ANTIGUIDADE OCIDENTAL: GRÉCIA diáspora grega, que consistiu na dispersão da população para...

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ANTIGUIDADE OCIDENTAL: GRÉCIA PROFA. KLLARICY OLIVEIRA

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ANTIGUIDADE OCIDENTAL: GRÉCIA

PROFA. KLLARICY OLIVEIRA

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As civilizações clássicas Diferente das civilizações do Oriente Próximo, que se

destacaram pela forte religiosidade; nas civilizações

clássicas tem-se o predomínio da filosofia.

Um exemplo dessa diferença são os próprios deuses que,

nas civilizações do Oriente Próximo tinham forma animal

e nas civilizações clássicas são à imagem e semelhança do

homem.

Periodização:

Período Pré-Homérico

Corresponde à chamada pré-história grega.

Nesse período o centro político foi a ilha de Creta, cuja

localização facilitava o contato com inúmeros povos e

favoreceu o desenvolvimento do comércio marítimo.

O domínio do mar fez com que a forma de governo ficasse

conhecida como talassocracia (governo sobre o mar).

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Grécia Antiga Os cretenses desenvolveram uma escrita linear B

(12 consoantes e 5 vogais).

Religião de caráter politeísta: os cretenses cultuavam divindades ligas às forças da natureza e uma divindade feminina chamada a “Grande Mãe” ou “Deusa Mãe”.

Os primeiros povos a chegar na região foram os aqueus que fundaram a cidade de Micenas, iniciando um processo de expansão que culminou com o domínio da ilha de Creta.

Essa nova civilização é chamada creto-micênica.

A supremacia micênica desapareceu com os dórios, último povo a chegar na região.

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Grécia Antiga O domínio dos dórios provocou o deslocamento da

população, num movimento migratório que ficou conhecido como “diáspora grega”.

A diáspora foi o primeiro processo de colonização grega, no qual foram fundadas cidades, cuja população tinha os padrões da cultura grega original.

A crise de Micenas marcou o fim do período pré-homérico.

Período Homérico

Recebeu esse nome porque é estudado com base em informações contidas nos poemas épicos Ilíada e Odisseia , cuja autoria é atribuída a Homero.

Os tempos homéricos foram marcados pelo predomínio dos genos, ou comunidades gentílicas.

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Grécia Antiga Esses grupos de base familiar constituíam

unidades produtivas isoladas, cujos meios de sobrevivência eram obtidos pelo trabalho coletivo na agricultura, com base na autossuficiência.

Inexistia a propriedade privada.

As trocas eram naturais, ou seja, não envolviam dinheiro.

O patriarca, geralmente o mais velho do grupo, era o chefe do genos e acumulava funções de autoridade jurídica, religiosa e militar.

Os indivíduos estavam ligados pelo parentesco.

O processo de aparecimento da propriedade privada ocorreu de forma distinta em cada genos.

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Grécia Antiga A estagnação da produção, por seu baixo nível

técnico, e o crescimento demográfico, provocaram a desintegração das comunidades gentílicas.

Os chefes passaram a dividir as áreas de cultivo de acordo com seus interesses: as melhores terras eram entregues aos elementos de suas famílias.

Desse modo surgiu uma aristocracia de nascimento, chamados eupátridas, cujo poder se sustentava na propriedade privada da terra, e um segmento de trabalhadores que passaram a servir a elite proprietária.

Genos – Fratrias – Tribos – Cidades.

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Grécia Antiga A escrita reapareceu e novas formas de organização

monárquica surgiram representando os interesses da elite proprietária.

Período Arcaico

Durante a transição para o período arcaico, ocorreu a segunda diáspora grega, que consistiu na dispersão da população para diversas regiões do Mediterrâneo ocidental e resultou em um novo processo de colonização.

Esse movimento colonizador assumiu um caráter agrícola, visto que foi provocado pela escassez de terras férteis e pelo crescimento demográfico.

A colonização estimulou o comércio marítimo e o artesanato grego.

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Grécia Antiga Além disso, outras colônias foram criadas para

servir de entrepostos comerciais, a construção de navios e produtos artesanais foi impulsionada.

Novos grupos sociais, como comerciantes e artesãos, prosperaram significativamente, provocando rivalidades políticas com a aristocracia de terras.

Outra consequência da colonização foi a difusão da cultura grega por quase todo o território banhado pelo mar Mediterrâneo.

O escravismo se afirmava como forma de trabalho dominante, ao mesmo tempo que se desenvolviam as cidades e novas relações sociais eram estabelecidas.

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Grécia Antiga A condição de escravo, antes limitada aos prisioneiros

de guerra, era agora estendida aos membros das comunidades, pela instituição da escravidão por dívida.

A diversificação e o crescimento da economia passaram a exigir uma ampliação ainda maior da oferta de mão de obra, o que fez surgir o comércio de escravos.

Cidade-Estado (Pólis)

A pólis tinha total autonomia política, econômica e social.

No plano político, cada cidade apresentava eu próprio governo, cada cidade era uma unidade independente.

Só podemos falar da existência de uma civilização grega porque havia certa semelhança no que diz respeito à língua, à religião e, de certo modo, aos costumes dos gregos das diferentes cidades.

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Grécia Antiga Esparta:

Fundada pelos dórios, a cidade assumiu desde o início as características de seus fundadores: militarismo, isolacionismo e conservadorismo reacionário.

Sua economia estava baseada na agricultura e era complementada pelo pastoreio.

A guerra também era um importante recurso para geração de riquezas; saqueavam as populações vencidas e obtinham escravos.

O governo era exercido por dois reis (diarquia), representantes de famílias aristocráticas, em caráter hereditário; entretanto os poderes dos reis era limitado por um conselho de anciãos (gerúsia), composto por 28 gerontes, eleitos pelos proprietários de terras para mandatos vitalícios.

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Grécia Antiga Esparta:

A sociedade espartana estava dividida rigidamente em três grupos:

Esparciatas: proprietários de terras, ocupavam cargos políticos e militares, além de exercerem o poder religioso. Eram descendentes dos dórios, fundadores da cidade, e os únicos que tinham cidadania.

Perieccos: habitantes da periferia da cidade, dedicavam-se ao artesanato e ao comércio. Eram obrigados ao alistamento nos escalões inferiores do exército. Não tinham direitos políticos.

Hilotas: camada inferior da sociedade espartana. Eram descendentes dos antigos habitantes da Lacônia à época da chega dos dórios; pertenciam ao Estado, como escravos.

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Grécia Antiga Atenas:

A atual capital da Grécia foi fundada pelos jônios na planície da Ática.

A proximidade do mar e a existência de um porto (Pireu) facilitaram o comércio marítimo e as influências externas.

Atenas adotou primeiramente a monarquia, mas tornou-se aristocracia, evoluindo posteriormente para a democracia.

Atenas tinha uma economia essencialmente rural. No entanto, o comércio e o artesanato já se destacavam como importantes atividades econômicas, sendo responsáveis por um incipiente comércio exterior.

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Grécia Antiga Atenas:

Na época de seu apogeu, a sociedade ateniense estava assim dividida:

Eupátridas: grandes proprietários de terras e de escravos; tinham todos os direitos políticos por serem atenienses de nascimento e de descendência. Consideravam qualquer trabalho indigno para o cidadão.

Metecos: estrangeiros que se dedicavam ao comércio e ao artesanato.

Escravos: prisioneiros de guerra, filhos de escravo, endividados ou comprados. Constituíam a maioria da população da cidade e impulsionaram a economia ateniense, realizando todo tipo de trabalho. Não tinham direitos.

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Grécia Antiga Atenas:

A democracia ateniense era bastante limitada quanto à participação política da população: apenas os atenienses de nascimento, sexo masculino, filhos de atenienses e maiores de idade, desde que não fossem escravos, podiam participar.

O artífice da construção da democracia ateniense foi Clístenes, que tomou várias medidas como:

Adoção da igualdade de direitos para todos os cidadãos perante a lei;

Extensão do direito de participação política para todos os cidadãos, por meio das assembleias;

Instituição da lei do ostracismo, que consistia na suspensão dos direitos políticos dos cidadãos que ameaçassem o regime político em Atenas.

Estabelecimento do voto direto nas assembleias;

Divisão dos poderes em legislativo, executivo e judiciário.

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Grécia Antiga Período Clássico

O período clássico representou uma época de grande prosperidade econômica, de estabilidade política e de esplendor cultural.

Foi marcado, porém, por conflitos externos e internos, que acabaram por levar a Grécia das cidades-Estado à derrocada.

Guerras Médicas ou Greco-Pérsicas

A principal causa das guerras que envolveram gregos e persas foi a disputa pelo controle das colônias gregas na Ásia Menor.

A ameaça imperialista persa uniu as cidades-Estado gregas, fato inédito na história da Grécia.

Os historiadores dividem esse conflito em três etapas.

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Grécia Antiga A fim de sobrepor-se aos persas na terceira guerra,

Atenas organizou, sob seu comando, uma coalizão de cidades gregas que ficou conhecida como Confederação ou Liga de Delos.

Guerra do Peloponeso

Umas das consequências das Guerras Médicas foi o desenvolvimento do imperialismo ateniense.

Sucedeu-se um período de hegemonia exercida por Atenas sobre as outras cidades gregas, provocando a reação de cidades como Corinto, Megara, Tebas e, principalmente Esparta, que propôs a fundação de uma nova associação de cidades para fazer frente à hegemonia ateniense.

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Grécia Antiga Essa coligação de cidades aliadas de Esparta foi

chamada Liga ou Confederação do Peloponeso.

Um pequeno incidente bastou para levar as cidades à guerra: Atenas apoiou uma revolta na colônia de Córcira contra a cidade de Corinto, aliada de Esparta.

A guerra foi vencida pelos espartanos, cujo exército sitiou a cidade de Atenas, após enfrentar as tropas da Confederação de Delos.

Assolada por uma epidemia de peste que dizimou sua população, Atenas foi vencida e forçada a aceitar a paz das Nícias.

Com a derrota militar de Atenas, teve início um período de hegemonia espartana.

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Grécia Antiga Essa sucessão de conflitos fragilizou as pólis gregas sob

diversos aspectos.

Com sua economia arrasada, a instabilidade política

imperou, os governos enfraqueceram-se e os exércitos

desintegraram-se.

Assim, as cidades gregas não puderam oferecer

resistência à invasão empreendida pelo rei Felipe II, da

Macedônia.

Período Helenístico

Filipe ocupa a Grécia e, sabendo que o espírito de

independência era forte entre os cidadãos gregos,

preservou-lhes a autonomia e respeitou as instituições.

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Grécia Antiga

Discípulo de Aristóteles, Alexandre Magno – o

Alexandre, o Grande – deu continuidade à política

imperial de Felipe II.

Acredita-se ser esta a grande obra histórica desse

soberano: promover a fusão das culturas grega e

oriental, principalmente a persa e a egípcia.

O resultado dessa fusão foi o aparecimento de uma

nova cultura, chamada helenística.

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ENEM TEXTO I

Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação. TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado).

TEXTO II

Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados. ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.

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ENEM

Comparando os textos I e II, tanto para Tucídides

(no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no

século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a)

a) prestígio social.

b) acúmulo de riqueza.

c) participação política.

d) local de nascimento.

e) grupo de parentesco.