores, mitologia greco-romana. 2- (SANTA CASA)

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Texto I “É a vaidade, Fábio, nessa vida, Rosa, que da manhã lisonjeada Púrpuras mil, com ambição dourada Airosa rompe, arrasta presumida.” Texto II “Depois de nos ferir a mão da morte, ou seja, neste monte, ou noutra serra, nossos corpos terão, terão a sorte de consumir os dous a mesma terra.” O texto I é Barroco; o II é arcádico. Comparando-os é possível afirmar que os árcades optaram por uma expressão: a) Impessoal e, portanto, diferenciada do sentimentalismo barroco, em que o mundo exterior era projeção do caos interior do poeta. b) Despojadas das ousadias sintáticas da estética anterior, com predomínio da ordem direta e de vocábulos de uso corrente. c) Que aprofunda o naturalismo da expressão barroca, fazendo com que o poeta assuma posição eminentemente impessoal. d) Em que predomina, diferentemente do barroco, a antítese, a hipérbole, a conotação poderosa. e) Em que a quantidade de metáforas e de torneios de linguagem supera a tendência denotativa do barroco. 3- (ENEM- 2009, questão 123)

Se os tubarões fossem homens

Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentis com os peixes pequenos?

Certamente, se os tubarões fossem homens, fariam construir resistentes gaiolas no mar para os peixes pequenos, com todo o tipo de alimento, tanto animal como vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adotariam todas as providências sanitárias.

Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nas aulas, os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo, a usar a geografia para localizar os grandes tubarões deitados preguiçosamente por aí. A aula principal seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. A eles seria ensinado que o ato mais grandioso e mais sublime é o sacrifício alegre de um peixinho e que todos deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando estes dissessem que cuidavam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência.

Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos seria condecorado com uma pequena Ordem das Algas e receberia o título de herói.

BRECHT, B. Histórias do Sr. Keuner. São Paulo: Ed. 34, 2006 (adaptado).

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Como produção humana, a literatura veicula valores que nem sempre estão representados diretamente no texto, mas são transfigurados pela linguagem literária e podem até entrar em contradição com as convenções sociais e revelar o quanto a sociedade perverteu os valores humanos que ela própria criou. É o que ocorre na narrativa do dramaturgo alemão Bertolt Brecht mostrada. Por meio da hipótese apresentada, o autor a) Demonstra o quanto a literatura pode ser alienadora ao retratar, de modo positivo, as relações de opressão existentes na sociedade. b) Revela a ação predatória do homem no mar, questionando a utilização dos recursos naturais pelo homem ocidental. c) Defende que a força colonizadora e civilizatória do homem ocidental valorizou a organização das sociedades africanas e asiáticas, elevando-as ao modo de organização cultural e social da sociedade moderna. d) Questiona o modo de organização das sociedades ocidentais capitalistas, que se desenvolveramfundamentadas nas relações de opressão em que os mais fortes exploram os mais fracos. e) Evidencia a dinâmica social do trabalho coletivo em que os mais fortes colaboram com os mais 4- (ENEM- 2010, questão 106) O folclore é o retrato da cultura de um povo. A dança popular e folclórica é uma forma de representar a cultura regional, pois retrata seus valores, crenças, trabalho e significados. Dançar a cultura de outras regiões é conhecê-la, é de alguma forma se apropriar dela, é enriquecer a própria cultura.

BREGOLATO, R. A. Cultura Corporal da Dança. São Paulo: Ícone, 2007.

As manifestações folclóricas perpetuam uma tradição cultural, é obra de um povo que a cria, recria e a perpetua. Sob essa abordagem deixa-se de identificar como dança folclórica brasileira a) O Bumba-meu-boi, que é uma dança teatral onde personagens contam uma história envolvendo crítica social, morte e ressurreição. b) A Quadrilha das festas juninas, que associam festejos religiosos a celebrações de origens pagãs envolvendo as colheitas e a fogueira. c) O Congado, que é uma representação de um reinado africano onde se homenageia santos através de música, cantos e dança. d) O Balé, em que se utilizam músicos, bailarinos e vários outros profissionais para contar uma história em forma de espetáculo. e) O Carnaval, em que o samba derivado do batuque africano é utilizado com o objetivo de contar ou recriar uma história nos desfiles. 5 – (PUCCAMP) Acaso são estes os sítios formosos, onde passava os anos gostosos?

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São estes os prados, aonde brincava, enquanto pastava, o manso rebanho que Alceu me deixou? Os versos acima, de Tomás Antônio Gonzaga, são expressão de um momento estético em que o poeta: a) Buscava exp ressão pa ra o sen t imento re l i g ioso assoc iado à natureza, revestindo frequentemente o poema do tom solene da meditação. b) Tentava exprimir a insatisfação do mundo contemporâneo, dava grande ênfase à vida sentimental, tornando o coração a medida mais exata da existência. c) Buscava a “na tu ra l idade ” . O que hav ia de ma is s imp les , mais “natural”, que a vida dos pastores e a contemplação direta da natureza? d) Tinha predileção pelo soneto, exercitando a precisão descritiva e dissertativa, o jogo intelectual, a famosa “chave de ouro”. e) Acentuava a busca da elegância e do requinte formal, perdendo-se na minúcia descritiva de objetos raros: vasos, taças, leques. 6-Leia o texto atentamente: “Com os anos, Marília, o gosto falta, e se entorpece o corpo já cansado: triste, o velho cordeiro está deitado, e o leve filho, sempre alegre, salta. A mesma formosura é dote que só goza a mocidade: rugam-se as faces, o cabelo alveja, mal chega a longa idade. Que havemos de esperar Marília bela? que vão passando os florescentes dias? As glórias que vêm tarde, já vêm frias, e pode, enfim, mudar-se a nossa estrela. Ah! não, minha Marília, aproveite-se o tempo, antes que faça o estrago de roubar ao corpo as forças, e ao semblante a graça!” (Tomás Antônio Gonzaga) 8. Com base nestes versos, assinale a alternativa correta. a) Apesar de sua idade já muito avançada, o eu lírico ainda se mostra disposto ao amor. b) Marília deve acompanhar o poeta em sua velhice, mesmo que isso traga recordações inglórias da juventude. c) O eu lírico faz um chamamento à sua musa para juntos viverem o tempo presente de suas juventudes.

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d) O poema explora o motivo da mulher inacessível e misteriosa, desejada por um homem cansado e doente. e) Resta aos amantes a doçura da contemplação dos filhos, expressa em “o velho cordeiro está deitado, /e o leve filho, sempre alegre, salta”. Aula 4

ROMANTISMO (1836-1881)

Martin Johnson Heade, Floresta brasileira, 1864

Romantismo : séculos XIX Contexto histórico: a) na Europa

Triunfo da burguesia, liberalismo econômico b) no Brasil

Independência

Primeiro Reinado

Abdicação

Regência

Segundo Reinado

Revoltas internas e guerras

Guerra do Paraguai

Abolição

Proclamação da República Características:

Individualismo

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Subjetivismo

Fuga da realidade através do sonho, da morte, da natureza (indianismo) e do tempo Poesia:

1ª geração (nacionalista ou indianista): Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias

2ª geração (byroniana ou mal-do-século): Álvares de Azevedo, Junqueira Freire, Fagundes Varela e Casimiro de Abreu.

3ª geração (condoreira) Castro Alves e Sousândrade Prosa:

Romance urbano, indianista, regionalista e histórico: Joaquim Manuel da Macedo, José de Alencar, Bernardo Guimarães, Visconde de Taunay, Franklin Távora, Manuel de Antônio de Almeida. Teatro: Martins Pena

Grito do Ipiranga, Pedro Américo Contexto Histórico

A Europa do século XIX assistiu as transformações radicais, resultado da Revolução Industrial (que fez surgir uma nova classe, o proletariado) e da Revolução Francesa, que, com seu ideal de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, subverteu as relações sociais. A burguesia, econômica e politicamente forte, impulsionou a livre concorrência e foi responsável por uma sociedade materialista. Independente desde 1822, o Brasil, no entanto, conservou a mesma estrutura da sociedade colonial: patriarcal, assentada na mão-de-obra e nos latifúndios. Da independência até a abdicação de D. Pedro I, em 1831, o país viveu um período difícil. Cedo começaram os problemas resultantes da personalidade autoritária de D. Pedro: dissolução da Assembleia Constituinte por ordem do imperador; outorga da primeira Constituição em 1824; Confederação do Equador; Guerra Cisplatina (e a

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criação da República Independente do Uruguai). Nesse período, o Brasil pediu um empréstimo de dois milhões de libras esterlinas à Inglaterra para pagar a indenização por nossa independência a Portugal. Todo esse quadro levou à abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho de apenas cinco anos, em 1831. Seguiu-se o período da Regência, quando o Brasil foi sacudido por algumas revoltas: Cabanagem (1834, Guerra dos Farrapos -1835-, Sabinada -1837-, Balaiada -1838-). Nesse quadro surgiu, em 1836, o Romantismo brasileiro. O Segundo Reinado começou em 1840 quando D. Pedro II, com apenas 14 anos, foi declarado maior. Esse período estendeu-se até 1889 com a Proclamação da República. Foi um período de consolidação das instituições nacionais e de desenvolvimento econômico apoiado pela economia cafeeira e pela crescente industrialização. Revoltas e guerras também ocorreram: Revolução Liberal em São Paulo (1842); Revolução Praieira em Pernambuco (1848); inúmeros levantes populares; guerras com o Uruguai e Argentina e, em 1865, a Guerra do Paraguai. O Segundo Reinado ainda assistiu à campanha abolicionista e à libertação dos escravos. Manifestações Artísticas Na Europa, o Romantismo representou uma revolução na concepção de vida e de arte. Pregando a liberdade de criação, o predomínio do sentimento, o individualismo, insurgiu-se contra os valores clássicos: o equilíbrio, a sobriedade, a imitação da Antiguidade, o racionalismo, as convenções. A fascinação do exótico e os temas nacionalistas são uma tônica na pintura, mas a arquitetura e a escultura continuam sendo neoclássica. A música, marcada pelo individualismo, aproveitou as canções populares e refletiu preocupações coletivas e relacionadas aos movimentos de unificação, que marcaram o período. Beethoven, Lizt, Chopin, Schumann e Schubert foram alguns dos expoentes desse período. No Brasil, a pintura e a arquitetura neoclássicas dominaram o Romantismo. Debret retratou em seus quadros os costumes e personagens da época. Víctor Meirelles, Almeida Júnior e Pedro Américo voltaram-se para temas históricos e mitológicos. Na música destacaram-se Carlos Gomes, que em 1860 tornara-se preparador de óperas na Imperial Academia de Música e Ópera Nacional, e Elias Álvares Lobo. Víctor Meirelles, Primeira missa no Brasil, 1860

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Produções Literárias O Romantismo foi o primeiro movimento literário brasileiro da Era Nacional. A estética romântica foi fértil em poesia e prosa e viu nascer o teatro nacional. As gerações românticas: 1ª GERAÇÃO (NACIONALISTA OU INDIANISTA): caracterizou-se, sobretudo, pela criação do herói nacional, pelo lirismo amoroso e pelo paisagismo. Os principais autores são: Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto-Alegre. 2ª GERAÇÃO (BYRONIANA OU MAL-DO-SÉCULO): caracterizou-se pela obsessão à morte, sentimento de tédio, pessimismo, individualismo, melancolia e morbidez. Os principais autores são: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire. 3ª GERAÇÃO (CONDOEIRA): seu emblema foi uma poesia de caráter social - patriótica, antiescravista, abolicionista. Seu mais importante poeta foi Castro Alves. A presença do nacional nos motivos e na linguagem foi a característica comum às três gerações românticas.

Almeida Júnior Ficção Floresceram no Romantismo vários tipos de romance, segundo a temática e o ambiente: 1) Urbano: focaliza situações da burguesia que habita a Corte (a cidade do Rio de Janeiro), apresentando conflitos sentimentais; 2) Indianista: descreve costumes e tradições do índio brasileiro e o contato com o colonizador. Esse tipo de romance reflete o caráter nacionalista da literatura da época (como o Brasil não teve Idade Média, o indianismo foi a saída para a criação do herói nacional); 3) Regionalista: espelha a realidade (sempre idealizada) de diferentes regiões do Brasil; 4) Histórico: Relata fatos de nosso passado colonial. EXERCÍCIOS

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1- (U.F.BAHIA) Na poesia indianista de Gonçalves Dias encontram-se, em falas atribuídas aos índios, expressões como “ação tão nobre vos honra”, “senhores em gentileza”, “nobreza nos atos”, e outras que indicam: a) Preocupação do poeta em bem traduzir a naturalidade da fala de suas personagens. b) A idealização de uma figura convencional do índio, em moldes que o aproxima do cavaleiro medieval. c) O desejo do poeta em documentar a elevação dos costumes dos índios, já aculturados pelas missões religiosas. d) A intenção satírica de contra por ao mundo inocente dos índios a falsidade e o polimento da linguagem burguesa. e) O propósito do poeta em registrar a admiração que tinha os índios pela fala e pelos hábitos dos nobres portugueses. 2- (UE- LONDRINA) “Mulher do meu amor! Quando aos meus beijos Treme a tua alma, como a lira ao vento, Das teclas de teu seio que harmonias, Que escalas de suspiros, bebo atento;” A franqueza com que Castro Alves exprime seus desejos em relação à mulher amada, como acima se vê, permite afirmar que: a) O seu sentimento amoroso é adulto, no sentido de que percorre a gama completa da carne e do espírito. b) Seus poemas falam de amores não realizados, na medida em que a mulher é idealizada ao extremo. c) O tédio existencial da segunda geração romântica, de que é típico representante, explica a sua concepção do amor aliado à morte. d) A plenitude amorosa não é seu objetivo, pois preocupam-no unicamente problemas sociais. e) O ressentimento que envolve seu espírito impregna de aspectos negativos todo o que o rodeia, inclusive a mulher. 3- (ENEM- 2009, questão 102) Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediária entre si e o público a representação. A palavra vem do grego drao (fazer) e quer dizer ação. A peça teatral é, pois, uma composição literária destinada à apresentação por atores em um palco, atuando e dialogando entre si. O texto dramático é complementado pela atuação dos atores no espetáculo teatral e possui uma estrutura específica, caracterizada: 1) pela presença de personagens que devem estar ligados com lógica uns aos outros e à ação; 2) pela ação dramática (trama, enredo), que é o conjunto de atos dramáticos, maneiras de ser e de agir das personagens encadeadas à unidade do efeito e segundo uma ordem composta de exposição, conflito, complicação, clímax e desfecho; 3) pela situação ou ambiente, que é o conjunto de circunstâncias físicas, sociais, espirituais em que se situa a ação;

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4) pelo tema, ou seja, a ideia que o autor (dramaturgo) deseja expor, ou sua interpretação real por meio da representação. C COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 1973 (adaptado). Considerando o texto e analisando os elementos que constituem um espetáculo teatral, conclui-se que a) A criação do espetáculo teatral apresenta-se como um fenômeno de ordem individual, pois não é possível sua concepção de forma coletiva. b) O cenário onde se desenrola a ação cênica é concebido e construído pelo cenógrafo de modo autônomo e independente do tema da peça e do trabalho interpretativo dos atores. c) O texto cênico pode originar-se dos mais variados gêneros textuais, como contos, lendas, romances, poesias, crônicas, notícias, imagens e fragmentos textuais, entre outros. d) O corpo do ator na cena tem pouca importância na comunicação teatral, visto que o mais importante é a expressão verbal, base da comunicação cênica em toda a trajetória do teatro até os dias atuais. e) A iluminação e o som de um espetáculo cênico independem do processo de produção/recepção do espetáculo teatral, já que se trata de linguagens artísticas diferentes, agregadas posteriormente à cena teatral. 4- (ENEM- 2009, questões 118) Teatro do Oprimido é um método teatral que sistematiza exercícios, jogos e técnicas teatrais elaboradas pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal, recentemente falecido, que visa à desmecanização física e intelectual de seus praticantes. Partindo do princípio de que a linguagem teatral não deve ser diferenciada da que é usada cotidianamente pelo cidadão comum (oprimido), ele propõe condições práticas para que o oprimido se aproprie dos meios do fazer teatral e, assim, amplie suas possibilidades de expressão. Nesse sentido, todos podem desenvolver essa linguagem e, consequentemente, fazer teatro. Trata-se de um teatro em que o espectador é convidado a substituir o protagonista e mudar a condução ou mesmo o fim da história, conforme o olhar interpretativo e contextualizado do receptor.

Companhia Teatro do Oprimido. Disponível em: www.ctorio.org.br. Acesso em: 1 jul. 2009 (adaptado).

Considerando-se as características do Teatro do Oprimido apresentadas, conclui-se que a) Esse modelo teatral é um método tradicional de fazer teatro que usa, nas suas ações cênicas, a linguagem rebuscada e hermética falada normalmente pelo cidadão comum. b) A forma de recepção desse modelo teatral se destaca pela separação entre atores e público, na qual os atores representam seus personagens e a plateia assiste passivamente ao espetáculo.

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c) Sua linguagem teatral pode ser democratizada e apropriada pelo cidadão comum, no sentido de proporcionar-lhe autonomia crítica para compreensão e interpretação do mundo em que vive. d) O convite ao espectador para substituir o protagonista e mudar o fim da história evidencia que a proposta de Boal se aproxima das regras do teatro tradicional para a preparação de atores. e) A metodologia teatral do Teatro do Oprimido segue a concepção do teatro clássico aristotélico, que visa à desautomação física e intelectual de seus praticantes. 5- (ENEM- 2009, questão 115) A dança é importante para o índio preparar o corpo e a garganta e significa energia para o corpo, que fica robusto. Na aldeia, para preparo físico, dançamos desde cinco horas da manhã até seis horas da tarde, passa-se o dia inteiro dançando quando os padrinhos planejam a dança dos adolescentes. O padrinho é como um professor, um preparador físico dos adolescentes. Por exemplo, o padrinho sonha com um determinado canto e planeja para todos entoarem. Todos os tipos de dança vêm dos primeiros xavantes: Wamarĩdzadadzeiwawẽ, Butséwawẽ, Tseretomodzatsewawẽ, que foram descobrindo através da sabedoria como iria ser a cultura Xavante. Até hoje existe essa cultura, essa celebração. Quando o adolescente fura a orelha é obrigatório ele dançar toda a noite, tem de acordar meia-noite para dançar e cantar, é obrigatório, eles vão chamando um ao outro com um grito especial. WÉRÉ' É TSI'RÓBÓ, E. A dança e o canto-celebração da existência xavante. VIS-Revista do Programa de Pós-Graduação em Arte da UnB. V. 5, n. 2, dez. 2006. A partir das informações sobre a dança Xavante, conclui-se que o valor da diversidade artística e da tradição cultural apresentados originam-se da a) Iniciativa individual do indígena para a prática da dança e do canto. b) Excelente forma física apresentada pelo povo Xavante. c) Multiculturalidade presente na sua manifestação cênica. d) Inexistência de um planejamento da estética da dança, caracterizada pelo ineditismo. e) Preservação de uma identidade entre a gestualidade ancestral e a novidade dos cantos a serem entoados. 6- (ENEM- 2010, questão 117) Soneto Já da morte o palor me cobre o rosto, Nos lábios meus o alento desfalece, Surda agonia o coração fenece, E devora meu ser mortal desgosto! Do leito embalde no macio encosto Tento o sono reter!... já esmorece O corpo exausto que o repouso esquece...

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Eis o estado em que a mágoa me tem posto! O adeus, o teu adeus, minha saudade, Fazem que insano do viver me prive E tenha os olhos meus na escuridade. Dá-me a esperança com que o ser mantive! Volve ao amante os olhos por piedade, Olhos por quem viveu quem já não vive! AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000. O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém configura um lirismo que o projeta para além desse momento específico. O fundamento desse lirismo é a) A angústia alimentada pela constatação da irreversibilidade da morte. b) A melancolia que frustra a possibilidade de reação diante da perda. c) O descontrole das emoções provocado pela autopiedade. d) O desejo de morrer como alívio para a desilusão amorosa. e) O gosto pela escuridão como solução para o sofrimento. 7- (ENEM- 2011, questão 27) Foto de Militão, São Paulo, 1879. ALENCASTRO, L. F. (org). História da vida privada no Brasil. Império: a corte e a modernidade nacional. São Paulo: Cia. das Letras, 1997. Que aspecto histórico da escravidão no Brasil do séc. XIX pode ser identificado a partir da análise do vestuário do casal retratado acima? a) O uso de trajes simples indica a rápida incorporação dos ex-escravos ao mundo do trabalho urbano. b) A presença de acessórios como chapéu e sombrinha aponta para a manutenção de elementos culturais de origem africana.

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c) O uso de sapatos é um importante elemento de diferenciação social entre negros libertos ou em melhores condições na ordem escravocrata. d) A utilização do paletó e do vestido demonstra a tentativa de assimilação de um estilo europeu como forma de distinção em relação aos brasileiros. e) A adoção de roupas próprias para o trabalho doméstico tinha como finalidade demarcar as fronteiras da exclusão social naquele contexto. Aula 05

REALISMO E NATURALISMO (1881-1893)

O Vagão de Terceira Classe Honoré Daumier.

Realismo e Naturalismo: séculos XIX Contexto histórico: a) na Europa

Segunda Revolução Industrial

Cientificismo: socialismo científico

Positivismo

Evolucionismo

Determinismo b) no Brasil

Consequências da Guerra do Paraguai

Libertação dos escravos

Fim da Monarquia e proclamação da República

Imigração Características:

Objetividade

Predomínio da razão

Observação, análise e denuncia dos males sociais

Criação do romance de análise (Realismo)

Aceitação de determinismos científicos (Naturalismo) Autores:

Realismo: Machado de Assis/Raul Pompéia

Naturalismo: Aluísio Azevedo/ Inglês de Sousa/ Júlio Ribeiro/Adolfo Caminha /Domingos Olímpio

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"Arrufos", de Belmiro de Almeida, 1887. Contexto Histórico

A Europa, na segunda metade do século XIX, foi marcada por novos inventos (telefone, telégrafo, locomotiva a vapor), pela utilização de novas fontes de energia (petróleo, eletricidade) e pelas novas descobertas científicas, que explicaram ao homem o, até então inexplicável. No entanto, a acelerada industrialização, resultado da Segunda Revolução Industrial e do capitalismo, determinaram o aparecimento de uma nova classe, o proletariado, constituída por uma massa de trabalhadores miseráveis, sem direito a nenhuma vantagem trazida por esse progresso. Criticando o misticismo, a religião, o sentimentalismo e o subjetivismo, o homem passou a basear-se na observação e na experimentação para estudar os mais diversos fenômenos. Valeu-se para isso de algumas doutrinas: 1) Positivismo: filosofia de Augusto Comte, segundo a qual só importava o que podia ser medido e provado, isto é, todos os fenômenos deviam ser explicados pela ciência; 2) Evolucionismo: teoria de Charles Darwin, que colocava em xeque a origem divina do homem, defendida pela Igreja, e explica a evolução das espécies pelo processo de seleção natural, pela sobrevivência do mais forte e do mais apto, 3) Determinismo: teoria de Hipólito Taine que explicava a obra de arte como a consequência de três fatores: raça (hereditariedade), meio e momento histórico. Segundo ele, o homem era produto do meio em que vivia; 4) Socialismo científico: Engels e Karl Marx denunciaram a exploração do proletariado; 5) Experimentalismo: o médico Claude Bernard deu bases científicas à medicina (observação, investigação) e demonstrou a importância da Fisiologia no comportamento humano.

O Brasil viveu, nesse período, as consequências da Guerra do Paraguai, o movimento abolicionista e a perspectiva da República. O surto modernizador sustentado pela exportação cafeeira fez surgirem comerciantes e pequenos empresários que aderiram às novas ideias. A economia fortalecida exigia trabalho livre começaram, então, as primeiras imigrações. Essas transformações

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socioeconômicas apresentaram o fim da Monarquia: federalistas, abolicionistas e positivistas opunham-se à centralização do poder e lutavam pela República. Em 1888, a escravatura foi abolida e, em 1889, proclamada a República.

Almeida Júnior, Caipira picando fumo, 1893. Manifestações Artísticas “A pintura, arte essencialmente objetiva, consiste na representação das coisas reais existentes. A beleza não está no característico, mas na verdade”, afirmava o pintor francês Courbet. Antiburguês convicto, deu espaço em seus quadros aos trabalhadores, aos camponeses, retratando cenas da vida popular e cotidiana. A arquitetura e a escultura insurgem-se contra o academicismo. No Brasil o que se vê retratado é o cotidiano da burguesia: Arrufos de Belmiro de Almeida mostra a briga de um casal. Almeida aproxima-se de um realismo mais comprometido com as classes populares:

Mulheres Peneirando trigo, 1855, Courbet. LITERATURA Os escritores realistas e naturalistas, opondo-se aos românticos e impulsionados pela filosofia e a ciência da época, pretendia reproduzir integralmente

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o real. Antimonárquicos, antiburgueses e anticlericais, em sua maioria republicanos e até socialistas, ao sentimentalismo opunham o materialismo e o racionalismo; ao subjetivismo, o objetivismo; à fantasia e à imaginação, a observação do real; ao retorno ao passado, o comprometimento com o momento presente; ao nacionalismo, o universalismo. O romance realista, cujo maior representante é Machado de Assis, preocupou-se com a análise psicológica das personagens, em função da qual critica a sociedade. Trata-se de um romance documental, que pretende ser o retrato da época. Já o romance naturalista valorizou o coletivo, a análise social, entendendo o homem como um animal sujeito ao instinto, por isso a predileção temática pelas taras e desvios sexuais. Numa confrontação entre as duas estéticas, temos:

Realismo Interseção Naturalismo Análise psicológica Influenciados pelo

positivismo e determinismo

Análise social

Romance documental Anticlericais Antiburgueses Antimonárquicos Antirromânticos

Romance científico, experimental

Expressão indireta Retrato do real Expressão direta

EXERCÍCIOS

1- (UF-PR) Eça de Queirós, autor do realismo português, afirma: “O Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos - para nos conhecermos, para que saibamos que somos verdadeiros ou falsos, para condenar o que houver de mau na nossa sociedade.” Para realizar esta proposta literária, quais os recursos utilizados no discurso realista? Selecione-os na relação abaixo e depois assinale a alternativa que os contém: 1- Preocupação revolucionária, atitude de crítica e de combate; 2- Imaginação criadora; 3- Personagens frutos da observação; tipos concretos e vivos; 4- Linguagem natural, sem rebuscamento; 5- Preocupação com a mensagem que revela concepção materialista do homem; 6- Senso do mistério; 7- Retorno ao passado; 8- Determinismo biológico e social. a) 1, 2, 3, 5, 7, 8. b) 1, 3, 4, 5, 8. c) 2, 3, 4, 6, 7. d) 3, 4, 5, 6, 8. e) 2, 3, 4, 5, 8. 2- (ENEM 2009, questão 120)

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No decênio de 1870, Franklin Távora defendeu a tese de que no Brasil havia duas literaturas independentes dentro da mesma língua: uma do Norte e outra do Sul, regiões segundo ele muito diferentes por formação histórica, composição étnica, costumes, modismos linguísticos etc. Por isso, deu aos romances regionais que publicou o título geral de Literatura do Norte. Em nossos dias, um escritor gaúcho, Viana Moog, procurou mostrar com bastante engenho que no Brasil há, em verdade, literaturas setoriais diversas, refletindo as características locais. CANDIDO, A. A nova narrativa. A educação pela noite e outros ensaios. São Paulo: Ática, 2003. Com relação à valorização, no romance regionalista brasileiro, do homem e da paisagem de determinadas regiões nacionais, sabe-se que a) O romance do Sul do Brasil se caracteriza pela temática essencialmente urbana, colocando em relevo a formação do homem por meio da mescla de características locais e dos aspectos culturais trazidos de fora pela imigração europeia. b) José de Alencar, representante, sobretudo, do romance urbano, retrata a temática da urbanização das cidades brasileiras e das relações conflituosas entre as raças. c) O romance do Nordeste caracteriza-se pelo acentuado realismo no uso do vocabulário, pelo temário local, expressando a vida do homem em face da natureza agreste, e assume frequentemente o ponto de vista dos menos favorecidos. d) A literatura urbana brasileira, da qual um dos expoentes é Machado de Assis, põe em relevo a formação do homem brasileiro, o sincretismo religioso, as raízes africanas e indígenas que caracterizam o nosso povo. e) Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, Simões Lopes Neto e Jorge Amado são romancistas das décadas de 30 e 40 do século XX, cuja obra retrata a problemática do homem urbano em confronto com a modernização do país promovida pelo Estado Novo. 3- (ENEM- 2009, questão 130)

Nestes últimos anos, a situação mudou bastante e o Brasil, normalizado, já não nos parece tão mítico, no bem e no mal. Houve um mútuo reconhecimento entre os dois países de expressão portuguesa de um lado e do outro do Atlântico: o Brasil descobriu Portugal e Portugal, em um retorno das caravelas, voltou a descobrir o Brasil e a ser, por seu lado, colonizado por expressões linguísticas, as telenovelas, os romances, a poesia, a comida e as formas de tratamento brasileiros. O mesmo, embora em nível superficial, dele excluído o plano da língua, aconteceu com a Europa, que, depois da diáspora dos anos 70, depois da inserção na cultura da bossa-nova e da música popular brasileira, da problemática ecológica centrada na Amazônia, ou da problemática social emergente do fenômeno dos meninos de rua, e até do álibi ocultista dos romances de Paulo Coelho, continua todos os dias a descobrir, no bem e no mal, o novo Brasil. Se, no fim do século XIX, Sílvio Romero definia a literatura brasileira como manifestação de um país mestiço, será fácil para nós defini-la como expressão de um país polifônico: em que já não é determinante o eixo Rio-São Paulo, mas que, em cada região, desenvolve originalmente a

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sua unitária e particular tradição cultural. É esse, para nós, no início do século XXI, o novo estilo brasileiro.

STEGAGNO-PICCHIO, L. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004 (adaptado).

No texto, a autora mostra como o Brasil, ao longo de sua história, foi, aos poucos, construindo uma identidade cultural e literária relativamente autônoma frente à identidade europeia, em geral, e à portuguesa em particular. Sua análise pressupõe, de modo especial, o papel do patrimônio literário e linguístico, que favoreceu o surgimento daquilo que ela chama de “estilo brasileiro”. Diante desse pressuposto, e levando em consideração o texto e as diferentes etapas de consolidação da cultura brasileira, constata-se que a) O Brasil redescobriu a cultura portuguesa no século XIX, o que o fez assimilar novos gêneros artísticos e culturais, assim como usos originais do idioma, conforme ilustra o caso do escritor Machado de Assis. b) A Europa reconheceu a importância da língua portuguesa no mundo, a partir da projeção que poetas brasileiros ganharam naqueles países, a partir do século XX. c) Ocorre, no início do século XXI, promovido pela solidificação da cultura nacional, maior reconhecimento do Brasil por ele mesmo, tanto nos aspectos positivos quanto nos negativos. d) O Brasil continua sendo, como no século XIX, uma nação culturalmente mestiça, embora a expressão dominante seja aquela produzida no eixo Rio-São Paulo, em especial aquela ligada às telenovelas. e)O novo estilo cultural brasileiro se caracteriza por uma união bastante significativa entre as diversas matrizes culturais advindas das várias regiões do país, como se pode comprovar na obra de Paulo Coelho. 4- (ENEM- 2009, questão 134)

Nunca se falou e se preocupou tanto com o corpo como nos dias atuais. É comum ouvirmos anúncios de uma nova academia de ginástica, de uma nova forma de dieta, de uma nova técnica de autoconhecimento e outras práticas de saúde alternativa, em síntese, vivemos nos últimos anos a redescoberta do prazer, voltando nossas atenções ao nosso próprio corpo. Essa valorização do prazer individualizante se estrutura em um verdadeiro culto ao corpo, em analogia a uma religião, assistimos hoje ao surgimento de novo universo: a corpolatria.

CODO, W.; SENNE, W. O que é corpo(latria). Coleção Primeiros Passos. Brasiliense, 1985 (adaptado).

Sobre esse fenômeno do homem contemporâneo presente nas classes sociais brasileiras, principalmente, na classe média, a corpolatria a) É uma religião pelo avesso, por isso outra religião; inverteram-se os sinais, a busca da felicidade eterna antes carregava em si a destruição do prazer, hoje implica o seu culto. b) Criou outro ópio do povo, levando as pessoas a buscarem cada vez mais grupos igualitários de integração social.

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c) É uma tradução dos valores das sociedades subdesenvolvidas, mas em países considerados do primeiro mundo ela não consegue se manifestar porque a população tem melhor educação e senso crítico. d) Tem como um de seus dogmas o narcisismo, significando o “amar o próximo como se ama a si mesmo”. e) Existe desde a Idade Média, entretanto esse acontecimento se intensificou a partir da Revolução Industrial no século XIX e se estendeu até os nossos dias. 5- (ENEM- 2010, questão 21) Luiz Gama fez da lei e das letras suas armas na luta pela liberdade. Foi vendido ilegalmente como escravo pelo seu pai para cobrir dívidas de jogo. Sabendo ler e escrever, aos 18 anos de idade conseguiu provas de que havia nascido livre. Autodidata, advogado sem diploma, fez do direito o seu oficio e transformou-se, em pouco tempo, em proeminente advogado da causa abolicionista. AZEVEDO, E. O Orfeu de carapinha. In: Revista de História. Ano1, nº 3. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, jan. 2004 (adaptado). A conquista da liberdade pelos afro-brasileiros na segunda metade do séc. XIX foi resultado de importantes lutas sociais condicionadas historicamente. A biografia de Luiz da Gama exemplifica a a) Impossibilidade de ascensão social do negro forro em uma sociedade escravocrata, mesmo sendo alfabetizado. b) Extrema dificuldade de projeção dos intelectuais negros nesse contexto e a utilização do Direito como canal de luta pela liberdade. c) Rigidez de uma sociedade, assentada na escravidão, que inviabilizava os mecanismos de ascensão social. d) Possibilidade de ascensão social, viabilizada pelo apoio das elites dominantes, a um mestiço filho de pai português. e) Troca de favores entre um representante negro e a elite agrária escravista que outorgara o direito advocatício ao mesmo. 6- (ENEM- 2010, questão 100)

Na busca constante pela sua evolução, o ser humano vem alternando a sua maneira de pensar, de sentir e de criar. Nas últimas décadas do século XVIII e no início do século XIX, os artistas criaram obras em que predominam o equilíbrio e a simetria de formas e cores, imprimindo um estilo caracterizado pela imagem da respeitabilidade, da sobriedade, do concreto e do civismo. Esses artistas misturaram o passado ao presente, retratando os personagens da nobreza e da burguesia, além de cenas míticas e histórias cheias de vigor. RAZOUK, J. J. (Org.). Histórias reais e belas nas telas. Posigraf: 2003.

Atualmente, os artistas apropriam-se de desenhos, charges, grafismos e até ilustrações de livros para compor obras em que se misturam personagens de diferentes épocas, como na seguinte imagem: a)

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Romero Brito. “Gisele e Tom”. b)

Andy Warhol. “Michael Jackson”. c)

Funny Filez.“Monabean”. d)

Andy Warhol. “Marlyn Monroe”.

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e)

Pablo Picasso. “Retrato de Jaqueline Roque com as Mãos Cruzadas”. 7- (ENEM- 2011, questão 100) TEXTO I Onde está a honestidade? Você tem palacete reluzente Tem jóias e criados à vontade Sem ter nenhuma herança ou parente Só anda de automóvel na cidade E o povo pergunta com maldade: Onde está a honestidade? Onde está a honestidade? O seu dinheiro nasce de repente E embora não se saiba se é verdade Você acha nas ruas diariamente Anéis, dinheiro e felicidade... Vassoura dos salões da sociedade Que varre o que encontrar a sua frente Promove festivais de caridade Em nome de qualquer defunto ausente... ROSA, N. Disponível em: http://www.mpbnet.com.br. Acesso em: abr. 2010 TEXTO II

Um vulto da história da música popular brasileira, reconhecido nacionalmente, é Noel Rosa. Ele nasceu em 1910, no Rio de Janeiro; portanto, se estivesse vivo, estaria completando 100 anos. Mas faleceu aos 26 anos de idade, vítima de tuberculose, deixando um acervo de grande valor para o patrimônio cultural brasileiro. Muitas de suas letras representam a sociedade contemporânea, como se tivessem sido escritas no século XXI.

Disponível em: http://www.mpbnet.com.br. Acesso em: abr. 2010. Um texto pertencente ao patrimônio literário-cultural brasileiro é atualizável, na medida em que ele se refere a valores e situações de um povo. A atualidade da canção Onde está a honestidade?, de Noel Rosa, evidencia-se por meio a) da ironia, ao se referir ao enriquecimento de origem duvidosa de alguns.

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b) da crítica aos ricos que possuem joias, mas não têm herança. c) da maldade do povo a perguntar sobre a honestidade. d) do privilégio de alguns em clamar pela honestidade. e) da insistência em promover eventos beneficentes. 8- (ENEM- 2011, questão 119)

Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os brasileiros, se concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho de Porfirio, acompanhado pelo violão do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para que o sangue de toda aquela gente despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas. E seguiram-se outras notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já não eram dois instrumentos que soavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando, como cobras em uma floresta incendiada; eram ais convulsos, chorando em frenesi de amor: música feita de beijos e soluços gostosos; carícia de fera, carícia de doer, fazendo estalar de gozo.

AZEVEDO, A. O Cortiço. São Paulo. Ática, 1983 (adaptado) No romance O Cortiço (1890), de Aluízio Azevedo, as personagens são observadas como elementos coletivos caracterizados por condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na passagem transcrita, o confronto entre brasileiros e portugueses revela prevalência do elemento brasileiro, pois a) Destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas. b) Exalta a força do cenário natural brasileiro e considera o do português inexpressivo. c) Mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português. d) Destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses. e) Atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais. Aula 06 Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)

TIC é a abreviação de "Tecnologia da Informação e Comunicação". Pesquisando nas várias definições existentes em livros, textos, Internet, revistas, etc., podemos dizer que TIC é um conjunto de recursos tecnológicos que, se estiverem integrados entre si, podem proporcionar a automação e/ou a comunicação de vários tipos de processos existentes nos negócios, no ensino e na pesquisa científica, na área bancária e financeira, etc. Ou seja, são tecnologias usadas para reunir, distribuir e compartilhar informações, como exemplo: sites da Web, equipamentos de informática (hardware e software), telefonia, quiosques de informação e balcões de serviços automatizados.

Estamos presenciando, já há alguns anos, o uso intenso da Internet por todos os segmentos da sociedade e isto esta fazendo com que inúmeras áreas sofram mudanças radicais em termos como inovação, criatividade,

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produtividade e conhecimento, por exemplo, estão forçando a procura de novas formas para aplicações tradicionais da área financeira, bancária, educação, segurança, transportes, engenharia, comércio, etc.

Exercícios

1- (ENEM- 2009, questão 106) A partir da metade do século XX, ocorreu um conjunto de transformações econômicas e sociais cuja dimensão é difícil de ser mensurada: a chamada explosão da informação. Embora essa expressão tenha surgido no contexto da informação científica e tecnológica, seu significado, hoje, em um contexto mais geral, atinge proporções gigantescas.

Por estabelecerem novas formas de pensamento e mesmo de lógica, a informática e a Internet vêm gerando impactos sociais e culturais importantes. A disseminação do microcomputador e a expansão da Internet vêm acelerando o processo de globalização tanto no sentido do mercado quanto no sentido das trocas simbólicas possíveis entre sociedades e culturas diferentes, o que tem provocado e acelerado o fenômeno de hibridização amplamente caracterizado como próprio da pós modernidade.

FERNANDES, M. F.; PARÁ, T. A contribuição das novas tecnologias da informação na geração de conhecimento. Disponível em:

http://www.coep.ufrj.br. Acesso em: 11 ago. 2009 (adaptado). Considerando-se o novo contexto social e econômico aludido no texto apresentado, as novas tecnologias de informação e comunicação: a) Desempenham importante papel, porque sem elas não seria possível registrar os acontecimentos históricos. b) Facilitam os processos educacionais para ensino de tecnologia, mas não exercem influência nas ciências humanas. c) Limitam-se a dar suporte aos meios de comunicação, facilitando sobretudo os trabalhos jornalísticos. d) Contribuem para o desenvolvimento social, pois permitem o registro e a disseminação do conhecimento de forma mais democrática e interativa. e) Estão em estágio experimental, particularmente na educação, área em que ainda não demonstraram potencial produtivo.

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2- (ENEM- 2009, questão 105)

La Vie en Rose

ITURRUSGARAI, A. La Vie en Rose. Folha de S.Paulo,

11 ago. 2007.

Os quadrinhos exemplificam que as Histórias em Quadrinhos constituem um gênero textual a) Em que a imagem pouco contribui para facilitar a interpretação da mensagem contida no texto, como pode ser constatado no primeiro quadrinho.

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b) Cuja linguagem se caracteriza por ser rápida e clara, que facilita a compreensão, como se percebe na fala do segundo quadrinho: “</DIV> </SPAN> <BR CLEAR = ALL> < BR> <BR> <SCRIPT>”. c) Em que o uso de letras com espessuras diversas está ligado a sentimentos expressos pelos personagens, como pode ser percebido no último quadrinho. d) Que possui em seu texto escrito características próximas a uma conversação face a face, como pode ser percebido no segundo quadrinho. e) Que a localização casual dos balões nos quadrinhos expressa com clareza a sucessão cronológica da história, como pode ser percebido no segundo quadrinho. 3- (ENEM- 2009, questão 114)

Você sabia que as metrópoles são as grandes consumidoras dos

produtos feitos com recursos naturais da Amazônia? Você pode diminuir os impactos à floresta adquirindo produtos com selos de certificação. Eles são encontrados em itens que vão desde lápis e embalagens de papelão até móveis, cosméticos e materiais de construção. Para receber os selos esses produtos devem ser fabricados sob 10 princípios éticos, entre eles o respeito à legislação ambiental e aos direitos de povos indígenas e populações que vivem em nossas matas nativas.

Vida simples. Ed. 74, dez. 2008.

O texto e a imagem têm por finalidade induzir o leitor a uma mudança de comportamento a partir do (a) a) Consumo de produtos naturais provindos da Amazônia. b) Cuidado na hora de comprar produtos alimentícios. c) Verificação da existência do selo de padronização de produtos industriais. d) Certificação de que o produto foi fabricado de acordo com os princípios éticos. e) Verificação da garantia de tratamento dos recursos naturais utilizados em cada produto.

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4- (ENEM- 2010, questão 102)

MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE COMPUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS.

Campanha publicitária de loja de eletrônicos. Revista Época. N° 424, 03 jul. 2006.

Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas da linguagem, assumindo configurações específicas, formais de conteúdo. Considerando o contexto em que circula o texto publicitário, seu objetivo básico é a) Influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que visam à adesão ao consumo. b) Definir regras de comportamento social pautadas no combate ao consumo exagerado c) Defender a importância do conhecimento de informática pela população de baixo poder aquisitivo. d) Facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes sociais economicamente desfavorecidas. e) Questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a máquina, mesmo a mais moderna. 5- (ENEM- 2010, questão 119) A Internet que você faz

Uma pequena invenção, a Wikipédia, mudou o jeito de lidarmos com informações na rede. Trata-se de uma enciclopédia virtual colaborativa, que é feita e atualizada por qualquer internauta que tenha algo a contribuir. Em resumo: é como se você imprimisse uma nova página para a publicação desatualizada que encontrou na biblioteca.

Antigamente, quando precisávamos de alguma informação confiável, tínhamos a enciclopédia como fonte segura de pesquisa para trabalhos, estudos e pesquisa em geral. Contudo, a novidade trazida pela Wikipédia nos coloca em uma nova circunstância, em que não podemos confiar integralmente no que lemos.

Por ter como lema principal a escritura coletiva, seus textos trazem informações que podem ser editadas e reeditadas por pessoas do mundo inteiro. Ou seja, a relevância da informação não é determinada pela tradição cultural, como nas antigas enciclopédias, mas pela dinâmica da mídia. Assim, questiona-se a possibilidade de serem encontradas informações corretas entre sabotagens deliberadas e contribuições erradas. NÉO, A. et al. A Internet que você faz. In: Revista PENSE! Secretaria de Educação do Estado do Ceará. Ano 2, n°. 3, mar.-abr. 2010 (adaptado). As novas Tecnologias de Informação e Comunicação, como a Wikipédia, têm trazido inovações que impactaram significativamente a sociedade. A respeito

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desse assunto, o texto apresentado mostra que a falta de confiança na veracidade dos conteúdos registrados na Wikipédia a) Acontece pelo fato de sua construção coletiva possibilitar a edição e reedição das informações por qualquer pessoa no mundo inteiro. b) Limita a disseminação do saber, apesar do crescente número de acessos ao site que a abriga, por falta de legitimidade. c) Ocorre pela facilidade de acesso à página, o que torna a informação vulnerável, ou seja, pela dinâmica da mídia. d) Ressalta a crescente busca das enciclopédias impressas para as pesquisas escolares. e) Revela o desconhecimento do usuário, impedindo-o de formar um juízo de valor sobre as informações. 6- (ENEM- 2010, questão 108) Texto I

Época. 12 out. 2009 (adaptado).

Texto II

CONEXÃO SEM FIO NO BRASIL Onde haverá cobertura de telefonia celular para baixar

publicações para o Kindle

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A capa da revista Época de 12 de outubro de 2009 traz um anúncio sobre o lançamento do livro digital no Brasil. Já o texto II traz informações referentes à abrangência de acessibilidade das tecnologias de comunicação e informação nas diferentes regiões do país. A partir da leitura dos dois textos, infere-se que o advento do livro digital no Brasil a) Possibilitará o acesso das diferentes regiões do país às informações antes restritas, uma vez que eliminará as distâncias, por meio da distribuição virtual. b) Criará a expectativa de viabilizar a democratização da leitura, porém, esbarra na insuficiência do acesso à internet por meio da telefonia celular, ainda deficiente no país. c) Fará com que os livros impressos tornem-se obsoletos, em razão da diminuição dos gastos com os produtos digitais gratuitamente distribuídos pela internet. d) Garantirá a democratização dos usos da tecnologia no país, levando em consideração as características de cada região no que se refere aos hábitos de leitura e acesso à informação. e) Impulsionará o crescimento da qualidade da leitura dos brasileiros, uma vez que as características do produto permitem que a leitura aconteça a despeito das adversidades geopolíticas. 7- (ENEM- 2011, questão 99)

A discussão sobre “o fim do livro de papel” com a chegada da mídia eletrônica me lembra a discussão idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. Os folhetos talvez não existam mais daqui a 100 ou 200 anos, mas, mesmo que isso aconteça, os poemas de Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuarão sendo publicados e lidos — em CD-ROM, em livro eletrônico, em “chips quânticos”, sei lá o quê. O texto é uma espécie de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos variados: página impressa, livro em Braille, folheto, “coffee-table book”, copia manuscrita arquivo PDF... Qualquer texto pode se reencarnar nesses (e em outros) formatos, não importa se é Moby Dick ou Viagem a São Saruê, se é Macbeth ou O livro de piadas de Casseta & Planeta. TAVARES, B. Disponível em: http://jornaldaparaiba.globo.com. Ao refletir sobre a possível extinção do livro impresso e o surgimento de outros suportes em via eletrônica, o cronista manifesta seu ponto de vista, defendendo que a) O cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo, que será extinto com o avanço da tecnologia. b) O livro impresso permanecerá como objeto cultural veiculador de impressões e de valores culturais. c) O surgimento da mídia eletrônica decretou o fim do prazer de se ler textos em livros e suportes impressos. d) Os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em novas tecnologias, mesmo que os livros desapareçam.

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e) Os livros impressos desaparecerão e, com eles, a possibilidade de se ler obras literárias dos mais diversos gêneros.

8- (ENEM 2011, questão 102)

Disponível em: www.ccsp.com.br. Acesso em: 26 jul. 2010 (adaptado).

O anúncio publicitário está intimamente ligado ao ideário de consumo

quando sua função é vender um produto. No texto apresentado, utilizam-se elementos linguísticos e extralinguísticos para divulgar a atração “Noites do Terror”, de um parque de diversões. O entendimento da propaganda requer do leitor a) A identificação com o público-alvo a que se destina o anúncio. b) A avaliação da imagem como uma sátira às atrações de terror. c) A atenção para a imagem da parte do corpo humano selecionada aleatoriamente. d) O reconhecimento do intertexto entre a publicidade e um dito popular. e) A percepção do sentido literal da expressão “Noites do Terror”, equivalente à expressão “Noites de Terror”. 9- (ENEM- 2011, questão 103)

O hipertexto refere-se à escritura eletrônica não sequencial e não linear, que se bifurca e permite ao leitor o acesso a um número praticamente ilimitado de outros textos a partir de escolhas locais e sucessivas, em tempo real. Assim, o leitor tem condições de definir interativamente o fluxo de sua leitura a partir de assuntos tratados no texto sem se prender a uma sequência fixa ou tópicos estabelecidos por um autor. Trata-se de uma forma de estruturação textual que faz do leitor simultaneamente coautor do texto final. O hipertexto se caracteriza, pois, como um processo de escritura/leitura eletrônica multilinearizado, multisequencial e indeterminado, realizado em um novo espaço de escrita. Assim, ao permitir vários níveis de tratamento de um tema, o hipertexto oferece a possibilidade de múltiplos graus de profundidade simultaneamente, já que não tem sequência definida, mas liga textos não necessariamente correlacionados. MARCUSCHI, L. A. Disponível em: htt://www,pucsp.br.Acesso em: 29 de jun. 2011.

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O computador mudou nossa maneira de ler e escrever, e o hipertexto pode ser considerado como um novo espaço de escrita de leitura. Definido como um conjunto de blocos autônomos de texto, apresentado em meio eletrônico computadorizado e no qual há remissões associando entre si diversos elementos, o hipertexto a) É uma estratégia que, ao possibilitar caminhos totalmente abertos, desfavorece o leitor, ao confundir os conceitos cristalizados tradicionalmente. b) É uma forma artificial de produção da escrita, que, ao desviar o foco da leitura, pode ter como consequência o menosprezo pela escrita tradicional. c) Exige do leitor um maior grau de conhecimentos prévios, por isso deve ser evitado pelos estudantes nas suas pesquisas escolares. d) Facilita a pesquisa, pois proporciona uma informação específica, segura e verdadeira, em qualquer site de busca ou blog oferecidos na internet. e) Possibilita ao leitor a escolher seu próprio percurso de leitura, sem seguir sequência predeterminada, constituindo-se em atividade mais coletiva e colaborativa.

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Linguagens e tecnologias III Prof. Gabriel Teodoro Gomes Aula 1 – Cultura e linguagem Cultura: Cultura é o conjunto das criações do Homem que constituem um universo humano, ou superorgânico, acima do universo físico, ou inorgânico, e do universo biológico ou orgânico. (MATTOSO CÂMARA) Como se vê, cultura é todo o tipo de inter-relação entre homem e natureza. É a capacidade do homem de criar, fazer e manter alguma coisa. Tudo que perdura por muito tempo, acaba virando cultura. Cada peculiaridade ou similaridade de uma sociedade pode ser considerada cultura. Língua: Sistema de representação constituído por palavras e por regras que as combinam em frases que os indivíduos de uma comunidade linguística usam como principal meio de comunicação e de expressão, falado ou escrito. Linguagem: Qualquer meio sistemático de comunicar ideias ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais etc. Devemos sempre lembrar que a linguagem sofre mudanças a todo instante, pela capacidade que os humanos têm de se adaptarem. Para cada exemplo de impossibilidade de comunicação que temos, um acidente, por exemplo, são criadas novas formas de comunicação. Vide Braile, libras, ideogramas, etc.

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Aula 02 – Funções da linguagem Para entendermos com clareza as funções da linguagem, é bom primeiramente conhecermos as etapas da comunicação. Ao contrário do que muitos pensam, a comunicação não acontece somente quando falamos, estabelecemos um diálogo ou redigimos um texto, ela se faz presente em todos (ou quase todos) os momentos. Comunicamo-nos com nossos colegas de trabalho, com o livro que lemos, com a revista, com os documentos que manuseamos, através de nossos gestos, ações, até mesmo através de um beijo de “boa noite”. A comunicação confunde-se com a própria vida. Temos tanta consciência de que comunicamos como de que respiramos ou andamos. Somente percebemos a sua essencial impo (BORDENAVE, 1986. p.17-9). Função referencial: transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta. Em alguns textos é mais predominante essa função, como científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais.

Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico.

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Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!).

Função metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor explica um código usando o próprio código. Quando um poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo.

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Função fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa. Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”

Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de combinações dos signos linguísticos É presente em textos literários, publicitários e em letras de música.

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Leitura e produção Luxo de Elite. O vestibular é mais que um exame. Enquanto está no colégio, o aluno até pode ir mal numa prova, pois o que conta é a sua média anual. Com o Vestibular, não. Quem for mal sabe que só terá outra chance dali a um ano. Como se não bastasse, o teste resume os conhecimentos de uma vida inteira de estudos num único dia. Ou seja, os oito anos do primeiro grau e os três do segundo grau são aferidos num domingo, e qualquer dor de cabeça ou indisposição estomacal pode destroçar o desempenho. Só avança para a segunda fase das provas, as dos exames escritos, que ultrapassa a barreira dos testes de múltipla escolha. É um tipo de avaliação perversa em que a agilidade pode contar mais que o conhecimento. Um candidato que conhece todas as respostas, mas precisaria de quinze minutos a mais do que o tempo regulamentar para assiná-las, arrisca-se a perder a vaga para alguém com menos conhecimento, mas capaz de entender- se melhor com o relógio. O problema adquire contornos mais carregados quando se examina o papel da faculdade na expectativa profissional dos jovens. No início do século, universidade, no Brasil, era um luxo da elite. Em 1960, somente 1% da população possuía curso superior. Com a industrialização do país, esse perfil mudou. "A faculdade, hoje, é a tábua de salvação das famílias de classe média, que não conseguem acumular bens e precisam recompor seu patrimônio a cada geração", explica a socióloga Gisela Taschner, da Fundação Getúlio

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Vargas, de São Paulo. Atualmente, 8% dos brasileiros possuem diploma universitário. "A universidade é valorizada porque, no mundo de hoje, o capital do cidadão médio é sua escolaridade", completa Gisela. Assim, para as famílias que se equilibram com dificuldade entre a prestação da casa e a possibilidade de trocar de carro no final do ano, a faculdade dos filhos é o único patrimônio que se pode deixar. E para os filhos das famílias humildes, o diploma é uma das poucas esperanças de ascensão social. (Revista Veja, 17/11/97) 1 – Qual é o assunto do texto e o que justifica abordá-lo? 2 – Relacione o título do texto ao seu assunto 3 – Que causas são atribuídas ao problema discutido no texto? 4 – Qual é a posição do autor do texto em relação ao tema? Justifique. 5 – Monte uma estrutura de ideias sobre o texto, segundo o esquema a seguir: Tema principal - Introdução - Desenvolvimento - Conclusão - Opiniões – Para fazer o exercício, você terá que reler o texto e "desmontá-lo". Ao desconstruir a estrutura textual, passe-a para um quadro esquema, para que as ideias possam ser vistas e analisadas separadamente. Aula 3 – Níveis de linguagem e comunicação A língua é social, e por isso, também possui vários níveis. Quando se fala em nível, não significa que estamos medindo um nível mais alto e nem um mais baixo, querendo priorizar um ou deixar o outro de lado. Quando falamos em níveis de linguagem, estamos falando das diferentes situações que o falante pode presenciar, e esse assunto toma sua importância a partir do momento em que tomamos conta que devemos nos adequar às condições de fala e produção, sempre lembrando que tudo varia do contexto e do espaço geográfico o qual o falante está. Exemplos Estou preocupado. (norma culta) Uai, onde nós vamo pará? (linguagem regional) Tô preocupado. (língua popular)

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Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) Não emita parvorices (linguagem arcaica) Entre os diferentes níveis de linguagens, temos: Linguagem artificial Criada para facilitar a comunicação em determinada área, como as línguas artificiais (ESPERANTO), e a linguagem de computadores, por exemplo. Linguagem corporal Modo de comunicação feito por gestos Linguagem familiar Variação no ambiente doméstico Linguagem Conotativa Linguagem em que empregamos figuras de palavras, de pensamento, geralmente se observa um sentido diferente do que realmente a palavra significa. Linguagem Denotativa Linguagem em que utiliza suas palavras “ao pé da letra”, no sentido em que as encontramos no dicionário. Tipo de linguagem que facilita a comunicação clara e direta, como a que encontramos nos vestibulares. Linguagem simbólica Símbolos, desenhos ou equações matemáticas, por exemplo. Atenção “Toda mensagem tem uma finalidade: ela pode servir para transmitir um conteúdo intelectual, exprimir (ou ocultar) emoções e desejos, para hostilizar ou atrair pessoas, incentivar ou inibir contatos e ainda, bem simplesmente, para evitar o silêncio. Por isso se diz que uma mensagem tem muitas funções, muitos significados.”

Edward Lopes (Fundamentos da Linguística Contemporânea)

Exercícios de fixação: 01. O texto é uma propaganda de um adoçante que tem o seguinte mote: “Mude sua embalagem”. A estratégia que o autor utiliza para o convencimento

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do leitor baseia-se no emprego de recursos expressivos, verbais e não verbais, com vistas a

A) ridicularizar a forma física do possível cliente do produto anunciado, aconselhando-o a uma busca de mudanças estéticas. B) criticar o consumo excessivo de produtos industrializados por parte da população propondo a redução desse consumo. C) associar o vocábulo “açúcar” à imagem do corpo fora de forma, sugerindo a substituição desse produto pelo adoçante. D) relacionar a imagem do saco de açúcar a um corpo humano que não desenvolve atividades físicas, incentivando a prática esportiva. 02.

O argumento presente na charge consiste em uma metáfora relativa à teoria evolucionista e ao desenvolvimento tecnológico. Considerando o contexto apresentado, verifica-se que o impacto tecnológico pode ocasionar: A) O surgimento de um homem depende de um novo modelo tecnológico B) a mudança do homem em razão dos novos inventos que destroem sua realidade. C) a problemática social de grande exclusão digital a partir da interferência da máquina. D) o retrocesso do desenvolvimento do homem em face da criação de ferramentas como lança, máquina e computador.

A língua Portuguesa é uma língua muito rica e, por isso, há ocorrências de sinônimos para muitas palavras. Sinônimos são palavras diferentes, mas com um grau de significado parecido Ex:. Alegre e feliz

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Menina e garota Mesa e carteira Há neste texto algumas palavras marcadas em itálico. Procure substituí-las por seus sinônimos. Há certos usos consagrados na fala, e até mesmo na escrita, que, a depender do estrato social e do nível de escolaridade do falante, são, sem dúvida, previsíveis. Ocorrem até mesmo em falantes que dominam a variedade padrão, pois, na verdade, revelam tendências existentes na língua em seu processo de mudança que não podem ser bloqueadas em nome de um “ideal linguístico” que estaria representado pelas regras da gramática normativa. Usos como ter por haver em construções existenciais (Tem muitos livros na estante), o do pronome objeto na posição de sujeito (para mim fazer o trabalho), a não concordância com se (aluga-se casas) são indícios da existência, não de uma norma única, mas de uma pluralidade de normas, entendida, mais uma vez, norma como conjunto de hábitos linguísticos, sem implicar juízo de valor. Aula 4 – Coesão textual Fatores de coesão são aqueles que são conta da sequenciação superficial do texto, isto é, os mecanismos formais de uma língua que permitem estabelecer, entre os elementos linguísticos do texto, relações de sentido.

(MARCUSCHI, 1983)

A história da tribo Sapucaí, que traduziu para o idioma guarani os artefatos da era da computação que ganharam importância em sua vida, como mouse (que eles chamam de angojhá) e windows (oventã). Quando a internet chegou àquela comunidade, que abriga em torno de 400 guaranis, há quatro anos, por meio de um projeto do Comitê para Democratização da Informática (CDI), em parceria com a ONG Rede Povos da Floresta e com antena cedida pela Star One (da Embratel), Potty e sua aldeia logo vislumbraram as possibilidades de comunicação que a web traz. Ele conta que usam a rede, por enquanto, somente para preparação e envio de documentos, mas perceberam que ela pode ajudar na preservação da cultura indígena.

A apropriação da rede se deu de forma gradual, mas os guaranis já incorporaram a novidade tecnológica ao seu estilo de vida. A importância da internet e da computação para eles está expressa num caso de rara incorporação: a do vocabulário […] Exemplificando: Observe que a presença de pronomes como Ele, ela, aqueles, àquela, ali ou aqui, estão relacionados à inter-relação dos sujeitos ou das situações mencionadas num texto. É importante saber colocá-los de forma direta e clara, pois a identificação de um texto se dá, inicialmente pelas referências feitas a seus assuntos e ao que está relacionado com ele.

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Estabeleça as relações que têm os elementos em vermelho, com o conteúdo do texto: em sua vida chegou àquela comunidade Potty e sua aldeia Ele conta que ela pode ao seu estilo de vida Coesão frásica Presença dos elementos necessários para uma frase(Verbo, nomes, adjuntos e artigos). Coesão regencial Coesão que obedece a função dos verbos (Ex: verbo assistir, atender, ir,). Coesão entre frases Indica relações entre as frases, geralmente utilizamos pronomes ou então sinônimos. Coesão temporal Indica um certo padrão ao tempo verbal utilizado no texto, passado, presente ou futuro. Coesão referencial Neste tipo de coesão, um novo termo fará a referência a outro, já citado antes. Temos também os elementos que dão sequencia ao texto, reiteram algo e substituem expressões. Observe a estrutura das frases e vamos aplicar os conceitos Bons alunos são muitos, mas os que realmente têm vontade superam seus limites a cada momento. A esses alunos reservamos o direito de sempre saberem mais. Pois saber mais é o que continuará movendo-os para o sucesso.

Ser feliz é uma das maiores preocupações de nossa sociedade hoje. ___ se manifesta na cultura popular, em livros de autoajuda, terapias e palestras de motivação. Não é para menos. Há fortes evidências sobre os benefícios de ter mais emoções positivas, menos emoções negativas e de estar satisfeito com a vida - os 3 pilares da felicidade. ______, essa história também tem dois lados. Se for vivida em excesso, na hora errada e no lugar errado, a felicidade pode levar a resultados indesejados. E, inclusive, não ser saudável. É o que indicam estudos recentes. Níveis moderados de emoções positivas favorecem a criatividade,____ níveis altos não. Crianças altamente alegres estão associadas com o maior risco de mortalidade na idade adulta por ____ envolvimento em comportamentos arriscados. ____ porque uma pessoa muito feliz teria menos probabilidade de discernir as ameaças iminentes. Aqui,

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na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, fizemos uma pesquisa com 20 mil participantes saudáveis de 16 países. E encontramos os maiores níveis de bem-estar naqueles que tinham uma relação moderada entre emoções positivas e negativas em sua vida diária. ______ vimos que níveis moderados (não extremos) de sentimentos positivos estão ligados à redução de sintomas de depressão e ansiedade, _____ do aumento da satisfação pessoal. Observe as lacunas e preencha com o elemento coesivo de acordo com o contexto.

Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o risco de infarto, mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa que manter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas regularmente, já reduz, por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é importante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável.

As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido. A esse respeito, identifica- se, no fragmento, que A) A expressão “Além disso” marca uma sequenciação de ideias B) O Conectivo “Mas também” inicia uma oração que expressa ideia de contraste C)O termo “Também” exprime uma justificativa” D) O termo “fatores” retoma coesivamente “níveis de colesterol no sangue”

Aula 5– Coerência textual No nosso dia a dia, são comuns comentários do tipo “Isso não tem coerência”, “Esta atitude é incoerente”, etc. O que parece levar as pessoas a esse tipo de comentários é, possivelmente, o fato de perceberem que, por algum motivo, elas não conseguem entender uma determinada frase ou um texto. Pode-se dizer, por isso, que a coerência liga-se à compreensão, à possibilidade de interpretação do que se diz ou escreve. Tudo, seja uma frase, um texto, uma obra literária, uma conversa, um discurso político, uma canção, etc., precisa ter um sentido, precisa ter coerência.

(Apostila COC, 2009) Elementos de coerência mais usuais Prioridade, relevância: Em primeiro lugar, antes de mais nada, primeiramente, acima de tudo, precipuamente, mormente, principalmente, primordialmente, sobretudo. Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade) então, enfim, logo, depois, imediatamente, logo após, a princípio, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim,

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finalmente, agora, atualmente, hoje, frequentemente, constantemente, às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, enquanto isso e conjunções temporais em geral Semelhança, comparação, conformidade Igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, similarmente, semelhantemente, analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade, com, de acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista e as conjunções comparativas. Adição, continuação Além disso, (a)demais, outrossim, ainda mais, ainda por cima, por outro lado, também e as conjunções aditivas (e, nem, não, só, mas também...etc.). Dúvida Talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que. Certeza, ênfase Decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza. Surpresa, imprevisto Inesperadamente, inopinadamente, de súbito, imprevistamente, surpreendentemente Ilustração ou esclarecimento Por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber Propósito, intenção, finalidade Com o fim de, a fim de com o propósito de. Lugar, proximidade, distância Perto de, próximo a ou de, junto a ou de, dentro, fora, mais adiante, além, acolá, outros advérbios de lugar, algumas outras preposições e os pronomes demonstrativos. (Este, esse, aquele, aquela, etc.). Resumo, recapitulação, conclusão Em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto Causa e consequência Daí, por consequência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito, e as conjunções causais, conclusivas e explicativas. Contraste, oposição, restrição, ressalva

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Pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, menos e as conjunções adversativas e concessivas. Já que falamos de coerência, estabeleça a coerência estrutural desse texto e identifique a relação entre os elementos marcados no texto. “Ao menos que a água tenha uma importância central no planejamento do desenvolvimento, bilhões de pessoas, em sua maioria nos países em desenvolvimento, podem enfrentar uma redução de meios de subsistência e oportunidades de vida. Uma melhor governança da água é necessária, incluindo investimento em infraestrutura do setor público e privado”, alerta o comunicado da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). De acordo com o relatório, a infraestrutura de saneamento não acompanha o ritmo da população urbana, pois mais de 80% da água usada não é recolhida ou tratada e um bilhão de pessoas ainda não tem acesso à água limpa. “Temos muito a fazer antes que todas as pessoas tenham acesso à água e saneamento necessários para levar uma vida de dignidade e bem-estar”, observou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O documento estima que haverá até 2050 um aumento de 19% no uso de água na agricultura, que já consome 70% da água doce no mundo. Além disso, por conta do crescimento da demanda de água, países estão explorando suas reservas subterrâneas e as mudanças climáticas estão alterando os padrões de chuva, a umidade do solo e causam secas e tempestades. A estimativa é que em 2070, 44 milhões de pessoas serão afetadas pelas consequências das mudanças climáticas. O aumento da demanda por comida, a rápida urbanização e as mudanças climáticas ameaçam o abastecimento de água no mundo. Essa conclusão faz parte do novo relatório da ONU intitulado Administrando Água sob Risco e Incerteza, divulgado na segunda-feira, 12 de março, no Fórum Mundial sobre Água, em Marselha (França).

Aula 6– Tipo e gênero textual Para uma maior compreensão do problema da distinção entre gêneros e tipos textuais sem grande complicação técnica, trazemos a seguir uma definição que permite entender as diferenças com certa facilidade. Essa distinção é fundamental em todo o trabalho com a produção e a compreensão textual.

(MARCUSCHI, 2003) Em geral, os tipos textuais abrangem cerca de meia dúzia de categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção. Gênero textual: Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. Se os tipos textuais são apenas meia dúzia, os gêneros são inúmeros. Alguns exemplos de gêneros textuais seriam: telefonema, sermão,

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carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio, notícia jornalística, horóscopo, receita culinária, bula de remédio, lista de compras, cardápio de restaurante, instruções de uso, outdoor, inquérito policial, resenha, edital de concurso, piada, conversação espontânea, conferência, carta eletrônica, bate-papo por computador, aulas virtuais e assim por diante.

(MARCUSCHI, 20003) A escolha do tipo de texto não é completamente espontânea, pois leva em conta um conjunto de parâmetros essenciais, como quem está falando, para quem está falando, qual é a sua finalidade e qual é o assunto do texto.

(ZANELLA, Daniela Ap.)

É importante que saibamos ler diferenciados textos levando em conta seu perfil e função, pois a todo momento estamos em contato com algum meio de comunicação e, saber o tipo e o gênero ajudará a nortear a leitura e entender o que aquele texto está querendo nos dizer. No que tange à produção textual, é importante para que possamos direcionar nossa mensagem, ao escrever, a fim de expressar com clareza a mensagem a ser passada. Observamos que gêneros textuais novos estão sempre aparecendo, eles são inúmeros e, conhecê-los e dominá-los é aprimorar cada vez mais a nossa leitura.

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Todos esses exemplos que acabamos de ver fazem parte dos diversos discursos que temos. Reforçando, mais uma vez, que aprender gêneros textuais poderá nos ajudar a reconhecer os diferentes tipos de texto que estão em contato com nós durante todo momento. É importante que façamos a leitura dos gêneros em função da disposição em que ele se oferece, e de acordo com o contexto de comunicação.

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O anúncio publicitário está intimamente ligado ao ideário de consumo quando sua função é vender um produto. No texto apresentado, utilizam-se elementos linguísticos e extralinguísticos para divulgar a atração “Noites do Terror”, de um parque de diversões. O entendimento da propaganda requer ao leitor: A) A identificação com o público-alvo a que se destina o anúncio B) Um reconhecimento entre o intertexto e um dito popular C) A avaliação da imagem como uma sátira às atrações de terror. D) A percepção do sentido literal da expressão “noites do terror”, equivalente à expressão “noites de terror”

Os amigos são um dos principais indicadores de bem-estar na vida

social das pessoas. Da mesma forma que em outras áreas, a internet também inovou maneiras de vivenciar a amizade. Da leitura do infográfico, depreendem-se dois tipos de amizade virtual, a simétrica e assimétrica, ambas

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com seus prós e contras. Enquanto a primeira se baseia na relação de reciprocidade, a segunda: A) Reforça a configuração de laços mais profundos de amizade B) Parte do anonimato obrigatório para se difundir C) Facilita a interação entre as pessoas em virtude de interesses comuns D) Tem a responsabilidade de promover a proximidade física

O Adãozinho, meu cumpade, enquanto esperava pelo delegado, olhava para um quadro, a pintura de uma senhora. Ao entrar a autoridade e percebendo que o caboclo admirava tal figura, perguntou: “Que tal, gosta desse quadro? E o Adãozinho, com toda a sinceridade que Deus dá ao cabôco da roça: “Mas pelo amor de Deus, hein, Dotô! Que muié feia! Parece fiote de cruis-credo, parente do Deus-me-livre, mais horríver que briga de cego no escuro.” Ao que o delegado não teve como deixar de confessar, um pouco secamente: “É a minha mãe.” E o cabôco, em cima da bucha, não perde a linha: “Mais dotô, inté que é uma feiúra caprichada. Por suas características de forma, função e uso, o texto pertence ao gênero A) crônica, pela abordagem literária de fatos do cotidiano B) Anedota, pelo enredo e humor característicos C) Reportagem, pelo registro impessoal de situações reais D) relato, pela descrição minuciosa de fatos verídicos Proposta de redação – Abril Com base na leitura dos textos apresentados a seguir e na gravura abaixo, além dos conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação, elabore um texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema Os desafios da igualdade de gênero e dos direitos humanos na modernidade. Selecione, organize e relacione coerentemente os argumentos e exposições utilizados no seu texto.

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Gravura I Texto I Mulher pode ser apedrejada até a morte no Irã, alerta ativista à CNN Um ativista de direitos humanos iraniano alertou que Sakineh Mohammadie Ashtiani, mãe de dois filhos, pode ser apedrejada até a morte a qualquer momento segundo uma pena de morte imposta pelas autoridades do Irã, informa a rede Americana CNN. Ela foi considerada culpada por adultério em 2006. Apenas uma campanha internacional para pressionar o governo de Teerã poderia salvar sua vida, disse à CNN Mina Ahadi, chefe do Comitê Internacional contra o Apedrejamento e a Pena de Morte. "Legalmente está encerrado. Sakineh pode ser apedrejada a qualquer minuto." Ashtiani, 42, vai ser enterrada até o peito, segundo relatório da Anistia Internacional citando o código penal iraniano. As pedras que serão atiradas contra ela serão grandes o suficiente para causar dor, mas não tão grandes para matá-la imediatamente. Segundo o advogado de direitos humanos Mohammad Mostafaei, ela foi forçada a confessar o crime após 99 chibatadas, informa a CNN. Posteriormente, ela retirou a confissão e negou ter feito qualquer coisa errada. Ele acredita que a língua foi um obstáculo para sua cliente compreender o processo judicial, já que ela é descendente de azerbaijões e fala turco, não farsi. Texto II: STJ autoriza casal homossexual a adotar crianças no RS

Tribunal defendeu que as crianças fiquem com as mulheres com quem vivem há 8 anos Um casal de mulheres do Rio Grande do Sul ganhou na Justiça o direito de continuar a criar duas crianças, adotadas por uma das mulheres há cerca de oito anos. Por unanimidade, os ministros do STJ

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(Superior Tribunal de Justiça) recusaram um recurso da Promotoria gaúcha, que havia pedido a suspensão da adoção. Segundo o Tribunal, uma das mulheres adotou as duas crianças ainda bebês. Após a adoção, porém, sua companheira decidiu também adotá-las para que, com isso, as criança estivessem mais benefícios e garantias, como direito a pensão em caso de separação e plano de saúde, por exemplo. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul já havia decidido, em primeira instância, que o casal fosse responsável legalmente pelas crianças (o sexo e a idade das crianças não foram revelados). Entretanto, o Ministério Público do Estado recorreu da decisão. No recurso, a Promotoria alegou que em nenhum momento a legislação se refere a um casal homossexual, e defendeu que a adoção seja um direito apenas para casais heterossexuais. No recurso, a Promotoria alegou que em nenhum momento a legislação se refere a um casal homossexual, e defendeu que a adoção seja um direito apenas para casais Heterossexuais. Ao defender sua posição, o ministro Luís Felipe Salomão, relator do caso, argumentou que não há provas de que crianças criadas por casais homossexuais sejam prejudicadas. - Vários estudos estrangeiros afastam qualquer dano à crianças criadas por casal homoafetivo. Ele destacou ainda que, tanto a assistência social quanto o Ministério Público Federal, também recomendaram a adoção. Seguindo o voto do relator, os outros três ministros também decidiram por manter as crianças com as mulheres, argumentando que, nestes casos, deve prevalecer sempre o melhor interesse da criança.

Aula 6 – Figuras de linguagem As figuras de linguagem são, essencialmente, recursos do campo artístico, em especial da literatura. Permitem criatividade, originalidade e até a veiculação do exótico. Como, no entanto, o texto dissertativo constitui discussão, debate, defesa de pontos de vista sobre algum assunto, fazer uso da linguagem figurada é atitude de risco, principalmente em se tratando de redação de vestibular, texto no qual a clareza é requisito absolutamente indispensável e o emprego de alguma figura de linguagem geralmente exige interpretação. Seguem alguns exemplos dessas figuras que, apesar de não tão confiáveis ao se escrever um texto dissertativo-argumentativo, são essenciais para a interpretação de outras questões do vestibular do ENEM.

(Texto da postila COC modificado) Comparação: Aproximação de dois seres pela sua semelhança de forma que as características de um sejam atribuídas ao outro. Ex: Ela é linda como uma rosa Metáfora: A metáfora é o resultante de uma comparação mais elaborada, em que você não utiliza termos comparativos e realiza uma afirmação Ex: Ela é uma rosa (Parte-se da ideia de que a rosa falada é linda, e ela também, mas observe que não há comparação e sim, afirmação)

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Onomatopeia criação de uma palavra para imitar um som Ex: A língua do nhem "Havia uma velhinha / Que andava aborrecida / Pois dava a sua vida / Para falar com alguém. / E estava sempre em casa / A boa velhinha, / Resmungando sozinha: / Nhem-nhem-nhem-nhem-nhem..." (Cecília Meireles) Elipse omissão de um termo ou expressão facilmente subentendida. Casos mais comuns: a) pronome sujeito, gerando sujeito oculto ou implícito: iremos depois, compraríeis a casa? b) substantivo - a catedral, no lugar de a igreja catedral; Maracanã, no ligar de o estádio Maracanã c) preposição - estar bêbado, a camisa rota, as calças rasgadas, no lugar de: estar bêbado, com a camisa rota, com as calças rasgadas. d) conjunção - espero você me entenda, no lugar de: espero que você me entenda. Aliteração repetição de sons consonantais (consoantes). Ex: "(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas." (fragmento de Violões que choram. Cruz e Souza) Assonância repetição dos mesmos sons vocálicos. Ex: (A, O) - "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral." (Caetano Veloso) (E, O) - "O que o vago e incóngnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa) Zeugma omissão (elipse) de um termo que já apareceu antes. Se for verbo, pode necessitar adaptações de número e pessoa verbais. Utilizada, sobretudo, nas or. comparativas. Ex: Alguns estudam, outros não, por: alguns estudam, outros não estudam. / "O meu pai era paulista / Meu avô, pernambucano / O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô, baiano." (Chico Buarque) - omissão de era. Hipérbato alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração, ou das orações no período. São determinadas por ênfase e podem até gerar anacolutos. Ex: Morreu o presidente, por: O presidente morreu. Paranomásia o emprego de palavras parônimas (sons parecidos). Ex: "Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias" (Padre Antonio Vieira) Anástrofe anteposição, em expressões nominais, do termo regido de preposição ao termo regente. Ex: "Da morte o manto lutuoso vos cobre a todos.", por: O manto lutuoso da morte vos cobre a todos.

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Pleonasmo repetição de um termo já expresso, com objetivo de enfatizar a ideia. Ex: Vi com meus próprios olhos. "E rir meu riso e derramar meu pranto / Ao seu pesar ou seu contentamento." (Vinicius de Moraes), Ao pobre não lhe devo. Obs.: pleonasmo vicioso ou grosseiro - decorre da ignorância, perdendo o caráter enfático (hemorragia de sangue, descer para baixo) Assíndeto ausência de conectivos de ligação, assim atribui maior rapidez ao texto. Ocorre muito nas orações coordenadas. Ex: "Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios." Polissíndeto repetição de conectivos na ligação entre elementos da frase ou do período. Ex: O menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita, e maltrata. "E sob as ondas ritmadas / e sob as nuvens e os ventos / e sob as pontes e sob o sarcasmo / e sob a gosma e o vômito (...)" (Carlos Drummond de Andrade) Anacoluto termo solto na frase, quebrando a estruturação lógica. Normalmente, inicia-se uma determinada construção sintática e depois se opta por outra. Eu, parece-me que vou desmaiar. / Minha vida, tudo não passa de alguns anos sem importância (sujeito sem predicado) / Quem ama o feio, bonito lhe parece (alteraram-se as relações entre termos da oração) Anáfora repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases. Ex: "Olha a voz que me resta / Olha a veia que salta / Olha a gota que falta / Pro desfecho que falta / Por favor." (Chico Buarque) Silepse é a concordância com a idéia, e não com a palavra escrita. Existem três tipos: a) de gênero (masc x fem): São Paulo continua poluída (= a cidade de São Paulo). V. Sª é lisonjeiro b) de número (sing x pl): Os Sertões contra a Guerra de Canudos (= o livro de Euclides da Cunha). O casal não veio, estavam ocupados. c) de pessoa: Os brasileiros somos otimistas (3ª pessoa - os brasileiros, mas quem fala ou escreve também participa do processo verbal) Antecipação Antecipação de termo ou expressão, como recurso enfático. Ex.: Joana creio que veio aqui hoje. O tempo parece que vai piorar Metáfora Emprego de palavras fora do seu sentido normal, por analogia. É um tipo de comparação implícita, sem termo comparativo. Ex: A Amazônia é o pulmão do mundo. Encontrei a chave do problema. / "Veja bem, nosso caso / É uma porta entreaberta." (Luís Gonzaga Junior) Catacrese uso impróprio de uma palavra ou expressão, por esquecimento ou na ausência de termo específico.

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Ex.: Espalhar dinheiro (espalhar = separar palha) / "Distrai-se um deles a enterrar o dedo no tornozelo inchado." - O verbo enterrar era usado primitivamente para significar apenas colocar na terra. Obs1.: Modernamente, casos como pé de meia e boca de forno são considerados metáforas viciadas. Perderam valor estilístico e se formaram graças à semelhança de forma existente entre seres. Metonímia substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles associação de significado. Ex: Ler Jorge Amado (autor pela obra - livro) / Ir ao barbeiro (o possuidor pelo possuído, ou vice-versa - barbearia) / Bebi dois copos de leite (continente pelo conteúdo - leite) / Ser o Cristo da turma. (indivíduo pala classe - culpado) / Completou dez primaveras (parte pelo todo - anos) / O brasileiro é malandro (sing. pelo plural - brasileiros) / Brilham os cristais (matéria pela obra – copos). Antonomásia, perífrase substituição de um nome de pessoa ou lugar por outro ou por uma expressão que facilmente o identifique. Fusão entre nome e seu aposto. Ex: O mestre = Jesus Cristo, A cidade luz = Paris, O rei das selvas = o leão, Escritor Maldito = Lima Barreto Sinestesia interpenetração sensorial, fundindo-se dois sentidos ou mais (olfato, visão, audição, gustação e tato). Ex.: "Mais claro e fino do que as finas pratas / O som da tua voz deliciava ... / Na dolência velada das sonatas / Como um perfume a tudo perfumava. / Era um som feito luz, eram volatas / Em lânguida espiral que iluminava / Brancas sonoridades de cascatas ... / Tanta harmonia melancolizava." (Cruz e Souza) Anadiplose é a repetição de palavra ou expressão de fim de um membro de frase no começo de outro membro de frase. Ex: "Todo pranto é um comentário. Um comentário que amargamente condena os motivos dados." Antítese aproximação de termos ou frases que se opõem pelo sentido. Ex: "Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios" (Vinicius de Moraes) Obs.: Paradoxo - idEias contraditórias num só pensamento, proposição de Rocha Lima ("dor que desatina sem doer" Camões) Eufemismo consiste em "suavizar" alguma ideia desagradável Ex: Ele enriqueceu por meios ilícitos. (roubou), Você não foi feliz nos exames. (foi reprovado) Hipérbole exagero de uma ideia com finalidade expressiva Ex: Estou morrendo de sede (com muita sede), Ela é louca pelos filhos (gosta muito dos filhos) Ironia utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor irônico. Ex: O ministro foi sutil como uma jamanta.

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Gradação apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax) Ex: "Nada fazes, nada tramas, nada pensas que eu não saiba, que eu não veja, que eu não conheça perfeitamente." Prosopopeia, personificação, animismo é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados. Ex: "A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel ..." (Jõao Bosco / Aldir Blanc) Gradação apresentação de idEias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax) Ex: "Nada fazes, nada tramas, nada pensas que eu não saiba, que eu não veja, que eu não conheça perfeitamente." Exercícios 1) (UFPB) Um dia, o Simão me chamou: – “Vem ver. Olha ali”. Era uma mulher, atarracada, descalçada, que subia o caminho do morro. (Diante do Sanatorinho havia um morro. Os doentes em bom estado podiam ir até lá em cima, pela manhã e à tarde.) Lembro-me de que, de repente, a mulher parou e acenou para o Sanatorinho. Não sei quantas janelas retribuíram. E o curioso é que, desde o primeiro momento, Simão saltou: – “É minha! Vi primeiro!”. Uns oitenta doentes tinham visto, ao mesmo tempo. Maso Simão era um assassino. Como ele próprio dizia, sem ódio, quase com ternura, “matei um”. E o crime pretérito intimidava os demais. Constava que trouxera, na mala, com a escova de dentes, as chinelas, um revólver. Naquela mesma tarde, foi para a cerca, esperar a volta da fulana. E conversaram na porteira. Simão voltou, desatinado. Conversara a fulana. Queria um encontro, na manhã seguinte, no alto do morro. Na manhã seguinte, foi o primeiro a acordar. (…) Havia uma tosse da madrugada e uma tosse da manhã. Eu me lembro daquele dia. Nunca se tossiu tanto. Sujeitos se torciam e retorciam asfixiados. E, súbito, a tosse parou. Todo o Sanatorinho sabia que, no alto do morro, o Simão ia ver a tal mulher do riso desdentado. E justamente ela estava subindo a ladeira. Como na véspera, deu adeus; e todas as janelas e varandas retribuíram. Uma hora depois, volta o Simão. Foi cercado, envolvido: – “Que tal?”. Tinha uma luz forte no olhar: – “Tem amanhã outra vez”. A outra não prometera nada. Ia ver, ia ver. Simão estava possesso: – “Dez anos!”, e repetia, quase chorando: – “Dez anos não são dez dias!”. Campos do Jordão estava cheio de casos parecidos. Nada mais cruel do que a cronicidade de certas formas de tuberculose. Eu conheci vários que haviam completado, lá na montanha, um quarto de século. E o próprio Simão falava dos dez anos como se fosse esta a idade do seu desejo. Durante todo o dia, ele quase não saiu da cama: – sonhava. Às seis, seis e pouco, um médico entra na enfermaria. Falou pra todos: – “Vocês não se metam com essa mulher que anda por aí, uma baixa. Passou, hoje de manhã, subiu a ladeira. É leprosa”. Ninguém disse nada. O próprio Simão ficou, no seu canto, uns dez minutos, quieto. Depois, levantou-se. No meio da enfermaria,

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como se desafiasse os outros, disse duas vezes: – “Eu não me arrependo, eu não me arrependo”.

(RODRIGUES, Nelson. A menina sem estrela. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 132-3.)

Localize, pelo menos, três tipos de figuras de linguagem presentes no texto. “E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, e entretendo para todos, no toldo…” tem-se exemplo de a) eufemismo b) antítese c) aliteração d) silepse e) sinestesia – (UFPE) Nos enunciados abaixo, a palavra destacada NÃO tem sentido conotativo em: a) A comissão técnica está dissolvida. Do goleiro ao ponta-esquerda. b) Indispensável à boa forma, o exercício físico detona músculos e ossos, se mal praticado. c) O melhor tenista brasileiro perde o jogo, a cabeça e o prestígio em Roland Garros. d) Sob a mira da Justiça, os sorteios via 0900 engordam o caixa das principais emissoras. e) Alta nos juros atropela sonhos da classe média. (FUVEST) A catacrese, figura que se observa na frase “Montou o cavalo no burro bravo”, ocorre em: a) Os tempos mudaram, no devagar depressa do tempo. b) Última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo esplendor e sepultura. c) Apressadamente, todos embarcaram no trem. d) Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal. e) Amanheceu, a luz tem cheiro. Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão. - Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a referida figura de retórica é: a) “Dos dois contemplo rigor e fixidez. Passado e sentimento me contemplam” (p. 91). b) “De sol e lua De fogo e vento Te enlaço” (p. 101). c) “Areia, vou sorvendo A água do teu rio” (p. 93).

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d) “Ritualiza a matança de quem só te deu vida. E me deixa viver nessa que morre” (p. 62). e) “O bisturi e o verso. Dois instrumentos Entre as minhas mãos” (p. 95).

Aula 7 - O uso das conjunções como recurso coesivo

Crônica do Amor – Arnaldo Jabor Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock, e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra o armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor? Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa. O que você achou em comum entre as palavras em negrito? E quais suas funções no texto?

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Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. CLASSIFICAÇÃO: - Conjunções Coordenativas - Conjunções Subordinativas Dividem-se em: ADITIVAS expressam a ideia de adição, soma. Ex:. - Ela foi ao cinema e ao teatro. - Minha amiga é dona-de-casa e professora. - Eu reuni a família e preparei uma surpresa.

Ele não só emprestou o joguinho como também me ensinou a jogar.

Principais conjunções aditivas: e, nem, não só…mas também, não só…como também. CONJUNÇÕES COORDENATIVAS ADVERSATIVAS Expressam ideias contrárias, de oposição, de compensação. Exemplos: - Tentei chegar na hora, porém me atrasei. - Ela trabalha muito mas ganha pouco. - Não ganhei o prêmio, no entanto dei o melhor de mim. - Não vi meu sobrinho crescer, no entanto está um homem. Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto. ALTERNATIVAS Expressam ideia de alternância. - Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. - Minha cachorra ora late ora dorme. - Vou ao cinema quer faça sol quer chova. Principais conjunções alternativas: Ou…ou, ora…ora, quer…quer, já…já. CONCLUSIVAS Servem para dar conclusões às orações. Exemplos: - Estudei muito por isso mereço passar. - Estava preparada para a prova, portanto não fiquei nervosa. - Você me ajudou muito; terá, pois sempre a minha gratidão. Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.

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EXPLICATIVAS Explicam, dão um motivo ou razão: - É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora. - Não demore, que o seu programa favorito vai começar. Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. CAUSAIS Dão ideia de causa ou consequência. - Não pude comprar o CD porque estava em falta. - Ele não fez o trabalho porque não tem livro. - Como não sabe dirigir, vendeu o carro que ganhou no sorteio. Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como Exemplos: COMPARATIVAS - Ela fala mais que um papagaio. Principais conjunções comparativas: que, do que, tão…como, mais…do que, menos…do que. CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS CONCESSIVAS Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que. - Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada) - Apesar de ter chovido fui ao cinema. CONFORMATIVAS Principais conjunções conformativas: como, segundo, conforme, consoante - Cada um colhe conforme semeia. - Segundo me disseram a casa é esta. Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade. CONSECUTIVAS Expressam uma ideia de consequência. Principais conjunções consecutivas: que ( após “tal”, “tanto”, “tão”, “tamanho”).

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- Falou tanto que ficou rouco. - Estava tão feliz que desmaiou. FINAIS Expressam ideia de finalidade, objetivo. - Todos trabalham para que possam sobreviver. - Viemos aqui para que vocês ficassem felizes. Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (=para que) PROPORCIONAIS Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que. - À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. - Quanto mais ela estudava, mais feliz seus pais ficavam. TEMPORAIS Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que. - Quando eu sair, vou passar na locadora. - Chegamos em casa assim que começou a chover. - Mal chegamos e a chuva desabou. Obs: Mal é conjunção subordinativa temporal quando equivale a “logo que”. conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chama-se locução conjuntiva. Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que.

Aula 8– Denotação, conotação e polissemia Denotação: Palavra que usamos em seu sentido literal, ou seja, como a encontramos no dicionário. Portanto, são palavras com significado restrito. Conotação: Mais usada para dar sentidos que fogem à significação comum do que está no dicionário. Faz parte de linguagem expressiva, em que o significado é amplo. Polissemia: Como todos nós sabemos, a fala tem uma grande importância no sentido da língua e, às vezes, no cotidiano, temos o costume de usar a mesma palavra para sentidos diferentes. Polissemia é a assimilação de um novo sentido para uma palavra, ampliando seu campo semântico. A importância de saber sobre polissemia é, justamente, a ampliação da leitura. A leitura polissêmica vai além do campo literal.

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Leia com atenção o texto [Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos ― peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola ― mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?)

(Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, no 3, 78.) O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto a) ao vocabulário b) à derivação c) à pronúncia

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d) ao gênero e) à sintaxe A figura abaixo é parte de uma campanha publicitária.

Essa campanha publicitária relaciona-se diretamente com a seguinte afirmativa: a) O comércio ilícito da fauna silvestre, atividade de grande impacto, é uma ameaça para a biodiversidade Nacional. b) A manutenção do mico-leão-dourado em jaula é a medida que garante a preservação dessa espécie animal. c) O Brasil, primeiro país a eliminar o tráfico do mico-leão-dourado, garantiu a preservação dessa espécie. d) O aumento da biodiversidade em outros países depende do comércio ilegal da fauna silvestre brasileira. e) O tráfico de animais silvestres é benéfico para a preservação das espécies, pois garante-lhes a sobrevivência. Antigamente Acontecia o indivíduo apanhar constipação; ficando perrengue, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à botica para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era a phtísica, feia era o gálico. Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os meninos, lombrigas (…)

Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar, p. 1.184.

O texto acima está escrito em linguagem de uma época passada. Observe uma outra versão, em linguagem atual. Antigamente Acontecia o indivíduo apanhar um resfriado; ficando mal, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à farmácia para aviar a receita, de cápsulas ou

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pílulas fedorentas. Doença nefasta era a tuberculose, feia era a sífilis. Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os meninos, vermes (...) Comparando-se esses dois textos, verifica-se que, na segunda versão, houve mudanças relativas a a) vocabulário. b) construções sintáticas. c) pontuação. d) fonética. e) regência verbal. Proposta de redação – Maio Texto I Mentira é doença, problema moral, necessidade ou brincadeira? Em fevereiro de 2009, o mundo ficou espantado com a violência sofrida por uma advogada brasileira em Dübendorf, cidade da Suíça. Ela teria sido agredida e muito machucada por neonazistas, num ataque brutal de xenofobia (desconfiança, temor ou antipatia por estrangeiros). A jovem advogada teria, inclusive, sofrido um aborto de gêmeos, sendo encaminhada para o hospital em estado de choque. Até o presidente Lula declarou publicamente seu horror diante do acontecido. Poucos dias depois, contudo, o mundo inteiro se revoltou, ao descobrir que tudo era uma grande inverdade. Todos nós, certamente, conhecemos vários mentirosos. Por que eles existem? O que é, afinal, a mentira: doença, problema moral, necessidade irresistível, brincadeira? Ou o ato de mentir é provocado por todas essas razões? ( TEXTO II) Prenda-me se for capaz Nem sempre a mentira tem perna curta. O filme de Steven Spielberg conta a história real de um mestre do disfarce, Frank Abagnale Jr. (personificado por Leonardo Di Caprio). Ele fez carreira, aproveitando suas habilidades de grande mentiroso. Mudou várias vezes de identidade e viveu a vida como quis, aplicando golpes milionários, até ser apanhado pela polícia. O impostor, o estelionatário, muitas vezes, é uma figura sedutora, mas isso não diminui a gravidade de seu crime. TEXTO III Primeiro de abril! "O hábito de brincar com essa data é universal. A origem das brincadeiras nesse dia é desconhecida, mas dizem que tudo começou no século 16, com a mudança para o calendário gregoriano, que trocou a comemoração do Ano Novo para 1º de janeiro (antes a data era móvel, variando de 25 de março a1º de abril). Quem continuava comemorando na antiga data era chamado de"bobo de abril". Na Inglaterra,quem "cai em 1º de abril" é chamado de noodle(pateta). Na França, de poissond'avril (peixe de abril); nos Estados Unidos,de april fool (bobo de abril)."Omitôma no ou mentiroso patológico Mitômano (...) é a pessoa

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manipuladora e autocentrada que inventa histórias continuamente para conseguir o que quer, com pouca consideração ou respeito pelos interesses dos outros. (...) A causa pode ser mecanismo de defesa ou autoafirmação desenvolvido na primeira infância, associada a alguma desordem mental, caso das personalidades narcísicas ou histriônicas.

[Quando mentir é um problema, reportagem da revista "Época", 19/2/09] TEXTO IV Escritores e a mentira "A mentira é, muita vez, tão involuntária como a transpiração." Machado de Assis "A principal mentira é aquela que contamos a nós mesmos". Nietzsche "Somente as mulheres e os médicos sabem o quanto a mentira é benéfica aos homens." Anatole France "A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer." Mario Quintana "Uma mentira dá uma volta ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir". Winston Churchill Elabore um texto dissertativo-argumentativo, de acordo com os parâmetros do Enem, sobre o tema: “Mentira é doença, problema moral, necessidade ou brincadeira?”

Elaboração da Proposta Profa. Dra. Márcia Lígia Guidin

Exercício complementar Preencha as lacunas com um dos termos entre parênteses 1. Em tempos de crise, é necessário.......................a despensa de alimentos. (sortir - surtir) 2. Os direitos de cidadania do rapaz foram....... ..................pelo governo. (caçados - cassados) 3. O..........................dos senadores é de oito anos. (mandado- mandato) 4. A Marechal Rondon estava coberta pela...............................(cerração - serração) 5. César não teve..........................de justiça. (censo - senso) 6. Todos os....................................haviam sido ocupados. (acentos - assentos) 7. Devemos uma......................quantia ao banco. (vultosa - vultuosa) Professor Gabriel Teodoro Gomes – Redação/Linguagens Curso pré-vestibular UNIFAL-MG 8. A próxima..............................começará atrasada. (seção - sessão) 9. ..................................-.se, mas havia hostilidade entre eles. (cumprimentaram - comprimentaram) 10. Na........................das avenidas, houve uma colisão. (intersecção - intercessão) 11. O.....................................no final do dia estava insuportável. (tráfego - tráfico) 12. O marido entrou vagarosamente e passou......... ............................. (despercebido - desapercebido)

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13. Não costume .......................................as leis. (infligir - infringir) 14. Após o bombardeio, o navio atingido............ .................. (emergiu imergiu) 15. Vários....................................japoneses chegaram a São Paulo nas primeiras décadas do século. (emigrantes - imigrantes) 16. Não há.......................................de raças naquele país. (discriminação - descriminação) 17. Após anos de luta, consegui a ........................... (dispensa - despensa) 18. A chegada do....................................... diplomata era........................ ( eminente - iminente). 19. O corpo..................................... era formado por doutores. (docente discente) 20. Houve alguns.......................................no Congresso. (acidentes - incidentes) Proposta redação – Junho Observe os fragmentos para uma maior apreensão do tema e respeite o tema proposto Texto I Duas declarações do presidente: FOLHA - Um dos papéis da imprensa é fiscalizar o poder. O sr. não está incomodado com a imprensa cumprindo o seu papel? LULA - Não incomoda. FOLHA - O sr. disse que tem azia quando lê jornais. LULA - Como presidente, nunca fico incomodado. Não acho que o papel da imprensa é fiscalizar. O papel é informar. FOLHA - A imprensa não tem de ser fiscal do poder? LULA - Para ser fiscal, tem o Tribunal de Contas da União, a Corregedoria- Geral da República, tem um monte de coisas. A imprensa tem de ser o grande órgão informador da opinião pública. Essa informação pode ser de elogios ao governo, de denúncias sobre o governo, de outros assuntos. A única que peço a Deus é que a imprensa informe da maneira mais isenta possível, e as posições políticas sejam colocadas nos editoriais. Imagem I

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Texto II Pesquisa do Instituto Análise revela que 91% dos brasileiros pensam que a imprensa ajuda a combater a corrupção ao divulgar escândalos que envolvem políticos e autoridades. Trata-se de uma grande maioria, que aumenta, passando para 97%, quando se pergunta se a imprensa tem o dever de investigar e divulgar esses problemas. Mas há quem pense que a imprensa vê as coisas por um prisma negativo, dando especial destaque aos aspectos ruins ou prejudiciais de certos fatos. É claro que nem só de denúncias pode viver o jornalismo, mas, de qualquer forma, ninguém se declara a favor da censura e todos concordam que a imprensa livre é fundamental para o funcionamento da democracia. O que você tem a dizer sobre esse tema? Qual é, a seu ver, o papel da imprensa numa sociedade democrática? Escreva um texto dissertativo-argumentativo segundo o tema “Qual é o papel da imprensa em uma sociedade democrática? Aula 9 – Um pouco sobre estilística Escrever é uma tarefa complicada para quem não tem a prática de transformar pensamentos em linhas escritas. Não é de um dia para outro que alguém se torna escritor e também não é função do professor formar artistas em sala de aula. Assim como resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos é uma das finalidades do ensino da Matemática, os conteúdos da disciplina de Língua Portuguesa devem possibilitar ao aluno analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio, desenvolvendo a capacidade de avaliação dos textos. Para isso, exige-se trabalhar a língua no cotidiano, entender as variações linguísticas e quando se deve fazer uso da linguagem em determinadas situações. A fim de praticar a escrita e a fala, leia as dicas abaixo, fornecidas pelo professor Gabriel Perissé ao Portal Terra. Elas podem ser uma grande ajuda para o vestibular, para os textos que você redige à namorada, ou para o atendimento telefônico no trabalho, por exemplo.

Professor Geraldo J. R. Liska

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ALIÁS O QUÊ? É comum que utilizemos a expressão "aliás" para exemplificar um raciocínio: "aliás, isso é o que eu dizia ontem..." Mas, na verdade, deve ser usada como palavra de retificação, no mesmo sentido que "ou antes" e "ou melhor": "o que eu dizia ontem, aliás, anteontem..." A METONÍMIA E O IBOPE Metonímia é uma figura de linguagem em que se usa uma palavra no lugar de outra, estando as duas estreitamente relacionadas. Quando eu digo que a novela está sem ibope trata-se de uma metonímia, porque ibope é a sigla do Instituto Brasileiro de Opinião Pública, e o que a novela não tem mesmo é audiência, cujo índice, aí sim, é calculado pelo ibope. A PALAVRA EXATA A consulta ao dicionário ajuda a perceber o sentido específico de cada palavra. Uma porta não fechada pode estar aberta, ou entreaberta, ou escancarada. Outro exemplo: enfadar- e, chatear-se e irritar-se são parecidos, mas não se igualam totalmente. ECOS ECOS ECOS Existe um vício de linguagem chamado eco. Consiste em fazer rimas involuntárias no texto em prosa, repetição fonética que soa muito mal: a flor tem odor e frescor; esqueci a carteira de identidade na faculdade da minha cidade; o doente frequentemente não sente o rosto quente. NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA É questionável o uso de termos estrangeiros entre nós, se podemos empregar palavras mais nossas. No lugar de delivery podemos usar entrega; no lugar de lobby, grupo de pressão; no lugar de diet, dietético; no lugar de follow-up, acompanhamento... Enfim, é uma questão de know-how! AH! AH-AH! AH... A interjeição Ah pode expressar vários sentimentos. Surpresa: Ah, você veio! Duplicada, pode expressar confirmação de uma previsão: Ah-ah, eu sabia que você não viria! E também decepção: Ah... se você tivesse vindo... APERTEM OS CINTOS! Para cada realidade concreta existe uma palavra adequada. Quando um avião desce no aeroporto, aterrissa ou aterriza. Quando o hidroavião pousa no mar, amerissa. E quando uma nave pousa na lua, alunissa ou aluniza. ABAIXO AS REDUNDÂNCIAS! As expressões redundantes são perda de tempo. Se alguém escreveu a sua própria autobiografia perdeu tempo, porque ninguém escreve a autobiografia de outra pessoa. E se alguém diz que não há outra alternativa, por que mencionar esta outra, uma vez que alternativa significa justamente outra opção?

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SE ACASO VOCÊ CHEGASSE... É certo escrever e falar se acaso você chegasse, que corresponde a se por acaso você chegasse. Já se caso é uma expressão inadmissível, uma vez que caso e se têm a mesma função. Ambos são conjunções condicionais. Portanto, ou digo e escrevo se você vier ou caso você venha. NOVAMENTE A REDUNDÂNCIA. DE NOVO? A redundância deve ser detectada e substituída por formas diretas de falar e escrever. É redundante dizer: Manteve-se a mesma quantia de dinheiro que recebo das mãos do meu cliente. É mais simples: Manteve-se a quantia que recebo do meu cliente. Exercício complementar Há mais de cem anos, quando foi lançado o telefone, houve alguma discussão quanto aos riscos sociais que essa nova tecnologia apresentava: o aumento da agressão sexual e o prejuízo às relações humanas. "Ia destruir a nossa sociedade", conta Megan Moreno, uma especialista em medicina para adolescentes da Universidade de Wisconsin, campus de Madison. "Os homens ligariam para as mulheres para fazer comentários lascivos, e as mulheres ficaria vulneráveis, e nunca mais teríamos conversas civilizadas novamente." Em outras palavras, o telefone provocou muitas das mesmas preocupações que mais recentemente têm sido expressas sobre as mídias sociais na internet. "Quando uma nova tecnologia tão importante aparece, há sempre essa reação inicial alarmista", diz Moreno. De fato, muitas das primeiras pesquisas - e muitos dos primeiros pronunciamentos – sobre as mídias sociais pareciam calculados para fazerem os pais temerem uma tecnologia emergente que muitos deles não entendem tão bem quanto seus filhos. Seja no que se refere ao "sexting", ao "bullying" virtual ou ao espectro da compulsão à internet, "boa parte da pesquisa em mídias sociais trabalha dentro daquilo que chamamos de paradigma do perigo", explica Michael Rich, pediatra que dirige o Centro para Mídia e Saúde Infantil no Hospital Infantil de Boston. Embora realmente haja riscos reais, e ainda que alguns adolescentes pareçam particularmente vulneráveis, os cientistas agora compreendem esse mundo de maneira mais matizada. Muitos deles começam a abordar as mídias sociais como uma parte integrante, ainda que arriscada, da adolescência, talvez não muito diferente das primeiras experiências ao volante, por exemplo. Os pesquisadores também têm contemplado o Facebook, o Twitter e outras redes em busca como oportunidades para identificar problemas, captar pedidos de ajuda e fornecer informação e apoio. Rich, que vê muitos adolescentes se debaterem com questões relativas à internet, ressalta a importância de evitar julgamentos generalizantes sobre os perigos de entrar na rede. "Não deveríamos ver as mídias sociais como simplesmente positivas ou negativas, mas como essencialmente neutras", ele afirma. "É o que fazemos com essas ferramentas que decide como elas nos afetam e como afetam quem está à nossa volta."cide como elas nos afetam e como afetam quem está à nossa volta." […]

DR. PERRI KLASS

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Faça um resumo do texto em 8 linhas, relacionando com a imagem apresentada.

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Linguagens e tecnologias III Língua Estrangeira Moderna – Espanhol Prof. Bruno Franciel da Silva AULA 1

Leitura e interpretação de textos em espanhol

O maior objetivo dos vestibulares não é avaliar se o aluno domina a língua estrangeira, mas sim se esse é capaz de ler e compreender a mensagem global do texto, isto é: o contexto principal a que o texto se refere. Para ler um texto em espanhol não é necessário traduzir todas as palavras e entender todos os detalhes. O importante é ter uma noção geral do assunto falado.

Partindo desse pressuposto, seguem algumas sugestões de estratégias a serem aplicadas de forma que venha facilitar o desempenho no processo de leitura de textos em espanhol. Dicas para ler um texto em espanhol:

Procurar saber sobre o assunto que irá ser falado tentando TRADUZIR O TÍTULO

Aliar seus conhecimentos sobre o assunto ao texto que será lido Se houver uma imagem, observe-a com atenção e colete todas as

informações que você possui a respeito da mesma. A imagem é uma dica muito útil para entender o texto

Fazer uma leitura Geral analisando as palavras conhecidas e destacar as palavras desconhecidas

Ler o texto novamente com atenção interligando as ideias e tentar decifrar o significado das palavras desconhecidas

Feito isso, será possível entender grande parte do texto mesmo não

conhecendo todas as palavras. Agora vamos ver se essas dicas funcionam mesmo na prática! Tente ler o pequeno texto a seguir utilizando dessas dicas.

Hija de la cantante Whitney Houston cree que escucha las palabras de

aliento de la madre

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La única hija de la cantante Whitney Houston, dijo que aún escucha las palabras de aliento de la madre y la hermana de la artista reveló un detalle sin precedentes del día en que fue encontrado muerto en un hotel de California. Bobbi Kristina Brown, de 19, le dijo a Oprah Winfrey que se está recuperando "la mejor manera posible" la muerte repentina de Whitney, fue encontrado muerto en la bañera de una habitación de hotel en Beverly Hills el 11 de febrero, a los 48 años. "Puedo escuchar su voz, ya sabes, y el espíritu me hablaba, me decía, ya sabes, 'seguir adelante, chica, estoy aquí, pensé que' ... Ella está siempre conmigo. Yo siempre lo siento", dijo la chica, que es la hija del cantante Bobby Brown. AULA 2

PALABRAS HETEROSSEMÂNTICAS

São palavras em espanhol muito semelhantes na grafia e na pronúncia destas em português, mas que possuem significados totalmente diferentes. São conhecidas como falsos amigos.

Acordar Lembrar Queimar Gravar

Alejado Distante, afastado

Pelo Cabelo

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Apelido Sobrenome Prender Acender

Salada Salgada Rojo Vermelho

Bolso Bolsa Oficina Escritorio

Borracha Bebada Extrañar Saudade

Borrar Apagar Inversion Investimento

Niño Criança Zurdo Canhoto

Cena Jantar Vaso copo

Carpeta Pasta Pelado careca

Fechar Colocar data Caprichoso Teimoso

Pelicula Filme Carro charrete

Flaco Magro Criatura Criança

Pelado Careca Transar Roubar

É muito importante ter conhecimento a respeito dos falsos amigos veja o texto abaixo e observe que, o entendimento de uma palavra de forma incorreta levou o dialogo pra um assunto totalmente inverso.

José és un brasileño de 40 años. Esta en la migra, solicitando la visa de permanencia en España. Acompaña la confusion que se produjo a lo largo de la encusta com la funcionaria Maribel. José: - A senhora me perdoe, mas eu não falo espanhol muito bem. A senhora pode me perguntar em espanhol mas eu vou responder em português. Maribel:- De acuerdo. Como se llamas usted? José: - Meu nome é José. Maribel: - Qual és su apellido? Jose:- Eu não tenho. Maribel: - Que raro! Bueno. Esta usted casado? Jose:- sim, señora. Maribel:- Ha traído usted a su mujer? Después de uma breve pause .... Jose: si señora, muchas veces AULA 3

ARTIGOS - ARTÍCULOS

São palavras variáveis que se antepõem ao substantivo ou a qualquer palavra /oração que tenha valor de substantivo, indicando-lhe o gênero e o número.

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Los terratenientes son dueños de grandes extensiones agrícolas. (Os fazendeiros são donos de grandes extensões agrícolas.) Unas mujeres hicieron los vestidos para la fiesta de Ana. (Umas mulheres fizeram os vestidos para a festa de Ana.)

Classificação dos artigos Definidos e Indefinidos (Definidos e Indefinidos) Assim como a língua portuguesa, a língua espanhola apresenta duas

formas de artigo, o definido e o indefinido, que indicam, respectivamente, que o substantivo se refere a algo já conhecido, determinado ou já mencionado, ou que o substantivo se refere a algo não conhecido ou não mencionado no texto.

Definidos Indefinidos

Masculino Singular El Masculino Singular

Un

Masculino Plural Los Masculino Plural Unos

Feminino Singular La Feminino Singular

Una

Feminino Plural Las Feminino Plural Unas

Exemplos:

Definidos Indefinidos

El auto (O carro) Los autos (os carros)

Un hombre (Um homem)

Los autos (Os carros) Unos hombres (Uns homens)

Las casas (As casas) Unas mujeres (Umas mulheres)

Casos Particulares

É obrigatório o uso de artigo determinado para informar as horas, dias da semana e datas.

Son las seis en punto. (São seis em ponto.) El resultado de los exámenes saldrá el lunes. (O resultado dos exames sairá segunda-feira.) Nascí el 19 de febrero de 1982.

1a) Diante dos números que indicam as horas se usa artigo e se omite a

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palavra horas: Son las siete.

(São sete horas.) 1b) Diante dos dias da semana se usa o artigo, sem preposição:

El domingo voy a la feria. (Domingo vou à feira.)

2) Diante de um nome de pessoa, país, região ou continente, não se usa o artigo, salvo quando estiver determinado por um adjetivo, oração relativa ou complemento.

España es un Estado de la Unión Europea. (Espanha é um Estado da União Europeia.)

La Italia del Norte es muy linda. (A Itália do Norte é muito linda.)

Exceções: La Habana, La Argentina, La India, Los Estados Unidos, El Japón, etc. 3) Diante das formas de tratamento, exceto Don.

El general San Martín vino cenar conmigo. (O general São Martín veio jantar comigo.) La señora Mercedes duerme mucho. (A senhora Mercedes dorme muito.) Don Ricardo es muy guapo. (Don Ricardo é muito bonito.)

4) Emprega-se el no lugar de la e un no lugar de una diante de um substantivo feminino singular iniciado por a ou por ha tônico para evitar cacofonia. el agua (a água) / el alma (a alma) un águila (uma águia) / un hada (uma fada) Quando o substantivo feminino estiver no plural, mantém-se a forma original: las aguas / las almas / las águilas / las hadas 5) Artigos não precedem adjetivos possessivos, mas precedem pronomes. Em português, para esse caso o uso do artigo é facultativo. Los mis libros. (errado) / Los míos. (correto)

Mi familia es enorme. (Minha família é enorme.) Me entregaron su periódico. (Entregaram-me seu jornal.)

AULA 4

O ARTIGO NEUTRO LO (EL ARTÍCULO NEUTRO LO)

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O artigo neutro lo, inexistente em língua portuguesa, é utilizado para substantivar adjetivos e advérbios.

Lo mejor de todo fue la fiesta. (mejor = melhor - adjetivo) (O melhor de tudo foi a festa.) La paz es lo más valioso sentimiento. (más = mais - advérbio) (A paz é o mais valioso sentimento.)

Cuidado! O artigo neutro LO é utilizado antes de adjetivo + preposição. Se depois do adjetivo não tiver preposição, usa-se o artigo definido masculino singular EL. Lo bonito en un partido es ver goles. (O bonito em uma partida é ver gols.) El bello coche de Pablo fue muy caro. (O belo carro de Pablo foi muito caro.)

Também se utiliza diante do pronome relativo que. Equivale a aquilo que,

o que. Lo que me encanta en ti es tu inteligencia. (O que me fascina em ti é a tua inteligência.)

¡Atención! Nunca coloque o artigo neutro "lo" na frente de substantivos masculinos. Substantivos masculinos aceitam somente o artigo el.

Contração do Artigo (Contracción del Artículo)

A língua espanhola possui apenas dois tipos de contração: al e del.AL: Preposição a + artigo el Voy al puerto. (Vou ao porto.) DEL: Preposição de + artigo el Vengo del puerto. (Venho do porto.)

AULA 5

PALAVRAS HOMÔNIMAS

São palavras com a mesma grafia que, ao mudarem de gênero, mudam também de significado. el cólera (doença) / la cólera (raiva) el guarda (cobrador de ônibus) / la guarda (tutela) el policía (agente) / la policía (administração)

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el mañana (futuro) / la mañana (parte do dia) ¡Ojo! Alguns nomes tem uma só forma para designar o masculino e o feminino, determinando o gênero pelo artigo que se emprega.

el/la periodista (jornalista) el/la turista (turista) el/la cantante (cantor/a) el/la atleta (atleta)

AULA 6 ADVÉRBIOS – ADVERBIOS

O advérbio é uma palavra que pode modificar um verbo, um adjetivo ou

a outro advérbio. É sempre invariável. Alguns, quando se referem ao substantivo, tomam caráter adjetivo. Os advérbios se dividem em: Advérbios de Tempo (Adverbios de Tiempo)

ahora (agora) mientras (enquanto)** luego (depois)

anteayer (anteontem) temprano (cedo) entonces (então)

ayer (ontem) mañana (manhã) entretanto (enquanto isso) **

anoche (ontem à noite) hoy (hoje) aún (ainda) *

pronto (em pouco tempo) aun (inclusive) * anteanoche (anteontem à noite)

después (depois) todavía (ainda) *

* todavía = aún (sinônimos) e diferente de aun. ** entretanto = mientras tanto (enquanto isso - sinônimos).

Advérbios de Modo (Adverbios de Modo)

apenas (apenas) como (como)

bien (bem) entonces (então)

mejor (melhor) inclusive (inclusive)

mal (pouco, insuficiente) sólo (somente) *

peor (pior) fácilmente (facilmente) **

así (assim)

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* sólo: somente / solo (adjetivo): sozinho ** e outros terminados em mente.

Advérbios de Lugar (Adverbios de Lugar)

abajo (abaixo) delante (diante)

alrededor (ao redor) detrás (atrás)

arriba (acima) ahí (aí) *

cerca (cerca, perto) allí (ali) *

lejos (longe) aquí (aqui) *

* aquí: indica o lugar onde se encontra a pessoa que fala. ahí: designa um lugar mais próximo que allí. allí: distante da pessoa que fala.

Advérbios de Quantidade (Adverbios de Cantidad)

casi (quase) poco (pouco)

mucho (muito) * muy (muito) *

más (mais) bastante (bastante)

menos (menos) además (além disso)

* o advérbio muy é usado diante de adjetivos e advérbios: muy fácil (muito fácil) muy lejos (muito longe) * o advérbio mucho é usado diante de substantivos e antes ou depois de verbos em qualquer forma: Tengo mucho trabajo. (Tenho muito trabalho) Él mucho ha viajado. (Ele muito viajou.) ¡Excepción! Diante dos adjetivos mejor, peor, mayor e menor, e dos advérbios más, menos, antes e después usamos o advérbio mucho. Advérbios de Afirmação (Adverbios de Afirmación)

ciertamente (certamente) sí (sim)

seguramente (com segurança) claro (claro)

Advérbios de Negação (Adverbios de Negación)

jamás (jamais) nunca (nunca)

no (não) tampoco (tampouco) *

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* Não existe a forma también no para negar. Para isso, usa-se o tampoco.

Advérbios de Dúvida (Adverbios de Duda)

acaso (caso/se) quizá (s) (talvez) *

probablemente (provavelmente) tal vez (talvez)

posiblemente (posivelmente)

* Quizá(s) se antepõe ao verbo. Quando a palavra siguinte começa por -s, se usa a forma quizá e nãoquizás. O verbo se conjuga no subjuntivo: Quizá salga. Advérbios de Ordem (Adverbios de Orden)

antes (antes) primeramente (primeiramente)

después (depois) sucesivamente (sucessivamente)

A formação em mente: Observe que o advérbio pode ser formado pelo acréscimo do sufixo mente ao adjetivo feminino. lenta - lentamente Quando o adjetivo possui acento, ele o conserva. fácil - fácilmente

AULA 7 PREPOSICIONES

As preposições são invariáveis e servem para unir termos de uma oração, estabelecendo uma relação, um nexo entre duas palavras - verbos, advérbios, pronomes, substantivos ou adjetivos. Uso y Significado de las Preposiciones

A Expressa direção, lugar, modo, finalidade, movimento e tempo. Precede o complemento indireto e também o direto (quando este se refere a pessoa, animal ou coisa personificada). Precede também infinitivos, artigos, substantivos, demonstrativos e possessivos.

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Vamos a Madrid. (Vamos a Madrid.) Está a la izquierda. (Está à esquerda.) Hecho a mano. (Feito a mão.) Llamamos a Rocío. (Chamamos Rocío.) Vamos a estudiar por la noche. (Vamos estudar à noite.)

BAJO Expressa dependência, situação inferior.

El trabajo lo hizo bajo presión. (Fiz o trabalho sob pressão.) Bajo su orientación. (Sob sua orientação.)

CON Expressa companhia, conteúdo, meio, instrumento ou maneira.

Salimos con Juan. (Saímos com Juan.) Una mesa con sillas. (Uma mesa com cadeiras.) Lo escribió con el bolígrafo. (O escreveu com a caneta.) Lo hizo con ganas. (O fiz com vontade.) Voy a viajar para Barcelona con Pablo o sin él. (Vou viajar para Barcelona com Pablo ou sem ele.)

CONTRA Denota limite, oposição, contrariedade. Compré los pantalones contra su voluntad. (Comprei as calças contra sua vontade.) DE Expressa qualidade, material, modo, movimento, origem, permanência, propriedade e tempo. María tiene un corazón de oro. (Maria tem um coração de ouro.)

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Falda de lienzo. (Saia de algodão.) Se sentó de espaldas. (Sentou-se de costas.) Vino de la escuela. (Veio da escola.)

Volvieron de Rio de Janeiro. (Voltaram do Rio de Janeiro.) Manta de lana. (Manta de lã.) Trabaja de lunes a sábado. (Trabalha de segunda à sábado.)

DESDE Indica um ponto de partida, procedência, distância, lugar, movimento e tempo. Vinimos desde la calle A hasta la calle B. (Viemos desde a rua A até a rua B.) Cuidado! Desde não deve ser usado com a preposição a, somente com a preposição hasta. De se usa com a preposição a. DURANTE Como preposição tem o significado de um determinado tempo ou época. ¿Viajaron durante sus vacaciones? (Viajaram durante suas férias?)

EN Expressa lugar, modo e tempo. Vivo en Argentina. (Vivo/moro em Argentina.) Cuéntamelo en secreto. (Conte-me em segredo.) Estamos en invierno. (Estamos no inverno.)

Antes dos dias da semana, de advérbios de tempo e

de alguns adjetivos se omite a preposição EN: El lunes. Voy a ir el próximo domingo. Como meio de transporte ou movimento, a preposição se usa diferente do português: Voy en avión; en coche; en moto, en ómnibus; en tren. ENTRE Situação no meio de duas coisas ou pessoas, dúvida, imprecisão, intervalo e participação em conjunto.

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Entre Pablo y María. (Entre Pablo e Maria.) Estábamos entre ir a la fiesta y no ir. (Estávamos entre ir na festa e não ir.) El color era entre rojo y naranja. (A cor era entre vermelho e laranja.) Nuestra clase es entre las siete y las ocho. (Nossa aula é entre as sete e as oito.) El trabajo lo hicieron entre todos. (Fizeram o trabalho entre todos.)

EXCEPTO Denota exclusão. Todos son estudiantes, excepto tú. (Todos são estudantes, exceto tu.) HACIA Expressa direção aproximada, movimento, proximidade e tempo vago. Viajaré hacia fines de junio. (Viajarei em meados do fim de junho.) Vamos hacia el sur de España.

(Vamos em direção ao/para o sul da Espanha.) Lo pondré mirando hacia arriba. (O coloquei olhando para cima.) HASTA Indica término de lugar, ação e limite de tempo. Comió hasta el mareo. (Comeu até o enjoo.) Llegaré hasta ahí muy pronto.

(Chegarei até aí muito rápido.) Saldrá hasta las siete. (Sairei até as sete.) Em alguns casos indica inclusão. Vino, hasta llegó temprano. (Veio, até chegou cedo.) PARA Expressa movimento, destino, finalidade e situação. Voy para São Paulo. (Vou para São Paulo.) Esto es para mi. (Isto é para mim.) POR Indica lugar, tempo vago, meio, modo e objetivo. É agente da voz passiva.

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La foto está por ahí. (A foto está por aí.) Martín llega por ahora. (Martín chega por agora.) Lo avisaré por teléfono. (O avisarei por telefone.) Lo hará por las buenas o por las malas. (O fará por bem ou por mal.) El trabajo lo hice por placer. (Fiz o trabalho por prazer.) Fue comprado por ella. (Foi comprado por ela.)

SALVO Indica exceção. Todos tus compañeros fueron, salvo Pablo y José. (Todos os teus companheiros foram, salvo Pablo e José.) SEGÚN Indica conformidade. Hazlo según te parezca mejor. (Faça-o segundo te pareça melhor.) SIN Indica falta, negação.

¿Está sin dinero? (Está sem dinheiro?) Estamos sin ganas de trabajar. (Estamos sem vontade de trabalhar.)

SOBRE Indica apoio, altura, proximidade e assunto. El libro está sobre la mesa. (O livro está sobre a mesa.) El helicóptero voló sobre mi casa. (O helicóptero voou sobre minha casa.) Hablamos sobre las chicas inteligentes. (Falamos sobre as meninas inteligentes.)

TRAS Indica posterioridad, situação definida. Tras una fuerte tormenta salió muy bello el sol. (Depois de uma forte tempestade, saiu muito bonito o sol.)

AULA 7 USO DO MUY Y MUCHO Muy e Mucho ambos tem o mesmo significado, que é muito. Mas como saber se devo usar muy ou mucho?

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Regras: MUY significa muito e é utilizado antes de adjetivo ou advérbio. Hoy ella esta muy hermosa Yo me sinto muy bien Adjetivo Advérbio MUCHO Usa-se mucho: Antes de substantivos no singular.

El tiene mucho miedo Ella tiene mucha prisa Substantivo singular Substantivo singular Depois de verbos

Yo corro mucho La mujer desconociada trabaja mucho Verbo Verbo

ATENCION! Se usa muy antes de ;

a) adjetivo: muy alto, muy fácill, muy malo etc. b) adverbios: muy bien, muy mal, muy tarde.

Mas existe algumas exceções;

a) Esses quatro adjetivos:mejor,peor, mayor, menor. Exemplos: mucho mejor, mucho peor, mucho menor.

b) Os quatro adverbios; más, menos, antes e después.

Exemplos:Mucho más, mucho menos, mucho antes, mucho después AULA 8 CONJUNCIONES

As conjunções são palavras que unem dois termos de uma mesma oração

ou duas orações. Estas orações podem estabelecer uma relação de coordenação, ou seja, uma está relacionada à outra, mas não há dependência entre elas, ou estabelecem relação de subordinação, ou seja, uma depende da outra para ter sentido completo. Classificacion de lãs conjunciones

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CONJUNCIONES COORDENADAS Copulativas

Unem termos ou orações que expressam ideias similares, estabelecendo uma relação de adição:

Ni rojo, ni morado; prefiero verde. (Nem vermelho, nem roxo; prefiro verde.) Tengo para desayunar pan y leche. (Tenho para o café da manhã pão e leite.) Quiero mi gaseosa con limón y hielo. (Quero meu refrigerante com limão e gelo.)

Cuidado! A conjunção y muda para e quando a palavra que segue começa por i, hi, seguida de consoante.

Este libro es facil e interesante. (Este livro é fácil e interessante.) Son padre e hijo. (São pai e filho.)

Disyuntivas Unem termos ou orações que expressam ideias opostas, estabelecendo relação de exclusão: Hay que tener dos o tres alumnos. (Tem que ter dois ou três alunos.) Cuidado! A conjunção o muda para u quando a palavra que segue começa por o, ho. ¿Son siete u ocho? (São sete ou oito?) ¿Tu perro es mujer u hombre? (Teu cachorro é mulher ou homem?) Quando a conjunção o aparece entre números, deve ser acentuada para não ser confundida com o número zero: 12 ó 15. Distributivas

Unem termos ou orações que expressam diferenças lógicas, temporais, espaciais ou de qualquer outro tipo: Bien para mí, bien para tu hermano, tendrás que contarlo todo. (bien... bien) (Bem para mim, bem para teu irmão, terás que contar tudo.) Ora por una cosa, ora por otra, nunca consigo estudiar. (ora... ora)

(Ora por uma coisa, ora por outra, nunca consigo estudar.) Ya en tren, ya en autobús, iremos igual. (ya... ya) (Seja de trem, seja de ônibus, iremos igual.) Uno para mí, otro para tí. (uno... otro) (Um para mim, outro para ti.)

Adversativas Unem termos ou orações que se contrapõem entre si:

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Me gustaría ir, pero no tengo dinero. (= mas) (Gostaria de ir, mas não tenho dinheiro.) No quiero té sino café solo. (mas sim) (Não quero chá, mas sim café preto.) No les gustan comer frutas sino manzanas. (exceto) (Não gostam de comer frutas, exceto maçãs.) Esta chica no hace otra cosa sino llorar. (a não ser) (Esta menina não faz outra coisa a não ser chorar.) Saldré esta mañana aunque llueva. (Sairé esta manhã mesmo que chova.)

Tenía muchos motivos para hacerlo hablar, sin embargo no lo hizo. (Tinha muitos motivos para fazê-lo falar, no entanto não o fiz.) Outras conjunções que designam ideias contrárias: excepto, no obstante, antes, antes bien, a pesar de,con todo, más bien, fuera de. AULA 9 CONJUNCIONES SUBORDINANTES Causales

Expressam casua, motivo da ação expressa pelo verbo da oração principal:

La fiesta será buena, ya que he invitado todos mis amigos. (A festa será boa, já que convidei todos os meus amigos.) Vamos sacar buenas notas en las pruebas porque estudiamos mucho. (Vamos tirar boas notas nas provas porque estudamos muito.)

Outras conjunções que designam causa: como, que, pues, puesto que, debido a que, etc. Finales

Expressam objetivo ou finalidade da ação expressa pelo verbo da oração principal: Lo haré a fin de que entiendas. (Farei isso a fim de que entendas.) Outras conjunções que designam finalidade: porque, para que, de modo que, etc. Temporales

Expressam diferentes matrizes do tempo em que ocorre a ação expressa pelo verbo da oração principal:

Mientras me baño, tu haces las tareas. (enquanto - simultaneidade) (Enquanto tomo banho, tu fazes as tarefas.) En cuanto lleguen los invitados, avísame. (tão logo, assim que) (Assim que chegarem os convidados, avisa-me.) Te llamaré apenas llegue a Madrid. (tão logo, assim que) (Te ligarei tão logo chegue em Madrid.)

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Cuando era niña, ¿te gustaba ir al cine? (Quando era menina, gostava de ir ao cinema?)

Consecutivas Expressam o efeito ou a consequência da ação expressa pela oração principal:

Tengo mucha hambre, conque comeré unas galletas. (portanto) (Tenho muita fome, portanto comerei umas bolachas.) No estudiaste lo suficiente, luego no tendrás buenas notas. (Não estudaste o suficiente, logo não terás boas notas.)

Tú eres la única persona que leyó el texto, así que eres quien lo puede explicar. (de modo que) (Tu és a única pessoa que leu o texto, de modo que és quem o pode explicar.) Concesivas

Expressam concessão ou ainda uma oposição à ideia expressa pelo verbo da oração principal: Aunque no lo merezcas, te ayudaré. (embora) (Embora não mereças, te ajudarei.) Outras conjunções que designam concessão: a pesar de que, y eso que, si bien, etc. Condicionales

Expressam condição necessária ou hipótese para que se realize a ação expressa pelo verbo da oração principal:

Como me extrañes mucho, te escribo. (Como sentes muito minha falta, te escrevo.) Si buscas la paz, la encontrarás. (Se buscas a paz, a encontrarás.)

Outras conjunções que designam condição: ya que, siempre que, con tal que. AULA 10 LECTURA Y COMPRENSIÓN DEL TEXTOS La sopa há convertido en la Cenicienta de la mesa. Antaño la sopa de pan y agua ra un castigo para los que no respetaban las leyes. La palabra tiene como origen el latín, pero es conocida en todos los lugares del mundo. Em Italia la hacen con legumbres y poroto; en los paises eslavos le ponen repollos, crema ácida y hasta remolacha; en el litoral de América preparan uma sopa en que le ponen mucho zapallo. La sopa francesa es sofisticada y se come en las fondas de mercados o en restaurantes de lujo. Las hay de cebolla, de pescado,

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ricamente sazonadas con ajo, ají para algunos, perejil y una pizca de orégano. En un día muy frío, nada mejor para reanimar que un bol de sopa de carne, pasta y la verdura de su preferencia. 01) Según el texto, la sopa de pan y agua: a) es una especialidad en algunos pueblos. b) ya servió para castigar a desorderos. c) es muy consumida en países como Italia. d) nunca fue bien acepta. e) hasta hoy es tomada como sinónimo de pobreza. 02) Indica la alternativa en que los dos vocablos pertenecen al mismo género, en español, que aquél subrayado en el 2º párrafo: a) legumbres – poroto b) repollos – crema c) remolacha – sopa d) hasta – mucho e) países – zapallo 03) El vocablo “Antaño” (párrafo) puede ser sustituido, sin alteración de sentido, por:a) antiguamente. b) ya. c) ahora. d) a menudo. e) hoy. 04) “(...) en el litoral de América, preparan una sopa en que le ponen mucho zapallo.” El pronombre en destaque rescata: a) litoral. b) América. c) litoral de América. d) sopa. e) zapallo. 05)Com as duas primeiras frases do texto, o autor quer dizer que a sopa: A)tem variedade para agradar a todos os paladares; B)é, mundialmente, o mais conhecido dos alimentos; C)passa facilmente de prato simples e pobre a sofisticado e rico; D)será sempre um prato preferido pela alta sociedade; E)passou da mais baixa à mais alta categoria culinária. 06).O texto apresenta contraste de idéias nas palavras: A)fondas / restaurantes B)pan / agua C)crema / remolacha D)zapallo / ají E)sofisticada / conocida AULA 11

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Leia o texto atentamente e escolha a alternativa adequada para cada uma das questões. .

CHINA ELIMINARÁ LA LEY QUE PROHÍBE TENER MÁS DE UN HIJO Jose Reinoso - Pekín - 01/03/2008

China eliminará gradualmente la política de hijo único (que fue puesta en marcha a finales de la década de 70 para mantener bajo la explosión demográfica), según Zhao Baige, viceministra de la Comisión Nacional de Población y Planificación Familiar. "Queremos cambiarla poco a poco. No puedo decir cuándo o de qué manera, pero éste se ha convertido en un tema clave entre quienes toman las decisiones en el Gobierno", ha declarado a la agencia Reuters. El país asiático sufre un serio problema de envejecimiento de la población y una creciente disparidad de género, que ha provocado la alarma entre los expertos. Se estima que, de seguir la tendencia actual, en 15 años puede haber 30 millones de hombres más que de mujeres en edad de formar una familia, lo que podría provocar migraciones, tráfico de mujeres e inestabilidad social. Las autoridades aseguran que los estrictos controles de natalidad han evitado más de 300 millones de nacimientos y han favorecido una elevación más rápida del nivel de vida del país. Sin embargo, sus detractores afirman que, además de violar las libertades del individuo, han desembocado en numerosos abortos y esterilizaciones forzadas, y el abandono de muchas niñas, dada la preferencia de las familias por los varones. En China, nacen 118 niños por cada 100 niñas, cuando el ratio normal en todo el mundo es entre 103 y 107 varones por cada 100 hembras.. La mayoría de las parejas en las ciudades sólo puede tener por ley un descendiente, mientras que en las zonas rurales se les permite dos si el primero es niña. Las minorías étnicas pueden tener dos o más. Zhao aseguró que el Gobierno está estudiando la cuestión con mucho cuidado para que cualquier decisión que se tome no provoque un alza repentina de la población Fonte: http://www.elsigloweb.com/portal_ediciones/344/portal_notas/14904-china-eliminar-la-ley-que-prohbe-tener-ms-de-un-hijo 1) O texto afirma que, desde finais de 1970, na China A) Se luta para controlar o nascimento de crianças do sexo feminino B) O governo tem criado leis que proíbem casais de ter mais de uma filha mulher. C) A comissão de planejamento familiar começou a tentar mudar essa a forma como o numero de filhos é visto pela sociedade chinesa. D) O governo iniciou um controle de expansão demográfica. E)As famílias começaram-se a estruturar passando a ter apenas um filho 2) Se estima que os problemas demográficos da china A) Pode provocar êxodos urbanos, desequilíbrio social e comercio de mulheres B Pode Favorece o desenvolvimento do país uma vez que mulher gera muito gasto C) Pode induzir o nascimento de 118 meninos para cada 100 meninas

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D) Dificulta a elevação do nível de vida do país E) Pode estimular a incidência de relacionamentos entre pessoas do mesmo gênero sexual 3) No terceiro parágrafo, linha 3, a expressão SIN EMBARGO pode ser substituída sem alterar o sentido da frase, por: A) sino. B) no obstante. C) sin duda. D) en consecuencia E)mientras 4) Las críticas a la política china de control de natalidad se basan en los siguientes principios A) a la ausencia de derechos individuales, a la permisión de abortos, a la esterilización opcional y a la discriminación de los nacimientos femeninos. B) a la obligación del aborto, a la falta de decisión personal para la esterilización forzada y al abandono de las niñas. C) al abandono de las niñas, a incontables abortos, a la incumplimiento del derecho humano de la libertad individual y la castración impuesta. S) a la desconsideración de la libertad de decidir personalmente el número de hijos, al abandono de las recién nacidas, a la permisión de abortos y a la castración libre. 5) La legislación china establece que una pareja rural A) solamente puede tener un descendiente, sea hombre o mujer. B) puede tener más de dos hijos, siempre que el primer descendiente sea mujer. C) se rige por la misma ley de las parejas de minorías étnicas. D) pueden tener como máximo dos hijos, cuando el primer descendiente sea mujer. AULA 12

COFFEE-MATE: Substituto para el crema de cafe

By Leonard Fernin

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A mi marido y a mí nos sorprendió el rico Coffee-Mate. La primera vez que lo compré lo hice para una emergencia, por si se acababa la leche o se descomponía la heladera. Y ahí lo dejé. Pero lo que tenía que pasar, pasó. Mi marido y yo probamos el café con Coffee-Mate y nos sorprendimos por lo cremoso que es. Ahora emergencia es cuando se acaba Coffee-Mate en nuestra casa.

Fonte: www.coffee-mate.com 1)Após ler o relato da narradora do texto falando sobre sua experiência com o Coffe-Mate é possivel afirmar que: A)Ao narrar sua experiência desagradável a narradora do relato estimula o cliente a comprar coffe mate para fazer um teste B) “ ...emergência es quando se acaba coffe mate ...” transmite idéia de que coffe mate é ótimo e que sua falta é essencial para a família da narradora C) O Coffe mate é cremoso e todos querem beber-lo em situações de emergência. D)Uma vez experimentando Coffe mate esse passa a ser imprescindível em sua vida 2) Observando a imagem que vem junto ao texto é possível perceber que dentro da xícara há o nome de uma bebida, qual seria o objetivo principal dessa informação? A)Induzir a compra de caffe coffe Mate B)Servir de prova de que o café que está na xícara é de tal marca. C)Induzir o cliente a comprar café de tal marca uma vez que as informações presentes do texto fortalece a idéia de que o mesmo é muito bom. D)Estimular o uso de café 3) A Palavra em destaque no texto: “... nuestra casa.” Se refere à: A)” a hora emergencia” B) “a mi marido y a mí...” C)” el café con Coffee-Mate” D)” la primera vez que lo compre” 4) No fragmento “Mi marido y yo probamos el café” se a palavra café fosse substituída por ensalada, a expressão em destaque deveria ser substituída por: A)Alla B)lla C)la D)lo

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Linguagens e tecnologias III Língua Estrangeira Moderna - Inglês Prof. Bruno Franciel da Silva AULA 1

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS EM INGLÊS O maior objetivo dos vestibulares não é avaliar se o aluno domina a língua estrangeira, mas sim se esse é capaz de ler e compreender a mensagem global do texto, isto é: o contexto principal a que o texto se refere. Para ler um texto em inglês não é necessário traduzir todas as palavras e entender todos os detalhes. O importante é ter uma noção geral do assunto falado. Partindo desse pressuposto, segue algumas sugestões de estratégias a serem aplicadas de forma que venha facilitar o desempenho no processo de leitura de textos em inglês. Dicas para ler um texto em inglês:

Procurar saber sobre o assunto que irá ser falado tentando TRADUZIR O TÍTULO

Aliar seus conhecimentos sobre o assunto ao texto que será lido Se houver uma imagem, observe-a com atenção e colete todas as

informações que você possui a respeito da mesma. A imagem é uma dica muito útil para entender o texto

Fazer uma leitura Geral analisando as palavras conhecidas e destacar as palavras desconhecidas

Ler o texto novamente com atenção interligando as idéias e tentar decifrar o significado das palavras desconhecidas

Feito isso, será possível entender grande parte do texto mesmo não conhecendo todas as palavras. Agora vamos ver se essas dicas funcionam mesmo na pratica! Tente ler o pequeno texto abaixo utilizando dessas dicas. EXEMPLO:

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Figura extraída do site http://ultinerd.blogspot.com/2010/11/as-varias-mona-lisa.html acesso em: 05/03/2012

Da Vinci' work of art Mona Lisa the most famous work of art painted by Leonard Ad Vinci in 1503 in Florence, Italy. Almost all People when go to Italy want to see the portrait.

Da Vinci' work of art Monalisa the most famous work of art painted by Leonard Da Vinci in 1503 in Florence, Italy. Almost all People when go to Italy want to see the portrait. Palavras conhecidas: Monalisa= obra de arte; Most = muito ou mais;

Famous = famoso; Art= arte; Painted= pintado; People= pessoas; GO= ir Palavras desconhecidas: of=de; by=por; almost=quase; all=todo(s);

When= quando; want=querer; see=ver; portrait=retrato

Com base nesse método foi possível entender a informação global do texto:

Monalisa é uma famosa obra de arte pintada por Da Vinci, fica na Itália e as pessoas quando viajam pra lá querem ver a obra. OBSERVAÇAÕ Esse método auxilia bastante, mas para utilizá-lo é necessário conhecer no mínimo algumas palavras. Dessa forma é necessário ampliarmos nosso vocabulário. Para adquirir mais vocabulário é necessário treinar lendo mais coisas em inglês tais como:

1. Letras de Músicas 2. Filmes 3. Dicionário

4. Jornais 5. Entre outros.

AULA 2 DECEPTIVE WORDS OR FALSE FRIENDS

É muito comum ao tentar traduzir os textos em inglês e se deparar com palavras que são bastante semelhantes com as do português, contudo deve-se tomar muito cuidado pois como diz o ditado popular: “ Nem tudo que parece é”. No inglês existe uma série de palavras que são bem parecidas com as do português mas que apresentam um significado totalmente diferente sendo dessa forma chamadas de DECEPTIVE WORDS ( PALAVRAS ENGANADORAS) ou também: FALSOS COGNATOS. Dessa forma, para você não se enganar e, na hora do vestibular, entender a idéia de forma errada foi elaborada uma lista com os falsos cognatos mais utilizados nos vestibulares e nas conversações em geral.

DECEPTIVE WORD

RIGHT TRANSLATION

WRONG TRANSLATION

ENGLISH

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ACTUAL ATUAL

ACTUALLY ATUALMENTE

COLLEGE COLÉGIO

COSTUME COSTUME

DATA DATA

DECEPTION DECEPÇÃO

EXIT EXITAR

FABRIC FABRICA

GRIP GRIPE

INTEND ENTENDER

LARGE LARGO

LECTURE LEITURA

MAYOR MAIOR

MAR MAR

NOVEL NOVELA

ORDINARY ORDINÁRIO

PARENTS PARENTES

PETROL PETROLEO

PHYSICIAN FISICO

POLICY POLICIA

PRETEND PRETENDER

PULL PULAR

PUSH PUXAR

REALIZE REALIZAR

SENSIBLE SENSIVEL

SENSITIVE SENSITIVO

SIN SIM

TERRIFIC TERRIVEL

TRADUCE TRADUZIR

Exercises 1) FUVEST – Qual é a tradução correta da frase: “She pretends give money the poor’s people” A) Ela pretende pegar o dinheiro das pessoas pobres

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B) Ela finge ajudar as pessoas pobres C) Ela finge dar dinheiro às pessoas pobres D) Ela pretende dar dinheiro às pessoas pobres 2) Qual sequência corresponde à tradução correta de novel – push – exit – pretend? A) romance – puxar – exitar – fingir B) novela – empurrar – exitar – pretender C) romance – empurrar – sair – fingir D) romance – empurrar – exitar – fingir E) novela – puxar – exitar – pretender 3) UNICAMP – Choose the best translation for the underlined verb: “ she's too weak to push the car” A) Puxar B) Dirigir C) Levantar D) Consertar E) Empurrar AULA 3 QUANTIFIERS São palavras ou expressões usadas para indicar e fornecer informações a respeito da quantidade de algo. Antes de prosseguirmos para os principais exemplos de quantifiers, é importante lembramos o conceito dos tipos de Countable são aqueles substantivos que podemos contar permitindo a forma singular e plural. Uncountable são os substantivos que não podemos contar. Esses substantivos só apresentam a forma singular. Os três indicam a mesma coisa: uma grande quantidade. No entanto, o uso de cada um irá depender justamente do tipo de substantivo. MUCH significa muito ou muitos e é usado nos casos de substantivos não-contáveis. Ex: How much sugar do you need? = Quanto de açúcar você precisa? I drink much water – Eu bebo muita água He spends much money – Ele gasta muito dinheiro MANY significa muito é usado pra fazer referência a coisas contáveis: Exemplos: There's many people in the world – Há muitas pessoas no mundo He gave- me many dollars – Ele me deu muitos dólares How many students are there? = Quantos estudantes estão lá? A LOT OF /LOTS OF também significa muito ou muitos e pode ser usado em

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ambos os casos. Exemplos: I have a lot of thing to do. = Eu tenho um monte de coisas pra fazer. Lots of people drive fast. – Muitas pessoas dirigem rápido LITLLE significa pouco ou pequeno é usado pra fazer referência a coisas incontáveis: Exemplos: I drink litlle water – eu bebo pouca água He haves litlle money – ele tem pouco dinheiro Add a little sugar, please. = Adicione um pouco de açúcar, por favor. FEW significa pouco é usado pra fazer referência a coisas contáveis: Exemplos: Jean haves few friends – Jean tem poucos amigos wait a few seconds please – Espere poucos segundos por favor There are a few people in theater. = Há poucas pessoas no teatro ENOUGH se refere a algo suficiente, podendo ser usado tanto nos casos de substantivos contáveis como nos incontáveis. Ex: There isn’t enough food. = Essa comida não é suficiente. I do not have enough money for buy enough clothes for all this peopler – Não tenho dinheiro suficiente pra comprar roupas suficiente para todas essa pessoas. HOW MUCH = significa QUANTOS é usado pra fazer referência a coisas incontáveis: Exemplos: How much money do you need? - Quanto dinheiro você precisa? HOW MANY = significa QUANTO é usado pra fazer referência a coisas contáveis: Exemplos: How many days did you stay in USA? - Quantos dias você ficou nos EUA VERY significa muito e é usado pra mencionar características, dessa forma sempre vem antes de um adjetivo. Exemplo: You are very beatifull – Você é muito bonito(a) My friends is very intelligent – Meu amigo (a) é muito inteligente AULA 4

PALAVRAS INCONTÁVEIS

PALAVRAS INCONTÁVEIS TRADUÇÃO

ADVICE

PALAVRAS INCONTÁVEIS TRADUÇÃO

BEER

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BLOOD

BREAD

COFFEE

INFORMATION

MILK

MONEY

MUSIC

NEWS

TEA

SUGAR

WORK

WINE

TIME

Exercises 1) Complete A) He is not rich because he has __________money B) _______students right the question C) I do not have ________books D)Yesterday he drink _______ water E) Mon buy _______bread for us F) she drinks to _______coffee. G) How ______cups of coffee do you drink? H) How ______ money do you have 2) Escolha a alternativa correta A) He decided to spend a very days in the country. B) He decided to spend a litlle days in the country. C) He decided to spend a much days in the country. D) He decided to spend a few days in the country. 3) Marque a alternativa correta: A)He needs to much money for buy a house B)He wants to get many information about egipicians C) Ana says that drink litlle bottle of beer D) Monara drinks many coffe 4)Complete adequadamente a frase abaixo His handwriting is _________pretty than ours A)Few B)Much C)Lots of D)Many

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E)Very AULA 5

READING COMPREHENSION Based on the text, answers the questions

For many years scientists believed that the chimpanzee was the most intelligent animal in the world. Recently they have learned that the dolphins are very clever animals, too. Perhaps they are more intelligent than chimpanzees. Many people think that dolphins are fish, but is not true. Dolphins are different from fish in many important ways. They are mammals. They are warm-blood and cannot stay under water all the time like fish. They breathe air. They must come to surface of the water and take in air every few minutes. Dolphins live in group and out to catch fish together, and they also use a kind of language. Scientist do not understand the language of dolphins but they know that this animals talk to each other and send messages under water. Fonte: http://teacher.scholastic.com/dolphin/about.htm Acesso em: 24/09/2011 1) A respeito do texto marque a única alternativa errada A)Golfinhos são diferentes dos peixes de diversas maneiras B)Dolphins can not say under water all the time C)Dolphins must came to surface for breath air D)Dolphins are cleaver and lonely animals E)Dolphins live in group 2) Mark the right alternative Why Dolphins are not fish? A) live in group and eat fish B) are more clever than chimpanzee C) are clever D) can live under water all the time E) are warm blood animals

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3) A palavra em destaque no texto é: A) Adverbio de modo B)Verbo que indica movimento C) Adverbio de tempo D) Uma preposição E)Um adjetivo 4) Mark the right alternative A) The Dolphins are more intelligent than chimpanzees. B) Dolphins live in group and out to catch fish by yourselves C) Scientist understand the language of dolphins D)Scientists know that the dolphins talk to each other and send messages under water. E) Many people think that dolphins are not fish, but is not true. AULA 6

INTERROGATIVE WORDS

INTERROGATIVE WORDS

TRANSLATION EXAMPLES

WHAT O que...? Qual, Quais...? Perguntas de maneira em geral Perguntas pela profissão.

What do you do on sunday? O que você faz aos domingos? What are you? O que voce é? I'm doctor. Eu sou médico.

WHICH Que, Qual, Quais…? Perguntas em geral com opção de escolha.

Which do you prefer, pork or beef? O que você prefere: carne porco ou bife?

WHO Quem? Para perguntar identidade de pessoas em geral.

Who killed John Lennon? Quem matou John Lennon?

WHOM Quem...? Para perguntar identidade de pessoas em geral. só que tem que ser precedido de preposição.

To whom did you give the present? Para quem você deu o presente?

WHOSE De quem...? Usado para perguntar quem é o

Whose is the blue car? De quem é esse carro azul?

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proprietário de determinada coisa.

WHERE Onde...? Where did you born? Onde você nasceu?

WHY Por que...? Why are you laughing? Por que você está rindo?

HOW Como...? How is Fred going to trabel? Como Fred está indo viajar?

WHEN Quando...? When were you born? Quando você nasceu?

HOW MUCH Quanto ...? coisas incontáveis

How much money do you need? Quanto dinheiro você precisa?

HOW MANY Quanto ...? coisas contáveis

How many cds do you have? Quantos cds você tem?

HOW OLD Qual idade...? How old are you? Quantos anos você tem?

HOW TALL Qual tamanho...?( para pessoas)

How tall is James? Qual o tamanho ou a altura de james?

HOW HIGH Qual a altura...? (para coisas) How high is the mountain? Qual a altura da montanha?

HOW LONG Quanto tempo...? How long will he stay at USA? Quanto tempo ele ficará nos EUA?

HOW FAR Qual a distância...? How far is it from Alfenas to São Paulo? Qual a distância de Alfenas a São Paulo?

EXERCISES: Escolha a palavra que preenche o espaço corretamente? 1)________is your ocupation? a)Which b)When c)What d)Whom e)Whose 2) ______ is the car that was stolen? a)Which b)When c)What d)Whom e)Whose 3)_______ color do you prefer: red or pink? a)Which b)When c)What d)Whom e)Whose 4) ______city did you bear? a)Which b)When c)Whose d)Whom e) What 5)______is you brother?

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a)Which b)When c)What d)Who e)Whose 6)You buy this present for _______? a)Which b)When c)What d)Whom e)Whose 7)_______did you arrive at home? a)Which b)When c)What d)Whom e)Whose 8)______ do you live? a)Where b)When c)What d)Whom e)Whose 9)_______don't you see her? a)How long b)How far c)What d)How tall e)Who 10) They say that you have a cat, ________him? a)How long b)How tall c)How high d)Whom e)How far AULA 7

PREPOSITIONS Em inglês, tal como acontece em português, a preposição é uma palavra, ou grupo de palavras usada geralmente antes de um substantivo ou pronome para indicar lugar, posição, tempo, origem, modo etc. São elas:UNTIL - até AFTER – depois, após AGAINST – contra WITH - com SINCE – desde AT - em IN – em ON – em FOR - para TO - para

FROM - de OF - de BY THE - pelo BY – por UNDER–debaixo, sobre WITHOUT - sem BEFORE - antes AROUND – em volto, ao redor BEHIND - atrás

BEYOND - além DOWN – a baixo UP – a cima TOWARD – em direção ACROSS- através ABOVE – a respeito DESPITE – a pesar de

Exercises 1)(UFU) Choose the correct alternative: ______Saturday night everbody watch TV. a) at b) in c)when d)on e)from 2)(UFOP) Could i see the doctor ______january_______9 o'clok AM? a) at;at b) on; in c)in; on d)on; at e)at; in 3)Cheese is made _____milk. a) at b) in c)when d)on e)from AULA 8

ADVÉRBIOS Advérbio é uma palavra invariável que pode acompanhar um verbo, um adjetivo ou outro advérbio, modificando-os ou intensificando-os. Pode também exprimir circunstancia de tempo, de lugar, de modo, frequência e etc. Compare: Diana walks – Diana caminha Agora veja a mesma frase com o acréscimo de um advérbio Diana walks slowly everyday – Diana caminha vagarosamente todos os dias Como reconhecer um adverbio?

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São todas aquelas palavras terminadas em LY contudo existem advérbios que não apresentam essa terminação e esses são chamados de advérbios irregulares. Advérbios Regulares Para formar um advérbio regular basta acrescentar na palavra primitiva a terminação LY. Exemplos:

Late Ultimo Lately Ultimamente

Easy Easily

Careful Carefully

Slow Slowly

Simple = Simply

Advérbios irregulares Infelizmente não existe uma dica para facilitar a memorização dos advérbios irregulares, pois esses não possuem a terminação LY. A tabela abaixo contém os advérbios irregulares mais comuns.

Hard Dificil / Dificilmente

Fast Rápido / Rapidamente

Always Low

High Now

Often Tomorrow

Sometimes Yesterday

Never Almost

Seldon Enough

Here Quite

There Today

AULA 9 Classificação dos advérbios quanto à ideia que exprimem ADVÉRBIO DE FREQUÊNCIA Indicam ideia de frequência e são sempre utilizados antes do verbo principal. São eles: Always – sempre Often,frequently - frequentemente Usually – geralmente

Sometimes – as vezes Never – nunca Seldom – raramente

Ever – já, algumas vezes Hardly ever – quase nunca

Ex: I always prefer to have a dinner at home = eu sempre prefiro jantar em casa He seldon visit us = Ele raramente nos visita

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ADVÉRBIO DE MODO Indicam o modo ou a maneira como algo ocorre, são sempre utilizados depois do verbo principal da oração. São eles: Slowly – vagarosamente Easily – facilmente Late- tarde, atrasado

Fast- rápido, rapidamente Hard- difícil, duro, dificilmente

Carefully - cuidadosamente Simply-simplesmente

Ex: She drives carefully at town I walk so fast in the sidewalk ADVÉRBIO DE TEMPO Indicam tempo e sempre utilizados depois do verbo principal São eles: Now- agora Today – hoje Yesterday – ontem Tomorrow – amanhã Tonight – hoje a noite

Next week – próxima semana At hours o clock – a tal hora In 1912 – em 1912

On july - Em julho

Ex: Mom arrives in home at 9 o' clok I was at mall yesterday ADVÉRBIO DE LUGAR Indicam o local ou a localização onde algo acontece e são sempre utilizados depois do verbo principal. São eles: At home – em casa Here – aqui There – La

Everywhere – em toda parte Under the bed – em baixo da cama

In Chicago – em Chicago

Ex: I study at home I was working at office yesterday AULA 10

POSIÇÃO DOS ADVÉRBIOS NA FRASE Para verbos que indicam movimento usar a ordem: Advérbio de Lugar Advérbio de Modo Advérbio de Tempo

Exemplo She goes to Brazil by plane tomorrow in the morning Lugar Modo Tempo Verbo principal dando indeia de movimento

Para verbos que indicam repouso usar a ordem: Advérbio de Modo Advérbio de Lugar Advérbio de Tempo

Exemplo: They sang beautifully at the show last night modo lugar tempo

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Verbo principal indicando ideia de repouso Tradução da frase: Eles cantaram lindamente no show a noite passada. Aula 11

READING COMPREHENSION Amy Winehouse found dead in her flat in London after suspected of “drugs overdose”.

In the last July 23, Amy Winehouse was found dead in her apartment in London. Amy was found by the emergency service 3.54pm. According to police: On arriving at her apartment found the body of woman of 27 who was declared dead and suspected that the

singer’s death was caused by a drug overdose. We can’t say yet that Amy Winehouse suffered a drug overdose although she has been seen hours before with appearance of drunk. This way, this case is being treated as a death “unexplained”. English singer’s death caused sadness to thousands of fans and singer’s relatives. According to sources close to the families: Amy will leave her fans with pride and, for the news said: “She did not die from alcohol abuse or drug abuse. It seems that the problem was the lack of these substances.”

Fonte: http://www.bbc.co.uk/news/uk-14262237 Interpretação do Texto 1)De acordo com o texto podemos afirmar que: A)Os policiais encontram Amy Winehouse morta na casa de sua mãe B)Os policiais afirmam que Amy Winehouse teria morrido por abuso de drogas C) Amy Winehouse foi atendido pelo serviço de emergência de Londres D) Amy Winehouse morreu por overdose de drogas 2) A palavra em destaque no fragmento abaixo indica o que:

Amy Winehouse was found dead in her apartment in London A) Se refere à pessoa de Amy Winehouse que foi encotrada morta B) É utilizada pra substituir o nome da cantora C) É utilizada pra indicar a posse de Amy sobre o apartamento D)Se refere a uma característica do apartamento 3) Todas as alternativas abaixo reforça a ideia de que Amy sofreu uma overdose de drogas exceto: A) Ela usava drogas e bebia muito B)Ela deixará seus fãs com muito orgulho

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C)Ela foi vista algumas horas antes de morrer com aparência de embriagada D)Policiais suspeitaram que a morte foi causada por overdose 4) A palavra relatives se refere a: A)Aos relacionamentos da cantora B)Aos fãs C)Significa relativo a alguma coisa e se refere a cantora D) Aos familiares da cantora 5)”She did not die from alcohol abuse or drug abuse. It seems that

the trouble was the lack of these substances.” O texto indica que: A)Amy não estava usando drogas a tempo e a abstinência dessas substâncias teria sido a causa da morte B)A família não aceita o fato de Amy fazer uso de drogas c) Amy não era viciada em drogas D)A falta das drogas não causou a morte de Amy pois ela era tolerante a qualquer droga

AULA 12

Bad medicine By Gail Dutton

Going to the doctor isn’t as safe as you might think. Medical

mistakes kill between 44,000 and 98,000 people in the United States annually, reports the Institute of Medicine – a private agency that advises the government and industry.

The problem isn’t the cold you might catch in the waiting room, but blunders like improper testing, incorrect diagnoses, and medicine mix-ups. Adapted from magazine Popular Science, April 2009

Advises: Cold Blunders

Improper Mix-ups

1)De acordo com o texto marque o que não causa danos para a saúde do paciente A) Incorrect diagnoses; B)medicine mix-ups C)improper testing D)righ medicine E) Incorrect prescription 2)Baseado no texto podemos entender que nos USA morrem entre 44 e 98 mil pessoas por ano devido a: A)aos erros nos diagnósticos e no tratamento oferecido devido a falta de experiência médica

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B)aos erros nos diagnostico e no tratamento oferecido aos pacientes C)as faltas de higiene dos laboratórios na analise dos exames de sangue D)ao resfriado que as pessoas estão sujeito a pegar nas salas de espera E) as contaminações dos hospitais The medical Words

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WORD TRASLATION WORD TRASLATION

Headache Ache

Health Addict

Illness, backache

Healing Blood pressure

Pain Breathless

Painkiller Delivery

Plaster Earache

Prescription Fever

Scar Ache

backache Addict

Faint Chickenpox

Weakness Heart attack

Cold Flu, influenza

Faint Madness

disease Chickenpox

sickness Heart attack

Wound Flu, influenza

ill poisonous

migraine poison

Arteries sting

Acne symptoms

chemotherapy ultrasound

Asthma side effects

Asthma physician

diabetes pharmacist

family history newborn

immune system light-headed

injury intensive care unit

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Ciências Humanas e suas tecnologias I Prof. Bruno de Oliveira Souza Aulas 01 e 02. O período Greco-romano

De meados dos anos 1100 a.C. até os romanos conquistarem a Grécia, no primeiro século antes de Cristo, os gregos criaram uma sociedade notável pelo seu autogoverno, filosofia, arquitetura, matemática, escultura e literatura. A cultura grega se espalhou por todo o mediterrâneo. Na Europa central e do norte viviam povos menos desenvolvidos, como os celtas.

Os romanos, conquistadores da Grécia e de outros povos, adotaram muito da cultura grega e adicionaram muito a ela. O sistema romano de leis teve uma influência duradoura sobre a Europa.

A difusão do Cristianismo na Europa foi maior após se tornar a religião oficial do Império Romano no século IV. Nesse momento, porém, o Império Romano estava perdendo sua força. No século V a parte ocidental do império foi invadida pelos povos germânicos, vândalos, góticos, francos e anglo-saxões, que estabeleceram estados em seus territórios. História da democracia

O regime de governo democrático originou-se em Atenas, na Grécia da Antiguidade, conhecendo seu apogeu no século 5 a.C. Tratava-se precisamente de um regime em que o "povo" se manifestava diretamente, reunindo-se e votando em assembleias, para tomar as decisões a respeito da vida da sua cidade.

Todo cidadão ateniense tinha não só o direito, como também o dever de participar dessas assembleias. Todos os cidadãos eram iguais perante a lei e tinham o direito não só a votar, como também expressar sua opinião e defender o seu ponto de vista, convencendo outros a votar como ele.

Entretanto ser um cidadão ateniense não era uma condição de que usufruíam todos os habitantes de Atenas. Naquela sociedade, as mulheres, os escravos e os estrangeiros não eram considerados cidadãos. Por isso, estavam totalmente excluídos das grandes decisões. Desse modo, somente 10% do povo de Atenas estavam aptos a participar da democracia. A participação popular no governo – democracia, a partir do século XVIII, passa a ser dividida em duas modalidades:

. direta: em que todos os indivíduos de uma coletividade manifestam sua opinião sobre os assuntos concernentes a esta mesma coletividade, votando em assembleias ou reuniões coletivas; . representativa: em que a coletividade elege representantes a quem delega o poder para tomar as decisões.

Democracia na modernidade

Depois da Grécia e de Roma, as ideias democráticas só irão reaparecer com maior força na Idade Moderna, a partir dos séculos 17 e 18. Nessa época,

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os abusos de poder dos monarcas levaram os intelectuais a discutir os poderes absolutos do governante, questionando o que tornava legítimo qualquer poder de qualquer governo. Contra o absolutismo em vigor, ergueu-se o liberalismo.

O direito ao poder, para Locke, depende de um mandato popular. Nesse sentido, a representação política só adquire legitimidade se tiver surgido da vontade dos cidadãos, expressa pelo voto. Os cidadãos elegem representantes para defender seus interesses junto ao governo.

Clístenes de Atenas (565 a.C - 492 a.C) é considerado o pai da Democracia. (Adaptado de UOL Educação. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/historia/democracia-2-participacao-direta-e-indireta.jhtm). Exercícios 1. (ENEM 2011) Na década de 1990, os movimentos sociais camponeses e as ONGs tiveram destaque, ao lado de outros sujeitos coletivos. Na sociedade brasileira, a ação dos movimentos sociais vem construindo lentamente um conjunto de práticas democráticas no interior das escolas, das comunidades, dos grupos organizados e na interface da sociedade civil com o Estado. O diálogo o confronto e o conflito têm sido os motores no processo de construção democrática. SOUZA, M. A. Movimentos sociais no Brasil contemporâneo: participacao e possibilidades das praticas democraticas. Disponivel em: http://www.ces.uc.pt. Acesso em: 30 abr. 2010 (adaptado). Segundo o texto, os movimentos sociais contribuem para o processo de construção democrática, porque A) determinam o papel do Estado nas transformações socioeconômicas. B) aumentam o clima de tensão social na sociedade civil. C) pressionam o Estado para o atendimento das demandas da sociedade. D) privilegiam determinadas parcelas da sociedade em detrimento das demais. E) propiciam a adoção de valores éticos pelos órgãos do Estado. 2. (ENEM 2011-adaptado) O movimento dos Caras-Pintadas, do início dos anos de 1990, arrebatou milhares de jovens no Brasil. Nesse contexto, a juventude, movida por um forte sentimento cívico, A) aliou-se aos partidos de oposição e organizou a campanha Diretas Já. B) manifestou-se contra a corrupção e pressionou pela aprovação da Lei da Ficha Limpa. C) engajou-se nos protestos relâmpago e utilizou a internet para agendar suas manifestações. D) espelhou-se no movimento estudantil de 1968 e protagonizou ações revolucionarias armadas. E) tornou-se porta-voz da sociedade e influenciou no processo de impeachment do então presidente Collor. Aulas 03 e 04. Idade Média (476 d.C. – 1453 d. C.)

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Refere-se a uma divisão do tempo que engloba praticamente 1.000 anos de história do continente europeu. Essa classificação para o período - "Média" - foi uma forma de os homens dos séculos 14 e 15, dos reinos italianos, mostrarem que eram inovadores, modernos, transformadores.

Esses homens - pintores, artistas e pensadores do chamado Renascimento - achavam que estavam rompendo com um período culturalmente atrasado do mundo ocidental, dominado pelo pensamento da Igreja católica. Assim, os renascentistas classificavam-se como "modernos" e acreditavam que estavam fazendo renascer o esplendor das culturas grega e romana da Antiguidade.

Entre a Idade Moderna e a Idade Antiga havia, portanto uma idade intermediária, que ficava no meio, sendo a média entre esses dois períodos. Assim nasceu o conceito de Idade Média. Essa classificação, na verdade, é uma simplificação preconceituosa, pois classifica uma cultura como inferior a outra e resume a história de diversos povos que viviam na Europa como uma só história. Alta Idade Média

É o primeiro momento, quando ocorreu formação de diversas sociedades na Europa e se passou entre os séculos V e X. Foi nesse período que se formaram os feudos, estabeleceram-se as relações de suserania e vassalagem, e o poder da Igreja Católica constituiu-se e fortaleceu-se. O Feudalismo

O feudalismo pode ser definido como um modo de produção, ou seja, a forma pela qual as pessoas faziam produtos necessários à sua sobrevivência. Também é entendido como um sistema de organização social, estabelecendo como as pessoas se relacionavam entre si e o lugar que cada uma delas deveria ocupar na comunidade. Baixa Idade Média

Vai do século X ao século XV. A partir dessa época, novas ideias e novas práticas foram surgindo e houve um processo de decadência das instituições feudais, que se formaram ao longo dos cinco séculos anteriores. As Cruzadas

Seu nome deriva da palavra "cruz", que indica o martírio de Jesus Cristo, carregando-a e sendo nela pregado, até morrer de maneira lenta e dolorosa. Durante a Idade Média, a Igreja transformou a cruz no símbolo do cristianismo. Assim, as Cruzadas foram expedições organizadas pela Igreja para levar o cristianismo para outros povos, que não seguiam essa religião.

A principal justificativa das Cruzadas foi reconquistar territórios perdidos para os inimigos da fé católica, ao mesmo tempo trazendo novos povos e regiões ao domínio da Igreja. Assim, a primeira Cruzada partiu em 1096 para

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Jerusalém, no Oriente Médio, região do nascimento de Jesus, considerado lugar sagrado pelos cristãos. (Adaptado de UOL Educação). 3. (ENEM 2011) Acompanhando a intenção da burguesia renascentista de ampliar seu domínio sobre a natureza e sobre o espaço geográfico, através da pesquisa científica e da invenção tecnológica, os cientistas também iriam se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a cor e mesmo a expressão e o sentimento. (SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Unicamp, 1984.)

O texto apresenta um espírito de época que afetou também a produção artística, marcada pela constante relação entre A) fé e misticismo. B) ciência e arte. C) cultura e comercio. D) política e economia. E) astronomia e religião. 4. (ENEM 2006) Os cruzados avançavam em silêncio, encontrando por todas as partes ossadas humanas, trapos e bandeiras. No meio desse quadro sinistro, não puderam ver, sem estremecer de dor, o acampamento onde Gauthier havia deixado às mulheres e crianças. Lá, os cristãos tinham sido surpreendidos pelos muçulmanos, mesmo no momento em que os sacerdotes celebravam o sacrifício da Missa. As mulheres, as crianças, os velhos, todos os que a fraqueza ou a doença conservava sob as tendas, perseguidos até os altares, tinham sido levados para a escravidão ou imolados por um inimigo cruel. A multidão dos cristãos, massacrada naquele lugar, tinha ficado sem sepultura. J. F. Michaud. História das cruzadas São Paulo: Editora das Américas, 1956 (com adaptações). Foi, de fato, na sexta-feira 22 do tempo de Chaaban, do ano de 492 da Hégira, que os franj* se apossaram da Cidade Santa, após um sítio de 40 dias. Os exilados ainda tremem cada vez que falam nisso, seu olhar se esfria como se eles ainda tivessem diante dos olhos aqueles guerreiros louros, protegidos de armaduras, que espelham pelas ruas o sabre cortante, desembainhado, degolando homens, mulheres e crianças, pilhando as casas, saqueando as mesquitas. *franj = cruzados. Amin Maalouf. As Cruzadas vistas pelos árabes. 2.ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1989 (com adaptações). Avalie as seguintes afirmações a respeito dos textos acima, que tratam das Cruzadas. I - Os textos referem-se ao mesmo assunto — as Cruzadas, ocorridas no período medieval —, mas apresentam visões distintas sobre a realidade dos conflitos religiosos desse período histórico.

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II - Ambos os textos narram partes de conflitos ocorridos entre cristãos e muçulmanos durante a Idade Média e revelam como a violência contra mulheres e crianças era prática comum entre adversários. III - Ambos narram conflitos ocorridos durante as Cruzadas medievais e revelam como as disputas dessa época, apesar de ter havido alguns confrontos militares, foram resolvidas com base na ideia do respeito e da tolerância cultural e religiosa. É correto apenas o que se afirma em A) I. B) II. C) III. D) I e II. E) II e III. Aulas 05 e 06. Mudanças Climáticas

Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco, com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais.

As causas do aquecimento global são muito pesquisadas. Existe uma parcela da comunidade científica que atribui esse fenômeno como um processo natural, afirmando que o planeta Terra está numa fase de transição natural, um processo longo e dinâmico, saindo da era glacial para a interglacial, sendo o aumento da temperatura consequência desse fenômeno.

No entanto, as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas às atividades humanas, que intensificam o efeito de estufa através do aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. A queima dessas substâncias produz gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das radiações solares, como se funcionassem como o vidro de uma estufa de plantas, esse processo causa o aumento da temperatura. Outros fatores que contribuem de forma significativa para as alterações climáticas são os desmatamentos e a constante impermeabilização do solo.

O degelo é outra consequência do aquecimento global, segundo especialistas, a região do oceano Ártico é a mais afetada. Nos últimos anos, a camada de gelo desse oceano tornou-se 40% mais fina e sua área sofreu redução de aproximadamente 15%. As principais cordilheiras do mundo também estão perdendo massa de gelo e neve. As geleiras dos Alpes recuaram cerca de 40%, e, conforme artigo da revista britânica Science, a capa

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de neve que cobre o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, pode desaparecer nas próximas décadas.

Em busca de alternativas para minimizar o aquecimento global, 162 países assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997. Conforme o documento, as nações desenvolvidas comprometem-se a reduzir sua emissão de gases que provocam o efeito de estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta tem que ser cumprida entre os anos de 2008 e 2012. Porém, vários países não fizeram grandes esforços para que a meta seja atingida, o principal é os Estados Unidos.

Atualmente os principais emissores dos gases do efeito de estufa são respectivamente: China, Estados Unidos, Rússia, Índia, Brasil, Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Coreia do Sul. Exercícios 5. (ENEM 2007) Devido ao aquecimento global e à consequente diminuição da cobertura de gelo no Ártico, aumenta a distância que os ursos polares precisam nadar para encontrar alimentos. Apesar de exímios nadadores, eles acabam morrendo afogados devido ao cansaço. A situação descrita acima a) enfoca o problema da interrupção da cadeia alimentar, o qual decorre das variações climáticas. b) alerta para prejuízos que o aquecimento global pode acarretar à biodiversidade no Ártico. c) ressalta que o aumento da temperatura decorrente de mudanças climáticas permite o surgimento de novas espécies. d) mostra a importância das características das zonas frias para a manutenção de outros biomas na Terra. e) evidencia a autonomia dos seres vivos em relação ao habitat, visto que eles se adaptam rapidamente às mudanças nas condições climáticas. 6. (ENEM 2007) Nos últimos 50 anos, as temperaturas de inverno na península antártica subiram quase 6 ºC. Ao contrário do esperado, o aquecimento tem aumentado a precipitação de neve. Isso ocorre porque o gelo marinho, que forma um manto impermeável sobre o oceano, está derretendo devido à elevação de temperatura, o que permite que mais umidade escape para a atmosfera. Essa umidade cai na forma de neve. Logo depois de chegar a essa região, certa espécie de pinguins precisa de solos nus para construir seus ninhos de pedregulhos. Se a neve não derrete a tempo, eles põem seus ovos sobre ela. Quando a neve finalmente derrete, os ovos se encharcam de água e goram. Scientific American Brasil, ano 2, n.º 21, 2004, p.80 (com adaptações). A partir do texto acima, analise as seguintes afirmativas. I - O aumento da temperatura global interfere no ciclo da água na península antártica. II - O aquecimento global pode interferir no ciclo de vida de espécies típicas de região de clima polar. III - A existência de água em estado sólido constitui fator crucial para a manutenção da vida em alguns biomas.

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É correto o que se afirma a) apenas em I. b) apenas em II. c) apenas em I e II. d) apenas em II e III. e) em I, II e III. Aulas 07 e 08 Cartografia Segundo a Associação Cartográfica Internacional, a cartografia é definida como o conjunto de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas baseado nos resultados de observações diretas ou de análise de documentação, com vistas à elaboração e preparação de cartas, planos e outras formas de expressão, bem como sua utilização. A produção de mapas ocorre desde a pré-história, antes mesmo do surgimento da escrita. O primeiro mapa que se tem registro é o Ga-Sur, produzido entre 2400 a 2000 a.C., elaborado numa placa de barro com inscrições da escrita cuneiforme em uma representação do sul da Mesopotâmia. Os primeiros mapas eram confeccionados em placas de argila suméria e papiros egípcios. Ao longo da história, a cartografia foi evoluindo e desenvolvendo novas técnicas e, atualmente, é uma ferramenta de fundamental importância nas representações de áreas terrestres. Existem distintas representações cartográficas, entre elas estão: mapas, cartas, plantas, entre outros. Projeções Cartográficas A projeção cartográfica é definida como um traçado sistemático de linhas numa superfície plana, destinado à representação de paralelos de latitude e meridianos de longitude da Terra ou de parte dela, sendo a base para a construção dos mapas. A representação da superfície terrestre em mapas, nunca será isenta de distorções. Nesse sentido, as projeções cartográficas são desenvolvidas para minimizarem as imperfeições dos mapas e proporcionarem maior rigor científico à cartografia. - Tipos de projeção: Projeção Cilíndrica: o plano da projeção é um cilindro envolvendo a esfera terrestre. Depois de realizada a projeção dos paralelos e meridianos do globo para o cilindro, este é aberto ao longo de um meridiano, tornando-se um plano sobre o qual será desenhado o mapa.

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Projeção Cônica: a superfície terrestre é representada sobre um cone imaginário envolvendo a esfera terrestre. Os paralelos formam círculos concêntricos e os meridianos são linhas retas convergentes para os polos. Nessa projeção, as distorções aumentam conforme se afasta do paralelo de contato com o cone. A projeção cônica é muito utilizada para representar partes da superfície terrestre.

Projeção Plana ou Azimutal: a superfície terrestre é representada sobre um plano tangente à esfera terrestre. Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos, retos que se irradiam do polo. As deformações aumentam com o distanciamento do ponto de tangência. É utilizada principalmente, para representar as regiões polares e na localização de países na posição central.

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(Adaptado de www.brasilescola.com). Coordenadas Geográficas

Coordenadas geográficas são linhas imaginárias pelas quais a Terra foi “cortada”, essas linhas são os paralelos e meridianos, através deles é possível estabelecer localizações precisas em qualquer ponto do planeta. Podem ser representadas em graus (º), ou metros (UTM). • Plano Equatorial: É um plano imaginário que divide a Terra em dois polos: norte e sul, de forma igual, mas de uma maneira metafórica, é o mesmo que cortar uma laranja em duas partes iguais com uma faca. • Paralelos: São linhas imaginárias paralelas ao plano equatorial. • Meridianos: São linhas imaginárias paralelas ao meridiano de Greenwich que ligam os polos norte e sul. • Latitude: É a distância medida em graus de um determinado ponto do planeta entre o arco do meridiano e a linha do equador. • Longitude: É a localização de um ponto da superfície medida em graus, nos paralelos e no meridiano de Greenwich. Fusos horários

A necessidade dos fusos é devido ao movimento de rotação da Terra, durante o qual ela gira no seu próprio eixo, esse movimento dá origem a dias e noites, perfazendo em 24 horas. Ao realizar o movimento da Terra (rotação), um lado do planeta recebe luz solar (dia) e o outro lado fica sombreado (noite), o movimento e a luz do sol que incide criam as variações como manhã, tarde, noite, madrugada, então sempre há 24 horas distintas.

A partir dessas informações verifica-se que a Terra, que é esférica, possui 360o, e o movimento de rotação que ela realiza gasta 24 horas para ser realizado, se dividirmos 360o por 24 horas, obteremos 15o, então, cada 15o, que é a distância entre dois meridianos, corresponde a 1 hora, isso é denominado fuso horário.

O ponto Zero é o meridiano de Greenwich ao leste, a cada 15o aumenta 1 hora; e a oeste de Greenwich, a cada 15o diminui 1hora.

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(Adaptado de www.brasilescola.com). Escala Escala é a relação entre a medida de um objeto ou lugar representado no papel e sua medida real (IBGE). E = d/D Onde: E = Escala d = distância no mapa D = distância real Exercícios 7. (ENEM 2010) Pensando nas correntes e prestes a entrar no braço que deriva da Corrente do Golfo para o norte, lembrei-me de um vidro de café solúvel vazio. Coloquei no vidro uma nota cheia de zeros, uma bola cor rosa-choque. Anotei a posição e data: Latitude 49°49' N, Longitude 23°49’ W. Tampei e joguei na água. Nunca imaginei que receberia uma carta com a foto de um menino norueguês, segurando a bolinha e a estranha nota. KLINK. A. Parati: entre dois polos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998 (adaptado). No texto, o autor anota sua coordenada geográfica, que é a) a relação que se estabelece entre as distâncias representadas no mapa e as distâncias reais da superfície cartografada. b) o registro de que os paralelos são verticais e convergem para os polos, e os meridianos são círculos imaginários, horizontais e equidistantes. c) a informação de um conjunto de linhas imaginárias que permitem localizar um ponto ou acidente geográfico na superfície terrestre. d) a latitude como distância em graus entre um ponto e o Meridiano de Greenwich, e a longitude como a distância em graus entre um ponto e o Equador. e) a forma de projeção cartográfica, usada para navegação, onde os meridianos e paralelos distorcem a superfície do planeta. 8. 75º (graus) separam a cidade A da cidade B. Sabendo-se que na cidade B são 19:00h, e que esta encontra-se a leste da cidade A, que horas são na cidade A? Resposta: ______________________________________________________________________________________________________________________________ Aulas 09 e 10 O Capitalismo . Origens

Encontramos a origem do sistema capitalista na passagem da Idade

Média para a Idade Moderna. Com o renascimento urbano e comercial dos

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séculos XIII e XIV, surgiu na Europa uma nova classe social: a burguesia. Esta nova classe social buscava o lucro através de atividades comerciais.

Neste contexto, surgem também os banqueiros e cambistas, cujos ganhos estavam relacionados ao dinheiro em circulação, numa economia que estava em pleno desenvolvimento. Historiadores e economistas identificam nesta burguesia, e também nos cambistas e banqueiros, ideais embrionários do sistema capitalista: lucro, acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos negócios.

. Primeira Fase: Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo

Este período estende-se do século XVI ao XVIII. Inicia-se com as

Grandes Navegações e Expansões Marítimas Europeias, fase em que a burguesia mercante começa a buscar riquezas em outras terras fora da Europa. Os comerciantes e a nobreza estavam a procura de ouro, prata, especiarias e matérias-primas não encontradas em solo europeu. Estes comerciantes, financiados por reis e nobres, ao chegarem à América, por exemplo, vão começar um ciclo de exploração, cujo objetivo principal era o enriquecimento e o acúmulo de capital. Neste contexto, podemos identificar as seguintes características capitalistas: busca dos lucros, uso de mão de obra assalariada, moeda substituindo o sistema de trocas, relações bancárias, fortalecimento do poder da burguesia e desigualdades sociais.

. Segunda Fase: Capitalismo Industrial No século XVIII, a Europa passa por uma mudança significativa no que se refere ao sistema de produção. A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, fortalece o sistema capitalista e solidifica suas raízes na Europa e em outras regiões do mundo. A Revolução Industrial modificou o sistema de produção, pois colocou a máquina para fazer o trabalho que antes era realizado pelos artesãos. O dono da fábrica conseguiu, desta forma, aumentar sua margem de lucro, pois a produção acontecia com mais rapidez. Se por um lado esta mudança trouxe benefícios ( queda no preço das mercadorias), por outro a população perdeu muito. O desemprego, baixos salários, péssimas condições de trabalho, poluição do ar e rios e acidentes nas máquinas foram problemas enfrentados pelos trabalhadores deste período. O lucro ficava com o empresário que pagava um salário baixo pela mão de obra dos operários. As indústrias, utilizando máquinas à vapor, espalharam-se rapidamente pelos quatro cantos da Europa. O capitalismo ganhava um novo formato.

Muitos países europeus, no século XIX, começaram a incluir a Ásia e a África dentro deste sistema. Estes dois continentes foram explorados pelos europeus, dentro de um contexto conhecido como neocolonialismo. As populações destes continentes foram dominadas a força e tiveram suas matérias-primas e riquezas exploradas pelos europeus. Eram também forçados a trabalharem em jazidas de minérios e a consumirem os produtos industrializados das fábricas europeias. . Terceira Fase: Capitalismo Monopolista-Financeiro

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Iniciada no século XX, esta fase vai ter no sistema bancário, nas

grandes corporações financeiras e no mercado globalizado as molas mestras de desenvolvimento. Podemos dizer que este período está em pleno funcionamento até os dias de hoje. Grande parte dos lucros e do capital em circulação no mundo passa pelo sistema financeiro. A globalização permitiu as grandes corporações produzirem seus produtos em diversas partes do mundo, buscando a redução de custos. Estas empresas, dentro de uma economia de mercado, vendem estes produtos para vários países, mantendo um comércio ativo de grandes proporções. Os sistemas informatizados possibilitam a circulação e transferência de valores em tempo quase real. Apesar das indústrias e do comércio continuarem a lucrar muito dentro deste sistema, podemos dizer que os sistemas bancário e financeiro são aqueles que mais lucram e acumulam capitais dentro deste contexto econômico atual. Exercícios 9. (ENEM 2011) Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um profundo sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que uma das características da cidade era de ser limitada por portas e por uma muralha. DUBY, G. et al. “Seculos XIV-XV”. In: ARIES, P.; DUBY, G. História da vida privada da Europa Feudal à Renascença. Sao Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado). As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média, quando elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está diretamente relacionado com A) o crescimento das atividades comerciais e urbanas. B) a migração de camponeses e artesãos. C) a expansão dos parques industriais e fabris. D) o aumento do numero de castelos e feudos. E) a contenção das epidemias e doenças. 10. "A economia solidária foi criada por operários, no início do capitalismo industrial, como resposta à pobreza e ao desemprego que resultavam na utilização das máquinas, no início do século XIX. Com a criação de cooperativas, os trabalhadores buscavam independência econômica, colocando-as a serviço de todos os membros da empresa. Essa ideia persistiu e se espalhou: da reciclagem ao microcrédito, já existem milhares de empreendimentos desse tipo hoje em dia. Na economia solidária, todos os que trabalham são proprietários da empresa." A economia solidária, no âmbito da sociedade capitalista, institui complexas relações sociais, demonstrando que: a) a fraternidade entre patrões e empregados, comum no cooperativismo, tem gerado soluções criativas para o desempregado desde o início do capitalismo. b) a rejeição ao uso de novas tecnologias torna a empresa solidária mais

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ecologicamente sustentável que os empreendimentos capitalistas tradicionais. c) a prosperidade do cooperativismo, assim como a da pirataria e das formas de economia informal, resulta dos benefícios do não pagamento de impostos. d) as contradições inerentes ao sistema podem resultar em formas alternativas de produção. e) o modelo de cooperativismo dos regimes comunistas e socialistas representa uma alternativa econômica adequada ao capitalismo. Aulas 11 e 12 O Renascimento O Renascimento foi um importante movimento de ordem artística, cultural e científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna. Em um quadro de sensíveis transformações que não mais correspondiam ao conjunto de valores promulgados pelo pensamento medieval, o renascimento apresentou um novo conjunto de temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua época. A razão, de acordo com o pensamento da renascença, era uma manifestação do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua capacidade de questionar o mundo, o homem simplesmente dava vazão a um dom concedido por Deus (neoplatonismo). Outro aspecto fundamental das obras renascentistas era o privilégio dado às ações humanas, ou humanismo. Tal característica representava-se na reprodução de situações do cotidiano e na rigorosa reprodução dos traços e formas humanas (naturalismo). Esse aspecto humanista inspirava-se em outro ponto-chave do Renascimento: o elogio às concepções artísticas da Antiguidade Clássica ou Classicismo. É interessante ressaltar que muitos burgueses, ao entusiasmarem-se com as temáticas do Renascimento, financiavam muitos artistas e cientistas surgidos entre os séculos XIV e XVI. (Adaptado de: www.brasilescola.com) A Reforma Religiosa

Os movimentos religiosos que culminaram na grande reforma religiosa do século XVI tiveram início desde a Idade Média, através dos teólogos John Wycliffe e Jan Huss. Esses movimentos foram reprimidos, mas, na Inglaterra e na Boêmia (hoje República Tcheca), os ideais reformistas perseveraram em circunstâncias ocultas às tendências que fizeram romper a revolta religiosa na Alemanha.

No começo do século XVI, a Igreja passava por um período delicado. A venda de cargos eclesiásticos e de indulgências e o enfraquecimento das influências papais pelo prestígio crescente dos soberanos europeus, que muitas vezes influenciavam diretamente nas decisões da Igreja, proporcionaram um ambiente oportuno a um movimento reformista.

No final da Idade Média surgiu um forte espírito nacionalista que se desenvolveu em vários países onde a figura da Igreja, ou seja, do Papa, já estava em descrédito. Esse espírito nacionalista foi estrategicamente explorado

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pelos príncipes e monarcas, empenhados em aumentar os poderes monárquicos, colocando a Igreja em situação de subordinação.

Nesse período, os olhos se voltaram para o grande patrimônio da Igreja, que despertou a ambição de monarcas e nobres ávidos em anexar às suas terras as grandes e ricas propriedades da Igreja, que perfaziam um terço do território da Alemanha e um quinto do território da França. Sem contar na isenção de impostos sobre esse território eclesiástico, que aumentava o interesse dos mais abastados.

O ponto de partida da reforma religiosa foi o ataque de Martinho Lutero, em 1517, à prática da Igreja de vender indulgências. Martinho Lutero era um monge da ordem católica dos agostinianos, nascido em Eisleben, em 1483, na Alemanha. Após os primeiros estudos, Lutero matriculou-se na Universidade de Erfurt, em 1501, onde se graduou em Artes. Após ter passado alguns anos no mosteiro, estudando o pensamento de Santo Agostinho, foi nomeado professor de teologia da Universidade de Wittenberg.

Lutero admirava os escritos e as ideias de Jan Huss sobre a liberdade cristã e a necessidade de reconduzir o mundo cristão à simplicidade da vida dos primeiros apóstolos. Através de exaustivo estudo, Lutero encontrou respostas para suas dúvidas e, a partir desse momento, começou a defender A doutrina da salvação pela fé. Ele elaborou 95 teses que criticavam duramente a compra de indulgências. Eis algumas delas:

Tese 21 - Estão errados os que pregam as indulgências e afirmam ao próximo que ele será liberto e salvo de todo castigo dos pecados cometidos mediante indulgência do papa.

Tese 36 - Todo cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados e sente pesar por ter pecado tem total perdão dos pecados e consequentemente de suas dívidas, mesmo sem a carta de indulgência.

Tese 43 - Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que dá aos pobres ou empresta a quem necessita age melhor do que se comprasse indulgências. Esses princípios foram considerados uma afronta à Igreja Católica. Em

1521, o monge agostiniano, já declarado herege, foi definitivamente excomungado pela Igreja Católica, refugiando-se na Saxônia. Lutero não tinha a pretensão de dividir o povo cristão, mas a repercussão de suas teses foi amplamente difundida; e suas ideias, passadas adiante. Através da tradução da Bíblia para o idioma alemão, o número de adeptos às ideias de Lutero aumentou largamente; e, por outro lado, o poder da Igreja diminuiu consideravelmente.

Seus ideais reformistas religiosos desencadearam revoltas e assumiram dimensões políticas e socioeconômicas que fugiram do seu controle. A revolta social instalou-se e o descontentamento foi geral. Os príncipes tomaram as terras pertencentes à Igreja Católica e os camponeses revoltaram-se, em 1524, contra a exploração da Igreja e dos príncipes. Lutero, que era protegido pelos príncipes, condenou a revolta dos camponeses e do líder protestante radical, Thomaz Munzer. Munzer foi decapitado e um grande número de camponeses revoltados foi massacrado pelos exércitos organizados pelos príncipes locais

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apoiados por Lutero, que dizia “não há nada mais daninho que um homem revoltado...”.

A preocupação de Lutero em defender as aspirações feudais fez com que sua doutrina fosse considerada uma religião, a religião dos nobres. Esses nobres assumiram cargos importantes na Igreja, que foi chamada de Igreja Luterana. A reforma religiosa de Lutero chegou a outros países, como a Dinamarca, Suécia, Noruega, os quais foram rompendo os laços com a Igreja Católica, fomentando a reorganização das novas doutrinas religiosas. Exercícios 11. (ENEM 2011)

SMITH, D. Atlas da Situação Mundial. Sao Paulo: Cia. Editora Nacional, 2007 (adaptado). Uma explicação de caráter histórico para o percentual da religião com maior numero de adeptos declarados no Brasil foi a existência, no passado colonial e monárquico, da A) incapacidade do cristianismo de incorporar aspectos de outras religiões. B) incorporação da ideia de liberdade religiosa na esfera publica. C) permissão para o funcionamento de igrejas não cristas. D) relação de integração entre Estado e Igreja. E) influência das religiões de origem africana.

12. (Simulado COC – Enem 2011) "O Renascimento surgiu na Itália em virtude das condições favoráveis que essa região apresentava. Basta lembrar o grande desenvolvimento das "Repúblicas Italianas" (Florença, Veneza, Gênova, dentre outras) bastante enriquecidas em razão do monopólio do comércio de especiarias orientais. A tradição clássica era muito mais intensa na Itália do

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que em outras regiões europeias, e a atuação dos mecenas se fez sentir com extraordinário vigor." Tendo em vista a conjuntura descrita no texto acima, podemos concluir que: A) o autor refere-se exclusivamente às mudanças vinculadas ao declínio feudal e ao renascimento urbano comercial; B) as cidades italianas catalisavam as transformações econômicas e sociais, possibilitando a efervescência cultural, referencial de transformações que sintetizavam a época renascentista. C) a Renascença entravou o progresso cultural-científico da Europa Moderna, tendo como principal exemplo as "Repúblicas Italianas". D) o Renascimento e o Humanismo são movimentos europeus dos séculos XVIII e XIX, integrantes de um mesmo conjunto de fenômenos que no plano religioso, artístico, cultural e filosófico revelaram a decadência da sociedade capitalista em formação. E) o Renascimento e o Humanismo são movimentos europeus dos séculos XVIII e XIX, integrantes de um mesmo conjunto de fenômenos que no plano religioso, artístico, cultural e filosófico revelaram a decadência da sociedade capitalista em formação. Aulas 13 e 14

Podemos definir o absolutismo como um sistema político e administrativo que prevaleceu nos países da Europa, na época do Antigo Regime (séculos XVI ao XVIII ).

No final da Idade Média (séculos XIV e XV), ocorreu uma forte centralização política nas mãos dos reis. A burguesia comercial ajudou muito neste processo, pois interessa a ela um governo forte e capaz de organizar a sociedade. Portanto, a burguesia forneceu apoio político e financeiro aos reis, que em troca, criaram um sistema administrativo eficiente, unificando moedas e impostos e melhorando a segurança dentro de seus reinos.

Nesta época, o rei concentrava praticamente todos os poderes. Criava leis sem autorização ou aprovação política da sociedade. Criava impostos, taxas e obrigações de acordo com seus interesses econômicos. Agia em assuntos religiosos, chegando, até mesmo, a controlar o clero em algumas regiões.

Todos os luxos e gastos da corte eram mantidos pelos impostos e taxas pagos, principalmente, pela população mais pobre. Esta tinha pouco poder político para exigir ou negociar. Os reis usavam a força e a violência de seus exércitos para reprimir, prender ou até mesmo matar qualquer pessoa que fosse contrária aos interesses ou leis definidas pelos monarcas.

Exemplos de alguns reis deste período: Henrique VIII - Dinastia Tudor: governou a Inglaterra no século XVII Elizabeth I - Dinastia Stuart - rainha da Inglaterra no século XVII Luis XIV - Dinastia dos Bourbons - conhecido como Rei Sol - governou a França entre 1643 e 1715. Fernando e Isabel - governaram a Espanha no século XVI. Teóricos do Absolutismo

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Muitos filósofos desta época desenvolveram teorias e chegaram até

mesmo a escrever livros defendendo o poder dos monarcas europeus. Abaixo alguns exemplos:

Jacques Bossuet: para este filósofo francês o rei era o representante de Deus na Terra. Portanto, todos deveriam obedecê-lo sem contestar suas atitudes.

Nicolau Maquiavel: Escreveu um livro, “O Príncipe", onde defendia o poder dos reis. De acordo com as idéias deste livro, o governante poderia fazer qualquer coisa em seu território para conseguir a ordem. De acordo com o pensador, o rei poderia usar até mesmo a violência para atingir seus objetivos. É deste teórico a famosa frase: “Os fins justificam os meios."

Thomas Hobbes: Este pensador inglês, autor do livro “O Leviatã ", defendia a ideia de que o rei salvou a civilização da barbárie e, portanto, através de um contrato social, a população deveria ceder ao Estado todos os poderes. Mercantilismo: a prática econômica do absolutismo

Podemos definir o mercantilismo como sendo a política econômica

adotada na Europa durante o Antigo Regime. Como já dissemos, o governo absolutista interferia muito na economia dos países. O objetivo principal destes governos era alcançar o máximo possível de desenvolvimento econômico, através do acúmulo de riquezas. Quanto maior a quantidade de riquezas dentro de um rei, maior seria seu prestígio, poder e respeito internacional. Podemos citar como principais características do sistema econômico mercantilista: Metalismo, Industrialização, Protecionismo Alfandegário, Pacto Colonial, Balança Comercial Favorável. (Retirado de: http://www.suapesquisa.com/absolutismo/) Exercícios: 13. (ENEM 2010) O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo. MAQUIAVEL, N. O Principe, São Paulo: Martin Claret, 2009. No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na a) inércia do julgamento de crimes polêmicos. b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários. c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas. d) neutralidade diante da condenação dos servos. e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe. 14. (ENEM 2010) Quem construiu a Tebas de sete portas? Nos livros estão nomes de reis. Arrastaram eles os blocos de pedra?

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E a Babilônia várias vezes destruída. Quem a reconstruiu tantas vezes? Em que casas da Lima dourada moravam os construtores? Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta? A grande Roma está cheia de arcos do triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os césares? BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que le. Disponível em: http://recantodasletras.uol.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010. Partindo das reflexões de um trabalhador que lê um livro de História, o autor censura a memória construída sobre determinados monumentos e acontecimentos históricos. A crítica refere-se ao fato de que a) os agentes históricos de uma determinada sociedade deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos e, por isso, ficaram na memória. b) a História deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou dos governantes das civilizações que se desenvolveram ao longo do tempo. c) grandes monumentos históricos foram construídos por trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos governantes das sociedades que os construíram. d) os trabalhadores consideram que a História é uma ciência de difícil compreensão, pois trata de sociedades antigas e distantes no tempo. e) as civilizações citadas no texto, embora muito importantes, permanecem sem terem sido alvos de pesquisas históricas. Aulas 15 e 16 Iluminismo

No século XVIII, uma nova corrente de pensamento começou a tomar conta da Europa defendendo novas formas de conceber o mundo, a sociedade e as instituições. O chamado movimento iluminista aparece nesse período como um desdobramento de concepções desenvolvidas desde o período renascentista, quando os princípios de individualidade e razão ganharam espaço nos séculos iniciais da Idade Moderna.

No século XVII o francês René Descartes concebeu um modelo de verdade incontestável. Segundo este autor, a verdade poderia ser alcançada através de duas habilidades inerentes ao homem: duvidar e refletir. Nesse mesmo período surgiram proeminentes estudos no campo das ciências da natureza que também irão influenciar profundamente o pensamento iluminista.

Entre outros estudos destacamos a obra do inglês Isaac Newton. Por meio de seus experimentos e observações, Newton conseguiu elaborar uma série de leis naturais que regiam o mundo material. Tais descobertas acabaram colocando à mostra um tipo de explicação aos fenômenos naturais independente das concepções de fundo religioso. Dessa maneira, a dúvida, o experimento e a observação seriam instrumentos do intelecto capazes de decifrar as “normas” que organizam o mundo.

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Tal maneira de relacionar-se com o mundo, não só contribuiu para o desenvolvimento dos saberes no campo da Física, da Matemática, da Biologia e da Química. O método utilizado inicialmente por Newton acabou influenciando outros pensadores que também acreditavam que, por meio da razão, poderiam estabelecer as leis que naturalmente regiam as relações sociais, a História, a Política e a Economia. - Principais pensadores: . Descartes (1596-1650); . John Locke (1632-1704); . Voltaire (1694-1778); . Montesquieu (1688- 1775); . Rousseau (1712-1778); . Adam Smith (1723-1790). Exercícios: 15. (UFF 2010) O escritor e filósofo francês Voltaire, que viveu no século XVIII, é considerado um dos grandes pensadores do Iluminismo ou Século das Luzes. Ele afirma o seguinte sobre a importância de manter acesa a chama da razão: “Vejo que hoje, neste século que é a aurora da razão, ainda renascem algumas cabeças da hidra do fanatismo. Parece que seu veneno é menos mortífero e que suas goelas são menos devoradoras. Mas o monstro ainda subsiste e todo aquele que buscar a verdade arriscar-se-á a ser perseguido. Deve-se permanecer ocioso nas trevas? Ou deve-se acender um archote onde a inveja e a calúnia reacenderão suas tochas? No que me tange, acredito que a verdade não deve mais se esconder diante dos monstros e que não devemos abster-nos do alimento com medo de sermos envenenados”. Identifique a opção que melhor expressa esse pensamento de Voltaire. a) Aquele que se pauta pela razão e pela verdade não é um sábio, pois corre um risco desnecessário. b) A razão é impotente diante do fanatismo, pois esse sempre se impõe sobre os seres humanos. c) Aquele que se orienta pela razão e pela verdade deve munir-se da coragem para enfrentar o obscurantismo e o fanatismo. d) O fanatismo e o obscurantismo são coisas do passado e por isso a razão não precisa mais estar alerta. e) A razão envenena o espírito humano com o fanatismo. 16. (UFSCar-SP) Considere as proposições abaixo e assinale as que se incluem entre as ideias políticas e sociais defendidas pelos escritores iluministas do século XVIII. I. A razão é o único guia infalível da sabedoria e é o único critério para o julgamento do bem e do mal. II. A prosperidade de um país está condicionada à acumulação de metais preciosos, ouro e prata. III. O poder político vem de Deus, que é a fonte única de toda autoridade. IV. O homem é naturalmente bom e a educação aperfeiçoa as suas qualidades inatas.

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V. O poder político emana do povo, que deve ter o direito de escolher os seus governantes. a) I, II e IV b) I, III e V c) II, III e IV d) II, III e V e) I, IV e V Aulas 17 e 18. Independência dos EUA

Antes da Independência, os EUA era formado por treze colônias controladas pela metrópole: a Inglaterra. Dentro do contexto histórico do século XVIII, os ingleses usavam estas colônias para obter lucros e recursos minerais e vegetais não disponíveis na Europa. Era também muito grande a exploração metropolitana, com relação aos impostos e taxas cobrados dos colonos norte-americanos.

Colonização dos Estados Unidos

Para entendermos melhor o processo de independência norte-americano é importante conhecermos um pouco sobre a colonização deste território. Os ingleses começaram a colonizar a região no século XVII. A colônia recebeu dois tipos de colonização com diferenças acentuadas: - Colônias do Norte: região colonizada por protestantes europeus, principalmente ingleses, que fugiam das perseguições religiosas. Chegaram na América do Norte com o objetivo de transformar a região num próspero lugar para a habitação de suas famílias. Também chamada de Nova Inglaterra, a região sofreu uma colonização de povoamento com as seguintes características: mão de obra livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e produção para o consumo do mercado interno. - Colônias do Sul: colônias como a Virginia, Carolina do Norte e do Sul e Geórgia sofreram uma colonização de exploração. Eram exploradas pela Inglaterra e tinham que seguir o Pacto Colonial. Eram baseadas no latifúndio, mão de obra escrava, produção para a exportação para a metrópole e monocultura. Guerra dos Sete Anos

Esta guerra ocorreu entre a Inglaterra e a França entre os anos de 1756 e 1763. Foi uma guerra pela posse de territórios na América do Norte e a Inglaterra saiu vencedora. Mesmo assim, a metrópole resolveu cobrar os prejuízos das batalhas dos colonos que habitavam, principalmente, as colônias do norte. Com o aumento das taxas e impostos metropolitanos, os colonos fizeram protestos e manifestações contra a Inglaterra.

Metrópole aumenta taxas e impostos

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A Inglaterra resolveu aumentar vários impostos e taxas, além de criar novas leis que tiravam a liberdade dos norte-americanos. Dentre estas leis podemos citar: Lei do Chá (deu o monopólio do comércio de chá para uma companhia comercial inglesa), Lei do Selo ( todo produto que circulava na colônia deveria ter um selo vendido pelos ingleses), Lei do Açúcar (os colonos só podiam comprar açúcar vindo das Antilhas Inglesas).

Estas taxas e impostos geraram muita revolta nas colônias. Um dos acontecimentos de protesto mais conhecidos foi a Festa do Chá de Boston (The Boston Tea Party). Vários colonos invadiram, a noite, um navio inglês carregado de chá e, vestidos de índios, jogaram todo carregamento no mar. Este protesto gerou uma forte reação da metrópole, que exigiu dos habitantes os prejuízos, além de colocar soldados ingleses cercando a cidade.

Primeiro Congresso da Filadélfia

Os colonos do norte resolveram promover, no ano de 1774, um congresso para tomarem medidas diante de tudo que estava acontecendo. Este congresso não tinha caráter separatista, pois pretendia apenas retomar a situação anterior. Queriam o fim das medidas restritivas impostas pela metrópole e maior participação na vida política da colônia.

Porém, o rei inglês George III não aceitou as propostas do congresso, muito pelo contrário, adotou mais medidas controladoras e restritivas como, por exemplo, as Leis Intoleráveis. Uma destas leis, conhecida como Lei do Aquartelamento, dizia que todo colono norte-americano era obrigado a fornecer moradia, alimento e transporte para os soldados ingleses. As Leis Intoleráveis geraram muita revolta na colônia, influenciando diretamente no processo de independência.

Segundo Congresso da Filadélfia

Em 1776, os colonos se reuniram no segundo congresso com o objetivo maior de conquistar a independência. Durante o congresso, Thomas Jefferson redigiu a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Porém, a Inglaterra não aceitou a independência de suas colônias e declarou guerra. A Guerra de Independência, que ocorreu entre 1776 e 1783, foi vencida pelos Estados Unidos com o apoio da França e da Espanha. Constituição dos Estados Unidos Em 1787, ficou pronta a Constituição dos Estados Unidos com fortes características iluministas. Garantia a propriedade privada (interesse da burguesia), manteve a escravidão, optou pelo sistema de república federativa e defendia os direitos e garantias individuais do cidadão. Conteúdo Retirado de: http://www.suapesquisa.com/estadosunidos/ Exercícios 17. (UNESP 2003) Em 4 de julho de 1776, as treze colônias que vieram inicialmente a constituir os Estados Unidos da América (EUA) declaravam sua independência e justificavam a ruptura do Pacto Colonial. Em palavras profundamente subversivas para a época, afirmavam a igualdade dos homens e apregoavam como seus direitos inalienáveis: o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade. Afirmavam que o poder dos governantes, aos quais cabia

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a defesa daqueles direitos, derivava dos governados. Esses conceitos revolucionários que ecoavam o Iluminismo foram retomados com maior vigor e amplitude treze anos mais tarde, em 1789, na França. (Emília Viotti da Costa. Apresentação da coleção. In: Wladimir Pomar. Revolução Chinesa. São Paulo: UNESP, 2003 (com adaptações)). Considerando o texto acima, acerca da independência dos EUA e da Revolução Francesa, assinale a opção correta. a) A independência dos EUA e a Revolução Francesa integravam o mesmo contexto histórico, mas se baseavam em princípios e ideais opostos. b) O processo revolucionário francês identificou-se com o movimento de independência norte-americana no apoio ao absolutismo esclarecido. c) Tanto nos EUA quanto na França, as teses iluministas sustentavam a luta pelo reconhecimento dos direitos considerados essenciais à dignidade humana. d) Por ter sido pioneira, a Revolução Francesa exerceu forte influência no desencadeamento da independência norte-americana. e) Ao romper o Pacto Colonial, a Revolução Francesa abriu o caminho para as independências das colônias ibéricas situadas na América. 18. Leia o texto a seguir: "[...] A independência e a construção do novo regime republicano foi um projeto levado adiante pelas elites das colônias. Escravos, mulheres e pobres não são os líderes desse movimento. A independência norte-americana (EUA) é um fenômeno branco, predominantemente masculino e latifundiário ou comerciante. [...]" Fonte: KARNAL, L. "Estados Unidos: da colônia à independência". São Paulo: contexto, 1990. (coleção repensando a história). P. 67. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o processo de independência dos Estados Unidos, é correto afirmar que: ·. a) O movimento de independência da América do Norte não representou a união das treze colônias por um sentimento único de nação, mas sim, um movimento contra o domínio da Inglaterra, potencializado pelo sentimento antibritânico. b) A América do Norte independente, com as reformas de caráter democrático, aboliu as diferenças entre os habitantes da colônia, instituindo a prática da inclusão por meio de uma Constituição Liberal. c) A colonização da América do Norte pela Inglaterra diferenciou-se daquela feita na América do Sul pelos espanhóis e portugueses porque contou com a organização e assistência da metrópole nesse empreendimento de conquista e exploração. d) A força do catolicismo foi preponderante no processo de emancipação, pois incentivava o crescimento espiritual da população, libertação dos escravos e a expansão territorial - crescimento que só seria possível cortando os laços com a metrópole. e) Um dos problemas apresentados no período de lutas pela independência dos EUA foi a falta de um projeto comum entre as colônias do norte e as colônias do sul que não se harmonizavam quanto a um acordo na forma de promulgar a Constituição estadunidense do norte e do sul. Aulas 19 e 20

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Revolução Francesa

A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.

A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à guilhotina.

A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.

A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.

A Revolução Francesa (14/07/1789)

A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.

O lema dos revolucionários era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês. Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.

No mês de agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.

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Girondinos e Jacobinos: Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres. A Fase do Terror: Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas, recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados à morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época. A burguesia no poder: Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura. Conclusão

A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. A Revolução Francesa também influenciou, com seus ideais iluministas, a independência de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil. Conteúdo retirado de:: http://www.suapesquisa.com/francesa/ Exercícios 19. (ENEM 2004) Algumas transformações que antecederam a Revolução Francesa podem ser exemplificadas pela mudança de significado da palavra “restaurante”. Desde o final da Idade Média, a palavra restaurant designava caldos ricos, com carne de aves e de boi, legumes, raízes e ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, um local onde se vendiam esses caldos, usados para restaurar as forças dos trabalhadores. Nos anos que precederam a Revolução, em 1789, multiplicaram-se diversos restaurateurs, que serviam pratos requintados, descritos em páginas emolduradas e servidos não mais em mesas coletivas e mal cuidadas, mas individuais e com toalhas limpas. Com a Revolução, cozinheiros da corte e da nobreza perderam seus patrões, refugiados no exterior ou guilhotinados, e abriram seus restaurantes por conta

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própria. Apenas em 1835, o Dicionário da Academia Francesa oficializou a utilização da palavra restaurante com o sentido atual. A mudança do significado da palavra restaurante ilustra: a) a ascensão das classes populares aos mesmos padrões de vida da burguesia e da nobreza. b) a apropriação e a transformação, pela burguesia, de hábitos populares e dos valores da Nobreza. c) a incorporação e a transformação, pela nobreza, dos ideais e da visão de mundo da burguesia. d) a consolidação das práticas coletivas e dos ideais revolucionários, cujas origens remontam à Idade Média. e) a institucionalização, pela nobreza, de práticas coletivas e de uma visão de mundo igualitária. 20. (PUC-RIO 2003) Quais das afirmativas abaixo apresentam, de modo correto, acontecimentos da Revolução Francesa nos quais os diversos grupos sociais e políticos implementaram ações que transformaram a sociedade da época? I - Instalada a Assembleia Nacional (1789), os constituintes se apressaram em formular a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. II - Grupos camponeses promoveram invasões e saques em propriedades rurais, influenciando a decisão da Assembleia Nacional de abolir os direitos feudais. III - Durante a Convenção (1792-1794), houve a implantação da República e a adoção do sufrágio universal. IV - O governo de Napoleão Bonaparte decretou o Código Civil, que incorporou na legislação francesa os princípios liberais burgueses. Assinale: A) Se somente I, III e IV estão corretas. B) Se somente I, II e IV estão corretas. C) Se somente II, III e IV estão corretas. D) Se somente I e III estão corretas. E) Se todas as afirmativas estão corretas. Aulas 21 e 22. Revolução Industrial

Começa na Inglaterra, em meados do século XVIII. Caracteriza-se pela passagem da manufatura à indústria mecânica. A introdução de máquinas fabris multiplica o rendimento do trabalho e aumenta a produção global. A Inglaterra adianta sua industrialização em 50 anos em relação ao continente europeu e sai na frente na expansão colonial. Processo Tecnológico

A invenção de máquinas e mecanismos como a lançadeira móvel, a produção de ferro com carvão de coque, a máquina a vapor, a fiandeira

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mecânica e o tear mecânico causam uma revolução produtiva. Com a aplicação da força motriz às máquinas fabris, a mecanização se difunde na indústria têxtil e na mineração. As fábricas passam a produzir em série e surge a indústria pesada (aço e máquinas). A invenção dos navios e locomotivas a vapor acelera a circulação das mercadorias. Empresários e Proletários

O novo sistema industrial transforma as relações sociais e cria duas novas classes sociais, fundamentais para a operação do sistema. Os empresários (capitalistas) são os proprietários dos capitais, prédios, máquinas, matérias-primas e bens produzidos pelo trabalho. Os operários, proletários ou trabalhadores assalariados, possuem apenas sua força de trabalho e a vendem aos empresários para produzir mercadorias em troca de salários. Exploração do Trabalho

No início da revolução os empresários impõem duras condições de trabalho aos operários sem aumentar os salários para assim aumentar a produção e garantir uma margem de lucro crescente. A disciplina é rigorosa mas as condições de trabalho nem sempre oferecem segurança. Em algumas fábricas a jornada ultrapassa 15 horas, os descansos e férias não são cumpridos e mulheres e crianças não têm tratamento diferenciado. Movimentos Operários

Surgem dos conflitos entre operários, revoltados com as péssimas

condições de trabalho, e empresários. As primeiras manifestações são de depredação de máquinas e instalações fabris. Com o tempo surgem organizações de trabalhadores da mesma área. Sindicalismo

Resultado de um longo processo em que os trabalhadores conquistam gradativamente o direito de associação. Em 1824, na Inglaterra, são criados os primeiros centros de ajuda mútua e de formação profissional. Em 1833 os trabalhadores ingleses organizam os sindicatos (trade unions) como associações locais ou por ofício, para obter melhores condições de trabalho e de vida. Os sindicatos conquistam o direito de funcionamento em 1864 na França, em 1866 nos Estados Unidos, e em 1869 na Alemanha.

Consequência do Processo de Industrialização

As principais são a divisão do trabalho, a produção em série e a

urbanização. Para maximizar o desempenho dos operários as fábricas subdividem a produção em várias operações e cada trabalhador executa uma única parte, sempre da mesma maneira (linha de montagem). Enquanto na manufatura o trabalhador produzia uma unidade completa e conhecia assim

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todo o processo, agora passa a fazer apenas parte dela, limitando seu domínio técnico sobre o próprio trabalho.

Acúmulo de Capital

Depois da Revolução Gloriosa a burguesia inglesa se fortalece e permite que o país tenha a mais importante zona livre de comércio da Europa. O sistema financeiro é dos mais avançados. Esses fatores favorecem o acúmulo de capitais e a expansão do comércio em escala mundial.

Controle do Campo

Cada vez mais fortalecida, a burguesia passa a investir também no

campo e cria os cercamentos (grandes propriedades rurais). Novos métodos agrícolas permitem o aumento da produtividade e racionalização do trabalho. Assim, muitos camponeses deixam de ter trabalho no campo ou são expulsos de suas terras. Vão buscar trabalho nas cidades e são incorporados pela indústria nascente.

Crescimento Populacional

Os avanços da medicina preventiva e sanitária e o controle das

epidemias favorecem o crescimento demográfico. Aumenta assim a oferta de trabalhadores para a indústria.

Reservas de Carvão

Além de possuir grandes reservas de carvão, as jazidas inglesas estão

situadas perto de portos importantes, o que facilita o transporte e a instalação de indústrias baseadas em carvão. Nessa época a maioria dos países europeus usa madeira e carvão vegetal como combustíveis. As comunicações e comércio internos são facilitados pela instalação de redes de estradas e de canais navegáveis. Em 1848 a Inglaterra possui 8 mil km de ferrovias. Situação Geográfica

A localização da Inglaterra, na parte ocidental da Europa, facilita o

acesso às mais importantes rotas de comércio internacional e permite conquistar mercados ultramarinos. O país possui muitos portos e intenso comércio costeiro. Expansão Industrial

A segunda fase da revolução (de 1860 a 1900) é caracterizada pela

difusão dos princípios de industrialização na França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão. Cresce a concorrência e a indústria de bens de produção. Nessa fase as principais mudanças no processo produtivo são a utilização de novas formas de energia (elétrica e derivada de petróleo).

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Era das Invenções Nos séculos XVIII e XIX a tecnologia vai adquirindo seu caráter moderno

de ciência aplicada. As descobertas e invenções encontram rapidamente aplicação prática na indústria ou no desenvolvimento da ciência. Os próprios cientistas, muitos ainda autodidatas, transformam-se em inventores, como Michael Faraday, Lord Kelvin e Benjamin Franklin.

Benjamin Franklin

(1706-1790), estadista, escritor e inventor americano. Nasce em Boston,

em uma família humilde e numerosa - 17 irmãos. Aos 10 anos, começa a trabalhar com o pai, um fabricante de sabão. Aos 12, emprega-se como aprendiz na gráfica de um de seus irmãos.

Em 1723, muda-se para a Filadélfia, quando começa a dedicar-se às letras e às ciências. Autodidata, aprende diversas línguas. Em 1730, já é proprietário de uma oficina gráfica e da Gazeta da Pensilvânia. Membro da Assembléia da Pensilvânia, dedica-se à política e à pesquisa científica. Em 1752, inventa o pára-raios. Quinze anos depois, ajuda a elaborar a Declaração de Independência dos EUA. Seu retrato aparece na nota de US$ 100.

Eletricidade - Da primeira pilha, produzida em 1800 por Alessandro Volta, até a lâmpada elétrica de Thomas Edison, em 1878, centenas de pesquisadores dedicam-se a estudar a eletricidade em várias partes do mundo. Suas descobertas aceleram o desenvolvimento da física e da química e os processos industriais.

Thomas Alva Edison

(1847-1931) - é um dos grandes inventores norte-americanos. Nasce

em Ohio, filho de um operário de ferro-velho. É alfabetizado pela mãe e, aos 12 anos, começa a trabalhar como vendedor de jornais. Durante a Guerra de Secessão instala uma impressora num vagão de trem e inicia a publicação do semanário The Weekly Herald, o qual redige, imprime e vende. Dedica-se à pesquisa científica e é um dos primeiros a criar um laboratório comercial especializado em invenções práticas. Emprega dezenas de cientistas e pesquisadores. Até 1928, já havia registrado mais de mil invenções, como o fonógrafo (1877), a lâmpada incandescente (1878) e o cinetoscópio (1891).

Exercícios 21. (ENEM 2010) A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os novos altos fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder. DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).

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Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da Revolução Industrial Inglesa e as características das cidades industriais no início do século XIX? a) A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas transformava as cidades em espaços privilegiados para a livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista. b) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial. c) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento dos trabalhadores das periferias até as fábricas. d) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia e da arquitetura do período, transformando as cidades em locais de experimentação estética e artística. e) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene. 22. (ENEM 2010) A evolução do processo de transformação de matérias primas em produtos acabados ocorreu em três estágios: artesanato, manufatura e maquinofatura. Um desses estágios foi o artesanato, em que se a) trabalhava conforme o ritmo das máquinas e de maneira padronizada. b) trabalhava geralmente sem o uso de máquinas e de modo diferente do modelo de produção em série. c) empregavam fontes de energia abundantes para o funcionamento das máquinas. d) realizava parte da produção por cada operário, com uso de máquinas e trabalho assalariado. e) faziam interferências do processo produtivo por técnicos e gerentes com vistas a determinar o ritmo de produção. Aulas 23 e 24 Cidades: surgimento, desenvolvimento e problemas.

As primeiras cidades como Ur e Babilônia, surgiram na Mesopotâmia, nos vales dos rios Tigres e Eufrates, no atual Iraque. Por volta de 2500 a.C, acredita-se que Ur chegou a ter 50 mil habitantes, enquanto Babilônia, 80 mil. Depois outras cidades surgiram ainda associadas aos vales fluviais como Mênfis e Tebas, no vale do Nilo (Egito); Mohenjodaro, no vale do Indo (centro-norte da Índia); Pequim e Hang-chou, no vale do rio Amarelo (China).

Diversos pesquisadores afirmam que essas cidades fazem parte de "civilizações hidráulicas", pois surgiram associadas e dependentes aos rios que as abasteciam, principalmente em relação à necessidade de terras férteis e de irrigação para a produção de alimentos excedentes. Também surgiram cidades

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por volta de 500 a.C, como Tenochtitlán, capital do Império Asteca (atual Cidade do México) que chegou a ter 100 mil habitantes.

Com o passar do tempo as cidades chegaram a atingir dimensões impressionantes. Atenas, na Grécia antiga, em sua fase esplendorosa chegou a ter por volta de 250 mil habitantes. Já Roma, a capital do Império Romano, chegou a congregar no século 1º d.C., mais de um milhão de habitantes. Devido à expansão do Império Romano, novas cidades surgiram no norte da África, no Oriente Próximo, na Grécia, na Gália e na Bretanha.

Com a invasão dos povos bárbaros - vindos do norte e do leste da Europa - nas terras do Império Romano, encerrou-se o período histórico conhecido como Antiguidade e teve início a Idade Média, caracterizada por um retrocesso da urbanização.

Independentemente dos exemplos acima, a urbanização ganhou escala mundial somente no século XX. INDUSTRIALIZAÇÃO E CRESCIMENTO URBANO

O início desse processo de urbanização originou-se com a primeira Revolução Industrial no final do século 18, a partir da Inglaterra. A evolução das técnicas agrícolas, trazidas por ela, permitiu que o trabalho humano fosse sendo substituído pela força das máquinas. Isso possibilitou que o êxodo rural se tornasse a maior causa da urbanização nos últimos dois séculos.

Ao mesmo tempo em que expulsava a mão de obra do campo, a industrialização exercia uma força de atração das populações para as cidades, pois criava novos postos de trabalho urbano. Esse processo crescia a cada ano, porque com o aumento da população da cidade, o comércio foi estimulado, gerando mais postos de trabalho. Além disso, para atender a esse crescente contingente de pessoas que migraram para as cidades, houve também o crescimento do setor terciário, por causa da criação de novos serviços, o que originava mais trabalho. URBANIZAÇÃO HOJE

No século 20, o processo de urbanização se generalizou, ou seja, se espalhou por toda a superfície do planeta. Vale lembrar que até meados deste século o fenômeno da urbanização era lento e circunscrito aos países que primeiro se industrializaram, os chamados países desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento, a urbanização se intensificou a partir de 1950, graças ao crescimento da industrialização.

No início do século 19, menos de 5% da humanidade vivia em cidades. No início do século 21, mais de 50% da população mundial já vive em cidades. Atualmente, três quartos dos habitantes dos países desenvolvidos vivem em cidades. Já entre os países em desenvolvimento, há grandes diferenças. Por exemplo, enquanto na América Latina e no Caribe a taxa de urbanização é tão elevada quanto à de países desenvolvidos, na Ásia e na África o índice não passa de 38%. Ao analisarmos os dados distribuídos na tabela abaixo, observamos que, de fato, a urbanização no mundo não é homogênea. PROBLEMAS URBANOS

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O inchaço das cidades gera graves consequências econômicas e sociais

nos países, sobretudo aqueles em desenvolvimento, devido à rapidez do processo de urbanização e da carência de infraestruturas urbanas (sistema de transportes, de energia, de água, de esgoto, de saúde e de moradia) para atender a todos os habitantes. Segundo a ONU, 30% da população mundial que reside em cidades vivem na absoluta pobreza. Entre 20 milhões e 40 milhões de famílias não têm onde morar e por volta de 920 milhões residem em favelas ou áreas irregulares.

Outro problema é a falta de postos de trabalho, o que leva 37% dos habitantes das cidades de países em desenvolvimento a trabalhar no setor informal. A esses problemas se somam o trânsito caótico, a alta produção de lixo, a violência, a poluição atmosférica, do solo e das águas, etc.

Para os problemas urbanos, de qualquer modo, não existem soluções mágicas, que se possam obter em curto prazo. Isso, se de fato existirem soluções - o que ninguém pode prever. No entanto, uma coisa é certa: o processo de urbanização é irreversível. Conteúdo retirado de: http://educacao.uol.com.br/geografia/cidades-historia-e-problemas-da-urbanizacao.jhtm Exercícios 23. (ENEM 2011) Subindo morros, margeando córregos ou penduradas em palafitas, as favelas fazem parte da paisagem de um terço dos municípios do país, abrigando mais de 10 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE). MARTINS, A. R. A favela como um espaço da cidade. Disponível em: http://www.revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 31 jul. 2010. A situação das favelas no país reporta a graves problemas de desordenamento territorial. Nesse sentido, uma característica comum a esses espaços tem sido A) o planejamento para a implantação de infraestruturas urbanas necessárias para atender as necessidades básicas dos moradores. B) a organização de associações de moradores interessadas na melhoria do espaço urbano e financiadas pelo poder público. C) a presença de ações referentes à educação ambiental com consequente preservação dos espaços naturais circundantes. D) a ocupação de áreas de risco suscetíveis a enchentes ou desmoronamentos com consequentes perdas materiais e humanas. E) o isolamento socioeconômico dos moradores ocupantes desses espaços com a resultante multiplicação de políticas que tentam reverter esse quadro. 24. (ENEM 2010) Os lixões são o pior tipo de disposição final dos resíduos sólidos de uma cidade, representando um grave problema ambiental e de saúde pública. Nesses locais, o lixo é jogado diretamente no solo e a céu aberto, sem nenhuma norma de controle, o que causa, entre outros problemas, a contaminação do solo e das águas pelo chorume (líquido escuro com alta

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carga poluidora, proveniente da decomposição da matéria orgânica presente no lixo). RICARDO, B.; CANPANILLI, M. Almanaque Brasil Socioambiental 2008. São Paulo, Instituto Socioambiental, 2007. Considere um município que deposita os resíduos sólidos produzidos por sua população em um lixão. Esse procedimento é considerado um problema de saúde pública porque os lixões a) causam problemas respiratórios, devido ao mau cheiro que provém da decomposição. b) são locais propícios à proliferação de vetores de doenças, além de contaminarem o solo e a águas. c) provocam o fenômeno da chuva ácida, devido aos gases oriundos da decomposição da matéria orgânica. d) são instalados próximos ao centro das cidades, afetando toda a população que circula diariamente na área. e) são responsáveis pelo desaparecimento das nascentes na região onde são instalados, o que leva à escassez de água. Aulas 25 e 26 Espaço Agrário: Revolução e Desenvolvimento.

A evolução da capacidade de produção, nos últimos 50 anos, foi em média superior ao crescimento da população mundial. Apesar disso, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação), neste início de milênio, 852 milhões de pessoas viviam em estado de fome crônica ou de subnutrição, sendo que 815 milhões nos países subdesenvolvidos.

O espaço rural de vários países se modernizou. A mecanização agrícola, o uso da biotecnologia, de sistemas de estocagem e escoamento da produção tornou a agropecuária mais produtiva e competitiva. Os investimentos e o controle da produção agrícola por grandes empresas disseminou a utilização de produtos apropriados à correção do solo, de adubos químicos, de agrotóxicos, de rações, de sementes geneticamente modificadas, etc. Por outro lado, diversas regiões do mundo vivem as tragédias da subnutrição e da fome.

O Brasil em seu imenso território vive essa mesma contradição. Coloca-se entre os dez maiores exportadores agrícolas mundiais, desenvolve uma agricultura moderna e de elevada competitividade, possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, ao mesmo tempo em que uma parte expressiva da população rural vive em condições miseráveis.

A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA

O primeiro grande avanço tecnológico nas atividades agropecuárias ocorreu dentro do mesmo processo da Revolução Industrial, no século XVIII. Os países que se industrializaram nesse período modernizaram os seus sistemas de cultivo, elevaram a produção e a produtividade - produzir mais com

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menos terra e mão de obra -- introduziram novas técnicas com o desenvolvimento de instrumentos agrícolas.

A migração para as cidades, nesse período, também diminuiu o número de pessoas envolvidas nas atividades agrícolas. Dessa forma, a Revolução Industrial e a intensa urbanização gerada por ela exigiram uma Revolução Agrícola, capaz de ampliar o fornecimento de matérias-primas à indústria e a produção de alimentos necessária ao abastecimento de uma população que se urbanizava.

A REVOLUÇÃO VERDE

A partir da segunda metade do século XX, os países desenvolvidos criaram uma estratégia de elevação da produção agrícola mundial por meio da introdução de técnicas mais apropriadas de cultivo, mecanização, uso de fertilizantes, defensivos agrícolas e a utilização de sementes VAR (Variedades de Alto Rendimento) em substituição às sementes tradicionais, menos resistentes aos defensivos agrícolas. Concebido nos Estados Unidos, esse processo ficou conhecido como Revolução Verde. Sua principal bandeira era combater a fome e a miséria dos países mais pobres, por meio da introdução de técnicas mais modernas de cultivo.

Ao mesmo tempo em que modernizou a agricultura em alguns países subdesenvolvidos, a Revolução Verde elevou a dependência em relação aos países mais ricos que detinham a tecnologia indispensável ao cultivo das novas sementes e forneciam os insumos necessários para viabilizar a produção.

A elevação da produtividade diminuiu o preço de diversos produtos para o consumidor, mas o custo dos insumos aumentou numa escala muito maior. A produção de determinados gêneros contemplados pela Revolução Verde era viável quando realizada em grande escala, em grandes propriedades agrícolas.

Dessa forma, muitos pequenos proprietários ligados à agricultura comercial ficaram incapacitados de incorporar essas novas tecnologias, abandonaram suas atividades e venderam as suas propriedades, com impacto desastroso na estrutura fundiária de diversos países, entre eles o Brasil. Quanto à erradicação da fome, a principal promessa da Revolução Verde, os próprios dados da ONU mostram os resultados insuficientes.

A REVOLUÇÃO TRANSGÊNICA

Os transgênicos são espécies cuja constituição genética foi alterada artificialmente e convertida a uma forma que não existe na natureza. É um ser vivo que recebeu um gene de outra espécie animal ou vegetal. O gene inserido pode vir de outra planta ou mesmo de outra espécie completamente diferente. No caso das plantas a modificação é feita visando um organismo com características diferentes das suas, como por exemplo tornar uma planta mais resistente a pragas e insetos. A planta resultante dessa inserção passa a ser denominada como "geneticamente modificada"

A partir de 1953, com a descoberta da estrutura das moléculas do DNA, a biotecnologia provocou uma nova revolução na agricultura. Com isso o homem viu a possibilidade de manipular, trocar de lugar as letras do código

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genético e já na década de 70, descobriu-se como unir fragmentos de diferentes espécies.

Através de técnicas utilizadas para alteração de genes em diferentes organismos, com a fusão de genes de espécies diferentes que jamais se cruzariam na natureza, foram criadas diversas variedades transgênicas ou OGMs (Organismos Geneticamente Modificados).

Pouco mais de dez anos depois, as primeiras plantas transgênicas passaram a ser produzidas comercialmente e com isso a biotecnologia ganhou cada vez mais destaque no cenário científico e tecnológico, com a promessa de uma agricultura mais produtiva e menos dependente do uso de agrotóxicos. E com essa promessa vieram também as dúvidas sobre os efeitos secundários dos transgênicos e as consequências que podem provocar na saúde e no ambiente.

É uma discussão que envolve oposições econômicas, sociais e ambientais. De um lado estão os defensores da biotecnologia, que defendem o aumento da produção de alimentos a partir da redução de custos a ponto de atacar o problema da fome mundial. De outro lado, estão aqueles que argumentam sobre o impacto ainda desconhecido dos transgênicos sobre a saúde e o meio ambiente.

As principais variedades transgênicas da grande agricultura como soja, milho, algodão, canela, mandioca, tabaco, arroz, tomate e trigo são controladas atualmente por poucas empresas multinacionais como a Novartis, a Monsanto, a Du Pont, a AstraZeneca e a Aventis.

Como as sementes transgênicas, diferentemente das sementes tradicionais, nunca são geradas pela própria planta e, portanto, têm que ser adquiridas a cada novo plantio, teme-se que tais corporações assumam o controle da produção das sementes transgênicas e isso resulte no controle do mercado mundial de alimentos, apesar da vasta produção de produtos orgânicos.

Talvez o mundo não esteja ainda totalmente preparado para os grandes avanços da era da moderna biotecnologia ou tecnologia do DNA recombinante. A chegada da genética como a nova matéria prima da economia, provavelmente irá causar grandes modificações na história da humanidade.

TRANSGÊNICOS NO BRASIL

Em março de 2005, foi aprovada pelo Congresso Nacional a Lei da Biossegurança, essa Lei tem o objetivo de proteger a diversidade e a integridade do patrimônio genético do país, ou seja, um conjunto de medidas destinadas à prevenção de riscos em processos de pesquisas, serviços e atividades econômicas que possam garantir a saúde humana e evitar impactos negativos ao meio ambiente. A Lei da Biossegurança funciona através da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CNTBio, do Ministério da Ciência e Tecnologia. No Brasil, é crime liberar no ambiente OGMs sem autorização da CTNBio.

A CTNBio é a instituição responsável em proteger a diversidade e integridade do patrimônio genético brasileiro pelo estabelecimento de normas

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de segurança e de pareceres técnicos relativos que autorizam ou não testes de campo, produção e comercialização de OGMs.

A viabilidade da agricultura menos dependente de insumos e mais produtiva é uma realidade no mundo todo. No Brasil, a questão sobre plantar ou não transgênicos não pode ser dirigida somente às questões voltadas ao mercado consumidor, pois envolvem aspectos de natureza econômica, política e social.

Governos e instituições devem se cercar de todas as garantias que indiquem, previnam e evitem males resultantes da introdução precipitada e em larga escala de qualquer tecnologia que, se usada sem cautela, em vez de ser uma arma capaz de ajudar a produzir alimentos, pode resultar em desastres, uma vez que os riscos à saúde e ao ambiente não foram ainda suficientemente estudados. Conteúdo retirado de: http://educacao.uol.com.br/geografia/agricultura-revolucoes-agricola-e-verde-e-transgenicos.jhtm Exercícios 25. (ENEM 2011) A Floresta Amazônica, com toda a sua imensidão, não vai estar ai para sempre. Foi preciso alcançar toda essa taxa de desmatamento de quase 20 mil quilômetros quadrados ao ano, na ultima década do século XX, para que uma pequena parcela de brasileiros se desse conta de que o maior patrimônio natural do pais esta sendo torrado. AB’SABER, A. Amazônia: do discurso a práxis. São Paulo: EdUSP, 1996. Um processo econômico que tem contribuído na atualidade para acelerar o problema ambiental descrito e: a) Expansão do Projeto Grande Carajás, com incentivos a chegada de novas empresas mineradoras. b) Difusão do cultivo da soja com a implantação de monoculturas mecanizadas. c) Construção da rodovia Transamazônica, com o objetivo de interligar a região Norte ao restante do país. d) Difusão do cultivo da soja com a implantação de monoculturas mecanizadas. e) Ampliação do polo industrial da Zona Franca de Manaus, visando atrair empresas nacionais e estrangeiras. 26. (ENEM 2010) Antes, eram apenas as grandes cidades que se apresentavam como o império da técnica, objeto de modificações, suspensões, acréscimos, cada vez mais sofisticadas e carregadas de artifício. Esse mundo artificial inclui, hoje, o mundo rural. SANTOS, M. A Natureza do Espaco. São Paulo: Hucitec, 1996. Considerando a transformação mencionada no texto, uma consequência socioespacial que caracteriza o atual mundo rural brasileiro é a) a redução do processo de concentração de terras. b) o aumento do aproveitamento de solos menos férteis. c) a ampliação do isolamento do espaço rural. d) a estagnação da fronteira agrícola do país. e) a diminuição do nível de emprego formal.

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Aulas 27 e 28 A Grande Guerra de 1914

Vários problemas atingiam as principais nações europeias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.

Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.

Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.

O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.

O início da Grande Guerra

O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.

Política de Alianças

Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha (a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.

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O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.

Desenvolvimento

As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.

Fim do conflito

Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.

A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos. Conteúdo retirado de: http://www.suapesquisa.com/primeiraguerra/ Aulas 29 e 30 Teorias do Subdesenvolvimento

Crescimento econômico e desenvolvimento não são conceitos sinônimos. O crescimento econômico pode ocorrer numa fase em que o mercado está em expansão, o que favorece o aumento da produção: mais gente comprando, as empresas produzem mais.

Mas esse aumento da produção pode não vir acompanhado do desenvolvimento de novas tecnologias para o processo produtivo, nem acarretar melhorias sociais. O único efeito social direto do crescimento é a oferta maior de empregos.

O desenvolvimento tem um sentido mais amplo, envolvendo questões econômicas (aumento da produção, modernização tecnológica etc.) e sociais (melhora da qualidade de vida da população).

De maneira geral, o mundo subdesenvolvido é dependente do mundo desenvolvido. Essa dependência se manifesta pela necessidade de atrair

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capital externo, dinheiro de empresas multinacionais para fazer investimentos produtivos e em infraestrutura.

INFRAESTRUTURA

Infraestrutura é a parte (a maior parte das vezes invisível) de uma cidade ou outra organização humana, sem a qual nada funciona. Rede de esgotos, abastecimento de água, energia elétrica, coleta de águas pluviais, rede telefônica, gás canalizado, sistema médico-hospitalar, escolas - tudo isso se encaixa nessa definição.

Nos países subdesenvolvidos, mesmo com investimentos vindos de fora, a infraestrutura destinada ao atendimento da população é insuficiente. Isso resulta em graves problemas sociais.

Um dos efeitos de captar esse tipo de investimento é a dependência tecnológica. Quando a tecnologia é toda importada, e não há verbas para pesquisa, não se consegue desenvolver uma tecnologia nacional. Sem falar no pagamento de royalties, os direitos de patente ou de uso que se paga aos donos dessa tecnologia.

Outra característica dos países subdesenvolvidos é a grande desigualdade social, entre os mais ricos e os mais pobres. Educação e saúde são de difícil acesso para a população de baixa renda.

Os pobres dessas sociedades têm menos chance de melhorar sua condição social que os pobres dos países desenvolvidos. TEORIA DA DEPENDÊNCIA Várias foram as teorias que tentaram explicar e propor soluções para o subdesenvolvimento. A mais destacada foi a teoria da dependência. Ela explicava o subdesenvolvimento pelas relações comerciais desfavoráveis no mercado internacional. Nesse quadro, os países desenvolvidos, industrializados, vendem suas mercadorias a preços elevados para os subdesenvolvidos e compram matérias-primas e outras mercadorias agrícolas destes últimos a preços baixos. MULTINACIONAIS

Os adeptos da teoria da dependência acreditavam que a dominação do mercado mundial por grandes empresas multinacionais dos países desenvolvidos impedia qualquer tentativa de superar o subdesenvolvimento. Para eles, a economia dos países subdesenvolvidos privilegiava o mercado externo, com prejuízo do interno.

Esses teóricos apresentaram soluções diferentes para o problema. Uns propunham que o empresariado nacional promovesse o desenvolvimento interno com o apoio do Estado e com estabelecimento de fortes barreiras à importação dos produtos industrializados dos países ricos.

Outros argumentavam que a burguesia nacional era incapaz de assumir essa missão, já que os interesses eram os mesmos dos países ricos, com os quais ela mantinha fortes laços econômicos.

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BRASIL E CAPITAL ESTRANGEIRO

Na América Latina, essa teoria teve peso e influiu no pensamento econômico e na política adotada. Nos países que conquistaram rápido crescimento industrial, como o Brasil, o México e a Argentina, o modelo adotado a partir da década de 1950 foi o de proteger os mercados internos da concorrência estrangeira e desenvolver a produção industrial interna.

Nesse modelo, o Estado, o capital nacional e o capital estrangeiro deveriam contribuir conjuntamente para o desenvolvimento. A superação do atraso econômico implicava produzir internamente os produtos importados que pesavam muito na balança comercial.

O Brasil foi um exemplo dessa estratégia, atraindo capital estrangeiro, com tratamento especial aos de alta tecnologia da época (automóveis, eletrônicos, químicos, farmacêuticos e outros), que a empresa nacional não era capaz de atingir em pouco tempo. A VISÃO SOCIALISTA

Outras teorias foram elaboradas para superar a dependência e conquistar o desenvolvimento. A mais radical propunha revoluções políticas e sociais. Seria o jeito de colocar um fim no poder das classes sociais dominantes, apontadas como responsáveis pelo atraso econômico e pelos graves problemas sociais.

Os socialistas acreditam que a conquista do desenvolvimento só é possível pela construção de uma sociedade mais igualitária. Eles contestam a ideia de que a superação do subdesenvolvimento está em aproximar-se dos avanços atingidos pelos países do Norte. Estes são capitalistas, alegam.

São contra os padrões de consumo estimulados por esse sistema, alicerçado na desigualdade social. Fazem coro com os ambientalistas e afirmam que se a maioria dos países atingir o mesmo padrão de consumo das sociedades desenvolvidas, não haverá recursos naturais e energia suficientes para atender à produção. Os problemas ambientais tornariam insustentável a vida no planeta em pouco tempo. O CONSENSO DE WASHINGTON

Na esteira do neoliberalismo, em 1989, economista John Williamson fez uma proposta para resolver a crise dos países pobres e propor caminhos para o desenvolvimento. Visou em especial a América Latina.

Para isso, reuniu o pensamento do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (Bird), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). São grandes instituições financeiras transnacionais.

Também incluiu as ideias do governo norte-americano para essas questões. Entre essas organizações havia "consenso" (concordância) sobre alguns pontos principais. OS PONTOS PRINCIPAIS

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De acordo com o Consenso de Washington, os países deveriam promover uma reforma fiscal, a abertura comercial com a liberalização das exportações e importações.

Deveriam realizar cortes de salários e demissão de funcionários públicos, mudanças na previdência social, nas leis trabalhistas e no sistema de aposentadoria, com o objetivo de diminuir a dívida pública.

O Consenso de Washington propunha, também, a abertura comercial, o aumento de facilidades para a entrada e saída de capitais estrangeiros e a privatização de empresas estatais.

Como resultados destas políticas econômicas, da forma como foram aplicadas, são apontados a desnacionalização da economia, o desemprego, o achatamento salarial e a concentração de renda. Conteúdo Retirado de: http://educacao.uol.com.br/geografia/paises-subdesenvolvidos-caracteristicas-e-tentativas-de-solucoes.jhtm

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Ciências Humanas e suas tecnologias II Prof. Lincoln Lara Cardoso Aula 01 A Geografia - Introdução 1) A Geografia como uma ciência moderna A Geografia, como ciência que partilha, simultaneamente, dos objetos das ciências naturais e humanas, pode ser considerada ao mesmo tempo, como uma “ciência de observação” e como uma “ciência de experimentação”. Contudo, sua caracterização como ciência experimental é apenas parcialmente válida. Isto decorre de que estudando condições e problemas naturais, ou condições e problemas humanos inter-relacionados seu objeto nem sempre pode ser tratado em laboratório, pelo menos da maneira que neste trabalham o químico, o botânico, o físico, o geólogo e outros como os respectivos objetivos de sua preocupação científica.

É verdade que a Geografia permite a especialização em alguns ramos da disciplina, podendo-se estudar em laboratório, fenômenos como erosão, a composição de solos, a formação meândrica ou anastomosada dos cursos d’água, a circulação atmosféricas, etc. Mesmo porque os fenômenos naturais são mais suscetíveis de reprodução em laboratório, por razões evidentes, do que os fenômenos humanos, com exceção a psicologia, que alcançou algum desenvolvimento nesse terreno.

Contudo, na medida em que a geografia possui como seu verdadeiro laboratório a própria natureza, seu campo abrange o conjunto da complexa rede dos fenômenos humanos e naturais, tais como se apresentam a observação, nas condições ambientais dadas nem sempre passiveis de serem reproduzidas em condições de experimentação controlada, embora tenha sido o ideal de muitos cientistas ate o presente.

Daí o valor não só classificatório, mas também operacional, da distinção acima entre “observação” e “experimentação”. Daí, também ter a geografia que adaptar aquele procedimento científico geral aos seus próprios requisitos, quando, então a elaboração da hipótese e o processo de observação adquirem grande importância dadas as dificuldades que surgem para o pesquisador e as consequências para analise e a generalização, ou seja, para a formulação de teorias explicativas dos fenômenos humanos e naturais.

A geografia se baseia em cinco princípios metodológicos: Princípio da extensão: Por meio do qual se devem localizar os fatos estudados determinando-lhes a área geográfica (Ratzel) Princípio da analogia: Ou de geografia geral, que permite generalização dos fatos semelhantes. ( Ritter e Vidal de La Blache) Princípio da causalidade: Por meio do qual se devem buscar as causas e examinar as possíveis consequências dos fatos examinados. (Humholdt)

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Princípio da conexidade ou interação: É preciso identificar as relações locais e interlocais, pois os fatos nunca estão isolados e sim ligados entre si. (Brunhes ) Princípio da atividade: O fato tem caráter dinâmico, daí a necessidade do conhecimento do passado para a exploração do presente e previsão de sua evolução futura. (Brunhes)

2) Introdução à geografia do Brasil

Dos 510 milhões quadrados que formam a superfície da Terra, 71% ficam submersos, restando apenas 149 milhões de quilômetros quadrados para ser serem ocupados por mais de 200 países. O Brasil com uma área de 8547 404 quilômetros quadrados é o quinto maior pais do mundo em extensão territorial, sendo superado apenas por Rússia, Canadá, China e EUA . O Brasil ocupa:

O Brasil encontra-se na porção centro oriental da América do Sul, é banhado pelo oceano Atlântico, cortado pela linha do equador ao norte e pelo Trópico de Capricórnio ao Sul, e tem em torno de 8% do seu território na Zona Temperada do hemisfério sul. Sua fronteira com o Atlântico tem cerca de 7400 Km e sua fronteira interna tem mais 15.700 Km, quase sempre marcada por acidentes geográficos como rios e serras limitando o território brasileiro com outros dez países sul Americanos. Boa parte dessa fronteira tem um aproveitamento limitado, pois são cobertas com florestas, sem infraestrutura viária eficiente e distante dos grandes centros urbanos. (Com exceção dos países membros do Mercosul). LIMITES DO BRASIL

47,3% da América do sul

20,8 das Américas

5,9 da Área emersa total

1,9 da Área total da Terra

22,3 das Áreas Tropicais

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Observando o mapa acima, podemos conferir as fronteiras do Brasil na América do Sul.

Ao norte - Fronteira com a Guiana, o Suriname e a Guiana Francesa. A noroeste - Fronteira com a Venezuela e a Colômbia. A oeste- Fronteira com a Bolívia e o Peru A sudoeste - Fronteira como Paraguai e Argentina A sul- Fronteira com o Uruguaio. Os dois países sul americanos que não tem fronteiras com o Brasil são

Equador e Chile. O Brasil é uma República Federativa formada por 26 estados e um

Distrito Federal. A divisão clássica do país pelo IBGE consiste em cinco regiões, mas a divisão moderna, que leva em conta a organização socioeconômica, corresponde a três complexos regionais.

BRASIL MACRO-REGIÕES

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BRASIL POLÍTICO E REGIÕES

3) Geografia como ciência do espaço. Conceitos básicos; território,

espaço geográfico, espaço natural Território: * Extensão ou área de terra sem a presença humana. Exemplo a maior

parte do território Antártico. * Base natural ou física de um Estado que sobre ela exerce soberania,

definida por suas fronteiras com outros estados formadas ao longo do processo histórico. Enfim área física de um país, estado, município ou distrito podendo abranger rios, lagos, mares, baía, ilhas, campos, florestas, montanhas etc...

* Lugar onde se nasce, terra natal. Essa noção de território leva o conceito de pátria.

Espaço geográfico: Surge após o território ser trabalhado, modificado ou transformado pelo homem, ou quando este imprime na paisagem as marcas de sua atuação e organização social. Espaços naturais: Aqueles que não sofreram a intervenção humana.

Aula 02 Orientação e Coordenadas

O processo de orientação desenvolve-se para atender a necessidade de deslocar-se em um determinado rumo, mesmo quando não é possível guiar-se pelos acidentes geográficos. Meios de orientação: Sol-Onde nasce leste; onde se põe oeste; a partir daí temos os pontos cardeais:

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N-norte (setentrional) S- sul (meridional) L ou E- leste (oriental) O ou W- oeste (ocidental) A) Bússola- Agulha imantada sempre para o norte magnético B) Ventos - conhecendo se as direções dos ventos dominantes C) Cruzeiro do sul- aponta ao sul (apenas no hemisfério sul ) Rosa dos ventos:

É formada com os pontos cardeais: Norte, Sul, Leste, Oeste; os pontos colaterais e os pontos subcolaterais.

Pontos Colaterais: Ficam entre os pontos cardeais: Nordeste (NE) Entre o norte e o oeste Sudeste (SE) Entre o sul e leste Sudoeste (SO) Entre o sul e oeste Noroeste (NO) Entre o norte e o oeste Pontos extremos do Brasil: Norte: Serra do Caburaí (Estado de Roraima fronteira com a Guiana) Sul: Arroio Chuí, no Rio Grande do sul, Fronteira com o Uruguai Leste: Ponta seixas na Paraíba Oeste: Serra de Cotamana, estado do Acre, fronteira com Peru 5) Coordenadas Geográficas

Entendemos por coordenadas geográficas um par de números dados - a latitude e a longitude que permite localizar um certo ponto sobre a superfície da Terra.

Uma grande quantidade de mapas traz, em suas margens valores fundamentais de coordenadas geográficas. Assim, em um a operação inversa, leitura destes dados permite a inferência das coordenadas geográficas da área de interesse.

Para que as coordenada sejam identificadas no globo, sobre ele é instalada uma rede de referências formada pelo equador meridianos e paralelos.

COORDENADAS GEOGRÁFICAS

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Equador:

É o circulo Máximo perpendicular ao eixo de rotação da terra que a divide em dois hemisférios. Norte e Sul

Nos mapas, o equador é representado por uma linha cheia, geralmente no centro, horizontal, a qual é associado o número zero (zero grau). Pois é considerado o início da contagem das latitudes. Paralelos:

São círculos menores, perpendiculares ao eixo de rotação da Terra, cujos planos são paralelos (dependendo da posição) ao plano do equador. Quatro deles são importantes: Os trópicos e círculos polares. Meridianos:

São círculos máximos que passam pelos polos gráficos e cujos planos contêm o eixo de rotação do planeta.

Convencionalmente o máximo que passa por Greenwich (subúrbio de Londres) foi adotado como principal, como origem das contagens das longitudes (portanto zero). Esse meridiano fundamental também divide a terra em dois hemisférios: Oriental e Ocidental. Nos mapas, são representados como linhas cheias perpendiculares ao equador, com o meridiano de Greenwich ocupando, geralmente, o centro. Latitude e Longitude Latitude: É a medida em graus, de um ponto qualquer da superfície terrestre ao equador, variando de 0º a 90º para o norte ou para o sul. Longitude: É medida em graus de um ponto qualquer da superfície da terra, a partir do meridiano de Greenwich, variando de 0º a 180º para o leste ou para o oeste. LATITUDE

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LONGITUDE

6) Fusos horários

Os meridianos auxiliam também na determinação da hora em qualquer ponto da terra.

A terra executa seu movimento de rotação de oeste para leste em 24 horas. Assim, se dividirmos 360º por 24 horas, teremos 15º, que representa um espaço ou faixa correspondente a uma hora.

Que o sol demora uma hora para percorrer uma faixa de 15º na Terra. Existem 24 fusos de 15º cada um

(24x 15º = 360º). Como Terra gira de oeste para leste hora aumenta para leste e diminui na direção oeste, a partir de qualquer ponto da superfície terrestre. 7) Fusos horários do Brasil Sabendo-se 15º (medida de um fuso horário), na altura do equador, corresponde a 1665 KM (1º = 111.1 KM), é fácil de entender que o Brasil, por possuir mais de 4000 KM de distância no sentido leste-oeste, devera ter mais de um fuso horário. FUSOS HORARIOS DO BRASIL

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I} -5 h GMT (-2h em relação ao horário oficial do Brasil): Acre. II} -4 h GMT (-1h em relação ao horário oficial do Brasil): Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. III) -3h GMT (Hora oficial do Brasil): Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Brasília (DF), Tocantins, Piauí, Maranhão, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Amapá. IV) -2h GMT (+1h em relação ao horário oficial do Brasil): Território de Fernando de Noronha. EXERCÍCIOS PROPOSTOS: 1. (FAFEID-2006) Analise o mapa a seguir.

A partir da análise do mapa e de seus conhecimentos, é INCORRETO afirmar que A) na área destacada pela letra C a continentalidade exerce significativa influência sobre as médias térmicas e a pluviosidade. B) no deslocamento indicado pela reta XY, as variações sazonais são mais sensíveis na faixa de latitude mais elevada. C) no espaço representado, as maiores variações entre a duração dos dias e noites coincidem com a faixa onde as terras se alargam no sentido latitudinal.

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D) no sentido longitudinal o mapa representa uma porção de terras, que estão localizadas em apenas um hemisfério. 2) (UFLA-2006) Observe a seguinte curiosidade: No estádio Milton de Sousa Correa em Macapá-AP a linha central que divide o gramado esta situada exatamente sobre a linha imaginária (....). Assim no início da partida um time fica na metade norte do mundo e o outro e o outro na parte sul, mas lógico que durante o jogo os atletas trocam de hemisférios varias vezes. Na cidade aproveitando da posição privilegiada praças bares e restaurantes atraem os curiosos. Tamanha peculiaridade chamou a atenção do cientista inglês Alex Bello, autor de um ótimo livro sobre o futebol brasileiro “The Brazilian way of live” lançado em maio naquele país. A alternativa que identifica corretamente tanto a linha imaginaria mencionada no texto quanto o indicativo dessa indicação é: a) Linha do equador. “metade norte do mundo” b) Trópico de Câncer. “localizado na cidade de Macapá-AP” c) Trópico de Capricórnio. “linha central que divide o gramado” d) Circulo Polar Ártico. “Aproveitam-se da posição estratégica” e) Linha de Greenwich. “Atletas trocam de hemisférios” Aula 03 Geomorfologia Brasileira 1) As camadas da terra

A geologia divide o interior da Terra em três camadas: litosfera, manto e núcleo. Cada uma com constituição mineralógica, densidade e temperatura próprias. Litosfera: (Lito = pedra; sfera = esfera) é a camada rígida do globo com espessura media de 50 Km. Formada predominantemente por Silício e Alumínio (SIAL) na parte mais externa da litosfera onde se forma o solo e subsolo. Na parte mais interna predomina os minerais Silício e Magnésio (SIMA) minerais de maior densidade se comparado com o (SIAL). Manto: Camada intermediária com espessura de 4.600 Km. Formado por minerais no estado pastoso em virtude das altas temperaturas nessa profundidade (cerca de 4000ºC). Recebe também o nome de magma palavra grega que significa “massa” em alusão a massa pastosa. Divide-se em manto inferior e manto superior. Núcleo: nele predominam metais de alta densidade, como níquel e ferro (NIFE) com espessura de 1700 Km. Com temperatura que ultrapassa os 5000ºC, se divide em uma parte sólida (interna) e uma líquida (externa.) *Astenosfera: (Asthenes = fraquesa; sphaera = esfera). A sismologia admite que, numa camada superior do manto existe uma massa plástica de minerais capaz de se deslocar em estado líquido. Segundo dois geógrafos da Universidade Federal de Pernambuco: “Do ponto de vista geomoforlógico, essa camada tem muita importância, pois é a região produtora da maior parte

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da energia interna do planeta e dos esforços que correspondem pela expansão dos fundos oceânicos, movimentos continentais orogenias e abalos sísmicos” (Lucilvânio e Raquel Caldas) CAMADAS DA TERRA

2) As grandes Teorias Teoria da deriva continental: Defende a noção de que os continentes ou terras emersas flutuam sobre o magma ou astenosfera, da mesma forma que a madeira ou gelo flutuam sobre a água. Baseado que coincidência entre o formato do litoral africano e brasileiro, concordância entre estratos rochosos dos litorais da África e do Brasil, além da semelhança entre a flora e fauna. Wegener o criador da teoria partiu da existência de um supercontinente a que deu o nome de Pangeia e de um imenso oceano que deu o nome de Pantalassa.

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PANGEIA “ O SUPER CONTINENTE”

Teoria da tectônica das placas: Formulada pelo pesquisador Jason Morgan. De acordo com ele a litosfera não é um envoltório continuo, mas sim descontinuo dividida em partes chamadas de placas tectônicas que se apoiam ou flutuam sobre a atmosfera. Impulsionadas pela energia do interior da terra, as placas deslocam-se no horizontalmente e verticalmente. PRINCÍPIO DA ISOSTASIA TERRESTRE

Os movimentos horizontais dão origem a orogênese (“oro”= montanha; “gênesis” = nascimento). A orogênese ocorre nas áreas de contato entre as placas tectônicas que ao se movimentarem horizontalmente, se chocam, podendo uma entrar por baixo da outra ou sofrer um mergulho no substrato magmático ocasionando o dobramento de imensos blocos rochosos. Esses enormes dobramentos recebem o nome de dobramentos modernos.

Os movimentos verticais dão origem a movimentos epirogênicos (“epeiros”= continente, “genesi”= nascimento). São processos de soerguimento ou rebaixamento de porções da litosfera, em movimentos lentos, de longa duração que abrange vastas extensões e pelos quais se da o reajustamento isostáticos (“isso” = igual, “stasia” = equilíbrio)

Além de arqueamento e soerguimento a epirogênesi provoca falhamentos ou sistema de falhas na crosta e transgressões e regressões marinhas ou seja invasões e recuos do mar na zona costeira.

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3) Dobramentos e Falhamentos Dobramentos: Resultam de forças laterais ou horizontais que ocorreram numa estrutura rochosa sedimentar que possui certa plasticidade. Falhamentos: Constituem outro tipo de deformação rochosa estrutural sofrida pela rocha, durante as eras geológicas, pela ação de forças internas verticais ou inclinadas. Eles ocorrem em material rochoso que sofre esta ação, mas não possui esta plasticidade. Dobramento

Falhamento

4)Vulcanismo e Terremoto Vulcanismo: é processo pelo qual o magma flui do interior da terra até a crosta terrestre. Abrange os vulcões e as intrusões magmáticas (penetração do magma em rochas da crosta terrestre e sua solidificação em virtude das menores temperaturas da superfície da Terra). Batólitos, lacólitos dique, sill e

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neque. Apesar de várias consequências negativas o vulcanismo pode ser benéfico como, por exemplo, a decomposição de rochas magmáticas extrusivas origina solos de alta fertilidade como a terra rocha proveniente do centro sul do Brasil proveniente do Basalto. Terremoto: Também chamados de Abalos Sísmicos, são tremores de terra da crosta terrestre de curta duração, mas que podem apresentar grande poder de destruição. São causados por fenômenos que ocorrem no interior do globo terrestre.

No Brasil, Rio Grande do Norte, Paraná e Angra dos Reis (RJ) têm ocorrido nos últimos anos. 3) Rocha Conceito: é um agregado de minerais ou apenas de um mineral solidificado. Quanto à origem as rochas podem ser classificadas: magmáticas (ígneas), sedimentares (estratificadas) e metamórficas. A) Rochas magmáticas: São as mais antigas e resistentes, podendo se destacar o granito e o diabásio, formas juntamente com as rochas metamórficas o embasamento rochoso do continente. São classificadas em intrusivas ou extrusivas. I) Rochas magmáticas intrusivas (plutônicas): A lentidão do processo de resfriamento permite o resfriamento ou desenvolvimento de grandes cristais, exemplo o granito (quartzo, feldspato e mica). O sienito e o gabro também são exemplo de rochas magmáticas intrusivas. II) Rochas magmáticas efusivas ou extrusivas: O processo de resfriamento ocorre de modo rápido não permitindo a formação de cristais macroscópicos. O exemplo clássico é o basalto (rocha uma vez desgastada da origem a um solo fértil conhecido popularmente como terra rocha.) O basalto é utilizado como pedra brita e de pavimentação de ruas sob a forma de paralelepípedo. B) Rochas sedimentares Podem ser classificada de três origens. I) Rochas sedimentares detríticas ou clássicas: formada pela decomposição de detrito se decomposição de rochas pré-existentes. Exemplo: arenito, argílito, ardósia. II) Rochas sedimentares de origem orgânica: formada pelo acúmulo de detritos orgânicos. Um exemplo é o carvão mineral que resulta na sedimentação de vegetais. III) Rochas sedimentares de origem química: formada pela deposição de sedimentos por processos químicos. As estalactites e estalagmites das grutas calcárias constituem exemplos desse tipo de rocha. C) Rochas metamórficas

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Essas rochas resultam da metamorfose (transformação) de rochas magmáticas e sedimentares quando submetidas a certas condições de pressão e temperatura no interior da terra. Por exemplo o mármore resulta da transformação de uma rocha sedimentar o calcário. O quartzo do arenito rocha sedimentar detrítica. CICLO DAS ROCHAS

Aula 04 As Eras geológicas A geologia histórica baseia-se, entre outras formas fontes, no estudo de rochas e de fósseis para reconstituir a historia da Terra, assim como a historia humana em objetos, documentos, ruínas de aldeias e cidades e outros vestígios deixados pelo homem ao longo dos tempos. Eras Geológicas: Resumo das características gerais e do Brasil: *Cenozoica/Quaternário: Característica Geral: Aparecimento do homem (Homo sapiens), Atuais contornos dos oceanos e continentes. Característica no Brasil: Formação das bacias sedimentares. Ex Bacia sedimentar do Pantanal e ao longo do vale Amazônico. *Cenozoica/Terciário: Característica Geral: Dobramentos modernos (Andes, Alpes, Himalaia, Cadeias Rochosas), desenvolvimento dos mamíferos e fanerógamas e extinção dos grandes répteis. Característica no Brasil: Formação de Bacias sedimentares. Ex: Bacia Amazônica. *Mesozoica:

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Característica Geral: Grande atividade vulcânica. Formação de bacias sedimentares. Primeiros mamíferos e aves. Répteis gigantescos como os dinossauros e outros. Característica no Brasil: Formação de bacias sedimentares (Ex: Bacia Paranaíca, Sanfranciscana, do meio norte). Formação das ilhas Trindade, Martin Vaz, Arquipélago Fernando de Noronha e Penedos de São pedro e São Paulo. Derrames Basálticos na região sul e formação do planalto Arenito Basáltico. *Paleozoica: Característica Geral: Glaciações e diatrofismo. Rochas sedimentares e metamórficas. Cinco continentes, entre eles o Godwana desenvolvimento dos peixes e grande desenvolvimento de vegetação. Início de formação do carvão mineral. Invertebrados. Característica no Brasil: Formação das bacias sedimentares antigas, rochas sedimentares em Itu SP do carvão mineral do sul do Brasil. Início da formação bacia sedimentar Paranaica e Sanfranciscana. *Pré-cambriana/ Proterozoica: Característica Geral: Formação das primeiras rochas sedimentares. Maior desenvolvimento da vida. Característica no Brasil: Formação dos escudos cristalinos Brasileiro e Guiano. *Pré-cambriana/Arqueozoica: Característica Geral: Aparecimento da vida nos oceanos (seres unicelulares). Formação das rochas magmáticas e metamórficas. Formação dos escudos cristalinos Característica no Brasil: Formação da Serra do Mar e da Mantiqueira *Arqueozoica Característica Geral: Resfriamento da Terra, solidificação de minerais e formação das primeiras rochas magmáticas e metamórficas. Ausência de vida. Origem dos nomes dos períodos eras geológicas: Era Cenozoica: Paleoceno: período que possui animais primitivos Eoceno: raras espécies atuais Oligoceno: poucas espécies Mioceno: Mais ou menos metade das espécies atuais Pioceno: mais espécies Pleistoceno: a maioria das espécies Holoceno: Todas as espécies atuais Era Mesozoica Triássico: Lembra os três tipos de terreno que aparecem nessa idade. (arenito calcário e marga)

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Jurácico: Nome tirado do maciço do Jura na França que contem terrenos desse período. Cretáceo: termo que vem de creta, que em latim quer dizer calcário, encontrado nos terrenos datados desse período. Era Paleozoica: Cambriano: Vem de Câmbria, antiga denominação dada pelos romanos ao País deGales Ordoviano e Siluriano: de ordovirus e siluros antigos habitantes do País de Gales Devoniano: Nome originário do Condado de Devon na Grabretânia Carbonífero: Corresponde aos grandes depósitos de carvão desse período Permiano: Origina do distrito de Perm localizado na Rússia. Aula 05 Estruturas 5) O Brasil possui em seu território três macroestruturas: A) Os Crátons ou Plataformas B) As Bacias Sedimentares C)Cadeias Orogênicas Antigas A) Crátons ou Plataformas: Núcleo de crosta estável, total ou amplamente formada por rochas pré-cambriana com estruturas complexas, normalmente gnáissicas e xistosas e injetadas por batólitos graníticos Características: Sofrem intenso processo erosivo com o decorrer do tempo. Apresentam relevos desgastados ou rebaixados. Atualmente, a maioria se configura como baixos planaltos e assumem ate mesmo feições de depressões. Constituem-se exceções os que se localizam no norte do Brasil. *Quando afloram, ou seja, ficam expostos submetidos aos agentes da erosão, recebem o nome de escudos cristalinos. Exemplo: O escudo das Guianas, o Brasileiro. Então podemos dizer que escudo e um cráton aflorando ou aflorado. *Quando recobertos por formações sedimentares (rochas sedimentares) recebem o nome de plataformas cobertas ou embasamento cristalino. Formam, na verdade o alicerce das bacias sedimentares. Na estrutura geológica, as plataformas cobertas apoiam os sedimentos dadas bacias sedimentares fanerózoicas. Ex, Bacias Intracratônicas do Paraná, do Parnaíba ou Meio Norte e a do Amazonas. REPRESENTAÇÃO DE UM CRATOM, ESCUDO E PLATAFORMA COBERTA

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B) Bacias Sedimentares: São áreas de crátons ou plataformas com tendências a concavidade (a ter forma de bacia) que, através do tempo geológico, foram e continuam- preenchidas por detritos ou sedimentos, inclusive com matéria orgânica (vegetal ou animal).Veja como nascem, distribuem-se e se transformam seus conteúdos. *Os detritos ou sedimentos podem ter diferentes origens: Fluvial, marinha, glacial, eólica (vento), lacustre (lago), vulcânica ou orgânica. *Recobrem a maior parte de suas áreas cratônicas, ocupando 75% de terras emersas. *Há bacias sedimentares cujas camadas de sedimentos ultrapassam 5.000, o que demonstra a intensidade dos processos da erosão, construção, deposição ou sedimentação: A Amazônia, do Meio Norte e do Paraná do Brasil. No entanto existem bacias de menor extensão como a Bacia do Recôncavo Tucano na Bahia onde se explora o petróleo. *As formadas durante a era Paleozoica, Mesozoica, e Cenozoica são chamadas Bacias Fanerozoicas. *O processo de sedimentação ou deposição de detritos (inorgânicos e orgânicos)não cessou dando-se conjuntamente com o da erosão, causado por agentes externos como a água, o vento as oscilações de temperatura as geleiras, os seres vivos. Todos esses agentes realizam o desgaste (erosão), mas também são responsáveis pela deposição de materiais (construção do relevo). * Nas bacias sedimentares podem ser encontrados os combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral, gás natural, o xisto betuminoso). Os sedimentos ai depositados são ótimos indicadores da idade do terreno, dos climas do passado, da fauna e da flora que existiam na região. Os sedimentos ali depositados são ótimos indicadores da idade dos terrenos, do clima do passado, da flora e fauna que existiam, além de muitos outros dados de uma determinada área ou região. C) Cadeias Orogênicas ou dobramentos (antigos e recentes) Correspondem a grandes curvamentos côncavos e convexos que surgem na superfície terrestre, resultante de forças tectônicas, ou seja, orogenia no decorrer da historia geológica.

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Podem ser classificado segundo o momento em que ocorreram, em cadeias orogênicas antigas ou dobramentos antigos e cadeias orogênicas recentes. *As cadeias orogênicas antigas, ou dobramentos antigos, correspondem as estruturas orogênicas mais antigas, datam do Pré-Cambriano. No Brasil, a manifestação dessas forças tectônicas ou orogenia antiga, são conhecidas como o ciclo brasileiro. Exemplos, Serra do Mar da Mantiqueira, Espinhaço e serras do planalto das Guianas. *Cadeia orogênicas recentes, ou dobramentos recentes, dobramentos modernos correspondem a estrutura orogênicas que se formaram ao final do Mesozoico e no Cenozoico (período terciário). Características das cadeias orogênicas recentes: * Sua formação assim como as antigas esta ligada tectônica das placas; * Constituem terrenos instáveis, pois geralmente encontram-se nas bordas dos continentes ou na zona de contato de placas tectônicas e apresentam intensa atividade tectônica destacando-se os terremotos, o vulcanismo, as intrusões magmáticas e falhamentos;

Apresentam elevadas altitudes e picos culminantes. Assim é importante ressaltar que nosso território não possui as cadeias

orogênicas de formação recente. 6) Planaltos e Depressões Planaltos: São superfícies topográficas regulares ou irregulares geralmente com altitudes superiores300 m, formado por relevo residuais, ou seja, pela estrutura original, resultante de processos erosivos prolongados. Apresentam varias feições: conjunto de morros, serras, colinas chapadas escarpas. Depressões: são áreas do relevo que se situam abaixo do nível do mar ou dos terrenos que a circundam. *Depressões absolutas: Situada abaixo do nível do mar, como as do mar Morto e do Mar Cáspio na Ásia. *Depressão relativa: situada abaixo do nível dos terrenos que a circundam. O território brasileiro não possui depressões absolutas, mas possui as relativas, chamadas simplesmente de depressões. O território brasileiro não possui depressões absolutas, mas não possui as relativas, chamadas simplesmente de depressões. REPRESENTAÇÃO DE UM PLANALTO

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REPRESENTAÇÃO DE UMA DEPRESSÃO RELATIVA

7) As bases geológicas território brasileiro. A) Crátons ou plataformas: Procurando inserir o território brasileiro, sob o ponto de vista geológico-estrutural, no subcontinente da América do sul, os estudos realizados demonstraram que ele se encontra totalmente alojado na placa sul Americana.

A plataforma Sul Americana sendo parte contém dois grandes embasamentos ou escudo cristalinos que correspondem a 36% do território brasileiro, o escudo das Guianas e ao Escudo Brasileiro, formados predominantemente ou rochas metamórficas muito antigas, por rochas magmáticas intrusivas antigas.

Esses escudos cristalinos (das Guianas e Brasileiro) são circundados por cobertura ou bacias sedimentares Fanerozoicas.

Em vista de o território brasileiro ocupar a porção centro oriental da plataforma Sul Americana, localizar-se distantes das zonas de contatos das placas tectônicas Nazca e do Caribe ou das Antilhas.

Essa posição geográfica explica a relativa estabilidade geológica do território brasileiro. O Brasil não possui, portanto, tectonismo orogênico recente muito embora o tipo epirogênico, ou seja, movimentos verticais ou de soerguimento que vem ocorrendo ao longo do cenozoico. Esses movimentos epirogênicos explicam por exemplo a existência no Brasil de planaltos formado em Bacias sedimentares, hoje situadas em altitudes mais elevadas do que antes no Cenozoico. Explicam, também a formação de depressões, pois ao mesmo tempo que ocorre a epirogênesi, os agentes da dinâmica externa do relevo (água, oscilações de temperatura do ar atmosférico e o vento) provocaram e provocam o desgaste do nosso território. Existem dois grandes cratons pré brasilianos no território brasileiro: O cráton Amazônico, que em vista da grande extensão de seus afloramentos rochosos pode ser dividido em dói escudos: o das Guianas e o do Brasil Central e o cráton de São Fancisco.

Os crátons menores são: São Luiz (AM), Luiz Alves (SC) e o do Rio da Prata (RS).

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Todos eles datam do Arqueozoico, de modo que são formados por rochas muito antigas, predominante metamórfica, possuindo também metamórficas intrusivas e resíduos de rochas sedimentares.

Durante algum tempo pensou-se que as formações Arqueozoica ou os crátons ou plataformas de nosso território não abrigassem depósitos minerais expressivos. Entretanto novas descobertas. minerais e seu estudo tem colocado em dúvida essa questão.

Tudo indica as grandes jazidas minerais da Serra dos Carajás, no Pará ou o ouro de áreas próximas aos rios Madeiras e Taparajós e a outros da Amazônia, como o grande também o minério, de manganês da Serra do Navio, no Amapá, estão relacionados aos terrenos da Arqueozoica. B) Bacias Sedimentares: Essas formações geológicas ocupam maior parte do território brasileiro, cerca de 64% do território brasileiro.

No Brasil, existem bacias sedimentares de grande e de pequena extensão: Dentre as de grande extensão se encontram a Amazônica, do Parnaíba (Meio Norte) a do Paraná ou Paranoica e a Central. De menor extensão: do Pantanal Mato Grossense, do São Francisco ou San Franciscana, do Recôncavo Tucano (produtora de petróleo) e a Litorânea.

As bacias sedimentares do Brasil possuem camadas dispostas horizontalmente, fato que evidencia a falta de movimentos importantes como tectonismo. Entretanto no fim do período Mesozoico ocorreram movimentos da crosta terrestre que formaram fraturas, ou seja, fendas ou aberturas microscopias que aparecem no corpo de uma rocha, principalmente em decorrência de forças tectônicas. Por essas fraturas ocorreu o escoamento de larvas básicas, cobrindo uma grande extensão sul do território. brasileiro e da região de Poços de Caldas e Araxá ( MG). Uma vez consolidadas, essa lavas resultantes do vulcanismo deram origens a rochas (destacando-se basalto e os diabásios) e a diversos diques, ou seja , intrusões magmáticas em forma alongadas nas camadas da costa terrestre, onde esse solidifica. O basalto e o diabásio submetido a agentes erosivos como o inteperismo, se desagregam e se decompuseram dando origem a solos avermelhados conhecidos genericamente como solos terra-rocha encontrados principalmente no planalto meridional ou arenito Basáltico.

As bacias sedimentares do Brasil datam do Paleozóica, do Mesozoico e do cenozoica as bacias sedimentares como a do Pantanal Mato Grosssense, litorâneas e de trechos que margeiam os rios d abacia hidrográfica Amazônica são do Cenozoico. C) As cadeias Orogênicas do Brasil: Podemos localizar as faixas de dobramento do ciclo brasiliano, ou seja, áreas da orogênese da orogênese antigos do Brasil, dos quais os maiores são do Nordeste, do Atlântico e o de Brasília ou do Araguaia-Tocantins e os menores são o Sul-Rio Grandense, o Paraguai o Gurupi.

As cadeias orogênicas antigas do Brasil estiveram e estão submetidas a várias fases erosivas, motivo pela qual se encontra bastante desgastadas. Devem ter possuído elevadas altitudes, mas nos dias atuais apresentam aspectos serranos em várias porções.

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ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL

10) Geomorfologia: Conceito, importância aplicações

Ciência geológica-geográfica que estuda o relevo terrestre, sua estrutura, origem, história de desenvolvimento e dinâmica atual.

O objeto de estudo são as formas de relevo. Esta ciência pode ser considerada uma interseção da geografia e da geologia.

O relevo recondiciona o processo de produção e organização do espaço geográfico

A aplicabilidade da geomorfologia é vasta. Envolve também questões de lixiviação nas áreas desmatadas, de agricultura e pecuária, com os seus consequentes empobrecimentos e erosão do solo, o aumento das voçorocas e a desertificação de planejamento do solo rural e urbano, de recuperação, de áreas degradadas pelas atividades mineradoras; de deslizamento de terras que frequentemente ocorrem nas encostas da Serras da Mantiqueira e do Mar, na baixada Santista em SP e nos morros do rio da cidade do Rio de Janeiro. Causando verdadeiras catástrofes inclusive com perda de vidas humanas.

Nos últimos anos, com o crescimento da postura ambientalista ou ecológica, da necessidade premente de se reverem a relação entre o homem e o meio ambiente, cresceu ainda mais sua importância e de suas ciências ambientais. Possui um caráter prático muito grande e é portadora de um relevante sentido, ou seja , o de contribuir, através de seus conhecimentos,

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para diminuir e evitar o intenso processo de destruição do meio ambiente em curso, portanto de destruição da Terra, nossa morada.

Exercícios proposto 1) (UNIFAL-MG 2007) Observe a figura

(Fonte: VESENTINI, José William; VLACH, Vânia. Geografia Crítica, 1: O Espaço Natural e a Ação Humana. São Paulo: Ática. 2000. p. 90. Adaptado.) No decorrer do tempo geológico, as rochas sofrem diversas modificações e se transformam. Com base na figura acima e nos conhecimentos sobre dinâmica da crosta terrestre, assinale a afirmativa INCORRETA: a) As rochas ígneas são formadas a partir do resfriamento do magma, levando à formação de rochas como o granito. b) O intemperismo transforma as rochas ígneas em metamórficas, como ocorreu com a formação do calcário na região de Sete Lagoas (MG). c) As rochas metamórficas são mais resistentes ao intemperismo do que as rochas sedimentares, permitindo o uso dessas na construção civil. d) As rochas sedimentares são formadas pelo processo de compactação do material oriundo do intemperismo e do transporte das rochas ígneas ou metamórficas. e) As rochas metamórficas resultam da transformação de rochas antigas, que sofreram pressão ou elevação de temperaturas, como é caso do gnaisse. 2) (UFMG-2006) Analise este mapa, em que está representada a distribuição de uma das grandes unidades geológicas da América do Sul:

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A partir da análise feita, é CORRETO afirmar que, nas áreas hachuradas nesse mapa, predominam A) bacias sedimentares paleozoicas e mesozoicas, que abrigam importantes jazidas de petróleo e gás, o que as torna áreas alvo de interesse para a exploração econômica. B) escudos e maciços antigos submetidos a intensa e prolongada ação erosiva ao longo do tempo geológico. C) cadeias de montanha localizadas em limites de placas litosféricas, que, em razão de seu posicionamento latitudinal, quebram a zonalidade climática. D) derrames vulcânicos atualmente modelados em planaltos de topografia pouco acidentada e revestidos por solos de fertilidade elevada. Aula 06 O Relevo brasileiro Zonas Hipsométricas do território brasileiro

As modestas altitudes médias de nosso relevo, aliadas a posição intertropical (92%) fazem com que o Brasil apresente predomínio de climas quentes (temperaturas medias superiores a 20ºC) na maior parte de seu território

Hipsometria ( hypsosa = altura; metron = medição). Corresponde a medida altimétricas. No caso do relevo, é a sua representação altimétrica através do uso de cores e curvas de nível. As altitudes do relevo brasileiro são modestas. Predominam, em 58% do território as chamadas terras altas que variam entre 201 e 1200 m e são composta por planaltos, colinas e regiões serranas.

As terras baixas, com altitudes de ate 200m ocupam 41% do território. As depressões são rebaixamentos de terrenos a partir da referencia de Altitude do local. As planícies se estendem ao longo do litoral e margens do rio Amazonas, o Paraguai, Araguaia, Guaporé. 2) As classificação do relevo

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A) Segundo professor Aroldo de Azevedo

Utilizam termos geomorfológicos, geológicos, e até mesmo regionais para designar as unidades do relevo, criando, assim, certa complexidade e dificuldade por não reproduzirem ou não se referirem as formas de relevo.

O professor Álvares de Azevedo se preocupou em caracterizar as unidades de relevo utilizando-se de uma terminologia geomorfológica e secundariamente geológica quando se faz necessário um maior detalhamento. Foi ele que sugeriu a divisão do Planalto Brasileiro em três subunidades: Planalto Atlântico, compreendendo as Serras Cristalinas e os Planaltos Cristalinos. Planalto Meridional abrange Depressão Periférica e o Planalto Arenito Basáltico. O Planalto Central onde se aloja as Chapadas Sedimentares e os Planaltos Cristalinos. B) Segundo Professor Azis N.Ab’ Saber

O professor Azis ao estudar o Planalto Brasileiro propôs sua divisão em cinco subunidades: O Planalto do meio Norte ou do Maranhão Piauí, o Planalto Nordestino ou da Borborema, incluindo as chapadas circundantes. O Planalto Oriental e sul Ocidental ou Planalto Atlântico, o Planalto Central, o Goiano-MatoGrossense e o Planalto Meridional ou Gonduânico Sul Brasileiro.

Vê se que houve preocupação por parte do pesquisador em utilizar termos da geomorfológia para caracterizar as formas de relevo. C) Segundo professor Jurandyr Ross (1989)

O professor Jurandyr Ross utilizou o conhecimento em morfoestrutura, morfoclimática e morfoescultura. A morfoestrutura esta diretamente relacionada ao peso ou influência que a estrutura geológica exerce na gênese das formas de relevo. A morfoclimática corresponde a influencia dos tipos de clima atuais no modelado.

A morfoescultura abrange tanto climas atuais quanto do passado que exerceram influência na esculturação do relevo que sobrevive até os dias de hoje através de marcas na paisagem.

Aplicando estes conceito ao território brasileiro o professor Jurandyr Ross criou três táxons ou seja três níveis hierárquicos de classificação:

1º Táxon: diz respeito predominantemente à morfologia, ou seja, a forma de relevo que se destaca numa certa porção da superfície terrestre, distinguindo os planaltos, as planícies e as depressões 2º Táxon: refere-se a estrutura geológica ou seja, a composição litológica, onde a referência a planaltos esculpidos ou modelados em bacias:

Bacias sedimentares: Intrusões e coberturas residuais da plataforma: Núcleo cristalino arqueado Cinturões orogênicos 3º Táxon: é aquele que da o nome a cada uma das unidades morfoesculturais, apoiando-se nas denominações locais e regionais. Abrange as três formas, ou seja, os planaltos, as planícies e as depressões. É o caso dos Planaltos da Amazônia Oriental, Planície do Rio Araguaia.

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Tendo por base estes elementos foi identificados pelo professor Jurandyr Ross 28 macro unidades geomorfológicas.

O relevo brasileiro apresenta três tipos de unidade geomorfológicas. Os planaltos depressões e planícies. Mas os planaltos e depressões predominam sobre as planícies. As planícies se localizam principalmente nas margens ou nas várzeas fluviais e no litoral. RELEVO BRASILEIRO

2) Planaltos do Brasil *Planalto e chapadas da Bacia do Paraná: Apresenta altitudes que variam de 400 m junto às margens do Rio Paraná a 1500 m no Rio Grande do Sul. Eles estendem-se pelo interior desde as escarpas de cuesta, popularmente chamadas dê serras (Como a Serra Geral na região sul e São Paulo ou Serra de Maracajú no Mato Grosso do Sul). São nessas formações que se encontram a presença dos solos terras rocha, devido aos grandes derrames do basalto. É uma região de clima tropical e subtropical com predomínio da vegetação do serrado. *Planalto Sul-Riograndense: Tem altitude média de 450 m e é cercado pala depressão periférica Sul Rio Grandense, uma área rebaixada com altitude de ate 200 m, de clima subtropical e vegetação de pradarias. Ambas as regiões são conhecidas como campanha gaúcha. E o uso do solo mais típico é feito pela pecuária extensiva. *Planaltos e Serras do Atlântico Lestes Sudeste: Uma extensa faixa de planaltos ondulados que se estendem desde a Bahia até Santa Catarina. De constituição Cristalina, os planaltos foram fortemente erodidos pela ação antrópica visto que historicamente se trata da região brasileira de maior ocupação humana. Em seu interior podem ser encontradas bacias sedimentares localizadas, como São Paulo ou a de Curitiba. São nesses

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planaltos que se encontram parte das poucas serras brasileiras onde a altitude é superior 1200 m, como as Serras do Caparaó e a da Mantiqueira. Em alguns pontos surgem as baixadas litorâneas, destacando-se a capixaba no Espírito Santo, a baixada Fluminense no Rio de Janeiro, as baixadas Santista e de Iguapé em São Paulo a de Paranaguá no Paraná e a de Laguna em Santa Catarina. Ainda junto ao litoral, nos pontos de encontro dos planaltos com a costa, verifica-se o aparecimento de falésias. *Planalto Residuais Norte-Amazonicos: são as áreas culminantes do relevo brasileiro, com as serras do Imeri e de Pacarima em seu lado ocidental. É na serra do Imeri, fronteira do Brasil com a Venezuela que se encontra localizado o Pico da Neblina com 3014 m de altitude o ponto culminante do relevo brasileiro, o 31 de março, com 2992m e o Monte Roraima pela depressão do Tatu-mau, onde corre o Rio Branco, afluente do Rio Negro. O maciço oriental é formado por serras que não passam dos 600 m, onde se encontra as serras de Tumucumaque e Açari. *Planalto da Borborema: Abrange partes de Pernambuco e Paraíba, com até 1000 m de altitude. De estrutura cristalina, apresenta-se de duas formas chapadas e onduladas. *Planaltos e Serras de Goiás –Minas: Serras que variam de 100 a 140 m apresentando formas bastantes acidentadas de relevo. *Planaltos e Serras de Goiás de Minas: Serras que variam de 100 a 140 m, apresentando formas bastante acidentadas de relevo: Planaltos, depressões e a planície do Rio Araguaia. É uma área intermediária entre planaltos e as chapadas da Bacia do Parnaíba e da Bacia do Paraná, apresentam clima tropical e vegetação típica do cerrado. *Planalto da Amazônia Oriental: de 406 a 500 m de altitude, vai de Manaus até o Oceano Atlântico, acompanhando as Margens do rio Amazonas. 4) Planícies do Brasil *Planície Amazônica: é uma das faixas estreitas que acompanha as margens do rio Amazonas e abrange a Ilha do Marajó. *Planície do Pantanal Mato Grossense: é a mais extensa das planícies brasileiras. Encontra-se a oeste do Mato Grosso do Sul e a oeste do Mato Grosso ao longo do rio Paraguai. *Planícies e Tabuleiros Litorâneos: generalizando será a planície costeira, ou seja, estreitas faixas de terras que se alongam desde o Pará até o Rio de Janeiro.

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*Planície da Lagoa dos Patos e Mirim: Localiza-se no Rio Grande do Sul. Planície do Rio. Araguaia: Situa-se entre Tocantins e Mato Grosso, junto a Ilha do Bananal. 5) Depressões do Brasil: Depressão periférica da borda leste da Bacia do Paraná: e uma estreita faixa de terra rebaixada que se alonga desde os planaltos e serras do Atlântico Leste Sudeste até as linhas de Cuesta dos Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná e desde o nordeste de São Paulo até o Sul do Paraná. Em São Paulo seguindo uma linha latitudinal leste oeste, a depressão corresponde a distancia entre os municípios de Jundiaí a Botucatu. É a região chamada de Campos Gerais pelos colonizadores que traziam o gado do sul para o Sertão de Sorocaba no tempo da mineração. Apesar de constituída por arenitos e algumas manchas de terra rocha, é intensamente ocupada por uma bem montada rede urbana, agricultura de exportação Depressão Periférica é intensamente ocupada por lavoura de (Cana e laranja) e fruticultura. Possui clima tropical, nicho de mata Atlântico secundaria e algumas manchas de cerrado. *Depressão Sertaneja e do São Francisco: em grande parte recoberta por caatinga, varia de 80m de altitude a 450 m no Norte de Minas Gerais. *Depressão Marginais Norte Sul-Amazônica: Áreas ao redor de 200 m de altitude, de clima equatorial e ocupada pela Floresta Amazônica. Em seu interior existe grande quantidade de morros. *Depressão da Amazônia Ocidental: ocupa a maior parte da Amazônia, com altitudes com altitudes de 100 a 200 m quase que totalmente coberta pala floresta e de clima equatorial. 6) Projeto RADAMBRASIL Em 1995, foi publicado pelo Radambrasil um novo mapa hipsométrico do país realizado por aerofotogrametria. Esta técnica utilizou-se de fotos feitas a partir de varreduras da superfície através de radar, adaptado em um avião Caravelle. As fotos de radar mostraram onde há madeira, minérios preciosos industriais, queimadas, terras férteis e ate rios com mais de 600 Km que nunca estiveram no mapa. Nasci assim o mapa do relevo brasileiro corrigindo imperfeições do antigo mapa. Elaborado através de observações de campo a partir de viagens e de conclusões por parte de seus autores. O RADAMBRASIL

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*Um radar foi instalado na barriga de um avião Caravelle e fotografou continuamente a superfície. *Cada área fotografada abrange uma área circular de 37 KM2 *O equipamento permite mapeamento tridimensional (comporta três dimensionais: altura, comprimento e largura) do relevo. *Um radar altimétrico registra a variação de altitude a cada 11 cm. *Ao contrário da fotografia por satélite, o mau tempo não atrapalha. O radar enxerga através de nuvens e chuvas ou mesmo a noite. 7) Escarpas e Frente de Cuesta Escarpa: Rampa ou aclive de terrenos que aparecem nas bordas dos planaltos, serras e relevos testemunhos (restos de antigas áreas erodidas). Cuesta: Forma de relevo dissimétrico constituído por sucessão alternada de camadas rochosas com diferentes resistências ao desgaste e que inclinam numa direção, formando um declive suave no reverso e um corte abrupto ou íngreme chamado frente de Cuesta. ESCARPAS FRENTE DE CUESTA

Exercícios propostos: 1) (UNIFAL- MG 2006) A crosta terrestre, sobre a qual se desenvolve toda a atividade humana, é modelada por agentes internos e externos. Entre os agentes externos estão os intemperismos físico e químico, dos quais resultam processos erosivos e sedimentares da superfície e as consequentes formas de relevo. Considere as afirmativas abaixo, referentes às formas do relevo terrestre e sua ocupação humana. I. As planícies são áreas onde o processo de deposição de sedimentos supera o processo de retirada. II. O avanço tecnológico permite o uso e a ocupação do solo de forma homogênea em áreas de planalto e montanhas.

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III. Os planaltos podem ser definidos como áreas onde o processo de retirada de sedimentos supera o de deposição. IV. As frentes de ocupação do território brasileiro se processam, atualmente, sobretudo em áreas de planaltos. V. A divisão do relevo brasileiro, proposta pelo geógrafo Jurandir Ross, divide as formas geomorfológicas em planície, depressão e planalto. É CORRETO o que se afirma em: a) I, II, III e V, apenas. b) III e V, apenas. c) II, IV e V, apenas. d) I, II, III, IV e V. e) I, III, IV e V, apenas. 2) (UFMG) Um estudante de Geografia, durante a elaboração de trabalho escolar que tratava do relevo brasileiro, encontrou, em um livro didático, esta definição: Planalto: Relevo plano e alto, situado acima dos 1.000 m de altitude, cuja formação ocorreu no Pré-Cambriano. Nesse relevo, os processos de erosão superam os de acumulação de sedimentos. Considerando-se esse tipo de relevo, conclui-se que essa definição está A) CORRETA, uma vez que os planaltos, no Brasil, se situam acima dos 1.000m de altitude. B) CORRETA, uma vez que os planaltos foram esculpidos por processos bastante antigos, que, na escala do tempo geológico, ocorreram no Pré-Cambriano. C) INCORRETA, uma vez que atuam, nos planaltos, processos de acumulação de sedimentos, que superam os de erosão. D) INCORRETA, uma vez que o modelado dos planaltos – ou seja, sua forma – nem sempre é plano.

Aula 07 Hidrografia Brasileira

Dado o predomínio de variedades climáticas úmidas o Brasil é

extremamente bem-servido por rios, que são originários do três Divisores de Águas: Planalto Brasileiro — Planalto das Guianas — Cordilheira dos Andes. O regime dos rios é Pluvial, ou seja, depende das chuvas; assim, irão apresentar cheias no verão e vazantes no inverno. O rio Amazonas, por estar localizado em área de chuvas abundantes a por correr paralelamente ao Equador, recebe afluentes originários dos dais hemisférios; assim apresentará duas épocas de cheias, que coincidirão com os verões nos dois hemisférios. O rio Amazonas e alguns de seus afluentes nascem nos Andes, recebendo então águas do degelo dos mesmos. Assim, seu regime é chamado de Complexo.

Nas áreas Semiáridas a irregularidade de chuvas fará surgir os rios temporários, cujos regimes são chamados de Intermitentes.

A maioria dos rios é de Planalto, com elevados potenciais hidrelétricos. Podemos dividir o Brasil em nove Bacias Hidrográficas:

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A. BACIA AMAZÔNICA

É a maior Bacia Hidrográfica do mundo, drenando cerca do 6,2 milhões do

km2 em terras do Brasil ,Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia.

O rio amazonas nasce nos Andes Peruanos, no Planalto de Lá Raya, com o nome do Vilcanota; À medida que vai descendo a cordilheira, seu volume aumenta, adotando sucessivamente os nomes: Urubamba. Ucaiali e Marañon - nome com o qual atinge a fronteira do Brasil em Tabatinga (AM). Entra no Brasil com o nome de Solimões e, após cruzar com o Rio Negro, em Manaus, passa a se chamar Amazonas (3.300 km).

Possuindo longos trechos em planícies, tanto o Amazonas como seus principais afluentes são navegáveis.

Os afluentes nascem nos planaltos vizinhos. o das Guianas. ao Norte, e o Brasileiro, ao Sul, a nos Andes a Oeste; assim, seus afluentes irão apresentar elevado potencial hidroelétrico, o maior do país, porém ainda pouco aproveitado.

Devido a sua posição geográfica, distante dos centros mais povoados e desenvolvidos, a Bacia Amazônica torna até hoje sou potencial subaproveitado.

Principais afluentes Margem esquerda: Icá, Japurá, Negro, Trombetas e Jan. Margem Direita: Javari, Juruá, Tefé, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu. Na Bacia amazônica, algumas formas acabam ganhando nomes especiais,

como: "Igarapés” Pequenos rios que correm dentro da mata. “Paranás-Mirins” São braços de rios que acabam formando ilhas. “Furos” São pequenos canais que interligam rios ou um rio e um lago.

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Terras Caídas O grande volume de Água transportado pelos rios provoca a

desbarrancamento de terras de suas margens, que podem trazer consigo vegetação, casas, animais, etc.

Pororoca Fenômeno que acontece na Foz Mista (ao mesmo tempo estuário e delta)

do rio Amazonas, quando há o encontro das águas do rio e as da maré alta; ocorre então a formação de uma grande onda e um ruído de trovão.

B. BACIA DO TOCANTINS-ARAGUAIA E a maior bacia hidrográfica totalmente situada em território brasileiro,

sendo formada pelos rios Tocantins e Araguaia. Tocantins: Nasce em Goiás, ao Norte do Distrito Federal. na Chapada dos Veadeiros,

toma o rumo Norte, desembocando na mesma foz do rio Amazonas, porém sem ser considerado seu afluente.

Araguaia: É o principal afluente do Rio Tocantins, nasce na Serra de Caiapó, na

fronteira entre Goiás e Mato Grosso do Sul, toma a rumo Norte e, na divisa entre Tocantins e Mato Grosso, forma a linha do Bananal, major ilha fluvial do mundo, com 15.000km2.

No Rio Tocantins, no Pare, encontra-se a Usina Hidroelétrica de Tucuruí, a

maior totalmente brasileira. C. BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO

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Nasce em Minas Gerais, no Serra da Canastra, toma o rumo Norte, atravessando a zona semiárida do Sertão baiano, faz a fronteira entre Bahia, Pernambuco e Alagoas, depois Alagoas e Sergipe, indo desaguar no Oceano Atlântico.

Como rio de Planalto, apresenta grande potencial hidroelétrico, quase totalmente aproveitado. Possui extenso trecho navegável, que vai do Pirapora, em Minas Gerais, ate Juazeiro, na Bahia.

O São Francisco é o único rio Perene (que nunca seca) que atravessa o Sertão Semiárido. E conhecido também como: Nilo Brasileiro, dos Currais, Integração Nacional.

D. BACIA PLATINA Constitui a segunda maior Bacia Hidrográfica do Mundo, drenando, com

suas águas, cerca de 4 milhões de km2, dos quais 1.415 milhões no Brasil, ficando o restante no Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.

A Bacia Platina formada par três rios: Paraná, Paraguai e Uruguai; todos possuem suas nascentes no Brasil. Depois se unem formando a Rio da Prata na fronteira da Argentina e Uruguai. (Fora do Brasil - Bacia Platina)

1. Bacia do Rio Paraná O rio Paraná nasce na fronteira de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso

do Sul, da união dos rios Paranaíba e Grande, toma o rumo sudoeste. E um rio que, no nosso país, é de planalto, apresentando grande potencial hidrelétrico, o maior em aproveitamento. Na fronteira do Paraná e Paraguai está Itaipu, a maior usina hidrelétrica do mundo, com seus 12 milhões de Km/h.

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2. Bacia do Rio Uruguai Ele nasce na fronteira do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, da união

dos rios Pelotas e Canoas, faz a fronteira do Rio Grande do Sul e Argentina, depois separa o Uruguai da Argentina, unindo-se ao rio Paraná para formar o rio da Prata. No nosso país apresenta potencial hidroelétrico, que está sendo aproveitado.

3. Bacia do Rio Paraguai Nasce no Mato Grosso, desce para a Planície do Pantanal, que percorre

lentamente, com inúmeros meandros. E um rio de planície, navegável, com portos importantes como: Corumbá e Porto Murtinho. No verão, as chuvas associadas a pequena inclinação do seu vale provocam grandes cheias.

E. BACIAS SECUNDÁRIAS DO NORDESTE

Rio Gurupi - faz divisa do PA com o MA.

Rios Pindaré, Grajaú, Mearim e Itapecuru no MA deságuam no golfão Maranhense.

Rio Parnaíba - é o rio mais importante dessas bacias. Navegável em longo trecho faz toda divisa do MA com o PI, possui urna foz em delta e a importante usina hidrelétrica de Castelo Branco (Boa Esperança).

Rio Paraíba, na PB.

Rio Beberibe e rio Capibaribe, em PE, banham Recife.

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Outros rios do NE encontram-se no sertão e são rios de regime intermitente, destacando-se, entre eles, a rio Jaguaribe no CE, onde se situa o grande açude do Orós.

F. BACIAS SECUNDÁRIAS DO LESTE

Ocupando a porção oriental do Brasil, desde SE ate SP, apresenta um grande número de rios, todos de planalto, sendo alguns intermitentes em seu alto curso, como é o caso dos Vaza-Barris, Paraguaçu, Jequiriçá, Contas e Pardo. Os rios mais importantes são:

Rio Jequitinhonha, no Norte de MG e Sul da BA.

Rio Doce, no Centro-Leste de MG e centro do ES.

Paraíba do Sul, que nasce em SP, indo desaguar no litoral Norte do RJ.

G. BACIAS SECUNDARIAS DO SUDESTE / SUL

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Prolongam-se desde o Sul de SP, onde está o Ribeira de Iguapé até o RS; seus principais rios são:

Itajaí, no litoral Norte de SC.

Tubarão, no litoral Sul de SC.

Jacuí, no RS, deságua na lagoa dos Patos, depois de banhar Porto Alegre.

Alguns autores consideram ainda as Bacias Secundárias do Norte ou do

Amapé, onde se destacam três rios; o Oiapoque, que faz fronteira do AP com a Guiana Francesa, o Cassiporé e o Araguari.

H. BACIAS LACUSTRES

Se por um lado o Brasil é rico em rios, e pobre em bacias lacustres, possuindo poucos e pequenos lagos.

EXERCICIOS

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1. (UFMG) - Os gráficos apresentam as descargas fluviais médias de rios brasileiros de diferentes regimes: Os regimes I, I e III, nessa ordem, são:

a) subtropical, semiárido, tropical b) tropical, semiárido, equatorial. c) equatorial, tropical, semiárido. d) semiárido, tropical, equatorial. e) semiárido, equatorial, tropical.

2. Sobre a hidrografia brasileira, assinale a afirmação incorreta:

a) predomínio de rios planálticos com elevado potencial hidrelétrico. b) rios com foz predominante em estuário. c) regime pluvial: cheias no verão austral. d) rios exorréicos, isto é, abertos para o Atlântico, como os rios Grande e Tietê. e) os principais divisores de égua estão no Planalto Brasileiro.

3. As denominações de “Rio da Unidade Nacional”, “Rio dos Currais” e “Rio

Nib Brasileiro” foram atribuídas ao rio: a) Amazonas b) São Francisco c) Paraná d) Doce e) Paraíba do Sul.

4.

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A) Rio que juntamente com os afluentes, forma a bacia mais extensa do

mundo, contendo o maior potencial hidrelétrico do Brasil. B) Bacia hidrográfica localizada totalmente em território nacional, sendo

o rio principal intensamente utilizado como fonte de energia, já apresentando várias grandes usinas hidrelétricas instaladas.

C) Este rio atravessa vários domínios morfoclimáticos do País: tropical úmido, cerrado, caatinga e florestas tropicais úmidas.

D) No território brasileiro, constituem bacias hidrográficas distintas, mas em território argentino formam um único rio que dá nome a segunda maior bacia da América do Sul.

E) O no atravessa uma planície de extensão pouco maior que a do Estado de São Paulo, mantendo a navegação regular entre o Centro-Oeste do Brasil e Argentina, Paraguai e Uruguai.

Correlacione corretamente as informações apresentadas nos itens com as diferentes bacias hidrográficas numeradas no mapa. a) I-A, Il-D-E, III -B-C

b) I-B, II-C-D, III-A-E c) I-C-E, lI-A-D, III-B d) I-D, II-A-B, III-C e) I-E, II-C-D, III-A-B

5. (FUVEST) - A divisão do Brasil apresentada no mapa a seguir relaciona-se com:

a) clima b) relevo c) hidrografia d) regiões geográficas

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e) vegetação

6. (Sto. André) - Os igarapés, os furos e os paranás-mirins fazem parte da hidrografia da bacia do:

a) Paraguai b) Paraná c) Amazonas d) São Francisco e) Uruguai

7. (Mack)

A bacia hidrográfica representada no mapa destaca-se atualmente. No desenvolvimento regional, pelo potencial hidrelétrico em instalação e por ter sido a via natural de ocupação da Amazônia Oriental. O texto faz referência a bacia:

a) do Xingu e Araguaia. b) do Tapajós e Madeira. c) do Negro e Solimöes. d) do Araguaia e Tocantins. e) do Jan e Paru.

8. Acompanhando de perto os cursos fluviais de cuja umidade só alimentam e se mantêm, aparecem, com frequência, em muitas áreas do Planalto Brasileiro:

a) as florestas babacuais. b) as rnatas ciliares ou florestas-galerias. c) os cerrados. d) as matas de várzea e de igapó. e) as matas de Araucária angustifolia ou dos pinheiros-do-paraná.

9. (FUVEST) - No perfil longitudinal do Rio Itajaí, qual o trecho em que ocorrem meandros com major frequência? Por quê?

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10. (FUVEST) - O perfil topográfico mostra uma secção de relevo transversal referente a bacia hidrográfica do:

a) R. Paraná b) R. Jequitinhonha c) R. Doce d) R. São Francisco e) R. Paranaíba

Aula 08 Climas

Tempo é igual a clima??? 1) Dinâmica e Características Gerais do Clima do Brasil

O Brasil é um país predominantemente tropical ou localizado em baixas latitudes. Utilizando-se o critério das latitudes podemos dividir o hemisfério terrestre em:

Zonas de baixas latitudes: de 0º a 30º morte-sul Zonas de média latitudes: de 30º a 60º norte sul Zonas de alta latitudes: de 60º a 90º norte sul Considerando que o território brasileiro se estende 5º 16’ 19’’ de latitude

norte até os 33º 45’ 09’’ de latitude sul, percebemos que ele se localiza quase integralmente na zona de baixa atitude.

Entretanto convém fazer duas observações: A primeira se refere a divisão convencionada do globo terrestre em

zonas climáticas com base nos círculos polares Ártico e Antártico e nos

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trópicos de Câncer e Capricórnio (Zona Glacial do norte e do sul, Zona Temperado do norte e do Sul, e Zona Tropical e Intertropical). Essa divisão é generalizante, ou seja, não considera a existência de outros fatores de influencia no clima. (Relevo, altitude, proximidade do mar, cobertura vegetal, continentalidade)

O segundo esclarecimento é relativo a mudança climática ao sul do trópico de capricórnio. Não podemos pensar que como em um toque de mágica ultrapassando esse trópico, o clima se altera significativamente. As características de tropicalidade vão se alterando gradativamente. POSIÇÃO GEOGRÁFICA DO BRASIL

*A incidência dos raios solares na terra. Aquecimento e luminosidade diferentes em diferentes latitudes

Os raios solares não chegam a todos os ponto das terra de forma igual. Nas regiões próximas dos pólos ou nas altas e medias latitudes, o calor transportado pelos raios solares se distribui por uma superfície maior quando comparada ao equador ou nas zonas de baixas latitudes. Latitudes mais elevadas, a espessura da atmosfera que os raios solares tem de atravessar é, maior que no equador. A perda de calor é tanto maior quanto mais obliquamente incidirem os raios solares. Nas regiões polares, os raios solares chegam a superfície da Terra muito obliquamente. Em contrapartida, a reflexão dos raios solares para atmosfera é acentuada quando comparada a outras latitudes. *Conceitos importantes: Clima, tempo, tipo de tempo

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Clima: é a sucessão habitual dos tipos de tempo. É a sucessão habitual dos estados atmosféricos durante um longo período, de modo habitual, num determinado lugar. Tempo: é uma combinação passageira dos elementos do clima: temperatura, pressão atmosférica, umidade, ventos e precipitações atmosféricas (chuva, granizo e neve). Tipo de tempo: Combinação mais durável dos tipos de clima. Ele só pode ser determinado após alguns anos de observação do tempo em um certo lugar. 2) Massas de Ar e sua dinâmica É uma grande porção da atmosfera que se caracteriza ou se individualiza por suas qualidades de temperatura e umidade. O deslocamento das massas de ar durante o ano caracteriza o tempo, o tipo de tempo, e portanto, o clima. Zonas de Alta e média Altitude, onde o raios incidem obliquamente. O aquecimento das terras emersas e água é menor do que nas zonas de baixas latitude, onde eles caem perpendicularmente. Assim nas Zonas de médias e altas latitudes, forma-se massas de ar frias e nas zonas de baixa latitude forma-se massas de ar quentes. Os oceanos, mares, lagos e rios fornecem a umidade para a atmosfera, através das evaporações de suas águas, formando massas de ar úmidas. Nas áreas continentais (terras emersas) formam-se massas de ar seca, salvo aquelas cobertas por grandes florestas (Amazônia) pois, os vegetais, através do processo de evapotranspiração, colocam na atmosfera grande quantidade de vapor de água. A)Classificação das massas de ar: Massas de ar equatoriais: Formam-se ao longo da linha equatorial, portanto em baixas latitudes, e são quentes e úmidas. Massas de ar Tropicais Marítimas: Forma-se sobre os mares tropicais e subtropicais (baixas e medias latitudes), são quentes e úmidas provocam chuvas por onde passam. Massas de ar Tropicais Continentais: Formam-se sobre planalto subtropicais e desertos; são quentes e “limpo” para onde se deslocam. Massas de ar polares marítimas: Formam-se em altas latitudes próximas aos pólos; são frias e úmidas, levam chuvas por onde passam. Massas de ar continentais: Formam-se sobre o Oceano Glacial Ártico, na sua porção norte, no hemisfério setentrional ou nas médias latitudes, são frias e secas. Uma massa de ar possui qualidades de temperatura e umidade adquiridas da superfície terrestre de onde se origina. Mas ao se deslocar de um lugar para o outro vai adquirindo outras características da superfície terrestre por onde passa. B) Os deslocamento de massa de ar: A energia solar é uma verdadeira “maquina climática” aquece a terra e a atmosfera e provoca a evaporação da água dos oceanos, rios, mares e lagos. Sendo assim a energia solar é atmosférica de nosso planeta.

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Os movimentos de ar (massas vento) resultam da distribuição desigual de energia solar nas zonas de baixa, média, e alta latitude. A diferença responsável é o motor de toda de toda a circunstância de temperatura é fundamental na formação de áreas de baixa pressão e alta pressão e conseqüentemente dos ventos e massas de ar pois movimento dessas ocorre de uma área de alta pressão ( baixa temperatura) para uma área de baixa pressão (alta temperatura). As áreas frias ou de alta pressão, como as polares, e as subtropicais ou de latitudes médias são dispersoras de massas de ar e ventos e recebem o nome de áreas anticiclonais. As áreas quentes ou de baixa pressão atmosférica (de baixa latitude), como as equatoriais, são receptoras de massas de ar e ventos e recebem o nome de áreas ciclonais. ÁREAS CICLONAIS E ANTICICLONAIS DEFINIDAPELAS ISÓBARAS

ALÍSIOS, CONTRA-ALISIOS, CORRENTES DO OESTE

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*Convergência intertropical (CIT) Zona de convergência Intertropical (ZCIT) é uma zona do globo terrestre próxima a linha equatorial, tanto no hemisfério norte como no sul, para onde convergem os ventos alísios, ou seja, ventos constantes que sopram do hemisfério norte e do sul para esta zona (alísios do sudeste e alísios do nordeste). Esses ventos sofrem desvio devido ao movimento de rotação da Terra.É na ZCIT que existe a faixa de chuvas equatoriais * Contato entre diferentes massas de ar: Frentes Quentes e Frias Os contatos entre massas de ar de qualidades diferentes (temperatura e umidade) ou superfícies frontais frias e frentes quentes ou superfícies frontais quentes. Pode ser estacionária quando parada ou oclusa quando em movimento. A frente fria corresponde a zona de contato entre a uma massa de ar fria e outra quente em que a primeira (a fria) se desloca ou avança a sobre a segunda ( quente). Esta zona de contato é marcada pela instabilidade atmosférica. FRENTE FRIA

A frente quente também corresponde a zona de contato entre uma massa de ar quente e outra fria mas, nesse caso, é a quente que se desloca ou avança em direção a fria, e ao alcançá-la penetra gradualmente por cima dela. FRENTE QUENTE

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3) Massas de ar que atuam no Brasil Massa equatorial continental (mEc)- Centro de origem no noroeste da Amazônia, possui qualidade quente e úmida, atua na Amazônia ocidental e no verão, nas demais regiões do Brasil, provoca chuvas. Massa equatorial atlântica (mEa)- Centro de origem Atlântico norte no Anticiclone dos Açores, possui qualidade quente e úmida, forma os ventos alísios de nordeste . Atua principalmente nos litorais da região norte e nordeste, na primavera e verão. Massa tropical atlântica (mTa)- Centro de origem no Atlântico sul próximo ao Trópico de Capricórnio no anticiclone de Santa Helena. É quente e úmida. Forma os ventos alísios de sudeste. Atua nos litorais do NE, SE, S, provoca chuvas, frontais de inverno pois aí se encontra com a mTa , no; s, chuvas de relevo, em contatos com a Serra do Mar, atua o ano todo. Massa tropical continental (mTc)- Centro de origem na Depressão do Chaco (prolongamento do Pantanal em território boliviano e paraguaio). É quente e seca. Na primavera encontra-se com a massa equatorial continente, provocando chuvas, no outono–inverno encontra-se com a mTa ocorrendo baixo índice pluviométrico. Massa polar atlântica (mPa)- Se origina no Atlântico Sul, não longe do litoral da Patagônia (Argentina) Regiões S e SE com maior intensidade. É fria e seca ( no início é fria e úmida). Atinge o litoral do NE, onde, encontra-se com a mTa, provoca chuvas de inverno, atinge a Amazônia, provocando quedas de temperatura. MASSAS DE AR QUE ATUAM NA AMÉRICA DO SUL

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*A influência do relevo da corrente marítima de Banguela e da célula de alta pressão sobre o nordeste brasileiro: O clima Semiárido. O nordeste brasileiro apresenta várias chapadas, isto é superfícies sedimentares, de relevo por vezes horizontal e a mais de 600m de altitude. Elas constituem relativo obstáculo à penetração de massas de ar para o interior. Quando se encontra um relevo de barreira o ar é forçado a ascender e se condensa. Daí ocorrem as chamadas chuvas de relevo ou orográficas. É o que acontece na Chapada da Borborema, cuja presença em parte explica o polígono das secas do Sertão nordestino. A existência de uma grande célula de alta pressão sobre o nordeste (continuação da Anticiclone do Açores) impede o dificulta a penetração da mEc, da mTa e da frente polar Atlântica necessária para a ocorrência de chuvas na região. A corrente marítima de Benguela, que nasce nas altitudes medias do Atlântico Sul e avança pela costa ocidental da África, é uma corrente marítima fria. Ela atua em sentido anti-horário e exerce influência nas chuvas nas áreas onde ela passa: No litoral da Namíbia, arquipélagos de Santa Helen, de Ascensão com Fernando de Noronha e Nordeste brasileiro, principalmente litorais do Rio Grande do Norte e Ceará. Essa corrente ao longo de sua trajetória, provoca a queda de temperatura do ar atmosférico, as massas de ar ao passar por ela, sofrem condensação de seu vapor d’água e podem ocasionar chuvas no oceano, chegando ao continente e ao arquipélago em menor quantidade. Tudo indica que o nordeste se inclui no conjunto de áreas áridas e semiárida que se verifica na faixa subequatorial da terra, ou seja áreas de fraca pluviosidade. 4) Classificação climática do Brasil. Tendo por base o estudo da dinâmica das massas de ar , Arthur Strahler.

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Clima equatorial úmido: médias elevadas de temperatura (de 25 a 28 ºC) e pequena amplitude térmica (em torno de 3 ºC) anuais. Isso representa que o município apresenta pouca variação térmica e chuvas abundantes e bem distribuídas no decorrer do ano. Essa vasta área, de clima equatorial úmido é controlada ou dominada pela massa tropical equatorial continental. Clima litorâneo úmido: Controlado pela massa tropical atlântica. Os meses mais chuvosos ou de maior índice pluviométrico ocorrem no outono e no inverno quando se d ao avanço da massa polar atlântica e o encontro desta com a massa tropica atlântica provocando as chuvas frontais. Clima tropical de verão inverno seco: Nos meses de maio a setembro os índices de pluviosidade diminuem. O clima tropical abrange a uma vasta área do país. No verão ele é dominado pela massa equatorial atlântica e massa tropical atlântica e no inverno pela massa polar atlântica. Clima tropical semiárido: marcado pela ação irregular de massas de ar. Esse clima abrange o sertão do nordeste, prolonga-se pelo norte de Minas Gerais. Caracteriza-se por médias térmicas anuais em torno de 28ºC) e por chuvas escassas e irregulares . Tanto no verão quanto no inverno, índices pluviométricos baixos agravando-se nos meses de outono, do inverno e parte da primavera quando ocorrem longos períodos de secas afetando com todas as consequências a vida local. Clima subtropical úmido: predominante na região Sul, controlado pela massa tropical atlântica e pela massa polar Atlântica. Caracteriza-se pela ocorrência de chuva nos doze meses do ano (chuvas bem distribuídas), por invernos com temperaturas baixas com geadas frequentes e neve ocasional nas áreas serranas. Climogramas representam as medias mensais de chuva e temperatura do ar atmosférico nos diferentes tipos de clima segundo a classificação de Arthur Strahler ( as barras azuis representam as medias pluviométricas mensais e as linhas vermelhas a média mensal de temperatura). CLIMOGRAMAS

CLIMAS CONTROLADOS POR MASSAS DE AR

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Climas Exercícios proposto: 1) (UNIFAL-MG 2007): Considerando-se a tropicalidade dos climas – e suas consequentes repercussões na vida humana – em vastas extensões do território brasileiro, é INCORRETO afirmar que: A) a alternância típica das estações chuvosa e seca – verão e inverno – ainda influencia o calendário agrícola de amplas regiões, mesmo daquelas em que já se utiliza a irrigação. B) a redução da intensidade da radiação solar e da duração do dia no inverno, embora pouco significativa, torna o sol alternativa energética inviável nessa estação do ano. C) a umidade relativa do ar apresenta variação estacional semelhante à das chuvas, com expressiva redução durante os dias de inverno, o que implica efeitos sobre a saúde humana. D) as diferenças de temperatura entre verão e inverno, embora reduzidas, aumentam com a latitude, sem que o frio se torne fator limitante para a agricultura em muitas regiões. 2)(UNIFAL-MG 2006/2) Analise do mapa abaixo, que representa os tipos climáticos do Brasil:

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(Fonte: MOREIRA, Igor. O Espaço Geográfico: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Ática. 2000. [Adaptado]) Com base no mapa e em conhecimentos sobre as dinâmicas climática e socioespacial brasileiras, é CORRETO afirmar que o(s) tipo(s) climático(s): a) 4 e 2 são controlados por massas de ar equatoriais e tropicais, resultando em uma baixa precipitação. b) 3 é caracterizado por baixa pluviosidade, influenciando as atividades agrícolas da região. c) 1 sofre influência da massa de ar equatorial continental, apresentando elevada pluviosidade, que beneficia o uso do transporte rodoviário. d) 4 apresenta as maiores amplitudes térmicas do país, sendo propício para o cultivo do café. e) 5 possui duas estações bem definidas, inverno chuvoso e verão seco, sendo adequado para o desenvolvimento da pecuária. Aula 09 Vegetação do Brasil

Pela sua localização no globo e pela sua extensão territorial, o Brasil é considerado o maior país tropical do mundo. Isso contribui para uma grande biodiversidade de paisagens pelas sucessões de suas formas de relevo, climas solos, vegetação, animais e hidrografia, que o define como e pais de maior biodiversidade em todo o planeta.

De todos os elementos que compõe essa biodiversidade o mais importante é a vegetação. Sendo um elemento vivo, estático e dependente direto do clima a vegetação auxilia nos estudos da manutenção ou alteração do meio ambiente, pois quaisquer mudanças no teor da umidade do ar da direção dos ventos (disseminadores de semente), da qualidade dos solos da luminosidade (fotossíntese), da ação humana e dos animais nos diversos biomas, será ela que primeiro sofrerá as consequências. Portanto no território brasileiro as

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alterações de paisagens apresentação vegetações com as seguintes características biológicas:

Higrófitos: Os vegetais são adaptados a ambientes com elevada quantidade de água, como na Amazônia, onde se encontra a vitória regia com suas raízes aquáticas.

Xerófitos: Os vegetais são adaptados a ambiente com pouca água, como no semi-árido nordestino, com a presença de cactáceas e outras espécies com acaules cascudos e folhas espinhelas com grande capacidade de retenção de água.

Halofilas: Adaptadas ao meio salobro em águas localizadas junto a desembocadura dos rios no oceano. São os mangues, com suas raízes aéreas para conseguir fixar nitrogênio do ar.

Semideciduas: perdem suas folhas no inverno para preservarem a umidade em seus interiores e poderem suportar a estação séc. É o caso da maioria das espécies do cerrado.

Herbacias: Vegetação rasteira, composta principalmente de gramíneas, como as pradarias gaúchas e dos campos do Pantanal, Mato Grosso do Sul e Roraima.

Aciculifoliadas: Compõem de espécies com folhas pontiagudas, como as coníferas ou pinheiro (araucária), adaptadas as áreas mais altas e da baixas temperaturas do clima subtropical do sul, marcadas por um verão brando.

Normalmente as formações vegetais são divididas de acordo com o porte dos vegetais que o compõem:

Grande porte: formações arbóreas ou florestais. Médio porte: vegetação arbustiva. Pequeno porte: vegetação herbácea. 1) Formações florestais Originalmente eram as formações vegetais dominantes do território

brasileiro, encontrando-se hoje bastante devastadas e alteradas e alteradas por cinco séculos de exploração desordenada.

A) Florestas latifoliadas equatorial (pluvial) É a floresta Amazônica que em território brasileiro corresponde a 40% de todo

o pais. Apresenta as seguintes características botânicas: Higrófitos, densa e

latifoliada (com folhas largas) De acordo com o relevo Amazônico, a composição vegetal se altera e pode

ser dividida em três partes: *Mata do Igapó: Ocupa as partes mais baixas ao longo dos cursos dos rios

estando quase que permanentemente inundada. É uma mata muito fechada e intrínseca. *Mata de várzea: Ocupa terrenos mais elevados onde as águas só chegam nas épocas das cheias periódicas. *Mata de terra firme (Caaetê): Domina as partes não sujeitas a inundações, como os platôs e as depressões não inundáveis.

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Representação esquemática dos três degraus de vegetação amazônica

B) Mata latifoliada tropical Ocupa originalmente toda a fachada atlântica, sendo estreita no nordeste e no sul e mais larga no sudeste. Segundo o IBDF (Instituo Brasileiro de Desenvolvimento Florestal), hoje resta somente a Mata Atlântica 5% toda sua área original, tendo sido devastada principalmente pela sua localização próxima ao litoral, o que coincidiu com o povoamento periférico ao país. A necessidade de combustível (lenha), madeira para a construção e mais espaço para lavouras e cidades, além da exploração das espécies mais nobres, foram os principais causadores da dessa devastação. Atualmente somente se verifica nichos de preservação como os parques nacionais de Monte Pascoal na Bahia, a Floresta da Tijuca no Rio de Janeiro, as matas de encostas nos escarpamentos da Serra do Mar e Reservas da Juréia entre outras. Para o interior, notam-se algumas áreas junto ao rio Paraná, principalmente no parque nacional de Foz do Iguaçu, no estado do Paraná. Esta floresta recebeu o titulo da Unesco de reserva da biosfera, apresenta ainda no interior as matas ciliares ou matas galerias, acompanhando as margens dos mananciais, colaborando para a limpeza das águas e renovação da vida local.

C) Mata de encosta ( latifoliada úmida) Ocupava originalmente a sem encostas e escaras e escarpas das serras litorâneas desde o nordeste ate sul, hoje reside somente onde o terreno é mais íngreme ou de difícil ocupação humana.

D) Mata da Araucária Originalmente ocupando as áreas de climas tropical de altitude do sudeste e subtropical no sul, também conhecida como Matados Pinhais conta com poucas espécies. Considerada extinta pelo IBDF desde 198, nela é dominante a espécie da Araucária angustifólia , um pinheiro de madeira nobre que atraiu a atenção dos madeireiros durante todo o século XX, extinto hoje somente nas áreas mais altas e abruptas do relevo. Mas além dos pinhais, mata d a Araucária convive com espécies vegetais latifoliadas, como a canela, a imbuia e a peroba, além de outras espécies menos nobres.

E) Mata dos cocais

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Trata-se de uma mata de vegetação de transição entre os climas equatorial (Amazônia Oriental) e Semiárido (Sertão) onde são dominantes as espécies das palmáceas como o babaçu, a carnaúba, o buriti, o coqueiro no litoral, entremeados de espécies menores de mata tropicais e campos.

2) Formação arbustiva e herbáceas A) Cerrado Sujeito ao efeito da continental idade do clima tropical (uma estação chuvosa

e outra muito seca), o serrado é uma vegetação arbustiva adaptada aos solos ácidos muito pobres e muito permeáveis, onde suas espécies semi-ducículas apresentam-se espalhadas pela capoeira ou formações compacta. É uma vegetação que ocupa o Brasil central e infelizmente nos últimos 40 anos tem sido rapidamente devastada, para dar lugar a agropecuária, a partir da aplicação de calcários (calagem) para a correção da acidez dos solos. Outro fator da destruição do cerrado é a necessidade de lenha para ser transformada em carvão vegetal parta abastecer principalmente as siderúrgicas de Minas Gerais.

B) Caatinga Vegetação xerófila, como cactáceas e bromeliáceas (mandacaru, xique-

xique, facheiro), ocupa a maior parte do sertão nordestino, devido a ação do clima semiárido.

C) Campos ou Pradarias Vegetação composta por gramíneas com poucos arbustos espalhados.

Cobrem os Pampas do Rio Grande do Sul, constituído a campanha Campanha Gaúcha, o sul do mato Grosso do

sul e a depressão do Tacatu Mau no estado de Roraima, além de formações incrustadas na Amazônia.

3) Formações Litorâneas Mangue Vegetação típica dos mares tropicais encontrados em áreas de

desembocadura de águas doces dos rios nos oceano. São formações arbustivas de raízes aéreas de troncos delgados, constituindo-se vegetais de grande adaptação ao meio hidrófilo e halófito (salobroso).

Suas raízes aéreas constituem uma defesa de seus organismos, pois fixam o nitrogênio necessário ao seu desenvolvimento. Já que o solo lodoso é pobre em nutrientes. Estão presentes desde o Amapá até o Rio Grande do Sul, desde que o terreno litorâneo seja rebaixado. É também muito importante para a renovação da cadeia alimentar marinha, principalmente pela produção de fitoplanctons, que produzem a maior parte do oxigênio da atmosfera.

4) Domínios morfoclimáticos brasileiros O termo domínio é usado se referindo ao conjunto natural em que existe

uma interação entre os elementos e um deles é determinante. Seja o relevo, ou clima ou vegetação. No lugar de paisagem natural costuma-se utilizar

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domínio morfoclimático (morfo = relevo, climático=clima) devido a importância do relevo e do clima na formação de cada conjunto. Mas isso não significa que cada conjunto se delimite apenas pelo clima ou apenas pelo relevo, já que existe um a coincidência entre os domínios morfoclimáticos os fitogênicos, os hidrográficos, e os pedológicos (referente ao solo).

Outro aspecto a ser ressaltado é o da interseção entre os domínios, as chamadas zonas de transição. São áreas que é difícil de distinguir a paisagem por intercalar uma ou mais formações vegetais. As mais importantes são: A Mata dos Cocais, o Pantanal do Mato Grosso e o Agreste Nordestino.

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS DO BRASIL

I) Domínio Amazônico: O domínio geológico Amazônico apresenta um relevo formado basicamente por depressões, baixos planaltos e as planícies aluviais. As elevações surgem no extremo norte ((Planalto Guiano) e no extremo sul (planalto Central) desse domínio. O clima equatorial, com temperaturas muito elevadas por causa das baixas latitudes (com pequenas amplitudes térmicas no decorrer do ano) e constantes chuvas convectivas favorecidas pela evapotranspiração da grande floresta latifoliada local, típica dessa região. A massa equatorial continental da a dinâmica climática local, e a chagada da massa polar atlântica gera a queda brusca da temperatura durante ao inverno, fenômeno conhecido como friagem (Amazônia ocidental). A hidrografia regional é marcada pela presença da bacia Amazônica, o maior do mundo com rios que coletam a grande pluviosidade regional e levam para o principal, o Amazonas, que deságua mais d e100mil metros cúbicos por segundo no oceano Atlântico. Bastante explorados pelas populações ribeirinhas, os rios amazônicos garantem o transporte local e a pesca para o sustento das famílias isoladas pela Floresta Amazônica em áreas de difícil acesso. O alto potencial hidroelétrico dessa bacia, localizado principalmente entre cachoeiras que surgem quando os afluentes do rio Amazonas descem

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dos Planaltos periféricos para a calha do rio principal, é pouco explorado devido ao baixo consumo energético regional.

Floresta latifoliada equatorial conhecida também como Hiléia ou mata amazônica, cobre todo esse domínio formando o principal domínio natural. Heterogenia, hiléia apresenta a maior biodiversidade do planeta. Sempre verde (perene), é uma vegetação estratificada e fechada. Como é uma floresta adulta consegue prover sozinha sua necessidade de oxigênio, água e material orgânica. A proximidade dos rios diminui sua estatura, que na mata de terra firme pode chegar a 50, formando seu estrato conhecido como mata do igapó (formada basicamente por hidrófilas). Separando o igapó das terras firmes aparece a mata de várzea, periodicamente alagadas durante as cheias. O jequitibá, o guaraná, a castanheira, o mogno, o cacaueiro e as seringueiras são algumas das arvores que surgem na mata.

II) Domínio Cerrado O domínio geocológico do cerrado ocupa quase todo o Brasil central,

abragendo boa parte da região centro oeste, partes da Minas Gerais, Maranhão e Piauí. A principal unidade geomorfológica dos cerrados é o planalto Central, constituído por terrenos cristalinos bastante desgastados por prolongada erosão, e por terrenos sedimentares, que formam as chapadas (Parecis, Guimarães, Mangabeiras, Espigão Mestre entre outras). Seus solos são predominantemente ácidos necessitando de calagem para que sejam utilizados pela atividade agrícola, ao sul surgem manchas de terras rochas.

Apesar de baixa densidade hidrográfica, o planalto Central, com suas elevações e chapadas serve como divisor de águas e separando varias bacias hidrográficas como a Amazônica (que corre para o Norte) da Platina ( que corre para o Sul) e a do São Francisco. Graças ao clima os rios que cortam esta região tem regime tropical, ou seja, as cheias ocorrem durante o verão.

O principal clima do cerrado é o tropical semiúmido (conhecido também como tropical), que apresenta duas estações bem definidas, com inverno seco e verão bastante úmido.

Isso se deve alternância das massas de ar Equatorial continental (no verão) e a polar Atlântica (no inverno) na região central brasileira. A prolongada estiagem que ocorre durante o inverno pode chegar a seis meses o que aumenta ao risco de incêndios nesse período.

O cerrado é a vegetação dominante, com seus dois estratos: um arbóreo-arbustivo, com arvores de pequeno porte (pau santo, lixeira, pequi) outro herbáceo, de vegetação rasteira, com várias espécies de capim (barba de bode) flechinha, colonião, gordura). Os arbustos de tronco retorcido, copa irregular e casca grossa, são adaptados as combinações naturais entre o clima (seca prolongada) e o solo. Consegue por vezes escapar das queimadas naturais que castigam a região centro oeste durante o inverno. Ao longo dos rios, podemos encontrar as matas ciliares acompanhando a maior umidade trazida pelos rios e trazendo proteção contra o assoreamento

O domínio dos cerrados passa por um intenso processo de destruição, pois a expansão da fronteira agrícola que ocorreu no Brasil central, fato promovido pela facilidade de ocupação, pela boa adaptabilidade do gado bovino e pela aclimatação da soja em outros produtos agrícolas que superam as dificuldades naturais (solos pobres laterizados e estiagem prolongada)

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degradando a vegetação primitiva. Varias reservas naturais tentam faz a preservação do cerrado, que já teve mais de dois milhões de quilômetros quadrados e hoje tem apenas 350 mil quilômetros, onde vivem mais de 800 espécies de aves e 160 espécies de mamíferos numa das paisagens mais típicas do Brasil.

III) Domínio Caatinga A depressão sertaneja (ou sertão) fica num rebaixado entre o planalto de Borborema e a Chapada Diamantina a leste e a chapada das Mangabeiras e o Espigão Mestre a oeste. Fechando sua porção setentrional, temos ainda chapadas residuais, como o Araipe, Ibiapaba e Apodi. Seu interior sofre pediplanação intensa, com ventos e inteperismo térmico que vai aplainando progressivamente o relevo. Surgem também inselbergs, que são morros residuais cristalinos, como Quixadá, Milagres e Patos. Os solos são poucos profundos pela falta de chuvas e pelo predomínio do intemperismo térmico, porém não possui baixa fertilidade, pois sua constituição química é muito boa. O clima da caatinga é tropical semiárido, com temperaturas elevadas o ano todo e chuvas escassas, com medias de 500 mm por ano, mas que tem como principal característica a irregularidade dos períodos chuvosos, com estiagem que podem durar de dois a três anos o que inviabiliza uma serie de atividades econômicas por parte da população local. A semiaridez é causada pela dinâmica das massas de ar que atuam na depressão sertaneja (Massa Equatorial Atlântica, Massa Equatorial Continental, Massa Tropical Atlântica, Massa Polar Atlântica) e chegam na região trazendo baixa umidade com ventos já secos. Já no vale do São Francisco maior rio perene do Polígono das Secas, as águas do rio são usadas para irrigar culturas que não só se abastecem, mas também são, muitas vezes exploradas, como é o caso da fruticultura. Grandes extensões de rochas magmáticas profundas impedem, por vezes a abertura de poços artesianos. A vegetação desse domínio por base é a caatinga formada por pequenos

arbustos (aroeira, juazeiro) e por plantas xerófilas como as cactáceas, (mandacaru, xiquexique) e bromélias (macambira). São os vegetais adaptados a estiagem prolongadas, com poucas folhas muitos espinhos plantas caduciformes que perdem as folhas durante o período seco.

Os brejos ou pés de serras em função da maior umidade (chuvas a Barlavento) são fundamentais para a atividade agrícola no nordeste seco.

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Como a base econômica forte do sertão nordestino é a agropecuária, e o

clima semiárido, com chuvas escassas e irregulares, dificulta ou impede essa atividade a população local passa a sofrer sérios problemas sócio econômicos. Porem, somente a dificuldade natural seria insuficiente para explicar o atraso regional, uma vez que os métodos de combate a seca não são democratizados e o uso político da situação ainda esta presente no nordeste. Na realidade, a pobreza regional é muito mais bem explicada pelas históricas e sociais.

A seca é apenas mais um agravante que poderia ser solucionada pela aplicação de técnicas moderna.

A transposição do Rio São Francisco é apresentada como das soluções a serem aplicadas, levando parte das do São Francisco para o Rio Jaguaribe, através de uma série de canais artificiais. É um projeto polêmico mais que esta em pauta.

POLIGONO DAS SECAS

IV) Domínio dos Mares de Morros: Localiza-se na porção oriental do Brasil, desde o sul ate o nordeste. Na região

Sudeste, penetra no interior da São Paulo e Minas Gerais. O planalto Atlântico é a unidade de relevo que mais se destaca, com seus terrenos cristalinos antigos e

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um conjunto de elevações chamadas de Serras (Mantiqueira, do Mar, Geral, Caparaó etc).

É o domínio com as maiores médias altimétricas do país (terras altas) e sofre um grande processo erosivo. É uma região de rios planálticos, encachoeirado, com um alto potencial hidrelétrico e de regime tropica. A energia extraída desses rios abastece o maior parque industrial do Brasil. As terras altas dividem as bacias do Paraná do São Francisco e as bacias secundárias do leste e do sul. O domínio dos mares de morros combina dois climas diferentes: o clima tropical de altitude, com temperaturas modestas e pluviosidade elevada, com as chuvas concentradas no inverno e no outono, e o clima tropical úmido, mais quente e com maior pluviosidade, comas chuvas concentradas no inverno (Nordeste oriental). O primeiro surge nas serras e no interior, o segundo predomina na planície costeira. Nesse espaço tropical (quente e úmido), surgem as florestas latifoliadas sempre verdes, que segura grande umidade no seu meio, exuberante e colorida na florada com arvores cujas alturas vão de 25 a 30 metros (peroba, cedro, figueira, cerejeira, jatobá, entre outros).

A mata Atlântica divide espaço coma área mais ocupada do país (70% da população nacional), além de conter uma atividade agropecuária extremamente desenvolvida.

A poluição emitida pelos grandes centros urbano e as especulações imobiliária completam o quadro responsável pelo avançado estado de destruição pelo qual passa a floresta tropical que vê desaparecer, pouco a pouco, sua biodiversidade formada por cerca de 6 mil vegetais, 160 mil espécies de mamíferos e mais de 250 mil anfíbios. Apesar dos esforços legais para tentar preservar o que ainda resta da mata Atlântica, as reservas são sistematicamente destruídas pela exploração de suas madeiras nobres e de outros muito valorizados.

DOMÍNIOS MORFOCLIMATICOS

V) Domínio Araucária A combinação entre a altitude das serras da região Sul com as baixas

latitudes e as fortes entradas da massa polar atlântica criam o domínio mas frio do Brasil, inclusive com a ocorrência de neve no alto inverno, capaz de dar ares europeus ao Brasil.

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O planalto meridional na divisa entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul um perfil formado por uma sequência de cristas conhecidas como Serras Gaúchas e Catarinense, com elevações de onde descem rios de pequeno volume e muitas corredeiras. O clima subtropical, de temperaturas moderadas e pluviosidade baixa, mas bem distribuídas durante o ano, temos a maiores amplitudes térmicas nacionais.

As chuvas d verão são causadas pela entrada da massa de ar Tropical atlântica, e as chuvas de inverno trazidas pela massa Polar atlântica que chega da Argentina.

A vegetação que surge nas serras frias do sul é a floresta aciculifoliada subtropical (também conhecida como mata da Araucária ou dos pinhais), que se estende desde São Paulo. (áreas mais altas do estado), ate Rio Grande do Sul. Pode ser classificada como floresta de Conífera e é uma formação aberta, de fácil exploração física, de folhas em forma de agulha (Acicufoliada), com grande ocorrência de pinheiros Araucária angustifólia associada a outra espécies com o cedro, a canela, a imbuia e a erva-mate (usada no chimarrão).

A extração de madeira, implantação da produção vinícola na região e a agricultura de produtos a temperados (principalmente frutas de clima frio) ajudaram a desmatar a mata de Araucária, que hoje apenas com uma pequena parte de sua cobertura original.

Atualmente, o turismo ajuda a se preservar o que ainda resta das Araucárias, já que a região das serras oferece uma paisagem bem diferente das demais encontradas pelo Brasil.

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Atuação das massas de ar no inverno na América do sul

VI) O Domínio das Pradarias O domínio das pradarias abrange vasta s áreas do centro sul do Rio Grande

do Sul. Na divisa do Brasil com o Uruguai e a Argentina. É o menor dos domínios brasileiro. O clima subtropical, com invernos rigorosos e verões quentes, garante a maior amplitude térmica do Brasil. A pluviosidade é bem distribuída durante o ano e favorece a atividade agro pecuária na região.

Os campos do sul, ou pampas estão em uma área relativamente baixa e plana, formada por intenso processo erosivo, com pequenas elevações conhecidas como coxilhas.

Sua vegetação é de gramíneas e pequenos arbustos. Formando ótimos pastos naturais, as pradarias são ocupadas pela criação extensiva de gado bovino e ovino, além do cultivo de arroz milho, soja e trigo. As queimadas para as limpezas dos terrenos são uma prática habitual.

Os principais problemas ambientais das pradarias são a erosão, a queda da fertilidade do solo e a expansão de algumas manchas arenosas. Estas tem chamado a atenção por serem apresentadas como processo de desertificação, estudos mais específicos apontam a causa como sendo o tipo de sol, e a forte influencia antrópica (agropecuária)

A verdade é que todos os ecossistemas brasileiros em a maior ou menor grau, vem sofrendo prejuízos pelo descuido pela ganância ou pela ignorância. A expansão urbana também tem sua parcela de colaboração para que muitas paisagens brasileiras sejam conhecidas apenas em livros de geografia ou em fotos de interne. Estudar com atenção casos como a arenização dos campos do sul do Brasil pode ser decisivo para a perpetuação deste ecossistema.

VII) As faixas de transição Faixas de transição são áreas que separam dois ou mais domínios

geoecológicos, representando a transição gradual entre essas paisagens naturais. O mapa a seguir destaca três paisagens.

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A) MATA DOS COCAIS B) AGRESTE C) PANTANAL PRINCIPAIS FAIXAS DE TRANSIÇÃO

C) O Pantanal Mato-Grossense

O pantanal esta numa área sudoeste do Mato Grosso e a oeste de Mato Grosso do Sul que corresponde a mais típica planície do Brasil. De sedimentos recentes quaternários, essa planície é drenada pela bacia do Paraguai. Durante o verão, vastas áreas são alagadas durante o período das chuvas, formando grandes lagoas interligadas por canais (corixos). As áreas mais elevadas são protegidas de enchentes, locais onde se colocam as sedes das fazendas e se concentra o gado durante as cheias. Uma vez que os pastos naturais são de ótima qualidade para o gado.

A vegetação possui espécies de floresta do cerrado, campos e ate plantas xerófilas. Verdadeira síntese da vegetação brasileira, nos últimos anos vem sofrendo com a ação humana: devastação e contaminação das águas. Os vários rios, afluentes do Paraguaio (Taquari, Piquiri, Miranda A pecuária é a grande atividade econômica da região, uma, Aquidauana) apresentam uma grande variedade de peixes. A fauna é riquíssima e variada (aves jacarés, onças capivaras), atraindo a caça e a pesca predatória. O eco turismo é uma atividade que vem gerando um grande crescimento econômico na região, ajudando no controle e na preservação com atividade relacionada com o meio ambiente e a cada dia ganha mais adeptos entre os fazendeiros locais.

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A)B Mata dos cocais A mata dos cocais localiza-se entre três domínios diferentes: o amazônico a

oeste, o da caatinga a leste e do cerrado ao sul. Ocupa áreas do Maranhão e Piauí ao longo dos Vales fluviais, como o do Paranaíba, o do Mearim e do Grajaú, entre outros. Possui grandes extensões ainda como o babaçu e conta ainda com outras espécies de palmáceas, como a carnaúba, o buriti e o açaí. Boa parte da população local vive da exploração desses vegetais que vendidos para fabricas locais dão origem a uma valiosa linha de ceras e óleos vegetais comestíveis de grande valor industrial. Na região, a agropecuária comercial, com gado bovino de corte, milho, soja, e arroz ameaça a mata dos cocais.

B) Agreste Entre a zona da mata nordestina e o sertão nordestino (domínio caatinga)

temos uma estreita faixa de transição conhecida como agreste. Na região do planalto da Borborema, desenvolve-se um a vegetação que mistura elementos da mata atlântica a da caatinga, portanto fazendo a transição gradual entre essas duas paisagens.

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O O

O NORDESTE E SUAS SUBREGIÕES

25 1- BRASIL COLÔNIA

AULA 01 – EXPANSÃO MARÍTIMA “Por mares nunca antes navegados” A expansão marítima européia do século XV foi conseqüência da necessidade encontrar novos mercados. O país pioneiro nesse processo foi

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Portugal. Tendo como marco inicial a conquista de Ceuta (1415), os lusitanos prosseguiram sua expansão contornando a África e chegando a s Índias. Em 1500, as primeiras esquadras portuguesas chegaram ao Brasil. Afastaram-se da costa Africana em direção ao oeste, alegando terem se desviado da rota em virtude de calmarias. “E assim seguimos nosso caminho por este mar, de longo, até que, terça feira das Oitavas da Páscoa que foram 21 de abril, estando da dita ilha obra de 660 ou 670 léguas, segundo os pilotos diziam, topamos alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de ervas compridas. Quarta feira seguinte, pela manha topamos aves a que chamam fura buchos. Nesse dia hora da véspera houvemos vista de terra! Primeiramente de um grande monte, muito alto e redondo. O capital pôs o nome Monte Pascoal e a terra, Terra de Vera Cruz”. O texto acima foi escrito por Pero Vaz de Caminha, escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral em 1º de maio de 1500. É parte da carta do escrivão ao rei D. Manuel narrando o descobrimento do Brasil. Séc. XV a XVI A crise do século XIV despertara a consciência dos comerciantes e banqueiros europeus para o fato de que o mercado no continente era instável e que se tornava necessário encontrar novos fornecedores. Além disso, os metais preciosos com que se cunhavam as moedas escasseavam impondo–se a busca em outras regiões fora da Europa. Causas da expansão Progresso tecnológico Fascínio pelas Índias Monopólio Italiano Formação dos Estados Modernos Pioneirismo de Portugal Portugal foi o primeiro país europeu a se lançar nas grandes navegações, o que não aconteceu por acaso. Inúmeras razões concorreram para isto, entre elas a pouca quantidade de metais preciosos para cunhagem de moedas, a falta de produtos agrícolas e de mão de obra, o desejo de expandir a fé cristã e a necessidade de conseguir novos mercados. Além disso, Portugal era um país privilegiado entre os europeus, pois contava com fatores que possibilitavam sua primazia nas grandes navegações. Posição geográfica estratégica Burguesia ávida de lucros Paz interna Avançada arte náutica Centralização monárquica Pouca quantidade de metais preciosos Falta de produtos agrícolas e de mão de obra Desejo de expandir a fé cristã Busca por novos mercados Histórico das navegações O marco inicial da expansão ultramarina portuguesa foi a conquista de Ceuta, 1415. Situada na costa marroquina, Ceuta cidade comercial e núcleo

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estratégico para a expansão árabe, simbolizava o poder mulçumano na região. Como dessa região partiam expedições piratas árabes, a conquista foi justificada por Portugal como uma reação cristã aos ataques mulçumanos. 1415- Conquista de Celta 1492- Descoberta da América Chegada de Cristóvão Colombo na América 1498-Vasco da Gama completa o périplo africano chegando as Índias 1493 - Bula Papal Intercoetera: Marco de divisão 100 léguas de cabo verde 1494 - Tratado de Tordesilhas: Marco de divisão 370 léguas de Cabo Verde 1500 - Descobrimento do Brasil: chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil Rota das navegações séc. XV e XVI Os donos da terra Migrações para a América Até hoje se descobriram, no continente americano, fósseis primatas dos quais o homem pudesse descender. Assim, a tendência dos estudos modernos é buscar fora do continente americano as origens dos primeiros habitantes de nossa Terra. Asiática - Ásia Australiana - Polo sul Malaio polonesa – Ilhas polinésias Esquimó - Pólo norte MIGRAÇÕES PARA AMÉRICA

Recordando 1488- Bartolomeu Dias contorna o cabo de Boa Esperança no extremo sul da África. 1492- Expulsão dos mouros da Espanha e chegada de Cristovão Colombo a América 1494- Portugal e Espanha assinam o Tratado de Tordesilhas 1495- D. Manuel sobe ao trono de Portugal 1498- Vasco da Gama chega as Índias contornando a África 1500- A esquadra de Cabral chega ao Brasil 1502- Américo Vespúcio descobre a América

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Antropofagia

EXERCÍCIOS DE AULA . Exercício Proposto

1) UFMG/2009

Recordando 1415- Portugal conquista Ceuta, dando início a expansão marítima do século XV. 1418- D. Henrrique reúne em Sagres grandes navegadores da época. 1434- Gil Eanes ultrapassa cabo Bojador. 1453- Os turcos tomam Costantinopola, ameaçando o comercio ocidente oriente. Termina a Guerra dos cem anos entre França e Inglaterra

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A partir da análise e comparação desses mapas e considerando-se outros

conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que A) a cartografia europeia, por razões religiosas, não assimilou o conhecimento dos povos indígenas acerca dos continentes recém-descobertos. B) a concepção de um mundo fechado, em oposição à idéia de um cosmos aberto, dominou a cartografia europeia até o século XVII. C) as navegações alteraram o conhecimento do mundo, à época, jogando por terra os mitos antigos sobre a inabitabilidade das zonas tórridas. D) os descobrimentos, em fins do século XV, resultaram da expansão do conhecimento do mundo alcançado pelos geógrafos do Renascimento. OBS:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2) (EsAEx-2006) No século XV, Portugal e Espanha deram início à expansão marítima europeia, da qual resultaram grandes impérios coloniais, a exemplo do Brasil. As afirmativas abaixo dizem respeito às várias explicações acerca do expansionismo e dos descobrimentos portugueses dos séculos XV e XVI. Analise-as e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. A busca por rotas comerciais alternativas na tentativa de escapar das altas

taxas cobradas pelos turco-otomanos, a partir do domínio estabelecido por eles no Mediterrâneo oriental em 1453.

II. O desenvolvimento de instrumental tecnológico para navegação, a partir de

estudos realizados por cartógrafos, astrônomos, matemáticos e navegadores na Escola de Sagres.

III. A aliança entre portugueses, venezianos e genoveses para fortalecer o monopólio que mantinham sobre o Mediterrâneo, visando anular os prejuízos causados pela invasão árabe na península Ibérica ocorrida naquele período.

IV. As aspirações da burguesia mercantil que havia consolidado a sua relação com a Coroa durante a Revolução de Avis, entre 1383 e 1385, quando as forças de Castela foram expulsas de Portugal e Dom João I assumiu o trono.

(A) Somente a I está correta. (B) Somente a I e a III estão corretas.

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(C) Somente a I, a II e a IV estão corretas. (D) Somente a I, a III e a IV estão corretas. (E) Somente a II e a IV estão corretas OBS:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) (Fuvest-SP) “Gostaria que espanhóis e portugueses mostrassem, onde está o testamento de Adão que dividiu o mundo entre Portugal e Espanha.” Esta frase mostra o descontentamento do rei Francisco I, com: a) O comercio de especiarias b) Expedições de reconhecimento de terras portuguesas e espanholas c) Situação geográfica privilegiada de Portugal e Espanha d) Ao tratado de Tordesilhas e) As viagens marítimas europeias OBS:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ AULA 02 – ADMINISTRAÇÃO COLONIAL “Mercantilismo, ouro, poder e Gloria“ De 1500 a 1530 a economia brasileira gravitou em torno do Pau Brasil. Após 1530, declinando o comércio com as Índias, a coroa portuguesa decidiu-se pela colonização do Brasil. Nossa vida econômica, política e social foi organizada em função de interesses, necessidades e decisões de Portugal. A administração foi efetuada inicialmente por meio das capitanias hereditárias. Com seu fracasso foi instituído os governos gerais. A colonização ocorreu no período inicial do capitalismo, denominado capitalismo comercial ou mercantilismo. O colonialismo aceleraria o processo de acumulação de capitais. “Rebentou então, por culpa dos portugueses, uma revolta dos índios, que até então se mostravam pacíficos. Os habitantes da povoação de Olinda defronte da qual nós achávamos, não podiam dar aos outros nenhum ajutório, pois desconfiavam que os selvagens queriam também atacá-los. Os silvícolas que nos sitiavam estimavam-se em 8 mil” O texto acima foi escrito por Hans Atarden. Artilheiro de nativo, que fez duas viagens ao Brasil. Anarrativa mostra as dificuldades enfrentadas pelos colonizadores no século XVI Introdução A notícia da chegada de Cabral ao Brasil não teve grande repercussão nos meios comerciais portugueses. A carta de caminha não mencionava a presença de riquezas. Período pré – colonial (1500- 1530)

Desinteresse *Não existência de metais preciosos

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*Lucrativo comércio com as Índias *Falta de mão de obra portuguesa para povoar regiões descobertas Economia Colonial

A economia pré-colonial se concentrou na exploração predatória do pau-brasil madeira vermelha existente em toda Mata Atlântica. Conhecido na Europa desde a Idade Média por apresentar um corante muito usado para corar tecidos e móveis. Estanco do Pau Brasil pela coroa portuguesa (Monopólio real). Só o rei concede a exploração. Escambo do Pau Brasil Pagamento aos indígenas pelos trabalhos prestados em troca de objetos de pouco valor. Inexistência de núcleos povoadores. O ciclo do pau Brasil não criou núcleos povoadores, mas sim feitorias pouco expressivas.

Expedições do período colonial. Principais acidentes geográficos: Gaspar de Lemos, Gonçalo Coelho Lutas contra piratas franceses: Coroa resolve enviar expedições guarda costas que pouco fazem em virtude da grande extensão territorial.

Início da colonização Ameaça estrangeira: A presença estrangeira no litoral brasileiro representava uma ameaça a Portugal. O monarca português D. João III chegou a reclamar o contrabando francês ao rei Francisco I da França. Este limitou-se a responder. “Gostaria muito de ver o testamento de Adão e Eva dividindo as terras do novo mundo entre Portugal e Espanha.” Essa resposta Foi uma evidente declaração de desrespeito ao tratado de Tordesilhas e um sinal de que a pirataria francesa iria persistir. 1532- Fundação da Vila de São Vicente 1545- Fundação de Santos Distribuição das Sesmarias: Logo foram nomeados os primeiros administradores, criando-se órgãos judiciários e fiscais distribuíram-se as

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sesmarias (lotes de terras) aos colonos e montou-se uma fortaleza, visando à proteção geral. Os passos iniciais da colonização estavam dados. Colonização transferida a particulares: No entanto, a coroa, em precárias condições econômicas, não conseguia avançar esse processo. A saída encontrada foi transferir para particulares os compromissos com a colonização. Capitanias Hereditárias Portugal só deu início à colonização a terra conquistada que passou a chamar-se Brasil devido à pressão que sofria com o declínio do comércio com o oriente e com a sistemática ameaça estrangeira que poderia resultar em perda do território. A economia passou a ser organizada em função da metrópole. O Brasil fornecia unicamente produtos tropicais, matéria prima e riquezas minerais a Portugal. Começava a historia da luta pela independência de um povo. *Solução para garantir a posse das terras: D. João III resolveu implantar um sistema já implantado e com sucesso nas Ilhas Atlânticas da Madeira, Açores e Cabo Verde. Tinha o objetivo de estimular o processo colonizador. Uma vez que as feitorias eram núcleos isolados. Divisão do Brasil em 14 capitanias 15 lotes de terras Doados a 12 donatários

Juridicamente, a ocupação das terras era assegurada pela carta de doação e pelo foral Carta de doações- Assinada pelo rei concedia os direitos administrativos e

jurídicos das terras ao donatário Foral- Determina os direitos e deveres do donatário que recebia a terra

como administrador e não como dono. As capitanias não podiam ser vendidas, só podendo ser passadas de pai para filhos.

Direitos do donatário

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Direito de fundar vilas Conceder Sesmarias Receber parte dos impostos pagos a coroa (Vinteta e Redízima) Cobrar tributos sobre salinas, moendas e engenhos Fracasso das capitanias: Ao contrário do que aconteceu nas Ilhas do Atlânticas as capitanias não tiveram sucesso. Vários fatores contribuíram para isto. Terras inférteis Falta de interesse e de recurso dos donatários Distância da Metrópole Conflitos com indígenas

Exceção: São Vicente – Poder aquisitivo do donatário Pernambuco - Solo fértil para agricultura da cana de açúcar

Governos Gerais Diante dos fracassos do sistema de capitanias a metrópole procurou a recorrer a centralização do poder. Não para acabar com as capitanias, mas para centralizar sua administração, pois a autonomia dos donatários se chocava contra os interesses do estado português. Centralização administrativa Não extingui as capitanias hereditárias Governo Tomé de Sousa (1549-53) Primeiro Governo Geral do Brasil. Junto com ele chegaram colonos e Jesuítas. Sede estabelecida na Bahia Fundação da 1º cidade brasileira (Salvador) Primeiro bispado e colégio Incentivo a agricultura e pecuária Governo Duarte da Costa (1553 - 58) Invasão do Rio de Janeiro pelos Franceses. Fundação da França

Antártica (1555). Governo Mem de Sá (1558-72) Dissolução da Confederação dos tamoios Fundação da 2º cidade brasileira São Sebastião do Rio de Janeiro 1565 Expulsou os franceses do Rio de Janeiro

Linhas Gerais do Sistema Colonial Colonialismo está ligado à transição do feudalismo ao capitalismo. Fase conhecida como capitalismo comercial. A passagem do feudalismo ao capitalismo na Europa está intimamente relacionada ao processo de colonização. O capitalismo do sec. XV ao XVIII ainda não estava maduro. Estava impregnado de traços feudais e considerava-

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se que o fator de riquezas era o comercio e não o trabalho humano. Assim esta fase é conhecida como capitalismo comercial. Política mercantilista: Foi a política econômica que orientou os principais países da Europa na época. Uma das principais práticas consistia em manter a balança comercial favorável. Pacto colonial: A economia das colônias complementava a da metrópole. As colônias exportavam matérias primas, produtos tropicais e riquezas minerais. Importavam produtos manufaturados. Essa situação por se mesmo já era desvantajosa para a colônia. MÉTROPOLE

COLÔNIA

O continente americano, como um todo, passou a participar das relações econômicas internacionais numa posição de dependência. As estruturas econômicas, sociais e políticas dos países colonizados foram organizadas em função dos interesses necessidades e decisões das metrópoles europeias. Formou-se na colônia uma pequena elite, beneficiada por esta dependência, que defendia os interesses da metrópole. A dependência criada pelo pacto colonial gerou maior acúmulo de riquezas nas metrópoles. Daí colônias de exploração. Em 1572 após a morte de Mem de Sá aconteceu a primeira divisão do Brasil em dois governos com capitais em Salvador e Rio de Janeiro 1580-1640 União Ibérica: Brasil e Portugal passaram ao domínio Espanhol (União Ibérica), ficando o território dividido em dois governos independentes um do doutro em alguns períodos. 1621- Brasil dividido Estado do maranhão (Maranhão e Grão Pará) Estado do Brasil

Produtos

manufaturados

+

Escravos

Matéria Prima

+

Produtos

Tropicais

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Câmaras Municipais: Administração municipal: Era nela que se concentravam o poder político do Brasil colonial até 1642, quando o governo português criou o Conselho Ultramarino. Nas câmeras municipais o papel principal cabia aos vereadores eleitos entre os homens bons. Eram considerados homens bons todos aqueles que desfrutavam de posição social elevada e que não exerciam nenhuma profissão manual, isto é os grandes proprietários rurais. As câmaras eram autonomistas e ardentes defensoras dos interesses locais contra os abusos da autoridade metropolitana. Autonomistas e defensoras dos interesses locais contra os abusos da

metrópole Função: Taxar impostos, administrar os bens e as respectivas receitas da

vila, construir e conservar edifícios, estradas, pontes e calçadas, cuidar da limpeza de ruas e conservação de praças, regulamentar as profissões do comércio e ofícios, inspecionar a higiene pública, nomear funcionários da administração geral, dentre eles, escrivão, carcereiro - algumas câmaras, inclusive a de Fortaleza, funcionavam também como prisões -, etc.) exerciam elas funções que na atualidade competem ao Ministério Público como as denúncias de crimes e abusos aos juízes além de desempenhar funções de natureza..

Representadas pelos “homens bons” 1642- substituídas pelo Conselho Ultramarino

EXERCÍCIOS DE AULA

4 EsAEx) A máquina administrativa colonial portuguesa primou pelos zelos fiscais e pela preservação da soberania lusitana sobre as terras brasileiras.

Acerca dos mecanismos de controle criados por Portugal, é correto afirmar:

Recordando

1500- Expedição de Cabral chega ao Brasil

1501- Primeira expedição exploradora,

comandada por Gaspar de Lemos

1516 e 1526- Expedições guarda costa

comandadas por Cristávão Jaques

1532- Fundação de São Vicente- Primeira vila

no Brasil

1532-34 Criação e implementação do sistema

de capitanias hereditárias

1549- Nomeação do primeiro governador

geral no Brasil

1555- Fundação da França Antártica no Rio

de Janeiro pelos franceses

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(A) as câmaras municipais representavam a única manifestação autônoma da colônia. Entre suas atribuições estava a possibilidade de contratar serviços, nomear os capitães-mores e distribuir sesmarias.

(B) o Regimento Geral estabelecia as regras fiscais na própria Colônia. O Regimento trazido pelos primeiros capitães-donatários determinava ainda os direitos e deveres dos mesmos.

(C) o objetivo principal da criação do Governo Geral, estabelecido em Salvador em 1549, era centralizar a administração metropolitana na própria Colônia.

(D) tanto donatários como sesmeiros possuíam as mesmas obrigações fiscais, oportunidades fundiárias e direitos arrecadatórios determinados pelas Cartas de Doação.

(E) os “homens bons” representantes da elite colonial tinham seu poder muito mais determinado pela quantidade de terras que possuíam do que pela quantidade de escravos. Os forais regulavam o tamanho destas propriedades. OBS:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5 UNIFAL 2007/2) Uti possidetis é um princípio de direito internacional bastante utilizado desde o século XVIII nas definições dos limites entre territórios vizinhos. Esse princípio reconhece o direito de posse a quem de fato ocupa determinado território. Considerando o uso desse princípio e a formação territorial do Brasil, assinale a alternativa INCORRETA. A) Espanha e Portugal tiveram poucos conflitos sobre territórios conquistados na América, durante o período colonial, pois suas posses foram definidas por tratados e bulas desde antes da ocupação das terras. B) A expansão territorial da América Portuguesa no século XVII, motivada por fatores econômicos, religiosos e políticos, gerou conflitos com nações europeias. O uti possidetis foi utilizado, por exemplo, para legitimar essas novas posses. C) Os domínios portugueses na América foram ampliados durante a União Ibérica, o que permitiu fixar-se no rio da Prata o limite sul do Brasil, até a separação da Província Cisplatina no século XIX. D) A fixação das fronteiras nacionais do Brasil teve início no século XIX e, nos primeiros anos do século XX, vários problemas de limites foram solucionados pela diplomacia brasileira, apoiando-se no princípio do uti possidetis. OBS:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6) UNIFAL 2007/1 Observe os dois mapas abaixo. O mapa I retrata os primórdios da ocupação portuguesa no Brasil, dentro das fronteiras iniciais da colônia. O mapa II indica a configuração política atual do país.

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Mapa I

Mapa II

Com base nos mapas acima e nos conhecimentos sobre a formação territorial brasileira, faça o que se pede: a) Explique o objetivo da implantação, a partir de 1534, do sistema de capitanias hereditárias no Brasil colonial. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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AULA 3- FORMAÇÃO ECONÔMICA

“O Brasil é um dom do açúcar” A colonização do Brasil foi organizada em torno do cultivo da cana de açúcar. Investimento, transporte, refino e distribuição foram problemas que se apresentaram aos portugueses e cuja solução foi dada pela Holanda. Portugal lucraria através dos impostos resultantes do Pacto Colonial e teria a garantia de posse das terras brasileiras. A montagem da produção açucareira obedeceu ao sistema de plantation. Resultando na criação de uma sociedade patriarcal e escravista “Consta por duas escrituras lavradas em Lisboa e registradas no cartório da fazenda real de São Paulo que Martins Afonso de Sousa e Pero Lopes de Sousa celebraram sociedade com João Veniste” O autor do texto acima foi Frei Gaspar Madre de Deus, fez no século XVI, uma pesquisa sobre a capitania de São Vicente. No texto destacado ele narra a criação do primeiro engenho do Brasil, o São Jorge de Erasmo. O Brasil é um dom do açúcar. Esta frase é atribuída a Antonil, um jesuíta toscano que visitou o Brasil no sec. XVI. Sua impressão não poderia ser outra. A metrópole portuguesa parecia querer transformar o Brasil em um imenso canavial. A produção açucareira tornara-se o objetivo principal da coroa portuguesa. Pois o pacto colônia estruturava as relações entre colônia e metrópole de maneira a canalizar todo o lucro do açúcar para Portugal. Estímulos à produção do açúcar Experiência anterior dos portugueses: O açúcar originário da Ásia foi levado a Europa pelos árabes e pelos cruzadores europeus. Durante a idade média era considerado um bem precioso, tendo alcançado preços altíssimos. Chegava até a constar em testamento e inventários, fazendo parte de heranças. Com as Grandes Navegações foram descobertas e povoadas algumas ilhas do Atlântico que foram introduzidas a cultura da Cana. Ilha da Madeira, Cabo Verde, e Açores. O objetivo logo em seguida foi intensificar o comercio do açúcar. Condições naturais da colônia favoráveis: O produto escolhido para a produção deveria ser adaptado ao clima e solo locais. O clima quente e úmido do litoral brasileiro além do solo massapé, ambos propícios ao cultivo do açúcar. Grande aceitação no mercado europeu: A colonização só interessaria a metrópole portuguesa

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se o produto tivesse ampla aceitação no mercado europeu. O açúcar preenchia este requisito. Dificuldades de Portugal e o papel da Holanda. * 1506- Expulsão dos ricos comerciantes judeus No início da colonização Portugal já haveria de gastar um grande investimento com colonos, mudas de cana, instrumentos de plantio e montagem de engenho. As características dessa colonização fogem das características mercantilistas de Portugal, uma vez que a experiência portuguesa anterior sempre buscava áreas já colonizadas e ricas. As navegações desde o século XV eram financiadas pelos Judeus que foram expulsos de Portugal em um período de intolerância religiosa. Devido a esta intolerância religiosa foram se instalar nos países baixos (Holanda e Bélgica). * Holanda financia a empresa açucareira (Transporte, refino, distribuição) Essa imigração não teve apenas caráter religioso sendo um importante acontecimento político econômico. Portanto esta imigração dos judeus enfraquecerá Portugal na mesma proporção em que fortaleceu os países baixos. Assim, ainda que pareça ironia a coroa portuguesa teve que recorrer aos mercadores e banqueiros holandeses (na maioria os mesmos judeus expulsos) para resolver a questão do financiamento e transporte do açúcar. É claro que os comerciantes flamengos não financiariam nem transportariam o açúcar sem que obtivessem em trocas vultosos lucros que vinham justamente na comercialização do produto. Detentores do segredo do refino do açúcar e possuidores de inúmeros entrepostos comerciais em toda a Europa os holandeses monopolizava, a lucrativa comercialização do açúcar em todo o continente. * Portugal garante o povoamento e recebe impostos dobre as transações Além de possuir as posses das terras a coroa portuguesa a coroa portuguesa impunha o pacto colonial. Todos os navios com destino ao Brasil deveriam zarpar de Portugal e todas as embarcações vindas do Brasil eram obrigadas a fazer escala na metrópole. Assim o governo português garantiria a cobrança e recebimento de impostos sobre qualquer transação comercial feita na sua colônia. A montagem da produção açucareira A empresa agrícola açucareira, integrada ao esquema colonial mercantilista europeu voltava-se para exportação. Essa alta produção era realizada nas grandes fazendas denominadas engenhos. Explorava-se ao máximo a mão de obra com o intuito de aumentar o lucro. Organização da produção: Plantation

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Monocultura, latifúndio, trabalho escrava, produção para o mercado externo. Essas eram as principais características da estrutura econômica brasileira no período colonial. Unidade de Produção: Engenho A grande propriedade rural. A vida do engenho vivia em torno da casa grande. Vivia lá o senhor do engenho. Os negros escravos habitavam uma construção miserável denominado senzala. Na capela centralizava-se a vida social e religiosa do engenho. O local onde a cana era moída e transformada em caldo recebia o nome de moenda. A sociedade: Patriarcal e aristocrata e escravista

Fases de produção do açúcar Em 1560, o Brasil já contava com 62 engenhos. Um bom engenho tinha no mínimo 50 escravos, 15 juntas de bois e muita lenha. O maquinário e as instalações necessárias para se obter o açúcar ficava no engenho. Fases para se obter o açúcar: Colheita Transformação em garapa Melaço Rapadura Pães de açúcar Encaixotamento Envio para Europa

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Atividades complementares Em torno da produção açucareira organizavam-se atividades paralelas, necessárias à subsistência das populações. Mandioca: Era o alimento básico dos brasileiros no século XVI. Nos locais onde a concentração da população era maior era possível notar a escassez deste produto. Os donos de engenho não se interessavam pelo produto, visto que apenas pensavam na cana de açúcar. Isto fez com que a coroa portuguesa decretasse leis que impunha aos senhores de engenho reservar áreas para a produção da mandioca e outros gêneros alimentícios. Pecuária: Alimento e transporte O gado além de fonte de alimento era indispensável como tração na moenda e transporte de gado ate o porto. A pecuária inicialmente desenvolvida no engenho acabou sendo empurrada para o interior da colônia. A pecuária deu origem a um novo tipo de latifúndio onde o trabalho escravo não podia ser implantado. Entra ai a figura do vaqueiro que trabalhava em regime de parceria. Cachaça: Escambo Não era raro encontrar engenhos que produziam exclusivamente cachaça. Essa bebida era peça fundamental na economia, pois era elemento de troca no escambo entre escravos. Tabaco: Escambo Ocupava o segundo lugar na lista de produtos exportações pela colônia. Assim como a aguardente e o tabaco também era usado como escambo de escravos. Como seu cultivo rapidamente esgotava o solo o tabaco era plantado sempre em currais onde o estrume de animais adubava constantemente a terra. Algodão: Confecção de roupas para escravos Com papel secundário na economia colonial no século XVI o cultivo de algodão fornecia matéria prima para a confecção de roupas para escravos. Somente no século XVIII a produção de algodão aumentou resultado da revolução industrial inglesa, tornando-se a partir daí um importante produto de exportação.

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O escravismo no engenho Capitalismo comercial Custo baixo de produção A sociedade brasileira formou-se e modificou-se em função das necessidades e interesses econômicos do capitalismo. No século XVI as potencias europeias procuravam acumular capital. A solução para se chegar a um custo baixo de produção foi a utilização do trabalho escravo. Os portugueses já exploravam o mercado Africano de escravos precisaram apenas de ampliar o negocio transferindo a mão de obra para o Brasil. Os negros foram a mão de obra fundamental na produção açucareira. Os indígenas eram escravizados apenas ocasionalmente em engenhos e em áreas de subsistência. Sociedade de duas classes Na colônia formaram-se duas classes antagônicas: A dos senhores de engenho e a dos negros escravos inexistindo praticamente camadas intermediárias. “Os escravos são as mãos e os pés dos senhores de engenho porque sem eles não é possível conservar e aumentar a fazenda, nem ter engenho corrente.” Os principais grupos de escravos trazidos para o Brasil foram os sudaneses (Nigéria), os bantos (Angola) e os malês (Sudaneses Islâmicas). 1550 Salvador – Primeiro grande desembarque de escravos

africanos Péssimas condições de viagem, quase 40% dos negros morriam durante a viagem. Chegando a terra a sobrevida é de 7 a 10 anos. O africano trazido a força de sua terra com o tempo desenvolveu forma de expressar sua resistência a escravidão.

Recordando:

1506- Expulsão dos comerciantes judeus de

Portugal para a Holanda

1550- Desembarque da primeira leva

numericamente significativa para o Brasil.

1560- Eram mais de 60 os engenhos

instalados no Brasil

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EXERCÍCIOS DE AULA

7) UFOP 2009/1 No período chamado colonial, na América Portuguesa, houve predominância do uso de trabalho escravo. Entre os escravos, havia uma série de distinções relativas ao tipo e ao local de trabalho que exerciam. Outras distinções diziam respeito à etnia, à cor da pele ou à permanência do escravo no país. Por exemplo, chamava-se de “crioulo” o escravo nascido no Brasil. Marque a alternativa que apresenta a forma como eram chamados os cativos africanos recém-chegados à América Portuguesa. A) ladinos B) boçais C) mulatos D) broncos OBS:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8) UFOP 2009/1 No século XVI, quando os europeus chegaram à região que viria a ser o Brasil, encontraram uma população ameríndia relativamente homogênea em termos linguísticos e culturais, os tupis-guaranis, que habitavam a costa, desde onde atualmente é o Ceará, até a bacia dos rios Paraná-Paraguai. Os tupis, ou tupinambás, predominavam no litoral entre o norte e onde hoje se localiza o estado de São Paulo. Já os guaranis, entre São Paulo e o extremo sul. Este grande conjunto populacional, predominante na região, convivia com outras populações indígenas a quem chamavam “tapuias” – uma palavra genérica que usavam para designar os índios que falavam outras línguas. Entre estes outros povos indígenas, encontravam-se: A) Goitacazes, aimorés e tremembés. B) mamelucos, caboclos e caetés. C) papuas, irerês e xingus. D) botocudos, bantos e malês. OBS:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ AULA 4- INVASÕES ESTRANGEIRAS NO BRASIL COLÔNIA “De Olindo a Holanda não há mais que mudanças de i em a, e esta de Olinda se há de mudar em Holanda e há de ser abrasada pelos holandeses antes de muitos dias, porque pois falta a justiça de terra ha de acudir a do céo” Esta é uma das profecias atribuídas a Frei Antônio Rosado que supostamente estaria prevista a invasão de Pernambuco pelos holandeses, em 1930. A expulsão dos invasores, em 1654, seria um dos principais fatores do declínio da economia açucareira no Brasil. Invasões Francesas

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1555- França Antártica- Invasão francesa ao Rio de Janeiro Os franceses eram velhos frequentadores do nosso litoral possuindo ate algumas feitorias que exploravam pau Brasil. Tratavam amistosamente os índios ganhando sua simpatia e respeito. Hunguenotes franceses passaram a ser perseguidos em seu país por questões religiosas. Liderados por Nicolau Durand os franceses invadiram e conquistaram a região do Rio de Janeiro em 1555. Pretendiam fundar uma colônia de exploração e ao mesmo tempo fugir das guerras religiosas que assolavam a França. Confederação dos tamoios: As dificuldades materiais e o inimigo comum aproximaram os franceses com os índios. Eles se agruparam formando a chamada confederação dos tamoios. 1563-Expulsão dos Franceses do Rio de Janeiro (Governo Mem de Sá) Os portugueses reagiram sob as ordens do governo geral Duarte da Costa que não obteve êxito e foi substituído por Mem de Sá. Este apoiou nos Jesuítas e nos colonos pedindo ainda reforço a Portugal. Em 1567 os franceses foram expulsos após perderem o apoio dos índios da região. Armistício do Iperoig 1612 Invasão dos franceses no litoral norte e nordeste (França equinocial). Desalojados do Rio de Janeiro os Franceses tentaram se alojar no litoral do norte e nordeste do Brasil. Foi nesta luta que ocorreu o povoamento dos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Pará e Maranhão. E em 1612 os franceses fundaram no Maranhão a França equinocial. Lá fundaram a cidade de São Luís. Que recebeu este nome em homenagem ao Rei: Francês Luís XIII. A contra ofensiva expulsou os franceses em 1615.

Invasões inglesas Diferentemente da investidas francesas, as tentativas inglesas de ataque limitaram-se a saques a portos brasileiros e apresamento de cargas e navios

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que saiam para Europa. Ataques de corsários ingleses a partir 1583 a Santos, Espírito Santo e Recife com o objetivo de apossar de cargas de açúcar para revendê-las na Europa. União das Coroas Ibéricas (1580 a 1640) Antes de estudar as invasões holandesas é necessário analisar a unificação de Portugal e Espanha no Período de 1580- 1640. Esta unificação esta intimamente ligada a vida dos holandeses para o Brasil. As relações entre Portugal e Espanha foram tensas desde a Idade Média. Era objetivo da Espanha unificar a Península Ibérica incorporando Portugal a seu território. Em 1578 Desaparecimento do ultimo rei de Avis Em 1578 ocupava o trono Português D. Sebastião o ultimo rei da Dinastia de Avis. As dificuldades sócio econômicas e o espírito cruzadista levaram-no a lutar contra os mouros no norte da África. D. Sebastião desapareceu nessa tentativa. O rei morto não havia deixado herdeiros. Portugal submetido ao domínio Espanhol Em 1580 Felipe II rei de Espanha achou-se direito de reclamar o trono Português. Reuniu suas tropas e invadiu Portugal com apoio de parte da nobreza portuguesa. “Portugal o herdei, o comprei e o conquistei.” Portugal ficou submetido ao domínio Espanhol durante 60 anos. O Brasil também passou ao domínio Espanhol sofrendo com as consequências de alterações internas da conjuntura internacional. As invasões holandesas Países baixos sobre domínio espanhol Os países baixos (hoje Holanda, Bélgica e pequena parte da França) estavam sob domínio espanhol iniciando em 1572 a luta por sua autonomia. Luta reprimida arduamente pelo governo espanhol. Pois esta região contribuía enormemente para abastecer os cofres espanhóis. Em 1581 sete províncias do norte se uniram em torno da Republica das Províncias Unidas. O norte predominava a burguesia comercial. Antuérpia e Amsterdã concentravam as transações comerciais e financeiras. A independência completa só viria em 1648. Este fato explica a União das coroas ibéricas e as invasões holandesas no Brasil. Tentativas da Espanha de sufocar economicamente a Holanda Com a união das coroas ibéricas, de um lado temos os holandeses responsáveis pelo transporte, refino e distribuição do açúcar brasileiro. Do outro a Espanha, que ao incorporar Portugal passou a controlar também suas colônias, aproveitando dessa condição para tentar sufocar economicamente a Holanda que lutava por independência.

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Os comerciantes holandeses resolveram então buscar na origem os produtos que costumavam negociar, ocupando as regiões onde eram produzidos. Por isso era meta dos holandeses ocupar pare do Brasil. 1602 Criação da companhia das Índias Orientais Para concentrar os esforços nas fontes de produtos primários a Holanda constitui em 1602 a Companhia das Índias Orientais. Seus êxitos foram absolutos apossando de inúmeras colônias portuguesas no oriente. 1621 Criação das Companhias das Índias Ocidentais Com o sucesso das Companhias das Índias Orientais os holandeses decidiram fundar a Companhia das Índias Ocidentais. Esta seria responsável pela organização das expedições em território brasileiro, buscando recuperar o controle sobre o precioso açúcar. 1624 Conquista de Salvador Segundo um holandês da época “Apodera-se deste país consiste somente em tomar duas cidades.” Os holandeses acreditavam que controlando o centro administrativo da colônia dominariam facilmente todo território. Assim em 1624 os holandeses calvinistas atacaram a cidade de Salvador. No entanto não contavam com o efeito da propaganda católica. Senhores de engenho, escravos e índios lutaram contra o invasor infiel.

1625 Expulsão dos holandeses de Salvador Em 1625 com a chegada de uma esquadra portuguesa os holandeses foram expulsos. A primeira investida das companhias das Índias Ocidentais durará menos de um ano. Holandeses em Pernambuco

1630 Conquistaram Olinda e Recife (Pernambuco) Em 1630 em uma nova tentativa os holandeses invadiram e conquistaram Olinda e Recife. Outra vez a resistência se fez sob a forma de guerrilha.

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Domingos Fernandes Calabar: Conhecedor da região e espião holandês Passagem do combatente Domingo Fernandes Calabar para o lado Holandês desequilibrou a luta, pois era um profundo conhecedor da região. Graças aos seus conselhos os holandeses ampliaram a ocupação. Alguns acreditam que Calabar era um traidor, mas na verdade ele escolheu a dominação holandesa a portuguesa. Maurício Nassau 1637- 44 Para consolidar a conquista e se obtivesse melhores resultados comerciais interessava a Companhia das Índias Ocidentais um bom relacionamento com os grandes produtores de açúcar e uma administração coerente com seus interesses colonialistas. O conde João Mauricio Nassau veio para o Brasil veio para o Brasil com planos para atingir tais objetivos. Em seu governo podemos destacar a urbanização de Recife, construção de pontes palácios e jardins além de: Empréstimos aos grandes proprietários para comprar escravos e reparar os engenhos Tolerância religiosa Participação política *Saída de Nassau em 1645 Com o fim da União Ibérica D. João IV o novo rei português manifestou intenção de recuperar o nordeste brasileiro. No entanto não tinha força para isso. A Holanda ao contrário reforça a exploração. Os impostos aumentaram causando reação de Nassau que foi substituído. Os senhores de engenho atingidos organizaram uma revolta. Durante 10 anos a população local lutou contra os holandeses sem receber ajuda alguma de Portugal. Dentre os líderes estão Felipe Camarão e João Fernandes Vieira. Insurreição Pernambucana 1645 a 1654 (Expulsão Holandesa) A expulsão definitiva dos holandeses ficou conhecida como Insurreição Pernambucana (1645-54) Consequência da Expulsão Holandesa Declínio da Produção do Brasil XVII Os holandeses abandonaram nossas terras, mas não comercio açucareiro. Dirigiram-se para as Antilhas ( ilhas da América central). Com tecnologia mais avançada e facilidade na distribuição do produto na Europa o açúcar das Antilhas em pouco tempo se impôs ao açúcar brasileiro. As consequências disto para o Brasil foi a decadência do açúcar na metade do século XVII. Fim do Ciclo do Açúcar

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Com a queda da produção do açúcar, Portugal procuraria outro produto para reorganizar o comércio colonial. Portugal passou da dependência da Holanda a submissão inglesa.

EXERCÍCIOS DE AULA

9)EsAEx 2006) Inegavelmente, fatores políticos europeus influenciaram a História do Brasil ao longo dos tempos. Em particular, a invasão holandesa no nordeste brasileiro durante o século XVII está relacionada: (A) à Guerra dos Cem Anos que colocou as terras flamengas sob a égide do domínio britânico obrigando os holandeses a buscarem novas terras para alocar a população perseguida. (B) ao confronto entre lusitanos e castelhanos na região de fronteira de Portugal. Esse conflito fragilizou as defesas da metrópole ibérica permitindo a ação holandesa no Brasil. (C) às Guerras de Reconquista contra os mouros que deixou os portugueses à mercê do controle financeiro dos banqueiros holandeses.

Recordando: 1559- Início da guerra de independência da Holanda contra Espanha 1580- Início do domínio espanhol sobre Portugal 1602- Fundação da Companhia das Índias Orientais 1621- Criação da Companhia das Índias Ocidentais 1624- Holandeses invadem a Bahia e são expulsos em 1625 1630- A capitania de Pernambuco é conquistada pelos holandeses 1637- Nassau assume o governo do Brasil holandês 1640- Portugal liberta-se do domínio espanhol 1644- Nassau deixa o Brasil e retorna a Holanda

1654- Expulsão dos holandeses do Brasil

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(D) aos Atos de Navegação estabelecidos pelo governo inglês. Essa medida prejudicou enormemente os interesses marítimos holandeses deixando a nação flamenga com a única opção de ocupar as zonas produtoras de açúcar. E) à União Ibérica que atrapalhou os interesses holandeses no comércio do açúcar levando o governo da Holanda a optar pela ocupação das zonas produtoras no nordeste. OBS:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 10) EsAEx 2007) Analise as proposições sobre as invasões holandesas no Brasil e assinale a alternativa correta. I. As invasões se relacionam às desavenças entre holandeses e espanhóis, acirradas durante o processo de independência das províncias do Norte, entre as quais a Holanda que, juntamente com outras províncias dos Países Baixos, foi dominada durante algum tempo pela Espanha. II. A invasão holandesa à cidade de Salvador, em 1624, ocorreu após a derrota dos holandeses em Pernambuco, onde o governador Matias de Albuquerque e seus colonos derrotaram a Companhia das Índias Ocidentais. III. A política de Maurício de Nassau instalou um sistema administrativo inspirado no modelo holandês, com grande ênfase na economia açucareira, sobre a qual tomaram todo o controle, impossibilitando que os colonos exercessem suas atividades. (A) Somente I está correta. (B) Somente I e II estão corretas. (C) Somente II está correta. (D) Somente III está correta. (E) Todas as afirmativas estão corretas. OBS:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ AULA 5- EXPANSÃO E OCUPAÇÃO TERRITORIAL

“Com este sangue e suor se enche e enriquece a cobiça insaciável dos que lá vão governar” A expansão e ocupação do território brasileiro foram ocasionadas por diversos fatores, entre os quais se destacaram as atividades econômicas, as expedições para expulsão de estrangeiros, a busca de riquezas minerais e de índios para escravizar. Em 1750 com o tratado de Madri, praticamente estavam delineados os contornos de nossas fronteiras atuais.

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“No estado do Maranhão, senhor, não há ouro nem prata mais do que o suor dos índios: o sangue se vende nos que cativam e o suor se transforma no tabaco, no açúcar e demais drogas que os ditos índios se lavram e se fabricam. Com este sangue e suor medeia a necessidade dos moradores, e com este sangue e suor se enche e enriquece a cobiça e a insaciável dos que La vão governar....” O autor deste texto acima é padre Antônio Vieira, líder de um grupo de religiosos que se instaurou no Maranhão em 1653 e que lutou contra a escravização dos indígenas, proibida desde o século XVI. A ocupação territorial brasileira foi realizada à custa de conflitos com a população nativa colonial- os indígenas. O resultado foi milhares de índios desalojados, empurrados para o interior e muitas vezes escravizados ou mortos. A pecuária abrindo caminho Inicialmente o gado era criado em fazendas de açúcar sendo utilizado na alimentação e tração como força motriz em atividade no engenho. 1701 Proibição da criação de gado próximo do litoral Para a coroa portuguesa a criação de gado próxima às lavouras de cana-de-açúcar era vista com maus olhos. Em 1701 a coroa proíbe a criação de gado a menos de 10 léguas do litoral. Interiorização do território Povoação do sertão (Olinda e Salvador) Duas zonas podem ser consideradas áreas de irradiação da pecuária Olinda e Salvador. A pecuária atendia um mercado consumidor especifico: os engenhos de açúcar. Os currais de dentro surgiram juntamente com a mineração. Pecuária voltada para o mercado interno A pecuária integralizava os diversos centros econômicos da época, pois era a única atividade voltada para um mercado interno. Entrou em declínio com o engenho e a mineração

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Conquista do litoral norte, Pará e Amazonas Os franceses, depois de expulsos do Ri de Janeiro, passaram a ocupar regiões praticamente desabitadas do litoral norte. O governo luso–espanhol enviavam expedições para ocupar e defende as terras que hoje correspondem aos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão. Fortes do litoral norte dão origem a João Pessoa (PB), Natal (RN) e Fortaleza (CE) Data desta época a fundação de fortalezas que mais tarde viriam a ser importantes cidades Em 1584 em João Pessoa capital da Paraíba Em 1597 erguia o Forte dos Reis Magos atual Natal, Rio Grande do Norte Em 1613 o Forte de Nossa Senhora do Amparo atual Fortaleza capital do Ceará. Em 1615 no estuário do Rio Amazonas o Forte Presépio deu origem a Belém no estado do Pará. Em 1615 os franceses fundaram São Luis no Maranhão. Drogas do sertão – cravo, canela, castanha-do-pará, cacau, tabaco, plantas medicinais Como os portugueses haviam perdido o monopólio do comercio com as Índias, a descoberta das especiarias brasileiras vinham a preencher pelo menos em parte este vazio comercial. *Catequização dos índios Para obter as especiarias brasileiras não era fácil e o índio sem duvido foi instrumento importante nesta atividade. Os jesuítas interessados na catequese dos índios assumiram esta atividade.

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Expansão territorial além de Tordesilhas Durante o século XVII, o território brasileiro sofreu uma grande expansão para o interior graças a dois tipos de expedições desbravadoras: Entradas e Bandeiras. Expedições a procura de riquezas minerais e de índios para

escravizar Entradas- patrocinadas pelo governo As primeiras entradas foram patrocinadas pelo governo logo após o descobrimento. Ex: Américo Vespúcio e Martim Afonso de Sousa. Com a criação dos governos gerais outras mais percorriam o sertão do nordeste e a região das Minas Gerais. Bandeiras – patrocinadas por particulares O centro irradiador das bandeiras foi São Vicente, por motivos relacionados com a situação da lavoura canavieira na região. Com o declínio dos engenhos os habitantes de São Vicente não tiveram outra alternativa se não embrenhar no interior a procura de riquezas. Os ciclos do bandeirantismo As bandeiras dividiram-se em ciclos de acordo com a atividade que a motivou em determinado momento. O ciclo do ouro de lavagem: Procura do ouro no leito dos Rios. Nesta fase os bandeirantes não se afastavam muito da zona litorânea O ciclo da caça ao índio: A produção agrícola brasileira aumentara no século XVII crescendo a necessidade de mão de obra. Nesta época a Holanda conquistou os principais

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postos de escravos na África fornecendo mão de obra escrava apenas para o nordeste. Assim as demais áreas valorizaram a mão de obra indígena.

Ciclo do sertanismo de contrato: Os grandes pecuaristas e senhores de engenho contratavam os serviços dos bandeirantes para reprimir a hostilidade indígena e negros formadores de quilombos.

Ciclo do ouro e dos diamantes: Com a decadência da lavoura canavieira ao final do século XVII os portugueses começaram a financiar as bandeiras procura de metais preciosos. Com a descoberta do ouro em Mato Grosso e Minas Gerais e Goiás efetivaram seu povoamento. Avanço ao Sul Era do interesse português estender seus domínios até a estratégica foz do rio da Prata, para controlar o mercado de couro e sebo da região. A Inglaterra com grande influencia sobre Portugal incentivou os lusos, mas por outra razão: O contrabando do ouro Espanhol vindo das minas de Potosi (Bolívia). O ouro descia o rio prata até o Atlântico, de onde era embarcado para a Europa. 1680 - fundação da Colônia de Sacramento Povoamento do sul Assim utilizando-se de seus aliados portugueses os ingleses fundaram na foz do Prata a Colônia de Sacramento. 1750 Tratado de Madri Delimitação do território brasileiro Em Buenos Aires, cidade de colonização espanhola localizada em frente a sacramento a noticia da presença portuguesa causou péssima repercussão. Ocorreram vários conflitos locais e discussões diplomáticas. Em 1750 a mais importante o Tratado de Madri. Portugal se defende baseando-se no “Uti possidetis, ita possideatis” Quem possui de fato deve possuir de direito.

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Com o Tratado de Madri os contornos do território brasileiro tornaram mais definidos. A configuração firmada por este acordo se aproxima muito da atual. Apenas a anexação do Acre em 1903 e algumas pequenas viriam a ser acrescentadas, delineando nossas fronteiras. * Guerra de Guaratínica: Portugal toma posse de terras espanholas (colônia de Sacramento) insuflando os jesuítas e a população local.

EXERCÍCIOS DE AULA Exercícios Propostos 11) UNIFAL 2006/2 Entre 1580 e 1640, em função das disputas dinásticas em torno do trono vacante, Portugal foi absorvido pela Espanha na chamada “União Ibérica”. Como consequência, as colônias portuguesas da América, Ásia e África se viram envolvidas nos conflitos internacionais provocados pela expansão monárquica espanhola da época de Filipe II. Uma das consequências deste envolvimento foi: a) o apresamento das frotas de ouro brasileiro que saíam do Rio de Janeiro em direção a Lisboa, com as riquezas exploradas nas Minas Gerais.

Recordando 1504- Entrada enviada por Américo Vespúcio 1584- Fundação da futura João Pessoa 1597- Forte dos Reis Magos (futura Natal) 1613- Forte de Nossa Senhora do Amparo (Futura Fortaleza) 1615- Forte do Presépio (Futura Belém) 1680- Fundação da colônia de sacramento 1701- Proibição da criação de gado a menos de 10 léguas do litoral

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b) a interrupção do tráfico negreiro para as colônias da América Portuguesa, em função da ação de corsários ingleses e franceses no litoral brasileiro. c) a invasão holandesa da Capitania de Pernambuco e adjacências, e suas incursões a Angola, à Bahia e ao Maranhão. d) o deslocamento da família real portuguesa para a América, fugindo dos conflitos provocados pelas ambições da monarquia espanhola. e) a perda das colônias portuguesas na África, Índia e China para os ingleses, em função das atividades da Companhia das Índias Orientais. OBS:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 12) UNIFAL 2007/1 Observe os dois mapas abaixo. O mapa I retrata os primórdios da ocupação portuguesa no Brasil, dentro das fronteiras iniciais da colônia. O mapa II indica a configuração política atual do país. Mapa I

MapaII

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A) Cite dois motivos que levaram à expansão do território original da América portuguesa. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ B) Explique por que a expansão se deu em maior proporção na parte norte do que na parte sul do território. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ AULA 6- EXPLORAÇÃO DO OURO E DIAMANTES “Muita riqueza e pouca comida” Com a decadência da economia açucareira no Brasil, Portugal voltou a estimular a procura do ouro. O precioso metal foi finalmente encontrado na ultima década do século XVII e sua exploração alterou a sociedade e a economia brasileira. Surgiram novos grupos sociais e criou-se um mercado interno. O negro, no entanto, continuaria escravizado e reagiria sob formas variadas, do suicídio a formação de quilombos. No final do ciclo do ouro a decadência da mineração seria seguida de um renascimento agrícola. ‘’Por um decreto de 8 de fevereiro de 1730, os diamantes declarados de propriedade real. Permitiu-se a todo mundo sua pesquisa, mas para cada escravo empenhado foi submetido a uma capitação. Era proibida a exportação de diamantes para Europa em navios estrangeiros taxou-se o frete de cada pedra em 1% do seu valor. Um tal processo de impostos era evidentemente injusto. Não foi entretanto esse motivo que levou o governo a renunciar a capitação. O preço da pedra caiu em três quartos jugou-se necessário tomar outras medidas que limitassem a extração.”

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O texto acima foi escrito por Saint Hilarire que viveu no Brasil entre 1816 a 1822. Percorreu os distritos dos diamantes e escreveu um livro sobre a mineração mostrando que esta passou a ser o centro da economia a partir do século XVIII. O ciclo do Ouro Decadência da economia açucareira no final do século XVII A partir da segunda metade do século XVII as exportações do açúcar brasileiro começou a decair não conseguindo enfrentar a concorrência dos holandeses nas Antilhas. Portugal voltou-se para a descoberta do ouro na colônia auxiliando os habitantes da colônia nesta tentativa. Alteração da sociedade e economia brasileira Com a descoberta do ouro, a vinda de portugueses para a colônia aumentou muito. Já no início do século XVII os bandeirantes paulistas passaram as se desentender com os forasteiros portugueses. *1693 Antônio Rodrigues encontrou ouro em Minas Gerais *1698 Antônio Dias descobre ouro em Ouro Preto *1700 Borba Gato Entrado o metal em Sabará * Em 1719 Pascoal Moreira Cabral encontrou ouro em Cuiabá na região de Mato Grosso *1726 Bartolomeu Bueno encontrou o precioso metal em Goiás Criação de um mercado interno Geração de um novo tipo de atividade econômica para os paulistas, as monções expedições de abastecimento das regiões auríferas. Organização da exploração do Ouro e Diamantes 1703 Tratado de Methuen: Completa subordinação de Portugal a Inglaterra. A Inglaterra se obrigava a comprar todo o vinho produzido por Portugal, em contra partida os portugueses abriam suas alfândegas aos produtos brasileiros. Extração do ouro por faiscação ou garimpagem Faiscão: Mão-de-obra livre Lavra: mão de obra escrava 1ºDescobertas de jazidas 2ºComunicadas ao Superintendente 3ºComunicar ao guarda mor 4ºDivisão dos lotes para exploração “Datas”

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Controle e tributos sob mineração O quinto - Imposto cobrado sob o ouro encontrado 1710 Capitação - Imposto pago pelo número de escravos do proprietário Metrópole tenta conter o contrabando Criação das Casas de Fundição

O contrabando que já ocorria aumentou como não era fácil conter o contrabando do ouro em pó.

O governador institui as Casas de Fundição proibindo a circulação do ouro em pó. As casas de fundição transformava o ouro em pó em barras, retirava o quinto e punha o selo real. Intitulação da derrama: Fixação do quinto em 100 arrobas anuais. Década XVIII Descoberta dos diamantes. Em 1730 a coroa portuguesa promulgou o primeiro regime para os diamantes, incluído nele a capitação. O contrabando era imenso levando o Marques de Pombal, a decretar o monopólio régio das extrações de diamantes. Monopólio régio na região dos diamantes “Uma colônia dentro de outra colônia” A região aurífera foi cercada a livre circulação de pessoas proibidas. Mudanças na vida colonial Se no século XVI e XVII eram raros os portugueses que vinham para a colônia, na época do ouro tal situação se inverteu. A mineração do século XVIII, ao contrário da lavoura de açúcar não exigia a montagem de uma grande empresa. Concentração de população na região mineradora

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A possibilidade de enriquecimento rápido despertará o interesse não só dos portugueses, mas a população concentrada na lavoura do açúcar e tabaco também correram para a região das minas. De 300 mil habitantes em 1700 o numero chegou a 3.300.000 em 1800. Falta de alimentos ”A fome sempre acompanhava a riqueza das regiões do ouro” Formação de uma economia voltada para o mercado interno Aos poucos formou-se na região mineradora uma economia dinâmica, voltada para o mercado interno irradiando-se pelas áreas que a circundavam. Nas terras onde antes existia uma lavoura de subsistência passou a haver uma produção voltada para as necessidades da zona mineradora. 1763 Mudança da capital da colônia da Bahia para o Rio de Janeiro O eixo econômico da colônia que antes se localizava no nordeste migrará para a região centro –sul. Em 1763, a capital da colônia foi transferida da Bahia para o Rio de Janeiro. A Era Pombal 1759-1822 Quando em 1759 o rei de Portugal, D. José 1o, escolheu Sebastião José de Carvalho e Melo - conde de Oeiras e futuro marquês de Pombal - para ocupar o cargo de primeiro-ministro, começava ali uma nova fase da história do Brasil. Pombal ficou conhecido pelo conjunto de reformas realizadas tanto na metrópole como nas colônias portuguesas. Sua posse como secretário de Estado do Reino de Portugal ocorreu em meio à crise do Antigo Regime e à emergência do Iluminismo.

POMBAL E O BRASIL Ao tomar posse no cargo de primeiro-ministro, Pombal assumiu não apenas a administração do Estado português, mas também das suas colônias, incluindo o Brasil. Daí porque a era pombalina, como ficaram conhecidos os quase 30 anos em que esteve à frente da Secretaria de Estado do Reino, repercutiu de maneira decisiva sobre o destino brasileiro. Àquela altura, já havia ficado evidente para a Coroa portuguesa a importância da sua colônia na América. Afinal, em meados do século 18 o Brasil já tinha mais peso econômico e demográfico que a própria metrópole. Por isso, as reformas de Pombal, que na Europa tiveram o objetivo de equiparar Portugal às demais potências do Velho Continente, no Brasil visaram a racionalizar o processo de produção e envio de riquezas para a metrópole. As reformas, portanto, não apenas mantiveram o monopólio comercial entre Portugal e Brasil como também aprofundaram a dominação metropolitana. Sob o ponto de vista administrativo, as mudanças começaram com a extinção do antigo sistema de capitanias hereditárias. Quatro anos depois, a própria capital foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro - deixando clara a preponderância econômica da região centro-sul sobre o Norte e o Nordeste.

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Para aumentar a exploração de riquezas, foram criadas duas companhias de comércio, na tentativa de incrementar a produção naquelas regiões: a Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão e a Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba. Ao mesmo tempo, Pombal intensificou a fiscalização sobre a exploração do ouro em Minas Gerais, numa conjuntura de crise no setor aurífero.

*INCONFIDÊNCIA MINEIRA Desde o século 17, os produtores eram obrigados a destinar uma parte do ouro à Coroa portuguesa. Em sua administração, Pombal reestruturou a cobrança de impostos sobre a produção aurífera, especialmente o "quinto" e a "derrama". O quinto era uma taxa "per capita" de 20% sobre o ouro produzido na colônia, a ser mandada para Portugal. Durante o período pombalino, o quinto foi fixado em cerca de 1.500 quilos. Evidentemente, com o declínio da produção, tornara-se cada vez mais difícil atender à cobrança do Real Erário português, criado por Pombal para centralizar a fiscalização. Quando o quinto não era pago ou era pago parcialmente, a diferença ficava acumulada. A cobrança dos valores atrasados - chamada de derrama - logo passou a ser realizada pela metrópole. Para receber os valores a que tinha direito, Portugal chegou a confiscar as rendas e propriedades dos devedores. A intensificação das cobranças foi um dos principais motivos da Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789 - mesmo ano em que, na Europa, tinha início a Revolução Francesa. Por fim, outra importante reforma realizada pelo marquês de Pombal foi a expulsão dos jesuítas do Brasil, como extensão da medida tomada também em Portugal. O objetivo foi não apenas confiscar as propriedades da Igreja como também, no caso da colônia, aprofundar o controle político-econômico nas regiões administradas pelos jesuítas. À expulsão seguiu-se uma profunda reforma educacional, até então sob a responsabilidade da Igreja. De um lado, a medida tomada por Pombal fundamentou-se na secularização do Estado português, numa clara influência iluminista. De outro, era parte de um conjunto de outras decisões, como a abolição da escravidão indígena, em 1757, e o fim da perseguição aos chamados "cristãos-novos", em 1773. Diante dessas reformas, os jesuítas pareciam representar o que havia de mais atrasado, aquilo que precisava ser modernizado, reformado - ainda que de maneira limitada. Em síntese, todos esses fatores explicam o motivo da sua expulsão. Surgimento de novas classes sociais A exploração de ouro e diamantes tornou-se mais complexa a composição social da colônia. O comércio e artesanato e a prestação de serviço formaram uma camada media ligada as cidades. Comerciantes, militares, profissionais liberais, artesões clérigos e burocratas. Com exceção dos comerciantes muitos elementos desta classe dominante tiveram grande participação dos movimentos que resultaram da ruptura com Portugal. A sociedade da mineração oferecia maior flexibilidade social que a do ciclo da cana de açúcar.

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Cultura, música, letras, artes plásticas A urbanização e a consequente complexidade das relações criaram uma elite intelectual que se exprime nas artes, letras, musicas. Predominava a cultura extremamente aristocratizada. Onde quem apresentasse maior ociosidade apresentava maior prestigio. Aleijadinho Antônio Francisco Lisboa EX: Santuário de Bom Jesus, Congonhas/MG Capela de São Francisco de Assis, Ouro Preto MG Revoltas de escravos O homem negro representava fonte de riqueza tanto para quem vivia do tráfico como para quem o utilizava como força de trabalho. Contra os atos de rebeldia aplicavam-se as mais variadas formas de torturas. Castrações, amputações quebra de dentes a marteladas. As condições nas minas eram piores que na lavoura de cana de açúcar. Resistência do negro a opressão Contrabando de ouro. Através do contrabando os escravos juntavam dinheiro para comprar a sua liberdade. A Carta de Alforria. Fugas, Suicídio, Banzo. O banzo conhecido como nostalgia da África. Não se identificando com o mundo que fora trazido o negro entrava em profunda depressão. Quilombos As fugas em massas sempre resultavam em formação de quilombos. Comunidades que os negros tentavam reorganizar sua vida como na África. O mais famoso o quilombo dos Palmares (1600- 1695) em Alagoas tendo como líder Zumbi. Possuía mais de 20.000 escravos foragidos. Renascimento Agrícola do final do século XVIII Decadência da mineração ao final do século XVIII O esgotamento das jazidas e as técnicas predatórias de mineração levaram ao esgotamento da fase do ouro e do diamante no final do século XVIII. As cidades declinavam sendo pouco a pouco abandonadas. Algodão *Revolução industrial inglesa XVIII A Inglaterra inicia sua revolução industrial na segunda metade do século XVIII. Nesse contexto aumentou a procura de determinados produtos coloniais. No Brasil isso provocou o desenvolvimento da cultura algodoeira e do tabaco. Os Estados Unidos cortaram o fornecimento de algodão para os ingleses devido a guerra da independência. Assim os ingleses importaram o algodão brasileiro, produzido principalmente no Maranhão. Tabaco *Difusão do hábito de fumar pela Europa

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O tabaco sempre foi moeda de troca desde os tempos colônias (escambo). A procura aumentou com o habito de fumar na Europa. A economia tabagista foi centralizada no recôncavo baiano. Açúcar *Revoltas de escravos nas Antilhas Renascimento da produção do açúcar no Brasil Com a revolta de escravos nas Antilhas a produção de açúcar caiu consideravelmente abrindo ao final do século XVIII espaço para o açúcar brasileiro. Surgimento entre divergências da elite colonial e os interesses da metrópole O início do século XVIII assistiu porem ao surgimento de divergências entre a elite colonial e interesses da metrópole. Das divergências iniciais ao antagonismo completo foi um longo processo. Assim a classe dominante viu a necessidade de autonomia política.

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EXERCÍCIOS DE AULA

13) UNIFAL 2007/2 Considere as informações a seguir. Uma das figuras mais proeminentes da História Política de Portugal no século XVIII foi Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido como marquês de Pombal, ministro de Dom José I. Sobre as políticas pombalinas, o historiador Boris Fausto diz o seguinte: “Sua obra, realizada ao longo de muitos anos (1750-1777), representou um grande esforço para tornar mais eficaz a administração portuguesa e introduzir modificações no relacionamento metrópole-colônia.”FAUSTO, B. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp / Imprensa Oficial do Estado, 2002. p. 59. Em relação às políticas pombalinas que diziam respeito direta ou indiretamente ao Brasil, assinale a correta. A) Pombal introduziu princípios do liberalismo no comércio do Brasil com vistas a recuperar a economia da colônia: extinguiu as companhias privilegiadas de comércio que existiam no Maranhão e em Pernambuco, flexibilizou o “pacto colonial” e permitiu a presença de companhias comerciais inglesas na região das Minas. B) Um dos traços marcantes das políticas pombalinas no Brasil foi o confronto com a elite colonial. Os “brasileiros” foram impedidos de ocupar cargos políticos, jurídicos e administrativos na Colônia. Isso gerou muitas revoltas, como a de Felipe dos Santos, em Vila Rica, e a Guerra dos Mascates, em Pernambuco. C) Dentre as principais características da política pombalina, pode-se destacar a forte adoção de princípios mercantilistas na economia e de ideais iluministas na educação. Os esforços de Pombal visavam tornar o colonialismo português mais preparado para enfrentar a “crise do Antigo Regime”, como hoje a chamamos. D) A política absolutista de Pombal baseava-se na origem divina do poder dos reis e de seus ministros. Por isso, ele buscou o total apoio da Igreja, favorecendo as ordens missionárias que atuavam no Brasil, como mercedários

Recordando:

1674- Fernão Dias Pais inicia o ciclo das

bandeiras a procura de riquezas minerais

1693- Antônio Rodrigues Arzão descobre ouro

em Minas Gerais

1703- assinatura do tratado de Methuern entre

Portugal e Inglaterra

1719-Pascoal Moreira Cabral descobre Ouro em

Cuiabá

1726- Bartolomeu Bueno descobre ouro em

Goiás

1730- Promulgado o primeiro regimento para os

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e jesuítas, às quais delegou responsabilidades sobre a tutela dos índios e sobre o ensino na colônia. OBS:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 14) UNIFAL 2007/1 A descoberta do ouro na América portuguesa provocou verdadeira febre em busca de riquezas, causando conflitos e algumas mudanças na vida da Colônia. Entretanto, a maior parte do ouro extraído pelos portugueses foi parar na Inglaterra. A partir dessas afirmações e dos conhecimentos sobre o período de mineração, faça o que se pede: a) Cite duas mudanças ocorridas na Colônia com a descoberta dos metais preciosos. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ b) Cite dois conflitos ocorridos na região mineradora relacionados com a exploração do ouro. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ c) Explique a seguinte afirmativa: o ouro deixou buracos no Brasil, igrejas em Portugal e fábricas na Inglaterra. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ AULA 7- AS REBELIÕES NATIVISTAS

“Não resta outra coisa senão cada um defender-se por si mesmo” A crise do capitalismo comercial e as contradições no interior da colônia garantem a crise do colonialismo a partir da segunda metade do século XVIII. A revolução industrial tornou-se ultrapassado o mercantilismo. Portugal, não se adequando aos novos tempos, procurou superar a crise ampliando a exploração no Brasil. Tal atitude estimularia as rebeliões nativistas e as rebeliões de libertação nacional. “ Que se destrua a criação da Vila do Recife para nunca mais haver. Que sejam desterrados e tidos e havidos traidores a pátria Cristovão Barros e outros. Que todos os contratatos serão arrematados na cidade de Olinda, como cabeça que era de Pernambuco..Que por demora, que possa haver em quaisquer pagamentos, se não levaram juros nem lucros.”

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O texto acima foi extraído de um requerimento escrito em 1710, que defendia interesses dos brasileiros de Olinda em relação aos comerciantes de Recife. Nota-se que começavam a acentuar-se os desacordos entre brasileiros e metrópoles. A colônia funcionou de forma eficiente durante os dois séculos e meio em que o pacto colonial garantiu a sangria das riquezas da colônia. Entretanto a partir da segunda metade do século XVIII a colonização começou a apresentar sintomas de esgotamento. Entrou então em franca decadência impulsionado tanto pela crise do capitalismo comercial europeu como pelas contradições que gerou no interior da colônia. Capitalismo Comercial X Capitalismo Industrial Crise do capitalismo comercial Do século XV ao século XVII o capitalismo comercial serviu para acumular capitais e ampliar os mercados consumidores por meio da política mercantilista Revolução industrial tornando o mercantilismo obsoleto Na segunda metade do século XVIII o capitalismo comercial já havia cumprido sua função. O capital acumulado passaria a ser investido na produção. A inovação tecnológica do sec. XVII e XVIII deu possibilidade de surgir as primeiras industrias fabril na Inglaterra. Surge a Revolução Industrial. Incentivo a independência da colônia.

A Inglaterra passou de fervorosa do colonialismo à incentivadora da independência das colônias As ex-colônias fariam parte de um mercado consumidor dos produtos ingleses. Surge o liberalismo econômico teoria que pregava a não intervenção do estado na economia, a livre concorrência e o fim do pacto colônia. Essa teoria impulsionou o capitalismo industrial na segunda metade do século XVIII. Portugal aumenta a exploração colonial Portugal e Espanha não se industrializarão e apertaram as malhas da exploração colonial entrando em franca decadência As Contradições da Colônia A crise do capitalismo comercial português e os interesses ingleses não são suficientes para explicar o desmoronamento do sistema colonial. As contradições internas no processo de colonização foram determinantes. Elite colonial luta pelo fim do pacto colonial As elites coloniais beneficiaram-se com a própria dominação. No entanto os mesmos instrumentos responsáveis pelo crescimento econômico agora eram considerados entraves à população colonial. O monopólio e as fiscalizações severas, além da alta tributação coincidiram com uma situação interna propicia a independência. Rebeliões nativistas:

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Não manifestavam caráter de independência As primeiras rebeliões eram chamadas de nativistas a principio contestavam apenas alguns aspectos do pacto colonial, não a dominação integral da metrópole. Contestando apenas alguns aspectos do pacto colonial com caráter regionalista, não se preocupavam com a unidade nacional. Ocorreram entre 1641 e 1720. Foram defesa em resultado à exploração excessiva do pacto colônia. Daí até a independência completa foi um longo processo. Aclamação de Armador Bueno (1641) Local: Região da capitania de São Vicente No início do século XVII, as condições econômicas da região de São Vicente eram precárias, sustentando basicamente no apresamento de índios. Enfrentamento entre os jesuítas e os bandeirantes em relação à escravização indígena Os jesuítas reagiram contra a escravização dos indígenas efetuadas pelos bandeirantes, exigindo que a metrópole a proibisse. Intervenção da metrópole a favor dos jesuítas Autoridades da colônia não aceitaram a interdição metropolitana e expulsaram os Jesuítas, em 1641. No mesmo ano os paulistas tentaram se desligar de Portugal a aclamaram rei Amador Bueno. Revolta de Beckman (1684) Local: Maranhão As zonas açucareiras de Pernambuco e Bahia concentravam quase todos os escravos negros chegados do Brasil No Maranhão a falta de mão de obra escrava se tornou um serio problema. Falta de mão de obra escrava Com a falta de mão de obra escrava o índio era a opção. Entretanto os habitantes do Maranhão se depararam com a resistência do Jesuíta. Jesuítas contrários a escravidão indígena Intervenção da metrópole criando a Companhia do Comercio do Maranhão Para resolver o problema da mão de obra a Coroa criou a Companhia Geral do Comercio do Maranhão, que monopolizava o comercio da Região, tendo entre outras obrigações o fornecimento de 500 escravos negros por ano. O rei pretendia solucionar

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o problema da mão de obra, agradar os jesuítas proibindo a escravização dos indígenas. A Companhia do Maranhão deveria também fornecer aos habitantes gêneros alimentícios importados e adquirir tudo que fosse produzido na região para exportação Solução pior que o problema “ Os administradores da companhia do Maranhão não so faltavam com as diversas obrigações a que se haviam sujeitados como se demasiaram em toda casta de roubos e vexações . Os pesos e medidas que usavam eram falsificados, as fazendas e comestíveis expostos a venda da pior qualidade de corruptos. Os produtos taxados a preços superior de mercado e uma pequena carregação de escravos viera.” A coroa havia tentado resolver os conflitos entre colonos e jesuítas, mas a solução tornara um problema. Manuel Beckman e seu irmão Tomás liderou o levante contra a companhia do Comercio do Maranhão e os Jesuítas. Na metrópole a revolta levou a abolição do estanco à companhia e a nomeação de um novo governador para o Maranhão. O movimento foi dissipado em 1685, Tomaz Beckman foi executado e os jesuítas que foram expulsos retornaram. Guerra dos Emboabas 1707- 09 Local: Região das Minas Gerais A descoberta das minas provocou um intenso fluxo migratório interno e externo para Minas Gerais. Todos recém-chegados eram chamados emboabas pelos paulistas que habitavam a região e que ali haviam descoberto ouro. A maioria dos emboabas se dedicaram ao comércio, incentivados pelos altos preços dos manufaturados, gêneros alimentícios e outros produtos do mercado mineiro. Os mineradores se endividaram com os emboabas sendo obrigados a hipotecar suas propriedades. Assim muitos emboabas se tornaram donos de fazendas de gado. Conflito entre os Paulistas X Forasteiros (Emboabas) Derrotas paulistas Criação da capitania de São Paulo e Minas do Ouro Em 1709 o governo interveio criando a capitania real de São Paulo e Minas do Ouro. Os conflitos diminuíram, mas suas causas não foram supridas. Guerra dos Mascates (1710) Local: Pernambuco Outras lutas ocorreram entre os proprietários de terras da colônia e os comerciantes reinóis chamados de mascates. Quando os holandeses foram expulsos em 1654, perderam o mercado de açúcar para as Antilhas. A elite comercial de Recife formada por portugueses passou a financiar a produção açucareira, centralizada em Olinda, cobrando elevadas taxas e executando hipotecas.

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Proprietários de terras da colônia (Olinda)

X Comerciantes de Pernambuco (mascates) Recife Apesar da superioridade econômica, os comerciantes portugueses de Recife não tinham autoridade política. Pois a câmara municipal (sede do poder local) se localizava em Olinda. Em 1710 os recifenses conseguiram a carta regia de emancipação política e administrativa do lugar. Os Olindenses não aceitam a perda do controle administrativo de Recife. Invadiram a cidade e derrubarão pelourinho símbolo da autonomia administrativa. Os mascates se organizaram e partiram para reação. Intervenção metropolitana e Recife consegue autonomia política A coroa intervém nomeando um novo governador que pôs fim ao conflito e confirmou a autonomia de Recife. Outra vez se torna evidente a divergências coloniais e metropolitanas. Revolta de Vila Rica ou Felipe dos Santos 1720 Local: Região das minas Mesmo com a rígida fiscalização na zona mineradora a colônia não conseguira impedir o contrabando. Usavam de todas as artimanhas para ludibriar os fiscais. Contrabando de ouro Escravos eram treinados para engolir as pepitas e passar pelos fiscais. Pedras eram escondidas entre os dedos dos pés unhas e narinas. A própria igreja contrabandeava ouro dentro dos santos de pau oco. Em 1718 ocorreu uma aumenta da fiscalização e taxações de exploração. Lei das casas de Fundição Em 1719, a intendência das minas órgão encarregado da administração criou as casa de fundição. Todo ouro deveria passar por lá fundido transformado em barra retirado o quinto e selado. Circular com ouro em pó era crime. Antes de ser fundido o ouro era purificado. Perdia-se peso. Aos exploradores pagavam tudo. A lei das Casas de Fundição criou um forte protesto. Um grupo de rebeldes liderados por Felipe dos Santos saiu a rua promovendo manifestações contrarias a metrópole. Violenta repressão Os lideres foram presos e suas casas queimadas. Felipe dos Santos foi enforcado e esquartejado sem processo ou julgamento. A revolta de Vila Rica foi fundamental para o amadurecimento da consciência colonial. Por outro lado inaugurou um período de sangrentas

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repressões desferidas pela metrópole. “Morro sem me arrepender do que fiz e certo que o canalha do rei será esmagado.” Era o pronuncio das futuras rebeliões do Brasil em torno da independência completa de Portugal.

EXERCÍCIOS DE AULA

15) UFV 2009/1 Entre as mudanças ocorridas na América portuguesa a partir da descoberta dos metais preciosos em fins do século XVII, destacam-se: a) a transferência do centro econômico para o Sudeste, o aumento das medidas administrativas de controle e a interiorização da colonização. b) a intensificação da escravização indígena, a mudança da capital para o Rio de Janeiro e a expulsão dos jesuítas. c) o fim da dominação holandesa no Nordeste, o crescimento do mercado interno e o fortalecimento da pecuária no Centro-Sul. d) o incentivo à agricultura de subsistência em Minas, a criação das Casas de Fundição e o surgimento da Escola de Minas de Ouro Preto. OBS:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 16) UFV 2009/1

Recordando:

1641- Aclamação de Armador Bueno

1684-Revolta de Beckman

1707-9 Guerra dos emboabas

1710- Guerra dos Mascates

1720- Revolta de Vila Rica ou Filipe dos

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Com relação à América portuguesa, é CORRETO afirmar que foi decisivo (a) para o processo de interiorização da colônia: a) o apresamento e a busca de minerais preciosos através das bandeiras. b) a transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro. c) a resistência dos colonos ao domínio holandês em Pernambuco. d) o incentivo à cultura de cana-de-açúcar no interior do Nordeste. OBS:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

AULA 8- MOVIMENTOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

“Animai-vos ... que está por chegar o tempo feliz da nossa liberdade.” No final do século XVIII, as restrições econômicas de Portugal ao Brasil chegaram ao seu ponto máximo ao mesmo tempo em que as idéias liberais difundiam-se pelo país. A Inconfidência ou Conjuração Mineira foi o primeiro movimento que mostrava a intenção claramente de se romper com Portugal. Alguns anos depois eclodia a Conjuração Baiana, movimentos com características acentuadamente populares. Em 1817 ocorreria em Pernambuco a chamada Insurreição Pernambucana a maior rebelião colonião pela independência. “Que no dia de sábado vinte e cinco do corrente mês de agosto pela uma hora da tarde, achando-se ele denunciante na sua loja de cabeleleiro na rua direita do Corpo Santo e mais de 200 individuos celebrar uma sessão de respeito de um levantameto e uma rebelião que projetava a se executar nessa cidade. Com intuitito de surgir a liberdade e destruir todos os membros da administração pública, política e saudáveis Leis que regem este continente que Deus guarde por muitos anos vossa majestade.” O texto acima faz parte da denuncia de José Joaquim Santana a Policia de Salvador sobre a Conjuração Baiana. Este foi um movimento de emancipação política que contou com um forte componente popular ao contrario da Inconfidência Mineira, que foi basicamente um movimento de elite. Fatores gerais dos movimentos de emancipação política Restrições econômicas entre Portugal e Brasil chega ao ponto máximo

O sistema mercantilista tinha esgotados suas potencialidades até a segunda metade do século VXIII. Internamente as contradições entre colônia e metrópole já haviam se esgotado com as rebeliões nativistas.

Difusão de ideais liberais

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Em 1760 a revolução industrial cria condições para o fim do liberalismo com a revolução industrial exigindo uma reestruturação econômica entre as colônias. No final do século XVIII com o fim da mineração ocorreu uma ascensão na produção agrícola. As condições internacionais tornaram bem aceitos os produtos coloniais. Dificuldades políticas e econômicas diminuíram a concorrência com as principais nações concorrentes dos brasileiros.

Ao fim do século XVIII a colônia experimentou um forte impulso de produção e importação Intenção clara de ruptura do pacto colonial por parte da colônia Enquanto o mercantilismo naufragava a metrópole acirrava as restrições que já limitavam a economia brasileira. A luta pelo fim do pacto colonial refletia o choque das barreiras impostas pela metrópole.

Movimentos com características claras de ruptura entre metrópole e

colônia. Inconfidência Mineira (1789) P

rimeiro movimento que manifestou caráter de ruptura com Portugal Durante os séculos XVII e XVIII, o Brasil foi palco de motins e conspirações a inconfidência mineira foi o primeiro movimento que manifestou claramente a intenção de promover a separação política. A exploração econômica metropolitana chegou ao ponto máximo no final do século XVIII. As deficiências da economia lusitana e sua dependência em relação à Inglaterra obrigaram a Portugal a impor ritmo maior de exploração sobre a colônia. Instituição da Derrama em 1765 Em 1750 o ministro Português Pombal estabeleceu uma cota maior de arrobas de ouro. Instaurou-se então a Derrama 1765, como forma de pagar a produção que faltava nem que seja a custa da expropriação dos bens não importando se eram mineradores ou não.

Alvará de 1785 - Proibição das manufaturas na colônia Dona Maria I decretou a proibição de manufaturas na colônia, em 1785. Todas as manufaturas deveriam ser importadas de Portugal. O Alvará afetou principalmente a população interiorana, cujos comerciantes não mais podiam podendo abastecer de tecidos, calçados, armas, instrumentos de trabalho e outros produtos comparados de pequenos artesões e oficinas locais. Influência de ideais liberais e iluministas John Lock, Montesquieu, Voltaire, Rosseau Na segunda metade do século XVIII, tornou-se rotineira a ida de filhos de famílias ricas para estudar na Europa. Esses jovens retornavam impregnados

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pelas ideias liberais de John Locke. E as do iluminismo de Montesquieu e Voltaire Rosseau. 1776 - Independência dos Estados Unidos Porém, mais forte ainda foi a luta pela independência. Dos Estados Unidos da América 1776 e conquistada em 1783. A vitória mostrava que a independência de uma colônia era possível. No Brasil diante de tantos conflitos começava a questiona-se o pacto colônia. Lideres: Elite do sistema de produção exceto Tiradentes Em 1788 O Visconde de Barbacena viria para assumir o poso da capitania de Minas Gerais. Sua principal missão seria cobrar a derrama. Era esperada violência por parte das autoridades, os dragões da guarda portuguesa invadiriam domicílios, realizariam saques e encerrariam e até torturariam, os que protestassem. Com exceção do alferes Tiradentes José Joaquim da Silva Xavier, todos os lideres da Inconfidência, eram ricos e ligados a extração mineral ea produção agrícola. Esse fato era perfeitamente compreensível, pois os grandes empresários eram os que tinham interesse em romper com o pacto colonial. Já os escravos e as camadas mais pobres viam seus senhores como responsáveis diretos pelas condições de trabalho a que estavam submetidos. Para eles a independência em nada mudaria sua situação de exploração. Convergência de objetivos econômicos

Os rebeldes defendiam o fim do pacto colonial e o desenvolvimento de manufaturas têxteis e siderúrgicas, além do estimulo a produção agrícola.

Divergência quanto aos objetivos políticos *Monarquia ou república *Escravidão ou não “No plano político alguns almejavam a república enquanto outras a monarquia constitucional. Os interesses de uns e outros eram claros quando o assunto é a escravidão. A maioria se opunha. “Não haveria quem trabalha-se nas terras quanto na mineração.” A devassa O movimento não chegou a ter sucesso uma vez que os grandes planos não iam muito além da sala de reuniões. Isolados da grande massa popular, sem pensar em armas para o levante, bastou uma denuncia para acordar os conspiradores do seu grande sonho. Traição de José Joaquim Silvério dos Reis O traidor Joaquin Silvério dos Reis, devedor de vultosas quantias aos cofres reais, com a delação obteve o perdão de sua dívida. 11 acusados condenados à morte, apenas Tiradentes é executado

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A devassa durou quase três anos e o julgamento condenou a morte 11 dos acusados, mas apenas Tiradentes foi executado servindo de bode expiatório.” Depois de morto que seja esquartejado o corpo e cortada a cabeça levando-a para Vila Rica, onde lugar mais publica seja pregada no lugar mais alto que o tempo a consuma.” Após a execução sobrava o lema da inconfidência “liberdade ainda que tardia” Conjuração Baiana 1798 Revolta dos Alfaiates Liderança com representante das camadas populares Entre os diversos movimentos políticos e intelectuais que marcaram a crise do sistema colonial no Brasil a conjuração baiana apresenta algumas características especiais. Diferentemente da Inconfidência Mineira, teve na liderança camadas populares do Brasil colonial, mulatos negros livres e escravos. Considerada a primeira revolução social brasileira. Seus objetivos iam muito mais além, não se limitavam apenas aos ideais de liberdade e fraternidade. Pregavam mudanças concretas na realidade social na estrutura colonial. Pregava a igualdade de raça cor,fim da escravidão e abolição de todos privilégios A participação de vários Alfaiates por é também conhecida como revolta dos Alfaiates. Prosperidade beneficiava apenas comerciantes e senhores de engenho. O renascimento agrícola ao final do século XVIII beneficiava somente os grandes proprietários e comerciantes. Levantes entre 1797 e 1798 Houve uma crise de abastecimento de alimentos na região uma vez que o plantio de subsistência diminui em detrimento da lavoura de cana de açúcar. Isso ocasionou um aumento de preços aos produtos que começaram a ser trazidos de outra região. Soldados e populares invadem armazém gerando clima de rebeldia. Divulgação a ideias liberais. Revolução francesa sepultando o feudalismo atravessa o Atlântico criando um clima propicio a revoluções. Sociedade dos cavaleiros da luz A elite baiana já se posicionava favorável ao rompimento com Portugal. Mas não chegaram a contestar internamente a dominação. A maioria eram proprietários pertencentes ao regime escravista. Surge então a sociedade Cavaleiros da Luz. Apesar do seu caráter elitista alguns membros aderiram a perspectiva revolucionaria. *Cipriano Barata

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Mais ativo propagandista do movimento Influência da independência do Haiti Antiga colônia francesa situada nas Antilhas. Violentas revoltas de negros resultariam na expulsão de brancos e proclamação da independência em 1804. O Haiti foi o segundo pais do continente a obter independência. Na Bahia a noticia influenciou os escravos. Em 1798 as conspirações se transformavam em rebeliões contra as autoridades metropolitanas. Na manha de 12 de agosto de 1798 as pessoas que passam encontrava a seguinte frase escrita nas paredes e muros. “Animai –vos povo bahiense, que estar por chegar o tempo de nossa liberdade, tempo em que seremos todos irmão” Fim do pacto colonial *Igualdade de raça e cor, fim da escravidão, fim de todos os privilégios *Aumento dos soldos dos militares *Diminuição de impostos Os revolucionários se preocupavam com os problemas específicos das camadas populares. Protestavam contra os impostos, defendiam a abolição da escravidão e proponha aumento de soldo para os soldados. Pregavam pontos coincidentes da doutrina social francesa. Igualdade, liberdade e representação social. Foram defensores da liberdade de comercio. Fim do movimento Delações, prisões, condenações à morte Prêmios aos delatores Espiões infiltrados aos conjurados prenderam os lideres do movimento que tentaram resgatar o soldado preso encarregado de entregar uma carta ao rei, na qual reivindicavam seus objetivos. Conhecendo os líderes do movimento as prisões RAM fáceis e prêmios aos delatores facilitaram a dissipação do movimento. Insurreição Pernambucana 1817 Desde o início da colonização, Pernambuco um dos pólos da economia açucareira, caracterizou-se como um dos pontos onde explodiram com maior força as contradições colônia metrópole A Guerra dos mascates foi um exemplo de rebelião nativista contra os privilégios comerciais lusitanos contra os privilégios . Seria também em Pernambuco em 1817 com a família real portuguesa morando no Brasil que ocorreria a maior rebelião brasileira.

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Lojas Maçônicas Influência das ideias francesas Os princípios da Revolução Francesa permeavam as discussões das lojas maçônicas.

Aumento dos impostos: A corte portuguesa no Brasil Em 1808 a corte portuguesa veio para Brasil, elevando os gastos da coroa. Para cobrir o rombo aumentaram os impostos. As ideias liberais francesas fermentavam o clima antilusitano. Ciente deste movimento, foram presos líderes do movimento. Isto foi o estopim da insurreição. Governo revolucionário em Pernambuco Os rebeldes tomaram Recife e constituíram um governo revolucionário com representantes de varias classes. Os presos políticos foram libertados, extinção de títulos de nobreza e aumento do soldo militar. Tentativas Frustradas de expansão do movimento pelo nordeste Intenção de expandir o movimento nas províncias do norte e nordeste. Bahia Ceará e o Rio Grande do Norte: tentativas fracassam rapidamente. O impacto da repressão começou a desintegra o movimento. A superioridade das forças metropolitanas reprimiu o movimento. Os que não morreram em combate foram presos ocorrendo execuções sumarias. A Insurreição Pernambuco apesar de não ter sido bem sucedido, deixou implantadas as ideias que anos depois alterariam o cenário Pernambucano em uma revolta de 1824.

EXERCÍCIOS DE AULA

17 EsAEx 2007) Sobre os conflitos no Brasil colonial pode-se destacar dois modelos, não exclusivos, de revoltas e rebeliões que tencionaram o domínio português e contribuíram para o desgaste do sistema colonial, a saber:

Recordando: 1765- Decretada a derrama em Minas Gerais 1785- Alvará que proibiu a instalação de fabricas e manufaturas no Brasil 1789- Inconfidência mineira. 1792- Tiradentes enforcado 1789- Conjura Baiana 1799- Enforcamento dos envolvidos ma conjuração baiana 1808- Vinda de D. João VI e da Corte ao Brasil

1817- Insurreição Pernambucana

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I. o primeiro modelo caracterizou-se por diversos levantes de colonos que se sentiam prejudicados com as altas taxas de impostos cobrados pela Coroa e com o exercício do monopólio exercido pelas

II. companhias mercantilistas. Estes movimentos não tinham caráter anticolonial e independentista, porém, serviram para mostrar a existência de interesses de uma população já enraizada no Brasil. Receberam o nome de rebeliões nativistas.

III. o segundo modelo caracterizou-se por revelar, claramente, a intenção em lutar pela emancipação do Brasil em relação à Portugal mostrando-se possuidor de alguma consciência nacional, além de certa organização política. Não se limitou a contestar determinados aspectos da dominação colonial, como impostos, mas questionava o próprio pacto colonial. Buscava a independência política, apesar de circunscritos às regiões em que aconteceram. Recebeu o nome de rebeliões anticoloniais. Assinale a alternativa que combina, respectivamente, movimentos relacionados a cada um dos modelos acima.

(A) Guerra dos Emboabas e Guerra dos Mascates.

(B) Inconfidência Mineira e Revolta de Beckman.

(C) Conjuração Baiana e Inconfidência Mineira.

(D) Rebelião de Vila Rica e Conjuração Baiana.

(E) Inconfidência Mineira e Guerra dos Mascastes. OBS:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 18 EsAEx) Analise as afirmativas abaixo sobre a Revolta de Beckman no Maranhão e, a seguir, marque a alternativa correta: I. Este movimento foi uma explosão popular contra a Companhia de Comércio

do Maranhão. II. Os conjurados se apossaram facilmente do poder e constituíram um

governo. III. O movimento não conseguiu se expandir e entrou em declínio. IV. A Companhia de Comércio do Maranhão conseguiu conservar o monopólio

após o movimento. (A) somente a I está correta. (B) somente a II e a IV estão corretas. (C) somente a III e a IV estão corretas. (D) somente a I, II e a III estão corretas. E ) todas estão corretas

OBS:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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GABARITO DOS EXERCÍCIOS EM AULA

PERÍODO JOANINO E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL AULA 09– PERÍODO JOANINO 1808-1821 “O pombo esta maduro, colhei-o já, se não apodrece” A independência do Brasil não foi um fato isolado, restrito ao dia 7 de setembro de 1822, mas um processo histórico cujas origens remontam as tentativas emancipacionistas do final do século XVIII. Tendo relação com a abertura dos povos e com a elevação do Brasil a condição de Reino Unido a Portugal e Algarves. Em 7 de setembro apenas formalizou a separação de Portugal, mas a consolidação de independência só viria a ocorrer com a abdicação de D. Pedro I, 1831. “Que sejam admissíveis nas Alfândegas, do Brasil todos e quaisquer gênero, fazendas e mercadorias transportados em navios estrangeiros das potencias que se conservam em paz e harmonia com a minha real coroa, ou em navios de meus vassalos, pagando por entrada 24 por cento, Segundo que não só os meus vassalos mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os portos que lhe possam parecer a beneficio do comércio e da agricultura.” O texto acima reproduz trechos da carta régia de abertura dos portos brasileiros ao comercio com as nações amigas assinada pelo príncipe regente D. João em 28 de janeiro 1808. Essa medida, que encerrou a era colonial e instaurou no país o livre comercio, contribuindo para acelerar o processo da emancipação política do Brasil. Era das revoluções Grandes transformações econômicas, políticas e sociais ocorreram na Europa no final do século XVIII. Revolução Industrial *Mecanização e divisão do trabalho Revolucão Francesa Vitória liberal

1) D 4) C 10) A 18) A

2) D 5) A 11) C

3) D 7) B 13) C

4) C 8) A 15) A

5) A 9) E 17) D

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Conflitos entre as principais nações europeias Inglaterra X França Revolução Napoleônica Napoleão Interesses Inglês Crescimento da Produção Intensificação do comércio A produção e o comercio cresceram a partir da revolução industrial.

Tornando inaceitáveis mercados fechados pelo pacto colonial. Ele se tornava uma barreira aos interesses ingleses e a elite brasileira.

Necessidades de matéria prima:

O enriquecimento e o aumento populacional da colônia, depois da

descoberta do ouro, aceleraram as necessidades de consumo. Mas os monopólios e entraves comerciais representavam entraves do antigo regime (Absolutismo e Mercantilismo). As classes proprietárias liderariam o processo de emancipação, pois teriam vantagens comerciais com o rompimento do monopólio. A independência do Brasil, portanto, não foi decorrente de alteração nas relações internas, entre proprietários de fazendas e trabalhadores livres e escravos. Mas sim baseada em interesses econômicos. Os ingleses desempenhariam um papel fundamental uma vez nesse processo uma vez que os britânicos interessavam que os portos brasileiros estivessem abertos para seus manufaturados. Aliança entre o capitalismo industrial inglês e os setores exportadores brasileiros buscando todos os meios para anular o pacto colonial. Tentava-se substituir o monopólio pelo livre comercio. Portugal entre da Franca e da Inglaterra Tratado de Methuen (1703) Abertura dos portos portugueses para manufaturas inglesas em troca de

compra do vinho lusitano. Isso ampliou a dependência econômica e política dos portugueses com relação a Inglaterra.

Bloqueio continental (1806)

O imperador Frances Napoleão Bonaparte decretou bloqueio continental proibindo os países europeus de comercializar com os ingleses já que não havia conseguido conquista - lá militarmente

A situação de Portugal era crítica na então conturbada na Europa. Napoleão exigia que D. João fecha-se os portos aos ingleses e confiscassem os bens de súditos britânicos. Por outro lado Lord Strangford, embaixador inglês, focava-o a assinar a convenção secreta. Convenção secreta Acordo secreto entre Portugal e Inglaterra * Transferência da sede da monarquia portuguesa para o Brasil * Entrega da esquadra portuguesa a Inglaterra e a Ilha da Madeira

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* Concessão de um porto livre a Inglaterra no Brasil em Santa Catarina * Assinatura de novos tratados com a Inglaterra D. João tentava-se se manter neutro em meio a pressões de ambos os lados. Tratado de Fontainebleau (1807) Acordo secreto entre França e Espanha

•Invasão a Portugal e divisão entre si das suas colônias. Enquanto isso a Inglaterra forçava Portugal a Ratificar a convenção Secreta que se deu em 1807. Apesar de fortes pressões de fatores favoráveis a França. Fuga da Família real Portuguesa Chegada noticia que os franceses haviam invadido o norte de Portugal. A corte entrou em pânico. Vitória da Inglaterra não da França. O primeiro-ministro Inglês discursou ao parlamento” transferindo a corte portuguesa para o Brasil o Império da América do Sul e o da Grã Bretanha ficarão ligados eternamente, fazendo estas duas potencias um comercio exclusivo. Governo Português no Brasil Abertura dos portos brasileiros. Assinatura da Carta Regia 28 de janeiro de

1808, decretando abertura dos portos brasileiros. As tarifas alfandegárias cobradas com a abertura dos portos financiavam a

nova administração Revogação do Alvará de 1785 por Dona Maria liberando o

estabelecimento de indústrias manufaturas no Brasil. Essa medida não estimulou a industrialização uma vez que ela não dotada de condições para que a atividade industrial fosse implantada. Os produtos ingleses de melhor qualidade sufocavam a atividade.

Em 1810 Lord Strangford representante inglês e Souza Coutinho Ministro de Portugal Tratado de Comercio e Navegação Tratado de comércio e navegação Nomeação de Juízes ingleses para julgar súditos Britânicos Liberdade Religiosa para os ingleses Cobrança de taxas de 15% na importação de mercadorias Porto livre em Santa Catarina Tratado de Aliança e Amizade Proibição da Santa Inquisição no Brasil

Consolidava-se a hegemonia inglesa em território brasileiro. Ficou claro o

descontentamento da igreja, comerciantes e proprietários de escravos 1815 Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves

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Após derrubada de Napoleão o Congresso de Viana tentava restabelecer a antiga configuração da Europa, mas exigia o retorno dos seus soberanos aos seus países. A elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves legitimava a presença de D. João VI no Brasil.

Conciliação entre as classes dominantes Do João VI quando em sua permanência aqui no Brasil tentou conciliar os interesses das classes dominantes. Proprietários rurais e comerciantes.

Criacão de órgãos administrativos Criação da Escola de Medicina da Bahia, Escola Cirúrgica e anatômica do Rio de Janeiro, academia Real de Belas Artes, academia Real Militar, Biblioteca Real, Teatro Real de São João, Jardim Botânico e o Banco do Brasil. Desembarque em 1816 da Missão artística Francesa Invasão a Guiana Francesa 1817-1816

Em 1809 Dom João VI ordenou a invasão a Guiana Francesa. Esse território foi devolvido à França por ordem do Congresso de Viena em 1817. Anexação da província da Cisplatina O velho sonho Português de estender seus domínios além do Rio do Prata tornou-se realidade em 1816. As tropas luso-brasileiras dominaram Montevidéu. A região Anexada passou a ser chamada cisplatina. Em 1825, ao conquistar sua independência ganhou o nome de Uruguai. 1820 Revolução liberal do Porto Com a vinda da família real para o Brasil a situação em Portugal se tornou calamitosa. A regência portuguesa manipulada pelo inglês Lord Bereford, era marcada pela tirania. “agravava-se a crise econômica e com ela o descontentamento popular. Déficit das finanças públicas, decadência do comercio, fome e miséria caracterizavam o dia a dia dos portugueses.” Difusão de Ideias liberais. Camponeses, artesões, funcionários públicos e a burguesia derrubaram o

governo de Bereford, e exigiam o retorno imediato de D. João para o Brasil. Pressão para recolonizar o Brasil e arrocho do pacto colonial. Retorno de D. João e através de um decreto D. Pedro se torna o príncipe

regente do Brasil. O embarque de volta ocorreu em grande agitação nacional. Espalharam o boato em que o navio da corte estava repleto de ouro. Que o tesouro do Banco do Brasil teria sido saqueado. A metrópole portuguesa se sustentava com o açúcar, tabaco, algodão, arroz, couro e madeiras coloniais. Assim não é difícil de compreender as reações da burguesia portuguesa diante das mudanças nas relações da colônia e metrópole reduzindo sensivelmente os lucros da metrópole com o fim do monopólio comercial a partir de 1808. EXERCÍCIOS EM AULA .

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1)EsaEX 2008) Sobre a vinda da família real e suas consequências é correto afirmar que:

(A) sua chegada ao Brasil retardou o processo de independência brasileira. (B) inúmeras medidas tomadas por D. João visavam aferrar ainda mais os laços coloniais do Brasil com Portugal.

(C) a Abertura dos Portos de 1808 beneficiou consideravelmente a Inglaterra.

(D) a presença da Corte no Brasil inibiu movimentos de contestação à ordem vigente.

(E) a ausência do aparelho burocrático estatal, deixado em Portugal, transformou o gabinete de D. João em um gabinete composto somente por brasileiros.

OBS______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2) (MACKENZIE) Podem ser consideradas características do governo joanino no Brasil:

a) a assinatura de tratados que beneficiam a Inglaterra e o crescimento do comércio externo brasileiro devido à extinção do monopólio;

b) o desenvolvimento da indústria brasileira graças às altas taxas sobre os produtos importados;

c) a redução dos impostos e o controle do déficit em função da austera política econômica praticada pelo governo;

d) o não envolvimento em questões externas, sobretudo de caráter expansionista;

e) a total independência econômica de Portugal com relação à Inglaterra em virtude de seu acelerado desenvolvimento. OBS______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3) (UNIFENAS) Foram fatos importantes na política externa de D. João VI, no Brasil: a) a invasão da Guiana Francesa e a anexação da Província Cisplatina; b) os tratados de Methuen e Madri; c) os diversos tratados de limites resolvendo as questões do Acre e do Amapá; d) a guerra contra a Inglaterra devido à questão Cisplatina;

e) a questão Christie e a guerra contra o Uruguai OBS________________________________________________________________________________________________________________________

AULA 10 – A INDEPÊNDENCIA DO BRASIL

o Cortes portuguesas tentam recolonizar Brasil

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As pressões da corte para a recolonizarão foram o estopim para a emancipação política favorecendo a ação de todas as forças engajadas na luta anticolonização. Decretos que limitam o poder do Regente As pretensões de Portugal eram visíveis por decretos que limitavam o poder de D. Pedro I e obrigavam-no a voltar para a terra natal. Unifica * Unificação do exercito português e brasileiro * Nomeação de governador das armas obediente as ordens de Portugal. * Extinção das repartições públicas e tribunais criados no período Joanino. * Nas cortes portuguesas os deputados brasileiros eram minoria e nada podiam fazer ”Que vos resta brasileiros? Resta reunirmos todos em interesse e amor, em esperança. Que não se ouça outro grito entre vos que não seja o de união. Do Amazonas ao prata que não se retombe outro eco que não seja independência.” Livres de censura de 1821, circulavam inúmeros jornais o principal pensamento das camadas urbanas liberais No ano de 1821 a independência não tinha o mesmo significado para todas as pessoas. José Bonifácio Sugaria salvaguardar os interesses do Reino de Portugal e Algarves. Para Cipriano Barata a independência a independência pressuponha mais liberdade de comercio e autonomia administrativa. Grupos radicais e conservadores Conservadores: Partidários de José Bonifácio *Desejavam a independência sem desestruturar a sociedade Radicais: Lojas Maçônicas, Gonçalves Ledo letrados , bacharéis , padres,

militares Conservadores + Radicais = Partido Brasileiro A Independência Política A presença de D. Pedro no Brasil dificultava as pretensões das cortes portuguesas de recolonizar o Brasil. Corte portuguesa exige o retorno a Portugal de D. Pedro.

O regente em 1822 recebeu uma petição com 8 mil assinaturas solicitando

lhe a permanência no Brasil. Após a leitura do documento. “Como é para o bem geral da nação, estou pronto diga ao povo que fico.”

1822 Dia do Fico. Este episódio ficou conhecido como Dia do Fico. D. Pedro acaba de desrespeitar as ordens de Lisboa. As tropas lusas presentes no Rio de Janeiro exigiam que D. Pedro acatasse as ordens de Portugal. A população se revolta e bloqueia a ação do exercito português.

1822 Decreto do Cumpra-se. Os ministros pediram demissão e José Bonifácio nomeado Ministro do Reino e negócios estrangeiros. E maio de 1822 decreto do Cumpra-se, segundo no qual as ordens de Portugal só vigorariam no Brasil após o cumpra-se do regente.

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1822 Dom Pedro recebe o título de defensor perpétuo do Brasil e considerava inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil.

Quando D. Pedro recebe a carta de sua esposa Leopoldina D. Pedro estava em Viajem de volta de São Paulo. Junto também recebeu as últimas ordens de Portugal transformando-o em um simples governador. Indignado teria dito “é tempo de independência ou morte. Estamos separados de Portugal.”

1822 Independência do Brasil. Recebe a Coroa de D. Pedro I do Brasil. O Brasil acabava de se libertar do capitalismo português, mas isso não

implica em outras formas de independência. “ Em outros termos a independência política não foi seguida de independência econômica, pois a economia do mercado mundial controlada pelos ingleses, comprometendo a própria independência política.”

Independência política sem independência econômica

Inexistência de significativas mudanças sociais O modelo econômico da época colônia permaneceu intacto, produção agrária, monocultura, escravista e exportadora. A sociedade caracterizava-se basicamente pelos escravos e proprietários de terras donos de escravos. Nessas condições não é difícil de entender que os grandes beneficiados com a independência foram os grandes proprietários rurais, pois o estado brasileiro se organizou em função desse estado.

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EXERCÍCIOS DE AULA

4)EsaEX- Analise as proposições abaixo sobre o processo de independência do Brasil, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa verdadeira, e a letra F quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência encontrada. ( ) A Proclamação da Independência foi cuidadosamente preparada por uma elite política de formação liberal-conservadora, cujo representante mais ilustre era José Bonifácio de Andrada e Silva.

( ) A condução do processo de emancipação política nas mãos de Dom Pedro pretendia evitar que a proposta republicana conquistasse apoio popular e garantir que os grandes proprietários rurais, senhores de escravos e comerciantes, fossem afastados do processo.

( ) A manutenção da escravidão revelava o caráter conservador e elitista do processo de independência, além de contrariar os princípios democráticos do novo regime.

( ) A Inglaterra foi o primeiro governo a reconhecer a independência do Brasil, que assinou um tratado se comprometendo a pagar uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas aos portugueses. Esse dinheiro seria obtido através de empréstimo, concedido pelos ingleses.

( ) Proporcionou a elaboração da primeira Carta Magna brasileira, promulgada em março de 1824, após acirradas disputas entre o Partido Português e o Partido Brasileiro.

(A) V ; F ; F ; V; F. (B) F ; V ; F ; F; V. (C) V ; V ; F ; F; V. (D) F; V ; V ; F; F.

RECORDANDO

1807- Sob ameaça de invasão-franco-espanhola,

D. João e a Corte portuguesa fogem para o

Brasil.

1808-Chegada de D. João ao Brasil

Permissão para estabelecimento de

fábricas e manufaturas no Brasil.

1809 _17- Domínio sobre a Guiana Francesa

1810- Tratado entre Portugal e Inglaterra,

privilegiando a ultima.

1811- Anexação de Províncias Cisplatina ( Atual

Uruguai)

1815- Elevação do Brasil e Reino Unido de

Portugal e Algarves.

1816- Chegada da Missão Artística Francesa.

1820- Revolução Liberal do Porto, em Portugal.

1821- Retorno de D. João VI a Portugal

1822- O Dia do Fico 9/1/1822

D. Pedro proclama a Independência do

Brasil

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(E) V ; F ; F ; F; F. OBS______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5) UFOP 2009/1 Identifique as principais peculiaridades do processo de Independência no Brasil (1808-1822) em comparação ao processo de independência da maioria dos outros países latino-americanos. OBS______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

BRASIL IMPÉRIO AULA 11- O PRIMEIRO REINADO 1822-31

“Quero uma constituição digna do Brasil e de mim” O Primeiro Reinado caracterizou-se por ser um período de transição. Foi marcado por uma aguda crise econômica, financeira, social e política. A efetiva consolidação da independência do Brasil só ocorreria a partir de 1831, com a abdicação de D. Pedro. Havendo eu convocado como tinha direito de convocar, a Assembléia Geral Constituinte e Legislativa, por decreto a fim de Salvar o Brasil dos perigos que lhe estavam eminentes e havendo a mesma assembléia perjurado ao tão solene juramento que prestou a nação a defender a integridade do Império, eu como defensor perpetuo do Brasil e Imperador dissolvo a Assembléia. O texto acima é a reprodução do Decreto de D. Pedro I dissolvendo a Assembléia Nacional Constituinte de 1823. Ao dissolução da constituinte controlada pelos representantes da aristocracia rural, provocou o rompimento entre o jovem imperador e o partido brasileiro e a aproximação com o partido português, cuja política é favorável ao absolutismo de D. Pedro I e recolonização do Brasil. Considerações sobre a independência. Os maiores beneficiados com a independência foram os grandes proprietários brasileiros e a Inglaterra. A elite brasileira que participou do processo de independência desejava um sistema de governo autônomo com alguns traços liberais, mas sem alterar a estrutura socioeconômica interna. Ou seja, escravidão, latifúndio, monocultura, e produção voltada para exportação. A liderança do processo de Independência

*Aristocracia rural *Burocracia

A liderança do processo de independência pertenceu à aristocracia rural e apoiaram o rompimento com Portugal para anular as medidas retroativas adotadas por D. João VI. Reação na Bahia e Grão Pará

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A independência não foi aceita imediatamente por todos. Desencadearam-se lutas praticamente em todo o território nacional. Principalmente na Bahia e Grão Pará, onde o número de interesses vinculado a Portugal era maior.

Divisão Partidária no 1º Reinado Partido Brasileiro * Conservadores e Liberais Rompidos os laços com a metrópole, tornava-se necessário organizar o Estado Brasileiro: Criar ministérios, elaborar leis e forjar um exército. O partido brasileiro estava dividido entre conservadores e a liberal. Partido conservador: Liderado pelos irmãos Andradas (José Bonifácio, Antônio Carlos), Pretendiam um governo fortemente centralizado.Com uma monarquia de amplos poderes e assessorada por um ministério. Partido liberal: defendem uma monarquia constitucional que restringe o poder do monarca, favorável à liberdade de expressão e de iniciativa, descentralização administrativa e ampla autonomia às províncias Partido Português: Retorno do Colonialismo

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A constituição da Mandioca 1823 D. Pedro abre o trabalho da Assembleia Constituinte para a realização de uma constituição. Afastando os liberais da Assembleia ele esperava uma constituição que centraliza o poder em suas mãos. Rompimento com os Andradas D. Pedro ainda nesse contexto da anistia inimigos da família Andradas, iniciando desentendimentos que resultaria na demissão de José Bonifácio. Os Andradas agora entram na luta para limitar os poderes de D. Pedro. Projeto da Constituição da Mandioca Em setembro de 1823, Antônio Carlos apresentou um projeto de constituição que determinava:

*Inteligibilidade de estrangeiros *Restrição dos poderes do imperador *Garantia da liberalização econômica *Mantinha a escravidão *Voto censitário O elitismo ficava claro, para votar o cidadão deveria ter uma renda anual equivalente a 150 arqueiros de mandioca. Esse projeto passou a ser conhecido como constituição da mandioca, produto que servia como calculo de riqueza das pessoas que participavam na vida política da nação. Constituição de 1824 Dissolução da constituinte e outorgada a constituição de 1824 O projeto de Antônio Carlos estava em discussão quando D. Pedro determinou a dissolução da assembleia Nacional Constituinte. Diminuição dos poderes de D Pedro I Motivado pela decisão dos deputados de negar o poder do veto imperial sobre as leis criadas na assembleia. Noite da Agonia 11 de novembro de 1824 Apesar da dissolução da assembleia os deputados se recusaram a sair. Formação de um Conselho de Estado escolhido por D. Pedro. Afastamento de D. Pedro do Partido Brasileiro e aproximação do Partido Português que endossava suas tendências absolutistas. Afastava-se da oligarquia rural brasileira que havia realizado uma constituição liberal. Constituição outorgada de 1824 Mescla de ideais franceses e ingleses Rígida centralização do poder Governo Monárquico e hereditário Catolicismo como religião oficial Voto censitário e não secreto Divisão dos poderes Poder executivo: Imperador e ministros nomeados por D. Pedro.

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Poder legislativo: deputados e senadores nomeados por D. Pedro. Poder Judiciário: Supremo Tribunal de Justiça Poder Moderador: Imperador e o Conselho de Estado. Poderes absolutos

a D. Pedro. Essa constituição terminou por descontentar todos os setores da sociedade brasileira. Apenas o Partido brasileiro se entusiasmava com as divergências entre o Imperador e os brasileiros. Confederação do equador 1824 : O descontentamento resultante da Carta outorgada em 1824 foi claramente manifestado em Pernambuco, onde reinava um clima revolucionário semelhante ao ano de 1817, quando eclodiu a revolução Pernambucana. Passados 7 anos desde a Insurreição Pernambucana o setor açucareiro continuava em crise. e durante o período que separou as duas revoluções sedimentaram-se as ideias liberais, como a republica, o federalismo e a abolição da escravidão.

Favorecendo as intenções lusitanas de recolonizarão, eliminando a representação popular, restringindo até a participação da aristocracia rural, a carta de 1824 fez explodir as contradições internas. Substituição da junta democrática e Independente de Pernambuco.

Essa junta foi substituída por uma mais conservadora pelo ministro José Bonifácio. Isso gerou uma reação popular e rompimento com o poder central.

* Cipriano Barata e Frei Caneca. A partir de então os liberais liderados por Frei Caneca e Cipriano Barata veteranos de 1817 exigiam federalismo e

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republica. Em 2 de julho de 1824 Pais de Andrada Proclama a confederação do equador nome derivado pela proximidade a linha do equador. Pará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí aderem ao movimento.

Publicou-se um manifesto a outras províncias do norte e nordeste. Constituição da Colômbia. A Confederação do Equador adotou um regime

Republicano e utilizou a Constituição da Colômbia. Abolição do tráfico de escravos: Afastamento da aristocracia rural e

organização do poder central para extinguir o movimento. Empréstimo a Ingleses e contratação de mercenários. Dissolução do

movimento e prisão e morte de seus lideres. Execução de Frei Caneca em 1825. Perda de prestígio de D. Pedro.

Reconhecimento Externo da Independência

Era fundamental que o Brasil fosse aceito internacionalmente como nação independente. A necessidade não era só política mas também econômica. Doutrina Monroe: Estados Unidos Favoráveis a independência brasileira.

Em 1823 o Presidente James Monroe contribui para isso, pregando os princípios da intervenção e da não colonização na economia. “ América para os Americanos”

Santa Aliança defende colonialismo. Formada na Europa após a queda

do Império Napoleão. Um acordo entre os países mais conservadores que opunham a independência de qualquer colônia. Defendendo o absolutismo e colonialismo. As jovens republicas não aceitavam a independência do Brasil, pois eram contrários a monarquia.

Inglaterra combate tráfico negreiro. Os ingleses interessava a

manutenção dos vantajosos tratados comerciais de 1808 e 1810 assinados por D. João VI. Porem a questão da escravidão incomodava. Isso porque o trabalho escravo tornava o açúcar brasileiro mais barato que o inglês no mercado internacional sendo uma ameaça a produção das colônias inglesas.

Inglaterra se torna a mediadora nas negociações de independência

Ate mesmo Portugal, financeiramente abalado não tardou em reconhecer a Independência do Brasil após o pagamento de 2milhões de libras. A Inglaterra emprestaria o dinheiro ao Brasil que pagaria a Portugal e este pagaria a divida com os Britânicos. Desse modo o dinheiro nem se quer saiu dos cofres ingleses. Privilégios comerciais aos ingleses

Em 1827 foi assinado um tratado que entre varias clausuras estabelecia a extinção do trafico negreiro o mais tardar em 1830.

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Tarifas alfandegárias preferenciais a produtos ingleses sem oferecer ao Brasil qualquer compensação. Artigos brasileiros similares aos produzidos nas colônias inglesas não entrariam nas colônias inglesas.

O declínio do Primeiro Reinado Dom Pedro se torna impopular: Os produtos ingleses inundam a colônia,

declínio da produção de açúcar brasileiro, crise das exportações brasileiras, juros de empréstimos a Inglaterra. D. Pedro não consegue tirar o país dessa situação.

Eclode a Questão Cisplatina: A provincial da Cisplatina anexada ao

território no período Joanino, sempre lutou por sua independência. Em 1825 a região se torna independente e incorporada à Argentina. A antiga província após conflitos adotou o nome de República Independente do Uruguai em 1828 conquistada sua independência.

Abdicação de D. Pedro Dissolução da Assembleia Nacional Constituinte Aproximação com os portugueses Repressão à Confederação do Equador Crise econômica A questão da Cisplatina Envio de recursos brasileiros para Portugal. D. Miguel irmão de D. Pedro reivindicou o trono para se dando início a uma

guerra civil. D. Pedro passou a utilizar verbas brasileiras para manter sua filha no trono português.

Oposição da imprensa: Assassinato de Libero Badaró. Apesar e não existir ligação comprovada do imperador, o episodio não foi bem apurado pelos responsáveis.

12 de março de 1831 Noite das Garrafadas Após uma viagem para Minas Gerais, na qual o Imperador foi muito mal recebido, ele voltou para o Rio de Janeiro. No Rio de Janeiro os Portugueses organizaram uma grande recepção para o Imperador. Mas os brasileiros irritados com a honraria entraram em choque com os portugueses. Ministério dos Brasileiros: Medida conciliatória. Veio tardiamente e foi

substituído. Não conseguiu conter as manifestações populares. Ministério dos Marqueses: Integrado exclusivamente quase por

portugueses. Reação popular. Ate mesmo a guarda pessoal do Imperador aderiu ao movimento.

7 de abril de 1831 D. Pedro abandona o trono brasileiro. Não restava mais nada a fazer a não ser abdicar deixando seu filho de 5 anos sobre a tutela de José Bonifácio. O país sem um poder centralizado sofreria disputas violentas nas varias facções da Aristocracia, entremeadas por manifestações revolucionarias das camadas populares.

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EXERCÍCIOS DE AULA 6-UFV 2007-2009)

Observe as ilustrações acima: (Fonte: Nossa História, Rio de Janeiro, Ano I, n. 11, set. 2004, p. 23.) A figura da esquerda é reprodução de uma fotografia do monumento Estátua Equestre de D. Pedro I; a da direita é reprodução de uma caricatura, que foi

Recordando datas importantes 1822- Proclamação da Independência 1823- Dissolução da Assembléia Nacional Constituinte 1824- D. Pedro Outorga a Constituição Confederação do Equador 1825- Portugal reconhece a Independência do Brasil 1825-28 Questão da Cisplatina 1831- Abdicação de D. Pedro I

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publicada na Revista Ilustrada, em meados da década de1870. Na caricatura, D. Pedro I, sentado, pergunta ao país, representado por um índio: como vai você com a Independência? O representante do governo, atrás do país, “sopra” a resposta: Diga: bem, muito obrigado. Com base nas ilustrações e nas informações acima, assinale a afirmativa que evidencia a crítica ao regime monárquico contida na caricatura: a) O imperador D. Pedro I manipulava o governo no sentido de obscurecer as reais condições de vida da população. b) O imperador D. Pedro I proclamara a independência do país com o objetivo de melhorar as condições de vida da população brasileira. c) A Independência do Brasil não fora obra apenas do imperador D. Pedro I, mas de toda a população brasileira. d) A Independência do Brasil não fora capaz de promover a participação do povo nas decisões políticas do país. OBS______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7 ) UFV 2009) A Constituição outorgada por D. Pedro I em 1824 continha uma inovação institucional que seria decisiva para o funcionamento do sistema político imperial: o Poder Moderador. Seguindo as recomendações do jurista francês Benjamim Constant, a Constituição do Império introduzia um quarto poder, para além da clássica divisão entre executivo, legislativo e judiciário. A principal consequência da introdução do Poder Moderador na ordem política imperial foi: a) permitir que o Imperador servisse de árbitro aos conflitos entre liberais e conservadores, promovendo o revezamento das elites no poder. b) promover o desenvolvimento econômico, ao dar ao Imperador a iniciativa em diversas áreas de política econômica, como a promoção das ferrovias e da siderurgia. c) garantir a continuidade da escravidão até o final do Império, ao dar ao Imperador poder de veto a todas as iniciativas legislativas com relação ao regime servil. d) concentrar enormes poderes repressivos na Coroa, criando um regime semelhante aos regimes absolutos da Europa da era moderna. OBS______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

8) UNIFAL 2007/1 A primeira Constituição Brasileira, outorgada em 1824, apresentava uma novidade em relação às monarquias constitucionais existentes no Ocidente: a existência de um quarto poder, o Poder Moderador, idealizado pelo pensador liberal suíço Henri-Benjamim Constant de Rebecque, mas que na prática funcionava de maneira oposta à que ele havia concebido. Sobre as características do Poder Moderador criado pela Constituição de 1824, é CORRETO afirmar que ele assegurava: a) a liberdade de imprensa no país. b) o equilíbrio entre os demais poderes. c) a participação do povo nas eleições.

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d) o controle dos órgãos do Estado pelo Imperador. e) a igualdade de todos perante as leis. OBS______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

AULA 12- PERÍODO REGÊNCIAL (1831-1840)

“Adeus pátria, adeus amigos” O primeiro Reinado foi um período de transição, com os portugueses mantendo controle sobre as decisões políticas brasileiras, apoiados no absolutismo do Imperador. Tal situação era insustentável, tendendo a se resolver ou pela volta do colonialismo ou pela consolidação definitiva da independência política nacional. A revolta de 7 de abril de 1831 consolidou a segunda alternativa. Não sendo possível dirigir-me a cada um dos meus verdadeiros amigos para me despedir e agradecer ao mesmo tempo os obséquios que me fizeram. Eu me retiro para a Europa saudoso da pátria dos filhos e de todos os meus verdadeiros amigos. Ao deixa-los para sustentar a honra não pode haver mais gloria.

A carta de despedida de D. Pedro I é um dos documentos históricos que assinalaram o triunfo do partido brasileiro sobre o partido português e a passagem do primeiro reinado ao período regencial. Esse período conturbado de nossa historia é marcado pelas lutas entre restauradores, exaltados e moderados, assim como pelas rebeliões provinciais que colocaram em risco a integridade territorial e política do país, encerrou-se 1840, com o golpe da maioridade, e o início do segundo reinado. O povo e a Aristocracia rural

Para o povo a independência pouco mudou suas vidas. Assim o lamento de um governo que não mudou em nada suas vidas. A ascensão da oligarquia rural: O período Regencial significou a ascensão da oligarquia rural. A aristocracia rural passou a organizar a sociedade brasileira conforme seus interesses. Alteração na constituição de 1824: Em 1831 iniciaram as modificações na constituição de 1824, procurando proteger os proprietários rurais de futuras tentativas absolutistas. Estas medidas visavam principalmente a descentralização do poder Agitação popular: Frear a agitação popular instigada pela aristocracia rural não seria fácil. Assim foi intensa as manifestações populares em favor de mudanças e contrarias ao regime.

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Correntes Políticos no Período Regencial

Partido brasileiro *Partido moderado (Chimangos): Representavam a aristocracia rural.

Monarquia Moderada e centralização administrativa e controlaram o poder durante a regência. Evaristo da Veiga, Padre Antônio Feijó. * Partido exaltado (Farroupilha): Reivindicavam autonomia para as

províncias expressavam o interesse dos setores urbanos ligados a jornais. Borges da Fonseca Partido Restaurador (Caramurus): Liderado pelos irmãos Andradas tinham

como principal objetivo o retorno de D. Pedro. Entretanto a morte precoce do Imperador em 1834 determinou o fim da corrente. Regências Trinas (1831- 1835) Constituição prevê ume regência trina: A constituição de 1824 previa a

eleição de três membros para formarem uma regência, caso o imperador estivesse impossibilitado de governar.

Abril 1831- Formação de uma regência trina provisória: Integrada pelos

senadores Nicolau de Campos e José Joaquim de Campos e por Francisco de Lima e Silva

*Lei regencial Limitava o poder dos regentes. Os regentes não podiam dissolver as câmaras protegendo o legislativo de qualquer investida do executivo. 1831- Criação da Guarda Nacional: Os membros eram recrutados

pelos eleitores. Formada por pessoas de posse transformou-se na principal força repressiva da aristocracia rural. *Instrumento de repressão da aristocracia rural contra exaltados e restauradores * Reprimir constantes manifestações

O objetivo desse organismo paramilitar era reprimir as constantes manifestações promovidas por exaltados ou por restauradores, tendo em 1831 reprimindo rebeliões no Rio de Janeiro e Pernambuco. Padre Feijó era seu comandante. Junho1831-35 Formação da regência trina permanente: Composta por Jose da Costa, Bráulio Muniz e Brigadeiro Lima e Silva.

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1832- Promulgado o código do processo penal: Atribuía aos municípios ampla autonomia judiciária. Sendo Juízes de pais eleitos pela população local. *Ampla autonomia judiciária aos municípios Entretanto a autonomia municipal foi utilizada para garantir a imunidade da aristocracia rural. *Juízes de paz eleitos pela população local *Impunidade dos grandes senhores rurais 1834 Morte D. Pedro e desarticulação política partidária dos restauradores e destituição de José Bonifácio da Tutoria do Príncipe. Regência Ulna de Feijó (1835-7) Ato adicional de 1834: Conciliação dos interesses das três facções políticas Medidas: *Criação da Assembleia legislativa provincial *Extinção do conselho de estado *Concessão de maior autonomia as províncias *Substituição da regência trina pela regência ulna e eletiva Nas eleições para regente ulno Feijó saiu candidate dos moderados e venceu. Concessão de relativa autonomia as províncias Centralização do poder na figura do regente cerceando o conflito sobre a

ambiguidade do ato adicional. Eclosão de várias rebeliões 1837 Renúncia de Feijó

A Regência Ulna de Araújo Lima (1837- 40) Feijó renuncia em favor de Pedro Araújo Lima, político ultraconservador pela anulação das medidas descentralizadoras. O lema Regresso à Ordem e pregava o pleno estabelecimento da constituição de 1824. Criação dos paridos liberais e conservadores.

Os conservadores têm que aprovar a lei de interpretação do ato adicional, que por um lado centralizava o poder na figura do rente.

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O golpe da maioridade de D. Pedro II: Os liberais tentavam antecipar a maioridade de D. Pedro II para impedir os conservadores do retrocesso político A lei de interpretação do Ato adicional de 1834 foi aprovada em maio

de 1840 suprimindo a autonomia das províncias garantindo a centralização do poder e submetendo a Guarda Nacional a delegados nomeados por poder central. Em 1841 reformou-se o Código do Processo Penal, substituindo os

Juízes de Paz por delegados nomeados pela regência Restabelecimento do conselho do estado em 1841, extinto desde

1834. “Julgo político irmos arranhando no animo dos povos o amor a esse sujeitinho, porque so a essa ancora podemos nos agarrar.” A antecipação de D. Pedro II representava uma ameaça aos

conservadores e em abril de 1840 foi organizado o clube da maioridade, que resultou na emenda antecipando a maioridade de D. Pedro II. Aos 15 D. Pedro II assume a coroa sobre juramento. Quando se estabeleceu o golpe da maioridade já estava definido o panorama político do II reinado. Uma monarquia parlamentarista com dois grandes partidos. Partido liberal e partido conservador com bases ideológicas distintas.

EXERCÍCIOS DE AULA 9) UFMG 2009) O Reinado de D. Pedro II foi marcado por ações que demonstravam o interesse da Monarquia em estimular o crescimento intelectual da nação. Considerando-se essa informação e outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que, entre as principais ações nesse sentido, se destaca A) a criação de instituições de ensino – como a Escola de Minas de Ouro Preto, que, embora voltada à formação das elites, cumpriu importante função na pesquisa e na prospecção de minerais. B) a fundação do Museu da Inconfidência – um museu-escola –, que representou um ato de reparação aos mineiros pela perda, no processo de devassa da Inconfidência Mineira, de seus ilustres intelectuais. C) o financiamento da vinda da Missão Artística Francesa, que se propôs estimular e ensinar as mais diversas formas de expressão artística a artistas brasileiros. D) o resgate e proteção do Barroco Mineiro e, consequentemente, de Aleijadinho, seu principal representante como forma de valorização da produção cultural brasileira OBS______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

10) (MACKENZIE) Do ponto de vista político, podemos considerar o Período Regencial como: a) uma época conturbada politicamente, embora sem lutas separatistas que comprometessem a unidade do país;

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b) um período em que as reivindicações populares, como direito de voto, abolição da escravidão e descentralização política, foram amplamente atendidas; c) uma transição para o regime republicano que se instalou no país a partir de 1840; d) uma fase extremamente agitada com crises e revoltas em várias províncias, geradas pelas contradições das elites, classe média e camadas populares; e) uma etapa marcada pela estabilidade política, já que a oposição ao Imperador Pedro I aproximou os vários segmentos sociais, facilitando as alianças na Regência. OBS______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

11) (UMC) O Golpe da Maioridade, datado de julho de 1840 e que elevou D.

Pedro II a imperador do Brasil, foi justificado como sendo: a) uma estratégia para manter a unidade nacional, abalada pelas

sucessivas rebeliões provinciais; b) o único caminho para que o país alcançasse novo patamar de

desenvolvimento econômico e social; c) a melhor saída para impedir que o Partido Liberal dominasse a política

nacional; d) a forma mais viável para o governo aceitar a proclamação da República

e a abolição da escravidão; e) uma estratégia para impedir a instalação de um governo ditatorial e

simpatizante do socialismo utópico. OBS______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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AULA 13- PANORAMA DAS REBELIÕES REGENCIAIS

A Emancipação política só estaria concluída com a organização do Estado Nacional soberano. Uma vez rompidos os laços com Portugal era necessário organizar o Estado e definir claramente a classe social que teria hegemonia Grandes proprietários rurais exigem autonomia política e administrativa. As camadas livres, mas não proprietárias interessavam as rebeliões, única

perspectiva de alterar o quadro social. As camadas sociais participaram de todas elas embora muitas vezes fossem manipuladas por todas elas.

Cabanagem (1835- 40)

A população pobre do Pará logo tomou consciência de que a independência não trouxera transformação social. Diante da revoltas populares a política repressora ampliou-se sendo todo suspeito de participação em agitações populares recrutado à força para servir nas tropas governamentais.

Execução do presidente da Província do Pará Alguns focos do conflito refluíram devido a proposta federalista contida no ato adicional. Na noite de 6 de janeiro de 1835, os cabanos população que vivia em cabanas as margens dos rios revoltaram-se dominando a capital e executando o presidente da província e autoridades. Proclamação da república em Belém. Sucessivas traições dos lideres do movimento e enfraquecimento do movimento. Repressão regencial: Enviada uma esquadra com um novo governador que aniquilou os revoltosos.

A guerra dos Farrapos (1835-45) A Guerra dos Farrapos também chamada Revolução Farroupilha foi a mais longa guerra civil brasileira. Seus promotores foram estancieiros e

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criadores de gado gaúchos, classe dominante do Rio Grande do Sul que queriam se separar do Brasil O movimento teve também causas econômicas. O Chico principal produto da região comercializado no mercado interno taxado de forma elevada, o que eu favorecia a concorrência com o chaco platino, privilegiado por baixas tarifas alfandegárias. Politicamente lutavam os chimangos e os farrapos. Estes pertenciam aos exaltados, na sua maioria republicanos e aqueles aos moderados, representavam a aristocracia rural favoráveis a monarquia. Em 1838, Bento Gonçalves principal líder farroupilha demonstrou sua indignação, exigindo a demissão do presidente da província. “A carne o couro e sebo, graxa alem de pagarem nas alfândegas do país o duplo dizimo de impludentes legisladores nos colocam neste momento na linha de povos extrangeiros, desnacionalizaram nossa província e de fato a separaram da comunidade brasileira.” Tentando se impor, rebelaram-se e teve início a revolta. O presidente da província exilou-se. Em fins de 1835 os rebeldes dominaram Porto Alegre e um ano mais tarde proclamaram a Republica e Piratini. Bento Gonçalves tornou-se o primeiro presidente, mas foi preso logo a seguir num combate. Conduzido à Bahia fugiu em 1837 retornando ao Rio Grande Do Sul. Onde reassumiu o comando das tropas farroupilhas.

Em 1839 o Italiano Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro chefiaram expedições militares que resultaram na conquista de Santa Catarina, Proclamando a Republica Juliana.

Em 1840, D. Pedro II assumiu o trono e, com intenção de estabilizar politicamente o país concedeu anistia a todos os revoltosos. Mais tarde o Barão de Caxias foi enviado para dominá-los. O general Caxias foi um hábil negociante, terras confiscadas foram devolvidas e revoltosos incorporados ao exercito. Foi também interceptado as transações com o Rio Grande do Sul. Acaba o conflito que durará quase 10 anos.

A Sabinada (1837-8) O medico Francisco Sabino liderou a Sabinada, movimento restrito a camada

nédia da população de Salvador. Seus lideres se recusaram a mobilizar as camadas populares com medo que o movimento se radicalize.

Em 1835 a revolta dos males comandada por escravos assustaram as camadas medias em razão das violências de suas propostas.

O motivo da rebelião foi a insatisfação com autoridades nomeadas pelo governo regencial, excessivamente centralizadoras e déspotas.

Em 1837os rebeldes proclamam a republica baiense em 1837. A repressão do governo central, entretanto foi violenta e a província separada foi reintegrada.

A repressão do governo central foi violenta e a província foi reintegrada. A Balaiada (1838-41) A balaiada, por sua vez foi um movimento de caráter popular que ocorreu no

Maranhão. Seus lideres foram Raimundo Gomes e Manuel Francisco fazedor de sexto chamados de balaios e Cosme líder negro de escravos foragidos.

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As camadas populares, impulsionadas pelas ideias liberais que circulavam entre alguns elementos das camadas médias, revoltaram-se contra a aristocracia rural local. Os rebeldes chegaram a tomar a cidade de Caxias no Maranhão e tentar implantar um governo próprio.

Entretanto devido à falta de unidade os Revoltosos foram controlados pelas tropas do poder central. Por vencer os balaios Luís Alves de Lima e Silva comandante das tropas recebeu o título Barão de Caxias.

EXERCÍCIOS EM AULA 12 EsaEX 2008) Relacione a coluna da direita com a da esquerda, identificando as situações e fatos que se referem às revoltas provinciais do período regencial e, a seguir, assinale a alternativa que contém a sequência correta. (A) 3 – 2 – 4 (B) 2 – 3 – 1 (C) 3 – 4 – 1 (D) 2 – 1 – 4 (E) 2 – 4 – 1 OBS________________________________________________________________________________________________________________________

GABARITO DOS EXERCICIOS EM AULA

Recordando

1831- Deposição do Imperador D. Pedro I

-Regência trina Provisória

-Criação da Guarda Nacional

1831-35 Regência trina Permanente

1832- Promulgação do Código de Processo Penal

1834- Promulgação do Ato Adicional

Morte de D. Pedro I em Portugal

1835-37 Regência Ulna de Feijó

1837- 40 Regência Ulna de Araujo Lima

1840- D. Pedro II coroado Imperador

1) C

2) A

3) A

4) E

5) ABERTA

6) D

7) A

8)D

9) A

10) D

11) A

12)E

13)D

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1) UFV 2009) Com relação à América portuguesa, é CORRETO afirmar que foi decisivo(a) para o processo de interiorização da colônia: a) o apresamento e a busca de minerais preciosos através das bandeiras. b) a transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro. c) a resistência dos colonos ao domínio holandês em Pernambuco. d) o incentivo à cultura de cana-de-açúcar no interior do Nordeste. 2) UFV 2009) Sobre o processo de unificação política e territorial da Itália e Alemanha, ocorrido na segunda metade do século XIX, é CORRETO afirmar que: a) a unificação da Alemanha recebeu apoio da França, que pretendia diminuir a influência econômica e a ameaça militar da Rússia na região. b) as burguesias nacionais da Alemanha e da Itália não apoiaram os movimentos de unificação, pois temiam uma diminuição do mercado interno e das exportações de seus produtos para os países contrários à unificação. c) a unificação italiana ocorreu em torno da monarquia piemontesa, e abriu um período de conflito intenso com o papado. d) o processo de unificação foi sendo conduzido pelos Estados mais industrializados de cada uma dessas regiões, a saber: a Sicília, na Itália, e a Prússia, na Alemanha. 3- UFV 2009) A Constituição outorgada por D. Pedro I em 1824 continha uma inovação institucional que seria decisiva para o funcionamento do sistema político imperial: o Poder Moderador. Seguindo as recomendações do jurista francês Benjamim Constant, a Constituição do Império introduzia um quarto poder, para além da clássica divisão entre executivo, legislativo e judiciário. A principal consequência da introdução do Poder Moderador na ordem política imperial foi: a) permitir que o Imperador servisse de árbitro aos conflitos entre liberais e conservadores, promovendo o revezamento das elites no poder. b) promover o desenvolvimento econômico, ao dar ao Imperador a iniciativa em diversas áreas de política econômica, como a promoção das ferrovias e da siderurgia. c) garantir a continuidade da escravidão até o final do Império, ao dar ao Imperador poder de veto a todas as iniciativas legislativas com relação ao regime servil. d) concentrar enormes poderes repressivos na Coroa, criando um regime semelhante aos regimes absolutos da Europa da era moderna. 4-UFV 2009) Observe a figura. A imagem apresentada no frontispício da edição de 1651 do Leviatã de Thomas Hobbes representa diversos aspectos da ordem política moderna europeia. A alternativa que CORRETAMENTE identifica uma das características representadas pela imagem a respeito do Estado Moderno europeu é

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: a) a natureza divina do poder real, com a consequente submissão ao poder universal do papado e das autoridades eclesiásticas. b) a preponderância das demandas oriundas das organizações locais urbanas e rurais, subordinando a autoridade dos reis. c) o papel de árbitro desempenhado pelo monarca diante dos diversos corpos e órgãos formadores da sociedade política. d) a fragmentação da soberania régia e sua submissão ao poder e aos interesses da aristocracia encastelada nas cortes régias. 5-UFV 2009) Observe o mapa abaixo:

(LOPEZ, Robert S. A revolução Comercial da Idade Média, 950-1350. Lisboa: Editorial Presença, 1986. p. 123.) O mapa retrata as rotas marítimas utilizadas pelos comerciantes europeus durante o período medieval. No entanto, alguns dos principais caminhos empregados pelo comércio no interior da Europa eram terrestres.

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Assinale a opção que identifica CORRETAMENTE a principal rota comercial terrestre europeia da Idade Média: a) Caminho de Santiago de Compostela. b) Rota das feiras de Champanhe. c) Carreira das Índias. d) Hansa Teutônica 6- UFV 2007) A primeira Constituição Brasileira, outorgada em 1824, apresentava uma novidade em relação às monarquias constitucionais existentes no Ocidente: a existência de um quarto poder, o Poder Moderador, idealizado pelo pensador liberal suíço Henri-Benjamim Constant de Rebecque, mas que na prática funcionava de maneira oposta à que ele havia concebido. Sobre as características do Poder Moderador criado pela Constituição de 1824, é CORRETO afirmar que ele assegurava: a) a liberdade de imprensa no país. b) o equilíbrio entre os demais poderes. c) a participação do povo nas eleições. d) o controle dos órgãos do Estado pelo Imperador. e) a igualdade de todos perante as leis. 7- UFV 2007) Na segunda metade do século XVIII, durante a administração de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, foram adotadas medidas pelo governo português no sentido de aumentar o controle e a agilidade do governo colonial. NÃO constitui medida adotada por Pombal: a) a extinção oficial do antigo sistema de capitanias hereditárias. b) a revogação da lei que proibia a existência de manufaturas. c) a transferência da capital da Colônia de Salvador para o Rio de Janeiro. d) a criação da Administração Geral dos Diamantes. e) a elevação do Brasil à categoria de Vice-Reinado. 8- UFV 2007) Após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos e outros países industrializados passaram por um período de crescimento econômico que, aliado aos avanços da ciência e da tecnologia, estimulou a produção de bens de consumo. Esta expansão econômica veio associada ao desenvolvimento de um novo conceito de Estado, concebido para garantir não apenas os direitos políticos. O termo que exprime esse novo conceito de Estado é: a) Estado de Bem-estar Social. b) Estado Absolutista. c) Estado Liberal. d) Estado Totalitário. e) Estado Socialista 9- UFV 2007) Em 1969, centenas de milhares de pessoas se reuniram em uma fazenda no interior do Estado de Nova York (EUA), no Festival de Woodstock, entre as quais Jimmy Hendrix, Joan Baez, Ravi Shankar e The Who. Este festival foi considerado um marco do movimento conhecido como contracultura. Sobre este movimento,

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é CORRETO afirmar que: a) apoia a intervenção armada nos países do Terceiro Mundo. b) defende o rock da influência exercida pela música erudita. c) valoriza as manifestações da cultura nacional. d) condena o cultivo de produtos transgênicos. e) questiona valores centrais instituídos na cultura ocidental 10- UFV 2007) Ao longo da vigência do regime militar no Brasil (1964-1985), os períodos conhecidos como “distensão” e “abertura” apresentaram alguns fatos significativos, tais como: 1. intensa propaganda ufanista, que passava a imagem de um Brasil despertando para o mundo, como um país do futuro, com investimentos em grandes obras, como a Transamazônica e a Ferrovia do Aço. 2. concessão de anistia aos exilados que haviam sido acusados ou condenados por crimes de caráter político e a revogação do Ato Institucional no 5 (AI-5). 3. ação repressora aos grupos militares da chamada “linha dura”, que agiam contra os opositores do regime, além do agravamento da situação da dívida externa, que se tornou crítica. 4. ocorrência do chamado “milagre econômico brasileiro”, caracterizado por um grande crescimento da economia e pela disponibilidade de capitais estrangeiros para investimentos no país. 5. criação da figura dos chamados “senadores biônicos”, extensão do mandato presidencial para seis anos e, a partir de 1982, das eleições diretas para governadores, entre outras reformas políticas. Assinale a alternativa que apresenta os fatos CORRETOS: a) 1, 2 e 5. b) 2, 3 e 4. c) 1, 4 e 5. d) 1, 3 e 4. e) 2, 3 e 5. 11- UFV 2007) Mohandas Ghandi, também conhecido como Mahatma (grande alma), nasceu na Índia em 1869. Após formar-se advogado em Londres, Ghandi trabalhou na África do Sul até 1914, quando retornou ao seu país. A partir daí, tornou-se o grande líder do movimento de emancipação da Índia em relação ao domínio inglês, que viria a se concretizar em 1947. Sobre a luta pela independência e a construção da soberania indiana, assinale a afirmativa INCORRETA: a) O movimento de emancipação da Índia terminou com a recusa do país em integrar a Comunidade Britânica e, consequentemente, o seu alinhamento com a União Soviética. b) A estratégia de luta utilizada por Ghandi e seus seguidores baseava-se em dois princípios: o da não-violência e o da desobediência civil. c) A divisão entre hindus e muçulmanos foi um pretexto utilizado pelo governo inglês para dividir o território de sua ex-colônia em dois países: Índia e Paquistão. d) O boicote aos produtos ingleses também foi uma das práticas adotadas por Ghandi, que se vestia com roupas indianas tradicionais.

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e) A Inglaterra permitia a atuação de partidos contrários ao seu domínio na Índia, como o Partido do Congresso, desde que legalizados. 12- UFV 2009) Com relação à I Guerra Mundial, NÃO representa uma de suas consequências: a) o fim da hegemonia econômica européia sobre o mundo, superada pelo crescimento do capitalismo norte-americano. b) o incremento na industrialização de países latino-americanos, diminuindo a dependência das importações de produtos industriais. c) a reestruturação das forças políticas européias, com o enfraquecimento da Alemanha, penalizada com as medidas do Tratado de Versalhes. d) a falência da Organização das Nações Unidas, que não conseguiu impedir o aparecimento de regimes nazifascistas na Europa. 13- UFV 2009) A Guerra de Secessão norte-americana (1861-1865) teve um conjunto de conseqüências para a sociedade e a economia dos Estados Unidos da América do Norte. NÃO constitui uma dessas consequências: a) a intensificação da Revolução Industrial. b) o fortalecimento das relações escravistas em todo o país. c) o incremento da imigração e da conquista do Oeste. d) a formação de associações racistas como a Klux-Klux-Klan 14-UFV 2009) Em 1892 Arthur de Azevedo escreveu a revista teatral O Tribofe, que, com ironia e sarcasmo, representava o agitado ambiente da nova república brasileira no ano de 1891. Em um de seus trechos, o coro declamava versos que faziam referência ao Encilhamento: Tivemos a “Frigorífica”, A “Mineira Pastoril”, E também a “Gordorífica Industrial e Mercantil”, “Manufatora de Lenha”, “Produtos de Papelão”; E muitas cuja resenha Seria uma amolação. Eu de ver já me não privo Em letras grandes até: “Companhia do Olho-Vivo, Rói-a-Corda e Passa o Pé.” (AZEVEDO, Arthur. O tribofe. Revista fluminense do ano de 1891. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: Casa de Rui Barbosa, 1986. p. 69.) É CORRETO afirmar que o Encilhamento foi: a) um desdobramento da depressão econômica que se seguiu à quebra da bolsa de Nova Iorque, fazendo com que a economia mundial fosse profundamente afetada. b) uma expansão econômica promovida pelos investimentos estrangeiros, possíveis graças à estabilidade do regime republicano. c) um processo especulativo que se expandiu para os empreendimentos industriais, gerado pela prosperidade da lavoura cafeeira.

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d) um resultado da orientação econômica definida por Rui Barbosa como Ministro da Fazenda, permitindo emissões monetárias por vários bancos. 15- UFV 2009) Na Grécia, o Período Homérico ou pré-clássico tem como característica importante: a) a implantação do sistema democrático de governo nas principais cidades-estado. b) o avanço da influência helenística na região do Oriente Próximo. c) a organização das cidades-estado em confederações, como a Liga de Delos. d) o predomínio de uma economia agrária e de uma sociedade de caráter patriarcal. 16- UFMG 2009) O ano de 1848 ficou célebre em razão da onda de revoluções que varreu, então, a Europa evento denominado Primavera dos Povos. O objetivo maior dos revolucionários de toda parte era alcançar a liberdade e combater a opressão; em algumas regiões, porém, as palavras de ordem reivindicavam, também, o fim do jugo estrangeiro, ou seja, demandavam autonomia para as nações. Considerando-se os eventos ocorridos em 1848 e suas consequências, é CORRETO afirmar que, A) na Alemanha, se instalou, com sucesso, uma República parlamentar, que aboliu as instituições imperiais e consolidou a unidade do país. B) na França, se proclamou, outra vez, a República, mas Luís Napoleão Bonaparte, o presidente eleito, instituiu, por meio de um golpe, o II Império. C) na Inglaterra, uma série de greves gerais colocou em xeque a Monarquia, que precisou recorrer à Lei Marcial para recobrar a ordem. D) na Rússia, os revolucionários ocuparam o poder durante alguns meses, o que provocou reação sangrenta e guerra civil. 17- UFMG 2009) Considerando-se a crise econômica mundial iniciada, em 1929, com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, é CORRETO afirmar que A) a Alemanha sofreu impacto imediato e violento desse evento, em razão dos laços econômicos estreitos que vinha mantendo com os Estados Unidos. B) a escassez de matérias-primas e de crédito, entre outras causas do crash norte-americano, muito contribuiu, na época, para alimentar a espiral inflacionária. C) a URSS foi um dos países atingidos por esse evento, pois a recessão no mundo capitalista prejudicou as exportações de petróleo do país. D) os países da América do Sul sentiram os efeitos desse evento, devido à repatriação do capital estrangeiro anteriormente investido nessa região. 18- UFMG 2009) Os anos posteriores à Segunda Guerra Mundial foram tensos entre as grandes potências mundiais. Considerando-se a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o Pacto de Varsóvia, criados nesse período, é CORRETO afirmar que: A) a OTAN visava a apaziguar os conflitos relacionados à divisão da cidade de Berlim, bem como a proteger os países sob sua influência econômica das ameaças de invasão externa e de conflitos militares.

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B) ambos desenvolveram políticas que incentivaram a chamada corrida armamentista, que, durante o período da Guerra Fria, colocou o Planeta sob a ameaça de uma guerra nuclear. C) ambos foram estabelecidos, simultaneamente, para defender os interesses dos países que disputavam, após a Segunda Guerra, uma reordenação dos espaços europeu e americano. D) os países signatários do Pacto de Varsóvia se aliaram e, para defender seus interesses financeiros, formaram um bloco econômico, a fim de competir com a Alemanha, a Inglaterra e os Estados Unidos 19- UFMG 2009) Considerando-se os fatores que contribuíram para a longevidade do regime militar no Brasil, é CORRETO afirmar que foi de grande relevância: A) a combinação entre a ordem constitucional, amparada pela Constituição de 1967, e a arbitrariedade, expressa em sucessivos Atos Institucionais. B) a manutenção de um sistema político representativo, com eleições indiretas em todos os níveis, exceto para a Presidência da República. C) o desenvolvimento econômico-social do País, acompanhado de um constante crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). D) o rodízio de lideranças políticas entre as Forças Armadas, por meio de eleições indiretas no âmbito do Comando Supremo da Revolução. 20 UNIFAL-MG 2008) Foi no governo Kubitschek que se consagrou, definitivamente, o vocábulo “desenvolvimentismo”, como já salientou o escritor Antônio Callado. Antes de JK falava-se em “fomento” e em “fomentar o desenvolvimento”. Juscelino teria sido o inventor da palavra, cuja mística ficou, na história contemporânea, inarredavelmente vinculada ao seu nome. Até hoje, qualquer sinal de modernidade ou de “espírito realizador” — associado a um certo otimismo e às virtudes de conciliação política – costuma ser identificado como traço de um “juscelinismo” redivivo. BENEVIDES, M. V. O Governo Kubitschek: A esperança como fator de desenvolvimento. In GOMES, Ângela de Castro. (Org.) O Brasil de JK. 2ª ed. RJ. Ed. FGV, 2002. p. 22. Considere o texto apresentado, o período do governo Kubitschek e marque a alternativa correta. A) Nos cinco anos de governo Kubitschek, que promoveu enormes mudanças na economia e na sociedade brasileiras, a formulação de políticas econômicas foi intensa e contou com capitais vindos do exterior. Esse recurso ao capital externo foi um dos elementos que diferenciaram a política econômica de Juscelino da política “nacionalista” implementada no governo de Getúlio Vargas. B) O populismo do governo Kubitschek diferenciou-se dos populismos de Vargas e de Jânio Quadros ao promover, em conjunto com a UDN, um “contragolpe preventivo” contra seus opositores, restringindo a liberdade de imprensa e de partidos políticos oposicionistas, entre eles o PCB. C) A política “desenvolvimentista” do governo Kubitschek voltou-se para o fortalecimento da indústria rural de produtos primários, investiu recursos públicos no campo, incentivou o agronegócio com financiamentos subsidiados

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para pequenos e grandes produtores e recriou, dessa forma, a ideia da “eterna vocação agrícola” brasileira. D) O “desenvolvimentismo” de Kubitschek, ao privilegiar capitais e indústrias estrangeiras, provocou a desnacionalização da economia e impediu, com isso, a criação de uma “burguesia nacional”. 21 UNIFAL-MG 2008) Leia o texto a seguir. “Ouviram do Ipiranga, às margens plácidas/de um povo heróico o brado retumbante”. Nunca, antes, em sua história de 430 anos completados ontem, São Paulo viu algo igual — centenas de milhares de pessoas transbordando da praça da Sé, para todos os lados, horas debaixo de chuva, num grito uníssono: “ELEIÇÕES DIRETAS PARA PRESIDENTE.” FOLHA DE SÃO PAULO, 20 textos que fizeram história. 1ª ed. SP. Publicação da Empresa Folha da Manhã S/A. 1991. p. 140. A respeito dos acontecimentos políticos que marcaram os cinco primeiros anos da década de 1980 no Brasil, pode-se afirmar que I - a mobilização popular na campanha pelas eleições diretas para presidente e em defesa da emenda constitucional das “Diretas-Já” (emenda “Dante de Oliveira”), apesar de levar às ruas e praças do país milhões de pessoas na luta contra a ditadura militar, foi derrotada pelo Congresso Nacional. II - as manifestações pelas “Diretas Já”, ocorridas em diferentes praças públicas do Brasil, conseguiram aglutinar forças políticas diversas em um só partido político, chamado de “Aliança Nacional”. O mais significativo encontro entre personalidades políticas dessa “Aliança” ocorreu no comício da Praça da Sé, em São Paulo, onde Paulo Maluf (ex-PDS) e Ulisses Guimarães (ex-MDB) prometeram governar conjuntamente o país, caso a emenda “Dante de Oliveira” fosse aprovada. III - mesmo com a derrota da emenda “Dante de Oliveira”, o grupo político da “Aliança Democrática” que mais se identificou com o movimento das “Diretas Já” conseguiu eleger Tancredo Neves para presidente, por meio do “Colégio Eleitoral”, em eleição indireta. IV - a derrota da emenda “Dante de Oliveira” marcou um retrocesso para a democracia no Brasil, uma vez que a exposição pública de líderes, que estavam na ilegalidade, tais como Fernando Henrique Cardoso e Lula, facilitou a repressão por parte dos militares e fez aumentar o número de prisões políticas no período. Marque a alternativa que apresenta apenas informações corretas. A) II e III B) I, III e IV C) II e IV D) I e III 22 UNIFAL-MG 2008) Leia o trecho a seguir. O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto: deve acreditar-se que ele vê melhor, e que deve

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obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para a sedição. BOSSUET, Jaques-Bénigne. Bispo de Meaux, 1627-1704. Política tirada da Sagrada Escritura. In FREITAS, G. de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano Editorial, s/d. p. 201. Considerando os princípios que legitimavam o regime monárquico absolutista, é correto afirmar que, segundo Bossuet A) a autoridade do rei é sagrada, pois ele age como ministro de Deus na terra. B) a soberania real deve ter limites, pois ela pode provocar sedições. C) todo o Estado está concentrado na pessoa do rei, que deve se manter neutro diante dos conflitos sociais. D) as leis e os indivíduos são soberanos em relação ao rei e ao Estado 23 UFV 2008-2010 As sociedades gregas passaram por diversas fases que incluem costumes rurais e urbanos. É marcante nos estudos sobre a Grécia Antiga a emergência da Polis e todo o complexo de organização que esta estrutura requeria. No entanto, as sociedades gregas também podem ser entendidas por meio de sua concepção mitológica, científica e filosófica. Sobre o pensamento na Grécia Antiga, é CORRETO afirmar: a) Os hábitos das sociedades gentílicas passaram a fazer parte do imaginário grego e permitiram que, no apogeu da Polis, os cidadãos remetessem seus valores às formas antigas de organização política. b) As comunidades de formação gentílica que se firmavam na figura do chefe do clã, o basileus, são próprias do período chamado clássico, no qual a política e a filosofia estavam em processo de ascensão. c) As narrativas mitológicas, que tratavam de conflitos entre deuses e titãs, são coerentes com as teorias filosóficas sobre a origem do universo e do homem, bem como das formações sociais gregas. d) Os relatos orais e escritos à época do chamado período Homérico explicavam as experiências religiosas e culturais de um tipo de sociedade agrária, mais que propriamente urbana e comercial. 24-UFV 2008-2010) Durante a proliferação da peste negra na Europa Medieval, jovens nobres, muitas vezes, se refugiavam em suas casas de campo a fim de levar uma vida menos atribulada, evitando o flagelo social das pequenas cidades européias. A novela de Giovanni Boccaccio, Decamerão, traduz não só o espírito dessa realidade, como também aborda a crise social durante a Baixa Idade Média. Leia o trecho a seguir: Afirmo, portanto, que tínhamos atingido já o ano bem farto da Encarnação do Filho de Deus, de 1348, quando, na mui excelsa cidade de Florença, cuja beleza supera a de qualquer outra da Itália, sobreveio a mortífera pestilência. Por iniciativa dos corpos superiores, ou em razão de nossas iniqüidades, a peste, atirada sobre os homens por justa cólera divina e para nossa exemplificação, tivera início nas regiões orientais, há alguns anos. Tal praga ceifara, naquelas plagas, uma enorme quantidade de pessoas vivas. Incansável, fora de um lugar para outro; e estendera-se, de forma miserável, para o Ocidente. (BOCCACCIO. Decamerão. São Paulo: Nova Cultural, 2003. p. 9.)

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Sobre a questão da peste negra ou bubônica, assinale a afirmativa INCORRETA: a) A peste negra tem íntima relação com o renascimento comercial, especialmente em cidades como Gênova e Veneza, em função da movimentação dos portos e da falta de saneamento nesses locais, embora a narrativa de Boccaccio centre em Florença. b) A frase “[...] tínhamos atingido já o ano bem farto da Encarnação do Filho de Deus, 1348 [...]” sugere que a proliferação da peste negra relaciona-se ao renascimento das cidades e ao crescimento da burguesia comercial, especialmente em Florença. c) O autor admite o perigo da proliferação da peste quando afirma “[...] e estendera-se, de forma miserável, para o Ocidente”, levando em conta que em sua concepção a epidemia partira dos portos do Oriente, principalmente de regiões mongólicas. d) A citação de Boccaccio sobre a cólera divina refere-se à proliferação da peste e está relacionada com o avanço das heresias medievais e com a radicalização dos instrumentos punitivos da Igreja Católica, cujo interesse e poder sobrepujaram a Providência 25- UFV 2008-2010 A criação do Governo Geral (1548) e sua posterior implantação (1549) alteraram o rumo da política na América Portuguesa. Dentre as mudanças verificadas após a instalação do Governo Geral, assinale a afirmativa CORRETA: a) Foram confirmadas a soberania e a autoridade da metrópole portuguesa em sua colônia americana. b) Foi encerrado o ciclo de pirataria e das invasões francesas e holandesas na América Portuguesa. c) Foram concedidas maior autonomia às Capitanias Hereditárias e mais soberania aos donatários. d) Foi dado grande incentivo às companhias de mineração, que resultaram na descoberta das Minas Gerais 26- UFV 2008-2010 A sociedade medieval, especificamente da Europa Ocidental, estava dividida por funções e posições sociais. Entre estas posições podemos destacar a do camponês, personagem muito conhecido em se tratando de Idade Média. Sobre a vida no campo, ou na gleba feudal, é CORRETO afirmar que o trabalho do camponês: a) favoreceu o aparecimento do burguês, já que em uma parte do tempo os camponeses trabalhavam em oficinas especializadas no campo. b) permitiu a produção em larga escala, a ponto de favorecer o comércio com regiões ao norte da Europa, na península escandinava. c) era intermitente e seguia tanto as regras da natureza quanto as ordens do senhor feudal, que determinava, inclusive, o pagamento dos impostos. d) levou à falência das manufaturas nas pequenas cidades, uma vez que os trabalhadores migravam para o espaço rural, abandonando o espaço de produção.

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27- ESAEX 2008) Em relação à Revolta da Vacina, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. Estava relacionada com o fracasso da campanha de saúde pública, liderada pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz, que não conseguia atender ao grande número de pessoas que buscavam os postos de vacinação. II. Estava relacionada com a remodelação da capital da República, a cidade do Rio de Janeiro, proposta pelo Presidente Rodrigues Alves, em 1902, que implicou na desapropriação de imóveis e no deslocamento dos seus moradores para os morros e bairros periféricos.

III. Estava relacionada à discriminação por parte dos órgãos de saúde pública que priorizavam a vacinação das pessoas que residiam em bairros nobres, em detrimento ao atendimento àquelas que viviam nos cortiços ou nos morros. (A) Somente I está correta. (B) Somente II está correta. (C) Somente I e II estão corretas. (D) Somente III está correta. (E) Somente II e III estão corretas. 28 EsAEx 2008) força política dos cafeicultores na Primeira República definiu, em grande medida, a política econômica daquele período. Analise as alternativas abaixo sobre este tema, colocando entre parênteses a letra “V”, quando se tratar de alternativa verdadeira, e a letra “F” quando se tratar de alternativa falsa e, a seguir, assinale a alternativa que contenha a sequência correta. ( ) A emissão de grandes somas de papel moeda sem lastro e o estabelecimento de sociedades anônimas visando o fortalecimento da produção agroexportadora, gerou um violento processo inflacionário conhecido como a crise do “Encilhamento”.

( ) A queda nos preços do café no mercado internacional não impactou sobre a política econômica nacional, mantendo-se o cumprimento das obrigações com os bancos credores e o pagamento da dívida externa.

( ) A administração do estoque cafeeiro era a principal dinâmica estabelecida pelo Convênio de Taubaté, acordo firmado entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que visava minimizar os efeitos do excesso de produção mundial do produto.

( ) O comprometimento do governo brasileiro com a compra dos estoques nacionais previsto como um apoio à valorização do café não teve o fim esperado, uma vez que essa medida estimulava a superprodução.

( ) O Funding loan, acordo firmado entre os grandes agricultores e os bancos credores, visando o adiamento do pagamento de suas dívidas e a liberação de novos empréstimos, impactou positivamente sobre a economia cafeeira, apesar de não ter evitado por muito tempo o agravamento da crise daquele setor produtivo.

(A) V – F – F – V – V

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(B) V – V – V – F – V

(C) V – F – V – V – V

(D) F – F – V – F – F

(E) F – F – V – V – F

29 EsAEx 2008) O governo de João Goulart foi caracterizado por manifestações de contestação da situação política e social do Brasil. Analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta. I. A maior parte das agitações políticas devia-se à difícil relação entre João Goulart e o movimento sindical, por suas convicções elitistas e pouco favoráveis à classe trabalhadora.

II. O curto período parlamentarista do governo João Goulart foi marcado pela apresentação do chamado Plano Trienal que privilegiava o desenvolvimento econômico focado na industrialização.

III. As reformas de base propostas por João Goulart encontraram forte oposição das associações patronais, sobretudo, por implementar uma política de tributação que consistia no imposto progressivo (quanto maior a renda mais alta a alíquota do imposto).

IV. Na marcha liderada por empresários, representantes das camadas médias urbanas e setores da Igreja, intitulada Marcha da Família com Deus pela Liberdade, os manifestantes atacavam diretamente o “comunismo” do governo Goulart.

(A) Somente I está correta. (B) Somente II e III estão corretas. (C) Somente III e IV estão corretas. (D) Somente II e IV estão corretas. (E) Somente IV está correta.

30 EsAEx 2008) São características do modelo econômico implementado pelo governo de Fernando Collor de Mello:

(A) Congelamento de preços e salários e fortalecimento da indústria e dos produtos nacionais.

(B) Bloqueio de contas bancárias e alta tributação dos produtos importados.

(C) Contenção temporária dos índices inflacionários e acelerado crescimento econômico.

(D) Incentivos fiscais à importação e privatização de empresas estatais consideradas deficitárias ou pouco competitivas.

(E) Incentivo estatal à modernização tecnológica e protecionismo para a indústria nacional.

31- EsAEx 2008) Considerando a Era Vargas, relacione a coluna da direita com a da esquerda, identificando as características e fatos que se referem ao Governo Provisório, o Período Constitucional e ao Estado Novo e, a seguir, assinale a alternativa que contém a seqüência correta

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(A) 1 – 3 – 2 (B) 2 – 1 – 3 (C) 2 – 3 – 1 (D) 3 – 2 – 1 (E) 3 – 1 – 2

32 –EsaEX 2008) O suicídio de Getúlio Vargas (1954) representou o fim de

uma “era” na história do Brasil. Após um conturbado período de transição se seguiu um governo marcado:

(A) Por uma política desenvolvimentista que aplicou muitos recursos em áreas estratégicas, como transportes e energia, mas que fracassou nos aspectos sociais gerando grande insatisfação popular, principalmente entre os trabalhadores rurais.

(B) por uma nova política de caráter populista que, para reduzir o déficit público, adotou uma política econômica austera e ditada pelo FMI, congelando salários e gerando grande insatisfação popular.

(C) pela continuidade da política liberal-democrática que teve em Jânio Quadros a sua maior liderança e que, a partir das reformas de base, conduziu o Brasil a um acentuado índice de desenvolvimento social.

(D) pela ruptura com a política desenvolvimentista e pela priorização do enfrentamento dos problemas sociais, tendo nas Ligas Camponesas o melhor exemplo dos resultados positivos de valorização dos trabalhadores do campo.

(E) por uma política desenvolvimentista, bem articulada entre os diversos setores produtivos da economia brasileira mas que, por sua concepção nacionalista, privilegiou, sobretudo, mudanças nas áreas educacional e agrícola.

33ENEM 2009 O abolicionista Joaquim Nabuco fez um resumo dos fatores que levaram à abolição da escravatura com as seguintes palavras: “Cinco ações ou concursos

PERÍODOS

CARACTERÍSTICAS / FATOS

1. Govern

o Provisó

rio 2. Períod

o Constitucional

3. Estado

Novo

( ) Foi criado o DIP e teve no rádio o grande instrumento de divulgação das ações do Estado e da formação da opinião pública.

( ) Teve na ação da AIB e da ANL os primeiros movimentos políticos de significativa orientação ideológica.

( ) Entre a política de arregimentação da classe trabalhadora implantou-se a Lei de Sindicalização, a partir da qual os sindicatos tornavam-se órgãos consultivos e de colaboração com o governo.

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diferentes cooperaram para o resultado final: 1.º) o espírito daqueles que criavam a opinião pela idéia, pela palavra, pelo sentimento, e que a faziam valer por meio do Parlamento, dos meetings [reuniões públicas], da imprensa, do ensino superior, do púlpito, dos tribunais; 2.º) a ação coercitiva dos que se propunham a destruir materialmente o formidável aparelho da escravidão, arrebatando os escravos ao poder dos senhores; 3.º) a ação complementar dos próprios proprietários, que, à medida que o movimento se precipitava, iam libertando em massa as suas ‘fábricas’; 4.º) a ação política dos estadistas, representando as concessões do governo; 5.º) a ação da família imperial.” Joaquim Nabuco. Minha formação. São Paulo: Martin Claret, 2005, p. 144 (com adaptações). Nesse texto, Joaquim Nabuco afirma que a abolição da escravatura foi o resultado de uma luta A de idéias, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários que libertavam seus escravos, de estadistas e da ação da família imperial. B de classes, associada a ações contra a organização escravista, que foi seguida pela ajuda de proprietários que substituíam os escravos por assalariados, o que provocou a adesão de estadistas e, posteriormente, ações republicanas. C partidária, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários que mudavam seu foco de investimento e da ação da família imperial. D política, associada a ações contra a organização escravista, sabotada por proprietários que buscavam manter o escravismo, por estadistas e pela ação republicana contra a realeza. E religiosa, associada a ações contra a organização escravista, que fora apoiada por proprietários que haviam substituído os seus escravos por imigrantes, o que resultou na adesão de estadistas republicanos na luta contra a realeza.

34ENEM 2009 Existe uma regra religiosa, aceita pelos praticantes do judaísmo e do islamismo, que proíbe o consumo de carne de porco. Estabelecida na Antiguidade, quando os judeus viviam em regiões áridas, foi adotada, séculos depois, por árabes islamizados, que também eram povos do deserto. Essa regra pode ser entendida como A) uma demonstração de que o islamismo é um ramo do judaísmo tradicional. B) um indício de que a carne de porco era rejeitada em toda a Ásia. C) uma certeza de que do judaísmo surgiu o islamismo. D) uma prova de que a carne do porco era largamente consumida fora das regiões áridas. E) uma crença antiga de que o porco é um animal impuro.

35 ENEM 2009

A Peste Negra dizimou boa parte da população europeia, com efeitos sobre o crescimento das cidades. O conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: “As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...) E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.”

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Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In: William M. Bowsky. The Black Death: a turning point in history? New York: HRW, 1971 (com adaptações). O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra, que assolou a Europa durante parte do século XIV, sugere que A )o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos. B) a Igreja buscou conter o medo da morte, disseminando o saber médico. C) a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte, porque as vítimas eram poucas e identificáveis. D) houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à Peste. E) o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os cadáveres não serem enterrados.

36 ENEM 2009) Em discurso proferido em 17 de março de 1939, o primeiro-ministro inglês à época, Neville Chamberlain, sustentou sua posição política: “Não necessito defender minhas visitas à Alemanha no outono passado, que alternativa existia? Nada do que pudéssemos ter feito, nada do que a França pudesse ter feito, ou mesmo a Rússia, teria salvado a Tchecoslováquia da destruição. Mas eu também tinha outro propósito ao ir até Munique. Era o de prosseguir com a política por vezes chamada de ‘apaziguamento europeu’, e Hitler repetiu o que já havia dito, ou seja, que os Sudetos, região de população alemã na Tchecoslováquia, eram a sua última ambição territorial na Europa, e que não queria incluir na Alemanha outros povos que não os alemães.” Internet: <www.johndclare.net> (com adaptações). Sabendo-se que o compromisso assumido por Hitler em 1938, mencionado no texto acima, foi rompido pelo líder alemão em 1939, infere-se que A) Hitler ambicionava o controle de mais territórios na Europa além da região dos Sudetos. B) a aliança entre a Inglaterra, a França e a Rússia poderia ter salvado a Tchecoslováquia. C) o rompimento desse compromisso inspirou a política de ‘apaziguamento europeu’. D) a política de Chamberlain de apaziguar o líder alemão era contrária à posição assumida pelas potências aliadas. E) a forma que Chamberlain escolheu para lidar com o problema dos Sudetos deu origem à destruição da Tchecoslováquia.

37 ENEM 2009) O ano de 1954 foi decisivo para Carlos Lacerda. Os que conviveram com ele em 1954, 1955, 1957 (um dos seus momentos intelectuais mais altos, quando o governo Juscelino tentou cassar o seu mandato de deputado), 1961 e 1964 tinham consciência de que Carlos Lacerda, em uma batalha política ou jornalística, era um trator em ação, era um vendaval desencadeado não se sabe como, mas que era impossível parar fosse pelo método que fosse. Hélio Fernandes. Carlos Lacerda, a morte antes da missão cumprida. In: Tribuna da Imprensa, 22/5/2007 (com adaptações).

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Com base nas informações do texto acima e em aspectos relevantes da história brasileira entre 1954, quando ocorreu o suicídio de Vargas (em grande medida, devido à pressão política exercida pelo próprio Lacerda), e 1964, quando um golpe de Estado interrompe a trajetória democrática do país, conclui-se que A) a cassação do mandato parlamentar de Lacerda antecedeu a crise que levou Vargas à morte. B) Lacerda e adeptos do getulismo, aparentemente opositores, expressavam a mesma posição político ideológica. C) a implantação do regime militar, em 1964, decorreu da crise surgida com a contestação à posse de Juscelino Kubitschek como presidente da República. D)Carlos Lacerda atingiu o apogeu de sua carreira, tanto no jornalismo quanto na política, com a instauração do regime militar. E) Juscelino Kubitschek, na presidência da República, sofreu vigorosa oposição de Carlos Lacerda, contra quem procurou reagir. 38 ENEM 2009) Na América do Sul, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) lutam, há décadas, para impor um regime de inspiração marxista no país. Hoje, são acusadas de envolvimento com o narcotráfico, o qual supostamente financia suas ações, que incluem ataques diversos, assassinatos e sequestros. Na Ásia, a Al Qaeda, criada por Osama bin Laden, defende o fundamentalismo islâmico e vê nos Estados Unidos da América (EUA) e em Israel inimigos poderosos, os quais deve combater sem trégua. A mais conhecida de suas ações terroristas ocorreu em 2001, quando foram atingidos o Pentágono e as torres do World Trade Center. A partir das informações acima, conclui-se que A) as ações guerrilheiras e terroristas no mundo contemporâneo usam métodos idênticos para alcançar os mesmos propósitos. B) o apoio internacional recebido pelas Farc decorre do desconhecimento, pela maioria das nações, das práticas violentas dessa organização. C) os EUA, mesmo sendo a maior potência do planeta, foram surpreendidos com ataques terroristas que atingiram alvos de grande importância simbólica. D) as organizações mencionadas identificam-se quanto aos princípios religiosos que defendem. E) tanto as Farc quanto a Al Qaeda restringem sua atuação à área geográfica em que se localizam, respectivamente, América do Sul e Ásia.

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GABARITO DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS

BRASIL COLÔNIA Questão 54 Os Yanomami constituem uma sociedade indígena do norte da Amazônia e formam um amplo conjunto linguístico e cultural. Para os Yanomami, urihi, a “terrafloresta”, não é um mero cenário inerte, objeto de exploração econômica, e sim uma entidade viva, animada por uma dinâmica de trocas entre os diversos seres que a povoam. A floresta possui um sopro vital, wixia, que é muito longo. Se não a desmatarmos, ela não morrerá. Ela não se decompõe, isto é, não se desfaz. É graças ao seu sopro úmido que as plantas crescem. A floresta não está morta pois, se fosse assim, as florestas não teriam folhas. Tampouco se veria água. Segundo os Yanomami, se os brancos os fizerem desaparecer para desmatá-la e morar no seu lugar, ficarão pobres e acabarão tendo fome e sede. ALBERT, B. Yanomami, o espírito da floresta. Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo: ISA, 2007 (adaptado). De acordo com o texto, os Yanomami acreditam que A- a floresta não possui organismos decompositores. B- o potencial econômico da floresta deve ser explorado. C- o homem branco convive harmonicamente com urihi. D- as folhas e a água são menos importantes para a floresta que seu sopro vital. E- Wixia é a capacidade que tem a floresta de se sustentar por meio de processos vitais. 41. Sobre a expansão marítima portuguesa podemos concluir que: I - Foi iniciada com a conquista de Ceuta. II - Visava fundar colônias de povoamento nas costas africanas. III - O objetivo final seria fundar feitorias em Calicute e expandir a fé cristã.

1 A 6-D 11- A 16- B 21-D 26- C 31- D 36- A

2-C 7-B 12- D 17- A 22- A 27- B 32- A 37-E

3- A 8-A 13- B 18-B 23- D 28- E 33-A 38-C

4-C 9-E 14- D 19- A 24- D 29- C 34-E

5-B 10-E 15- D 20- A 25-A 30- D 35- A

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IV- Ficou conhecida como ciclo oriental. Com base na avaliação das afirmativas apresentadas, assinale a alternativa correta: (A) Todas as afirmativas são verdadeiras (B) São verdadeiras as afirmativas I, II e III (C) São verdadeiras as afirmativas I, II e IV (D) São verdadeiras as afirmativas I, III e IV (E) São verdadeiras as afirmativas II, III e IV 43. O principal motivo que levou Portugal a implantar o sistema de Capitanias Hereditárias no Brasil foi: (A) carência de recursos financeiros (B) distribuir terras ao excedente populacional português (C) atender às exigências da burguesia mercantil (D) centralizar a administração colonial (E) ocupar rapidamente todo o litoral e o interior do Brasil 44. A respeito dos grupos indígenas no Brasil podemos afirmar que: (A) praticavam o suicídio coletivo e foram catequizados nas Missões do litoral (B) organizavam-se em tribos e eram monogâmicos (C) foram empregados na criação do gado e eram politeístas (D) adaptaram-se ao trabalho na lavoura e eram nômades (E) miscigenaram com o homem branco gerando o cafuzo e o grupo tupi era o que habitava a maior parte do nosso litoral Questão 59 (ENEM 2009) Para Caio Prado Jr., a formação brasileira se completaria no momento em que fosse superada a nossa herança de inorganicidade social ― o oposto da interligação com objetivos internos ― trazida da colônia. Este momento alto estaria, ou esteve, no futuro. Se passarmos a Sérgio Buarque de Holanda, encontraremos algo análogo. O país será moderno e estará formado quando superar a sua herança portuguesa, rural e autoritária, quando então teríamos um país democrático. Também aqui o ponto de chegada está mais adiante, na dependência das decisões do presente. Celso Furtado, por seu turno, dirá que a nação não se completa enquanto as alavancas do comando, principalmente do econômico, não passarem para dentro do país. Como para os outros dois, a conclusão do processo encontra-se no futuro, que agora parece remoto. SCHWARZ, R. Os sete fôlegos de um livro. Sequências brasileiras. São Paulo: Cia. das Letras,1999 (adaptado). Acerca das expectativas quanto à formação do Brasil, a sentença que sintetiza os pontos de vista apresentados no texto é: A- Brasil, um país que vai pra frente. B- Brasil, a eterna esperança. C- Brasil, glória no passado, grandeza no presente. D- Brasil, terra bela, pátria grande. E- Brasil, gigante pela própria natureza.

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Questão 63 (ENEM 2009) No final do século XVI, na Bahia, Guiomar de Oliveira denunciou Antônia Nóbrega à Inquisição. Segundo o depoimento, esta lhe dava “uns pós não sabe de quê, e outros pós de osso de finado, os quais pós ela confessante deu a beber em vinho ao dito seu marido para ser seu amigo e serem bem-casados, e que todas estas coisas fez tendo-lhe dito a dita Antônia e ensinado que eram coisas diabólicas e que os diabos lha ensinaram”. ARAÚJO, E. O teatro dos vícios. Transgressão e transigência na sociedade urbana colonial. Brasília: UnB/José Olympio, 1997. Do ponto de vista da Inquisição, A- o problema dos métodos citados no trecho residia na dissimulação, que acabava por enganar o enfeitiçado. B- o diabo era um concorrente poderoso da autoridade da Igreja e somente a justiça do fogo poderia eliminá-lo. C- os ingredientes em decomposição das poções mágicas eram condenados porque afetavam a saúde da população. D- as feiticeiras representavam séria ameaça à sociedade, pois eram perceptíveis suas tendências feministas. E- os cristãos deviam preservar a instituição do casamento recorrendo exclusivamente aos ensinamentos da Igreja. Questão 74 (ENEM 2009) No período 750-338 a. C., a Grécia antiga era composta por cidades-Estado, como por exemplo Atenas, Esparta, Tebas, que eram independentes umas das outras, mas partilhavam algumas características culturais, como a língua grega. No centro da Grécia, Delfos era um lugar de culto religioso frequentado por habitantes de todas as cidades-Estado. No período 1200-1600 d. C., na parte da Amazônia brasileira onde hoje está o Parque Nacional do Xingu, há vestígios de quinze cidades que eram cercadas por muros de madeira e que tinham até dois mil e quinhentos habitantes cada uma. Essas cidades eram ligadas por estradas a centros cerimoniais com grandes praças. Em torno delas havia roças, pomares e tanques para a criação de tartarugas. Aparentemente, epidemias dizimaram grande parte da população que lá vivia. Folha de S. Paulo, ago. 2008 (adaptado). Apesar das diferenças históricas e geográficas existentes entre as duas civilizações elas são semelhantes pois A- as ruínas das cidades mencionadas atestam que grandes epidemias dizimaram suas populações. B- as cidades do Xingu desenvolveram a democracia, tal como foi concebida em Tebas. C- as duas civilizações tinham cidades autônomas e independentes entre si. D- os povos do Xingu falavam uma mesma língua, tal como nas cidades-Estado da Grécia. E- as cidades do Xingu dedicavam-se à arte e à filosofia tal como na Grécia.

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Questão 18 — UERGS A economia do Brasil Colônia, nos séculos XVI e XVII, apresentava como características: A) extrativismo do pau-brasil – feitorias – mercado externo – mão-de-obra indígena através do escambo. B) mineração – latifúndio – mercado externo – mãode- obra assalariada. C) monocultura do fumo – mercado interno – latifúndio – mão-de-obra escrava africana. D) monocultura da cana-de-açúcar – latifúndio – mercado externo – mão-de-obra africana. E) monocultura de algodão – minifúndio – mercado interno – mão-de-obra escrava indígena. 47. Dentre as afirmações abaixo assinale a que NÃO está relacionada com a Economia Colonial: (A) a atividade extrativa do pau-brasil não fixou o homem à terra. (B) a empresa açucareira foi a solução encontrada por Portugal para ativar o mercado interno no Brasil. (C) o sistema de PLANTATION incluía dentre outros aspectos a mão de obra escrava indígena ou negra. (D) o ouro descoberto na região das Gerais era do tipo aluvião, logo esgotou-se rapidamente. (E) as drogas do sertão foram coletadas pelos índios aculturados nas Missões do Amazonas. 48. Comparando a estrutura da sociedade da cana-de-açúcar com a da mineração podemos afirmar que: (A) eram muito semelhantes pois ambas adotavam o Plantation. (B) eram diversificadas pois enquanto a da cana adotava o escravismo a da mineração quase não o empregava. (C) eram semelhantes quanto ao aspecto da mobilidade social. (D) eram diversificadas quanto ao acesso mais democrático da mineração. (E) ambas tinham a base escravista e criaram núcleos urbanos

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Questão 84 (ENEM 2009)

BETHEL, L. História da América. V. I. São Paulo: Edusp, 1997. As terras brasileiras foram divididas por meio de tratados entre Portugal e Espanha. De acordo com esses tratados, identificados no mapa, conclui-se que A- Portugal, pelo Tratado de Tordesilhas, detinha o controle da foz do rio Amazonas. B- o Tratado de Tordesilhas utilizava os rios como limite físico da América portuguesa. C- o Tratado de Madri reconheceu a expansão portuguesa além da linha de Tordesilhas. D- Portugal, pelo Tratado de San Ildefonso, perdia territórios na América em relação ao de Tordesilhas. E- o Tratado de Madri criou a divisão administrativa da América Portuguesa em Vice-Reinos Oriental e Ocidental 1. “Jean de Léry, em seu livro Viagem à terra do Brasil, fala do estranhamento que os tupinambás tinham com relação ao interesse dos europeus pelo pau-brasil: “Uma vez um velho perguntou- me: Por que vindes vós outros, mairs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir (...). Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? – Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar, e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados.”

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In: LÉRY, Jean de. Viagem à terra do Brasil. Belo Horizonte, Ed. Itatiaia, São Paulo, Ed. USP, 1980, p. 168-9. Com base no seu conhecimento da história das primeiras décadas da colonização do Brasil, coloque V, se for verdadeiro ou F se for falso: ( ) Alguns Estados europeus não reconheciam o direito de Portugal sobre a “nova terra” e, dessa forma, empreendiam incursões a fim de disputar a posse das riquezas naturais nela existentes. ( ) O pau-brasil, árvore então encontrada em abundância na Floresta Atlântica, era o principal produto brasileiro comercializado na Europa, onde o utilizavam como matéria-prima nas manufaturas têxteis. ( ) Na exploração econômica do pau-brasil, o escambo representou a principal forma de relações comerciais entre europeus e indígenas da América Portuguesa. ( ) A exploração do pau-brasil só se tornou economicamente rentável para os portugueses com a introdução da mão-de-obra escrava africana. ( ) Tanto franceses como portugueses aproveitavam-se das desavenças entre grupos tribais para a obtenção de homens para o trabalho e para a guerra. ( ) A presença de Jean de Léry em solo brasileiro está associada ao episódio da criação da França Austral, momento em que aquela potência expandiu os seus domínios até o extremo sul do continente americano. 2. A produção de açúcar, desenvolvida no Nordeste brasileiro a partir do século XVI, a) priorizou o uso de mão-de-obra indígena, graças ao domínio da técnica de cultivo; b) promoveu a organização de uma sociedade aristocrática, patriarcal e escravista; c) foi financiada por capitais da Coroa e da burguesia lusitana; d) gerou uma economia monocultora e voltada para o mercado interno; e) realizou-se em latifúndios, favorecendo o povoamento do sertão. 3. A respeito da economia e da sociedade no Brasil Colônia, é correto afirmar que: a) no nordeste, a atividade pecuária ficou vinculada ao engenho, utilizando trabalho escravo negro e pouco contribuindo para a colonização do sertão; b) na região das Minas, o surgimento de irmandades ou confrarias, que em geral se organizavam de acordo com linhas raciais definidas, estimulou a arte sacra barroca; c) com o desenvolvimento da economia açucareira, as relações sociais foram adquirindo caráter aberto, favorecendo a mobilidade social de mestiços e homens brancos pobres; d) as missões religiosas formadas pelos jesuítas visavam, através da catequese, preparar os indígenas para viverem integrados à sociedade dos brancos como mão-de-obra escrava. 5. A economia colonial brasileira a) possibilitou a comercialização direta dos produtos coloniais brasileiros com

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vários reinos europeus e vice-reinos coloniais americanos. b) foi a base para a formação e o desenvolvimento da Companhia das Índias Ocidentais, com sede em amsterdã. c) estimulou a produção de açúcar de cana na Europa. d) tem, com a produção do tabaco e a exportação das ervas do sertão, os maiores lucros do período. e) enquadrava-se nos interesses comerciais europeus que geraram a colonização. Questão 63 (ENEM 2009) No final do século XVI, na Bahia, Guiomar de Oliveira denunciou Antônia Nóbrega à Inquisição. Segundo o depoimento, esta lhe dava “uns pós não sabe de quê, e outros pós de osso de finado, os quais pós ela confessante deu a beber em vinho ao dito seu marido para ser seu amigo e serem bem-casados, e que todas estas coisas fez tendo-lhe dito a dita Antônia e ensinado que eram coisas diabólicas e que os diabos lha ensinaram”. ARAÚJO, E. O teatro dos vícios. Transgressão e transigência na sociedade urbana colonial. Brasília: UnB/José Olympio, 1997. Do ponto de vista da Inquisição, A- o problema dos métodos citados no trecho residia na dissimulação, que acabava por enganar o enfeitiçado. B- o diabo era um concorrente poderoso da autoridade da Igreja e somente a justiça do fogo poderia eliminá-lo. C- os ingredientes em decomposição das poções mágicas eram condenados porque afetavam a saúde da população. D- as feiticeiras representavam séria ameaça à sociedade, pois eram perceptíveis suas tendências feministas. E- os cristãos deviam preservar a instituição do casamento recorrendo exclusivamente aos ensinamentos da Igreja. Questão 1 — FUVEST “Os cosmógrafos e navegadores de Portugal e Espanha procuram situar estas costas e ilhas da maneira mais conveniente aos seus propósitos. Os espanhóis situam-nas mais para o Oriente, de forma a parecer que pertencem ao Imperador (Carlos V); os portugueses, por sua vez, situam-nas mais para o Ocidente, pois deste modo entrariam em sua jurisdição.” Carta de Robert Thorne, comerciante inglês, ao rei Henrique VIII, em 1527. O texto remete diretamente a) à competição entre os países europeus retardatários na corrida pelos descobrimentos. b) aos esforços dos cartógrafos para mapear com precisão as novas descobertas. c) ao duplo papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo tempo mercantil e corsária. d) às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado de Tordesilhas. e) à aliança das duas Coroas ibéricas na exploração marítima.

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A primeira imagem abaixo (publicada no século XVI) mostra um ritual antropofágico dos índios do Brasil. A segunda mostra Tiradentes esquartejado por ordem dos representantes da Coroa portuguesa.

(Theodor De Bry -século XVI)

(Pedro Américo. Tiradentes esquartejado, 1893)

A comparação entre as reproduções possibilita as seguintes afirmações: I. Os artistas registraram a antropofagia e o esquartejamento praticados no Brasil. II. A antropofagia era parte do universo cultural indígena e o esquartejamento era uma forma de se fazer justiça entre luso-brasileiros. III. A comparação das imagens faz ver como é relativa a diferença entre “bárbaros” e “civilizados”, indígenas e europeus. Está correto o que se afirma em: (A) I apenas. (B) II apenas. (C) III apenas. (D) I e II apenas. (E) I, II e III. Brasil império Questão 65 (ENEM 2009) No tempo da independência do Brasil, circulavam nas classes populares do Recife trovas que faziam alusão à revolta escrava do Haiti: Marinheiros e caiados Todos devem se acabar, Porque só pardos e pretos O país hão de habitar. AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos pernambucanos. Recife: Cultura Acadêmica, 1907. O período da independência do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende A- dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti, que circulavam entre a população escrava e entre os mestiços pobres, alimentando seu desejo por mudanças.

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B- da rejeição aos portugueses, brancos, que significava a rejeição à opressão da Metrópole, como ocorreu na Noite das Garrafadas. C- do apoio que escravos e negros forros deram à monarquia, com a perspectiva de receber sua proteção contra as injustiças do sistema escravista. D- do repúdio que os escravos trabalhadores dos portos demonstravam contra os marinheiros, porque estes representavam a elite branca opressora. E- da expulsão de vários líderes negros independentistas, que defendiam a implantação de uma república negra, a exemplo do Haiti. (ENEM-04) Constituição de 1824: “Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador (…) para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos demais poderes políticos (...) dissolvendo a Câmara dos Deputados nos casos em que o exigir a salvação do Estado.” Frei Caneca: “O Poder Moderador da nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação brasileira e o garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a Câmara dos Deputados, que é a representante do povo, ficando sempre no gozo de seus direitos o Senado, que é o representante dos apaniguados do imperador.” Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela Constituição outorgada pelo Imperador em 1824 era (A) adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores eram escolhidos pelo Imperador. (B) eficaz e responsável pela liberdade dos povos, porque garantia a representação da sociedade nas duas esferas do poder legislativo. (C) arbitrário, porque permitia ao Imperador dissolver a Câmara dos Deputados, o poder representativo da sociedade. (D) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de controlar os deputados representantes da Nação. (E) capaz de responder às exigências políticas da nação, pois supria as deficiências da representação política. Em novembro de 1807, a família real portuguesa deixou Lisboa e, em março de 1808, chegou ao Rio de Janeiro. O acontecimento pode ser visto como a) incapacidade dos Braganças de resistirem à pressão da Espanha para impedir a anexação de Portugal. b) ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona Maria I. c) execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português, invocado em épocas de crise. d) culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de Portugal com relação à guerra anglo-francesa. e) exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro cônsul da França.

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QUESTÃO 34 .A exploração de ouro e diamantes tornou mais complexa a composição social da colônia.. (COSTA, L.C.A .; MELLO, L.I. História do Brasil. São Paulo: Scipione, 2000, p. 89) A afirmação acima só NÃO é historicamente confirmada pela presença, nas áreas mineratórias coloniais brasileiras, de A) homens e mulheres, forros ou escravos, dedicados a atividades de comércio ambulante. B) .escravos de ganho., que viviam às suas próprias expensas, estando obrigados a entregar a seus senhores, periodicamente, determinada quantidade de dinheiro. C) homens pobres, livres, que se alugavam como escravos, durante determinados períodos do ano, dedicando-se à exploração mineratória em áreas de risco. D) um número crescente de tropeiros, envolvidos em redes de comercialização e distribuição de produtos, o que perdurou após o fim do rush mineratório Em relação aos Tratados entre Inglaterra e Portugal, em 1810, é CORRETO afirmar que A) os Tratados de Navegação & Comércio e Aliança & Amizade previam a extinção gradual do tráfico internacional de escravos para o Brasil e a proibição da Santa Inquisição no Brasil. B) o Tratado de Paz & Aliança instituiu nos portos coloniais uma tarifa alfandegária, de caráter protecionista, para produtos portugueses e ingleses, vantagem só extinta pela Tarifa Alves Branco, em 1844. C) o Tratado de Comércio & Aliança previa a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, medida concretizada em 1815, por ocasião da reunião do Congresso de Viena. D) o Tratado de Comércio & Amizade instituiu, de acordo com os princípios liberais, a igualdade de tratamento jurídico para portugueses, ingleses e brasileiros no território colonial. ENEM-03)O mapa a seguir apresenta parte do contorno da América do Sul destacando a bacia amazônica. Os pontos assinalados representam fortificações militares instaladas no século XVIII pelos portugueses. A linha indica o Tratado de Tordesilhas revogado pelo Tratado de Madri, apenas em 1750. Em relação aos Tratados entre Inglaterra e Portugal, em 1810, é CORRETO afirmar que A) os Tratados de Navegação & Comércio e Aliança & Amizade previam a extinção gradual do tráfico internacional de escravos para o Brasil e a proibição da Santa Inquisição no Brasil. B) o Tratado de Paz & Aliança instituiu nos portos coloniais uma tarifa alfandegária, de caráter protecionista, para produtos portugueses e ingleses, vantagem só extinta pela Tarifa Alves Branco, em 1844. C) o Tratado de Comércio & Aliança previa a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, medida concretizada em 1815, por ocasião da reunião do Congresso de Viena.

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D) o Tratado de Comércio & Amizade instituiu, de acordo com os princípios liberais, a igualdade de tratamento jurídico para portugueses, ingleses e brasileiros no território colonial.

Adaptado de Carlos de Meira Mattos. Geopolítica e teoria de fronteiras. Pode-se afirmar que a construção dos fortes pelos portugueses visava, principalmente, dominar (A) militarmente a bacia hidrográfica do Amazonas. (B) economicamente as grandes rotas comerciais. (C) as fronteiras entre nações indígenas. (D) o escoamento da produção agrícola. (E) o potencial de pesca da região. (ENEM-98) Você está estudando o abolicionismo no Brasil e ficou perplexo ao ler o seguinte documento: Texto 1 Discurso do deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira – Brasil 1879 No dia 5 de março de 1879, o deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira, discursando na Câmara, afirmou que era preciso que o poder público olhasse para a condição de um milhão de brasileiros, que jazem ainda no cativeiro. Nessa altura do discurso foi aparteado por um deputado que disse: “BRASILEIROS, NÃO” . Em seguida, você tomou conhecimento da existência do Projeto Axé (Bahia), nos seguintes termos: Texto 2 Projeto Axé, Lição de cidadania – 1998 – Brasil Na língua africana Iorubá, axé significa força mágica. Em Salvador, Bahia, o Projeto Axé conseguiu fazer, em apenas três anos, o que sucessivos governos não foram capazes: a um custo dez vezes inferior ao de projetos governamentais, ajuda meninos e meninas de rua a construírem projetos de vida, transformando-os de pivetes em cidadãos. A receita do Axé é simples: competência pedagógica, administração eficiente, respeito pelo menino, incentivo, formação e bons salários para os educadores. Criado em 1991 pelo advogado e pedagogo italiano Cesare de Florio La Rocca, o Axé atende hoje a mais de duas mil crianças e adolescentes. A cultura afro, forte presença na Bahia, dá o tom do Projeto Erê (entidade criança do candomblé), a parte cultural do Axé. Os meninos participam da banda mirim do Olodum, do Ilé Ayê e de outros blocos, jogam capoeira e têm um grupo de teatro. Todas as atividades são remuneradas. Além da bolsa semanal, as crianças têm alimentação, uniforme e vale-transporte.

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58 Com a leitura dos dois textos, você descobriu que a cidadania: (A) jamais foi negada aos cativos e seus descendentes. (B) foi obtida pelos ex-escravos tão logo a abolição fora decretada. (C) não era incompatível com a escravidão. (D) ainda hoje continua incompleta para milhões de brasileiros. (E) consiste no direito de eleger deputados. (ENEM-04) Constituição de 1824: 54. A questão étnica no Brasil tem provocado diferentes atitudes: I. Instituiu-se o “Dia Nacional da Consciência Negra” em 20 de novembro, ao invés da tradicional celebração do 13 de maio. Essa nova data é o aniversário da morte de Zumbi, que hoje simboliza a crítica à segregação e à exclusão social. II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou que nunca viu tanta convivência harmoniosa entre as diversas etnias. Também sobre essa questão, estudiosos fazem diferentes reflexões: Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de produção foi a mais fluida possível. Permitiu constante mobilidade de classe para classe e até de uma raça para outra. Esse amor, acima de preconceitos de raça e de convenções de classe, do branco pela cabocla, pela cunhã, pela índia (...) agiu poderosamente na formação do Brasil, adoçando-o. (Gilberto Freire. O mundo que o português criou.) [Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de um processo de integração das “raças” em condições de igualdade social. O resultado foi que (...) ainda são pouco numerosos os segmentos da “população de cor” que conseguiram se integrar, efetivamente, na sociedade competitiva. (Florestan Fernandes. O negro no mundo dos brancos.) Considerando as atitudes expostas acima e os pontos de vista dos estudiosos, é correto aproximar (A) a posição de Gilberto Freire e a de Florestan Fernandes igualmente às duas atitudes. (B) a posição de Gilberto Freire à atitude I e a de Florestan Fernandes à atitude II. (C) a posição de Florestan Fernandes à atitude I e a de Gilberto Freire à atitude II. (D) somente a posição de Gilberto Freire a ambas as atitudes. (E) somente a posição de Florestan Fernandes a ambas as atitudes Questão 70 (ENEM 2009) O suíço Thomas Davatz chegou a São Paulo em 1855 para trabalhar como colono na fazenda de café Ibicaba, em Campinas. A perspectiva de prosperidade que o atraiu para o Brasil deu lugar a insatisfação e revolta, que ele registrou em livro. Sobre o percurso entre o porto de Santos e o planalto paulista, escreveu Davatz: “As estradas do Brasil, salvo em alguns trechos, são péssimas. Em quase toda parte, falta qualquer espécie de calçamento ou

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mesmo de saibro. Constam apenas de terra simples, sem nenhum benefício. É fácil prever que nessas estradas não se encontram estalagens e hospedarias como as da Europa. Nas cidades maiores, o viajante pode naturalmente encontrar aposento sofrível; nunca, porém, qualquer coisa de comparável à comodidade que proporciona na Europa qualquer estalagem rural. Tais cidades são, porém, muito poucas na distância que vai de Santos a Ibicaba e que se percorre em cinquenta horas no mínimo”. Em 1867 foi inaugurada a ferrovia ligando Santos a Jundiaí, o que abreviou o tempo de viagem entre o litoral e o planalto para menos de um dia. Nos anos seguintes, foram construídos outros ramais ferroviários que articularam o interior cafeeiro ao porto de exportação, Santos. Em novembro de 1807, a família real portuguesa deixou Lisboa e, em março de 1808, chegou ao Rio de Janeiro. O acontecimento pode ser visto como a) incapacidade dos Braganças de resistirem à pressão da Espanha para impedir a anexação de Portugal. b) ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona Maria I. c) execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português, invocado em épocas de crise. d) culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de Portugal com relação à guerra anglo-francesa. e) exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro cônsul da França. 7. .Os movimentos nativistas mais embasados filosoficamente pelas idéias iluministas foram: a) Revolta Beckman e Guerra dos Mascates b) Guerra dos Emboabas e Revolta de Felipe dos Santos c) Revolta Beckman e Inconfidência Mineira d) Revolta de Felipe dos Santos e Revolução dos Alfaiates e) Inconfidência Mineira e Revolução dos Alfaiates . 10. Examinando a transmigração da Família Real para o Brasil podemos concluir que: I – Foi um ato voluntário e isolado de Portugal, sem vinculação com o contexto político europeu: II – No campo econômico provocou profundas mudanças no Brasil. III – Abriu caminho para soberania nacional. IV – A posição comercial inglesa foi mais favorecida que a dos portugueses. Com base na análise, assinale a alternativa correta. a) Somente II, III e IV estão corretas. b) Somente II e IV estão corretas. c) Somente III e IV estão corretas. d) Somente I, II e III estão corretas. e) Todas estão corretas.

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9) Em relação aos Tratados entre Inglaterra e Portugal, em 1810, é CORRETO afirmar que A) os Tratados de Navegação & Comércio e Aliança & Amizade previam a extinção gradual do tráfico internacional de escravos para o Brasil e a proibição da Santa Inquisição no Brasil. B) o Tratado de Paz & Aliança instituiu nos portos coloniais uma tarifa alfandegária, de caráter protecionista, para produtos portugueses e ingleses, vantagem só extinta pela Tarifa Alves Branco, em 1844. C) o Tratado de Comércio & Aliança previa a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, medida concretizada em 1815, por ocasião da reunião do Congresso de Viena. D) o Tratado de Comércio & Amizade instituiu, de acordo com os princípios liberais, a igualdade de tratamento jurídico para portugueses, ingleses e brasileiros no território colonial. Questão 65 (ENEM 2009) No tempo da independência do Brasil, circulavam nas classes populares do Recife trovas que faziam alusão à revolta escrava do Haiti: Marinheiros e caiados Todos devem se acabar, Porque só pardos e pretos O país hão de habitar. AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos pernambucanos. Recife: Cultura Acadêmica, 1907. O período da independência do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende A- dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti, que circulavam entre a população escrava e entre os mestiços pobres, alimentando seu desejo por mudanças. B- da rejeição aos portugueses, brancos, que significava a rejeição à opressão da Metrópole, como ocorreu na Noite das Garrafadas. C- do apoio que escravos e negros forros deram à monarquia, com a perspectiva de receber sua proteção contra as injustiças do sistema escravista. D- do repúdio que os escravos trabalhadores dos portos demonstravam contra os marinheiros, porque estes representavam a elite branca opressora. E- da expulsão de vários líderes negros independentistas, que defendiam a implantação de uma república negra, a exemplo do Haiti. 4)O abolicionista Joaquim Nabuco fez um resumo dos fatores que levaram à abolição da escravatura com as seguintes palavras: “Cinco ações ou concursos diferentes cooperaram para o resultado final: 1.º) o espírito daqueles que criavam a opinião pela idéia, pela palavra, pelo sentimento, e que a faziam valer por meio do Parlamento, dos meetings [reuniões públicas], da imprensa, do ensino superior, do púlpito, dos tribunais; 2.º) a ação coercitiva dos que se propunham a destruir materialmente o formidável aparelho da escravidão, arrebatando os escravos ao poder dos

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senhores; 3.º) a ação complementar dos próprios proprietários, que, à medida que o movimento se precipitava, iam libertando em massa as suas ‘fábricas’; 4.º) a ação política dos estadistas, representando as concessões do governo; 5.º) a ação da família imperial.” Joaquim Nabuco. Minha formação. São Paulo: Martin Claret, 2005, p. 144 (com adaptações). Nesse texto, Joaquim Nabuco afirma que a abolição da escravatura foi o resultado de uma luta A) de ideias, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários que libertavam seus escravos, de estadistas e da ação da família imperial. B) de classes, associada a ações contra a organização escravista, que foi seguida pela ajuda de proprietários que substituíam os escravos por assalariados, o que provocou a adesão de estadistas e, posteriormente, ações republicanas. C) partidária, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários que mudavam seu foco de investimento e da ação da família imperial. D) política, associada a ações contra a organização escravista, sabotada por proprietários que buscavam manter o escravismo, por estadistas e pela ação republicana contra a realeza. E) religiosa, associada a ações contra a organização escravista, que fora apoiada por proprietários que haviam substituído os seus escravos por imigrantes, o que resultou na adesão de estadistas republicanos na luta contra a realeza. 45. Quanto ao tráfico negreiro podemos concluir: I - Foi incentivado pela Coroa portuguesa que recebia 10% do lucro III - A aguardente, o tabaco e o pau-brasil eram as "moedas" básicas do escambo escravista III - A maioria dos negros trazidos da África eram das tribos dos Bantos e dos Sudaneses IV - Os navios negreiros eram conhecidos por tumbeiros devido à excessiva mortandade em seu interior Com base na avaliação das afirmativas apresentadas, assinale a alternativa correta: (A) Todas as afirmativas são verdadeiras (B) São verdadeiras as afirmativas I, II e III (C) São verdadeiras as afirmativas I, II e IV (D) São verdadeiras as afirmativas I, III e IV (E) São verdadeiras as afirmativas II, III e IV 7)"Sabinada" na Bahia, "Balaiada" no Maranhão e "Farroupilha" no Rio Grande do Sul foram algumas das lutas que ocorreram no Brasil em um período caracterizado a) por um regime centralizado na figura do imperador, impedindo a constituição de partidos políticos e transformações sociais na estrutura agrária.

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b) pelo estabelecimento de um sistema monárquico descentralizado, o qual delegou às Províncias o encaminhamento da "questão servil". c) por mudanças na organização partidária, o que facilitava o federalismo, e por transformações na estrutura fundiária de base escravista. d) por uma fase de transição política, decorrente da abdicação de Dom Pedro I, fortemente marcada por um surto de industrialização, estimulado pelo Estado. e) pela redefinição do poder monárquico e pela formação dos partidos políticos, sem que se alterassem as estruturas sociais e econômicas estabelecidas BRASIL REPÚBLICA /REPÚBLICA VELHA Questão 60 (ENEM 2009) A definição de eleitor foi tema de artigos nas Constituições brasileiras de 1891 e de 1934. Diz a Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1891: Art. 70. São eleitores os cidadãos maiores de 21 anos que se alistarem na forma da lei. A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1934, por sua vez, estabelece que: Art. 180. São eleitores os brasileiros de um e de outro sexo, maiores de 18 anos, que se alistarem na forma da lei. Ao se comparar os dois artigos, no que diz respeito ao gênero dos eleitores, depreende-se que A- a Constituição de 1934 avançou ao reduzir a idade mínima para votar. B- a Constituição de 1891, ao se referir a cidadãos, referia-se também às mulheres. C- os textos de ambas as Cartas permitiam que qualquer cidadão fosse eleitor. D- o texto da carta de 1891 já permitia o voto feminino. E- a Constituição de 1891 considerava eleitores apenas indivíduos do sexo masculino. Questão 64 (ENEM 2009) A formação dos Estados foi certamente distinta na Europa, na América Latina, na África e na Ásia. Os Estados atuais, em especial na América Latina — onde as instituições das populações locais existentes à época da conquista ou foram eliminadas, como no caso do México e do Peru, ou eram frágeis, como no caso do Brasil —, são o resultado, em geral, da evolução do transplante de instituições europeias feito pelas metrópoles para suas colônias. Na África, as colônias tiveram fronteiras arbitrariamente traçadas, separando etnias, idiomas e tradições, que, mais tarde, sobreviveram ao processo de descolonização, dando razão para conflitos que, muitas vezes, têm sua verdadeira origem em disputas pela exploração de recursos naturais. Na Ásia, a colonização europeia se fez de forma mais indireta e encontrou sistemas políticos e administrativos mais sofisticados, aos quais se superpôs. Hoje, aquelas formas anteriores de organização, ou pelo menos seu espírito, sobrevivem nas organizações políticas do Estado asiático.

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GUIMARÃES, S. P. Nação, nacionalismo, Estado. Estudos Avançados. São Paulo: EdUSP, v. 22, n.º 62, jan.- abr. 2008 (adaptado). Relacionando as informações ao contexto histórico e geográfico por elas evocado, assinale a opção correta acerca do processo de formação socioeconômica dos continentes mencionados no texto. A- Devido à falta de recursos naturais a serem explorados no Brasil, conflitos étnicos e culturais como os ocorridos na África estiveram ausentes no período da independência e formação do Estado brasileiro. B- A maior distinção entre os processos histórico-formativos dos continentes citados é a que se estabelece entre colonizador e colonizado, ou seja, entre a Europa e os demais. C- À época das conquistas, a América Latina, a África e a Ásia tinham sistemas políticos e administrativos muito mais sofisticados que aqueles que lhes foram impostos pelo colonizador. D- Comparadas ao México e ao Peru, as instituições brasileiras, por terem sido eliminadas à época da conquista, sofreram mais influência dos modelos institucionais europeus. E- O modelo histórico da formação do Estado asiático equipara-se ao brasileiro, pois em ambos se manteve o espírito das formas de organização anteriores à Questão 69 (ENEM 2009) Como se assistisse à demonstração de um espetáculo mágico, ia revendo aquele ambiente tão característico de família, com seus pesados móveis de vinhático ou de jacarandá, de qualidade antiga, e que denunciavam um passado ilustre, gerações de Meneses talvez mais singelos e mais calmos; agora, uma espécie de desordem, de relaxamento, abastardava aquelas qualidades primaciais. Mesmo assim era fácil perceber o que haviam sido, esses nobres da roça, com seus cristais que brilhavam mansamente na sombra, suas pratas semiempoeiradas que atestavam o esplendor esvanecido, seus marfins e suas opalinas – ah, respirava-se ali conforto, não havia dúvida, mas era apenas uma sobrevivência de coisas idas. Dir-se-ia, ante esse mundo que se ia desagregando, que um mal oculto o roía, como um tumor latente em suas entranhas. CARDOSO, L. Crônica da casa assassinada. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002 (adaptado). O mundo narrado nesse trecho do romance de Lúcio Cardoso, acerca da vida dos Meneses, família da aristocracia rural de Minas Gerais, apresenta não apenas a história da decadência dessa família, mas é, ainda, a representação literária de uma fase de desagregação política, social e econômica do país. O recurso expressivo que formula literariamente essa desagregação histórica é o de descrever a casa dos Meneses como

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A- ambiente de pobreza e privação, que carece de conforto mínimo para a sobrevivência da família. B- mundo mágico, capaz de recuperar o encantamento perdido durante o período de decadência da aristocracia rural mineira. C- cena familiar, na qual o calor humano dos habitantes da casa ocupa o primeiro plano, compensando a frieza e austeridade dos objetos antigos. D- símbolo de um passado ilustre que, apesar de superado, ainda resiste à sua total dissolução graças ao cuidado e asseio que a família dispensa à conservação da casa. E- espaço arruinado, onde os objetos perderam seu esplendor e sobre os quais a vida repousa como lembrança de um passado que está em vias de desaparecer completamente. Questão 64 (ENEM 2009) A formação dos Estados foi certamente distinta na Europa, na América Latina, na África e na Ásia. Os Estados atuais, em especial na América Latina — onde as instituições das populações locais existentes à época da conquista ou foram eliminadas, como no caso do México e do Peru, ou eram frágeis, como no caso do Brasil —, são o resultado, em geral, da evolução do transplante de instituições europeias feito pelas metrópoles para suas colônias. Na África, as colônias tiveram fronteiras arbitrariamente traçadas, separando etnias, idiomas e tradições, que, mais tarde, sobreviveram ao processo de descolonização, dando razão para conflitos que, muitas vezes, têm sua verdadeira origem em disputas pela exploração de recursos naturais. Na Ásia, a colonização europeia se fez de forma mais indireta e encontrou sistemas políticos e administrativos mais sofisticados, aos quais se superpôs. Hoje, aquelas formas anteriores de organização, ou pelo menos seu espírito, sobrevivem nas organizações políticas do Estado asiático. GUIMARÃES, S. P. Nação, nacionalismo, Estado. Estudos Avançados. São Paulo: EdUSP, v. 22, n.º 62, jan.- abr. 2008 (adaptado). Relacionando as informações ao contexto histórico e geográfico por elas evocado, assinale a opção correta acerca do processo de formação socioeconômica dos continentes mencionados no texto. A- Devido à falta de recursos naturais a serem explorados no Brasil, conflitos étnicos e culturais como os ocorridos na África estiveram ausentes no período da independência e formação do Estado brasileiro. B- A maior distinção entre os processos histórico-formativos dos continentes citados é a que se estabelece entre colonizador e colonizado, ou seja, entre a Europa e os demais. C- À época das conquistas, a América Latina, a África e a Ásia tinham sistemas políticos e administrativos muito mais sofisticados que aqueles que lhes foram impostos pelo colonizador. D- Comparadas ao México e ao Peru, as instituições brasileiras, por terem sido eliminadas à época da conquista, sofreram mais influência dos modelos institucionais europeus.

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E- O modelo histórico da formação do Estado asiático equipara-se ao brasileiro, pois em ambos se manteve o espírito das formas de organização anteriores à conquista. 21. A política externa da Primeira República, entre 1889 e 1930, é dominada em sua maior parte pela ação do Barão do Rio Branco. A ela encontra-se ligado o “Tratado de Petropólis” , de 1903, garantindo-nos a posse do Acre e a exploração econômica do seguinte produto: a) juta b) petróleo c)borracha d)madeira e)papel 11. A política de Rui Barbosa, conhecida como "Encilhamento” , favoreceu: a) o desenvolvimento das artes em geral; b) a educação escolar básica c) a primeira crise econômica do governo republicano d) a aprimoramento das relações da Igreja com o Estado; e) o estabelecimento do governo provisório. 12. O primeiro presidente civil da República foi: a)Hermes da Fonseca b)Deodoro da Fonseca c)Floriano Peixoto d)Prudente de Morais e)Campos Sales 13. A modernização, da cidade do Rio de Janeiro pelo prefeito Pereira Passos e a tentativa do higienista Osvaldo Cruz de erradicar a febre amarela e a varíola das terras cariocas são fatos ocorridos no governo de: a)Afonso Pena b)Epitácio Pessoa c)Venceslau Brás d)Rodrigues Alves e)Deodoro da Fonseca 14. Proclamada a República do Brasil, formou-se um governo provisório sob a chefia de Deodoro da Fonseca. São episódios desse governo: a)Convênio de Taubaté e Funding Loan b) Grande naturalização e a Revolta da Chibata c) Revolta de Canudos e a Campanha Civilista d)Revolta da Chibata e a Revolução Federalista e)Grande naturalização e o Encilhamento 16. O episódio conhecido com “Os 18 do Forte” marcou: a) começo da Revolução de 1824 b) formação da Coluna Prestes c) Rendição de Canudos

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d) Derrubada da República Velha e) Primeira revolta ligada ao movimento tenentista 18. A Revolução Federalista no Rio Grande do Sul e o levante de Canudos foram dois graves problemas com que se defrontou o governo de: a) Floriano Peixoto b) Campos Salles c) Prudente de Morais d)Hermes da Fonseca e)Rodrigues Alves. 19. O início da política de valorização do café surge no governo de Rodrigues Alves, durante: a) a Conferência de Itu b) o Funding Loan c)o Convênio de Taubaté d) o Encilhamento e)a política das Salvações (ENEM-00) O texto abaixo foi extraído de uma crônica de Machado de Assis e refere-se ao trabalho de um escravo. “Um dia começou a guerra do Paraguai e durou cinco anos, João repicava e dobrava, dobrava e repicava pelos mortos e pelas vitórias. Quando se decretou o ventre livre dos escravos, João é que repicou. Quando se fez a abolição completa, quem repicou foi João. Um dia proclamou-se a República. João repicou por ela, repicaria pelo Império, se o Império retornasse.” (MACHADO, Assis de. Crônica sobre a morte do escravo João, 1897) A leitura do texto permite afirmar que o sineiro João: (A) por ser escravo tocava os sinos, às escondidas, quando ocorriam fatos ligados à Abolição. (B) não poderia tocar os sinos pelo retorno do Império, visto que era escravo. (C) tocou os sinos pela República, proclamada pelos abolicionistas que vieram libertá-lo. (D) tocava os sinos quando ocorriam fatos marcantes porque era costume fazê-lo. (E) tocou os sinos pelo retorno do Império, comemorando a volta da Princesa Isabel. 15. "Façamos a Revolução antes que o povo a faça", foi uma afirmação, nos convulsionados dias de 1930, proferidas por um dos chefes da Aliança Liberal: a)Antônio Carlos de Andrada b) Virgílio de Melo e Franco c) João Neves Fontoura d) Júlio Prestes e)Washington Luís 20. A Primeira Guerra mundial pode ser considerada fator de aceleração do processo econômico brasileiro porque:

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a) dificultou as importações, originando a “ indústria de substituições”; b) desenvolveu no Brasil uma indústria bélica para abastecer os aliados; c) desenvolveu no Brasil uma indústria de base, com intuito de fornecer máquinas para os países aliados; aumentou as relações comerciais com os países do eixo; d) provocou o desenvolvimento agropecuário no Nordeste para abastecer os Aliados. BRASIL MODERNO REPÚBLICA NOVA 25. Sobre a Constituição de 1937, outorgada por Getúlio Vargas, que, através dela, institui o Estado Nacional, podemos afirmar que: a) separou o Estado da Igreja b) Aboliu o cargo de Vice Presidente da República c) Permitiu o voto das mulheres d) Estabeleceu o voto secreto e) Denominou-se constituição da mandioca 26. A implantação do estado Novo no Brasil significa: a)proscrição do Partido Comunista b) a consolidação do Integralismo c)a vinculação da política externa brasileira ao eixo Roma-Berlim d)uma vitória pessoal do presidente Getúlio Vargas e)a extinção do federalismo republicano. 27. Entre as iniciativas de Getúlio Vargas em 1930, destaca-se a criação do: a) Programa de Integração Social b) Departamento Nacional de Telecomunicações c) Ministério da Indústria, Comércio e Trabalho d) Instituto Nacional de Previdência Social e) Partido Trabalhista Brasileiro 28. De um ponto de vista externo, a queda de Vargas em 1945 está vinculada: a)à queda dos regimes totalitários fascistas no fim da Segunda Guerra Mundial; b)às pressões dos Estados Unidos da América, interessados em governos democráticos em todo o continente; c)ao apoio dado pela Forças Armadas dos EUA aos militares brasileiros, responsáveis pela queda do ditador gaúcho; d)à perda de prestígio internacional, já que o ditador apoiava os regimes totalitários da Itália e da Alemanha; e)às ligações econômicas, políticas e ideológicas entre o governo brasileiro e as potências do eixo. 29. O “Manifesto dos Mineiros” (1943), que contou com a assinatura de Milton Campos, Pedro Aleixo e Magalhães Pinto, entre outros foi uma: a)manifestação contrária ao esquerdismo na política brasileira; b)posição assumida pelo empresariado contra o imperialismo norte americano; c)denúncia contra a influência da Ação Integralista Brasileira; d)demonstração de apoio ao governo de Getúlio Vargas;

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e)definição de políticos liberais em relação ao Estado Novo; 30. A criação da Petrobrás, monopolizando a prospecção e a refinação de petróleo no Brasil, ocorreu no governo de: a)Juscelino b) João Goulart c) Dutra d)Getúlio Vargas e) Castelo Branco 31. Dentre as metas prioritárias contidas no plano de governo de Juscelino Kubitschek, podemos citar: a)a integração da indústria básica e a política externa independente; b)a indústria nuclear, à construção naval e a colonização do Oeste; c)a indústria básica, a educação e a liderança brasileira no Terceiro Mundo; d)a construção de Brasília, a indústria Bélica e a integração nacional; e)energia, indústria básica e transportes. Questão 62 (ENEM 2009) A partir de 1942 e estendendo-se até o final do Estado Novo, o Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio de Getúlio Vargas falou aos ouvintes da Rádio Nacional semanalmente, por dez minutos, no programa “Hora do Brasil”. O objetivo declarado do governo era esclarecer os trabalhadores acerca das inovações na legislação de proteção ao trabalho. GOMES, A. C. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: IUPERJ / Vértice. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1988 (adaptado). Os programas “Hora do Brasil” contribuíram para A- conscientizar os trabalhadores de que os direitos sociais foram conquistados por seu esforço, após anos de lutas sindicais. B- promover a autonomia dos grupos sociais, por meio de uma linguagem simples e de fácil entendimento. C- estimular os movimentos grevistas, que reivindicavam um aprofundamento dos direitos trabalhistas. D- consolidar a imagem de Vargas como um governante protetor das massas. E- aumentar os grupos de discussão política dos trabalhadores, estimulados pelas palavras do ministro. ENEM-98) A figura de Getúlio Vargas, como personagem histórica, é bastante polêmica, devido à complexidade e à magnitude de suas ações como presidente do Brasil durante um longo período de quinze anos (1930-1945). Foram anos de grandes e importantes mudanças para o país e para o mundo. Pode-se perceber o destaque dado a Getúlio Vargas pelo simples fato de este período ser conhecido no Brasil como a "Era Vargas". Entretanto, Vargas não é visto de forma favorável por todos. Se muitos o consideram como um fervoroso nacionalista, um progressista ativo e o "Pai dos Pobres", existem outros tantos que o definem como ditador oportunista, um intervencionista e amigo das elites. Considerando as colocações acima, responda à questão seguinte, assinalando a alternativa correta:

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Provavelmente você percebeu que as duas opiniões sobre Vargas são opostas, defendendo valores praticamente antagônicos. As diferentes interpretações do papel de uma personalidade histórica podem ser explicadas, conforme uma das opções abaixo. Assinale-a. (A) Um dos grupos está totalmente errado, uma vez que a permanência no poder depende de ideias coerentes e de uma política contínua. (B) O grupo que acusa Vargas de ser ditador está totalmente errado. Ele nunca teve uma orientação ideológica favorável aos regimes politicamente fechados e só tomou medidas duras forçado pelas circunstâncias. (C) Os dois grupos estão certos. Cada um mostra Vargas da forma que serve melhor aos seus interesses, pois ele foi um governante apático e fraco - um verdadeiro marionete nas mãos das elites da época. (D) O grupo que defende Vargas como um autêntico nacionalista está totalmente enganado. Poucas medidas nacionalizantes foram tomadas para iludir os brasileiros, devido à política populista do varguismo, e ele fazia tudo para agradar aos grupos estrangeiros. (E) Os dois grupos estão errados, por assumirem características parciais e, às vezes conjunturais, como sendo posturas definitivas e absolutas. Questão 61 (ENEM 2009) O autor da constituição de 1937, Francisco Campos, afirma no seu livro, O Estado Nacional, que o eleitor seria apático; a democracia de partidos conduziria à desordem; a independência do Poder Judiciário acabaria em injustiça e ineficiência; e que apenas o Poder Executivo, centralizado em Getúlio Vargas, seria capaz de dar racionalidade imparcial ao Estado, pois Vargas teria providencial intuição do bem e da verdade, além de ser um gênio político. CAMPOS, F. O Estado nacional. Rio de Janeiro: José Olympio, 1940 (adaptado). Segundo as ideias de Francisco Campos, A- os eleitores, políticos e juízes seriam mal-intencionados. B- o governo Vargas seria um mal necessário, mas transitório. C- Vargas seria o homem adequado para implantar a democracia de partidos. D- a Constituição de 1937 seria a preparação para uma futura democracia liberal. E- Vargas seria o homem capaz de exercer o poder de modo inteligente e correto. (ENEM-05) Zuenir Ventura, em seu livro “Minhas memórias dos outros” (São Paulo: Planeta do Brasil, 2005), referindo-se ao fim da “Era Vargas” e ao suicídio do presidente em 1954, comenta: Quase como castigo do destino, dois anos depois eu iria trabalhar no jornal de Carlos Lacerda, o inimigo mortal de Vargas (e nunca esse adjetivo foi tão próprio). Diante daquele contexto histórico, muitos estudiosos acreditam que, com o suicídio, Getúlio Vargas atingiu não apenas a si mesmo, mas o coração de seus aliados e a mente de seus inimigos. A afirmação que aparece

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“entre parênteses” no comentário e uma consequência política que atingiu os inimigos de Vargas aparecem, respectivamente, em: (A) a conspiração envolvendo o jornalista Carlos Lacerda é um dos elementos do desfecho trágico e o recuo da ação de políticos conservadores devido ao impacto da reação popular. (B) a tentativa de assassinato sofrida pelo jornalista Carlos Lacerda por apoiar os assessores do presidente que discordavam de suas ideias e o avanço dos conservadores foi intensificado pela ação dos militares. (C) o presidente sentiu-se impotente para atender a seus inimigos, como Carlos Lacerda, que o pressionavam contra a ditadura e os aliados do presidente teriam que aguardar mais uma década para concretizar a democracia progressista. (D) o jornalista Carlos Lacerda foi responsável direto pela morte do presidente e este fato veio impedir definitivamente a ação de grupos conservadores. (E) o presidente cometeu o suicídio para garantir uma definitiva e dramática vitória contra seus acusadores e oferecendo a própria vida Vargas facilitou as estratégias de regimes autoritários no país 28) Declaração I: José Bonifácio Com a mudança da capital para o interior, fica a Corte livre de qualquer assalto de surpresa externa, e se chama para as províncias centrais o excesso de população vadia das cidades marítimas. Desta Corte central dever-se-ão logo abrir estradas para as diversas províncias e portos de mar. (Carlos de Meira Matos. Geopolítica e modernidade: geopolítica brasileira.) Declaração II: Eurico Gaspar Dutra Na América do Sul, o Brasil possui uma grande área que se pode chamar também de Terra Central. Do ponto de vista da geopolítica sul-americana, sob a qual devemos encarar a segurança do Estado brasileiro, o que precisamos fazer quanto antes é realizar a ocupação da nossa Terra Central, mediante a interiorização da Capital. (Adaptado de José W. Vesentini. A Capital da geopolítica.) Considerando o contexto histórico que envolve as duas declarações e comparando as ideias nelas contidas, podemos dizer que: (A) ambas limitam as vantagens estratégicas da definição de uma nova capital a questões econômicas. (B) apenas a segunda considera a mudança da capital importante do ponto de vista da estratégia militar. (C) ambas consideram militar e economicamente importante a localização da capital no interior do país. (D) apenas a segunda considera a mudança da capital uma estratégia importante para a economia do país. (E) nenhuma delas acredita na possibilidade real de desenvolver a região central do país a partir da mudança da capital. 34. O Banco Nacional da Habitação e o Banco Central são criações do governo de: a)João Goulart b)Médici

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c)Castelo Branco d)Getúlio Vargas e)Geisel 35. A partir de 1964 é meta governamental um amplo desenvolvimento no campo econômico. Para que esse objetivo seja alcançado foram feitos sucessivos planejamentos. O que esteve em execução no governo Médici foi: a)Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG) b)Plano Salte c)Plano Cohen d)I Plano Nacional de Desenvolvimento(IPND) e) Plano Quinquenal 36. O governo de Médici destacou-se pelas seguintes realizações: a)instalações das hidrelétricas de Furnas e Itaipu; b) criação da Sudam e da Sudene; c) Criação do PIS e do PRORURAL d)construção das rodovias Transamazônica e Belém-e)Brasília implantação da indústria naval e desenvolvimento da energia nuclear. 37. Durante o governo de Dutra (1946-1951) são verdadeiras as afirmativas referentes à política externa brasileira, exceto: a) o alinhamento do Brasil com os EUA para a defesa do continente e na luta contra o comunismo; b)a assinatura do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR); c) a assinatura da Carta de Bogotá, da qual resultou a Organização dos Estados Americanos (OEA); d) o rompimento das relações com a URSS; e)política externa independente, visando assumir a liderança entre os países do Terceiro Mundo, sobretudo na América Latina. 38. Durante o governo do Presidente Jânio Quadros forma alteradas as diretrizes da política externa. Essas alterações ficaram conhecidas como: a)política externa independente, com aproximação comercial e cultural dos países africanos, especialmente os de língua portuguesa; b)política externa independente, com aproximação cultural e econômica dos países da Europa Central e Ocidental; c)política externa independente, com aproximação comercial e industrial, dos países comunistas; d) política externa dependente, com definição do pragamatismo econômico sob a direção norte-americana e) política externa dependente, com aproximação comercial e cultural dos países latino-americanos. 39. A abertura de relações diplomáticas com a República Popular da China favorecendo o escoamento de produtos brasileiros para este amplo mercado, assim como a assinatura do Acordo Nuclear Brasil- Alemanha são realizações do governo; a)Castelo Branco

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b)Costa e Silva c)Médici d)ErnestoGeisel e)Figueiredo A política do Estado brasileiro, depois da Revolução de 1930, nas palavras do cientista político Décio Saes, “será combatida, pelo seu caráter ‘intervencionista’ e pelo ‘artificialismo’ dos seus efeitos; de outro lado, a política de reconhecimento das classes trabalhadoras urbanas será criticada pelo seu caráter ‘demagógico’, ‘massista’ e ‘antielitista’”. (in: História Geral da Civilização Brasileira, III, 3, 1981, p. 463.) As críticas ao Estado brasileiro pós-1930 eram formuladas por setores que defendiam A) os interesses dos usineiros e, no plano político, o coronelismo. B) posições afinadas com o operariado e, no plano político, o populismo. C) os interesses agroexportadores e, no plano político, o liberalismo. D) as burguesias comercial e financeira e, no plano político, o conservadorismo. E) posições identificadas com as classes médias e, no plano político, o tenentismo. ENEM-04) Cândido Portinari (1903-1962), em seu livro Retalhos de Minha Vida de Infância, descreve os pés dos trabalhadores. Pés disformes. Pés que podem contar uma história. Confundiam-se com as pedras e os espinhos. Pés semelhantes aos mapas: com montes e vales, vincos como rios. (...) Pés sofridos com muitos e muitos quilômetros de marcha. Pés que só os santos têm. Sobre a terra, difícil era distingui-los. Agarrados ao solo, eram como alicerces, muitas vezes suportavam apenas um corpo franzino e doente. (Cândido Portinari, Retrospectiva, Catálogo MASP) As fantasias sobre o Novo Mundo, a diversidade da natureza e do homem americano e a crítica social foram temas que inspiraram muitos artistas ao longo de nossa História. Dentre estas imagens, a que melhor caracteriza a crítica social contida no texto de Portinari é: A)

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B)

C)

D)

E)

QUESTÃO 41 Acerca do Governo Eurico Gaspar Dutra (1946-1951), é CORRETO afirmar que A) se serviu da Constituição de 1937, base legal da .República Populista., para colocar na ilegalidade o PCB.

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B) se elegeu pelo PTB, mas contava também com o apoio do PSD e da UDN na condução de sua política administrativa. C) sua política econômica foi liberal, em sua primeira fase, e ganhou um caráter intervencionista, em seus últimos anos. D) reformulou as leis trabalhistas, visando desconstruir a estrutura corporativista herdada dos tempos de Vargas. . ATUALIDADES E QUESTÕES INTERDICIPLINARES Questão 59 (ENEM 2009) Para Caio Prado Jr., a formação brasileira se completaria no momento em que fosse superada a nossa herança de inorganicidade social ― o oposto da interligação com objetivos internos ― trazida da colônia. Este momento alto estaria, ou esteve, no futuro. Se passarmos a Sérgio Buarque de Holanda, encontraremos algo análogo. O país será moderno e estará formado quando superar a sua herança portuguesa, rural e autoritária, quando então teríamos um país democrático. Também aqui o ponto de chegada está mais adiante, na dependência das decisões do presente. Celso Furtado, por seu turno, dirá que a nação não se completa enquanto as alavancas do comando, principalmente do econômico, não passarem para dentro do país. Como para os outros dois, a conclusão do processo encontra-se no futuro, que agora parece remoto. SCHWARZ, R. Os sete fôlegos de um livro. Sequências brasileiras. São Paulo: Cia. das Letras,1999 (adaptado). Acerca das expectativas quanto à formação do Brasil, a sentença que sintetiza os pontos de vista apresentados no texto é: A- Brasil, um país que vai pra frente. B- Brasil, a eterna esperança. C- Brasil, glória no passado, grandeza no presente. D- Brasil, terra bela, pátria grande. E- Brasil, gigante pela própria natureza. Questão 66 (ENEM 2009) Colhe o Brasil, após esforço contínuo dilatado no tempo, o que plantou no esforço da construção de sua inserção internacional. Há dois séculos formularam-se os pilares da política externa. Teve o país inteligência de longo prazo e cálculo de oportunidade no mundo difuso da transição da hegemonia britânica para o século americano. Engendrou concepções, conceitos e teoria própria no século XIX, de José Bonifácio ao Visconde do Rio Branco. Buscou autonomia decisória no século XX. As elites se interessaram, por meio de calorosos debates, pelo destino do Brasil. O país emergiu, de Vargas aos militares, como ator responsável e previsível nas ações externas do Estado. A mudança de regime político para a democracia não alterou o pragmatismo externo, mas o aperfeiçoou.

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SARAIVA, J. F. S. O lugar do Brasil e o silêncio do parlamento. Correio Braziliense, Brasília, 28 maio 2009 (adaptado). Sob o ponto de vista da política externa brasileira no século XX, conclui-se que A- o Brasil é um país periférico na ordem mundial, devido às diferentes conjunturas de inserção internacional. B- as possibilidades de fazer prevalecer ideias e conceitos próprios, no que tange aos temas do comércio internacional e dos países em desenvolvimento, são mínimas. C- as brechas do sistema internacional não foram bem aproveitadas para avançar posições voltadas para a criação de uma área de cooperação e associação integrada a seu entorno geográfico. D- os grandes debates nacionais acerca da inserção internacional do Brasil foram embasados pelas elites do Império e da República por meio de consultas aos diversos setores da população. E- a atuação do Brasil em termos de política externa evidencia que o país tem capacidade decisória própria, mesmo diante dos constrangimentos internacionais. Questão 71 (ENEM 2009) Além dos inúmeros eletrodomésticos e bens eletrônicos, o automóvel produzido pela indústria fordista promoveu, a partir dos anos 50, mudanças significativas no modo de vida dos consumidores e também na habitação e nas cidades. Com a massificação do consumo dos bens modernos, dos eletroeletrônicos e também do automóvel, mudaram radicalmente o modo de vida, os valores, a cultura e o conjunto do ambiente construído. Da ocupação do solo urbano até o interior da moradia, a transformação foi profunda. MARICATO, E. Urbanismo na periferia do mundo globalizado: metrópoles brasileiras. Disponível em: http://www.scielo.br. Acesso em: 12 ago. 2009 (adaptado). Uma das consequências das inovações tecnológicas das últimas décadas, que determinaram diferentes formas de uso e ocupação do espaço geográfico, é a instituição das chamadas cidades globais, que se caracterizam por A- possuírem o mesmo nível de influência no cenário mundial. B- fortalecerem os laços de cidadania e solidariedade entre os membros das diversas comunidades. C- constituírem um passo importante para a diminuição das desigualdades sociais causadas pela polarização social e pela segregação urbana. D- terem sido diretamente impactadas pelo processo de internacionalização da economia, desencadeado a partir do final dos anos 1970. E- terem sua origem diretamente relacionadas ao processo de colonização ocidental do século XIX. Questão 72 (ENEM 2009) Populações inteiras, nas cidades e na zona rural, dispõem da parafernália digital global como fonte de educação e de formação cultural. Essa simultaneidade de cultura e informação eletrônica com as formas tradicionais e orais é um desafio que necessita ser discutido. A exposição, via mídia

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eletrônica, com estilos e valores culturais de outras sociedades, pode inspirar apreço, mas também distorções e ressentimentos. Tanto quanto há necessidade de uma cultura tradicional de posse da educação letrada, também é necessário criar estratégias de alfabetização eletrônica, que passam a ser o grande canal de informação das culturas segmentadas no interior dos grandes centros urbanos e das zonas rurais. Um novo modelo de educação. BRIGAGÃO, C. E.; RODRIGUES, G. A globalização a olho nu: o mundo conectado. São Paulo: Moderna, 1998 (adaptado). Com base no texto e considerando os impactos culturais da difusão das tecnologias de informação no marco da globalização, depreende-se que A- a ampla difusão das tecnologias de informação nos centros urbanos e no meio rural suscita o contato entre diferentes culturas e, ao mesmo tempo, traz a necessidade de reformular as concepções tradicionais de educação. B- a apropriação, por parte de um grupo social, de valores e ideias de outras culturas para benefício próprio é fonte de conflitos e ressentimentos. C- as mudanças sociais e culturais que acompanham o processo de globalização, ao mesmo tempo em que refletem a preponderância da cultura urbana, tornam obsoletas as formas de educação tradicionais próprias do meio rural. D- as populações nos grandes centros urbanos e no meio rural recorrem aos instrumentos e tecnologias de informação basicamente como meio de comunicação mútua, e não os veem como fontes de educação e cultura. E- a intensificação do fluxo de comunicação por meios eletrônicos, característica do processo de globalização, está dissociada do desenvolvimento social e cultural que ocorre no meio rural.

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Questão 73 (ENEM 2009)

CIATTONI, A. Géographie. L’espace mondial. Paris: Hatier, 2008 (adaptado). A partir do mapa apresentado, é possível inferir que nas últimas décadas do século XX, registraram-se processos que resultaram em transformações na distribuição das atividades econômicas e da população sobre o território brasileiro, com reflexos no PIB por habitante. Assim, A- as desigualdades econômicas existentes entre regiões brasileiras desapareceram, tendo em vista a modernização tecnológica e o crescimento vivido pelo país. B- os novos fluxos migratórios instaurados em direção ao Norte e ao Centro-Oeste do país prejudicaram o desenvolvimento socioeconômico dessas regiões, incapazes de atender ao crescimento da demanda por postos de trabalho. C- o Sudeste brasileiro deixou de ser a região com o maior PIB industrial a partir do processo de desconcentração espacial do setor, em direção a outras regiões do país. D- o avanço da fronteira econômica sobre os estados da região Norte e do Centro-Oeste resultou no desenvolvimento e na introdução de novas atividades econômicas, tanto nos setores primário e secundário, como no terciário. E- o Nordeste tem vivido, ao contrário do restante do país, um período de retração econômica, como consequência da falta de investimentos no setor industrial com base na moderna tecnologia. Questão 75 (ENEM 2009) O movimento migratório no Brasil é significativo, principalmente em função do volume de pessoas que saem de uma região com destino a outras regiões. Um desses movimentos ficou famoso nos anos 80, quando muitos nordestinos deixaram a região Nordeste em direção ao Sudeste do Brasil. Segundo os

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dados do IBGE de 2000, este processo continuou crescente no período seguinte, os anos 90, com um acréscimo de 7,6% nas migrações deste mesmo fluxo. A Pesquisa de Padrão de Vida, feita pelo IBGE, em 1996, aponta que, entre os nordestinos que chegam ao Sudeste, 48,6% exercem trabalhos manuais não qualificados, 18,5% são trabalhadores manuais qualificados, enquanto 13,5%, embora não sejam trabalhadores manuais, se encontram em áreas que não exigem formação profissional. O mesmo estudo indica também que esses migrantes possuem, em média, condição de vida e nível educacional acima dos de seus conterrâneos e abaixo dos de cidadãos estáveis do Sudeste. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 30 jul. 2009 (adaptado). Com base nas informações contidas no texto, depreende-se que A- o processo migratório foi desencadeado por ações de governo para viabilizar a produção industrial no Sudeste. B- os governos estaduais do Sudeste priorizaram a qualificação da mão-de-obra migrante. C- o processo de migração para o Sudeste contribui para o fenômeno conhecido como inchaço urbano. D- as migrações para o sudeste desencadearam a valorização do trabalho manual, sobretudo na década de 80. E- a falta de especialização dos migrantes é positiva para os empregadores, pois significa maior versatilidade profissional. Questão 77 (ENEM 2009) A luta pela terra no Brasil é marcada por diversos aspectos que chamam a atenção. Entre os aspectos positivos, destaca-se a perseverança dos movimentos do campesinato e, entre os aspectos negativos, a violência que manchou de sangue essa história. Os movimentos pela reforma agrária articularam-se por todo o território nacional, principalmente entre 1985 e 1996, e conseguiram de maneira expressiva a inserção desse tema nas discussões pelo acesso à terra. O mapa seguinte apresenta a distribuição dos conflitos agrários em todas as regiões do Brasil nesse período, e o número de mortes ocorridas nessas lutas.

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Com base nas informações do mapa acerca dos conflitos pela posse de terra no Brasil, a região A conhecida historicamente como das Missões Jesuíticas é a de maior violência. B- do Bico do Papagaio apresenta os números mais expressivos. C- conhecida como oeste baiano tem o maior número de mortes. D- do norte do Mato Grosso, área de expansão da agricultura mecanizada, é a mais violenta do país. E- da Zona da Mata mineira teve o maior registro de mortes. pergunta:"Naquela época não tinha maquinaria, meu pai trabalhava na enxada. Meu pai era de Módena, minha mãe era de Capri e ficaram muito tempo na roça. Depois a família veio morar nessa travessa da avenida Paulista; agora está tudo mudado, já não entendo nada dessas ruas". Esse trecho de um depoimento de um descendente de imigrante, transcrito na obra MEMÓRIA E SOCIEDADE, de Ecléa Bosi, constitui um documento importante para a análise a) do processo de crescimento urbano paulista no início do século atual, que desencadeou crises constantes entre fazendeiros de café e industriais. b) da imigração européia para o Brasil, organizada pelos fazendeiros de café nas primeiras décadas do século XX, baseada em contratos de trabalho conhecidos como "sistema de parceria". c) da imigração italiana, caracterizada pela contratação de mão-de-obra estrangeira para a lavoura cafeeira, e do posterior processo de migração e de crescimento urbano de São Paulo. d) do percurso migratório italiano promovido pelos governos italiano e paulista, que organizavam a transferência de trabalhadores rurais para o setor manufatureiro. e) da crise na produção cafeeira da primeira década do século XX, que forçou

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os fazendeiros paulistas a desempregar milhares de imigrantes italianos, acelerando o processo de industrialização. 21)Na América do Sul, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) lutam, há décadas, para impor um regime de inspiração marxista no país. Hoje, são acusadas de envolvimento com o narcotráfico, o qual supostamente financia suas ações, que incluem ataques diversos, assassinatos e seqüestros. Na Ásia, a Al Qaeda, criada por Osama bin Laden, defende o fundamentalismo islâmico e vê nos Estados Unidos da América (EUA) e em Israel inimigos poderosos, os quais deve combater sem trégua. A mais conhecida de suas ações terroristas ocorreu em 2001, quando foram atingidos o Pentágono e as torres do World Trade Center. A partir das informações acima, conclui-se que A) as ações guerrilheiras e terroristas no mundo contemporâneo usam métodos idênticos para alcançar os mesmos propósitos. B) o apoio internacional recebido pelas Farc decorre do desconhecimento, pela maioria das nações, das práticas violentas dessa organização. C) os EUA, mesmo sendo a maior potência do planeta, foram surpreendidos com ataques terroristas que atingiram alvos de grande importância simbólica. D) as organizações mencionadas identificam-se quanto aos princípios religiosos que defendem. E) tanto as Farc quanto a Al Qaeda restringem sua atuação à área geográfica em que se localizam, respectivamente, América do Sul e Ásia. (ENEM-98) Em uma disputa por terras, em Mato Grosso do Sul, dois depoimentos são colhidos: o do proprietário de uma fazenda e o de um integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terras: Depoimento 1 “A minha propriedade foi conseguida com muito sacrifício pelos meus antepassados. Não admito invasão. Essa gente não sabe de nada. Estão sendo manipulados pelos comunistas. Minha resposta será à bala. Esse povo tem que saber que a Constituição do Brasil garante a propriedade privada. Além disso, se esse governo quiser as minhas terras para a Reforma Agrária terá que pagar, em dinheiro, o valor que eu quero.” proprietário de uma fazenda no Mato Grosso do Sul. Depoimento 2 “Sempre lutei muito. Minha família veio para a cidade porque fui despedido quando as máquinas chegaram lá na Usina. Seu moço, acontece que eu sou um homem da terra. Olho pro céu, sei quando é tempo de plantar e de colher. Na cidade não fico mais. Eu quero um pedaço de terra, custe o que custar. Hoje eu sei que não estou sozinho. Aprendi que a terra tem um valor social. Ela é feita para produzir alimento. O que o homem come vem da terra. O que é duro é ver que aqueles que possuem muita terra e não dependem dela para sobreviver, pouco se preocupam em produzir nela.”– integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de Corumbá – MS. De terras são: I. A Constituição do país garante o direito à propriedade privada, portanto, invadir terras é crime.

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II. O MST é um movimento político controlado por partidos políticos. III. As terras são o fruto do árduo trabalho das famílias que as possuem. IV. Este é um problema político e depende unicamente da decisão da justiça. Estão corretas as proposições: (A) I, apenas. (B) I e IV, apenas. (C) II e IV, apenas. (D) I , II e III, apenas. (E) I, III e IV, apenas. (ENEM-00) Os textos abaixo relacionam-se a momentos distintos da nossa história. “A integração regional é um instrumento fundamental para que um número cada vez maior de países possa melhorar a sua inserção num mundo globalizado, já que eleva o seu nível de competitividade, aumenta as trocas comerciais, permite o aumento da produtividade, cria condições para um maior crescimento econômico e favorece o aprofundamento dos processos democráticos. A integração regional e a globalização surgem assim como processos complementares e vantajosos.” (Declaração de Porto, VIII Cimeira Ibero-Americana, Porto, Portugal, 17 e 18 de outubro de 1998) “Um considerável número de mercadorias passou a ser produzido no Brasil, substituindo o que não era possível ou era muito caro importar. Foi assim que a crise econômica mundial e o encarecimento das importações levaram o governo Vargas a criar as bases para o crescimento industrial brasileiro.” (POMAR, Wladimir. Era Vargas – a modernização conservadora) É correto afirmar que as políticas econômicas mencionadas nos textos são: (A) opostas, pois, no primeiro texto, o centro das preocupações são as exportações e, no segundo, as importações. (B) semelhantes, uma vez que ambos demonstram uma tendência protecionista. (C) diferentes, porque, para o primeiro texto, a questão central é a integração regional e, para o segundo, a política de substituição de importações. (D) semelhantes, porque consideram a integração regional necessária ao desenvolvimento econômico. (E) opostas, pois, para o primeiro texto, a globalização impede o aprofundamento democrático e, para o segundo, a globalização é geradora da crise econômica. (ENEM-01) Os textos referem-se à integração do índio à chamada civilização brasileira. I - “Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento que separa e que tenta nos eliminar cultural, social e até fisicamente. A justificativa é a de que somos apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus.(...) É preciso congelar essas idéias

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colonizadoras, porque elas são irreais e hipócritas e também genocidas.(...) Nós, índios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes.” Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas, Folha de S. Paulo, 31 de agosto de 1994. II - “O Brasil não terá índios no final do século XXI (...) E por que isso? Pela razão muito simples que consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto das demais comunidades primitivas que existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório.” Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994. Pode-se afirmar, segundo os textos, que: (A) tanto Terena quanto Jaguaribe propõem ideias inadequadas, pois o primeiro deseja a aculturação feita pela “civilização branca”, e o segundo, o confinamento de tribos. (B) Terena quer transformar o Brasil numa terra só de índios, pois pretende mudar até mesmo a língua do país, enquanto a ideia de Jaguaribe é anticonstitucional, pois fere o direito à identidade cultural dos índios. (C) Terena compreende que a melhor solução é que os brancos aprendam a língua tupi para entender melhor o que dizem os índios. Jaguaribe é de opinião que, até o final do século XXI, seja feita uma limpeza étnica no Brasil. (D) Terena defende que a sociedade brasileira deve respeitar a cultura dos índios e Jaguaribe acredita na inevitabilidade do processo de aculturação dos índios e de sua incorporação à sociedade brasileira. (E) Terena propõe que a integração indígena deve ser lenta, gradativa e progressiva, e Jaguaribe propõe que essa integração resulte de decisão autônoma das comunidades.

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Ciências da Natureza e suas tecnologias I Profª. Dayane Jenny Tavares Jacon AULA 01 – ESCALARES E VETORES GRANDEZAS ESCALARES E VETORIAIS:

Uma grandeza é escalar quando tem apenas intensidade, isto é, fica perfeitamente definida e caracterizada pelo seu valor numérico, medido através de um número real e de uma unidade. Ex.: comprimento, área, volume, densidade, massa, tempo, energia, pressão, potência, etc. Uma grandeza é vetorial quando exige, para sua completa caracterização, além de sua intensidade, também a sua orientação, isto é, a sua direção e sentido. Ex.: Deslocamento, velocidade, aceleração, força, impulso, quantidade de movimento, campo elétrico, campo magnético, etc. VETOR Definição: é uma associação de 3 atributos: módulo, direção e sentido. Soma de dois vetores: Consideremos dois vetores, 𝑉1

e 𝑉2 ; chama-se “vetor soma” ou vetor

resultante entre 𝑉1 e 𝑉2

um terceiro vetor 𝑉3 obtido geometricamente como se

segue. Constrói-se um paralelogramo tendo como lados as representações geométricas de 𝑉1

e 𝑉2 , feitas com a mesma origem O. A diagonal do

paralelogramo que contém a origem comum O correspondente à representação geométrica do vetor soma 𝑉3

.

Soma de “n” vetores: Para somarmos vários vetores, é mais fácil usarmos a regra do polígono. Escolhemos um ponto qualquer (O) para começarmos o polígono. A partir de O colocamos o primeiro vetor. Na extremidade do primeiro vetor colocamos o segundo vetor e assim sucessivamente. O vetor soma é o vetor que fecha o polígono.

AULA 02 – LEIS DE NEWTON

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Como dito previamente, a Dinâmica é a parte da Mecânica que estuda os movimentos dos corpos, analisando as causas que explicam como um corpo inicialmente em repouso pode entrar em movimento, como é possível modificar o movimento de um corpo ou como um corpo em movimento pode ser levado ao repouso. Essas causas são, como veremos, as forças! O estudo científico dos movimentos dos corpos deve-se a Galileu Galilei (1564 – 1642), que introduziu em Física o método experimental. Este consiste em:

i. Observar os fenômenos; ii. Medir as grandezas que interferem nos fenômenos; iii. Estabelecer as leis físicas que os regem.

Por meio de experiências, Galileu Galilei verificou que a tendência dos

corpos, quando não submetidos à ação de forças, é permanecer em repouso ou realizar movimento retilíneo uniforme. “Um corpo em repouso tende, por sua inércia, a permanecer em repouso. Um corpo em movimento tende, por sua inércia, a manter constante sua velocidade.” Isaac Newton Com base nos trabalhos de Galileu e de Johannes Kepler (1571 – 1630), Isaac Newton estabeleceu 3 princípios e, a partir deles, desenvolveu a teoria sobre os movimentos dos corpos, denominada Mecânica Clássica. Princípio da Inércia: 1ª Lei de Newton Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em linha reta, a menos que seja forçado a sair desse estado por forças imprimidas sobre ele. Em outras palavras, todo corpo livre da ação de forças ou está em repouso ou realiza movimento retilíneo e uniforme. Dessa lei resulta o conceito dinâmico de força: Força é a causa que produz num corpo variação de velocidade, isto é, produz aceleração. Princípio Fundamental da Dinâmica: 2ª Lei de Newton Considere um ponto material de massa m e sob a ação de um sistema de forças cuja resultante é 𝐹 . O Princípio Fundamental da Dinâmica estabelece que a resultante 𝐹 das forças aplicadas a um ponto material de massa m produz uma aceleração 𝑎 tal que:

𝐹 = 𝑚. 𝑎 Ou seja, 𝐹 e 𝑎 têm a mesma direção, mesmo sentido e intensidades proporcionais. Princípio da Ação e Reação: 3ª Lei de Newton Quando um corpo A aplica uma força 𝐹𝐴

num corpo B, este aplica em A uma força 𝐹𝐵

. As forças (𝐹𝐴 e 𝐹𝐵

) têm a mesma intensidade, a mesma direção e sentidos opostos. Uma das forças é chamada de ação e a outra de reação.

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EXERCÍCIOS DE AULA 01. O bloco da figura tem massa igual a 4,0 kg e está sujeito à ação exclusiva das forças horizontais 𝐹1

e 𝐹2 .

Sabendo que as intensidades de 𝐹1

e de 𝐹2 valem, respectivamente, 30 N e 20

N, determine o módulo da aceleração do bloco.

02. (Cesesp-PE) O gráfico abaixo corresponde ao movimento de um pequeno disco de massa igual a 10 g sendo arrastado por uma força constante F sobre uma mesa horizontal sem atrito.

Qual o valor da força em newtons?

a) 5.10-4 b) 2.10-3 c) 5.10-3 d) 8.10-3 e) 3.10-2

EXERCÍCIOS PROPOSTOS . 01. (U.F.Viçosa-MG) Desprezada a resistência do ar, a opção que apresenta corretamente a(s) força(s) que atua(m) sobre uma bola de futebol após ter sido chutada é

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02. (Vunesp-SP) As estatísticas indicam que o uso do cinto de segurança deve ser obrigatório para prevenir lesões graves em motoristas e passageiros no caso de acidentes. Fisicamente, a função do sinto está relacionada com a

a) Primeira Lei de Newton b) Lei de Snell c) Lei de Ampère d) Lei de Ohm e) Primeira Lei de Kepler

03. (Mackenzie-SP) Um automóvel de massa 1.600 kg desloca-se a partir do repouso e atinge certa velocidade devido à ação de uma força resultante constante, paralela à trajetória, de intensidade 800 N. A aceleração sofrida pelo carro, nesse intervalo, foi

a) 0,5 m/s² b) 1,0 m/s² c) 2,0 m/s² d) 40 m/s² e) 20 m/s²

04. (Vunesp-SP) Um corpo de massa m pode se deslocar ao longo de uma reta horizontal sem encontrar qualquer resistência. O gráfico representa a aceleração a, desse corpo, em função do módulo (intensidade), F, da força aplicada, que atua sempre na direção da reta horizontal.

A partir do gráfico, é possível concluir que a massa do corpo, em kg, é igual a

a) 10,0 b) 6,0 c) 2,0 d) 0,4 e) 0,1

05. Dois objetos, A e B, equilibram-se, quando colocados em pratos opostos de uma balança de braços iguais. Quando colocados num mesmo prato da balança, eles equilibram um terceiro objeto C, colocado no outro prato. Suponha então que sobre uma mesa horizontal, sem atrito, uma certa força imprima ao objeto A uma aceleração de 10 m/s². Qual será a aceleração adquirida pelo objeto C, quando submetido a essa mesma força?

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06. (UFRS-RS) Um corpo de massa igual a 5 kg, inicialmente em repouso, sofre a ação de uma força resultante constante de 30 N. Qual a velocidade do corpo depois de 5 s?

a) 5 m/s b) 6 m/s c) 25 m/s d) 30 m/s e) 150 m/s

AULA 03 – TRABALHO CONCEITO DE ENERGIA E TRABALHO: conceitua-se energia como aquilo que nos capacita a realizar tarefas, tais como: levantar um corpo, arremessar uma pedra, subir uma escada, etc. A energia pode se manifestar de diversas modalidades: a energia mecânica (do tipo potencial e do tipo cinética), a energia elétrica, a energia química, a energia térmica, etc. A energia pode se transferir de um corpo para outro ou ainda pode se transformar de uma modalidade em outra. Para medir a energia mecânica transferida ou transformada com o conhecimento da força utilizada e do deslocamento do corpo, usamos o conceito de trabalho. Assim, trabalho é uma medida de energia mecânica transferida ou transformada através de uma força. DEFINIÇÃO DE TRABALHO:

𝜏 = |𝐹 |. |𝑑 |. cos 𝜃

Unidade de Trabalho: Um joule é o trabalho realizado por uma força constante de intensidade 1 newton que desloca seu ponto de aplicação, na direção e no sentido da força, de um comprimento de 1 metro.

1 J = 1 N.m

EXERCÍCIOS DE AULA 01. Um bloco de peso 10 N está em movimento sobre um plano horizontal, no sentido da esquerda para a direita. No esquema, estão representadas as forças que atuam no bloco. São dados F1 = 10 N e F2 = 2 N

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a) Calcule o trabalho que cada uma das forças realiza em um deslocamento de 5 m.

b) Calcule o trabalho da força resultante. 02. (UFPR) Um corpo de massa 4,0 kg executa movimento circular e uniforme de raio R = 3,0 m e velocidade angular ϖ = 2,0 rad/s. Qual o trabalho realizado pela força resultante sobre o corpo após duas voltas? Justifique sua resposta. AULA 04 – TRABALHOS PESO / MOLA / e TEC – TEOREMA DA ENERGIA CINÉTICA UM CASO PARTICULAR: O trabalho da força Peso Um ponto material de massa m desloca-se desde uma posição A até outra B, num local onde a aceleração da gravidade é suposta constante. Nessas condições, o peso �� = m. 𝑔 é constante. Seu trabalho ao longo da trajetória AB é dado por:

𝜏 = 𝑃. 𝑑. cos 𝜃 Sendo h o desnível entre os pontos A e B, vem:

𝜏 = 𝑃. ℎ 𝜏 = 𝑚𝑔ℎ TRABALHO DA FORÇA ELÁSTICA A deformação de uma mola é denominada elástica quando, cessando a ação da força que a produziu, a mola volta à situação inicial. Nessas condições, ao ser alongada ou comprimida (figura abaixo) a mola exerce no bloco uma força denominada força elástica, que tende trazer o bloco para à posição O de equilíbrio (mola não deformada).

A intensidade da força elástica é proporcional à deformação (Lei de Hooke):

𝐹𝑒𝑙 = 𝑘. 𝑥

Onde, k = Constante característica da mola e x = deformação.

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PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA A energia nunca é criada nem destruída, mas apenas transformada de um tipo em outro (ou outros). O total de energia existente antes da transformação é igual ao total de energia obtido depois da transformação.

∑𝐸0 = ∑𝐸𝐹

TEOREMA DA ENERGIA CINÉTICA (TEC) O trabalho da resultante das forças agentes em um corpo em determinado deslocamento mede a variação da energia cinética ocorrida nesse deslocamento.

𝜏𝑅 = 𝛥𝐸𝑐 𝐸𝑐 = 𝑚.𝑉2

2

EXERCÍCIOS DE AULA 01. (Fatec-SP) Um homem ergue uma caixa de massa 8,0 kg, a uma altura de 1,0 m, para colocá-la sobre uma mesa distante 1,5 m do local. Adotando g = 10 m/s² é correto afirmar que o trabalho realizado pela força peso, até a superfície superior da mesa, é

a) -80 J b) 80 J c) 120 J d) 200 J e) -120 J

02. (Unicamp) O gráfico a seguir representa a intensidade da força aplicada a uma mola em função de sua deformação.

a) Qual a constante elástica da mola? b) Qual o trabalho realizado de 0 a 0,5 m?

03. (Simulado ENEM/2007 - Objetivo) Um carro-teste consome 4,0kg de biodiesel para realizar trabalho mecânico. Se a queima de 1g de biodiesel libera 5,0.10³ cal e o rendimento do motor é de 15%, o trabalho mecânico realizado, em joules, vale, aproximadamente: Dado: 1cal = 4,2 joules

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a) 1,3.107 b) 9,0.106 c) 3,0.106 d) 1,0.106 e) 7,2.105

04. Um homem puxa a extremidade livre de uma mola de constante elástica igual a 1,0.10³ N/m, alongando-a 20 cm. O trabalho da força elástica sobre a mão do homem vale

a) 40 J b) 20 J c) – 40 J d) – 20 J e) -2,0.105 J

AULA 05 - POTÊNCIA

𝑃 = 𝐸

𝛥𝑡=

𝜏

𝛥𝑡(𝑤𝑎𝑡𝑡𝑠)

Potência de uma força mede a rapidez com que o trabalho dessa tal

força é realizado. O watt é a potência constante de uma força que realiza um trabalho de 1

joule em cada segundo.

1 𝑤𝑎𝑡𝑡 = 1 𝑗𝑜𝑢𝑙𝑒

1 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜

EXERCÍCIOS DE AULA 01. (Fuvest) Um pai de 70 kg e seu filho de 50 kg pedalam lado a lado, em bicicletas idênticas, mantendo sempre velocidade uniforme. Se ambos sobem uma rampa e atingem um patamar plano, podemos afirmar que, na subida da rampa até atingir o patamar, o filho, em relação ao pai,

a) Realizou mais trabalho. b) Realizou a mesma quantidade de trabaho. c) Possuía mais energia cinética. d) Possuía a mesma quantidade de energia cinética. e) Desenvolveu potência mecânica menor.

02. (Unicamp) Um carro lançado pela indústria brasileira tem aproximadamente 1.500 kg, e pode acelerar, do repouso até uma velocidade de 108 km/h, em 10 s (fonte: Quatro Rodas). Adote 1 cv = 750 W.

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a) Qual o trabalho realizado nessa aceleração? b) Qual a potência do carro em cavalo-vapor?

03. Um carro se desloca com velocidade escalar constante de 20 m/s numa estrada reta e horizontal. A resultante das forças que se opõem ao movimento tem intensidade FR = 1,0.10³ N. Determine:

a) A intensidade Fm da força que movimenta o carro. b) A potência desenvolvida pelo motor do carro.

AULA 06 - ENERGIA

𝐸𝑐 = 𝑚.𝑉2

2 𝐸𝑝𝑔

= 𝑚𝑔ℎ 𝐸𝑒𝑙 = 𝑘.𝑥2

2

Entre os diferentes tipos de energia há uma constante transformação. A energia nunca é criada nem destruída, mas apenas transformada de um tipo em outro (ou outros). Princípio da Conservação da Energia:

O total de energia existente antes da transformação é igual ao total de energia obtido depois da transformação. EXERCÍCIOS DE AULA 01. (Simulado ENEM/2007 - Objetivo) – Em uma caminhada, um jovem consome 1 litro de O2 por minuto, quantidade exigida por reações que fornecem a seu organismo 20kJ/minuto (ou 5 “calorias dietéticas”/minuto). Em dado momento, o jovem passa a correr, voltando depois a caminhar. O gráfico representa seu consumo de oxigênio em função do tempo. Por ter corrido, o jovem utilizou uma quantidade de energia a mais, do que se tivesse apenas caminhado durante todo o tempo, aproximadamente, de:

a) 10kJ. b) 21kJ. c) 200kJ. d) 420kJ. e) 480kJ.

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02. (ENEM 2009) A eficiência de um processo de conversão de energia, definida como sendo a razão entre a quantidade energia ou trabalho útil e a quantidade de energia que entra no processo, é sempre menor que 100% devido às limitações impostas por leis físicas. A tabela a seguir mostra a eficiência global de vários processos de conversão.

Se essas limitações não existissem, os sistemas mostrados na tabela, que mais se beneficiariam de investimentos em pesquisas para terem suas eficiências aumentadas, seriam aqueles que envolvem transformações de energia

a) Mecânica ↔ energia elétrica b) Nuclear ↔ energia elétrica c) Química ↔ energia elétrica d) Química ↔ energia térmica e) Radiante ↔ energia elétrica

AULA 07 – IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO “Impulso é caracterizado pela força e pelo intervalo de tempo de sua atuação, e Quantidade de movimento leva em conta a massa e a velocidade do corpo.” IMPULSO DE UMA FORÇA CONSTANTE: Considere um ponto material sob a ação de uma força 𝐹 constante, durante um intervalo de tempo Δt = t2 – t1. Por definição, impulso da força 𝐹 no intervalo de tempo Δt é a grandeza vetorial:

𝐼 = 𝐹 . 𝛥𝑡 QUANTIDADE DE MOVIMENTO DE UM PONTO MATERIAL: Considere um ponto material de massa m que, num certo instante, possui velocidade �� . Por definição, quantidade de movimento do ponto material no instante em questão é a grandeza vetorial:

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�� = 𝑚. �� QUANTIDADE DE MOVIMENTO DE UM SISTEMA DE PONTOS MATERIAIS: Considere um sistema de pontos materiais de massas m1, m2,..., mn que num certo instante possuem, respectivamente, as velocidades 𝑉1

, 𝑉2 , … , 𝑉𝑛 . Por

definição, a quantidade de movimento do sistema de pontos materiais, no instante em questão, é a soma das quantidades de movimento dos pontos do sistema:

�� = 𝑚1. 𝑉1 + 𝑚2. �� 2 + … 𝑚𝑛. �� 𝑛

TEOREMA DO IMPULSO PARA UM PONTO MATERIAL: O impulso da resultante das forças que atuam num ponto material num certo intervalo de tempo é igual à variação da quantidade de movimento do ponto material no mesmo intervalo de tempo.

𝐼 = 𝑄2 − 𝑄1

FORÇAS INTERNAS E FORÇAS EXTERNAS A UM SISTEMA DE PONTOS MATERIAIS: Considere um sistema de pontos materiais. As forças que atuam sobre os pontos do sistema são classificadas em forças internas e forças externas. As forças internas são as forças recíprocas entre os próprios pontos do sistema; as forças externas são as forças sobre os pontos do sistema, que são exercidas por outros pontos não pertencentes ao sistema. SISTEMAS ISOLADOS DE FORÇAS EXTERNAS: Um sistema de pontos materiais é denominado isolado de forças externas quando:

i. não existem forças externas; ii. existem forças externas, mas sua resultante é nula; iii. existem forças externas, mas de intensidades desprezíveis, quando

comparadas com as intensidades das forças internas. (Esta última situação ocorre, por exemplo, na explosão de uma granada!) CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO: A quantidade de movimento de um sistema de pontos materiais isolados de forças externas permanece constante.

𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑄𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

EXERCÍCIOS DE AULA 01. Uma partícula de massa 0,5 kg realiza um movimento obedecendo à função horária s = 5 + 2t + 3t², no SI. Determine o módulo da quantidade de movimento da partícula no instante t = 2 s.

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02. Uma força constante atua durante 5,0 s sobre uma partícula de massa 2,0 kg, na direção e no sentido de seu movimento, fazendo com que sua velocidade escalar varie de 5,0 m/s para 9,0 m/s. Determine:

a) o módulo da variação da quantidade de movimento da partícula; b) a intensidade do impulso da força atuante; c) a intensidade da força.

03. (UFScar-SP) Uma bola de tênis de massa 60 g adquire, num saque, velocidade inicial de 30 m/s. Admita que, ao atingida pela raquete, a bola esteja praticamente em repouso, e que o impacto seja normal à raquete e “sem efeito”, isto é, a bola é lançada sem rotação. Adote g = 10 m/s².

a) Quais os valores do trabalho e do módulo do impulso exercidos pela raquete sobre a bola?

b) Suponha que o intervalo de tempo em que ocorre a interação entre a bola e a raquete seja de 0,10 s. Qual a razão F/P entre o módulo da força média 𝐹 exercida pela raquete sobre a bola durante esse intervalo de tempo e o módulo do peso �� da bola?

04. O gráfico abaixo mostra a variação da intensidade da força 𝐹 de direção constante que atua num ponto material de massa m = 2,0 kg. Admita em t = 0, V0 = 0.

Determine: a) O módulo do impulso de 𝐹 no intervalo de tempo de 0 a 10 s; b) Sua velocidade em t = 10 s.

05. Um corpo de massa m = 1,0 kg e velocidade V1 = 4,0 m/s na horizontal recebe um impulso de uma força que altera sua velocidade para V2 = 3,0 m/s numa direção perpendicular à anterior. Determine:

a) A intensidade do impulso da força; b) A intensidade da força, admitindo que o impulso ocorre em um intervalo

de 1,0 . 10-2 s. . Física - Eletricidade

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AULA 08 – Carga Elétrica 1 - Introdução

A matéria é formada de pequenas partículas, os átomos. Cada átomo por

sua vez, é constituído de partículas ainda menores, os prótons, os elétrons e os nêutrons. Os prótons e os nêutrons localizam-se na parte central do átomo, e formam o chamado núcleo. Os elétrons giram em torno do núcleo na região chamada de eletrosfera. Os prótons e os elétrons apresentam uma propriedade física importante, a carga elétrica. A carga do próton e do elétron tem a mesma intensidade, mas sinais contrários. A carga do próton é positiva e a do elétron, negativa.

Num átomo não existe predominância de cargas elétricas; o número de prótons é igual ao número de elétrons. O átomo é um sistema eletricamente neutro. Entretanto, quando ele perde ou ganha elétrons, fica eletrizado. Eletrizado positivamente quando perde elétrons e negativamente quando recebe elétrons.

No SI, a unidade de medida de carga elétrica é o coulomb (C). 1.1- Carga elementar (carga de um próton ou de um elétron em modulo)

Partícula Carga

próton + 1,602 . 10-19

elétron - 1,602 . 10-19

1.2- Unidade de carga elétrica

Submúltiplo Símbolo Valor

milicoulomb mC 10-3

microcoulomb µC 10-6

nanocoulomb nC 10-9

picocoulomb pC 10-12

1.3- Determinação quantitativa da carga elétrica

q = n. e

Onde: q : carga elétrica do corpo ( C ); n : número de prótons ou de elétrons em excesso; e : carga elementar. 1.4- Corpos neutros e corpo eletrizado

Corpo Neutro: É aquele em que o número de cargas negativas é igual ao

número de positivas. (não há cargas em excesso). Corpo eletrizado: É aquele em que o número de cargas negativas é diferente do número de cargas positivas.

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Um corpo pode estar eletrizado positivamente ou eletrizado negativamente. 1.5- Exercícios de aula 1.5.1- Comente as frases:

I. Corpo neutro não tem carga.

II. Eletrizar um corpo positivamente é acrescentar-lhe prótons. 1.5.2- Complete:

I. Corpo neutro quando dele retiramos elétrons fica_________.

II. Corpo neutro quando ganha elétrons fica ________________. 1.5.3- Um corpo eletrizado positivamente apresenta quantidade de carga de 480µC. Calcule o número de elétrons perdidos pelo corpo, inicialmente neutro. Dado: e= 1,6X10-19C. AULA 09 – Eletrização 1- Princípios da atração e repulsão das cargas Aproximando-se dois corpos eletrizados de mesma carga elétrica, entre eles aparece uma força elétrica de repulsão, e entre corpos eletrizados de cargas diferentes, força elétrica de atração, o que permite enunciar o princípio da atração e repulsão das cargas.

Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e de sinais opostos se atraem.

2- Condutores e isolantes 2.1- Condutores: Condutores são os meios que oferecem baixa dificuldade para movimentação de cargas.

Ex: Água de torneira, metais, grafite, etc.. 2.2- Isolantes ou Dielétricos : Isolantes são os meios que oferecem grande dificuldade para a movimentação de cargas.

Ex: Água destilada, borracha, vidro, plástico, etc. 3- Processos de eletrização 3.1- Eletrização por atrito: quando sois corpos são atritados, pode ocorrer a passagem de elétrons de um corpo para o outro. Na eletrização por atrito, os dois corpos ficam carregados com cargas iguais, porém de sinais contrários. Ex: A eletrização por atrito ocorre quando você penteia o cabelo com um pente de plástico, quando as nuvens se atritam com o ar, enfim o processo de eletrização por atrito é o mais comum dos processos de eletrização.

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UM CORPO NEUTRO É ATRAÍDO POR QUALQUER CORPO ELETRIZADO

OBS: Pode-se concluir que atração entre dois corpos ocorre quando: a) Ambos estão eletrizados com cargas elétricas de sinais opostos ou b) Um deles está eletrizado e o outro neutro, devido ao fenômeno da

indução eletrostática. 3.2- Eletrização por contato: quando colocamos dois corpos condutores em contato, um eletrizado e o outro neutro podem ocorrer a passagem de elétrons de um para o outro, fazendo com que o corpo neutro se eletrize. Na eletrização por contato, os corpos ficam eletrizados com cargas de mesmo sinal.

Se os corpos tiverem mesmas dimensões, no final do contato ficarão com cargas iguais.

Q + 0 → Q/2 + Q/2

3.3- Eletrização por indução: o fenômeno da separação de cargas num condutor, provocado pela aproximação de um corpo eletrizado, e denominado indução eletrostática. Nela ocorre apenas uma separação de cargas entre algumas cargas positivas e negativas do corpo. O corpo eletrizado que provocou a indução é denominado indutor e o que sofreu a indução é chamado induzido. No processo da indução eletrostática, o corpo eletrizado se eletrizara sempre com cargas de sinal contrario às do indutor. 4- Exercícios de aula 4.1- Um corpo A, com carga QA= 8 μC, é colocado em contato com um corpo B, inicialmente neutro. Em seguida, são afastados um do outro. Sabendo que a carga do corpo B, após o contato, é de 5 μC, calcule a nova carga do corpo A. 4.2-

AULA 10 – Lei de Coulomb Esta lei diz respeito à intensidade das forças de atração ou de repulsão, que agem em duas cargas puntiformes (cargas de dimensões desprezíveis), quando colocadas em presença uma da outra.

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As forças de atração ou repulsão entre duas cargas elétricas puntiformes são diretamente proporcionais ao produto das cargas e inversamente proporcionais ao quadrado da distancia que as separa.

Onde K se chama constante eletrostática. Verifica-se que o valor depende

do meio onde estão as cargas e do sistema de unidades. Para o vácuo, K= 9.109(N.m2)/C2

1- Exercícios de aula 1.1- Duas cargas puntiformes, Q1 = 5.10-6C e Q2 = -4.10-6C, no vácuo, estão

separadas por uma distancia de 0,3m. Determinar a força elétrica entre elas. Dado K= 9.109(N.m2)/C2

1.2- Duas cargas puntiformes, Q1 e Q2, são fixadas em pontos A e B,

distantes entre si 0,4m, no vácuo. Sendo Q1 = 2.10-6C e Q2 = 8.10-6C e K= 9.109(N.m2)/C2, determinar a intensidade da força elétrica resultante sobre uma carga Q3 = -4.10-6C, colocada a 10 cm de A.

1.3- A intensidade da força entre duas cargas elétricas puntiformes iguais, situadas no vácuo a uma distancia de 2 m uma da outra, é de 202,5 N. Qual o valor das cargas?

1.4-(UFMG) Duas bolinhas idênticas, pintadas com tintas metálicas, estão carregadas. Quando estão afastadas 4,0. 10-2m, elas se atraem com uma força de 27.10-5N. Encosta-se uma na outra, sem tocá-las com a mão. Afastando-se novamente até a distância de 4,0. 10-2m, elas se repelem com a força de 9.10-

5N. Determine as cargas das bolinhas antes e depois de se tocarem, considerando que uma das cargas, antes do contato, era positiva e o triplo da outra, e que K = 9.109(N.m2)/C2. 1.5-

1.6-

AULA 11 – Campo Elétrico

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1-Campo Elétrico Colocando-se uma carga elétrica Q num determinado ponto, é criado em torno de Q uma região onde qualquer outra carga que aí for colocada, ficará sujeita a ação de uma força elétrica. Esta região denomina-se campo elétrico.

2- Vetores Campo Elétrico Para cada ponto de um campo elétrico, está associado um vetor chamado vetor campo elétrico ( E ).

Uma das formas de se calcular o vetor campo elétrico num ponto A é colocarmos no ponto A uma carga de prova q. Ela ficará sujeita a ação de uma força F. Dividindo-se a força F por q, obteremos o vetor campo elétrico.

Unidade de E: N/C

3- Campos Elétricos de uma carga puntiforme

4- Direção e sentido do vetor E

Note pela fórmula do campo elétrico que as direções de E e F são as

mesmas, ou seja: É a da reta que liga a carga geradora ao ponto considerado. Carga geradora positiva cria campo cujo sentido é de afastamento. Carga geradora negativa cria campo cujo sentido é de aproximação.

5- Linhas de Força As linhas de força foram criadas com a finalidade de simplificar a representação do campo elétrico.

Linhas de força são linhas tangentes ao vetor campo elétrico em cada um dos seus pontos. As linhas de força são orientadas no sentido do vetor campo elétrico.

6- Propriedades das linhas de força

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Propriedade 1

Linhas de força “nascem” em cargas +

Linhas de força “morrem” em cargas – Propriedade 2

Duas linhas de força nunca se cruzam. Propriedade 3

O afastamento entre linhas de força está relacionado com a intensidade do campo na região:

Linhas de força muito próximas: campo muito intenso. Linhas de força muito afastadas: campo pouco intenso.

7- Campos Elétricos Uniforme Campo elétrico uniforme é aquele em que o vetor campo elétrico fica sempre constante (em módulo, direção e sentido). As linhas de força são retas paralelas.

8- Exercícios de aula

8.1- Um elétron de peso P é mantido sob a ação de um campo elétrico. Qual é a direção e o sentido do vetor campo elétrico?

8.2- Sobre um segmento de 4m, colocamos em cada extremidade cargas de

-1616µC e 64µC. Em que ponto do segmento, ou de seu suporte o campo elétrico será nulo?

8.3- Um campo elétrico apresenta em um ponto P de uma região a

intensidade de 6.105 N/C, direção horizontal e sentido da esquerda para a direita. Determinar a intensidade, a direção e o sentido da força elétrica que atua sobre uma carga puntiforme q, colocada no ponto P, nos seguintes casos:

a) q = 2 µC b) q = -3 µC 8.4- Duas cargas puntiformes de 4.10-6C e -5.10-6C estão fixas e separadas

entre si, no vácuo, pela distancia de 6 cm. Determinar a intensidade do vetor campo elétrico no ponto médio M do segmento que une as cargas.

8.5- (Puccamp-SP) Duas cargas pontuais A e B estão separadas por uma

reta a 1m. as cargas tem o mesmo sinal (positivas), sendo a carga colocada em A quatro vezes maior que a carga colocada em B, determine o ponto onde o campo elétrico resultante é nulo.

8.6-

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AULA 12 – Potencial Elétrico

1- Diferença de Potencial (DDP)(VAB)(U) : Definimos diferença de potencial entre dois pontos de um campo elétrico uniforme como sendo o trabalho realizado pela força elétrica entre dois pontos considerados por unidade de carga.

Unidade de DDP: J/C = volt

2- DDP Devido a Carga Puntiforme

3- Potencial num Ponto devido à Carga Puntiforme

4- Potencial Elétrico no Campo de um sistema de cargas: O potencial elétrico resultante em um ponto P, por exemplo, resultante da ação de um sistema de cargas é a soma algébrica dos potenciais parciais V1,V2,V3,V4,.....,Vn , criados separadamente pelas cargas elétricas do sistema , Q1,Q2,Q3,Q4,....,Qn.

5- Potencial do Infinito ( V∞) Como d∞ é muito grande dizemos que o potencial do infinito é nulo. V∞ = 0

6- O Potencial da Terra Por convenção, adota-se o potencial da terra como sendo zero. Logo

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Vterra = 0

7- DDP no Campo Uniforme

8- Propriedade dos Potenciais

CARGAS ELÉTRICAS POSITIVAS, abandonadas a partir do repouso em um campo elétrico e sujeitas apenas à força elétrica, deslocam-se espontaneamente para pontos de MENOR potencial elétrico.

CARAGAS ELÉTRICAS NEGATIVAS, abandonadas a partir do repouso em um campo elétrico e sujeitas apenas à força elétrica, deslocam-se espontaneamente para pontos de MAIOR potencial elétrico.

9- Superfície equipotencial: Superfície equipotencial é o lugar geométrico de todos os pontos do espaço, que têm o mesmo potencial elétrico.

9.1- Propriedade: Ao se deslocar uma carga elétrica puntiforme sobre uma superfície equipotencial, têm-se que o trabalho da força elétrica é nulo. 10- Exercícios de aula 10.1- Determine o potencial elétrico de um ponto P, situado a 0,5 m de uma carga de -6 μC, localizada no vácuo. AULA 13- Capacidade de um Condutor 1- Introdução A capacidade que um corpo condutor isolado tem de receber cargas elétricas é limitada e depende da sua dimensão, da sua forma e do meio que o envolve. Define-se como capacidade ou capacitância de um condutor eletrizado e isolado de outros o quociente da sua carga armazenada Q pelo seu potencial V.

C = Q/V

2- Capacitores Nos circuitos elétricos e principalmente na eletrônica, há necessidade de utilizar dispositivos que possam armazenar grande quantidade de cargas elétricas para serem liberadas somente quando o circuito exigir. Consegue-se esse objetivo utilizando-se capacitores, que consistem em condutores metálicos separados por um dielétrico (isolante), que são carregadas eletricamente pelo processo de indução.

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2.1- Capacitor de placas paralelas: capacitor formado por placas paralelas e próximas uma da outra, separadas por um dielétrico de permissividade ε. Para um capacitor de placas paralelas valem as seguintes expressões:

Capacidade em função da carga e do potencial

C = Q/V

Capacidade em função do campo elétrico Como o campo elétrico entre as placas é uniforme, vale: V= E.d Logo,

C = Q/Ed

Capacidade em função da área

C = εA/d

3- Exercícios de aula 3.1- determinar a capacidade de um condensador que possui uma carga de 8μC sob o potencial de 1000 V. 3.2- Um capacitor plano é formado por duas placas paralelas com área de 0,04m2, separadas por uma distancia de 0,2 cm. O dielétrico é o vácuo. Determinar a capacidade desse capacitor. AULAS 14 e 15– Associação de capacitores Há três tipos de associação de capacitores: em serie, em paralelo e mista. 1- Associação em série: Numa associação em serie, a placa negativa do capacitor está ligada à placa positiva do seguinte. As cargas armazenadas em todos os capacitores são iguais, uma vez que todos se carregam por indução. O capacitor equivalente da associação em serie possui as seguintes características:

A carga Q é igual à dos demais capacitores;

Q1=Q2=Q3=Q

A diferença de potencial é igual à soma das ddp de cada capacitor

U = U1 + U2 + U3

A capacidade do capacitor equivalente é igual a:

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1/C = 1/C1 + 1/C2 + 1/C3

2- Associação em paralelo: Numa associação em paralelo, todas as placas positivas Estão ligadas a um ponto de mesmo potencial, assim como todas as negativas estão ligadas a um outro ponto de potencial comum. A diferença de potencial é a mesma em todos os capacitores, uma vez que todos estão ligados aos mesmos dois pontos. Essa associação também pode ser substituída por um único capacitor equivalente com as seguintes características:

A ddp é igual à dos demais capacitores.

V1 = V2 = V3 =V

A carga armazenada é igual à soma das cargas de cada capacitor.

Q = Q1 + Q2 + Q3

A capacidade do capacitor equivalente é dada por:

C = C1 + C2 + C3

3- Associação mista: É aquela na qual encontramos, ao mesmo tempo, capacitores associados em série e em paralelo. A determinação do capacitor equivalente final é feita mediante o cálculo dos capacitores equivalentes de cada uma das associações, a respeito dos quais se tem certeza de estarem em série ou em paralelo. 4- Exercícios de aula 4.1- Dois capacitores, um de 5μF e outro de 10μF, são associados em série e lhes é aplicada nos terminais uma tensão de 10 v. determinar a capacidade equivalente, a carga de cada capacitor e a ddp à qual cada capacitor está submetida. 4.2- ( Mack-SP) Uma esfera condutora elétrica tem um diâmetro de 1,8 cm e se encontra no vácuo ( k = 9.109 N.m2/C2). Dois capacitores idênticos, quando associados em série, apresentam uma capacitância equivalente à da referida esfera. Determine a capacitância de cada um desses capacitores. 4.3- Dois capacitores de 2μF e 3μF são associados em paralelo e o conjunto é colocado sob uma diferença de potencial de 1000 V.

a) Qual a capacidade do capacitor equivalente? b) Qual a carga em cada capacitor? c) Qual a ddp em cada capacitor?

4.4- Quatro capacitores em série tem a mesma capacidade de 5μF. Determine a capacidade do capacitor equivalente. Se estes mesmos capacitores

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estivessem ligados em paralelo, qual seria a capacidade do capacitor equivalente? AULA 16 – Corrente Elétrica Eletricidade 1. O que é corrente elétrica? Corrente elétrica é um movimento ordenado de cargas elétricas. Note que para haver corrente elétrica, deverá existir uma diferença de potencial nas extremidades de um condutor. Seja um fio metálico representado abaixo:

Se VA =VB → VAB = 0

Estabelecendo-se DDP, elétrons se deslocam ordenadamente. 2. Geradores (Fontes elétricas) As fontes elétricas, também denominadas de geradores, serão estudadas com mais detalhes em capítulo à parte. Neste momento, no entanto, é importante saber que as fontes elétricas são fundamentais na compreensão da eletrodinâmica, pois como já dissemos, são elas que matem a ddp necessária à manutenção da corrente elétrica. Exemplos de fontes elétricas: pilhas, baterias e usinas hidrelétricas. A representação gráfica de um gerador é esta:

O polo positivo (+) representa o terminal cujo potencial elétrico é maior. O polo negativo (-) corresponde ao terminal de menor potencial elétrico. AULA 17 – Tipos de Corrente 3. Tipos de corrente 3.1 Corrente eletrônica

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Típica dos metais. Como os metais são ricos em elétrons livres a corrente no metal é um movimento ordenado de elétrons livres.

O SENTIDO REAL DA CORRENTE

É do menor para o maior potencial (sentido do movimento espontâneo de cargas negativas).

O SENTIDO CONVENCIONAL DA CORRENTE

É do maior para o menor potencial (movimentação de cargas positivas). 3.2 Corrente iônica Nas soluções salinas, nos gases, a corrente elétrica é constituída pelo movimento de íons negativos e íons positivos de forma ordenada. 4. Corrente contínua e corrente alternada As correntes contínuas são aquelas que deslocam sempre em um único sentido. As correntes alternadas são aquelas que variam periodicamente de sentido, isto é, as cargas livres se deslocam ora em um sentido, ora em sentido contrário. 5. Intensidade de corrente (i) i = ∆Q Unid: C/s → A (Ampère) ∆t 6. Medidores 6.1 Amperímetro É utilizado para se medir a intensidade da corrente elétrica (conectado em série) 6.2 Voltímetro É utilizado para se medir DDP de um circuito elétrico. (acoplado em paralelo) AULA 18 – Resistores (Resistores-Parte I) 1. Resistência (R) É a grandeza que indica a dificuldade oferecida à passagem da corrente elétrica.

NO SISTEMA INTERNACIONAL A RESISTÊNCIA É MEDIDA EM OHM (Ω)

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2. Leis de OHM 2.1 1ª LEI DE OHM

DDP é diretamente proporcional a resistência e corrente elétrica do condutor. Gráfico VAB x i para condutores ôhmicos Todo resistor que obedece à Lei de Ohm é denominado resistor ôhmico, cujo gráfico VAB x i é o seguinte:

2.2 2ª LEI DE OHM Sejam condutores de comprimento L e área de seção reta A.

ρ = constante chamada resistividade (depende do material e da temperatura). 3. Efeito Joule Você já notou que a TV de sua casa, durante o seu funcionamento, fica aquecida? Que a lâmpada incandescente se aquece enquanto acesa? Esta produção de calor pela passagem da corrente elétrica chama-se efeito joule. Ex: Fusíveis, aquecedores elétricos, lâmpadas incandescente (filamento). 4. Resistores

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4.1 Conceito São os aparelhos que convertem integralmente a energia elétrica em recebem em calor.

Ex: Chuveiro elétrico, aquecedor elétrico, lâmpada incandescente. 5. Energia consumida por um aparelho elétrico qualquer (T)

T = VAB . i . t energia consumida

P = VAB .i potência consumida

6. Energia consumida pelo resistor Sabemos que: T = VAB . i .t (I) VAB = R . i (II) Substituindo II em I temos:

T = R . i2 . t (calor produzido)

P = R . i2 (potência liberada)

Eletricidade (CAP 9) (Resistores – Parte II) AULAS 19 e 20 – Associação de Resistores Uma associação de resistores consiste de vários resistores eletricamente ligados entre si. 2. Tipos Os resistores (aparelhos elétricos), podem ser associados entre si basicamente de 3 maneiras: associação em série, associação em paralelo e associação mista.

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2.1 Aparelho equivalente Uma associação de aparelhos elétricos, de mesma natureza, pode ser substituída por um único aparelho que produza o mesmo efeito que ela, ou seja, pelo seu aparelho equivalente. 3. Associação em série Quando num circuito vários resistores são colocados um em seguida ao outro, de tal forma a serem percorridos pela mesma corrente elétrica, dizemos que esses resistores estão associados em série. Nesse tipo de associação, os elétrons passam por todos os resistores antes de retornar à tomada. Veja:

Propriedades da ligação em série

a) Todos os aparelhos são percorridos pela mesma corrente ( i = cte.) b) A DDP total da associação é a soma das DDP em cada componente.

O resistor equivalente é: REQ = Σ R

4. Associação em paralelo Quando vários resistores estão associados em paralelo, a DDP entre os terminais é a mesma e, consequentemente, a DDP entre os terminais da associação também é a mesma. Nesse tipo de associação, os elétrons retornam à tomada cada vez que passam por um resistor. Veja:

Propriedades da ligação em paralelo

a) Todos ao aparelhos estão submetido à mesma DDP (VAB = cte.)

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b) A corrente total da associação é soma das correntes em cada ramo da associação. O resistor equivalente é: 5. Associação mista É aquela que contém simultaneamente aparelhos em série e em paralelo. 6. Curto circuito Nós dizemos que dois pontos de um circuito elétrico estão em curto-circuito, quando estão ligados em por um fio ideal (condutor de resistência desprezível). Na figura temos um resistor cujos terminais estão em curto-circuito.

Como em todos os pontos de um condutor ideal o potencial apresenta o mesmo valor, temos então que: VA = VB

AULA 21 – Ponte de WHEATSTONE Ela nos permite determinar o valor da resistência desconhecida, R. R1 x R = R3 x R2

AULAS 22, 23 e 24 – Geradores / Receptores

1. Geradores Já sabemos que os geradores são aparelhos que transformam uma forma qualquer de energia em energia elétrica e apresenta perdas sob a forma de calor. O calor produzido no gerador é a parte da energia perdida (trabalho passivo). Ele é devido a resistência interna do gerador. A função do gerador de energia é fornecer energia elétrica ao circuito que ele alimenta. Essa energia é fruto da conversão de alguma modalidade de energia em energia elétrica. 1.1 Símbolo

E: força eletromotriz r: resistência interna 1.2 Características

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Força eletromotriz (E)

FEM é a razão entre o trabalho motor que o gerador entrega às cargas e essa quantidade de cargas. Unidade E = J/c = Volt

Resistência interna (r)

É a resistência da fiação interna do gerador. 1.3 Trabalhos no Gerador

a) Trabalho motor (Tm)

b) Trabalho passivo (Tp)

É aquele trabalho perdido sob a forma de calor (devido a resistência interna r).

c) Trabalho útil (Tu)

É o trabalho que o gerador entrega ao aparelho elétrico a ele conectado.

1.4 DDP no gerador

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1.5 Gerador em circuito aberto

1.6 Gerador em curto circuito

1.7 Rendimento do gerador

1.8 Associação de Geradores

a) Associação em Série Nesse tipo de associação, todos os geradores devem ser percorridos pela mesma corrente e, para que isso ocorra, o polo positivo de um gerador deve ser ligado ao polo negativo do outro, e assim por diante.

aumenta a fem (vantagem);

aumenta a resistência interna (desvantagem)

b) Associação em Paralelo Nesse tipo de associação, todos os geradores estão sob a mesma ddp e, para que isto ocorra, os polos de mesmo sinal devem ser ligados entre si (positivo com positivo e negativo com negativo). Serão estudados aqui apenas geradores iguais associados em paralelo.

Mantém a fem E do gerador constante (desvantagem);

Diminui a resistência interna (vantagem).

2. Receptores São aparelhos que recebem energia elétrica, transformando-a em outra modalidade de energia, apresentando também perdas sob forma de calor. Ex.: motor elétrico, TV, rádio, etc.

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2.1 Características

Força contraeletromotriz (e)

Unidade f.c.e.m = J/c = Volt (V)

Resistência interna (r)

É ela quem produz o calor (energia perdida no receptor Tp). 2.2 Trabalhos no Receptor

a) Trabalho motor (Tm)

b) Trabalho passivo (Tp) É aquele trabalho perdido sob a forma de calor (devido a resistência interna r). c) Trabalho útil (Tu)

2.3 DDP no gerador

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AULA 25 – Circuitos Elétricos 1. Conceito É o nome que recebe a conexão entre geradores, resistores e receptores, por onde circulará a corrente elétrica.

2. Lei de Pouillet Soma das Soma das Soma das elevações = quedas não + quedas de potencial ôhmicas ôhmicas

Dessa expressão, calculamos a intensidade da corrente elétrica. Lei de Ohm – Pouillet 3. Lei de OHM generalizada A lei de OHM generalizada nos fornece a DDP entre 2 pontos A e D de um circuito, desde que entre A e B tenhamos exclusivamente aparelhos em série.

VAD = VAB + VBC + VCD VAB = -E + r1.i VBC = e + r2.i VCD = r3.i

VAD = -Σ E + Σ e + i . Σ R

AULAS 26 e 27 –Capacitores ou Condensadores 1. Conceito Capacitores são dispositivos utilizados para se armazenar energia (cargas).

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Símbolo: 2. Carregamento do Capacitor Consideremos duas placas planas, P1 e P2, iguais, condutoras, paralelas e inicialmente neutras.

O meio existente entre elas é um isolante elétrico (dielétrico), como, por exemplo, o ar. Agora, liguemos as placas aos terminais de um gerador de tensão contínua, como, por exemplo, uma pilha de lanterna. O gerador, então, “arranca” elétrons da placa P1 e introduz elétrons na placa P2 até que a diferença de potencial entre as placas torne-se igual à sua força eletromotriz E, quando cessa a movimentação de cargas, ou seja, a corrente elétrica. Dessa maneira, a placa P1, fica eletrizada positivamente, enquanto a placa P2, fica eletrizada negativamente.

AULAS 28, 29 e 30 – Capacidade ou Capacitância Seja Q a carga armazenada em uma de suas armaduras. Surge então, uma DDP (VAB) entre elas.

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Sabemos que: Lembre-se que a unidade de capacidade é o Farad(F). 4. Associação de Capacitores a) Em Série PROPRIEDADES DOS CAPACITORES EM SÉRIE

Todos os capacitores armazenam quantidades de cargas iguais: Q=cte.

A DDP total é soma das DDP em cada capacitor.

b) Em paralelo PROPRIEDADES DOS CAPACITORES EM PARALELOS

Todos os capacitores ficam sujeitos à mesma DDP (V = cte).

A carga do equivalente (total) é soma das cargas de cada capacitor (Q = Q1 + Q2 + Q3).

Lista de exercícios 1) U.Católica Dom Bosco-MS. O excesso de carga elétrica em um condutor em equilíbrio se situa em sua superfície, que é uma superfície equipotencial. Se uma esfera metálica de 20 cm de raio for carregada a um potencial de 1800V, a quantidade de carga elétrica da esfera será igual a a) 0,01 µC b) 0,02 µC c) 0,03 µC d) 0,04 µC e) 0,05 µC

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2) UFPE Dois prótons de uma molécula de hidrogênio distam cerca de 1,0 x 10–10 m. Qual o módulo da força elétrica que um exerce sobre o outro, em unidades de 10–9 N? a) 13 b) 18 c) 20 d) 23 e) 28 3) Unifor-CE. Um condutor esférico, de raio 50 cm e uniformemente carregado com carga Q = 2, 0 µC, está em equilíbrio elétrico no ar. A constante eletrostática do ar é k = 9,0 · 109 N · m2 / C2. Num ponto situado a 1,0 m do centro da esfera, o vetor campo elétrico aponta para a) o centro e tem módulo 9,0 · 10–3 V/m. b) o centro e tem módulo 1,8 · 104 V/m. c) fora do centro e tem módulo 9,0 · 10–3 V/m. d) fora do centro e tem módulo 1,8 · 104 V/m. e) fora do centro e tem módulo 1,8 · 1010 V/m. 4) U. Salvador-BA Uma carga Q, puntiforme e positiva, cria, num ponto P à sua volta, um campo elétrico de intensidade E e um potencial elétrico V. Considerando-se a carga Q em repouso, a razão V/E fornecerá 01) o valor de Q. 02) a distância entre P e Q. 03) a constante eletrostática do meio. 04) a intensidade da força elétrica entre Q e uma carga de prova colocada em P. 05) o trabalho da força elétrica para manter Q na posição considerada. 5) U. E. Ponta Grossa-PR Sobre o campo elétrico gerado por uma carga elétrica, assinale o que for correto: 01) Pode ser medido em Volt por metro. 02) Num ponto situado no vácuo (K = 9.109 unidades MKS), a 4 m de distância de uma carga geradora que mede 48 C, tem valor de 27.103 N/C. 04) É uma grandeza escalar. 08) No interior de um condutor esférico em equilíbrio eletrostático, é diferente de zero. 16) Quando gerado por várias cargas elétricas puntiformes, é nulo num determinado ponto. Dê como resposta a soma das alternativas corretas. 6) U.F. Juiz de Fora-MG Uma carga elétrica q, colocada no interior de uma casca esférica, produz um fluxo do vetor campo elétrico igual a F através da superfície da casca. Se outra carga, de mesmo módulo q e sinal contrário, for também introduzida no interior desta casca, o fluxo do vetor campo elétrico através da superfície terá valor:

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a) 2F. b) Dependente da posição da nova carga no interior da casca. c) Nulo. d) F/2. 7) UFRS A figura abaixo representa, em corte, três objetos de formas geométricas diferentes, feitos de material bom condutor, que se encontram em repouso. Os objetos são ocos, totalmente fechados, e suas cavidades internas se acham vazias. A superfície de cada um dos objetos está carregada com carga elétrica estática de mesmo valor Q. Em quais desses objetos o campo elétrico é nulo em qualquer ponto da cavidade interna? a) Apenas em I. d) Apenas em II e III. b) Apenas em II. e) Em I, II e III. c) Apenas em I e II. 8) UFRS A figura (I) representa, em corte, uma esfera maciça de raio R, contendo carga elétrica Q, uniformemente distribuída em todo o seu volume. Essa distribuição de carga produz no ponto P1, a uma distância d do centro da esfera maciça, um campo elétrico de intensidade E1. A figura (II) representa, em corte, uma casca esférica de raio 2R, contendo a mesma carga elétrica Q, porém uniformemente distribuída sobre sua superfície. Essa distribuição de carga produz no ponto P2, à mesma distância d do centro da casca esférica, um campo elétrico de intensidade E2.

Selecione a alternativa que expressa corretamente a relação entre as intensidades de campo elétrico E1 e E2: a) E2 = 4 E1 b) E2 = 2 E1 c) E2 = E1 d) E2 = E1/2 e) E2 = E1/4 9) UFMS Quando em sua casa vários aparelhos eletrodomésticos estão em funcionamento, é possível desligar um deles e os demais continuarem em operação normal. Suponha que toda a rede da sua casa seja ligada a um disjuntor que limita a corrente de entrada para evitar um superaquecimento dos fios elétricos da rede. Diante disso, é correto afirmar que (01) para a ligação desses aparelhos na rede elétrica da sua casa é feita uma associação de resistências elétricas em paralelo. (02) a ligação desses aparelhos, na rede elétrica da sua casa, não é feita em série pois, se assim fosse, a interrupção da corrente elétrica em um deles acarretaria o desligamento de todos os outros. (04) todos os aparelhos estão submetidos à mesma tensão de entrada da rede (120 V ou 220 V).

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(08) quanto maior for o número de aparelhos ligados, menor será a resistência total do circuito elétrico da sua casa e, consequentemente, maior será a corrente total que entra na sua casa e maior será o valor da conta de energia elétrica a ser pago no final do mês. (16) para uma rede elétrica com tensão de entrada 120 V e um disjuntor de 30 A, o mínimo valor que se pode ter da resistência elétrica da rede da sua casa é de 40Ω. Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas. 10) UFMT Ao verificar que o seu chuveiro não mais funcionava, um estudante de eletrotécnica resolveu desmontá-lo. Constatou que apenas metade da resistência estava danificada. Resolveu, então, remover a metade danificada da resistência, conectando a metade intacta novamente, pois assim o chuveiro ainda poderia continuar a funcionar com metade da resistência original. A respeito, julgue os itens. ( ) A potência dissipada pelo chuveiro se tornou maior. ( ) A corrente elétrica através da resistência do chuveiro se tornou menor. ( ) A diferença de potencial na resistência se tornou maior. ( ) A energia consumida pelo chuveiro se tornou menor. 11) UFPE Suponha que o feixe de elétrons em um tubo de imagens de televisão tenha um fluxo de 8,1 x 1015 elétrons por segundo. Qual a corrente do feixe em unidades de 10–4? a) 13 d) 19 b) 15 e) 23 c) 17 12) U. Salvador-BA Um fio de cobre, cuja área da secção transversal é igual a 2mm2, quando submetido a uma tensão de 34V, é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade 4A. Supondo-se constante e igual a 1,7 · 10–2 Ωmm2/m a resistividade do cobre, o comprimento do fio, em metros, é igual a 01) 200 04) 800 02) 400 05) 1000 03) 600 13) Unifor-CE A uma bateria, de força eletromotriz 20 V e resistência interna 2,0Ω, liga-se um resistor de 8,0Ω. Nessas condições, a corrente no circuito, em ampères, e a tensão nos terminais da bateria, em volts, são, respectivamente, a) 2,0 e 16 b) 2,0 e 8,0 c) 2,5 e 10 14) UFR-RJ As afirmações abaixo referem-se à corrente elétrica.

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I. Corrente elétrica é o movimento ordenado de elétrons em um condutor. II. Corrente elétrica é o movimento de íons em uma solução eletrolítica. III. Corrente elétrica, em um resistor ôhmico, é inversamente proporcional a ddp aplicada e diretamente proporcional à resistência elétrica do resistor. Sobre as afirmativas acima, pode-se concluir que apenas a) a I está correta. b) a II está correta. c) a III está correta. d) a I e a II estão corretas. e) a I e a III estão corretas. 15) UERJ Num detector de mentiras, uma tensão de 6 V é aplicada entre os dedos de uma pessoa. Ao responder a uma pergunta, a resistência entre os seus dedos caiu de 400 kΩ para 300 kΩ. Nesse caso, a corrente no detector apresentou variação, em µA, de: a) 5 c) 15 b) 10 d) 20 Gabarito: 1)D 2)D 3)D 4)02 5) 1+3 6)C 7)E 8)C 9)15 10)V-F-F-F 11)A 12)05 13)A 14)D 15)A

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Ciências da Natureza e suas tecnologias II Profª. Glenda Pessoa Lacerda

INTRODUÇÃO À QUÍMICA AULAS 01 E 02 01. Conceitos Fundamentais

Universo = Matéria + Energia Matéria: tudo aquilo que tem massa e ocupa um lugar no espaço. Energia: capacidade de produzir trabalho. Substâncias: são os diferentes tipos de matéria. Corpo: porção limitada de matéria (ex.: pedaço de madeira). Objeto: corpo com função definida (ex.: banquinho de madeira). Sistema: é uma porção limitada do universo, considerada como um todo para efeito de estudo. Tudo o que não fizer parte do sistema em estudo é considerado como ambiente.

Sistema aberto: troca massa e energia com o ambiente, ex.: recipiente aberto.

Sistema fechado: troca somente energia com o ambiente, ex.: recipiente fechado.

Sistema isolado: não troca massa nem energia com o ambiente, ex.: garrafa térmica.

Classificação das substâncias: Substâncias puras: são formadas por um único tipo de unidade (átomo, molécula ou aglomerado iônico). Possuem fórmula definida e sofrem fusão e ebulição em temperatura constante. Simples ou elementares: são formadas por um único tipo de elemento químico e não podem ser decompostas em outras substâncias simples: O2, O3, Ne, Fe, e C. Compostas: são formadas por elementos químicos diferentes e podem ser decompostas em outras substâncias simples: H2O, H2SO4, NaCl e C6H12O6. Misturas: são todos os tipos de matéria formados por mais de uma substância pura (ou seja, mais de um tipo de unidade) e que sofrem fusão e ebulição em temperatura variável. Homogêneas ou solução: aquelas que apresentam as mesmas propriedades (aspectos) em toda sua extensão, possuindo uma única fase (miscíveis): água + álcool, oxigênio + nitrogênio. Obs.: água + cloreto de sódio dissolvido será sempre uma mistura homogênea, assim como, misturas de gases também sempre serão. Heterogêneas: aquelas que apresentam características diferentes em pontos diferentes de sua extensão, possuindo mais de uma fase (imiscíveis): água + óleo, água + areia, ligas metálicas. Obs.: misturas de água + cloreto de sódio podem ser heterogêneas quando este se encontra em excesso ou quando contém impurezas.

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02. Propriedades Gerais (não dependem da natureza da matéria). Massa (m): quantidade de matéria. 1,0 Kg = 1000,0 g = 103 g; 1,0 ton = 106 g Volume (v): quantidade de peso. 1,0 L = 1000,0 mL = 103 mL; 1,0 L = 1,0 dm3 Obs.: calcula-se o volume de corpos estranhos por diferença de volume antes e após imersão em um líquido inerte contido em recipiente graduado. Impenetrabilidade: dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Divisibilidade: capacidade de divisão de cada matéria. Elasticidade: capacidade de alongação do volume da matéria, se a massa for constante. Compressibilidade: capacidade de compressão de um devido material, diminuindo o volume e permanecendo a mesma massa. 03. Propriedades Específicas Densidade (d): massa específica do material. d = m / v; g / cm3 Ponto de fusão: medido em comparação com o solvente universal (água), que tem esse ponto no marco zero (0°C). Ex.: PF Fe = 1536°C.

Ponto de ebulição: medido em comparação com o solvente universal (água), que tem esse ponto no marco zero (100°C). Ex.: PE etanol = 78,5°C.

Solubilidade: capacidade de se dissolver no solvente escolhido, geralmente a água. Coeficiente de solubilidade (C.S.): o quanto se dissolve. Ex.: C.S. NaCl = 36 g NaCl / 100 g de H2O a 20°C.

Propriedades Organolépticas: cor, cheiro e sabor. Este critério tem maior utilidade para saber quando uma substância não é pura. A água, por exemplo, é incolor, insípida e inodora. Se a água se apresentar com alguma destas propriedades alteradas então temos certeza que não se encontra pura.

04. Estados físicos da matéria Sólido: partículas muito próximas umas das outras; baixa energia cinética (Ec); alta organização (baixa entropia); forma e volume constantes. Líquido: partículas nem muito afastadas, nem muito próximas; energia cinética (Ec) maior que no estado sólido, mas menor que no estado gasoso; volume constante e forma variável (depende do recipiente). Gasoso: partículas muito afastadas umas das outras; alta energia cinética (Ec); pequena organização (alta entropia); forma e volume variáveis.

Vaporização Ebulição: formação de bolhas. Evaporação: espontâneo (exposto ao ar). Fusão e vaporização são processos endotérmicos (absorve calor); Condensação e solidificação são processos exotérmicos (libera calor).

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05. Gráficos de mudança de estado físico Substância Pura: ponto de fusão e ebulição constantes. Ex.: água – 1,0 atm – H2O Aquecimento Resfriamento

Obs.: A quantidade de calor e o tempo gastos no aquecimento e resfriamento da substância dependem da sua massa, sendo assim, quanto maior a massa, mais demorado e dispendioso será o processo. Mistura: ponto de fusão e/ou ebulição variáveis. Ex.: água + cloreto de sódio (NaCl)

À medida que o

tempo passa, as temperaturas de ebulição e fusão aumentam relativamente.

A variação da temperatura de ebulição é maior, porque a concentração do sal na mistura aumenta com a evaporação da água.

Mistura eutética: somente o ponto de ebulição sofre variação na temperatura. Ex.: ligas metálicas. cádmio – bismuto (40% ; 60%)

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À medida que o tempo passa, somente a temperatura de ebulição aumenta relativamente.

Ponto de fusão constante e ponto de ebulição variável. Mistura azeotrópica: somente o ponto de fusão sofre variação na temperatura. Ex.: água + etanol (4% ; 96%)

À medida que o tempo passa, somente a temperatura de fusão aumenta relativamente.

O ponto de ebulição é constante e o ponto de fusão é

variável. 06. Fenômenos químicos e fenômenos físicos Fenômenos químicos: são aqueles onde ocorre formação de novas substâncias (reações químicas). Podem ser representados através de equações químicas como nos exemplos abaixo:

C + O2 CO2 (produção de gás carbônico na queima do carbono)

N2 + 3 H2 2NH3 (síntese da amônia) Durante as reações químicas podem ocorrer fenômenos como

mudanças de cor, cheiro ou sabor; produção de gases (efervescência) e formação de precipitados. Fenômenos físicos: são aqueles onde não ocorre formação de novas substâncias. São exemplos de fenômenos físicos: - Funcionamento de uma lâmpada (elétrico); - Queda dos corpos (gravitacional); - Atração entre ferro e ímã (magnético); - Reflexão e refração da luz (ópticos); - Mudanças de estado físico; - Preparação e separação de misturas.

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07. Separação de misturas Misturas heterogêneas: 1) Levigação (S + S) Ex.: ouro + areia; a água arrasta a areia que é o composto menos denso (mais leve), e deixa o ouro que é o mais denso. 2) Ventilação (S + S) Ex.: grãos de café + impurezas; o vento arrasta as impurezas e deixa o café. 3) Catação (S + S) Ex.: grãos de feijão + pedras; separação manual. 4) Peneiração (S + S) Ex.: areia + argila 5) Separação magnética (S +S) Ex.: limalha de ferro + areia; processo muito comum entre os feitos em lixões. 6) Filtração (S + L ; S + G) Ex.: água + areia; a água passa no filtro e a areia fica retida. Ex.: poeira + ar; usa-se uma máscara que permite a passagem de ar e retém a poeira. 7) Decantação (L + L) Ex.: óleo + água; coloca-se a mistura num funil de decantação, abre-se o torneira inferior e deixa a água passar para outro recipiente. 8) Sedimentação (S + L ; S + G) Ex.: água + barro; espera-se um tempo até que o barro se deposite no fundo do recipiente. Ex.: poeira + ar 9) Dissolução fracionada (S + S) Ex.: areia + cloreto de sódio; colocam-se os dois num recipiente e acrescenta água. Somente o sal se dissolve, a areia fica no fundo. Exercício:

Tem-se AgCl, NaCl e PbCl2 misturados em um recipiente. Efetuar a separação das três substâncias. Considerar que:

Misturas homogêneas: 1) Destilação simples (S +L) Ex.: água + cloreto de sódio

Água fria Água quente AgCl Insolúvel Insolúvel NaCl Solúvel Solúvel PbCl2 Insolúvel solúvel

água

Saída de água

Entrada

de água

Balão de

destilação

contendo

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2) Evaporação (S +L) Ex.: água + cloreto de sódio; espera-se um tempo para que a água se evapore naturalmente. 3) Destilação Fracionada (L +L) Ex.: água + etanol; não pode ser usada para mistura azeotrópica. Exercícios Propostos 01. Considere os seguintes conceitos: I – Matéria é tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço. II – Substâncias são os diferentes tipos de matéria. III – Corpo é uma porção limitada da matéria. IV – Objeto é um corpo com função definida. Estão corretos: a) todos eles. b) apenas I, II E III. c) apenas II, III e IV. d) apenas I, II e IV. 02. (PUCMG) Uma substância pura é caracterizada por: a) ser um sistema homogêneo. b) ter composição e propriedades físicas constantes. c) ser constituída de átomos de um mesmo elemento. d) ser constituída de átomos de elementos diferentes. 03. Observe os sistemas gasosos ao lado onde esferas de cores diferentes representam átomos de elementos distintos: Sobre esses sistemas, a afirmação INCORRETA é: a) I contém duas substâncias simples na formação uma mistura homogênea. b) II contém uma substância pura composta. c) III contém três substâncias formando uma mistura heterogênea. d) IV contém duas substâncias compostas formando uma mistura homogênea. 04. Considerando-se a completa ausência de poluição, entre os materiais citados abaixo, a substância pura é:

Balão de

destilação

contendo

água e etanol

água

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a) ar. b) água. c) gasolina. d) leite. 05. As ligas metálicas conhecidas como bronze e latão possuem em comum a presença do metal a) cobre b) estanho c) zinco d) ferro. 06. (PUCMG) Dentre as substâncias puras listadas abaixo, todas são compostos, EXCETO: a) sal de cozinha b) açúcar c) água d) cloro. 07. (PUCMG) Considere os sistemas: I. granito II. sangue III. água + gelo IV. gasolina V. nitrogênio + oxigênio As misturas heterogêneas são: a) I, II e III b) I, III e IV c) I, II apenas d) II, III e IV. 08. No ar atmosférico, não poluído e seco, encontra-se em ordem crescente de abundância: a) oxigênio, nitrogênio e argônio b) oxigênio, hélio e nitrogênio c) oxigênio, gás carbônico e nitrogênio d) argônio, oxigênio e nitrogênio 09. (FAAP-SP) Um químico verifica que certa amostra de um sólido é parcialmente solúvel numa certa quantidade de álcool. Empregando grande excesso de álcool, o químico não consegue dissolver o resíduo. Em vista desses fatos, tira a seguinte conclusão: a) a amostra é constituída por uma substância pura. b) a dissolução parcial da amostra indica que ocorreu uma transformação química. c) a amostra é constituída por uma mistura. d) se o químico usasse água, em vez de álcool, teria dissolvido toda mistura. 10. (PUCMG) É propriedade organoléptica de uma substância: a) densidade b) massa c) ponto de fusão d) cor e) sublimação. 11. Os desenhos esquemáticos abaixo indicam as possíveis disposições de

moléculas de água nos três estados físicos da matéria.

As melhores representações para os estados de gelo, água líquida e vapor

d’água são respectivamente: a) I, II e III b) I, III e II c) II, I e III d) II, III e I 12. A dilatação de um metal quando aquecido é melhor explicada devido:

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a) ao aumento das distâncias entre os átomos. b) ao aumento do tamanho dos átomos. c) ao aumento do número de átomos. d) ao aumento da massa resultante do ganho de calor. 13. (UFMG) A figura representa a água no estado líquido. Nessa figura, as bolinhas representam as moléculas formadas por átomos de hidrogênio e oxigênio. Os intervalos entre essas bolinhas representam: a) ar. b) espaços vazios c) forças de atração d) oxigênio. 14. (FMC) O gráfico abaixo foi apresentado a um grupo de estudantes, com o objetivo de fornecer dados para identificação de uma substância pura.

Todas as afirmativas feitas pelos estudantes a respeito do gráfico estão

corretas, EXCETO: a) o tempo gasto para fundir a espécie química é o mesmo gasto na ebulição. b) o gráfico representa, no intervalo de tempo de 12 a 15 segundos, a espécie química no estado líquido. c) a temperatura de fusão da espécie química é - 34°C. d) acima de + 78°C, a espécie química encontra-se na fase gasosa.

15. O gráfico representa as observações feitas num experimento em que um

material sólido foi aquecido até vaporizar-se.

I

5 15 18 12

Tempo (s)

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Da análise do gráfico, conclui-se que a afirmativa CERTA é: a) a fusão do material começa a 0°C. b) a vaporização do material termina a 208°C. c) a faixa líquida do material vai de 40°C a 148°C. d) o material contém algum tipo de impureza. e) o material liquefeito aquece-se mais depressa do que o sólido. 16. Dois recipientes idênticos (I e II) contém uma mesma solução de água e sal de cozinha inicialmente à mesma temperatura, sob pressão 760 mmHg. O recipiente I contém o dobro do volume da solução presente em II. Aquecendo-se os recipientes em chamas idênticas espera-se que: a) os líquidos entrem em ebulição a uma temperatura inferior a 100°C. b) o conteúdo do recipiente I entrará em ebulição numa temperatura mais alta do que o conteúdo do recipiente II. c) a água no recipiente II se esgotará mais rápido do que a do recipiente I. d) a temperatura de início de ebulição e o tempo necessário para a ocorrência da ebulição da água é rigorosamente o mesmo nos dois recipientes. 17. (PUCMG) Quando se borrifa água numa chapa superaquecida, as gotículas do líquido ficam “dançando” na superfície da chapa. Nesse caso, observa-se o fenômeno de: a) calefação. b) sublimação. c) liquefação. d) condensação. 18. Durante o aquecimento da água pura, observam-se as bolhas subindo para a superfície do líquido. Essas bolhas são constituídas de: a) gases que estavam dissolvidos na água. b) hidrogênio c) gás carbônico e oxigênio. d) vapor de água. 19. (UMA) Você, provavelmente, já viu alguém transferir gasolina do tanque de um carro para outro recipiente. A transferência é comumente feita com o auxílio de um tubo de plástico. Assinale, entre os processos abaixo, aquele que foi usado na transferência da gasolina. a) filtração simples b) centrifugação c) decantação d) sifonação. 20. (PUCMG) São muitas as frações obtidas do petróleo. O processo de separação das frações é feito por destilação fracionada, que se baseia em diferentes: a) pontos de ebulição b) densidades c) solubilidades d) pontos de fusão. 21. Certa mistura foi filtrada separando-se dois componentes: um líquido A e um sólido B. Verificou-se que o sólido B funde e ebule em temperatura constante, enquanto o líquido A ebule em temperatura variável. Considerando-se o exposto podemos afirmar que: a) a mistura inicial pode ser homogênea. b) a mistura inicial conduz corrente elétrica.

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c) o líquido A é uma mistura homogênea. d) o sólido B é uma substância simples. 22. Considere o diagrama:

Pela análise do

diagrama, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO: a) o sólido IV é uma mistura. b) o sólido II é uma substância pura. c) o material I é heterogêneo. d) o líquido V é uma

mistura. e) o filtrado III é uma mistura heterogênea. 23. (FAFEID) Entre as alternativas abaixo, marque aquela que representa apenas propriedades que podem ser usadas para verificar a pureza de uma substância conhecida. a) cor e densidade b) calor específico e massa c) ponto de ebulição e densidade d) solubilidade e volume. 24. Uma substância, ao ser aquecida, funde sob temperatura constante. Esta substância: a) certamente é uma substância pura. b) certamente é uma mistura homogênea. c) pode ser uma mistura eutética d) pode ser uma mistura azeotrópica. 25. (ITA) O fato de um sólido, nas condições ambientes, apresentar um único valor de massa específica em toda sua extensão é suficiente para afirmar que este sólido: I. É homogêneo. II. É monofásico. III. É uma solução sólida. IV. É uma substância simples. V. Funde a uma temperatura constante. Das afirmações feitas, estão CORRETAS a) apenas I, II e V. b) apenas I, II e III. c) apenas II, III e V. d) apenas IV e V. 26. (UFJF) Os valores de densidade podem ser usados para determinar a pureza dos materiais. Com relação a uma amostra de metal, realizou-se o experimento: (1°) pesou-se o metal cuja massa foi de 72,60 g. (2°) o metal foi imerso em 50 mL de água.

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(3°) o volume da mistura água e metal foi igual a 58,3 mL. A densidade do metal, em g/mL é:

a) 8,54. b) 1,24. c) 3,51. d) 1,45. 27. Observe as figuras.

Essas figuras representam densímetros como os usados em postos de

gasolina. O primeiro contém etanol puro (densidade 0,8 g/cm3). Dois dos restantes, um está cheio de etanol e água (densidade da água 1,0 g/cm3) e o outro, de etanol e gasolina (densidade da gasolina 0,7 g/cm3), não necessariamente nessa ordem. Com base nessas informações, pode-se afirmar corretamente que: a) densidade da bola preta é maior que 1,0 g/cm3. b) densidade da bola branca é menor que 1,0 g/cm3 c) a mistura no densímetro II, tem densidade menor que 0,8 g/cm3. d) a mistura no densímetro II, contém gasolina. e) a mistura no densímetro III, contém água. 28. (UFMG) Um limão foi espremido num copo contendo égua e as sementes ficaram no fundo do recipiente. A seguir, foi adicionado ao sistema um pouco de açúcar, que se dissolveu completamente. Em consequência dessa dissolução do açúcar, as sementes subiram e passaram a flutuar.

Assinale a alternativa em que se explica corretamente a flutuação das sementes após a adição do açúcar. a) a densidade do líquido aumentou. b) o pH do sistema foi alterado. c) a densidade das sementes diminuiu. d) o número de fases do sistema aumentou. 29. (PUCRS) Os componentes de uma solução aquosa de hipoclorito de sódio e cloreto de sódio podem ser separados através dos processos sucessivos denominados, respectivamente, a) fusão, decantação e sublimação. b) cristalização, filtração e destilação. c) filtração, decantação e ebulição. d) destilação, decantação e filtração. e) ebulição, fusão e destilação. 30. Para separarmos os diversos pigmentos que podem ser extraídos da folha de uma planta utilizando álcool fervente podemos utilizar: a) destilação simples b) centrifugação c) filtração

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d) cromatografia 31. Todos os fenômenos abaixo são fenômenos químicos, EXCETO: a) dissolução do açúcar em água. b) fermentação da garapa para produzir cachaça. c) dissolução de um comprimido efervescente em água. d) remoção de mancha de ferrugem da roupa usando tira-manchas. e) formação de azinhavre em objetos de cobre expostos ao ar úmido. 32. (PUCMG) Todas as situações expostas a seguir envolvem transformações químicas, EXCETO: a) a água sanitária descolore uma roupa colorida. b) uma planta usa o dióxido de carbono para transformá-lo em açúcar. c) a manteiga se derrete quando exposta ao sol. d) toma-se um antiácido quando se sofre de azia. 33. Considere os processos de obtenção de: I. Querosene a partir do petróleo. II. Vinagre a partir da uva. III. Alumínio a partir da bauxita. IV. Ouro a partir de sua liga com mercúrio. V. Cloreto de sódio a partir da água do mar. Constituem fenômenos físicos os processos: a) 3, 4 e 5. b) 2, 3 e 5 c) 2, 3 e 4 d) 1, 4 e 5 e) 1, 2 e 3 34. (UFV) O esquema representa uma montagem usada em destilação. Identifique os componentes indicados pelos números:

35. (PUCMG) Numa destilação simples, são utilizados: a) condensador, funil, becker. b) vidro, bureta, pipeta. c) vidro de relógio, balão, pipeta. d) condensador, balão, erlenmeyer. e) frasco de kitasato, funil de buchner. 36. (PUCMG) O estudante no laboratório deve conhecer o material que vai usar, bem como o seu emprego; é muito importante a maneira certa de usá-lo.

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Assinale a opção que corresponde à descrição das aparelhagens de acordo com a sequência descrita. 1 – usa-se no preparo de soluções. 2 – tem uso para medir volumes fixos e precisos. 3 – usa-se nas transferências de líquidos em filtrações. a) proveta, pipeta graduada, funil de decantação. b) balão volumétrico, pipeta volumétrica, funil de vidro. c) balão de destilação, erlenmeyer, becker. d) bureta, erlenmeyer, condensador. e) tubo de ensaio, proveta, kitasato. 37. (UFLA) Com aumento da preocupação da população com respeito ao uso indiscriminado de defensivos agrícolas, frases como “Alimentos sem química” são comumente encontradas. A expressão diz respeito: a) a alimentos produzidos com o uso de defensivos agrícolas dentro das normas agronômicas estabelecidas. b) a alimentos produzidos sem uso de defensivos agrícolas. c) a alimentos que não contêm nenhum tipo de substância química. d) a alimentos importados de maneira geral. e) ao maior preço destes produtos que, na realidade, não apresentam diferença alguma sobre os demais. Gabarito: 1 – a; 2 – b; 3 – d; 4 – b; 5 – c; 6 – d; 7 – c; 8 – d; 9 – c; 10 – d; 11 – c; 12 – a; 13 – b; 14 - a; 15 – c; 16 – c; 17 – a; 18 – d; 19 – d; 20 – a; 21 – c; 22 – e; 23 – c; 24 – c; 25 – a; 26 – a; 27 – b; 28 – a; 29 – b; 30 – d; 31 – a; 32 – c; 33 – a; 34 – (1: tripé, 2: balão de destilação, 3: condensador, 4: suporte universal, 5: erlenmeyer); 35 – d; 36 – b; 37 – b. AULA 03 e 04 Estrutura Atômica da matéria Conceitos sobre o átomo 1. Estrutura geral do átomo

2. Número atômico (Z): É o número de prótons que um átomo apresenta. Este número é característico para cada tipo de elemento. Exemplos: C = 6 e Zn = 30.

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3. Número de massa (A): Corresponde à soma do número de partículas atômicas que possuem massa considerável, ou seja, prótons e nêutrons. 4. Carga nuclear (+Z): Corresponde ao número de prótons (número atômico) com sinal positivo. 5. Carga atômica: Num átomo neutro o número de prótons é igual ao número de elétrons. Desta forma, ocorre neutralização das cargas e a carga atômica (carga total) é igual à zero. 6. Carga iônica: Átomos podem ganhar ou perder elétrons. Assim, se o número de prótons se tornar superior ao de elétrons o átomo passará a ter a carga total positiva (torna-se um íon positivo ou cátion). Pro outro lado, se o número de prótons se tornar menor do que o de elétrons o átomo passará a ter carga total negativa (torna-se um íon negativo ou ânion). 7. Símbolos: Os símbolos para os átomos são constituídos de uma ou duas letras derivadas do nome dos elementos. Exemplos: Hidrogênio = H; Hélio = He; Fósforo = P (de Phosphorus); Sódio = Na (de Natrium) Junto ao símbolo podem ser representadas as grandezas número atômico (Z), número de massa (A) e carga (atômica), conforme o modelo abaixo e os exemplos que se seguem:

ZAEcarga atômica ou iônica 92

235U ; 199F- ; 20

40Ca2+ Exemplos: Complete o quadro abaixo

8. Isótopos: São átomos de um mesmo elemento químico (mesmo número atômico) que possuem números de massa diferentes. (Esta diferença decorre do número de nêutrons ser diferente).

Observação: existem vários isótopos de grande importância, servindo a usos diversos.

614C datação de achados arqueológicos

92235U usados em reatores em reatores nucleares

9. Isóbaros: São átomos de elementos químicos diferentes que possuem o mesmo número de massa.

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10. Isótonos: São átomos de elementos químicos diferentes que possuem o mesmo número de nêutrons.

11. Isoeletrônicos: São espécies químicas que apresentam o mesmo número de elétrons. Al3+ Mg2+ Na+ Ne F- O2- Z = 13 Z = 12 Z = 11 Z = 10 Z = 9 Z = 8 e0

- = 10 e0- = 10 e0

- = 10 e0- = 10

e0- = 10 e0

- = 10 12. Alótropos: São as diferentes formas de um elemento se apresentar na natureza. Alótropos do carbono: grafite (mole, bom condutor, mais estável);

diamante (muito duro, brilho intenso). Alótropos do enxofre: rômbico (sólido e amarelo, forma mais estável); monoclínico (sólido e amarelo). Alótropos do oxigênio: gás oxigênio (utilizado na respiração); ozônio (filtra os raios ultravioleta do sol). 13. Massa atômica: É a média aritmética ponderada dos números de massa dos diversos isótopos de um elemento. É encontrada na tabela periódica.

Exemplo de cálculo da massa atômica: Na natureza existem dois isótopos do cloro. O cloro-35 (número de massa = 35) corresponde a 75% dos átomos de cloro e o cloro-37 corresponde aos 25% restantes. Os percentuais são obtidos a partir do estudo de amostras obtidas na natureza e são chamados de “abundância relativa”. Para se calcular a massa atômica usa-se a fórmula abaixo:

MA = (número de massa 1 %) + (número de massa 2 %) soma dos percentuais

MA = (35 75) + (37 25) MA = 35,5 u.m.a (75 + 25) u.m.a = unidades de massa atômica u.; g/mol; dáltons... Exercício: Na natureza existem dois isótopos diferentes do Boro: 10B e 11B. Sabendo-se que a massa atômica do Boro é 10,8 g/mol, determine a abundância relativa de cada isótopo. Exercícios Propostos 01. As alternativas referem-se ao número de partículas constituintes de espécies atômicas. É falso afirmar:

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a) dois átomos neutros com mesmo número atômico têm o mesmo número de elétrons. b) um ânion com 52 elétrons e número de massa 116, tem 64 nêutrons. c) um átomo neutro com 31 elétrons tem número atômico igual a 31. d) um átomo neutro, ao perder três elétrons, mantém inalterado seu número atômico. e) um cátion com carga +3, 47 elétrons e 62 nêutrons tem número de massa igual a 112. 02. (PUCRS) O isótopo 241 do amerício, radioativo, é usado em detectores domésticos de fumaça e na análise mineral dos ossos. O número de elétrons, prótons e nêutrons do amerício 241 é, respectivamente, a) 241, 241, 146 b) 95, 95, 148 c) 241, 241, 148 d) 146, 241, 241 e) 95, 95, 146 03. Um íon de carga 3- tem o mesmo número de elétrons que um certo átomo cujo número atômico é 14. Sabendo-se que o íon possui 20 nêutrons, o número atômico e o número de massa do átomo que dá origem a esse íon são, respectivamente: a) 11 e 31 b) 14 e 34 c) 17 e 37 d) 37 e 17 e) 34 e 14 04. O átomo de carbono de número de massa 12 combina-se com átomos de hidrogênio de número de massa 1 ou com átomos de deutério (D) um isótopo do hidrogênio, de número de massa 2, formando CH4 e CD4, respectivamente. Em relação às partículas subatômicas constituintes dessas moléculas, a afirmação ERRADA é: a) o número total de prótons presentes numa molécula CH4 é 10. b) o número total de nêutrons presentes numa molécula CH4 é 10. c) o número total de prótons presentes numa molécula CD4 é 10. d) o número total de elétrons presentes numa molécula CH4 é 10. 05. Sabendo-se que existem na natureza dois isótopos do Lítio nas proporções:

6Li = 10% e 7Li = 90%, determine a massa atômica deste elemento. a) 6,1 u b) 6,5 u c) 9,8 u d) 6,9 u 06. Sabe-se que a massa atômica do Fe é 55,8 u, e que na natureza existem os isótopos de número de massa 55 e 56, a abundância relativa do isótopo de massa 55 é: a) 20% b) 30% c) 40% d) 70% 07. Três elementos químicos A, B e C apresentam números atômicos pares consecutivos. Sabendo-se que A e B são isóbaros e A e C são isótonos, podemos afirmar, EXCETO: a) A e B possuem o mesmo número de núcleons. b) A e C possuem o mesmo número de nêutrons. c) O número de massa de C é maior que o de A. d) B e C podem ser isótopos.

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08. (PUCMG) Os elementos oxigênio e hidrogênio possuem 3 isótopos. O número de moléculas de H2O diferentes entre si, formadas por esses isótopos, é: a) 6 b) 9 c) 12 d) 15 e) 18 09. A datação de um fóssil é feita através do estudo comparativo da presença de determinados ___________ neste material. A lacuna acima fica corretamente preenchida com o termo: a) isótopos b) isóbaros c) isótonos d) alótropos. 10. (FEPAR) Com relação aos elementos químicos, afirma-se: I) São constituídos por átomos que possuem o mesmo número atômico. II) Os átomos que constituem um elemento químico podem ser isótopos. III) Os isóbaros podem constituir um elemento químico. IV) Os átomos que constituem um elemento químico podem ser isótonos. São corretas as afirmativas: a) II e III. b) I e II. c) III e IV d) I e III. Gabarito: 1 – b; 2 – e; 3 – a; 4 – c; 5 – d; 6 – a; 7 – d; 8 – e; 9 – a; 10 - b AULA 05 e 06 Radioatividade Introdução Em 1896, o francês Henri Becquerel constatou que um composto de urânio – sulfato de potássio e uranila – apresentava a característica de impressionar uma chapa fotográfica mesmo no escuro e embrulhada em papel negro.

A interpretação de Becquerel era de que o composto emitia algum tipo de raio capaz de atravessar o papel e atuar sobre a chapa.

No final de 1897, a polonesa Marie Curie passou a se interessar pelo fenômeno descoberto por Becquerel. Em abril de 1898, ela já havia percebido que, além do urânio, outro elemento conhecido, o tório, também emitia os misteriosos raios. Começou, então, a suspeitar da existência de elementos radioativos desconhecidos. Em julho do mesmo ano, com a ajuda do marido, o físico francês de renome Pierre Curie, descobriu um novo elemento que chamou de polônio. Alguns meses depois ambos descobriram um elemento ainda mais radioativo ao qual deram o nome de rádio.

Tipos de radiação

Ainda no ano de 1898, Ernest Rutherford utilizou uma tela fluorescente para detectar as radiações provenientes de um material radioativo. Com auxílio de placas metálicas eletricamente carregadas descobriu que havia dois tipos de radiação, que chamou de alfa e beta. A radiação alfa, segundo ele, deveria ser formada por partículas de carga positiva uma vez que seu feixe é atraído pela placa negativa. Já a radiação beta deveria ser formada por partículas negativas, pois seu feixe é atraído pela placa positiva.

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Além disso, como as partículas alfa sofrem um desvio menor, isso significa que elas devem possuir massa maior do que as partículas beta, pois, quanto maior for a massa de uma partícula, maior será a sua inércia e, portanto, mais difícil será alterar sua trajetória.

Em 1900, Paul Villard, na França, descobriu uma outra forma de radioatividade que não apresenta carga elétrica, sendo chamada de radiação gama.

Radiação alfa: São constituídas por partículas formadas por dois

prótons e dois nêutrons, tendo, portanto, carga +2 e massa 4. São emitidas com velocidade de cerca de 20.000 Km/s. Têm pequeno poder de penetração, sendo facilmente detidas por uma lâmina metálica de 0,1 mm de espessura. Têm, no entanto, grande capacidade de provocar a ionização de gases.

Radiação beta: São elétrons emitidos, em alta velocidade, pelos átomos

radioativos. Possuem, portanto, carga elétrica -1 e massa desprezível. Essas partículas podem atingir velocidades próximas à da luz (300.000 Km/s). Têm poder de penetração muito maior que das partículas alfa, sendo barradas por placas de alumínio de 5 mm de espessura.

Radiação gama: São ondas eletromagnéticas que normalmente

acompanham as emissões alfa e beta. Não possuem carga elétrica ou massa e propagam-se à velocidade da luz. Têm alto poder de penetração, podendo atravessar até 15 cm de aço.

Leis da radiatividade Lei de Soddy: Quando um núcleo atômico emite uma partícula alfa, transforma-se em outro núcleo que apresenta número atômico menor e número de massa quatro unidades menor. Lei de Soddy e Farjans: Quando um núcleo atômico uma partícula beta, transforma-se em outro núcleo que apresenta número atômico uma unidade maior e mesmo número de massa. A emissão das partículas beta pelo núcleo resulta da desintegração de um nêutron, originando duas partículas: um próton que permanece no núcleo e um elétron (partícula beta) que é emitido em alta velocidade.

Observações: A emissão de radiação gama não altera o número atômico ou o número de massa. As transformações radiativas são chamadas de reações de desintegração radiativa, de reações de transmutação ou reações de decaimento.

Fissão Nuclear

O Urânio-235 pode sofrer “quebra” ou fissão do núcleo. Essa fissão pode ocorrer espontaneamente ou quando o átomo é bombardeado por nêutrons. A fissão nuclear libera grande quantidade de energia. Essa energia pode ser aproveitada nos reatores nucleares de fissão. As bombas atômicas (bombas A) utilizam esse princípio e, desse processo, vem a energia liberada durante a explosão. O Urânio-235 é raro na natureza, corresponde a aproximadamente

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0,7% do urânio encontrado. Para a construção dos reatores ou das bombas A é necessário que ocorra o “enriquecimento do urânio”, ou seja, esse percentual tem que ser aumentado através de processos de “purificação” do urânio. 235U + nêutron 141Ba + 92Kr + 3 nêutrons Fusão nuclear

Praticamente toda a energia que a Terra recebe diariamente é proveniente do Sol, que libera essa energia por reações termonucleares de fusão. As temperaturas altíssimas no centro do Sol fornecem a energia necessária para que átomos de hidrogênio (deutério e trítio) se unam, num processo denominado fusão nuclear (formando átomos de hélio). Esse processo libera, quantidades de energia muito maiores que a fissão nuclear. O primeiro uso desse processo, pelo ser humano, foi a bomba de hidrogênio (bomba H) que, para funcionar, necessita de uma quantidade enorme de energia. Essa energia é fornecida pela explosão de uma bomba atômica em seu interior.

Meia-vida

Cada elemento radioativo, seja natural ou obtido artificialmente, se transmuta (desintegra ou decai) a uma velocidade que lhe é característica. Para se acompanhar a duração (ou a vida) de um elemento radioativo foi preciso estabelecer uma forma de comparação. Por exemplo, quanto tempo leva para que um elemento radioativo tenha sua atividade reduzida à metade da atividade inicial? Esse tempo foi denominado meia-vida do elemento.

“Meia-vida é o tempo necessário para que a atividade (ou quantidade) de um elemento radioativo seja reduzida à metade da atividade (ou quantidade

inicial).” Isso significa que, para cada meia-vida que passa, a atividade vai sendo reduzida à metade da anterior, até atingir um valor insignificante, que não permite mais distinguir suas radiações do meio ambiente. O iodo-131, utilizado em Medicina Nuclear para exames de tireoide, possui a meia-vida de oito dias. Isso significa que, decorridos 8 dias, atividade ingerida pelo paciente será reduzida à metade. Passados mais 8 dias cairá à metade desse valor, ou seja, ¼ da atividade inicial e assim sucessivamente.

* Construir um gráfico que mostra o decaimento para uma amostra de um elemento radioativo de meia-vida igual à 5600 anos. Exercícios Propostos 01. A radiatividade consiste na emissão de partículas ou energia por átomos instáveis. As principais formas de radiação são:

* partícula alfa (): é emitida quando um núcleo perde dois prótons e dois nêutrons, consequentemente possui massa 4 e carga +2.

* partícula beta (): é emitida quando um nêutron transforma-se em um próton e um elétron. O elétron é emitido em alta velocidade (sendo chamado de

partícula ), consequentemente possui massa desprezível e carga -1.

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Radiação gama (): é emitida quando ocorre alguma perturbação a nível nuclear. Não possui massa nem carga. Após a emissão destas radiações o átomo pode se transformar em outro, de elemento diferente. Pergunta-se: a) Em que se transformaria um átomo de chumbo (Pb, Z = 82 e A = 210) após emitir uma partícula alfa? b) Em que se transformaria um átomo de polônio (Po, Z = 84 e A = 210) após emitir uma partícula beta? c) Em que se transformaria um átomo de urânio (U, Z = 92 e A = 235) após emitir duas partículas alfa e uma beta? 02. (UFSCar) Em 1999, foi estudada a ossada do habitante considerado mais antigo do Brasil, uma mulher que a equipe responsável pela pesquisa convencionou chamar Luzia. A idade da ossada foi determinada como sendo igual a 11.500 anos. Suponha que, nesta determinação, foi empregado o método de dosagem do isótopo radioativo do carbono-14, cujo tempo de meia-vida é de 5.750 anos. Pode-se afirmar que a quantidade de carbono-14 encontrada atualmente na ossada, comparada com a contida no corpo de Luzia por ocasião de sua morte, é aproximadamente igual a: a) 100% do valor original b) 50% do valor original c) 25% do valor original d) 10% do valor original 03. (CESESP) O radioelemento 90

227Ac sofre uma série de desintegrações, culminado com a formação de um isótopo do chumbo de número de massa

207. Quantas emissões de partículas e estão envolvidas?

a) 5 e 2 b) 3 e 4 c) 2 e 5

d) 8 e 0 e) 10 e 2 04. Se o período de meia-vida (semidesintegração) do isótopo do Tório de número de massa 234 é de 25 dias, determine a massa deste isótopo que restará de uma quantidade de 80 gramas após 100 dias. 05. Quando um átomo radioativo A emite uma partícula beta, dando origem a um átomo B, os átomos A e B são: a) isótopos b) isóbaros c) isótonos d) isoeletrônicos 06. Em relação ao poder de penetração das emissões radioativas naturais, podemos escrever: a) alfa > beta > gama b) gama > beta > alfa c) beta > alfa > gama d) gama > alfa > beta e) alfa = beta > gama

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07. (UNESP) A natureza das radiações emitidas pela desintegração espontânea do 92

234U pode ser estudada através do arranjo experimental mostrado na figura:

A abertura do bloco de chumbo

dirige o feixe de radiação para passar entre duas placas eletricamente carregadas, verificando-se a separação em três novos feixes, que atingem o detector nos pontos 1, 2 e 3? Justifique.

08. Dada a sequência de desintegrações radioativas abaixo:

92238U + X ; X + Y ; Y + Z

Consulte a tabela periódica e escreva a sequência acima, substituindo X, Y e Z pelos verdadeiros símbolos e indicando os respectivos números atômicos e números de massa de cada um. 09. Dada a sequência de desintegrações radioativas abaixo:

A + B ; B + C ; C + D ; D + 86220Rn

Consulte a tabela periódica e escreva a sequência acima, substituindo A, B, C e D pelos verdadeiros símbolos e indicando os respectivos números atômicos e números de massa de cada um. 10. O isótopo 90

232Th, através de sucessivas emissões de partículas alfa e beta, transforma-se num isótopo 83

212Bi, ainda radioativo. Sabendo-se que nenhum dos isótopos formados intermediariamente emite simultaneamente partículas alfa e beta, quantas partículas alfa e beta forma emitidas na passagem do

90232Th para o 83

212Bi? 11. Um isótopo radioativo X, através de sucessivas desintegrações, transforma-se no isótopo 84

216Po. Nesse processo, foram emitidas 3 partículas alfa e 2 beta, sendo que um mesmo isótopo não emite simultaneamente partículas alfa e beta. Qual é o verdadeiro símbolo do isótopo X, seu número atômico e número de massa? 12. O cobalto-60 (27

60Co), usado em hospitais, tem meia-vida de 5 anos. Calcule quantos mols de cobalto-60 restarão após 20 anos em uma amostra que inicialmente continha 10 g desse isótopo. 13. Um relógio feito há 25 anos foi fabricado com ponteiros que contém, entre outras coisas, trítio. Qual a massa de trítio colocada no relógio quando de sua fabricação, sabendo que hoje ele contém 2 mg desse isótopo, cuja meia-vida vale 12,5 anos.

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Gabarito: 2 – c; 3 – a; 4 – 5g; 5 – b; 6 – a; 7 – (1 - , 2 - , 3 - ); 10 - 5 e 3; 11 – (Z – 88, A – 228); 12 – 0,01 mol; 13 – 8mg. AULA 07 Modelos Atômicos 01. Gregos (Leucito e Demócrito): 450 a 400 aC “A matéria é formada de pequenas partículas indivisíveis denominadas átomos.” 02. Dalton: 1803

“A matéria é formada de pequenas partículas indivisíveis denominadas átomos.” “Os átomos não podem ser criados, destruídos ou

transformados.” “Átomos de um mesmo elemento são sempre iguais e os elementos podem ser identificados pela sua massa atômica.” “Toda reação química consiste na união ou separação de átomos.” 03. Thomson: 1897

Os elétrons são descobertos, o que indica que o átomo é formado por partículas subatômicas. “Os átomos são esferas maciças e positivas, apresentando

cargas negativas distribuídas uniformemente em sua superfície.” 04. Rutherford: 1911

O modelo de Rutherford é baseado na interpretação do experimento

onde partículas alfa (4

2+) bombardeiam uma fina folha de ouro. “Toda massa e carga

positiva do átomo se concentram em uma região central muito pequena denominada núcleo.”

“Em torno do núcleo giram partículas negativas em alta velocidade (os elétrons).”

“A maior parte do volume do átomo é constituída de espaço vazio.” “Os elétrons descrevem órbitas fixas e definidas.” (Esta última afirmação

foi considerada errada, pois a física clássica, conhecida na época, afirmava que cargas elétricas em movimento deveriam perder energia de forma contínua, o que impossibilitaria a existência de órbitas fixas). 05. Niels Bohr: 1913 Bohr concentrou seus estudos na emissão de energia pelos átomos. Analisando os espectros luminosos emitidos pelo gás hidrogênio obteve o espectro descontínuo que foi analisado utilizando a Teoria da Quantização de Energia de Max Planck. “Os elétrons não possuem todos a mesma energia.” “Conforme a energia que possuem, eles estão distribuídos em níveis em torno do núcleo.”

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“Os elétrons só emitem energia quando passam de níveis mais energéticos (externos) para níveis menos energéticos (internos).” “Os elétrons descrevem órbitas circulares e concêntricas.” 06. Mecânica Quântica ou Mecânica Ondulatória “Os elétrons não descrevem órbitas, e sim orbitais. Orbital é a região do espaço onde é mais provável encontrar um elétron.”

Princípio de Extensão de Sommerfield (1916): “Os orbitais podem ser esféricos ou elípticos.” Princípio da Natureza Dual da Matéria de De Broglie (1924): “O elétron comporta-se como uma partícula-onda.”

Princípio de Incerteza de Heisenberg (1926): “É impossível determinar simultaneamente, a posição e a velocidade de um elétron no orbital.” Equação de função de onda para o elétron: Schrodinger (1927).

Descoberta do nêutron: Chadwick (1932). Exercícios Propostos 01. (UFMG) O modelo de Rutherford da estrutura atômica apresentou, como novidade, a noção de: a) energia quantizada b) massa atômica c) spin d) núcleo 02. Comprovou-se a existência de grandes vazios na matéria através: a) da experiência de Avogadro. b) da experiência com as gotas de óleo de Millikan. c) da eletrólise de várias substâncias como a água. d) de descargas elétricas em gases a baixas pressões.

e) do bombardeamento de lâminas de ouro com partículas . 03. (PUCMG) Assinale a afirmativa INCORRETA: a) um elemento químico é constituído de átomos de mesma carga nuclear. b) Isótopos são átomos de um mesmo elemento químico que têm o mesmo número atômico, mas diferentes números de massa. c) de acordo com Bohr, o elétron passa de uma órbita mais externa para outra mais interna, quando recebe energia. d) as experiências de Rutherford mostraram que o núcleo de um átomo é muito pequeno em relação ao tamanho do átomo. e) no processo de ionização, um átomo neutro, ao perder um elétron, adquire uma carga positiva. 04. Os fenômenos abaixo negam o modelo atômico de Dalton, EXCETO: a) conservação da massa numa reação química. b) radioatividade de alguns elementos. c) condutividade elétrica de soluções iônicas. d) carregamento elétrico de materiais neutros.

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05. (FUVEST) No final do século XIX, J. J. Thomson determinou, pela primeira vez, a relação entre a massa e a carga do elétron, o que pode ser considerado como a descoberta do elétron. É reconhecida como uma contribuição de Thomson ao modelo atômico: a) o átomo ser indivisível. b) a existência de partículas subatômicas. c) os elétrons ocuparem níveis discretos de energia. d) o átomo possuir um núcleo com carga positiva e uma eletrosfera. 06. (PUCRS) A luz emitida por lâmpadas de sódio, ou de mercúrio, da iluminação pública, provem de átomos que foram excitados. Esse fato pode ser explicado considerando o modelo atômico de: a) Demócrito b) Bohr c) Dalton d) Thomson e) Mendeleev 07. A descontinuidade dos espectros de absorção ou emissão de energia pelo átomo de hidrogênio evidencia a existência de: a) elétrons b) isótopos c) nêutrons d) níveis de energia e) núcleos atômicos. 08. O modelo atômico atual apresenta uma descrição probabilística para os elétrons. Esse modelo inclui os seguintes conceitos, EXCETO: a) energias quantizadas b) nêutrons c) núcleos atômicos d) órbitas eletrônicas 09. De um modo geral, os sucessivos modelos atômicos têm algumas características comuns entre si. Com base na comparação do modelo atual com outros, a afirmativa CORRETA é: a) No modelo de Dalton e no atual, cada átomo é indivisível. b) No modelo de Rutherford e no atual, cada átomo tem um núcleo. c) No modelo de Rutherford e no atual, os elétrons têm energia quantizada. d) No modelo de Bohr e no atual, os elétrons giram em órbitas circulares ou elípticas. e) No modelo de Dalton e no atual, as propriedades atômicas dependem do número de prótons. 10. Considere as afirmações sobre os modelos atômicos: I – Elétrons podem emitir energia ao mudar de nível. II – O átomo é indivisível. III – Elétrons ocupam orbitais esféricos ou elípticos. IV – A matéria apresenta espaços vazios. A ordem cronológica em que estas afirmativas foram enunciadas é: a) II – IV – I – III b) I – III – IV – II c) III – I – II – IV d) IV – II – III – I 11. Polônio, Chumbo, Sulfeto de Zico e Ouro foram usados no famoso “experimento de Rutherford”. O papel de cada um deles está indicado corretamente abaixo, EXCETO: a) Polônio: fonte de partículas alfa.

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b) Chumbo: reduzir a velocidade das partículas alfa. c) Sulfeto de Zinco: indicar os locais atingidos pelas partículas alfa. d) Ouro: ser testado quanto à estrutura de seus átomos. 12. (UFMG/2004/modificada) Considere estes dois sistemas:

I: 1 Kg de chumbo II: 1 Kg de algodão É CORRETO afirmar que esses dois sistemas têm aproximadamente, o mesmo número de: a) átomos b) elétrons c) prótons e elétrons somados d) prótons e nêutrons somados 13. (UFMG/2004) O teste de chama é uma técnica utilizada para a identificação de certos átomos ou íons presentes em substâncias. Nesse teste, um fio metálico é impregnado com a substância a ser analisada e, em seguida, é colocado numa chama pouco luminosa, que pode assumir a cor característica de algum elemento presente nessa substância. Este quadro indica os resultados de testes de chama, realizados num laboratório, com quatro substâncias:

Substância Cor da chama HCl Não se observa cor

CaCl2 Vermelho-tijolo (ou alaranjado) SrCl2 Vermelho BaCl2 Verde-amarelado

1. Indique, em cada caso, o elemento responsável pela cor observada. Vermelho-tijolo (ou alaranjado) Vermelho Verde-amarelado

Gabarito: 1 – d; 2 – e; 3 – c; 4 – a; 5 – b; 6 – b; 7 – d; 8 – d; 9 – b; 10 – a; 11 – b; 12 – d; AULA 08 e 09 Estrutura Eletrônica dos Átomos

Conforme Bohr os elétrons distribuem-se em torno do átomo em níveis (ou camadas). Apesar de existirem infinitos níveis, apenas 7 são suficientes para explicar a estrutura da eletrosfera de todos os elementos conhecidos. Cada camada suporta um máximo de elétrons conforme o quadro abaixo: Nível 1 2 3 4 5 6 7 Camada K L M N O P Q Total de elétrons 2 8 18 32 32 18 8

Algum tempo depois, descobriu-se que cada nível possuía subníveis de

energia. Esses subníveis foram descritos através de uma função de onda matemática e intitulados subnível s, subnível p, subnível d e subnível f, dos quais estudaremos apenas a representação s e a representação p, conforme ilustrado abaixo:

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Essas representações indicam a máxima probabilidade de se encontrar o elétron, não se preocupando em determinar sua velocidade nem sua posição exata. Essa região de máxima probabilidade é conhecida

por orbital e cada subnível tem uma quantidade máxima de orbitais: Subnível Quantidade máxima de orbitais

s 1, na forma esférica p 3, na forma de halteres d 5, na forma de halteres f 7, na forma de halteres

Cada orbital suporta no máximo dois elétrons: Subnível Quantidade máxima de orbitais Quantidade máxima de elétrons

s 1 2 p 3 6 d 5 10 f 7 14 No final teremos a representação: s2, p6, d10 e f14. Como os subníveis

estão localizados nos níveis:

Investigando a ordem de energia dos subníveis, verificou-se que não

ocorre uma obediência quanto à ordem de energia dos níveis e, para facilitar a representação dessa ordem crescente de energia. Foi proposto um diagrama pelo cientista norte-americano Linus Carl Pauling, conforme se segue:

Diagrama de Energia de Linus Pauling

Ordem crescente de energia dos subníveis

1 s2 < 2 s2 < 2 p6 < 3 s2 < 3 p6 < 4 s2 < 3 d10 < 4 p6 < 5 s2 < 4 d10 < 5 p6 < 6 s2 < 4 f14 < 5 d10 < 6 p6 < 7 s2 < 5 f14 < 6d10 < 7 p6

Distribuição eletrônica nos átomos neutros

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Átomo neutro é toda espécie química onde a quantidade de prótons (no núcleo) é igual à quantidade de elétrons (na eletrosfera).

É uma tendência natural buscar-se a estabilidade adquirindo menor energia. Os elétrons, ao preencherem os subníveis de energia, iniciam o preenchimento pelos orbitais menos energéticos, isto é, aqueles que estão mais próximos ao núcleo. Quando isso ocorre, dizemos que o átomo está em seu estado fundamental. * Considerando um átomo com 26 elétrons, teremos:

Distribuição nos subníveis de energia:

1 s2 2 s2 2 p6 3 s2 3 p6 4 s2 3 d6 (não separá-los com vírgula) ou 1 s2 2 s2 2 p6 3 s2 3 p6 3 d6 4 s2 Distribuição nos níveis de energia: 1 (K): 2 2 (L): 8 3 (M): 14 4 (N): 2 Atenção: casos especiais de estabilidade Se a distribuição eletrônica terminar em s2 d4 ou em s2 d9, mudar para s1 d5 e s1d10, respectivamente. Observe:

24Cr 1 s2 2 s2 2 p6 3 s2 3 p6 4 s2 3 d4 Mudar a distribuição para 1 s2 2 s2 2 p6 3 s2 3 p6 4 s1 3 d5

29Cu 1 s2 2 s2 2 p6 3 s2 3 p6 4 s2 3 d9 Mudar a distribuição para 1 s2 2 s2 2 p6 3 s2 3 p6 4 s1 3 d10 Justificativa: O subnível 4s é menos energético que o 3d. Ficou comprovado experimentalmente que o subnível 3d, possuidor de 5 orbitais, ao se preencher ou semipreencher completamente com os elétrons contribui para uma maior estabilidade do átomo, motivo pelo qual sai um elétron do orbital 4s (menos energético) para o 3d (mais energético).

Distribuição eletrônica nos íons Íon é toda espécie química que perdeu ou ganhou elétrons, carregando

eletricamente com carga negativa (se receber elétrons) ou com carga positiva (se perder elétrons). Assim, o íon difere de um átomo neutro apenas na quantidade de elétrons. Para se fazer a distribuição dos elétrons de um íon, devemos iniciar fazendo a distribuição do seu respectivo átomo neutro. Feito isso, começamos a retirar os elétrons a partir dos mais afastados do núcleo (no caso do átomo ter perdido elétrons) ou colocando conforme a ordem crescente de energia dos subníveis (para o caso do átomo ter ganhado elétrons). * Fazendo a distribuição para o íon 20Ca2+ (perdeu 2 elétrons): Configuração eletrônica do átomo neutro de cálcio: 1 s2 2 s2 2 p6 3 s2 3 p6 4 s2 (4s pertence ao nível mais afastado do núcleo) Basta retirar os dois elétrons de 4s. Teremos a configuração: 1 s2 2 s2 2 p6 3 s2 3 p6. * Fazendo a distribuição para o íon 23V

1- (perdeu 1 elétron): Configuração eletrônica do átomo neutro de vanádio: 1 s2 2 s2 2 p6 3 s2 3 p6 4 s2 3 d3 Como devemos adicionar 1 elétron, basta seguir a ordem crescente de energia dos subníveis e adicionar o elétron em 3 d que muda para 3 d4. O 23V

1- tem configuração: 1 s2 2 s2 2 p6 3 s2 3 p6 4 s2 3 d4.

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Exercícios: Faça a distribuição eletrônica por níveis e subníveis para as seguintes espécies: 1) 12

24Mg 2) 80

200Hg 3) 30

65Zn2+ 4) 26

56Fe3+ 5) 29

65Cu2+ 6) 15

31P3- 7) 35

80Br- 8) 39K Aula 8 Tabela Periódica - Estrutura da tabela periódica A tabela periódica é composta por 7 períodos (horizontais) e 18 colunas, grupos ou famílias (verticais). Períodos: os elementos de um mesmo período possuem o mesmo número de níveis de energia ocupados por elétrons. Colunas: os elementos de uma mesma configuração eletrônica no nível de valência. Isso lhes confere propriedades químicas semelhantes. - Classificação dos elementos a) Naturais x Artificiais → Os elementos de número atômico até 92 (urânio) são naturais. Os outros são artificiais. Exceções: TC e Pm são artificiais. b) Estado físico nas condições ambiente: 25ºC, 1 atm Gasosos: H, N, O, F, Cl, He, Ar, Kr, Xe, Rn. Líquidos: Br e Hg.

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Sólidos: todos os demais. c) Comportamento químico Semimetais (metaloides): Po, Te, Se, As, Ge, Si e B. Metais: Localizam-se à esquerda dos semimetais. Ametais (não-metais): localizam-se à direita dos semimetais. d) distribuição eletrônica Normais, típicos ou representativos: terminam a distribuição eletrônica em subnível s ou p. Estão localizados nas colunas altas da tabela periódica. Gases nobres: terminam a distribuição eletrônica em s2 (He) ou em p6 (Ne, Ar, Kr, Xe, Rn). Elementos de transição: terminam a distribuição eletrônica em subnível d. Estão localizados nas colunas baixas da tabela periódica. Elementos de transição interna, terras raras, lantanídeos e actinídeos: terminam a distribuição eletrônica em subnível f. Possuem propriedades químicas semelhantes ao Lantânio e ao Actínio. Estão representados abaixo da tabela periódica. - Localização dos elementos (colunas altas) O período fornece o número de níveis. O número da coluna alta fornece o número de elétrons no último nível. Exemplo 1: O magnésio está no 3º período, coluna IIA → a distribuição eletrônica termina em 3s2. Exemplo 2: Um elemento termina a distribuição em 4s2 4p3 → Localiza-se no 4º período e na coluna VA, ou seja, trata-se do Arsênio. - Propriedades Aperiódicas – são aquelas que aumentam ou diminuem à medida que aumenta o número atômico dos elementos. - Propriedades Periódicas – são aquelas que aumentam e diminuem periodicamente à medida que aumenta o número atômico dos elementos.

Lei Periódica: “Quando colocamos os elementos em ordem crescente de número atômico (Z) suas propriedades repetem-se periodicamente” (Moseley)

- Volume atômico: é o volume ocupado por um mol de átomos (6 x 1023 átomos) no estado sólido. - Densidade: é a razão entre a massa atômica e o volume atômico.

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Exercícios Propostos 01. Dadas as proposições: I) Todo metal alcalino possui um só elétron na camada de valência e oito elétrons na camada que antecede a de valência de seus átomos. II) Todo metal alcalino-terroso possui dois elétrons na camada de valência e oito elétrons na camada que antecede a de valência de seus átomos. III) Todo halogênio possui seis elétrons na camada de valência e oito elétrons na camada que antecede a de valência de seus átomos. Podemos afirmar que: a) somente I e II estão corretas. b) I, II e III estão incorretas. c) somente II e III estão corretas. d) somente I e III estão corretas. 02. Responda à questão seguinte com base na análise das afirmativas abaixo. (I) Em um mesmo período, os elementos apresentam o mesmo número de níveis. (II) Os elementos do grupo 2A apresentam, na última camada, a configuração geral ns2. (III) Quando o subnível mais energético é o tipo s ou p, o elemento é de transição. (IV) Em um mesmo grupo, os elementos apresentam o mesmo número de camadas. Conclui-se que, com relação à estrutura da classificação periódica dos elementos, estão corretas as afirmativas: a) I e II b) I e III c) III e IV d) II e III 03. (ITAÚNA) Algumas propriedades do magnésio metálico (Mg) são: I. reage com ácido clorídrico, produzindo gás hidrogênio. II. queima, produzindo um óxido básico. III. forma íons positivos de carga 2+ Outros elementos que apresentam propriedades semelhantes ao magnésio são: a) Na, K e Ca b) Ca, Sr e Ba c) K, Fe e Ca d) Na, Al e Cl 04. (FMU/FIAM) Nos garimpos usa-se mercúrio para separar o ouro das impurezas. Quando o mercúrio entra em contato com a água dos rios, causa uma séria contaminação: é absorvido por microrganismos, que são ingeridos pelos peixes pequenos, os quais são devorados pelos peixes grandes usados na alimentação humana. Podemos prever, com o auxílio da tabela que um elemento com comportamento semelhante ao do mercúrio é: a) Na. b) C. c) Cd. d) Ca. e) Fe 05. (UFV) Associe a segunda coluna de acordo com a primeira e assinale a opção que contém a sequência correta: I – metais alcalinos ( ) F, Br, I II – metais alcalinos-terrosos ( ) Na, K, Cs III – halogênios ( ) Ca, Sr, Ba

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IV – metais de transição ( ) Fe, Co, Ni a) I, II, III, IV b) III, I, II, IV c) III, II, I, IV d) IV, II, III, I e) III, I, IV, II 06. O elemento cloro apresenta-se na temperatura ambiente: a) como um gás incolor. b) como um sólido branco. c) como um líquido avermelhado. d) como um gás esverdeado. 07. Dentre os halogênios apenas um é líquido na temperatura ambiente. Trata-se de uma substância avermelhada insolúvel em água e solúvel em benzeno. O halogênio a que esta questão se refere é o: a) bromo b) flúor c) cloro d) iodo 08. A posição de um elemento no Quadro Periódico permite inúmeras deduções sobre as propriedades do elemento e de seus átomos e compostos. Com relação ao estrôncio-90, um dos mais perigosos produtos radioativos da fissão do urânio, a afirmativa errada é: a) sais de 90Sr e sais de bário têm solubilidades semelhantes. b) 90Sr é absorvido no organismo como cátion de carga 1 +. c) 90Sr é absorvido no organismo pelos tecidos ricos em cálcio. d) núcleos de 90Sr têm 52 nêutrons. e) átomos de 90Sr têm menos elétrons do que nêutrons. 09. Considere os elementos químicos de números atômicos 23, 31, 52 e 79. Sobre estes elementos podemos afirmar, exceto: a) apenas três deles são metais e um é semimetal. b) entre eles encontra-se um metal muito nobre, sendo atacado apenas pela água régia. c) apenas um deles é metal alcalino, podendo reagir com o cloro formando um sal. d) dois deles possuem o mesmo número de camadas eletrônicas. 10. (UFJF) Um elemento químico apresenta, para o elétron mais energético do seu átomo, no estado fundamental, os números quânticos: n = 3; l = 2; m = 0; ms = + ½

O elemento químico em questão é: a) um metal alcalino terroso b) um semimetal. c) um elemento de transição interna. d) um metal do 4º período.

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12. (UFV) Dentre as alternativas abaixo, a espécie que apresenta maior diâmetro é: a) Mg2+ b) Al3+ c) Ne d) Na+ e) F- 13. Coloque os elementos seguintes em ordem crescente de eletronegatividade: Al, K, O, Mg, F e C. 14. (PUCMG) O hidrogênio é mais eletronegativo que os metais e menos eletronegativo que os não-metais e semimetais. Apresenta-se mais eletronegativo, se estiver ligado ao elemento: a) sódio (NaH) b) nitrogênio (NH3) c) boro (BH3) d) silício (SiH4) e) flúor (HF) 15. (PUCMG) Sejam dados dois elementos X e Y, com números atômicos consecutivos e situados no mesmo período da Tabela Periódica. Sobre eles, é correto afirmar que: a) X deverá ter maior eletronegatividade que Y. b) Y tem raio atômico menor que X. c) X e Y pertencem à mesma família. d) X e Y podem ser um calcogênio e um gás nobre, respectivamente. e) X terá um menor número de camadas eletrônicas que Y. 16. (UFMG) Ao estudar a tabela periódica, um estudante fez várias anotações sobre as propriedades das substâncias simples de um grupo de elementos químicos, todos localizados na mesma coluna: - têm grande afinidade química por metais; - reagem diretamente com hidrogênio, formando ácidos; - apresentam átomos de alta eletronegatividade; - são agentes oxidantes. Na tabela periódica, esses elementos ocupam a coluna: a) 13 (III A) b) 17 (VII A) c) 1 (IA) d) 15 (V A) 17. Apresenta maior caráter básico o hidreto de: a) ferro b) prata c) bromo d) rubídio

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18. As cinco primeiras energias de ionização do átomo de um elemento são respectivamente, 32, 40, 51, 147 e 155. A respeito deste elemento não podemos afirmar: a) tende a formar um íon tripositivo. b) é mais eletronegativo do que o elemento que se encontra a sua esquerda na tabela periódica. c) possui três elétrons desemparelhados no nível de valência. d) certamente possui número de massa maior que 10u. Gabarito: 1 – a; 2 – a; 3 – b; 4 – c; 5 – b; 6 – d; 7 – a; 8 – b; 9 – c; 10 – d; 11 –c; 12 – e; 13 – (K < MG <Al < C < O < F); 14 – a; 15 – b; 16 – b; 17 – d; 18 – c. Aula 9 Processo de formação de moléculas Casos: - Por interpenetração de orbitais - Por interpenetração de orbitais precedida de hibridação

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Atenção: a formação das moléculas de água e amônia também pode ser explicada pelo processo de hibridação, entretanto, o modelo anteriormente apresentado é mais simples e conduz às mesmas conclusões.

Números de oxidação ou Estado de oxidação (NOX): NOX é a carga atribuída a um elemento presente em uma substância. Regras gerais:

Espécies NOX Exemplos

Elemento livre Zero O2 ; Cl2 ; Fe

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Metais alcalinos + 1 NaCl ; KBr

Metais alcalinos terrosos + 2 CaO ; MgCl

Elementos da coluna 3ª + 3 Al(OH)3 ; AlCl3

Hidrogênio ligado a ametal + 1 HCl ; H2SO4

Hidrogênio ligado a metal - 1 NaH ; CaH2

Oxigênio Geralmente – 2 CaO ; H2O

Enxofre, selênio e telúrio em compostos binários sem

oxigênio

- 2 H2S ; FeS

Cloro, bromo e iodo em compostos binários sem

oxigênio

- 1 FeCl2 ; KCl

Composto Soma dos NOX igual a zero H2SO4

Radical ou íon Soma dos NOX igual a carga do radical

NH4+

Exemplo 01: Calcular o NOX do manganês no composto KMn04 K possui NOX = + 1 ; O possui NOX = - 2 Chamamos de x o NOX do Mn. KMn04 1 + x – 8 = 0 → x = 8 – 1 = + 7 Logo, o manganês, neste composto, possui NOX = + 7. Exemplo 02: Calcular o NOX do manganês no composto Mn04

-2 O possui NOX = - 2 Chamamos de x o NOX do Mn. Mn04

-2 x + 4 . (- 2) = - 2 → x – 8 = - 2 → x = 8 – 2 = + 6 Logo, o Mn, neste radical, possui NOX = + 6. Treinamento: 01 - Calcule o NOX para os elementos em negrito nas fórmulas abaixo: a) Na h) AlI3 p) H3PO4 b) Br2 i) H2S q) H4P2O7 c) O3 j) BaH2 r) SO3

2- d) Li2O l) Na2O s) NO3

- e) K2S m) MgO2 t) CrO4

2- f) CaCl2 n) HClO4 u) PO4

3- g) MgO o) K2Cr2O7 Exercícios Propostos 01. O elemento hipotético de número atômico 120 apresentaria seus elétrons mais energéticos ocupando subnível: a) d b) f c) s d) p

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02. Dentre as espécies citadas, aquela que é isoestrutural com o Cu+ é: a) Ni b) Co+ c) Zn2+ d) Fe2+

03. Um subnível com a configuração abaixo

pode apresentar o subnível mais energético de um elemento de número atômico: a) 16 b) 17 c) 18 d) 19 04. (PUCMG) Considere as notações I e II de um átomo eletricamente neutro. I. 1s2, 2s2, 2p2 II. 1s2, 2s1, 2p3

Em relação a essas configurações, é correto afirmar que: a) ocorre absorção de energia na passagem de I para II. b) I é configuração eletrônica ativada. c) a configuração II é o estado fundamental. d) II representa a ionização do átomo. e) há emissão de ondas eletromagnéticas na passagem de I para II. 05. O íon mais estável do Selênio é: a) dipositivo b) mononegativo c) trinegativo d) dinegativo 06. (UFLA) Considere as distribuições eletrônicas dos átomos abaixo: X = 1s2, 2s2, 2p6, 3 s2, 3p6, 4s2 Y = 1s2, 2s2, 2p5

É correto afirmar que: a) X tem massa atômica igual a 20. b) Y forma íons Y+. c) X é um gás nobre. d) Y apresenta três níveis atômicos de energia. e) X e Y formam um composto de fórmula XY2. 07. (UFLA) Sabendo-se que elemento genérico “A” tem propriedades químicas semelhantes às do fósforo, qual a configuração eletrônica de “A”? a) 1s2, 2s2, 2p6, 3 s2 b) 1s2, 2s2, 2p1

c) 1s2, 2s2, 2p3 d) 1s2, 2s2, 2p6, 3 s2, 3p5

e) 1s2, 2s2, 2p6, 3 s2, 3p1

08. (PUCMG) Um elemento X (Z = 20) forma com Y um composto de fórmula X3Y2. O número atômico de Y é: a) 7 b) 9 c) 11 d) 12 e) 18 09. (UFV) Dentre as alternativas abaixo, indique aquela que apresenta um composto de fórmula incorreta: a) Na2S b) CCl4 c) CaO d) KCl2 e) MgCl2

10. (PUCMG) O elemento químico fósforo apresenta menor número de oxidação em: a) P4O10 b) H4P2O5 c) P4 d) PH3 e) H3PO3

11. (UFV) A substância na qual o manganês apresenta maior número de oxidação é:

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a) MnO2 b) Mn c) MnSO4 d) K2MnO4 e) KMnO4

12. (ITA) Assinale a opção relativa aos números de oxidação corretos do átomo de cloro nos compostos KClO2, Ca(ClO)2, Mg(ClO3)2 e Ba(ClO4)2, respectivamente. a) -1, -1, -1 e -1 b) +3, +2, +4 e + 6 c) +3, +1, +5 e + 6 d) +3, +1, +2 e + 3 13. (PUCMG) Assinale o maior e o menor número de oxidação que o carbono pode ter. a) +1 e -1 b) +4 e -4 c) +3 e -3 d) +2 e -2 14. Um elemento químico cujos valores de números quânticos para o elétron de diferenciação são n = 3, l = 2 e m = -1, deve possuir número atômico: a) 21 ou 24 b) 23 ou 25 c) 22 ou 27 d) 29 ou 30 15. Na molécula de HF existe:

a) uma ligação p - p b) uma ligação p - p

c) uma ligação s - p d) uma ligação s - p 16. Em uma molécula de gás nitrogênio existem:

a) duas ligações e uma ligação b) três ligações

c) duas ligações e uma ligação d) três ligações 17. Na molécula CH3CH=CHCH2CH3 existem:

a) duas ligações e treze b) treze ligações e duas

c) catorze ligações e uma d) catorze ligações e uma 18. (PUCMG) As hibridações do boro (BF3), berílio (BeCl2) e carbono (CO2) são respectivamente: a) sp3, sp2, sp b) sp2, sp, sp3 c) sp2, sp, sp d) sp, sp, sp3 e) sp, sp2, sp3

19. (PUCMG) A luz azulada que brilha e se movimenta, vista às vezes em pântanos e cemitérios, resulta da inflamação espontânea da fosfina (PH3) e outros gases liberados de matéria orgânica em decomposição. A molécula da fosfina (PH3) apresenta geometria molecular: a) angular b) trigonal plana c) piramidal d) linear 20. (PUCMG) Com relação à geometria das moléculas, a opção correta no quadro abaixo é:

NO CO NF3 H2O BF3

a) Linear Linear Piramidal Angular Trigonal plana

b) Linear Angular Piramidal Angular Trigonal plana

c) Linear Trigonal Trigonal Linear Piramidal

d) Angular Linear Piramidal Angular Trigonal

e) Angular Trigonal Trigonal Linear Piramidal

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21. (ITA) Assinale a opção que contém a geometria molecular correta das espécies OF2, SF2, BF3, NF3, CF4 e XeO4, todas no estado gasoso. a) angular, linear, piramidal, piramidal, tetraédrica e quadrado planar. b) linear, linear, trigonal plana, piramidal, quadrado planar e tetraédrica. c) angular, angular, trigonal plana, piramidal, tetraédrica e tetraédrica. d) linear, angular, piramidal, trigonal plana, angular e tetraédrica. 22. (FMC) “Não escapou nem a picanha!” A ameaça do câncer chegou ao churrasco do fim de semana. Na carne assada na brasa, a engenheira Isa Beatriz Noll, da UFRGS, encontrou benzo(a)pireno, benzo(n)fluorantraceno, benzo(a)antraceno e benzo(k)fluorantraceno, substâncias do grupo dos hidrocarbonetos policíclicos arométicos, ou Hpas, com conhecido potencial cancerígeno”. (Superinteressante, v.8, n.5, maio 1994, p.15)

Benzo(a)pireno Sabendo-se que a estrutura do benzo(a)pireno é planar, é correto afirmar-se que os ângulos de ligação entre: a) todos os átomos de carbono são de 109,5º. b) todos os átomos de carbono são de 120º.

c) todos os átomos de carbono são de 180º. d) os átomos de carbono 1, 5 e 9 são de 109,5º e entre os demais, de 120º. Gabarito: 1 – c; 2 – a; 3 – b; 4 – a; 5 – d; 6 – c; 7 – c; 8 – a; 9 – d; 10 – c; 11 – e; 12 – d; 13 b; 14 – c; 15 - c; 16 - c; 17 - d; 18 – c; 19 – b; 20 – a; 21 – c; 22 - b Aula 10 Ligações Químicas

Ligações Interatômicas:

Ligação iônica: Ocorre entre metais e ametais ou entre um metal e o hidrogênio (como é o caso dos hidretos). O metal doa elétrons para o ametal e assim completam o octeto (estabilidade). Desta maneira formam-se íons (o cátion do metal e o ânion do ametal). Os íons atraem-se fortemente. Esta atração eletrostática é a ligação iônica. Exemplos:

Propriedades: Tipo de composto: cristal iônico.; Estado Físico: maioria sólidos à temperatura ambiente.; PF e PE: geralmente altos (acima de 300º C).; Conductibilidade elétrica: isolantes no estado sólido, bons condutores quando fundidos ou dissolvidos em água.; Solubilidade: muitos são solúveis em água, mas existem exceções (CaCO3, BaSO4, AgCl, PbI2...) Exercício Proposto – Escreva a fórmula eletrônica do composto formado entre:

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a) Sódio e oxigênio b) cálcio e enxofre c) potássio e bromo d) magnésio e flúor e) potássio e enxofre f) bário e flúor Ligação metálica: Ocorre entre metais. Os metais sofrem perda parcial de elétrons (formando Kernels de carga positiva). As intensas forças de atração eletrostática entre elétrons “perdidos” e kernels explicam a formação das ligações metálicas. - Nesse tipo de ligação não usamos as representações, como na iônica, mas imaginamos os íons positivos interagindo com os elétrons livres que se movimentam na superfície do metal. Exemplos: cobre, alumínio, latão (zinco + cobre), bronze (cobre + estanho), ouro, prata, etc. Obs.: Liga metálica é uma mistura de dois ou mais metais, podendo incluir semimetais ou não-metais, mas a predominância tem que ser de elementos metálicos. Propriedades: Tipo de composto: cristal metálico.; Estado Físico: maioria sólidos à temperatura ambiente.; PF e PE: geralmente altos (acima de 300º C).; Conductibilidade elétrica: bons condutores.; Solubilidade: insolúveis em água. Alguns metais (como o ouro) são solúveis em mercúrio formando amálgamas.; Maleabilidade: capacidade de formar finas lâminas.; Ductibilidade: capacidade de formar fios.; Brilho característico: brilho metálico. Ligação covalente: Ocorre entre ametais. Os ametais compartilham elétrons de valência para completarem o octeto. Neste compartilhamento forma-se um orbital molecular onde os elétrons compartilhados pertencem simultaneamente aos dois átomos participantes da ligação. - Considerando o hidrogênio como ametal: Ligação – Apolar: ametais iguais (mesma eletronegatividade). Ex.: Cl2, N2, O2

- Polar: ametais diferentes (eletronegatividade diferente). Ex.: CO2, H2O, HF, HCl - Dativa: um ametal contribui com os dois elétrons da ligação. Ex.: NH4, SO2, HNO3

“Mesmo que as ligações sejam polares é possível que a molécula resultante seja apolar. Ex.: CO2, CH4” Propriedades: Tipo de composto: molecular (H2O, CO2, C2H6, NH3...) ou cristal covalente (diamante, grafite, quartzo = SiO2)..; Estado Físico: sólidos (I2), líquidos (H2) ou gases (CH4) na temperatura ambiente.; PF e PE: geralmente baixos (menores que 300º C).; Conductibilidade elétrica: a maioria é isolante, mas existem bons condutores (grafite e ácidos em meio aquoso).; Solubilidade: semelhante dissolve semelhante, ou seja, compostos polares dissolvem compostos polares e compostos apolares dissolvem compostos apolares. Atenção: compostos que possuem ligações polares podem ser apolares devido à geometria molecular. * Determinação da polaridade de uma molécula através do momento dipolar (força da ligação)

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Na maioria das ligações de uma molécula existe o momento dipolar (que é dado pela diferença de eletronegatividade entre os átomos formadores da mesma). A resultante desses momentos dipolares nos informa a simetria da molécula e consequentemente a polaridade da molécula. Moléculas do tipo X2 não apresentam momento dipolar (consequentemente são moléculas apolares), pois os átomos formadores da única ligação existente possuem a mesma eletronegatividade. - Todo hidrocarboneto saturado é um composto apolar, pois a resultante dos momentos dipolares sempre será zero. - Análise do momento dipolar resultante:

Apesar das ligações apresentarem momentos dipolares significativos

direcionados para um elemento (o que caracterizaria uma molécula polar) a resultante desses momentos é igual a zero e a molécula é classificada como simétrica e consequentemente apolar.

Ligações Intermoleculares Dipolo-dipolo: Moléculas que apresentam polaridade permanente se atraem por forças eletrostáticas.

Ligação ou ponte de hidrogênio: Semelhante ao caso anterior, mas a polaridade das moléculas é mais intensa. Em geral envolve situações onde átomos de hidrogênio estão ligados a átomos de flúor, oxigênio ou nitrogênio.

Força de van der Waals: São forças fracas que surgem entre moléculas apolares devido à formação de dipolos induzidos. É a interação intermolecular mais fraca de todas, mas torna-se importante devido a sua grande ocorrência. Também está presente nos gases nobres.

Exercícios Propostos 01. No composto NaBr temos a formação de ligações iônicas. Sobre ele podemos afirmar, exceto: a) Apresenta-se como um sólido cristalino. b) O Na doa um elétron para o Br. c) Conduz corrente elétrica quando fundido. d) Dissolve-se bem em água e gasolina. 02. (PUCMG) – Ao se colocar em contato um elemento não-metal e outro elemento metal, deve ocorrer: a) Transferência de elétrons do não-metal para o metal. b) Ligação covalente apolar.

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c) Formação de composto molecular. d) Emparelhamento de elétrons do não-metal e do metal. e) Transferência de elétrons do metal para o não-metal. 03. (PUCMG) – Todas as afirmativas sobre o cloreto de sódio estão corretas, exceto: a) É um sal neutro, e sua solução aquosa apresenta pH = 7. b) No estado sólido, em condições ambientais, é capaz de conduzir corrente elétrica. c) Através da eletrólise de sua solução aquosa é capaz de produzir hidróxido de sódio, gás hidrogênio e gás cloro. d) Pode ser encontrado dissolvido na água do mar, de onde é extraído por evaporação nas salinas, ou em jazidas na crosta terrestre (sal-gema). e) Com gelo, obtém-se uma mistura refrigerante que atinge até -22ºC. 04. (UFMG) – Existem algumas propriedades que são adequadas para caracterizar os sólidos iônicos, uma vez que a grande maioria desses sólidos apresenta essas propriedades. Outras propriedades não são adequadas para esse fim, pois podem existir sólidos iônicos que não apresentam essas outras propriedades.

Considere o conjunto dos sólidos iônicos. Entre as propriedades relacionadas, indique a que não será exibida por um grande número de sólidos. a) Apresentar altas temperaturas de fusão. b) Conduzir corrente elétrica quando fundido. c) Ser isolante térmico e elétrico em estado sólido. d) Ser solúvel em água. 05. (FAFEID) – Sais, óxidos, hidróxidos, sulfetos e a maioria das substâncias inorgânicas são exemplos de compostos iônicos. Os sólidos iônicos mantêm-se unidos pela atração eletrostática entre os íons positivos e negativos. A respeito dos sólidos iônicos, é incorreto afirmar que: a) São formados pela forte atração entre um cátion de metal e um ânion de não-metal. b) A formação dos compostos iônicos é um processo exotérmico. c) Geralmente são solúveis em solventes polares. d) Apresentam baixas temperaturas de fusão. 06. (PUC-SP) – A maior probabilidade de formar um composto binário iônico é encontrada entre os elementos de números atômicos: a) 15 e 17 b) 16 e 18 c) 17 e 19 d) 16 e 17 e) 17 e 18 07. (UFMG-modificada) Observe o desenho.

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08. Um metal como o ouro apresenta todas as características abaixo, exceto: a) O átomo forma um Kernel após a perda parcial de elétrons. b) Conduz corrente elétrica no estado sólido. c) Apresenta elevada maleabilidade e ductibilidade. d) Dissolve-se em água liberando íons positivos. e) Organiza-se na forma de rede cristalina. 09. A tabela abaixo apresenta dados físicos sobre cinco substâncias simples identificadas pelas letras T, U, V, X e Z

Substância simples

Ponto de fusão (ºC)

Ponto de ebulição (ºC)

Densidade (g/mL)

Condutividade elétrica x 104 (ohm-1 cm-1)

T - 38,4 357 13,6 4,4

U 3727 4830 2,3 0,07

V 28,7 690 1,9 5,6

X 660 2450 2,7 40

Z 1530 3000 7,9 11,2

Todas as substâncias são metais, exceto: a) T b) U c) V d) X e) Z 10. (PUCRS) – O calcogênio mais eletronegativo liga-se, respectivamente, ao hidrogênio e ao sódio através de ligações a) Iônica e covalente b) covalente e iônica c) iônica e metálica d) metálica e covalente e) covalente e metálica 11. Espera-se que um elemento hipotético de número atômico Z situado no terceiro período da coluna 17 possua: a) Alta eletronegatividade e baixa energia de ionização. b) Alto caráter ácido e raio menor do que o de número atômico Z – 1. c) Capacidade de combinar-se com o carbono através de ligações covalentes apolares. d) Capacidade de formar ligações covalentes com elemento de número atômico Z + 2. 12. Qual das substâncias abaixo apresenta ligações covalentes polares e apolares? a) água b) etano c) nitrogênio d) cloro-metano 13. Um átomo possui a seguinte distribuição eletrônica: {Ar} 3d10 4s2 4p5. Esse átomo, ao se ligar a outros átomos não-metálicos, é capaz de realizar: a) somente uma covalência normal. b) uma covalência normal e no máximo uma dativa.

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c) duas covalências normais e no máximo duas dativas. d) uma covalência normal e no máximo três dativas. 14. Sobre a molécula de amônia (NH3) é certo afirmar: a) Apresenta apenas ligações covalentes apolares. b) Todos os elétrons de valência do N envolvem-se na formação das ligações.

c) Apresenta momento dipolar 0. d) É solúvel em tetracloreto de carbono. 15. Após analisar-se uma amostra de um sólido X, constatou-se que ele tem ponto de fusão alto, é insolúvel em água e não conduz a corrente elétrica. Esse sólido pode ser: a) ouro b) diamante c) parafina d) açúcar 16. Sabões possuem uma estrutura do tipo CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2COONa. A capacidade de dissolver em água e em gorduras, arrastando-as para o meio aquoso está relacionada com: a) o fato de ser um composto iônico. b) a presença de partes apolares e polares. c) seu alto peso molecular. d) a formação de forças de Van der Waals. 17. (ITAÚNA) A água não consegue remover totalmente certos tipos de sujeira como, por exemplo, restos de óleo de uma panela. Os sabões e os detergentes são substâncias que possibilitam essa remoção. Sobre essas substâncias, todas as afirmativas são corretas, exceto: a) são sais orgânicos. b) reagem com a água durante o processo de limpeza. c) a parte apolar da partícula de sabão interage com a gordura. d) diminuem a tensão superficial da água. 18. Todas as alternativas associam corretamente uma substância com o seu tipo de cristal, exceto: a) CaF2 / cristal iônico b) CH4 / cristal molecular c) CO2 / cristal covalente d) H2O / cristal molecular e) SiO2 / cristal covalente Gabarito: 1 – d; 2 – e; 3 – b; 4 – c; 5 – d; 6 – c; 7 – c; 8 – d; 9 - a; 10 – b; 11 – b; 12 – d; 13 – d; 14 – a; 15 – b; 16 – b; 17 – b; 18 – d. AULA 11

SOLUÇÕES

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QUESTÃO 01 (Fuvest-SP) Quatro tubos contêm 20ml de água cada um. Coloca-se nesses

tubos dicromato de potássio (K2CrO4) nas seguinte quantidades:

Massa de K2CrO4

Tubo A

Tubo B

Tubo C

Tubo D

1,0 3,0 5,0 7,0

A solubilidade do sal, a 20º C, é igual a 12,5g por 100ml de água. Após a

agitação, em quais tubos coexistem, nessa temperatura, solução saturada e fase sólida?

a) Em nenhum b) Apenas em D c) Apenas em C e D d) Apenas em B, C e D QUESTÃO 02 Num balão volumétrico de 250ml adicionam-se 2,00g de sulfato de amônio

sólido, o volume é completado com água. A concentração da solução obtida, em g/l vali:

a)1,00 b)2,00 c)3,50 d)4,00 e)8,00 QUESTÃO 03 (Unitau-SP) Na carbonatação de um refrigerante, as condições em que se

deve dissolver o gás carbônico na bebida são: pressão e temperatura quaisquer pressão e temperatura elevadas pressão e temperatura baixa baixa pressão e elevada temperatura alta pressão e baixa temperatura QUESTÃO 04 (UEL) Em 200g de solução alcoólica de fenolftaleína contendo 8% em

massa de soluto, a massa de fenolftaleína, em gramas, contida na solução é igual a:

a)16 b)8 c)5 d)4 d)2 QUESTÃO 05 (UEL) A porcentagem, em massas da água na solução produzida pela

adição de 9g de ácido acético em 41g de água é: a)82% b)50% c)41% d)18% e)9% QUESTÃO 06 (Fuvest-SP) 160 gramas de uma solução aquosa saturada de sacarose a

30ºC são resfriados a 0ºC. Quanto do açúcar cristaliza?

Temperatu Coeficiente de solubilidade da sacarose

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ra ºC (g/100g de H2O)

0 180

30 220

a)20g b)40g c)50g d)64g e)90g QUESTÃO 07 Prepara-se uma solução aquosa de ácido sulfúrico de densidade 1,064g/ml,

pela adição de 25g de H2SO4 a 225g de água. A % em massa do soluto e a concentração (em g/l) da referida solução são respectivamente, igual a:

a)25; 98 b)22,5; 49 c)10; 106,4 d)25; 225 e)10; 25 QUESTÃO 08 A massa de Na2CO3 . 10H2O necessária para preparar 5 litros de solução

aquosa de Na2CO3 0,1M é igual a: Dados( massas atômicas: Na=23, C=12, O=16 e H=1)

a)53g b)1,06g c)143g d)286g e)0,70g QUESTÃO 09 (UFMG) Considere uma solução que contém íons de sódio e íons de cobre

II, cada um deles na concentração 0,1M. A concentração dos íons negativos pode ser qualquer uma das seguinte exceto:

0,15M de íons nitrato 0,15M de íons de sulfato 0,30M de íons de cloreto 0,30M de íon de nitrito 0,30M de íons acetato QUESTÃO 10 Deseja-se diluir um litro da solução de acido sulfúrico a 80% e de densidade

2,21g/cm3 até o volume de 5 litros. As concentrações molares do acido antes e depois da diluição, são, respectivamente em mol/l:

Massa molar: H2SO4= 98g/mol a)10,1e 5,2 b)12,0e 4,0 c)4,0 e 11,3 d)18,0 e 3,6 e)22,5 e 10,5 QUESTÃO 11 300 mililitros de uma solução que contém 0,01mol/l de sulfato cúprico são

cuidadosamente aquecidos até que o volume da solução fique reduzido a 200ml. A solução final tem concentração em mol/l igual a:

a)0,005 b)0,010 c)0,015 d)0,016 e)0,018 QUESTÃO 12 200ml de solução 0,3M de NaCl são misturados a 100ml de solução molar

de CaCl2. A concentração, em mol/l de íons cloreto na solução resultante é:

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a)0,66 b0,53 c)0,20 d)0,86 QUESTÃO 13 Com o objetivo de determinar a concentração molar de uma solução aquosa

de NaOH, um analista farmacêutico procedeu a titulação de 50 ml dessa solução com solução aquosa de acido sulfúrico 0,1M, consumindo na equivalência 25 ml do titulante. A concentração molar da solução analisada é:

a)0,25 b)0,05 c)0,15 d)0,20 e)0,10 QUESTÃO 14 Qual o volume de uma solução de H3PO4 de concentração 9,8 g/l é

necessário para titular 150 ml de Ca(OH)2 a 0,4 M? a) 100ml b) 300ml c)150ml d) 200ml e) 66,6ml QUESTÃO 15 Uma solução aquosa de nitrato de cobre II foi preparada dissolvendo-se

93,75 g do sal em 1,0 L de água. A concentração de íons nitrato, em mol L- é aproximadamente:

a) 0,7 b) 0,5 c) 1,4 d) 2,0 e) 1,0 QUESTÃO 16 Para determinar a concentração de uma solução de ácido sulfúrico, um

estudante neutralizou 20 mL dessa solução com hidróxido de sódio 0,2 mol/L, sendo consumidos 60 mL da base. A concentração em mol/L da solução ácida é:

a)0,03M b)0,6 M c) 0,1M d) 0,3M QUESTÃO 17 A concentração em moles por litro de uma solução de ácido sulfúrico, de

concentração 40% em massa e densidade de 1,4 g/mL, é aproximadamente: (massas atômicas H = 1, O = 16, S = 32)

a) 5,7 b) 11 c) 14 d) 28 e) 42

AULA 12

TERMOQUÍMICA É a parte da química que estuda a quantidade de energia liberada ou absorvida numa reação. ENTALPIA (H) É o nome dado à função termodinâmica igual à soma da energia interna com o produto da pressão pelo volume do sistema. OBS; não se mede entalpia o que é medido é sua variação

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ENTALPIA PADRAO São valores de energia atribuídos a uma substância em determinadas condições pré-estabelecidas: pressão de 1 atm; temperatura de 25°C; forma alotrópica mais estável e estado físico mais comum. Substâncias simples nas condições padrão, apresentam entalpia igual a zero. Exemplos: EQUAÇÃO TERMOQUÍMICA É a forma correta de representar a reação química e o calor nela envolvido. Ex; C(grafite) + O2 → CO2(g)

REAÇÃO ENDOTÉRMICA É aquela que ocorre com absorção de energia. Ex;H2(g) + I2(s) + 12,4 kcal → 2HI(g) H2(g) + I2(s) → 2HI(g) - 12,4 kcal H2(g) + I2(s) → 2HI(g) ∆H = + 12,4 kcal

REAÇÃO EXOTÉRMICA É aquela que ocorre com absorção de energia. Ex;H2(g) + Cl2(g) -184,8 kJ → 2HCl(g) H2(g) + Cl2(g) → 2HCl(g) + 184,8 kJ H2(g) + Cl2(g) → 2HCl(g) ∆H = - 184,8 kJ

ENTALPIA OU CALOR DE REAÇÃO É a quantidade de calor absorvida ou liberada numa reação. Ela é determinada experimentalmente em calorímetros. PRINCIPAIS ENTALPIAS 1 – Entalpia de formação (∆Hº) É a energia absorvida ou liberada na formação de 1 mol de uma substância a partir de substâncias simples nas condições padrão. Ex; H2(g) + 1/2O2(g) → H2O(l) ∆H = - 68 kcal/mol

2 – Entalpia de vaporização É a energia absorvida para vaporizar 1 mol de substâncias nas condições padrão de temperatura e pressão. Ex; H2O(l) → H2O(g) ∆H = +43,9 KJ/mol

3 – Entalpia de fusão É a energia absorvida para transformar 1 mol de substância sólida em líquida. Ex; H2O(s) → H2O(l) ∆H = +7,1 KJ/mol 4 – Entalpia de combustão É a energia liberada na combustão total de um mol de substância. OBS: Ex; CH4(g) + 2O2(g) → CO2 + 2H2O ∆H = -888 KJ/mol 5 – Entalpia de neutralização

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É a energia liberada na reação de 1 mol de íons H+ com 1 mol de íons OH- formando 1 mol de H2O. Ex; HCl(aq) + NaOH → NaCl(aq) + H2O(l) ∆H = - 13,8 kcal/mol 6 – Entalpia de rede É a energia liberada quando íons, na fase gasosa, interagem formando 1 mol de sólido iônico. Ex; Na+

(g) + Cl-(g) → NaCl(s) ∆H = - 1793 KJ/mol 7 – Entalpia de atomização ou de ligação É a energia absorvida na transformação de 1 mol de uma substância nas condições-padrão em átomos gasos. Ex; CH4(g) → 4H(g) + C(g) ∆H = + 1663,3 KJ OBS; Energia de ligação é a energia necessária para romper 1 mol de ligações da substância no estado gasoso em condições padrão. Ex; O2(g) → 2O(g) ∆H = + 497,8 KJ AULA 13 E 14 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ∆H DAS REAÇÕES 1 – Quantidade de substâncias 1/2H2(g) + 1/2I2(g) → HI(g) ∆H = + 25,9 KJ H2(g) + I2(g) → 2HI(g) ∆H = + 51,8 KJ 2 – Temperatura CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(l) (20ºC)∆H = -210,8 kcal/mol CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(l) (25ºC)∆H = -212,8 kcal/mol 3 – Forma alotrópica C(grafite) + O2 → CO2(g) ∆H = - 393,9 KJ C(diamante) + O2 → CO2(g) ∆H = - 395,0 KJ 4 – Estado físico 2H2(g) + O2(g) → 2H2O(g) ∆H = - 115,6 kcal/mol 2H2(g) + O2(g) → 2H2O(l) ∆H = - 136,6 kcal/mol CÁLCULO DA VARIAÇÃO DE ENTALPIA DE UMA REAÇÃO 1º Caso: usando a Lei de Hess LEI DE HESS A quantidade de calor envolvida numa reação química, sob determinadas condições experimentais, depende exclusivamente dos estados inicial e final da reação, seja ela realizada em uma única etapa, seja em várias etapas. Essa lei nos permite trabalhar com equações termoquímicas como se fossem equações matemáticas. Exemplo: determine o ∆H padrão de formação de C2H6 baseando-se que:

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C(gr) + O2(g) → CO2(g) ∆H = - 94,0 kcal/mol H2(g) + 1/2O2 → H2O(l) ∆H = - 68,3 kcal/mol C2H6(g) + 7/2O2(g) → 2CO2 + 3H2O(l) ∆H = - 372,8 kcal/mol 2° Caso: usando as entalpias de formação ∆H = ΣHP + ΣHR

O acetileno é um gás de grande uso comercial, sobretudo em maçaricos de oficina de lanternagem. Assinale a opção que corresponde à quantidade de calor fornecida pela combustão completa de 5,2Kg de acetileno (C2H2) a 25ºC, sabendo-se que as entalpias de formação, a 25ºC, são:

do CO2(g) = -94,1 kcal/mol

do H2O(l) = -68,3 kcal/mol

do C2H2(g) = +54,2 kcal/mol 3º Caso: usando as energias de ligação Energia de ligação é a energia absorvida para romper 1 mol de uma ligação, com a substância na fase gasosa Nota: A ruptura de ligações é um processo endotérmico e a formação de ligações é um processo exotérmico. Exemplo: Determine a variação de entalpia da reação de obtenção do etano, C2H6, pela hidrogenação do acetileno, C2H2.

Sendo conhecidas as energias de ligações: AULA 15

EXERCÍCIOS SOLUÇÕES 1-(unifal-2007)A água dos mares e oceanos é parte importante da chamada hidrosfera, onde atua a indústria extrativa mineral, devido à quantidade de sais dissolvidos. Essa água não é própria para o consumo humano devido ao teor de sais da ordem de 3,4%, em massa. Acerca desse assunto, faça o que se pede. A) Qual é a massa em quilogramas de sais dissolvidos na utilização de uma tonelada e meia de água marinha? B) Sabendo-se que existem, aproximadamente, 2,0 gramas de cloreto de sódio (NaCl) em 100 mL de água do mar, calcule a concentração molar de NaCl na água do mar. 2-(Unifal-2007)(Quando uma solução de hidróxido de bário é misturada a uma solução de ácido sulfúrico, ocorre uma reação e forma-se uma substância, que é pouco solúvel e, portanto, precipita. A partir destas informações, faça o que se pede: a) Dê a fórmula química do precipitado formado na reação. b) Escreva a equação balanceada para a reação. c) Misturando-se 100 mL de hidróxido de bário 0,1 mol/L com 100 mL de ácido sulfúrico 0,1 mol/L, qual será a massa do precipitado formado? 3-(UFOP-2007) Os íons cálcio dissolvidos em água são responsáveis pela dureza desta. Em determinadas regiões do Estado de Minas Gerais, nas

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estações de tratamento de água, esses íons são removidos por meio de uma reação com carbonato de sódio. Se um reservatório de 200.000 litros de água de uma dessas estações contiver 100 mg/L de íons cálcio que precisam ser removidos, pede-se: A) A equação química balanceada da reação que promove essa remoção. B) A quantidade, em kg, de carbonato de sódio necessária para essa remoção. 4- (UFMG-2007) Um dos fatores que determinam a qualidade do leite é a acidez. O leite fresco possui uma acidez natural, devido à presença, na sua composição, de dióxido de carbono dissolvido, CO2 (aq), de íons – como citratos e hidrogenofosfatos – e de outros componentes. Essa acidez natural pode ser aumentada pela formação de ácido lático, que é produzido pela degradação da lactose por bactérias, também presentes no leite. Nesse caso, ela indica que a atividade microbiana, no produto, é muito elevada e, por isso, o leite se torna impróprio para consumo. 1. ESCREVA a equação completa e balanceada que representa a dissociação do ácido lático, CH3CHOHCOOH (aq), em água. 2. Na indústria de laticínios, tendo-se em vista a qualidade dos produtos, um dos parâmetros fundamentais a serem determinados é a acidez do leite. Determina-se esse parâmetro, fazendo-se reagirem amostras de leite com uma solução aquosa de hidróxido de sódio, NaOH (aq), até a neutralização. Certa amostra de 10 mL de leite é neutralizada por 2,0 mL de uma solução de NaOH (aq), de concentração 0,100 mol / L. Considere que a acidez do leite se deve apenas a ácidos com um único próton dissociável, de fórmula genérica HA. Com base nessas informações, CALCULE a concentração desse ácido genérico presente na amostra de leite neutralizada. (Deixe seus cálculos registrados, explicitando, assim, seu raciocínio.) 3. O leite é considerado próprio para consumo, quando, em média, a concentração de ácido HA está entre 1,78 x 10–2 mol / L e 2,22 x 10–2 mol / L. INDIQUE se o leite de que foi retirada a amostra considerada no item 2 desta questão, é próprio ou impróprio para consumo. 4. Em um sistema como o leite, a acidez – seja ela resultante da presença de ácidos fortes (por exemplo, o HCl ) ou de ácidos fracos (por exemplo, o ácido lático) –, é determinada por titulação, conforme mostrado no item 2 desta questão. Se o HA do leite fosse um ácido forte, a concentração desse ácido, nele encontrada, tornaria o pH do sistema igual a 1,7. No entanto sabe-se que o leite tem pH na faixa de 6. Considerando a distinção entre ácidos fortes e ácidos fracos, JUSTIFIQUE o valor mais elevado do pH do leite. 5-(UFMG-2005) Uma das formas de se avaliar a poluição proveniente da queima de combustíveis fósseis é a determinação da quantidade de SO2 na atmosfera. 1. Um dos métodos analíticos para se quantificar o dióxido de enxofre gasoso, SO2 (g), consiste em transformá-lo em ácido sulfúrico, H2SO4 (aq), utilizando-se água oxigenada, H2O2 (aq). ESCREVA a equação balanceada dessa reação.

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2. A quantidade de ácido sulfúrico formado pode ser determinada pela reação de neutralização com uma solução de hidróxido de sódio, NaOH (aq), de concentração conhecida. ESCREVA a equação balanceada da reação completa do ácido com a base. 3. O dióxido de enxofre contido em uma amostra de 1m3 de ar contaminado foi transformado em ácido sulfúrico. O ácido resultante foi, então, neutralizado com 20 mL de NaOH 1 mol / L. CALCULE a massa de dióxido de enxofre contido na amostra. (Deixe seus cálculos registrados, explicitando, assim, seu raciocínio.) AULA 16 CONCEITO: é a química dos compostos do elemento carbono. “Todo composto orgânico possui carbono, mas nem todo composto que possui carbono é orgânico” Existem algumas substâncias que, embora contenham carbono, não são consideradas orgânicas. As mais importantes são: ● C(graf)- Grafite; C(diam)- Diamante; CO- Monóxido de Carbono; CO2- Dióxido de Carbono; H2CO3- Ácido carbônico; HCN- Ácido cianídrico; Sais derivados do H2CO3 e HCN- ou seja, os carbonatos e cianetos, por exemplo, Na2CO3, CaCO3, NaCN, Ca(CN)2. HISTÓRICO - Bergman(Tobern Olof) (1777) fazia a distinção entre os produtos minerais e produtos de origem biológicas. - Berzelius (1808) empregou pela primeira vez o nome Química Orgânica. ●Teoria da Força Vital- os seres vivos dispunham de uma força que seria a responsável pela síntese de compostos orgânicos. - Woller (1828) aqueceu cianato de amônio e obteve a ureia, abalou profundamente a Teoria da força vital. Síntese de Wöhler NH4OCN (NH2)2CO Δ - Gmelin(Leopold) (1848) observou que todos compostos orgânicos continham carbono. - Kekulé (1859) definiu a Química Orgânica como a química dos compostos de carbono. OS ELEMENTOS FORMADORES DE COMPOSTOS ORGÂNICOS São conhecidos vários milhões de compostos orgânicos. No entanto, esses compostos são formados por poucos elementos. Esses elementos são chamados de elementos organógenos ( C,H,O,N). Com Menor frequência também pode ocorrer: S, P, Cl, Br, I etc. O ELEMENTO CARBONO

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é um ametal

localiza-se na coluna 14 (IVA) e 2º período da tabela periódica

apresenta numero atômico (Z) igual a 6

seu isótopo mais comum é 12C6

nas condições ambientais encontra-se no estado sólido

possui várias formas alotrópicas: C(grafite), C(diamante), C(fulereno) CARACTERÍSTICAS DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS

Elevada quantidade de compostos orgânicos

Pequena quantidade de elementos constituintes

Predominância da ligação covalente

Pequena estabilidade ao calor

A maioria dos compostos orgânicos são combustíveis

A maioria dos compostos orgânicos são insolúveis, ex: hidrocarbonetos que compõem a gasolina. Mas há também compostos solúveis, ex: álcool comum, acetona, acetato de sódio.

Em sua grande maioria são moleculares e não ionizam quando dissolvidos em água. Entretanto alguns conduzem corrente elétrica, ex: ácido acético, acetato de sódio.

TEORIA DE KEKULÉ Na segunda metade do século XIX Kekulé criou a teoria estrutural do carbono que se fundamenta em 4 princípios:

Tetravalência constante

As quatro valências são equivalentes. Ex:CH3Cl

Propriedade de ligar entre si para formar cadeias

O elemento carbono pode fazer 3 tipos de ligação (simples, dupla e tripla)

CLASSIFICAÇÃO DOS ÁTOMOS DE CARBONO O carbono pode ser classificado de acordo com a quantidade de carbono que a ele se liga.

Carbono primário: quando o carbono se liga somente a um outro carbono, ex: carbonos terminais.

Carbono secundário: quando o carbono se liga a outros 2 carbonos. – C–C–C

Carbono terciário: quando o carbono se liga a outros 3 carbonos:

Carbono quaternário: quando o carbono se liga a outros 4 carbonos:

Porque o número de compostos orgânicos é enorme?

Capacidade de formar cadeias

Tetravalência do carbono

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Habilidade para se ligar a elemento mais eletropositivo ou mais eletronegativo

Exercícios 1- Completar as ligações que faltam com átomos de hidrogênio e achar a fórmula molecular.

2- O composto de fórmula estrutural do atenolol apresenta quantos carbonos primários, secundários , terciários e quaternários?

3- Julgue os itens a seguir e faça a somatória: (01) O número de compostos orgânicos é maior que o de inorgânicos. (02) São elementos organógenos: C, H, N, O. (04) Os compostos orgânicos tem muita resistência ao calor. (08) O carbono é trivalente. (16) O carbono é um dos poucos elementos químicos a formar cadeias . (32) Woller, em 1828, obteve ureia em laboratório, por meio de uma reação que abalou profundamente a Teoria da Força Vital. Em tal obtenção, ele partiu do aquecimento do cianeto de amônio. (64) Atualmente, a Química orgânica estuda apenas os compostos sintetizados por seres vivos. 4- A respeito dos compostos orgânicos, é correto afirmar que: (01) Os compostos orgânicos podem somente ser sintetizados pelos organismos vivos, daí a qualificação de orgânicos. (02) Os compostos orgânicos são compostos de carbono, embora algumas substâncias que contem este elemento sejam estudadas também entre os compostos inorgânicos (CO2, HCN etc. (04) A existência de um grande número de compostos de carbono está relacionada com a capacidade do átomo de carbono de formar cadeias, associada a sua tetravalência. (08) Nos compostos de carbono o tipo de ligação mais frequente é a covalente. (16) Os compostos orgânicos são regidos por leis e princípios próprios não aplicáveis aos compostos inorgânicos. AULA 17 HIBRIDAÇÃO DO CARBONO A configuração do átomo de carbono no estado isolado (estado fundamental) é: 1s2 2s2 2p1

x 2p1y

De acordo com a estrutura, deveria o carbono ser bivalente, pois poderia emparelhar dois elétrons, respectivamente nos orbitais 2px e 2py. O carbono, no entanto, é tetravalente. Ocorre com esse elemento o fenômeno da hibridação.

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Na ligação simples, o orbital 2s se hibridiza com os três orbitais 2p, dando origem a quatro orbitais hibridizados sp3, apresentando uma estrutura tetraédrica. A ligação C–C seria formada, portanto, pela interpenetração direta de 2 orbitais sp3. A essa ligação dá-se o nome de ligação sigma(σ)

Existe também a hibridização trigonal, na qual um orbital 2s se hibridiza com dois orbitais 2p, dando origem a 3 orbitais hibridizados sp2, localizados em um plano e formando entre si ângulos de 120º. O terceiro orbita p fica situado em um plano perpendicular ao plano contendo os 3 orbitais sp2. A ligação dupla, C=C, envolve as hibridizações sp2. Uma das ligações é formada pela interpenetração de dois orbitais sp2. Uma das ligações é formada pela interpenetração de dois orbitais sp2, dando origem a uma ligação sigma (σ). A segunda ligação é constituída pela interpenetração de 2 orbitais p, dando origem a uma ligação pi (π), semelhante a duas salsichas, uma acima, e outra abaixo do plano de ligação sigma.

Na tripla ligação, , o orbital 2s se hibridiza com um orbital 2p, dando origem a 2 orbitais hibridizados 2p. Os dois outros orbitais p se localizam em posição perpendicular aos orbitais sp, formando entre si um ângulo de 90º. Temos então, na ligação tripla, a interpenetração de dois orbitais sp, formando uma ligação sigma e a interpenetração dos outros dois orbitais p, formando duas ligações do tipo pi (π). RESUMO

A) C com ligações simples (só com ligações sigma) -> sp3 B) C com ligações duplas (1 ligação sigma e 1 pi) -> sp2 C) C com ligações triplas ou 2 duplas (apresenta 2 ligações pi) -> sp

EXERCICIOS PROPOSTOS 1) Os átomos de carbono I, II, III, e IV no composto: CH3–CH=C=CH2 apresentam, respectivamente, hibridação:

a) sp3, sp2, sp2 e sp2 b) sp2, sp2, SP, sp c) sp, sp2, sp2 e sp3 d) sp2, sp, sp e sp2 e)sp3, sp2, sp e sp2 2) Com relação ao aleno (propadiendo) pedem-se: I- a hibridação dos átomos de carbono.

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II- o desenho esquemático da molécula. III- a forma geométrica da molécula. AULA 18 CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS: 1- ABERTA ou ACÍCLICA ou ALIFÁTICA

Quanto à natureza - Homogênea (apresenta só átomos de carbono)

- Heterogênea ( apresenta um átono diferente do carbono na cadeia )

Quanto à disposição dos C - Normal ou reta (apresenta só átomos de carbono primário e secundário)

- Ramificada ( apresenta átomos de carbono terciário ou quaternário)

Quanto à saturação - Saturada ( apresenta só ligações simples entre átomos de carbono)

- Insaturada ( apresenta ligações dupla ou tripla entre átomos de carbono)

2- FECHADA ou CÍCLICA Alicíclica ou não-aromática

Quanto à natureza - Homogênea ou homocíclica

- Heterogênea ou heterocíclica

Quanto à saturação

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-Saturada

- Insaturada

Quanto ao número de ciclos - Monocíclica ou mononuclear

-Policíclica ou polinuclear *Condensada *Não-condensada Aromática

Quanto ao número de ciclos -Monocíclica ou mononuclear -Policíclica ou polinuclear *Condensada

*Não-condensada

-Obs.: Quando uma cadeia tem uma parte cíclica e pelo menos um carbono fora desse ciclo, ela é chamada de cadeia mista. Hipótese de Le Bel e Van’t Hoff Em 1873, os químicos Jacobus H. van’t Hoff, Holandês, e José A. Le Bel, francês, independentemente, chegaram a conclusão de que a molécula do metano (CH4) era tridimensional, ocupando o átomo de carbono o centro e os átomos de hidrogênio os vértices de um tetraedro imaginário.

Afirmaram que o carbono é tetraédrico sempre que estiver ligado a quatro átomos. Experimentalmente, verifica-se que há apenas um composto com a fórmula CH2Cl2 . Se o átomo de carbono estivesse no centro de um quadrado haveria dois compostos com essa fórmula.

Na figura (a) os átomos de hidrogênio estão mais próximos (em um mesmo lado do quadrado), enquanto na figura (b) os átomos de hidrogênio estão mais distantes (em uma diagonal).

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Admitindo-se o carbono tetraédrico, confirma-se a existência de apenas um composto com essa fórmula.

Nas duas fórmulas os átomos de hidrogênio estão à mesma distância um do outro (situados sempre em uma aresta) AULA 19 GEOMETRIA DAS MOLÉCULAS ORGÂNICAS I) Metano e derivados Na Química Orgânica, todo átomo de carbono que estabelece quatro ligações simples é tetraédrico. O ângulo entre as ligações é 109º28’.

O etano, CH2H6, é uma molécula espacial (dois tetraedros unidos por um vértice)

II) Eteno (etileno) Todo o átomo de carbono que estabelece uma ligação e duas ligações simples é plano triangular. O ângulo entre as ligações é 120º A molécula eteno, C2H4, é plana.

III) Etino (acetileno) Todo átomo de carbono que estabelece uma tripla ligação e uma ligação simples é linear. O ângulo entre as ligações é 180º.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1) Dar a classificação das cadeias abaixo:

I)

II)

III)

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2) O propanoato de metila, representado a seguir, apresenta cadeia carbônica:

(1) alifática, normal, saturada e heterogênea. (2) alicíclica, normal, saturada e heterogênea. (3) aberta, normal, insaturada e heterogênea. (4) acíclica, normal, saturada e homogênea. (5) alifática, ramificada, insaturada e homogênea. 3) Assinale as alternativas corretas, referentes à fórmula:

(01) O ciclo apresenta um heteroátomo. (02) Existem três carbonos secundários. (04) Não há carbono terciário. (08) A cadeia do composto é heterocíclica ramificada. (16) Existem três carbonos primários. (32) É um composto aromático. 4) Qual das cadeias está classificada incorretamente?

a)

b)

c)

d)

e) AULA 20 NOMENCLATURA A nomenclatura de compostos orgânicos segue as regras elaboradas pela IUPAC, que é considerada oficial dos compostos orgânicos, mas ainda persistem, até hoje, outros tipos de nomenclatura como veremos nas funções.

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Uma substância orgânica de cadeia normal pode ter o seu nome dividido em três partes:

PREFIXO + SATURAÇÃO+SUFIXO

Os prefixos são extraídos do numeral grego ou latino. 1C - Met 6C- Hex 11C- Undec 2C- Et 7C- Hept 12C- Dodec 3C- Prop 8C- Oct 20C- Eicos 4C- But 9C- Non 30C- Triacont 5C- Pent 10C- Dec 40C- Tetracont A saturação é definida de acordo com o tipo de ligação entre os carbonos. AN- Cadeia saturada EN- Uma dupla ligação IN- Uma tripla ligação Caso apareça mais de uma dupla ou tripla ligação na cadeia, os termos DI, TRI, etc. devem anteceder EN ou IN. Exemplo DIEN- duas duplas TRIEN- três duplas DIIN- duas triplas TRIIN- três triplas O sufixo está a cada uma das funções orgânicas. Cada função possui um sufixo diferente, como veremos a seguir. Portanto, quando encontramos um nome, de acordo com a IUPAC, devemos dividi-lo em três partes: PENTANO = PENT + AN + O (nº de C) (saturação) (hidrocarboneto) CH3-CH2-CH2-CH2-CH3 HIDROCARBONETO São compostos formados exclusivamente de C e H. Fórmula geral: CxHy

CLASSIFICAÇÃO DOS HIDROCARBONETOS

ALCANOS: APENAS LIGAÇÕES SIMPLES

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Alcanos são hidrocarbonetos de cadeia aberta, saturada, de fórmula geral: CnH2n+2 Ex: Etano -Prefixo 456T, corresponde a 2 carbonos, portanto n=2 e o número de H conforme a fórmula é (2x2)+ 2. Assim a fórmula é C2H6 . Como notamos, a nomenclatura dos alcanos é dada usando-se o prefixo correspondente ao número de átomos de carbono, seguido do sufixo –ano. Esse sufixo mostra a presença de simples ligações entre os átomos de carbono:

O metano CH4 é o hidrocarboneto mais simples. Encontra-se no gás natural, nas minas de carvão onde ocorre misturado com o oxigênio do ar, constituindo o gás grisu. Forma-se nos pântanos devido à fermentação anaeróbica da celulose. ALCENOS: UMA LIGAÇÃO DUPLA Alcenos são hidrocarbonetos de cadeia aberta, insaturada, apresentando uma dupla ligação entre os átomos de carbono e de fórmula geral: CnH2n Ex: Propeno -Prefixo –prop, corresponde a 3 carbonos, portanto n=3 e o número de H conforme a fórmula é 2x3 Assim a fórmula é C2H4.

No caso de o alceno ter mais de 3 átomos de carbono na cadeia, devemos indicar a posição da dupla ligação, o que fazemos por números; para isto, começamos a numerar a cadeia da extremidade mais próxima da dupla ligação. Separar número de palavra por meio de hífen. Ex:

ALCINOS: UMA LIGAÇÃO TRIPLA Alcinos são hidrocarbonetos de cadeia aberta, insaturada, apresentando uma tripla-ligação entre 2 átomos de carbono e de fórmula geral: CnH2n-2 Os alcinos seguem a mesma regra de nomenclatura que vimos para alcenos: damos o prefixo correspondente ao nº de átomos de carbono, seguido do sufixo – ino, que indica a presença da tripla ligação:

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No caso de necessidade, indicamos a posição da tripla ligação por número, começando a numerar a cadeia da extremidade mais próxima dessa tripla ligação. Exemplos:

ALCADIENOS: DUAS LIGAÇÕES DUPLAS Alcadienos são hidrocarbonetos de cadeia aberta, insaturados, portadores de duas triplas ligações de fórmula geral: CnH2n-2

Exemplos:

Como vemos, o sufixo –dieno mostra a presença de duas duplas ligações e números indicam as posições dessas duplas ligações. Quando o alcadieno apresentar as duas duplas ligações no mesmo átomo de carbono será acumulado. Ex: propadieno. Se apresentar duplas alternadas, será chamado de conjugado. Ex: 1,3-butadieno Se as duplas estiverem mais separadas, teremos um alcadieno isolado. Ex: 1,4- pentadieno. CICLANOS: CADEIA FECHADA SATURADA Ciclanos são hidrocarbonetos de cadeia fechada, saturados, isto é, apresentem apenas simples ligações entre os átomos de carbono e de fórmulas geral: CnH2n Em sua nomenclatura, seguimos as mesmas regras vistas até aqui, apenas dando a palavra ciclo antes do nome do alcano correspondente. Ex:

CICLENOS: CADEIA FECHADA COM UMA LIGAÇÃO DUPLA São hidrocarbonetos de cadeia fechada, insaturados, apresentando uma dupla ligação. Fórmula geral: CnH2n-2

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Sua nomenclatura obedece Às mesmas regras vistas para os ciclanos, apenas usando o sufixo –eno que mostra a presença da dupla ligação entre os átomos de carbono. Ex:

HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS: CONTÊM NÚCLEO BENZÊNICO São hidrocarbonetos de cadeia fechada e que apresentam, em sua constituição, pelo menos um núcleo benzênico. Núcleo benzênico é uma cadeia fechada, formada de 6 átomos de carbono que trocam entre si duplas e simples ligações alternadamente. Ex:

EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1) A fórmula geral dos alcanos e dos alcinos, respectivamente, estão representados na alternativa: a) CnH2n e CnH2n+2 c)CnH2n+2 e CnH2n e)CnH2n e CnH2n+2 b)CnH2n-2 e CnH2n d)CnH2n+2 e CnH2n-2 2)Dar o nome oficial aos compostos:

a)

b)

c)

d)

e) 3) Associando-se cada fórmula molecular à respectiva série homóloga, a coluna da direita, preenchida de cima para baixo, deve ter a sequência: I) alcano (A)C6H6

II) alceno (B)C3H4

III)Alcino (C)C3H6

IV) aromático (D)C3H8

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a) IA, IIB, IIIC, IVD b) IIA, IIIB, IVC, ID c) IIIA, IVB, IC, IID d) IVA, IIIB, IIC, ID e) IVA, IB, IIC, IIID AULA 21 RADICAIS Radicais são grupamentos que possuem uma ou mais valências livres (elétrons não emparelhados) e que não podem ocorrer em liberdade. Todos levam a terminação il ou ila no nome. Ex:

O radical é uma partícula eletricamente neutra, ao contrário do íon que possui carga elétrica.

RADICAIS ALQUILAS OU ACOÍLAS São radicais monovalentes derivados dos alcanos. Ex:

Existem 4 radicais butil (C4H9-)

RADICAIS ALQUENILAS

São radicais monovalentes derivados de alcenos (alquenos)

RADICAIS ALQUINILAS São radicais monovalentes derivados de alcinos (alquinos)

RADICAIS ARILAS São radicais monovalentes, em que a valência livre está presente em um carbono pertencente ao núcleo benzênico.

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Nota: - Existe um radical aromático de grande importância, que não é radical arila e que também não pode ser enquadrado em nenhum outro grupo dos monovalentes. É o radical benzil, que é monovalente, apresenta núcleo benzênico, porém a valência livre não está presente em carbono pertencente ao núcleo.

NOMENCLATURA OFICIAL (I.U.P.A.C.) DOS ALCANOS COM CADEIA RAMIFICADA Consideremos o alcano com a seguinte fórmula:

I) Cadeia principal

Individualizaremos, em primeiro lugar, a cadeia principal, isto é, aquela que apresenta o maior número de átomos de C possível.

II) Ramificações

Em seguida, verificaremos quantas ramificações apresenta o composto e quais são. No exemplo anterior, notamos que o composto apresenta duas ramificações metil, sendo denominadas dimetil. Ramificações iguais são agrupadas numa única palavra.

Estamos, portanto, em presença de um composto com cinco átomos de carbono na cadeia principal e duas ramificações. O composto é o dimetilpentano. III) A regra dos menores números

Agora deveremos localizar as ramificações, enumerando a cadeia principal; esta numeração deve obedecer a regra dos menores números: “ a cadeia carbônica deve ser enumerada, segundo as duas possibilidades (ou duas direções); prevalecerá, para efeito de nomenclatura, a que indicar as posições dos substituintes, usando os menores números possíveis (a soma desses números deve ser a menor0. No exemplo que estamos usando, teremos:

1ª Possibilidade: da direita para a esquerda: 3+4=7 2ª Possibilidade: da esquerda para a direita: 2+3=5

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A orientação para a nomenclatura, portanto, é dada na segunda possibilidade. Concluindo, o nome do composto usado em nosso exemplo é 2,3-dimetilpentano. Obs.: - Número é separado de palavra por hífen. Número é separado de outro número por vírgula. IV) Ordem alfabética A ordem de designação dos substituintes é a alfabética. Excluem-se os prefixos di, tri etc. O prefixo iso é considerado para efeito da ordem alfabética. Ex:

Nota: No caso de haver várias possibilidades para a cadeia mais longa, considera-se como cadeia principal aquela com maior número de ramificações. Ex:

NOMENCLATURA DOS HIDROCARBONETOS INSATURADOS COM CADEIA RAMIFICADA No caso dos alcenos, alcinos e alcadienos, a cadeia principal é aquela que apresenta maior número de átomos de carbono e que contém a insaturação (dupla ou tripla ligação). A numeração dos átomos de carbono é feita de tal forma que a insaturação seja indicada pelo menor número possível. Para isso a numeração se inicia da extremidade mais próxima da insaturação. Ex:

Note nesse último exemplo que apesar de não ter o maior número de átomos de carbono, a cadeia principal é a que contém a dupla ligação.

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Nota: - Na nomenclatura usual, utiliza-se o prefixo isso, quando houver um substituinte metil no carbono 2. Ex:

NOMENCLATURA DOS CICLANOS E CICLENOS COM CADEIA LATERAL Numerar os átomos do carbono do ciclo de modo a resultar os menores números possíveis. No caso dos ciclenos, os átomos de carbono da dupla ligação recebem os números 1 e 2. No caso dos ciclanos, numera-se a cadeia cíclica a partir do carbono que possui a ramificação mais simples. Ex:

NOMENCLATURA DOS HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS I) Quando hidrocarboneto tem somente uma cadeia lateral Dá-se o nome do substituinte e, em seguida, a palavra benzeno. Ex:

II) Quando o hidrocarboneto tem duas cadeias laterais Usa-se a seguinte nomenclatura: - posição 1-2 orto ou o - posição 1-3 meta ou m - posição 1-4 para ou p III) Os hidrocarbonetos arométicos de núcleos condensados têm nomes particulares

IV) Derivados do naftaleno No naftaleno os átomos de carbono têm numeração fixa. Os átomos de carbono com números 1, 4, 5 e 8 são equivalentes e são denominados de carbono alfa. Os átomos com os números 2, 3, 6 e 7 são equivalentes e são chamados de carbono beta.

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1) O naftaleno tem fórmula estrutural igual a: a) C10H10 b) C12H10 c) C10H8 d) C8H10 2) Um dos componentes da gasolina que abastece os automóveis é o isoctano de fórmula estrutural:

a) Classifique os átomos de carbono na estrutura escrevendo: P (C primário), S (C secundário), T (C terciário). b) Classifique a cadeia carbônica do composto c) Como se chama o composto acima, de acordo com a nomenclatura I.U.P.A.C 3) Analise os nomes dos compostos de acordo com a I.U.P.A.C

Os compostos I, II, III são, respectivamente: a) 2-metil-3-etil-1-buteno; 2-etil-1-penteno; 2-metil-2-penteno. b) 2,3-dimetil-1-penteno; 3-metilexano; 2-metilpentano. c) 2-etil-3-metil-3-buteno; 2-metil-3-exeno; 4-metil-2-penteno. d) 2,3-dimetil-1-penteno; 2-etil-1-penteno; 4-metil-2-penteno. e) 2-metil-3-etilbuteno; 2-etil-2-penteno; 2-metil-3-penteno. 4) Dar o nome das substâncias:

a) b) c)

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d) e) AULA 22 FUNÇÕES ORGÂNICAS OXIGENADAS 1. Grupos funcionais Os hidrocarbonetos são os compostos orgânicos mais simples. Outros compostos orgânicos podem ser considerados como derivados dos hidrocarbonetos pela substituição de um ou mais átomos de hidrogênio por outros átomos ou grupos de átomos. Muitas reações químicas apresentadas por um composto orgânico são devidas a esses átomos ou grupos de átomos, que são chamados grupos funcionais.

GRUPO FUNCIONAL é um átomo ou grupo de átomos responsável pelas propriedades químicas apresentadas pela molécula.

Exemplo:

Todos os compostos que apresentam o grupo pertencem à função ácido carboxfiico. Esses compostos reagem com bases, conduzem a eletricidade quando em solução aquosa, reagem com sódio metálico, tornam vermelho o papel de tornassol azul etc. Todas essas propriedades são devidas à presença do grupo — COOH. 2. ÁLCOOIS São compostos orgânicos derivados dos hidrocarbonetos pela substituição de H ligado a carbono saturado (carbono com simples ligação) pelo grupo — OH (hidroxila).

3. NOMENCLATURA OFICIAL (l.U.P.A.C.-1979) DOS ÁLCOOIS Acrescentamos ao prefixo (met, et, prop...) o termo que indica o tipo de ligação (an, en, in), e no fim colocamos ol, ou seja, substituímos a terminação o do hidrocarboneto correspondente pela terminação ol. Exemplos:

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H3C—OH met + an + ol = metanol (álcool metílico) H3C—CH2—OH et + an + ol = etanol (álcool etílico) Entre parênteses colocamos o nome usual do álcool obtido a partir do nome do grupo preso à hidroxila com a terminação ico. Exemplo:

Metanol (H3C— OH) O metanol (álcool metílico) é um líquido incolor de odor semelhante ao do etanol. No entanto, é muito tóxico, ocasionando cegueira, e mesmo a morte. O metanol é usado em combustíveis de jatos, como solvente, aditivo de gasolina e como matéria-prima para diversas sínteses industriais. O metanol é formado como subproduto na produção de carvão vegetal, pelo aquecimento de madeira na ausência de ar. Por esse motivo, é também chamado de álcool da madeira. Na indústria é preparado pela reação de monóxido de carbono com hidrogênio em temperatura e pressão elevadas na presença de catalisador.

O etanol, o álcool mais comum, pode ser obtido pela fermentação de cereais ou açúcar. O açúcar glicose, por fermentação, produz etanol.

Etanol H3C-CH2-OH O etanol existe na cerveja (4 a 8%), no vinho (12 a 15%) e nas bebidas destiladas (40% ou mais). Quando a cadeia do álcool apresentar 3 ou mais carbono, deveremos indicar a posição do grupo — OH, numerando a cadeia carbônica a partir da extremidade mais próxima do grupo — OH. Exemplos:

ATENÇÃO:

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Se o álcool apresentar cadeia ramificada, teremos de tomar alguns cuidados:

Achar a cadeia principal

Numerar a cadeia principal

Dar nome ao composto usando a sequência: número do carbono ao qual está ligado o substituinte- nome do substituinte- nome do substituinte- nome da cadeia principal- sufixo ol. Exemplos

Notas: A) Se a hidroxila estiver ligada a carbono de dupla ligação, teremos outra função denominada enol.

B) Nomenclatura de Kolbe Kolbe apresentou uma nomenclatura que considera os álcoois derivados do metanol, ao qual deu o nome de carbinol.

CLASSIFICAÇÃO DOS ÁLCOOIS

Álcoois primários- são aqueles que apresentam grupo –OH ligado a carbono primário.

Álcoois secundários- são aqueles que apresentam grupo –OH ligado a carbono secundário.

Álcoois terciários- são aqueles que apresentam grupo –OH ligado a carbono terciário. FENÓIS São compostos orgânicos derivados de hidrocarbonetos aromáticos pela substituição de H ligados diretamente ao núcleo benzênico pelo grupo –OH

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Nomenclatura do fenóis Colocamos a palavra hidróxi antes do hidrocarboneto aromático correspondente.

Os fenóis são bactericidas, sendo empregados como antissépticos. Na

Medicinas o fenol comum é chamado de acido carbóIico. Os fenóis do tolueno são chamados de cresóis e existem na creolina.

No entanto, os fenóis apresentam o inconveniente de serem tóxicos.

AULA 23 ÉTERES São compostos orgânicos derivados teoricamente dos álcoois pela substituição do H do grupo — OH por um radical derivado de hidrocarbonetos.

Nomenclatura Dos Éteres A) Oficial

Damos nome às cadeias que vêm antes e depois do oxigênio como hidrocarboneto, intercalando o termo oxi no meio deste nome. B) Usual Utiliza-se a palavra éter seguida do nome dos substituintes com a terminação ico. Exemplos:

ALDEÍDOS

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São compostos que apresentam o grupo Nomenclatura oficial dos aldeídos

Ao prefixo acrescentamos o termo que define o tipo de ligação, e no final o sufixo al, ou seja, dá-se o sufixo al ao nome do hidrocarboneto correspondente.

metanal (aldeído fórmico)(formaldeído) O metanal (aldeído fórmico, formaldeído) é o único aldeído gasoso. Na

prática, é utilizado na forma de solução aquosa, a qual recebe o nome de formol. O metanal é desinfetante, sendo usado na desinfecção de utensílios cirúrgicos e na conservação de espécimes anatômicos.

Entre parênteses colocamos os nomes usuais. Os aldeídos têm o mesmo nome usual dos ácidos carboxílicos Se o aldeído apresentar cadeia ramificada, tomamos o mesmo cuidado usado nos álcoois de cadeia ramificada.

CETONAS

São compostos orgânicos que apresentam o grupo funcional carbonila entre átomos de carbono:

Nota: R e R1 correspondem a substituintes com quaisquer números de átomos de carbono. Nomenclatura oficial das cetonas Dá-se o sufixo —ona ao nome do hidrocarboneto correspondente. Exemplos:

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A propanona (acetona) é usada como solvente de tintas, vernizes, lacas, acetileno etc. E como solvente que ela é utilizada em cabeleireiros. E utilizada na fabricação de outros solventes, plásticos, medicamentos. A acetona é um líquido incolor, de cheiro agradável, volátil, solúvel em água, inflamável. Nomenclatura usual das cetonas Dá-se o nome dos substituintes presos à carbonila e, em seguida a palavra cetona.

AULA 24 ÁCIDOS CARBOXÍLICOS São compostos que apresentam o grupo funcional carboxila:

Os ácidos carboxílicos ionizam quando dissolvidos em água:

Nomenclatura dos ácidos carboxílicos A) Oficial (l.U.P.A.C.) Terminação óico no nome do hidrocarboneto correspondente, sendo facultativa a palavra ácido antes do nome do composto. B) Usual Palavra ácido seguida de um nome que lembra alguma característica do ácido. Exemplos

SAIS DE ÁCIDO CARBOXÍLICO

São compostos derivados de ácidos carboxílicos pela substituição do H da carboxila por cátion metálico ou amônio(NH4

+).

Nomenclatura dos sais orgânicos

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Damos o nome da mesma forma que demos às outras funções, porém usando o sufixo ato seguido da partícula de e do nome do metal. Entre parênteses está o nome ual ácido 3-metilbutírico usual do sal. Exemplos:

ÈSTERES

São compostos que apresentam o grupo com o átomo de oxigênio ligado a um substituinte derivado de hidrocarboneto.

Nomenclatura dos ésteres

À cadeia que aparece antes do oxigênio (heteroátomo) damos nome normalmente usando o sufixo ato; à cadeia que aparece depois do oxigênio damos nome como substituinte usando a terminação ila. Entre parênteses colocamos o nome usual do éster Exemplos:

CLORETOS DE ÁCIDOS São compostos orgânicos que derivam dos ácidos carboxílicos por substituição do — OH por cloro.

Nomenclatura dos cloretos de ácidos

Usa-se a palavra cloreto, a preposição de, e, a e que resultam da eliminação de uma molécula de água seguir, o nome do ácido de origem com a terminação ila. Exemplos

ANIDRIDOS DE ÁCIDOS São compostos que apresentam o grupo

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e que resultam da eliminação de uma molécula de água entre dois grupos carboxilas. AULA 25 FUNÇÕES ORGÂNICAS NITROGENADAS E OUTRAS FUNÇÕES AMINAS

São compostos orgânicos definidos e classificados como derivados da amônia (NH3). Classificamos as aminas em três grupos: primárias, secundárias e terciárias. Aminas primárias Derivam do NH3 pela substituição de 1H por um radical derivado de hidrocarboneto.

As aminas primárias sempre apresentam o grupo — NH2, chamado de amino. Na nomenclatura, damos o nome do grupo — R e, em seguida, a palavra amina. Exemplos

Aminas secundárias Derivam do NH3 pela substituição de 2H por dois radicais derivados de hidrocarboneto. As aminas secundárias sempre apresentam o grupo — N — H ligado a dois grupos R (ou R e R’).

A adrenalina é um hormônio animal que atua como estimulante cardíaco.

Apresenta as funções fenol, álcool secundário e amina secundária.

Se existe uma substância no corpo humano que se pode chamar de

molécula da felicidade, seu nome é serotonina. Presente entre os neurônios,

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nas plaquetas do sangue e também na parede do intestino, a serotonina é a substância que está associada a muito do que a vida apresenta de bom: o desejo sexual, o bom humor, o apetite, o sono. Sua carência ou excesso também está por trás de coisas ruins, como depressão, insônia, ansiedade. A serotonina apresenta as funções: amina primária, amina secundária (cíclica) e fenol.

Serotonina Aminas terciárias Derivam do NH3 pela substituição dos 3H por três radicais derivados de hidrocarbonetos. As aminas terciárias não apresentam H ligado diretamente a nitrogênio.

Exemplos:

A trimetilamina é formada na putrefação de peixes. AMIDAS

São compostos orgânicos teoricamente derivados de ácidos carboxílicos pela substituição do grupo — OH pelo radical — NH2.

Nomenclatura das amidas Oficial: Nome do hidrocarboneto correspondente com a terminação amida. Usual: Nome usual do ácido correspondente com a terminação amida. Exemplo

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A ureia é a amida mais importante: A ureia foi o primeiro composto orgânico preparado em laboratório, através da síntese de Wohler (1828). É um sólido solúvel em água e em álcool. Ocorre na urina, como produto final do metabolismo das proteínas. A aplicabilidade da ureia é ampla é diversificada. Na medicina, é empregada na preparação de substâncias hipnóticas. Na indústria, participa da fabricação de plásticos. E ainda utilizada na agricultura, como adubo nitrogenado. A ureia pode ser considerada uma diamida do ácido carbônico ou uma amida do ácido carbâmico, daí sua denominação de carbamida. NITRILOS OU CIANETOS ORGÂNICOS

São compostos orgânicos derivados do ácido cianídrico (H — C N) pela substituição do H por radical derivado de hidrocarboneto. Os nitrilos também são chamados de cianetos orgânicos.

Nomenclatura dos nitrilos A) Oficial — sufixo nitrilo ao nome do hidrocarboneto correspondente. B) Usual — utiliza-se a palavra cianeto e, em seguida, o nome do grupo preso ao grupo — C N. Exemplos

NITROCOMPOSTOS

São compostos orgânicos derivados do ácido nítrico (HNO3) pela substituição do — OH por radical derivado de hidrocarboneto.

Na nomenclatura utiliza-se o nome nitro seguido do nome do

hidrocarboneto correspondente. Exemplos

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ÁCIDOS SULFÔNICOS

São compostos orgânicos derivados do ácido sulfúrico (H2SO4) pela substituição de — OH por radical derivado de hidrocarboneto.

Na nomenclatura utiliza-se a palavra ácido, em seguida o nome do

hidrocarboneto correspondente e, finalmente, a palavra sulfônico. Exemplos

TIOÁLCOOIS OU TIÓIS OU MERCAPTANAS

Tioálcool ou tiol é um composto orgânico derivado de álcool pela substituição do oxigênio por enxofre.

O nome é obtido colocando-se o prefixo tio ao nome do álcool

correspondente. Pode-se também utilizar o nome do hidrocarboneto correspondente com a terminação tiol. Exemplos

DERIVADOS HALOGENADOS OU HALETOS ORGÂNICOS

São compostos orgânicos que derivam dos hidrocarbonetos por substituição de H por halogênio (F, C1, Br, I) Nomenclatura dos derivados halogenados A) Oficial — dá-se a posição e o nome do halogênio seguido do nome do hidrocarboneto de origem. B) Usual — usa-se a palavra halogeneto (fluoreto, cloreto, brometo, iodeto) e, em seguida, o nome do grupo preso ao halogênio.

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Exemplos

Compostos de Grignard São compostos orgânicos derivados dos hidrocarbonetos pela substituição de 1H por –MgX, sendo X um halogênio (Cl, Br, I).

Nomenclatura dos compostos de Grignard

Dá-se a palavra haleto (cloreto, brometo ou iodeto, dependendo do caso), a seguir o nome do grupo derivado do hidrocarboneto e a palavra magnésio. Exemplos

FUNÇÕES MISTAS Muitos compostos orgânicos apresentam mais de um grupo funcional. Exemplos A) Aminoácidos (amina e ácido carboxílico) B) Cetona e ácido carboxílico

AULA 26 SÉRIES HOMÓLOGAS

É um conjunto de compostos orgânicos (homólogos) pertencentes à mesma função química e cujas fórmulas moleculares diferem entre si por um número inteiro de grupos (CH2). O grupo metileno (CH2) é chamado de razão de homologia. Geralmente, as séries homólogas são dispostas em ordem crescente de suas massas moleculares. Exemplos

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a) Série homóloga dos hidrocarbonetos acíclicos saturados (alcanos). b) Série homóloga dos hidrocarbonetos acíclicos etilênicos (alcenos). c) Série homóloga dos hidrocarbonetos acíclicos acetilênicos (alcinos). d) Série homóloga dos monoácidos acícicos saturados.

As propriedades químicas dos homólogos de uma mesma série são semelhantes. As propriedades físicas dos homólogos variam gradualmente com a massa molecular. O ponto de fusão, o ponto de ebulição e a densidade crescem com o aumento da cadeia carbônica. O coeficiente de solubilidade em água decresce.

SÉRIE ISÓLOGA

É um conjunto de compostos orgânicos (isólogos) pertencentes à mesma função química, e cujas fórmulas moleculares diferem por um número inteiro de grupos (H2). As propriedades físicas dos isólogos são parecidas, pois a massa molecular dos termos pouco difere. Exemplos a) Etano (C2H6)

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Eteno (C2H4) Etino (C2H2) SÉRIE HETERÓLOGA É um conjunto de compostos orgânicos (heterólogos) não pertencentes à mesma função química, mas que apresentam a mesma cadeia carbônica. Exemplos A) Metano, metanol, metanal, metanoico B) Benzeno, fenol comum, anilina AULA 27 Propriedades físicas dos compostos orgânicos

As propriedades físicas dos compostos orgânicos, tais como ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade, solubilidade etc., dependem do tipo e da intensidade das forças intermoleculares. Como regra geral, podemos dizer que, quanto maior a força intermolecular, maiores serão os valores do ponto de fusão, ponto de ebulição e densidade.

Ponto de ebulição (P.E.)

Na ebulição ocorre afastamento das moléculas. Portanto, quanto maior a força intermolecular, maior o P.E., ou seja, menos volátil é a substância. P.E. de substâncias apolares (µ= O)

Quanto maior a superfície da molécula (quanto maior a massa molecular), maior a força de London e, portanto, maior o P.E. Em uma superfície grande é maior a probabilidade de aparecer dipolo induzido.

Em uma série homóloga, a força de Van der Waals-London aumenta à

medida que cresce a cadeia carbônica. Devido a esse fato, os pontos de fusão e ebulição aumentam à medida que a massa molecular aumenta. Nas condições ambientais (25°C e 1 atm), os alcan de cadeia normal de C1 a C4 são gasosos, de C5 a C17 são líquidos e os homólogos superiores são sólidos.

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Para substâncias de massa molecular próxima, a ramificação abaixa o P.E.

Para compostos de M.M. próxima, o mais polar tem maior P.E.

As forças intermoleculares no cianeto de metila (etanonitrilo) são forças entre dipolos permanentes (devido à diferença de eletronegatividade). Comparando-se dois compostos de massas moleculares próximas, um apresentando força de London e o outro força entre dipolos permanentes, observa-se que este último terá os maiores valores para as propriedades físicas. A força entre dipolos permanentes é maior que a força entre dipolos induzidos, para massas moleculares próximas. Os hidrocarbonetos são compostos apolares. Vejam os alguns exemplos de compostos orgânicos polares:

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Compostos que estabelecem ponte de hidrogênio têm P.E. anormalmente elevado

A ponte de hidrogênio é um tipo de força intermolecular relativamente de grande intensidade. Aparece quando existe, dentro da molécula, hidrogênio ligado a flúor, oxigênio ou nitrogênio. Exemplos de compostos orgânicos que estabelecem ponte de hidrogênio:

Comparando-se compostos de massas moleculares próximas, verifica-

se que aquele que estabelece ponte de hidrogênio tem ponto de ebulição bem maior do que aquele que não estabelece ponte de hidrogênio. AULA 28 E 29 PRINCÍPIO DE SOLUBILIDADE

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“Semelhante dissolve semelhante.” Uma substância é solúvel em outra quando apresenta o mesmo tipo de força intermolecular e aproximadamente com a mesma intensidade. SUBSTÂNCIA POLAR DISSOLVE SUBSTÂNCIA POLAR

Compostos fortemente polares são bastante solúveis em água, pois esta é bastante polar. Ex: HCl. Substâncias que estabelecem ponte de hidrogênio são bastantes solúveis em água. Ex: NH3, H3C-CH2-OH.

Substâncias que estabelecem ponte de hidrogênio são bastante solúveis em água. UMA SUBSTÂNCIA APOIAR DISSOLVE SUBSTÂNCIAS APOIARES

São solúveis em gasolina (mistura de hidrocarbonetos apolares): CCl4, I2., parafina (mistura de hidrocarbonetos). SOLUBILIDADE DOS ÁLCOOIS E ÁCIDOS CARBOXÍLICOS

Os álcoois metílico, etílico, propílico e os ácidos fórmico, acético, propiônico e butírico são solúveis em água em qualquer proporção. Tal fato é devido à formação de pontes de hidrogênio entre as moléculas de água e do álcool ou ácido.

À medida que a cadeia carbônica cresce, a solubilidade em água diminui. Nos álcoois de pequena massa molecular, o grupo — OH constitui importante porção da molécula. Nos álcoois de grande massa molecular, as longas cadeias carbônicas com um pequeno grupo — OH são, na quase totalidade, de hidrocarboneto. Solubilidade de alguns álcoois: 1-butanol: 8g/ lOOg de H2O 1-pentanol: 2g/ lOOg de H2O 1-hexanol: 1g/ lOOg de H2O ISOMERIA

É o fenômeno em que dois ou mais compostos químicos diferentes apresentam a mesma fórmula molecular (mesma quantidade de átomos) e fórmulas estruturais diferentes. Os isômeros têm pelo menos uma propriedade física diferente podendo apresentar ou não propriedades químicas diferentes. Em geral, as propriedades são diferentes, porque as distribuições atômicas nas moléculas são diferentes. Os isômeros têm a mesma fórmula mínima e, portanto, a mesma composição centesimal.

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Exemplo

Observe que as duas substâncias apresentam os mesmos átomos, mas

ligados de modo diferente. Devido a esse fato os isômeros são compostos diferentes, isto é, apresentam propriedades diferentes. Por exemplo, o etanol é um líquido que estabelece ponte de hidrogênio intermolecular e apresenta ponto de ebulição igual a 78°C. O éter dimetílico é um gás nas condições ambiente, apresentando ponto de ebulição muito baixo (-24°C), pois não estabelece ponte de hidrogênio.

CLASSIFICAÇÃO

Temos dois casos principais de isomeria: plana e espacial.

Isomeria Plana: é o caso de isomeria em que os isômeros podem ser diferenciados pelas suas fórmulas estruturais planas. Isomeria Espacial ou Estereoisomeria: é o caso em que os isômeros só podem ser diferenciados pelas suas fórmulas estruturais espaciais. ISOMERIA PLANA OU ESTRUTURAL

É o caso de isomeria em que a diferença existente entre os isômeros pode ser notada no próprio plano. No caso dos isômeros etanol e éter dimetílico, a diferença entre eles pode ser notada utilizando-se fórmulas estruturais planas. Percebe-se facilmente que os arranjos dos átomos são diferentes nas duas moléculas. Temos vários casos de isomeria plana ou estrutural. ISOMERIA DE FUNÇÃO OU FUNCIONAL

Os isômeros pertencem a funções químicas diferentes. Exemplos 1) Aldeídos e cetonas

II) Ácidos carboxílicos

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III) Álcoois e éteres

ISOMERIA DE CADEIA Os isômeros pertencem à mesma função apresentando, porém, tipo

diferente de cadeia. Exemplos I) C4H10

II) C3H6

III) C3H8O

ISOMERIA DE POSIÇÃO

Os isômeros pertencem à mesma função, têm o mesmo tipo de cadeia, mas diferem pela posição de um substituinte, de um grupo funcional ou de uma insaturação. Exemplos I) C3H8O

II) C4H8

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III) C6H6O2

ISOMERIA DE COMPENSAÇÃO OU METAMERIA

Os isômeros pertencem à mesma função, têm o mesmo tipo de cadeia e diferem na posição relativa do heteroátomo. Todas as funções que apresentam cadeia heterogênea (éter, éster, amina) podem apresentar este tipo de isomeria. Exemplos I) C4H10O

II)C4H11N

III) C4H8O2

TAUTOMERIA

É um caso particular de isomeria funcional em que dois ou mais isômeros coexistem em equilíbrio dinâmico em solução, transformando-se um no outro, pela mudança de posição de H na molécula. A tautomeria, ou isomeria dinâmica, também pode ser denominada cetoenólica ou aldoenólica, pois ocorre principalmente entre cetonas e enóis ou aldeídos e enóis. Enol é todo composto que apresenta hidroxila (—OH) em carbono de dupla ligação. Exemplos I) C2H4O

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II) C3H6O

A forma predominante no equilíbrio é a forma aldeídica ou cetônica: apenas uma pequena parte do composto fica na forma enólica. Apresentam tautomeria apenas os aldeídos e cetonas que tenham H preso ao carbono vizinho da carbonila.

AULA 30 ISOMERIA GEOMÉTRICA Isomeria espacial ou estereoisomeria

É o caso de isomeria em que a diferença existente entre os isômeros só será notada na fórmula espacial dos compostos. Temos dois casos principais: a) Isomeria geométrica b) Isomena óptica Isomeria geométrica ou cis-trans

Pode ocorrer em compostos de cadeia acíclica e em compostos de cadeia cíclica. Isomeria geométrica em compostos de cadeia aberta

Neste caso, o composto deve apresentar pelo menos uma dupla ligação entre átomos de carbono e dois ligantes diferentes em cada carbono da dupla.

ou ou Exemplos Apresentam isomeria geométrica:

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Não apresenta isomeria geométrica:

OS ÁTOMOS DE CARBONO NÃO GIRAM AO REDOR DA LIGAÇÃO DUPLA

No etano, os átomos de carbono estão unidos por ligação simples:

Observe que é possível girar um átomo de carbono em relação ao outro ao redor da ligação simples, sem haver rompimento de ligações. No eteno, os átomos de carbono estão unidos por uma ligação dupla:

Observe que agora não é possível girar os átomos de carbono ao redor da ligação dupla. E esta impossibilidade de rotação que acarreta o aparecimento da isomeria geométrica. Verifique que no eteno os átomos estão em um mesmo plano. Percebe-se que há duas possibilidades quando os átomos de carbono da dupla ligação apresentam ligantes diferentes. ISÔMERO CIS (VIZINHOS, MESMO LADO) OU ISÔMERO Z (INICIAL DA PALAVRA ALEMÃ ZUSAMMEN = “JUNTOS”)

Espacialmente nos mostra grupos de maior massa molar do mesmo lado do plano estabelecido pela dupla ligação.

ou ISÔMERO TRANS (ATRAVÉS, TRANSVERSAL) OU ISÔMERO E (INICIAL DA PALAVRA EM ALEMA ENTGEGEN = “OPOSTOS”)

Espacialmente nos mostra grupos de maior massa molar em lados opostos do plano estabelecido pela dupla ligação.

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ou

O prefixo cis ou a letra Z serão utilizados quando os grupos de maior massa molar estiverem do mesmo lado. O prefixo trans ou a letra E serão utilizados quando os grupos de maior massa molar estiverem de lados opostos.

Exemplo

OS ISÔMEROS CIS E TRANS TÊM PROPRIEDADES DIFERENTES Consideremos os ácidos butenodioicos:

Os isômeros geométricos cis-trans diferem entre si pelas suas

propriedades físicas (ponto de ebulição, ponto de fusão, densidade, solubilidade etc.).

No que diz respeito às propriedades químicas, os isômeros geométricos podem apresentar ou não diferenças. Assim, por exemplo, se aquecermos o ácido maleico, obteremos, facilmente, o respectivo anidrido.

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O mesmo não acontece com o ácido fumárico, o que pode ser entendido espacialmente pela maior distância entre as carboxilas. O ácido fumárico, por aquecimento, nunca fornece o respectivo anidrido; por aquecimento brando, não sofre desidratação e, por aquecimento enérgico, o ácido fumárico fornece o anidrido maleico (o ácido fumárico sofre uma transformação em ácido maleico, e este sofre desidratação). Isomeria geométrica em compostos de cadeia fechada

Neste caso, o composto deve apresentar pelo menos dois átomos de carbono do ciclo com dois ligantes diferentes.

Exemplos

Não apresenta isomeria geométrica:

Nos compostos cíclicos o plano de referência é o próprio plano do ciclo.

Alguns autores chamam a isomeria geométrica em compostos cíclicos de isomeria Baeyeriana. em homenagem ao químico alemão Adolf Von Baeyer. Nota: Quando os quatro ligantes presos aos dois átomos de carbono da dupla ligação forem diferentes, considera-se como isômero cis aquele que apresentar

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os ligantes de maior massa molar em um mesmo lado. Exemplo

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Ciências da Natureza e suas tecnologias III Prof. Délcio de Paula Júnior A Célula A célula é a unidade fundamental da vida. Isso significa dizer que para um "ser vivo" possuir vida, no mínimo, ele deverá ser formado por uma célula. No corpo humano há diferentes tipos de células, e cada tipo, desempenha uma função específica visando a manutenção da vida no organismo. Quase todas as células possuem características comuns em relação a sua forma, tais como: membrana plasmática, citoplasma e núcleo. Vale lembrar que estas características estão presentes tanto na célula animal quanto na vegetal. A membrana plasmática é o envoltório da célula, é através dela que a célula ganha sua forma e seleciona as substâncias que entrarão ou sairão de seu interior (tudo que entra ou saí da célula tem que atravessar esta membrana). O citoplasma é composto por uma parte fluida onde ocorrem muitas reações químicas necessárias à vida da célula, ele engloba tudo o que há na célula desde a membrana plasmática até o núcleo, incluindo as organelas (órgãos das células). Classificação quanto ao tipo de célula Hoje sabemos que as células que existem são de dois tipos: Procariontes Células muito simples, sem organelas e com material genético (DNA) localizado em uma região específica do citoplasma, mas não protegido por um envoltório, ou seja, sem uma membrana nuclear (carioteca). Ex: bactérias e algas cianofíceas, também conhecidas como algas azuis.

Eucariontes: Células mais complexas com o citoplasma rico em organelas e com o material genético (DNA) protegido pela carioteca. Ex: animais, vegetais, fungos e protozoários

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Membrana Plasmática Tudo que existe, e que é individualizado, precisa se separar do seu meio exterior por algum envoltório. Por exemplo, uma casa é separada do meio externo por paredes, pelo piso e pelo teto. Imagine agora uma célula sem um envoltório. Como seria sua composição? Certamente, semelhante àquela encontrada ao seu redor. Sem esse envoltório, provavelmente a célula nem existiria. Assim, o papel principal da membrana plasmática é delimitar a célula, em outras palavras, separar o conteúdo citoplasmático do meio em que ela se encontra. Por isso, começaremos nosso estudo sobre as estruturas que formam a célula pela membrana plasmática. Toda a célula, seja procarionte ou eucarionte, apresenta uma membrana que isola do meio exterior: a membrana plasmática Constituição química da membrana plasmática Estudos com membranas plasmáticas isoladas revelam que seus componentes mais abundantes são fosfolipídios, colesterol e proteínas. É por isso que se costumam dizer que as membranas plasmáticas têm constituição lipoprotéica.

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Glicocálix

Se isolássemos uma célula de nosso corpo, notaríamos que ela esta envolta por uma espécie de malha feita de moléculas de glicídios (carboidratos) frouxamente entrelaçadas. Esta malha protege a célula como uma vestimenta: trata-se do glicocálix (do grego glykys, doce, açúcar, e do latim calyx, casca envoltório).

Diversas funções têm sido sugeridas para o glicocálix. Acredita-se que, além de ser uma proteção contra agressões físicas e químicas do ambiente externo, ele funcione como uma malha de retenção de nutrientes e enzimas, mantendo um microambiente adequado ao redor de cada célula. Confere às células a capacidade de se reconhecerem, uma vez que células diferentes têm glicocálix formado por glicídios diferentes e células iguais têm glicocálix formado por glicídios iguais.

Função dos componentes da membrana

Proteínas de adesão: em células adjacentes, as proteínas da membrana podem aderir umas às outras.

Proteínas que facilitam o transporte de substâncias entre células. Proteínas de reconhecimento: determinadas glicoproteínas atuam na

membrana como um verdadeiro “selo marcador”, sendo identificadas especificamente por outras células.

Proteínas receptoras de membrana. Proteínas de transporte: podem desempenhar papel na difusão

facilitada, formando um canal por onde passam algumas substâncias, ou no transporte ativo, em que há gasto de energia fornecida pela substância ATP. O ATP (adenosina trifosfato) é uma molécula derivada de nucleotídeo que armazena a energia liberada nos processos bioenergéticos que ocorrem nas células (respiração aeróbia, por exemplo). Toda vez que é necessária energia para a realização de uma atividade celular (transporte ativo, por exemplo) ela é fornecida por moléculas de ATP.

Proteínas de ação enzimática: uma ou mais proteínas podem atuar isoladamente como enzima na membrana ou em conjunto, como se fossem parte de uma “linha de montagem” de uma determinada via metabólica.

Proteínas com função de ancoragem para o citoesqueleto.

A Permeabilidade seletiva da Membrana Plasmática

Esta característica confere à membrana a capacidade de selecionar o que passa, quando passa e em que quantidade as substâncias passam através dela.

A passagem de substâncias através das membranas celulares envolve vários mecanismos, entre os quais podemos citar: transporte passivo (osmose, difusão simples e difusão facilitada), transporte ativo, endocitose (fagocitose e pinoscitose) e exocitose.

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Transporte ativo: Movimento de entrada ou saída de substâncias em uma célula com gasto de energia. Ex: bomba de sódio e potássio.

Transporte passivo: Movimento feito sem gasto de energia, ou seja, respeitando o gradiente de concentração. Sempre mediado por proteínas de membrana. a) Osmose : É a difusão da água, ou seja, a passagem de água de um meio hipotônico (onde ela se encontra em maior quantidade) para um meio hipertônico (onde ela se encontra em menor quantidade). Em um meio hipotônico existe maior quantidade de água e menor quantidade de sal dissolvido. O contrário ocorre em um meio hipertônico. b) Difusão facilitada: É a passagem de macromoléculas através de proteínas especiais denominadas permeases, que formam poros na membrana.

EndocitoseTransporte de moléculas em grande quantidade. Existem dois tipos de mecanismos para esse transporte. a) Fagocitose – Englobamento de partículas sólidas por meio da emissão de pseudópodes pela membrana plasmática. b) Pinocitose – Englobamento de gotículas líquidas por meio de invaginações da membrana plasmática.

Osmose, a difusão da água.

A água se movimenta livremente através da membrana, sempre do local de menor concentração de soluto para o de maior concentração. A pressão com a qual a água é forçada a atravessar a membrana é conhecida por pressão osmótica.

A osmose não é influenciada pela natureza do soluto, mas pelo número de partículas. Quando duas soluções contêm a mesma quantidade de partículas por unidade de volume, mesmo que não sejam do mesmo tipo, exercem a mesma pressão osmótica e são isotônicas. Caso sejam separadas por uma membrana, haverá fluxo de água nos dois sentidos de modo proporcional.

Quando se comparam soluções de concentrações diferentes, a que possui mais soluto e, portanto, maior pressão osmótica é chamada hipertônica, e a de menor concentração de soluto e menor pressão osmótica é hipotônica. Separadas por uma membrana, há maior fluxo de água da solução hipotônica para a hipertônica, até que as duas soluções se tornem isotônicas.

A osmose pode provocar alterações de volume celular. Uma hemácia humana é isotônica em relação a uma solução de cloreto de sódio a 0,9% (“solução fisiológica”). Caso seja colocada em um meio com maior concentração, perde água e murcha. Se estiver em um meio mais diluído (hipotônico), absorve água por osmose e aumenta de volume, podendo romper

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(hemólise).

As células vegetais por possuírem parede celular, mesmo quando colocadas em um meio hipertônico em relação a elas, resistem a lise, pois a parede celular impede que o citoplasma se distenda a ponto de fazer com que a célula rompa.

O citoplasma

O citoplasma é composto pelo hialoplasma e pelas organelas citoplasmáticas. O fluido citoplasmático é constituído principalmente por água, proteínas, sais minerais e açucares. No citosol ocorre a maioria das reações químicas vitais, entre elas a fabricação das moléculas que irão constituir as estruturas celulares. É também no citosol que muitas substâncias de reserva das células animais, como as gorduras e o glicogênio, ficam armazenadas. Na periferia do citoplasma, o citosol é mais viscoso, tendo consistência de gelatina mole. Essa região é chamada de ectoplasma (do grego, ectos, fora). Na parte mais central da célula situa-se o endoplasma (do grego, endos, dentro), de consistência mais fluida.

Ciclose: O citosol encontra-se em contínuo movimento, impulsionado pela contração rítmica de certos fios de proteínas presentes no citoplasma, em um processo semelhante ao que faz nossos músculos se movimentarem. Os fluxos de citosol constituem o que os biólogos denominam ciclose. Em algumas células, a ciclose é tão intensa que há verdadeiras correntes circulatórias internas. Sua velocidade aumenta com elevação da temperatura e diminui em temperaturas baixas, assim como na falta de oxigênio.

Organelas Citoplasmáticas

Alguns dos organoides (também chamados de orgânulos ou organelas) do citoplasma são membranosos, isto é, são revestidos por uma membrana lipoprotéica semelhante a membrana plasmática. Estamos nos referindo a retículo endoplasmático, mitocôndrias, sistema golgiense (ou complexo de golgi), lisossomos, peroxissomos, glioxissomos, cloroplastos e vacúolos. Os organoides não membranosos são os ribossomos e os centríolos.

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Retículo endoplasmático O retículo endoplasmático (RE) é um sistema de canais e canalículos formados por membranas, as quais possuem continuidade com o núcleo celular. Funcionam como "túneis" sinuosos dentro da célula. Está presente apenas nos seres eucariontes. Existem dois tipos de retículo endoplasmático.

Tipos: a) liso ou agranular – não possui ribossomos aderidos às suas superfícies; b) rugoso ou granular ou ergatoplasma – possui ribossomos aderidos às suas superfícies. Funções:

Produção de lipídios

Uma importante função de retículo endoplasmático liso é a produção de lipídios. A lecitina e o colesterol, por exemplo, os principais componentes lipídicos de todas as membranas celulares são produzidos no REL. Outros tipos de lipídios produzidos no retículo liso são os hormônios esteroides, entre os quais estão a testosterona e os estrógenos, hormônios sexuais produzidos nas células das gônadas de animais vertebrados.

Desintoxicação

O retículo endoplasmático liso também participa dos processos de desintoxicação do organismo. Nas células do fígado, o REL, absorve substâncias tóxicas, modificando-as ou destruindo-as, de modo a não causarem danos ao organismo. É a atuação do retículo das células hepáticas que permite eliminar parte do álcool, medicamentos e outras substâncias potencialmente nocivas que ingerimos.

Armazenamento de substâncias

Dentro das bolsas do retículo liso também pode haver armazenamento de substâncias. Os vacúolos das células vegetais, por exemplo, são bolsas membranosas derivadas do retículo que crescem pelo acúmulo de soluções aquosas ali armazenadas.

Produção de proteínas

O retículo endoplasmático rugoso, graças à presença dos ribossomos, é responsável por boa parte da produção de proteínas da célula. As proteínas fabricadas nos ribossomos do RER penetram nas bolsas e se deslocam em direção ao aparelho de Golgi, passando pelos estreitos e tortuosos canais do retículo endoplasmático liso.

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Complexo de Golgi É uma organela presente nas células eucariontes formada por uma pilha de vesículas grandes e achatadas e outras menores e esféricas, que brotam a partir da primeira.

Biogênese – Origina-se a partir de elementos do retículo endoplasmático. Funções – Armazenamento e secreção de substâncias, tais como os hormônios; síntese da lamela média nas células vegetais; origem dos lisossomos; formação do acrossomo do espermatozoide; centro de distribuição de moléculas para diversas partes da célula. Outros nomes do complexo de Golgi: dicitiossomo, golgiossomo, aparelho de Golgi, complexo golgiense.

Centríolos

Os centríolos são organelas NÃO envolvidas por membrana e que participam do progresso de divisão celular. Nas células de fungos complexos, plantas

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superiores (gimnospermas e angiospermas) e nematoides não existem centríolos. Eles estão presentes na maioria das células de animas, algas e vegetais inferiores como as briófitas (musgos) e pteridófitas (samambaias).

Estruturalmente, são constituídos por um total de nove trios de microtúbulos proteicos, que se organizam em cilindro.

São autoduplicáveis no período que precede a divisão celular, migrando, logo a seguir, para os polos opostos da célula.

Uma das providências que a fábrica celular precisa tomar é a construção de novas fábricas, isto é, a sua multiplicação. Isso envolve uma elaboração prévia de uma serie de “andaimes” proteicos, o chamado fuso de divisão, formado por inúmeros filamentos de microtúbulos.

Embora esses microtúbulos não sejam originados dos centríolos e sim de uma região da célula conhecido como centrossomo, é comum a participação deles no processo de divisão de uma célula animal. Já em células de vegetais superiores, como não existem centríolos, sua multiplicação se processa sem eles.

Mitocôndrias

Estrutura e função das mitocôndrias

As mitocôndrias estão imersas no citosol, entre as diversas bolsas e filamentos que preenchem o citoplasma das células eucariontes. Elas são verdadeiras “casas de força” das células, pois produzem energia para todas as atividades celulares.

As mitocôndrias foram descobertas em meados do século XIX, e, durante décadas, sua existência foi questionada por alguns citologistas. Somente em 1890 foi demonstrada, de modo incontestável, a presença de mitocôndrias no citoplasma celular. O termo “mitocôndria” (do grego, mitos, fio, e condros, cartilagem) surgiu em 1898, possivelmente como referência ao aspecto filamentoso e homogêneo (cartilaginoso) dessas organelas em alguns tipos de células, quando observadas ao microscópio óptico.

As mitocôndrias, cujo número varia de dezenas até centenas, dependendo do tipo de célula, estão presentes praticamente em todos os seres eucariontes, sejam animais, plantas, algas, fungos ou protozoários.

Estrutura interna das mitocôndrias

As mitocôndrias são delimitadas por duas membranas lipoprotéicas semelhantes às demais membranas celulares. Enquanto a membrana externa é lisa, a membrana interna possui inúmeras pregas – as cristas mitocondriais – que se projetam para o interior da organela.

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cavidade interna das mitocôndrias é preenchida por um fluido denominado matriz mitocondrial, onde estão presentes diversas enzimas, além de DNA e RNA e pequenos ribossomos e substâncias necessárias à fabricação de determinadas proteínas.

A respiração celular

No interior das mitocôndrias ocorre a respiração celular, processo em que moléculas orgânicas de alimento reagem com gás oxigênio (O2), transformando-se em gás carbônico (CO2) e água (H2O) e liberando energia.

C6H12O6 + O2 -> 6 CO2 + 6 H2O + energia

A energia liberada na respiração celular é armazenada em uma substância chamada ATP (adenosina trifosfato), que se difunde para todas as regiões da célula, fornecendo energia para as mais diversas atividades celulares. O processo de respiração celular será melhor explicado na seção de Metabolismo energético.

Peroxissomos São pequenas vesículas semelhantes aos lisossomos, porém sua enzima principal é a catalase. Esta enzima degrada as moléculas de peróxido de hidrogênio (água oxigenada) que se formam como resultado do metabolismo (funcionamento) celular. O peróxido de hidrogênio pode ser muito tóxico para a célula porque pode levar a produção de radicais livres. Estes radicais são capazes de danificar as células, atuando, por exemplo, sobre o DNA e outras moléculas.

Lisossomos São corpúsculos normalmente esféricos cujo interior apresenta uma grande quantidade de enzimas que degradam (quebram em pedações pequenos, ou seja, digerem ou destroem) moléculas grandes ou organelas envelhecidas. Exemplo de enzimas encontradas dentro dos lisossomos: proteases (degradam proteínas), nucleases (degradam ácidos nucleicos: DNA e RNA), glicosidases (degradam açúcares) e lipases (degradam lipídeos). Ocorrência – Em células animais.

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Funções: Digestão intracelular; Função heterofágica – Digerir produtos oriundos da fagocitose e da pinocitose. Função autofágica – Pode ser de dois tipos: autofagia (digestão de organelas e estruturas da própria célula) e autólise (pelo rompimento da membrana lisossômica, as enzimas vazam para o citoplasma destruindo completamente a célula).

Citoesqueleto

Quando se diz que o hialoplasma é um fluido viscoso, fica-se com a impressão de que a célula animal tem uma consistência amolecida e que se deforma a todo o momento. Não é assim.

Um verdadeiro “esqueleto” formado por vários tipos de fibras de proteínas cruza a célula em diversas direções, dando-lhe consistência e firmeza.

Essa “armação” é importante se lembrarmos que a célula animal é desprovida de uma membrana rígida, como acontece com a membrana celulósica dos vegetais.

Entre as fibras proteicas componentes desse “citoesqueleto” podem ser citados os microfilamentos de actina, os microtúbulos e os filamentos intermediários.

Os ribossomos Biogênese A origem dos ribossomos se dá através do nucléolo das célula. eucariotas. Estrutura Ribossomos são organoides citoplasmáticos com aproximadamente 20 a 30 nm de diâmetro, formados por duas subunidades de grandezas diferentes.

Composição química

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Os ribossomos são constituídos por duas subunidades, as duas partes são compostas de moléculas de RNA e proteínas. Ocorrência Os ribossomos podem ser encontrados em células eucariontes e procariontes. Nos eucariontes estão distribuídos pelo citoplasma, ou presos nas membranas do retículo endoplasmático. Nos procariontes são encontrados livres no citoplasma. Nas duas células, os ribossomos se enlaçam em uma molécula de RNA e formam os polissomos. Função A principal função dos ribossomos é a síntese das proteínas, ou seja, é através dele que os aminoácidos se conciliam para produzir as proteínas.

O NÚCLEO

É ele que possui todas as informações genéticas, comanda e gerencia toda a célula. Dentro dele, está localizado o DNA (ácido desoxirribonucleico) que é responsável por toda e qualquer característica do ser vivo. É ele que coordena a síntese das proteínas, determina a forma da célula etc. No homem, o DNA é que diz de que cor serão os olhos, o tamanho dos pés etc.

O núcleo interfásico é composto por carioteca, cromatina, nucléolos e cariolinfa. A CARIOTECA é um tipo de membrana plasmática composta por duas membranas lipoprotéicas (lamela interna e lamela externa) que se acham em comunicação direta com o reticulo endoplasmático Essa membrana possui vários poros em sua superfície os quais permitem a comunicação entre o citoplasma e o núcleo. Esses poros são compostos por uma complexa estrutura proteica que funciona como uma válvula que escolhe qual substância deve entrar e qual deve sair do núcleo. A CROMATINA é um conjunto de fios formados por uma longa molécula de DNA associada a moléculas de histonas chamados de CROMOSSOMOS. A CARIOLINFA, conhecida também como nucleoplasma ou suco nuclear é uma massa incolor constituída principalmente de proteínas e água. Classificação dos cromossomos:

1. Metacêntrico: Centrômero mediano. 2. Acrocêntrico: Centrômero próximo de um dos extremos do cromossomo. 3. Telocêntrico: Centrômero estritamente terminal. O cromossomo tem um

único braço.

4. Submetacêntrico.: Apresenta-se em forma de J.

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NUCLÉOLO São corpúsculos arredondados de aspecto esponjoso, mergulhados diretamente no nucleoplasma, uma vez que não possuem membrana envolvente. O nucléolo tem por função a organização dos ribossomos. Quanto maior o seu número e tamanho, maior é a síntese proteica da célula. A porção fibrilar densa é mais central e é formada por RNAr e proteínas ribossomais. O CÓDIGO GENÉTICO Código genético – A informação contida no DNA, o código genético , está registrada na sequência de suas bases na cadeia (timina sempre ligada à adenina, e citosina sempre com guanina). A sequência indica uma outra sequência, a de aminoácidos – substâncias que constituem as proteínas. O DNA não é o fabricante direto das proteínas; para isso ele forma um tipo específico de RNA, o RNA mensageiro, no processo chamado transcrição. O código genético, na forma de unidades conhecidas como genes, está no DNA, no núcleo das células. Já a “fábrica” de proteínas fica no citoplasma celular em estruturas específicas, os ribossomos, para onde se dirige o RNA mensageiro. Na transcrição, apenas os genes relacionados à proteína que se quer produzir são copiados na forma de RNA mensageiro. Cada grupo de três bases (ACC, GAG, CGU etc.) é chamado códon e é específico para um tipo de aminoácido. Um pedaço de ácido nucléico com cerca de mil nucleotídeos de comprimento pode, portanto, ser responsável pela síntese de uma proteína composta por centenas de aminoácidos. Nos ribossomos, o RNA mensageiro é por sua vez lido por moléculas de RNA de transferência, responsável pelo transporte dos aminoácidos até o local onde será montada a cadeia proteica. Essa produção de proteínas com base em um código é a base da Engenharia genética.

1 gene 1 proteína = Teoria recusada! Há modificações pós traducionais!

A DUPLICAÇÃO DO DNA

Acontece durante a fase S da interfase.

A replicação (duplicação) é semiconservativa. As fitas do DNA se abrem e servem como molde para a síntese se novas fitas de DNA, formando novamente uma dupla hélice idêntica a original. Esse tipo de replicação

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é do tipo semiconservativa, pois cada dupla hélice filha contém um filamento antigo e outro recém-sintetizado.

No processo de duplicação do DNA as ligações de hidrogênio entre as bases se rompem e as duas cadeias começam a se separar, formando a FORQUILHA DE REPLICAÇÃO. A enzima responsável pela formação dessa forquilha é uma HELICASE.

A enzima DNA POLIMERASE adiciona nucleotídeos à nova fita sempre no sentido 3’--> 5’.

À medida que o DNA se desenrola, ele tende a se tornar superelicoidizado. A dupla hélice retorna a seu estado relaxado pela ação da enzima topoisomerase.

TRANSCRIÇÃO

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Uma diferença importante em relação à duplicação é que apenas uma fita de DNA funciona como molde. Eventos: →É necessária a presença da enzima: RNA polimerase; →As pontes de hidrogênio se desfazem e as duas fitas de DNA se afastam; →Encaixam-se os nucleotídeos livres de RNA apenas numa das fitas de DNA, chamada fita ativa; →A molécula de RNA (fita única) se destaca de seu molde de DNA e migra para o citoplasma; →As duas fitas de DNA tornam a se parear, reconstituindo a molécula original; SÍNTESE DE PROTEÍNAS E O CÓDIGO GENÉTIGO DIVISÃO CELULAR

A divisão das células é um processo importantíssimo, relacionado com o crescimento do organismo, reparo de lesões e manutenção da estrutura do indivíduo, além de ser fundamental na reprodução e perpetuação da espécie.

MITOSE Conceito É o processo pelo qual é construído uma cópia exata de cada cromossomo, a informação genética é replicada e distribuída equitativamente aos 2 produtos finais. As características básicas da mitose são: a) Distribuição equitativa e conservativa do número de cromossomos. b) Distribuição equitativa e conservativa da informação genética. Descrição das Fases A - Intérfase A intérfase (ou interfase) é o período do ciclo celular em que a célula aumenta o seu volume, tamanho e número de organelas. É erroneamente

As moléculas de DNA transcrevem as suas sequências de nucleotídeos em

moléculas de RNA (transcrição). A partir das informações recebidas pelo

RNAm os ribossomos produzem proteínas (tradução), unindo os aminoácidos

por ligações peptídicas. A cada 3 nucleotídeos percorridos (códon) na

molécula de RNAm , há a incorporação de um aminoácido na proteína pelo

RNAt que contém o anticódon correspondente ao aminoácido.

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considerado como o "descanso" da célula, já que é a fase em que a célula cumpre suas atividades vitais e reúne condições para se dividir e originar células-filhas. A intérfase é dividida em três etapas:

G1 - Síntese proteica É o primeiro período, começando ao final

da divisão celular anterior e se estendendo até o início da duplicação do DNA. Nesse período ocorre o crescimento da célula.

Esse período caracteriza-se por uma intensa síntese de RNA e de proteínas, com grande aumento do citoplasma das células-filhas recém-formadas.

S - Duplicação do DNA Responsável por desencadear a divisão

celular, além de garantir que as células-filhas recebam as informações genéticas que determinam suas características.

Ocorre também a duplicação dos centríolos e do centrossomo nesse período.

Não ocorre a duplicação dos cromossomos. G2 - Duplicação dos centríolos

Ocorre a duplicação de centríolos, além de iniciar a produção das fibras de proteínas, que juntos irão formar um aparelho com importante participação durante a divisão celular, denominado fuso mitótico, ou fuso cariocinético. A célula completa o crescimento e está preparada para a mitose.

Ocorre síntese proteica das proteínas que constituem os microtúbulos.

B-Prófase

Na prófase os cromossomos tornam-se mais espiralados, encurtando-se, aumentando o diâmetro e individualizando-se. Em preparações fixadas e coradas o cromossomo parece ser sólido e oval ou assemelha-se a um bastão. As cromátides já podem ser observadas no final da prófase. Elas mantêm-se unidas pelo centrômero, o qual se liga às fibras do fuso cromático. A membrana nuclear desaparece e os centríolos migram para os polos.

C-Metáfase

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Há formação da placa equatorial, ou seja os cromossomos se dispõe na posição mediana da célula, possibilitando a distribuição equitativa da informação genética. Os cromossomos estão bem individualizados e fortemente condensados. Essa fase é adequada para se fazer contagem de cromossomos e verificação de alterações estruturais grosseiras. As linhas do fuso surgem em forma de linhas centrais (ou contínuas) ou de linhas cromossomais. D-Anáfase

Ocorre a separação das cromátides que se dá inicialmente pelo centrômero e posteriormente ao longo de todo cromossomo. Cada unidade tem seu próprio centrômero. Esta é a fase mais adequada para visualizar a posição do centrômero. E-Telófase A membrana nuclear é reconstituída em torno de cada núcleo-filho e os nucléolos reaparecem. A citocinese ocorre.

MEIOSE

Conceito A meiose é o processo que se verifica tanto nos órgãos sexuais masculinos quanto femininos. Através da meiose os gametas ficam com o número de cromossomos reduzidos à metade, ao estado denominado haploide. Quando o gameta de origem materna se une ao gameta de origem paterna o número de cromossomos característico da espécie é restabelecido. A meiose é um processo divisional, que, a partir de uma célula inicial com 2n cromossomos, leva à formação de células filhas com metade desse número. Também é definida como o processo que envolve duas divisões sucessivas do núcleo, acompanhada de uma só redução no número de cromossomos.

A divisão meiótica compreende 2 fases: a reducional (meiose I) e a equacional (meiose II). Descrição das Fases

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A - Intérfase

Na intérfase o núcleo apresenta-se bem individualizado pela presença da membrana nuclear. Os cromossomos começam a se diferenciar, engrossando-se e tornando-se mais visível. Ocorre a divisão longitudinal do cromossomo e replicação da informação genética, no modelo semiconservativo. B - Prófase I

A prófase I é estudada através de seus vários estágios dados a seguir. B.1 - Leptóteno (filamentos finos)

É a fase inicial da prófase da primeira divisão meiótica. Os cromossomos aparecem unifilamentares (apesar da replicação já ter ocorrido) e as cromátides são invisíveis. A invisibilidade das cromátides permanece até a subfase de paquíteno. B.2. Zigóteno

Durante o estágio de zigóteno cada cromossomo parece atrair o outro para um contato íntimo, à semelhança de um zíper. Este pareamento, denominado sinapse, é altamente específico e ocorre entre todas as seções homólogas dos cromossomos, mesmo se essas seções estão presentes em outros cromossomos não homólogos. Sabemos que para cada cromossomo contribuído por um pai, existe um que lhe e homólogo, contribuído pelo outro progenitor. São esses os cromossomos que se pareiam. B.3. Paquíteno

O paquíteno é um estágio de progressivo encurtamento e enrolamento dos cromossomos que ocorre após o pareamento no zigóteno ter sido completado. No paquíteno as duas cromátides irmãs de um cromossomo homólogo estão associados às duas cromátides irmãs de seus homólogos. Esse grupo de 4 cromátides é conhecido como bivalente ou tétrades e uma série de troca de material genético ocorre entre cromátides não irmãs de homólogos (Crossing-over). O paquíteno é também o estágio em que uma estrutura chamada de complexo sinaptonêmico pode ser observada entre os cromossomos através de microscópios eletrônicos. Ele aparece como faixas de 3 componentes longitudinais organizados em 2 camadas laterais de elementos densos e a central constituída basicamente de proteínas. O complexo permite que os

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cromossomos estejam em um contato mais íntimo e mais preciso. B.4. Diplóteno

No estágio de diplóteno cada cromossomo age como se repelisse o pareamento íntimo estabelecido entre os homólogos, especialmente próximo ao centrômero. Talvez isso ocorra devido ao desaparecimento da força de atração existente no paquíteno ou devido a uma nova força de repulsão que se manifesta. A separação é impedida em algumas regiões, em lugares onde os filamentos se cruzam. Essas regiões ou pontos de intercâmbios genéticos, são conhecidas por quiasmas. Uma tétrade pode apresentar vários quiasmas dando figuras em configuração de V, X, O ou de correntes. Em muitos organismos suas posições e número parecem ser constantes para um particular cromossomo. B.5. Diacinese

Na diacinese a espiralização e contração dos cromossomos continuam até eles se apresentarem como corpúsculos grossos e compactos. Durante a fase final desse estágio ou início da metáfase I, a membrana nuclear dissolve e os bivalentes acoplam-se, através de seus centrômeros, às fibras do fuso cromático. O nucléolo desaparece. O número de quiasma é reduzido devido a terminalização. A terminalização é um processo pelo qual, dado o encurtamento dos filamentos e a força de repulsão existente entre homólogos, os quiasmas vão sendo empurrados para alguns se escaparem por completo. C - Metáfase I

Nessa fase os bivalentes orientam-se aleatoriamente sobre a placa equatorial. Em geral os cromossomos estão mais compactos que aqueles da fase correspondente da mitose e permitem uma contagem das unidades que estão presentes na parte mediana da célula. D - Anáfase I Nessa fase inicia a movimentação das díades para polos opostos, mas não há rompimento dos centrômeros. Nesse caso há movimento de cromossomos inteiros para polos opostos e, consequentemente, essa fase reduz o número de cromossomos a metade.

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Essa fase é adequada ao estudo da posição dos centrômeros, pois as cromátides se abrem permanecendo unidas apenas pelos centrômeros e assim apresentando especiais. Nessa fase ainda ocorre algumas quebras de quiasmas que ainda restaram. E - Telófase I

Como na mitose os dois grupos formados ou aglomerados nos polos passam por uma série de transformações: A identidade das díades começa a desaparecer, os filamentos tornam-se a desespiralizar (perda de visibilidade). Os núcleos não chegam ao repouso total, pois logo após começa a se preparar para a segunda divisão meiótica. Variando de acordo com o organismo, uma divisão do citoplasma pode ou não se verificar imediatamente após a separação dos dois núcleos. F - Intercinese

Fase que vai desde o final da primeira divisão até o início da segunda divisão. Essa fase difere da intérfase por não ocorrer a replicação da informação genética, tal como ocorre na intérfase. G - Prófase II

Essa fase é muito mais simples que a prófase I, pois os cromossomos não passam por profundas modificações na intercinese. Ocorrem os seguintes fenômenos: desaparecimento da membrana nuclear; formação do fuso cromático e movimentação das díades para a placa equatorial. H - Metáfase II Os cromossomos, agora em número reduzido à metade, alinham-se na placa equatorial da célula. I- Anáfase II Os centrômeros se dividem permitindo a separação das cromátides irmãs migrarem para polos opostos. Essas cromátides poderão carregar informação genética diferente caso tenha ocorrido permuta durante a prófase I (paquíteno). J - Telófase II Os cromossomos atingindo os polos, se aglomeram e as novas células são reconstituídas. Após a citocinese forma-se um grupo de 4 células haploides

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denominadas de tétrades. Cada célula dessa meiose irá conter um grupo de cromossomos não homólogos.

COMPARAÇÕES ENTRE A MITOSE E A MEIOSE A mitose ocorre em todas as células somáticas do corpo e, por meio dela, uma célula se divide em duas, geneticamente semelhantes à célula inicial. Assim, é importante na regeneração dos tecidos e no crescimento dos organismos multicelulares. Nos unicelulares, permite a reprodução assexuada. Já a meiose, nos seres pluricelulares, só ocorre em células germinativas, com duas divisões sucessivas. A célula-mãe se divide em duas, que se dividem de novo, originando quatro células-filhas (três células-filhas no caso da oogênese) com metade dos cromossomos da célula inicial: são os gametas, geneticamente diferentes. Metabolismo celular: É o conjunto de todas as funções ou reações que ocorrem na célula. Divide-se em dois processos: a) ANABOLISMO: Fase construtiva do metabolismo, é através das reações anabólicas que a célula produz ou obtém seu próprio alimento. EX: FOTOSSÍNTESE, QUIMIOSSÍNTESE E SÍNTESE PROTÉICA OBS: As reações anabólicas são endotérmicas, ou seja, acontecem absorvendo energia. b) CATABOLISMO: Fase degradativa ou oxidativa do metabolismo, é através das reações catabólicas que a célula quebra as substâncias orgânicas obtidas pelo anabolismo para produzir ou liberar energia. EX: RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO Esquema do ATP:

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DOIS PRINCIPAIS PROCESSOS DE OBTENÇÃO DE ENERGIA NOS EUCARIOTOS FERMENTAÇÃO É A oxidação de moléculas orgânicas na ausência de oxigênio. Produz 2 ATP por molécula de glicose oxidada. Ocorre com a quebra da glicose em piruvato, que depois é transformado em algum outro produto, como o álcool etílico, ácido acético e lactato. Este tipo de obtenção de energia não necessita do oxigênio como aceptor final de elétrons, por isso é chamado de RESPIRAÇÃO ANAERÓBICA. Fermentação alcoólica Libera CO2 e etanol. Empregada industrialmente na fabricação de bebidas alcoólicas e pão Fermentação acética Libera CO2 e acetato. Utilizada na produção de vinagre. Fermentação láctica Libera ácido lático e não produz CO2. É o processo empregado na produção de queijos e coalhadas. Também acontece nas células musculares submetidas a trabalhos intensos.

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RESPIRAÇÃO AERÓBICA Balanço final:

Glicólise: 2 ATPs + 2 NADH Formação do Acetil-CoA: 2 NADH + 2 CO2 Ciclo de Krebs: 6 NADH + 2FADH + 2 ATPs + 2 CO2 Cadeia Transportadora de Elétrons:

NADH 3 ATPs FADH 2 ATPs

10 NADH 30 ATPs 2 FADH 4 ATPs 38 ATPs

GLICÓLISE→4 ATPs

Equação geral:

C6H12O6 + 6O2 6CO2 + 6H2O + 38 ATP

Ocorre em três etapas:

Glicólise: acontece no hialoplasma.

Ciclo de Krebs: processa-se na matriz mitocondrial.

Cadeia respiratória: Ocorre na crista mitocondrial.

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FOTOSSÍNTESE

Produção de matéria orgânica por parte dos seres clorofilados a partir de substâncias simples inorgânicas usando luz como fonte energética. É o processo de transformação da energia luminosa em energia química, armazenada em moléculas orgânicas. Os organismos que realizam a fotossíntese são os organismos autótrofos, enquanto os que não produzem matéria orgânica a partir de substâncias inorgânicas, e necessitam obtê-las a partir dos alimentos, são heterótrofos.

A Fotossíntese acontece nos cloroplastos, organoides citoplasmáticos onde encontra a clorofila, pigmento responsável pela captação da luz.

AS ETAPAS DA FOTOSSÍNTESE:

A FASE FOTOQUÍMICA, fase luminosa ou FASE CLARA (fase dependente da luz solar ou etapa clara ou no claro) é a primeira fase do processo fotossintético. A luz é captada, absorvida pela clorofila e armazenada em moléculas de ATP (possível reserva energética). O objetivo desta fase é criar um campo elétrico em torno das moléculas de água. Nesta mesma etapa, dá-se a fotólise da água. O hidrogênio formado (íon H+) é inserido na molécula NADH+ que servirá no próximo processo para oxirredução. Equação: 12H2O + 6NADP + 9ADP + 9P -(luz)-> 9ATP + 6NADPH2 + 3O2+ 6H2O

A FASE QUÍMICA ou "FASE ESCURA", onde se observa um ciclo descoberto pelos cientistas Melvin Calvin, Andrew Benson e James Bassham. Nessa fase chamada de ciclo de Calvin, o carbono que provém do dióxido de carbono do ar é fixado e integrado numa molécula de hidrato de carbono (carboidrato). Desta fase resulta a formação de compostos orgânicos como a glicose, necessária à atividade da planta. Equação: 6CO2 + 12NADPH2 + 18ATP -(enzimas)-> 12NADP + 18ADP + 18P + 6H2O + C6H12O6

Figura 1 Esquema de um cloroplasto

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Plantas jovens consomem mais dióxido de carbono e libertam mais oxigênio, pois o carbono é incorporado a sua estrutura física durante o crescimento.

A clorofila é responsável pela absorção de energia luminosa que será utilizada numa reação complexa na qual o dióxido de carbono reage com a água, formando-se glicose, que é armazenada e utilizada pelas plantas, libertando-se, como resíduo desta operação, moléculas de oxigênio.

É importante realçar que a fase escura não ocorre apenas à noite ou na ausência de luz, o nome refere-se ao fato desta fase não necessitar da luz para funcionar. Ela acontece logo após a fase clara numa reação em cadeia até que o substrato se esgote.

A equação geral da formação de glicose é resultado da soma das duas equações: Equação simplificada da fase fotoquímica: 12H2O + 12NADP + 18ADP + 18P -(luz)-> 18ATP + 12NADPH2 + 6O2 Equação simplificada da fase química: 6CO2 + 12NADPH2 + 18ATP -(enzimas)-> 12NADP + 18ADP + 18P + 6H2O + C6H12O6 Somando-as e simplificando, obtém-se a equação geral da fotossíntese: 12H2O + 6CO2 → 6O2 +C6H12O6 + 6H2O

Os produtos da etapa clara são gastos durante a etapa escura.

A etapa escura está na dependência da etapa clara e ela está na dependência da luz.

A Fotossíntese só ocorre durante o dia .

Durante a etapa clara acontecem dois eventos: a

fotofosforilação e a fotólise da água .

ATP e NADPH2 resultantes da fase Clara ajudam na redução do CO2 a glicose na fase escura.

O Ciclo de reações que transformam o CO2 em C6H12O6 é

Denominado Ciclo de Calvin ou Ciclo das Pentoses. POR QUE A PLANTA É VERDE? A clorofila reflete mais intensamente a radiação verde do espectro visível e absorve melhor a radiação azul e vermelha.

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Ponto de Compensação Luminoso

É chamado ponto de compensação luminoso o instante em que as velocidades de fotossíntese e respiração são exatamente as mesmas. Neste instante toda a glicose produzida na fotossíntese é "quebrada" na respiração, e todo dióxido de carbono(CO2) gasto na fotossíntese é produzido na respiração. As trocas gasosas globais entre a planta e o ambiente são equivalentes.

Comportamento da fotossíntese e respiração ao longo do dia. I.Noite: Ausência de luz a planta respira e consome as reservas de amido. II. Início do dia Pouca luz fotossíntese pouco intensa ainda há consumo de reservas. III. Ponto de Compensação a luminosidade faz a fotossíntese o mesmo ritmo da respiração. IV. Maior parte do dia a fotossíntese torna-se mais intensa que a respiração e planta armazena amido e cresce. Note que a respiração não depende da luz para ocorrer. A planta só cresce se iluminada acima do ponto de compensação luminoso. Histologia Tecido Realizam a função geral de revestir. É um conjunto de células que apresentam a mesma função geral e a mesma origem embrionária. Diríamos a mesma função geral, pois um tecido apresenta uma ou mais funções gerais. Por exemplo: os epitélios de forma geral apresentam como função principal revestir as superfícies corpóreas, assim sua função geral é revestir uma superfície. No epitélio, como, por exemplo, o da traqueia, tem-se a células ciliadas e as células caliciformes. Ambas apresentam formas e funções diferentes, mas as duas têm função de revestimento. Os tecidos fundamentais nos animais são estes: Epitelial, Muscular, Nervoso, Sanguíneo e Conjuntivo. Nos invertebrados estes tipos de tecido são basicamente os mesmos, porem com organizações mais simples. A maioria dos tecidos além de serem compostos de células apresenta entre elas substâncias intracelulares (intersticiais).

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TECIDO EPITELIAL Compõe-se quase exclusivamente de células, apresenta POUCA SUBSTÂNCIA INTERSTICIAL a cimentar as células (do grego, epithelein construir sobre um, supor). Do ponto de vista fisiológico, o tecido epitelial tem por função revestir superfícies. Na função especifica, existem três tipos de tecido, mas para nós só interessa dois: Tecido epitelial de revestimento; Tecido epitelial glandular.

O tecido epitelial não é vascularizado e sua nutrição se dá por intermédio da LÂMINA BASAL que separa e prende o epitélio ao tecido conjuntivo adjacente, permitindo a passagem de diversas moléculas. A lâmina basal é formada principalmente por colágeno tipo IV – glicoproteína denominada laminina. Quando a Lâmina basal estiver aderida a fibras reticulares teremos a Membrana Basal. TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO

A superfície externa do corpo e as cavidades corporais internas dos animais são revestidas por este tecido. Sua principal característica é ser formado por CÉLULAS JUSTAPOSTAS, a fim de evitar penetração de microrganismos, e espesso (com muitas camadas de células) a fim de evitar a perda excessiva de água, e impermeabilizado por queratina. Nos epitélios nunca se encontram vasos sanguíneos. Quanto ao número de camadas celulares os tecido epitelial de revestimento são classificados em:

SIMPLES OU UNIESTRATIFICADOS (única camada de células)

ESTRATIFICADO, COMPOSTO OU MULTIESTRATIFICADA (formado por várias camadas de células);

PSEUDO-ESTRATIFICADO (uma só camada de células com alturas diferentes). Os epitélios ainda podem ser classificados quanto à forma de suas

células as quais variam alguns casos as células são:

CÚBICAS (epitélios cúbicos ocorrendo no ovário);

ACHATADOS como de um pavimento (Endotélio; pleura (pulmão), pericárdio (coração), peritônio (estômago),

PRISMÁTICAS (epitélio de revestimento interno da bexiga).

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TECIDO EPITELIAL GLANDULAR OU SECRETOR

É o segundo tipo de tecido, além de ter função de revestimento forma glândulas, produzem e eliminam substâncias necessárias nas superfícies do tecido. Estas glândulas podem ser EXÓCRINAS, que tem origem através de um canal ou ducto e lança o produto de secreção na superfície, ou seja, eliminam suas secreções para fora do corpo ou para a cavidade dos órgãos (sudoríparas, mamárias, sebáceas, lacrimais; salivares e o pâncreas. As glândulas também podem ser ENDÓCRINAS, que eliminam a secreção diretamente nos vasos sanguíneos. Exemplos são a tireoide , que produz e libera no sangue o hormônio tiroxina, e a hipófise, que libera, entre outros, o hormônio de crescimento (somatotrofina).

As glândulas se formam ainda no estágio embrionário, a partir de superfícies epiteliais. Glândulas exócrinas e endócrinas formam-se de maneira parecida: células da superfície epitelial multiplicam-se e aprofundam-se nos tecidos mais internos, formando um cordão celular.

Existem ainda glândulas que possuem ao mesmo tempo uma parte

exócrina, tais como mistas ou mesócrinas ou anfícrinas, possuem funções exócrinas e endócrinas ao mesmo tempo , como é o caso do pâncreas. As unidades glandulares chamadas ácinos pancreáticos que liberam no intestino o suco pancreático (função exócrina), enquanto outras unidades secretoras, as ilhotas de Langerhans, secretam os hormônios insulina e glucagon na corrente sanguínea (função endócrina). TECIDO CONJUNTIVO

Esse tecido forma o arcabouço que sustenta as partes moles do corpo, apoiando e ligando os outros tipos de tecido. Caracterizam-se pela grande quantidade de material intracelular e pelo distanciamento das suas células e fibras. Possuem também GRANDE QUANTIDADE DE MATRIZ EXTRACELULAR.

Têm como principal função o preenchimento de espaços e ligação de outros tecidos e órgãos. O material intracelular é abundante e as células se

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mantêm bem afastadas umas da outras que compreende uma matriz onde se encontram fibras colágenas, reticulares e elásticas.

A matriz é uma massa amorfa, de aspecto gelatinoso e transparente. É constituída principalmente por água e glicoproteínas. São encontradas abaixo do epitélio e tem a FUNÇÃO DE SUSTENTAR E NUTRIR TECIDOS NÃO VASCULARIZADOS As células conjuntivas são de diversos tipos. As principais são: Fibroblastos: com função de produzir material intracelular; Macrófagos: com função de defesa do organismo; Plasmócitos: com função de fabricação de anticorpos; Adipócitos: com função a reserva de gordura; Mastócitos: com função elaborar a histamina, substância que envolve reações alérgicas, inflamatórias e a heparina. O Tecido conjuntivo pode ser dividido em: Propriamente dito Frouxo Denso

Adiposo Com propriedades especiais Elástico

Hematopoiético Cartilaginoso Ósseo

Tecido Conjuntivo Frouxo tem seus componentes igualmente distribuídos: células, fibras e material intracelular. Ele preenche os espaços entre feixes musculares e serve de apoio aos tecidos epiteliais, encontrando-se na pele, nas mucosas e nas glândulas. É praticamente todos os órgãos do corpo, ele, por exemplo, forma a derme, a camada mais interna da pele, e o tecido subcutâneo, ainda mais interno que a derme.

Tecido Conjuntivo Denso é rico em fibras colagens que orientadas na mesma direção fazem com que esse tecido seja pouco flexível, muito resistente ao estiramento, formam tendões e aponeuroses que unem os músculos aos ossos.

Tecido conjuntivo adiposo

O tecido adiposo é um tipo de tecido conjuntivo especializado no armazenamento de gordura no interior de células diferenciadas denominadas de adipócitos, servindo como: - Reserva energética durante os períodos prolongados de dieta, na falta de

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alimentos e após a consumação do glicogênio estocado no fígado e músculos; - Auxílio na regulação térmica, atuando como proteção contra o frio, devido a sua localização sob a pele; - Envolvendo órgãos, como por exemplo, o coração, proporcionando acomodação ao movimento de sístole e diástole, além de protegê-lo contra traumas mecânicos. Pode ser subdividido em dois tipos: Tecido adiposo Unilocular - com células, apresentam forma de esfera, tendo em seu interior uma grande quantidade de lipídios, em uma "gota", tanto que o núcleo achatado e o citoplasma são deslocados do centro. A quantidade de substâncias fundamentais é menor que em outros tecidos. pode ser chamado de Tecido adiposo amarelo e tem como função reserva energética e proteção contra o frio.

Tecido Adiposo Multilocular – com células menores que as do unilocular, pois ao invés de uma grande "gota" de gordura, é constituída por diversas gotículas (vacúolos) que se espalham por todo o citoplasma. É altamente vascularizado e possui muitas mitocôndrias por este motivo pode ser chamado de Tecido adiposo pardo. Está presente em animais que hibernam e em recém- nascidos (porção dorsal e tronco). Tem como função principal a produção de calor.

TECIDO HEMAPOIÉTICO OU SANGÜÍNEO

Tem este nome hemapoiético (hematos, sangue; poiese, formação), sua função é produção de células do sangue. Localizado principalmente na medula dos ossos, recebendo nome de tecido mieloide (mielos, medula). Nesse tecido encontram-se células sanguíneas sendo produzidas, em diversos estágios de maturação. O plasma contém inúmeras substâncias dissolvidas: aproximadamente 90% de água e 10% sais (Na,Cl,Ca,etc.), glicose, aminoácidos, colesterol, ureia, hormônios, anticorpos etc.

As HEMÁCIAS apresentam, dissolvido no seu citoplasma, importante para o transporte do oxigênio. As hemácias dos mamíferos têm a forma disco bicôncavo e não apresentam núcleo nem organelas, e os demais vertebrados têm hemácias esféricas ou elipsoides, nucleadas e com organelas, e sua forma facilita a penetração e saída de oxigênio, o que é importante para a função dessas células, que é transportar oxigênio.

As PLAQUETAS (ou trombócitos), são pequenos corpúsculos que resultam da fragmentação de células especiais produzidas pela medula óssea. Elas detêm as hemorragias, pois desencadeiam o processo de coagulação do sangue que é o fenômeno da maior importância para os animais vertebrado: quando há um ferimento, externo ou interno, forma-se um coágulo, que age como um tampão para deter a hemorragia. Apesar de aparentemente simples,

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sabe-se atualmente que a coagulação é controlada por inúmeros fatores, incluindo-se aí fatores genéticos.

Os LEUCÓCITOS são células incolores nucleadas e com os demais organoides celulares, tendo quase o dobro do tamanho das hemácias. Encarregados da defesa do organismo, eles produzem anticorpos e fagocitam microorganismos invasores e partículas estranhas. Apresentam a capacidade de passar pelas paredes dos vasos sanguíneos para o tecido conjuntivo, sem rompê-los, fenômeno este denominado diapedese. Distribuem-se em dois grupos: granulócitos e agranulócitos, conforme tenham ou não, granulações específicas no citoplasma

Os leucócitos granulócitos são:

Neutrófilos: realizam a diapedese e fazem a defesa através da fagocitose.

Eosinófilos: também realizam diapedese e fagocitose.

Basófilos: Encerram metade da histamia existe no sangue circulante e possuem também heparina. Estão relacionados com reações alérgicas.

Os leucócitos agranulados são:

Linfócitos: apresentam núcleo arredondado e citoplasma escasso. Os linfócitos B passam para o Tecido conjuntivo e se transformam em plasmócitos que produzem anticorpos. Os linfócitos T produzidos no timo, também estão relacionados com a defesa imunitário. Monócitos: são as maiores células do sangue circulante normal. Os monócitos têm capacidade de emitir e retrair pseudópodos; são portanto, móveis e tendem a abandonar a corrente sanguínea e ingressar nos tecidos onde fagocitam e são denominados macrófagos.

Elementos do sangue

O plasma sanguíneo corresponde à porção solúvel do sangue, apresentando água (ocupando 92% do volume) e considerável concentração de substâncias proteicas (com aproximadamente 7% do volume), entre as quais são classificadas as seguintes:

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Fibrinogênio → elementos que atuam no mecanismo de coagulação.

Globulinas → frações que correspondem: aos anticorpos, agindo na defesa do organismo contra as infecções;

Lipoproteínas que transportam lipídios, como o colesterol (LDL – colesterol ruim), evitando a formação de depósitos de ateroma na parede das artérias. Albuminas → proteína que auxilia a regulação do controle osmorregulador do sangue e manutenção da pressão sanguínea, além de proporcionar a difusão de agentes hormonais e ácidos graxos, sendo a mais abundante na composição do plasma. O plasma também possibilita um importante meio para o transporte de elementos figurados, como: as hemácias, os leucócitos e as plaquetas.

TECIDO CARTILAGINOSO

O tecido cartilaginoso tem consistência bem mais rígida que os tecidos conjuntivos. Ele forma as cartilagens dos esqueléticos dos vertebrados, como, por exemplo, as orelhas a extremidade do nariz, a laringe, a traqueia, os brônquios e as extremidades ósseas.

As células são os CONDRÓCITOS, que ficam mergulhados numa matriz densa e não se comunicam. A matriz pode apresentar fibras colágenas e elásticas, em diferentes proporções, que lhe conferem maior rigidez ou maior elasticidade. A cartilagem pode ser hialina quando tem somente fibras colágenas; elástica, quando também fibras elásticas; e fibrosa, quando tem ambos os tipos de fibra, com predomínio das colágenas.

Envolvendo o tecido cartilaginoso tem-se o pericôndrio que é uma camada de tecido conjuntivo com função de nutrir, oxigenar e eliminar os metabólitos da cartilagem.

TECIDO ÓSSEO

O tecido é o tecido se sustentação que apresenta maior rigidez forma os ossos dos esqueletos dos vertebrados. É constituído pelas células ósseas (os osteócitos) e por uma matriz compacta e resistente. Os osteócitos são dispostos ao redor de canais formam os sistemas de Havers, dispõe-se em círculos concêntricos ao redor de um canal, por onde passam vasos sanguíneos e nervos. As células se acham alojados em cavidades na matriz e se comunicam umas com as outras por meio de prolongamentos finos.

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A matriz é constituída por grande quantidade de fibras colágenas, dispostas em feixes, entre os quais se depositam cristais, principalmente de fosfato de cálcio. A grande resistência do tecido ósseo resulta dessa associação de fibras colágenas com o fosfato de cálcio.

O tecido ósseo é revestido por uma membrana conjuntiva, o periósteo.

TECIDO MUSCULAR

O tecido muscular é constituído por células alongadas, em forma de fibras, que se dispõe agrupadas, em forma de fibras, que se dispõe agrupadas em feixes. Essas células são capazes de se contrair e conferem ao tecido muscular a capacidade de movimentar o corpo.

Classificação dos tecidos musculares: Há três tipos de tecidos musculares: tecido muscular liso, tecido muscular estriado esquelético e tecido estriado cardíaco, cada um com suas particularidades.

- Musculatura lisa (necessariamente com contração involuntária, independente da vontade do indivíduo): formada por células mononucleadas com estrias longitudinais. É presente nos órgãos viscerais internos (esôfago, intestino, vasos sanguíneos e útero), responsável pelo peristaltismo.

- Musculatura estriada esquelética (contração voluntária, dependente da vontade do indivíduo): formada por células multinucleadas com estrias longitudinais e transversais. Forma os músculos, órgãos ligados à estrutura óssea, permitindo a movimentação do corpo. - Musculatura estriada cardíaca (contração involuntária): constitui as células binucleadas do miocárdio (musculatura do coração), unidas por discos intercalares que aumentam a adesão entre as células. Fator importante para uma contração rítmica e vigorosa, mantendo a circulação do sangue no corpo.

Um aspecto interessante com relação às fibras musculares estriadas, ocorre em ocasião ao estado parcial de contratibilidade passiva, da ordem de milionésimos de segundos alternado entre as fibras musculares. Processo que estabelece uma situação contínua para o tônus muscular (diferente de definição muscular), auxiliando na estabilidade e postura corporal.

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O PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR Os músculos esqueléticos estão revestidos por uma lâmina delgada de

tecido conjuntivo, o perimísio, que manda septos para o interior do músculo, septos dos quais se derivam divisões sempre mais delgadas. O músculo fica assim dividido em feixes (primários, secundários, terciários). O revestimento dos feixes menores (primários), chamado endomísio, manda para o interior do músculo membranas delgadíssimas que envolvem cada uma das fibras musculares. A fibra muscular é uma célula cilíndrica ou prismática, longa com aspecto de filamento fusiforme. No seu interior notam-se muitos núcleos, de modo que se tem a ideia de ser a fibra constituída por várias células que perderam os seus limites, fundindo-se umas com as outras. Dessa forma, podemos dizer que um músculo esquelético é um pacote formado por longas fibras, que percorrem o músculo de ponta a ponta.

No citoplasma da fibra muscular esquelética há muitas miofibrilas contráteis, constituídas por filamentos compostos por dois tipos principais de proteínas – a actina e a miosina. Filamentos de actina e miosina dispostos regularmente originam um padrão bem definido de estrias (faixas) transversais alternadas, claras e escuras. Essa estrutura existe somente nas fibras que constituem os músculos esqueléticos, os quais são por isso chamados músculos estriados.

Em torno do conjunto de miofibrilas de uma fibra muscular esquelética situa-se o retículo sarcoplasmático (retículo endoplasmático liso), especializado no armazenamento de íons cálcio.

As miofibrilas são constituídas por unidades que se repetem ao longo de seu comprimento, denominadas sarcômeros. A distribuição dos filamentos de actina e miosina varia ao longo do sarcômero. As faixas mais extremas e mais claras do sarcômero, chamadas banda I, contêm apenas filamentos de actina. Dentro da banda I existe uma linha que se cora mais intensamente, denominada linha Z, que corresponde a várias uniões entre dois filamentos de actina. A faixa central, mais escura, é chamada banda A, cujas extremidades são formadas por filamentos de actina e miosina sobrepostos. Dentro da banda A existe uma região mediana mais clara – a banda H – que contém apenas miosina. Um sarcômero compreende o segmento entre duas linhas Z consecutivas e é a unidade contrátil da fibra muscular, pois é a menor porção da fibra muscular com capacidade de contração e distensão.

Contração: ocorre pelo deslizamento dos filamentos de actina sobre os de miosina c sarcômero diminui devido à aproximação das duas linhas Z, e a zona H chega a desaparecer.

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A química da contração muscular O estímulo para a contração muscular é geralmente um impulso

nervoso, que chega à fibra muscular através de um nervo. O impulso nervoso propaga-se pela membrana das fibras musculares (sarcolema) e atinge o retículo sarcoplasmático, fazendo com que o cálcio ali armazenado seja liberado no hialoplasma. Ao entrar em contato com as miofibrilas, o cálcio desbloqueia os sítios de ligação da actina e permite que esta se ligue à miosina, iniciando a contração muscular. Assim que cessa o estímulo, o cálcio é imediatamente rebombeado para o interior do retículo sarcoplasmático, o que faz cessar a contração.

A energia para a contração muscular é suprida por moléculas de ATP produzidas durante a respiração celular. O ATP atua tanto na ligação da miosina à actina quanto em sua separação, que ocorre durante o relaxamento muscular. Quando falta ATP, a miosina mantém-se unida à

actina, causando enrijecimento muscular. É o que acontece após a morte, produzindo-se o estado de rigidez cadavérica (rigor mortis).

A quantidade de ATP presente na célula muscular é suficiente para suprir apenas alguns segundos de atividade muscular intensa. A principal reserva de energia nas células musculares é uma substância denominada fosfato de creatina (fosfocreatina ou creatina-fosfato). Dessa forma, podemos resumir que a energia é inicialmente fornecida pela respiração celular é armazenada como fosfocreatina (principalmente) e na forma de ATP. Quando a fibra muscular necessita de energia para manter a contração, grupos fosfatos ricos em energia são transferidos da fosfocreatina para o ADP, que se transforma em ATP. Quando o trabalho muscular é intenso, as células musculares repõem

Figura 2 Esquema de sarcômero de fibra muscular

relaxado.

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seus estoques de ATP e de fosfocreatina pela intensificação da respiração celular. Para isso utilizam o glicogênio armazenado no citoplasma das fibras musculares como combustível.

Uma teoria simplificada admite que, ao receber um estímulo nervoso, a

fibra muscular mostra, em sequência, os seguintes eventos: 1. O retículo sarcoplasmático e o sistema T liberam íons Ca++ e Mg++ para o citoplasma. 2. Em presença desses dois íons, a miosina adquire uma propriedade ATP ásica, isto é, desdobra o ATP, liberando a energia de um radical fosfato: 3. A energia liberada provoca o deslizamento da actina entre os filamentos de miosina, caracterizando o encurtamento das miofibrilas.

TECIDO NERVOSO

O Tecido nervoso é sensível a vários tipos de estímulos que se originam de fora ou do interior do organismo. Ao ser estimulado, esse tecido torna-se capaz de conduzir os impulsos nervosos de maneira rápida e, às vezes, por distâncias relativamente grandes. Trata-se de um dos tecidos mais especializados do organismo animal.

O Sistema Nervoso é anatomicamente dividido em Sistema Nervoso Central (SNC), formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e Sistema Nervoso Periférico (SNP), formado pelos nervos e gânglios nervosos. Tais tecidos são compostos por neurônios e gliócitos (ou células gliais).

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Neurônios

Estrutura de um neurônio

Os neurônios são células

responsáveis pelos impulsos nervosos, são altamente especializadas, dotadas de um corpo celular e numerosos prolongamentos citoplasmáticos, denominados neurofibras ou fibras nervosas.

O corpo celular do neurônio contém um núcleo grande e arredondado. As mitocôndrias são numerosas e o ergastoplasma é bem desenvolvido. Os prolongamentos do neurônio podem ser de dois tipos: *dendritos (do grego déndron: árvore), ramificações que têm a função de captar estímulos, * axônio (do grego áxon: eixo), o maior prolongamento da célula nervosa (varia de frações de milímetro até cerca de 1 metro), transmite os impulsos nervosos.

Gliócitos Os gliócitos possuem a função de envolver e nutrir os neurônios, mantendo-os unidos. Os principais tipos de células desta natureza não os astrócitos, oligodendrócitos, micróglias e células de Swann. Os prolongamentos de algumas destas células enrolam-se nos axônios e formam, ao redor deles, a bainha de mielina, que atua como isolante elétrico e contribui para o aumento da velocidade de propagação do impulso nervoso ao longo do axônio.

A bainha de mielina, porém, não é contínua. Entre uma célula de Schwann e outra existe uma região de descontinuidade da bainha, o que acarreta a existência de uma constrição (estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier.

Existem axônios em que as células de Schwann não formam a bainha de mielina. Por isso, há duas variedades de axônios: os mielínicos e os amielínicos. Em uma fibra mielinizada, temos três bainhas envolvendo o axônio: bainha de mielina (de natureza lipídica), bainha de Schwann e o endoneuro. Nervos As fibras nervosas organizam-se em feixes. Cada feixe, por sua vez, é envolvido por uma bainha conjuntiva denominada perineuro. Vários feixes agrupados paralelamente formam um nervo. O nervo também é envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo chamada epineuro.

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Os nervos não contêm os corpos celulares dos neurônios; esses corpos celulares localizam-se no sistema nervoso central ou nos gânglios nervosos, que podem ser observados próximos à medula espinhal.

Quando partem do encéfalo, são chamados de cranianos; quando partem da medula espinhal, denominam raquidianos.

Os nervos permitem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos receptores (sensoriais) ou, ainda, com os órgãos efetores (músculos e glândulas). De acordo com o sentido da transmissão do impulso nervoso, os nervos podem ser:

- sensitivos ou aferentes: quando transmitem os impulsos nervosos dos órgãos receptores até o sistema nervoso central;

- motores ou eferentes: quando transmitem os impulsos nervosos do sistema nervoso central para os órgãos efetores;

- mistos: quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. São os mais comuns no organismo.

Sinapses

As sinapses são regiões de conexão química estabelecidas entre um neurônio e outro; entre um neurônio e uma fibra muscular ou entre um neurônio e uma célula glandular. Logo, as sinapses podem ser interneurais (entre um neurônio e outro), neuromusculares (entre um neurônio e uma fibra muscular) ou neuroglandulares (entre um neurônio e uma célula glandular).

Um neurônio não se comunica fisicamente com outro neurônio nem com a fibra muscular, tampouco com a célula glandular. Existe entre eles um microespaço, denominado espaço sináptico, no qual um neurônio transmite o impulso nervoso para outro através da ação de mediadores químicos ou neurormônios.

Atuação dos neurormônios

Os neurormônios estão contidos em microvesículas

presentes nas extremidades do axônio. Quando o impulso nervoso chega até essas extremidades, as microvesículas liberam o mediador químico para o espaço sináptico. O neurormônio, então, combina-se com receptores moleculares presentes no neurônio que deverá ser estimulado (ou na fibra muscular ou na célula glandular). Dessa combinação resulta a mudança na permeabilidade da membrana da célula receptora, fato que desencadeia uma entrada de íons no interior da célula e a consequente inversão da polaridade da membrana. Surge, então, um potencial de ação que gera, na célula receptora, um impulso nervoso.

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Botânica OSMOSE EM CÉLULA VEGETAL As células vegetais apresentam dois tipos de membranas: ● Membrana celulósica (parede celular), composta por celulose (polissacarídeo), permeável e de grande resistência mecânica. Aparece externamente à membrana plasmática oferecendo proteção à célula (como se fosse uma armadura). ● Membrana plasmática (membrana celular): composição lipoprotéica, elástica e semipermeável. É responsável pela seletividade das substâncias que poderão entrar ou sair da célula. O grande vacúolo da célula vegetal adulta ocupa a maior parte do volume citoplasmático e sua concentração é o fator primordial para regular as trocas osmóticas entre a célula (membrana plasmática semipermeável) e o ambiente que a cerca. As células, que apresentem volume crescente de água, terão a membrana plasmática pressionando a parede de celulose, rígida, a qual vai oferecendo resistência crescente à entrada de água no citoplasma. Há uma equação que descreve essas trocas osmóticas: Sc = Si - M Sc = Sucção celular Si = Sucção interna (Será tanto maior quanto maior for a concentração osmótica do vacúolo e do citoplasma da célula). M = resistência da membrana celulósica Outra forma de expressar as mesmas grandezas: D.P.D. = P.O. - P.T. D.P.D. = Déficit de pressão de difusão P.O. = Pressão osmótica P.T. = Pressão de turgo Assim podem ocorrer as situações:

a) Quando a célula está em meio isotônico, a parede celular não oferece resistência à entrada de água, pois não está sendo distendida (PT = zero). Mas, como as concentrações de partículas dentro e fora da célula são iguais, a diferença de pressão de difusão é nula.

A célula está flácida. A força de entrada (PO) de água é igual à força de saída (PT) de água da célula. Com o DPD = PO – PT DPD = zero

b) Quando o meio é hipotônico, há diferença de

pressão osmótica entre os meios intra e extracelular. À medida que a célula absorve água, distende a membrana celulósica, que passa a oferecer resistência à entrada de água. Ao mesmo tempo, a entrada de água na célula dilui o suco vacuolar, cuja pressão osmótica diminui. Em certo instante, a

Sc = Si - M

D.P.D. = P.O. - P.T.

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pressão de turgescência (PT) se iguala à pressão osmótica (PO), tornando a entrada e a saída de água proporcionais.

PO = PT, portanto DPD = PO – PT DPD =zero A célula está túrgida.

c) Quando a célula está em meio hipertônico, perde água e seu

citoplasma se retrai, deslocando a membrana plasmática da parede celular. Como não há deformação da parede celular, ela não exerce pressão de turgescência (PT = zero). Nesse caso:

DPD = PO Diz-se que a célula está plasmolisada. Se a célula plasmolisada for

colocada em meio hipotônico, absorve água e retorna à situação inicial. O fenômeno inverso à plasmólise chama-se deplasmólise ou desplasmólise.

Quando a célula fica exposta ao ar, perde água por evaporação e se retrai.

Nesse caso, o retraimento é acompanhado pela parede celular. Retraída, a membrana celulósica não oferece resistência à entrada de água. Pelo contrário, auxilia-a. A célula está dessecada ou murcha.

Como a parede celular está retraída, exerce uma pressão no sentido de voltar à situação inicial e acaba favorecendo a entrada de água na célula vegetal . Assim, temos uma situação contrária da célula túrgida e o valor de (PT) ou (M) é negativo.

A expressão das relações hídricas da célula vegetal ficará assim: DPT = PO – (–PT) DPT = PO + PT

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Um questionamento frequente dos estudantes é sobre a energia envolvida no processo de osmose. A pressão desenvolvida nos sistemas osmóticos resulta diretamente da pressão de difusão da água, que em última análise é gerada pela energia cinética inerente às partículas em solução. Ou seja, a própria energia térmica de agitação das partículas é a responsável pelo trabalho realizado em sistemas osmóticos. CICLOS REPRODUVITOS Generalidades: Os ciclos de vida ou reprodutivos são classificados baseando-se no momento da ocorrência da MEIOSE ou DIVISAO REDUCIONAL. A meiose é o processo em que a partir de uma célula diploide (2N) obtêm-se quatro células haploides (N). Nos ciclos reprodutivos a meiose pode ser classificada em: - Meiose inicial ou zigótica. - Meiose final ou gamética. - Meiose intermediária ou espórica. Ciclo haplobionte: No ciclo haplobionte, há apenas uma geração adulta que é haploide. A meiose é executada pelo zigoto e é chamada de zigótica ou inicial. Esse tipo de ciclo é executado por muitas espécies de algas.

Ciclo diplobionte: No ciclo diplobionte, a única geração adulta é diploide. A meiose serva para a produção de gametas e é conhecida como meiose gamética ou final. Esse tipo de ciclo é executado por algumas espécies de algas e por todos os animais.

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Ciclo haplobiplobionte: No ciclo haplodiplobionte ocorre uma alternância de dois tipos de organismos adultos: um haploide e outro diploide. O organismo haploide, conhecido como gametófito, reproduz-se produzindo gametas por mitose. O organismo diploide chamado de esporófito, reproduz-se produzindo esporos por meiose. A fusão dos gametas origina um zigoto diploide. Multiplicando suas células, o zigoto cresce e se transforma em esporófito. O esporófito maduro elabora esporos por meiose. A meiose que serve para a confecção de esporos é espórica ou intermediaria.

BRIOFITAS Possivelmente, as briófitas são as plantas mais antigas e que marcam a passagem evolutiva dos vegetais do ambiente aquático para o terrestre. Compondo este grupo de vegetais estão as hepáticas, os antóceros e os musgos. As briófitas são plantas pequenas, apresentando indivíduos com altura variando entre 2,0 e 20,0 centímetros. A maioria das briófitas é terrestre,

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encontradas preferencialmente em ambientes úmidos, mas existem espécies aquáticas. Nas briófitas, as raízes, caules e folhas, devido à ausência de vasos condutores, não são consideradas estruturas verdadeiras, sendo, por isso, denominadas, respectivamente, de rizoides, cauloides e filoides. A reprodução de um musgo Os cauloides e filoides, juntos, formam a estrutura aérea da planta denominada gametófito, responsável pela produção de anterídios (órgãos sexuais masculinos) e arquegônios (órgãos sexuais femininos). Dos anterídios saem anterozoides que, levados pela água alcançam o arquegônio, e um deles, fertiliza a oosfera. Com a fusão dos gametas (anterozoide e a oosfera) é formada uma célula diploide, denominada zigoto. Ainda no interior do arquegônio o zigoto transforma-se num embrião (esporófito) pluricelular, que amadurece, sofre várias divisões meióticas e produz células haploides denominadas esporos. Ao saírem das cápsulas onde ficam armazenados, os esporos são transportados pelo ar ou pela água. Em ambientes úmidos germinam, formando estruturas filamentosas e ramificadas denominadas protonemas. Com o crescimento desses protonemas surgem gametófitos haploides (novas plantas), masculinos ou femininos, que darão continuidade ao ciclo reprodutivo dos musgos e de algumas hepáticas.

PTERIDÓFITAS

Introdução

As pteridófitas são vegetais pertencentes à divisão das traqueófitas, pois são os primeiros vegetais a apresentarem vasos condutores, do tipo xilema e floema, para condução de seiva bruta e elaborada, respectivamente.

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O aparecimento dos vasos condutores possibilitou uma maior diversidade de formas, desde plantas herbáceas até arborescentes de grande porte.

São os primeiros vegetais a conquistarem o ambiente terrestre, pelo fato de terem um mecanismo mais eficiente de condução de seiva bruta e elaborada.

Características Gerais

As pteridófitas são plantas vasculares ou traqueófitas com vasos condutores do tipo xilema ou lenho e floema ou líber.

Apresentam o corpo na forma de cormo, isto é, com raiz, caule e folhas verdadeiros.

Como as briófitas, apresentam um ciclo de vida com alternância de gerações da fase gametofítica(G) com a fase esporofítica(E), sendo esta última a fase predominante no ciclo de vida.

E > G

As pteridófitas podem ainda ser classificadas como plantas criptógamas, por não produzirem flores.

Hábitat

As pteridófitas são plantas encontradas normalmente em locais sombrios, úmidos e em ambientes de florestas vivendo como plantas epífitas.

Pelo fato de apresentarem vasos condutores podem apresentar grande diversidade de formas e de hábitat, sendo muito utilizadas também como plantas ornamentais em jardins, garagens e sacadas de casas e apartamentos.

Ciclo de Vida da Samambaia

As pteridófitas apresentam ciclo de vida do tipo haplodiplobionte, com alternância de gerações ou metagênese.

A fase esporofítica é predominante no ciclo de vida, dependendo do gametófito, apenas no início do seu desenvolvimento.

A fase gametofítica, também chamada de protalo, é de vida curta, sendo monoica ou hermafrodita.

Nos vegetais com alternância de gerações, a fase esporofítica produz esporos por meiose, e a fase gametofítica produz gametas por mitose.

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GIMNOSPERMAS Introdução As gimnospermas são as primeiras plantas que apresentam semente durante o processo de evolução biológica dos vegetais. A origem do nome está relacionada com a presença destas sementes que estão desprotegidas de frutos, isto é, sementes nuas. Características Gerais As gimnospermas marcam evolutivamente o aparecimento das sementes como consequência da heterosporia, que é a produção de dois tipos de esporos, um masculino - micrósporo, e outro feminino - megásporo. Os elementos reprodutivos estão reunidos em estróbilos, que correspondem às flores das gimnospermas. São plantas traqueófitas, pelo fato de possuírem vasos condutores do tipo xilema e floema, que apareceram, pela primeira vez, durante a evolução das pteridófitas. A partir das gimnospermas ocorre a independência da água para a reprodução, deixando de ser por oogamia, passando a ser por sifonogamia, com o desenvolvimento de um tubo polínico, que carrega o gameta masculino até a oosfera. O ciclo de vida é do tipo haplodiplobionte, com alternância de gerações das fases gametofítica e esporofítica, sendo esta última predominante. E > G

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Hábitat São plantas predominantemente de regiões temperadas, localizadas em grandes florestas nos Estados Unidos e Europa. No Brasil estão localizadas principalmente na mata das Araucárias no sul do país (pinheiro-do-paraná) e são muito utilizadas como plantas ornamentais em jardins de casas e em praças públicas. Os representantes mais comuns das gimnospermas são os pinheiros, pinnus, cycas, tuias, sequoias entre outras. Importância Econômica das Gimnospermas As gimnospermas do grupo das coníferas são muito utilizadas na extração de madeira, papel, gomas e resinas que são usadas como substâncias antissépticas.

Ciclo de vida de uma Gimnosperma

O ciclo do pinheiro é tomado como padrão de reprodução das gimnospermas, sendo um organismo dioico, isto é, de sexos separados, que se diferenciam pelos tipos de estróbilos produzidos, sendo um masculino e outro feminino. Após a fecundação, ocorre a formação da semente que apresenta uma casca dura para proteção, um material de reserva alimentar para o embrião chamado de endosperma primário e um embrião, que será o futuro esporófito, geração predominante neste ciclo de vida. A formação das sementes foi um importante passo evolutivo que os vegetais tiveram para a conquista do ambiente terrestre, pois além de proteger o embrião, as sementes correspondem a um excelente mecanismo de dispersão geográfica para as espécies vegetais.

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ANGIOSPERMAS As angiospermas são as plantas mais evoluídas e complexas que vivem atualmente na Terra. Estes vegetais produzem raízes, caules e folhas, órgãos da vida vegetativa. Na época da reprodução, produzem flores, frutos e sementes. As angiospermas (do grego aggeion, vaso, esperma, semente) compartilham uma série de características com as gimnospermas. Dentre elas, destacam-se a reprodução por flores (fanerógamas) e a produção de sementes (espermatófitas). A flor das angiospermas é bem diferente da flor das gimnospermas e caracteriza-se por ser mais aparente e com estrutura complexa. No entanto, a grande novidade evolutiva e exclusiva das angiospermas é a presença de um fruto envolvendo a semente. A maior parte das espécies de plantas superiores enquadra-se na divisão das angiospermas, que engloba uma imensa diversidade de formas vegetais, desde árvores de grande porte, como os baobás e eucaliptos, até as ervas mais comuns nos campos e no solo das matas. Algumas espécies, como as orquídeas, ostentam flores soberbas, enquanto outras, como os cereais, as hortaliças, os tubérculos e as árvores frutíferas, são básicas para a alimentação humana.

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Características gerais

As angiospermas constituem uma das duas grandes divisões em que se repartem as plantas superiores (com flores e sementes) e se denominam fanerógamas; a outra divisão é a das gimnospermas, cujas sementes estão contidas numa escama e não em ovário. Essas árvores, como os abetos e ciprestes, são pouco comuns no Brasil.

A flor: A flor das angiospermas corresponde a uma estrutura formada por vários elementos cujo objetivo é a reprodução da espécie. Em geral, ao observar uma flor, identificam-se os seguintes componentes: pedúnculo, receptáculo, cálice, corola, androceu e gineceu.

A forma e a vistosa aparência das flores variam enormemente de uma espécie a outra. As plantas anemófilas, apresentam flores simples, sem perianto (corola e cálice) vistoso, e sementes providas de asas. As plantas que praticam a polinização entomófila, têm flores vistosas, muitas de grande beleza, como as orquídeas, rosas e dálias, acompanhadas às vezes dos chamados nectários, órgãos produtores de essências que as dotam de delicados aromas.

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Reprodução: As angiospermas, assim como outros grupos vegetais, caracterizam-se por um ciclo de vida com alternância de gerações: a geração diploide, o esporófito, reproduz-se por meio de esporos, e a geração haploide, o gametófito, reproduz-se por meios de gametas.

Nas fanerógamas, a alternância de gerações é pouco evidente, já que o gameta surge na flor do esporófito. O gametófito é muito reduzido e tem uma duração muito curta quando comparada ao esporófito. Apresenta-se como uma estrutura sem pigmentação verde, cuja nutrição é garantida pelo esporófito, sobre o qual se desenvolve.

Já nas briófitas e nas pteridófitas, o gametófito é uma estrutura independente e fotossinteticamente ativa.

Fecundação: A fecundação depende inicialmente da transferência dos grãos de pólen desde as anteras até a abertura superior dos carpelos. Esse processo denomina-se polinização e depende de um meio de transporte para os grãos de pólen. Quando o meio utilizado for o vento, a polinização denomina-se anemofilia. Quando o agente polinizador for um inseto, entomofilia, e quando for uma ave, ornitofilia, dentre outros.

Assim como as gimnospermas, as angiospermas também são denominadas sifonógamas pela participação do tubo polínico no encontro dos gametas masculinos e femininos. Para que a fecundação ocorra, o tubo polínico libera as duas células espermáticas, esse processo é denominado dupla fecundação e é característico das angiospermas.

O caule:

O caule realiza a integração de raízes e folhas, tanto do ponto de vista estrutural como funcional. Em outras palavras, além de constituir a estrutura física onde se inserem raízes e folhas, o caule desempenha as funções de condução de água e sais minerais das raízes para as folhas, e de condução de matéria orgânica das folhas para as raízes.

Caules jovens têm células clorofiladas e são revestidos por uma epiderme uniestratificada, isto é, formada por uma única camada (estrato) de células. Plantas que apresentam pequeno crescimento em espessura, como as gramíneas, por exemplo, também apresentam caules revestidos pela epiderme e esta pode ainda apresentar sobre si, externamente, uma cutícula protetora.

Já em plantas que crescem muito em espessura, transformando-se em arbustos ou árvores, a epiderme é substituída por um revestimento complexo, formado por vários tecidos. O tecido mais externo é formado por células mortas, que conferem o aspecto áspero e opaco aos troncos das árvores. Esse revestimento multitecidual, denominado periderme, acompanha o crescimento em espessura dos troncos.

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Os caules são, em geral, estruturas aéreas, que crescem verticalmente em relação ao solo. Existem, no entanto, caules que crescem horizontalmente, muitas vezes, subterraneamente.

Caules subterrâneos podem ser distinguidos de raízes porque apresentam gemas ou botões vegetativos, a partir dos quais podem se desenvolver ramos folhas.

Tipos de caule

Troncos :são caules robustos, desenvolvidos na parte inferior e ramificados no ápice. São encontrados na maioria das árvores e arbustos do grupo das dicotiledôneas.

Estipes :são caules geralmente não ramificados, que apresentam em seu ápice um tufo de folhas. São típicos das palmeiras.

Colmos: são caules não-ramificados que se distinguem dos estipes por apresentarem, em toda a sua extensão, divisão nítida em gomos. Os gomos dos colmos podem ser ocos como no bambu, ou cheios como no milho ou na cana-de-açúcar.

Caules trepadores estão presentes em plantas trepadeiras e crescem enrolados sobre diversos tipos de suporte. Esse tipo de caule representa uma adaptação à obtenção de locais mais iluminados, em que há mais luz para a fotossíntese.

Estolão ou estolho: é um tipo de caule que cresce paralelamente ao chão, produzindo gemas de espaço em espaço. Essas gemas podem formar raízes e folhas e originar novas plantas Rizomas são caules subterrâneos que acumulam substâncias nutritivas. Em alguns rizomas ocorre acúmulo de material nutritivo em certas regiões, formando tubérculos. Rizomas podem ser distinguidos de raízes pelo fato de apresentarem gemas laterais. O gengibre, usado como tempero na cozinha oriental, é um caule tipo rizoma. Na bananeira, o caule é um rizoma e a parte aérea é constituída exclusivamente por folhas. Uma única vez na vida de uma bananeira um ramo caulinar cresce para fora do solo, dentro do conjunto de folhas, e forma em seu ápice uma inflorescência que se transforma em um cacho com várias pencas de bananas. A batata-inglesa possui um caule subterrâneo que forma tubérculos, as batatas, um dos alimentos mais consumidos no mundo.

Bulbos: são estruturas complexas formadas pelo caule e por folhas modificadas. Os bulbos costumam ser classificados em três tipos: tunicado, escamoso e cheio. O exemplo clássico de bulbo tunicado é a cebola, cuja porção central, chamada prato, é pouco desenvolvida. Da parte superior do prato partem folhas modificadas, muito ricas em substâncias nutritivas: são os catafilos, que formam a cabeça da cebola. Da porção inferior do prato partem as raízes. O bulbo escamoso difere do tunicado pelo fato dos catafilos se disporem como

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escamas parcialmente sobrepostas. Esse tipo de bulbo é encontrado no lírio. No caso do bulbo cheio, as escamas são menos numerosas e revestem o bulbo como se fosse uma casca. Bulbos cheios estão presentes na palma.

Cladódios: são caules modificados, adaptados à realização de fotossíntese. As plantas que os possuem perderam as folhas no curso da evolução, geralmente como adaptação a regiões de clima seco. A ausência de folhas permite à planta economizar parte da água que será perdida por evaporação.

Gavinhas: são ramos modificados que servem para a fixação de plantas trepadeiras. Ao encontrar um substrato adequado as gavinhas crescem enrolando-se sobre ele. Espinhos são ramos curtos, resistentes e com ponta afiada, cuja função é proteger a planta, afastando dela animais que poderiam danificá-la. Os espinhos tanto podem surgir por modificações de folhas, como nas cactáceas, como se originar do caule. Nesse caso forma-se nas axilas das folas, a partir de uma gema axilar, como ocorre nos limoeiros e laranjeiras. Nas roseiras não há espinhos verdadeiros e sim acúleos, estruturas afiadas originadas da epiderme, o que explica serem facilmente destacáveis da planta, ao contrário dos espinhos.

Raízes:

Partes da raiz:

A extremidade de uma raiz é envolta por um capuz de células denominado coifa, cuja função é proteger o meristema radicular, um tecido em que as células estão se multiplicando ativamente por mitose. É no meristema que são produzidos as novas células da raiz, o que possibilita o seu crescimento. Logo após a extremidade, localiza-se a região onde as células surgidas por mitose crescem. Nessa região denominada zona de distensão ou de alongamento celular, a raiz apresenta a maior taxa de crescimento. Após a zona de distensão situa-se a zona pilífera da raiz, que se caracteriza por apresentar células epidérmicas dotadas de projeções citoplasmáticas finas e alongadas, os pelos absorventes. É através desses pelos que a raiz absorve a maior parte da água e dos sais minerais de que precisa. Já a região de ramos secundários é aquela que se nota o brotamento de novas raízes que surgem de regiões internas da raiz principal.

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Tipos de raiz:

Raízes tuberosas, como as da mandioca, da batata-doce e do nabo armazenam reservas alimentares, principalmente na forma de grãos de amido, utilizadas durante a floração e a produção de frutos pela planta. Os agricultores colhem essas raízes antes da planta tenha chance de consumir as reservas armazenadas, utilizando-as na alimentação humana e de animais.

Raízes respiratórias ou pneumatóforos são adaptadas a realização de trocas gasosas com o ambiente. Esse tipo de raiz é encontrado em plantas como a Avicena tomentosa, que vive no solo encharcado e pobre em gás oxigênio nos manguezais. As raízes principais dessa planta crescem rente à superfície do solo e, de espaço em espaço, apresentam pneumatóforos, que crescem para cima, perpendicularmente ao solo. Durante a maré vazante os pneumatóforos ficam expostos e pode realizar trocas de gases com o ar.

Raízes-suportes, também chamadas raízes-escoras, aumentam a base de fixação da planta ao solo. Algumas espécies de árvores possuem raízes tubulares, em forma de pranchas verticais, que aumentam a estabilidade da planta e fornecem maior superfície para respiração do sistema radicular.

Raízes aéreas são características de plantas epífetas, isto é, que vivem sobre outras plantas sem parasitá-las. Essas raízes podem atingir vários metros de comprimento antes de alcançar o solo, constituindo os cipós.

A semente e o fruto: A partir da dupla fecundação, tem início uma série de modificações que culmina na formação da semente e do fruto.

O conjunto formado pelo embrião, pelo endosperma e pelo tegumento corresponde à semente. A semente é derivada da fusão dos gametas masculinos e femininos e também de tecidos do óvulo. Portanto, contém tanto células do novo como do antigo esporófito. Logo após a formação, a semente entra num estado de metabolismo reduzido denominado dormência.

A semente é uma estrutura temporária que protege o embrião contra a falta de água e a ação de predadores, além de aumentar as chances de dispersão.

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Paralelamente à formação da semente, as paredes do ovário iniciam um processo de crescimento que origina o fruto, que é o próprio ovário desenvolvido, também denominado pericarpo. O fruto é formado pelas seguintes partes: epicarpo (casca), mesocarpo (polpa) e endocarpo (polpa em contato com a semente).

Podemos ter vários tipos de frutos: Carnosos: o pericarpo é suculento. Atrai animais, que realizarão a dispersão da semente. - baga: semente se separa do fruto facilmente. Ex: uva, tomate, laranja, mamão,... - drupa: tegumento da semente fundida ao pericarpo do fruto. Ex: pêssego, ameixa, azeitona. Secos: o pericarpo é seco. Normalmente a semente é dispersa pelo vento. - deiscente: quando maduros, se abrem. Ex: plantas leguminosas como feijão e ervilha. - indeiscentes: não se abrem quando maduros. Ex: arroz, milho e trigo. Além desses tipos, há frutos que não se desenvolvem da parede do ovário. A esses, chamamos pseudofrutos, que podem ser: - Simples: origem no pedúnculo ou receptáculo de uma flor. Ex: Caju, maçã. - Compostos: origem no desenvolvimento o receptáculo de uma flor, com vários ovários. Ex: morango. - Infrutescências: origem no desenvolvimento de inflorescências (várias flores em um mesmo ramo, como margaridas e girassóis). Ex: abacaxi, amora.

Quando a semente é liberada da planta e atinge o solo em condições favoráveis ao seu desenvolvimento, ela sai da dormência, germina e constitui uma plântula que originará uma nova planta.

Sistemática

As angiospermas são representadas por uma única divisão: Anthophyta. Apesar disso, correspondem ao grupo mais diversificado de todas as plantas, com aproximadamente 250 mil espécies, que distribuem-se por todo o mundo e ocupam os habitats mais distintos, do Ártico aos trópicos, passando por matas, desertos, estepes, montanhas, ilhas, águas continentais e oceânicas. Sua importância econômica é fundamental, já que as angiospermas incluem a maioria das espécies arbóreas utilizadas pelo homem, todas as plantas hortícolas, as ervas produtoras de essências, especiarias e extratos medicinais, as flores, os cereais e uma grande quantidade de espécies das quais são obtidos numerosos produtos de interesse industrial.

As angiospermas subdividem-se em dois grupos: dicotiledôneas e monocotiledôneas. As primeiras se caracterizam por apresentarem um embrião com dois cotilédones ou folículos. Nas dicotiledôneas desenvolvidas, o caule experimenta crescimento em grossura, existe uma raiz principal, da qual

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partem ramificações secundárias, e a nervação das folhas apresenta-se também ramificada, a partir de uma via central. Por sua vez, as monocotiledôneas, como seu nome indica, têm um único cotilédone no embrião. Nos espécimes desenvolvidos não existe crescimento em grossura (crescimento experimentado contudo, mas de modo diferente do que ocorre nas dicotiledôneas, por algumas espécies que têm porte arbóreo), as raízes se apresentam em feixes da mesma extensão e grossura e as folhas estão sulcadas por nervuras paralelas.

A origem das angiospermas parece residir em algumas ordens de gimnospermas arcaicas, como as das cicadales e cordaitales. Seus representantes mais antigos procedem do período jurássico, na era mesozoica.

Dicotiledôneas: As dicotiledôneas formam o grupo mais numeroso das angiospermas, no qual se destacam, pelo interesse das plantas que as integram, as seguintes ordens: fagales, salicales, urticales, magnoliales, ranunculales, papaverales, cariofilales, capparales, cactales, cucurbitales, rosales, fabales, mirtales, cornales, ramnales, scrofulariales, lamiales e asterales.

A ordem das fagales inclui espécies arbóreas de notável desenvolvimento, em especial nas regiões temperadas. Algumas, como a faia e o castanheiro, são típicas de zonas climáticas frias e úmidas; outras, em contrapartida, vegetam em zonas bem mais secas, como acontece com o carvalho e o sobreiro.

Na ordem das salicales encontram-se árvores caracterizadas por uma ampla área de dispersão e nítida preferência por terrenos úmidos, como o chorão e o choupo.

A ordem das urticales é composta tanto por árvores, como a amoreira, a figueira e o olmo, quanto por espécies de crescimento herbáceo, entre as quais a urtiga e o lúpulo.

A ordem das magnoliales reúne espécies arbóreas ou arbustivas que constituem a base morfológica a partir da qual se desenvolveram as demais angiospermas. Acham-se entre elas a magnólia, a canela e o boldo.

Na ordem das ranunculales destacam-se algumas espécies herbáceas conhecidas pelos princípios tóxicos que contêm, como o ranúnculo, o acônito e o heléboro, e espécies floríferas de pequeno porte como a anêmona e o delfínio ou esporinhas.

São também herbáceas muitas das integrantes da ordem das papaverales, como as papoulas silvestres, fornecedoras de matéria-prima para a extração do ópio e seus derivados. Na mesma ordem há árvores como o pau-d'alho, arbustos que fornecem condimentos, como a alcaparra, e espécies ornamentais odoríferas, como o resedá.

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Na ordem das cariofilales agrupam-se muitas espécies herbáceas que também têm interesse do ponto de vista ornamental, como o cravo, ou alimentício, como a acelga, o espinafre e a beterraba.

Importantes para a alimentação humana são ainda certas espécies da ordem das capparales, como a couve, o rabanete, o nabo e a mostarda.

As cactales congregam a importante família dos cactos, plantas adaptadas aos climas desérticos e que acumulam água em seus tecidos. Já na ordem das cucurbitales estão contidas importantes espécies hortícolas, como a abóbora, o melão, a melancia e o pepino.

Da ordem das rosales fazem parte as roseiras, o morangueiro e as árvores frutíferas de ocorrência mais comum nas regiões temperadas, como a macieira, a pereira, a cerejeira, o marmeleiro, o pessegueiro e o damasqueiro. A ordem das fabales, identificada antes com a das rosales, pelas afinidades que as ligam, é composta por espécies como o trevo e a alfafa, além de outras destinadas à alimentação humana, como o feijão, a ervilha, a fava, o grão-de-bico e o alcaçuz.

Entre as mirtales incluem-se os eucaliptos, grandes árvores nativas da Austrália que se dispersaram por todo o mundo graças à rapidez com que crescem, facilitando assim a extração de madeira. Na ordem das ramnales, cabe mencionar, por sua importância para o homem, a videira, planta de que foram obtidas inúmeras variedades e de cujos frutos fermentados se obtém o vinho.

A ordem das scrofulariales compreende a família das solanáceas, na qual há várias espécies alimentícias, como a batata, o tomate, a berinjela, e outras de grande importância econômica, como o fumo, ou medicinal, como a beladona e o meimendro.

Entre as lamiales há plantas herbáceas de ampla área de dispersão, como a digital ou dedaleira, da qual se extrai um princípio ativo muito tóxico, usado no tratamento de doenças cardíacas. Na mesma ordem estão ainda agrupadas plantas aromáticas como a menta, a sálvia, o tomilho e o orégano.

A ordem das asterales conta por sua vez com a grande família das compostas, integrada por espécies como o cardo, a artemísia, a margarida, o crisântemo, a calêndula e o girassol.

Monocotiledôneas: No grupo das monocotiledôneas, é menor o número de ordens, convindo mencionar entre elas, pelo interesse das espécies que englobam, as seguintes: liliales, iridales, orquidales, bromeliales, poales e arecales.

A primeira delas inclui plantas aquáticas, como os juncos, e plantas bulbosas, quer comestíveis como o alho e a cebola, quer ornamentais pela beleza das

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flores, como a açucena, o narciso e a tulipa. Na ordem das iridales há igualmente diversas plantas ornamentais, como o gladíolo e a íris.

Entre as orquidales ressalta a família das orquídeas, nativas em sua maioria dos trópicos e apreciadas pela beleza invulgar de suas flores. Algumas espécies, como a baunilha americana, assumiram grande importância econômica.

Também a ordem das poales inclui espécies de importância fundamental para o homem: as da família das gramíneas, entre as quais se destacam os cereais mais comuns na alimentação

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FISIOLOGIA VEGETAL

FISIOLOGIA DA CONDUÇÃO DE SEIVA

O sistema de condução de materiais pelos corpos dos seres vivos deve garantir a distribuição de nutrientes e retirada de substâncias tóxicas das células dos e tecidos de todo organismo.

Nos vegetais a condução de seiva, isto é, soluções salinas e soluções açucaradas, é realizada através dos sistemas de vasos, que se distribuem ao longo do corpo das traqueófitas.

A distribuição de seiva bruta ou inorgânica (água e sais minerais) é realizada pelos vasos de xilema ou lenho. A distribuição de seiva elaborada ou orgânica (água e açúcares) é realizada pelos vasos de floema ou líber.

O MECANISMO DA CONDUÇÃO DE SEIVA BRUTA OU INORGÂNICA

O transporte da seiva bruta ou inorgânica é realizado em duas etapas, apresentando um transporte horizontal e um transporte vertical de ascensão de seiva.

O transporte horizontal de seiva ocorre desde os pelos absorventes da epiderme, até os vasos de xilema. A ascensão da seiva ocorre até as folhas, onde ocorrem os fenômenos da fotossíntese e da transpiração.

A melhor explicação para a ascensão de seiva bruta nos vegetais é a teoria da coesão tensão transpiração ou teoria de Dixon, que está baseada no fato de as folhas exercerem uma força de sucção que garante a ascensão de uma coluna de água pelo corpo do vegetal, conforme ocorre a transpiração.

Nos vasos condutores de xilema, existe uma coluna contínua de água, formada por moléculas de água, fortemente coesas, ligadas por pontes de hidrogênio.

Além da força de coesão entre as moléculas de água, estas estão fortemente aderidas às paredes dos vasos de xilema. Conforme ocorre a saída de água na forma de vapor através das folhas, existe um movimento da coluna de água através dos vasos, desde as raízes até as folhas, pois estão coesas e submetidas a uma força de tensão que movimenta a coluna de água através do xilema.

À medida que a água é perdida pela transpiração ou usada na fotossíntese, ela é removida do caule e retirada da raiz, sendo absorvida pelo solo. Para este movimento de água no corpo do vegetal é imprescindível a força de sucção exercida pelas folhas.

Para ocorrer a ascensão da seiva bruta nos vasos de xilema, não deve ocorrer a formação de bolhas de ar nos vasos condutores, pois estas romperiam a

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coesão entre as moléculas de água, obstruindo a ascensão da coluna de água através do xilema.

O MECANISMO DA CONDUÇÃO DE SEIVA ELABORADA OU ORGÂNICA

A seiva elaborada ou orgânica formada nas células dos parênquimas clorofilianos das folhas através da fotossíntese é distribuída por todo o corpo do vegetal através dos vasos de floema ou líber, que estão localizados próximos à casca dos vegetais. Apesar de a força da gravidade ser favorável a este transporte, existe um fluxo sob pressão das folhas em direção às raízes conforme o modelo físico de Münch.

No vegetal deve ser mantida a diferença de concentração de açúcar entre o órgão produtor, que são as folhas onde ocorre a fotossíntese; e o órgão consumidor, que é a raiz, onde ocorre apenas a respiração. Mantido este gradiente de concentração entre folhas e o resto do corpo do vegetal, ocorrerá o fluxo sob pressão de seiva elaborada através do floema.

Se retirarmos um anel completo da casca (anel de Malpighi) que envolve o vegetal, interrompemos a distribuição de seiva elaborada em direção à raiz, pois os vasos liberianos são lesados, levando à morte das raízes depois de certo tempo. Com a morte das raízes, não ocorre absorção de água e sais minerais do solo e, consequentemente, ocorrerá a morte do vegetal, pois as folhas não receberão mais água.

FISIOLOGIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

Muitas atividades dos vegetais são comandadas pela ação de hormônios ou fitormônios, que determinam o crescimento e o desenvolvimento dos vegetais.

O crescimento do vegetal corresponde ao aumento do número de células, aumento do volume celular e da própria massa do vegetal. Alguns tipos de movimentos dos vegetais estão relacionados com seu crescimento.

O desenvolvimento do vegetal está relacionado com o aparecimento de novas características e de estruturas que desempenham funções específicas como raiz, caule, folhas, flores, sementes e frutos.

OS HORMÔNIOS VEGETAIS

Os hormônios são substâncias produzidas em uma parte específica do organismo, que atua em baixas concentrações, sobre células específicas, situadas em locais diferentes de onde os hormônios foram produzidos.

Existe uma grande diversidade de hormônios como as auxinas, giberilinas, citocininas (cinetina e zeatina) e o etileno.

AUXINAS

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As auxinas são produzidas no ápice do vegetal, sendo distribuídas por um transporte polarizado do ápice para o resto do corpo do vegetal.

Um dos efeitos das auxinas está relacionado com o crescimento do vegetal, pois atuam sobre a parede celular do vegetal, provocando sua elongação ou distensão e, consequentemente, o crescimento do vegetal.

Na verdade os efeitos das auxinas sobre os vegetais é muito diversificado, dependendo do local de atuação e concentração, podem apresentar efeitos completamente antagônicos.

Foi na segunda década deste século que os conhecimentos sobre a ação das auxinas nos vegetais explicaram de modo mais esclarecedor como as auxinas atuam sobre os vegetais, a partir das experiências de Went em 1928. Went trabalhou com coleóptiles de gramíneas, blocos de ágar, observando o comportamento do crescimento do vegetal após a retirada do ápice do vegetal.

Went cortou o ápice do coleóptile, colocando-o em contato com um bloco de ágar. Depois de certo tempo, o bloco de ágar era colocado sobre o coleóptile decapitado.

O resultado obtido com este procedimento foi o mesmo que seria obtido se o ápice do coleóptile estivesse presente no vegetal.

Quando o bloco de ágar, que estivera em contato com o ápice do coleóptile, era colocado de modo a cobrir apenas metade da extremidade do ápice do vegetal, verificava-se um crescimento maior do lado em contato com o bloco de ágar, resultando numa curvatura do coleóptile no sentido contrário da posição do bloco de ágar.

OS EFEITOS DAS AUXINAS SOBRE OS VEGETAIS

AS AUXINAS E A DOMINÂNCIA APICAL

As auxinas, além de promoverem a distensão celular, quando distribuídas caule abaixo, inibem a atividade das gemas laterais, localizadas nas axilas das folhas, que ficam em dormência.

Quando a gema apical do vegetal é retirada, as gemas laterais saem da dormência, isto é, da dominância apical, e ramos laterais desenvolvem-se.

Esta eliminação das gemas apicais é chamada de poda e tem como consequência o aumento da copa do vegetal com formação de novos ramos laterais.

AS AUXINAS E A FORMAÇÃO DE FRUTOS PARTENOCÁRPICOS

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Após a fecundação, nas angiospermas, o embrião no interior da semente produz auxinas que agem sobre as células das paredes do ovário, promovendo sua transformação em frutos.

Se não ocorrer fecundação, os óvulos não são transformados em sementes e, consequentemente, ocorre a abscisão da flor com a queda do ramo floral.

Se as flores de um vegetal forem pulverizadas com auxinas (AIA), ocorre o desenvolvimento de um fruto partenocárpico a partir da parede do ovário, que não possui sementes no seu interior.

Pode-se induzir a floração em abacaxi, por exemplo, com o uso do ácido naftaleno acético (ANA), que é um tipo de auxina.

AS AUXINAS DE EFEITO HERBICIDA

O efeito herbicida é dado por uma auxina sintética conhecida como 2,4 D (ácido 2,4 diclorofenoxiacético).

Em altas concentrações esta auxina é tóxica para plantas de folhas largas (dicotiledôneas), em áreas de campo ou de agricultura intensiva , eliminando as plantas chamadas de ervas daninhas nestas áreas.

A figura a seguir mostra a ação do 2,4 D sobre a vegetação. Note que esta substância é seletiva sobre as dicotiledôneas.

O 2,4 - D aplicado sobre uma planta de picão (Bidens pilosus) e uma gramínea (Poa annua) age seletivamente, matando apenas o exemplar da primeira espécie.

MOVIMENTOS VEGETAIS

Os movimentos dos vegetais respondem à ação de hormônios ou de fatores ambientais como substâncias químicas, luz solar ou choques mecânicos. Estes movimentos podem ser do tipo crescimento e curvatura e do tipo locomoção.

MOVIMENTOS DE CRESCIMENTO E CURVATURA

Estes movimentos podem ser do tipo tropismos e nastismos.

Os tropismos são movimentos orientados em relação à fonte de estímulo. Estão relacionados com a ação das auxinas.

FOTOTROPISMO

Movimento orientado pela direção da luz. Existe uma curvatura do vegetal em relação à luz, podendo ser em direção ou contrária a ela, dependendo do órgão vegetal e da concentração do hormônio auxina.

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O caule apresenta um fototropismo positivo, enquanto que a raiz apresenta fototropismo negativo.

GEOTROPISMO

Movimento orientado pela força da gravidade. O caule responde com geotropismo negativo e a raiz com geotropismo positivo, dependendo da concentração de auxina nestes órgãos.

QUIMIOTROPISMO

Movimento orientado em relação a substâncias químicas do meio

TIGMOTROPISMO

Movimento orientado por um choque mecânico ou suporte mecânico, como acontece com as gavinhas de chuchu e maracujá que se enrolam quando entram em contato com algum suporte mecânico.

NASTISMOS

São movimentos que não são orientados em relação à fonte de estímulo. Dependem da simetria interna do órgão, que devem ter disposição dorso - ventral como as folhas dos vegetais.

FOTONASTISMO

Movimento das pétalas das flores que fazem movimento de curvatura para a base da corola. Este movimento não é orientado pela direção da luz, sendo sempre para a base da flor.

Existem as flores que abrem durante o dia, fechando-se à noite como a "onze horas" e aquelas que fazem o contrário como a "dama da noite".

TIGMONASTISMO E QUIMIONASTISMO

Movimentos que ocorrem em plantas insetívoras ou mais comumente plantas carnívoras, que, em contato com um inseto, fecham suas folhas com tentáculos ou com pelos urticantes, e logo em seguida liberam secreções digestivas que atacam o inseto. Às vezes substâncias químicas liberadas pelo inseto é que provocam esta reação.

SEISMONASTIA

Movimento verificado nos folíolos das folhas de plantas do tipo sensitiva ou mimosa, que, ao sofrerem um abalo com a mão de uma pessoa ou com o vento, fecham seus folíolos. Este movimento é explicado pela diferença de turgescência entre as células de parênquima aquoso que estas folhas apresentam.

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MOVIMENTOS DE LOCOMOÇÃO OU DESLOCAMENTO

Movimentos de deslocamento de células ou organismos que são orientados em relação à fonte de estímulo, podendo ser positivos ou negativos, sendo definidos como tactismos.

QUIMIOTAXIA

Movimento orientado em relação a substâncias químicas como ocorre com o anterozoide em direção ao arquegônio.

AEROTAXIA

Movimento orientado em relação à fonte de oxigênio, como ocorre de modo positivo com bactérias aeróbicas.

FOTOPERIODISMO

O fotoperiodismo é a capacidade do organismo em responder a determinado fotoperíodo, isto é, a períodos de exposição à iluminação.

Nos vegetais o fotoperiodismo influi no fenômeno da floração e, consequentemente, no processo reprodutivo e formação dos frutos. O florescimento do vegetal é controlado em muitas plantas pelo comprimento dos dias (período de exposição à luz) em relação aos períodos de noites (períodos de escuro).

Ao longo do ano, em regiões onde as estações (outono, inverno, primavera e verão) são bem definidas, existe variação do comprimento dos dias em relação às noites, e muitas plantas são sensíveis a estas variações, respondendo com diferentes fotoperíodos em relação à floração.

CLASSIFICAÇÃO DAS PLANTAS QUANTO AO FOTOPERÍODO

PLANTAS DE DIA LONGO.

São as plantas que florescem quando expostas a um fotoperíodo acima de um valor crítico, que é chamado de fotoperíodo crítico. Quando esta planta estiver exposta a um fotoperíodo menor que o seu fotoperíodo crítico, ela cresce mas não floresce.

Algumas plantas que respondem deste modo são espinafre, aveia, rabanete, entre outras. Observe a resposta de uma planta de dia longa em relação à exposição à luz.

PLANTAS DE DIA CURTO

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São as plantas que florescem quando submetidas a fotoperíodos abaixo do seu fotoperíodo crítico. Quando expostas a fotoperíodos maiores que o seu fotoperíodo crítico, estas plantas crescem mas não florescem.

Algumas plantas que respondem deste modo são morangueiro, crisântemo, café e orquídea.

A figura a seguir mostra o comportamento de uma planta de dia curto quando exposta à luz.

PLANTAS NEUTRAS OU INDIFERENTES

São as plantas que florescem independentemente do fotoperíodo ou que não respondem a um determinado fotoperíodo, como o tomateiro e o milho.

Pesquisas sobre as respostas das plantas a fotoperíodos mostraram que os períodos de escuro que a planta fica exposta deve ser contínuo, ao contrário dos períodos de iluminação que não precisam ser contínuos, pois a interrupção dos períodos de escuro leva a inibição da floração do vegetal.

A resposta do vegetal a floração está relacionada com a ação de um pigmento chamado fitocromo, que é sensível à variação do comprimento do dia de iluminação desencadeando uma resposta fisiológica do vegetal para a floração.

TECIDOS VEGETAIS

A anatomia e morfologia de uma planta, tal como de qualquer outro organismo, dependem das características das suas células constituintes. É sabido que todas as células da planta se formam, por mitose, do zigoto, no entanto, a partir de certa altura o crescimento vegetal está restrito a localizações específicas – meristemas. Tecidos meristemáticos As células que formam os tecidos meristemáticos caracterizam-se por apresentarem núcleos grandes, organitos pouco desenvolvidos, vacúolos pouco desenvolvidos ou inexistentes e paredes celulares finas. Estas células mantêm a capacidade de divisão, sofrendo mitoses mais ou menos contínuas, de modo a originar os tecidos definitivos da planta.

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Localização dos principais meristemas numa planta (caule à esquerda e raiz à direita)

Os meristemas podem ser classificados de acordo com diversos critérios, nomeadamente localização e origem. Quanto à localização, os meristemas podem ser: Meristemas apicais – localizados no ápice caulinar e radicular, onde causam o alongamento da planta; Meristemas laterais – localizados em anel ao longo da raiz e do caule, causando o engrossamento da planta; Meristemas intercalares – ao contrário dos restantes, são meristemas temporários, originando a formação de novos ramos e folhas. Quanto à sua origem, os meristemas podem ser: Meristemas primários – com origem em células embrionárias, são responsáveis pelo alongamento da raiz e do caule, bem como pela formação dos tecidos definitivos primários. Existem três meristemas primários: Protoderme – forma uma camada contínua de células em volta dos ápices caulinar e radicular, sendo responsável pela formação dos tecidos dérmicos ou de revestimento primários; Meristema fundamental – envolve o procâmbio por dentro e por fora, originando os tecidos primários de enchimento ou fundamentais; Procâmbio – localizado no interior dos ápices caulinares e radiculares, em anel, origina os tecidos condutores primários. Meristemas secundários – com origem em células já diferenciadas que readquirem secundariamente a capacidade de divisão, são responsáveis pelo engrossamento das estruturas e pela formação dos tecidos definitivos secundários. Existem apenas dois meristemas secundários: Câmbio vascular – com origem em células do procâmbio ou em células parenquimatosas dos raios medulares, localiza-se no cilindro central, exteriormente ao xilema primário e interiormente ao floema primário. Em corte transversal as suas células parecem pequenos quadrados, mas em corte longitudinal pode perceber-se que existem dois tipos de célula, uma longa e fusiforme que origina as células vasculares e uma curta que origina os raios medulares;

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Câmbio suberofelogénico – com origem em células do córtex, epiderme ou mesmo do floema, localiza-se na zona cortical, geralmente logo abaixo da epiderme. As suas células apresentam um corte transversal rectangular e forma para o exterior súber e para o interior feloderme. Ao conjunto, súber, câmbio suberofelogênico e feloderme, chama-se periderme. Tecidos definitivos

Independentemente do modo como os meristemas apicais se encontram localizados, as células por eles produzidas não se encontram organizadas ao acaso mas sim agrupadas em tecidos. Estes tecidos podem ser classificados segundo diversos aspectos, nomeadamente: Tecidos fundamentais: Parênquima O tipo básico de célula vegetal corresponde a uma célula de parênquima, com origem no meristema fundamental. Apresentam uma enorme totipotência, podendo regenerar toda a planta, tendo por esse motivo um importante papel na cicatrização. Por este motivo são considerados os tecidos mais simples e menos diferenciados. Estas células formam a grande maioria do corpo da planta e tem uma forma mais ou menos cilíndrica, parede celulósica fina e sem parede secundária. As células parenquimatosas são sempre células vivas e com grandes vacúolos no estado adulto.

Tipo de tecidos Características

Origem

primários formados a partir de meristemas primários

secundários formados a partir de meristemas secundários

Constituição Celular

simples com um único tipo de célula

complexos com vários tipos de células

Função

dérmicos tecidos de revestimento e proteção

vasculares tecidos de transporte de água e/ou solutos

fundamentais tecidos de preenchimento, fotossintéticos ou de armazenamento

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Quando o parênquima apresenta cloroplastos designa-se clorênquima ou parênquima clorofilino. Este tecido surge não só nas folhas mas também em caules e mesmo em raízes de plantas epífitas. O clorênquima pode apresentar-se nas folhas segundo duas disposições: parênquima clorofilino em paliçada - células alongadas arranjadas em filas apertadas e paralelas, como numa paliçada; parênquima lacunoso - células mais ou menos poliédricas e arranjadas livremente, com espaços ou lacunas entre si. As células parenquimatosas também podem apresentar numerosos tipos de plastos, contendo pigmentos (outros que não clorofilas), substâncias de reserva diversas, etc., designando-se então parênquima de reserva. Tecidos fundamentais: Colênquima Este é outro tipo de tecido primário simples, com células parenquimatosas de parede espessada irregularmente, o que permite a comunicação entre elas. As células do colênquima são vivas, alongadas, de forma poliédrica em corte transversal e podem mesmo apresentar cloroplastos. Estas células, formadas pelo meristema fundamental, têm parede secundária rica em substâncias pécticas, hemicelulose e celulose, pelo que funcionam como elementos de suporte em órgãos jovens e em crescimento rápido, pois as suas paredes elásticas não oferecem resistência ao alongamento. Podem ser encontradas em cordões isolados ou como camadas contínuas, abaixo da epiderme de caules herbáceos, pecíolos de folhas e a formar a bainha em volta dos tecidos condutores. Tecidos fundamentais: Esclerênquima O esclerênquima é um tecido de suporte complexo, que devido a conter uma parede secundária não elástica apenas pode ser encontrado em locais onde o crescimento terminou. A parede secundária destas células é composta por lenhina, um composto laminar formado por desidratação de glicídios, praticamente imune á degradação anaeróbia (por microrganismos decompositores) e de decomposição extremamente lenta em presença de oxigênio, o que lhe confere uma enorme resistência. Este tecido é formado por três tipos de células: escleritos - células com forma e tamanho variável. Encontram-se geralmente isoladas (como na polpa das peras, por exemplo, designando-se células pétreas), embora possam formar camadas contínuas, junto à nervura de folhas ou em caules e sementes. Formam-se a partir de células parenquimatosas por crescimento de expansões que ocupam os espaços intercelulares e pela deposição de uma parede secundária de lenhina. Por vezes este espessamento é tal que a cavidade celular desaparece. Devido à impermeabilização da lenhina a célula diferenciada morre; células pétreas - células de forma arredondada ou oval, relativamente pequenas, comparadas com os escleritos e fibras, que surgem geralmente na polpa de frutos, como a pera, fornecendo suporte e impedindo que o fruto rico em materiais carnudos se desfaça ao amadurecer;

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fibras - células longas e estreitas, de parede uniformemente espessada por deposição de lenhina. O linho, por exemplo, é formado por fibras com cerca de 70 mm de comprimento, retiradas da planta do linho. Outras fibras economicamente importantes são a juta e o cânhamo ou o algodão. Tecidos vasculares: Xilema O xilema é o tecido de transporte de água e sais minerais através do corpo das plantas. Trata-se de um tecido complexo, com origem no procâmbio ou no câmbio vascular, conforme se trate de xilema primário ou secundário. Nas traqueófitas não angiospérmicas, o xilema apenas apresenta um tipo de célula transportadora (traqueídos), sendo um tecido menos eficiente. O surgimento do xilema com elementos dos vasos foi um dos passos fundamentais para a explosão das angiospérmicas. Podem ser reconhecidos 4 tipos de células no xilema de uma angiospérmica: traqueídos - células relativamente longas e estreitas, com parede secundária lenhificada, o que as torna células mortas. As suas extremidades transversais são estreitas e cobertas por uma fina membrana, enquanto as paredes laterais são espessas e apresentam numerosas pontuações ou poros, locais onde não existe parede secundária, permitindo a passagem de substâncias. Estas células alinham-se topo a topo, de modo a facilitar o movimento de água no seu interior; elementos dos vasos - células mais curtas e largas que os traqueídos, apresentam a mesma parede secundária lenhificada. Neste caso, as paredes transversais desaparecem, ficando as células, alinhadas topo a topo, a formar um tubo. As paredes laterais apresentam pontuações, simples ou aureoladas. Este tipo de célula é muito mais eficiente na deslocação de água, mas menos eficiente como estrutura de suporte. Pode apresentar, ainda, um importante problema: está muito mais sujeito à formação de bolhas de ar, que podem bloquear a passagem de água para as zonas superiores da planta. Nos traqueídos tal não acontecia, não só porque o diâmetro celular era menor, mas também pela presença de membranas transversais, que impedem a passagem das bolhas de ar; fibras xilémicas - surgem como resultado da pouco capacidade de suporte dos elementos dos vasos. São fibras de esclerênquima que intermedeiam as células transportadoras do xilema; células parenquimatosas - células com função de reserva e controlo do movimento de soluções no tecido vascular. Tipos vasculares: Floema O floema é o tecido complexo de transporte de soluções orgânicas, podendo igualmente ser primário ou secundário, como o xilema. Este tecido apresenta, igualmente, quatro tipos de células, análogas às do xilema: elementos dos tubos crivosos - a designação destas células vivas deriva do aspecto das suas paredes transversais, que formam as placas crivosas. Estas células estão sempre associadas a células companheiras, sem as quais morrem. O seu citoplasma permanece vivo e funcional, embora altamente modificado e especializado (não apresentam núcleo, por exemplo). A

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separação entre o vacúolo e o citoplasma não é nítida, pois o tonoplasto é destruído durante a diferenciação celular. Existem filamentos proteicos que atravessam a célula longitudinalmente, passando através da placa crivosa para a célula seguinte; células companheiras - células vivas e pequenas, de citoplasma ativo e denso, que controlam o movimento de substâncias nos elementos dos tubos crivosos, estabelecendo, por esse motivo, numerosos plasmodesmos com estes; fibras floémicas - em tudo semelhantes às fibras xilémicas, têm função de sustentação. São as únicas células mortas do floema; células parenquimatosas - célula vivas, com função, tal como as do xilema, de reserva de nutrientes para os restantes componentes do floema. Tecidos dérmicos: Epiderme A epiderme, um tecido primário simples formado pela protoderme, é constituído por uma única camada de células que recobrem todo o corpo da planta, tal como a pele dos vertebrados, por exemplo. Geralmente estas células apresentam paredes finas, embora a parede externa seja um pouco mais espessa que as restantes. No entanto, existem algumas situações (agulhas dos pinheiros, por exemplo) em que as paredes são relativamente espessadas. Nas epidermes aéreas surge uma cutícula, uma camada não celular de substâncias lipídicas como a cutina, segregada pelas células da epiderme e que apresenta propriedades impermeabilizantes. As células epidérmicas são sempre vivas e arrumadas compactamente, sem espaços entre si, com capacidade de divisão. Os vacúolos são grandes e podem conter pigmentos ou taninos. Podem, ainda, apresentar cloroplastos, nomeadamente as células do aparelho estomático. Os estomas surgem nas epidermes aéreas, locais que permitem as trocas gasosas e cuja abertura é regulada por células especializadas (células guarda). É comum as epidermes apresentarem pelos ou tricomas. Em regra, os pelos da raiz são simples expansões das células epidérmicas, enquanto os pelos das folhas e caules são multicelulares. Uma exceção a essa regra é a fibra de algodão, um pelo epidérmico de paredes celulósicas espessas da semente do algodoeiro. Um dos pelos mais complexos é da folha de urtiga, como um fino tubo de extremidade reforçada por deposição de sílica na parede celular. O ferimento causado pela penetração dessa ponta aguçada na pele de um animal permite a entrada do conteúdo celular, contendo compostos altamente irritantes. Outras substâncias segregadas por pelos epidérmicos incluem os princípios ativo da droga marijuana, retirados da epiderme da planta Canabis. A função dos pelos depende da sua localização no corpo da planta, em raízes aumentam a área de absorção da solução do solo, enquanto em órgãos aéreos evitam a perda excessiva de água, protegem contra insetos, etc. Tecidos dérmicos: Endoderme Igualmente formada por uma única camada de células vivas, a endoderme envolve a zona central das raízes, separando o córtex (é a sua última camada de células) da medula destes órgãos.

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Tem como função proteger a medula, que contém os tecidos condutores, de substâncias nocivas que tenham sido absorvidas ou tenham penetrado no córtex da raiz. As suas células apresentam espessamentos de suberina ou lenhina em alguns locais da parede celular, permitindo ainda a passagem de substâncias. espessamentos em U - presentes apenas em angiospérmicas monocotiledôneas, apresentam 3 paredes laterais espessadas com suberina e a parede não espessada virada para o córtex. Este espessamento, apesar de não total impede a passagem de substâncias pela célula logo existem, a espaços regulares, as chamadas células janela, não espessadas, que permitem a passagem em direção à medula; pontuações ou bandas de Caspary - presentes apenas em angiospérmicas dicotiledóneas, este espessamento forma uma banda em volta das células, mostrando ao M.O.C. pequenas pontuações. Tecidos dérmicos: Súber O súber é um tecido secundário, muito leve e elástico, formado pelo câmbio suberofelogênico e apenas presente em caules lenhosos. As células do súber são mortas devido à deposição na parede secundária de suberina. A suberina é uma substância lipídica, tornando estas células impermeáveis aos gases e à água. Ao contrário da epiderme, o súber é um tecido com diversas camadas de células, podendo atingir espessuras importantes, como no caso dos carvalhos ou dos sobreiros, onde forma a cortiça. Quando se forma, o súber substitui a epiderme nas suas funções de proteção, impedindo a perda de água e protegendo o frágil floema. Dado que se trata de um tecido impermeável, é necessário que estas camadas de células sejam interrompidas a espaços regulares, possibilitando as trocas gasosas com o meio. Essas zonas de interrupção designam-se lentículas. TEORIA DA TENSÃO-COESÃO Estudos realizados por volta de 1894 por Dixon Joly permitiram concluir que existe uma relação direta entre a transpiração e a ascensão da água no xilema, sendo a primeira o motor essencial à ascensão da seiva bruta

A energia solar é a responsável pela transpiração, que ocorre em nível das células do mesófilo, sendo o vapor de água libertado pelos estomas, devido ás paredes úmidas das células do mesófilo que se encontram em contato com as câmaras estomáticas.

Este fenômeno causa uma deficiência de água nas folhas, o que diminui o seu potencial hídrico pois a concentração de solutos aumenta – tensão. Como as células do mesófilo estão hipertônicas em relação ao xilema a água desloca-se para a folha.

As moléculas de água são polares, pelo que estabelecem pontes de hidrogênio entre si, formando uma coluna mais ou menos contínua de água no interior dos vasos xilêmicos – coesão. Esta coesão entre moléculas de água é

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extremamente forte, cerca de 100 vezes superior ao que seria necessário para formar uma coluna de água com 100 metros de altura. A polaridade da molécula de água explica igualmente a sua enorme capacidade de adesão a outras substâncias, nomeadamente ás paredes dos vasos xilêmicos.

Deste modo, a evaporação a nível da folha causa o movimento de toda a coluna de água, tanto mais rapidamente quanto maior for a taxa de transpiração. Esta ascensão cria um déficit de água no xilema da raiz, fazendo com que mais água passe do solo para o córtex e deste para o para o cilindro central, numa corrente de transpiração, que parece explicar a subida de água acima dos 100 metros de altura, o que inclui mesmo as árvores mais altas.

Este processo apenas funciona se a corrente não for quebrada, o que pode acontecer por interposição de bolhas de ar. Se a corrente não for restabelecida, o vaso xilêmico deixa de ser funcional.

As características do xilema ajudam a que este processo seja extremamente eficaz, pois a ausência de conteúdo celular não cria obstáculos ao movimento da coluna de água, a parede lenhificada impede o colapso e o diâmetro reduzido dos elementos dos vasos facilita a adesão e a coesão.

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CONTROLE DA TRANSPIRAÇÃO

As folhas perdem diariamente o seu peso em água, o que pode querer dizer mais de 700 litros de água por dia numa árvore de médio porte. Da água que penetra as raízes, apenas uma pequena parte é retida pelas células, a maior parte passa a vapor, enchendo os espaços intercelulares do mesófilo.

A água evapora principalmente através dos estomas (apesar de estes apenas representarem cerca de 1 a 2% da área superficial da folha), tanto das folhas como dos caules herbáceos, embora exista uma pequena percentagem de perdas através da cutícula (cerca de 10%) dado que esta não é completamente impermeável aos gases.

Esta evaporação pode ser controlada, no entanto, pois os estomas abrem e fecham, sob controle da planta, embora o mecanismo exato não seja ainda conhecido.

Os estomas têm uma estrutura característica e distinta das restantes células epidérmicas, com duas células-guarda em forma de rim cuja parede interna, que rodeia a abertura ostíolo, é mais espessada.

Este fato faz com que as restantes paredes das células-guarda tenham maior elasticidade, o que permite abrir ou fechar o estoma, de acordo com o grau de turgescência da célula.

Ao contrário das restantes células epidérmicas, as células-guarda têm cloroplastos, embora a sua ação fotossintética seja reduzida, pelo que não se considera que seja o resultado da fotossíntese o responsável pelas alterações de turgescência destas células.

O grau de turgescência das células-guarda pode variar devido a diversos fatores:

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concentração de íons - um dos mecanismos mais aceites para explicar a abertura e fecho dos estomas, resulta do transporte ativo de íons, nomeadamente potássio, para interior das células-guarda, provindo das restantes células epidérmicas.

A variação da concentração de íon K+ parece estar relacionada com pigmentos sensíveis á luz, presentes na folha. Este movimento de K+ torna as células-guarda hipertônicas, a água desloca-se passivamente para o seu interior e a sua turgescência abre o estoma. Quando o transporte ativo cessa, o K+ flui naturalmente para as células epidérmicas, as células-guarda tornam-se hipotônicas e plasmolizam, fechando o estoma.

Em caso de não existir quantidade de água suficiente no solo, a planta forma ácido abscísico, uma hormônio que impede o transporte ativo de K+ para as células, fechando o estoma e impedindo a transpiração excessiva;

Luz, dióxido de carbono e pH - estes três fatores estão intimamente relacionados pois influenciam a ação da enzima fosforilase, que atua na síntese e degradação de amido nas folhas e existe em grande quantidade nas células-guarda.

Em presença de luz realiza-se a fotossíntese, o que diminui a concentração de CO2 para níveis mínimos (0,03%), logo não existe formação de ácido carbônico (H2CO3) e o pH sobe (básico). Nestas condições a fosforilase hidrolisa o amido em glicose, pelo que este açúcar solúvel torna as células-guarda hipertônicas. A consequente entrada de água causa a turgescência e a abertura do estoma.

Na obscuridade, ou seja, em meio ácido, a fosforilase sintetiza amido, açúcar insolúvel, tornando as células-guarda hipotônicas e o estoma fecha. Esta variação de concentração de amido vs. glicose é exatamente a inversa do que acontece nos restantes células da planta.

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Estudos revelaram igualmente que as células-guarda retêm o seu amido durante longos períodos de escuridão, quando a planta está altamente deficitária em glicídios, demonstrando a importância deste composto para o funcionamento do estoma.

Diversos fatores ambientais afetam a taxa de transpiração, mas a luz tem, sem dúvida, um papel fundamental, dado que os restantes fatores apenas podem atuar com os estomas abertos. Esses fatores são a temperatura do ar, umidade atmosférica, vento e água no solo.

GENÉTICA – O ESTUDO DA HEREDITARIEDADE A HEREDITARIEDADE é o fenômeno que explica as semelhanças observadas entre pais e filhos ou entre indivíduos de uma mesma linhagem. E a GENÉTICA é a ciência que estuda os fenômenos da hereditariedade. A forma como é transmitida em uma espécie. A GENÉTICA DE MENDEL Mendel era um monge agostiniano que realizou experimentos com ervilhas durante oito anos. Durante este tempo, ele observou que as ervilhas revelavam características que se transmitiam através de gerações e que eram facilmente notáveis. Suas experiências constituem as bases da Genética Moderna. Inicialmente, Mendel controlou a reprodução dos pés de ervilhas e fixou-se em algumas características nas quais sempre era possível identificar duas formas alternativas de manifestação, evidentes e fáceis de individualizar. Observando todas essas características, ele concluiu que existem “fatores” que respondiam por cada uma das características. A verdade é que ele apenas identificou a existência destes fatores, não sua localização. E muito menos os chamou de gens ou genes. No entanto, Mendel concluiu que os fatores apresentam-se sempre aos pares nas células somáticas (células com 2n cromossomos) e isoladas nos gametas (células com n cromossomos). Mendel detectou também a dominância e a recessividade, bem como a homozigose e a heterozigose. Em resumo, Mendel chegou às seguintes conclusões:

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1ª LEI DE MENDEL: Nas células somáticas, os fatores hereditários (GENES) se encontram sempre aos pares (2n). Mas durante a formação dos gametas, eles se separam mostrando-se isolados ou segregados (n). Para facilitar nosso estudo em genética, temos que nos habituar com alguns termos que são frequentemente utilizados, e que se fazem necessários: GENES: são pedaços de DNA cromossômico que sintetiza uma proteína. Cada cromossomo abriga inúmeros genes. GENES ALELOS: são os genes que formam pares e encontram-se em cromossomos homólogos, e respondem pelo determinismo dos mesmos caracteres e se posicionam identicamente. CROMOSSOMOS HOMÓLOGOS: são aqueles que formam par em uma célula somática. São homólogos porque contém genes para os mesmos caracteres. CROMOSSOMOS NÃO HOMÓLOGOS: são aqueles que não formam par em uma célula somática. Portanto não possuem a mesma sequência de genes. LOCO GÊNICO ou LOCUS GÊNICO: É o local certo e invariável no cromossomo onde se situa o gene para determinado caráter. HOMOZIGOSE: é o indivíduo que possui os dois genes alelos para um determinado caráter, com idêntica forma de expressão, ou seja, iguais (AA ou aa). HETEROZIGOSE: é o indivíduo que apresenta os genes alelos diferentes, ou seja, um dominante e outro recessivo (Aa). GENÓTIPO: a palavra designa a constituição genética do indivíduo, não é visível. Ele é apenas representado por letras. Para isso convencionou-se o seguinte:

A letra que designa a manifestação dominante deve ser a mesma que designa a manifestação recessiva;

A manifestação dominante é representada por letra MAIÚSCULA e a recessiva por letra MINÚSCULA;

No indivíduo heterozigótico, indica-se em primeiro lugar a letra da manifestação dominante e, só depois, a letra da manifestação recessiva;

A letra preferível deve ser a inicial da manifestação recessiva. FENÓTIPO: indica a manifestação visível ou apenas detectável da ação do genótipo. GENÓTIPO + MEIO AMBIENTE = FENÓTIPO As proteínas possuem diferentes papéis biológicos: enzimas – regula as reações celulares que determinam a manutenção da vida nas células e definem

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as características do indivíduo. Concluímos assim que para cada caractere, existem genes e enzimas específicos que condicionam a sua manifestação. “OS GENES ATUAM ATRAVÉS DA AÇÃO DE ENZIMAS ESPECÍFICAS POR ELES PRODUZIDAS.” GENE (DNA) RNA PROTEÍNA (ENZIMA) CARACTERÍSTICA FENOCÓPIA: são manifestações fenotípicas, que imitam um fenótipo e não são acompanhadas por modificações no genótipo. Há situações em que as influências ambientais fazem um indivíduo apresentar características para as quais ele não possui genótipo correspondente. Ex.: A diabetes é uma doença determinada geneticamente, ou seja, uma pessoa diabética recebe os genes dos pais. A diabetes é caracterizada pela falha na produção do hormônio insulina, que participa da quebra da molécula de glicose. Mas indivíduos sem os genes causadores da diabetes podem apresentar a doença, em decorrência de complicações no pâncreas, pois ele é o órgão responsável pela produção da insulina. As pessoas que adquirem diabetes ao longo da vida são fenocópias das pessoas que herdaram a diabetes dos pais, pois apresentam o fenótipo da diabetes, que é a deficiência na produção de insulina, mas essa informação não está armazenada em seu genótipo. HEREDOGRAMAS HEREDOGRAMAS: são gráficos utilizados para expor a genealogia ou pedigree de um indivíduo ou família. Através de símbolos e sinais convencionais são caracterizados todos os integrantes da linhagem sobre a qual se questiona alguma coisa. SINAIS CONVENCIONAIS UTILIZADOS EM HEREDOGRAMAS

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MONOHIBRIDISMO Monohibridismo é o cruzamento onde se considera a transmissão de apenas uma característica. Neste caso há sempre a participação de um único par de genes. O Monohibridismo pode ser de diferentes maneiras, as formas como os genes se expressam nunca é a mesma. Então foram identificados vários tipos de manifestações dos genes, e eles serão descritos conforme vamos nos familiarizando com os cruzamentos em genética. Vimos que Mendel identificou a existência de fatores que dominavam e outros que eram dominados, o que passaremos a chamar de genes DOMINANTES e genes RECESSIVOS. Como ele identificou isso, veremos agora: Mendel usava linhagens puras (que denominamos de GERAÇÃO PARENTAL = P) diferentes e as cruzava. Como as flores são hermafroditas (macho e fêmea) ele as fazia macho, retirando a estrutura feminina de reprodução. E para fazê-la fêmea, retirava os grãos de pólen. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ENVOLVENDO MONOHIBRIDISMO COM DOMINÂNCIA Sempre que se cruza um homozigoto dominante (AA, por exemplo) com um homozigoto recessivo (aa), em F1 resulta uma geração com 100%de heterozigotos (Aa) P: Altas (AA) x anãs (aa) G: A x a F1: 100% Altas (Aa)

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Sempre que se cruzam dois indivíduos iguais heterozigóticos (Aa, por exemplo) obtém-se uma prole com 1/4 (25%) de homozigotos dominantes, 1/4 (25%) de homozigotos recessivos e 2/4 (50% de heterozigotos). F1 x F1: Altas (Aa) x Altas (Aa) GF1: A,a x A,a F2: 75% Altas (1/4 AA e 2/4 de Aa) e 25% anãs (aa)

Sempre que se cruza um indivíduo homozigótico (dominante ou recessivo, tanto faz) com um indivíduo heterozigótico, os descendentes se distribuem em 50% iguais a um dos cruzantes e 50% iguais ao outro cruzante. Exemplo: F1 x F1: Anãs (aa) x Altas (Aa) GF1: a,a x A,a F2: 50% Altas (2/4 de Aa) e 50% anãs (2/4 de aa)

Sempre que pai e mãe forem fenotipicamente iguais e o filho resultar com um fenótipo diferente, pensa-se, em primeiro lugar, que a manifestação do filho é recessiva e que seus pais são provavelmente heterozigóticos. O que Mendel fez:

Mendel cruzou, por autofecundação várias ervilhas, várias vezes até conseguir indivíduos puros.

Mendel cruzou uma planta alta (AA) com uma planta anã (aa), e obteve uma geração F1 (Filha 1) toda alta.

Cruzou dois indivíduos da geração F1, obtendo uma geração F2 composta por indivíduos altos e baixos.

Mendel concluiu que "os indivíduos devem conter fatores em pares que se separam durante a formação dos gametas e se unem na formação de um novo indivíduo", Mendel não sabia que esses "fatores" eram os genes.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. Que tipos de gametas pode ser formados por um indivíduo de genótipo Aa ? a) Aa e Aa b) AA, Aa e aa c) A e a d) AA e aa e) unicamente A 2. Algumas pessoas demonstram uma transpiração excessiva mesmo em condições ambientais normais. Esse caráter é determinado por um gene dominante S. Como será o genótipo de uma pessoa normal? a) SS b) SS c) Ss d) S e) s 3. O fenômeno da dominância em relação a dois genes alternativos para um mesmo caráter significa que: a) o número de genótipos é sempre igual ao número de fenótipos correspondentes. b) o heterozigoto é fenotipicamente semelhante a um dos homozigotos. c) é possível reconhecer o genótipo através dos fenótipos dos indivíduos. d) todos os genótipos são fenotipicamente diferentes. e) O fenótipo é sempre exclusivamente condicionado pela ação do genótipo. 4. A probabilidade de um casal heterozigoto para uma determinada característica condicionada por um par de genes ter um filho também heterozigoto para a mesma característica é de: a) 0 b) 1/4 c) 1/2 d) 3/4 e) 100% 5. Certo tipo de idiotia aparece em filhos de casais normais e, no entanto, trata-se de uma manifestação hereditária. Como você explica esse fato? a) Os pais são homozigóticos b) os filhos são todos heterozigóticos c) a idiotia é condicionada por um gene dominante. d) o gene para idiotia é recessivo. e) os filhos normais são todos homozigóticos dominantes.

DISTÚRBIOS MONOGÊNICOS - Herança Autossômica Dominante

Na herança autossômica dominante um fenótipo é expresso da mesma maneira em homozigotos e heterozigotos. Toda pessoa afetada em um heredograma possui um genitor afetado, que por sua vez possui um genitor afetado, e assim por diante, como no heredograma abaixo:

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Nos casamentos que produzem filhos com uma doença autossômica dominante, um genitor geralmente é heterozigótico para a mutação e o outro genitor é homozigótico para o alelo normal. Pode-se escrever os genótipos dos pais como:

Cada filho desse casamento tem uma chance de 50% de receber o alelo anormal (A) do genitor afetado e, portanto ser afetado (A/a), e uma chance de 50% de receber o alelo normal (a) e, assim não ser afetado (a/a).

Critérios da Herança Autossômica Dominante

1. O fenótipo aparece em todas as gerações, e toda pessoa afetada tem um genitor afetado.

2. Qualquer filho de genitor afetado tem um risco de 50% de herdar o fenótipo.

3. Familiares fenotipicamente normais não transmitem o fenótipo para seus filhos.

4. Homens e Mulheres têm a mesma probabilidade de transmitir o fenótipo aos filhos de ambos os sexos.

Exemplos de Herança Autossômica Dominante

Doença de Huntington (DHq) É uma doença neurodegenerativa fatal de herança autossômica dominante caracterizada por movimentos involuntários e demência progressiva. O aparecimento da doença se dá entre os 30-50 anos de idade sendo 38 a idade média de aparecimento.

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Heredograma de uma família com Doença de Huntington

O gene foi mapeado no cromossomo 4p16 em 1981 por técnicas de genética molecular. É possível identificar os indivíduos portadores do gene.

Neurofibromatose de Von Recklinghausen (NF1) É um distúrbio comum do sistema nervoso caracterizado por manchas café-com-leite e tumores cutâneos fibromatosos.

O gene é clinicamente observado em praticamente todas as pessoas (penetrância completa). Cerca de metade dos casos de NF1 resulta de uma mutação nova e no heredograma abaixo, o probando (indicado por uma seta) parece ser um gene mutante novo, pois seus pais e avós não são afetado.

DISTÚRBIOS MONOGÊNICOS - Herança Autossômica Recessiva Os distúrbios autossômicos recessivos expressam-se apenas em homozigotos, que, portanto, devem ter herdado um alelo mutante de cada genitor. Desse modo:

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O risco de seus filhos receberem o alelo recessivo de cada genitor, e serem afetados é de 1/4. A maioria dos genes dos distúrbios autossômicos recessivos está presente em portadores dos genes. Eles podem ser transmitidos nas famílias por numerosas gerações sem jamais aparecer na forma homozigótica. A chance de isto acontecer é aumentada se os pais forem aparentados. A consanguinidade dos genitores de um paciente com um distúrbio genético é uma forte evidência em favor da herança autossômica recessiva daquela afecção.

s genitores de um paciente com um distúrbio genético é uma forte evidência em favor da herança autossômica recessiva daquela afecção.

Critérios da Herança Autossômica Recessiva

1. O fenótipo é encontrado tipicamente apenas na irmandade do probando e o fenótipo salta gerações.

2. O risco de recorrência para cada irmão do probando é de 1 em 4. 3. Os pais do indivíduo afetado em alguns casos são consanguíneos. 4. Ambos os sexos têm a mesma probabilidade se serem afetados.

Exemplos de Herança Autossômica Recessiva

Fibrose Cística Doença autossômica recessiva caracterizada por doença pulmonar crônica, insuficiência pancreática exócrina, aumento da concentração de cloreto no suor. O defeito básico é uma mutação do gene que codifica a proteína reguladora da fibrose cística, provavelmente envolvida no transporte de ânions através da membrana celular.

Doença de TAY-SACHS Distúrbio neurológico degenerativo, autossômico recessivo, que se desenvolve quando a criança tem 6 meses de idade. Há uma deterioração mental e física intensa desde a lactância, a morte ocorre entre 2 e 3 anos de idade. O defeito básico são mutações no lócus da subunidade a da hexosaminidase A. A deficiência ou ausência da subunidade a da hexosaminidase A leva ao acúmulo do gangliosídeo GM2, principalmente nos neurônios.

DISTÚRBIOS MONOGÊNICOS - Herança Dominante Ligada ao X Um fenótipo ligado ao X é descrito como dominante se ele se expressar regularmente em heterozigotos. Em um heredograma dominante ligado ao X, todas as filhas e nenhum filho de homens afetados são afetados; se alguma filha não for afetada ou algum filho for afetado, a herança deve ser autossômica.

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Critérios da Herança Dominante Ligada ao X

1. Os homens afetados com companheiras normais não têm nenhum filho afetado e nenhuma filha normal.

2. Os filhos de ambos os sexos de portadores possuem um risco de 50% de herdar o fenótipo.

Exemplos de Herança Dominante Ligada ao X

Raquitismo Hipofosfatêmico Distúrbio dominante ligado ao X. Caracteriza-se por capacidade reduzida de reabsorção tubular renal do fosfato filtrado.

Síndrome de Rett Distúrbio dominante ligado ao X caracterizado por uma síndrome de retardamento mental acentuado.

DISTÚRBIOS MONOGÊNICOS - Herança Recessiva Ligada ao X Uma mutação ligada ao X expressa-se fenotipicamente em todos os homens que a recebem, mas apenas nas mulheres que são homozigóticas para a mutação. Mulheres heterozigotas podem expressar o fenótipo (considerando a Hipótese de Lyon).

O gene de um distúrbio ligado ao X às vezes está presente num pai e numa mãe portadora e, então, as filhas podem ser homozigóticas afetadas.

Critérios da Herança Recessiva Ligada ao X

1. A incidência do fenótipo é muito mais alta em homens do que em mulheres.

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2. O gene responsável pela afecção é transmitido de um homem afetado para todas as suas filhas.

3. O gene jamais se transmite diretamente do pai para o filho, mas sim de um homem afetado para todas as suas filhas.

4. As mulheres heterozigóticas geralmente não são afetadas, mas algumas expressam a afecção com intensidade variável.

Exemplos de Herança Recessiva Ligada ao X

Hemofilia A Distúrbio recessivo ligado ao X clássico. É um distúrbio da coagulação caracterizado por tempo de sangramento prolongado. Causado por mutações no gene que codifica o fator VIII, componente da cascata da coagulação. A deficiência do fator VIII resulta numa formação defeituosa de fibrina, comprometendo a capacidade de coagulação.

Distrofia Muscular de Duchene (DMD) Distúrbio recessivo ligado ao X caracterizado por uma Fraqueza Muscular Progressiva. O defeito básico é uma anormalidade do gene estrutural da proteína distrofina causando níveis nulos ou bastante reduzidos de distrofina no músculo. Normalmente, a distrofina é ligada à membrana muscular e ajuda a manter a integridade da fibra muscular; na ausência , a fibra muscular degenera.

MONOHIBRIDISMO SEM DOMINÂNCIA O Monohibridismo Sem Dominância também pode ser chamado de dominância intermediária ou ausência de dominância. É uma forma de herança em que dois alelos diferentes de um dado par têm potencialidades semelhantes e, em consequência o indivíduo heterozigótico revela um fenótipo intermediário ou, então, bastante diferente daqueles apresentados pelos homozigotos. Entre as boninas, um tipo de planta conhecida também popularmente como maravilha ou dama-da-noite, os indivíduos puros ou homozigóticos costumam apresentar flores vermelhas (BVBV) ou brancas (BBBB). Mas os heterozigóticos possuem sempre flores róseas (BVBB).

Outros tipos de Monohibridismo: Dominância completa Nos casos de dominância completa, o indivíduo heterozigótico apresenta o fenótipo condicionado pelo alelo dominante, ou seja, o alelo recessivo só se manifesta em homozigotia. Existem apenas dois fenótipos possíveis.

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Dominância incompleta ou sem dominância Nos casos de dominância incompleta, o indivíduo heterozigótico vai apresentar um fenótipo diferente dos indivíduos homozigóticos. Neste caso vai apresentar um fenótipo intermédio entre os dois indivíduos homozigóticos antagônicos, ou seja: Ex:

Co-dominância Nos casos de co-dominância, o indivíduo heterozigótico vai apresentar um fenótipo diferente dos indivíduos homozigóticos. Neste caso vai apresentar um fenótipo que resulta da mistura dos dois indivíduos homozigóticos antagônicos, ou seja: Ex:

Exemplo: Heredograma ou Genealogia de uma família portadora de Polidactilia:

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1. Considere o heredograma de uma família em que se manifesta uma determinada característica genética.

Nessa família, quantos tipos de gametas produzirão, respectivamente, os indivíduos I-1, II-3 e III-1? a) 1-2-1 b) 1-2-2 c) 2-1-2 d) 2-2-1 e) 2-2-2 2. Analise o heredograma:

Sobre as informações contidas nesse heredograma, todas as afirmativas estão corretas, exceto: a) Homens e mulheres podem ser igualmente afetados pela anomalia. b) O n° de mulheres heterozigotas é o dobro do nº de homozigotas. c) Os casais II.3 x II.4 e III.6 x III.7 tem a mesma probabilidade de ter crianças afetadas. d) Os homens normais representados são heterozigotos. e) Os indivíduos afetados representados são homozigotos. 3. Um determinado caráter é encontrado em três famílias distintas, conforme figura abaixo:

Um aluno, estudando o assunto, concluiu que o caráter observado é determinado por um gene recessivo. Sua conclusão está: a) correta, devido ao observado na genealogia nº1 b) correta, devido ao observado na genealogia nº 2

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c) errada, devido ao observado na genealogia nº 3 d) correta, devido ao observado na genealogia nº 3 e) errada, devido ao observado na genealogia nº 2 4. Na genealogia a seguir, o número de indivíduos certamente heterozigotos é igual a:

5. O esquema abaixo representa a genealogia de uma família.

Das afirmações abaixo, qual é a única que está inteiramente de acordo com os dados? a) Cabelo ondulado é característica determinada por gene dominante. b) Os indivíduos 3 e 4 são heterozigotos. c) O casal 6 e 7 poderá ter filhos de cabelos crespos. d) Se o indivíduo 5 casar-se com uma mulher de cabelos crespos, todos os seus filhos terão cabelos ondulados. e) Os pais do indivíduo 2 têm, obrigatoriamente , genótipo igual ao do filho. 6. Analisando a genealogia, responda:

Qual a probabilidade de o indivíduo 3 ser heterozigoto? Qual a probabilidade de o indivíduo 5 ser homozigoto? Qual a probabilidade do indivíduo 6 ser homozigoto dominante? CÁLCULOS DE PROBABILIDADE: PROBABILIDADES = é a frequência “esperada” de um acontecimento dentro de um certo número de tentativas. É a chance que um evento tem de ocorrer, entre 2 ou mais eventos possíveis. Podemos representá-la pela seguinte expressão:

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Por exemplo: se você quer tirar um ás num baralho, tem 4 possibilidades isoladas ao mesmo tempo (o ás de ouros, o ás de copas, o ás de paus e o ás de espadas). Você terá então: REGRA DO “ E ” A probabilidade de dois ou mais eventos independentes ocorrerem conjuntamente é igual ao produto das probabilidades de ocorrerem separadamente. Esta regra corresponde à pergunta: Qual a probabilidade de ocorrer um evento E outro, simultaneamente? Suponha que você jogue uma moeda duas vezes, qual a probabilidade de obter duas “CARAS” , ou seja, “cara” no 1º lançamento E “cara” do 2º? REGRA DO “ OU ” Diz que a ocorrência de dois eventos que se excluem mutuamente é igual à soma das probabilidades que cada evento ocorre. Esta regra corresponde à pergunta: qual a probabilidade de ocorrer um evento OU outro? Por exemplo, a probabilidade de obter “cara” OU “coroa”, ao lançarmos uma moeda é igual a 1, porque representa a probabilidade de ocorrer “cara” somada à probabilidade de ocorrer “coroa”. EXEMPLO: Considere que a queratose (anomalia genética em que o indivíduo revela espessamento da camada córnea da pele, com rachaduras dolorosas) seja devida a um gene dominante N. qual a probabilidade de que um casal em que ambos os cônjuges têm queratose e são heterozigóticos venham a ter 4 filhos (independente de sexo), todos com queratose?

F1 : 25% ou 1/4 NN (c/ queratose) 50% ou 2/4 Nn (c/ queratose) 25% ou 1/4 nn (normais) Probabilidade de nascer filho com queratose: ¾ Como o problema indaga sobre a possibilidade de o acontecimento (nascimento do filho com queratose) se repetir por 4 vezes seguidas, teremos:

Se quisermos dar o resultado em percentagem, basta fazer uma simples regra de 3: Se em 256 _______________________ temos 81

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Em 100 __________________________ teremos X X = 31,6 % Se quiséssemos saber qual a probabilidade do filho nascer com queratose OU sem queratose, teremos que realizar outro cálculo, aplicando a regra do OU:

2ª LEI DE MENDEL E O DIIBRIDISMO: Descoberto o mecanismo de transmissão “isolada” dos caracteres hereditários, Mendel passou a estudar como esses caracteres se transmitiam de uma maneira “conjunta”. Ele pôde observar que cada par de genes alelos agem na manifestação de seu caráter como se os demais não existissem. DIIBRIDISMO = é o estudo da transmissão de dois caracteres ao mesmo tempo. Ao avaliar um cruzamento de diibridismo, você deve adotar, na ordem, a seguinte série de procedimentos:

1º. Disponha em linha os genótipos dos cruzantes (geração P); 2º. Abaixo de cada genótipo, coloque todos os gametas possíveis daquele cruzante; 3º. Arme o genograma, dispondo os gametas de um cruzamento na linha horizontal de cima e os gametas do outro cruzante na primeira vertical da esquerda; 4º. Cruze as linhas verticais com as horizontais e vá completando ou preenchendo as casas do tabuleiro, atentamente; 5º. Interprete estatisticamente os dados obtidos, não só do ponto de vista genotípico mas também fenotípico.

Cruzando plantas de sementes amarelas e lisas com plantas de sementes verdes e rugosas, obteve a geração F1 composta totalmente de plantas de sementes amarelas e lisas. Cruzando indivíduos da geração F1, obteve plantas de sementes amarelas e lisas, plantas de sementes amarelas e rugosas, plantas de sementes verdes e lisas e plantas de sementes verdes e rugosas Mendel concluiu que "os fatores segregam-se uns dos outros independentemente". P: Amarelas e Lisas (VVRR) x Verdes Rugosas (vvrr) G: VR x vr F1: 100% Amarelas e Lisas (VvRr)

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F1 x F1: Amarelas e Lisas (VvRr) x Amarelas e Lisas (VvRr) GF1: VR, Vr, vR, vr x VR, Vr, vR, vr F2: VVRR, VVRr, VVrr, VvRR, VvRr, Vvrr, vvRR, vvRr, vvrr

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1) Em cobaias ou porquinhos-da-índia, o pelo negro (B) e arrepiado (L) dominam sobre pelo branco ou albino (b) e liso (l). Como se distribuirão fenotipicamente os descendentes de um cruzamento entre cobaias de pelo negro e arrepiado, ambos heterozigóticos para os dois caracteres? 2) No quadro abaixo, os números representam os descendentes do cruzamento entre duas ervilhas híbridas (heterozigóticas) de genótipo VvRr. Indique os indivíduos que terão genótipo igual ao dos pais.

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3) De acordo com as leis de Mendel, os indivíduos com genótipo: a) Aa produzem gametas AA, Aa e aa. b) AaBb produzem gametas A, a e B. c) AaBb produzem gametas Aa e Bb. d) AA produzem gametas a e) aa produzem gametas aa. 4) Num experimento com linhagens puras, cruzaram-se ervilhas de sementes amarelas e lisas (dominantes) com ervilhas verdes e rugosas (recessivas). Considerando-se apenas o fenótipo relativo à cor, pode-se esperar que na geração F2 a relação de indivíduos com sementes amarelas e de indivíduos com sementes verdes esteja, respectivamente, na proporção de : a) 1:1 b) 1:2 c) 1:3 d) 2:1 e) 3:1 5) Um homem míope e albino casou-se com uma mulher de visão e pigmentação da pele normais, porém filha de pai míope e albino. Sendo a miopia e o albinismo caracteres recessivos, qual a probabilidade de vir esse casal a ter filhos (de qualquer sexo) de visão e pigmentação da pele normais? a) 1/2 b) 1/4 c)3/4 d) 1/8 e) 1/16 6) Os experimentos de Mendel com cruzamento diíbrido mostrando distribuição independente dos dois pares de alelos resultam em uma proporção: a) fenotípica de 3:1 b)genotípica de 3:1 c) genotípica de 1:2:1 d) fenotípica de 9:3:3:1 e) genotípica de 9:3:3:1 7) Do cruzamento de um diíbrido (AaBb) com um duplamente homozigoto (aabb), resultaram 160 descendentes. A proporção esperada de descendentes com o genótipo igual ao do pai diíbrido é: a) 6,25% b) 18,75% c) 25% d) 50% e) 56,25% 8) Um casal de amigos seus, Márcio e Olga, ambos de olhos castanhos e cabelos lisos, trazem duas crianças à sua casa: José de olhos castanhos e cabelos crespos, e Luís, de olhos azuis e cabelos lisos. Márcio e Olga pedem para você adivinhar qual dos meninos é filho deles. Cabelos crespos são dominantes. a) José b) Luís c) Ambos podem ser d) Nenhum pode ser e) Resposta impossível com apenas esses dados.

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9) Certo tipo de miopia é um caráter condicionado por um gene recessivo m. A adontia hereditária é determinada por um gene dominante D. Um homem com adontia e visão normal casa-se com uma mulher míope e com dentes, tendo um casal um filho míope e com dentes. Se o casal tiver mais um filho, qual a probabilidade de ele ser homem e normal para ambos os caracteres? a) 1/8 b) ¼ c) 1/16 d) 1/32 e) 0% TRIIBRIDISMO E POLIIBRIDISMO Agora, vamos nos preocupar com problemas nos quais os cruzantes e seus descendentes diferem por 3 ou mais caracteres. Logo, em cada genótipo devemos encontrar 3 ou mais pares de genes. Para tanto, é oportuno que você conheça algumas constantes que permitem avaliar determinados dados com precisão e rapidez.

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A proporção fenotípica dos descendentes, quando cruzam dois triibridos, é de: 27 : 9 : 9 : 9 : 3 : 3 : 3 : 1

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. Quantos tipos diferentes de gameta pode formar um indivíduo heterozigoto para 5 pares de alelos distintos situados em cromossomos diferentes? 2. Se o indivíduo da questão anterior for cruzado com uma fêmea de genótipo igual ao dele, quantos genótipos diferentes serão possíveis nos seus descendentes?

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3. Calcule o número de fenótipo diversos que podem ocorrer em F2 a partir do cruzamento de dois indivíduos homozigóticos para 4 pares de alelos, sendo um dos cruzantes homozigóticos dominante e o outro, homozigótico recessivo. 4. Quantas casas teria um genograma formado pelo cruzamento dos gametas de dois indivíduos idênticos heterozigóticos para 4 pares de alelos. 5. Na espécie humana, mecha branca nos cabelos, sarda e polidactilia são manifestações determinadas por genes dominantes. Um indivíduo com mecha branca nos cabelos, sardento e portador de polidactilia, cujo pai não tinha mecha no cabelo nem era sardento, mas tinha polidactilia, e cuja mãe tinha mecha, era sardenta, mas não revelava polidactilia, casa-se com uma prima de genótipo idêntico ao dele. Qual a probabilidade que tem esse casal de vir a ter uma criança sem mecha, sem sardas e sem polidactilia? Em casos de Diibridismo, aplicamos o seguinte macete: Suponha o seguinte cruzamento: EeVv X EeVv Quero saber qual é a probabilidade de sair um indivíduo Eevv a. do cruzamento de Ee X Ee, resultam 2/4 de descendentes com genótipo Ee; b. do cruzamento de Vv X Vv, resultarão descendentes na proporção de 1/4 com genótipo vv; c. ora, como a pergunta se refere à probabilidade de as duas coisas ocorrerem simultaneamente no mesmo indivíduo (descendentes Eevv), avaliamos essa possibilidade pelo produto das duas probabilidades isoladas, ou seja:

OBSERVAÇÃO: Assim, se você fizer o genograma, encontrará exatamente o mesmo resultado. Para tanto, os cálculos de probabilidade facilitam a obtenção dos resultados, evitando assim fazer aqueles genogramas enormes !! Eles estão assim, a serviço de você , portanto faça bom uso desse recurso. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1) A proporção esperada de indivíduos duplo-heterozigotos para dois pares de genes de um casal também duplo-heterozigoto é de: a) ½ b) ¼ c) 3/8 d) 1/16 e) 2/16 2) A chance de um casal ter 3 filhos homens é de: a) ½ b) 1/3 c) ¼ d) 1/8 e) 1/16 3) Um casal tem 3 filhas. A mulher está grávida e diz ao marido: “Espero que nosso quarto filho seja do sexo masculino”. O marido que estudou genética, pensa um pouco e responde corretamente: “a probabilidade de que nosso filho seja um menino é de:

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a) 50% b) 66% c) 75% d) 33% e) 25% 4 ) Diversas cobaias pretas heterozigóticas são cruzadas entre si. A probabilidade de os três primeiros descendentes serem alternativamente preto - branco - preto ou branco - preto - branco é de: a) 9/64 b) 27/4096 c) 3/4 d) 3/16 e) 27/64 5) O albinismo no homem é condicionado por um gene recessivo (a), e seu alelo (A) é responsável pela pigmentação normal da pele. Qual a probabilidade de um casal heterozigoto ter quatro filhos de qualquer sexo, sendo dois albinos e dois normais? a) 3/4 b) 3/8 c) 9/256 d) 27/128 e) 27/256 INTERAÇÃO GÊNICA Consiste no processo pelo qual dois ou mais pares de genes, com distribuição independente, condicionam conjuntamente um único caráter.

Ex.: CRISTAS EM GALINHAS:

1) Crista ervilha: EE rr ou Ee rr. 2) Crista Rosa: ee RR ou ee Rr. 3) Crista Noz: EE RR ou EE Rr ou Ee RR ou Ee Rr. 4) Crista Simples: ee rr.

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INTERAÇÃO GÊNICA COM EPISTASIA Constitui uma modalidade de interação gênica na qual genes de um par de alelos interferem na manifestação de genes de outros pares. Na epistasia a dominância manifesta-se entre genes não-alelos.

Quando o gene epistático é dominante em relação ao seu alelo - como o gene I, no caso da coloração da plumagem em galinhas Leghorn - a epistasia é chamada dominante.

Nos casos em que o gene epistático é recessivo, no seu par de alelos, a epistasia é denominada recessiva.

Ex.: Plumagem colorida: CC ii ou Cc ii. Plumagem branca: CC II ou CC Ii ou Cc II ou Cc Ii ou cc II ou cc Ii ou cc ii. EPISTÁTICO:____________________________________________________ HIPOSTÁTICO:___________________________________________________ HERANÇA QUANTITATIVA Muitas características dos seres vivos, como altura, peso, coloração etc, resultam do efeito cumulativo de vários genes; cada um contribui com uma parcela no fenótipo. Por exemplo, pessoas que tem o maior número de alelos para a altura são mais altas dos que as que apresentam menor número desses alelos. Esse tipo de herança, em que participam dois ou mais genes com efeitos cumulativos, é chamada herança quantitativa ou poligênica.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. Em galinhas da raça Leghorn, o gene C determina a manifestação de cor, porém é inibido pelo gene I, que é epistático sobre ele. Um galo branco, cruzado com uma galinha branca, produziu em F1 50% de aves brancas e 50% de aves coloridas. A provável fórmula genética dos cruzantes deve ser a) Iicc x iicc b) IiCc x iicc c) IiCC x iicc d) iiCc x iiCc e) IICC x iicc 2. No homem, a surdez congênita é devida à homozigose de apenas um dos dois genes recessivos, d ou e. São necessários os dois genes dominantes D e E para a audição normal. Desse modo, Fernando que é surdo, casou-se com Lúcia que também é surda. Tiveram 6 filhos, todos de audição normal. Portanto, você pode concluir que o genótipo dos filhos é: a) DDee b) ddEE c) DdEe d) DDEE e) DDEe 3. Em ratos, a produção de pigmentos que dão a cor ao pelo depende da ação complementar de 2 pares e alelos situados em cromossomos independentes. Assim, o gene A desencadeia o processo de produção do pigmento e seu recessivo a, ao contrário, inibe ou impede esse processo. O gene B produz pigmento negro, tornando o pelo negro, enquanto seu alelo recessivo b condiciona a produção de pigmento marrom, fazendo o pelo mostrar-se dessa cor. Um rato preto heterozigoto para ambos os pares de genes é cruzado com uma rata albina (branca) homozigota para os dois pares (com a fórmula duplo-recessiva aabb). Que proporções fenotípicas poderão esperar na progênie desse casal de ratos? a) 3 pretos : 1 albino b) 2 pretos : 1 marrom : 1 albino c) 2 marrons : 1 albino d) 2 pretos : 2 albinos e) 1 preto : 1 marrom : 2 albinos 4. Considere o seguinte cruzamento entre plantas de pimentão em que são analisadas as cores dos frutos. P: marrom X amarelos F1: 100% vermelhos F2: 183 vermelhos; 59 marrons; 61 amarelos; 20 verdes Com base nos resultados dos cruzamentos, é possível concluir que a herança da cor dos frutos no pimentão depende: a) de 1 par de genes sem dominância. b) de uma série alélica (alelos múltiplos) c) de 4 pares de genes com dominância d) de 2 pares de genes não alelos que interagem e) da ação de genes pleiotrópicos.

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5. Em cães da raça Cocker Spaniel, o gene A, que condiciona a cor branca, é epistático em relação ao gene B, que determina cor preta, e ao seu alelo b, responsável pela cor marrom. Sabe-se, também, que o gene A e seu alelo a segregam-se independente do gene B e seu alelo b. Do cruzamento entre machos e fêmeas com genótipo AaBb, esperam-se descendentes que se distribuam na seguinte proporção fenotípica: a) 13 : 3 b) 9 : 3 : 3 : 1 c) 9 : 6 : 1 d) 9 : 4 : 3 e) 12 : 3 : 1 6. Em cebolas, a cor do bulbo é resultado da ação de dois pares de genes que interagem. C é condição para pigmento colorido, e seu recessivo c determina bulbo branco. O gene B, dominante, determina bulbo vermelho, e heterozigótico para os dois genes, obteremos descendentes na seguinte proporção: a) 12 vermelhos : 3 brancos : 4 amarelos b) 12 brancos : 3 vermelhos : 4 amarelos c) 9 brancos : 3 amarelos : 4 vermelhos d) 9 vermelhos : 3 brancos : 4 amarelos e) 9 vermelhos : 3 amarelos : 4 brancos TEORIA CROMOSSÔMICA DA HERANÇA Genes e Cromossomos: Hoje já se sabe que os genes estão localizados em pares diferentes de cromossomos homólogos segregando-se independentemente, durante a meiose. Por sua vez, genes localizados em um mesmo cromossomo tendem a ir juntos para o mesmo gameta; diz-se, por isso, que esses genes estão em ligação, ou que apresentam ligação gênica ou ligamento fatorial (em inglês, linkage, ligação). HERANÇA LIGADA AO SEXO Habitualmente, classificam-se os casos de herança relacionada com o sexo de acordo com a posição ocupada pelos genes, nos cromossomos sexuais. Para tanto, vamos dividi-los em regiões: A porção homóloga do cromossomo X possui genes que têm correspondência com os genes da porção homóloga do cromossomo Y. Portanto, há genes alelos entre X e Y, nessas regiões. Os genes da porção heteróloga do cromossomo X não encontram correspondência com os genes da porção heteróloga do cromossomo Y. Logo, não há genes alelos nessas regiões, quando um cromossomo X se emparelha com um cromossomo Y.

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Herança ligada ao sexo é aquela determinada por genes localizados na região heteróloga do cromossomo X. Como as mulheres possuem dois cromossomos X, elas têm duas dessas regiões. Já os homens, como possuem apenas um cromossomo X (pois são XY), têm apenas um de cada gene. Um gene recessivo presente no cromossomo X de um homem irá se manifestar, uma vez que não há um alelo dominante que impeça a sua expressão. Na espécie humana, os principais exemplos de herança ligada ao sexo são: Daltonismo Trata-se da incapacidade relativa na distinção de certas cores que, na sua forma clássica, geralmente cria confusão entre o verde e o vermelho. É um distúrbio causado por um gene recessivo localizado na porção heteróloga do cromossomo X, o gene Xd, enquanto o seu alelo dominante XD determina a visão normal. A mulher de genótipo XDXd, embora possua um gene para o daltonismo, não manifesta a doença, pois se trata de um gene recessivo. Ela é chamada de portadora do gene para o daltonismo. O homem de genótipo XdY, apesar de ter o gene Xdem dose simples, manifesta a doença pela ausência do alelo dominante capaz de impedir a expressão do gene recessivo.

O homem XdY não é nem homozigoto ou heterozigoto: é hemizigoto recessivo, pois do par de genes ele só possui um. O homem de genótipo XDY é hemizigoto dominante. Hemofilia É um distúrbio da coagulação sanguínea, em que falta o fator VIII, uma das proteínas envolvidas no processo, encontrado no plasma das pessoas normais. As pessoas hemofílicas têm uma tendência a apresentarem hemorragias graves depois de traumatismos banais, como um pequeno ferimento ou uma extração dentária. O tratamento da hemofilia consiste na administração do fator VIII purificado ou de derivados de sangue em que ele pode ser encontrado (transfusões de sangue ou de plasma). Pelo uso frequente de sangue e de derivados, os pacientes hemofílicos apresentam uma elevada incidência de AIDS e de hepatite tipo B, doenças transmitidas através dessas vias.

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A hemofilia atinge cerca de 300.000 pessoas. É condicionada por um gene recessivo, representado por h, localizado no cromossomo X. É pouco frequente o nascimento de mulheres hemofílicas, já que a mulher, para apresentar a doença, deve ser descendente de um homem doente (XhY) e de uma mulher portadora (XHXh) ou hemofílica (XhXh). Como esse tipo de cruzamento é extremamente raro, acredita-se que praticamente inexistiriam mulheres hemofílicas. No entanto, já foram relatados casos de hemofílicas, contrariando assim a noção popular de que essas mulheres morreriam por hemorragia após a primeira menstruação (a interrupção do fluxo menstrual deve-se à contração dos vasos sanguíneos do endométrio, e não a coagulação do sangue).

HERANÇA RESTRITA AO SEXO = HERANÇA HOLÂNDRICA O cromossomo Y possui alguns genes que lhe são exclusivos, na porção encurvada que não é homóloga ao X. Esses genes, também conhecidos como genes holândricos, caracterizam a chamada herança restrita ao sexo. Não há duvidas de que a masculinização está ligada ao cromossomo Y. Um gene que tem um papel importante nesse fato é o TDF (iniciais de testis-determining factor), também chamado de SRY (iniciais de sex-determining region of Y chromossome), que codifica o fator determinante de testículos. O

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gene TDF já foi identificado e está localizado na região não-homóloga do cromossomo Y. Tradicionalmente, a hipertricose, ou seja, presença de pelos no pavilhão auditivo dos homens, era citada como um exemplo de herança restrita ao sexo. No entanto, a evidência que a hipertricose deve-se a uma herança ligada ao Y está sendo considerada inconclusiva, pois, em algumas famílias estudadas, os pais com hiperticose tiveram filhos homens com e sem pelos nas bordas das orelhas. Na herança restrita ao sexo verdadeira: Todo homem afetado é filho de um homem também afetado; todos os seus filhos serão afetados, e as filhas serão normais.

HERANÇA INFLUENCIADA PELO SEXO Nessa categoria, incluem-se as características determinadas por genes localizados nos cromossomos autossomos cuja expressão é, de alguma forma, influenciada pelo sexo do portador. Nesse grupo, há diversas modalidades de herança, das quais ressaltaremos a mais conhecida, a dominância influenciada pelo sexo, herança em que, dentro do par de genes autossômicos, um deles é dominante nos homens e recessivo nas mulheres, e o inverso ocorre com o seu alelo. Na espécie humana, temos o caso da calvície.

ALELOS MÚLTIPLOS ou POLIALELIA Alelos Múltiplos: Atrás de um determinado fenótipo há mais de um par de alelos. Uma característica é manifestada por mais de um par de genes alelos. Eles obedecem às proporções mendelianas.

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Tomemos como exemplo a cor da pelagem dos coelhos .

C = selvagem cch = chinchila ch = himalaia c = albino Um só par entra na constituição do genótipo do coelho ( cada indivíduo tem 2 alelos ). Os alelos múltiplos tem uma sequência de dominância .

Se tiver mais de dois genes é um caso de alelos múltiplos ;

Se tiver mais de dois fenótipos pode ser um caso de herança sem dominância .

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. Na Primula sinensis, a flor tem, normalmente, uma mancha amarela na base da pétala. Ocorreu uma mutação recessiva que produz uma mancha amarela muito grande (Prímula “rainha”). Mais tarde, ocorreu outra mutação do mesmo gene, desta vez dominante em relação ao tipo normal ou original, condicionando uma mancha branca (tipo “alexandra”). Uma planta “alexandra” foi cruzada com uma planta normal, produzindo 45 plantas “alexandra”, 23 plantas normais e 22 plantas “rainhas”. Quais os genótipos das plantas cruzadas? a) AA X aa b) AA X ana c) Aa X ana d) Aa X Aa e) AA X Anan 2) Em coelhos, conhecem-se alelos para a cor do pelo: C (selvagem), cch (chinchila), ch (himalaia) e c (albino). A ordem de dominância de uns genes sobre os outros é a mesma em que foram citados. Foram promovidos os seguintes cruzamentos identificados com I e II, respectivamente: I: chc x cchc II: Cch x chc Nesses cruzamentos, as progênies serão:

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SISTEMA ABO INTRODUÇÃO Foi no século XX que a transfusão de sangue, adquiriu bases mais científicas. Em 1900 foram descritos os grupos sanguíneos A, B e O por Landsteiner e em 1902 o grupo AB por De Costello e Starli. A descrição do sistema Rh foi posterior (1940), por Landsteiner e Wiener. Os grupos sanguíneos são constituídos por antígenos que são a expressão de genes herdados da geração anterior. Quando um antígeno está presente, isto significa que o indivíduo herdou o gene de um ou de ambos os pais, e que este gene poderá ser transmitido para a próxima geração. O gene é uma unidade fundamental da hereditariedade, tanto física quanto funcionalmente. Sistema ABO Há vários grupos sanguíneos herdados independentemente entre si. São conhecidos diversos sistemas de grupo sanguíneos. Entre eles podemos citar os sistemas ABO, Rh, MNS, Kell, Lewis, etc. O sistema ABO é o de maior importância na prática transfusional por ser o mais antigênico, ou seja, por ter maior capacidade de provocar a produção de anticorpos, seguido pelo sistema Rh. Os antígenos deste sistema estão presentes na maioria dos tecidos do organismo . Fazem parte deste sistema três genes A, B e O podendo qualquer um dos três ocupar o loco ABO em cada elemento do par de cromossomos responsáveis por este sistema. Os genes ABO não codificam diretamente seus antígenos específicos, mas enzimas que tem a função de transportar açúcares específicos, para uma substância precursora produzindo os antígenos ABO. O indivíduo do grupo AB é possuidor de um gene IA e de um gene IB, tendo sido um herdado da mãe e o outro do pai. Ele possui nos seus glóbulos vermelhos os antígenos A e B, seu genótipo é IAIB.

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No caso do grupo O, foi herdado do pai e da mãe o mesmo gene i. O gene i é amorfo, isto é, não produz antígeno perceptível. As células de grupo O são reconhecidas pela ausência de antígeno A ou B. Quando o gene i é herdado ao lado de IA, apenas o gene A se manifesta; e se é herdado ao lado do gene IB apenas o gene B se manifesta. Ao realizarmos os testes rotineiros em laboratório, não podemos diferenciar os indivíduos IBi e IBIB, e nem IAi e . Os símbolos A e B, quando nos referimos a grupos, indicam fenótipos, enquanto que IAIA, IBi etc. são genótipos (ver quadro abaixo).

É dito homozigótico quando o indivíduo é possuidor de genes iguais (IAIA, IBIB, ii), e heterozigótico quando os genes são diferentes (IAi, IBi, IAIB).

A CLASSIFICAÇÃO SANGUÍNEA A determinação do grupo sanguíneo deste sistema é feita usando dois tipos de teste. 1o – Através da identificação da presença de antígenos nos eritrócitos, usando reativos compostos de anticorpos conhecidos (anti-A, anti-B, anti-AB). Esta é a chamada classificação ou tipagem direta . 2o – Através da identificação da presença de anticorpos no soro/plasma usando reativos compostos de antígenos conhecidos (hemácias A e hemácias B). Esta é a classificação ou tipagem reversa (ver quadro abaixo).

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Regularmente as pessoas expostas a um antígeno que não possuem, podem responder com a produção de um anticorpo específico para este antígeno. Entretanto, há alguns antígenos que possuem uma estrutura que se parece muito com antígenos de bactérias e planta, aos quais estamos constantemente expostos. Nestes casos, ocorre a produção de anticorpos a partir do contato com as bactérias e plantas, e não ao antígeno eritrocitário. Neste grupo encontramos os antígenos do sistema ABO. Por este processo, os indivíduos com idade superior a seis meses, possuem o anticorpo contra o antígeno que não tem, pois já foram expostos a essas bactérias e plantas, através da alimentação. Estes anticorpos são chamados de isoaglutininas ou aglutininas naturais. Observando o quadro acima podemos perceber a presença dos antígenos e anticorpos em cada grupo sanguíneo. É nesta presença ou ausência de antígenos e anticorpos que se baseia a tipagem sanguínea e a escolha do sangue a ser transfundido. As transfusões podem ser:

Isogrupo – quando doador e receptor são do mesmo grupo ABO

Heterogrupo – doador e receptor são de grupo sanguíneo diferente A escolha do sangue se baseia em que o indivíduo não pode ser transfundido com um sangue que possua um antígeno que ele não tem, pois o anticorpo presente no seu plasma, contra esse antígeno, iria reagir com essas hemácias transfundidas. Em vista disso e observando o quadro acima, fica claro que um indivíduo do grupo A não pode tomar sangue B e assim por diante. Sempre que possível deve se transfundir sangue isogrupo, pois se por exemplo, transfundimos um sangue do grupo O a um paciente do grupo A, junto com as hemácias transfundidas temos uma quantidade de plasma onde há anticorpo anti-A, que poderá reagir com as hemácias deste paciente causando um grau de hemólise maior ou menor, mas que poderá ter um significado a depender do quadro clinico do paciente. Cada caso deve ser analisado pelo hemoterapeuta. Este sistema ABO, também pode ocasionar incompatibilidade materno-fetal, com desenvolvimento da doença hemolítica perinatal. Apresenta também importância em transplantes renais ou cardíaco, com menor papel nos hepáticos ou de medula óssea. Em alguns processos pode ocorrer a perda parcial do antígeno A ou B, como em algumas leucemias. No soro, parte do plasma onde se concentram anticorpos (proteínas de defesa), são usados contra o antígeno.

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Transfusões sanguíneas: Jamais antígenos do doador poderão encontrar com anticorpos do receptor. Se essa lei não for respeitada, ocorre morte instantânea do indivíduo, o sangue aglutina (as hemácias do doador aglutinam (focos de reação de anticorpos e antígenos). Os anticorpos do doador podem entrar em contato com os antígenos do doador, porque o número de antecessor do doador, no caso é muito baixo. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1) Um homem faleceu por causa de uma transfusão de sangue. Sabendo-se que seus pais pertenciam aos grupos A (homozigoto) e AB, responda:

a) Qual é o grupo sanguíneo do homem em questão?______________________________________

b) Qual ou quais os possíveis grupos sanguíneos usados erroneamente na transfusão?___________ 2. No seguinte caso, em que se discute a paternidade , o perito encontrou o tipo sanguíneo A para a mãe, o tipo O para a criança, o tipo B para um dos acusados como pai e o tipo AB para o outro. Que terá ele concluído? a) O 1º homem não pode ser o pai, só o 2º. b) Ambos podem ser admitidos como pais da criança c) Nenhum tem condições de ser o pai da criança em questão. d) O 1º homem pode ser o pai, mas o 2º não. e) Os dados obtidos não são suficientes para qualquer conclusão. 3. Quais são os grupos sanguíneos dos pais que tem filhos de todos os grupos sanguíneos? a) ambos AB c) A e B (heterozigóticos) b) AB e O d) A e B (homozigóticos) 4. O avô paterno de uma mulher pertence ao grupo sanguíneo AB e todos os outros avós são do grupo º Qual é a probabilidade de essa mulher ser do grupo AB? a) nula b) 25% c) 50% d) 75% e) 100%

B : no grupo A A : no grupo B nenhum : no grupo AB A, B, AB : no grupo O AB : Receptor universal O : Doador universal

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5. Um indivíduo do tipo O só não poderá ter os pais dos grupos: a) A x A b) B x A c) AB x O d) O x O e) B x O SISTEMA RH Quando referimos que o indivíduo é Rh Positivo, quer dizer que o antígeno D está presente. O antígeno D foi o primeiro a ser descoberto nesse sistema, e inicialmente foi considerado como único. Além deste, foram identificados quatro outros antígenos C, E, c, e, pertencentes a este sistema. Após os antígenos A e B (do sistema ABO), o antígeno D é o mais importante na prática transfusional. Em algumas situações podemos ter uma expressão fraca do antígeno D. Isso pode ocorrer por:

Variações quantitativas que são transmitidas geneticamente;

Efeito de posição, sendo o mais conhecido o enfraquecimento do antígeno D quando o gene C está na posição trans em relação ao D;

Expressão parcial por ausência de um dos múltiplos componentes do antígeno D.

Estes casos são chamados na prática de Rh fraco, e se refere ao que era conhecido anteriormente como D. Ao contrário do que ocorre com os antígenos A e B, as pessoas cujos eritrócitos carecem do antígeno D, não tem regularmente o anticorpo correspondente. A produção de anti-D quase sempre é posterior à exposição por transfusão ou gravidez a eritrócitos que possuem o antígeno D. Uma alta proporção de pessoas D-negativas que recebem sangue D-positivo produzem anti-D. Se encontramos um anticorpo deste sistema podemos concluir que ocorreu uma imunização através de uma transfusão ou de uma gravidez. Qualquer antígeno deste sistema é capaz de provocar a produção de anticorpos, e assim a gerar situações de incompatibilidade. Aloimunizações contra antígenos E, c, e, C são também observadas em pacientes politransfundidos, mas com uma frequência inferior. A maioria dos casos de Doença Hemolítica do Recém-Nascido (DHRN) é devida ao anti-D. A profilaxia por imunoglobulinas anti-D diminuiu o número de aloimunizações maternas contra o antígeno D, mas não contra E, c, e, C Na rotina, é realizada a tipagem, apenas, para o antígeno D nesse sistema. Os outros antígenos (E, C, c, e), são determinados em situações onde ocorre incompatibilidade, e é necessário obter sangue que não possuam algum desses antígenos. A produção de anticorpos contra estes antígenos ocorre de forma semelhante a produção de anti-D. A capacidade de provocar a produção de anticorpos destes antígenos varia. Partindo do mais imunogênico, temos D > c > E > C > e.

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TRANSFUSÃO Para efeito de transfusão, é considerado que pacientes Rh positivos podem tomar sangue Rh positivo ou negativo, e que pacientes Rh negativos devem tomar sangue Rh negativo. Para os pacientes D fraco, existem alguns critérios a serem observados. Se o antígeno D está enfraquecido por interação gênica, estando o mesmo presente integralmente, o paciente poderá tomar Rh positivo ou negativo. Porém nos casos em que o antígeno D está enfraquecido por ausência de um dos componentes, pode ocorrer produção de anticorpos contra o antígeno D na sua forma completa. Como rotineiramente, não identificamos a causa que leva a expressão enfraquecida do antígeno, acostuma-se a dar preferência a usar sangue Rh negativo para os pacientes Rh fraco. (1) Existem situações clínicas onde é necessário avaliar o risco X benefício, e fazer outras opções. Neste momento é necessário o acompanhamento do hemoterapeuta.

Eritroblastose Fetal : ( Doença hemolítica do recém - nascido ) A mãe e o feto possuem Rh diferentes. ( mãe - , filho + ). Nos últimos meses de gravidez , a criança comprime o abdome da mãe . E comum haver contato de sangue materno e sangue fetal .Quando isso ocorre o sistema imunológico e ativado , iniciando a produção de anticorpos . Não acontece nada dessa primeira vez. Mas, no caso de uma segunda gravidez , o sistema imunológico produz anticorpos com mais rapidez e quantidade .O soro da mãe passa para o feto , ocorrendo uma reação nas hemácias : o bebê recebe sangue Rh -, podendo assim ocorrer um aborto . Em caso de nascimento o bebe apresenta problemas hepáticos .

A mãe fica muito sensibilizada .

É evitada através de vacinas .

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]EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. Uma mulher com Rh+ , cujo pai é Rh-, é casada com um homem Rh+ , cuja mãe é Rh-. A probabilidade de esse casal vir a ter uma criança Rh- é de: a) 100% b) 75% c) 50% d) 25% e) 0% 2. O sangue de uma criança é Rh-O e o da mãe é Rh+A. O genótipo do pai pode ser: a) RrIAIA b) RRIAi c) RRii d) rrIAIB e) RrIAi 3. Quais são os grupos sanguíneos dos pais que tem filhos de todos os grupos sanguíneos? a) ambos AB b) A e B (heterozigóticos) c) AB e O d) A e B (homozigóticos) 4. Se uma mulher receber sangue idêntico ao de seu filhote, ao nascer, teve eritroblastose fetal, apresentará reação de aglutinação de todas as hemácias recebidas. A partir desses dados, pode-se inferir que os genótipos da mãe e do filho são, respectivamente, a) rr - RR b) rr - Rr c) Rr - rr d) rr - rr e) Rr - Rr

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Ciências da Matemática e suas tecnologias I Prof. Augusto Duarte Alvarenga Aula1 : Fração Aprenda a utilizar a fração. Fração é a representação da parte de um todo (de um ou mais inteiros), assim, podemos considerá-la como sendo mais uma representação de quantidade. Dessa forma, toda fração pode ser representada em uma reta numerada, por exemplo, 1/2 (um meio) significa que de um inteiro foi considerada apenas a sua metade, portanto, podemos dizer que em uma reta numerada a fração 1/2 estará entre os números inteiros 0 e 1. Por ser uma forma diferente de representação numérica, a fração irá possui uma nomenclatura específica e poderá ser escrita em forma de porcentagem, números decimais (números com vírgula) e números mistos. http://www.brasilescola.com/matematica/fracao.htm Produto Notável Produto notável diz que um binômio elevado ao quadrado é igual ao quadrado do primeiro monômio mais duas vezes o primeiro, vezes o segundo monômio mais o quadrado do segundo monômio. (a + b)2 = a2 + 2ab + b2 Essa forma só é válida se o binômio for elevado ao quadrado (potência 2), se ele estiver elevado à potência 3, devemos fazer o seguinte: (a + b)3 é o mesmo que (a + b)2 . (a + b), como sabemos que (a + b)2 = a2 + 2ab + b2, basta substituirmos: (a + b)3 = (a + b)2 . (a + b) = (a2 + 2ab + b2) . (a + b) = a3 + 3a2b + 3ab2 + b2 E se for elevado à quarta, à quinta, à sexta potência, devemos utilizar sempre o binômio elevado à potência anterior para resolver. http://www.brasilescola.com/matematica/binomio-de-newton.htm

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Fatorial Seja n um número natural. O fatorial de n, representado por n!, é o produto de n por seus antecessores até 1. Ou seja:

Exemplo: Resolva as seguintes equações. a) x - 5 = 4! 4! = 4∙3∙2∙1 = 24 Assim, a equação fica da seguinte forma: x – 5 = 24 x = 24 + 5 x = 29 http://www.brasilescola.com/matematica/equacao-com-fatorial.htm Aula 2 : Equação Utilizamos uma equação para calcular o valor de um termo desconhecido que será representado por uma letra, cuja representação mais usual se dá por x, y e z. As equações possuem sinais operatórios como, adição, subtração, multiplicação, divisão, radiciação e igualdade. O sinal de igualdade divide a equação em dois membros, os quais são compostos de elementos constituídos por dois tipos: Elemento de valor constante: representado por valores numéricos. Elemento de valor variável: representado pela união de números e letras. Observe exemplos de equações do 1º grau com uma incógnita: 2x + 7 = 18 10x + 60 = 12x + 52 Para resolver uma equação, precisamos conhecer algumas técnicas matemáticas. Vamos, por meio de resoluções comentadas, demonstrar essas técnicas. Exemplo 1: 4x + 2 = 8 – 2x Em uma equação, devemos separar os elementos variáveis dos elementos constantes. Para isso, vamos colocar os elementos semelhantes em lados

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diferentes do sinal de igualdade, invertendo o sinal dos termos que mudarem de lado. Veja: 4x + 2x = 8 – 2 6x = 6 O coeficiente numérico da letra x do 1º membro deve passar para o outro lado, dividindo o elemento pertencente ao 2º membro da equação. Observe: x = 6 / 6 x = 1 Portanto, o valor de x que satisfaz à equação é igual a 1. A verificação pode ser feita substituindo o valor de x na equação, observe: 4x + 2 = 8 – 2x 4 * 1 + 2 = 8 – 2 * 1 4 + 2 = 8 – 2 6 = 6 → sentença verdadeira Todas as equações, de uma forma geral, podem ser resolvidas dessa maneira. Exemplo 2: 10 – (8x – 2) = 5x + 2(– 4x + 1) → aplicar a propriedade distributiva da multiplicação 10 – 8x + 2 = 5x – 8x + 2 – 8x – 5x + 8x = + 2 – 10 – 2 – 13x + 8x = – 10 – 5x = – 10 * (–1) 5x = 10 x = 10/5 x = 2 Verificando: 10 – (8x – 2) = 5x + 2(– 4x + 1) 10 – (8 * 2 – 2) = 5 * 2 + 2(– 4 * 2 + 1) 10 – (16 – 2) = 10 + 2(–8 + 1) 10 – (14) = 10 + 2(–7) 10 – 14 = 10 – 14 – 4 = – 4 → sentença verdadeira http://www.brasilescola.com/matematica/equacao-1-o-grau-com-uma-incognita.htm Equações Fracionárias As equações são expressões que utilizam letras na representação de valores desconhecidos. Algumas equações são apresentadas com frações em seu desenvolvimento. Dessa forma, requerem algumas técnicas fundamentais para a resolução. No caso das frações, devemos reduzir os denominadores ao mesmo valor, aplicando o cálculo do mínimo múltiplo comum (mmc). Depois de calculado, devemos dividir o novo denominador pelo anterior e multiplicar o

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resultado pelo numerador correspondente. Exemplo 1

Sempre que resolver uma equação desse modelo, fique atento aos sinais existentes e ao jogo de sinal em algumas multiplicações. Ao trocar um elemento de membro, não se esqueça de inverter o sinal. Veja mais exemplos resolvidos detalhadamente: Ex1

Ex2 A densidade de um corpo de massa igual a 600 g e volume x cm³ e diminuída de 50g/cm³ é igual a 100g/cm³. Qual é o volume desse corpo? http://www.brasilescola.com/matematica/equacoes-algebricas-fracionarias.htm Aula 3: Equações Exponenciais Equações exponenciais são aquelas em que a incógnita se encontra no expoente de pelo menos uma potência. A forma de resolução de uma equação exponencial permite que as funções exponenciais sejam também resolvidas de forma prática. Exemplos de equações exponenciais: 10x = 100 2x + 12 = 20 Para resolvermos uma equação exponencial precisamos aplicar técnicas para igualar as bases, assim podemos dizer que os expoentes são iguais. Observe a resolução da equação exponencial a seguir: 3x = 2187 (fatorando o número 2187 temos: 37) 3x = 37 x = 7

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O valor de x na equação é 7. Ex 1: 2x + 12 = 1024 Ex 2: 5 x + 3 * 5 x + 2 * 5 x = 125 http://www.brasilescola.com/matematica/equacao-exponencial.htm Duas incógnitas As equações do 1º grau que apresentam somente uma incógnita respeitam a seguinte forma geral: ax + b = 0, com a ≠ 0 e variável x. As equações do 1º grau com duas incógnitas apresentam forma geral diferente, pois estão na dependência de duas variáveis, x e y. Observe a forma geral desse tipo de equação: ax + by = 0, com a ≠ 0, b ≠ 0 e variáveis formando o par ordenado (x, y). Nas equações onde ocorre a existência do par ordenado (x, y), para cada valor de x temos um valor para y. Isso ocorre em diferentes equações, pois de equação para equação os coeficientes numéricos a e b assumem valores distintos. Observe alguns exemplos: Exemplo 1 Vamos construir uma tabela de pares ordenados (x, y) de acordo com a seguinte equação: 2x + 5y = 10.

Aula 4: Equação de 2° 2x² + 2x + 6 = 0, temos duas incógnitas x nessa equação, em que uma delas possui o maior expoente, determinado por 2. Essa equação é classificada como do 2º grau. Cada modelo de equação possui uma forma de resolução. Trabalharemos a forma de resolução de uma equação do 2º grau, utilizando o método de Bhaskara. Por exemplo, as raízes da equação do 2º grau x² – 10x + 24 = 0 são x = 4 ou x = 6, pois:

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Mas como determinarmos os valores que tornam a equação uma sentença verdadeira? É sobre essa forma de determinar os valores desconhecidos que abordaremos a seguir. Vamos determinar pelo método resolutivo de Bhaskara os valores da seguinte equação do 2º grau: x² – 2x – 3 = 0. Uma equação do 2º grau possui a seguinte lei de formação ax² + bx + c = 0, onde a, b e c são os coeficientes da equação. Portanto, os coeficientes da equação x² – 2x – 3 = 0 são a = 1, b = –2 e c = –3. Na fórmula de Bhaskara utilizaremos somente os coeficientes. Veja:

Os resultados são x’ = 3 e x” = –1.

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http://www.brasilescola.com/matematica/equacao-2-grau.htm Equação do Produto A resolução desse tipo de equação pode ser feita de duas formas diferentes, uma mais trabalhosa e outra mais prática. Veja o exemplo abaixo de como resolver esse tipo de equação nas duas formas diferentes: Exemplo: Encontre a solução da equação (y + 7) (y – 3) = 0. Pelo método mais trabalhoso é preciso eliminar os parênteses. (y + 7) (y – 3) = 0 Y2 - 3y + 7y – 21 = 0 Y2 + 4y – 21 = 0 Aplicar Bháskara... Solução: y = 3 e -7. Agora, aplicando o método mais prático, será preciso conhecer a seguinte propriedade dos números reais: Se a = 0 ou b = 0, então a.b = 0. (se um produto de dois fatores é igual a zero, então um dos dois fatores é igual a zero) Seguindo essa propriedade podemos dizer que: (y + 7) (y – 3) = 0

y + 7 = a e y – 3 = b, então: Solução: y = -7 e 3. http://www.brasilescola.com/matematica/equacao-produto.htm Equação de 2° grau incompleta As equações incompletas do 2º grau podem ser resolvidas de outro modo. Veja: Coeficiente b = 0 Toda equação incompleta do 2º grau, que possui o termo b com valor igual a zero, pode ser resolvida isolando o termo independente. Observe a resolução a seguir: 4y2 – 100 = 0 4y2 = 100 y2 = 100 : 4 y2 = 25 √y2 = √25 y’ = 5

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y” = – 5 Coeficiente c = 0 Se a equação possui o termo c igual a zero, utilizamos a técnica de fatoração do termo comum em evidência. 3x2 – x = 0 → x é um termo semelhante da equação, então podemos colocá-lo em evidência. x(3x – 1) = 0 → quando colocamos um termo em evidência dividimos esse termo pelos termos da equação. Agora, temos um produto (multiplicação) de dois fatores x e (3x – 1). A multiplicação desses fatores é igual a zero. Para essa igualdade ser verdadeira, um dos fatores deve ser igual a zero. Como não sabemos se é o x ou o (3x – 1), igualamos os dois a zero, formando duas equações de 1º grau, veja: x’ = 0 → podemos dizer que zero é uma das raízes da equação. e 3x –1 = 0 3x = 0 + 1 3x = 1 x’’ = 1/3 → é a outra raiz da equação. Coeficiente b = 0 e c = 0 http://www.brasilescola.com/matematica/equacao-2-grau-incompleta.htm Aula 5: Equações biquadradas Equações biquadradas é uma equação escrita da seguinte forma geral: ax4 + bx2 + c = 0. Para resolver (encontrarmos as sua raízes) é preciso transformá-las em uma equação do segundo grau. Para melhor compreensão veja no exemplo abaixo como essa transformação acontece e como chegamos às raízes da equação biquadrada. y4 – 10y2 + 9 = 0 → equação biquadrada (y2)2 – 10y2 + 9 = 0 → também pode ser escrita assim. Substituindo variáveis: y2 = x, isso significa que onde for y2 iremos colocar x. x2 – 10x + 9 = 0 → agora resolvemos essa equação do 2º grau encontrando x` e x``

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Essas são as raízes da equação x2 – 10x + 9 = 0, para encontrarmos as raízes da equação biquadrada y4 – 10y2 + 9 = 0 devemos substituir os valores de x’ e x” em y2 = x.

Portanto, a solução da equação biquadrada será: S = {-3, -1, 1, 3}. http://www.brasilescola.com/matematica/equacoes-biquadradas.htm Equações Irracionais Toda equação que apresenta a variável em um radicando é considerada uma equação irracional. Observe os exemplos:

Resolvendo uma equação irracional Exemplo 1

1º passo: isolar o radical

2º passo: elevar os dois membros da equação ao quadrado

3º passo: organizar a equação x2 - 10x +25 – x – 7 = 0 x2 - 11x + 18 = 0

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4º passo: resolver a equação x2 - 11x + 18 = 0, aplicando o teorema de Bháskara.

5º passo: substituir as raízes na equação original e verificar a igualdade. x = 9

Portanto, 9 não serve.x = 2

A única solução da equação é 2. http:// www.brasilescola.com/matematica/equacoes-irracionais.htm Aula 6: Expressões Algébricas As expressões algébricas podem ser utilizadas para representar situações problemas, como as propostas a seguir: 1 – Determine a expressão que representa o perímetro das seguintes figuras: Perímetro: soma dos lados de qualquer polígono.

2 – O dobro de um número adicionado a 20: 2x + 20 3 – A diferença entre x e y: x – y 4 – O triplo de um número qualquer subtraído do quádruplo do número: 3x – 4x 5 – Represente algebricamente a área do retângulo a seguir:

http://www.brasilescola.com/matematica/expressao-algebrica.htm

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Problemas envolvendo Ex 1 O dobro de um número subtraído de 20 é igual a 100. Qual é o número? Um número: x O dobro do número: 2x Equação: 2x – 20 = 100 Ex2 O triplo de um número adicionado ao seu dobro resulta em 600. Qual é o número? Um número: x O triplo deste número: 3x O dobro deste número: 2x O triplo de um número adicionado ao seu dobro resulta em 600: 3x + 2x = 600 Ex 3 6 – Um sexto dela foi uma bela infância. Depois de 1/12 da sua vida, a sua barba cresceu. Um sétimo da sua vida passou-se num casamento sem filhos. Mas, cinco anos após isso, nasceu o seu primeiro filho, que viveu uma vida feliz durante apenas metade do tempo de vida do seu pai. E, em profundo pesar, o pobre velho terminou os seus dias na Terra, quatro anos após perder o filho. http://www.brasilescola.com/matematica/problemas-envolvendo-uso-equacoes.htm Aula 7: Inequações Algumas inequações apresentam, no 1º membro, produto de funções que para obter a resolução dessas inequações é preciso fazer o estudo do sinal de todas as funções, a solução seria a intersecção do estudo dos sinais das funções que pertencem à inequação. Para compreender melhor como funciona o encontro do conjunto solução de uma inequação produto acompanhe o raciocínio dos exemplos seguintes. Exemplo 1: Ache o conjunto solução da equação produto abaixo: ‘ (-3x + 6) (5x -7) < 0 Primeiro o estudo do sinal de cada função:

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Fazendo o jogo de sinal com o estudo de sinal em cada coluna formada por uma função:

Como a inequação quer valores que sejam menores que “0” escrevemos que o conjunto solução da inequação será: S = {x R / x < 7 ou x > 2} 5 Ex : Ache o conjunto solução da equação produto abaixo: (2x – 10) (x2 – 5x + 6) > 0 Ex 3: Resolva a Inequação x . (x – 1) (-x + 2) ≤ 0 http://www.brasilescola.com/matematica/inequacao-produto-1.htm Conjuntos

Simbologia

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http://www.google.com.br/imgres?q=simbologia+dos+conjuntos+numeros&um=1&hl=pt-BR&rlz=1C1ASUT_enBR428BR428&biw=1366&bih=643&tbm=isch&tbnid=4XIO6vmitzugAM:&imgrefurl=http://mycelular.org/simbologia/simbologia-para-conjuntos.htm&docid=g91kGydxL5ruLM&imgurl=http://ericmat.files.wordpress.com/2010/06/lero.png&w=560&h=436&ei=C4ZgT-WeAtDpggem5JibCA&zoom=1&iact=hc&vpx=742&vpy=156&dur=15633&hovh=198&hovw=254&tx=125&ty=101&sig=112578957379278454945&page=3&tbnh=135&tbnw=173&start=45&ndsp=26&ved=1t:429,r:3,s:45 Aula 8: Funções Uma relação estabelecida entre dois conjuntos A e B, onde exista uma associação entre cada elemento de A com um único de B através de uma lei de formação é considerada uma função. Observe o exemplo:

As funções possuem representações geométricas no plano cartesiano, as relações entre pares ordenados (x,y) são de extrema importância no estudo dos gráficos de funções, pois a análise dos gráficos demonstram de forma geral as soluções dos problemas propostos com o uso de relações de dependência, especificadamente, as funções. As funções possuem um conjunto denominado domínio e outro chamado de imagem da função, no plano cartesiano o eixo x representa o domínio da função, enquanto o eixo y representa os valores obtidos em função de x, constituindo a imagem da função.

Um exemplo de relação de função pode ser expresso por uma lei de formação que relaciona: o preço a ser pago em função da quantidade de litros de combustível abastecidos. Considerando o preço da gasolina igual a R$ 2,50,

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temos a seguinte lei de formação: f(x) = 2,50*x, onde f(x): preço a pagar e x: quantidade de litros. Observe a tabela abaixo:

Verifique que para cada valor de x temos uma representação em f(x), esse modelo é um típico exemplo de função do 1º grau. http://www.brasilescola.com/matematica/funcao.htm Função definida por formula Toda função é definida por uma lei de formação, é dessa forma que relacionamos dois conjuntos A e B. Por exemplo, a função y = 2x ou f(x) = 2x mostra que os valores de y dependem dos valores de x. Nesse caso temos que y corresponde ao dobro de x. Veja a relação entre alguns dos valores de x e y: f:R→R tal que f(x) = 2x

Ex 1: Qual a formula da Função?

Ex 2: Qual a formula da função ?

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Ex 3: Qual a formula da função?

http://www.brasilescola.com/matematica/funcao-definida-por-formula.htm Aula 9: Gráficos Essa Aula é toda dedicada ao estudo de como construir um gráfico. Aula 10: Função Par e Impar Função Par Estudaremos a forma pela qual se constitui a função f(x) = x² – 1, representada no gráfico cartesiano. Note que na função, temos: f(1) = 0; f(–1) = 0 e f(2) = 3 e f(–2) = 3.

Observe pelo gráfico que existe uma simetria em relação ao eixo y. As imagens dos domínios x = – 1 e x = 1 são correspondentes com y = 0 e os domínios x = –2 e x = 2 formam pares ordenados com a mesma imagem y = 3. Para valores simétricos do domínio, a imagem assume o mesmo valor. A esse tipo de ocorrência damos a classificação de função par. Uma função f é considerada par quando f(–x) = f(x), qualquer que seja o valor de x Є D(f). Função ímpar Analisaremos a função f(x) = 2x, de acordo com o gráfico. Nessa função, temos que: f(–2) = – 4; f(2) = 4. f(–2) = 2 * (–2) = – 4 f(2) = 2 * 2 = 4

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Observe o gráfico e visualize que existe uma simetria em relação ao ponto das origens. No eixo das abcissas (x), temos os pontos simétricos (2;0) e (–2;0), e no eixo das ordenadas (y), temos os pontos simétricos (0;4) e (0;–4). Nessa situação, a função é classificada como ímpar. Uma função f é considerada ímpar quando f(–x) = – f(x), qualquer que seja o valor de x Є D(f). http://www.brasilescola.com/matematica/funcao-par-funcao-impar.htm Função Modular A função modular é uma função que apresenta o módulo na sua lei de formação. De maneira mais formal, podemos definir função modular como: f(x) = |x| ou y = |x| A função f(x) = |x| apresenta as seguintes características: f(x) = x, se x≥ 0 ou f(x) = – x, se x < 0 Essas características decorrem da definição de módulo. Exemplo 1. Construa o gráfico da função f(x) = | –x| Solução: primeiro vamos analisar o gráfico da função acima sem a utilização do módulo na sua lei de formação, ou seja, vamos fazer o gráfico de g(x) = – x

O módulo presente na lei da função faz com que a parte do gráfico que se localiza abaixo do eixo x “reflita” no momento em que toca o eixo x. Mas por quê? Simples, a parte do gráfico abaixo do eixo x representa os valores negativos de y e, como o módulo de um número é sempre um valor positivo, o gráfico de f(x) = |– x| fica:

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Ex 1. Construa o gráfico da função f(x) = |x2 – 3x| http://www.brasilescola.com/matematica/funcao-modular.htm Aula 11: Função Composta A função composta pode ser entendida pela determinação de uma terceira função C, formada pela junção das funções A e B. Matematicamente falando, temos que f: A → B e g: B → C, denomina a formação da função composta de g com f, h: A → C. Dizemos função g composta com a função f, representada por gof. Exemplo 1 Ao considerarmos as funções f(x) = 4x e g(x) = x² + 5, determinaremos: a) g o f (g o f)(x) = g(f(x)) g(x) = x² + 5 g(4x) = (4x)² + 5 g(4x) = 16x² + 5 (g o f)(x) = g(f(x)) = 16x² + 5 Ex 1: Vamos determinar g(f(x)) e f(g(x)), em relação às funções f(x) = x + 2 e g(x) = 4x² – 1. http://www.brasilescola.com/matematica/funcao-composta.htm Aula 12: Funções e Matemática Financeira As relações envolvendo grandezas são analisadas do ponto de vista das funções matemáticas. As funções possuem inúmeras características e detalham desde cálculos cotidianos até situações de maior complexidade. No caso da Matemática Financeira, as funções são relacionadas às aplicações de capitais nos regimes de juros simples e compostos, os quais utilizamos as funções do 1º grau e exponencial respectivamente. Os gráficos representativos das funções citadas servem de análise sobre o andamento do montante formado mês a mês, observando qual aplicação é mais vantajosa dentro de um determinado período. Observe os gráficos das situações a seguir, eles representarão o andamento da aplicação de acordo com o tipo de capitalização escolhida. Suponhamos que o capital de R$ 500,00 foi aplicado a uma taxa de 2% ao mês nos regimes de juros simples e compostos. Vamos representar a função de cada aplicação e os gráficos correspondentes aos primeiros meses. Juros simples M = C + j J = C * i * t

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Montante ao final do quarto mês será igual a R$ 540,00. Juros compostos M = C * (1 + i)t

Montante ao final do quarto mês será igual a R$ 541,22 Gráficos

Ao compararmos os dados e os gráficos percebemos que na capitalização simples os juros crescem de forma linear, enquanto na capitalização composta os juros crescem de forma exponencial. De acordo com os gráficos percebemos que a aplicação utilizando juros compostos é mais rentável que a capitalização simples, pois no regime simples os juros são fixos, isto é, calculados somente sobre o montante inicial. No caso dos compostos, são aplicados juros sobre juros, dessa forma, o valor de cada juro mensal é sempre maior que o do mês anterior. http://www.brasilescola.com/matematica/funcoes-matematica-financeira.htm

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Ciências da Matemática e suas tecnologias II Profª. Estela Costa Ferreira

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