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ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRACOPEL 2019 - ANO BASE 2018 ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA

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ANUÁRIO ESTATÍSTICOABRACOPEL

2019 - ANO BASE 2018ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA

ApoioRealização

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA

OS PERIGOS DA ELETRICIDADE

ABRACOPELPresidência

Gilberto Alvarenga

Diretoria ExecutivaEdson Martinho

Meire Biudes Martinho

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA OS PERIGOS DA ELETRICIDADE

ABRACOPEL

Escritório Central Rua Europa, 1464, Jardim Celani – CEP: 13326-110 Salto/SP – Brasil www.abracopel.org.br Tel: (55-11) 94114-9559 E-mail: [email protected]

Copyright ©2018

DIRETORIAS REGIONAIS

Rio de Janeiro Fernando Pinto

Bahia Antonio José Silva de Souza

Pernambuco Antiógenes Cordeiro

Rio Grande do Norte Walquiria Joseane da Silva

Alagoas João Macário de Omena Netto

Equipe editorial Meire Biudes Martinho

Execução Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel)

Colaboração Procobre- Instituto Brasileiro do Cobre

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O Anuário Estatístico apresenta a evolução dos acidentes de origem elétrica no país, com dados de 2018, oferecendo à sociedade brasileira, ao setor de energia e ao poder público um importante instrumento de referência sobre os riscos inerentes à eletricidade, especialmente os relacionados às instalações elétricas e ao seu manuseio.

Concebido em 2013, o Anuário resguarda seu objetivo inicial de conscientizar (i) a população sobre a importância de renovar as instalações elétricas residenciais e comerciais para que a rotina de quem lida com a eletricidade seja segura; (ii) as concessionárias de energia para promover técnicas, modelos e padrões que possam ser adotados por seus colaboradores, a fim de que estejam protegidos ao manusear as redes de distribuição e transmissão de eletricidade e; (iii) as autoridades municipais, estaduais e federais, entre outras entidades, sobre a necessidade de atualizar parâmetros e regras referentes às instalações elétricas - inclusive quanto ao uso de materiais certificados - e reforçar a fiscalização, de forma a prevenir incêndios por sobrecarga e omissões quanto à regulamentação elétrica vigente.

Tais objetivos não perdem de vista suprir a falta de informações consolidadas, sistematizadas e confiáveis a que o Anuário se propõe ao compilar e analisar na sua publicação os dados de natureza estatística e geográfica, levando ainda em conta aspectos sociais e demográficos, entre outros recortes necessários para o conhecimento ordenado dos acidentes de origem elétrica em todo o país.

APRESENTAÇÃO

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A presença do Brasil no rol dos 10 países que mais consomem energia no mundo – de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), mais de 472 TWh em 2018 – releva ainda mais a importância do Anuário como fonte inequívoca para a promoção de melhorias quanto à produção do conhecimento e à qualidade da informação, para a inserção de novos temas na agenda de discussão da sociedade civil e dos órgãos públicos, especialmente quanto à formulação de políticas de prevenção. Por isso, os dados aqui apresentados, embora retratem um cenário sombrio de acidentes com eletricidade, constatam as evidências empíricas de que as fatalidades podem sim ser evitadas, bastando para isso a mobilização dos agentes envolvidos.

Apesar da inestimável importância das informações contidas nesse Anuário, faz-se uma ressalva: os dados apresentados espelham parcialmente a gravidade do problema, haja vista a existência de casos não reportados ou divulgados na imprensa e situações que, mesmo depois de todos os esforços empreendidos, não podem ser categoricamente classificadas como sobrecargas (caso dos incêndios que têm os curtos-circuitos como causas aparentes, mas não legitimadas). Tais exemplos ilustram, brevemente, alguns dos desafios metodológicos para contabilizar de maneira efetiva os acidentes de origem elétrica e os incêndios por sobrecarga nas 27 unidades da federação, relegando aos veículos de comunicação o papel quase que exclusivo de fonte primária para coleta de dados e posterior tratamento estatístico.

Ao mapear e tornar conhecidas as carências menosprezadas no trato da eletricidade, o Anuário conjuga também um olhar crítico, que traz uma janela de oportunidade para indução de mudanças, constituindo-se em uma contribuição singular de influência para a segurança das instalações elétricas no Brasil.

Além das informações compreendidas na edição impressa, este conteúdo está disponível para download no portal da Abracopel, no endereço www.abracopel.org.br, e na página de seu parceiro, Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre), no endereço www.procobre.com.br.

Gilberto AlvarengaPresidente Abracopel 2019-2021

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GUIA DE LEITURA

SUMÁRIO DE SEÇÕES

SUMÁRIO DE GRÁFICOS

MENSAGEM DA ABRACOPEL

PONTO DE VISTA A segurança do usuário e o direito de acesso à energia

IMPRESSÕES INSTITUCIONAIS DE MERCADO

DADOS ESTATÍSCOS ABRACOPEL Metodologia de coleta de dados

SEÇÃO 1 PANORAMA GERAL DE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA

SEÇÃO 2 SÉRIE HISTÓRICA – DADOS COMPARADOS

SEÇÃO 3 CONSIDERAÇÕES RELEVANTES

SUMÁRIO GERAL

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8 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

GUIA DE LEITURADois critérios básicos orientam a estruturação do Anuário Estatístico Abracopel de Acidentes de Origem Elétrica 2018: os dados de mortes por choques elétricos e os incêndios por sobrecarga no período de 1º de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2018.

As informações aqui presentes estão organizadas em três seções, duas delas se desdobram na exposição desses dois temas e são acompanhadas por gráficos comentados dispostos após o Sumário de Seções. Uma breve introdução antecede cada seção, a fim de que o leitor conheça o que será abordado.

O primeiro tema retratado traz o total de acidentes com as mortes em decorrência de choques elétricos, com recortes regionais e com o tipo de edificação ou logradouro onde os acidentes acontecem. As estatísticas também apontam a faixa etária e o tipo de ocupação dos acidentados.

De forma similar, o segundo tema é exposto, com as informações referenciadas para os incêndios gerados a partir de sobrecargas e curtos-circuitos. Ambos os dados conformam o cenário dos acidentes de origem elétrica no Brasil no ano de 2018.

A segunda seção, por sua vez, é mais abrangente por trazer uma análise comparada da série histórica dos choques elétricos e dos incêndios por sobrecarga nos anos de 2013 – data de início do levantamento – até 2018.

As considerações relevantes sobre o panorama de acidentes de origem elétrica são manifestadas na terceira seção e trazem à luz o que pode ser feito pela sociedade civil, agentes econômicos e poder público para prevenir os acidentes com eletricidade que ainda vitimam às centenas.

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SEÇÃO 1 PANORAMA GERAL DE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA

• Total de Acidentes de Origem Elétrica

• Choques Elétricos

• Incêndios por Sobrecarga

SEÇÃO 2 SÉRIE HISTÓRICA - DADOS COMPARADOS

• Dados Gerais

• Choques Elétricos

• Incêndios por Sobrecarga

SEÇÃO 3 CONSIDERAÇÕES RELEVANTES

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SUMÁRIO DE GRÁFICOSGráfico 1: Dados gerais de acidentes de origem elétrica – porcentagem por tipo

Gráfico 2: Dados gerais de acidentes de origem elétrica – fatais e não fatais

Gráfico 3: Número de mortes por região

Gráfico 4: Acidentes fatais com choque elétrico por estado - Região Norte

Gráfico 5: Acidentes fatais com choque elétrico por estado - Região Centro-Oeste

Gráfico 6: Acidentes fatais com choque elétrico por estado - Região Nordeste

Gráfico 7: Acidentes fatais com choque elétrico por estado - Região Sudeste

Gráfico 8: Acidentes fatais com choque elétrico por estado - Região Sul

Gráfico 9: Morte por choque elétrico por tipo de edificação ou logradouro

Gráfico 10: Acidentes fatais por faixa etária

Gráfico 11: Choques elétricos por tipo de ocupação

Gráfico 12: Choques elétricos fatais em redes aéreas

Gráfico 13: Choques elétricos fatais mês a mês

Gráfico 14: Número total de incêndios e mortes por Região

Gráfico 15: Mortes por tipo de edificação ou logradouro

Gráfico 16: Incêndios por curto-circuito mês a mês, por região

Gráfico 17: Comparativo de acidentes de origem elétrica de 2013 a 2018

Gráfico 18: Evolução dos acidentes fatais por choque elétrico por região

Gráfico 19: Total de acidentes por choque elétrico – fatal/não fatal 2013 a 2018

Gráfico 20: Fatalidades por choque elétrico por tipo de edificação ou logradouro

Gráfico 21: Mortes por choque elétrico na rede aérea por tipo de ocupação

Gráfico 22: Mortes por choque elétrico por tipo de ocupação

Gráfico 23: Total geral de mortes por choque elétrico e por faixa etária

Gráfico 24: Incêndios gerados a partir de sobrecargas elétricas

Gráfico 25: Mortes por incêndios por tipo de edificação

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MENSAGEM DA ABRACOPELO ano de 2018 foi marcado por dois incêndios de grandes proporções. Um deles, no Largo do Paissandu, centro da capital paulista, pôs abaixo os 24 andares do Edifício Wilton Paes de Almeida, vitimando nove pessoas. Tombado em 1992, o prédio modernista, um dos primeiros com fachada de vidro na cidade de São Paulo, era considerado “bem de interesse histórico, arquitetônico e paisagístico”.

Passados pouco mais de quatro meses da tragédia em São Paulo, em setembro, foi a vez de o Museu de História Natural do Brasil, o mais antigo do país, criado por D. João VI em 1818 e localizado na zona norte do Rio de Janeiro, arder em chamas e transformar em cinzas 200 anos de história e milhões de itens de coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia, arqueologia, etnologia e biológica.

Em razão das condições elétricas inadequadas das edificações, as suspeitas de curto-circuito recaíram como possíveis causas para as duas catástrofes. Os riscos de incêndio eram conhecidos e nada foi feito preventivamente para evitá-los. Em escala menor, essa condição de precariedade das instalações elétricas, muitas delas antigas e sem manutenção, repete-se nas moradias brasileiras e, todos os anos, produzem vítimas fatais e trazem a sensação inquietante de “déjà-vu”.

O número elevado de acidentes de origem elétrica, como consequência do desconhecimento da população e da falta de qualificação de profissionais técnicos, foi justamente o grande motivador para a criação da Abracopel - Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade -, que, em fevereiro de 2019, completou 14 anos dedicados a levar informação aos usuários da eletricidade para promover uma mudança de cultura sobre a segurança, desde o projeto à manutenção das instalações elétricas.

Ao longo desses anos, a Abracopel fomentou ações que passaram a fazer parte do cotidiano de muitas empresas e profissionais, repercutindo os fundamentos da eletricidade segura por meio de eventos, webinares, palestras e congressos, prêmios, concursos, entre outras atividades. O Anuário Estatístico Abracopel de Acidentes de Origem Elétrica também é fruto dessa disposição, que busca reverter o cenário atual, emitindo um alerta sobre o quanto ainda precisamos fazer para alcançar o ideal “acidente zero”.

Edson MartinhoDiretor executivo da Abracopel

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PONTO DE VISTAA SEGURANÇA DO USUÁRIO E O DIREITO DE ACESSO À ENERGIA

O Brasil deixou o ano de 2018 amargurando tristes constatações. Foram registrados 537 casos de incêndios causados por curto-circuito, totalizando 61 mortes. Um crescimento de mais de 20% em relação ao ano de 2017. A maioria absoluta desses incêndios foi causada por instalações elétricas mal planejadas. São números que realmente chocam e, infelizmente, ao que tudo indica, só tendem a piorar. O início de 2019 dá sinais nesse sentido. Já em fevereiro, o país acordou com a estarrecedora notícia de que 10 jovens atletas do Flamengo tiveram suas vidas brutalmente ceifadas. A causa? Curto-circuito em aparelho de ar-condicionado.

Quando esses e outros casos são expostos à sociedade, uma pergunta imediatamente vem à tona: de quem é a responsabilidade? Com um pouco mais de atenção, o leitor ainda pode questionar: existem regras que parametrizam as instalações?

Não há dúvida de que o consumidor de energia é responsável pela qualidade e pela adequação das instalações que utiliza. Porém, a segurança das instalações não está somente relacionada ao papel que ele, o consumidor, deve desempenhar. Outras variáveis são fundamentais para essa análise, tais como a qualidade dos produtos postos no mercado e utilizados nas instalações e/ou a contratação de profissional qualificado para elaborar e implementar os projetos. Não se pode esquecer, ainda, da responsabilidade de quem fiscaliza as instalações e do operador que faz a primeira ligação. Todos esses atores, cada qual dentro das suas responsabilidades, devem zelar pela adequação das instalações elétricas.

De outro lado, deve ser respondido que sim, existem regras direcionadas à adequação das instalações elétricas. E isso não é de hoje. A distribuição da energia é uma atividade complexa e cercada de riscos. Sabendo disso, desde a década de 1910 o Brasil toma medidas para regular a matéria1. A mais recente normalização é a dada exclusivamente pela ABNT NBR54102. Uma norma técnica sofisticada e adequada aos rigores internacionais.

Isso significa dizer que o Brasil, ao mesmo tempo em que possui umas das mais sofisticadas normas técnicas, na prática apresenta um quadro catastrófico a respeito da segurança das instalações elétricas. Daí revela-se outra constatação: se há todo esse regramento, de que modo acidentes como aquele do Flamengo ocorrem?

1 A primeira norma brasileira de que se tem notícia a respeito do assunto data de 1914, o Código de Instalações Elétricas. Após, em 1941, o Brasil passou a contar com a “Norma Brasileira para Execução de Instalações Elétricas”, cujo objetivo primordial era o “estabelecimento das condições que contemplassem as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação de bens”. Nas décadas seguintes, referida normatização passou por cinco revisões, respectivamente nos anos de 1960, 1980, 1990, 1997, 2004 e 2008 e foi adequada a parâmetros internacionais.

2 A referida norma segue padrões internacionais. Ela prescreve as regras necessárias para o projeto de execução e para a verificação das instalações de baixa tensão. Seu objetivo é estabelecer a segurança das pessoas, dos animais e dos bens contra os perigos suscetíveis de ocorrer quando não há adequação técnica das instalações elétricas. Além disso, o sistema brasileiro de energia elétrica ainda conta com a Portaria n.º 51, expedida pelo Inmetro. Esta portaria visa oferecer aos cidadãos os requisitos de avaliação de conformidade (RAC) para instalações elétricas de baixa tensão. De acordo com Portaria 51, o RAC seria realizado por meio de “certificação”.

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A resposta a essa pergunta exige que o leitor perceba que o problema da adequação das instalações elétricas não está ligado à ausência de normas técnicas ou mesmo à abstenção na distribuição de responsabilidades (de quem projeta, instala e fiscaliza). O ponto central parece ser a falta de conscientização – ora dos consumidores quanto aos riscos que assumem, ora das autoridades públicas competentes acerca de suas respectivas responsabilidades/deveres – sejam eles operacionais ou fiscalizatórios.

Diante desse diagnóstico, desde 2014 a Abracopel passou a concentrar esforços para auxiliar na solução dos problemas inerentes à ausência de responsabilidade e à omissão dos atores ligados ao sistema de distribuição de energia elétrica. As iniciativas são de três ordens: regulatória, jurídica e legislativa.

No âmbito regulatório, a associação promoveu estudos aprofundados sobre a regulação incidente no setor e, a partir deles, traçou um panorama acerca das responsabilidades das operadoras de mercado no que diz respeito ao “dever de fiscalização das instalações elétricas domésticas”3.

A conclusão dos estudos foi de que “o Brasil não apenas possui normatização técnica adequada e moderna, como o próprio arcabouço regulatório do setor de distribuição de energia elétrica tem previsão clara e pontual a respeito da fiscalização das condições de segurança das instalações elétricas. Esse dever de fiscalização cabe, sobretudo, à concessionária”. Além disso, a Abracopel evidenciou que há claros indícios de que os custos da fiscalização já estariam inseridos na tarifa praticada. Isto é, o consumidor já estaria, inclusive, pagando pela fiscalização.

Com base nos resultados alcançados, para fins de elucidação e coleta de dados, algumas distribuidoras de energia elétrica foram notificadas e, em duas ocasiões, a própria Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel. Ao final, após a sedimentação dos dados levantados, a Abracopel peticionou à Aneel abertura de consulta pública para fins de discussão do tema. Até o momento, a solicitação não foi satisfatoriamente respondida pela agência.

No que diz respeito ao plano jurídico, a Abracopel levou o resultado dos seus estudos para o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, o Idec. O dossiê apresentado para o instituto enfatizou que, embora as regras regulatórias tragam orientações claras a respeito da adequação das instalações, o tema é capturado nas fases de implementação da regulação e não encontra eco na fase de aplicação das sanções. Com isso, deixam de existir a fiscalização concreta e o estabelecimento de penalidades que induzam o cumprimento do que está previsto na regulação setorial4.

Os prejuízos advindos daí para os consumidores são variados e imediatos. Em alguns casos, é possível constatar que o consumidor sequer tem acesso às informações mínimas de adequação das instalações elétricas. Em outros, seu direito de ter a unidade consumidora devidamente fiscalizada é solenemente negligenciado. O interesse público vinculado à adequação técnica de segurança do serviço prestado

3 Nos estudos, as seguintes indagações foram trabalhadas: a) Existem dispositivos normativos ou regulatórios que obrigam a observância das normas técnicas vigentes pelos agentes de mercado e pelos consumidores? b) Existem dispositivos normativos ou regulatórios que determinam a obrigatoriedade de fiscalização da adequação das instalações elétricas de baixa tensão àquelas normas técnicas?; e c) Se tais dispositivos existem, quem detém referida competência fiscalizatória?

4 A previsão acerca do dever de fiscalizar está expressa principalmente nos termos da Resolução 414, da ANEEL, bem como nos próprios termos das concessões firmadas pela respectiva agência e as distribuidoras.

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– o bem estar dos consumidores – é suprimido, ora por interesses da distribuidora – que foge da implementação (informar e fiscalizar) –, ora por omissão do órgão regulador – que se falta em induzir e fiscalizar as normas postas. Com base nessas informações, a Abracopel solicitou ao Idec a avaliação das informações e a tomada de medidas judiciais para proteger o interesse dos consumidores.

No legislativo, a associação tornou seus estudos conhecidos junto a vários representantes de cargos eletivos. Um dos encontros promovidos gerou resultado concreto, com o projeto de lei que estabelece a “política nacional de segurança das instalações elétricas de baixa tensão”, de autoria do deputado federal Rogério Peninha Mendonça. O objetivo da proposta é determinar as condições para a elevação do nível de adequação das instalações elétricas domésticas. Dentre outras providências, o projeto prevê a inspeção técnica e periódica nas unidades consumidoras e elenca direitos e deveres dos prestadores do serviço público de distribuição e dos usuários.

O trabalho da Abracopel é de fôlego. Isso porque os desafios inerentes à adequação das instalações estão diretamente relacionados à cultura brasileira. A má-adequação das instalações elétricas é a causa direta de mortes. Compreender a dimensão dessa afirmação tem sido um obstáculo para as autoridades que detêm competência fiscalizatória sobre a matéria. Em cada acidente noticiado a perplexidade aumenta. Porém os espaços para diálogo parecem cada vez menores. A bandeira levantada pela associação, portanto, impõe-se contra esse estado cultural das coisas e de ouvidos moucos da administração pública.

A despeito do que foi até agora feito, a Abracopel não pode ficar sozinha num embate que é de interesse coletivo. Daí a necessidade de que suas iniciativas sejam cada vez mais popularizadas. O dever de fiscalização das unidades consumidoras não configura mera obrigação na sistemática da prestação do serviço público em questão. Sua dimensão é muito mais ampla. Trata-se de um direito, um direito de fiscalização, que, além de compreender a condição para a materialização do direito de acesso à energia, também abrange a adequação das instalações elétricas aos padrões técnicos definidos por órgãos competentes, cujos efeitos atingem toda a coletividade e cerca inúmeras vidas. A da minha família e a da sua, inclusive.

José Augusto Medeiros Doutorando em Direito Econômico pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FD-USP) e Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

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IMPRESSÕES INSTITUCIONAIS DE MERCADO É impossível pensar em qualidade de vida sem a presença da eletricidade. A essa que é uma das mais notáveis invenções da civilização estruturou-se uma vasta cadeia de suprimentos com indústrias especializadas na fabricação de materiais e componentes, serviços profissionais para instalação e manutenção das instalações elétricas, órgãos certificadores e de suporte à normalização, entre outros necessários para o consumo seguro das aplicações que tornam possível desde um simples acender de lâmpada ao uso da internet e de outras plataformas que dependem de circuitos elétricos.

Nesta edição, o Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica Abracopel reúne 13 dessas entidades para expressar suas Impressões Institucionais de Mercado quanto ao mapeamento de dados realizado em 2018 e ao que pode ser feito para suprir as carências ainda tão negligenciadas no trato da eletricidade.

Esse esforço conjunto revela ópticas diferentes sobre como mudar a realidade da segurança das instalações elétricas no Brasil para que nos próximos anos seja possível trilhar um caminho diverso desse que hoje representa a escalada crescente de acidentes.

Reconhecer quais os gargalos que precisam de atenção da sociedade, dos agentes econômicos e do poder público é um primeiro passo para demover a segurança das instalações elétricas do patamar que se encontra para um mais elevado. Esse desafio, que prevê a disponibilidade de energia em condições ideais de acesso com instalações elétricas adequadas, previamente dimensionadas e uso de componentes certificados, é o que deve prevalecer, por representar o vetor de desenvolvimento social e econômico que é a eletricidade.

As impressões institucionais de mercado estão listadas a seguir por entidade.

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ABRAMATASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

O registro apresentado pela Abracopel é de grande relevância para a sociedade brasileira, pois reforça a importância da conformidade técnica dos materiais de construção e da adequada capacitação dos profissionais do setor, temas que estão entre os principais pilares da atuação da Abramat - Associação fundada em 2004, que congrega mais de 40 empresas associadas, representantes de mais de 20 setores da indústria e com aproximadamente 350 fábricas presentes em todo o país. A conscientização dos consumidores - pessoas físicas, jurídicas e Governos - sobre os riscos à segurança das instalações elétricas é fundamental para estimular as boas práticas de projeto, especificação, execução e manutenção nas obras, prevenindo acidentes e evitando perdas de vidas.”

Rodrigo NavarroPresidente da Abramatwww.abramat.org.br

SINDUSCON-SPSINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO

É preciso zelar pela conformidade e pela qualidade. Não há como negar a gravidade das causas que motivam os acidentes de origem elétrica e que provocam mais de 600 vítimas fatais por ano no Brasil. Daí a importância do trabalho da Abracopel, disseminando informações relevantes para uma cultura preventiva de segurança em projeto, instalação, verificação e manutenção de instalações elétricas. O fato de o número de acidentes entre choques elétricos, incêndios por curtos-circuitos e descargas atmosféricas ter aumentado 41,4% entre 2013 e 2018 demonstra o desafio que todos os elos da cadeia produtiva do setor têm pela frente. Também na indústria da construção somos vítimas desta situação, uma vez que os choques elétricos constituem uma das maiores causas de acidentes de trabalho em canteiros de obras. Por esse motivo, o SindusCon-SP busca conscientizar suas associadas a zelarem pela conformidade dos componentes, equipamentos e sistemas elétricos a serem instalados nas obras, bem como pela qualidade e segurança do serviço das empresas instaladoras. Entendemos ser nossa responsabilidade combater todo tipo de não conformidade, para reduzir o número absurdo de acidentes que ainda ocorrem no país, bem como para dar segurança aos usuários finais dos nossos empreendimentos. Fica aqui registrado nosso apoio integral às iniciativas da Abracopel, entre as quais a publicação deste importante Anuário.”

Renato Genioli Jr.Coordenador do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade) www.sindusconsp.com.br

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SINDINSTALAÇÃOSINDICATO DA INDÚSTRIA DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, GÁS, HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

A falta de projeto para execução das instalações elétricas ou mesmo o descumprimento do que foi planejado, além do uso de produtos não certificados, aumentam em muito os riscos de acidentes com eletricidade. As estatísticas do Anuário mostram o quanto subestimamos o perigo e nos expomos a ele na crença falível de que o pior nunca vai acontecer. O SindInstalação representa mais de 3.500 empresas de diferentes portes no estado de São Paulo e compartilha o objetivo da Abracopel de elevar o nível de capacitação da mão de obra que trabalha com instalações elétricas. A contratação de profissionais habilitados e o uso de produtos certificados em sistemas elétricos projetados dentro das normas são, sem dúvida, a melhor forma de prevenir acidentes com a eletricidade.”

José Silvio ValdisseraPresidente do SindInstalaçãowww.fiesp.com.br/sindinstalacao

ABRAVAASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE REFRIGERAÇÃO, AR CONDICIONADO, VENTILAÇÃO E AQUECIMENTO

Este Anuário estatístico de acidentes de origem elétrica constatados em 2018 pela Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), dá grande visibilidade às questões relacionadas com falta de atenção necessária para a execução de boas instalações elétricas, mal dimensionamento das instalações, falta de corretos dispositivos de segurança e orientações inadequadas de uso.

Aplicação inadequada das tecnologias atualizadas e práticas inadequadas de engenharia são os pontos fundamentais a serem insistentemente desenvolvidos. E com base nisso, é importante a interação com entidades e associações que têm sinergia de atuação e que comungam dos mesmos princípios de trabalharem para neutralizar os riscos de acidentes pessoais. A Abrava sente-se motivada e comprometida em dar maior ênfase às questões relacionadas com segurança elétrica.

A melhor maneira de atingir esses objetivos é dando visibilidade, promovendo discussões e ações esclarecedoras, como a edição deste anuário”.

Parabéns pelo excelente trabalho.

Arnaldo Basile Presidente www.abrava.com.br

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18 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

ABRAFACASSOCIAÇÃO RASILEIRA DE FACITILIES

A segurança elétrica é um dos temas centrais da Abrafac e o Anuário Estatístico de Acidentes da Abracopel reforça a importância das iniciativas que realizamos junto aos nossos membros e associados, representados por instaladores, mantenedores e operadores destes tipos de instalação. Conscientizar as empresas e os agentes relacionados ao nosso setor a respeito dos temas que versam sobre os perigos da eletricidade rememora o profissional do dever de busca por capacitação, principalmente os envolvidos com atividades de instalações e sistemas elétricos. Quando confrontamos os números do Anuário e vemos que o maior índice de acidentes por choques e sobrecargas ocorre em ambientes domésticos, fica ainda mais evidente a importância desse trabalho para a segurança das pessoas e dos imóveis. A partir da informação de qualidade, podemos atuar como protagonistas e catalisadores do desenvolvimento do setor de facilities, com ações efetivas que ampliem a eficiência no combate aos acidentes de origem elétrica e na redução das perdas, tanto materiais quanto de vidas humanas.”

Thiago SantanaPresidente da Abrafacwww.abrafac.org.br

COBEI/ABNTCOMITÊ BRASILEIRO DE ELETRICIDADE, ELETRÔNICA, ILUMINAÇÃO E TELECOMUNICAÇÕES

O Cobei fornece suporte técnico, econômico e financeiro às atividades de normalização do Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003) e de normalização técnica do setor eletroeletrônico, participando ativamente no Brasil e no exterior de conselhos, comitês e subcomitês do IEC - International Eletrotechnical Commission. Nesse contexto, o Anuário da Abracopel é bastante útil para os trabalhos de elaboração das normas técnicas do setor elétrico, que distinguem cada vez mais, além da inovação tecnológica, a segurança de seus produtos, sistemas e instalações elétricas. Parabenizamos a Abracopel pelo esforço despendido em prol do setor elétrico e dos usuários da eletricidade. Nós do Cobei nos solidarizamos com essa causa, sempre comprometidos em mobilizar empresas e entidades do complexo eletroeletrônico para apoiar atividades de normalização técnica que possam trazer ganhos para a segurança e o bem-estar da população.”

José Sebatião VielSuperintendente do Cobeiwww.cobei.org.br

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PROCOBREINSTITUTO BRASILEIRO DO COBRE

Há pelo menos duas décadas, o Procobre vem trabalhando pela elevação do patamar da qualidade e segurança das instalações elétricas no Brasil. Em 2005, lançamos o “Programa Casa Segura” com o objetivo de difundir para a sociedade os perigos de uma instalação elétrica inadequada. Em 2006, a partir de um levantamento nacional, apresentamos a situação caótica das instalações elétricas existentes no país, posteriormente atualizado em 2014 com a publicação do “Panorama da Situação das Instalações Elétricas Prediais no Brasil. Em 2017, em parceria com a Abracopel, publicamos o “Raio X das Instalações Elétricas Residenciais”. Ao diagnóstico dos problemas encontrados nos sistemas e instalações elétricas residenciais, somaram-se sugestões para melhoria, alertas aos agentes públicos para definição de políticas e meios de fiscalização e um chamado à sociedade, no papel de protagonista para adoção de medidas preventivas contra choques elétricos, curtos-circuitos e incêndios por sobrecarga. Os dados apresentados no Anuário 2018 da Abracopel, no entanto, retratam ainda a negligência no manuseio da eletricidade e centenas de vítimas como resultado dessa omissão. Nossas normas técnicas - a exemplo da multiplicidade de leis vigentes em nosso país, insuficientes para conter o avanço da violência - cobrem produto, instalação, projeto, entre outros aspectos de segurança nas edificações, mas mostram-se pouco eficazes quando contrapostas à realidade revelada pelo Anuário. Em 2018, incêndios por curto-circuito apagaram parte de nossa história com a queima do Museu Nacional. Este ano, já temos casos, como o do CT do Flamengo, que apagaram parte de nosso futuro. As centenas de tragédias relatadas pelos números da Abracopel exigem a criação de um mecanismo eficiente e compulsório para a certificação das instalações elétricas no Brasil, que também precisam ser fiscalizadas com mais rigor. As normas técnicas têm que ser aplicadas, principalmente na execução das instalações; os produtos certificados precisam ser conformes e é indispensável a montagem da instalação ser realizada por profissional habilitado para que o sistema elétrico seja confiável e seguro. Sem o devido envolvimento das autoridades, sem uma regulação que permita uma maior e mais ampla fiscalização e sem a manutenção periódica das edificações, o passar dos anos irão tornar as instalações elétricas prediais defasadas e, possivelmente, o Anuário contabilizará mais vítimas às suas estatísticas. O Procobre parabeniza a Abracopel pela iniciativa e anseia o engajamento de todos os setores para a adoção de medidas preventivas que reflitam na segurança predial e dos cidadãos.”

Glycon Garcia JrDiretor Executivo do Procobrewww.procobre.org

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20 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

ABRASIPASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA DE SISTEMAS PREDIAIS

Uma das estatísticas apuradas pelo Anuário Abracopel diz respeito ao número de vítimas fatais em decorrência de acidentes com redes aéreas de distribuição, ao todo 172 em 2018. Em São Paulo, os cabos suspensos de energia elétrica se estendem por 41 mil km e, no que depender do decreto de outubro de 2006, vão continuar assim por muito tempo, haja vista o descumprimento por parte das concessionárias de enterrar anualmente 250 km de cabos de iluminação. Essa, no entanto, é apenas uma medida que poderia contribuir para reduzir a exposição da população e, especialmente, dos profissionais eletricistas ao perigo. Mais efetivas, para eles, estão o uso compulsório de itens de proteção pessoal, o rigor no cumprimento de normas e regulamentos, a adoção de procedimentos de conduta técnica e a atualização do conhecimento de forma permanente. A Abrasip tem uma preocupação permanente com este tema e atualizações periódicas acontecem em nossos Projetos de Instalações Elétricas, assim como reuniões com as concessionárias, acompanhamento de normas na ABNT e o cumprimento de todas essas normas e regulamentos. Nosso foco é o conhecimento técnico de ponta. Mas não basta um projeto correto se ele não for executado à risca (as built) e se o usuário leigo (leia-se consumidor final) não receber as instruções necessárias para que acidentes fatais ligados à eletricidade sejam evitados.”

Maria Luisa Kuntz Lima PasseriniVice Presidente de Comunicação da Abrasipwww.abrasip.org.br

ABILUXASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE ILUMINAÇÃO

A Abilux, em nome da indústria de iluminação aqui instalada, parabeniza a iniciativa da Abracopel em publicar, nesta edição do seu Anuário, além de dados atualizados sobre os números de acidentes elétricos ocorridos no Brasil em 2018, os impactos causados por choques e incêndios que, na sua grande maioria, acontecem em consequência de  instalações elétricas inadequadas ou produtos não certificados. São informações que acreditamos contribuirão para que a sociedade, governos, indústrias e empresas que integram o setor trabalhem unidas para que números tão assustadores de sinistros e mortes deixem de fazer parte de estatísticas futuras. Tenham a certeza de que a Abilux e as indústrias do nosso segmento farão o melhor uso das informações aqui contidas. Compartilhamos com vocês o desejo de que em um futuro próximo possamos vivenciar uma nova realidade.“

Carlos Eduardo Uchôa FagundesPresidente www.abilux.com.br

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SINDICELSINDICATO DA INDÚSTRIA DE CONDUTORES ELÉTRICOS, TREFILAÇÃO E LAMINAÇÃO DE METAIS NÃO FERROSOS DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Fechamos mais um ano e o número de acidentes com origem elétrica continua subindo. Os casos registrados em 2017 apontavam aumento de 5,2% sobre total de 2016 e agora com fechamento de 2018, apuramos aumento de 5,8%. Quando analisamos os dados por região a situação fica mais alarmante ainda, com os estados do nordeste do país perfazendo 42% de todos os casos registrados no Brasil. Os casos de incêndio provocados por sobrecarga elétrica, praticamente dobraram em relação a 2017, chegando a alarmantes 62 mortes registradas no período de um ano. Quando analisamos as causas, temos diversas possibilidades: falta de informação da população, profissionais sem treinamento adequado, produtos fora de especificação técnica. Falando de fios e cabos elétricos, elemento importantíssimo nessa equação, atualmente o mercado apresenta a maioria de seus produtos em situação de atendimento à conformidade e com selo do Inmetro. No entanto, ainda existem empresas que, embora declarem que o produto é certificado, oferecem ao mercado produtos em desacordo com as especificações técnicas. Em todo território nacional, percebemos uma tendência, por parte das empresas que fabricam produtos fora de conformidade, de direcionar suas vendas para construtoras, evitando assim as auditorias do Inmetro no ponto de venda. Infelizmente, esses fabricantes desonestos utilizam o selo de conformidade do Inmetro e despejam no mercado toneladas de fios e cabos elétricos sem as especificações técnicas certificadas, causando prejuízo inestimável e enormes riscos de acidentes elétricos e incêndios a consumidores e empresas idôneas, como às construtoras envolvidas. Quanto custa a segurança da sua casa e da sua família? Essa deveria ser a principal pergunta do consumidor ao adquirir fios e cabos elétricos. Muitas vezes, na busca por preços baixos, o consumidor acaba colocando em risco a sua vida e a de seus familiares. Ação recente realizada pelo Ministério Público do Paraná obrigou a substituição dos produtos vendidos por esses fabricantes e utilizados pelas construtoras em suas obras (prédios/casas/conjuntos empresariais), incluindo o Programa Minha Casa, Minha Vida e empreendimentos já finalizados (prazo de até 2 anos). Os prejuízos para cumprir essas penalidades são vultosos. O Sindicel apoia as ações de combate ao mercado ilegal de fios e cabos elétricos efetuadas pelo Ministério Público, Inmetro e Delegacias de Direito do Consumidor.”

Enio RodriguesDiretor Executivo do Sindicelwww.sindicel.org.br

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22 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

FIESPFEDERAÇÃO DAS INDUSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

É uma constante preocupação a incidência de acidentes em decorrência do mau uso e da falta de manutenções periódicas da qualidade dos componentes em uma edificação, o que evidencia ainda mais a necessidade da realização de inspeções periódicas.

O Departamento da Indústria da Construção e Mineração – Deconcic da Fiesp, por meio de seu Grupo de Trabalho de Segurança e Sistemas Prediais tem trabalhado em ações visando garantir a segurança do usuário e a manutenção da qualidade das edificações mais antigas e a redução do número de acidentes nelas. O grupo considera este anuário como uma consistente fonte de informações, agrupando dados sobre as causas e impactos de acidentes em edificações em todo o território brasileiro. Trata-se de um importante trabalho inédito desenvolvido pela Abracopel. Parabéns”

Carlos Eduardo Marchesi TrombiniDiretor do Deconcic e Coordenador do Grupo de Trabalho de Segurança e Sistemas Prediaiswww.fiesp.com.br

ABRINSTALASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PELA CONFORMIDADE E EFICIÊNCIA DE INSTALAÇÕES

A Abracopel tem contribuído enormemente para a contínua construção de uma sociedade mais segura e eficiente, sempre presente nas ações que visam à qualificação do mercado e da mão de obra no tocante às instalações prediais. Seu Anuário é uma referência ímpar para que ações, como as desenvolvidas pelo BIP (Building Installation Performance), de fomento à qualificação da mão-de-obra, controle de produtos, avaliação de projetos e certificação de empresas certificadoras, sejam direcionadas aos elementos com maior incidência de não-conformidades, otimizando recursos para a construção de um mercado mais maduro. Apesar desse trabalho grandioso, a publicação da Abracopel mostra uma situação ainda muito precária das instalações elétricas em nosso país. É inadmissível que em pleno século 21 tenhamos mais de 600 mortes por ano no Brasil relacionadas à eletricidade, 168 mortes devido a choques elétricos dentro da própria residência e mais de 500 incêndios provocados por sobrecarga com 62 vítimas fatais. Reverter esse cenário depende da ação conjunta de empresas, quanto ao cumprimento de diretrizes de conformidade e eficiência das instalações prediais, dos agentes públicos, para implantar políticas públicas, e da sociedade civil, quanto à promoção de melhorias em sua unidade familiar.”

Eng. José Jorge Chaguri Jr.Presidente do Conselho da Abrinstalwww.abrinstal.org.br

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QUALIFIOASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PELA QUALIDADE DE FIOS E CABOS ELÉTRICOS

Ao longo de quase três décadas, a Qualifio tem trabalhado em conjunto com as Divisões de Fiscalização e Verificação da Conformidade e a Divisão de Acreditação de Organismos de Certificação do Inmetro para monitorar e alertar as autoridades competentes sobre os problemas de segurança que podem advir da má qualidade dos fios e cabos elétricos de baixa tensão fabricados no Brasil. A má qualidade dos fios e cabos pode ocasionar problemas de segurança como demostrado nos dados estatísticos da Abracopel. Os fios e cabos elétricos com alta resistência elétrica e baixa resistência de isolamento aquecem mais que o normal e podem ser uma das causas destes acidentes. Fios e cabos não confiáveis, além de causarem mortes por choque elétrico, também podem causar incêndios devido à sobrecarga com consequente aquecimento das instalações, uma das causas possíveis para os curtos-circuitos. A Qualifio monitora as marcas vendidas no comércio, inclusive de todos os seus associados. Nos últimos três anos todos os associados foram avaliados e apresentaram resultados de acordo com as normas vigentes. No ano de 2018, a Qualifio coletou 611 amostras de produtos nos mais diversos locais e os resultados foram preocupantes: 57% deles estavam em desacordo com as normas vigentes, ou seja, impróprios para o uso a que se destinavam. Atualmente, existem 153 empresas certificadas por organismos credenciados pelo Inmetro. A certificação é compulsória e abrange produtos que - por razões de segurança, interesse nacional e meio ambiente - precisam atender às normas estabelecidas pelo governo. O consumidor, antes de definir a compra, deve consultar o site do Inmetro ou da Qualifio para confirmar se o fabricante, naquele dado momento, está certificado e tem o registro do produto que está sendo oferecido.”

Maurício Sant’anaSecretário Executivo da Qualifiowww.qualifio.org.br

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24 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

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25

DADOS ESTATÍSTICOS ABRACOPEL

METODOLOGIA DE COLETA DE DADOS

A Abracopel faz uso da informação eletrônica, disponível nos meios de comunicação, como forma de identificar os acidentes de origem elétrica que acontecem no país. Ao difundirem a notícia sobre os acidentes e incêndios de origem elétrica ocorridos na região de cobertura de seus respectivos veículos de imprensa, os profissionais de mídia - apresentadores, repórteres, radialistas, articulistas, entre outros formadores de opinião - contribuem para os registros contidos no Anuário Abracopel.

A essa fonte de informação está incorporada a ferramenta de alerta de notícias criada pelo Google, o que permite à Abracopel acompanhar palavras-chaves específicas de interesse para captação de dados.

Outros colaboradores espalhados pelo país são os eletricistas e profissionais técnicos do setor elétrico, que também informam sobre os acidentes em suas regiões de atuação, ampliando nossa base de dados. De posse dessas informações, uma equipe depura cada uma das notícias recebidas, para constatar a veracidade do fato. Depois de tudo devidamente checado, os dados extraídos são segmentados por data, estado, cidade, gênero, faixa etária, ocupação, tipo de acidente, entre outros parâmetros de tratamento levados em consideração para registro consolidado durante o ano. Dessa forma, o cenário de acidentes de origem elétrica no Brasil é retratado.

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Panorama Geral de Acidentes de Origem Elétrica no Brasil A primeira seção do Anuário traz o número total de acidentes de origem elétrica no país e se desdobra em dois grandes temas: Choques Elétricos e Incêndios por Sobrecarga (Curto-Circuito). A abordagem de cada tema contempla recortes por região geográfica e estado da federação, faixa etária das vítimas, tipo de ocupação, tipo de logradouro onde houve a ocorrência e a evolução mensal dos acidentes.

SEÇÃO 1

27

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28 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

TOTAL DE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA

1424 ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA - 2018

CHOQUES INCÊNDIOS POR SOBRECARGA DESCARGA ATMOSFÉRICA (raio)

CHOQUES59%

INCÊNDIOS POR SOBRECARGA

38%

DESCARGA ATMOSFÉRICA (raio)

3%

Gráfico: 1: Dados gerais de acidentes de origem elétrica – porcentagem por tipo

DADOS GERAIS DE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA FATAIS E NÃO FATAIS

1424

622

214

836

475

61

537

13 38 510

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

Gráfico 2: Dados gerais de acidentes de origem elétrica – fatais e não fatais

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COMENTÁRIO:

Os eventos com choque elétrico lideram o ranking de acidentes de origem elétrica no país, com 836 registros, seguidos pelos incêndios por sobrecarga, com 537 ocorrências e os acidentes por descargas atmosféricas, que somaram 51 episódios. Estes números somam os casos fatais e não fatais. As causas mais comuns atribuídas aos acidentes são as gambiarras elétricas, as instalações elétricas antigas, a falta de manutenção e o uso de uma mesma tomada para conexão de diversos equipamentos ao mesmo tempo.

CHOQUES ELÉTRICOS

N O R D E S T E

68

SUL

97

SUDESTE

123

NORDESTE

261

CENTROOESTE

73

Gráfico 3: Número de mortes por região

COMENTÁRIO:

O Nordeste continua sendo, pelo terceiro ano consecutivo, a região que mais registra casos de mortes por choques elétricos, com 42% do total. O desconhecimento dos riscos que a eletricidade oferece é um dos grandes fatores para estes números, mas é possível afirmar que o descaso com a eletricidade configura como o maior vilão. O Sudeste ocupa a 2ª posição, com 20% do total de acidentes com mortes, seguido de perto pela região Sul, com 15%, pelo Centro-Oeste, 12% e pela região Norte, com 11% do total de vítimas fatais. A prática de contratar profissionais qualificados para a realização de uma instalação elétrica poderia aumentar a qualidade das instalações e torná-las mais seguras, evitando os eventos fatais, ainda tão frequentes.

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30 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

MORTE POR CHOQUE ELÉTRICO NORTE 2018

SUL

97

NORDESTE

2610

20

40

60

80

AL BA CE MA PB PE PI RN SE

SUDESTE

1230

20

40

60

80

ES MG RJ SP

0

10

20

30

40

PR RS SC

6

25

15

27

0

10

20

30

DF GO MS MT

CENTROOESTE

73

711

7

21

11

2

9

0

5

10

15

20

25

AC AM AP PA RO RR TO

NORTE

68

21

7

26

3734

3318

65

60

38

23 27

4533

7 7

Gráfico 4: Acidentes fatais com choque elétrico por estado - Região Norte

MORTE POR CHOQUE ELÉTRICO CENTRO-OESTE 2018

SUL

97

NORDESTE

2610

20

40

60

80

AL BA CE MA PB PE PI RN SE

SUDESTE

1230

20

40

60

80

ES MG RJ SP

0

10

20

30

40

PR RS SC

6

25

15

27

0

10

20

30

DF GO MS MT

CENTROOESTE

73

711

7

21

11

2

9

0

5

10

15

20

25

AC AM AP PA RO RR TO

NORTE

68

21

7

26

3734

3318

65

60

38

23 27

4533

7 7

Gráfico 5: Acidentes fatais com choque elétrico por estado - Região Centro-Oeste

MORTE POR CHOQUE ELÉTRICO NORDESTE 2018

SUL

97

NORDESTE

2610

20

40

60

80

AL BA CE MA PB PE PI RN SE

SUDESTE

1230

20

40

60

80

ES MG RJ SP

0

10

20

30

40

PR RS SC

6

25

15

27

0

10

20

30

DF GO MS MT

CENTROOESTE

73

711

7

21

11

2

9

0

5

10

15

20

25

AC AM AP PA RO RR TO

NORTE

68

21

7

26

3734

3318

65

60

38

23 27

4533

7 7

Gráfico 6: Acidentes fatais com choque elétrico por estado - Região Nordeste

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MORTE POR CHOQUE ELÉTRICO SUDESTE 2018

SUL

97

NORDESTE

2610

20

40

60

80

AL BA CE MA PB PE PI RN SE

SUDESTE

1230

20

40

60

80

ES MG RJ SP

0

10

20

30

40

PR RS SC

6

25

15

27

0

10

20

30

DF GO MS MT

CENTROOESTE

73

711

7

21

11

2

9

0

5

10

15

20

25

AC AM AP PA RO RR TO

NORTE

68

21

7

26

3734

3318

65

60

38

23 27

4533

7 7

Gráfico 7: Acidentes fatais com choque elétrico por estado - Região Sudeste

MORTE POR CHOQUE ELÉTRICO SUL 2018

SUL

97

NORDESTE

2610

20

40

60

80

AL BA CE MA PB PE PI RN SE

SUDESTE

1230

20

40

60

80

ES MG RJ SP

0

10

20

30

40

PR RS SC

6

25

15

27

0

10

20

30

DF GO MS MT

CENTROOESTE

73

711

7

21

11

2

9

0

5

10

15

20

25

AC AM AP PA RO RR TO

NORTE

68

21

7

26

3734

3318

65

60

38

23 27

4533

7 7

Gráfico 8: Acidentes fatais com choque elétrico por estado - Região Sul

COMENTÁRIO:

Os estados do São Paulo (65), Bahia (60), Rio Grande do Sul (37), Mato Grosso (27) e Pará (21), encabeçam a lista, em suas respectivas regiões, como os que mais registraram acidentes com vítimas fatais por choques elétricos. Apesar de a Bahia ter aproximadamente 1/3 da população do estado de São Paulo, apenas cinco acidentes separam o estado nordestino do mais populoso do país. No outro extremo, o estado de Roraima é o que soma menos ocorrências, com dois registros.

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32 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

MORTE POR CHOQUE ELÉTRICO POR TIPO DE EDIFICAÇÃO OU LOGRADOURO - 2018

6159

303

116

30

16172

21

123

10

16840

51

27001

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

Área Rural ExternaÁrea urbana - postes, ruas, avenidas

Comércio pequeno porteComércio - outros

Construção civil - acidentes internosEscola

Empresa Pública/PresídiosIgreja

indústria de médio ou pequeno porteRede aérea de distribuiçãorede aérea de transmissão

Região LitorâneaPraças, largos

Parque de diversão/clubeResidência mul�familiar - apto

Residência mul�familiar - área comumResidência unifamiliar - casa

Sí�o, chacara ou fazendaSubestações

Super / hipermercadoRios / lagos / açudes

Shopping centerUsina

outros

Gráfico 9: Morte por choque elétrico por tipo de edificação ou logradouro

COMENTÁRIO:

De acordo com os dados, os ambientes residenciais (somatória de unifamiliar+multifamiliar+sítios e fazendas) registram 209 mortes superando os acidentes que envolvem as redes aéreas de distribuição (172). Ainda em 2017, o “Raio X das Instalações Elétricas”, publicado pela Abracopel em conjunto com o Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre) alertava para a condição preocupante de apenas 29% das residências brasileiras possuírem projeto elétrico, pouco mais de 50% das moradias contarem com condutor de proteção (fio terra) instalado e apenas 27% dessas edificações terem DR, um dispositivo de proteção que interrompe a fuga de corrente e reduz o risco de choque elétrico. À época, o estudo apontou também que 60% das moradias com idade média de 20 anos de construção nunca haviam passado por reforma e apenas 35% dos imóveis adotavam o padrão de tomada de três polos, vigente no Brasil. O estudo completo pode ser revisitado no endereço: http://programacasasegura.org/blog/2017/05/04/raio-x-das-instalacoes-eletricas-residenciais-brasileiras.

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33

MORTES POR FAIXA DE IDADE

20

14

37

37

144

160

106

104

0

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

0 a 5 anos

6 a 10 anos

11 a 15 anos

16 a 20 anos

21 a 30 anos

31 a 40 anos

41 a 50 anos

Acima de 50 anos

Não iden�ficado

Gráfico 10: Acidentes fatais por faixa etária

COMENTÁRIO:

Em 2018, 160 vítimas fatais de choques elétricos tinham de 31 a 40 anos de idade, sendo essa a faixa etária mais afetada, com 26% de acidentes. Os jovens adultos, de 21 a 30 anos, compõem a segunda população que mais sofreu a incidência de choques mortais, com 144 vítimas ou 23% das ocorrências. Entre os indivíduos de 41 a 50 anos, houve 106 mortes e entre os acima de 50 anos, 104 fatalidades, respondendo cada uma por aproximadamente 17% dos eventos. As faixas etárias de 11 a 15 anos e 16 a 20 anos registraram 37 (6%) mortes cada. Entre as crianças de 0 a 10 anos foram 34 as vítimas (5%), sendo 20 delas de 0 a 5 anos (3%).

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34 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

CHOQUE ELÉTRICO TOTAL E FATAL POR PROFISSÃO/OCUPAÇÃO - 2018

total fatal

85

13

168

67

9

3723

63

44

111

64

209

52

164

57

5

118

56

7

2713

3724

105

50

167

40

125

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Gráfico 11: Choques elétricos por tipo de ocupação

COMENTÁRIO:

Os acidentes fatais por choques elétricos vitimaram mais de uma centena de agricultores. Muitas dessas mortes ocorreram em decorrência do manuseio, instalação e manutenção de bombas de poços artesianos e bombas de sucção. Entre os pedreiros e os pintores, as causas mais comuns de acidentes com vítimas são a desatenção com o manuseio de materiais metálicos (barras de ferro ou extensores dos rolos) próximo às redes de energia elétrica. Ao tocarem a rede, acontece a fatalidade. Crianças e adolescentes por não possuírem profissão determinada são classificados, metodologicamente, como estudantes. A denominação “Outros” é aplicada sempre que não é possível identificar a profissão do acidentado.

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35

MORTE POR CHOQUE ELÉTRICO EM REDES AÉREAS - 2018

10

4

13

1 38

29

23

30

9

15

09

18

05

101520253035

Gráfico 12: Choques elétricos fatais em redes aéreas

COMENTÁRIO:

Apesar de todos os esforços das concessionárias de distribuição de energia elétrica em alertar sobre os riscos da proximidade com a rede de energia, parte da população continua colocando a vida em perigo ao construir moradias próximas às linhas de transmissão. No caso dos agricultores, o manuseio de máquinas agrícolas próximas a essas linhas são as principais causas de acidentes. Ainda que em número menor, os acidentes com eletricistas funcionários de empresas de energia continuam acontecendo mesmo com todo conhecimento que o exercício da profissão requer.

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36 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

CHOQUES ELÉTRICOS FATAIS POR MÊS - 2018

65

79

6258

40

4438

31 32

42

57

66

0102030405060708090

Gráfico 13: Choques elétricos fatais mês a mês

COMENTÁRIO:

Curiosamente, os dados agregados mostram um aumento no número de acidentes fatais nos meses que iniciaram o ano de 2018 e os próximos do seu término. Os dois períodos concentram as estações mais quentes do ano, as férias escolares e algumas das festividades mais representativas da cultura popular, caso do Carnaval e do Ano Novo.

INCÊNDIOS POR SOBRECARGA

INCÊNDIOS/MORTES POR SOBRECARGA - POR REGIÃO - 2018

537

56

124

60

155

142

61

3

18

5

26

9

Total

Norte

Nordeste

Centro Oeste

Sudeste

Sul

Morte Incêndio

Gráfico 14: Número total de incêndios e mortes por Região

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37

COMENTÁRIO:

Em 2018, foram registrados 537 incêndios por sobrecarga em todo o país. O Sudeste liderou o ranking regional, com 155 eventos e 26 fatalidades. Na região Sul, embora os incêndios por curto-circuito também tenham sido bastante numerosos (142), as mortes, num total de 9, foram menos frequentes que no Nordeste, que registrou 18 vítimas fatais para um total de 124 incêndios por sobrecarga. As regiões Centro-Oeste e Norte foram as que menos tiveram incidentes, com 60 e 56, respectivamente, e 5 e 3 mortes.

INCÊNDIOS POR SOBRECARGA DE ACORDO COM TIPO DE EDIFICAÇÃO OU LOGRADOURO

130

44

29

17

7

46

207

45

6

2

4

1

1

0

0

0

1

44

14

0

0

0

Comércios pequeno porte/outros

Empresa Pública/Presídios

Escola/Universidade

Hospitais

Igrejas

Indústria de pequeno ou médio porte

Residência Unifamiliar - casas+sí�os

Residência Mul�familiar - apto

Shopping center

Super / hipermercado

Outros

Fatal Incêndio

Gráfico 15: Mortes por tipo de edificação ou logradouro

COMENTÁRIO:

As residências unifamiliares são o tipo de edificação que mais registraram incêndios por curto-circuito/sobrecarga, com 207 eventos e 44 mortes. Nos prédios residenciais, os incêndios por sobrecarga deixaram 14 mortos e a incidência foi de 45 ocorrências. Em comércios (sejam de pequeno ou grande porte) os dados revelam 130 incêndios ao longo do ano de 2018, com uma morte, permitindo afirmar que os incêndios por sobrecarga ocorrem, majoritariamente, em ambientes residenciais e comerciais.

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38 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

INCÊNDIOS POR SOBRECARGA POR MÊS E REGIÃO 2018

6

4

2

8

6

4

8

4

2

6

2

43

9

11

9

13

11 11

9

76

1817

7

43 3

7

3

8

6

8

21

8

10

17

8

10

1213

19

12

18

15

8

1312 12

98

5

16

18

15

1312

14

8

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul

1

9

0 1

16

47 4 5 2 6 6

61

0

10

20

30

40

50

60

70

MORTES

6

4

2

8

6

4

8

4

2

6

2

43

9

11

9

13

11 11

9

76

1817

7

43 3

7

3

8

6

8

21

8

10

17

8

10

1213

19

12

18

15

8

1312 12

98

5

16

18

15

1312

14

8

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul

1

9

0 1

16

47 4 5 2 6 6

61

0

10

20

30

40

50

60

70

Gráfico 16: Incêndios por curto-circuito mês a mês, por região

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39

COMENTÁRIO:

O número de incêndios por curto-circuito reflete a defasagem das instalações elétricas nas edificações. Esses eventos, na maioria das vezes, têm início pela sobrecarga em condutores que, ao terem ultrapassado seus limites de condução de corrente, aquecem e perdem a isolação, dando origem ao fogo. Se atualizadas, as instalações passam a ter dispositivos de proteção que interrompem a sobrecarga evitando o acidente (disjuntores ou fusíveis corretamente dimensionados). O ano de 2018 apontou mais do que o dobro de mortes quando comparado com 2017. Vale ressaltar que dentre os registros apurados, 9 mortes referem-se às vítimas do incêndio ocorrido no Edifício Wilton Paes de Almeida, na capital paulista.

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40 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

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41

SEÇÃO 2

Série Histórica Dados ComparadosOutro corte para análise de dados refere-se ao acumulado anual abrangendo os anos de 2013, início da série histórica, a 2018, para fins de comparação. O método historiográfico permite, de maneira facilitada, entender a evolução dos acidentes de origem elétrica no Brasil e identificar pontos de maior vulnerabilidade, que requerem maior atenção quanto às ações preventivas.

41

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42 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

DADOS GERAIS

TOTAL DE ACIDENTES

10381223 1248 1319 1387 1424

0200400600800

1000120014001600

2013 2014 2015 2016 2017 2018

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Gráfico 17: Comparativo de acidentes de origem elétrica de 2013 a 2018

COMENTÁRIO:

A série histórica de dados mostra uma escalada crescente de acidentes de origem elétrica no país, com incremento de 37,2% em 2018 em relação a 2013, ano de início da pesquisa. Em números absolutos, esse percentual representou um aumento de 386 acidentes. Anualmente, os acréscimos para os períodos 2013-2014, 2014-2015, 2015-2016, 2016-2017 e 2017-2018 foram, respectivamente, 17,82% (185), 2,04% (25), 5,68% (71), 5,15% (68) e 2,67% (37).

CHOQUES ELÉTRICOS

COMPARATIVO MORTES POR CHOQUE ELÉTRICO POR REGIÃO - 2013 A 2018

44

258

69

133

88

592

54

266

66

123

118

627

54

259

74

109

94

590

43

271

60

116

109

599

52

287

65

125

98

627

68

261

73

123

97

622

0

100

200

300

400

500

600

700

Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul TOTAL

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Gráfico 18: Evolução dos acidentes fatais por choque elétrico por região

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43

COMENTÁRIO:

A única região que apresenta menos acidentes fatais por choques elétricos em 2018 em relação à 2013 é o Sudeste (2013: 133; 2018:123). No acumulado, nota-se também a diminuição de cinco eventos em relação à 2017, número insuficiente para determinar a melhora nas condições das instalações elétricas prediais.

CHOQUES ELÉTRICOS - FATAIS E NÃO FATAIS - 2013 A 2018

592 627 590 599 627 622

173 196 123 215 224 214

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fatais Não fatais

Gráfico 19: Total de acidentes por choque elétrico – fatal/não fatal 2013 a 2018

COMENTÁRIO:

O ano de 2015 foi o que registrou menos acidentes com choques elétricos em toda a série e, embora os casos com vítimas fatais em 2018 tenham sido mais numerosos do que 2013 (41 ocorrências a mais), no ano passado houve 05 mortes a menos do que em 2017. No acumulado de acidentes com choque elétrico, 2018 teve 85 eventos a mais se comparado a 2017.

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44 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

MORTE POR CHOQUE ELÉTRICO POR TIPO DE EDIFICAÇÃO OU LOGRADOURO 2013 A 2018

75

66

44

0

5

0

0

22

170

6

198

2

3

0

3

81

112

79

0

4

3

0

12

109

3

214

1

2

0

4

55

36

39

12

3

5

2

19

213

9

163

1

17

11

5

69

20

37

14

8

5

8

14

218

0

173

0

26

7

2

50

49

47

16

4

3

5

12

181

0

218

3

24

12

4

61

59

33

11

9

3

0

16

172

7

209

1

28

0

1

Área rural

Área urbana

Comércio (pequeno/outros)

Construção civil (interno)

Clube/parque/escola

Empresa pública/presídio

Igreja/convento/hospitais

Indústria

Rede áerea de distribuição

Subestações/transmissão

Residência unifamiliar+sí�os,chácaras, fazendas+Apto

Super/hipermercado

Rios, lagos, açudes/praia

Shopping center/praças

Outros

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Gráfico 20: Fatalidades por choque elétrico por tipo de edificação ou logradouro

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45

COMENTÁRIO:

As residências são o tipo de edificação onde o choque elétrico fatal acontece com mais frequência (1175 mortes), superando até mesmo a rede aérea de distribuição (1063 mortes).

COMPARATIVO: CHOQUE ELÉTRICO FATAL EM REDE AÉREA

10

4

13

1

3

8

29

23

30

9

15

0

9

18

9

13

11

2

3

5

48

15

15

16

10

3

11

33

11

15

17

8

2

13

36

13

11

21

16

4

10

36

17

14

16

2

1

6

42

14

12

12

22

3

11

36

20

9

23

1

0

8

23

8

0

9

2

0

0

24

28

12

22

3

0

13

26

6

0

0

0

0

0

59

0 50 100 150 200 250

Eletricista ou técnicoautônomo

Eletricista profissionalempresa

Estudante

Faxineira, domés�cadona de casa

podador de árvore

Instalador TV a cabo/telefoniaplacas/toldos/calhas

Pedreiro / operário /ajudantes

Pintor / ajudante

Agricultor

Curioso

Motorista de caminhão

Soldador / SerralheiroVidraceiro

Aposentado

Outro

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Gráfico 21: Mortes por choque elétrico na rede aérea por tipo de ocupação

COMENTÁRIO:

Apesar de todo o trabalho de conscientização sobre os riscos do manuseio de materiais sem manter a devida distância das redes aéreas de distribuição de energia, muitos profissionais ligados às áreas da construção civil e comunicação visual continuam se acidentando. Pedreiros, pintores e instaladores de fachada são as vítimas mais frequentes dos acidentes com mortes por choque elétrico.

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46 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

COMPARATIVO MORTE POR CHOQUE ELÉTRICO POR PROFISSÃO 2013 A 2018

57

5

118

56

7

13

37

24

105

40

16

7

50

45

18

76

37

10

10

67

18

72

30

14

10

33

59

33

93

40

6

39

71

31

90

31

20

21

40

61

22

76

33

1

17

58

16

56

17

24

9

39

54

16

79

41

4

20

60

23

0

33

2

15

0

71

29

117

72

0

20

55

10

0

0

0

0

0

0 20 40 60 80 100 120 140

Eletricista ou técnico autônomo

Eletricista profissional empresa

Estudante

Faxineira, domés�ca dona de casa

podador de árvore

Instalador cabo/telefonia/placas/toldos/calhas

Pedreiro / ajudantes

Pintor / ajudante

Agricultor

Curioso

Motorista de caminhão

Soldador / Serralheiro

Aposentado

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Gráfico 22: Mortes por choque elétrico por tipo de ocupação

COMENTÁRIO:

Diferentemente da condição anterior, que avalia os acidentes computados na rede aérea de distribuição, os acidentes, em geral, têm como principais vítimas estudantes (pessoas sem profissão definida), agricultores, os próprios profissionais autônomos da área elétrica e as donas de casa (aqui também computadas as trabalhadoras domésticas).

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47

TOTAL DE MORTES POR FAIXA ETÁRIA EM 6 ANOS - 2013 A 2018

138

97

204

229

839

970

615

565

0 200 400 600 800 1000 1200

0 a 5 anos

6 a 10 anos

11 a 15 anos

16 a 20 anos

21 a 30 anos

31 a 40 anos

41 a 50 anos

Acima de 50 anos

Gráfico 23: Total geral de mortes por choque elétrico e por faixa etária

COMENTÁRIO:

De 2013 a 2018, 3.657 pessoas foram vitimadas por choques elétricos fatais no Brasil, o que significa 1,67 morte/dia. Só entre as crianças e adolescentes (de 0 a 15 anos) foram 439 mortes. Os adultos jovens (de 21 a 40 anos) representam quase a metade do total de vítimas de acidentes fatais por choques elétricos.

INCÊNDIOS POR SOBRECARGA/CURTO-CIRCUITO

COMPARATIVO INCÊNDIOS/MORTES ORIGINADOS POR SOBRECARGA - 2013 A 2018

200

295

441

448

451

537

16 20 33 33 30

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INCÊNDIO MORTE

Gráfico 24: Incêndios gerados a partir de sobrecargas elétricas

COMENTÁRIO:

De 2013 a 2018, os incêndios por sobrecarga e curto-circuito mais que duplicaram e as mortes quase quadruplicaram. Em relação ao ano anterior, 2018 registrou um aumento de 18,84% no número de incêndios e pouco mais que 100% no número de mortes.

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COMPARATIVO INCÊNDIOS/MORTES CAUSADOS POR SOBRECARGA - 2013 A 2018

Gráfico 25: Mortes por incêndios por tipo de edificação

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COMENTÁRIO:

Os ambientes mais susceptíveis à ocorrência de incêndios por sobrecarga e curto-circuito, de acordo com os dados acumulados, são os ambientes residenciais e os pequenos comércios, com 1091 e 697 eventos, respectivamente.

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50 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

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SEÇÃO 3

Considerações RelevantesNessa seção, estão especificadas as ações de mobilização conduzidas pela Abracopel e que podem ser difundidas para minorar o número de acidentes com eletricidade no país e as que podem ser implantadas, visando à melhoria nas condições de segurança das instalações elétricas das edificações.

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CONSIDERAÇÕES RELEVANTESOs dados do Anuário 2018 mostram o quanto a população brasileira ainda é carente de informação sobre os riscos que a eletricidade pode oferecer quando mal-empregada. Não fosse assim, a maioria dos acidentes apurados nesse levantamento poderia ter sido evitada, poupando centenas de vítimas.

Embora instalações elétricas inadequadas não impeçam, muitas vezes, um equipamento de funcionar, o desconhecimento e a negligência dos proprietários de imóveis e até dos próprios profissionais da área elétrica sobre os riscos relacionados às instalações antigas, ao uso de fios e cabos não certificados, às gambiarras elétricas, são fatores que colocam em perigo a vida do usuário da eletricidade.

A importância desse Anuário está em espelhar essa realidade, por meio dos números apresentados, e realçar a necessidade de mudança de cultura para a segurança das instalações elétricas, de forma a reduzir a exposição a acidentes por choque ou incêndios por sobrecarga.

Além do Anuário, a Abracopel realiza diversas ações para levar o conceito da eletricidade segura para os profissionais do setor e para o público em geral. Os seminários, workshops, encontros técnicos, congressos, roadshows e palestras são voltados à capacitação da mão de obra, para que adote as boas práticas de mercado no dia a dia de trabalho, de forma a conseguir um resultado de qualidade, sinônimo de segurança.

Durante os 13 anos de atuação da Abracopel, mais de 35 mil profissionais puderam manter-se atualizados em todo o Brasil por meio das ações promovidas pela entidade. Quando somadas as iniciativas on-line, esse universo duplica.

Por meio do Conadse, Congresso Nacional Abracopel de Atualização Docente em Segurança com Eletricidade, a Associação também participa da qualificação de professores, levando informação sobre novas tecnologias, normalizações e tudo de mais atual que está acontecendo no setor. Dessa forma, ao retornarem às suas instituições, os docentes podem replicar os conhecimentos adquiridos a seus pares e alunos.

Para a sociedade, as ações de conscientização incluem o Concurso Nacional de Redação e Desenho e o Prêmio Abracopel de Jornalismo, cujo objetivo é cultivar e disseminar a cultura da segurança com eletricidade junto à população.

A ideia de criar um concurso nacional voltado para crianças e adolescentes era um sonho antigo da Abracopel, que almejava chegar até a base da sociedade para incutir nesse público um conceito correto sobre as boas práticas em segurança pra lidar com a eletricidade.

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O projeto, iniciado em 2012, incentiva alunos e professores de escolas públicas de todo o país a trabalhar o tema segurança elétrica nas salas de aula, desenvolvendo desenhos, redações e vídeos - categoria inserida em 2018. A criança consciente influencia de forma benéfica todos ao seu redor. A entrega das principais premiações do concurso é feita diretamente nas escolas, mesmo em localidades remotas.

Outra ação desenvolvida para conscientizar a população é o Prêmio Abracopel de Jornalismo, que tem os profissionais da área e os formadores de opinião como principais interlocutores. A iniciativa completa este ano o 13º aniversário e foi pensada para difundir informação relevante junto à mídia. Os profissionais da imprensa, ao pautarem matérias que abordam os temas relacionados aos perigos das instalações elétricas precárias, prestam um serviço à população, orientando-a.

A esse trabalho, somam-se ainda parcerias sinérgicas, como o Programa Casa Segura (www.programacasasegura.org.br) e o Programa Eletricista Consciente (www.eletricistaconsciente.com.br).

O Programa Casa Segura é uma iniciativa do Procobre em prol da valorização da vida, da defesa do patrimônio e da segurança da família. Trata-se de um projeto de conscientização e orientação sobre os riscos de acidentes causados por instalações elétricas inadequadas e o impacto dessas instalações no consumo excessivo de energia, na desvalorização das edificações e na falta de segurança dos imóveis.

O Programa Eletricista Consciente, por sua vez, é uma iniciativa de cooperação entre a Abracopel, o Procobre e a Revista Potência e incentiva os eletricistas participantes a se atualizarem profissionalmente e adquirirem formação para a condução de seus negócios e atividades. O Programa permite interações no site, acúmulo de pontos e troca de pontos por prêmios.

O trabalho da Abracopel também versa sobre a participação da Associação na formulação de regulamentações e normalizações, para prover a sociedade de apoio técnico e jurídico nos assuntos relacionados à eletricidade.

Um ponto relevante, que foge à conscientização, porém, está no fato de os brasileiros ignorarem as leis, regulamentos e normas que orientam a construção das instalações elétricas. Nesse sentido, o Anuário serve ao propósito de alertar a população para o trato da eletricidade com segurança, e das autoridades, a fim de que tomem providências quanto às adequações necessárias, inclusive de fiscalização, para que as regulamentações vigentes sejam efetivamente cumpridas.

A união da sociedade, dos agentes econômicos, órgãos de imprensa e do poder público pode contribuir para que o número de acidentes de origem elétrica seja reduzido. Profissionais atualizados, produtos de qualidade e contratantes preocupados são a base para que essa meta seja alcançada.

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54 ANUÁRIO ESTATÍSTICO ABRAPELDE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA 2019 - ANO BASE 2018

A certeza que move a Abracopel é de que as ações conduzidas por ela já preservaram milhares de vidas ao evitar um número incontável de acidentes. E, nesse sentido, cabe um agradecimento especial a todos os que, direta ou indiretamente, contribuíram para que isso fosse possível.

A Abracopel despende esforços perseguindo esse propósito e, com vistas a concretizá-lo em um horizonte próximo, algumas medidas emergenciais precisam ser colocadas em prática. São medidas simples, mas com potencial para interromper o avanço do número de acidentes fatais por choques elétricos e os incêndios por curto-circuito, que tanto sensibiliza a todos por gerar um passivo - emocional ou financeiro – na maioria das vezes evitável:

• Padronizar procedimentos e metodologias seguras de trabalho;

• Difundir princípios básicos de controle de riscos elétricos;

• Conscientizar profissionais envolvidos e promover melhoria na atitude e no comportamento dos trabalhadores do setor;

• Ampliar a divulgação das boas práticas em segurança elétrica em escolas, comunidades carentes, associações de bairro, de forma a minimizar os acidentes que acontecem por absoluta falta de informação e conscientização;

• Reforçar a fiscalização da NR-10, norma regulamentadora do Ministério do Trabalho, que rege as regras para o trabalho com eletricidade de forma segura.

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