Apartheid - Bantustões e Townships

7
APARTHEID - GEOGRAFIA DA EXCLUSÃO Bantustões e Townships

Transcript of Apartheid - Bantustões e Townships

Page 1: Apartheid - Bantustões e Townships

APARTHEID-

GEOGRAFIA DA EXCLUSÃOBantustões e Townships

Page 2: Apartheid - Bantustões e Townships

Durante o Apartheid sul-africano o governo fez uma tentativa de dividir o Estado da África do Sul em várias ‘republicas’.

Aproximadamente 87% das terras era para habitação dos/as brancos/as, indianos/as e mestiços/as, restando 13% que foi dividido em dez ‘pátrias’ para negros/as (80% da população), às quais era dada uma suposta independência e autonomia.

Criados no ano de 1951, os bantustões eram ‘pseudoestados’ com características tribais.

Page 3: Apartheid - Bantustões e Townships

ENCICLOPÉDIA DE GUERRAS E REVOLUÇÕES- VOL III: 1945-2014: A ÉPOCA DA GUERRA FIRA

(1945-1991) E DA NOVA ORDEM MUNDIAL

Page 4: Apartheid - Bantustões e Townships

ALÉM DA SEGREGAÇÃO FÍSICA...

Garantir supremacia brancaTransferência forçada e gradual da população negra para os

bantustõesTirar a cidadania sul-africana da maioria negra

“estrangeiros em seu próprio país”

Curiosidade: A falsa autonomia destes curiosamente terminava quando o exército da

África intervinha nestas áreas quando houvessem políticas que não fossem do gosto do governo sul-africano.

Page 5: Apartheid - Bantustões e Townships

TOWNSHIPS

Os bantustões não ofereciam condições de trabalho, muitas pessoas buscavam emprego nas “terras brancas”, formando favelas (townships) nas periferias das cidades.

Os townships eram habitualmente construídos na periferia de vilas e cidades. Constituem cidades periféricas e miseráveis que funcionavam como ‘reserva de mão de obra negra’ nas imediações de grandes centros urbano-industriais e mineradores.

Funcionavam como cidades-dormitório; o exemplo mais típico é o de Soweto, nos arredores de Johanesburgo.

Page 6: Apartheid - Bantustões e Townships

SOWETO

FONT, Joan Nogué, and Joan Vicente Rufí. "Geopolítica, identidade e globalização." São Paulo: Annablume (2006): 201-207.

Page 7: Apartheid - Bantustões e Townships

“As townships foram criadas na época do apartheid, com o propósito de manter a população negra afastada da branca. A maioria dos seus moradores sofreu devido às más condições de habitação e dos sistemas de água e com a superpopulação dos locais. Mesmo com o fim do apartheid em 1994, antes da eleição de Nelson Mandela, as townships ainda continuaram existindo devido aos problemas econômicos da África do Sul, mas a atmosfera de união, força e amor ainda pode ser sentida nos locais.

As visitas aos townships foram introduzidas ao turismo local há pouco tempo. A agência de turismo especializada em tours por Soweto, Jimmy’s Face to Face, começou a agendar seus passeios no final dos anos 80, época difícil devido ao apartheid. Hoje, Jimmy’s é uma das várias empresas que promovem Soweto, que mostra aos turistas a verdadeira cara da África do Sul. A pobreza é uma realidade nas townships, mas a energia que emerge do local é inconfundível. As pessoas que lá vivem adoram contar suas histórias e fazer com que os visitantes se sintam bem-vindos.

O turismo pelas townships gera verba, empregos e inspiração para empreendedores que querem abrir negócios para atrair turistas. Os visitantes, além de terem uma experiência inesquecível, também investem no futuro da comunidade.

Um passeio de um dia por uma township começa quando o turista encontra o guia, provavelmente alguém que vive na township e, por isso, tem um ponto de vista único sobre o estilo de vida de sua comunidade. O próximo passo é um passeio à pé pelas casas, estabelecimentos comerciais, creches, escolas e igrejas, onde os turistas terão a oportunidade de conversar com os moradores e seus filhos. O almoço é servido em um restaurante local, com a tradicional comida africana. Ainda há tempo para comprar o autêntico artesanato da township.

Os turistas que optarem por passar a noite em uma casa na township poderão ter um contato ainda mais próximo com os residentes. Nesse caso, as refeições são servidas pelo anfitrião, fazendo com que visitantes se sintam em casa. Às vezes, o grupo canta em volta da fogueira com a família local. ”

Consulado Geral da República da África do Sul ; Embaixada da República da África do Sul ; Brasil. Acesso em 07/06/2015: <www.africadosul.org.br/townships.html>