Ansiedade: estado emocional Profa. Dra. Ilma A Goulart de Souza Britto.
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Ansiedade: estado emocional
Ansiedade: estado emocional
Profa. Dra. Ilma A Goulart de Souza Britto
O mundo dentro da pele
• Ansiedade é uma palavra que descreve um evento que ocorre no interior do nosso corpo.
• Faz parte de nosso repertório verbal.
• É uma das formas que aprendemos para descrever nosso mundo interno.
• É também uma construção social e lingüística que passa pela comunidade verbal, pelos testes
psicológicos, escalas ou inventários de ansiedade e pelos critérios do DSM
Variável resposta• Originou-se em nossa linguagem pelo modo em
que aprendemos a descrever os eventos corporais aos quais experimentamos.
• A palavra ansiedade descreve respostas internas e manifestações complexas: eliciadas por diferentes emparelhamentos com os estímulos aversivos.
• Erroneamente é compreendida como se fosse a causa do sofrimento humano.
Ansiedade: respondentes e operantes.
• Possuem componentes respondentes e operantes.
• Esta questão é tão complexa quanto importante.
• Um dado estímulo que precede um evento aversivo adquire propriedades aversivas: transforma-se num estímulo aversivo condicionado.
• Sua apresentação suprime o comportamento subseqüente.
Estímulos aversivos• A vítima do bandido não apenas entrega a
carteira ao bandido, provavelmente fugirá.
• Enquanto foge, experimenta respostas emocionais violentas que adquirem funções
estimuladoras que direcionam o comportamento de esquiva.
• Fugimos ou esquivamos dos estímulos aversivos.
• De tudo aquilo que nos causa medo, angustia ou preocupações.
Funções dos estímulos aversivos (Ss-)
• Os estados corporais gerados pelos Ss- são sentidos de diferentes maneiras, em intervalos de tempo suficientes para que se observem:
• 1. fortes respostas emocionais, aversivas • 2. respostas do SNA • 3. Fugas/esquivas e interferências nos operantes.
Múltiplos estímulos• A condição antecedente pode ser composta por
múltiplos estímulos.
• Se tais eventos forem imprevisíveis, inesperados ou repetitivos a pessoa passa a evitar não só o estímulo aversivo, mas também suas próprias sensações corporais.
• Neste caso, estamos diante de um quadro de ansiedade que se torna auto-perpetuador e auto-intensificaste.
Fenômenos emocionais
• Os estados emocionais negativos são acompanhados de sensações corporais desagradáveis na medida em que possuem relações com outra emoção: O MEDO.
• Elementos comuns nas definições: 1. Excitações biológicas (SNA): tremores, palpitações, sudorese,
hiperventilações, naúseas abdominais, tonturas, formigamentos, arrepios, etc .
2. Falhas comportamentais: falhas nas HS, deficiências, sensações de sufoco, fuga/esquivas, angústias, apreensão, mal estar generalizado, inseguranças, dificuldades de concentrações, medo de morrer, medo de perder o controle ou de ficar louco, etc.
Medos excessivos de pássaros mortos
• A visão inesperada de um pássaro morto elicia respostas reflexas consideráveis – palidez, suor, mudanças na pulsações executadas pela musculatura da face e do corpo.
• Se essa fosse a dimensão da fobia, poderíamos descrevê-la como um conjunto de reflexos condicionados pela visão do pássaro morto, mas há outros efeitos importantes.
A fuga será reforçada...
• O restante do repertório passa por mudanças . . . se estiver empenhando em alguma outra ação, observa-se uma alteração que pode ser descrita como “perda de interesse”.
• Será menos provável que fale com a frequência natural; que ria, brinque e assim por diante . . . essas mudanças podem persistir por um considerável período de tempo depois de o estímulo ter sido removido...
Relações operantes e respondentes
Uma descrição completa da fobia precisa referir as mudanças que são observadas e, isto obviamente, requer uma descrição do repertório comportamental inteiro do indivíduo.
Psicologia/Fisiologia da Ansiedade
Psicologia/Fisiologia da Ansiedade
Profa. Dra. Ilma A Goulart de Souza Britto
Componentes respondentes: sentimentos
• Os respondentes do comportamento emocional envolvem reflexos dos três sistemas:
• Digestivo• Circulatório• Respiratório
• Tais reflexos são controlados pelo SNA
Sistema Nervoso Autonômico
• Sistema Nervoso Simpático
• Sistema Nervoso Parassimpático
Estão diretamente relacionados no controle dos níveis de energia e frequentemente operam de maneira complementar
Reação de alarme• O que acontece com você num momento de medo
intenso?
• O corpo é fisicamente estimulado mobilizado para a ação.
• Respostas autonômicas ocorrem como reações incondicionadas aos estímulos
• Descrevemos os componentes fisiológicos de nossas emoções como sentimentos.
• Respondemos discriminativamente, de modo verbal, aos nossos estados emocionais.
Sistema Nervoso Autônomo (SNA)
Função primária do SNA-Regular o sistema cardiovascular: o coração e os vasos sanguíneos.-Regular o sistema endócrino: as glândulas hipófise, adrenal, tireóide etc.
O SNA desempenha também outras funções, incluindo ajudar na digestão e regular a temperatura corporal.
Sistema Nervoso Simpático (SNS)
• O SNS é responsável pela mobilização do corpo durante o perigo, ativando os orgãos e as glândulas sob seu controle.
• Quando o SNS entra em alerta, o coração bate mais rápido, elevando o fluxo de sangue nos músculos; a respiração aumenta permitindo mais oxigênio no sangue e no cérebro; as glândulas adrenais são estimuladas.
• Tudo isso ajuda mobilizar o organismo para a ação.
Sistema Nervoso Simpático (SNS)
• Assim, diante de um perigo, o organismo corre ou se defende (resposta de fuga ou luta).
• Quando se observa que uma pessoa levantou um objeto pesado para salvar uma criança presa em uma armadilha, o SNS funcionou além da norma.
• A função mediadora do SNS é parte substancial da resposta de alarme ou de
emergência.
Sistema Nervoso Parassimpático (SNP)
• Umas das funções do SNP é a de balancear o SNS.
• Em virtude de não operarmos em um estado de hiperalerta e prontidão constante, o SNP assume a direção por um tempo normalizando o estado de alerta.
• Também, facilita o armazenamento de energia ajundando no processo digestivo.
Eventos aversivos
Sistema Nervoso Autonômico
I-Sistema Nervoso Simpático Libera energia e coloca o corpo para a ação.
II-Sistema Nervoso Parassimpático Sistema de restauração. Traz o corpo a seu estado normal.
Sistema Nervoso Simpático
Tudo ou nadaTudo ou nada
TODAS AS SENSAÇÕES SERÃO EXPERIMENTADAS
OUNENHUMA SERÁ
Efeitos do Sistema Nervoso Simpático
Liberação das substâncias químicas
ADRENALINA NORADRENALINA
Adrenalina e Noradrenalina
• São usadas como mensageiros pelo Sistema Nervoso simpático
• Continuam a atividade durante um certo período de tempo até
que sejam interrompidas...
atividade é interrompida
• Quando tais substâncias forem destruídas por outras substâncias
do corpo.• Restaura-se o Sistema Nervoso
Parassimpático que tem efeitos opostos.
• É ativada a sensação de relaxamento.
SNS X SNP
• A ansiedade não continuará aumentando...
• Não há uma espiral crescente que atinja níveis insuportáveis.
• O SN Parassimpático impede o SN Simpático de se desgovernar
Ensinando o cliente
• A adrenalina e noradrenalina levam algum tempo para serem
destruídas.• A pessoa ficará ainda alerta por
um certo período de tempo.• Tal função é adaptativa.
O fluxo de sangue
• A atividade do SNS produz aceleração do batimento cardíaco.
• Melhora a distribuição de oxigênio.• O sangue é reduzido em algumas
partes do corpo• A pele fica pálida, mãos e pés
esfriam e podemos sentir dormências.
Função respiratória
• Há o crescimento da velocidade e profundidade da respiração.
• O aumento da função respiratória levam as sensações de falta de ar,
engasgar ou sufocar, dores ou pressão no peito, tonteiras etc.
Outros efeitos
• Transpiração• Pupilas dilatadas
• Redução na produção de saliva• Redução da atividade do sistema
digestivo• Músculos tensos
• Ativação do metabolismo corporal
Sentimentos produzidos
• Muitas vezes são produzidas reações de agressão ou fuga.
• É difícil concentrar nas tarefas diárias quando ansioso.
• Problemas para concentrar-se.• Distrações são freqüentes.
“Algo errado comigo”
• As pessoas não conseguem explicar seus sentimentos:
• ‘Devo estar ficando louco’• As sensações ocorrem em
qualquer momento...• ‘Devo estar morrendo’
Medo das sensações corporais
• Pessoas que experimentam Ataque de Pânico têm medo de
suas próprias sensações corporais.• O estímulo externo não é
encontrado e a pessoa o procura dentro do corpo.
• A pessoa produz o perigo.
Produzimos sensações:
• Quando estamos estressados• Hiperventilação sutil
• Mudanças naturais no corpo• Monitorar constantimente o corpo
• Condicionamento interoceptivo• Sensibilidade às sensações
A função do oxigênio
• Quando uma pessoa inspira, o oxigênio é levado para os pulmões e
apanhado pela hemoglobina.
• Esta leva o oxigênio pelo corpo
onde é liberado para as células.
• As células usam o oxigênio em suas
reações de energia produzindo o
dióxido de carbônico.
• Este é devolvido ao sangue, ao pulmões
e expirado.
Respiração: controle voluntário
• A maioria dos processos corporais são automáticos.
• Todavia, pode-se aumentar ou diminuir o ritmo respiratório.
• Emoções podem aumentar o ritmo da respiração.
• Respirar demais: Ataque de Pânico
A hiperventilação
• Durante a hiperventilação ocorre a constrição de certos vasos
sanguíneos.• O sangue enviado ao cérebro é
reduzido.• Uma respiração aumentada: menos
oxigênio atinge o cérebro e o corpo.
Efeitos da redução do oxigênio no cérebro e no
corpo Partes do cérebro
Tonteira, sensação de vazio
na cabeça, confusão, falta de ar, desrealização,
visão borrada.
Partes do corpo
Taquicardia, dormências,
formigamentos, mãos frias e
tensão muscular.
São ligeiras
e totalmente
Reduções deoxigênio
SemPerigo!
Hiper-respirar
É trabalho físico: o indivíduo pode ficar encarolado e suado.
Pode resultar sensações de
cansaço.As pessoas tendem a
fazê-lo pelos pulmões, ao invés
do diafragma.Cacoetes pessoais: suspirar ou bocejar
Pode ser sutil.Se o indivíduo hiper respirar por muito tempo, pode haver redução do CO2.
Assim, uma pequena alteração na
respiração (bocejo) pode disparar as
sensações corporais:
PÂNICO NOTURNO
PSICOLOGIA/FISIOLOGIA DA ANSIEDADE
PSICOLOGIA/FISIOLOGIA DA ANSIEDADE
ILMA A GOULART DE SOUZA BRITTO