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ARACRUZ E LINHARES (ES) | 15 A 21 DE MAIO DE 2020 www.folhalitoral.com.br ANO XXVII | NÚMERO 1059 - EDIÇÃO DE 10 PÁGINAS “ONDE A IMPRENSA É LIVRE E TODO HOMEM É CAPAZ DE LER, TUDO ESTÁ SALVO” (THOMAS JEFFERSON) FOLHA DO LITORAL FUNDADO EM 18 DE ABRIL DE 1993 l O JORNAL DE ARACRUZ E REGIÃO Comércio de material de construção reage aos impactos da pandemia em Aracruz Em Aracruz, o comércio de material de construção está reagindo aos impactos da pandemia do novo coronavírus com a adoção de estratégias para se adaptar à nova realidade. Há demanda para obras domésticas ou de pequeno e médio porte. q PÁGINA 05 Maio Amarelo alerta sobre riscos invisíveis no trânsito O Maio Amarelo, movimento que tem o objetivo de conscientizar as pessoas so- bre a importância de atitudes positivas no trânsito para a redução do número de aci- dentes, terá abordagem exclusivamente digital neste mês devido à necessidade de distanciamento social por causa da pande- mia do novo Coronavírus (Covid-19). Com o tema “Perceba o risco. Proteja a vida”, o Detran|ES colocou no ar uma campanha que retrata o inimigo invisível em uma analogia entre os riscos do trânsi- to e a pandemia, levando em consideração que em ambos os casos a atitude de cada pessoa é fundamental para a proteção da vida. Por meio de um filme para a televisão, spot para emissoras de rádio e posts nas redes sociais, o Detran|ES transmite men- sagens educativas para destacar que to- dos os cidadãos têm de utilizar a prudên- cia e atitudes preventivas para combater, no trânsito, as possíveis ameaças. No primeiro semestre de 2019, mais de cinco mil pessoas foram atendidas pelo Samu e pelos bombeiros por serem víti- mas de acidentes de trânsito. E, em 2020, até março, 154 pessoas perderam a vida nas vias capixabas.

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ARACRUZ E LINHARES (ES) | 15 A 21 DE MAIO DE 2020

www.folhalitoral.com.br

ANO XXVII | NÚMERO 1059 - EDIÇÃO DE 10 PÁGINAS

“Onde a imprensa é livre e tOdO hOmem é capaz de ler, tudO está salvO” (Thomas Jefferson)

FOlha dO litOralFUNDADO EM 18 DE ABRIL DE 1993 l O JORNAL DE ARACRUZ E REGIÃO

comércio de material de construção reage aos impactos

da pandemia em aracruz

Em Aracruz, o comércio de material de construção está reagindo aos impactos da pandemia do novo coronavírus com a adoção de estratégias para se adaptar à nova realidade. Há demanda para obras domésticas ou de pequeno e médio porte. q PÁGINA 05

Maio Amarelo alerta sobre

riscos invisíveis no trânsito

O Maio Amarelo, movimento que tem o objetivo de conscientizar as pessoas so-bre a importância de atitudes positivas no trânsito para a redução do número de aci-dentes, terá abordagem exclusivamente digital neste mês devido à necessidade de distanciamento social por causa da pande-mia do novo Coronavírus (Covid-19).

Com o tema “Perceba o risco. Proteja a vida”, o Detran|ES colocou no ar uma campanha que retrata o inimigo invisível em uma analogia entre os riscos do trânsi-to e a pandemia, levando em consideração que em ambos os casos a atitude de cada pessoa é fundamental para a proteção da vida.

Por meio de um filme para a televisão, spot para emissoras de rádio e posts nas redes sociais, o Detran|ES transmite men-sagens educativas para destacar que to-dos os cidadãos têm de utilizar a prudên-cia e atitudes preventivas para combater, no trânsito, as possíveis ameaças.

No primeiro semestre de 2019, mais de cinco mil pessoas foram atendidas pelo Samu e pelos bombeiros por serem víti-mas de acidentes de trânsito. E, em 2020, até março, 154 pessoas perderam a vida nas vias capixabas.

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02 - FOLHA DO LITORAL - ARACRUZ (ES) - 15 A 21 dE MAIO dE 2020 CIDADES

Desembargador e presidente da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do ES

PEDRO VALLS FEU ROSA

Na aurora de 2020 a conceitua-da Univer-sidade de Cambridge e n t r e go u à humani-dade um sério aler-

ta na forma de um relatório denominado “Satisfação Global com a Democra-cia”. Ao término de longa pesquisa de opinião pública (qua-tro milhões de consultas entre 1973 e 2020) os pesquisado-res detectaram um fenômeno preocupante: a maioria da po-pulação mun-dial está desiludida com a democracia. Em nível global, o índice de insatisfação subiu de 47,9% para 57,5% desde meados da década de 1990. Um dos autores do estudo, Dr. Roberto Foa, bem sintetizou o estado de coisas: “a democracia está doente”. Observo que este não é um quadro rela-tivo a governos, mas, antes, ao sistema que os gera. Houve o cui-dado de isolar-se dos resultados questões momentâneas ou pa-

roquiais.Qual a explica-

ção? Há várias, cla-ro! Mas chamou-me a atenção um fator especialmente real-çado pelo historiador David Olusoga, em artigo publicado no jornal britânico The Guardian: “quando os bancos tiveram problemas durante a crise econômi-ca de 2008 rece-beram ajuda – e o resto de nós, aus-

teridade”.Eis aí uma dura

verdade. Pelo plane-ta afora temos visto governos legitimados pelo voto popular conferindo benesses a grandes empresas e reduzindo absur-damente a qualida-de e a quantidade dos serviços a serem prestados pelo Esta-do – enquanto isso, a reboque, começam a subir descontrola-damente os níveis de pobreza e desigual-dade.

Faço rápida pesqui-sa em meu banco de

dados. Retorno a 25 de outubro de 1999, quando a conceitua-da revista Time publi-cava uma séria frase de Mohammed Tariq, um motorista de taxi paquistanês de ape-nas 22 anos de idade: “nós não queremos democracia. Que-remos apenas lei, ordem e preços es-táveis”.

Vou à janela. Vejo o mundo mergulha-do em denúncias de corrupção e optan-do pela impunidade mais acintosa. Con-templo a epidemia então instalada no planeta – e os esta-dos completamente despreparados, com sistemas de saúde falidos e estruturas

sucateadas. Uma vez mais co-

meçam as discussões sobre benefícios e resgates para alguns poucos – ao custo da austeridade para muitos.

A democracia não nos foi presenteada. Foi conquistada. Daí nosso dever maior de provar ser ela compa-tível com o desenvol-vimento econômico e social – e incompatí-vel com a corrupção. Este não é um dever apenas cívico – é, acima de tudo, espi-ritual.

NoSSa luTa

Deputado quer limitar gastos do governo com

cartões corporativosO deputado

estadual Delegado Lorenzo Pazolini possui um Projeto de Lei tramitando na Assembleia para li-mitar os gastos com os cartões corporati-vos do Governo do Estado em 30% do valor médio dos úl-timos dois anos, nos casos de epidemia ou pandemia.

O objetivo é evitar gastos desnecessá-rios e despesas não essenciais, utilizan-do a economia feita em ações de com-

bate ao coronavírus (covid-19), como aquisição de EPI’s, respiradores, leitos de UTI, entre outros.

No início do ano solicitamos por meio de um requerimento de informações à secretaria da Casa Civil informações relativas ao sigilo so-bre movimentações de créditos com des-pesas confidenciais/sigilosas oriundas do Governo do Estado.

Vale ressaltar que existe uma decisão

recente do Supremo Tribunal Federal (STF) proibindo despesas sigilosas no âmbito da Admi-nistração Pública.

Na ocasião, o STF julgou e estabele-ceu a publicidade administrativa como regra geral, em um esforço para buscar a transparência na utilização das verbas públicas, sendo que o sigilo só pode ser decretado quando envolver questão de segurança da socie-dade e do Estado.

Doação – o deputado Delegado Lorenzo Pazolini apresentou uma emenda ao Projeto de Lei que prevê a redução da remuneração dos deputados estaduais, am-pliando também para todos os agentes políticos do Estado: governador, vice-gover-nador, secretários e subsecretários de estado. Porém, o PL está tramitando sem essa emenda. Sendo assim, o parlamentar fez sua parte e espontaneamente doou 30% do seu salário para duas instituições beneficentes do Estado, que cuidam de crian-ças: Associação dos Amigos dos Autistas do Espírito Santo (AMAES) e Obra Social Gabriel Delane (OSGADE). Ambas fazem um trabalho brilhante e precisam de ajuda para manter seus projetos sociais. “Se cada um fizer um pouco, conseguiremos ajudar muita gente e, além de tudo, vencer mais essa crise que estamos vivendo”.

Dra. Flávia enfatiza ainda que a pandemia do novo co-

Movimento de dentistas une saúde e solidariedadeIntegrante

do ‘Mo-v i m e n t o Dentistas em Ação, U n i d o s

pela Prevenção’ (saiba mais no perfil @movi-mentodentista-semacao no Ins-tagram), a Dra. Flávia Broetto, de Aracruz, está doando – em forma de cestas básicas, itens de higiene pes-soal ou de lim-

peza (ou o que a instituição es-teja precisando no momento) – parte do va-lor recebido por suas consultas preventivas a uma instituição local. “O objetivo é, além de oferecer saúde e cuidado aos meus clien-tes, convidá-los a, juntos, cuidar-mos daqueles que mais precisam nesse momento”, destaca.

Dra. Flavia enfatiza ainda que esse movimento foi desenvolvido pela união dos dentistas:

Flavio Daroz (Vitória/ES)Marco Aurélio Rela (Campinas/SP) André Destéfani (Cuiabá/MT)Luiz Coelho (Fortaleza/CE).

Em 30 dias já arrecadaram juntos mais de 1 tonelada de alimentos.

Já aderiram ao movimento mais 25 dentistas que começam a mobilizar suas regiões junto ao movimento.

ronavírus trouxe dificulda-des, mas também uma gran-de oportunidade dos seres humanos cuidarem um dos outros. “Nos momentos difí-ceis é que mais entendemos a importância das conexões hu-manas. Mesmo passando por incertezas somos capazes de olharmos para nossa sociedade, para o ecossistema que vivemos, e entender que existem pessoas que precisam da nossa ajuda”.

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ARACRUZ (ES) - 15 A 21 dE MAIO dE 2020 - FOLHA DO LITORAL - 03CIDADES

Túneis de desinfecção desativados em Aracruz, Serra e São Mateus

Criados para proteger profissionais contra o novo coronavírus, os túneis de desinfecção (foto), inicialmente criados pela SA Ambien-tal, empresa de limpeza urbana de Aracruz, foram desativados em Aracruz, Serra e São Mateus, após nota da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e posição con-trária pelo Conselho Federal de Química (CFQ), garantindo que não há comprovação

da eficácia do método e que o produto borri-fado pode causar lesões na pele e nas vias res-piratórias.

A empresa de limpeza urbana de Aracruz e o Hospital Roberto Silvares, em São Mateus, desativaram os túneis de desinfecção, após o posicionamento desaconselhando o uso dos equipamentos e de determinadas substân-cias. De acordo com a nota técnica da Anvisa, “não foram encontradas recomendações por parte de órgãos como a Organização Mun-dial da Saúde sobre a desinfecção de pessoas no combate à Covid-19, na modalidade de tú-neis ou câmaras”, e que “não foram encon-tradas evidências científicas, até o momento, de que o uso dessas estruturas para desinfec-ção sejam eficazes no combate ao ARS--CoV-2”.

A nota da Anvisa diz, ainda, que o uso de quaternários de amônio, a substância quími-ca que é borrifada nos túneis, pode causar ir-ritação de pele e das vias respiratórias, e que as pessoas que se expõem constantemente

aos produtos podem desenvolver reações alérgicas. Já os Conselhos Federal e Regional de Química e a Associação Brasileira de Pro-dutos de Limpeza e Higiene afirmam que es-tes equipamentos foram pensados para a de-sinfecção de profissionais de saúde que utilizam Equipamentos de Proteção Indivi-dual (EPIs) completamente vedados, sem a exposição da pele para não ter contato com o produto.

A SA, além de desligar o túnel, informou que nenhum funcionário apresentou reação. No Hospital Roberto Silvares, o túnel havia sido uma doação, e também foi desativado por decisão da secretaria estadual de Saúde. Mesmo com a nota técnica da Anvisa encami-nhada para todos os municípios, as adminis-trações de Aracruz e Serra disseram que vão continuar utilizando o método de desinfec-ção. Em Aracruz estão instalados três túneis, sendo dois em frente a Unidades de Pronto--Atendimento (UPAs) e um em frente ao Hos-pital São Camilo.

SA Ambiental faz manifesto sobre túneis de desinfecçãoÍntegra da nota da SA

A empresa SA Ambiental, em res-peito aos seus clientes e à popula-ção em geral, vem se MANIFESTAR publicamente acerca das notícias veiculadas quanto à utilização dos túneis de desinfecção no enfrenta-mento à pandemia causada pela COVID-19, o que faz nos seguintes termos.

O produto utilizado no túnel de desinfecção da SA Ambiental é o quaternário de amônio, produto este indicado por diversos profissio-nais de saúde, vez que amplamente utilizado na indústria farmacêutica, de cosméticos e em produtos do-missanitários, inclusive em clínicas e hospitais.

Esse produto é recomendado pela ANVISA como produto saniti-zante que pode substituir o álcool 70% na desinfecção durante a pan-demia da COVID-19. A Nota Técni-ca nº 26/2020/SEI/COSAN/GHCOS/DIRE3/ANVISA, dispõe que os qua-ternários de amônio, numa concen-tração de 0,05%, podem ser utiliza-dos para combate à COVID-19.

Quando puro, o quaternário de amônio pode causar irritação aos olhos, mucosas e pele, sendo que, em condições normais de utiliza-

ção, não há risco quando inalado. O produto, conforme Ficha de Infor-mação de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ 301, é classifica-do como produto não perigoso, de baixa toxicidade à saúde humana, não demanda nenhum controle es-pecífico de engenharia e não há aplicação aos limites de exposição ocupacional.

É importante destacar que a so-lução utilizada para aspersão no túnel é de 0,03%, ou seja, é feito a diluição de 1 litro de quaternário de amônio em 3.000 litros de água. O objetivo dos túneis não é desinfetar pessoas, mas sim a redução da car-ga viral da COVID-19, principal-mente nas vestimentas e calçados, de tal forma que não deixa de ser uma sanitização/desinfecção de su-perfície.

A ANVISA já foi acionada para que analise a possibilidade de utili-zação dos túneis com quaternário de amônio, do ozônio aquoso ou do produto Atomic 70. Obtivemos in-formação que haverá uma reunião ainda essa semana para definição.

A Nota Técnica nº 38/2020/SEI/COSAN/GHCOS/DIRE3/ANVISA não tem nenhum preceito proibitivo, mas sim condão recomendatório, em decorrência de “não terem en-contrado evidências científicas de

que o uso dessas estruturas para desinfecção seja eficaz no combate ao SARS-CoV-2”, podendo “diante de novos estudos, ser modificado este posicionamento a qualquer momento”.

Por derradeiro, em que pese não haver nenhuma proibição legal, a orientação do nosso departamento jurídico é que os túneis por ora so-mente sejam utilizados por profis-sionais da área de saúde, com uso dos equipamentos de proteção e utilização dos saneantes homologa-dos pela ANVISA, devendo ser aguardada a deliberação da referi-da agência ou de outros órgãos competentes, para os demais usos.

Destacamos que o corpo técnico da SA ambiental continuará moni-torando acerca das deliberações pelos órgãos competentes no que tange a utilização dos túneis de de-sinfecção, bem como de todos os recursos aplicáveis ao enfrenta-mento da pandemia causada pela COVID-19, e reiteramos que persis-tirão franqueados os canais de co-municação, garantindo a transpa-rência e respeito nos relacionamentos.

Continuaremos firmes no propó-sito de contribuir para a preserva-ção do meio ambiente e da qualida-de de vida e saúde da população.

Em nota assinada ontem 12 pelo sócio-adminis-trador da SA Ambiental, Sér-gio Renato Telles Vasconcelos, e o advogado Cidi-ney Mazim, a

empresa se manifestou publicamente quanto à utilização dos túneis de desinfecção no enfrenta-mento à pandemia causa-da pelo novo coronavírus. A empresa foi pioneira no Estado na disponibiliza-ção, no final da primeira quinzena do mês passa-do, dos túneis de desin-fecção.

Modelos semelhantes começaram a ser usados no último dia 7 pela Pre-feitura da Serra e tem causado polêmicas. Auto-ridades sanitárias contes-tam a eficiência do pro-cesso e alertam para riscos de crises alérgicas que possam ser provoca-das. Nota técnica da Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária (Anvisa) diz que a aprovação dos produtos utilizados é vali-da somente para a aplica-ção em objetos e superfí-cies, e não para aplicação

direta nas pessoas.No entanto, a SA Am-

biental esclarece que o objetivo dos túneis não é desinfetar pessoas, mas sim a redução da carga viral da Covid-19, princi-palmente nas vestimentas e calçados, de tal forma que não deixa de ser uma sanitização/desinfecção de superfície. De acordo com a SA Ambiental, a Anvisa foi acionada para que analise a possibilida-de de utilização dos tú-neis com quaternário de amônio, do ozônio aquoso ou do produto Atomic 70.

A expectativa é de que haja uma reunião ainda nesta semana para defini-ção. Por derradeiro, em que pese não haver ne-nhuma proibição legal, a orientação do departa-mento jurídico da empre-sa é que os túneis por ora somente sejam utilizados por profissionais da área de saúde, com uso dos equipamentos de prote-ção e utilização dos sane-antes homologados pela Anvisa, devendo ser aguardada a deliberação da referida agência ou de outros órgãos competen-tes, para os demais usos.

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Bom dia pra você, que já amanhece acompanhando as notícias com o

jornal mais lido de Aracruz e região.

04 - FOLHA DO LITORAL - ARACRUZ (ES) - 15 A 21 dE MAIO dE 2020 CIDADES

Fundão entre as 20cidades do Brasil com maior

mortalidade por Covid-19

Levantamento do site G1 junto às secretarias estaduais de Saúde, que considerou apenas cidades com mais de 30 casos confirma-dos de Covid-19, seguindo uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), calcu-la que a taxa de mortalidade pela doença no município de Fundão é 27,9 a cada 100 mil habitantes, o que inclui a cidade entre as 20 do país com maior taxa de mor-talidade.

De acordo com o Censo Demo-gráfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fundão tem 17.025 habitantes. Na última atualização do Painel da Covid-19, o município con-firmou 45 casos do novo corona-vírus e seis mortes pela doença, sendo classificado como de alto risco para a contaminação pelo novo coronavírus no Espírito Santo.

Essa classificação faz com que o município tenha que adotar me-didas qualificadas no combate ao coronavírus. Entre elas, a instala-ção de barreiras sanitárias nas en-tradas do município e nas rodo-

viárias, e restrições à abertura do comércio. A prefeitura informou que tem feito várias ações para conter o avanço do coronavírus no município e diminuir a mor-talidade pela doença, como a dis-tribuição gratuita de máscaras, cercamento de praças, higieniza-ção de ruas, calçadas, unidades de saúde e ambientes públicos e a circulação de um carro de som orientando sobre a importância do isolamento social.

Por causa da pandemia, a pre-feitura explicou que está for-talecendo os cuidados com os pacientes na atenção primária da saúde para que os casos não evoluam para óbito. Isso é feito pela contratação de médicos, en-fermeiros e dentistas. A adminis-tração municipal disse também que tem feito blitz no comércio, ruas e praças verificando e orien-tando sobre o uso da máscara e das atividades que estão restritas e liberadas, e informou que 15 es-tabelecimentos já foram notifica-dos por descumprirem o decreto municipal sobre as ações durante a pandemia.

A taxa de mortalidade da doença no município é de 27,9 a cada 100 mil habitantes. O distrito de Praia Grande, na divisa com Serra, concentra o maior número de casos

Foto: Prefeitura de Fundão

Léo Mai faz ‘live’ em benefício do Hospital

São Camilo

A Fundação Hospital Mater-nidade São Camilo (FHMSC), mantenedora do hospital filan-trópico de mesmo nome, em Aracruz, promove hoje 15, às 19h, uma ‘live’ no YouTube com o cantor regional Léo Mai (foto), com o objetivo de arrecadar ali-mentos, que serão revertidos 100% para doação, e os recursos financeiros para o hospital.

O tempo da ‘live’ será de três horas, com Léo Mai cantando ritmos diversos, como sertane-jo, forró, axé e outros. O link de acesso é www.youtube.com/LeoMai. O cantor aracruzen-se já abriu shows de Gusttavo Lima, Zé Neto e Cristiano, Wes-ley Safadão, Cristiano Araújo e outros. Mai tem 10 anos de car-reira.

Foto: Divulgação

Big Beatles e Orquestra Sinfônica em Live Solidária

Amanhã 16, em suas redes so-ciais (youtube.com/ClubeBigBea-tles e (@clubebigbeatlesoficial), o Clube Big Beatles estará em sua primeira Live Solidária, com duas horas de Clube Big Beatles, Or-questra Sinfônica do Espírito Santo e os convidados Ivan Lins, Flávio Venturini, Andreas Kisser (Sepultu-ra), Edgard Scandurra (IRA), Ama-ro Lima e André Prando.

O objetivo é arrecadar doações em dinheiro, serviços, cestas bási-cas, além de kits de limpeza e de higiene pessoal para ajudar as pes-soas que estão enfrentando dificul-dades por conta da Covid-19, em especial artistas circenses, técnicos das artes e comunidades tradicio-nais, como as indígenas e quilom-bolas no Espírito Santo.

Haverá transmissão ao vivo pelos canais oficiais do Governo do Es-

tado, Oses e Big Beatles, e em TV aberta pela TVE. A regência da Or-questra Sinfônica será do maestro Helder Trefzger e o evento contará com a apresentação do jornalista, músico e produtor Edu Henning.

Helder vai comandar um conjun-to de 16 músicos da orquestra com instrumentos de corda, já que os instrumentos de sopro serão evita-dos por precaução contra o coro-navírus. Os convidados participarão de forma remota com suas inter-venções musicais. Flávio Venturi-ni vai tocar Beatles em português numa versão inédita de Aldir Blanc, músico e compositor recentemente falecido vítima da Covid-19. Ivan Lins trará uma música autoral jun-to com trechos da famosa banda de Liverpool, e Andreas Kisser, co-nhecido por tocar heavy metal, se apresenta tocando violão.

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Seguindo as recomendações das autoridades de saúde à risca, a Construfácil deixa disponível e acessível orientações sobre cuidados de higiene, além de álcool 70% em pontos estratégicos da loja. Há ainda higienização constante de locais com maior tráfego de pessoas e as de contato físico, tais como maçanetas, balcões, máquinas de cartão etc. No tocante à la-vagem das mãos, os colaboradores têm atenção redobrada.

Em relação às vendas, o sócio-proprietário Márcio Manto-vani diz que “ampliamos o atendimento digital (por e--mail: [email protected] ou WhatsApp: 27 98133-1335), convidamos nossos colaboradores para criarem conteúdo de engajamento dos clientes junto conosco, e estamos tendo saída de mercadorias embo-ra a procura tenha caído bastante. É que as pessoas es-tão esperando para ver o que vai acontecer e, até que isso se resolva, estão inseguras quanto a novos investimentos. A gente entende e torce para que o cenário mude o mais breve pos-sível”.

“Parar é pior, temos que nos proteger e se cuidar, mas parar só vai gerar mais desestabilidades. O mês de abril foi muito produtivo, mas neste mês a percepção é de que as pessoas ficaram mais inseguras com rela-ção a seus empregos e renda, e desse modo tendem a parar os investimentos. Sabemos dos desafios que teremos pela frente, mas precisamos continuar foca-dos no negócio, trabalhando e inovando”, destaca Heler Tânia Guzzo Pignaton, sócia-proprietária da Pimacol Material de Construção.

A empresária conta que em um primeiro momento, com o início do distanciamento social e isolamento domiciliar, onde o setor de material de construção encontrava-se operando em horário normal, mesmo seguindo critérios de segurança, foi possível sentir um aumento considerável nas vendas de-vido aos consultórios médicos e empresas que precisavam de manutenções e aproveitaram o período para realizá-las. “Iso-ladas em casa, as pessoas também observaram repa-ros a serem feitos e quem pode, aproveitou o tempo ocioso para resolver esses problemas”, completa Heler Tânia, acrescentando que a Pimacol recebeu muitas ligações (27 3256-2876) e mensagens via WhatsApp (27 98137-4230) com solicitações de mercadorias, o que fez com que o serviço de delivery já existente na empresa fosse ampliado.

Sobre as medidas de segurança adotadas na Pimacol, a em-presária conta que entre outras coisas houve a disponibilização de álcool 70% e a fixação de adesivos de piso para demarcar distanciamento social em vários pontos da loja. Também fo-ram confeccionadas máscaras de proteção para todos os co-laboradores. Sobre as medidas para se diferenciar no merca-do, Heler Tânia lista: o bom atendimento, a excelente apresen-tação dos produtos, a disponibilidade dos mesmos em estoque e a competitividade.

ARACRUZ (ES) - 15 A 21 dE MAIO dE 2020 - FOLHA DO LITORAL - 05ARACRUZ

Comércio de material de construção reage aos impactos da pandemia em AracruzE

m Aracruz, o comércio de material de c o n s t r u ç ã o está reagindo aos impactos

da pandemia do novo coronavírus com a adoção de estratégias para se adaptar à nova re-alidade. O merca-do não está como antes, mas há de-manda para obras domésticas ou de pequeno e médio porte. É o foco nes-se perfil de vendas que traz cer-to fôlego ao setor. Vale l e m b r a r - s e de que toda crise é pas-sageira, e de que em toda crise, há grandes oportunidades.

Direcionar de forma correta os colaboradores foi uma das primeiras estratégias adota-das pelos donos de lojas de mate-riais de constru-ção. Com a equipe administrativa e o time de vendas e entregas devida-

mente orientados, o segundo pas-so foi preparar o estabelecimento. Além da atenção de sempre com o visual, a ilumina-ção e a exposição de mercadorias de modo atrativo e destacado, a dis-tância mínima en-tre balcões, mesas ou pontos de aten-dimento, a dis-ponibilização de álcool gel 70% e a higienização cons-tante dos espaços

entraram na lista de prioridades.

O varejo digi-tal (e-commerce) também ganhou foco especial du-rante esse período de distanciamento social e isolamento domiciliar. Cuidar do fluxo de caixa e enfatizar o con-trole financeiro fo-ram outras medi-

das adotadas nas lojas de material de construção. A primordial, entre-tanto, foi atender o cliente com infor-mação e tranquili-dade por meio de um relacionamen-to amistoso e aco-lhedor.

Quem mantém o foco e a organi-zação, poderá sair mais fortalecido na pós-pandemia. É no que acredi-tam os donos de lojas de materiais

de cons-trução em A r a c r u z . E talvez, por isso, o quadro não chega a ser pessimista

entre eles. Segun-do a Associação Nacional dos Co-merciantes de Ma-terial de Constru-ção (Anamaco), o setor tem possibi-lidade de recupe-ração no segundo semestre, que é o período que con-some mais mate-riais de constru-ção.

Construfácil alinhada com a nova realidade

Otimismo na Pimacol Material de Construção

Quem mantém o foco e a organização, poderá

sair mais fortalecido na pós-pandemia.

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06 - FOLHA DO LITORAL - ARACRUZ (ES) - 15 A 21 dE MAIO dE 2020 IBIRAÇU

Foto do Facebook Torcida Ibiraçu

Em tempo de pandemia com quarentena, a nostalgia toma conta de quase todos e reviver o passado é grati-ficante e traz muita saudade. Este é o time do Ibiraçu Esporte Clube em 1979, logo após a inauguração do Es-tádio Marcos José Campagnaro. Segundo o então presi-dente do clube, Marcus Vicente, deve ter sido uma par-tida amistosa com um clube amador de Vitória (Ponte Preta, 138 Unidos da Vale ou Estiva), no dia 15 ou 22 de abril de 1979, um domingo, às 15h.

Vicente fez a indicação de quem está na foto: em pé, da esquerda para a direita, presidente Marcus Vicente, Maurício, Jorge, Jaime, Roberto Rapadura, Tonho, Ne-gão, Rogério e Mazinho. Agachados: Adenildo, João Ba-tista Depizzol (Mosquete), Evair, Dezinho, Beto e Valdir.

Os mascotes são: Carlos, Renato, Sandro (filho de Ar-lindo Conti), Edivaldo e Giovani.

Ibiraçu – o futebol do passado

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(27) 99949-5888

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RESERVADO PARA VOCÊ

A página Saúde em Aracruz também está em nosso site.

Para anunciar:

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08 - FOLHA DO LITORAL - ARACRUZ (ES) - 15 A 21 dE MAIO dE 2020 ARACRUZ

Aracruz já tem 15 pré-candidatosa prefeitoA

té o momento existem 15 nomes em Aracruz mais comentados nas redes sociais e meios políticos como pré-candidatos a prefeito, entre eles Jones

Cavaglieri, que deve tentar mais um mandato.

Eles disputarão os votos dos quase 70 mil eleitores do mu-nicípio. Mas, como sempre ocorre nas eleições munici-pais, muitos nomes são colo-cados apenas como balão de ensaio, em busca de promo-ção.

São eles: Jones Cavaglieri; empresários Aderjânio Pedro-ni, Helinho Vieira e Evilasio Oliveira Costa; pastor Ma-nuel Messias Lopes de Souza; radialista Carlos Conti; vere-adores Alcântaro Filho, Ale-xandre Manhães, Paulo Neres

ELEITORADO DE ARACRUZ ATÉ 08/05/2020 SEDE .................................................................................................................. 37.949 ORLA .................................................................................................................. 20.396 REGIÃO NORTE .................................................................................................... 8.924 INTERIOR ............................................................................................................... 768 Aldeias indígenas: .......................................................................................................... 772 Barra do Riacho: ......................................................................................................... 4.643 Barra do Sahy: ............................................................................................................ 1.611 Bela Vista: .................................................................................................................. 6.718 Biriricas: ........................................................................................................................ 530 Centro: ....................................................................................................................... 6.706 Coqueiral: ................................................................................................................... 4.182 Córrego D’Água: ............................................................................................................ 324 De Carli: ..................................................................................................................... 1.064 Bairro de Fátima: ........................................................................................................ 2.678 Ginásio: ...................................................................................................................... 1.786 Grapuama: ...................................................................................................................... 99 Guaraná: .................................................................................................................... 3.886 Itaparica: ...................................................................................................................... 507 Itaputera: ................................................................................................................... 1.113 Jacupemba: ................................................................................................................ 4.876 Jequitibá: .................................................................................................................... 5.249 José Mambrini: .............................................................................................................. 411 Morobá: ...................................................................................................................... 1.421 Nova Santa Cruz: ........................................................................................................... 479 Novo Irajá: ................................................................................................................. 1.145 Peladinho: ....................................................................................................................... 69 Pelado: ........................................................................................................................... 70 Praia do Sauê: ............................................................................................................... 519 Mar Azul: ....................................................................................................................... 504 Rio Francês: .................................................................................................................. 162 Rio Preto: ...................................................................................................................... 247 Santa Cruz: ................................................................................................................. 1.275 Santa Rosa: ................................................................................................................ 1.063 São Marcos: ................................................................................................................ 3.809 Segatto: ..................................................................................................................... 1.179 Vila do Riacho: ............................................................................................................ 3.696 Vila Nova: ................................................................................................................... 3.898 Vila Rica: .................................................................................................................... 2.328

Cale a Boca, Jornalista! A história do ódio e ataques à imprensa

As críticas e insultos à imprensa infelizmente não são nenhuma novidade quando o assunto é po-lítica. Em 2008, a Edito-ra Novo Século lançou a 5ª edição do livro “Cale a Boca, Jornalista!”, do autor Fernando Jorge; entretan-to, mesmo que ele a tenha escrito na década de 1980, esta obra não deixa de ser atual.

O livro caminha entre momentos da história brasileira em que a im-prensa foi tratada de forma nada cordial e, também, muito violenta. São apresentadas e analisadas si-tuações desde a época imperial, passando pela censura imposta pelo golpe militar de 1964 e as perseguições aos profissionais des-ta área, assim como as mortes e torturas que aconteceram neste período.

Compondo ainda o livro, Fernan-do Jorge traz casos de políticos específicos que tiveram comporta-mentos negativos em relação aos jornalistas, denunciando as verda-deiras personalidades.

No início do mês de maio, Fer-nando Jorge comentou que “esta-mos sob o reinado da estupidez”, sobre as atuais atitudes do gover-no contra a imprensa. Ganhador do Prêmio Jabuti de 1962, Jorge é um jornalista muito admirado pelos profissionais da comunicação, e é também historiador, crítico literário e biógrafo e possui diversas obras históricas e biográficas.

“Cale a Boca, Jornalista” é uma leitura imprescindível para profissionais da área e àqueles que acompanham as cada vez mais ha-bituais críticas à imprensa.

Seguindo à risca o que escreve o jornalista, aqui, na FOLHA DO LITORAL, “cala a boca já mor-reu”.

NOMES MAIS COMENTADOS PARA PREFEITO DE ARACRUZ Prefeito Jones Cavaglieri Empresário Aderjânio Pedroni Empresário Helinho Vieira Empresário Evilasio Oliveira Costa Pastor Manuel Messias Radialista Carlos Conti Vereador Alcântaro Filho Vereador Alexandre Manhães Vereador Paulo Neres Vereadora Dileuza Del Caro Ex-vereador e ex-vice-prefeito Anderson Ghidetti Servidor público Gúbio Heringer Ex-vereador Dr. Luiz Coutinho Valdivo Prattes Jornalista Edmilson Guimarães

e Dileuza Del Caro; ex-verea-dor e ex-vice-prefeito Ander-son Ghidetti; ex-vereador Dr. Luiz Coutinho; Valdivo Prat-tes, servidor público Gúbio Heringer e o jornalista Edmil-son Guimarães.

De 42.782 eleitores em de-zembro de 1999, Aracruz au-mentou esse número para 69.756 até o último dia 8, um aumento de 26.974 eleitores em pouco mais de 20 anos (60,30%).

O número de eleitoras é maior (35.313) contra 34.777 eleitores masculinos e 66 de sexo não informado no cadas-tro eleitoral. Os maiores colé-gios eleitorais de Aracruz são os bairros Bela Vista (6.718) e Jequitibá (5.249).

Na região, também o eleito-rado feminino é maior: Fun-

dão conta com 13.885 elei-tores (6.891 homens, 6.974 mulheres e 20 de sexo não in-formado).

João Neiva tem 12.658 eleito-res (6.159 homens e 6.499 mu-lheres) e Ibiraçu 9.543 (4.593 homens e 4.950 mulheres).

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ARACRUZ (ES) - 15 A 21 dE MAIO dE 2020 - FOLHA DO LITORAL - 09ARACRUZ

Estudantes realizam pesquisa sobre proteção da criançacontra a violência sexual

“A Contribuição da Escola na Pro-teção da Criança contra a Violência Sexual” é o tema, desde ano, da Pes-quisa de Iniciação Científica que está sendo desenvolvi-da pelos estudan-tes do curso de Pedagogia da FA-ACZ.

A pesquisa deve ser apresentada no final do primei-ro semestre e tem como objetivo veri-ficar a postura das escolas municipais de Aracruz no que se refere à contri-buição ao combate à violência sexual infantil na região. Como produção final, os univer-sitários farão um artigo que será apresentado e pu-blicado nos Anais da Jornada de Ini-ciação Científica da FAACZ.

Inicialmente, os acadêmicos conhe-ceram as regras do Edital que nor-maliza a pesquisa científica na facul-dade.

Em seguida, fo-ram orientados como estrutu-rar o campo a ser pesquisado, bem como elaborar os

instrumentos ne-cessários para a in-vestigação.

Logo depois, rea-lizaram a aplicação dos instrumentos com representan-tes da comunidade escolar de Aracruz. Atualmente, a pes-

quisa se encontra na fase de análises de dados.

De acordo com o professor Arismar Manéia, orientador da pesquisa, “este momento é muito importante, pois estamos colocan-do a pesquisa para que todos conhe-çam a realidade da

criança e suas difi-culdades enfrenta-das na sociedade. Todos nós, educa-dores, precisamos saber sobre o tema e nos sensibilizar-mos com a situa-ção dos resulta-dos da pesquisa, e

desta forma fazer a prevenção em todos os níveis de violência cometida contra meninos e meninas”.

Manéia destaca que “precisamos ter conhecimento de que pela lei to-dos somos respon-sáveis pelo cuida-do destas crianças. Esta determinação está prevista no Artigo 245 do Es-tatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei 8.069/90). Mas, para exercer de forma eficaz este papel de vi-gilância, o corpo docente precisa estar capacitado para reconhecer os sinais de que a criança pode es-tar sendo vítima de violência – em especial nas situ-ações de cunho se-xual. Não podemos ser omissos”.

IPTU com 10% de descontoaté o dia 30

Termina no pró-ximo dia 30 o pra-zo para pagamento do IPTU 2020 em Aracruz, com cota única e 10% de desconto. O paga-mento parcelado pode ser feito em quatro vezes a par-tir de 10 de agosto sem multas e/ou juros. A previsão é que o município tenha uma arreca-dação de aproxima-damente R$ 14,5 milhões.

Em 2019 o valor arrecadado foi de R$ 7.796.249,66, e o município tem quase 45 mil contri-buintes inadimplen-tes.

De acordo com o secretário de Finan-ças, Zamir Rosalino, em função da atual situação de pan-demia e a possível crise financeira que a mesma poderá gerar com a perda de receita, em se

tratando de recolhi-mento do IPTU, a prefeitura vem tra-balhando para faci-litar a vida do con-tribuinte para que ele possa quitar as suas parcelas.

“O setor de Fi-nanças vem faci-litando a vida do contribuinte que quer recolher o imposto. Já im-plementamos um sistema de reti-rada on-line dos carnês de cota única no próprio site da prefeitu-ra. Também há a liberação para a retirada de par-celas, como for-ma de tornar mais prático e rápido essa emissão de guias do carnê”, ressalta Rosalino. As dúvidas podem ser sanadas no e--mail [email protected] ou pelo telefone (WhatsU-pp) 99794-4663.

Brasão retrata origens e marcos de AracruzNOSSA HISTÓRIA

Quando completou 127 anos, em 1975, Aracruz ganhou sua identidade visual definitiva. Cria-do pelo heráldico Ar-cinoé Antônio Peixoto

“Como produção final, osuniversitários farão um artigo

que será apresentado epublicado nos Anais daJornada de IniciaçãoCientífica da FAACZ”

de Faria, o Brasão Oficial, estampado na bandeira da cidade e usado como tim-bre nos documentos oficiais da Câmara Municipal e da Prefeitura, foi instituído em 12 de junho de 1975 pela Lei 95/75, aprovada pelo saudo-so ex-prefeito Primo Bitti, no seu terceiro mandato.

O ex-vereador Aurício Mo-denesi (in memoriam) acom-panhou o processo de criação do Brasão e explicou no livro “Faça-se Aracruz” (1997) as origens dos marcos retrata-dos no emblema. No centro do brasão, a cruz e a faixa azul que a atravessa com a

frase latina “Esse Agnus Dei” (Eis o Cordeiro de Deus) – dita por São João Batista, padroeiro de Aracruz, ao ba-tizar Jesus – representam o espírito cristão aracruzense e as origens cristãs do municí-pio.

As águas correntes e o pei-xe, abaixo da cruz, expres-sam a fonte de abastecimento de boa parte da população, o mar e seu produto, a pesca. As chaminés, nas laterais do brasão, identificam as indús-trias em atividade no municí-pio. As toras de madeira, por trás das chaminés, lembram o que já foi uma grande fon-

te de riqueza do município: a industrialização da madeira.

O segmento de muralha dos antigos castelos da Era Feudal, acima do brasão, passa a ideia da realeza e no-breza de um povo que me-receu a visita de sua Majes-tade Imperial, Dom Pedro II, em fevereiro de 1860. A fai-xa vermelha com a menção “ARACRUZ – 3 DE ABRIL DE 1848”, à frente das toras de madeira, destaca a data da Resolução Provincial n° 2, que criou o município, então com o nome de Santa Cruz, pelo saudoso ex-prefeito Luiz Theodoro Musso.

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10 - FOLHA DO LITORAL - ARACRUZ (ES) - 15 A 21 dE MAIO dE 2020 FOLHA MEMÓRIAS

Um ET já foi linchado em Aracruz

Há 12 anos a FO-LHA DO LITO-RAL publicou uma reportagem que foi replica-

da no arquivo UFO. Assim como no caso do ET de Var-ginha, ocorrido na cidade mi-neira, os moradores de Ara-cruz também acreditaram que um ser extraterrestre apareceu na cidade. Não deu outra: a população linchou o ET a pauladas.

E anos depois, até o carro do Google Street View foi confundido com “invasão alien”, por causa da parafer-nália de antenas, câmeras de vídeo e luzes que ostentava.

Mas, foi no dia 15 de mar-ço de 2005 que moradores do bairro Limão alarmaram a ci-dade com a notícia da apari-ção de um extraterrestre, mas

tudo não passou de brinca-deira de mau gosto. Os mo-radores falaram que viram uma bola de fogo no céu e que encontraram um ser que supostamente seria um ex-traterrestre. Eles até levaram os “restos mortais” do “ser de outro mundo” para o Hos-pital São Camilo, para que fosse submetido a exames.

Na época, mais de 50 pes-soas ligaram para a Polícia Militar preocupadas com uma suposta invasão aliení-gena, graças a um boato so-bre uma criatura extraterres-tre que teria sido avistada na cidade após sair de uma bola de fogo. O tal alienígena (ou o que restou dele após o lin-chamento) chegou a ser en-contrado e foi levado para o Hospital São Camilo.

Lá, um médico propôs que

todo o material fosse enca-minhado para o laboratório da UFES, onde poderia ser analisado com mais preci-são. Mas, por meio de uma observação microscópica, os demais médicos avaliaram que o ser, na verdade, era um boneco feito com material es-ponjoso de borracha com res-tos de coliformes fecais.

A reportagem da FOLHA DO LITORAL comprovou, na época, que na Pastelaria Califórnia, em Ibiraçu, era possível adquirir um boneco igual ao suposto extraterres-tre encontrado pelos mora-dores. Originalmente, o bo-neco tinha 10 cm de altura, mas se mergulhado em água, chegava a 20 cm, ficando exa-tamente igual ao encontrado na casa do morador do bairro Limão.

O corpo verde, nojento e viscoso não passa-va de um brinquedo. De madrugada, médicos tiveram que interromper o plantão no Hospi-tal São Camilo. “Não parecia tecido animal, pelo menos dentro dos padrões aqui da Terra”, chegou a comentar o clínico-geral José Adalberto de Oliveira, sugerindo que o corpo fosse encaminhado para um exame mais deta-lhado no Laboratório da UFES.

A história do ET que abalou os bairros Limão e Vila Nova começou quando a dona de casa Adriana Silva Francisco afirmou ter visto des-cendo do céu “uma bola de fogo meio ala-ranjada”. Ela chegou a garantir ter encontrado o corpo estranho em seu quintal: “ele tinha três dedinhos como os de um sapo e o corpo tipo um ET”.

Com a notícia se espalhando rapidamente, vizinhos da mulher ficaram assustados e não demorou para que alguns moradores dos dois bairros interpretassem o aparecimento do ex-traterrestre como um sinal do fim dos tempos ou mesmo uma artimanha do diabo. Aí caíram de pau e atacaram e destruíram completamen-te o que seria o ser de outro planeta.

O ET de Aracruz, na verdade, não passava de um boneco vendido por R$ 5 em camelôs e lojas, apelidado de Alien, com 10 centímetros de comprimento, mas que, ao ser colocado na água por um período de 72 horas, crescia 60 vezes mais. O slogan comercial do fabricante do boneco – “mostre aos seus amigos. Eles ficarão espantados” – foi levado ao pé da letra pelos moradores de Aracruz.

“ET de Aracruz” tinha três dedinhos, como

um sapo

Aracruz foi também palco de uma notícia curiosa, alguns anos depois da “aparição do ET”. Moradores, assustados com a pre-sença de um “carro estranho” circulan-do pelas ruas do cen-tro, chamaram a po-lícia para verificar do que se tratava, mas, quando os policiais encontraram o veícu-lo, perceberam que era apenas o carro do Google Maps, que há quatro meses vinha fo-tografando cidades do

Espírito Santo para o serviço “Street View”.

“Os boatos sobre o carro, que tem um conjunto de câmeras e outros equipamentos sobre o teto, se espa-lharam rapidamente e ganharam contor-nos além das nossas fronteiras. Teve gente ligando para o Bata-lhão perguntando se o carro tinha alguma coi-sa relacionada com o episódio do ET de Ara-cruz”, disse na ocasião o policial militar Carlos Augusto Belloti.

Carro do Google Maps confundido com“invasão alien”

O policial militar Carlos Augusto Belloticontou a um site de Vitória que teve gente li-gando para o Batalhão perguntando se o carro tinha alguma coisa relacionada com o episódio do ET de Aracruz

Invasão alienígena ‘abafada pela CIA’O então tenente do 5º BPM, Fabrício Segatto

Auer, esteve no local e acompanhou toda a mo-vimentação dos populares. Segundo o oficial, ao chegar a uma residência, um morador teria mos-trado a ele um pote de vidro contendo um peque-no braço e uma mão deformada. Em seguida, o policial se deslocou até um bairro vizinho e encon-trou o corpo do suposto ET enrolado em um saco de papel, com outro morador.

Valcir da Silva, o morador, afirmou se tratar da cabeça de um extraterrestre. Apesar de ser ape-nas uma brincadeira, a movimentação foi tão grande que o 5º BPM recebeu mais de 50 ligações telefônicas de pessoas preocupadas com a possí-vel invasão alienígena no município.

A Polícia Militar informou, no entanto, que ne-nhuma ocorrência foi registrada porque, quando os militares chegaram ao local, perceberam se tratar de uma brincadeira. Apesar de comprovada a brincadeira, muitas pessoas choravam e diziam que viram um extraterrestre em seu quintal. O caso tomou uma proporção tão grande na im-prensa estadual que os policiais não conseguiram identificar o autor da brincadeira.

Muitas pessoas, porém, julgaram a história como abafamento do caso, acreditando que o ex-traterrestre verdadeiro teria sido removido pelo Serviço Secreto Americano (CIA), que o substituiu por um boneco barato e que as testemunhas fo-ram ameaçadas para ficar em silêncio.