Aos políticos liberais: Promessas, paixão e gestão!

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Aos Políticos Liberais: Promessas, Paixão e Gestão. Há cerca de 2000 anos, um jovem, por volta dos seus 30 anos, começou a divulgar suas ideias a respeito de D’us, sua relação com o mundo e o que ele espera de cada um de nós. Durante sua vida, esse jovem, não obteve muito sucesso ao divulgar suas ideias. Ainda que suas “palestras” estivessem sempre cheias, o seu número de seguidores fiéis, que eram doze inicialmente, não passou de aproximadamente 72, pelos menos em registro (Lucas 10:1). Hoje, porém, o cristianismo é a maior religião do mundo, com aproximadamente 33% da população do planeta em seus bancos. Como foi que, de uma pequena comunidade de seguidores, num pequeno território rebelde do antigo Império Romano, essa religião obteve tanto sucesso em conseguir adeptos? Há uma grande frase, do escritor americano Bob Briner, que diz assim: “Com doze executivos, Jesus criou a maior empresa do mundo”. Historicamente, houve muitos fatores que acabaram gerando esse resultado, porém os dois maiores, com certeza, foram a paixão pelo que fazia e pregava e a confiabilidade que as pessoas tinham de que ele iria cumprir suas promessas. Tudo bem, mas o que isso tem a ver com política, liberalismo ou com o Partido Novo? No Brasil, os dois principais problemas vivenciados ao longo de sua história são a corrupção e a má gestão dos recursos públicos. O primeiro é quase inerente à política brasileira, historicamente falando, e só poderá ser resolvido se o poder que os governantes têm de alocar recursos, criar legislações que os beneficiem e de se aventurar no mundo coorporativo –através de empresas estatais ineficientes- sejam diminuídos, se as punições a esses crimes forem mais severas e as possibilidades de infração sejam reduzidas. O segundo, só poderá ser resolvido se as atribuições dadas ao governo forem menores do que atualmente, facilitando uma gestão mais direcionada e possibilitando uma

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Aos Políticos Liberais: Promessas, Paixão e Gestão.

Há cerca de 2000 anos, um jovem, por volta dos seus 30 anos, começou a divulgar suas ideias a respeito de D’us, sua relação com o mundo e o que ele espera de cada um de nós. Durante sua vida, esse jovem, não obteve muito sucesso ao divulgar suas ideias. Ainda que suas “palestras” estivessem sempre cheias, o seu número de seguidores fiéis, que eram doze inicialmente, não passou de aproximadamente 72, pelos menos em registro (Lucas 10:1). Hoje, porém, o cristianismo é a maior religião do mundo, com aproximadamente 33% da população do planeta em seus bancos. Como foi que, de uma pequena comunidade de seguidores, num pequeno território rebelde do antigo Império Romano, essa religião obteve tanto sucesso em conseguir adeptos? Há uma grande frase, do escritor americano Bob Briner, que diz assim: “Com doze executivos, Jesus criou a maior empresa do mundo”. Historicamente, houve muitos fatores que acabaram gerando esse resultado, porém os dois maiores, com certeza, foram a paixão pelo que fazia e pregava e a confiabilidade que as pessoas tinham de que ele iria cumprir suas promessas. Tudo bem, mas o que isso tem a ver com política, liberalismo ou com o Partido Novo?

No Brasil, os dois principais problemas vivenciados ao longo de sua história são a corrupção e a má gestão dos recursos públicos. O primeiro é quase inerente à política brasileira, historicamente falando, e só poderá ser resolvido se o poder que os governantes têm de alocar recursos, criar legislações que os beneficiem e de se aventurar no mundo coorporativo –através de empresas estatais ineficientes- sejam diminuídos, se as punições a esses crimes forem mais severas e as possibilidades de infração sejam reduzidas. O segundo, só poderá ser resolvido se as atribuições dadas ao governo forem menores do que atualmente, facilitando uma gestão mais direcionada e possibilitando uma fiscalização melhor das instituições públicas e da própria população.

Concluímos pois, que o tamanho do Estado é o maior adversário ao crescimento do Brasil e às liberdades dos brasileiros. Porém o que essa conclusão tão simples tem a ver com o tema inicial? O que isso tem a ver com promessas e paixão?Infelizmente, no Brasil, a mentalidade antiliberal, que enxerga no Estado a solução para seus problemas é praticamente dominante, ao menos é isso o que vemos nas câmaras municipais, congresso e senado. Por isso é tão importante que o liberal que deseja entrar na política seja franco com seus eleitores e nunca faça promessas que não possa cumprir. Por isso é tão importante que o político liberal tenha paixão e convicção sobre o que acredita. Só assim é possível transformar a teoria liberal em ações políticas. Transformar o dogmatismo em pragmatismo.

Possivelmente, o maior exemplo de estadista que tenha tido esse grau de convicção e disposição política de fazer a diferença foi Margareth Thatcher. Em sua época, por exemplo, a discussão se a emissão monetária gerava ou não inflação era recente. Milton Friedman

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publicou suas teses sobre o assunto em 1975 e Thatcher foi eleita quatro anos depois. Quando Thatcher começou a implantar suas medidas de redução do Estado e controle monetário em 1981, mais de 300 economistas renomados em sua época escreveram uma carta aberta ao jornal Times criticando suas políticas, dizendo que essas iriam levar o país ao caos financeiro. Ainda assim, a primeira-ministra britânica continuou firme e conseguiu fazer mudanças que transformaram o Reino Unido.

O político que deseja colocar em prática as ideias liberais deve, acima de tudo, ter três qualidades: conhecimento sobre o que defende, oratória para explica-las e convicção. Se o Partido Novo compreender que a política de mudanças que deve ser feita no país demanda tempo, trabalho e dedicação, teremos uma nova geração de políticos e gestores que podem dar ao Brasil o futuro que ele merece e almeja ter.

Wesley Alfredo G. de Arruda – 21/03/2015