Aplica--o Mecanizada de Corretivos e Fertilizantes

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    BOLETIMTCNICO

    N 7

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    APLICAO

    MECANIZADA DE

    FERTILIZANTES

    E CORRETIVOS

    (2 edio)

    L.A.BALASTREIREJ.L.D.COELHO

    Setembro de 2000

    ANDA ASSOCIAO NACIONALPARA DIFUSO DE ADUBOS

    SO PAULO - SP

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    APRESENTAO

    A boa administrao da atividade de adubao e calagem

    envolve um uso inteligente de sua aplicao.

    A maioria das aplicaes de fertilizantes e calcrio , hoje, feitade forma mecanizada. Assim, extremamente importante, para osucesso desta atividade, que o produtor rural esteja preparado paraatender as exigncias dos equipamentos de aplicao, cada vez maisavanados.

    Ressalte-se, ainda, o crescimento do Sistema de PlantioDireto na Palha, o qual est trazendo importantes modificaesem toda atividade de preparo do solo e plantio. Isto passa,

    naturalmente, por novas tcnicas para a aplicao mecanizadade fertilizantes e corretivos.

    Foi pensando nisto que a ANDA solicitou aos EngenheirosAgrnomos Luiz Antonio Balastreire, PhD, Professor Titular deEngenharia Rural da ESALQ/USP e Jos Luiz Duarte Coelho,MS, Gerente de Produto e Mercado da SLC/John Deere queefetuassem a reviso e atualizao do Boletim Tcnico nQ 7,anteriormente editado em 1992.

    ANDA ASSOCIAO NACIONAL PARA DIFUSO DEADUBOS

    So Paulo, setembro de 2000

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    SUMRIO

    Pgina

    1. Introduo.........., ...................... .. ........................................................91 .1 . Mecanizao agrcola, correo e fertilizao do solo nas

    principais culturas brasileiras .......................................................101.1.1. Aplicao de Corretvos e Fertilizantes: tendncias e

    desafios ................................................................................10

    2.Definies bsicas............................................................................ 1

    3. Aspectos retativos aplicao mecanizada de corretivos efertilizantes mineraisslidos.........................................................l 123.1 . Aplicao de corretivos

    3.1.1. Em Sistemas Convencionais de Manejo do Solo................123.1.2. Em Sistemas Conservacionistas de Manejo do Solo..........14

    3.2. Aplicao de fertilizantes minerais slidos ..................................15

    4. Mquinas dIsponveis no mercado brasileiro para aplicaode corretivos...................................................................................... 194.1 . Classificao

    4.1.1. Quanto fonte de potncia ................................................. 194.1.2. Quanto ao tipo de mecanismo dosado r .............................194.1.3. Quanto ao tipo de mecanismo distribuidor.......................... 22

    4.2. Regulagens bsicas4.2.1. Em aplicadoras de corretivos a lano.................................. 224.2.2. Em aplicadoras de corretivos em linhas.............................. 25

    4.3. Manuteno .. ................ ............................................................. 26

    5. Mquinas disponveis no mercado brasileiro para aplicaode fertilizantes minerais slidos ................................. .. ................. 265.1. Classificao

    5.1.1. Quanto. fonte de potncia ................................................. 265.1.2. Quanto ao tipo de mecanismo dosador-distribuidor ........... 26

    5.2. Regulagens bsicas5.2.1. Em adubadoras a lano....................................................... 305.2.2. Em adubadoras em linhas conjugadas, ou no, a unidades

    semeadoras ou plantadoras................................................ 305.3. Regulagens de campo....................................... ......................... 325.4. Manuteno ................................................................................. 33

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    6. Estimativa de desempenho de adubadoras e distribuidorasde corretivos em campo................................................................... 336.1. Conceituao............................................................................... 336.2. Obteno da largura til da faixa de distribuidoras a lano ........356.3. Dimensionamento de conjuntos ..............................................39

    7. Aplicao de fertilizantes e corretivos segundo os conceitosda Agricultura de Preciso. .............................................................407.1. Mapeamento da fertilidade de solos ...........................................407.2. Aplicao localizada de insumos ................................................ 417.3. Aplicao a razes variveis de insumos ...................................437.4. Equipamentos necessrios ...................................................... ...43

    8. Identificao de problemas na aplicao ........................................... 468.1. Em aplicadoras de corretivos ...................................................... 468.2. Em distribuidoras de fertilizantes.............................................47

    9. Normas de segurana para utilizao de tratorese mquinas agrcolas...................................................................... 48

    10. Bibliografia consultada ................................................................... 49

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    APLICAO MECANIZADA DE FERTILIZANTES E CORRETIVOS

    luiz Antonio Balastreire (1)Jos luis Duarte Coelho (2)

    1. Introduo

    o desafio assumido na reedio do Boletim Tcnico No. 7 foi o deincorporar a correlao das principais tendncias da Mecanizao Agrcola eseus efeitos no que se refere a maximizao da eficincia no uso decorretivos e fertilizantes.

    Em 1992, na publicaoda primeira edio do referidoBoletim sobre"Aplicao Mecanizada de Fertilizantes e Corretivos", a agricultura brasileirapossua aproximadamente 1,8 milhes de hectares em Sistema de PlantioDireto na Palha. Atualmente esta rea oito vezes maior ( 14 milhes dehectares) e j representa quase 35% da rea de gros do pas. A rea dePlantio Direto no Brasil ganhou a regio do Cerrados partir de 1994, eultimamente vem crescendo a uma razo de 1 milho de hectares ao ano.Estima-se que dentro de 10 anos o Plantio Direto dever representar cercade 75% da Agricultura Brasileira de gros. O conceito de plantar sem o prviorevolvimento do solo tambm vem sendo adaptado para fruticultura ( destaquespara a citricultura e cafeicultura), cana-de-acar, pastagens e at eucalipto.

    A adoo do Plantio Direto tem um impacto bastante significativo nosistema de mecanizao agrcola como um todo, sendo que, no caso especficodeste trabalho, a abordagem vai se restringir aplicao de corretivos efertilizantes.

    Outro conceito tambm bastante recente a ser considerado no escopodessa reedio o da Agricultura de Preciso, que revoluciona a maneira dese manejar os insumos, plantas daninhas, e o prprio solo dentro do Sistemade Produo Agrcola. No caso especfico dessa obra ser dado uma nfase

    especial a aplicao localizada de corretivos e fertilizantes. Dessa forma,

    (1) Eng Agrnomo, PhD, Professor Titular do Departamento de Engenharia Rurallda ESALQ/USP. E-mail: [email protected] Postal 9, CEP: 13418--900 - Piracicaba - SP.

    (2) EngQ Agrnomo, MS, Gerente de Produto e Mercado da SLC / John Deere S.A.E-mail: [email protected]. Av. Jorge A D Logemann 600, CEP:98920-000 - Horizontina - RS.

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    o objetivo maior deste trabalho continua a ser o de apresentar aos engenheirosagrnomos extensionistas e aos agricultores em geral, o que existe disposio no mercado brasileiro em termos de mquinas aplicadoras, bemcomo sua correta utilizao manuteno e regulagens nos diversos Sistemasde Produo Agrcola, alm de algumas noes bsicas de estimativa dedesempenho em campo.

    1.1 Mecanizao agrcola, correo e fertilizao do solo nasprincipais culturas brasileiras

    O atual consumo de fertilizantes no Brasil da ordem de 15 milhesde toneladas/ano, o que equivale a um negcio de US$ 2,7 bilhes. SegundoLOPES (1990), considerando-se as caractersticas qumicas dos solosbrasileiros principalmente no que se refere acidez, o pas deveria ter umconsumo de calcrio da ordem de 4:1 o consumo de adubo, o que sinaliza umpotencial de quase 60 milhes de toneladas de calcrio/ano. Na ltima dcadaessa proporo acabou se estabilizando no patamar de 1,5 a 1,8:1, o queindica uma defasagem de mais de 50% na relao ideal.

    Alm disso, a utilizao de adubos est bastante concentrada empoucas culturas, pois somente o milho, a soja e a cana-de-acar consomemem mdia 65% de todo o adubo demandado pela agricultura nacional.

    O quadro abaixo apresenta em valores percentuais para os nveis deprodutividade indicados, o quanto representa o custo do corretivo mais fertilizanteno custo total de produo das principais culturas brasileiras:

    Pode-se observar que nas principais culturas de importnciaeconmica, o custo da correo e fertilizao representa cerca de 20 a 30%do custo total de produo. Se for acrescentado o custo da aplicaomecanizada elevam-se essas percentagens para algo prximo de 22 a 33%,

    respectivamente.

    1.1.1 Aplicao de Corretivos e Fertilizantes: tendncias edesafios

    Nas pequenas e mdias propriedades agrcolas do pas em SistemasConvencionais de Manejo e sem a prtica da Agricultura de Preciso, atendncia de que as aplicaes continuem sendo realizadas comequipamentos prprios, via de regra tratorizados. No caso das aplicadoras decorretivos utilizam-se os distribuidores em linhas ( ou "cochos de calcrio" )nas mdias propriedades e em reas maiores as aplicadoras de distribuio lano.

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    Produtiv/e(kglhectare) I Custo Total

    Cultura I ou unidade US$es ecfica

    MilHO* 7.200 443,28

    SOJA* 3.000 375,49

    ARROZ

    SequeiroIrrigado

    2.6006.000

    306,69847,17

    AlGODAO 220@ lha 841 ,00CANAFundao3 corte

    -

    100 ton/ha627,00739,00

    LARANJAAno 1,2,3Ano 8-15

    - Formao3,5 cx/planta

    644,331.707,00

    93,50 (14,51%)249,60(16,61%)

    CAFAno 1,2,3 - Formao 975,00Ano 4 - 20 40sc/hectare 1.774,00

    FEIJO 2.700 1.146,91TRIGO' 2.300 278,62BATATA 30 ton/ha 4.484,00guas

    Fonte: AGRIANUAL - 2000(*) Sistema de Produo - Plantio Direto na Palha(**) Taxa de cmbio: R$ 1,85/ US$ 1,00

    No caso das mdias e grandes propriedades que j se encontram emSistemas Conservacionistas de Manejo e com Agricultura de Preciso, atendncia que num primeiro momento continuem a utilizar aplicadoras

    lano, e que, num segundo estgio venham a comprar servios de aplicaode Companhias Especializadas. Nesse caso, a aplicao ser realizadautilizando-se equipamentos de alta performance, normalmente autopropelidos,e, capazes de operar com taxas variveis, em funo da variabilidade espacialdos nutrientes presentes no solo.

    2. Definies bsicas

    Para melhor compreenso dos assuntos tratados posteriormente,alguns conceitos adotados neste trabalho so apresentados a seguir:. Corretivo - produto que contenha substncias capazes de corrigir uma ou

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    mais caractersticas do solo desfavorveis s plantas.

    . Fertilizante ou adubo -substncia mineral ou orgnica, natural ou sinttica,fornecedora de um ou mais nutrientes para as plantas. Quanto ao seu estadofsico, podem ser slidos, fluidos ou gasosos. Como apenas os do tipo slidoso objeto deste trabalho, pode-se dividi-Ios ainda, segundo sua granulometria

    em: p, farelado ou granulado.

    . Vazo - massa do produto liberada por unidade de tempo normalmenteexpressa em kg/minuto ou g/minuto.

    . Dosagem - massa do produto liberada por unidade de rea, normalmenteexpressa em kg/ha ou g/m2.

    . Mecanismo dosado r - responsvel pela definio da dosagem do produtoretirado do reservatrio e liberao do mesmo para o mecanismo distribuidor.

    . Mecanismo distribuidor - responsvel pela deposio do produto previamentedosado sobre a superfcie a ser aplicada.

    . Segregao - corresponde ao fenmeno de separao fsica ao qual estosujeitos todos os materiais particulados ou granulados que possuem diferenasconsiderveis em uma ou mais de suas caractersticas fsicas, tais como:tamanho, densidade e forma.

    3. Aspectos relativos aplicao mecanizada de corretivos efertilizantes minerais slidos

    Uma vez que as aplicaes de corretivos e fertilizantes apresentamcaractersticas bastante diferenciadas, a abordagem das mesmas serindividualizada.

    3.1. Aplicao de corretivos

    3.1.1. Em Sistemas Convencionais de Manejo do Solo

    Nessa categoria incluem-se os solos que so revolvidos anualmentepor ocasio das operaes de preparo que tem por objetivo a mobilizao totaldo perfil e, consequentemente a incorporao tambm total dos resduosorgnicos. As principais operaes utilizadas nessa categoria de manejo dosolo so a arao e a gradagem.

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    Via de regra a arao a operao que visa o preparo primrio dosolo para o desenvolvimento do sistema radicular, em profundidades mdiasque podem atingir at 30 a 40 cm, utilizando, respectivamente, o arado de discosou o arado de aivcas.

    Na seqncia tem-se o preparo secundrio, cujo principal objetivo o preparo do leito de semeadura, e normalmente efetuado por meio de grades

    mdias ou intermedirias. seguidas de grades leves.Grande parte dos solos brasileiros apresentam problemas de baixafertilidade, alm de excesso de acidez na camada arvel e toxidez de alumniono subsolo.

    Para resolver esses problemas so utilizados corretivos agrcolas tantopara neutralizao da acidez, reduo da toxidez de alumnio e elevao doteor de clcio na camada arvel (por exemplo, o calcrio), como para obter osdois ltimos efeitos nas camadas sub-superficiais (por exemplo, o gesso). Aaplicao desses corretivos em solos em que se visa a implantao de culturasanuais, resume-se basicamente na distribuio dos mesmos na superfcie,com posterior incorporao ao perfil. Essa incorporao pode ser dividida emduas etapas, sendo 50% antes da arao e os outros 50% antes da gradagem.Nesse particular, no caso do calcrio, a incorporao indispensvel, devido

    pouca solubilidade do produto, bem como ao fato de o mesmo ser pouco mvelno solo. Para tal, no caso do manejo convencional, d-se preferncia aincorporao por meio de equipamentos cujos rgos ativos so do tipo discos,uma vez que promovem melhor mistura do corretivo com o solo, por exemplose comparado equipamentos que utilizam hastes (como no caso dosescarificadores) ou mesmo relhas (como no caso dos arados de aivcas).

    No caso do gesso, a incorporao pode ser dispensada, pois esseproduto mais solvel e lixivivel no perfil com muita facilidade.

    No caso de culturas perenes, como o solo no trabalhado todos osanos, a calagem e a gessagem so normalmente realizadas por ocasio doperodo de estiagem, com aplicao superficial do produto e posteriorincorporao, principalmente no caso do calcrio, por meio de gradagem leve.

    Em ambos os casos, a dosagem a ser utilizada deve ser determinadarigorosamente em funo das anlises de solo e das recomendaesagronmicas para a cultura em questo. Convm lembrar que as anlises desolo para fins de calagem devem ser realizadas em profundidades de at 30cm, e no caso do gesso agrcola, dependendo da cultura, essas amostrasdevero ser retiradas tambm na camada de 30 a 50 cm, ou at maisprofundamente se for o caso.

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    3.1.2. Em Sistemas Conservacionistas de Manejo do Solo

    Nessa categoria incluem-se os sistemas que por ocasio da semeaduraainda permitem um ndice de cobertura (material orgnico em superfcie), varivelde 30% a 100%. Do ponto de vista conservacionista do solo so os sistemasmais evoludos que existem na agricultura brasileira, e, cujos representantes

    mais conhecidos na cultura de gros so o Preparo Reduzido do Solo e aSemeadura Direta, essa ltima mais conhecida como Plantio Direto na Palha.

    Tratam-se de sistemas mais ajustados ao manejo de solos tropicais,por manterem a superfcie dos mesmos parcial ou totalmente coberta durantetodo o ano, protegendo-a contra a eroso, principalmente hdrica, e possibilitandoa recomposio da vida microbiolgica devido a uma maior disponibilidade dematria orgnica. Atualmente os primeiros solos do Brasil onde a tcnica doPlantio Direto se iniciou h mais de 28 anos atrs (regio de Rolndia/PR) seencontram com teores de matria orgnica superior a 6% (contra os histricos1,8%) e os nveis de eroso, que em sistemas convencionais podem atingir at70 ton de solo/hectare/ano, praticamente foram reduzidos zero. Nas condiesde Sistema Conservacionista de Manejo do Solo, a recomendao tcnica

    . que o corretivo seja simplesmente aplicado na superfcie do solo,preferencialmente lano sobre a camada de palha. Vrios estudos temmostrado que em solos de textura mdia e arenosa, o fluxo do calcrio temocorrido, principalmente em funo da maior atividade microbiolgica no perfil.A grande diferena em relao a aplicao em Sistemas Convencionais deManejo do Solo que, ao invs de se aplicar o corretivo a cada 4 ou 5 anos,promove-se a aplicao anual do mesmo. No caso de solos com elevadosteores de argila, onde os nveis de reteno so significativamente maiores,associado a aplicao anual do calcrio, ainda pode-se proceder uma aplicaode gesso sobre o calc rio depositado na superfcie. Nesse caso, a intensaatividade do gesso ir "forar" a "descida" do calcrio, resultando no que algunsautores denominam de "incorporao qumica" do calcrio. Quando se utilizaessa tcnica no se pode deixar de observar as propores de calcrio e

    gesso para evitar o "arraste" em profundidade de outros elementos.A aplicao mecanizada de corretivos tem como fatores limitantes ascaractersticas fsicas do produto, principalmente no que se refere suagranulometria e teor de gua. Assim sendo, quanto menor o tamanho daspartculas, e quanto mais mido o produto, maior dificuldade as mquinasaplicadoras encontram para dosar e distribuir adequadamente o mesmo.

    Via de regra, esses corretivos so aplicados a lano, por meio dedistribuidores tratorizados, conforme ilustra a Figura 1 a seguir.

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    3.2. Aplicao de fertilizantes minerais slidosA adubao com fertilizantes minerais uma prtica indispensvel

    na agricultura moderna. Isso porque a forma mais rpida e eficiente - ede menor custo operacional - para melhorar as caractersticas qumicas dosolo, principalmente no que se refere ao aumento de disponibilidade denutrientes para as plantas cultivadas.

    O sucesso de uma boa adubao uma combinao de algunsparmetros importantes, dos quais podem-se destacar:

    . caractersticas fsico-qumicas do solo;

    . tipos de nutrientes que devem constar da recomendao bemcomo

    suas respectivas quantidades;. qualidade do produto;. poca de aplicao;. eficincia da distribuio.

    Figura 1. Aplicao tratorizada de corretivo agrcola a lano(Fonte: folheto Vicon).

    Na verdade, para que esse ltimo parmetro possa ser atendido,necessita-se que todos os demais j tenham sido rigorosamente verificados.

    De uma maneira geral, pode-se conceber trs pocas distintas deadubao:

    . antes da implantao da cultura;

    . simultaneamente implantao da cultura;

    . aps a implantao da cultura.

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    Figura 2. Adubadora associada a unidade sulcadora para cultura

    de cana-de-acar. (Fonte: folheto DMB)

    * Adubao antes da implantao da cultura

    Tambm conhecida por adubao de fundao, ou "de fundo", umaprtica usual em culturas perenes ou semi-perenes, normalmente caractersticade plantas com princpio de propagao vegetativa como mudas, colmos, bulbose tubrculos. Nesse caso, normalmente a unidade adubadora associada a

    um implemento sulcador e, portanto, por ocasio da sulcao realizada aadubao principalmente de fsforo e de potssio. Outra varivel quando acultura implantada em covas, e, nesse caso a adubao pode ser realizadainclusive manualmente. Os exemplos mais caractersticos dessas duas variveisso a lavoura cafeeira mais tradicional e a cultura da cana-de-acar. A Figura2 mostra uma configurao tpica de mquina adubadora associada a umImplemento sulcador.

    * Adubao simultnea implantao da culturaTambm conhecida como adubao de semeadura, caracterstica

    de culturas anuais. Dessa forma, a unidade adubadora associada unidade

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    semeadora, tanto no caso de semeadoras para sementes midas (trigo, aveia,cevada, centeio e forragens em geral)., como no caso de semeadoras parasementes gradas (milho, soja, feijo, algodo, girassol e outras ). Pode tambmser associada a unidades plantadoras de rgos vegetativos, como o casotpico da plantadora de mandioca e da plantadora de batata. Cada unidadepossui mecanismos dosadores diferenciados para sementes ou rgosvegetativos e para adubos, com regulagens totalmente independentes, sendo quea deposio, nesse caso, obrigatoriamente realizada em linhas.

    Os exemplos mais caractersticos de lavouras onde ocorre esse tipode adubao so as culturas produtoras de gros e algumas forrageiras,e osadubos mais utilizados nesse caso so as formulaes N-P-K convencionais.

    Figura 3. A. Semeadora-adubadora de preciso para sementes gradas.1. Reservatrio de fertilizantes. 2. Reservatrio de sementes(Fonte: Folheto Jumil). B. Plantadora-adubadora para Mandioca.1. Reservatrio de fertilizante, 2. Reservatrio de manivas(Fonte: Gadanha Jr. et aI. (1991 )).

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    A Figura 3 apresenta uma configurao tpica de semeadora-adubadorade preciso, utilizada para sementes gradas (A) e outra configuraocaracterstica de plantadora-adubadora para mandioca(B).

    * Adubao aps a implantao da cultura

    Esse tipo de adubao pode tanto ser utilizado em culturas perenes,como em culturas anuais.

    Nas culturas perenes, normalmente est relacionada com as adubaesde manuteno da planta. Nas culturas anuais quase que especfica para asadubaes nitrogenadas, embora, mais recentemente, tambm sejam utilizadasadubaes potssicas. Em ambos os casos conhecida como adubao decobertura. Como as perdas, principalmente por volatizao so relativamenteelevadas em adubos nitrogenados, as mquinas mais modernas visam aintroduo do fertilizante em linhas e incorporado ao solo, e no simplesmentedepositado na superfcie. Dessa maneira, as perdas so significativamentemenores.

    A Figura 4 abaixo apresenta uma adubadora associada a cultivadormecnico para culturas anuais em linhas.

    Figura 4. Adubadora associada a cultivador mecnico para culturasanuais. 1. Reservatrio de fertilizante, 2. Enxada do cultivador,3. Eixo para acionamento do mecanismo dosador (Fonte:folheto Jumil).

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    4. Mquinas disponveis no mercado brasileiro para aplicaode corretivos

    4.1. Classificao

    Didaticamente, os distribuidores encontrados no mercado nacional

    podem ser agrupados de acordo com as seguintes caractersticas:. quanto fonte de potncia;. quanto ao tipo de mecanismo dosador;. quanto ao tipo de mecanismo distribuidor.

    4.1.1. Quanto fonte de potncia

    Com relao fonte de potncia para transporte e/ou acionamento deseus rgos ativos, os distribuidores de corretivos podem ser de trao animal,tratorizados e autopropelidos (caminhes aplicadores).

    Quanto aos tratorizados, que so aqueles utilizados em maior escalano Brasil, ainda se subdividem em mquinas de arrasto, quando so tracionadosapenas pela barra de trao; ou ento montados, no caso do acoplamento serrealizado diretamente no engate de trs pontos do sistema hidrulico. Emambos os casos, o mais comum o acionamento dos rgos ativos por meioda tomada de potncia (TDP) do trator que, durante a aplicao, devepermanecer a uma rotao constante de 540 rotaes por minuto (rpm),independentemente da velocidade do conjunto. Para que essa rotao sejaatingida, o operador deve consultar o manual de instrues do trator e verificarqual a rotao do motor que corresponde a 540 rpm na TDP. Uma vez que arelao de transmisso do motor para a TDP reduz a rotao numa proporomdia que varia de 3 a 4 : 1, normalmente o motor dever estar operando numafaixa mdia de 1620 a 2160 rpm, varivel segundo o projeto de cadatrator. Umavez fixada a rotao ideal de trabalho, a velocidade desejada ser obtida somenteem funo do cmbio.

    4.1.2. Quanto ao tipo de mecanismo dosador

    Quanto ao tipo de mecanismo dosador que os equipa, os distribuidoresde corretivos podem ser divididos em dois grandes grupos:

    A. Distribuidores equipados com mecanismos dosadoresgravitacionais

    So aqueles que promovem e controlam o fluxo gravitacional do produtodo reservatrio para o mecanismo distribuidor, auxiliados pelo movimento de

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    um agitador mecnico que atua sobre um orifcio de abertura regulvef. A Figura5 apresenta um mecanismo dosador gravitacional tpico.

    Figura 5. Distribuidor de corretivos montado, equipado commecanismo dosador gravitacional e mecanismodistribuidor tipo pndulo. 1. Reservatrio, 2. Mecanismodosador gravitacional, 3. Agitador mecnico, 4. Alavancareguladora de vazo, 5. Pndulo.

    Os mecanismos dosadores gravitacionais normalmente equipamdistribuidores montados no engate de trs pontos do sistema hidrulico, decapacidad~ volumtrica mdia de 400 a 1000 litros.

    B. Distribuidores equipados com mecanismos dosadoresvolumtricos

    So aqueles que promovem a retirada contnua de um determinadovolume de material do reservatrio, normalmente por meio de uma esteira ou

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    Figura 6. Distribuidor de corretivos de arrasto, equipado commecanismo dosador volumtrico e mecanismo distribuidor

    tipo rotor duplo. 1. Mecanismo dosado r volumtrico do tipoesteira transportadora, 2. Chapa raspadora, 3. Cardan paraacionamento da esteira, 4. Mecanismo Distribuidor tipo rotorduplo (Fonte: Mialhe: (1986)).

    correia transportadora, e cuja vazo regulada por uma chapa raspadora quelimita a altura do produto sobre essa esteira, junto bica de sada do reservatrio.Essa bica despejar o produto no mecanismo distribuidor da mquina. Somecanismos muito eficientes, e que conseguem manter uma boa uniformidade,mesmo no caso da utilizao de produtos com caractersticas fsicas quetornam o trabalho mais difcil conio no caso do calc rio e do gesso, agravadas

    ainda mais no caso do gesso, devido ao elevado teor de gua do produto.

    Normalmente, equipam distribuidores com maior capacidadevolumtrica como os tratorizados de arrasto, com capacidade volumtrica entre2.500 e 10.000 litros, e os autopropelidos, que podem atingir at 15.000 litros.

    A Figura 6 ilustra uma mquina tratorizada de arrasto, equipada commecanismo dosador volumtrico.

    )1

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    4.1.3. Quanto ao tipo de mecanismo distribuidor

    Quanto ao tipo de mecanismo distribuidor que os equipa, osdistribuidores podem operar por meio de trs princpios diferentes:

    A. Queda livre - caracterizado pelos distribuidores cujos mecanismos

    dosadores gravitacionais localizam-se no fundo do reservatrio, e o produtodepois de dosado, depositado em linhas na superfcie do solo, por queda livre.

    B. Fora centrfuga - caracterizado pelos distribuidores que utilizam um oudois rotores (ou discos) horizontais com aletas fixas, ou no, para o lanamentoradial do produto.

    c. Movimento pendular - caracterizado pelos distribuidores que possuemum tubo com movimento oscilatrio horizontal.

    Normalmente, as mquinas montadas com capacidade volumtricade at 750 litros so equipadas com rotor nico ou ento com mecanismospendulares. Nas mquinas de arrasto e nas autopropelidas com capacidadevolumtrica maior, em mdia de 1.000 a 15.000 I, predominam os rotores duplos.Em todos esses casos, a distribuio a lano, com a deposio do produtoem uma faixa cuja largura bem maior que a largura da mquina, pormdesuniforme. Essa desuniformidade ocorre devido a uma maior concentraodo produto na parte central da faixa, e com deposio decrescente, medidaque se caminha em direo s suas extremidades. Para compensar essadeficincia, torna-se necessria uma determinada sobreposio entre passadasadjacentes, conforme ser explicado no item 6.2 .

    Finalmente, os mecanismos que operam pelo princpio de queda livretm como representantes os distribuidores de corretivos em linha, tambmconhecidos como "cocho de calcrio", com capacidade volumtrica mdiavarivel entre 500 a 3.000 litros.

    Alguns estudos recentes mostram que no Brasil, 72 % das aplicaes

    de corretivos so realizadas a lano, e apenas 28% so efetuadas por meio dedistribuidores em linha.

    4.2. Regulagens bsicas

    4.2.1. Em aplicadoras de corretivos a lano

    A regulagem da dosagem em mquinas aplicadoras de corretivos a lanoresume-se basicamente na regulagem da vazo do produto, combinada com alargura til de trabalho e com a velocidade de deslocamento do conjunto trator-mquina.

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    Os mecanismos dosadores, sejam eles volumtricos ou gravitacionais,apresentam alavancas reguladoras da vazo com escalas relativas graduadas.

    No caso das mquinas acionadas pela TDP, como j foi mencionadoanteriormente, a rotao das mesmas em operao deve permanecerconstantemente a 540 rpm, o que implicar tambm no fato de o motor dotrator operar a uma rotao constante. Assim sendo, o operador dever engatar

    uma marcha tal que, a essa, rotao do motor, o conjunto se desloque numafaixa de velocidade entre 6,0 e 8,0 km/h, recomendada para essa operao.A aferio da velocidade operacional de fundamental importncia,

    pois se a mesma estiver acima da velocidade necessria, para uma dada vazo,a dosagem ser menor do que a desejada, e, caso contrrio, quando avelocidade operacional for menor do que a necessria, para a mesma vazo, adosagem final ser maior do que a desejada.

    A seguir, ser descrita uma forma bastante prtica para conferir se avelocidade de deslocamento de fato aquela necessria operao.

    Por exemplo, para se obter a velocidade de 6,0 km/h, o manual de instruesde um determinado trator recomenda que se utilize a 3a. marcha reduzida, auma rotao do motor de 1850 rpm (que, nesse caso, corresponde a 540 rpmna TDP ).

    . Como o trator no possui velocmetro, para conferir se isso realmenteocorre, deve-se operar o conjunto com a marcha e a rotao recomendadasnuma rea plana, com a mquina com 50% de carga e com a TDP emfuncionamento. O conjunto deve percorrer 6,0 km/h, ou 6.000 m/ 60 minutos,ou ainda 100 metros em 1 minuto. Para aferio pode-se simplesmente utilizarduas estacas alinhadas e distanciadas em 100 metros e um cronmetro. Casoo conjunto esteja demorando mais de um minuto para cumprir o trajeto, engatara marcha imediatamente superior e proceder a nova aferio. Caso contrrio,ou seja, se o conjunto cumpre o percurso num intervalo de tempo inferior a umminuto, engatar a marcha imediatamente inferior. Nesse caso, especificamente,engatar a 2 marcha reduzida e conferir novamente.Nas aplicaes a lano, a dosagem (D) calculada a partir da seguinte equao:

    10.000 x QD= ----------------------------

    xonde:

    D = dosagem (kg/ha)Q = vazo (kg/min)L = largura til de trabalho (m)V = velocidade do conjunto (m/min)

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    A ttulo de exemplo, suponha-se que uma aplicadora de corretivos alano deva distribuir 2..500 kg/ha de calcrio, e que a largura til da faixa dedistribuio de 6,0 metros (vide item 6.2).

    Calcular as vazes necessrias para. o oonjunto operar com velocidade- de 6,0 km/h e tambm de 8,Okmlh.

    1 para V= 6,0 km/h

    v = 6,0 km/h = 6.000 m/ 60 min = 100 m/ min

    10.000 x Q 10.000 x QD= .. 2500 =

    LxV 6 x 100

    Q= 150 kg/min

    2 para V=8.0 km/h

    V = 8,0 km/h = 8.000 m i 60 min = 133,33 m / min10.000 x Q 10.000 x Q

    D= 2500 =LxV 6x133,33

    Q = 200 kg/min

    Assim sendo, caso se deseje trabalhar a 6,0 km/h, a vazo deve serregulada para 150 kg/min e caso a opo seja a velocidade de 8,0 km/h, avazo deve ser ajustada para 200 kg/min.

    Para se aferir a vazo necessria, nas mquinas equipadas comrotores, necessrio posicionar inicialmente a alavanca reguladora da vazo na

    posio indicada pelo fabricante no manual de instrues da mquina, queequivale dosagem desejada. A seguir, envolver a mquina com um enceradoe coloc-la em funcionamento na rotao nominal de 540 rpm com o tratorparado e cronometrar um determinado intervalo de tempo(l minuto por exemplo).Recolher o material depositado no encerado, e pesar para verificar se corresponde vazo necessria, em kg/min. Se a quantidade recolhida for inferior necessria, abrir um pouco a vazo; caso contrrio, se a quantidade for maiorque a necessria promover a reduo da vazo na alavanca reguladora, atchegar no ponto desejado. Nas mquinas equipadas com distribuidor pendular,

    24

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    o procedimento exatamente o mesmo, com a nica diferena que, ao invsde envolver a mquina com um encerado, basta retirar o pndulo e coletar omaterial a ser depositado diretamente na sada do mecanismo dosador.

    4.2.2. Em aplicadoras de corretivos em linhas

    No caso das aplicadoras de corretivos em linhas, a regulagem aindamais simples, uma vez que a largura til da faixa de deposio a prprialargura da mquina, alem do fato de a deposio ser bastante uniforme aolongo da mesma.

    Assim sendo, basta proceder regulagem inicial do mecanismodosador, segundo indicao do manual de instrues da mquina para adosagem desejada.

    A seguir, abastecer a mquina com 50% da sua capacidade e passarcom o conjunto trator-mquina sobre um encerado de rea conhecida. Depreferncia, a largura do encerado deve ser igual largura til da mquina, ouseja. equivalente dimenso da bitola interna da mquina. Dessa forma, ospneus, que via de regra so as prprias rodas de terra que acionam osmecanismos dosadores e/ou agitadores, permanecem na superfcie original

    de trabalho. Depois da passada do coniuntc, recolher o material depositado noencerado, pesar e converter para kg/ha, para aferio da dosagem.

    A ttulo de exemplo, suponha-se que uma aplicadora de corretivos emlinhas deva distribuir 1.500 kg/ha de ca!crio, operando a 6,5 km/h, sendo alargura til da mquina igual a 2,2 m e as dimenses do encerado 2,2 x 5,0m:

    1.500.000 g

    . a dosagem de 1 .500 kg/ha equivale a10.000 m2

    ou seja, 150 g/m2;. uma vez que as dimenses do encerado so 2,2 x 5,0 m, sua rea total de

    11 m2;. como a dosagem necessria de 150 g/m2, uma vez regulada, a mquinadever distribuir 1.650 g ao passar sobre o encerado;

    . caso a quantidade distribuda na regulagem inicial seja menor que 1.650 g,aumentar a vazo do mecanismo dosador;

    . caso a quantidade distribuda na regulagem inicial seja maior que 1.650 g,diminuir a vazo do mecanismo dosador;

    25

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    . uma vez atingida a vazo ideal, proceder no mnimo a trs determinaespara confirmao;

    . essa regulagem deve ser realizada todas as vezes em que se for utilizar amquina, mesmo que a dosagem desejada seja a mesma, pois a vazo sealtera de calcrio para calcrio, e at no mesmo produto, caso haja uma variao

    no teor de umidade do mesmo.

    4.3. Manuteno

    Quando em operao, a mquina deve ser lubrificada diariamente nospontos indicados pelo fabricante, alm de necessitar de constante reapertode porcas e parafusos, devido ao excesso de vibrao.

    Em mquinas equipadas com rodas de terra pneumticas, conferir apresso de insuflagem diariamente, uma vez que o pneu tambm faz parte dosistema de transmisso e, se estiver descalibrado, vai interferir na vazo doproduto. Nunca guardar a mquina abastecida, mesmo que seja de um diapara o outro, nem transport-Ia do galpo para o campo com produto em seuinterior.

    No final do perodo de utilizao, desmontar seus rgos ativos, retirar oreservatrio para limpeza, repintar as partes metlicas que perderam sua pinturae pulverizar leo vegetal para guard-Ia at o prximo perodo de utilizao,preferencialmente em locais cobertos.

    5. Mquinas disponveis no mercado brasileiro para aplicaode fertilizantes minerais slidos

    5.1. Classificao

    Idem ao descrito para mquinas aplicadoras de corretivos, no item 4.1.

    5.1.1. Quanto fonte de potncia

    Idem ao descrito para mquinas aplicadoras de corretivos, no item 4.1.1.

    5.1.2. Quanto ao tipo de mecanismo dosador distribuidor

    No caso das adubadoras a lano, tambm vlido o que foi descritopara mquinas aplicadoras de corretivos nos itens 4.1.2 e 4.1.3, uma vez que,inclusive, as mquinas, via de regra, so as mesmas. Normalmente, nesse

    26

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    ILUSTRAES COLORIDAS

    DO

    BOLETIM TCNICO N 7

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    Figura 15. Mapa de fertilidade do solo (pg.40)

    Figura 16. Veculo amostrador de solos equipado com DGPS (pg. 41)

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    Figura 19. Pontos e valores de pH para o talho amostrado (pg. 44)

    Figura 18. Equipamento para aplicao localizada de insumos (pg.43)

  • 8/9/2019 Aplica--o Mecanizada de Corretivos e Fertilizantes

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    Figura 20. Mapa representando uma superfcie com o ph do solo (pg.45)

    Figura 21. Mapa de recomendao da quantidade de calcrio (pg.45)

  • 8/9/2019 Aplica--o Mecanizada de Corretivos e Fertilizantes

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    caso so empregadas para adubao antes da implantao das culturas, e,em alguns casos na prpria adubao de cobertura. Em ambas as situaes aadubao realizada a lano em rea total, ou mesmo em adubao localizada,como no caso tpico da deposio sob a copa das frutferas em culturas perenes,com a utilizao de acessrios especiais.

    Para as adubadoras em linha, conforme mencionado no item 3.2, a

    utilizao tpica na adubao simultnea implantao de culturas. Nessecaso, invariavelmente, esto associadas a unidades semeadoras ou entoplantadoras. Outra variao na adubao aps a implantao da cultura, porexemplo, associada a um cultivado r mecnico, utilizado para controle de plantasdaninhas nas entrelinhas da cultura.

    Em ambos os casos, predominam no mercado nacional mquinasequipadqs com mecanismos dosadores volumtricos, dos quais os mais comunsso: rotores denteados horizontais, tambm conhecidos como "rosetas", roscas-sem-fim ou helicides e pratos giratrios com raspadores fixos, conformeesquematizados na Figura 7.

    Nesses mecanismos, como regra geral, a vazo do produto determinada pela combinao da velocidade angular do mecanismo,normalmente por meio da troca de engrenagens ou de rodas denteadas, com a

    abertura da comporta de sada do produto, regulada por alavanca externa. Umavez que a quase totalidade dos mesmos acionada por meio de roda de terra,dentro de certos limites, existe uma proporcionalidade entre a velocidade dedeslocamento do conjunto e a vazo, de forma a manter constante a dosagemdo produto. Quanto maior a velocidade, maior a rotao dos mecanismosdosadores, e vice-versa, a fim de manter constante a dosagem requerida. Essasrodas de terra podem ser individuais, quando a cada roda corresponde oacionamento de um nico mecanismo dosador, ou ento coletivas, no caso deuma roda acionar mais de um mecanismo dosador, simultaneamente.

    Nas mquinas que no possuem roda de terra, como o caso dasadubadoras montadas associadas a cultivadores mecnicos, o acionamentopode ser realizado por meio da TDP, e portanto esta tambm deve permanecera uma rotao nominal de 540 rpm.

    No caso das plantadoras-adubadoras e das semeadoras de precisoassociadas a adubadoras, normalmente os reservatrios de fertilizantes so

    ~

    individualizados. Nas semeadoras de fluxo contnuo associadas a adubadoras,via de regra, os reservatrios so conjugados, ou seja, num nico reservatrioso montados vrios mecanismos dosadores, segundo o nmero de linhas desemeadura da mquina, conforme apresentado na Figura 8.

    Nas semeadoras de preciso associadas a adubadoras, com maiornmero de linhas de semeadura, tambm comum os reservatrios desementes continuarem individualizados, porm, o reservatrio de adubos

    27

  • 8/9/2019 Aplica--o Mecanizada de Corretivos e Fertilizantes

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    conjugado, e normalmente dividido em duas partes, conforme ilustrado aseguir, na Figura 9.

    Nas mquinas mais modernas, tambm comum a existncia depinos de segurana passantes no rotor de acionamento dos mecanismosdosadores. So construdos de um material menos resistente que o sistemade transmisso, de forma que numa sobrecarga, o pino seja cisalhado e o

    mecanismo dosador pare de funcionar evitando maiores danos ao conjunto.Portanto, esse pino s deve ser substitudo por outro igual.

    1

    2

    Figura 7.Tipos de mecanismos dosadores volumtricos paraadubadoras em linha. A. Rotor denteado horizontal, 1. Rotordenteado. 2. Comporta de sada de adubo. B. Dosadorhelicoidal, 1. Sistema de transmisso, 2. Dosador. C. Discohorizontal rotativo com raspador fixo, 1. Disco rotativo, 2.Raspador fixo, 3. Orifcio de sada do adubo (Fonte:Balastreire (1987).

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    Figura 8. A.Semeadura-adubadora de preciso de trs linhas, montadapara semeadura de milho. 1.Reservatrio de fertilizantes,2.Reservatrio de sementes (Fonte: folheto Baldan).B.Semeadora de fluxo contnuo associada a adubadora de11 linhas, montada para semeadura de trigo (Fonte: FolhetoJumil).

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    Nesse caso, alm da vazo deve-se considerar para fins de clculo

    de dosagem, o espaamento entre linhas da cultura a ser implantada.A ttulo de exemplo, suponha-se que se deseja fazer a implantaode uma cultura anual com espaamento entre linhas de 1,0 m e com umadosagem de uma formulao N-P-K equivalente a 650 kg/ha.

    A distncia (L) a ser percorrida por hectare, com espaamento entrelinhas de 1,0 m, dada por:

    5.2.2. Em.adubadoras em linhas conjugadas, ou no, a unidadessemeadoras ou plantadoras

    So exatamente as mesmas descritas para aplicadoras de corretivosa lano, no item 4.2.1

    5.2.1. Em adubadoras a lano

    5.2. Regulagens bsicas

    Figura 9. Semeadora-adubadora de preciso de arrasto, com 8linhas, para semeadura de soja. 1. Reservatrio desemente, 2. Reservatrio de fertilizante (Fonte: folhetoJumil).

    10.000 m2 / ha= 10.000 m/ haL=

    1 m

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    . Como a dosagem recomendada de 650 kg/ha, e a distnciapercorrida (L) igual a 10.000 metros lineares, a quantidade de adubo quedeve cair em cada metro linear dada por (650.000 g/ha)/(1 0.000 m/ha) , ouseja, 65 gIm.

    . Fazendo-se uma marca na roda de terra da semeadora-adubadora,e tracionando-a no mesmo terreno em que a mesma vai operar, com a mesma

    velocidade de trabalho, por exemplo 4,5 km/h, e abastecida com 50 % decarga, contardez voltas completas da roda, demarcando o ponto inicial e oponto final com o auxlio de duas estacas.

    . A seguir, utilizando uma trena, medir a distncia entre as duasestacas, que nesse caso ser considerada 24 metros, para efeito de clculos.

    . Uma vez que para se obter a dosagem recomendada necessrioque sejam distribudas 65 gim, ao longo de 24 metros, precisam cair 65 x 24= 1.560 g.

    . A seguir, amarrar alguns sacos plsticos nas extremidades dostubos de descarga para se coletar, com a mquina em operao, a quantidadede adubo depositada ao longo dos 24 metros que separam as duas estacas.Em mquinas que possuem mecanismos dosadores com acionamentoconjugado, fazendo-se a amostragem em 50 % deles j o suficiente. Porm,

    em mquinas onde as regulagens de vazo so individualizadas, deve-seproceder tanto regulagem do mecanismo dosador como sua verificaoposterior em cada linha de aplicao.

    Com o objetivo de simplificar um pouco essa rotina de clculos, aTabela 1 apresenta a quantidade de adubo expressa em gramas que devecair ao longo de 10 metros lineares, para que o agricultor obtenha umadosagem que varia de 100 at 1000 kg/ha, para os mais diversosespaamentos entre linhas empregados nas vrias culturas.

    Por exemplo, se a dosagem recomendada para um determinado adubo de 500 kg/ha, e o espaamento da cultura 40 cm, no cruzamento da linhareferente a 500 kg, com a coluna referente a 40 cm, encontra-se a quantidadede adubo que deve cair em 10 metros lineares, ou seja, 200 gramas.

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    Tabela 1. Gramas de adubo que devem ser coletadas em 20 metros

    lineares.Dosagem. Espaamento (em)(kg/ha) 17 34 40 45 50 55 60 67 70 80 90 100

    110

    150

    200

    250

    300

    350

    400

    450

    500

    550

    600

    650

    700

    750

    800850

    900

    950

    1000

    17

    26

    34

    43

    51

    60

    68

    77

    85

    94

    102

    111

    119

    128

    136145

    153

    162

    170

    34

    51

    68

    85

    102

    119

    136

    153

    170

    187

    204

    221

    238

    255

    272289

    306

    323

    340

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    180

    200

    220

    240

    260

    280

    300

    320340

    360

    380

    400

    45

    68

    90

    113

    135

    158

    180

    203

    225

    248

    270

    293

    315

    338

    360383

    405

    428

    450

    50

    75

    100

    125

    150

    175

    200

    225

    250

    275

    300

    325

    350

    375

    400425

    450

    475

    500

    55

    83

    110

    138

    165

    193

    220

    248

    275

    303

    330

    358

    385

    413

    440468

    495

    523

    550

    60

    90

    120

    160

    180

    210

    240

    270

    300

    330

    360

    390

    420

    450

    480510

    540

    570

    600

    67

    101

    134

    168

    201

    235

    268

    302

    335

    369

    402

    436

    469

    503

    536570

    603

    637

    670

    70

    105

    140

    175

    210

    245

    280

    315

    350

    385

    420

    455

    490

    525

    560595

    630

    665

    700

    80

    120

    160

    200

    240

    280

    320

    360

    400

    440

    480

    520

    560

    600

    640680

    720

    760

    800

    5.3. Regulagens de campoAs regulagens de campo esto relacionadas com a profundidade de

    deposio do fertilizante, e de sua posio em relao s sementes ou rgosvegetativos depositados no solo pelas unidades semeadoras ou unidadesplantadoras, respectivamente.

    Quanto profundidade de deposio, normalmente, essa regulagem determinada com a presso que se impe no sulcador por meio de molas.Ou seja, quanto maior a presso obtida pela alterao do curso da mola,maior a penetrao. Nesse caso, todos os sulcadores devem ser reguladoscom a mesma presso, para que operem a uma mesma profundidade. Anica exceo no caso de culturas com espaamento entre linhas inferioresa 40 em, onde, inevitavelmente, algumas linhas iro coincidir com o rastrodeixado pelo pneu do trator. Nesse caso, esses sulcadores devem serregulados de forma a operarem com uma presso superior aos demais, umavez que a penetrao nessa faixa de solo recm-compactada torna-se maisdifcil.

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  • 8/9/2019 Aplica--o Mecanizada de Corretivos e Fertilizantes

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    Com relao posio relativa entre sementes e adubos, as mquinasmais modernas possuem sulcadores individuais' para os mesmos, norepresentando portanto nenhum risco de mistura entre ambos, por ocasioda implantao da cultura.

    5.4. Manuteno

    Os cuidados so os mesmos recomendados para. apJicadoras decorretivos, descritos no item 4.3> .

    6. Estimativa de desempenho de adubadoras e distribuidorasde corretivos em campo

    6.1. Conceituao

    A avaliao do desempenho de adubadoras e distribuidoras decorretivos no campo, bem como de qualquer mquina agrcola, envolve autilizao de trs conceitos bsicos, discutidos a seguir:

    . Capacidade de campo terica (Ct) - o desempenho da mquinaoperando com 100% da largura nominal e 100% do tempo disponvel nocampa. Essa capacidade de campo obtida pelo produto da largura nominalda mquina pela sua velocidade de deslocamento.

    A largura nominal da adubadora em linhas obtida multiplicando-seo nmero de tinhas pelo espaamento entre as mesmas. Para a distribuidorade corretivos a lano, a largura nominal atingida pela deposio do materialdistribudo transversalmente ao eixo de deslocamento da mquina. Aobteno dessa faixa ser discutida no item 6.2 .

    A ttulo de exemplo, suponha-se que uma adubadora para distribuiode adubo em cobertura tenha 4 linhas espaadas entre si a uma distncia de1,0 metro, e em operao se desloque a uma velocidade de 6,0 km/h.

    A capacidade de campo terica (Ct) ser dada por:

    Ct = L xVonde,

    Ct = capacidade de campo terica (ha/h)L = largura nominal (m)V = velocidade de deslocamento (m/h)

    Assim, nesse caso:

    33

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    Eficincia de campo (Ef) - a eficincia de campo de um conjuntomecanizado a relao entre o tempo efetivamente utilizado pela mquinadurante a operao, dividido pelo tempo total de campo, o qual inclui o tempo

    efetivo e os tempos perdidos em manobras, paradas para reabastecimentodos depsitos, paradas para manuteno, etc.

    A eficincia de campo pode ser estimada na prtica, atravs dacronometragem de todos os tempos citados anteriormente.

    Na ausncia de dados de eficincia de campo, pode-se utilizar umaestimativa para as operaes de aplicao de fertilizantes e corretivos nointervalo de 60 a 75 %.

    Capacidade de campo efetiva (Ce) - a capacidade de campo efetivado conjunto mecanizado pode ser estimada pelo produto da capacidade decampo terica e a eficincia de campo, j discutidas. No presente exemplo,considerando-se uma eficincia de 60 %, tem-se:

    Ce = 2,4 ha/h x 0,6 = 1,44 halh

    A capacidade de campo efetiva pode tambm ser calculada atravsda diviso da rea efetivamente trabalhada, pelo tempo total de campo deoperao da mquina.

    Ce = A (ha)/T (h)

    De posse do valor da capacidade de campo efetiva para um conjunto,em uma determinada propriedade, a eficincia de campo nas condies deoperao da mesma pode ser estimada por:

    Capac. efetiva de campo (ha/h)Efic. de campo (%)=--

    Capac. terica de campo (ha/h)x100

    A partir da obteno dessa eficincia de campo, para essa condio,esse valor pode ser usado nas estimativas da capacidade efetiva de campodo conjunto nessa propriedade.

    Supondo-se que a adubadora tomada como exemplo tenha distribudofertilizante em uma rea de 11 ha em 8 horas de trabalho de campo:

    Capac. de campo efetiva (Ce)= 11 (ha)/8(h) = 1,37 ha/hEficincia de campo = (1,37 (ha/h)/ 2,4 (ha/h)) x 100 = 57 %

    34

    Ct = 4,0 m x 6.000 m/h = 24.000 m2/h= 2,4 halh

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    6.2. Obteno da largura til da faixa de distribuidoras a lano

    A largura til da faixa de distribuio igual distncia entre ocentro de duas passadas adjacentes da mquina como mostra a Figura 10.

    Figura 10. Largura til da faixa de distribuio (Fonte: folheto Jan).

    Para determinar a faixa til, deve-se proceder como segue:a. colocar recipientes padres (latas vazias de leo, ou bandejas padronizadas

    de dimenses conhecidas), espaados a cada 50 cm, na faixa a serdistribuda em cada passada, colocando se um recipiente sob o eixo desimetria do conjunto trator mquina, espaando-se os demais a partirdesse central. Deixar livres os espaos por onde passaro as rodas dotrator e da mquina, se for o caso;

    b. passar com a mquina operando velocidade, rotao e aberturarecomendadas para a operao, 5 vezes no mesmo sentido;

    c. coletar o produto recolhido e pesar. Dividir por 5 e colocar em um grfico

    as quantidades de produto a cada 50 cm marcando-se o centro da faixa;

    d. separar o grfico em duas metades, colocando-se a metade direita defrente para a metade esquerda, de forma que as pontas dessas metadesse toquem;

    e. mover a metade da direita sobre a esquerda - um recipiente de cada vez -e calcular o coeficiente de variao das quantidades entre os dois centrosdas faixas, at que o coeficiente de variao seja o menor possvel nafaixa, ao redor de 30%;

    35

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    f. anotar quantos recipientes, ou calhas, esto na faixa que resulta nocoeficiente de variao citado no item e.O nmero de recipientes multiplicadopor 50 cm, resulta na largura da faixa til, que dever ser igual distnciaentre o centro de duas passadas consecutivas da mquina.

    O coeficiente de variao (CV) dado por:

    CV =

    onde,s = desvio padrom = mdia dos pesos coletados

    O desvio padro dado por:

    onde,

    x = cada leiturax = soma das leiturasx2 = soma do quadrado de cada leituraN = nmero de leituras

    Como exemplo, segundo os dados apresentados na Tabela 2 quedeterminam a largura nominal de distribuio, calcular a faixa til, ou seja, adistncia entre centro a centro de passadas adjacentes da mquina.

    Os dados de distribuio de peso do material coletado colocados em umgrfico esto contidos na Figura 11. Como se pode observar, a faixa produzidaem uma passada bastante desuniforme, produzindo um coeficiente devariao de 86%.

    A mesma faixa mostrada na Figura 12, com a sua metade direitacolocada em frente da esquerda, de forma que as pontas das faixas setoquem. O coeficiente de variao dessa faixa o mesmo, uma vez que noh sobreposio entre as metades.

    36

    s

    m

    x2

    (x)2

    / N

    s =

    N 1

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    Na Figura 13, as 5 calhas foram sobrepostas obtendo-se um coeficientede variao de 65%, ainda muito alto para se considerar a faixa obtida comouniforme.

    Tabela 2. Pesos de produto coletados ao longo da faixa.Distncia Peso coletado Distncia Peso coletado(m) (g) (m) (g)0,51,01,52,02,53,03,54,04,55,05,56,06,5

    2,1522,573,665,767,259,56

    11,4014,1915,723,1841,9452,6149,15

    7,07,58,08,59,09,5

    10,010,511,011,512,012,513,0

    49,1530,1730,3930,3930,8623,9113,629,267,445,255,322,332,22

    NMERO DA CALHA

    Figura 11. Faixa de deposio simples.

    37

    QUANTIDADE DE GESSO (g) SEM SOBREPOSIO (CV=0,86)

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    QUANTIDADE DE GESSO (g) SEM SOBREPOSIO (cv=0,86)

    NMERO DE CALHA

    Figura 12. Faixa de deposio entre passadas, sem sobreposio.

    NMERO DE CALHA

    Figura 13. Faixa de deposio com 5 calhas sobrepostas.

    38

    QUANTIDADE DE GESSO(g) COMSOBREPOSIO DE5 CALHAS (CV=0,65)

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    QUANTIDADE DE GESSO (g) COM SOBREPOSIO DE11 CALHAS (CV=0,36)

    NMERO DA CALHA

    Figura 14. Faixa de deposio com 11 calhas sobrepostas.

    A Figura 14 apresenta a sobreposio de 11 calhas resultando emum coeficiente de variao de 36 %, que o menor que se poderia obteratravs da sobreposio das duas metades da faixa.

    Como cada calha est localizada a espaos de 50 cm uma da outra,e 15 calhas ficaram contidas entre os centros das faixas que seriamadjacentes, a faixa til obtida nesse caso de 7,5 metros, a qual deve sertambm a distncia entre o centro de duas passadas consecutivas da mquinadistribuidora. Essa faixa til pode ser agora utilizada no clculo dodesempenho operacional do conjunto mencionado no item 6.1.

    6.3. Dimensionamento de conjuntos

    39

    . Tempo total disponvel = 20 dias x 8 h/dia = 160 h

    . Capo Efetiva dos conjuntos = 600 ha/160 h = 3,75 halh

    . Nmero de conjuntos = 3,75 ha/h /1,37 ha/h = 2,7 conjuntos, que na prticaso 3 conjuntos.

    Desejando-se aplicar fertilizante em uma rea de 600 ha, em 20dias teis (j descontados dias de chuva, feriados e etc.) quantos conjuntossemelhantes ao utilizado no item 6.1 sero necessrios, admitindo-se quecada conjunto dever operar 8 horas por dia?

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    Aplicao de fertilizantes e corretivos segundo os conceitosda Agricultura de Preciso

    7.

    7.1. Mapeamento da Fertilidade de Solos

    A possibilidade de se obter amostras georreferenciadas em um

    levantamento de solos, utilizando-se um sistema DGPS, com oarmazenamento dessas informaes em um Sistema de InformaesGeogrficas - GIS. mostra o potencial de se obter um mapa de fertilidade desolos, o qual permitir o estabelecimento de estratgias de aplicao defertilizantes e a combinao dessas informaes para se gerenciar de formalocalizada toda uma propriedade.

    A Figura 15 mostra um exemplo desse tipo de mapa.

    Figura 15. Mapa de fertilidade de solo.

    Existem equipamentos adaptados para essa finalidade montados emum quadriciclo provido de um sistema porttil de armazenamento de dados eum sistema DGPS, alm de um amestrador de solos, como mostra a Figura 16.

    O veculo pode ser dirigido para um ponto especfico do talho ondea amostra retirada e imediatamente catalogada com a sua posio

    georreferenciada no campo. Os resultados das anlises dessas amostrasso posteriormente processados por um software de Sistema de InformaesGeogrficas, produzindo um mapa, como aquele representado na Figura 15.O mapeamento da fertilidade de solos permite estabelecer atravs daamostragem e respectiva anlise de laboratrio, os teores de nutrientes, dosdiversos talhes de uma propriedade, e a partir de algum software paraSistemas de Informaes Geogrficas - GIS os mapas de nutrientes podemser representados em camadas. e atravs da superposio de camadas pode.se tentar estabelecer as relaes causa-efeito entre a fertilidade dos solos ea produtividade obtida.

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    Figura 16. Veculo amostrador de solos equipado com DGPS.

    7.2. Aplicao Localizada de Insumos

    Com o diagnstico correto das causas de baixa produtividade emalgumas regies do talho, se poder tomar as providncias para corrigi-Ia. Adeciso sobre a melhor alternativa para gerenciamento localizado da culturapoder ser grandemente auxiliada pela utilizao de softwares especficos deSistemas de Informaes Geogrficas - GIS, desenvolvidos para agricultura,os quais fornecero como produto final uma mapa de aplicao localizada deinsumos, o qual poder ser lido atravs de equipamentos desenvolvidos paraessa finalidade, e que podero se regular automaticamente para aplicarapenas a quantidade requerida naquele local. por isso que o sistema DGPSutilizado tem que ter uma acurcia submtrica, para permitir que a aplicaoseja feita exatamente no local e na quantidade requerida para se utilizar o seumximo potencial de produtividade. Alguns desses equipamentosdesenvolvidos no exterior tem inclusive a capacidade de gerar a mistura de

    fertilizantes exatamente no local da aplicao, para o que possui diversosdepsitos de fertilizantes para fornecer os elementos necessrios para amistura. Alguns desses equipamentos tem sido utilizados por empresas

    prestadoras de servios, que vendem o fertilizante ou corretivo j aplicado.Para se entender o conceito da aplicao localizada de insumos pode-

    se utilizar a Figura abaixo, adaptada de GORING (1992).Na Figura 17, a curva superior se refere a um solo de alta fertilidade,

    e a curva inferior a um solo de baixa fertilidade. Em ambos os solos, ascurvas apresentam o formato caracterstico de rendimentos decrescentes. Alinha vertical representa uma razo constante de aplicao. Na curva para osolo L, esta razo est prxima ao limite superior, a partir do qual o solo

    41

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    apresentar toxicidade. Todavia, para o solo H, a curva ainda est em seuramo ascendente. Se o agricultor mudar de uma razo constante de aplicaopara uma aplicao 10calizada(ALI), a razo de aplicao pode diminuir deF no solo L, resultando em uma perda de rendimento da cultura YI naquelesolo. Se o mesmo incremento na razo de aplicao for utilizada no solo H,o rendimento ter uma acrscimo Vh. Como a perda YI menor que o ganho

    Vh, a utilizao do conceito de aplicao localizada(ALI) resultar em umganho lquido para cada incremento de fertilizante desviado do solo de baixapara o de alta produtividade.

    Figura 17. Conceito da aplicao localizada de insumos.(Adaptado de Goering (1992))

    Desta forma o objetivo final da aplicao localizada de insumos, colocar sementes, fertilizantes e outros insumos a razes variveis em cadacampo, mais adequadas para a produtividade do solo em cada ponto domesmo.

    Pode-se concluir do exposto acima, que um dos benefcioseconmicos da utilizao dos conceitos da Agricultura de Preciso, que a

    reduo do custo do produto final, pode ser obtido de duas formasprincipais:

    . retirando-se os insumos de pontos de baixo potencial de produopara outros com maior potencial, e desta forma aumentando-se aprodutividade da rea considerada, sem aumento da quantidade deinsumos.

    . reduzindo-se a quantidade de insumos de pontos de baixo potencial,e transferindo-se parte desta reduo para os pontos de alto potencial,resultando em uma reduo da quantidade total de insumos, sem alterar aprodutividade da rea considerada. ou seja, com uma quantidade menor deinsumo. se ter a mesma quantidade de produto colhido.

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    7.3. Aplicao a Razes Variveis de Insumos

    Para se fazer uso do conceito da aplicao localizada de insumos arazes variveis, h necessidade de se produzir mapas de prescrio dosinsumos em funo ds-dados j obtidos nas duas fases anteriores daAgricultura de Preciso, que so o mapeamento da fertilidade do solo, e o

    mapeamento da produtividade da cultura. Com o mapa de prescrio e oequipamento adequado, ser possvel fazer a aplicao localizada deinsumos, nas quantidades exatas e necessrias em cada ponto do talho,utilizando-se o potencial mximo de produtividade do mesmo.

    7.4. Equipamento Necessrios

    Existem equipamentos importados para a aplicao de fertilizantes ecorretivos. No caso de fertilizantes, alguns so capazes de efetuar a misturados fertilizantes em tempo real, a partir de um mapa de prescrio gravadona memria do computador de bordo.

    Figura 18. Equipamento para aplicao localizada de insumos.

    (Fonte: AgChem)

    Para a aplicao localizada de corretivos, como por exemplo ocalcrio, um dos equipamentos aquele representado na Figura 18.

    possvel se fazer aplicaes localizadas de insumos atravs daconstruo de equipamentos alternativos e neste caso, incluem um DGPS,um notebook adequado para as condies severas de operao no campo,um arquivo de controle gerado a partir do mapa de prescrio, uma interfacede comunicao entre o notebook e o controlador, e os atuadores que iroacionar os dosadores de insumos. No caso de produtos slidos, essesdosadores podem ser acionados por motores hidrulicos como no sistemautilizado por Balastreire(2000).

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    Para a aplicao localizada de insumos, como por exemplo ocalcrio, h necessidade de se fazer um mapeamento do pH do solo,atravs da amostragem do solo e a anlise em laboratrio das amostrasobtidas. Processando-se os resultados obtidos com um rmgrama deSistemas de Informaes Geogrficas-SIG pode-se obter um mapa dadistribuio do pH no solo como mostra a Figura 19.

    44

    Utilizando-se este mapa e o mesmo SIG j referido pode-se obterum mapa da superfcie de distribuio do pH, utilizando-se o conceito de

    interpolao por krigagem, como mostra a Figura 20.A partir deste mapa e novamente atravs do SIG, utilizando-se aequao mais apropriada para o clculo da quantidade de calcrio emfuno do pH e CEC, obtm-se um mapa de recomendao de calcriocomo mostra a Figura 21.

    Este mapa de prescrio utilizado pelo SIG para gerar um arquivoque ser utilizado pelo controlador do equipamento para aplicaolocalizada, para gerenciar a aplicao de calcrio, de forma que cada localdo talho receba exatamente a dosagem de calcrio que tinha sidocalculada a partir do pH e CEC do solo.

    Figura 19. Pontos e valores de pH para o talho amostrado.

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    Figura 20. Mapa representando uma superfcie com o pH do solo.

    Figura 21. Mapa de recomendao da quantidade de calcrio.

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    8. Identificao de problemas na aplicao

    8.1. Em aplicadoras de corretivos

    Problema Provvel causa Soluo

    Reservatrio possui Formao de tnel Trocar o corretiv

    corretivo mas esse no reservatrio e verificar ono flui

    (corretivo mido) Agitador

    Deposio no Espaamento exces- Diminuiruniforme sivo entre passadas espaamento

    Idem.Vento muito forte Esperar diminuir

    O vento

    Dosagem maior que Mecanismo dosado r Diminuir a vazoa recomendada Velocidade baixa ou aumentar a

    Velocidade

    Dosagem menor que Mecanismo dosado r Aumentar aa recomendada Velocidade alta vazo ou diminuir

    a velocidadeDosagem des.ejada Mecanismo dosador Contatar ono atingida fabricante para

    auxlioFaixa de deposio Mecanismo distribuidor Usar a rotao emuito estreita ou granulometria a granulometria

    inadequada recomendadaspelo fabricante

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    8.2. Em distribuidoras de fertilizantes

    Problema Provvel causa Soluo

    Reservatrio tem Mangueira de borracha Endireitar a mangueira

    fertilizante mas dobrada e se necessrio reduzi-esse no flui Ia

    Idem Pino de segurana Substituir o pino de

    do rotor quebradosegurana do rotor

    Idem Formao de tnel Trocar o adubo e verifi-

    no reservatrio car o agitador

    (adubo mido)

    Dosagem do adubo Mecanismo dosador Aumentar a vazo ou

    menor que a alterar a relao derecomendada transmisso

    Dosagem do adubo Mecanismo dosador Diminuir a vazo ou

    maior que a alterar a relao derecomendada transmisso

    Dosagem desejada Mecanismo dosado r Contatar o fabricante

    no atingida para auxlio

    Adubo cai junto com Espaamento entre Aumentar a distncia

    as sementes os sulcadores entre os sulcadores

    de adubos e de sementes

    Adubo cai acima ou Sulcador de adubo Aumentar a profundida-na mesma profundi- de do sulcador de

    dade da semente adubo

    Quantidade de Mecanismos dosado- Regular todos os dosa-

    Adubo varia de res com regulagens dores da mesma formauma linha para diferentesoutra

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    9. Normas de segurana para utilizao de tratores e mquinasagrcolas

    . Nunca execute regulagens ou manuteno de mquinas com o tratorfuncionando em ambientes fechados, pois os gases emitidos peloescapamento so txicos.

    . Esteja sempre calado, de preferncia com botas de couro ao operartratores.

    . Subir e descer do trator utilizando os estribos.

    . Antes de colocar o motor em funcionamento, acomode-se devidamente noassento do operador e certifique-se de que as alavancas de mudana demarcha, de reduzida, da TDP e do sistema de levante hidrulico estejam naposio neutra.

    . Ao manobrar o trator para acoplamento de mquinas ou implementos,certifique-se de que h espao suficiente e que ningum encontra-se na rea aser utilizada. Execute as manobras em marcha lenta, com o mximo de ateno.

    . Utilizando-se equipamentos montados no engate de trs pontos do sistemade levantamento hidrulico do trator, acoplar inicialmente o brao inferioresquerdo, a seguir o brao do terceiro ponto, e finalmente o brao inferiordireito, pois, caso necessrio, o mesmo possui uma manivela para pequenosajustes de altura.

    . Ao desacoplar mquinas e implementos faa-o em local plano, de prefernciapavimentado, e depois de desacoplado, calce a mquina ou implementopara evitar acidentes.

    . Ao acoplar uma mquina TDP, desligue o motor, e confira o alinhamentodo cardan de forma que os dois garfos internos permaneam num mesmo plano.

    . Nunca d carona no trator, e muito menos na mquina ou implemento queestiver acoplado a ele.

    . Sempre que tiver que tracionar algo, faa-o por meio da barra de trao, enunca pelos braos inferiores, ou superior, do sistema hidrulico.

    . Ao tracionar carretas, nunca leve uma carga que tenha o peso superior aodo trator. Alm disso, a barra de trao nesse caso deve permanecer travada.

    . No coloque ponto morto em declives, e sempre utilize para descer, amesma marcha que voc utilizaria para subir.

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    . Nunca faa qualquer tipo de regulagens em mquinas que estejam emfuncionamento, nem se aproxime de correias, correntes, engrenagens ou daprpria TDP, quando em rotao.

    . No dirija prximo a barrancos ou em declives muito acentuados.

    . No permita que pessoas sem o devido treinamento operem tratores, mesmoque no estejam realizando operao agrcola.

    . Em percursos de deslocamento, sempre utilize os freios solidrios, ou seja,os freios esquerdo e direito devem permanecer travados para acionamentosimultneo.

    . Em trabalho agrcola, os freios devem permanecer desvinculados, ouindependentes.

    . Mantenha sempre o trator em boas condies de manuteno, pois pormeio dele que o agricultor consegue obter xito em seu trabalho.

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  • 8/9/2019 Aplica--o Mecanizada de Corretivos e Fertilizantes

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