António Lobo Antunes

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António Lobo Antunes "Tive a sorte de ter uma infância muito boa, passada em Benfica que, na altura, era um microcosmos, das várias classes sociais, tudo aquilo misturado, larguinhos, pracinhas." Trabalho elaborado por. Filipe Fernandes

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António Lobo Antunes "Tive a sorte de ter uma

infância muito boa, passada em Benfica que, na altura, era um microcosmos, das

várias classes sociais, tudo aquilo misturado, larguinhos,

pracinhas."

Trabalho elaborado por.

Filipe Fernandes

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Biografia • António Lobo Antunes, escritor que leva já quinze

obras publicadas, nasceu em 1942, em Lisboa, na

zona de Benfica;

• Licenciou-se na Faculdade de Medicina, em Lisboa,

afirmou ter ido para medicina por acaso;

• Especializou-se em psiquiatria por pensar que era

parecido com literatura;

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Biografia • Parte da sua experiência clínica foi praticada em

Angola, durante a Guerra Colonial;

• Foi, sensivelmente, a partir de 1985 que Lobo

Antunes se dedicou quase exclusivamente ao ofício

da escrita;

• Os temas abordados nas suas obras são a Guerra

Colonial (essencialmente nas primeiras); a morte; a

solidão; a frustração de viver/não amar;

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• A sociedade urbana da média burguesia é a mais

retratada nos seus livros, uma vez que esta

sociedade caracterizou o seu próprio ambiente

familiar. Deste modo, o autor tem necessidade de

partir duma base real para a criação das suas obras;

• Embora dedique a sua vida à escrita, costuma ir

muitas vezes ao hospital: "vou ao hospital trabalhar

só para não me sentir maluco, porque escrever é

uma coisa muito solitária e às vezes, é preciso ver

outras pessoas."

Biografia

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Bibliografia• Memória de Elefante, 1979;• Os Cus de Judas, 1979;• Conhecimento do Inferno, 1980;• Explicação dos Pássaros, 1981;• Fado Alexandrino, 1983;• Auto dos Danados, 1985;• As Naus, 1988;• Tratado das Paixões da Alma, 1990;• A Ordem Natural das Coisas, 1992;• A Morte de Carlos Gardel, 1994;• O Manual dos Inquisidores, 1996.

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• O Esplendor de Portugal, 1997;• Livro de Crónicas, 1998;• Exortação aos Crocodilos, 1999;• Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura, 2000;• Que Farei Quando Tudo Arde?, 2001;• Segundo Livro de Crónicas, 2002;• Segundo Livro de Crónicas, 2002;• Eu Hei-de Amar Uma Pedra, 2004;• Terceiro Livro de Crónicas, 2006;• Ontem Não Te Vi Em Babilónia, 2006;• O Meu Nome É Legião, 2007;

Bibliografia

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• O Arquipélago da Insónia, 2008;• Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra No

Mar?, 2009;• Sôbolos Rios Que Vão, 2010;

Bibliografia

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Memória de Elefante

• Como já tivemos oportunidade de observar antes, este foi o primeiro livro de António Lobo Antunes em 1979, este livro é uma testemunho autobiográfico, ou seja, este livro conta-nos um dia na vida de um psiquiatra, desde que começa uma jornada de trabalho até à alvorada do dia seguinte, um homem angustiado por uma variada ordem de factores: a mal explicada separação da sua mulher e duas filhas, a frustração profissional no exercício da psiquiatria no mesmo hospital onde trabalhara o seu pai, a solidão e o desespero, o jogo como fuga à realidade, os fantasmas do passado (guerra e infância), a procura de uma voz para a sua escrita ou, em poucas palavras, a terrível procura de si mesmo.

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• Este médico psiquiatra após a separação da sua mulher e filhas, mergulha num estado depressivo profundo. Incapaz de resolver as suas angústias, vive o tormento de ter de si uma imagem distorcida, sente-se um homem acabado, melhor ainda, julgando-se indigno da sua própria mulher. Provavelmente terá sido a sua instabilidade emocional, que o levou a afastar-se da família. Invoca, exaustivamente, recordações de um passado que teimam em permanecer vivas, luta por conjurar as imagens que se lhe impuseram aos olhos de forma tão desumana.

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• No meio deste turbilhão emocional, que descamba num mar de reflexões, sobressai a admirável forma com que o médico descreve as confusões da mente humana. A linguagem obtusa que aqui e ali pontua o discurso serve, tão-só, para derramar um mar de raiva contida, que deveria ter sido expulsa no seu devido tempo.

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Algumas Citações• “Só vale a pena escrever se tiver a convicção

profunda de que tem de ser o melhor. Sabendo que, no fundo, é apenas o elo de uma corrente que começou muito antes de si e acabará muito depois.”

• “Precisava de ter dez vidas: oito para escrever, uma para ser médico e outra para escrever sobre teoria da literatura.”

• “Precisava de ter dez vidas: oito para escrever, uma para ser médico e outra para escrever sobre teoria da literatura.”

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António Lobo Antunes

“Há mais artistas do que obras de arte.”

FIM