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    Leitura e Produção de Texto

    Fernanda Uchoa

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    1. CONCEITO DE FONÉTICA

    Fonética é a parte da Gramática que estuda o sistema fônico da língua: dosfonemas em si, da coexistência dos fonemas na sílaba, da sílaba dentro dos vocábulos,

    e destes, por sua vez, dentro das frases.Por não ser muito clara a distinção entre FONOLOGIA e FONÉTICA, aNomenclatura Gramatical Brasileira manteve o termo “Fonética” , ficando assim nalinha tradicional. Modernamente, entretanto, prefere-se o nome “Fonologia”.

    Inicia-se o estudo da fonética pela diferenciação entre letra, fonema e sílaba.

    2. LETRA, FONEMA E SÍLABA

    LETRA

    Na língua escrita, são utilizados determinados símbolos convencionais, que sedenominam letras. O conjunto das letras, sinais gráficos, chama-se alfabeto,abecedário ou abecê. 

    O alfabeto português consta de 26 letras: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l , m, n, o, p,q, r, s, t, u, v, w, x, y, z.

    FONEMA

    Fonema é a menor unidade sonora da fala.É o som mais elementar da palavra:frase: Eu o amo ! palavras: “Eu” “o” “amo” ! sílabas: Eu o a-mo ! Fonemas: / E / u / / o / / a / m / o / ! 

    O fonema diferencia uma palavra da outra:

    Bar Tão s AcoMar São sOco

    SÍLABA

    Sílaba é o som, ou o conjunto de sons, emitido num só impulso expiratório. Éimportante verificar que em cada sílaba deve existir obrigatoriamente uma vogal. Avogal é a alma da sílaba.

    CONCLUINDO:

    FONEMA é um elemento sonoro; é realidade acústica;SÍLABA é um fonema ou um conjunto de fonemas que se pronunciam num só

    esforço expiratório;LETRA é representação gráfica; é realidade visual; é o desenho do som.

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    Observe o Exemplo:

    1ª sílaba  A  uma letra e um fonemaT

    2ª sílaba R  três letras e três fonemasI3ª sílaba T  duas letras e dois fonemas

    O

    DÍGRAFO

    Dígrafo é o emprego de duas letras para a representação gráfica de apenas umfonema.

    São dígrafos:

    1. CH: Chave2. LH: gaLHo3. NH: niNHO4. RR: caRRo5. SS: aSSim6. QU: Quilo -7. GU: Guerra - o “U” não é pronunciado8. SC: naSCer9. SÇ: deSÇa som de /S/

    10. XC: eXCeção

    Dígrafos Vocálicos são os casos em que as letras “ M”  ou “ N”  servem de sinal denasalidade:

    AM: campo (cãpo)EM: tempo (tepo)IM: limpo (lipo)OM: tombo (tõbo)UM: jejum (jeju)AN: tanto (tãto)EN: venta (veta)IN: linda (lida)ON: onda (õda)UN: mundo (mudo) 

    Encontros Vocálicos

    É o encontro de vogais na mesma sílaba ou em sílaba diferente.

    1. Ditongo – é o encontro de uma vogal + uma semivogal, ou vice-versa, namesma sílaba.

    a. Crescente – semivogal + vogal ( lí-rio – gló-ria – in-flu-ên-cia)

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    b. Decrescente – vogal + semivogal ( pai – boi – he-rói ) c. Oral – quando a vogal é oral (má-goa – ré-gua)d. Nasal – quando a vogal é nasal ( mãe – fa-la-r am – bem)

    2. Hiato – é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes.Sa-ú-de – te-a-tro – r a-i-nha

    3. Tritongo – é o encontro de uma semivogal + vogal + semivogal na mesmaSílaba.

    a. orais – Paraguai, averigüei, enxaguoub. nasais – enxáguam, águam, enxágüem  

    Encontros Consonantais

    É o encontro de consoantes na mesma sílaba ou em sílaba diferentes.

    Blu-as – pla-to – ad-jun-to – pac-to

     Acentuação Gráf ica

    Regras de acentuação gráfica:

    1. Proparoxítonas

    Todas as proparoxítonas são acentuadas:  África, Física, Matemática,

    2. Paroxítonas

    São acentuadas as paroxítonas terminadas em:

    -i (-is) – júri, júris, íris, lápis-u (-us) – bônus, vírus-ã (-ãs) – órfã, órfãs, ímã-um (-uns) – médium, médiuns, álbum, álbunsDitongos – glória, história, Márcia, régua, órgão

    -r, -x, -n, -l  – mártir – revólver – fênix – pólen – fácil – amável-ps  – bíceps – fórceps

    3. Oxítonas 

    São acentuadas todas as oxítonas terminadas em:Vogal [a(s), e(s), o(s)] – café, maracujá, dominó, paletós, amá-lo, dizê-la, repô-las.-em, -ens – armazém, vintém, armazéns, parabéns

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     4. Monossílabos Tônicos

    Terminados em: -a(s), -e(s), -o(s) – pá, pás, pé, pó, lá, dê, vê

    5. Ditongos Abertos

    -éu, -éi, -ói : chapéu, céu, anéis, carretéis, herói, anzóis

    6.  Acentuação dos Hiatos

    -i(-s), -u(-us): saída, saúde, caíste, país, balaústre.

    7. Plural dos verbos – Ter e Vir (e seus derivados) : ele tem – eles têm, ele vem –eles vêmE recebem acento agudo no singular e circunflexo no plural: ele detém – eles detêm,

    ele intervém – eles intervêm.

    Ortografia

    O Emprego do h

    O h é uma letra que se mantém em algumas palavras em decorrência da etimologia ouda tradição ESCRITO do nosso idioma. Algumas regras, quanto ao seu emprego devemser observadas:

    a) Emprega-se o h quando a etimologia ou a tradição escrita do nosso idioma assimdetermina.

    homem, higiene, honra, hoje, herói.

    b) Emprega-se o h no final de algumas interjeições.

    Oh! Ah!

    c) No interior dos vocábulos não se usa h, exceto:- nos vocábulos compostos em que o segundo elemento com h se une por hífen aoprimeiro.

    super-homem, pré-história.

    - Quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh. Ex.: Passarinho, palha, chuva.

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    Emprego do s

    Emprega-se a letra s:

    - nos sufixos -ês, -esa e – isa, usados na formação de palavras que indicam

    nacionalidade, profissão, estado social, títulos honoríficos.Chinês, chinesa, burguês, burguesa, poetisa.

    - nos sufixos – oso  e – osa (qua significa “cheio de”), usados na formação de adjetivos.

    delicioso, gelatinosa.

    - depois de ditongos.

    coisa, maisena, Neusa.

    - nas formas dos verbos pôr e querer e seus compostos.

    puser, repusesse, quis, quisemos.

    - nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com s.

    análise: analisar, analisado / pesquisa: pesquisar, pesquisado.

    Emprego do z

    Emprega-se a letra z nos seguintes casos:

    - nos sufixos -ez e -eza, usados para formar substantivos abstratos derivados deadjetivos.

    rigidez (rígido), riqueza (rico).

    - nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com z. 

    cruz: cruzeiro, cruzada. / deslize: deslizar, deslizante.

    Emprego dos sufixos – ar e – izar. 

    Emprega-se o sufixo – ar  nos verbos derivados de palavras cujo radical contém –s, casocontrário, emprega-se –izar .

    análise – analisar / eterno – eternizar

    Emprego das letras e e i.

    Algumas formas dos verbos terminados em – oar e – uar  grafam-se com e.

    perdoem (perdoar), continue (continuar).

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    Algumas formas dos verbos terminados em –air, -oer  e –ui r  grafam-se com i.

    atrai (atrair), dói (doer), possui (possuir).

    Emprego do x e ch .

    Emprega-se a letra x nos seguintes casos:

    - depois de ditongo: caixa, peixe, trouxa.

    - depois de sílaba inicial en-: enxurrada, enxaqueca (exceções: encher, encharcar,enchumaçar e seus derivados).

    - depois de me- inicial: mexer, mexilhão (exceção: mecha e seus derivados).

    - palavras de origem indígena e africana: xavante, xangô.

    Emprego do g ou j Emprega-se a letra g 

    - nas terminações –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: prestígio, refúgio.- nas terminações –agem, -igem, -ugem: garagem, ferrugem.

    Emprega-se a letra j em palavras de origem indígena e africana:

    pajé, canjica, jirau.

    Emprego de s, c, ç, sc, ss.

    - verbos grafados com ced originam substantivos e adjetivos grafados com cess.

    ceder – cessão. / conceder - concessão. / retroceder - retrocesso. / Exceção: exceder - exceção.

    - nos verbos grafados com nd originam substantivos e adjetivos grafados com ns .

    ascender – ascensão / expandir – expansão / pretender – pretensão.

    - verbos grafados com ter originam substantivos grafados com tenção.

    deter – detenção / conter – contenção.

    Por Marina CabralEspecialista em Língua Portuguesa e Literatura Equipe Brasil

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    NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO...

    Novo Acordo Ortográfico DA Língua Portuguesa 

    Por: Marília Mendes Alfabeto  Nova Regra  Regra Antiga  Como Será 

    O alfabeto é agoraformado por 26 letras

    O 'k', 'w' e 'y' não eramconsideradas letras do nossoalfabeto.

    Essas letras serão usadasem siglas, símbolos, nomespróprios, palavrasestrangeiras e seusderivados. Exemplos: km,watt, Byron, byroniano

    Trema 

    Nova Regra  Regra Antiga  Como Será Não existe mais o tremaem língua portuguesa.Apenas em casos denomes próprios e seusderivados, por exemplo:Müller, mülleriano

    agüentar, conseqüência,cinqüenta, qüinqüênio,frqüência, freqüente,eloqüência, eloqüente,argüição, delinqüir, pingüim,tranqüilo, lingüiça

    aguentar, consequência,cinquenta, quinquênio,frequência, frequente,eloquência, eloquente,arguição, delinquir, pinguim,tranquilo, linguiça.

     Acentuação Nova Regra  Regra Antiga  Como Será 

    Ditongos abertos (ei, OI)não são mais acentuadosem palavras paroxítonas

    assembléia, platéia, idéia,

    colméia, boléia, panacéia,Coréia, hebréia, bóia,paranóia, jibóia, apóio,heróico, paranóico

    assembleia, plateia, ideia,

    colmeia, boleia, panaceia,Coreia, hebreia, boia,paranoia, jiboia, apoio,heroico, paranoico

    Obs: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua:herói, constrói, dói, anéis, papéis.Obs2: o acento no ditongo aberto 'eu' continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.Nova Regra  Regra Antiga  Como Será O hiato 'oo' não é maisacentuado

    enjôo, vôo, corôo, perdôo,côo, môo, abençôo, povôo

    enjoo, voo, coroo, perdoo,coo, moo, abençoo, povoo

    O hiato 'ee' não é maisacentuado

    crêem, dêem, lêem, vêem,descrêem, relêem, revêem

    creem, deem, leem, veem,descreem, releem, reveem

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     Nova Regra  Regra Antiga  Como Será 

    O hífen não é mais utilizadoem palavras formadas deprefixos (ou falsos prefixos)terminados em vogal +palavras iniciadas por outravogal

    auto-afirmação, auto-ajuda,

    auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo,contra-indicaçã o, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista,semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-embriagado,semi-obscuridade, supra-ocular,

    ultra-elevado

    autoafirmação, autoajuda,autoaprendizabem,

    autoescola, autoestrada,autoinstrução, contraexemplo,contraindicaçã o, contraordem,extraescolar, extraoficial,infraestrutura, intraocular,intrauterino,neoexpressionista,neoimperialista, semiaberto,semiautomático, semiárido,semiembriagado,semiobscuridade, supraocular,ultraelevado.

    Obs: esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo,antiamericano, socioeconômico etc.Obs2: esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por 'h': anti-herói,anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc.Nova Regra  Regra Antiga  Como Será Agora utiliza-se hífenquando a palavra é formadapor um prefixo (ou falsoprefixo) terminado em vogal+ palavra iniciada pelamesma vogal.

    antiibérico, antiinflamató rio,antiinflacioná rio,antiimperialista, arquiinimigo,

    arquiirmandade, microondas,microônibus, microorgânico

    anti-ibérico, anti-inflamató rio,anti-inflacioná rio, anti-imperialista, arqui-inimigo,

    arqui-irmandade, micro-ondas,micro-ônibus, micro-orgânico

    Obs: esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal +palavra inicia com vogal diferente = não tem hífen; prefixo termina com vogal + palavrainicia com mesma vogal = com hífen

    Obs2: uma exceção é o prefixo 'co'. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal 'o',NÃO utiliza-se hífen.Nova Regra  Regra Antiga  Como Será 

    Não usamos mais hífen emcompostos que, pelo uso,perdeu-se a noção decomposição

    manda-chuva, pára-quedas,

    pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento

    mandachuva, paraquedas,paraquedista, paralama,parabrisa, pára-choque,paravento

    Obs: o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento deligação e constitui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bemcomo naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro,médico-cirurgiã o, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor,couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc.

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    Observações Gerais O uso do hífenpermanece 

    Exemplos 

    Em palavras formadas por

    prefixos 'ex', 'vice', 'soto' Ex-marido, vice-presidente, soto-mestreEm palavras formadas porprefixos 'circum' e 'pan' +palavras iniciadas emvogal, M ou N

    pan-americano, circum-navegação

    Em palavras formadascom prefixos 'pré', 'pró' e'pós' + palavras que temsignificado próprio

    pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação

    Em palavras formadas

    pelas palavras 'além','aquém', 'recém', 'sem'

    além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto

    Não existe mais hífen  Exemplos  Exceções Em locuções de qualquertipo (substantivas,adjetivas, pronominais,verbais, adverbiais,prepositivas ouconjuncionais)

    cão de guarda, fim desemana, café com leite, pãode mel, sala de jantar, cartãode visita, cor de vinho, àvontade, abaixo de, acercade etc.

    água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia,ao-deus-dará, à queima-roupa

    PARÔNIMOS e HOMÔNIMOS 

    Parônimos são palavras diferentes no sentido, mas com muita semelhança na escritae na pronúncia.

    Exemplos :

    Infligir infrigir

    Retificar ratificar

    Vultoso vultuoso

    Homônimos são palavras diferentes no sentido, mas que têm a mesma pronúncia.Dividem-se em homônimos perfeitos e homônimos imperfeitos.

      Homônimos perfeitos são palavras diferentes no sentido, mas idênticasna escrita e na pronúncia.

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    Exemplos :

    Homem são (adj.) São João São várias as causas

    Como vais ? Eu como feijão

    Homônimos imperfeitos, que se dividem em :

    1. Homônimos homógrafos, quando têm a mesma escrita e a mesma pronúncia,exceto a abertura da vogal tônica.

    Exemplos: Almoço (verbo) / Almoço (substantivo)

    2. Homônimos homófonos, quando têm a mesma pronúncia mas escrita diferente.

    Exemplos :

    Apreçar apressar

    Sessão seção Cessão

    Exemplos de Parônimos e Homônimos: 

    Parônimos ( emprego do e ou do i )

     Arrear   Pôr arreios a  Arriar   Abaixar

    Deferimento Concessão Diferimento AdiamentoDeferir Conceder Diferir Adiar

    Delatar Denunciar Dilatar   Retardar, estender

    Descrição  Representação Discrição  Reserva

    Descriminar Inocentar Discriminar   Distinguir

    Despensa  Compartimento Dispensa Desobriga

    Destratar Insultar Distratar   Desfazer (contrato)

    Emergir   Vir à tona Imergir Mergulhar

    Emigrante  O que sai do próprio país Imigrante  O que entra em país estranho

    Eminência  Altura; excelência Iminência  Proximidade de ocorrência

    Eminente  Alto; excelente Iminente  Que ameaça cair ou ocorrer

    Emitir   Lançar fora de si Imitir   Fazer entrar

    Enfestar   Dobrar ao meio na sualargura

    Infestar Assolar

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    Enformar   Meter em fôrma,incorporar

    Informar Avisar

    Entender   Compreender Intender   Exercer vigilância

    Lenimento  Suavizante Linimento  Medicamento para fricçõesPeão  Que anda a pé Pião  Espécie de brinquedo

    Recrear Divertir Recriar   Criar de novo

    Se  Pronome átono;conjunção

    Si  Pronome tônico; nota musical

    Vadear   Passar a vau Vadiar   Passar vida ociosa

    Venoso  Relativo a veias Vinoso  Que produz vinho

    Parônimos (emprego do o ou do u )

     Açodar Instigar  Açudar   Construir açudes

     Assoar   Limpar (o nariz)  Assuar Vaiar

    Bocal  Embocadura Bucal  Relativo à boca

    Comprido Longo Cumprido Executado

    Comprimento Extensão Cumprimento Saudação

    Costear   Navegar junto à costa Custear   Prover as despesas de

    Cutícula Película Cutícola  Que vive na peleInsolação  Exposição ao sol Insulação  Isolamento

    Insolar Expor ao sol Insular   Isolar

    Ovular   Semelhante a ovo Uvular   Relativo à úvula

    Pontoar   Marcar com ponto Pontuar   Empregar a pontuação em

    Roborizar   Fortalecer Ruborizar   Corar; envergonhar-se

    Soar   Dar ou produzir som;ecoar

    Suar   Transpirar

    Soporativo  Que produz sopor(modorra) Supurativo  Que produz supuração

    Sortir Abastecer Surtir Originar

    Torvar   Tornar-se carrancudo Turvar   Tornar turvo (opaco); toldar

    Torvo  Iracundo, enfurecido Turvo  Opaco; toldado

    Vultoso Volumoso Vultuoso Atacado de vultuosidade(congestão na face)

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     Homônimos e parônimos (emprego do grupo sc )

     Acender   Pôr fogo a  Ascender Subir

    Decente  Decoroso; limpo Descente  Que desce; vazanteDiscente  Relativo a alunos Docente  Relativo a professores

     Acético  Relativo ao vinagre  Ascético   Relativo aoascetismo

     Asséptico Relativo à assepsia

    Homônimos e parônimos (emprego do c, ç, s e ss )

     Acento  Inflexão da voz; sinalgráfico

     Assento  Lugar onde a gente seassenta

     Acessór io   Que não é fundamental  Assessório  Relativo ao assessor

     Anticé(p)tico   Oposto aos céticos  Antissé(p)tico  Desinfetante

     Apreçar   Marcar ou ver o preço de  Apressar   Tornar rápido

    Caçar   Perseguir a caça Cassar   Anular

    Cé(p)tico  Que ou quem duvida Sé(p)tico  Que causa infecção

    Cegar   Fazer perder a vista a Segar   Ceifar; cortar

    Cela  Aposento de religiosos Sela  Arreio de cavalgadura

    Celeiro  Depósito de provisões Seleiro  Fabricante de selasCenário   Decoração de teatro Senário   Que consta de seis unidades

    Censo  Recenseamento Senso  Juízo claro

    Censual  Relativo ao censo Sensual  Relativo aos sentidos

    Cerração  Nevoeiro espesso Serração   Ato de serrar

    Cerrar Fechar Serrar Cortar

    Cervo Veado Servo   Servente

    Cessação  Ato de cessar Sessação  Ato de sessar

    Cessar   Interromper Sessar PeneirarCiclo Período Siclo  Moeda judaica

    Cilício  Cinto para penitências Silício  Elemento químico

    Cinemático  Relativo ao movimentomecânico

    Sinemático   Relativo aos estames

    Círio  Vela grande de cera Sírio da Síria

    Concertar   Harmonizar; combinar Consertar   Remendar; reparar

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    Corço  Cabrito selvagem Corso  Natural da Córsega

    Decertar Lutar Dissertar Discorrer

    Empoçar   Formar poça Empossar   Dar posse a

    Incerto Duvidoso Inserto   Inserido, incluídoIncipiente  Principiante Insipiente Ignorante

    Intenção outenção 

    Propósito Intensão outensão

    Intensidade

    Intercessão  Rogo, súplica Interse(c)ção Ponto em que duas linhas secortam

    Laço Laçada Lasso Cansado

    Maça Clava Massa Pasta

    Maçudo  Indigesto; monótono Massudo VolumosoPaço Palácio Passo Passada

    Ruço  Pardacento; grisalho Russo  Natural da Rússia

    Cessão  Doação; anuência Secção ouseção

    Corte; divisão Sessão Reunião

    Cesta  Utensílio de vara,com asas

    Sexta  Ordinal feminino deseis

    Sesta  Hora dedescanso

    Indefesso  Incansável Indefeso  Sem defesa Infenso  Contrário

    Homônimos e parônimos (emprego do s ou do z)

     Asado  Que tem asas  Azado Oportuno

     Asar   Guarnecer com asas  Azar   Dar azo a; má sorte

    Coser Costurar Cozer Cozinhar

    Revezar   Substituiralternadamente

    Revisar   Rever; corrigir

    Vês  Forma do verbo ver Vez Ocasião

    Fúsil  Que se pode fundir Fuzil Carabina Fusível  Resistência de fusibilidadecalibrada

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    Homônimos (emprego do s ou do x )

    Espiar Espreitar Expiar   Sofrer pena ou castigo

    Espirar   Soprar; respirar; estar vivo Expirar   Expelir (o ar); morrerEstrato  Camada sedimentar; tipo de

    nuvemExtrato O que foi tirado de dentro;

    fragmento

    Esterno  Osso do peito Externo Exterior Hesterno  Relativo ao dia deontem

    Homônimos e parônimos (emprego do ch  ou do x )

    Brocha  Prego curto de cabeça larga e chata Broxa Pincel

    Bucho  Estômago de animais Buxo Arbusto ornamental

    Cachão  Borbotão; fervura Caixão  Caixa grande; féretro

    Cachola  Cabeça; bestunto Caixola  Pequena caixa

    Cartucho   Canudo de papel Cartuxo   Pertencente à ordem da

    CartuxaChá  Arbusto; infusão Xá  Título de soberano no Oriente

    Chácara Quinta Xácara  Narrativa popular em verso

    Chalé  Casa campestre em estilo suíço Xale  Cobertura para os ombros

    Cheque  Ordem de pagamento Xeque Incidente no jogo de xadrez;contratempo

    Cocha Gamela Coxa  Parte da perna

    Cocho  Vasilha feita com um tronco demadeira escavada

    Coxo  Aquele que manca

    Luchar Sujar Luxar   Deslocar; desconjuntar

    Tacha  Brocha; pequeno prego Taxa  Imposto; preço

    Tachar   Censurar; notar defeito em Taxar   Estabelecer o preço ou oimposto

    Referência Bibliográfica: 

     ANDRÉ, Hildebrando A. de, Gramática ilustrada. São Paulo : Moderna, 1990.

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     Linguagem Denotativa X Linguagem Conotativa

    Na linguagem coloquial, ou seja, na linguagem do dia-a-dia, usamos as palavrasconforme as situações que nos são apresentadas. Por exemplo, quando alguém diz afrase " Isso é um castelo de areia" , pode atribuir a ela sentido denotativo ouconotativo. Denotativamente, significa "construção feita na areia da praia em forma decastelo"; conotativamente, "ocorrência incerta, sem solidez".

    Denotação: É o uso do signo em seu sentido real. (Colhi uma flor do jardim.)

    Conotação: É o uso do signo em sentido figurado, simbólico. (Sua filha é mesmouma flor!)

    Para Aristóteles, o homem é um animal político (social e cívico), pois somenteele é dotado de linguagem. Animais têm voz, exprimindo dor e prazer. Só homempossui palavra, exprimindo e possuindo, em comum com outros homens, valores queviabilizam vida social e política. Para Platão a linguagem é um pharmakon : remédio,veneno e cosmético.

    Linguagem é "instrumento graças ao qual o homem modela seu pensamento,seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e seus atos, oinstrumento graças ao qual ele influencia e é influenciado, a base mais profunda dasociedade humana"

    Funções da Linguagem

    Para melhor compreensão das funções de linguagem, torna-se necessário oestudo dos elementos da comunicação.

    Comunicação

    Nas situações de comunicação, alguns elementos são sempre identificados. Isto é, sem

    eles, pode-se dizer que não há comunicação. É o que diz a teoria da comunicação.Os elementos da comunicação são:

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      Emissor ou destinador: alguém que emite a mensagem. Pode ser uma pessoa, umgrupo, uma empresa, uma instituição.

      Receptor ou destinatário: a quem se destina a mensagem. Pode ser uma pessoa,um grupo ou mesmo um animal, como um cão, por exemplo.

      Código: a maneira pela qual a mensagem se organiza. O código é formado por umconjunto de sinais, organizados de acordo com determinadas regras, em que cada umdos elementos tem significado em relação com os demais. Pode ser a língua, oral ou

    escrita, gestos, código Morse, sons etc. O código deve ser de conhecimento de ambosos envolvidos: emissor e destinatário.

      Canal de comunicação: meio físico ou virtual, que assegura a circulação damensagem, por exemplo, ondas sonoras, no caso da voz. O canal deve garantir ocontato entre emissor e receptor.

      Mensagem: é o objeto da comunicação, é constituída pelo conteúdo dasinformações transmitidas.

      Referente: o contexto, a situação aos quais a mensagem se refere. O contexto pode

    se constituir na situação, nas circunstâncias de espaço e tempo em que se encontra odestinador da mensagem. Pode também dizer respeito aos aspectos do mundo textualda mensagem.

    Obs.: As atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e exerceminfluência sobre a comunicação. Cada um destes componentes é trabalhado por umafunção de linguagem. Vejamos sucintamente:

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    1) Função emotiva: é a do emissor, centrada na 1ª pessoa do singular, no “eu”,subjetivamente.

    2) Função conativa: é a do receptor, centrada na 2º pessoa, no “tu”; busca atuar sobre a

    imagem do receptor, persuadindo-o mediante o uso das palavras e de verbos noimperativo.

    3) Função fática: é a do canal, serve apenas para manter o contato e ver se o receptorestá realmente entendendo o emissor.

    4) Função metalinguística: é a do código (no nosso caso, a língua portuguesabrasileira); usada quando temos de explicar a própria linguagem, como estou fazendoagora.

    5) Função poética: é a da mensagem; privilegia o significante e o significado e depende

    dos recursos usados pelo autor do texto (envolvendo muito a conotação).6) Função referencial: é a do referente, centrada na 3ª pessoa, no assunto; a intenção éapenas transmitir a informação, objetivamente (envolvendo a denotação).

    Claro que em um texto pode haver mais de uma função pois elas não sãoexcludentes. A linguagem referencial ocorre quando o referente, ou seja, o assunto, éposto em destaque. Se o assunto é posto em destaque, o texto há de ser objetivo eclaro, sem margem a duplas interpretações (como ocorre com a linguagem conotativa).Como o principal é passar a informação, o texto será escrito em 3ª pessoa – comovemos na maioria das teses científicas e textos jornalísticos. Por isso em umadissertação o que predomina é a função referencial, aquela que visa passar o assuntoda forma mais precisa possível.

    Figuras de linguagem

    Os recursos de linguagem usados para expressar uma ideia, uma sensação oupara retratar a realidade.

    Sempre que uma questão abordar uma pergunta sobre o uso da linguagemdenotativa, observe se o texto ou a palavra está no seu sentido literal ou figurado – no

    caso do texto, veja o que predomina. Já na redação, você deve sempre privilegiar alinguagem denotativa: a linguagem figurada não é bem-vinda em um texto referencial,como é o caso de Carta Comercial.

    As figuras de linguagem são recursos que tornam mais expressivas asmensagens. Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção, figuras depensamento e figuras de palavras.

    Figuras de som 

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     a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”

    b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.“Sou um mulato nato no sentido latomulato democrático do litoral.”

    c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas designificados distintos.“Eu que passo, penso e peço.”

    Figuras de construção 

    a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.

    “Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)

    c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ouelementos do período.“ E sob as ondas ritmadase sob as nuvens e os ventose sob as pontes e sob o sarcasmoe sob a gosma e sob o vômito (...)”

    d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.“De tudo ficou um pouco.Do meu medo. Do teu asco.”

    e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que sesubentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:

    • De gêneroVossa Excelência está preocupado.

    • De númeroOs Lusíadas glorificou nossa literatura.

    • De pessoa“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinhaverde e mole que se derrete na boca.”

    f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorreporque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.

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     g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.“E rir meu riso e derramar meu pranto.”

    h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.“ Amor é um fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer”

    Figuras de pensamento 

    a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõempelo sentido.“Os jardins têm vida e morte.”

    b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se,com isso, efeito crítico ou humorístico.“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

    c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; emsíntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)

    d) hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

    e) prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativosque são próprios de seres animados.O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

    f) gradação ou clímax: é a apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax)ou descendente (anticlímax)“Um coração chagado de desejosLatejando, batendo, restrugindo.”

    g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisapersonificada).“Senhor Deus dos desgraçados!Dizei-me vós, Senhor Deus!”

    Figuras de palavras 

    a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, combase numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. Ametáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo ficasubentendido.

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    “Meu pensamento é um rio subterrâneo.”

    b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja,uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro

    significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base emtraços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relaçãológica entre os termos. Observe:Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)

    c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar umconceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não maisse percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.O pé da mesa estava quebrado.

    d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o

    identifique com facilidade:...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)

    e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas pordiferentes órgãos do sentido.A luz crua da madrugada invadia meu quarto.

    Vícios de linguagem 

    A gramática é um conjunto de regras que estabelece um determinado uso da língua,denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pelagramática normativa nem sempre são obedecidas, em se tratando da linguagemescrita. O ato de desviar-se da norma padrão no intuito de alcançar uma maiorexpressividade, refere-se às figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo nãoconhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.

    a) barbarismo: consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com anorma culta.pesquiza (em vez de pesquisa)prototipo (em vez de protótipo)

    b) solecismo: consiste em desviar-se da norma culta na construção sintática.Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz ; desvio na sintaxe deconcordância)

    c) ambiguidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um modo tal que elaapresente mais de um sentido.O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda ou dosuspeito?)

    d) cacófato: consiste no mau som produzido pela junção de palavras.Paguei cinco mil reais por cada.

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     e) pleonasmo vicioso: consiste na repetição desnecessária de uma ideia.O pai ordenou que a menina entrasse para dentro imediatamente.Observação: Quando o uso do pleonasmo se dá de modo enfático, este não é

    considerado vicioso.f) eco: trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.O menino repetente mente alegremente.

    Por Marina CabralEspecialista em Língua Portuguesa e Literatura

    Texto L iterário X Texto Não Li terário

    Texto Literário

    João GostosoUma noiteChegou num barBebeuCantouDançouDepois se atirou na lagoa

    Morreu afogado(Bandeira, 1974)

    Texto Não Literário

    João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia numbarracão sem número.Uma noite ele chegou ao bar vinte de Novembro.BebeuCantouDançouDepois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

    Inocente ou culpado?

    Ele se livrou da armação

    Conta uma lenda, que na Idade Média, um religioso foi injustamente acusado deter assassinado uma mulher. Na verdade, o autor do crime era uma pessoa influente do

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    reino e, por isso, desde o primeiro momento se procurou um bode expiatório, paraacobertar o verdadeiro assassino.

    O homem foi levado a julgamento, já temendo o resultado: a forca. Ele sabia quetudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta

    história.O juiz, que também estava combinado para levar o pobre homem à morte,simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado para que provasse suainocência. Disse o juiz:

    - Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos doSenhor: vou escrever em um papel a palavra INOCENTE e em outro a palavraCULPADO. Você pegará um dos papéis e aquele que você escolher será o seuveredicto.

    Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis com a palavraCULPADO, fazendo assim, com que não houvesse alternativa para o homem. O juizcolocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um. O homem,

    pressentindo a armação, fingiu se concentrar por alguns segundos a fim de fazer aescolha certa, aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamentecolocou-o na boca e engoliu. Os presentes reagiram surpresos e indignados com talatitude. E o homem, mais uma vez demonstrando confiança, disse:

    - Agora basta olhar o papel que se encontra sobre a mesa e saberemos queengoli aquele em que estava escrito o contrário.

    Autor desconhecidoO monge mordido

    Cada um na sua

    Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por umaponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margemdo rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, obichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então àmargem, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrouno rio, colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos discípulos naestrada . Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

    - Mestre deve estar muito doente! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso?Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda, picou amão que o salvara! Não merecia sua compaixão!

    O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:- Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha.

    Coesão e coerência

    Um sonho de simplicidade 

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    Então, de repente, no meio dessa desarrumação ferozda vida urbana, dá na gente um sonho de simplicidade. Será um sonho vão? Detenho-me um instante, entre duas providências a tomar, para me fazer essa pergunta. Por quefumar tantos cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem falta. São uma

    necessidade que inventei. Por que beber uísque, por que procurar a voz de mulher napenumbra ou os amigos no bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber intrigas?

    Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata, tive de repente um ataque depudor, me surpreendendo assim, a escolher um pano colorido para amarrar aopescoço. Mas, para instaurar uma vida mais simples e sábia, seria preciso ganhar avida de outro jeito, não assim, nesse comércio de pequenas pilhas de palavras, esseofício absurdo e vão de dizer coisas, dizer coisas... Seria preciso fazer algo de sólido ede singelo; tirar areia do rio, cortar lenha, lavrar a terra, algo de útil e concreto, que mefatigasse o corpo, mas deixasse a alma sossegada e limpa.Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho assim. É apenas um instante. O

    telefone toca. Um momento! Tiramos um lápis do bolso para tomar nota de um nome,de um número... Para que tomar nota? Não precisamos tomar nota de nada,precisamos apenas viver sem nome, nem número, fortes, doces, distraídos, bons, comoos bois, as mangueiras e o ribeirão.(Rubem Braga, 200 crônicas escolhidas)

     A coesão integra um dos requisitos imprescindíveis à construção de todo e qualquertexto. Há, portanto, alguns elementos que funcionam como principais agentes nesseprocesso, com vistas a fazer com que a mensagem se materialize de forma clara eprecisa. Coesão são as ligações concretas que dão coerência aos elementos de umamensagem. Toda produção textual se organiza em torno de um elemento de referência,

    que lhe dá coesão. 

     A coerência é responsável pelo sentido do texto. Envolve não só aspectos lógicos esemânticos, mas também cognitivos, na medida em que depende do partilhar deconhecimentos entre os interlocutores.Um discurso é aceito como coerente quando apresenta uma configuração conceitualcompatível com o conhecimento de mundo do recebedor.

    O conhecimento de mundo é importante, não menos importante é que esseconhecimento seja partilhado pelo produtor e receptor do texto. O produtor e receptor

    do texto devem ter conhecimento comum.

    EXERCÍCIO SOBRE COESÃO E COERÊNCIA

    1. o texto que ora se evidencia a seguir carece de elementos de coesão e sua principaltarefa é apontá-los, tendo como base os exemplos sugeridos.

    Muito suor, pouca descoberta.

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    O trabalho do arqueólogo tem emoções, sim. ---------não pense em Indiana Jones,bandidos e tesouros. É verdade------- os arqueólogos passam um bom tempo emlugares excitantes, como pirâmides e ruínas. ---------as emoções acontecem mesmo énos laboratórios, --------- ---------- identificam a importância das coisas que acharam nos

    sítios arqueológicos. -------------, é preciso persistência para encarar a profissão, -------------os resultados demoram, e muita gente passa a vida estudando sem fazer grandesdescobertas. No Brasil, é necessário fazer pós-graduação, ---------não há faculdade deArqueologia. --------, é preciso gostar de viver sem rotina, -------------o arqueólogo passameses no laboratório e outros em campo. O prêmio é fazer descobertas que mudam ahistória.

    (Super for Kids, nº 1)

    2. Atenha-se ao enunciado linguístico ora expresso, identificando os elementos

    coesivos presentes neste:O lide da secretáriaUma das grandes dificuldades que o repórter tem, ao apurar uma notícia pelo telefone,é conseguir passar pela telefonista/secretária. Invariavelmente, elas fazem trêsperguntas ao interlocutor, que funcionam como uma espécie de lide: “quem deseja?”“de onde?”, “pode adiantar o assunto?”, com frequência completadas pelo fatal “não seencontra”, que até hoje não descobri de que língua é.

    3. Apresenta-se a seguir uma anedota de Ziraldo. Analise-a e, em seguida, responda:A mãe chega na varanda e encontra o maluquinho ensinando palavrões pro papagaio:- Maluquinho, que é que você está fazendo, menino?- Ora, mãe, tou ensinando pro papagaio as palavras que ele não deve dizer.

    (O livro do riso do Menino maluquinho. 2.ed. São Paulo:Melhoramentos,2000.p.74)Na anedota há uma incoerência, a qual se caracteriza como intencional.a) Identifique-a.

    .

    b) Justifique o porquê de ela assim se caracterizar.

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    4. Com base no exercício anterior, comente acerca da importância da coerência textual.

    5. (Unicamp-SP)Observe que nos trechos abaixo, a ordem que foi dada às palavras, nos enunciados,provoca efeitos semânticos (de significado) “estranhos”.Fazendo sucesso com a sua nova clínica, a psicóloga Iracema Leite Ferreira Duarte,localizada na Rua Campo Grande, 159.Embarcou para São Paulo Maria Helena Arruda, onde ficará hospedada no luxuoso

    hotel Maksoud Plaza.(Notícias da coluna social do Correio do Mato Grosso)Escolha um dos trechos, diga qual é a interpretação “estranha” que ele pode ter, ereescreva-o de forma a evitar o problema.

    Estrutura das Palavras

    Elementos Mórficos ou Morfemas

    Elementos FunçãoRadical Identifica o significado básico da palavra

     Af ixos Morfemas responsáveis pela formação de palavras novas, a parir de umradical. Podem ser Prefixos - colocado antes do radical e Sufixos –colocado depois do radical

    Desinências Morfemas caracterizadores das palavras. Indicam gênero e número (nos

    nomes); número e pessoa, tempo e modo (nos verbos)Vogal temática Nos verbos, identifica uma das três conjugações; nos nomes, forma gruposcom características comuns.

    Tema É a união do radical à vogal temática.Vogal (ouconsoante) deligação

    É facilitar a pronúncia para que se consiga juntar sufixos a radicais ou umradical a outro. Não fazem parte dos morfemas

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    Exemplos:

    Prefixos - feliz – in feliz Sufixos – feliz – felizmentefazer - refazer pedra – pedr eiro 

    Cognatas – são palavras que possuem o mesmo radical.

    Feliz = infeliz, felizmente, felicidade, infelizmenteJornal =  jornaleiro, jo rnalista, jornaisPedra = pedr eiro, pedrada, pedraria

    Desinências   menin-o menin-o-s menin-a-s (nominal)  Cantar canta-va-mos canta-sse-s (verbal)

    Vogal TemáticaFal-a-r – Cant-a-r - Vend-e-rTema Tema Tema

    Vogal ( ou Consoante) de ligação

    Gas-ô-metro – pau-l-ada – cafe-t-eiraFormação das Palavras

    1- Derivação

      Prefixal – colocação de um prefixo ao Radical.

    Infeliz desleal

      Sufixal – colocação de um sufixo ao Radical.

    Felizmente Lealdade

      Prefixo-sufixal – colocação de um prefixo e um sufixo ao radical.

    Infelizmente  deslealdade

      Parassíntese (Parassintética) – Colocação ao mesmo tempo de um prefixo e umsufixo.

    Entristecer desalmado

      Regressiva – a palavra nova é obtida pela redução da palavra primitiva.

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    Botequim – boteco / Português – portuga / Combater – combate / Pescar  –pesca / Jantar  - janta

      Imprópria – mudança de classe gramatical, vai depender do contexto.

    Ainda não fiz o jantar. (substantivo)

    Como será o amanhã. (substantivo)

    A mulher aranha. (adjetivo)

    2- Composição

    (Dois ou mais radicais se juntam para formar uma palavra)

      Justaposição – Colocação de dois radicais ou mais sem a perda de elementos.

    Couve-flor / Passatempo / Girassol / salário-família

      Aglutinação - Colocação de dois radicais ou mais com a perda de elementos.

    Aguardente PlanaltoPernalta Petróleo

    Outros processos

    3- Hibridismo – são palavras formadas por radicais de línguas diferentes.

    Automóvel (auto: grego / móvel: latim)Sociologia (sócio: latim / logia: grego)Alcoômetro (álcool: árabe / metro: grego)Burocracia (buro: de bureau francês / cracia: grego )Sambódromo (samba: língua africana / dromo: grego)

    4- Onomatopéia – são palavras que reproduzem os sons ou ruídos.

    Tique-taque; zunzum; cacarejar;

    Miar; fonfom; pingue-pongue5- Abreviação – redução da palavra.

    Moto (por motocicleta)Foto (por fotografia)Pneu (por pneumático)

     Abreviatura – pág. (página)

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      m (metro)Fís. (Física)

    Siglas – PT (Partido dos Trabalhadores)

    Banespa (Banco do Estado de São Paulo)

    S U B S T A N T I V O

    É a palavra que dá nome aos seres. Ex.: Colégio, tristeza, rio.

    Classificação

     Comum = homem, rio, cão, país Próprio = Manuel, Amazonas, Bidu, França Coletivo = bando (de aves), pinacoteca (de quadros)

    Formação

     Primitivo = leite, ferro, terra Derivado = leiteiro, ferradura, terreno Concreto = casa, fada, bruxa, caneta, saci Abstrato = Amor, recordação, coragem, medo Simples = sol, chuva, tempo Composto = girassol, guarda-chuva, passatempo

    Gênero dos subs tantivos

    Substantivo Biforme Substantivo Uniforme Gramatical

    Masculino = menino,homem, bode, ator

    Feminino = menina,mulher, atriz, cabra

    Comuns-de-doisgêneros 

    cliente, viajante, artista

    Sobrecomum = ídolo,testemunha, bebê

    Epiceno = jacaré, cobra,

    zebra

    Masculino = livro, ônibus,apartamento, caderno

    Feminino = casa, cadeira, porta, janela.

    Obs: Comum-de-dois gêneros - o que modifica o gênero é o artigo.

    Ex.: O cliente, A cliente.

     Sobrecomum - a diferença de gênero não é especificada, o mesmo substantivorefere-se ao sexo masculino como feminino. ë de acordo com o contexto.

    EX.: Uma criança do sexo masculino.

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      Epiceno - para a distinção do sexo do animal acrescenta-se a palavra macho oufêmea.

    Ex.: O jacaré macho, A cobra fêmea.

    GRAU DOS SUBSTANTIVOS

    Normal Diminutivo Aumentativo

    gato, casa,livro.

    Sintético = gatinho,livrinho, casinha

     Analít ico = gatopequeno, casaminúscula, livropequeno 

    Sintético = gatão, casarão, livrão Analítico = gato grande, casaenorme, livro imenso 

    NÚMERO DOS SUBSTANTIVOS

     SINGULAR = menina, ator, pão, couve-flor

    PLURAL = meninas, atores, pães, couves-flores

     A R T I G O S

    Determinam os substantivos.

    Classificação:

    Definidos = Singular : a, o / Plural : as, os

    Indefinidos = Singular - uma, um / Plural  - umas, uns

     A D J E T I V O S

    Caracterizam o substantivo. Ex.: A criança levada. O menino agitado.

    FLEXÃO DOS ADJETIVOS

    Flexão em gênero

    Biforme = possue duas formas, uma para omasculino e outra para o feminino:Masculino – botão amareloFeminino – rosa amarela 

    Uniforme = possue uma só forma para osdois gêneros:Exercício fácil / Tarefa fácil 

    Flexão em númeroSingular =Menino estudiosoMenina estudiosa

    Plural =Meninos estudiososMeninas estudiosas

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    Menino surdo-mudoMenina surda-muda Língua latino-americana Povo latino-americano

    Terno marrom-café 

    Meninos surdos-mudosMeninas surdas-mudasLínguas latino-americanasPovos latino-americanos

    Ternos marrom-café Flexão em grauComparativo Superlativoa. de igualdade:

    Ana é tão esperta quanto sua irmã.b. de superioridade:

    Ana é mais esperta que sua irmã.c. de inferioridade:

    Ela é menos esperta que Ana 

    a. absoluto : analítico:Ana é muito esperta. sintético:Ana é espertíssima. b. relativo: de superioridade:Ela é a mais esperta da classe. de inferioridadeEla é a aluna menos aplicada da classe.

     Adjet ivos Comparativo Superlativobommaugrandepequeno 

    melhorpiormaiormenor  

    ótimopéssimomáximomínimo 

    Locuções Adjetivas

    São duas ou mais palavras que correspondem a um adjetivo.

    A navalha viu o reflexo do sol .A navalha viu o reflexo solar.

    Obs.: 1- Verbete: brasileiroAdj.1. De, ou pertencente ou relativo ao Brasil. ~V. colonialS. m.2. O natural ou habitante do Brasil.

    O dicionário apresenta a palavra brasileira pertencente a mais de uma classegramatical. Nesse caso, a distinção de classe só se revela pelo contexto.

    Exemplo:

    O brasileiro é muito crédulo. (Substantivo)O povo brasileiro é muito crédulo. (Adjetivo)

    2- O adjetivo pode ser usado como advérbio:

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    A mãe suspirava suave. (Guimarães Rosa)

    Suavemente

    Outros exemplos: Fale sério! Durma tranqüila.

    3- a) Bonita roupa b) Grande homemRoupa bonita Homem grande

    Existem adjetivos, que dependendo de sua posição na frase, mudam o significado daexpressão. No exemplo a não houve alteração de significado, já na letra b nem sempreum grande homem é um homem grande e vice-versa.

    N u m e r a l

    É a palavra que exprime quantidade, ordem, e dá também a idéia demúltiplo ou fração.

    Há quatro tipos de numerais:

    Cardinal - um, dois, três, mil...Ordinal - primeiro, segundo, vigésimo...Fracionário - metade, um terço, um nono...Múltiplo - dobro, triplo, quádruplo...

    OBS.: Na designação de capítulos, séculos, papas, monarcas empregam-se osnumerais ordinais de um a dez e os numerais cardinais de onze em diante.

    Século XX Século vintePapa João XXIII Papa João Vinte e TrêsFelipe II Felipe SegundoCapítulo IX Capítulo nono

    P R O N O M E S

    É a palavra que : a. Substitui um substantivob. Acompanha um substantivo

    Pronomes Pessoais (Pessoas Gramaticais)

    Retos OblíquosEu  Me, mim, comigo Tu  Te, ti, contigo Ele/Ela Se, si, consigo, o, a, lheNós Nos, conosco

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    Vós Vos, convoscoEles/Elas Se, si, consigo, os, as, lhes

    Pronomes de Tratamento

    Tipo especial de pronome pessoal. São de segunda pessoa -- referem-se àspessoas com quem falamos -- mas exigem verbo na terceira pessoa.

    Pronomes Abreviatura ReferênciaVossa Alteza V.A  príncipes, duques Vossa Eminência  V. Em.ª  Cardeais Vossa Excelência  V. Ex.ª  Altas autoridades em geral Vossa Magnificência  V. Mag.ª  Reitores de universidade Vossa Majestade  V. M.  Reis, imperadores 

    Pronomes Possessivos (idéia de posse)

    Meu, minha, meus, minhasTeu, tua, teus, tuasSeu, sua, seus, suasNosso, nossa, nossos, nossasVosso, vossa, vossos, vossasSeu, sua, seus, suas 

    Pronomes Demonstrativos

    São aqueles que indicam a posição do ser no tempo e no espaço, tendo comoreferência as pessoas do discurso.

    Este, esta, estes, estas, isto( próximo à pessoa que fala) Esse, essa, esses, essas, isso( próximo à pessoa com quem se fala) Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo( distante dos interlocutores) 

    Pronomes Indefinidos

    São aqueles que se referem à terceira pessoa do discurso de modo vago eimpreciso.

    Variáveis invariáveisAlgum, alguma, alguns,algumasNenhum, nenhuma, nenhuns,

    Algotudonada

    referem-sea coisas 

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    nenhumasTodo, toda, todos, todasOutro, outra, outros, outrasMuito, muita, muitos, muitas

    Pouco, pouca, poucos, poucasCerto, certa, certos, certasVário, vária, vários, váriasQuanto, quanta, quantos,quantasTanto, tanta, tantos, tantasQualquer, quaisquerQual, quaisum, uma, uns, umas 

    quemalguémninguém

    outrem

    ondealhuresalguresnenhures

    cadacada qual 

    referem-sea pessoas 

    referem-sea lugares

    Pronomes Relativos

    São aqueles que se referem-se ao termo antecedente em outra oração.

    Variáveis Invariáveiso qual, a qual, os quais, as quais  que, quem, onde, como cujo, cuja, cujos, cujas quanto, quanta, quantos, quantas 

    V E R B O

    a palavra que exprime ação, estado, fato, ou fenômeno da natureza.

    Flexão em:

    a. de número e pessoa

    Eu jogo bola. (1ª pessoa do singular) / Nós jogamos bola. (1ª pessoa do plural)

    b. de tempo

    Jogo bola. ( PRESENTE - Indica um fato atual ou habitual)

    Joguei bola. (PRETÉRITO - Indica um fato passado)Jogarei bola. (FUTURO - Indica um fato que ainda vai acontecer)

    c. de modo

    Jogo bola. (INDICATIVO - Expressa um fato real)

    Talvez hoje eu jogue bola. (SUBJUNTIVO - Dá ideia de dúvida)

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    Jogue bola. (IMPERATIVO - Indica ordem)

    d. Vozes dos verbos

    a.  At iva: o sujeito pratica a ação (Netinho comprou o bingo.)b. Passiva: o sujeito sofre a ação (O bingo foi comprado por Netinho.)

    c. Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação. (Gabi se contou.)

    Classi ficação Verbal

    Regulares – São os que seguem o modelo de sua conjugação: -ar (cantar), -er(vender), -ir (partir).

    Irregulares – Não acompanham nenhum modelo de conjugação, têm variações no

    radical ou nas desinências: dar, dizer, pedir, etc.Defectivos – Não são conjugados em todas as formas: demolir, falir, Doer, etc. Etambém verbos que indicam fenômeno da natureza e vozes de animais.

     Anômalos – Sofrem profundas modificações na conjugação: ser e ir

     Abundantes – São os que têm dois ou mais particípios: Nascer - nascido, natoTingir - tingido, tinto

     Auxil iares – Os que se ligam a outros verbos, na formação:

    a. dos tempos compostos: Tenho estudado

    Havia saídob. das locuções verbais: Eles estão estudando.

    Fui elogiado pelo professor.Hei de vencer

     A D V É R B I O S

    É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo e o próprio advérbio, indicandocircunstância de tempo, modo lugar, negação, intensidade, dúvida, etc. É uma palavrainvariável.

    Principais advérbios:a. lugar -- aqui, ali, lá, acolá, além...b. tempo -- hoje, cedo, ontem, amanhã, já, tarde...c. modo -- bem, mal, assim... e a maioria dos que terminam em -mente:

    tranqüilamente...d. negação -- nãoe. intensidade -- pouco, muito, bastante, mais, menos ...f. dúvida -- talvez, acaso, porventura...

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    Locução Adverbial -- é o grupo de palavras com valor de um advérbio:

    a. Com certeza, ele chegará (Certamente, ele chegará)b.  À noite, fazia frio.I N T E R J E I Ç Õ E S

    São palavras invariáveis que traduzem as nossas emoções, os nossossentimentos.

    a. Cuidado! olhe o sinal.b. Arre! até que enfim o encontro.

    P R E P O S I Ç Ã O

    É a palavra que estabelece uma ligação entre duas outras.

    Ex.: O bilhete trazia uma declaração de Amor.

     Algumas Preposições:

    A contra para sob apósante de perante sobre desde portrás até em sem com entreCombinação (não há perda de fonema):

    a. Ele foi ao cinema. a (prep.) + o (artigo)

    Contração (há perda de fonema)

    a. Elas gostam do Recife. de(prep.) + o (artigo)em + o = noem + a = naem + este = nesteem + os + nosem + aquele = naquela

    de + o = dode + a = dade + este = destede + os = dosde + aquele = daquele

    por + o = pelopor + a = pelapor + os = pelos

    a + a = àa + aquele = àquela

    C O N J U N Ç Õ E S

    É a palavra invariável que liga orações ou palavras que têm a mesma função.

    Ex.: Ele caiu, mas  não se machucou.

    As conjunções podem ser: 

    Coordenativas Subordinativas

    1. Aditiva: e, em, não só, mas também  1. Substant ivas(integrantes): que, se,como... 

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    2. Adversativa: mas, porém, contudo... 2. Adverbiais : quando, se, conforme,desde que, para que, ainda que... 

    3.Alternativa: ou, ou...ou, ora...ora,...

    4. Conclusiva: logo, pois(depois do verbo),portanto...

    5. Explicativa: que, porque, pois(antes doverbo)

    Sintaxe e Morfossintaxe

    SujeitoSer de quem se fala.

    ClassificaçãoSimples Só um núcleo -Lucas comprou uma casa.Composto Mais de um núcleo -Elis e Simone são cantoras.Oculto É identificado pela terminação verbal -Não saímos hoje.

    -Pegaste a minha bola?Indeterminado Não se pode ser identificado.

    Existem dois casos:1- Verbo na terceira pessoa2- Verbo na terceira pessoa +

    o pronome SE 

    -Levaram os documentos.

    -Vive-se muito bem aqui.Oração semsujeito

    Pode ocorrer oração sem sujeito em:1- Verbo Haver = existir

    2- Verbos Indicando Tempo

    3- Verbos Indicando Fenômeno daNatureza

    - Havia muitas soluções para ocaso.-Faz muito tempo que não ovejo.- Já são três horas?

    - Choveu bastante hoje.

    PREDICADO

    É tudo aquilo que é comunicado.

    Classificação

    NominalQuando o seu núcleo tem um nome(predicativo do sujeito) e o verbo é de

    ligação. - Gabriela é linda

    Quando o seu núcleo tem um verbo:1- Verbo Intransitivo (sem complemento)

    - Netinho saiu às pressas.

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    Verbal

    2- Verbo transitivo Direto(pede complemento sem preposição)

    3- Verbo transitivo indireto(pede complemento com preposição)

    4- Verbo transitivo direto e indireto(pede complemento sem e compreposição)

    - Manoel comprou um CD.

    - Manoella gosta de sorvete.

    - Walter deu um sofá à Marina.

    Verbo-Nominal

    Quando tem um núcleo que é verboe outro que é nome.(verbo de ação +

    predicativo do sujeito)- Zelita tem  uma casaespaçosa.

    OBS.: 1- Verbo Transitivo direto tem em seu complemento o objeto direto. 

    Ex.: Gabriela tem uma boneca.objeto direto

    2- Verbo transitivo Indireto tem em seu complemento o objeto indireto.

    Ex.: Manoella cuida do jardim.objeto indireto

     ADJUNTO ADNOMINAL

    Pode ocorrer no sujeito ou predicado.

    É o termo (artigo, adjetivo, locução adjetiva, pronome e numeral) que acompanha

    um núcleo, um substantivo, determinando ou modificando-o.

    Ex.: O meu irmão caçula tem dois filhos.O filho de Paulo é danado.

    COMPLEMENTO NOMINAL

    Pode ocorrer no sujeito ou no predicado. É a expressão preposicionada quecompleta o sentido de um substantivo, adjetivo ou de um advérbio geralmente abstrato.

    Ex.: A falta de dinheiro atrapalha a vida do brasileiro.

    A criança tem confiança nos mais velhos.

     ADJUNTO ADVERBIAL

    Termo que acrescenta uma circunstância a um verbo, a um adjetivo, a outroadvérbio ou a toda oração.

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      Ex.: Ontem eu vi um menino correndo.Adj. Adv. de Tempo

    Ela fala muito e rapidamente

    Adj. Adv. de modo Adj. Adv. de intensidade

     APOSTO

    Pode ocorrer no sujeito ou no predicado. É uma expressão de valor nominal queexplica outro termo que a precede, pode vir entre vírgulas, dois pontos e travessão.

    Ex.: Walter, meu pai, é muito esforçado.Marina comprou tudo isso: sofá, geladeira e som.

    VOCATIVO

    Termo classificado à parte, expressa chamamento, não se relaciona a nenhumoutro termo da oração. Pode vir no começo, no meio ou no fim.

    Ex.: Garçom, a conta por favor.

    Voa, andorinha.

     AGENTE DA PASSIVA

    É o termo que pratica a ação do verbo transitivo direto na voz passiva.

    Ex.: A casa foi pintada por um homem estranho.

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    Morfologia (classe) Sintaxe (função)

    1. Substantivo

    2. Verbo

    3. Artigo

    4. Adjetivo (Loc. Adjetiva)

    5. Numeral

    adjetivo6. Pronome

    substantivo

    7. Advérbio (Loc. Adverbial)

    8. Preposição

    9. Conjunção

    10. Interjeição

    sujeitoobjeto diretoobjeto indireto

    Núcleo do predicativocomplemento nominalagente da passivaaposto

    vocativoNúcleo do predicado verbal edo predicado verbo-nominal

    adjunto adnominal

    adjunto adnominal e predicativo

    adjunto adnominal e predicativo

    adjunto adnominal e predicativo

    tem as mesmas funções do substantivo

    adjunto Adverbial

    (conectivo)não tem

    (conectivo) funçãoSintática

    (elemento afetivo, emotivo)

     ATENÇ OO substantipode exercfunçõessecundáriaadjuntoadnominal loc. Adjetivade adjunto

    adverbial (nloc. Adverb

     ATENÇ O: O verbo de ligaçãorelaciona opredicativo ao suje

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    Frase, oração e período.

    Frase

    É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação.Na frase é facultativo o uso do verbo.Exemplos:

    - Atenção!- Que frio!- A China passa por dificuldades.

    As frases classificam-se em:Declarativa: faz uma declaração. “Os olhos luziam de muita vida...” (Machado de Assis)Interrogativa: utiliza uma pergunta. “Entro num drama ou saio de uma comédia?”

    (Machado de Assis)Exclamativa: expressa sentimento. “Que imenso poeta, D. Guiomar!” (Machado deAssis)Imperativa: dá uma ordem ou pedido. “Chegue-se mais perto...” (Machado de Assis)Optativa: expressa um desejo. "Tomara que você passe na prova".“Vou-me embora.”, o enunciado fornece uma mensagem, porém usou verbo é o quechamamos de oração.

    OraçãoÉ o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.Na oração é preciso usar verbo ou locução verbal

    Exemplos:- A fábrica, hoje, produziu bem.- Homens e mulheres são iguais perante a lei.“- O senhor tem sempre um cumprimento de reserva: vejo que não perdeu o tempo naacademia, Vou-me embora.”, o enunciado apresenta uma mensagem em que seutilizou vários verbos é o que chamamos de período.

    PeríodoÉ a frase composta por um ou mais verbos.

    O período classifica-se em:Simples: tem apenas uma oração.- “As senhoras como se chamam?” (Machado de Assis)

    Composto: tem duas ou mais orações.- “Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha”. (Machado deAssis)

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    Exercícios

    1. (UF-MG) Em todas as alternativas, o termo em negrito exerce a função de sujeito,exceto em:

    a) Quem sabe de que será capaz a mulher de seu sobrinho?b) Raramente se entrevê o céu nesse aglomerado de edifícios.c) Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correram às piscinas.d) Era somente uma velha, jogada num catre preto de solteiros.e) É preciso que haja muita compreensão para com os amigos.

    2. (FMU) Em "Eu era enfim, senhores, uma graça de alienado.", os termos daoração grifados são respectivamente, do ponto de vista sintático:

    a) adjunto adnominal, vocativo, predicativo do sujeito

    b) adjunto adverbial, aposto, predicativo do objetoc) adjunto adverbial, vocativo, predicativo do sujeitod) adjunto adverbial, vocativo, objeto diretoe) adjunto adnominal, aposto, predicativo do sujeito

    3. (PUC) "O homem está imerso num mundo ao qual percebe ..." A palavra emnegrito é:

    a) objeto direto preposicionadob) objeto indiretoc) adjunto adverbial

    d) agente da passivae) adjunto adnominal

    4. (CESGRANRIO) Assinale a frase cujo predicado é verbo-nominal:

    a) "Que segredos, amiga minha, também são gente ..."b) "... eles não se vexam dos cabelos brancos ..."c) "... boa vontade, curiosidade, chama-lhe o que quiseres ..."d) "Fiquemos com este outro verbo."e) "... o assunto não teria nobreza nem interesse ..."

    5. (UC-MG) A classificação dos verbos sublinhados, quanto à predicação, foi feitacorretamente em:

    a. "Não nos olhou o rosto. A vergonha foi enorme." - transitivo direto e indiretob. "Procura insistentemente perturbar -me a memória." - transitivo diretoc. "Fiquei, durante as férias, no sítio de meus avós." - de ligaçãod. "Para conseguir o prêmio, Mário reconheceu-nos imediatamente." - transitivo

    indiretoe. "Ela nos encontrará, portanto é só fazer o pedido." - transitivo indireto

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      6. (UF-UBERLÂNDIA) "Ele observou-a e achou aquele gesto feio, grosseiro,masculinizado." Os termos sublinhados são:

    a) predicativos do objeto b) predicativos do sujeito

    c) adjuntos adnominais d) objetos diretose) adjuntos adverbiais de modo

    7. (MACK) Em "E quando o brotinho lhe telefonou, dias depois, comunicando queestudava o modernismo, e dentro do modernismo sua obra, para que o professor lhesugerira contato pessoal com o autor, ficou assanhadíssimo e paternal a um tempo",os verbos assinalados são, respectivamente:

    a. transitivo direto, transitivo indireto, de ligação, transitivo direto e indiretob. transitivo direto e indireto, transitivo direto, transitivo indireto, de ligaçãoc. transitivo indireto, transitivo direto e indireto, transitivo direto, de ligação

    d. transitivo indireto, transitivo direto, transitivo direto e indireto, de ligaçãoe. transitivo indireto, transitivo direto e indireto, de ligação, transitivo direto

    8. (PUC) Em: "Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda", as expressõessublinhadas são:

    a) complemento nominal - objeto diretob) predicativo do objeto - objeto diretoc) objeto indireto - complemento nominald) objeto indireto - objeto indiretoe) complemento nominal - objeto direto preposicionado

    REGÊNCIA

    A sintaxe de regência estuda as relações de dependência das palavras nasorações e das orações no período. Ela divide-se em nominal(estuda o regime dossubstantivos, adjetivos e advérbios) e verbal(estuda o regime dos verbos).

    REGÊNCIA NOMINAL

    É estabelecida por preposições que ligam um termo regido ou subordinado a umtermo regente ou subordinante. Como já foi dito, o termo regente é sempre um nome,

    entendido como tal o substantivo, o adjetivo e o advérbio.

    Termo Regente Preposição Termo Regido

    Disposição(substantivo) para viajar.

    Nocivo(adjetivo) à saúde.

    Favoravelmente(advérbio) a todos.

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    Relação de regências de alguns nomes:

    aceito a; adequado a; abrigado de; afável com, para com; alheio a; amante de; amigode; amoroso com, para com; análogo a; ansioso de, por; anterior a; aparentado com;

    apto para, a; avaro de; avesso a; ávido de; bacharel em; benéfico a; bom para;caritativo com, para como; caro a; certo de; cheio de; cheiro a, de; compreensível a;comum a, de; conforme com, a; constante em; contíguo a; contrário a; devoto de; dócila; doente de; doutor em; fácil de; favorável a; entendido em; erudito em; generoso com;hábil em; hostil a; ida a; idêntico a; idôneo para; leal a; lento em; liberal com; manco de;manso de; mau com, para, para com; mediano de, em; necessário a; nobre de, em, por;oblíquo a; oposto a; pálido de; pertinaz em; possuído de; querido de, por; rijo de; sábioem; tardo a; temeroso de; único em; útil a, para; vazio de.

    REGÊNCIA VERBAL

    Dá-se quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento poruma preposição ou não. Aqui é fundamental o conhecimento da transitividade verbal.

    A preposição, quando exigida, nem sempre aparece depois do verbo. Às vezes,ela pode ser empregada antes do verbo, bastando para isso inverter a ordem doselementos da frase (Na rua dos Bobos, residia um grande poeta). Outras vezes, eladeve ser empregada antes do verbo, o que acontece nas orações iniciadas pelospronomes relativos (O ideal a que aspira é nobre).

    Regência de alguns verbos:

    o

       ACONSELHAR (TD e I)

    Ex.: Aconselho-o a tomar o ônibus cedo / Aconselho-lhe tomar o ônibuscedo

    o   AGRADAR

    No sentido de acariciar ou contentar (pede objeto direto - não tempreposição).

    Ex.: Agrado minhas filhas o dia inteiro / Para agradar o pai, ficou em casa

    naquele dia.No sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tempreposição "a").

    Ex.: As medidas econômicas do Presidente nunca agradam ao povo.

    o   AGRADECER

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    TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objetoindireto, a pessoa.

    Ex.: Agradecer-lhe-ei os presentes / Agradeceu o presente ao seu

    namoradoo   AGUARDAR (TD ou TI)

    Ex.: Eles aguardavam o espetáculo / Eles aguardavam pelo espetáculo.

    o   ASPIRAR

    No sentido sorver, absorver (pede objeto direto - não tem preposição)

    Ex.: Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.

    No sentido de almejar, objetivar (pede objeto indireto - tem preposição "a")

    Ex.: Ele aspira à carreira de jogador de futebol

    Observação

    não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se aele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a obrigatoriedade douso de crase, quando for TI seguido de substantivo feminino (queexija o artigo)

    Ex.: Aspirando a um cargo público, ele vai assistir em Brasília..

    Observação

    não admite a utilização do complemento lhe, quando significaver. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas. Tambémobserva-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TIseguido de substantivo feminino (que exija o artigo)

    o   ASSISTIR

    No sentido de ver ou ter direito (TI - prep. A).Ex.: Assistimos a um bom filme / Assiste ao trabalhador o descansosemanal remunerado.

    No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD )

    Ex.: Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos. / Minha famíliasempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.

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    Ex.: Chamei todos os sócios, para participarem da reunião.

    TI, com a prep. POR, quando significar invocar.

    Ex.: Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu.TD e I, com a prep. A, quando significar repreender.

    Ex.: Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula/ Chamei-o à atenção.

    Observação

    A expressão "chamar a atenção de alguém" não significarepreender, e sim fazer se notado (O cartaz chamava a atençãode todos que por ali passavam)

    Pode ser TD ou TI, com a prep. A, quando significar dar qualidade. Aqualidade (predicativo do objeto) pode vir precedida da prep. DE, ou não.

    Ex.: Chamaram-no irresponsável / Chamaram-no de irresponsável /Chamaram-lhe irresponsável / Chamaram-lhe de irresponsável.

    o  CHEGAR, IR (Intrans.)

    Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai a algum lugar equem chega, chega de. Porém a indicação de lugar é circunstância

    (adjunto adverbial de lugar), e não complementação.

    Esses verbos exigem a prep. A, na indicação de destino, e DE, naindicação de procedência.

    Observação

    Quando houver a necessidade da prep. A, seguida de umsubstantivo feminino (que exija o artigo a), ocorrerá crase (Vouà Bahia)

    No emprego mais freqüente, usam a preposição A e não EMEx.: Cheguei tarde à escola. / Foi ao escritório de mau humor.

    Se houver idéia de permanência, o verbo ir segue-se da preposiçãoPARA.

    Ex.: Se for eleito, ele irá para Brasília.

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    Quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai, entãoexigem EM.

    Ex.: Cheguei no ônibus da empresa. / A delegação irá no vôo 300.

    o  COGITAR

    Pode ser TD ou TI, com a prep. EM, ou com a prep. DE.

    Ex.: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral / Hei de cogitar no caso /O diretor cogitou de demitir-se.

    o  COMPARECER (Intrans.)

    Ex.: Compareceram na sessão de cinema. / Compareceram à sessão de

    cinema.o  COMUNICAR (TD e I)

    Admite duas construções alternando algo e alguém entre OD e OI.

    Ex.: Comunico-lhe meu sucesso / Comunico meu sucesso a todos.

    o  CUSTAR

    No sentido de ser difícil será TI, com a prep. A. Nesse caso, terá como

    sujeito aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto.Ex.: Custou-me acreditar em Hipocárpio. / Custa a algumas pessoaspermanecer em silêncio.

    No sentido de causar transtorno, dar trabalho será TD e I, com a prep. A.

    Ex.: Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família

    No sentido de ter preço será intransitivo

    Ex.: Estes sapatos custaram R$50,00.o  DESFRUTAR E USUFRUIR (TD)

    Ex.: Desfrutei os bens de meu pai / Pagam o preço do progresso aquelesque menos o desfrutam

    o  ENSINAR - TD e I

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    Ex.: Ensinei-o a falar português / Ensinei-lhe o idioma inglês

    o  ESQUECER, LEMBRAR

    Quando acompanhados de pronomes, são TI e constroem-se com DE.Ex.: Ela se lembrou do namorado distante. Você se esqueceu da canetano bolso do paletó.

    Constroem-se sem preposição (TD), se desacompanhados de pronome.

    Ex.: Você esqueceu a caneta no bolso do paletó. Ela lembrou o namoradodistante.

    o  FALTAR, RESTAR E BASTAR

    Podem ser intransitivos ou TI, com a prep. A.

    Ex.: Muitos alunos faltaram hoje / Três homens faltaram ao trabalho hoje /Resta aos vestibulandos estudar bastante.

    o  IMPLICAR

    TD e I com a prep. EM, quando significar envolver alguém.

    Ex.: Implicaram o advogado em negócios ilícitos.

    TD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir comoconseqüência, acarretar.

    Ex.: Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade / Suaspalavras implicam denúncia contra o deputado.

    TI com a prep. COM, quando significar antipatizar.

    Ex.: Não sei por que o professor implica comigo.

    ObservaçãoEmprega-se preferentemente sem a preposição EM (Magistérioimplica sacrifícios).

    o  INFORMAR (TD e I)

    Admite duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Queminforma, informa alguém de algo.

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    Ex.: Informei-o de que suas férias terminou / Informei-lhe que suas fériasterminou

    o  MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE (Intrans.)

    Seguidos da preposição EM e não com a preposição A, como muitasvezes acontece.

    Ex.: Moro em Londrina / Resido no Jardim Petrópolis / Minha casa situa-sena rua Cassiano.

    o  NAMORAR (TD)

    Ex.: Ela namorava o filho do delegado / O mendigo namorava a torta queestava sobre a mesa.

    o  OBEDECER, DESOBEDECER (TI)

    Ex.: Devemos obedecer às normas. / Por que não obedeces aos teuspais?

    Observação

    Verbos TI que admitem formação de voz passiva

    o  PAGAR, PERDOAR

    São TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e oobjeto indireto, a pessoa.

    Ex.: Paguei a conta ao Banco / Perdôo os erros ao amigo.

    Observação

    As construções de voz passiva com esses verbos são comunsna fala, mas agramaticais

    o  PEDIR (TD e I)

    Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir paraque alguém faça algo.

    Ex.: Pediram-lhe perdão / Pediu perdão a Deus.

    o  PRECISAR

    No sentido de tornar preciso (pede objeto direto).

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    Ex.: O mecânico precisou o motor do carro.

    No sentido de ter necessidade (pede a preposição de).

    Ex.: Preciso de bom digitador. o  PREFERIR (TD e I)

    Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.

    Ex.: Preferia um bom vinho a uma cerveja.

    o  PROCEDER

    TI, com a prep. A, quando significar dar início ou realizar.

    Ex.: Os fiscais procederam à prova com atraso. / Procedemos à feituradas provas.

    TI, com a prep. DE, quando significar derivar-se, originar-se ou provir.

    Ex.: O mau-humor de Pedro procede da educação que recebeu. / Estamadeira procede do Paraná.

    Intransitivo, quando significar conduzir-se ou ter fundamento.

    Ex.: Suas palavras não procedem! / Aquele funcionário procedeuhonestamente.

    o  QUERER

    No sentido de desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar (TD)

    Ex.: Quero meu livro de volta / Sempre quis seu bem

    No sentido de querer bem, estimar (TI - prep. A).

    Ex.: Maria quer demais a seu namorado. / Queria-lhe mais do que àprópria vida.

    o  RENUNCIAR

    Pode ser TD ou TI, com a prep. A.

    Ex.: Ele renunciou o encargo / Ele renunciou ao encargo

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    o  RESPONDER

    TI, com a prep. A, quando possuir apenas um complemento.

    Ex.: Respondi ao bilhete imediatamente / Respondeu ao professor comdesdém.

    Observação

    Nesse caso, não aceita construção de voz passiva.

    TD com OD para expressar a resposta (respondeu o quê?)

    Ex.: Ele apenas respondeu isso e saiu.

    o  REVIDAR (TI)

    Ex.: Ele revidou ao ataque instintivamente.

    o  SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR (TI)

    Com a prep. COM. Não são pronominais, portanto não existe simpatizar-se, nem antipatizar-se.

    Ex.: Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo com o irmão dela.

    o  SOBRESSAIR (TI)

    Com a prep. EM. Não é pronominal, portanto não existe sobressair-se.

    Ex.: Quando estava no colegial, sobressaía em todas as matérias.

    o  VISAR

    No sentido de ter em vista, objetivar (TI - prep. A)

    Ex.: Não visamos a qualquer lucro. / A educação visa ao progresso dopovo.

    No sentido de apontar arma ou dar visto (TD)

    Ex.: Ele visava a cabeça da cobra com cuidado / Ele visava os contratosum a um.

    Observação

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    se TI não admite a utilização do complemento lhe. No lugar,coloca-se a ele (a/s)

      Sinopse:

    o  São estes os principais verbos que, quando TI, não aceitam LHE/LHEScomo complemento, estando em seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar,assistir (ver), aludir, referir-se, anuir.

    o  Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, lembrar, noticiar,notificar, prevenir são TD e I, admitindo duas construções: Quem informa,informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.

    o  Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do singular, acompanhadosdo pronome se, não admitem plural. É que, neste caso, o se indica sujeitoindeterminado, obrigando o verbo a ficar na terceira pessoa do singular.(Precisa-se de novas esperanças / Aqui, obedece-se às leis de ecologia)

    o  Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido:

    abdicar (de), acreditar (em), almejar (por), ansiar (por), anteceder (a),atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar(com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), preceder (a), precisar(de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar (sobre) - lista dePasquale e Ulisses.

    CRASE

    Palavra crase provém do grego (krâsis) e significa mistura. Na língua portuguesa,crase é a fusão de duas vogais idênticas, mas essa denominação visa a especificarprincipalmente a contração ou fusão da preposição a com os artigos definidos femininos

    ( a, as) ou com os pronomes demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo, aquiloutro,aqueloutro.

    Para saber se ocorre ou não a crase, basta seguir três regras básicas:

    01) Só ocorre crase diante de palavras femininas, portanto nunca use o acento graveindicativo de crase diante de palavras que não sejam femininas.

    Ex.  O sol estava a pino. Sem crase, pois pino não é palavra feminina.  Ela recorreu a mim. Sem crase, pois mim não é palavra feminina.  Estou disposto a ajudar você. Sem crase, pois ajudar não é palavra feminina.

    02) Se a preposição a vier de um verbo que indica destino (ir, vir, voltar, chegar, cair,comparecer, dirigir-se...), troque este verbo por outro que indique procedência (vir,voltar, chegar...); se, diante do que indicar procedência, surgir da, diante do que indicardestino, ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá crase.

    Ex.  Vou a Porto Alegre. Sem crase, pois Venho de Porto Alegre.  Vou à Bahia. Com crase, pois Venho da Bahia.

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    03) Se não houver verbo indicando movimento, troca-se a palavra feminina por outramasculina; se, diante da masculina, surgir ao, diante da feminina, ocorrerá crase; casocontrário, não ocorrerá crase.

    Ex.  Assisti à peça. Com crase, pois Assisti ao filme.  Paguei à cabeleireira. Com crase, pois Paguei ao cabeleireiro.  Respeito as regras. Sem crase, pois Respeito os regulamentos.

    Casos especiais:

    01) Diante das palavras moda e maneira, das expressões adverbiais à moda de e àmaneira de, mesmo que as palavras moda e maneira fiquem subentendidas, ocorrecrase.

    Ex.  Fizemos um churrasco à gaúcha.  Comemos bife à milanesa, frango à passarinho e espaguete à bolonhesa.  Joãozinho usa cabelos à Príncipe Valente.

    02) Nos adjuntos adverbiais de modo, de lugar e de tempo femininos, ocorre crase.

    Ex. à tarde, à noite, às pressas, às escondidas, às escuras, às tontas, à direita, àesquerda, à vontade, à revelia...

    03) Nas locuções prepositivas e conjuntivas femininas ocorre crase.

    Ex. à maneira de, à moda de, às custas de, à procura de, à espera de, à medida que, àproporção que...

    04) Diante da palavra distância, só ocorrerá crase, se houver a formação de locuçãoprepositiva, ou seja, se não houver a preposição de, não ocorrerá crase.

    Ex.  Reconheci-o a distância.  Reconheci-o à distância de duzentos metros.

    05) Diante de pronomes possessivos femininos, é facultativo o uso do artigo, então,quando houver a preposição a, será facultativa a ocorrência de crase.

    Ex.  Referi-me a sua professora.  Referi-me à sua professora.

    06) Após a preposição até, é facultativo o uso da preposição a, portanto, caso hajasubstantivo feminino à frente, a ocorrência de crase será facultativa.

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     Ex.

      Fui até a secretaria.  Fui até à secretaria.

    07) A palavra CASA:

    A palavr