ANTROPOLOGIA DA RELIGIÃO

Ementa: Estudos clássicos sobre a religião; Estudos contemporâneos e religiosidades no Brasil: religiões afro-brasileiras, pentecostalismo, xamanismo nas sociedades das terras baixas sul-americanas, religiosidade rural e devoções no Nordeste, novas formas de religiosidade urbanas.

ABREU, Martha. 1999. O Império do Divino: Festas Religiosas e Cultura Popular no Rio de Janeiro, 1830-1900. Rio de Janeiro, Nova Fronteira; São Paulo, Fapesp.ASAD, Talal - "Anthropological Conceptions of Religion: Reflections on Geertz". Man 18: 237-59, 1983.BERRY, P. & A. WERNICK (eds.). 1992. Shadow of Spirit: Postmodernism and Religion, Londres & Nova Iorque, Routledge. BIRMAN, Patricia. 1992. “Modos periféricos de crença”. In: Pierre Sanchis (org.). Catolicismo: Unidade Religiosa e Pluralismo Cultura. São Paulo, Loyola. BLOCH, Maurice. 1993.From Blessing to Violence, Cambridge, CUP,.BRANDÃO, Carlos Rodrigues. 1989. A Cultura na Rua. Campinas, Papirus.BURDICK, John. 1998. Procurando Deus no Brasil: A Igreja Católica Progressista no Brasil na Arena das Religiões Urbanas Brasileiras. Rio de Janeiro, Mauad.CAMPBELL, Colin.1995.The Romantic Ethic and Spirit of Modern Consumerism, Oxford, Blackwell. (Há tradução em português, pela editora Rocco).CAMPBELL, Colin 1991. uman worlds are culturally constructed". In: Ingold, Tim (ed.), Key Debates in Anthropology, Londres & Nova Iorque, Routledge.CAMURÇA, Marcelo. 2001. “Da ‘boa’ e da ‘má vontade’ para com a religião nos cientistas sociais da religião brasileiros”. Religião e Sociedade 21/1. Rio de Janeiro, Cer/Iser.CORTEN, André. 1996. Os Pobres e o Espírito Santo: O Pentecostalismo no Brasil. Petrópolis, Vozes.DANTAS, Beatriz Góis. 1988. Vovó Nagô e Papai Branco: Usos e Abusos da África no Brasil. Rio de Janeiro, Graal.FERNANDES, Rubem César. 1994. Romarias da Paixão. Rio de Janeiro, Rocco.FERRETTI, Sérgio Figueiredo. 1995. Repensando o Sincretismo: Estudo sobre a Casa das Minas. São Paulo, EdUsp; São Luís, Fapema.FRADE, Cáscia do Nascimento. 1986. “Santo de Casa Faz Milagre”. Comunicações do Iser, ano 3, nº 9. Rio de Janeiro.FREYRE, Gilberto. 2000 [1951]. Assombrações do Recife Velho. Rio de Janeiro, Topbooks.GDAT (Group of Debates in Anthropological Theory). 1990.The concept of society is theoretically obsolete". In: Ingold, Tim (ed.), Key Debates in Anthropology, Londres & Nova Iorque, Routledge,.GERHOLM, Thomas - "On Ritual: A Postmodern View", Ethnos 53 (3-4), 190-203, 1988HORIZONTES ANTROPOLÓGICOS 3: Religiões Afro-Americanas. Porto Alegre, PPGAS/UFRGS.HORIZONTES ANTROPOLÓGICOS 8: Religião. Porto Alegre, Ano 4, 1998.LEACH, Edmund - Political Systems of Highland Burma, Londres, The Athlone Press, 1970.LIMA, Lana Lage da Gama et alii (orgs.). 2002. História e Religião. Rio de Janeiro, Faperj/ Mauá.

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Disciplina - Listagem de Ementa/Programa Disciplina: 135259 - Antropologia da Religião(Ver Oferta)

Graduação

Curso Oferta Telefones Calendário Mensagem da SAA Benefícios DAC

Órgão: DAN - Departamento de AntropologiaCódigo: 135259Denominação: Antropologia da ReligiãoNível: GraduaçãoVigência: 1971/2Pré-req: ###-135020 DISCIPLINA NÃO CADASTRADA OUCEN-153010 Elem Ling Estética Hist Arte 2 OUPST-124028 Psicologia Social 1 OUDAN-135194 TEORIA ANTROPOLOGICA 1 OUHIS-139149 HISTORIA DO BRASIL 2Ementa:Discussão das grandes teorias sobre magia e religião: as teorias intelectualistas inglesas (Tylor e Frazer); as teorias sociológicas francesas (Durkheim, Mauss); a teoria de Max Weber; o funcionalismo britânico (Malinowski, Firth, Evans-Pritchard); as teorias simbolistas (Mary Douglas, Victor Turner); a teoria marxista (Godelier); a teoria interpretativa (Geertz e outras).

Programa:OBJETIVOS

O curso pretende iluminar aspectos e conceitos básicos da antropologia da religião, partindo de alguns eixos temáticos: (1) Religião, sociedade e sistema simbólico; (2) Magia e Religião; e (3) Religião sob a perspectiva contemporânea - relação entre tradição e Modernidade.

METODOLOGIA

Introduzir os alunos à Antropologia da Religião, desenvolvendo debates e reflexões sobre conceitos e questões fundamentais. Para tanto o curso está organizado em: 1) Aulas expositivas; 2) Leitura e discussão de textos; 3) Exibição de vídeos; 4) Seminários

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indicados. Para aproveitamento das discussões em sala, é fundamental a leitura prévia dos textos.

AVALIAÇÃO

A avaliação se dará por meio de:

- 3 (duas) provas individuais sem consulta em sala de aula e cada prova terá peso 20%. As provas serão aplicadas no final das unidades 1, 2 e 3, visando aferir a compreensão de conteúdos discutidos em sala de aula e contidos nos textos lidos.

- Seminários: a apresentação nos seminários terá peso 20%;

- Fichamentos de textos programados (com peso de 10%). Os fichamentos devem ser entregues no dia da sessão correspondente ao texto (não serão aceitos em datas subsequentes), e ter no máximo 3 páginas, devendo explorar as linhas gerais do argumento do texto. A formatação deve obedecer ao seguinte padrão: fonte Times New Roman 12pt e espaçamento 1,5 entre linhas. Textos plagiados de colegas, retirados da internet, ou com transcrição total das/dos autoras/es sem as devidas referências não serão avaliados e receberão nota 0 (zero).

- A presença e participação nas aulas, bem como nos debates, terá peso 10%.

A presença em sala de aula é obrigatória e a ausência em mais de 25% das aulas implicará em reprovação conforme estabelece o regulamento da UnB. A chamada será realizada uma única vez, no início da aula. Atrasos necessariamente implicarão em falta.

?

PROGRAMA

(sujeito a alterações)

Data Aula INTRODUÇÃO

14/08

1 Apresentação do professor, dos alunos e da disciplina.

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5

UNIDADE 1 - Religião, sociedade e sistema simbólico

21/08

3 ELIADE, M. 1996. "O Espaço Sagrado e a Sacralização do Mundo". In: O Sagrado e o Profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes, pp. 17-37.

4 DURKHEIM, Émile. 2000. "Introdução". In: As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes, pp V a XXVII.

28/08

5 DURKHEIM, Émile. 2000. "Definição do fenômeno religioso e da religião". In: As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes, pp 03-32.

6 DURKHEIM, Émile. 2000. "Conclusão". In: As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes, pp 457-498.

04/09

7 MALINOWSKI, Bronislaw. 1988. A arte da magia e o poder da fé. In: Magia, ciência e religião. Lisboa: Edições 70.

8 GEERTZ, C. 2006. "A religião como sistema cultural". In: A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, pp 65-91.

11/09

9 Primeira Prova.

10

UNIDADE 2 - Magia e Religião

18/09

11 MAUSS, Marcel. 2011. "Esboço de uma teoria geral da magia". In: Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac naify, pp. 47-81.

12 MAUSS, Marcel. 2011. "Esboço de uma teoria geral da magia". In: Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac naify, pp. 81-115.

25/09

6

13 MAUSS, Marcel. 2011. "Esboço de uma teoria geral da magia". In: Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac naify, pp. 115-155.

14 MAUSS, Marcel. 2011. "Esboço de uma teoria geral da magia". In: Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac naify, pp. 155-181.

02/10

- Congresso Embra.

09/10

15 LEVI-STRAUS, Claude. 1996. "O feiticeiro e sua magia". In: Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, pp 198-213.

16 LEVI-STRAUS, Claude. 1996. "A eficácia simbólica". In: Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, pp 215-236.

16/10

17 EVANS-PRITCHARD, E.E. 2005. "A Noção de Bruxaria como explicação de infortúnios". In: Bruxaria, Oráculos e Magia entre os Azande. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, pp. 49-61.

18 DOUGLAS, Mary. 2006. "Poderes e Perigos". In: Pureza e Perigo. Lisboa: Edições 70, pp. 72-95.

23/10

19 Segunda Prova.

20

UNIDADE 3 - Religiosidades Afro-Brasileiras

30/10

21 Documentário: Atlântico negro: Na rota dos Orixás (Renato Barbieri). 1º lugar concurso Pierre Verger. ABA.

22 ORTIZ, Renato. A morte branca do feiticeiro negro. Petrópolis: Vozes, 1978.

06/11

7

23 BASTIDE, Roger. "O sagrado selvagem". In: O sagrado selvagem e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

24 BASTIDE, Roger. Contribuição ao estudo do sincretismo católico-fetichista. In: Estudos Afro-brasileiros. São Paulo: Editora Perspectiva, pp. 159-191.

13/11

25 MOTTA, Roberto. 2006. "Religiões afro-recifenses: estudos de classificação". In: CAROSO, Carlos; BACELAR, Jeferson (Orgs.). Faces da tradição afro-brasileira: religiosidade, sincretismo, anti-sicretismo, reafricanização, práticas terapêuticas, etnobotânica e comida. Rio de Janeiro: Pallas; Salvador, BA: CEAO, pp. 17-35.

26 PLÍNIO DOS SANTOS, Carlos Alexandre B. 2014. "Eva Maria de Jesus: a comunidade negra 'Tia Eva'". In: Fiéis Descendentes: Redes-irmandades na pós-abolição entre as comunidades negras rurais sul-mato-grossenses. Editora da Universidade de Brasília, Pp. 223-328.

UNIDADE 4 - Variações temáticas sobre religião

20/11

27 Seminários

28 Seminários

27/11

29 Seminários

30 Seminários

04/12

31 Seminários

32 Seminários

Bibliografia dos Seminários

8

ALMEIDA, Ronaldo. 2010. "Religião em transição". In: MARTINS, Carlos Benedito Martins e DIAS, Luiz Fernando Duarte. (Org.). Horizontes das Ciências Sociais: Antropologia. 1 ed. São Paulo: Anpocs/Barcarolla, pp 367-405.

BASTIDE, Roger. "Cavalos de santos". In: Estudos Afro-brasileiros. São Paulo: Editora Perspectiva, pp. 293-323.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. 1988. "Ser católico: dimensões brasileiras - um estudo sobre a atribuição de identidade através da religião" In: FERNANDES, Rubem César. Brasil & EUA Religião e Identidade Nacional. Rio de Janeiro, Graal.

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GIUMBELLI, Emerson. "O "chute na santa": blasfêmia e pluralismo religioso no Brasil". IN BIRMAN, Patrícia (org.). Religião e Espaço Público. São Paulo: Attar ed., s/d.

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MONTERO, Paula. 1985. Da doença à desordem: a magia na umbanda. Rio de Janeiro: Graal.

MONTERO, Paula. 2009. "Secularização e espaço público: a reinvenção do pluralismo religioso no Brasil". In: Etnográfica, (1), pp. 07-16.

VELHO, Otávio. 1997. "Globalização, antropologia e religião". In: Mana, 3(1), pp. 133-154.

9

WEBER, Max. 1996. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Editora Pioneira. Capítulo V: 'A ascese e o Espírito do capitalismo', pp. 110-132.

10