Aplicacao Conjugada Das Tecnicas Iris Ec Rft Mfl Na Inspecao de Tubos de Troca Termica

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     APLICAÇÃO CONJUGADA DAS TÉCNICAS DE IRIS, CORRENTES PARASITAS,CAMPO REMOTO e MFL NA INSPEÇÃO DE TUBOS DE TROCA TÉRMICA.

    Mauro Duque de Araujo Ar ilson Rodr igues da Si lva

    1 - INTRODUÇÃO

    Falhas em tubos de trocadores de calor e caldeiras causam prejuízos associados a perdas de produção etambém com a manutenção dos equipamentos, podendo em alguns casos afetar a segurança deprocessos, dos trabalhadores e da comunidade. Estes tubos possuem espessuras tipicamente inferiores a 3mm, para que tenham boa condutividade térmica, o que os torna muito sensíveis a falhas quando atuamprocessos de deterioração mecânicos ou corrosivos, tais como fadiga, corrosão sob tensão, etc...Os danos associados a estes mecanismos de deterioração, que freqüentemente levam a falhas, ocorremtipicamente em regiões onde o acesso é difícil. O exame visual e o teste hidrostático, que normalmentefazem parte do plano de inspeção de trocadores de calor e caldeiras, são úteis para detectar vazamentos edanos visíveis nas extremidades dos tubos, o que conseqüentemente torna sua utilidade limitada.Para localizar os danos existentes ao longo do comprimento dos tubos, principalmente nestas regiões dedifícil acesso, foram desenvolvidas diversas técnicas de ensaios não destrutivos que vem sendoaprimoradas continuamente, mais acentuadamente nos últimos anos com o advento e a popularização doscomputadores pessoais, que armazenam e a apresentam em tempo real de uma grande quantidade dedados. As principais técnicas são o IRIS (Internal Rotary Inspection System), o CAMPO REMOTO (RFT-Remote Field Testing), CORRENTES PARASITAS (CP- Eddy-current) e o MFL (Flux Magnetic Leakage).Cada uma das técnicas citadas apresenta limitações, vantagens e desvantagens, e por este motivo tem sidoaplicadas em conjunto com ganhos econômicos e aumento de efetividade das inspeções.

    2 - PRINCIPIOS, APLICAÇÕES e LIMITAÇÕES DAS TECNICAS DE INSPEÇÃO DE TUBOS

    2.1- IRIS (Internal Rotary Inspection System)

    É uma técnica do método ultra-sônico, que consiste basicamente na “varredura” de todo o comprimento dotubo por um feixe normal de ultra-som. Isto se dá pela rotação de um pequeno espelho acoplado à umaturbina movida a água que recebe o feixe e o direciona perpendicularmente a superfície do tubo, conformeilustra a figura abaixo, a água serve também para acoplamento.

    Cabe ote de ultra-som

    TurbinaEs elho

    Tubo

    Figura 1 – Método do ensaio Iris

    1

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    Figura 2 - Caminho do ultra-som no tubo

    Os resultados obtidos desta maneira são apresentados nas formas A, B, C e D-scan, conforme ilustradoabaixo, o que permite a localização e o dimensionamento preciso dos danos.

    Figura 3 – Representação gráfica A, B, C e D-Scan

    PERDA DE ESPESSURALOCALIZADA

    B-scan

    C-scan

    D-scan

    2

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     As principais vantagens da técnica são:

    •  Pode ser aplicada a todo tipo de materialde perdas de espessura localizadas (φ  > 3mm) e

    •  do em um range amplo de diâmetros de tubos (entre 10 mm a 60 mm) , podem ser

    s principais desvantagens se concentram em:

    icamente 600 metros lineares por dia)

    .2- RFT (Remote Field Testing) – Campo Remoto

    uma técnica do método eletromagnético, que consiste na “varredura” de todo o comprimento do tubo

    de duas freqüências para eliminar sinais indesejáveis, o recurso de “compensação de

    •  Possui precisão no dimensionamentogeneralizadas;

    Pode ser utilizadesenvolvidos dispositivos especiais tanto para inspeção de diâmetros menores com paradiâmetros maiores.

    A•  Exigência de limpeza rigorosa•  Baixa velocidade de ensaio (tip•  Detecta apenas danos do tipo perda de espessura

    2

     Éutilizando-se sondas que emitem um campo magnético que é atenuado pelo “volume de material” existenteentre o emissor e o receptor. Uma correlação entre a intensidade do campo magnético “sentido” e aespessura dos tubos, “plano de voltagem” é a base para a detecção e dimensionamento da espessura realdos tubos.A utilizaçãofreqüências”, a utilização de equipamentos e softwares atualizados que permitem a apresentação dosdados em tempo real e a gravação simultânea para analise posterior, são fatores decisivos na precisão dosresultados, assim como na maximização da velocidade de inspeção.

    Figura 4 – Método de campo remoto

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     Figura 5 – Plano de voltagem de um ensaio por Campo Remoto

    As principais vantagens da técnica são:

    •  Permite a inspeção de tubos parcialmente incrustados•  Baixo fator de enchimento (menor que o eddy-current)•  Sondas flexíveis para inspeção de partes curvas de tubos, tipicamente utilizados em caldeiras•  Velocidade de ensaio superior ao IRIS

    As principais desvantagens são:

    •  Aplicável somente na Inspeção de materiais magnéticos;•  Não detecta danos sob chicanas e espelhos•  Possui limitações para detecção de pequenos danos•  A execução do exame e a interpretação dos resultados exige experiência e habilidade•  Exige a fabricação de padrões para cada tipo de tubo examinados

    2.3- MFL (Magnetic Flux Leakage)

    É uma técnica do método eletromagnético, que consiste na “varredura” de todo o comprimento do tuboutilizando-se uma sonda construída com dois fortes imãs permanentes. Estes imãs geram um campomagnético que satura a parede do tubo.Uma sonda absoluta mede a variação do campo magnético causada por perdas de espessura. Quando umafalha é localizada entre os dois imãs, ocorre uma “perturbação” no campo magnético resultando no“vazamento” de uma pequena quantidade de fluxo magnético para o diâmetro interno do tubo. Este fluxo édetectado por uma bobina diferencial, localizada entre os magnéticos. Um enrolamento colocado no final dasonda detecta o magnetismo residual e permite a discriminação entre danos internos e externos.

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    Imã permanenteCampo magnético saturando orientado

    axialmente

    Bobinas diferenciaisCabo da sondaBobinas absolutas/diferenciais

    Figura 6 – Método de MFL

    Figura 7 – Plano de voltagem do ensaio de MFL

    As principais vantagens da técnica são:

    •  Inspeção de tubos aletados•  Permite a inspeção de tubos parcialmente incrustados•  Detecta pites, trincas circunferenciais e perdas de espessura•  Ë pouco sensível a presença de chicanas e espelhos•  Permite elevadas velocidades de aquisição de dados•  A interpretação dos resultados é relativamente simples

    As principais desvantagens são:

    •  O dimensionamento é precário, é recomendada principalmente para detecção de danos•  O fator de enchimento requerido é semelhante ao eddy-current.•  Exige a fabricação de padrões para cada tipo de tubo examinados

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     2.4- ECT (Eddy-current Testing) – Correntes Parasitas

    É uma técnica do método eletromagnético, que consiste na “varredura” de todo o comprimento do tuboutilizando-se uma ou mais sondas que geram campos magnéticos que induzem correntes parasitas nostubos examinados.

    A presença de descontinuidades causa uma perturbação na impedância do sistema de ensaio que écorrelacionada a defeitos artificiais com dimensões conhecidas induzidos e tubos semelhantes aosensaiados (tubos padrão). Esta correlação é representada pelo “plano de impedância”.Entre todas as técnicas é a que apresenta a maior sensibilidade e versatilidade, já que é capaz de detectare dimensionar (com algumas limitações), todos os tipos de danos normalmente encontrados em tubos,desde perdas de espessura localizadas e extensas, até trincas circunferenciais, longitudinais e ramificadas,através da utilização equipamentos e softwares atualizados que permitam a operação com múltiplasfreqüências, múltiplos canais e sondas apropriadas.O principal problema observado na inspeção por eddy-current , surge quando os espelhos ou chicanas sãofabricados com materiais semelhantes aos tubos; esta situação pode causar “distorções” nos sinais quelimitam a detecção e o dimensionamento de danos.

    DIFERENCIAL ABSOLUTO

    PLANO DE IMPEDANCIA

    SULCO EXTERNO

    DEPOSITO MAGNETICO

    DEFORMAÇÃO

    CHICANA MAGNETICA

    FURO PASSANTE

    SULCO INTERNO

    INSPEÇÃO DE TUBOS UTILIZANDO SONDAS TIPO BOBINA

    SULCOINTERNO

    DEFORMAÇÃODEPOSITOMAGNETICO

    CHICANAMAGNETICA

    FUROPASSANTE

    SULCOEXTERNO

    Figura 8 – Metodologia do ensaio por Eddy Current

    As principais vantagens da técnica são:

    •  É aplicável a uma ampla gama de materiais não ferromagnéticos ou levemente magnéticos, taiscomo aços inoxidáveis austeníticos, cobre e suas ligas, titânio e suas ligas, inconel, etc...

    •  Pode detectar pites, perda de espessura, e trincas longitudinais, ramificadas e circunferenciais (comsondas especiais)

    •  A utilização de múltiplas freqüências possui mais recursos de analise e melhora odimensionamento;

    •  As sondas exigem bom fator de enchimento principalmente para danos internos, de 85 a 90%

    •  A centralização da sonda é importante para uniformizar a sensibilidade e redução de ruídos•  A aquisição de dados é muito rápida podendo chegar a 2 m/s.

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     As principais desvantagens são:

    •  Possui sérias limitações para inspeção de materiais ferromagnéticos;•  Exige a fabricação de padrões para cada tipo de tubo examinados•  A execução do exame e a interpretação dos resultados exigem experiência e habilidade

    A tabela abaixo resume as limitações e aplicações das técnicas para três grupos de materiais, os açosinoxidáveis austeníticos, os aços carbono e cobre e suas ligas.

    Tubo Chicana Tubo Chicana Tubo Chicana Tubo Chicana Tubo Chicana Tubo Chicana

    IRIS Φ > 3 mm NA NA NA NA NA NA

    EC NA NA NA NA NA NA [1] [1] [1] [1] [1] [1]

    RFT Φ > 20% D NA PE>20% NA PE>20% NA NA NA NA NA NA NAMFL Φ > 3 mm Φ > 3 mm PE>20% PE>20% PE>20% PE>20% S S [2] [2] [2] [2]

    IRIS Φ > 3 mm NA NA NA NA NA NA

    EC Φ > 2 mm [3] PE>20% [3] PE>20% [3] H >1 0% [3] H >1 0% [3] H >1 0% [3]

    RFT NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NAMFL NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA

    IRIS Φ > 3 mm NA NA NA NA NA NA

    EC Φ > 2 mm [3] PE>20% [3] PE>20% [3] H >1 0% [3] H >1 0% [3] H >1 0% [3]

    RFT NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NAMFL NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA

    TR TL

    TIPO DE DANO

    TECNICA PITE ISOL PEG PEL TCTIPO DE

    MATERIAL

     AÇOS

    CARBONO

     AÇOS INOX

     AUSTENITICOS

    COBRE E SUAS

    LIGAS

     

    OBS

    IRIS

    EC [1] Detecta trincas abertas a superficie interna

    RFT

    MFL [2] Detecta as partes orientadas radialmente

    IRIS

    EC [3] Chicanas do mesmo material distorcem o sinal e limitam a detecção e dimensionamento. Podem ser utiliz

    RFT

    MFL

    IRIS

    EC [3] Chicanas do mesmo material distorcem o sinal e limitam a detecção e dimensionamento. Podem ser utiliz

    RFT

    MFL

    TECNICATIPO DE

    MATERIAL

     AÇOS

    CARBONO

     AÇOS INOX

     AUSTENITICOS

    COBRE E SUAS

    LIGAS

     

    TABELA 1 – Aplicações e limitações das técnicas de IRIS, ECT, RFT e MFL para inspeção de tubos.

    Legenda:

    φ − Diâmetro do pitePE – Perda de espessuraD – Diâmetro do tuboH – Altura da trincaTR – Trinca ramificada

    TC – Trinca circunferencialTL – Trinca longitudinal.

    •  DISCUSSÃO DE RESULTADOS

    A aplicação conjunta de duas ou mais técnicas proporciona ganhos associados à otimização das atividadesde preparação, tais como limpeza e fornecimento de utilidades; mas principalmente possibilita o aumento daefetividade das inspeções.Serão discutidos estes aspectos em 4 casos reais, descritos abaixo:

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    Caso 1 – Perda de espessura generalizada sob espelho, danos localizados como pi tes e trincas

    Trocador de calorQuantidade de tubos: 873Casco: Ácido sulfúricoFeixe: Água

    Materiais Dimensões dos tubos Danos TécnicasTubos: SA-336-T1Chicanas: AISI 304Espelhos: AISI 304

    Diâmetro: 15,8 mmEspessura: 1,65 mmComprimento: 10.000 mm

    - Perda de espessura sob espelhos- Pites- Trincas

    - Iris- EddyCurrent

    A operação do trocador de calor foi interrompida devido a ocorrência de vazamento de ácido por algunstubos. O exame por Eddy Current nos tubos “furados” permitiu a identificação do tipo de dano que causouas falhas. Os sinais de correntes parasitas mostraram perda de espessura externa, localizada no “metroinicial” dos tubos, a qual penetra a fresta entre o espelho e os tubos, no restante do comprimento dos tubosnão foram identificados outros danos tais como trincas longitudinais, trincas circunferenciais (através dautilização de sondas especiais tipo “pankake”) e pites tanto internos quanto externos. As dimensões dos

    danos e este fato geraram imprecisão na espessura medida pelo exame. Conseqüentemente o ensaioapenas indicou tubos danificados e pode ter suprimido algum pequeno dano localizado próximo ao espelhoou no interior da fresta entre o espelho e os tubos. Por esta razão foi utilizado o exame por Iris paramedição de espessura residual e distribuição dos danos. As sondas tipo “pankake” também aumentam acapacidade de detecção sob chicanas e espelhos fabricados do mesmo material dos tubos.

    O sinal produzido indica grandeperda de espessura no metroinicial dos tubos. 

    Figura 9 – Exame por Eddy Current – Mapeamento dos tubos com danos, região de ocorrencia e traçoindicando danos importantes no tubo.

    EESSPP.. DDEE EENNTTRR A ADD A A  EESSPP.. DDEE SS A AÍÍDD A A 

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    O exame por Iris foi direcionado somente aos primeiros dois metros dos tubos, onde houve indicação dedanos, o que permitiu sua localização e dimensionamento precisos.Foi utilizado um dispositivo que funcionacomo uma extensão do tubo para facilitar a inspeção da região abaixo do espelho (extremidade do tubo).

    Figura 10 – Exame por Iris – Mapeamento dos tubos com danos, região de oc rrência e gráficos B/C/D-oScan com a morfologia da perda de espessura.

    Mapeamento dos tubos por Eddy Current Mapeamento dos tubos por IrisFigura 11 – Comparação do resultado das duas té calorcnicas aplicadas no trocador de

    Neste caso a aplicação conjunta das técnicas permitiu o aumento da “efetividade” da inspeção devido asua complementaridade. O eddy-current permitiu a pesquisa de danos localizados, trincas e perda deespessura de uma forma rápida e sem necessidade de limpeza previa (os tubos estavam isentos de

    EESSPP.. DDEE EENNTTRR A ADD A A  EESSPP.. DDEE SS A AÍÍDD A A 

    9

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    depósitos significativos), este fato aliado a maior velocidade do exame por eddy-current ajudou na rapidezdo diagnostico. O IRIS foi executado em seguida nos dois primeiros metros de cada tubo para aumentar aprecisão do dimensionamento, assim como a detecção de pites pequenos localizados sob o espelho, ondeo sinal do eddy-current é “distorcido” pela presença do espelho, o que dificulta a detecção (de pequenosdanos) e o dimensionamento da espessura residual dos tubos significativamente desgastados.

    Caso 2 – Perda de espessura em tubos de aço carbono com limpeza inadequada

    rocador de calors: 180

    bonetos

    Materiais Dimensões dos tubos Danos Técnicas

    TQuantidade de tuboCasco: VaporFeixe: Hidrocar  

    Tubos:carbono

    Diâ

    m

    - Perda ssura - Irispo Remoto

    A-214Chicanas: açoEspelhos: aço carbono

    metro: 19,05 mmEspessura: 2,11 mmComprimento: 3048 m

     de espesob chicanas - Cam

    - MFL

    O exame por Iris exige elevado grau de limpeza dos tubos. Esta limpeza neste caso é árdua e ineficiente,

    este caso os tubos danificados podem ser identificados por CAMPO REMOTO e MFL, e dimensionados

    a figura abaixo é mostrado um tubo onde o dano tipo perda de espessura significativa, localizado fora das

    Figura 12 - Exame por Iris –

    aa

    em função da pressão utilizada no hidrojateamento e características da incrustação.

    Npor IRIS. Esta seqüência de exames permite ganhos importantes de tempo e também custos com limpeza, já que a limpeza “fina” exigida pelo IRIS pode ser executada somente em alguns tubos.

    Nchicanas, foi dimensionado com precisão pelas técnicas de IRIS e CAMPO REMOTO. Esta convergência demedidas também aumenta a “efetividade” da inspeção.

    Fileira 02 tubo 09Perda de espessur localizada, com 57% despessura nominal

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    Figura 13 - Exame por02

    a

    Campo Remoto – Fileiratubo 09Perda de espessuralocalizada, com 61% despessura nominal

    O mesmo ocorre onde o dano tipo perda de espessura significativa, localizado fora das chicanas, foi

    Figura 14 - Exame por Iris

    zada.

    dimensionado com precisão pelas técnicas de IRIS e MFL.

    Perda de espessura

    locali

     

    Figura 15 - Exame porMFL

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     Caso 3 – Trincas sob espelho

    uantidade de tubos: 925

    Dimensões dos tubos Danos Técnicas

    Trocador de calorQCasco: AGR

    Feixe: Ar comprimido

    MateriaisTubos: A-249-304Chican 4

    Diâmetro: 19,05 mmEs

    m

    - Trincas sob espelho - Eddy Currentas: AISI 30

    Espelhos: AISI 304pessura: 1,24 mm

    Comprimento: 4880 m A utilização da técnica (quatro) frequencias e 10 canais (4 absolutos e 6iferenciais) com sondas especiais tipo “pankake”, permitiu o aumento da efetividade da inspeção  em

    veis

    as especiais que conjugam bobinas e sondas superficiais (“panckake”).

    áxima de tubos que poderiam ser eliminados. Além destes tubos

    cadas externas) indicam que os danos foram generalizados.

    de eddy-current com 4drelação a técnicas convencionais que utilizam apenas canais diferenciais e somente duas freqüências.Houve vazamento em operação e trocador foi retirado para inspeção.Os tubos do feixe foram examinados por eddy-current com o objetivo de localizar os danos responsápelos vazamentos observados.

    O corpo dos tubos, fora da região dos espelhos, foi examinado com uma sonda tipo bobina convencional enão foram identificados danos.A região dos tubos localizada próximo aos espelhos e sob eles (na fresta existente após o final da regiãomandrilada) foi examinada com sondEste procedimento permitiu a localização e o dimensionamento das “trincas circunferenciais” de grandesdimensões classificadas como “A”, e a localização de descontinuidades de menores dimensões ouextensão, classificadas como “B”.Os tubos que apresentaram descontinuidades tipo “A” foram plugueados preferencialmente, já que seunumero superou a quantidade mplugueados inicialmente, foram plugueados outros classificados como “B” que apresentaram vazamentodurante o teste hidrostático.Os resultados do exame por correntes parasitas, do teste hidrostático e a natureza dos danos observadosnos tubos removidos (trincas ramifi

     

    Figura 16 - Distancia entre o inicio e final domandrilhamento e a fratura

     – Trincasrcunferenciais

    Figura 17 - Região do deposito e fraturaci

     

    TUBO REMOVIDO FILEIRA 6

    INICIO DO ESPELHO EMANDRILHAMENTO

    FINAL DOMANDRILHAMENTO

    FINAL DO ESPELHO

    3 mm 56,5 mm 12 mm

    DISTANCIAS ENTRE INICIO E FINAL DOMANDRILHAMENTO E A FRATURA.

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    FILEIRA/TUBO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 321 B B B B B B B2 B B B B A A A B B A B B3 B B B A A B A A B B A A A B B4 B A B A A B A A B B B B B B B B B B5 B B B B B B B B B A B B B B B B B A B A B6 B A B A B A B B B B B B A B B A B A A B A B7 B B B B A A B B B B B A B B B B A B B B B B B B B8 A B A A B A B A B A B A A B B A B B B B B B B B B B9 B B B B B B A A B A B A A A B B B A B B A B B B B B B

    10 B A A A B B A A A B B B B A B B A B A B B B B B A A B B11 B B A A B A A A B B A A A B A B A A B B B B A A A B A A B12 B A B B A B A A B B B A B A A A A A B B B B A A B B A A B B13 B B B B B A A A A A B B B B B A A A B B B B B B B B B B A B B14 A A A A B A A A A B B A B B B B B B B B B A B B A B A B B B15 B B A B B B B B A B B A B B B B B B B B B A A A B A A A A B B16 B B B A B B B B B A B B B B B A B B A B B B A B B A A A A A A A17 B B B A A B B A A A B B B B A A B B B B A A A B B B B A A B B18 B B A A B B B B B B A B B B B A B B A B A A B A B B A A A A B B19 B B B B B A B B B B A A A B B B A B B A A B A A B A A A A A B20 B B B B A A B B B B B B B B B A B A A A A B B B B B B B B A B A21 A B A B B B A B B B B B B B B A B B B A B B B B B B B B B B B22 B B A A A A B B A A A B B A A A A B B A A B B B B A B B B A B A23 B B A B A B B A A B B B B B B A B A A A B B B B B B B B B B B24 B B B A B B B A B B A B A B A A A A B B A B B B B B B B B B25 B B A A A B A B A A B A B B A A B A B A A A A B A B B B B B A26 A A B A A A B A A A A B A B B A A B B B B A A B B A A B B B27 B A B A A B B B B B A B B B A A B A B B B B A A B A B B A28 A B A A B B A B A B B B B A A A A B B A A A B B B B B B29 B B B A B B B A A A B B B A B A A B A B A A B B A A B30 B B A B B B A B B A A A B B B B B B B B B B B B B B31 A A A A B B B B A A B A A A A B A A A A B A A A A32 A B A A B B B A B B B A A A B B B B B B B B33 B A B A B B A B B B B B B B A B B B A B B34 B B B B B B B B B B A B A B B B A B

    35 B B B B B B B A A B B A A A B36 A B B B B B A A B B B B37 B B B B B B B

    TIPO:   TROCADOR 

    Figura 18 - Mapeamento dos tubos, com classificação dos danos quanto a sua dimensão – “A” ou “B” .

    Figura 19 - Traço típico de tubos com indicação dotipo “A”

    Figura 20 - Traço típico de tubos com indicação dotipo “B”

    Caso 4 – Perda sob chicana

    Trocador de calorQuantidade de tubos: 350

    Casco: MetanolFeixe: Etileno

    Materiais Dimensões dos tubos Danos TécnicasTubos: A-213-304LChicanas: AISI 304Espelhos: AISI 304

    Diâmetro: 19,05 mmEspessura: 2,11 mm

    - Perda de espessurasob chicanas

    - Eddy Current- Iris

    Comprimento: 3100 mm

    Os mecanismos de deterioração atuantes podem causar danos do tipo pites, trincas e também perda deespessura na região das chicanas devido a abrasão.A detecção de pequenos pites e trincas por Iris não é possível e a detecção e dimensionamento da perdade espessura dos tubos sob as chicanas por Eddy Current é dificultada quando ambos são fabricados domesmo material. Neste caso a conjugação das duas técnicas permitiu o aumento da efetividade da

    inspeção, e a limitação do exame por IRIS aos tubos onde houve indicação de danos sob as chicanas.

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    A perda de espessura dos tubos na região das chicanas foi detectada e dimensionada por Iris e a presençados pites e trincas foi pesquisada por Eddy Current.

    Figura 21 - Exame por Eddy Current- Traço do ensaio indicandopresença de descontinuidade comaproximadamente 80% de perda deespessura de parede naperiferia externa do tubo localizadano tubo sob chicana.

    SINAL DO DDA

    SINAL DE CHICANA

     

    Figura 22 - Exame por Eddy Current- Traço do ensaio indicandopresença de descontinuidade comaproximadamente 20% de perda deespessura de parede naperiferia externa do tubo localizadano tubo sob chicana.

    CHICANA

    DDA

     Após a retirada do tubo mostrado na figura 22 acima, foi constatada que a perda de espessura na região dachicana era maior do que a detectada pelo Eddy Current.Devido a esta limitação da técnica de eddy-current para dimensionamento dos danos sob chicana, quandoos tubos e chicanas são fabricados com o mesmo tipo de material, foi executado o exame por Iris obtendototal eficiência na detecção deste tipo de dano.

    Figura 23 - Perda de espessura sob chicana. A perda tem a mesma largura que a espessura da chicana.

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  • 8/18/2019 Aplicacao Conjugada Das Tecnicas Iris Ec Rft Mfl Na Inspecao de Tubos de Troca Termica

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    Figura 24 - Exame por Iris -Região do tubo sem perda deespessura

    Figura 25 - Exame por Iris -Região do tubo abaixo dachicana - perda de espessura

    3 - CONCLUSÕES

    A aplicação conjunta de duas ou mais técnicas apresenta várias vantagens em termos de otimização dasnecessidades de limpeza e fornecimento de utilidades, velocidade de aquisição de dados no campo eprincipalmente aumento da “efetividade de inspeção” . Os principais desafios na aplicação desta filosofiase concentram na utilização de equipamentos, sondas e softwares com tecnologia avançada e atualizada,no treinamento e formação de mão de obra técnica especializada, e uma estrutura de suporte técnicoadequada para a elaboração de procedimentos, supervisão dos serviços de campo e interpretação e analisedos resultados.

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