APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais

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XV - Congresso da Federação Distrital de Santarém

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APOSTAR NO TURISMO

Oportunidades Regionais

O turismo constitui uma área de oportunidade para o desenvolvimento nacional,

regional e local. Tem sido considerado, ao longo dos tempos, como uma nova

oportunidade sustentável de emprego e geração de riqueza para áreas

desfavorecidas que preservem um património cultural e paisagístico com potencial

a desenvolver.

A evolução da procura e da oferta turística conduziu a níveis de competitividade

cada vez mais elevados entre os destinos turísticos, que colocam novos patamares

de exigência e uma maior governance, designadamente quando considerados às

escalas regionais e locais.

Dadas as circunstâncias, impôs-se um novo paradigma que coloca sob uma égide

sustentável a necessidade de proteger o ambiente e o património cultural, de

estimular a economia e valorizar as comunidades locais, bem como acautelar os

impactes que o crescimento do turismo provoca. Esta visão permite sustentar que a

actividade turística, designadamente ao nível local, poderá constituir-se numa

alavanca de desenvolvimento baseado na diferenciação cultural, social e na geração

de benefícios para as comunidades.

É exactamente aqui que urge a necessidade extrema de mudar mentalidades a

respeito deste trunfo, muitas vezes desvirtuado por perspectivas de curto prazo e

de captação de investimentos, que podem parecer lucrativos, mas que, em boa

verdade, não servem a longo prazo os interesses dos municípios e das populações.

Só uma actuação aberta e consciente dos impactes de que uma boa estratégia de

gestão territorial poderá alimentar os fundamentos base alavancará este tão

pretendido conceito de desenvolvimento económico e social, numa perspectiva

sustentável.

A nível nacional, e apesar da crise europeia que nos assola, em 2011, o turismo

gerou cerca de 18 Mil Milhões de Euros de receita, com um impacto no PIB que já

há vários anos ultrapassa os 10%, num impacto superior a 15% no total de

emprego existente no território continental e ilhas!

Actualmente há por vezes investimentos em timings e quantidades “inadequadas”,

quando aplicados às realidades sociais em que vivemos, perspetivados por alguns

decisores políticos, por manifesta falta de informação ou de visão de futuro. Esta

circunstância, “empurra-nos” para um nível de retorno pouco optimizado, porque

cegamente alicerçado, por vezes, em visões egocêntricas, demagogas e

infrutuosas, sem condições de dar continuidade auto-sustentada a toda a estrutura

inerente.

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O turismo social, entendido como resposta ao direito constitucional que estabelece

as férias e o lazer, constitue uma oportunidade para esta região, pela sua

proximidade à área metropolitana de Lisboa. É possível desenvolver actividades

atrativas completas para segmentos juventude, activos e seniores que constituem

uma resposta INCLUSIVA a este direito fundamental.

O turismo de saúde, onde já alguns Municípios do nosso Distrito procuraram lançar

âncoras, deve ser também analisado como uma área de desenvolvimento

estratégico.

Hoje, a região de Lisboa e Vale do Tejo (em que nos inserimos) está condenada a

uma condição de periferia devido ao paradigma “centro-periferia”. Existe a

necessidade clara de encontrarmos um modelo de resposta a esta condição, que

nos leva para uma região de passagem, considerada na gíria turística como “One

Day Trip”, ou, dito de outra forma, o típico “excursionismo”. A resposta passa

claramente por uma estratégia de eficiência coletiva e de gestão integrada

do território!

Numa lógica territorial alargada, que não se restrinja ao distrito de Santarém, as

SINERGIAS e ARTICULAÇÃO INTERMUNICIPAl, têm de ser as palavras de ordem.

Visando a gestão integrada do território, especialmente o abrangido pelas 3 sub-

regiões (do Médio Tejo, da Lezíria do Tejo e do Oeste), numa progressiva

autonomização da área metropolitana de Lisboa (Grande Lisboa e Península de

Setúbal), o aproveitamento de todo o potencial turístico endógeno dos vários

municípios deve ser o âmago da nossa estratégia neste importante sector

económico.

Assim, duas propostas inovadoras devem ser claramente assumidas, sendo a

primeira, a criação de um novo conceito de modelo de desenvolvimento turístico

para a região que se poderia designar como: “Polo de Desenvolvimento

Turístico do Ribatejo e Oeste”1 como um modelo AGREGADOR de todo o

potencial turístico das três NUTIII envolvidas de base (Médio Tejo, Lezíria do Tejo e

Oeste), potenciadas pela existência das novas acessibilidades da A15, A13 e, mais

recentemente, do IC9 e contando com as restantes A1, A23 e A8. Esta potenciação

ajudará, com FORÇA e ENERGIA, a desenvolver um conjunto de destinos turísticos

competitivos e articulados entre si! Pois, já lá vai o tempo em que era “dividir para

conquistar”. Agora o mote tem de ser “unir para vencer”.

Uma segunda proposta, a assentar no estímulo ao desenvolvimento de uma rede

de “Conselhos Municipais de Turismo”, de carácter informal e devidamente

adaptados às necessidades e dimensão de cada Município, seria decerto uma pedra

a lapidar. Aí os organismos públicos e empresas privadas poderiam trabalhar de

forma sinérgica em prol do mesmo objectivo concelhio, em consonância com a

estratégia de marketing territorial e com o plano estratégico de desenvolvimento

turístico implementado no Município, dando resposta, com uma só voz às

problemáticas locais.

1 No território nacional, apenas existe: Pólo de Desenvolvimento Turístico do Douro, Serra da Estrela,

Leira-Fátima, Oeste, Litoral Alentejano e Alqueva,

in“http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/AreasAtividade/qualificacaooferta/classificacaoeq

ualidade/ofertaturisticaclassificada/Pages/NovaLeidasRegioesdeTurismo.aspx“ [acedido em 26-06-2012].

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Estes Conselhos Municipais de Turismo informais, a serem assumidos na Carta

Autárquica, que a Federação do PS irá promover com a colaboração dos autarcas e

dos seus candidatos, devem ser a base para a tentativa de consubstanciação de

uma articulação maior, de cariz regional e supramunicipal a nível dos principais

operadores.

Estas duas propostas prendem-se com a necessidade de uma abordagem

estratégica de ligação, liderança e coordenação de todas as entidades envolvidas,

com vista à gestão de aspectos que integrem o destino, com um grau de

independência e objectividade claros, fortes e com autonomia para trilhar o

caminho para o desenvolvimento turístico através da potenciação da

competitividade.

Neste sentido, e porque falamos numa visão de estratégica política, nós socialistas,

enquanto actores políticos, temos de ter a capacidade e a visão de saber

hierarquizar os investimentos, não só face à escassez e prioridade dos recursos,

mas também à capacidade que os mesmos têm para gerar um retorno eficaz e

revitalizador para a região.

É aqui que a Federação do PS do Ribatejo tem um papel determinante, como

afirmadora de uma estratégia que procure aliar ao crescimento económico,

nomeadamente na criação de empresas, o apoio ao empreendedorismo e

incremento dos postos de trabalho, fomentando o emprego jovem, a REDUÇÃO dos

impostos sobre a restauração, mais concretamente o IVA, fazendo frente com

elevação, altruísmo e atitude política às medidas “Troikistas” e aos ATAQUES de

um governo que mais parece confundir-se com uma “Comissão de

Desmantelamento do País!”, até mesmo com uma “Agência Institucional” de

emigração, hipotecando o futuro dos mais jovens.

É exactamente aqui que o PARTIDO SOCIALISTA tem de reafirmar a sua

importância na luta pela mudança de mentalidades, sensibilizando a opinião pública

para este facto, criando modelos políticos de gestão e monotorização das

estratégias de intervenção turística, em conformidade com a estrutura ideal

que se pretende para as regiões, participando activamente de forma potenciada e

estratégica nas suas diversas formas de actuação política e contribuindo com uma

visão mais técnica e aprofundada, que são lacunas presentes na prepotência e

intransigência do poder local instituído.

Assim, deve a Federação do PS do Ribatejo promover, no decurso do próximo ano

de trabalho, no âmbito aliás da preparação da sua Carta Autárquica, um amplo

debate Distrital, que possa analisar os caminhos até hoje seguidos, o

enquadramento institucional actual e os novos desafios do futuro, apontando para,

num território articulado, o aproveitamento do Turismo como fator de COESÃO e

DESENVOLVIMENTO, dentro dos ditames históricos de responsabilidade que os

Socialistas têm tido na gestão pública.

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Por um DISTRITO “Otimizado”, todos juntos FAREMOS a diferença!!!

NUNO FERREIRA

HUGO COSTA

ANABELA FREITAS

LUÍS FERREIRA

HUGO CRISTÓVÃO

JOANA NUNES