Após leituras consecutivas de

2
LITERATURA INFANTO-JUVENIL 1 Docente: Henrique Eduardo de Sousa Discente: Isabelle Santana de Oliveira Ao ler o poema “O cavalinho branco” de Cecília Meireles, me veio a recordação da primeira e a segunda vez que eu vi um cavalo. Na primeira vez, foi quando eu tinha oito anos e nessa vez o cavalo estava lá como um “objeto” de diversão das crianças. Lembro-me de olhar para o cavalo e perguntar ao meu pai se ele estava sofrendo. A resposta dele foi um silencio sepulcral. Entretanto somente na segunda vez que eu vi um cavalo – três anos depois da primeira vez – é que eu fui perceber o que para o primeiro estava faltado. Nessa segunda vez eu estava na fazenda, e olhando para o campo aberto eu tive aquela visão gradativa deste cavalo a pleno galope, desvairado pelo meio daquela vastidão verdejante, relinchando e balançando sua crina ao vento. Foi nesse momento que eu entendi detalhadamente a diferença de ser um prisioneiro e estar livre. Liberdade. Foi essa a sensação que tive após leituras consecutivas de “O cavalinho branco” de Cecília Meireles. Foi esse sentimento que me levou a ser tentada consecutivamente a me deixar levar pelo sentimento de me personificar nesse cavalinho - alegre e fugaz, porém momentaneamente cansado - que se parecia comigo na minha infância. O poema me fez entrar na caixa das minhas memórias infantis, e lembrar-me das tardes da minha infância, as quais eu voltava para casa depois de ter passado bons momentos a brincar numa praça do meu bairro. Eu voltava toda cansada, suja e com os joelhos ralados, porém com o sorriso maior que o mundo. Recordo que como o cavalinho branco com “Seu relincho estremece as raízes e ele ensina aos ventos a alegria de sentir livres seus movimentos.”, eu ao chegar a casa, contava minhas aventuras epopeicas aos

description

uu

Transcript of Após leituras consecutivas de

Page 1: Após leituras consecutivas de

LITERATURA INFANTO-JUVENIL 1

Docente: Henrique Eduardo de Sousa

Discente: Isabelle Santana de Oliveira

Ao ler o poema “O cavalinho branco” de Cecília Meireles, me veio a recordação da primeira e a segunda vez que eu vi um cavalo. Na primeira vez, foi quando eu tinha oito anos e nessa vez o cavalo estava lá como um “objeto” de diversão das crianças. Lembro-me de olhar para o cavalo e perguntar ao meu pai se ele estava sofrendo. A resposta dele foi um silencio sepulcral. Entretanto somente na segunda vez que eu vi um cavalo – três anos depois da primeira vez – é que eu fui perceber o que para o primeiro estava faltado. Nessa segunda vez eu estava na fazenda, e olhando para o campo aberto eu tive aquela visão gradativa deste cavalo a pleno galope, desvairado pelo meio daquela vastidão verdejante, relinchando e balançando sua crina ao vento. Foi nesse momento que eu entendi detalhadamente a diferença de ser um prisioneiro e estar livre.

Liberdade. Foi essa a sensação que tive após leituras consecutivas de “O cavalinho branco” de Cecília Meireles. Foi esse sentimento que me levou a ser tentada consecutivamente a me deixar levar pelo sentimento de me personificar nesse cavalinho - alegre e fugaz, porém momentaneamente cansado - que se parecia comigo na minha infância.

O poema me fez entrar na caixa das minhas memórias infantis, e lembrar-me das tardes da minha infância, as quais eu voltava para casa depois de ter passado bons momentos a brincar numa praça do meu bairro. Eu voltava toda cansada, suja e com os joelhos ralados, porém com o sorriso maior que o mundo. Recordo que como o cavalinho branco com “Seu relincho estremece as raízes e ele ensina aos ventos a alegria de sentir livres seus movimentos.”, eu ao chegar a casa, contava minhas aventuras epopeicas aos meus pais e os fazia rir das histórias que tinha para relatar. E depois de me limpar sonhava acordada até pegar no sono com as aventuras do dia seguinte.