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POESIAVIVA V 5º CERTAME DE POESIA DO IA-UNESP 2014 12 Classificados (3 premiados e 1 MH) Pseudônimos / Nomes a. Dolores P.: Texto único . Isabel de Castro b. Rosa Silva: “Devo ser cúmplice de tudo isso.” . Helena Ariano c. Violeta Rosa: conjunto de 3 poemas . Maria Marta Nicholson d. Barão de Ramos: “O mar negro num Beco” e “A[o] q[u]e g[o]sta das noites” . Ricardo Abraão Lacerda Moraes e. Meneghetti Schillaci : conj. de 3 poemas . Eduardo Flórido Filho f. Horácio Hodierno: conj. de 3 peças . Victor Martins Pinto de Queiroz g. André Teles: cunj. de 3 poemas . André Teles Alves h. Simone Weil: conj. de 3 poemas . Gabrielle Navarro i. Giselle Monfalcone: conj. de 3 poemas-objeto . Milla Pizzignacco j. Ø (vazio): conj. de 3 poemas . Caio Neto k. José da Silva: conj. de 3 poemas . Phabulo Mendes de Sousa l. Ramona Qwerty: 1 tradução . Renata Pedrotti PREMIADOS: >1º lugar: André Teles: André Teles Alves >2º lugar: José da Silva : Phabulo Mendes de Sousa >3º lugar: Horácio Hodierno: Victor Martins Pinto de Queiroz >Menção Honrosa: Giselle Monfalcone: Milla Pizzignacco

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POESIAVIVA V

5º CERTAME DE POESIA DO IA-UNESP 2014

12 Classificados (3 premiados e 1 MH) Pseudônimos / Nomes

a. Dolores P.: Texto único . Isabel de Castro

b. Rosa Silva: “Devo ser cúmplice de tudo isso.” . Helena Ariano

c. Violeta Rosa: conjunto de 3 poemas . Maria Marta Nicholson

d. Barão de Ramos: “O mar negro num Beco” e

“A[o] q[u]e g[o]sta das noites” . Ricardo Abraão Lacerda Moraes

e. Meneghetti Schillaci : conj. de 3 poemas . Eduardo Flórido Filho

f. Horácio Hodierno: conj. de 3 peças . Victor Martins Pinto de Queiroz

g. André Teles: cunj. de 3 poemas . André Teles Alves

h. Simone Weil: conj. de 3 poemas . Gabrielle Navarro

i. Giselle Monfalcone: conj. de 3 poemas-objeto . Milla Pizzignacco

j. Ø (vazio): conj. de 3 poemas . Caio Neto

k. José da Silva: conj. de 3 poemas . Phabulo Mendes de Sousa

l. Ramona Qwerty: 1 tradução . Renata Pedrotti

PREMIADOS:

>1º lugar: André Teles: André Teles Alves

>2º lugar: José da Silva : Phabulo Mendes de Sousa

>3º lugar: Horácio Hodierno: Victor Martins Pinto de Queiroz

>Menção Honrosa: Giselle Monfalcone: Milla Pizzignacco

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Antologia de Poemas:

Reúnem-se, neste espaço, poemas e poemas-em-prosa, obras fronteiriças

do mundo da criação artística, transcriações (traduções-arte), que foram

selecionados pelo corpo de jurados do POESIAVIVA V, 5º Certame de

Poesia do IA-UNESP, campus de São Paulo e que, em certa medida, dão a

ver a quantas anda o pensamento desses jovens discentes acerca do

fenômeno da Poesia. O conjunto que se segue (incompleto), nada mais

pretende do que ser uma amostragem significativa de uma produção poética

mais vasta, mas que ainda não se dá a conhecer. Seguem-se aos poemas…

dados (traços) biográficos mínimos, fornecidos pelos próprios autores.

A Comissão Organizadora

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. Isabel de Castro

De  avental  manchado  de  tinta  me  sinto  orgulhosa.  Mentira.  Me  sinto  um  fracasso.  

Verdade.  Eu  lembro  que  tenho  marcas  horríveis  nas  costas.  Diria  que  foram  

causadas  por  mim  mesma.  Não  foram.  As  unhas  foram  mero  instrumento  de  um  

plano  maior,  mais  antigo  talvez  que  o  próprio  mundo.    

Meus  cabelos  estão  sujos,  minhas  mãos  -­‐  manchadas  com  carvão  que  usei  para  

escrever-­‐  sujas,  também,  de  tudo  o  que  já  tocou  em  mim.    

Sangue,  decepção,  dor  e  sal  -­‐  sal,  como  mar  morto  construído  por  lágrimas  e  

suor.  Não  consigo  pensar  em  nada  que  não  seja  farsa.  Palavras  como  amor  sexo  

saudade  sonho  jorram  com  rapidez  absurda  pelos  dedos  numa  verborragia  falha.  

Só  é  conceito.  E  já  estava  assim,  antes  mesmo  que  eu  e  você  existíssemos.  

Tudo  fodido.    

Se  pudesse  lamber  as  faces  de  toda  essa  gente,  toda  palavra,  todo  sentimento,  

tudo  teria  o  mesmo  sabor:  vazio.    

Precisamos  criar  símbolos  mesmo  para  o  que  julgamos  inexistente.    

 

∅    

 

Ilusório,  teatral.  

Comecei  já  a  lamber  peles  e  poros.  O  primeiro  gosto  foi  o  meu  -­‐  como  boa  

exemplar  de  minha  espécie  considero  que  tudo  começa  e  termina  em  mim.  

Os  dedos,  o  céu  da  boca,  os  cabelos  (esses,  sujos),  as  pernas  machucadas,  o  sexo,  

os  músculos,  os  ossos.  O  mesmo  gosto.  Vazio.  

Por  isso  não  me  importa  -­‐  e  é  bem  nítido  agora,  como  verdade  que  sempre  foi  

presente  e  no  fundo  se  sabe  mas  se  revira  os  olhos  para  não  ver  -­‐  se  lavo  o  

cabelo,  se  paro  de  cortar  as  unhas,  se  deixo  pelos  e  suores  que  me  são  naturais  

mas  me  ensinaram  a  agir  como  se  não.  Porque  cada  célula,  glândula,  secreção,  

cravo,  todas  as  mentiras  que  tomo  em  drágeas  prometendo  me  curar  de  laudos  e  

laudos  que  julgam  minha  cabeça  errada,  tudo  isso  é  nada.    

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Vem  como  tapa  a  resolução  de  que  essas  cápsulas  da  felicidade,  libido,  capazes  

de  corrigir  até  a  mais  fodida  ligação  do  cérebro,  consertar  o  que  você  era  (E  o  

que  eu  era,  doutor?),  fazer  voltar  essa  alegria-­‐de-­‐viver,  a  vontade  de  levantar  da  

cama  e  ver  que-­‐dia-­‐bonito-­‐faz-­‐lá-­‐fora,  de  mudar  de  vida,  fixar  nos  neurônios  esse  

pensamento  de  que  vale  a  pena  continuar  vivendo  porque  tem-­‐tanta-­‐coisa-­‐

bonita-­‐pra-­‐se-­‐ver...    

Isso  tudo  -­‐  e  que  me  desculpem  os  tantos  psicólogos  e  psiquiatras  e  amigos  que  

me  dizem  o  contrário  -­‐  também,  é  nada.    

 

Não  sou  eu  que  mudo  de  vida.  Ela  que  parece  se  mudar  de  mim.    

Sou  pele  morta.  Sou  ecdise.  A  casca  seca  que  fica.  

O  membro  mais  fraco  do  grupo  é  sempre  deixado  para  trás.  O  acaso  não  é,  se  não,  

a  falta  de  acontecimento.    

 

A-­‐caso.    

 

E  mesmo  sabendo  tudo  isso,  percebendo  com  feição  de  horror  que  tudo  é  não  

pertencente  a  tudo  e  nada,  o  que  se  pode  fazer  se  não  continuar  pertencendo  e  

existindo  na  ordem  das  coisas  que  não  existem  e  que,  por  isso  mesmo,  são  

deixadas  para  trás?

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. Helena Ariano

Devo ser cúmplice de tudo isso?

Devo ser cúmplice de estratagemas,

Esses perversos estratagemas

Que perfuram a alma obscura?

Devo calar-me perante a morte?

Perante a morte de mil poemas

Em prol de desventuras em prosa? –

Quando essas prosas se encontram em bulas?

Diante das quarto patas que mancam,

Que viram três, que viram duas,

Devo impor-me humanamente,

Despir-me toda, a alma nua?

E de impura não tenho nada,

Não tenho nada de Virgem Maria;

Quando dois pares de olhos no espelho

Se encontram, fecho-me humanamente…

Humanamente uma.

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. Maria Marta Nicholson

O rosto estampa alegria

Enquanto por dentro

Uma solidão vazia

Usurpa o pensamento

A todo e qualquer momento

É dor escondida

Que a alma abriga

E não deixa ir embora

Porque a dor não se chora

E a cabeça controla

O que o corpo imola

E assim segue a vida

Com a cara erguida

E a alma caída

Por dentro um rebento

Um imenso lamento

E fora,

Só o momento.

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. Ricardo Abraão Lacerda Moraes

O Mar Negro num Beco

Em um breu que finge ser noite

Atraco-me em pálidas Dunas

Confins das tão ávidas Ondas

Do transbordado negro Mar

Cela de tanto navegante

Que em vão, se aventura nas Brumas

No abraço, envolvem-se profundas

E ternas, breves a evitar.

Quisera eu ser a ti Danúbio

Riso doce e em ti desaguar

E o mundo pra ti derramar!

Sê-la: Cela dos olhos meus.

Da vida, já és corifeu

Das tuas jovens duas décadas.

Que seja, em sonho, o beijo, Adágio:

Como a vida eterna é-te célebre,

E em linda nuca, anunciada!

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. Eduardo Flórido Filho

Aristóteles alucinado (Epidauro escatológico)

E se o bode subir ao palco e soltar umas bolinhas… … …?

Que se dê umas risadinhas…

Ele é bode! Ele pode! - Que Dioniso traga as vinhas!!! –

Mas e se o bode for ao coro e depois do mééé… der um belo cagão˜˜˜!?!

Não; não tem problema não!

Ele é bode! Ele pode! - Que Dioniso traga o galão! –

Mas e se depois de tanto teatro fertilizar

O bode não se deixar sacrificar???

Então… bebamos todos, a ponto de ficar tontos

Para o ritual começar!!!

Cantai! Dançai! Rodai para além da orquestra!

Túnicas ao vento, a vida é uma festa!

Resplandecente manhã, de ardoroso afã

Sã é a roda, o giro do tempo

Não há choro, nem lamento

A conter a primavera

E por mais que vire uma fera…

Pudera… é no gozaaar…

que o bode no caos

vai se permitir representar.

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. Victor Martins Pinto de Queiroz

- LIVRO I, FÁBULA II - O CORVO E A RAPOSA (Tradução: Victor Queiroz)

Ilustre Corvo, sobre um galho pousado,

Carregava um queijo no bico. Raposa ilustre sente o aroma mui frutado

E quer roubar do queijo um nico: "Bom dia! ó dos Corvos Senhor.

Mas como estás feliz! que és digno de louvor! E se fossem as cantilenas

Tuas como são tuas penas... Oh! quem serias tu? Uma Fênix neste bosque?"

Logo o Corvo orgulhoso, insultado, queria Provar tão bela a sua voz que

Abrindo o bico, então, do queijo esqueceria. Mal caíra, agarrou-o a Raposa, alertando:

"Se alguém te houver adulando É porque é o dito de ti dependente.

Valerá-me este queijo o exercício docente." O Corvo abatido e confuso,

Tarde, jura que não sofrerá mais abuso.

- LIVRE I, FABLE II - LE CORBEAU ET LE RENARD

La Fontaine

Maître Corbeau, sur un arbre perché, Tenait en son bec un fromage.

Maître Renard, par l'odeur alleché, Luit tint à peu près ce langage:

"Et bonjour, Monsieur du Corbeau. Que vous êtes jolie! que vous me semblez beau!

Sans mentir, si votre ramage Se rapporte a votre plumage

Vous êtes le Phénix des hôtes de ce Bois." À ces mots le Corbeau ne se sent pas de joie:

Et pour montrer sa belle voix, Il ouvre un large bec, laisse tomber sa proie.

Le Renard s'en saisit, et dit: "Mon bon Monsieur, Apprenez que tout flatteur

Vit aux depéns de celui qui l'ecoute. Cette leçon vaut bien un fromage sans doute."

Le Corbeau honteux et confus Jura, mais un peu tard, qu'on ne l'y pendrait plus.

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. André Teles Alves

solidão

Solidão

lidar consigo só lidar

só lidar

Sólid o

ã

consigo

(?)

consigo

sólido

solidão se cura com solidão

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dois pontos

.

. no encontro dois pontos se dizem contra no desponte de um o outro aumenta um ponto no entanto entendem - se e contentes se somam e somem …

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. Gabrielle Navarro

HAICAI PARA UM CONDENADO

Esquece. Estranha. Rosna. Grita.

Mas as entranhas não esquecem

a segunda lei da termodinâmica.

VÓRTICE

Como escapar de um destino, não

Escalpar a si mesmo com pensamentos fugidios

Crise assintomática, pulmões cheios de vácuo

À tona, sensibilidade átona

Zoomorfose no abatedouro cósmico

A própria vida, obscurans

A luz, causa mortis

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. Milla Pizzignacco

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. Caio Neto

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. Phabulo Mendes de Sousa

quasi  haicai  

 

I

SAPO aS patas pululam no espaço

verde líquido do

rrrriacho

II

Bípedes

Cacarejos de maio

s o l t o s

no terreiro

III

meio-DIA

Daquele amarelo

A fechabrir cílios

Num ritmo frenético

De espasmos

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. Renata Pedrotti

Meu nó silencioso Meu nó silencioso está amarrado em meu cabelo Como que para menter o amor longe da minha visão Eu não posso falar por aquele que tenho zelo Um grampo serve como parte da minha dissimulação Na peça, meu papel é de um morcegueiro Uma palavra que aqui significa “treinador de morcegos” A audiência pode sentir até um certo receio Como se afiados grampos estivessem em seus capelos Minha co-estrela vive em uma margem escarpada Sua solidão pode não ser apenas um ato Um pedaço de carta pode chegar na data errada Esse melodrama pungente se baseia num fato A cortina cai enquanto o nó se descose O silêncio quebrado por aquele que morre. (Tradução: Renata Pedrotti)

My Silence Knot

My silence knot is tied up in my hair, As if to keep love out of my eyes. I cannot speak to one for whom I care. A hatpin serves as part of my disguise. In the play, my role is baticeer, A word which here means "person who trains bats." The audience may feel a prick of fear, As if sharp pins were hidden in their hats. My co-star lives on what we call a brae. His solitude might not be just an act. A piece of mail fails to arrive one day. This poignant melodrama's based on fact. The curtain fall just as the knot unties, The silence broken by the one who dies.

Lemony Snicket

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Dados biográficos mínimos

fornecidos pelos próprios poetas:

Isabel de Castro:

Prisioneira da passagem. Aluna de BLAV

Helena Ariano:

Nasceu em 1992, na cidade de Porto Alegre, RS, atualmente residindo em

São Paulo. Desde muito nova possui interesse em desenho e poesia, e

procura expandir seus conhecimentos em ambas as áreas, com leituras e

produção. Cursa Bacharelado e Licenciatura em Artes Visuais na UNESP, e

seu projeto estético em andamento é a exploração da estética do grotesco e

da técnica em nanquim. Aluna de BLAV

Maria Marta Nicholson:

Apaixonada por Poesia. Encantada com a Vida. Deslumbrada em unir as

duas. Aluna de BLAV

Ricardo Abraão Lacerda Moraes:

Nascido em Cuiabá, Mato Grosso, 20 anos, músico. Aluno de Música - Canto

Lírico

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Eduardo Flórido Filho:

Paulistano, 33 anos. Interessou-se por Artes, inicialmente, já aos 20 anos,

como estudo descompromissado de Música. Cumpriu metade de uma

graduação em Filosofia, na FFLCH-USP, dando o pontapé inicial em

atividades de Teatro somente no IA-UNESP, aos 27 anos. Aluno de LAT

Victor Martins Pinto de Queiroz:

É natural de Campinas, interior de SP. Tardio na leitura, logo que iniciado na

leitura literária por Helena Ariano, consumiu livros compulsivamente,

ampliando rapidamente seu repertório. É influenciado fortemente pelo

Simbolismo em Poesia e pelo pensamento dos Formalistas russos. É

principalmente um poeta do verso. Aluno de Música - Composição

André Teles Alves:

Músico, compositor, sonoplasta e ator, trabalha com teatro desde 2007, tanto

nos bastidores como no palco. Sonoplasta formado na SP Escola de Teatro.

Como músico, fez parte das bandas: Dito Efeito, Karamazoo, entre outras.

Compôs trilhas sonoras para curtas-metragens e peças de teatro. É ator do

grupo "Núcleo Girândola", atuando com teatro infantil. Aluno de Música -

Composição

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Gabrielle Navarro:

Nascida em 1993, na cidade de Paranapuã, SP. Cursa, atualmente,

Bacharelado e Licenciatura em Artes Visuais pela UNESP - campus de São

Paulo. Aluna de BLAV

Milla Pizzignacco:

Nasceu em São Carlos, em 1992. Filha de antropóloga com artista plástico,

desenvolveu apreço pelas representações das culturas, desde pequena.

Dedicou-se ao ballet clássico durante muitos anos e hoje dedica-se à Arte-

Educação em instituições culturais. Estuda Artes Visuais no Instituto de Artes

da UNESP-SP. Nesta universidade, ganhou bolsa PIBIC de Iniciação

Científica e Menção Honrosa com os resultados da pesquisa acerca da

artista e poeta visual Lenora de Barros. Aluna de BLAV

Caio Neto:

Formado em Comunicação Visual na ETEC Albert Einstein, faz Artes Visuais

no Instituto de Artes da UNESP. A produção gira em torno da imagem e seu

papel no mundo contemporâneo, questionando o tempo, a permanência e a

percepção da mesma. Aluno de BLAV

Phabulo Mendes de Sousa:

Mestre em Literatura. Escritor nas horas (poucas) vagas. Aluno de BLAV

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Renata Pedrotti:

Escritora desde que pode se lembrar, amante dos livros desde que a primeira

sentença foi lida para que pudesse dormir, Renata Pedroti tem em seu íntimo

a vontade de que seus poemas guardados em cadernos espalhados pelos

cantos e em páginas anônimas na Internet sejam, enfim, reconhecidos como

seus. Aluna de BLAV