APEC - Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico
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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA
DAIANE CRISTINA MOREIRA DA SILVA PINTO
EDILSON P. OLIVEIRA FLAVIA CRISTIAN MORAES ESTRELA
MARIANA DOS SANTOS CISTI NATALIA MUNCK
ONILSON FERREIRA SILVA ROGERIO ALEXANDRE DO NASCIMENTO
VANESSA S. B. MONTEIRO
BLOCOS ECONOMICOS APEC - COOPERAÇÃO ECONÔMICA DA ÁSIA
E DO PACÍFICO
SÃO PAULO, SP 2012
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA
DAIANE CRISTINA MOREIRA DA SILVA PINTO EDILSON P. OLIVEIRA
FLAVIA CRISTIAN MORAES ESTRELA MARIANA DOS SANTOS CISTI
NATALIA MUNCK ONILSON FERREIRA SILVA
ROGERIO ALEXANDRE DO NASCIMENTO VANESSA S. B. MONTEIRO
BLOCOS ECONOMICOS APEC - COOPERAÇÃO ECONÔMICA DA ÁSIA
E DO PACÍFICO
Trabalho apresentado como exigência parcial para a disciplina Projetos III, sob orientação da Professor Mestre Rodrigo Leite da Silva.
SÃO PAULO 2012
SUMÁRIO
1. BLOCOS ECONÔMICOS ................................................................................. 04
1.1. TIPOS DE BLOCOS ECONÔMICOS .......................................................... 04
1.2. PRINCIPAIS BLOCOS ECONOMICOS .................................................... 06
1.3. AS ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS-ECONOMICAS ................................. 07
2. A APEC ................................................................................................................ 08
2.1. DADOS DA APEC .................................................................................... 09 2.2. SEU OBJETIVO ........................................................................................ 09 2.3. COMO A APEC SE MANTEM ................................................................... 10 2.4. SUA ADMINISTRAÇÃO ............................................................................ 10
3. ASPECTOS POSITIVOS ..................................................................................... 11 4. ASPECTOS NEGATIVOS .................................................................................... 12 5. RELAÇÃO COM O BRASIL ................................................................................ 12 6. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 13
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1. BLOCOS ECONÔMICOS
Blocos Econômicos são reuniões de países que têm como objetivo a
integração econômica e social, para eliminar e reduzir as barreiras entre os países
participantes. Usualmente, eles se reúnem por regiões geográficas.
O comércio livre e aberto e de investimento tende a ajudar as economias a
crescer, gerar empregos, reduzir o custo de produção, oferecer maiores
oportunidades para o comércio e os investimentos internacionais e criar um
ambiente para a circulação segura e eficiente de bens, serviços e pessoas através
das fronteiras na região através do alinhamento de políticas e a cooperação
econômica e técnica. Em contrapartida, o protecionismo mantêm os preços elevados
e promove a ineficiência de certas indústrias.
1.1. TIPOS DE BLOCOS ECONÔMICOS
Os blocos econômicos classificam-se em:
a) Zona de livre comércio É um grupo de países que concordou em eliminar as tarifas, quotas e
barreiras alfandegárias e comerciais que recaem sobre a maior parte dos
bens importados e exportados entre aqueles países. O objetivo da área de
livre comércio é estimular o comércio entre os países participantes.
A área de livre comércio é um primeiro passo para a instituição de uma
união aduaneira, a diferença é que não existe uma política comercial
comum adotada por todos os países participantes e válidas para as
importações provenientes de fora da área. Nas zonas de livre comércio,
cada país mantém a sua própria pauta aduaneira e as suas políticas
comerciais para com terceiros países.
As zonas de livre comércio possuem um Tratado de Livre Comércio (TLC),
que é o acordo internacional entre determinados países, para conceder
uma série de benefícios de forma mútua, caracterizando um livre
comércio. Existem três tipos de tratados comerciais: zona de livre
comércio, união aduaneira e união econômica. Os TLC geralmente são
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usados nas organizações de integração econômica, como o NAFTA
(Tratado Norte-Americano de Livre Comércio) – um tratado envolvendo os
países: Canadá, México, Estados Unidos da América e o Chile como
associado. Entrou em vigor em 1994, com o objetivo de eliminar
totalmente as barreiras alfandegárias entre os três países.
b) União Aduaneira Simboliza uma associação de um grupo de países que se caracteriza
por dois pontos: a adoção de uma tarifa externa comum e a livre
circulação das mercadorias oriundas dos países associados.
A implantação de uma Tarifa Externa Comum, conhecida como TEC,
quer dizer que todos os países do grupo aplicarão a mesma taxação em
relação à importação de bens de países fora do grupo. Essa TEC vai
eliminar a concorrência entre os associados junto aos fornecedores.
O Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, adotou
a TEC em 1995. Isso implica, por exemplo, que o Brasil não pode decidir
sozinho reduzir a taxação sobre determinado produto que ele compra da
China em troca de algum benefício no mercado chinês. Para mudar a taxa,
é preciso fazer um acordo com todos os quatro países-membros, que
também reduzirão suas tarifas, ou seja, é preciso negociar em bloco.
A segunda característica da união aduaneira é a formação de uma
zona de livre circulação de mercadorias entre os diversos membros. No
caso do Mercosul, essa segunda medida ainda não foi adotada. Os
produtos argentinos, paraguaios e uruguaios têm salvaguardas para entrar
no Brasil, e vice-versa. Por isso, o Mercosul é considerado uma união
aduaneira imperfeita. Dois exemplos de uniões aduaneiras completas são
a União Europeia e a Southern Africa Customs Union (SACU, União
Alfandegária do Sul da África), bloco liderado pela África do Sul.
c) Mercado Comum
Foi criada por volta dos anos 50 e constituída em seu início, por doze
países: Alemanha, França, Espanha, Itália, Bélgica, Portugal, Grécia,
Luxemburgo, Países Baixos, Reino Unido, Irlanda e Dinamarca. Em 1995,
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entraram no bloco: a Áustria, a Finlândia e a Suécia, ampliando para
quinze os países integrantes.
Todos os países que estão neste mercado, abriram suas fronteiras
alfandegárias, sendo que os países restantes podem vender suas
mercadorias em qualquer destes, sem pagar nenhum imposto.
Com a unificação da Europa, as empresas ampliaram seus negócios,
fazendo até fusões com empresas de outros países. O conceito mudou,
pois um alemão pode abrir uma conta bancária na Itália, ou um francês
pode comprar um carro na Bélgica. Deste jeito, foi criada uma moeda
única para os países integrantes, chamada de Euro.
d) União Econômica e Monetária É um acordo entre nações europeias que partilham uma moeda única,
o euro, e uma única política económica que impõe condições de
responsabilidade fiscal.
Os 27 Estados Membros têm presentemente diferentes graus de
integração na UEM. Treze adoptaram o Euro: Alemanha, Áustria, Bélgica,
Finlândia, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália,
Luxemburgo e Portugal. Três outros – Reino Unido, Dinamarca e Suécia –
não têm planos de adopção imediatos. Onze outros Estados Membros -
Chipre, Malta, Letónia, Lituânia, Estónia, Polónia, República Checa,
Eslováquia, Hungria, Roménia e Bulgária - encontram-se em diversos
estádios de adopção do euro, esperando-se que entrem na Zona Euro ao
longo dos próximos dez anos.
e) Zona de Preferencia Tarifária São acordos realizados entre os países para redução de tarifas
alfandegárias no comércio entre os seus membros, por meio da
concessão de preferências tarifárias. Esses arranjos podem estabelecer a
seleção de um grupo ou a inclusão da totalidade das mercadorias
negociadas, em acordos de redução das tarifas de importação.
1. 2. PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS
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Os principais blocos econômicos são:
ü APEC - Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico;
ü ALCA - Área de Livre Comercio das Américas;
ü MERCOSUL - Mercado Comum do Sul;
ü NAFTA (North American Free Trade Agreement) – Tratado Norte-
Americano de Livre Comércio;
ü UE – União Europeia
1. 3. OUTRAS ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS-ECONOMICAS
Existem , ainda, outras organizações políticas e grupos internacionais como:
ü CEI – Comunidade dos Estrados Independentes – É uma organização
governamental composta pelas antigas repúblicas soviéticas. É
composta por 10 membros e 1 participante: Armênia, Azerbaijão,
Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldova, Federação Russa,
Tadjiquistão, Turcomenistão, Uzbequistão e Ucrânia;
ü Grupo dos 8 – um grupo internacional formado pelos sete países mais
desenvolvidos e industrializados do mundo, com a participação
adicional da Rússia, sendo estes: Estados Unidos, Japão, Alemanha,
Reino Unido, França, Itália e o Canadá;
ü OMC – Organização Mundial do Comércio; e a
ü ONU – Organização das Nações Unidas.
Abaixo temos o mapa ilustrativo destes diversos blocos econômicos.
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2. A APEC
Foi criada no ano de 1989 na Austrália, como um fórum de conversação entre
os países membros da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) e
parceiros econômicos da região do Pacífico, como EUA e Japão. Porém, apenas no
ano de 1994 adquiriu características de um bloco econômico na Conferência de
Seattle, quando os membros se comprometeram a transformar o Pacífico em uma
área de livre comércio.
A criação da APEC surgiu em decorrência de um intenso desenvolvimento
econômico ocorrido na região da Ásia e do Pacífico, propiciando uma abertura de
mercado entre 20 países, mais Hong Kong (China), além da transformação da área
do sudeste asiático em uma área de livre comércio, nos anos que antecederam a
criação da APEC, causando um grande impacto na economia mundial.
Desde a sua criação, a APEC tem trabalhado para reduzir as tarifas e outras
barreiras comerciais em toda a região da Ásia-Pacífico, criando eficientes economias
nacionais e aumentando drasticamente as exportações. Os pontos chaves
relacionados a visão da APEC são referidos como os "Objetivos de Bogor",
estabelecendo o comércio livre e aberto e de investimento na região da Ásia-
Pacífico, até 2010, para as economias industrializadas e, para as economias em
desenvolvimento, até 2020. Essas metas foram adotadas pelos líderes na reunião
de 1994 em Bogor, na Indonésia.
A APEC é o principal fórum que proporciona o crescimento econômico, a
cooperação, o comércio e o investimento na região Ásia-Pacífico. Todas as decisões
nesse bloco são tomadas por consenso, uma vez que, a APEC não apresenta um
tratado de obrigações para os seus participantes.
Seus objetivos são delineados em unir esforços para construir uma dinâmica
e harmoniosa nos Estados da comunidade Ásia-Pacífico, defendendo o comércio
livre e aberto e de investimento, promovendo e acelerando a integração econômica
regional, incentivando a cooperação econômica e técnica, aumentando a segurança
humana, e facilitando um ambiente de negócios favorável e sustentável . Estas
iniciativas fazem com que transformem suas metas políticas em resultados
concretos e os acordos em benefícios tangíveis.
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Esse bloco é um agrupamento intergovernamental que opera na base de
compromissos não vinculativos, um diálogo aberto e respeito igual para as opiniões
de todos os participantes. Ao contrário da OMC, ou outros organismos multilaterais
de comércio, a APEC não tem obrigações de tratados exigidas de seus
participantes. Decisões tomadas no âmbito da APEC por consenso e os
compromissos são realizados numa base voluntária.
1.1. DADOS DA APEC
• No de países/membros: 21 países
• Países Membros: Austrália; Brunei; Coréia; Darussalam; Canada;
Chile; China; Estados Unidos; Filipinas; Hong Kong(China);
Indonésia; Japão; Malásia; México; Nova Guine; Nova Zelândia;
Papua; Peru; Rússia; Singapura; Taipei; Tailândia; e Vietnã.
• População total (em milhões): mais de 27 bilhões de pessoas
• PIB Real x resto do globo: 53%
• PIB Real x comércio mundial: 44%
• Crescimento anual do PIB: 3,5%aa
1.2. SEU OBJETIVO Um dos principais objetivos da APEC é a redução das tarifas de
importação e exportação e outras barreiras comerciais em toda a região Ásia-
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Pacífico, proporcionando eficientes economias nacionais e aumentando as
exportações.
Os líderes também propõem projetos relacionados a sociedade, mas
que, indiretamente, afetam a economia, como: projetos contra a corrupção;
terrorismo; SARS, AIDS e outras doenças; projetos relacionados à energia e à
questão do petróleo; e projetos de integração da mulher na APEC. Esses
vários projetos faz com que os membros tornem-se influentes em questões
que afetam todo o mundo.
Há também estratégias criadas de alianças. Um dos objetivos
estratégicos é aproximar a economia norte-americana dos países do Pacífico,
outro é contrabalançar com as economias do Japão e de Hong Kong, etc.
1.3. COMO A APEC SE MANTEM
Esse bloco se mantem através de contribuições anuais de seus países
membros. Desde 1999, estas contribuições totalizam US$ 3,38 milhões.
Este dinheiro é usado para manter uma pequena secretaria-sede em
Singapura e para apoiar os projetos da APEC.
Desde 1997, o Japão vem contribuindo com uma quantia extra para
projetos, que varia de US$ 2,7MM e US$ 4,2MM. Os outros países também
contribuem com quantias extras para projetos ou outros interesses de seus
líderes (como encorajar a participação de empresas não governamentais).
Além de sempre ter representantes de seus países nas reuniões, congressos
e simpósios, como também alocados na secretaria-sede do grupo.
1.4. SUA ADMINISTRAÇÃO
Sua administração é dividida em quatro grupos ou comitês:
§ BMC – Comitê de Orçamentos e Administração (Budget and
Management Committee) é responsável pelos orçamentos e
administração.
§ CTI – Comitê de Comércio e Investimento (Committee on Trade and
Investment) comanda a facilitação e liberalização dos investimentos
e do comércio.
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§ EC – Comitê Econômico (Economic Committee) conduz pesquisas
e discussões que dizem respeito à economia.
§ ESC – Comitê Diretivo de ECOTHEC (Steering Committee on
ECOTHEC) conduz no treinamento e outras atividades cooperativas
para o desenvolvimento econômico e técnico dos países membros
do bloco, melhorando sua competitividade e produtividade.
Além disso, a APEC tem uma gama de grupos de trabalho para
questões como a energia, a pesca, o desenvolvimento de recursos humanos,
ciência e tecnologia industrial, telecomunicações, promoção comercial, de
transporte e turismo, saúde, antiterrorismo, e em preparação para
emergências.
3. ASPECTOS POSITIVOS
Desenvolvimento das economias dos países membros :
ü Expandiram os seus mercados, sendo que hoje em dia, além de
produzirem a sua mercadoria, correspondem a 46% das exportações
mundiais;
ü Foram criados 195 milhões de empregos, sendo 174 milhões nos países
em desenvolvimento;
ü O PIB da região triplicou e o dos países em desenvolvimento cresceu
cerca de 74%.
ü Aproximação entre a economia norte americana e os países do Pacífico;
ü Crescimento da Austrália como exportadora de matérias-primas para
outros países membros;
ü Aumento da segurança contra o terrorismo e contra doenças infecciosas.
É bom observar que não só a economia dos países membros aumentaram,
mas também as exportações o PIB e principalmente o número de empregos.
Ressaltamos que , um país que tem altos índices de empregos mão de obra
qualificada gera economia pois sua população irá consumir mais terá um poder de
compra maior.
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4. ASPECTOS NEGATIVOS
ü Grande dificuldade em coincidir os diferentes interesses dos países
membros e daqueles que estão ligados ao bloco, como Peru, Nova
Zelândia, Filipinas e Canadá.
ü Os países subdesenvolvidos, aumentam as exportações, mas continuam,
dependentes da economia de países desenvolvidos.
ü Pouco valor do bloco em relação à Organização Mundial do Comércio,
mesmo sendo responsável por grande movimentação no comércio
mundial.
5. RELAÇÃO COM O BRASIL
A relação da APEC com o Brasil não é muito direta ou explícita, porém alguns
países membros da APEC, também farão parte da ALCA, uma vez que seja
realmente formada. Além disso, durante um dos Foros da APEC, que foi discutido
sobre a globalização, o desenvolvimento e importância do Brasil, entre outros países
da América Latina foi tema de debates importante para este processo. Ainda, neste
contexto ressaltou-se a questão do petróleo, em que o bloco está dividido, pois
vários de seus membros são produtores e estão satisfeitos com a alta nos preços,
em quanto aqueles que precisam comprar o petróleo brigam para que o preço
diminua, e o Brasil poderá ser um diferencial importante para que seja obtido um
consenso.
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6. BIBLIOGRAFIA
APEC AT A GLANCE, 2012, Número da publicação: APEC#212-SE-05.1, ISSN:
1793-2440, Ano: 2012, Publicado em Janeiro, 2012, Número de páginas: 8, Número
de acessos: 7621; Tipo de Publicação: Brochura; Publicado pela Secretaria da
APEC.
APEC OUTCOMES AND OUTLOOK 2011/2012, Número da publicação: APEC#212-
SE-05.2, ISSN: 0219-3752, Ano: 2012, Publicado em: Janeiro, 2012, Número de
páginas: 32, Número de acessos: 8053; Tipo de Publicação: Brochura; Publicado
pela: Secretaria da APEC.
Websites:
• http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u404409.shtml
• http://www.significados.com.br/zona-de-livre-comercio
• http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&
id=2130:catid=28&Itemid=23
• http://www.grupoescolar.com/pesquisa/mercado-comum-europeu.html
• http://www.eu4journalists.eu/index.php/dossiers/portuguese/C23
• http://economiape.wordpress.com/2009/07/03/area-ou-zona-de-preferencia-
tarifaria