“Escrevo para me tornar visível.” · Abraços, Ricardo P. Damaceno . Comunicação &...
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Caro aluno,
Este manual de Língua Portuguesa tenta condensar e resolver os principais
problemas da comunicação diária de forma clara e objetiva, ora preocupado com
preceitos da estrutura do idioma, ora preocupado com o ato comunicativo.
Saiba que o resultado final deste trabalho não é o acúmulo de regras, mas sim
melhorar o processo da comunicação, seja ele escrito ou oral, entretanto para
comunicar-se num mundo tão competitivo é necessário agilidade, rapidez... acima de
tudo simplicidade. Esse material possui dicas para que você não seja surpreendido em
situações do dia a dia.
O material não responderá a todos os detalhes do idioma, por isso aconselho que
tenha uma gramática e um bom dicionário para consulta que o acompanhará por toda a
vida seja no trabalho, na escola etc.
É importantíssimo lembrar que somente com o hábito da leitura, o processo
reflexivo e a prática da escrita farão com que você articule muito bem o discurso escrito
e oral.
“Escrevo para me tornar visível.”
Murilo Mendes
Abraços,
Ricardo P. Damaceno
Comunicação & Expressão!
Objetivos específicos
● Desenvolver a criatividade do aluno na produção de textos;
● ampliar a argumentação nos diversos tipos de textos (orais e escritos);
● A importância do hábito da leitura;
● Noções de oratória;
● O texto como ferramenta do dia a dia (utilização do texto no cotidiano e não somente
na escola);
● Revisão de tópicos gramaticais aplicados ao texto de forma prática:
- Pontuação;
- Propiciar ao aluno a capacidade de adequar informações de
forma coerente em seu meio social;
- Organizar e selecionar as informações pertinentes ao texto
(coesão)
- Acentuação gráfica;
- Utilização adequada do “por que”;
- Estudo do verbo;
- Crase;
- Concordância nominal e verbal;
● Dicas de como escrever melhor;
● Conhecer diversos tipos de cartas comerciais;
● Aprender a redigir a sua carta de apresentação;
● Aprender a avaliar as suas potencialidades;
● Uso adequado das ‘novas tecnologias’ na produção de textos
● Aprender a selecionar, interpretar e compreender textos com mais rapidez e
eficiência;
● Aprender a comunicar-se adequadamente na oralidade (entrevistas de emprego,
reuniões etc.);
● Indicação de livros, sites para sanar dúvidas do dia a dia.
Aula 1
Competências e Habilidades: Possibilitar ao aluno condições reais e imagéticas
de produção escrita.
Proposta de Trabalho: Produção escrita e oral.
Procedimentos atitudinais: Uso da teoria sócio-interacionista.
Avaliação: Participação oral e escrita.
1º Momento
O professor introduz lendo a sua história e em seguida abre espaço para a leitura dos
alunos.
2º Momento
Observação na diferença entre título e tema.
A Bola
O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar sua primeira bola do pai. Uma número 5 sem tento oficial de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
─ Como é que liga? ─ perguntou. ─ Como, como é que liga? Não se liga. O garoto procurou dentro do papel de embrulho. ─ Não tem manual de instrução? O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que
os tempos são decididamente outros. ─ Não precisa manual de instrução. ─ O que é que ela faz? ─ Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela. ─ O quê? ─ Controla, chuta... ─ Ah, então é uma bola. ─ Claro que é uma bola. ─ Uma bola, bola. Uma bola mesmo. ─ Você pensou que fosse o quê? ─ Nada, não. O garoto agradeceu, disse “Legal” de novo, e dali a pouco o pai o
encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster Ball, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de blip eletrônico na tela ao mesmo
tempo que tentavam se destruir mutuamente. O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio rápido. Estava ganhando da máquina.
O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.
─ Filho, olha. O garoto disse “Legal” mas não desviou os olhos da tela. O pai segurou
a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro de couro. A bola cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa idéia, pensou. Mas em inglês, para a garotada se interessar.
Luis Fernando Veríssimo.
1º Momento
Imagine que você é um objeto e conte uma aventura (Faça a ilustração).
2º Momento
Responda:
a. O que imaginou ser?
b. De que material você é feito?
c. Como você é?
d. Onde costuma ficar?
e. Qual sua utilidade?
f. Quem gosta de você? (objeto) Por quê?
g. O que o agrada?
3º Momento
Agora escreva a história de acordo com o que respondeu.
Aula 2
Competências e Habilidades: Mostrar ao aluno o comportamento da sociedade
quanto ao consumismo.
Proposta de Trabalho: Análise social do consumo.
Procedimentos Atitudinais: Recortes de revistas, leitura de textos publicitários
em grupos ou individual.
Avaliação: Produção de texto publicitário.
1º Momento ○ Pedir aos alunos que recortem de jornais e revistas textos de propaganda de
que tenham gostado.
○ Pedir para que expliquem porque gostaram dos textos que selecionaram.
○ Pedir para que coletem alguns slogans.
2º Momento
O material deverá ser trocado em sala pelos alunos para que possam observar diferentes
situações (informes).
3º Momento
Propor a seguinte discussão:
o Propaganda de produtos de primeira necessidade (alimentos, por
exemplo).
o Propaganda de supérfluos.
o Consumismo.
o As pessoas valem pela capacidade de consumir.
Observação: Esta discussão poderá ser aprofundada em função da maturidade, da sensibilidade e do
grau de informação dos alunos.
4º Momento
Escolham um produto e criem um texto publicitário para promover o produto. (atividade pode ser desenvolvida em pequenos grupos).
Aula 3
Competências e Habilidades: Desmistificar a redação como exercício exclusivo
da escola.
Proposta de Trabalho: Análise de textos publicitários elaborados pelos
próprios alunos.
Procedimentos atitudinais: Leitura, reescrita de texto e orientação lingüística.
Avaliação: Escrita de texto publicitário tendo em vista um
público alvo.
2º Momento
Reproduzir um dos trabalhos na lousa e realizar a reescrita com a classe.
3º Momento
Concluir este trabalho, permitindo ao aluno perceber que existem registros diferentes
de linguagem. A linguagem publicitária é um dos registros.
Observação
Lembrar o aluno que a comunicação de idéias não se dá só pelo código verbal. Daí a
solicitação para que o aluno use também o recurso gráfico neste trabalho.
Esta proposta foi pensada como atividade porque ajuda a desmistificar a idéia de que a
redação é apenas um exercício escolar.
1º Momento
Troquem os textos produzidos entre si e avaliem a partir dos critérios:
○ Grau de eficiência do texto para vender o produto.
○ Criatividade – função conativa (apelativa) da linguagem.
○ Senso de humor.
○ Síntese.
○ Pertinência do recurso gráfico.
○ Pertinência da opção pelo registro culto ou coloquial.
.
Aula 4
Competências e Habilidades: Entender a pontuação como elemento de coesão.
Proposta de Trabalho: Pontuação
Procedimentos atitudinais: Texto para pontuação.
Avaliação: Dramatizar a situação.
2º Momento
Dividir a classe em pequenos grupos e incorporando cada um dos personagens, vão
adequando a pontuação.
3º Momento
Leitura dramatizada.
“Estava solitário, mas não triste lembrei; o velho dito dos bêbedos: “A noite ainda é
uma criança”.”
1º Momento
leia atenciosamente o texto
A Importância da Pontuação (A diferença)
Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e pena. Escreveu assim;
Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate
nada aos pobres
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro
concorrentes.
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres.
2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a
conta do alfaiate. Nada aos pobres.
3) O alfaiate pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres.
4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do
alfaiate? Nada! Aos pobres.
E isso faz a diferença. Assim é a vida. Nós é que colocamos os pontos.
Continuação aula 4
Sinais de pontuação
Pontuação é o emprego de certos sinais gráficos que se colocam entre as
orações e partes da oração para indicar pausas de diversas espécies, ou para mostrar
mudança de tonalidade, ou simplesmente para chamar a atenção.
São os seguintes os sinais de pontuação:
a. aspas – “Independência ou morte!”
b. asterisco – factu = * faito = feito
c. colchetes – lei [lege]
d. dois-pontos – Disse-lhe: Rua!
e. parágrafo – Artigo 1º, § único
f. parênteses - amam (amãu)
g. ponto de exclamação – Mãe do Céu!
h. ponto de interrogação – Tu amas?
i. ponto-e-vírgula – Cheguei; ficarei.
j. ponto final – Enfim tudo pronto.
k. reticências – Vou contar-lhe uma coisa
l. travessão – Estrada Rio ─ São Paulo.
m. vírgula – um, dois, três.
Emprego da vírgula
• para separar vocativo. Exemplo: O rapaz, tu não escutas?
• para separar locuções como: isto é, por exemplo, por assim dizer, na minha opinião...
• para separar conjunções como: mas, porém, todavia, no entanto... Exemplo: Ele
recebeu, no entanto, não realizou o trabalho.
• nas datas:
Cotia, 2 de abril de 2006.
Emprego do ponto-e-vírgula
• para separar orações coordenadas longas, por exemplo:
Bem depressa liqüidamos um problema que há dias nos afligia; duas horas depois, tudo
estava em ordem.
• para separar orações coordenadas que se opõem quanto ao sentido. Exemplo:
“Nada é a fama; a ação é tudo” (Goethe)
• separar os diversos itens, decretos, leis, portarias etc. Exemplo:
Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão circular
nas vias:
I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores;
II - segurando o guidom com as duas mãos;
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.
Emprego do dois-pontos
• Esclarece uma referência anterior:
Metade dos acidentes com morte se deve à grande assassina das estradas brasileiras: a
ultrapassagem.
Emprego do ponto final
• Quando encerra uma declaração.
Ao vencedor daremos dinheiro, ao vencido, aulas gratuitas.
Emprego da reticências
• Indica idéia suspensa ou que não se queira declarar.
Há neste cofre um presente...
Atividade
Do texto abaixo, de Rubem Braga, foram omitidos os seguintes sinais de pontuação:
uma vírgula, um ponto-e-vírgula, os dois-pontos e as aspas.
“Estava solitário mas não triste lembrei o velho dito dos bêbedos A noite ainda é
uma criança.”
Aula 5
Competências e Habilidades: Propiciar ao aluno a capacidade de adequar
informações de forma coerente em seu meio social.
Proposta de Trabalho: Estruturação de frases.
Procedimentos Atitudinais: Contextualização em situações propostas.
Avaliação: Completar orações.
1º Momento
Muitas palavras, as quais parecem sinônimos, possuem diferenças que percebemos
facilmente no contexto.
Complete a frase com uma das duas palavras citadas e procure explicar oralmente a
diferença de sentido existente entre elas:
I – VER E OLHAR a. Amanhã vamos ---------------------------- um bom jogo de futebol.
b. Dirija sem--------------------------- para os lados.
II- ANDAR E IR a. Experimente--------------------- um pouco pela praia.
b. Para -------------------------- à cidade, é melhor pegar um táxi.
III- FALAR E DIZER a. Ela veio nos--------------------- sua opinião.
b. Procure não---------------------- em voz alta.
IV- DAR E ENTREGAR a. É preciso--------------------------esta carta ainda hoje.
b. Não acho que você deve ------------------------explicações a ele.
V- ACABAR E CESSAR a. Preciso------------------------este trabalho antes das seis.
b. As chuvas devem---------------------esta noite.
VI- ADIVINHAR E PREVER a. Você tem de----------------------o nome que eu escrevi neste pedaço de
papel.
b. Qualquer um poderia ----------------------o resultado do jogo.
VII- LINGUAGEM E LÍNGUA a. A--------------------------dos gestos é muito expressiva.
b. Ele fala várias-------------------------------.
VIII- RISO E SORRISO a. Recebeu-nos com um----------------------------amigo.
b. Após a anedota, ouviu-se o -------------------do auditório.
IX- MUNDO E UNIVERSO a. O homem ainda não descobriu todos os segredos do----------------------
b. Faremos uma verdadeira volta ao----------------------------.
Tome cuidado!
Errado: “Quando corro, eu sôo muito.”
Certo: “Quando corro, eu suo muito.”
Não podemos confundir os verbos suar com soar. Suar vem de “suor”, e soar
vem de “som”. Se você corre muito e produz suor, você sua. Soar é produzir som. Se o
corredor prender uma sineta na perna, aí soa. O verbo soar só necessita da terceira
pessoa: a campainha soa, os sinos soam. O verbo suar, no presente do indicativo, é: eu
suo, tu suas, ele sua, nós suamos, vós suais, eles suam.
Aprenda: Rigorosamente, a forma “eu sôo” não existe. Só se for no sentido figurado.
Nesse caso, o acento circunflexo no primeiro “o” estaria correto. Verbos terminados em
“-oar”, na 1ª pessoa (singular) do presente do indicativo, fazem o hiato “ôo”: voar – eu
vôo; perdoar – eu perdôo; abençoar – eu abençôo. Só não se esqueça de que o acento
circunflexo deve ser usado apenas no hiato “ôo”. Não há acento gráfico nos hiatos “oa”
e “oe”: voa, voe, perdoa, perdoe, abençoa, abençoe, lagoa, coroa, pessoa...
Aula 6
Competências e Habilidades: Propor ao aluno um estudo sobre sua
personalidade.
Proposta de Trabalho: Questionário pessoal
Procedimentos Atitudinais: Teorias e procedimentos aplicados na seleção de
profissionais.
Avaliação: Responder questionário
1º Momento
Simule uma entrevista de emprego. Aborde temas como: ética, competitividade, política
entre outros.
2º Momento
Corrija falhas no processo da escrita e peça para que os discentes posicionem-se a
respeito do tema.
Aula 7
Competências e Habilidades: Redigir diversos tipos de textos
Proposta de Trabalho: Carta de apresentação
Procedimentos Atitudinais: Utilizar e selecionar informações de cartas
comerciais
Avaliação: Redigir texto.
1º Momento
Oriente os alunos a selecionar as informações relevantes para o mercado de trabalho.
Apresente modelos diversos de cartas comerciais.
3º Momento
Redija uma carta de apresentação.
Antes de elaborar a sua carta de apresentação, reflita, pois por mais que existam
esquemas prontos para apresentar as idéias, o seu texto só existirá, quando você
apresentar o seu pensamento mesmo que use formatos prontos. As marcas pessoais
estarão presentes por meio da fala (capacidade individual de utilizar o idioma).
Modalidades da escrita
A prosa é a representação do discurso que utiliza três modalidades básicas:
descrição, narração e dissertação. Isso não quer dizer que não existem outros tipos de
texto. O texto jornalístico, o currículo, a carta de apresentação, o correio eletrônico (E-
mail), entre outros, se apropriam da modalidade da escrita.
Descrição
O texto descritivo busca transmitir informações sobre um lugar ou uma pessoa,
de modo a permitir ao leitor formar na mente uma imagem do objeto descrito.
Podemos descrever de duas maneiras:
• de forma objetiva;
• de forma subjetiva.
Narração
A narração é o relato de um acontecimento ou de vários acontecimentos, reais ou
fictícios. O texto narrativo apresenta alguns elementos:
• personagens;
• os fatos (motivos);
• espaço;
• tempo;
• enredo;
• foco narrativo.
Dissertação
O texto dissertativo é aquele que expõe, discute ou interpreta idéias; na
interpretação de um texto dissertativo é fundamental:
• que se faça um plano: um roteiro, o qual auxilia no desenvolvimento das idéias;
• que se tenha uma idéia central para ser desenvolvida;
• a argumentação consiste em apresentar idéias que convençam o leitor da validade da
idéia central;
• a conclusão: consiste em pesar os argumentos positivos ou negativos e, naturalmente
concluir o assunto.
Modelo Carta de apresentação
Cotia, 27 de abril de 2020.
Ilustríssimos Senhores
Colégio xxxxxxxxxxx
Rua 111111111111111
Cotia – SP
Prezados Senhores,
Candidato-me ao cargo de...
Asseguro-lhes que possuo boa formação acadêmica e também
experiência de trabalho.
Desenvolvi...
Para referências pessoais, além das empresas mencionadas no
currículo, poderão consultar:
-Microlins - Rua Senador Feijó, 313 conjunto 3 Cotia - SP
telefone XXXXXXX
Desde já subscrevo-me respeitosamente,
assinatura
Redação Comercial
Ofício: é a linguagem escrita que trata o assunto de
forma clara, utilizando uma linguagem formal. É um
documento privativo muito usado em Entidades
Públicas, devido a sua eficácia.
São Paulo, 27 de abril de 2020.
Nº do ofício: 001
Ref. Transferência de ambulância
Solicitamos à Prefeitura Municipal de São Paulo a transferência
de uma ambulância para o posto de saúde Parque São Pedro
localizado na Av. Bady Bassit, nº 1563, Campinas SP, a fim de
atender a nossa necessidade e desta forma evitar problemas
maiores com os pacientes que diariamente nos procuram nesta
unidade para pronto atendimento.
Sem mais,
Virgílio Luiz
Médico Clínico Geral
Ao Exmo. SR. Prefeito João Penna
Prefeitura Municipal de São Paulo
Há vários tipos de redações comerciais tais como: memorando,
carta, atestado, declaração, aviso, procuração, edital, relatório,
formulários, entre outros.
Nesses tipos de composições textuais é necessário o
estabelecimento da comunicação.
Tome cuidado!
Errado: “A campanha é em benefício da criminalidade infantil.”
Certo: “A campanha é contra a criminalidade infantil.”
Só louco faz campanha “em benefício” da criminalidade infantil. Seria um
campanha “a favor”! Certamente a tal campanha era contra a criminalidade infantil. É
interessante observar também que a expressão “criminalidade infantil” é ambígua, pois
podemos dar duas interpretações: crimes cometidos contra crianças ou crimes cometidos
por crianças.
Aprenda: Por falar em ambigüidade, é bom lembrar aquela frase típica de jornalista
esportivo: “Técnico espera o adversário retrancado .” Quero saber quem jogará
retrancado. Qual dos dois times: o do técnico ou do adversário? O técnico vai pôr o seu
time na retranca e esperar o adversário ou o técnico espera (= supõe) que o adversário
vá jogar na retranca?
Aula 8
Competências e Habilidades: Situar o aluno no processo de representatividade
gráfica do idioma.
Proposta de Trabalho: Produção escrita.
Procedimentos atitudinais: Estudo analítico do sistema de acentuação gráfica.
Avaliação: Apreciação escrita.
Acentuação gráfica
1º Momento
Para chamar atenção dos alunos, inicie a aula pelas atividades e aproveite o
conhecimento prévio dos discentes.
2º Momento
Abra espaço para questionamentos.
3º Momento
Conceitue e explique as regras paulatinamente.
1. Assinale a opção em que todas as palavras são acentuadas pela mesma regra de
“alguém”, “inverossímil” e “caráter” respectivamente:
a. hífen, também, impossível.
b. armazém, útil, açúcar.
c. têm, anéis, éter.
d. há, impossível, crítico.
e. pólen, magnólias, nós.
2. Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acentuado:
a. hífen
b. ítem
c. ítens
d. rítmo
e. nda
3. Indique a única alternativa em que nenhuma palavra é acentuada graficamente:
a. lapis, canoa, abacaxi, jovens
b. ruim, sozinho, aquele, traiu.
c. Saudade, onix, grau, orquidea.
d. Voo, legua, assim, tenis.
e. Flores, açucar, album, virus.
4. Escreva as palavras, completando-as adequadamente com e ou i:
aér.....o ....mbuia
crân....o pát....o
cr....olina ....mbrulho
5. Escreva as palavras, completando-as adequadamente com o ou u:
ar....eira eng....lir
b....ate jab....ti
escap....lir jab....ticaba
6. Copie a alternativa em que as palavras não estão escritas adequadamente:
a. agiota – berinjela - angina
b. cafajeste – aragem – canjica
c. efígie – cerejeira – ferrugem
d. fuligem – gorgeta – jesto
e. giz - laje – manjericão
7. Escreva as palavras, completando-as com s, ss ou sc:
aver...ão argama....a acré....imo
de....ida convul....ão demi....ão
exce....o pê....ego gan....o
8. Escreva adequadamente as palavras, completando-as com x ou s:
au....ílio e....pectador (que vê)
e....cusa e....pectador (que tem esperança)
e....quisito e....tensão
Ortografia
O conhecimento da origem das palavras não está ao alcance da grande maioria
dos usuários da língua, a correta grafia passa a depender da retenção da imagem visual
da palavra.
Parônimos – são semelhantes na forma, porém com sentidos diferentes.
infringir – transgredir, desrespeitar.
infligir – impor, aplicar.
Homônimos – são palavras que têm a mesma pronúncia e significados diferentes.
cedo – verbo ceder.
cedo – advérbio que indica tempo.
Formas variantes – são palavras que, com um mesmo significado, admitem duas grafias
distintas.
cotidiano – quotidiano
Acentuação gráfica
Quando utilizamos a linguagem oral, pronunciamos os sons com um maior ou
menor grau de intensidade. Isso nos permite distinguir a sílaba tônica de uma palavra:
a-ba-ca-xi.
Sílaba tônica é aquela que se destaca das demais por ser pronunciada com maior
força expiratória.
Sílabas átonas são aquelas que se caracterizam por uma pronúncia mais fraca:
a-ba-ca-xi.
De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos de mais de uma sílaba
são classificados em:
• oxítonos: se a sílaba tônica é a última: sa-bi-á, li-ção, so-rrir;
• paroxítonos: se a sílaba tônica é a penúltima: fa-se, me-lan-ci-a, en-fer-mei-ro.
• proparoxítonos: se a sílaba tônica é antepenúltima: gra-má-ti-ca, é-ti-ca, pa-ra-le-le-pí-
pe-do.
Na linguagem escrita, muitas vezes somos obrigados a indicar a sílaba tônica
que fazemos com a utilização do acento gráfico [ ´] ou circunflexo [^].
oxítonos paroxítonos proparoxítonos
Acentuam-se os vocábulos oxítonos Acentuam-se os vocábulos paroxí- Acentuam-se todos os vocábulos
terminados em: tonos terminados em: proparoxítonos:
a(s): está, maracujá; l: fácil, comestível; lágrima, fôlego.
e(s): você, café; n: elétron, pólen;
o(s): avó, jiló; ns: íons;
em: também, alguém; r: dólar, caráter;
ens: parabéns, vinténs x: látex, ônix;
ps: bíceps, fórceps;
incluem-se nessa regra: ã(s): órfã, ímã;
ão(s): órfão, bênção;
as formas verbais seguidas dos pro- i(s): táxi, tênis;
nomes átonos: u(s): vírus, bônus;
lo(s), la(s), no(s), na(s): um: álbum, médium;
amá-lo, repô-la, retém-no uns: álbuns, médiuns;
oo: vôo, perdôo.
os monossílabos tõnicos termina-
dos em: ditongos orais
a(s), e(s), o(s): pá, pé, nós. seguido ou não de s:
páscoa, túneis, glória.
NÃO se acentuam os prefixos
terminados em i e em r:
semi-selvagem, super-homem etc.
Os paroxítonos terminados em di-
tongo nasal representado grafica-
mente por em, ens não recebem
acento:
falem, hifens, itens.
Aula 9
Competências e Habilidades: Apresentar mecanismos lingüísticos para a
melhoria do processo de articulação do texto
escrito.
Proposta de Trabalho: Produção escrita.
Procedimentos atitudinais: Estudo analítico dos mecanismos lingüísticos que
formam o discurso.
Avaliação: Apreciação escrita
Verbo
1º Momento
Para chamar atenção dos alunos, inicie a aula pelas atividades e aproveite o
conhecimento prévio dos discentes.
2º Momento
Abra espaço para questionamentos.
3º Momento
Conceitue e explique os conceitos paulatinamente.
1. bocejando
2. apertando
3. ficaram
12. escorregavam
20. estirado
21. choveu
31. atravessou
35. espreitar
40. pensou
1. Marque um X no que for verbo.
1. bocejando
2. apertando
3. ficaram
4. cordões
5. das
6. largas
7. pantalonas
8. de
9. seda
10. que
11. lhe
12. escorregavam
13. da
14. cinta
15. Gonçalo
16. durante
17. todo
18. o
19. dia
20. estirado
21. choveu
22. divã
23. damasco
24. azul
25. com
26. uma
27. vaga
28. dor
29. nos
30. rins
31. atravessou
32. languidamente
33. quarto
34. para
35. espreitar
36. corredor
37. antigo
38. relógio
39. horas
40. pensou
Tome cuidado!
Errado: “Nesta madrugada, pode cair geada.”
Certo: “Nesta madrugada, pode formar geada.”
Ao contrário da neve, que cai, a geada se forma no solo ou sobre água parada.
Portanto, geada não cai.
Aprenda: Se neve cai, é desnecessário dizer que “caiu neve”. Basta dizer que nevou. O
mesmo ocorre com a chuva. Li num bom jornal: “A chuva que caiu ontem à noite
provocou...” Não conheço chuva que não caia. “Chuva que caiu” é redundante, é
desnecessário. Bastaria dizer: “A chuva de ontem à noite provocou...”
Aprenda um pouco mais!
VERBO
Palavra que exprime ação, estado, mudança de estado e fenômenos
meteorológicos, situando-os no tempo: O aluno estuda. (ação)
Os verbos estão agrupados em três conjugações verbais:
• primeira conjugação – vogal temática a: falar.
• segunda conjugação – vogal temática e e o: vencer e repor.
• terceira conjugação – vogal temática i: sorrir
Elementos estruturais do verbo
• radial – contém a significação do verbo: falam, corres
• vogal temática – indica a conjugação: -a (1ª conjugação); -e, -o (2ª conjugação); -i (3ª
conjugação): buscas, sabes, sairia.
• tema – radical + vogal temática: olhais, vendemos.
• desinências – indica número, pessoa, tempo e modos verbais:
radical vogal temática des. modo-temporal des. núm.-pessoal
deix á sse mos
Locução verbal
Formada por dois ou mais verbos: A sua qualidade ficou provada no
trabalho.
Formas nominais
Gerúndio (andando), particípio (andado) e infinitivo: pessoal (andarmos)
e impessoal (andar).
Classificação dos verbos
• regulares – seguem um modelo de conjugação: cantar, vender, sorrir.
• irregulares – não seguem um modelo de conjugação: dar, fazer, cerzir.
• anômalos – alterações profundas no radical: ir, vir, ser.
• defectivos – têm conjugação incompleta: reaver, abolir, demolir, chover.
• abundantes – duas ou mais formas equivalentes, sobretudo no particípio: impresso –
imprimido; fixado – fixo.
Flexões do verbo
• Pessoa e número
1ª pessoa: eu falo (singular), nós falamos (plural)
2ª pessoa: tu falas (singular), vós falais (plural)
3ª pessoa: ele(a) fala (singular), eles(as) falam (plural)
• Modo
Indicativo – modo da “realidade”
Subjuntivo – modo da “irrealidade”
Imperativo – expressa ordem, proibição, conselho, etc.
• Tempo
Pretérito
Presente
Futuro
Aula 10
Competências e Habilidades: Situar o aluno no processo de representatividade
gráfica do idioma.
Proposta de Trabalho: Produção escrita.
Procedimentos atitudinais: Estudo analítico do sistema de acentuação gráfica.
Avaliação: Apreciação escrita.
Crase
1º Momento
Para chamar atenção dos alunos, inicie a aula pelas atividades e aproveite o
conhecimento prévio dos discentes.
2º Momento
Abra espaço para questionamentos.
3º Momento
Conceitue e explique as regras paulatinamente.
a) De acordo com o texto, o que é crase?
Crase é a fusão de duas vogais.
b) Por que não se usa crase diante de palavra masculina?
Porque o a, que antecede o substantivo masculino, é apenas uma preposição; não há
artigo feminino e, portanto, não pode haver a crase.
c) Explique o emprego da crase nesta frase: “A camisa do time colombiano é semelhante à do Palmeiras”.
O adjetivo semelhante é seguido da preposição a, que se une ao artigo feminino que
antecede o substantivo subentendido, “camisa” (A camisa do time colombiano é
semelhante à “camisa” do Palmeiras.)
2.Em que frase o emprego da crase não é facultativo?
a) Francisco pediu à sua mãe um computador novo.
b) O entregador de pizza foi até à varanda com a encomenda.
c) O rapaz avisou à Teresa, sua noiva, que iria viajar.
d) O correio da cidade ficava à distância de cem metros de meu escritório.
Crase e comparações
Ouvimos na escola o professor dizer que não ocorre crase antes de palavra
masculina. Não deixa de ser verdade.
Crase, na origem, significa “fusão, mistura”. Em gramática, quando se pensa em
crase, pensa-se basicamente na fusão de duas vogais iguais.
O caso mais comum é o da fusão da preposição “a” com o artigo “a”: “O livro
pertence à diretora”.
O verbo “pertencer” rege a preposição “a” (algo pertence a alguém). A
preposição se funde com o artigo “a”, exigido pelo substantivo “diretora”.
O velho artifício da troca do substantivo feminino por um masculino equivalente
e de mesma natureza prova a ocorrência da fusão: “O livro pertence ao diretor”. “Ao”
(a+o) antes de masculino, “à” (a+a) antes do feminino.
Não é difícil, pois, entender por que não ocorre crase antes de palavras
masculinas. Em “sal e pimenta a gosto”, “ir a pé”, “traje a rigor”, o “a” não passa de
mera preposição. Não existe artigo feminino antes de substantivo masculino.
Até aí tudo bem. Mas pense na seguinte frase: “Sua proposta é idêntica ... dos
concorrentes”. Como você preencheria o espaço?
Os imediatistas certamente responderiam que se preenche com “a” , sem acento
indicador de crase. Afinal “dos” é palavra masculina e, ainda por cima, está no plural.
Como diria mestre Cony, ledo e ivo engano. Na verdade, há uma palavra omitida,
já citada: “Sua proposta é idêntica à (proposta) dos concorrentes”.
O nome adjetivo “idêntica” rege a preposição “a” (se algo é idêntico, é idêntico
a). Essa preposição se funde com o “a” que representa “proposta”. O acento indicador de
crase é mais do que obrigatório.
O artifício do masculino também ajuda a provar a ocorrência da crase: “Seu
projeto é idêntico ao (projeto) dos concorrentes”. No masculino “ao” (“ao projeto”), no
feminino “à”, (“à proposta”).
Na onda do jogo de ontem, lá vai mais um exemplo: “A camisa do time
colombiano é semelhante à do Palmeiras”.
Acho que você já pode resolver o problema sozinho e compreender por que esse “à” recebe acento grave, acento indicador de crase. É isso.
Pasquale Cipro Neto. In folha de
S.Paulo,17jun. 1999.
d) De acordo com o texto, o que é crase?
e) Por que não se usa crase diante de palavra masculina?
f) Explique o emprego da crase nesta frase:
“A camisa do time colombiano é semelhante à do Palmeiras”.
2.Em que frase o emprego da crase não é facultativo?
e) Francisco pediu à sua mãe um computador novo.
f) O entregador de pizza foi até à varanda com a encomenda.
g) O rapaz avisou à Teresa, sua noiva, que iria viajar.
h) O correio da cidade ficava à distância de cem metros de meu escritório.
Crase É a fusão da preposição a com o artigo definido feminino a, ou com certos pronomes: à,
àquilo, às quais, etc.
Emprego da crase
Regra geral Usa-se diante de palavra feminina regida pelo artigo definido feminino a, ou outro
determinativo, ligada a outra palavra regida da preposição a:
Voltei à butique com minha filha.
Casos obrigatórios 1.Ficou à vontade.
2.Caminhava à frente da comitiva.
3. O barulho aumentava à medida que mais gente chegava para a manifestação.
4. Fomos àquela loja no centro.
5. Vestidos à cigana. (à moda)
6. Saiu às seis horas.
7. O empresário foi à Belgica.
8. Regressou à casa do colega.
9. Foi à terra dos avós.
Não se emprega a crase
1. Andava a cavalo.
2. Referia-se a histórias passadas.
3. Voltou a trabalhar hoje.
4. Vai a Fortaleza.
5. Voltou a casa apressado.
6. Todos preferem a ela./ Exceção: Enviou à senhora Martins o convite.
7. O casal dirigiu-se a uma policial.
8. Colocaram-se frente a frente.
9. Permaneceu a distância, sem interferir.
10. Chegou a terra no dia seguinte.
Casos facultativos ou opcionais
1 .Referia-se à (a) minha amiga.
2. Falei à Flavinha sobre a festa.
3. Foi até à (a) janela para ver a chuva.
4. O escritor aludiu a Florbela Espanca.
Aula 11
Competências e Habilidades: Apresentar mecanismos lingüísticos para a
melhoria do processo de articulação do texto
escrito.
Proposta de Trabalho: Produção escrita.
Procedimentos atitudinais: Estudo analítico dos mecanismos lingüísticos que
formam o discurso.
Avaliação: Apreciação escrita
Concordância verbal
1º Momento
Para chamar atenção dos alunos, inicie a aula pelas atividades e aproveite o
conhecimento prévio dos discentes.
2º Momento
Abra espaço para questionamentos.
3º Momento
Conceitue e explique os conceitos paulatinamente.
1. Assinale onde o verbo está correto
a. Sozinho, ele proviu as necessidades de duas famílias.
b. Se eu não intervisse, aconteceria o pior.
c. Espero que redescubra o mundo por si mesmo.
d. Você interviu a tempo.
2. Assinale o item que contenha a forma verbal correta
a. interviu
b. deteve-o
c. reavi
d. requeria (tu)
3. Assinale a frase cujo verbo (sublinhado) não está correto
a. Creio que já se provêm de roupas.
b. Até ontem, eles não tinham sido pegados.
c. Vimos freqüentemente, porque nos pedes.
d. Felizmente, já reouve parte do dinheiro.
4. Assinale o caso em que o verbo está empregado corretamente
a. Eu me precavenho contra os dias de chuva.
b. Eu reavi o que perdera há anos.
c. Problemas graves me reteram no escritório.
d. n.d.a.
5. Assinale o caso em que o verbo está empregado corretamente
a. Se você não prover, quem proverá?
b. Eles é que não susteram o peso.
c. Quando o ver, avise-me, por favor.
d. Quando advir o que previ, você me dará razão.
6. Assinale a forma verbal correta
a. São soluções por que todos ansiam.
b. É preciso que ele reaveja o dinheiro.
c. Se você não requerer a tempo, perderá a inscrição.
d. n.d.a.
7. Se ______ o material necessário, anotaremos tudo que _______ no dia em que nos
_____ novamente.
a. obtivermos – propuseram – virmos
b. obtivermos – propuzeram – veremos
c. obtermos – propuserem – vermos
d. obtermos – proporem – virmos
Aprenda um pouco mais!
Concordância verbal
A concordância verbal considera as flexões de número e pessoa entre o verbo e o
sujeito.
Principais casos
● O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito simples.
A revista sumiu daqui.
● O sujeito composto por elementos da mesma pessoa gramatical leva o verbo para o
plural:
A revista e o jornal chegaram agora.
● O sujeito composto por elementos de pessoa gramatical diferente leva o verbo para o
plural da pessoa predominante:
- a 1ª pessoa predomina sobre a 2ª e 3ª:
Tu, ela e eu somos os melhores.
- a 2ª predomina sobre a 3ª:
Tu e ela sois os melhores.
● O verbo concorda com o elemento mais próximo do sujeito composto:
Restou-lhe uma folha de papel, um lápis e uma borracha.
Casos especiais de concordância verbal
● O sujeito formado de substantivo coletivo, acompanhado de nome no plural pede o
verbo no singular:
Um bando de crianças quebrou o vidro.
Concordância com o verbo ser
● com as palavras tudo, isto, isso, aquilo e o predicativo no plural, o verbo ser também
pode ir para o plural:
Isto não são coisas que você possa dizer.
● as expressões é muito, é pouco, é mais de, é menos de, é tanto, quando indicam preço,
quantidade, peso, ficam com o verbo no singular:
Quinhentos gramas é pouco.
● em horas, datas e distâncias, o verbo ser é impessoal e concorda com o predicativo:
Hoje são vinte de janeiro.
É zero hora em Brasília.
São onze horas da manhã.
Concordância com o verbo haver e fazer
● o verbo haver apresenta as seguintes peculiaridades:
- no sentido de existir é impessoal e conjuga-se apenas na 3ª pessoa do
singular.
Havia muitas frutas na geladeira.
- no sentido de existir, e ao lado de outro verbo, torna o outro também
impessoal.
Deve haver belos espetáculos hoje.
- no sentido de ter, conjuga-se normalmente.
Eles haviam chegado lá.
● o verbo fazer apresenta as seguintes peculiaridades: - no sentido de tempo é impessoal e conjuga-se na 3ª pessoa do singular.
Faz muitos dias que não vou lá.
- no sentido de fazer alguma coisa, conjuga-se normalmente.
Elas fazem doce para vender.
Aula 12
Competências e Habilidades: Apresentar mecanismos lingüísticos para a
melhoria do processo de articulação do texto
escrito.
Proposta de Trabalho: Produção escrita.
Procedimentos atitudinais: Estudo analítico dos mecanismos lingüísticos que
formam o discurso.
Avaliação: Apreciação escrita
Concordância nominal
1º Momento
Para chamar atenção dos alunos, inicie a aula pelas atividades e aproveite o
conhecimento prévio dos discentes.
2º Momento
Abra espaço para questionamentos.
3º Momento
Conceitue e explique os conceitos paulatinamente.
1. Assinale a alternativa com a concordância nominal correta.
a. Seguem anexas a certidão e o recibo.
b. Segue anexo a certidão.
c. Seguem anexos a certidão e o recibo.
d. n.d.a.
2. Ela _____ não sabia se as declarações deviam ir ou não ______ ao processo.
a. mesmo – ir anexo
b. mesma – ir anexas
c. mesma – irem anexas
d. mesma – ir anexa
3. Ainda _______ furiosa, mas com ______ violência, proferia injúrias ______ para
escandalizar os mais arrojados.
a. meia – menas – bastantes
b. meio – menos – bastantes
c. meio – menos – bastante
d. meio – menas – bastante
4. Assinale a alternativa em que a concordância está incorreta.
a. É meio-dia e meia.
b. Ele é um dos que pensa assim.
c. Perto de trinta pessoas compunham a fila.
d. Zuleica já é meia moça.
Aprenda um pouco mais!
Concordância nominal
A concordância nominal considera as flexões de gênero e número entre o
substantivo e o adjetivo, o artigo, o numeral e o pronome.
Principais casos
● o adjetivo, o artigo, o pronome e o numeral concordam em gênero e número com o
substantivo.
Os primeiros alunos da classe saíram.
As primeiras alunas da classe saíram.
● o adjetivo ligado a substantivo do mesmo gênero número vai normalmente para o
plural.
Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio.
Mãe e filha estudiosas ganharam o prêmio.
● o adjetivo ligado a substantivo de gênero e número diferentes vai para o masculino
plural. Meninos e meninas estudiosos ganharam o prêmio.
● o adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais próximo.
Comprei livros e revista atualizada. (ou atualizados)
● o adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próximo.
Dedico este poema à querida tia e primos.
● o adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o sujeito.
Meus amigos são esforçados.
Casos especiais de concordância nominal
● nos adjetivos compostos de adjetivo e adjetivo, o primeiro elemento é invariavel.
Curso de letras anglo-germânicas.
● os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo vão para o singular
ou plural.
Já li o primeiro livro e segundo livro. (livros)
● vão para o plural os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier
precedido de artigo e o segundo não.
Já li o primeiro e segundo livros.
● o substantivo anteposto aos numerais vai para o plural.
Estudei os capítulos primeiro e segundo do novo livro.
● as palavras mesmo, próprio e só concordam com o nome a que se referem.
Ela mesma desistiu da idéia.
Eles chegaram sós. (adjetivo)
Só o título interessa. (advérbio)
Eles próprios decidiram ficar.
● a palavra obrigado com o nome a que se refere.
Muito obrigado (masculino)
Muito obrigada (feminino)
● a palavra meio concorda com o substantivo, quando é numeral, e fica invariável,
quando é advérbio.
Engoli meia pêra.
A coitada está meio exausta.
● as palavras anexo, incluso e junto concordam com o substantivo a que se referem.
Trouxe anexas as cópias pedidas.
Obs.: em anexo é invariável
Trouxe em anexo estas cópias.
Aula 13
Competências e Habilidades: Apresentar mecanismos lingüísticos para a
melhoria do processo de articulação do texto
escrito.
Proposta de Trabalho: Produção escrita.
Procedimentos atitudinais: Estudo analítico dos mecanismos lingüísticos que
formam o discurso.
Avaliação: Apreciação escrita
1º Momento Argumente sobre a importância da leitura para o desenvolvimento da escrita.
2º Momento
Apresente as dicas gramaticais e textuais pausadamente, recorra a elementos externos
(textos jornalísticos, recados, propagandas, etc.)
Escreva melhor
A escrita é um trabalho que exige paciência. Para escrever bem é primordial que
tenha o hábito da leitura, só assim conseguirá atravessar as barreiras do texto escrito.
● Frase
Escreva frases curtas, que não ultrapassem duas ou três linhas, entretanto não
escreva frases curtas demais, seu texto pode ficar cansativo.
Uma frase de boa extensão evita que você se perca. Seja claro. Quanto mais se
estende, mais a frase multiplica-se em outras sem chegar a lugar nenhum.
Fragmentação – um erro muito comum é a frase recortada, ou seja, a interrupção
brusca do pensamento.
Errado:
Esquecemos o trabalho na sala. Onde tínhamos estudado.
Certo:
Esquecemos o trabalho na sala onde tínhamos estudado.
Estética do texto – Evite um texto com excesso de pontuação tais como: aspas,
exclamações, interrogações etc.
● Vocabulário
Escrever bem não é deixar o texto “pomposo ‘vocabularmente’”, mas sim
comunicar-se com objetividade e eficiência. Evite palavras complicadas ou
supostamente bonitas, busque a simplicidade para não cometer erros. Entre duas
palavras, escolha a mais simples. Por que dizer auscultar em vez de sondar?
Procure dar uma identidade própria aos seus textos evitando modismos e
expressões comuns como:
viveram felizes para sempre
vamos mudar o mundo
botar pra quebrar
Algumas repetições desnecessárias passam despercebidas quando escrevemos
Observe:
a cada dia que passa – a cada dia
acabamentos finais – acabamentos
continua ainda – continua
elo de ligação – elo
encarar de frente – encarar destemidamente
há dez mil anos atrás – há dez mil anos
juntamente com – com
Preste atenção!
● Dentre – significa “do meio de”. Emprega-se com verbos de ação. Nos demais casos
use entre.
Dentre os participantes, apenas um ganhou.
Entre o filme e o teatro, prefiro o filme.
● Desde – Nunca escreva “desde de”.
Não o vejo desde 2000. (E não desde de 2000.)
● Senão / se não Senão – significa “no caso contrário”, “a não ser”
Preste atenção, senão irá mal na prova.
se não – significa “quando não” ou “caso não”
Ele foi muito justo, se não bem intencionado.
● por que / porque
- por que
nas perguntas
Por que não veio ao treino?
quando é entendida a palavra motivo
Ele não me disse por que faltou ao treino.
Quando puder ser substituído por “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais”, “pelas
quais”
Não vou lhe dizer os motivos por que faltei.
no final de frase recebe acento circunflexo
Você está cansado por quê?
- porque
quando equivale a “pois”, “uma vez que”
Não vim porque estava cansado.
com acento quando é substantivo
Não sei o porquê da tristeza.
● sequer / se quer
sequer – significa “pelo menos”, “ao menos”
Não deu sequer um telefonema.
se quer – o “se” é conjunção condicional mais o verbo “querer”
Se quer vencer, lute.
● mau / mal
mau – contrário de “bom”
Ele é um mau jogador.
mal – contrário de “bem”
Ele está mal-humorado.
● Este, esta, estes, estas, isto
- no espaço: indicam o que está perto de quem fala. Exemplo:
Este livro que está comigo foi publicado há tempos.
- no contexto: referem-se a algo que será mencionado mais adiante. Exemplo:
Ele só nos pediu isto: compreensão e apoio.
- no tempo: indicam um tempo presente, atual. Exemplo:
O mundo está passando por profundas transformações. Este é um tempo que
muitos pensavam não chegar tão cedo.
● Esse, essa, esses, essas, isso
- no espaço: indicam o que está perto de quem ouve. Exemplo:
Esse livro que está com você foi publicado há tempos.
- no contexto: referem-se a algo que já foi mencionado. Exemplo:
Compreensão e apoio; ela só nos pediu isso.
- no tempo: indicam um tempo passado ou futuro, mas não muito distante.
Exemplo:
A seleção brasileira jogará no Chile nesse final de semana.
● ao invés de / em vez de
ao invés de – significa “ao contrário de”
Ao invés de reclamar, ele trabalha.
em vez de – significa “em lugar de”
Em vez de estudar, preferiu brincar.
● acerca de / a cerca de / há cerca de
acerca de – sobre
Falou acerca de tudo que realizou no país.
a cerca de – aproximadamente
A escola fica a cerca de cem metros do posto policial.
há cerca de – faz aproximadamente
Há cerca de um mês trabalho neste projeto.
● há / a
Não troque “a” por “há” e vice-versa.
Use “a” para exprimir distância ou tempo futuro.
Daqui a dois dias será a eleição.
O carro está estacionado a dois metros da casa.
Use “há” para tempo passado. Para saber se seu emprego está correto, substitua o verbo
haver por fazer.
Há (faz) dias estou doente.
Veja a diferença entre a tempo e há tempo.
Entregou o trabalho a tempo.
Ele está na Austrália há (faz) tempo.
Atividades
1. Complete as frases com uma das palavras entre parênteses:
a. _____os países de pior distribuição de renda está o Brasil. (entre/dentre)
b. _____o tempo passava, ele ia ficando mais otimista. (à medida que / na medida em que )
c. Ele saiu _____ horas. (há / a)
d. Corra que você chegará ______ tempo. (há / a)
e. _______ de ficar folheando revistas, vá estudar. (em vez de / ao invés de)
f. Você não se saiu ______ durante o debate. (mau / mal)
g. É uma pessoa lenta, _______ preguiçosa. (senão / se não)
h. Fale alto ______ ninguém vai ouvir nada. (senão / se não)
2. Complete com porque, porquê, por que ou por quê:
a. Não sei _____ você tem tanto medo de avião.
b. Ele está assim ______ viajou.
b. Não fez o trabalho _______ passou a noite inteira jogando.
c. A causa ______ lutamos é muito elevada.
d. Todo crime tem seu ______.
e. Isso dói e não sei _______.
3. Empregue acerca de, a cerca de ou há cerca de:
a. A Torcida ficou ______ cem metros dos jogadores.
b. Quando nos encontramos, nada falamos ________ da separação.
c. Eles partiram ________ meia hora.
d. Aquele menino estudou tudo ______ dinossauros.
e. Não se falavam _______ cinco anos.
f. Você nunca fala _______ sua infância.
Aula 14
Competências e Habilidades: Dar subsídios para que o aluno possa compreender
ou interpretar o texto com mais qualidade
Proposta de Trabalho: Leitura e análise de texto.
Procedimentos atitudinais: Diferenciação entre compreender e interpretar o
discurso.
Avaliação: Apreciação escrita
1º Momento Argumente sobre a importância da leitura para o desenvolvimento da escrita. Discuta um
fato relevante sobre o ponto de vista pessoal (interpretação) , em seguida sobre a ótica
do entendimento (compreensão).
2º Momento
Faça processo semelhante com o texto “Política e politicalha” de Rui Barbosa.
1. O termo política tem significados diferentes. Assinale, nas alternativas abaixo, a
acepção que corresponde à intenção do autor no texto:
a. sistema particular ou peculiar de um governo.
b. Esperteza, perspicácia, finura.
c. Arte de gerir os Estados.
d. Filosofia seguida por qualquer instituição ou órgão de imprensa.
e. Cortesia, civilidade, boas maneiras.
2. Para significar política mesquinha, com p minúsculo, Rui Barbosa emprega os
depreciativos politicalha, politiquice, politicaria, politiquismo. Assinale os termos que se
ajustam aos que preferem a política à politicalha:
a. politicóide
b. politiqueiro
c. político
d. politicalheiro
e. politizado
3. O autor ressalta, no texto, aspectos positivos da política bem orientada e seus bons
efeitos sobre o povo e sobre o indivíduo. Arrole-os:
4. Segundo Rui Barbosa, o termo politicagem não define, com o necessário vigor, o
contrário de política. Por quê?
5. O conteúdo do texto é:
a. religioso
b. sócio-econômico
c. patriótico
d. cívico
e. materialista
f. político-social
g. individualista
Política e politicalha
A política afina o espírito humano, educa os povos no conhecimento de si
mesmos, desenvolve nos indivíduos a atividade, a coragem, a nobreza, a previsão, a
energia, cria, apura, eleva o nascimento.
Não é esse jogo da intriga, da inveja e da incapacidade, a que entre nós se deu a
alcunha de politicagem. Esta palavra não traduz ainda todo o desprezo do objeto
significado. Não há dúvida que rima bem com criadagem e parolagem, afilhadagem e
ladroagem. Mas não tem o mesmo vigor de expressão que os seu consoantes. Quem lhe
dará com o batismo adequado? Politiquice? Politiquismo? Politicaria? Politicalha? Nesse
último, sim, o sufixo pejorativo queima como um ferrete, e desperta ao ouvido uma
consonância elucidativa.
Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma
com a outra. Antes se negam, se excluem, se repulsam mutuamente.
A política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais,
leis escritas, ou tradições respeitáveis. A politicalha é a indústria de explorar o benefício
de interesses pessoais. Constitui a política uma função, ou o conjunto das funções do
organismo nacional: é o exercício normal das forças de uma nação consciente e senhora
de si mesma. A politicalha, pelo contrário, é o envenenamento crônico dos povos
negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas inexoráveis. A política é a higiene
dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade
estragada. Rui Barbosa, Trechos escolhidos de Rui Barbosa, Edições de Ouro, Rio, 1964.
1. O termo política tem significados diferentes. Assinale, nas alternativas abaixo, a
acepção que corresponde à intenção do autor no texto:
f. sistema particular ou peculiar de um governo.
g. Esperteza, perspicácia, finura.
h. Arte de gerir os Estados.
i. Filosofia seguida por qualquer instituição ou órgão de imprensa.
j. Cortesia, civilidade, boas maneiras.
2. Para significar política mesquinha, com p minúsculo, Rui Barbosa emprega os
depreciativos politicalha, politiquice, politicaria, politiquismo. Assinale os termos que se
ajustam aos que preferem a política à politicalha:
a. politicóide
b. politiqueiro
c. político
d. politicalheiro
e. politizado
3. O autor ressalta, no texto, aspectos positivos da política bem orientada e seus bons
efeitos sobre o povo e sobre o indivíduo. Arrole-os:
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4. Segundo Rui Barbosa, o termo politicagem não define, com o necessário vigor, o
contrário de política. Por quê?
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5. O conteúdo do texto é:
a. religioso
b. sócio-econômico
c. patriótico
d. cívico
e. materialista
f. político-social
g. individualista
Tome cuidado!
Errado: “Errado não trabalha, tão pouco estuda.”
Certo: “Ele não trabalha, tampouco estuda.”
A palavra tampouco é uma conjunção aditiva. É sinônimo de “nem”. Se “ele não
trabalha, tampouco estuda”, significa que “ele não trabalha nem estuda”. Tão e pouco
são dois advérbios de intensidade: “Ele estudou tão pouco que foi reprovado.”. Portanto,
tão pouco significa “muito pouco”.
Aprenda: Se tampouco significa “nem”, devemos evitar frases como “Ele não trabalha
nem tampouco estuda”. “Nem tampouco” é redundante, pois é a repetição de duas
conjunções aditivas. E uma frase do tipo “Ele não trabalha e nem estuda” seria
incoerente. Ou “ele trabalha e estuda” ou “ele não trabalha nem estuda”.