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________________________________________ MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ________________________________________ ENGENHEIRO CIVIL IGOR FARO DANTAS DE SANT’ANNA ARACAJU/SE

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MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

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ENGENHEIRO CIVIL IGOR FARO DANTAS DE SANT’ANNA

ARACAJU/SE

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I

MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Camuflar um erro seu é anular a busca pelo conhecimento. Aprenda com eles e faça novamente de forma correta.

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II

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SUMÁRIO ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................................IV

ÍNDICE DE TABELAS ...........................................................................................................V

APRESENTAÇÃO ................................................................................................................VI

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1

ENERGIA ELÉTRICAS ...................................................................................................... 2

TERMINOLOGIA ................................................................................................................... 3

CURIOSIDADE – GUERRA DAS CORRENTES ................................................................... 4

CONCEITOS FUNDAMENTAIS ............................................................................................ 6

GRANDEZAS ELÉTRICAS ................................................................................................ 6

CIRCUITOS EM CORRENTE ALTERNADA ..................................................................... 7

CIRCUITOS MONOFÁSICOS ........................................................................................ 7

CIRCUITOS TRIFÁSICOS .............................................................................................. 8

APARELHOS DE TESTE E PARA MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ....................... 10

LÂMPADA NEON ......................................................................................................... 10

APARELHOS DE MEDIÇÃO ........................................................................................ 11

PROJETO ELÉTRICO ......................................................................................................... 12

DEFINIÇÃO ..................................................................................................................... 12

REQUISITOS ................................................................................................................... 12

SIMBOLOGIA – NBR-5444.............................................................................................. 13

EXIGÊNCIAS ................................................................................................................... 16

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS – NDU-001 – item 4.11 ............................................ 16

LIGAÇÕES TÍPICAS........................................................................................................ 18

UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTOR SIMPLES ................................ 19

MAIS DE UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTOR SIMPLES ................. 20

UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTORES EM PARALELO .................. 20

UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTORES PARALELOS E INTERMEDIÁRIOS ....................................................................................................... 21

TOMADAS DE USO GERAL (MONOFÁSICAS) ........................................................... 22

TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (MONOFÁSICAS) .................................................. 22

TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (BIFÁSICAS) ......................................................... 23

CARGA MÍNIMA – NBR-5410/2004 ................................................................................. 23

TOMADAS .................................................................................................................... 23

ILUMINAÇÂO ............................................................................................................... 24

DOS PROCEDIMENTOS ILUMINOTECNICOS ............................................................ 26

PRINCIPAIS ILUMINÂNCIAS EM LUX – NBR 5413/1992 ............................................ 26

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III

MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

DAS LÂMPADAS MAIS USADAS EM INSTALÇÕES RESIDÊNCIAIS ......................... 28

MÉTODO DOS LUMENS ............................................................................................. 33

CARGAS USUAIS ........................................................................................................... 35

CARGAS USUAIS PARA PONTO DE ILUMINAÇÃO ..................................................... 38

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS ......................................................... 39

DIMENSIONAMENTO ......................................................................................................... 40

PONTOS DE UTILIZAÇÃO .............................................................................................. 40

CIRCUITOS ..................................................................................................................... 40

NÚMERO MÍNIMO DE CIRCUITOS ............................................................................. 40

ELETRODUTOS .............................................................................................................. 41

CABEAMENTO OU FIAÇÃO ........................................................................................... 41

DIMENSIONAMENTO DO CABEAMENTO OU FIAÇÃO ................................................ 41

SEÇÃO MINIMA DO CONDUTOR NEUTRO ................................................................ 42

SEÇÃO MINIMA DOS CONDUTORES DE PROTEÇÃO (TERRA) ............................... 43

FATOR DE GRUPAMENTO OU AGRUPAMENTO (Fa) ............................................... 43

FATOR DE TEMPERATURA (Ft) ................................................................................. 43

CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE ........................................................ 44

QUEDA DE TENSÃO ................................................................................................... 44

DIMENSIONAMENTOS ESPECIAIS ............................................................................... 46

ALIMENTADORES ....................................................................................................... 46

Demanda ...................................................................................................................... 47

Alimentadores Convencionais ....................................................................................... 49

Motores ........................................................................................................................ 50

Alimentadores gerais para edifícios .............................................................................. 51

DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS ................................................................. 53

APRESENTAÇÃO DO PROJETO ................................................................................... 55

EXEMPLO ........................................................................................................................... 56

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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Sistema de distribuição .......................................................................................... 1 Figura 2 - Hidroelétrica........................................................................................................... 2 Figura 3 - Torre de transmissão ............................................................................................. 2 Figura 4 - Distribuição ............................................................................................................ 2 Figura 5 - Guerra das correntes ............................................................................................. 4 Figura 6 - Corrente continua .................................................................................................. 4 Figura 7 - Corrente alternada ................................................................................................. 5 Figura 8 - Potência ................................................................................................................. 6 Figura 9 - Sistema hidráulico ................................................................................................. 7 Figura 10 - Gerador monofásico ............................................................................................ 8 Figura 11 - Senoide da tensão monofásica ............................................................................ 8 Figura 12 - Gerador Trifásico em estrela ................................................................................ 8 Figura 13 - Senoide da tensão trifásica .................................................................................. 9 Figura 14 - Gerador Trifásico em triângulo ............................................................................. 9 Figura 15 - Apresentação de projeto padrão ........................................................................ 15 Figura 16 - Simbologia dos cabos ........................................................................................ 18 Figura 17 - Representação dos cabos ................................................................................. 18 Figura 18 - Uma lâmpada em interruptor simples ................................................................. 19 Figura 19 - Mais de uma lâmpada em interruptor simples .................................................... 20 Figura 20 - Uma lâmpada em interruptores paralelos .......................................................... 20 Figura 21 - Uma lâmpada em interruptores paralelos, simplificado ...................................... 21 Figura 22 - Uma lâmpada em interruptores paralelos e intermediários ................................ 21 Figura 23 - Uma lâmpada em interruptores paralelos e intermediários, simplificado ............ 21 Figura 24 - TUG - Monofásica .............................................................................................. 22 Figura 25 - TUG - Monofásica, simplificada ......................................................................... 22 Figura 26 - TUE - Monofásica .............................................................................................. 22 Figura 27 - TUE - Bifásica .................................................................................................... 23 Figura 28 - Lâmpada incandescente .................................................................................... 29 Figura 29 - Lâmpada halógena ............................................................................................ 29 Figura 30 - Lâmpada fluorescente tubular ............................................................................ 30 Figura 31 - Lâmpada fluorescente compacta ....................................................................... 30 Figura 32 - Fita LED ............................................................................................................. 31 Figura 33 - Planta Baixa ....................................................................................................... 56 Figura 34 - Áreas e perímetros ............................................................................................ 58 Figura 35 - Locação dos pontos ........................................................................................... 59 Figura 36- Divisão dos circuitos ........................................................................................... 61 Figura 37 - Locação dos comandos ou acionamentos ......................................................... 62 Figura 38 - Caminhamento dos eletrodutos ......................................................................... 63 Figura 39 - Locação dos condutores nos eletrodutos ........................................................... 64

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MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Simbologia - Quadros de distribuição .................................................................. 13 Tabela 2 - Simbologia - Interruptores ................................................................................... 13 Tabela 3 - Simbologia - Pontos de iluminação ..................................................................... 14 Tabela 4 - Simbologia - Tomadas (I) .................................................................................... 14 Tabela 5 - Simbologia - Tomadas (II) ................................................................................... 15 Tabela 6 - Inexigibilidade de projeto - SERGIPE .................................................................. 17 Tabela 7 - Iluminâncias por classe de tarefas visuais .......................................................... 25 Tabela 8 - Fatores determinantes da iluminância adequada ................................................ 26 Tabela 9 - Fatores de reflexão ............................................................................................. 34 Tabela 10 - Fator de depreciação ........................................................................................ 34 Tabela 11 - Cargas usuais (I) ............................................................................................... 35 Tabela 12 - Cargas usuais (II) .............................................................................................. 36 Tabela 13 - Cargas usuais (III) ............................................................................................. 37 Tabela 14 - Potências usuais para lâmpadas ...................................................................... 38 Tabela 15 - Seção mínima do condutor neutro .................................................................... 42 Tabela 16 - Seção mínima do condutor de proteção ............................................................ 43 Tabela 17 - Fator de grupamento ........................................................................................ 43 Tabela 18 - Fator de temperatura ........................................................................................ 43 Tabela 19 - Capacidade de condução de corrente ............................................................... 44 Tabela 20 - Queda de tensão limite ..................................................................................... 44 Tabela 21 - Queda de tensão (VA*m =, em 120V) ............................................................... 45 Tabela 22 - Queda de tensão (VA*m =, em 220V) ............................................................... 45 Tabela 23 - Fatores de demanda para iluminação e pequenos aparelhos ........................... 48 Tabela 24 - Fatores de demanda para aparelhos de aquecimento de água ......................... 49 Tabela 25 - Categorias de atendimento (NDU-001/ENERGISA) .......................................... 50 Tabela 26 - Características e demanda de motores trifásicos .............................................. 51 Tabela 27 - Demanda por área para apartamentos residenciais (a) ..................................... 51 Tabela 28 - Fator de multp. de D em função do n° de und. res. da edific. (f) ........................ 52 Tabela 29 - Número máximo de condutores ........................................................................ 54 Tabela 30 - Transformação para diferentes seções ............................................................. 54 Tabela 31 - Distribuição dos pontos de utilização ................................................................ 57 Tabela 32 - Divisão dos circuitos ......................................................................................... 60 Tabela 33 - Dimensionamento - Critério da corrente ............................................................ 65 Tabela 34 - Dimensionamento - Critério da queda de tensão .............................................. 66 Tabela 35 - Dimensionamento - Critério da sobretensão ..................................................... 67 Tabela 36 - Resumo do dimensionamento ........................................................................... 68

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APRESENTAÇÃO

Caro aluno,

A elaboração deste material se deu com o único intuito de facilitar o acesso ao conteúdo programático da matéria estimulando o dinamismo nas aulas e a possibilidade de maior concentração, devido ao menor volume de material a copiar.

Agradeço antecipadamente pela atenção ao tempo que lhe desejo um excelente semestre.

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MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

INTRODUÇÃO

A eletricidade é um termo geral que abrange uma variedade de fenômenos resultantes da presença e do fluxo de carga elétrica.

No uso geral, a palavra "eletricidade" se refere de forma igualmente satisfatória a uma série de efeitos físicos. Em um contexto científico, no entanto, o termo é muito geral para ser empregado de forma única, e conceitos distintos, contudo a ele diretamente relacionados são usualmente melhor identificados por termos ou expressões específicas.

O uso mais comum da palavra "eletricidade" atrela-se à sua acepção menos precisa, contudo. Refere-se a:

Energia elétrica (referindo-se de forma menos precisa a uma quantidade de energia potencial elétrica ou, então, de forma mais precisa, à energia elétrica por unidade de tempo) que é fornecida comercialmente pelas distribuidoras de energia elétrica. Em um uso flexível, contudo comum do termo, "eletricidade" pode referir-se à "fiação elétrica", situação em que significa uma conexão física e em operação a uma estação de energia elétrica. Tal conexão garante o acesso do usuário de "eletricidade" ao campo elétrico presente na fiação elétrica, e, portanto, à energia elétrica distribuída por meio desse.

Figura 1 - Sistema de distribuição

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ENERGIA ELÉTRICAS

A energia elétrica é uma forma de energia que pode ser transportada com maior facilidade. Para chegar em uma economia, residências, comércios, indústrias. Ela percorre um longo caminho a partir das usinas geradoras de energia

GERAÇÃO: A energia elétrica é produzida a partir da energia mecânica de rotação de um eixo de uma turbina que movimenta um gerador. Esta rotação é causada por diferentes fontes primárias, como por exemplo, a força da água (hidráulica), a força do vapor (térmica) que pode ter origem na queima do carvão, óleo combustível ou, ainda, na fissão do urânio (nuclear).

TRANSMISSÃO: As usinas hidroelétricas nem sempre se situam próximas aos centros consumidores de energia elétrica. Por isso, é preciso transportar a energia elétrica produzida nas usinas até os locais de consumo: cidades, indústrias, propriedades rurais, etc. Para viabilizar o transporte de energia elétrica, são construídas as Subestações elevadoras de tensão e as Linhas de Transmissão.

DISTRIBUIÇÃO: Nas cidades são construídas as subestações transformadoras. Sua função é baixar a tensão do nível de Transmissão, para o nível de Distribuição. A Rede de Distribuição recebe a energia elétrica em uma tensão adequada à sua Distribuição por toda a cidade, porém, inadequada para sua utilização imediata para a maioria dos consumidores. Assim, os transformadores instalados nos postes das cidades fornecem a energia elétrica diretamente para as residências, para o comércio e outros locais de consumo, no nível de tensão (127/220 Volts, por exemplo), adequado à utilização.

Figura 2 - Hidroelétrica

Figura 3 - Torre de transmissão

Figura 4 - Distribuição

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TERMINOLOGIA

CARGA ELÉTRICA: Propriedade das partículas subatômicas que determina as interações eletromagnéticas dessas. Matéria eletricamente carregada produz, e é influenciada por campos eletromagnéticos. Unidade SI (Sistema Internacional de Unidades): ampère segundo (A*s), unidade também denominada coulomb (C)

CAMPO ELÉTRICO: Efeito produzido por uma carga no espaço que a contém, o qual pode exercer força sobre outras partículas carregadas. Unidade SI: volt por metro (V/m); ou newton por coulomb (N/C), ambas equivalentes.

POTENCIAL ELÉTRICO: Capacidade de uma carga elétrica de realizar trabalho ao alterar sua posição. A quantidade de energia potencial elétrica armazenada em cada unidade de carga em dada posição. Unidade SI: volt (V); o mesmo que joule por coulomb (J/C).

CORRENTE ELÉTRICA: Quantidade de carga que ultrapassa determinada secção por unidade de tempo. Unidade SI: ampère (A); o mesmo que coulomb por segundo (C/s).

POTÊNCIA ELÉTRICA: quantidade de energia elétrica convertida por unidade de tempo. Unidade SI: watt (W); o mesmo que joules por segundo (J/s).

ENERGIA ELÉTRICA: Energia armazenada ou distribuída na forma elétrica. Unidade SI: a mesma da energia, o joule (J).

ELETROMAGNETISMO: Interação fundamental entre o campo magnético e a carga elétrica, estática ou em movimento.

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CURIOSIDADE – GUERRA DAS CORRENTES

Foi uma disputa entre George Westinghouse, e Thomas Edison que ocorreu nas duas últimas décadas do século XIX. Os dois tornaram-se adversários devido à campanha publicitária de Edison pela utilização da corrente contínua para distribuição de eletricidade, em contraposição à corrente alternada, defendida por Westinghouse e Nikola Tesla.

Figura 5 - Guerra das correntes

CORRENTE CONTÍNUA (CC ou DC do inglês direct current) é o fluxo ordenado de elétrons sempre numa direção. Esse tipo de corrente é gerado por alternadores de automóveis ou de motos (6, 12 ou 24V), pequenas baterias (geralmente de 9V), pilhas (1,2V e 1,5V), dínamos, células solares e fontes de alimentação de várias tecnologias, que retificam a corrente alternada para produzir corrente contínua. Normalmente é utilizada para alimentar aparelhos eletrônicos (entre 1,2V e 24V) e os circuitos digitais de equipamento de informática (computadores, modems, hubs, etc.).

Este tipo de circuito possui um polo negativo e outro positivo (é polarizado).

Figura 6 - Corrente continua

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CORRENTE ALTERNADA (CA ou AC - do inglês alternating current), é uma corrente elétrica cujo sentido varia no tempo, ao contrário da corrente contínua cujo sentido permanece constante ao longo do tempo. A forma de onda usual em um circuito de potência CA é senoidal por ser a forma de transmissão de energia mais eficiente. Entretanto, em certas aplicações, diferentes formas de ondas são utilizadas, tais como triangular ou ondas quadradas. Enquanto a fonte de corrente contínua é constituída pelos pólos positivo e negativo, a de corrente alternada é composta por fases (e, muitas vezes, pelo fio neutro).

Figura 7 - Corrente alternada

Durante os primeiros anos de fornecimento de eletricidade, a corrente contínua foi determinada como padrão nos Estados Unidos e Edison não estava disposto a perder todos os direitos de sua patente. A corrente contínua funciona bem com lâmpadas incandescentes, responsáveis pela maior parte do consumo diário de energia, e com motores. Tal corrente podia ser diretamente utilizada em baterias de armazenamento, promovendo valiosos níveis de carregamento e reservas energéticas durante possíveis interrupções do funcionamento dos geradores.

Os geradores de corrente contínua podiam ser facilmente associados em paralelo, permitindo a economia de energia através do uso de dispositivos menores durante períodos de alto consumo elétrico, além de melhorar a confiabilidade. O sistema de Edison inviabilizava qualquer motor a corrente alternada. Edison havia inventado um medidor para permitir que a energia fosse cobrada proporcionalmente ao consumo, mas o medidor funcionava apenas com corrente contínua. Até 1882, estas eram as únicas vantagens técnicas significantes do sistema de corrente contínua.

A partir de um trabalho com campos magnéticos rotacionais, Tesla desenvolveu um sistema de geração, transmissão e uso da energia elétrica proveniente de corrente alternada. Tesla fez uma parceria com George Westinghouse para comercializar esse sistema. Westinghouse comprou com antecedência os direitos das patentes do sistema polifásico de Tesla, além de outras patentes de transformadores de corrente alternada, de Lucien Gaulard e John Dixon Gibbs e dessa forma driblando o monopólio de patentes reivindicado por Thomas Edison.

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS

GRANDEZAS ELÉTRICAS

CORRENTE ELÉTRICA é o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga elétrica, ou também, é o deslocamento de cargas dentro de um condutor, quando existe uma diferença de potencial elétrico entre as extremidades. Tal deslocamento procura restabelecer o equilíbrio desfeito pela ação de um campo elétrico ou outros meios (reação química, atrito, luz, etc).

POTÊNCIA é o resultado do trabalho produzido pela energia elétrica num intervalo de tempo. A potência elétrica é determinada pelo produto da tensão e pela corrente fornecida por um gerador (potência fornecida) ou o produto das mesmas em um receptor (potência recebida ou consumida)

Figura 8 - Potência

𝑃(𝑉𝐴) = 𝑃(𝑊) + 𝑃(𝑉𝐴𝑅)

𝑃(𝑊) = 𝑃(𝑉𝐴)𝑥𝐹. 𝑃.

𝐹. 𝑃. = 𝑐𝑜𝑠𝜙

TENSÃO (denotada por ∆V), também conhecida como diferença de potencial (DDP), é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos. Sua unidade de medida é o volt ou em joules por coulomb. A diferença de potencial é igual ao trabalho que deve ser feito, por unidade de carga contra um campo elétrico para se movimentar uma carga qualquer. Uma diferença de potencial pode representar tanto uma fonte de energia (força eletromotriz), quanto pode representar energia "perdida" ou armazenada (queda de tensão). Um voltímetro pode ser utilizado para se medir a DDP entre dois pontos em um sistema, sendo que usualmente um ponto referencial comum é a terra. A tensão elétrica pode ser causada por campos elétricos estáticos, por uma corrente elétrica sob a ação de um campo magnético, por campo magnético variante ou uma combinação de todos os três.

𝑃(𝑉𝐴) = 𝐼(𝐴)𝑥𝑈(𝑣𝑜𝑙𝑡)

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Para simplificar será feita uma analogia com uma instalação hidráulica. A pressão feita pela água, depende da altura da caixa d’água. A quantidade de água que flui pelo cano vai depender: desta pressão, do diâmetro do cano e da abertura da torneira.

Figura 9 - Sistema hidráulico

De maneira semelhante, no caso da energia elétrica, tem-se:

x A pressão da energia elétrica é chamada de Tensão Elétrica (U). x A Corrente Elétrica (I) que circula pelo circuito depende da Tensão e da

Resistência Elétrica (R).

A Resistência Elétrica (R) que o circuito elétrico oferece à passagem da corrente, é medida em Ohms (Ω) e varia com a seção dos condutores.

CIRCUITOS EM CORRENTE ALTERNADA

A forma mais comum que a corrente elétrica se apresenta é em Corrente Alternada.

Serão apresentadas neste subitem, de maneira bastante simplificada, as principais características dos circuitos elétricos monofásicos e trifásicos em Corrente Alternada (CA). Caso sejam necessárias maiores informações, deve-se procurar uma literatura técnica especializada.

CIRCUITOS MONOFÁSICOS Um gerador com uma só bobina (enrolamento), chamado de “Gerador Monofásico” ao funcionar, gera uma Tensão entre seus terminais.

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Figura 10 - Gerador monofásico

Nos geradores monofásicos de corrente alternada, um dos terminais deste Gerador é chamado de Neutro (N) e o outro de Fase (F).

Um circuito monofásico é aquele que tem uma Fase e um Neutro (F e N). A tensão elétrica (U) do circuito é igual à tensão entre Fase e Neutro (UFN). A forma de onda da Tensão Elétrica, é uma senoide.

Figura 11 - Senoide da tensão monofásica

CIRCUITOS TRIFÁSICOS Um gerador com três bobinas (enrolamentos), ligadas conforme a figura abaixo, é um “Gerador Trifásico”. Nesta situação, o Gerador Trifásico está com as suas três bobinas ligadas em Estrela (Y). Este gerador tem um ponto comum nesta ligação, chamado de ponto neutro.

Figura 12 - Gerador Trifásico em estrela

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Figura 13 - Senoide da tensão trifásica

Neste circuito trifásico com a ligação em Estrela, as relações entre as tensões elétricas, a tensão entre Fase e o Neutro (UFN) e a tensão entre Fases (UFF), são:

𝑈𝐹𝐹 = √3 ∗ 𝑈𝐹𝑁 𝑜𝑢 𝑈𝐹𝑁 = 𝑈𝐹𝐹

√3

A Corrente Elétrica (I) é igual nas três Fases.

Quando as bobinas do Gerador Trifásico são ligadas entre si, de modo a constituírem um circuito fechado, como na figura abaixo, o Gerador tem uma ligação em Triângulo (Δ).

Figura 14 - Gerador Trifásico em triângulo

Desta forma indica-se as relações entre as tensões e correntes:

𝑈𝐹𝐹 = 𝑈𝐹𝑁 𝑒 𝐼 = 𝑖 ∗ √3

Pode-se ter os circuitos trifásicos a três fios – 3 Fases (F1, F2 e F3) e a quatro fios – 3 Fases e 1 Neutro (F1, F2 e F3 e N). Essas Fases também podem ser representadas pelas letras: R, S, T ou A, B, C.

As formas de onda da tensão, são senóides, defasadas entre si de 120°. Usa-se também, denominar os geradores de corrente alternada de “Alternadores”.

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Os circuitos em corrente alternada ainda podem ser classificados em RESISTIVOS, INDUTIVOS ou CAPACITIVOS.

APARELHOS DE TESTE E PARA MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

É muito importante ler com muita atenção o Manual do aparelho antes de utilizá-lo. Ter as informações corretas de como utilizá-lo com precisão e segurança, o que o aparelho pode ou não medir e em quais condições. Devem ser feitas aferições/calibrações no aparelho, seguindo as recomendações do fabricante.

Sempre na utilização desses aparelhos, deve-se ter o cuidado de não fechar um curto-circuito em circuitos energizados. O aparelho deverá ser sempre bem acondicionado e ter cuidados no transporte e na utilização.

Qualquer equipamento ou mesmo a fiação deste aparelho, pode-se estragar de uma hora para outra. Com isso é importante conferir se o aparelho de medição ou teste está funcionando ou não.

É recomendável que ao testar a existência de uma grandeza elétrica em um circuito desenergizado, deve-se conferir em seguida, se o aparelho de medir/testar está funcionando ou não, em um circuito que esteja energizado. Nesta condição pode-se certificar que o aparelho está funcionando, ou não.

Os aparelhos de testes não medem os valores das grandezas elétricas, testam simplesmente a existência ou não, das mesmas. Podem, por exemplo, auxiliar na identificação do fio Fase energizado de um circuito elétrico

LÂMPADA NEON Trata-se de uma lâmpada que tem a característica de acender quando um dos seus terminais é posto em contato com um elemento energizado e outro é posto em contato com o “terra”. Normalmente, é apresentada sob a forma de uma caneta ou chave de parafusos, onde um dos terminais é a ponta da caneta (ou da chave) e o outro faz o “terra” através do próprio corpo da pessoa.

Devido a grande resistência interna da lâmpada, a corrente circulante não é suficiente para produzir a sensação de choque nas pessoas. Entretanto, seu uso é restrito a circuito de baixa tensão, como nas instalações elétricas residenciais.

A vantagem deste instrumento é o fato de indicar, de maneira simples, a presença de tensão no local pesquisado: a lâmpada acende quando a ponta do aparelho encosta no fio Fase energizado. Quando se encosta no fio Neutro, não acende.

Existem alguns tipos de aparelhos com lâmpada de neon, com os mesmos princípios de funcionamento, que possibilitam identificar também, além do fio Fase e o fio Neutro, o valor aproximado da tensão, se é 127 V, 220 V ou 380 Volts.

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APARELHOS DE MEDIÇÃO Os aparelhos de medição são instrumentos que, através de escalas, gráficos ou dígitos, fornecem os valores numéricos das grandezas que estão sendo medidas. É sempre preferível a utilização desses aparelhos, ao invés dos aparelhos de teste.

Os aparelhos de medição, segundo a maneira de indicar os valores medidos, podem ser:

a) Indicadores: São aparelhos que, através do movimento de um ponteiro em uma escala ou de uma tela digital, fornecem os valores instantâneos das grandezas medidas.

b) Registradores: Têm o princípio de funcionamento semelhante ao dos instrumentos indicadores, sendo que, é adaptado à extremidade do ponteiro, uma pena, onde se coloca tinta. Sob a pena corre uma tira de papel com graduação na escala conveniente. A velocidade do papel é constante, através de um mecanismo de relojoaria. Deste modo, tem-se os valores da grandeza medida a cada instante e durante o tempo desejado. Alguns instrumentos deste tipo utilizam um disco ao invés de tira (rolo) de papel, nesse caso, o tempo da medição é limitado a uma volta do disco.

c) Integradores: São aparelhos que somam os valores instantâneos e fornecem a cada instante os resultados acumulados. O aparelho integrador pode ser de ponteiros ou de ciclômetro ou dígitos. Um exemplo, são os medidores de energia elétrica das residências.

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PROJETO ELÉTRICO

DEFINIÇÃO

É a previsão escrita da instalação, com todos os seus detalhes, localização dos pontos de utilização da energia elétrica, comandos, trajeto dos condutores, divisão em circuitos, seção dos condutores, dispositivos de manobra, carga de cada circuito, carga total, etc. Geralmente constituído por:

1. Memória de cálculo – Justificativa de cada solução; 2. Conjunto de plantas – Deverão conter todos os elementos necessários à

perfeita execução do projeto; 3. Especificações – Descreve o material a ser usado e as normas para a sua

aplicação; 4. Orçamento – Descrimina o quantitativo e o custo do material e mão-de-obra;

Para a execução do projeto de instalações elétricas o projetista necessita de plantas e cortes arquitetônicos, conhecer em detalhes a finalidade à que se destina a edificação, os recursos disponíveis, a localização da rede mais próxima, entre outros.

REQUISITOS

SEGURANÇA: Os projetos devem estar compromissados com a segurança do patrimônio material e principalmente com a segurança do usuário, tanto no dimensionamento quanto na especificação de materiais;

CAPACIDADE DE RESERVA: Toda instalação é dinâmica e sofre ao longo de sua vida útil ampliações, modificações. O bom projeto deve estar atento à essa característica, nem sempre de fácil quantificação, mas sempre presente, motivada pelo desenvolvimento de novos aparelhos elétrico/eletrônicos e pelo apelo consumista das sociedades modernas;

FLEXIBILIDADE: As instalações modernas e bem projetadas, permitem que sua utilização seja bastante flexível, possibilitando ao usuário modificação do layout mobiliário sem comprometimento do conforto e da segurança. Nada mais inconveniente do que a falta de um ponto de tomada no local onde precisamos instalar um determinado aparelho.

CONFIABILIDADE: Algumas instalações exigem por suas próprias características operacionais níveis de confiabilidade cada vez maior. Os usuários estão cada vez mais exigentes e dependentes de energia elétrica não aceitando falta ou interrupções constantes. Por isso devemos estar sintonizados com essas necessidades do usuário, prevendo opções de alimentação alternativas para os circuitos essenciais das instalações.

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ACESSIBILIDADE: Todos os pontos da instalação elétrica estão sujeitos ao surgimento de defeitos algum dia, por este motivo, todos os pontos devem estar acessíveis, permitindo a possível operação de manutenção ou substituição. Os pontos de comando e proteção devem estar ao alcance do usuário, havendo à necessidade de conciliar a acessibilidade a estética.

SIMBOLOGIA – NBR-5444

Tabela 1 - Simbologia - Quadros de distribuição

Tabela 2 - Simbologia - Interruptores

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Tabela 3 - Simbologia - Pontos de iluminação

Tabela 4 - Simbologia - Tomadas (I)

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Tabela 5 - Simbologia - Tomadas (II)

Figura 15 - Apresentação de projeto padrão

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EXIGÊNCIAS

No estado de Sergipe são duas, as concessionarias em operação, a ENERGISA e a SULGIPE, por possuir maior abrangência, inclusive atender a cidades em outros estados, geralmente são apresentadas as exigências descritas na NORMA DE DISTRIBUIÇÃO UNIFICADA (NDU-001) da ENERGISA.

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS – NDU-001 – item 4.11

a) Nome, número do registro do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) e assinatura do engenheiro ou técnico responsável pelo projeto da instalação elétrica, devidamente habilitado pelo CREA, bem como a assinatura do proprietário da obra e respectiva ART (Anotação de Responsabilidade Técnica).

b) Memorial descritivo contendo: 9 Objetivo e localização; 9 Resumo da potência instalada com a indicação da quantidade e potência

de aquecedores, chuveiros elétricos, fogões, condicionadores de ar, potência de iluminação e tomadas;

9 Calculo da demanda conforme o critério apresentado na NDU-001 – item 14 e descritivo dos tipos de curvas de atuação dos disjuntores a serem utilizados;

9 Justificativa da solução adotada no dimensionamento dos alimentadores principais e secundários (condutores e eletrodutos) e equipamentos de proteção;

9 Data prevista da ligação; 9 Caso a propriedade não tenha medição deverá ser indicado que a

mesma não possui CDC (Código do consumidor); 9 Informar o(s) CDC(s) existente(s) na propriedade e/ou no caso em que

ocorra demolição de imóvel(is), informar os CDC(s) da(s) unidade(s) demolida(s);

9 Especificação dos materiais, equipamentos e dispositivos a serem utilizados no padrão de entrada, contendo no mínimo, tipo e principais características elétricas;

c) Planta de situação (localização exata da obra e pontos de entrega pretendido, incluindo ruas adjacentes e próximas), indicação dos quadros de medição e número do equipamento mais próximo (chave, transformador e etc.). Para os casos em que o local a ser atendido já exista alguma medição deverão ser, obrigatoriamente, informados os números dos CDCs e/ou medidores. Como também os e-mails do contratante e do contratado que consta na ART;

d) Planta baixa com a indicação do local da caixa de medição e do quadro de distribuição;

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e) Diagrama unifilar do ponto de entrega até o quadro de distribuição indicando bitola dos condutores, especificações dos equipamentos de comando e proteção e diagrama esquemático do mecanismo ou dispositivo de manobra do gerador se for o caso;

f) Localização e especificação (dimensões, material, altura da instalação) da caixa de medição e equipamentos de proteção geral;

g) Detalhes de aterramento conforme item 11 da NDU-001 e prescrições da NBR-5410;

h) Quadro de carga referente a todos os quadros de distribuição contendo: tipo, quantidade, potência e tensão de operação de todos os equipamentos elétricos existentes;

i) Métodos de instalação dos condutores, conforme NBR-5410.

NOTAS:

1. A apresentação do projeto deverá ser feita em duas vias, das quais uma será devolvida, devidamente aprovada ao interessado;

2. Prazo máximo para análise do projeto elétrico pela concessionaria é de 30 dias corridos;

3. O prazo de validade da aprovação do projeto é de 24 (vinte e quatro) meses, a contar da data de aprovação do projeto. Após este prazo o projeto que não tenha sido executado, deverá ser reapresentado à concessionaria tendo sido feitas as adequações conforme norma vigente, quando necessárias;

4. No caso de necessidade de alteração do projeto elétrico já analisado pela concessionaria, é obrigatório encaminhar o novo projeto para análise pela concessionaria;

5. A entrada de serviço da unidade consumidora só deve ser instalada após a aprovação do projeto elétrico, pela concessionaria;

6. Será exigido projeto elétrico para os agrupamentos cujas categorias não estejam contempladas nas telas n° 13.1 e 14.1.

Tabela 6 - Inexigibilidade de projeto - SERGIPE

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LIGAÇÕES TÍPICAS

Uma vez representados os eletrodutos, e sendo através deles que os fios dos circuitos irão passar, pode-se fazer o mesmo com a fiação, representando-a graficamente, através de uma simbologia própria.

Figura 16 - Simbologia dos cabos

Esta identificação é feita com facilidade, desde que se saiba como são ligadas as lâmpadas, interruptores e tomadas.

Figura 17 - Representação dos cabos

NOTA

De acordo com a NBR-5410/2044 (Instalações elétricas de baixa tensão), em seu item 6.1.5.3-Condutores:

6.1.5.3.1 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor NEUTRO deve ser identificado conforme essa função. Em caso de identificação por cor, deve ser usada a cor AZUL-CLARA na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar.

NOTA A veia com isolação azul-clara de um cabo multipolar pode ser usada para outras funções, que não a de condutor neutro, se o circuito não possuir condutor neutro ou se o cabo possuir um condutor periférico utilizado como neutro.

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6.1.5.3.2 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor de PROTEÇÃO (PE) deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de identificação por cor, deve ser usada a dupla coloração VERDE-AMARELA ou a cor verde (cores exclusivas da função de proteção), na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar.

6.1.5.3.3 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor PEN deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de identificação por cor, deve ser usada a cor azul-claro, com anilhas verde-amarelo nos pontos visíveis ou acessíveis, na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar.

6.1.5.3.4 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor de fase deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de identificação por cor, poder ser usada qualquer cor, observadas as restrições estabelecidas em 6.1.5.3.1, 6.1.5.3.2 e 6.1.5.3.3.

NOTA Por razões de segurança, não deve ser usada a cor de isolação exclusivamente amarela onde existir o risco de confusão com a dupla coloração verde-amarela, cores exclusivas do condutor de proteção.

UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTOR SIMPLES

Figura 18 - Uma lâmpada em interruptor simples

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MAIS DE UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTOR SIMPLES

Figura 19 - Mais de uma lâmpada em interruptor simples

NOTA

Sempre ligar a fase ao interruptor, o retorno ao contato do disco central da lâmpada, o neutro diretamente ao contato da base rosqueada da lâmpada e o fio terra à carcaça da luminária, quando esta for metálica.

UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTORES EM PARALELO

Figura 20 - Uma lâmpada em interruptores paralelos

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Figura 21 - Uma lâmpada em interruptores paralelos, simplificado

UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTORES PARALELOS E INTERMEDIÁRIOS

Figura 22 - Uma lâmpada em interruptores paralelos e intermediários

Figura 23 - Uma lâmpada em interruptores paralelos e intermediários, simplificado

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TOMADAS DE USO GERAL (MONOFÁSICAS)

Figura 24 - TUG - Monofásica

Figura 25 - TUG - Monofásica, simplificada

TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (MONOFÁSICAS)

Figura 26 - TUE - Monofásica

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TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (BIFÁSICAS)

Figura 27 - TUE - Bifásica

CARGA MÍNIMA – NBR-5410/2004

TOMADAS

Segundo a NBR-5410/2004, “o número de pontos de tomada deve ser determinado em função da destinação do local e dos equipamentos elétricos que podem ser aí utilizados, observando-se no mínimo os seguintes critérios” (item 9.5.2.2):

a) Em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, próximo ao lavatório, atendidas as restrições de 9.1;

b) Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço, lavanderias e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo que acima da bancada da pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos;

c) Em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada;

NOTA: Admite-se que o ponto de tomada não seja instalado na própria varanda, mas próximo ao seu acesso, quando a varanda, por razões construtivas, não comportar o ponto de tomada, quando sua área for inferior a 2 m² ou, ainda, quando sua profundidade for inferior a 0,80 m.

d) Em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, devendo esses pontos ser espaçados tão uniformemente quanto possível;

NOTA: Particularmente no caso de salas de estar, deve-se atentar para a possibilidade de que um ponto de tomada venha a ser usado para alimentação de mais de um equipamento, sendo recomendável equipá-lo, portanto, com a quantidade de tomadas julgada adequada.

e) em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação devem ser previstos pelo menos:

x Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for igual ou inferior a 2,25 m². Admite-se que esse ponto seja posicionado

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externamente ao cômodo ou dependência, a até 0,80 m no máximo de sua porta de acesso;

x Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for superior a 2,25 m² e igual ou inferior a 6 m²;

x Um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, se a área do cômodo ou dependência for superior a 6 m², devendo esses pontos ser espaçados tão uniformemente quanto possível.

Sobre “a potência a ser atribuída a cada ponto de tomada é função dos equipamentos que ele poderá vir a alimentar e não deve ser inferior aos seguintes valores mínimos”:

a) Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA por ponto para os excedentes, considerando-se cada um desses ambientes separadamente. Quando o total de tomadas no conjunto desses ambientes for superior a seis pontos, admite-se que o critério de atribuição de potências seja de no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até dois pontos, e 100 VA por ponto para os excedentes, sempre considerando cada um dos ambientes separadamente;

b) Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de tomada.

É preciso salientar que “quando um ponto de tomada for previsto para uso específico, deve ser a ele atribuída uma potência igual à potência nominal do equipamento a ser alimentado ou à soma das potências nominais dos equipamentos a serem alimentados. Quando valores precisos não forem conhecidos, a potência atribuída ao ponto de tomada deve seguir um dos dois seguintes critérios: ”

- Potência ou soma das potências dos equipamentos mais potentes que o ponto pode vir a alimentar, ou

- Potência calculada com base na corrente de projeto e na tensão do circuito respectivo;

E ainda segundo o item 9.5.3.1, da já referida norma “Todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente dedicado, equipamento com corrente nominal superior a 10A deve constituir um circuito independente”.

ILUMINAÇÂO

A NBR 5410/2004, no seu item 9.5.2 –Previsão de carga, preconiza que para a determinação de carga de iluminação, como alternativa à aplicação da NBR 5413 (Iluminância de interiores, que delimita os critérios necessários para elaboração de projeto luminotécnico), podem ser adotados os seguintes critérios, encontrados no item 9.5.2.1.2:

a) Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m², deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA;

b) Em cômodo ou dependências com área superior a 6 m², deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m² inteiros.

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NOTA: Os valores apurados correspondem à potência destinada a iluminação para efeito de dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das lâmpadas.

Já a NBR 5413/1992 estabelece os valores de iluminâncias médias mínimas em serviço para iluminação artificial em interiores, onde se realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e outras. Para tanto é necessário delimitar alguns conceitos intrínsecos à matéria.

ILUMINÂNCIA: Limite da razão do fluxo luminoso recebido pela superfície em torno de um ponto considerado, para a área da superfície quando esta tende para o zero.

CAMPO DE TRABALHO: Região onde, para qualquer superfície nela situada, exigem-se condições de iluminância apropriadas ao trabalho visual a ser realizado.

CONDIÇÕES GERAIS

x A iluminância deve ser medida no campo de trabalho. Quando este não for definido, entende-se como tal o nível referente a um plano horizontal a 0,75 m do piso. x No caso de ser necessário elevar a iluminância em limitado campo de trabalho, pode-se usar iluminação suplementar. x A iluminância no restante do ambiente não deve ser inferior a 1/10 da adotada para o campo de trabalho, mesmo que haja recomendação para valor menor. x Recomenda-se que a iluminância em qualquer ponto do campo de trabalho não seja inferior a 70% da iluminância média determinada segundo a NBR 5382.

Tabela 7 - Iluminâncias por classe de tarefas visuais

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Nota: As classes, bem como os tipos de atividade não são rígidos quanto às iluminâncias limites recomendadas, ficando a critério do projetista avançar ou não nos valores das classes/tipos de atividade adjacentes, dependendo das características do local/tarefa.

Da Tabela anterior constam os valores de iluminâncias por classe de tarefas visuais. O uso adequado de iluminância específica é determinado por três fatores, de acordo com a Tabela abaixo.

Tabela 8 - Fatores determinantes da iluminância adequada

DOS PROCEDIMENTOS ILUMINOTECNICOS

a) Analisar cada característica para determinar o seu peso (-1, 0 ou +1); b) Somar os três valores encontrados, algebricamente, considerando o sinal; c) Usar a iluminância inferior do grupo, quando o valor total for igual a -2 ou -3; a

iluminância superior, quando a soma for +2 ou +3; e a iluminância média, nos outros casos.

A maioria das tarefas visuais apresenta pelo menos média precisão.

PRINCIPAIS ILUMINÂNCIAS EM LUX – NBR 5413/1992

AUDITÓRIOS E ANFITEATROS Tribuna ................... 300 - 500 - 750 Plateia ..................... 100 - 150 - 200 Sala de espera ....... 100 - 150 - 200 Bilheterias ............... 300 - 150 - 750

BANCOS Atendimento ........... 300 - 500 - 750 Recepção ............... 100 - 150 - 200 Guichês .................. 300 - 500 - 750 Arquivos .................. 200 - 300 - 500 Saguão ................... 100 - 150 - 200

BARBEARIAS .............. 150 - 200 - 300

BIBLIOTECAS Sala de leitura ......... 300 - 500 - 750 Estantes .................. 200 - 300 - 500

CINEMAS E TEATROS Espera, “foyer” ....... 100 - 100 - 200 Bilheterias .............. 300 - 500 - 750

ESCOLAS Salas de aulas ....... 200 - 300 - 500 Quadros negros ..... 300 - 500 - 750 Trabalho manual ..... 200 - 300 - 500

ESCRITÓRIOS Digitação ................ 750 - 1000 - 1500 Desenho ................ 750 - 1000 - 1500

SALÃO ESPORTIVO (CARTAS) Geral ...................... 100 - 150 - 200 Mesas .................... 300 - 500 - 750

ESTAÇÕES FERROV. E RODOVIÁRIAS

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Sala de espera ...... 100 - 150 - 200 Guichês ................. 300 - 500 - 750 Dep. Bagagens ...... 150 - 200 - 300 Plataformas ........... 100 - 150 - 200 Lavatórios .............. 100 - 150 - 200

GARAGENS Oficinas .................. 150 - 150 - 300 Bancadas ............... 300 - 300 - 750 Lubrificação ........... 100 - 100 - 200 Lavagem ................ 150 - 200 - 300 Estacionamento...... 100 - 150 - 200 Loja ........................ 300 - 500 - 750

CONSULTÓRIOS MÉDICOS E AFINS Geral ...................... 100 - 150 - 200 Mesa de trabalho ... 300 - 500 - 750 Preparação ............ 150 - 200 - 300 Arquivo .................. 100 - 150 - 200 Lab. radio-quím ..... 300 - 300 - 750 Lavabos ................. 100 - 150 - 200 Berçário ................. 150 - 200 - 300 Quartos .................. 100 - 150 - 200

HOTÉIS E RESTAURANTES Banheiros .............. 100 - 150 - 200 Espelhos................. 200 - 300 - 500 Cozinha:

Geral ................. 150 - 200 - 300 Local ................. 300 - 500 - 750

Quartos Geral ................. 100 - 150 - 200

Escrivaninha ..... 200 - 300 - 500 Salão de reuniões:

Conferências .... 100 - 150 - 200 Tablados ........... 300 - 150 - 750

Restaurantes ......... 100 - 150 - 200 Centro telefônico ... 150 - 200 - 300

TEMPLOS Sem ofício .............. 30 - 50 - 75 Com ofício ............. 100 - 150 - 200 Púlpito .................... 200 - 300 - 500

MARCENARIA E CARPINTARIA Trab. Grosseiro ...... 150 - 200 - 300 Trab. Normal .......... 200 - 300 - 500 Trab. de Precisão .. 300 - 500 – 750

RESIDÊNCIAS Salas de estar ........ 100 - 150 - 200 Leitura/Escrita ........ 300 - 500 - 750 Cozinhas:

Geral ................. 100 - 150 - 200 Fogão, pia ......... 200 - 300 - 500

Quartos de dormir: Geral ................. 100 - 150 - 200 Espelho/Pent. ... 200 - 300 - 500

Hall, escadas, despensas, garagens: Geral ................. 75 - 100 - 150 Local ................. 200 - 300 - 500

Banheiros: Geral ................. 100 - 150 - 200 Espelhos ........... 200 - 300 - 500

Para cada tipo de local ou atividade, três iluminâncias são indicadas, sendo a seleção do valor recomendado feita da seguinte maneira:

Das três iluminâncias, considerar o valor do meio, devendo este ser utilizado em todos os casos.

O valor mais alto, das três iluminâncias, deve ser utilizado quando: a) a tarefa se apresenta com refletâncias e contrastes bastante baixos; b) erros são de difícil correção; c) o trabalho visual é crítico; d) alta produtividade ou precisão são de grande importância; e) a capacidade visual do observador está abaixo da média.

Nota: Como exemplo de precisão, pode-se mencionar a leitura simples de um jornal versus a leitura de uma receita médica, sendo a primeira sem importância e a segunda crítica.

O valor mais baixo, das três iluminâncias, pode ser usado quando: a) refletâncias ou contrastes são relativamente altos; b) a velocidade e/ou precisão não são importantes; c) a tarefa é executada ocasionalmente.

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Para proceder com o desenvolvimento do projeto luminotécnico é necessário conhecer alguns conceitos de Grandezas Fotométricas das características das lâmpadas que serão definidas a seguir, pois serão muito importantes para a escolha das lâmpadas adequadas.

FLUXO LUMINOSO: É a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa na unidade de tempo (segundo). A unidade de medida do Fluxo Luminoso: lúmen (lm). Fazendo uma analogia com a hidráulica pode-se ter: é quantidade de água que sai de uma torneira, por segundo.

EFICIÊNCIA LUMINOSA: É a razão entre o Fluxo Luminoso emitido e a Potência Elétrica absorvida. Esta relação expressa o rendimento de uma lâmpada. Quanto maior for a Eficiência Luminosa, mais vantajosa e econômica será a lâmpada, isto é, gasta-se menos Watts para iluminar uma determinada área. A unidade de medida da Eficiência Luminosa é Lúmen por Watt (lm/W). Fazendo uma analogia com a hidráulica pode-se ter: é a relação entre a quantidade de água que sai de uma bomba indo até uma determinada altura e a potência elétrica necessária para isso.

TEMPERATURA DE COR (K): A iluminação com um tom mais avermelhado, é denominada de luz “quente”. Se o tom é mais azulado, a iluminação é denominada de luz “fria”. Do nascer, ao pôr do sol, poderá ter todas as variações de iluminação: do avermelhado ao azul. Essas variações são as Temperaturas de Cor. A Temperatura de Cor é medida em graus Kelvin (K). Quanto maior for o número, mais fria é a cor da lâmpada. Por exemplo: uma lâmpada de temperatura de cor de 2.700 K tem tonalidade quente, uma de 6.500 K tem tonalidade fria. O recomendável para uma residência, é que a iluminação varie entre 2.700 K e 5.000 K, de acordo com o tipo de ambiente. Nos quartos, por exemplo, a iluminação mais “quente”, poderá tornar o ambiente mais aconchegante. Existem no mercado diversos tipos de lâmpadas com diversas Temperaturas de Cor.

ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR (IRC): Quanto mais próximo for esse índice de 100, mais eficiente será a reprodução de cor, da lâmpada. A cor vermelha será enxergada vermelha e a cor branca, será vista branca, como por exemplo. Em uma residência, é recomendável que se utilize lâmpadas com IRC acima de 80, de modo a ter uma boa reprodução de cores.

NOTA: O Índice de Reprodução de Cor de uma lâmpada, para reproduzir corretamente as cores (IRC) independe de sua Temperatura de Cor (K). Poderá existir um tipo de lâmpada com mais de Temperatura de Cor diferente, mas com o mesmo IRC.

DAS LÂMPADAS MAIS USADAS EM INSTALÇÕES RESIDÊNCIAIS

INCANDESCENTES

Eram muito utilizadas na iluminação geral. Possuem baixa Eficiência Luminosa (lm/W). Produzem luz pelo aquecimento, a uma temperatura muito alta, de um filamento de tungstênio, devido a passagem de uma corrente elétrica. Cerca de 80%

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da energia elétrica (kWh) consumida é transformada em calor, sendo que apenas 15%, gera luz. Alguns tipos podem ser utilizados com o Interruptor tipo “dimmer”.

Os tipos mais comuns de Lâmpadas Incandescentes, são:

INCANDESCENTE COMUM: Foi a mais usual nas residências. As lâmpadas incandescentes comuns quando fabricadas para funcionarem na tensão de 124 Volts, terão uma vida média em torno de 1.000 horas. Se esta lâmpada funcionar em 127 Volts, a vida média cai para em torno de 750 horas. As lâmpadas incandescentes comuns quando fabricadas para funcionarem na tensão de 220 Volts, terão uma vida média em torno de 1.000 horas.

NOTA: Na embalagem de uma lâmpada incandescente, está discriminado aos valores de tensão de funcionamento, com a respectiva vida média.

Essas Lâmpadas podem ter o bulbo em diversas formas e cores, sendo que cada tipo de Lâmpada tem uma aplicação própria.

A Temperatura de Cor das lâmpadas incandescentes comuns é em torno de 2.700K.

A tensão e a potência destas lâmpadas podem ser identificadas conforme desenho a seguir:

Figura 28 - Lâmpada incandescente

LÂMPADAS HALÓGENAS: São lâmpadas incandescentes construídas num tubo de quartzo com vapor de metal halógeno no bulbo, o que permite ao filamento atingir temperaturas mais elevadas, sem diminuição da vida útil, resultando em eficiência luminosa maior do que a das incandescentes comuns.

Figura 29 - Lâmpada halógena

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São usadas principalmente para destacar algum objeto, quadros, etc. A vida média destas lâmpadas, dependendo do tipo, pode ser de 2.000 ou 4.000 horas.

Elas podem ser encontradas de dois tipos:

x Serem utilizadas diretamente na Baixa Tensão de 127 ou 220 Volts, nas potências de 50, 75, 90 Watts.

x Utilizadas com um dispositivo auxiliar (transformador abaixador de tensão), pois a tensão na lâmpada é de 12 Volts, nas potências de 20 e 50 Watts. Essas lâmpadas são de dimensões reduzidas e normalmente necessitam de luminária especial para a sua fixação.

LÂMPADAS FLUORESCENTES

São lâmpadas que utilizam descarga elétrica através de um gás. Consistem em um bulbo cilíndrico de vidro revestido de material fluorescente (cristais de fósforo), contendo vapor de mercúrio a baixa pressão em seu interior e portando em suas extremidades, eletrodos de tungstênio.

A Temperatura de Cor pode ter diversas tonalidades, dependendo do fabricante. Dessa forma, conforme a finalidade, deverá ser usada a lâmpada com a Temperatura de Cor adequada.

As lâmpadas fluorescentes emitem menos calor e iluminam mais, se comparadas com as lâmpadas incandescentes comuns.

Os tipos mais usados na residência as Lâmpadas Fluorescentes Tubulares e as Lâmpadas Fluorescentes Compactas.

Figura 31 - Lâmpada fluorescente compacta

NOTA: Deve-se evitar o liga/desliga desnecessário dessas lâmpadas, pois o procedimento reduz consideravelmente sua vida útil.

Figura 30 - Lâmpada fluorescente tubular

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Devido as grandes vantagens da iluminação fluorescente, como maior rendimento luminoso, menor perda em forma de calor, etc, as Lâmpadas Fluorescentes Tubulares são muito utilizadas, principalmente nas áreas Copa, Cozinha, Área de Serviço, etc, de uma residência. Nestes locais é melhor utilizar Lâmpadas Fluorescentes Tubulares, pois elas duram e iluminam mais do que as incandescentes.

Uma Lâmpada Fluorescente tem uma vida média de até 7.500 horas, ou seja, dura cerca de 7,5 vezes mais que a Incandescente

As Lâmpadas Fluorescentes Compactas são mais utilizadas nos demais dos cômodos da residência, tais como: Sala, Quartos, Corredores, etc. Estas Lâmpadas são de pequenas dimensões e de baixa potência, variando de 5 a 26 Watts, encontrando-se nos mais diversos tipos e modelos. A vida média pode variar de 3.000 a 8.000 horas, dependendo o modelo ou do fabricante.

As mais práticas são aquelas com Reator acoplado com a Lâmpada, pois normalmente substituem diretamente uma lâmpada incandescente.

Apesar das Lâmpadas Fluorescentes Compactas serem mais caras que as Incandescentes, elas são bem mais econômicas e sua utilização se justifica quando são utilizadas por mais de 3 horas por dia.

LÂMPADAS LED

O LED é um componente eletrônico semicondutor, ou seja, um diodo emissor de luz (L.E.D = Light emitter diode), mesma tecnologia utilizada nos chips dos computadores, que tem a propriedade de transformar energia elétrica em luz. Tal transformação é diferente da encontrada nas lâmpadas convencionais que utilizam filamentos metálicos, radiação ultravioleta e descarga de gases, dentre outras. Nos LEDs, a transformação de energia elétrica em luz é feita na matéria, sendo, por isso, chamada de Estado sólido (Solid State).

O LED é um componente do tipo bipolar, ou seja, tem um terminal chamado anodo e outro, chamado catodo. Dependendo de como for polarizado, permite ou não a passagem de corrente elétrica e, consequentemente, a geração ou não de luz.

O componente mais importante de um LED é o chip semicondutor responsável pela geração de luz. Este chip tem dimensões muito reduzidas.

Figura 32 - Fita LED

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BENEFÍCIOS NO USO DOS LEDS

Maior vida útil: Dependendo da aplicação, a vida útil do equipamento é longa, sem necessidade de troca. Considera-se como vida útil uma manutenção mínima de luz igual a 70%, após 50.000 horas de uso.

Custos de manutenção reduzidos: Em função de sua longa vida útil, a manutenção é bem menor, representando menores custos.

Eficiência: Apresentam maior eficiência que as Lâmpadas incandescentes e halógenas e, hoje, muito próximo da eficiência das fluorescentes (em torno de 50 lumens / Watt) mas este número tende a aumentar no futuro.

Resistência a impactos e vibrações: Utiliza tecnologia de estado sólido, portanto, sem filamentos, vidros, etc, aumentando a sua robustez.

Controle dinâmico da cor: Com a utilização adequada, pode-se obter um espectro variado de cores, incluindo várias tonalidades de branco, permitindo um ajuste perfeito da temperatura de cor desejada.

Acionamento instantâneo: Tem acionamento instantâneo, mesmo quando está operando em temperaturas baixas.

Controle de Intensidade variável: Seu fluxo luminoso é variável em função da variação da corrente elétrica aplicada a ele, possibilitando, com isto, um ajuste preciso da intensidade de luz da luminária.

Ecologicamente correto: Não utiliza mercúrio ou qualquer outro elemento que cause dano à natureza.

Ausência de ultravioleta: Não emitem radiação ultravioleta sendo ideais para aplicações onde este tipo de radiação é indesejada. Ex.: Quadros – obras de arte etc.

Ausência de infravermelho: Também não emitem radiação infravermelho, fazendo com que o feixe luminoso seja frio.

Com tecnologia adequada P.W.M, é possível a dimerização entre 0% e 100% de sua intensidade, e utilizando-se Controladores Colormix Microprocessados, obtém-se novas cores, oriundas das misturas das cores básicas. Que são: branco, azul, verde, azul, verde, amarelo, vermelho.

Ao contrário das lâmpadas fluorescentes que tem um maior desgaste da sua vida útil no momento em que são ligadas, nos LEDs é possível o acendimento e apagamento rapidamente possibilitando o efeito “flash”, sem detrimento da vida útil.

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MÉTODO DOS LUMENS

O Método dos Lumens tem por finalidade principal determinar o número de luminárias necessárias para garantir um valor de iluminamento médio especificado a priori.

Deve-se determinar o iluminamento médio do local, em função das dimensões do mesmo e da atividade a ser desenvolvida. Conforme mencionado anteriormente, as normas técnicas possuem valores de referência para o iluminamento médio.

Posteriormente estabelecer o tipo de lâmpada e de luminária a serem utilizadas no local. A experiência do projetista é muito importante neste passo, pois um determinado conjunto lâmpada/luminária disponível comercialmente pode-se adaptar melhor a algumas aplicações e não a outras. Por exemplo, iluminação fluorescente convencional é bastante indicada para iluminação de escritórios, e iluminação incandescente é a opção preferencial para galerias de arte, devido a sua excelente reprodução de cores.

Identificada a luminária, determina-se o Fator de Utilização (Fu). Este coeficiente, menor ou igual a 1, representa uma ponderação que leva em conta as dimensões do local e a quantidade de luz refletida por paredes e teto. A contribuição das dimensões do local é feita através do chamado Índice do Local (K) definido de acordo com:

𝐹𝑢 = 𝜂𝐿 + 𝜂𝑅

𝐾 (𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑎) =𝐶 ∗ 𝐿

𝐻 ∗ (𝐶 + 𝐿)

𝐾 (𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑎) =3 ∗ 𝐶 ∗ 𝐿

2 ∗ 𝐻′ ∗ (𝐶 + 𝐿)

ηL: Valor fornecido pelos fabricantes de luminárias; ηR: Valor da Eficiência do Recinto é dado por tabelas, contidas no catálogo do fabricante onde se relacionam os valores de Coeficiente de Reflexão do teto, paredes e piso, com a Curva de Distribuição Luminosa da luminária utilizada e o Índice do Recinto. C: comprimento do local, considerando formato retangular (m); L: largura do local (m); H’: distância do teto ao plano de trabalho (m); H: altura de montagem das luminárias (m).

O índice do local permite diferenciar locais com mesma superfície total, mas com formato diferente (quadrado, retangular, retangular alongado, etc.), e também incorpora a influência da distância entre o plano das luminárias e o plano de trabalho.

De posse do índice do local, o coeficiente de utilização é facilmente obtido através de tabelas cujas outras variáveis de entrada são a fração de luz refletida por paredes e teto.

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Tabela 9 - Fatores de reflexão

Para o local de instalação determina-se o Fator de Depreciação (Fd). Este coeficiente, menor ou igual a 1, representa uma ponderação que leva em conta a perda de eficiência luminosa das luminárias devido à contaminação do ambiente. Existem tabelas que fornecem valores deste coeficiente em função do grau de contaminação do local e da frequência de manutenção (limpeza) das luminárias.

Tabela 10 - Fator de depreciação

Determina-se o fluxo luminoso total φ (em lúmen) que as luminárias deverão produzir, de acordo com a seguinte expressão:

φ =𝐸 ∗ 𝑆

𝐹𝑢 ∗ 𝐹𝑑

E: Iluminamento médio em lux); S = C x L - área do local (m²).

Determina-se o número necessário de luminárias NL:

NL =φ

φ𝐿

Φ: fluxo luminoso total calculado; ϕL: fluxo luminoso (em lúmens) de uma luminária (este valor é conhecido uma vez escolhidas a luminária e a lâmpada).

Ajusta-se o número de luminárias de forma a produzir um arranjo uniformemente distribuído (por exemplo, certo número de linhas cada uma com o mesmo número de colunas de tal forma que o número de luminárias resulte o mais próximo possível do valor determinado no passo anterior).

Uma vez ajustado o número efetivo de iluminarias por linha e coluna, efetuar o cálculo da iluminância efetiva no plano de trabalho.

Teto branco 75%Teto claro 50%Parede branca 50%Parede clara 30%Parede medianamente clara 10%

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CARGAS USUAIS

Tabela 11 - Cargas usuais (I)

NDU-001

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Tabela 12 - Cargas usuais (II)

NDU-001

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Tabela 13 - Cargas usuais (III)

NDU-001

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CARGAS USUAIS PARA PONTO DE ILUMINAÇÃO

As lâmpadas, atualmente, são produzidas em diversos tamanhos, potencias, tonalidades e tipos, assim pode-se relacionar algumas das potencias usuais para sua fabricação e comercialização:

Tabela 14 - Potências usuais para lâmpadas

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ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

1. ANALISE E DEFINIÇÕES INICIAIS; 2. DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO

a. Pontos de Iluminação; b. Pontos de Tomada;

3. DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS DE ACIONAMENTO; 4. LOCALIZAÇÃO DOS QUADROS

a. Quadros de distribuição; b. Quadros de Medição;

5. CIRCUITOS a. Número mínimo de circuitos; b. Número de pontos de utilização por circuitos; c. Cargas dos circuitos; d. Divisão dos circuitos;

6. DISTRIBUIÇÃO DA REDE DE ELETRODUTOS; 7. DISTRIBUIÇÃO DA FIAÇÃO; 8. DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

a. Bitola mínima; b. Critério da corrente; c. Critério da queda de tensão; d. Adequação da proteção;

9. DIMENSIONAMENTO DOS ALIMENTADORES a. Demanda e fator de demanda; b. Critério da corrente; c. Critério da queda de tensão; d. Critério do curto circuito;

10. DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS; 11. DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO DOS CIRCUITOS; 12. QUADRO DE CARGAS; 13. DIAGRAMAS UNIFILARES; 14. DETALHE DE ENTRADA E MEDIÇÃO; 15. PLANTA DE SITUAÇÃO; 16. MEMORIAL DESCRITIVO; 17. ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS; 18. RELAÇÃO DOS MATERIAIS.

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DIMENSIONAMENTO

PONTOS DE UTILIZAÇÃO

Deve-se proceder a locação dos pontos de utilização, independente da finalidade ou destinação, descriminando as potencias obtidas de acordo com os parâmetros normativos já ilustrados neste material.

CIRCUITOS

Uma vez locados no projeto os pontos de utilização, desde que observados os parâmetros normativos, estes devem ser agrupados, de maneira eficiente e equilibrada, levando em consideração o projeto como um todo. Tais pontos agrupados serão alimentados por um par de cabos condutores exclusivos, ligados a um único dispositivo de proteção, conhecido como circuito.

NÚMERO MÍNIMO DE CIRCUITOS A instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos necessários, devendo cada circuito ser concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de realimentação inadvertida através de outro circuito. Nenhum projeto deve possuir menos circuitos que os seguintes valores referenciais:

x Apartamentos e residências: 01 circuito para cada 60m² ou fração; x Lojas e escritórios: 01 circuito para cada 50m² ou fração; x Tomadas de serviço: Circuitos independentes; x Cargas com corrente acima de 10A: Circuito independente; x Equipamentos sensíveis: 01 circuito independente;

RECOMENDAÇÕES

Os circuitos podem ser concebidos utilizando-se os seguintes valores referenciais:

x Número de pontos de utilização por circuito: 12 pontos; x Carga por circuito: limitar se possível em 3000VA em 120V ou 6000VA para

220V; x Dividir os circuitos por área de utilização;

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ELETRODUTOS

Uma vez que se trata do duto que abriga um ou mais circuitos, sua distribuição de ser feita em função do caminhamento atribuído aos circuitos.

RECOMENDAÇÕES

Ao distribuir os eletrodutos ao longo do projeto devem ser observadas as seguintes disposições construtivas.

x Interligar todos os pontos do mesmo circuito com a mesma tubulação; x Não permitir curvas maiores que 90°; x Em cada trecho da tubulação pode haver no máximo 3 curvas de 90°; x Evitar mais de 5 Eletrodutos saindo de uma mesma caixa; x Evitar superposição de Eletrodutos; x Evitar Eletrodutos com bitola superior a 1” nas lajes; x Observar os cortes e os detalhes construtivos; x Instalar caixas de passagem à cada 15m de tubulação retilínea, sendo que nos

trechos com curvas essa distância deve ser reduzida para 3m para cada curva;

CABEAMENTO OU FIAÇÃO

RECOMENDAÇÕES

x Cada circuito deverá ter neutro individual; x Não projetar mais 9 condutores no mesmo eletroduto, ou seja, sempre que

possível limitar a quatro o número de circuitos no mesmo eletroduto; x Os condutores do mesmo circuito deverão seguir na mesma tubulação; x Indicar o número e a bitola dos condutores junto à fiação;

DIMENSIONAMENTO DO CABEAMENTO OU FIAÇÃO

CONDUTOR UTILIZADO: Cobre

SEÇÃO MÍNIMA

x Circuitos de iluminação: .................................................. 1,5mm² x Circuitos de TUG e TUE: .................................................. 2,5mm² x Circuito de sinalização ou controle: ............................. 0,5mm² x Circuitos de força (motores e etc.): ............................. 2,5mm²

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CRITÉRIOS PARA O DIMENSIONAMENTO

x Critério da corrente; x Critério da queda de tensão; x Critério da seção mínima; x Critério da sobrecarga (adequação da proteção); x Critério econômico;

SEÇÃO MINIMA DO CONDUTOR NEUTRO O condutor neutro assumi, no mínimo, a mesma seção dos condutores fase, nos seguintes casos:

x Em circuitos monofásicos; x Em circuitos bifásicos; x Em circuitos trifásicos quando o condutor fase for menos que 25mm² ou for

prevista a presença de harmônicos;

Tabela 15 - Seção mínima do condutor neutro

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SEÇÃO MINIMA DOS CONDUTORES DE PROTEÇÃO (TERRA)

Tabela 16 - Seção mínima do condutor de proteção

FATOR DE GRUPAMENTO OU AGRUPAMENTO (Fa) Devido as interações eletromagnéticas é preciso levar em consideração o número de circuitos que partilham um mesmo eletroduto.

Tabela 17 - Fator de grupamento

FATOR DE TEMPERATURA (Ft) O aquecimento do cabo influencia em sua capacidade de conduzir corrente, assim a temperatura externa também deve ser levada em consideração.

Tabela 18 - Fator de temperatura

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CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE Em função das diferentes seções transversais dos diversos cabos, ele pode ter maior ou menor capacidade de condução de corrente.

Tabela 19 - Capacidade de condução de corrente

QUEDA DE TENSÃO Em virtude do comprimento e seção dos condutores a tensão disponível pode ser restringida, assim a queda de tensão deve ser limitada.

Tabela 20 - Queda de tensão limite

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A queda de tensão pode ser calculada através de tabelas, encontradas na bibliografia especializada.

Tabela 21 - Queda de tensão (VA*m =, em 120V)

Tabela 22 - Queda de tensão (VA*m =, em 220V)

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A queda de tensão, também pode ser calculada através de formulas, que facilitam a sua implementação em planilhas eletrônicas.

CIRCUITOS MONOFÁSICOS E BIFÁSICOS

𝑒 =200 ∗ 𝜌 ∗ ∑(𝑃 ∗ 𝐿)

𝑉2 ∗ 𝑆

CIRCUITOS MONOFÁSICOS E BIFÁSICOS

𝑒 =√3 ∗ 100 ∗ 𝜌 ∗ ∑(𝑃 ∗ 𝐿)

𝑉2 ∗ 𝑆

Em ambos os casos:

e: Queda de tensão (%);

P: Potência (VA);

L: Comprimento (m);

ρ: Resistividade (1/58 ohm*mm²/m de cobre);

S: Seção do condutor em mm².

DIMENSIONAMENTOS ESPECIAIS

ALIMENTADORES Circuito que transporta a energia da rede até o quadro de distribuição geral ou deste último para os quadros secundários.

O dimensionamento deve ser efetuado levando-se em consideração a demanda da fase mais carregada e não a potência instalada, lembrando que o desequilíbrio de fases deve ser limitado em 10%.

Dever ser observada, também, a queda de tensão limite que não deve ultrapassar o estabelecido nos critérios dimensionais.

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Para o alimentador geral ou de unidades consumidoras individuais (condomínios) observar a exigências da concessionária local.

Demanda Trata-se da quantidade de um bem ou serviço que um consumidor, ou um conjunto de consumidores desejam adquirir. No caso em analise o bem demandado é a potência elétrica que a concessionaria deve reservar para o atendimento eficiente de um dado consumidor, este não pode ser confundido com a potência total instalada na economia analisada, visto que o acionamento concomitante de todos os equipamentos é um fato improvável. Desta forma a potencias instalada é analisada estatisticamente, em virtude da possibilidade do acionamento simultâneo.

Neste material serão analisados os parâmetros de cálculo fornecido pela ENERGISA.

A demanda provável do consumidor, em kW, é calculada pela seguinte expressão:

𝐷(𝑘𝑊) = 𝐷(𝑘𝑉𝐴) ∗ 0,92 Onde:

𝐷(𝑘𝑉𝐴) = 𝐷1 + 𝐷2 + 𝐷3 + 𝐷4 + 𝐷5 + 𝐷6 + 𝐷7 Sendo:

d1(kVA) = Demanda de iluminação e tomadas, calculada conforme fatores de demanda da tabela 2.

d2(kVA) = Demanda dos aparelhos para aquecimento de água(chuveiros, aquecedores, torneiras etc.) calculada conforme tabela 3.

d3(kVA) = Demanda secador de roupa, forno de microondas máquina de lavar louça e hidro massagem calculada conforme tabela 4.

d4(kVA) = Demanda de fogão e forno elétrico calculada conforme tabela 5.

d5(kVA) = Demanda dos aparelhos de ar-condicionado tipo janela ou centrais individuais, calculada conforme tabelas 6, 7 e 8, respectivamente, para as residências e não residências; Demanda das unidades centrais de ar-condicionado, calculadas a partir das respectivas correntes máximas totais , valores a serem fornecidos pelos fabricantes e considerando-se o fator de demanda de 100%.

d6(kVA) = Demanda dos motores elétricos e máquinas de solda tipo motor gerador, conforme tabelas 9 e 10. Não serão permitidos, motores com potência maior que 30CV, os métodos de partidas dos motores trifásicos, conforme tabela 12.

d7(kVA) = Demanda de máquinas de solda a transformador e aparelhos de raio X, calculadas conforme tabela 11.

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Tabela 23 - Fatores de demanda para iluminação e pequenos aparelhos

NDU-001

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Tabela 24 - Fatores de demanda para aparelhos de aquecimento de água

Alimentadores Convencionais O dimensionamento de alimentadores convencionais do tipo trifásico, pelo critério da capacidade de corrente, deve ser calculado através da formula abaixo relacionada.

𝐼 =𝐷 ∗ 𝐹𝑐𝑟 ∗ 𝐹𝑑

√3 ∗ 𝑉

D: Demanda (VA);

Fcr: Fator para capacidade de reserva (de 10 a 20%);

Fd: Fator de desequilíbrio (até 15%);

NDU-001

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O dimensionamento acima não elimina a analise pelos demais critérios, além da verificação das exigências feitas pela concessionaria local.

Tabela 25 - Categorias de atendimento (NDU-001/ENERGISA)

Motores Para dimensionamento de alimentadores para motores deve-se levar em consideração a corrente nominal. Observar a existência de disjuntores especiais.

𝐼𝑁𝑀 =𝑃𝑚𝑒𝑐 ∗ 736

√3 ∗ 𝑉 ∗ 𝐹𝑝 ∗ 𝜂

Pmec: Potência mecânica (CV);

V: Tensão (V);

Fp: Fator de potência (decimal);

𝜂: Rendimento (decimal);

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Tabela 26 - Características e demanda de motores trifásicos

Alimentadores gerais para edifícios Os alimentadores prediais podem ser considerados uma classe especifica de alimentadores e na maioria das vezes as concessionárias locais definem parâmetros específicos para o seu dimensionamento.

Tabela 27 - Demanda por área para apartamentos residenciais (a)

NDU-001

NDU-003

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Tabela 28 - Fator de multp. de D em função do n° de und. res. da edific. (f)

DEMANDA DAS UNIDADES CONSUMIDORAS

𝐷𝑢𝑐 = 𝑓 ∗ 𝑎

NDU-003

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DEMANDA TOTAL DA EDIFICAÇÃO

𝐷𝑡 = 𝐷𝑢𝑐 + 𝐷á𝑟𝑒𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚𝑢𝑛𝑠

DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS

As dimensões internas dos eletrodutos e de suas conexões devem permitir que, após montagem da linha, os condutores possam ser instalados e retirados com facilidade. Para tanto:

a) a taxa de ocupação do eletroduto, dada pelo quociente entre a soma das áreas das seções transversais dos condutores previstos, calculadas com base no diâmetro externo, e a área útil da seção transversal do eletroduto, não deve ser superior a:

x 53% no caso de um condutor; x 31% no caso de dois condutores; x 40% no caso de três ou mais condutores;

b) os trechos contínuos de tubulação, sem interposição de caixas ou equipamentos, não devem exceder 15 m de comprimento para linhas internas às edificações e 30 m para as linhas em áreas externas às edificações, se os trechos forem retilíneos. Se os trechos incluírem curvas, o limite de 15 m e o de 30 m devem ser reduzidos em 3 m para cada curva de 90°.

NOTA: Quando não for possível evitar a passagem da linha por locais que impeçam, por algum motivo, a colocação de caixa intermediária, o comprimento do trecho contínuo pode ser aumentado, desde que seja utilizado um eletroduto de tamanho nominal imediatamente superior para cada 6 m, ou fração, de aumento da distância máxima calculada segundo os critérios da alínea b). Assim, um aumento, por exemplo, de 9 m implica um eletroduto com tamanho dois degraus acima do inicialmente definido, com base na taxa de ocupação máxima indicada na alínea a).

Os eletrodutos rígidos são fabricados, normalmente, em varas de comprimento de 3 metros. A conexão entre duas peças deve ser feita através de luvas, de tal forma que seja assegurada a resistência mecânica do conduto.

Os eletrodutos são fixados nas caixas retangulares, quadradas, octogonal, etc, através de buchas e arruela. As curvas de 45° ou 90°, quando utilizadas, deverão ser fixadas aos eletrodutos, através de luvas.

ALVENARIA GESSO ACARTONADO OCTOGONAL

4”X2” 4”X4” 4”X2” 4”X4” 4”X4”

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O diâmetro externo mínimo do eletroduto utilizado em instalações elétricas internas, deverá ser de 16 mm (3/8”), mas por apresentar enorme restrição, é cada vez mais frequente a adoção de eletrodutos de 20 mm (1/2”) como o mínimo.

A quantidade de condutores que podem ser enfiados em um eletroduto depende do tipo de condutor (diâmetro externo) e do diâmetro interno do eletroduto.

O dimensionamento dos eletrodutos pode ser efetuado de duas maneiras distintas, a primeira com a soma das áreas reais dos cabos utilizados, trecho a trecho, adotado o coeficiente de aproveitamento necessário, ou com a utilização de tabelas auxiliares, como as dispostas neste material.

Tabela 29 - Número máximo de condutores

Quando os condutores instalados no mesmo eletroduto, têm seções (mm2) diferentes, poderá ser utilizada, primeiramente, a tabela abaixo, que indica o fator de transformação entre as diferentes seções.

Tabela 30 - Transformação para diferentes seções

16 20 25 31 41 47 59 75 88 1153/8" 1/2" 3/4" 1" 1 . 1/4" 1 . 1/2" 2" 2 . 1/2" 3" 4"

1,5 7 12 21 34 60 80 132 215 303 3982,5 4 8 14 22 40 52 86 141 199 2624 2 6 10 17 31 40 67 110 155 2036 2 5 8 14 24 32 53 87 123 16210 1 2 5 8 14 19 31 52 73 9616 1 2 2 6 10 13 22 37 52 6925 1 1 2 3 6 9 14 24 34 4535 - 1 1 2 4 6 10 17 24 3250 - 1 1 2 2 5 8 13 18 2470 - - 1 1 2 3 6 10 15 1995 - - 1 1 2 2 4 7 10 14

CONDUTOR (mm²)

ELETRODUTO - DIÂMETRO NOMINAL

1,5 2,5 4 6 10 16 25 35 50 70 95

1,5 1 1,52 1,96 2,45 4,13 5,76 8,8 12,25 16 20,25 28,442,5 0,66 1 1,29 1,61 2,72 3,79 5,79 8,05 10,52 13,31 18,74 0,51 0,78 1 1,25 2,11 2,94 4,49 6,25 8,16 10,33 14,516 0,41 0,62 0,8 1 1,68 2,35 3,59 4,99 6,52 8,25 11,5910 0,24 0,37 0,47 0,59 1 1,39 2,13 2,96 3,87 4,9 6,8816 0,17 0,26 0,34 0,43 0,72 1 1,53 2,13 2,78 3,52 4,9425 0,11 0,17 0,22 0,28 0,47 0,65 1 1,39 1,82 2,3 3,2335 0,08 0,12 0,16 0,2 0,34 0,47 0,72 1 1,31 1,65 2,3250 0,06 0,1 0,12 0,15 0,26 0,36 0,55 0,77 1 1,27 1,7870 0,05 0,08 0,1 0,12 0,2 0,28 0,43 0,6 0,79 1 1,495 0,04 0,05 0,07 0,09 0,15 0,2 0,31 0,43 0,56 0,71 1

CONDUTOR (mm2)

RELAÇÃO ENTRE AS ÁREAS

CONDUTOR (mm²)

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APRESENTAÇÃO DO PROJETO

O projeto elétrico se materializa na apresentação das pranchas que contenham todos os elementos necessários a implantação de todo sistema, além dos demais elementos auxiliares que nortearam a perfeita execução de todos os serviços.

ELEMENTOS GRÁFICOS

QUADROS

x Quadro de Demanda; x Quadro de Cargas; x Quadro de dimensionamento;

DIAGRAMAS

x Diagrama Unifilar; x Diagrama Multifilar;

ENTRADA E ALIMENTAÇÃO GERAL;

LEGENDAS;

OBSERVAÇÕES;

MEMORIAL DESCRITIVO

MEMÓRIA DE CÁLCULO*;

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EXEMPLO

Figura 33 - Planta Baixa

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Tabela 31 - Distribuição dos pontos de utilização

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Figura 34 - Áreas e perímetros

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Figura 35 - Locação dos pontos

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Tabela 32 - Divisão dos circuitos

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Figura 36- Divisão dos circuitos

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Figura 37 - Locação dos comandos ou acionamentos

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Figura 38 - Caminhamento dos eletrodutos

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Figura 39 - Locação dos condutores nos eletrodutos

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Antes de iniciar o preenchimento desta tabela é primordial efetuar o cálculo da potência instalada e demanda, para proceder o englobar o dimensionamento do alimentador geral nas planilhas subsequentes.

Tabela 33 - Dimensionamento - Critério da corrente

CARGA TENSÃO CORRENTE CONDUTORVA V A mm²

DIMENSIONAMENTO - CRITÉRIO DA CORRENTE

CIRCUITO N° N° CIRC Fa

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Tabela 34 - Dimensionamento - Critério da queda de tensão

PRODUTO QUEDA TENSÃO CONDUTORVA x m % V mm²

DIMENSIONAMENTO - CRITÉRIO DA QUEDA DE TENSÃO

CIRCUITO N°

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Tabela 35 - Dimensionamento - Critério da sobretensão

DIMENSIONAMENTO - DISJUNTORES

CIRCUITO N° CORRENTE DE CARGA CORRENTO DO CONDUTOR

DISJUNTOR

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Tabela 36 - Resumo do dimensionamento

Para finalizar o projeto é necessário efetuar o lançamento das bitolas calculadas nos eletrodutos, posteriormente efetuar o dimensionamento dos eletrodutos trecho a trecho.

Procede-se a finalização gráfica das pranchas, com a elaboração dos diagramas e detalhes auxiliares, bem como o fechamento do memorial descritivo.

CONDUTORmm²

DIMENSIONAMENTO - CONDUTOR

CIRCUITO N° CRITERIO DA QUEDA

CRITERIO DA CORRENTE

CRITERIO DA SEÇÃO MÍN

CRITERIO DA SOBRECARGA

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