Anuário Risologistas

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Anuário com dados e fotos do projeto "A Arte de Humanizar"

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Flor da Lama

Pedro Bento e Zé da estradaVenho agora dizer adeus aos meus amigos

Eu já não posso viver neste lugarPorque a mulher que viveu sempre comigoManchou meu nome e na lama foi morarO nosso lar que era um ninho de amor

Hoje é um recanto que só existe a solidãoE na lama nasceu uma nova flor

Para enfeitar o ambiente da perdiçãoE sozinho no silêncio do meu quartoQuantas noites amanheço acordado

Sempre olhando na parede o teu retratoRelembrando quando estavas ao meu lado

Sinto amargo a destruir minha existênciaTenho vergonha de saber aonde ela mora

Não podendo suportar a sua ausênciaSoluçando de saude eu vou embora

Tarde da noite quando apaga a luz da luaE os boêmios passam em frente minha janela

Sobre o meu leito sozinho escuto uma voz na ruaQue vem passando e vem falando o nome dela

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Asa BrancaLuíz Gonzaga

Quando "oiei" a terra ardendoQual a fogueira de São João

Eu perguntei a Deus do céu, aiPor que tamanha judiação

Eu perguntei a Deus do céu, aiPor que tamanha judiaçãoQue braseiro, que fornaia

Nem um pé de "prantação"Por farta d'água perdi meu gado

Morreu de sede meu alazãoPor farta d'água perdi meu gado

Morreu de sede meu alazãoInté mesmo a asa branca

Bateu asas do sertão"Intonce" eu disse, adeus Rosinha

Guarda contigo meu coração"Intonce" eu disse, adeus Rosinha

Guarda contigo meu coraçãoHoje longe, muitas légua

Numa triste solidãoEspero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertãoEspero a chuva cair de novo

Pra mim vortar pro meu sertãoQuando o verde dos teus "óio"

Se "espaiar" na prantaçãoEu te asseguro não chore não, viu

Que eu vortarei, viuMeu coração

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HOMO SAPIENS PALHAÇO

Células evoluidas...

Homens sonhadores

Sonhos utópicos

Fãs da tristeza

Pois são tristes por natureza

Amigos da felicidade

Pois precisam dela

Caçadores de amor

Pois acreditam nele!

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12Bruna Marchioro

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Durante a nossa vida,

Conhecemos pessoas que vem e que ficam,

Outras que, vem e passam.

Existem aquelas que,

Vem, ficam e depois de algum tempo se vão.

Mas existem aquelas que vem e se vão com uma enorme vontade de ficar...

Pensamos demasiadamente

Sentimos muito pouco

Necessitamos mais de humildade

Que de máquinas.

Mais de bondade e ternura

Que de inteligência.

Sem isso,

A vida se tornará violenta e

Tudo se perderá.

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Ser palhaço...

Quando eu era jovem, eu pensava que com a

arte seria possível mudar o mundo.

Eu buscava constantemente um espetáculo

que pudesse despertar no coração do público

uma esperança.

Eu queria mostrar uma maneira diferente de

viver, com mais amizade, criatividade, sem a

obrigação de perseguir o dinheiro e o poder.

Ilusão fútil que eu nunca consegui alcançar.

Não só a revolução não chegou, como as

pessoas se tornaram cada vez mais loucas e

materialistas.

Quando eu me dei conta disto eu vivi

momentos difíceis pensando, pensando

inclusive que minha vida era um fracasso e

que todo esforço era inútil.

Mas um dia eu tive uma revelação: se não

se pode mudar o mundo, pelo menos é

possível mudar a si mesmo, encontrar algo

em seu coração, um desejo,

uma necessidade e

entregar-se totalmente

a ele, sem olhar para

trás. Isso não é para

a sociedade ou para os outros, não, é para

você mesmo.

E eu fazendo esse palhaço que eu sou, eu

encontrei essa coisa. Provocar, burlar e fazer

o público rir. Isso era tudo o que eu buscava

em minha vida. Por certo eu não mudava o

mundo, mas os palhaços nunca mudaram

o mundo, passam o tempo tentando sem

nunca conseguir, por isso são palhaços.

Os palhaços gostam do fracasso e das

ações ineficazes, são perdedores alegres

e isto é a verdadeira força que têm, nunca

se cansam de perder. Desfrutam de cada

fracasso e voltam em seguida a fracassar de

novo, diluindo assim as certezas das pessoas

sérias e que nunca duvidam.

Então, esse sangue que pareço ter na minha

cabeça, esse sangue que tenho sobre a

minha camisa, esse sangue que tenho no

meu coração, esse sangue que está todo em

mim é tão patético e inútil em seu simbolismo

porque é sangue de um palhaço. Um sangue

que não vem de uma grande luta ou em

nome de uma causa heróica. É sangue de

brincadeira, ao mesmo tempo verdadeiro e

pouco importante

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15Bruna Marchioro

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16Ericsson Mussulini

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Um senhor estava deitado, sua boca indicava o

solo, seu quarto era iluminado apenas pela luz que vinha da

porta entreaberta. Seu rosto permanecia fechado, e, sua

boca soltava palavras nada gentis para as enfermeiras. Seu

tratamento fora interrompido por sua irritabilidade para com

seu estado. O Médico tentou entrar, mas não era bem vindo,

apenas sua família parecia ser bem vinda, mas seus lamentos

faziam com que seu interior continuasse escuro. Um Homem

de nariz vermelho entra em seu quarto, mas recebe um grito

que o expulsa daquele ambiente infeliz, o Homem de nariz

vermelho teima em comover aquele senhor, e o questiona

sobre o seu maior sonho, recebendo a seguinte resposta:

- É a morte.

O homem assustado lembra-se da presença de seu

nariz vermelho e inicia ali o velório fictício do senhor. Com o

auxílio de outros Homens de narizes vermelhos, iniciam o

tratamento “risológico”. Ali nascia o momento fúnebre que

todo velório deveria ter.

A vida do senhor que iria vencer em 14 dias, estendeu-

se há 180 dias, mas, no entanto, o mais importante é que

antes a sua boca indicava o solo, indicava agora, o lugar onde

o senhor se encontra.

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Jhonatan Mazo da Cruz – Palhaço Propicio

Sendo a alma um turbilhão cercado por

barreiras, para que possamos livremente

andar em sociedade, torna logo o palhaço o

violador. O que quebra obstáculos trazendo a

tona o verdadeiro humano do individuo, não

interessando de que forma vem, e ai mora o

problema.

Se na maior parte dos casos esse ser se mostra

alegre, engraçado, poético, como a matéria

prima pode se mostrar tão longe do ser que se

revela, será essas barreiras tão fortes, mas se o

palhaço as quebra, porque continuas tão forte

ainda? Palhaço é a essência.

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RELATÓRIO RISOLOGISTAS 2011

Esse ano de 2011 foi um ano muito especial

aos Risologistas. Além das apresentações

em mais de 4 estados, estamos conseguindo

inserir os métodos humanitários em várias

instituições. Com isso percebemos claramente

a mudança não só no atendimento, mas

também no tratamento de cada paciente e no

desenvolver da qualidade de vida de todos os

envolvidos.

Neste ano buscamos qualificar o modo de

atenção que é dado aos pacientes e aos

funcionários que lidam com o “tratar vidas”

diariamente. A nossa ideia é implantar nosso

projeto em qualquer serviço de saúde, como

Centro de Saúde, Unidade de Saúde da

Família, Serviço de Urgência, hospital, nível

central das secretarias de saúde, inclusive,

em toda a rede de saúde pública do

estado, desde que haja compromisso para

reorganização do serviço numa outra visão.

Uma ótica mais humana!

Acreditamos que muitas doenças têm

suas origens no nível emocional. Partindo

desta premissa e usando de nossos ideais,

podemos afirmar, sem medo de errar, que

um povo feliz é um povo saudável e que a

recíproca também é verdadeira. Entretanto

o segredo disto tudo é como encontrarmos

o ponto de equilíbrio e harmonia entre todas

essas facetas da vida, necessárias para

o desenvolvimento mais positivo para a

humanidade.

A palavra chave é justamente - Harmonia

– que etimologicamente significa União e

Construção – para ser mais claro, é unirmos

todas as Dimensões (física, emocional, mental

e espiritual ) dentro de uma grande roda,

colocando-a num movimento continuo, tal

como um dínamo, gerando energia suficiente

para a auto Construção de um “Ser Humano

Pleno”, dentro e fora do ser.

Arriscamos afirmar ainda que, esta é a

medicina preventiva, pois pessoas mais felizes

adoecem menos e vivem mais, ultrapassando

a média da expectativa de vida. Uma

afirmação interessante do Dr. Patch Adams,

é que “As pessoas harmoniosas e felizes

são mais queridos pelos outros e tendem

a ser mais tolerantes e criativos”, estas são

características e padrão comportamental

que estamos buscando nos profissionais

que lidam com pessoas, promovendo desta

forma a “Humanização da Saúde”.

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23Bruna Marchioro

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24Bruna Marchioro

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25*valores aproximados

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Uma das frentes da companhia Risologistas Doutores do Riso é a apresentação de seus

Espetáculos Cênicos em teatros de todas as cidades visitadas. Cuidando da qualidade artística

e de uma produção de qualidade, construimos e apresentamos três espetáculos em 25 cidades

no ano de 2011.

ESPETÁCULOS:

MATO GROSSO E MATO GROSSO DO SUL: Campo Grande | Cuíaba

PARANÁ: Cascavel | Cianorte | Curitiba | Foz do Iguaçu | Francisco Beltrão | Guarapuava |

Mal. Cândido Rondon | Maringá | Palotina | Ponta Grossa | Sta. Helena | Toledo | Umuarama

RIO DE JANEIRO E ESPÍRITO SANTO: Alegre | Rio de Janeiro | Vila Velha

SANTA CATARINA: Balneário Camboriú | Blumenau | Florianópolis | Joinvile

SÃO PAULO: Assis | Bauru | Marília | Presidente Prudente | Ourinhos | São Paulo

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Luiz Padilha

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29Arquivo Pessoal

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Além das apresentações cênicas e as

apresentações nos Hospitais, a Companhia

Risologistas preocupou-se muito em levar a

alegria através de eventos e performances,

criados para difundir e movimentar a imagem

da nossa Companhia em todo o Brasil.

São elas:

1. Dia Do Riso

2. Apresentações em APAEs

3. Performances em Locais Destruídos

por Tragédias Naturais

4. Apresentações em Postos de

Atendimento

Acreditamos que vivemos tempos

conturbados, onde a sociedade vive em

busca das mesmas idéias e lutando pelas

mesmas coisas. A racionalidade vem tomando

conta de nossa comunidade. Acreditar no

irreal se tornou absurdo. Com tanta violência,

corrupção e descaso, parecem ser impossível

alcançar aquilo que não podemos tocar;

Pensando nisso, acreditamos que o

desenvolvimento de uma sociedade está

ligado diretamente a educação. Sabemos

também do medo de se investir na educação,

pois é muito mais fácil dominar um povo

que não da uma importância a “livros”. E

de nenhuma forma podemos pensar em

Educação sem pensar em Arte e Cultura.

Ampliamos nosso campo de

trabalho, além dos palcos e dos hospitais,

concentramos nossos esforços na formação

e no desenvolvimento de alunos e professores

da rede pública. Através das aulas de circo

e teatro, buscamos oportunizar a todos uma

evolução no que se refere cultura.

Nas escolas levamos oficinas e

workshop aos professores da Rede publica

e apresentação dos nossos espetáculos

aos alunos. Nas universidades lecionamos

oficinas e Palestras, para motivar a criação de

novos grupos e para difundir a nossa filosofia

artística.

UNIVERSIDADES:

MS e MT: UFMT | UFMS

PR: FAG, UNIPAR (Cascavel) | UNIOESTE

(Cascavel, Foz do Iguaçu, Mal. Cdo. Rondon,

Toledo) | PUC, UFPR (Curitiba) | UEM (Maringa)

| UNIPAR (Cianorte)

SP: UNESP (Ourinhos) | PUC (São Paulo) |

UNIMAR (Marília) | UNIP (Assis)

SC: UFSC (Florianópolis) | UNISUL (Tubarão)

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RISOLOGISTAS

O Ato de ser ridículo é o inicio de um desprendimento material e sensorial de inutilidades que

nos foram impostas desde o nosso nascimento.

O Palhaço está na quebra, no homem que acorda às 6h da manhã e indo até a obra para

construir mais um dragão de pedra, ouve seu samba em seu celular fm e acredita que a queda

do tijolo do décimo terceiro andar em sua cabeça, será engraçado, pois para os justos no mundo

de hoje, a tragédia já não é mais padronizado e sim a desfragmentação de uma vida inóspita e a

abertura de um sorriso sem os dois dentes da frente.

Em 5 anos de projeto ainda acordo pensando até onde manteremos esse sonho? O sonho de

mudar o mundo!

Ser palhaço é bagunçar tudo que acreditamos estar organizado, é quebrar padrões, é aceitar

que todos são fracassados e que isso nos faz tão sensível.

Ser palhaço é idolatrar o medo, temer a coragem, ser sábio utilizando dos meios mais estúpidos.

Ser palhaço é ser humano, é não ter medo das tortas na cara e dos chutes na bunda. É ser a

ação, o óbvio, o complexo, o assustador, o sensível, o imbecil.

Posso ficar horas definindo um palhaço, todavia precisarei vidas para explicar o sentido de sua

existência.

Pois sendo ele a bagunça organizada em um mundo que busca se “coisificar” a cada momento,

qual o sentido do “riso” nisso tudo?

É essa certeza do incerto que me faz acreditar que iremos mudar o mundo!

Alfredo Cruz

Palhaço Santa Rita

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Ficha Técnica

Direção Geral: Alfredo Cruz

Direção Artística: Jhonatan Mazo

Produtor Executivo: Alan Cesar

Coordenadora Do Projeto: Mayara Beluco

Músicos: Dr. Patusco

Dr. Pituxo

Dra. Sempreinstância

Clowns: Dr. Propicio

Dra. Pidi

Dr. Pituxo

Dr. Santa Rita

Fotografia: Bruna Marchioro

Ericson Mussulini

Publicidade: Vórtice Comunicação

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