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ANO XXIX- Nº. 355 Mês de Abril de 2012 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS Castelo Branco TAXA PAGA Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011 Publica-se na última semana de cada mês Mensário Regionalista Fundador: DOMINGOS ALVES DIAS Director JOSÉ FAIA P. CORREIA Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84 30 Anos ao serviço do nosso Concelho Número Avulso: 0,80 Cont. Pág. 4 Editorial Pág. 2 UM RODENSE QUE SE DESTACA N a edição do nosso jornal de Agosto de 1991, dávamos conta da capacidade técnico-profissional do nosso conterrâneo de Gavião de Ródão - Eng.º José Barreto Moura, no desempenho da sua atividade de Técnico Agrário ao serviço da Adega Cooperativa de Monção, criada em 1959 e da qual foi um dos seus grandes impulsionadores. Hoje, é com o maior prazer que trazemos de novo este nosso patrício ás páginas do nosso jornal, congratulando-nos pela sua excelente carreira ao serviço daquela região do nosso país, onde foi já apelidado de “Arquiteto do Alvarinho”. Do jornal “A TERRA MINHOTA”, de Monção, transcrevemos parte do artigo preparado por Cidália Meirim Rodrigues, a propósito da atribuição do Título de Cidadão de Mérito e da correspondente Medalha de Prata a José Barreto Moura, pelo Município de Monção, no pretérito dia 12 de Março: PÁSCOA E TRADIÇÃO EM FRATEL Eng.º José Barreto Moura foto: jornal “A Terra MinhotaF az parte de nós vivermos de recordações do passado e de sonhos com o futuro incerto. No que me respeita a mim, e talvez devido à vida feliz que tive na minha infância, felicidade essa que devo aos meus pais e irmãos, vivo muito intensamente as recordações do passado, quando ainda vivia na nossa terra. Os tempos de escola, os companheiros, as festas religiosas, as festas civis são entre outras as recordações que não esqueço. Cont. Pág. 7 CASA DO CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO INAUGURAÇÃO DA DELEGAÇÃO DA CASA DO CONCELHO A PROFESSORA DOUTORA ANA RITA PIRES APRESENTOU NA GULBENKIAN UMA INTERESSANTE CONFERÊNCIA INTITULADA GEOMETRIA COM DOBRAS DE PAPEL: COMO O ORIGAMI BATE EUCLIDES Pág. 3 Pág. 7 Pág. 9 e Ùlt. Dois nossos colaboradores, Dr. António Silveira Catana, e David Sequerra publicam livros.

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ANO XXIX- Nº. 355 Mês de Abril de 2012

O CONCELHO DEVILA VELHA DE RÓDÃO

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

Castelo BrancoTAXA PAGA

Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011

Publica-se na última semana de cada mês

Mensário RegionalistaFundador: DOMINGOS ALVES DIAS

DirectorJOSÉ FAIA P. CORREIA

Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84

30 Anos ao serviço do nosso Concelho

Número Avulso: 0,80

Cont. Pág. 4

Editorial

Pág. 2

UM RODENSE QUE SE DESTACA

Na edição do nosso jornal de Agosto de 1991, dávamos contada capacidade técnico-profissional do nosso conterrâneo deGavião de Ródão - Eng.º José Barreto Moura, no

desempenho da sua atividade de Técnico Agrário ao serviço da AdegaCooperativa de Monção, criada em 1959 e da qual foi um dos seusgrandes impulsionadores.

Hoje, é com o maior prazer que trazemos de novo este nossopatrício ás páginas do nosso jornal, congratulando-nos pela sua

excelente carreira ao serviço daquela região do nosso país, onde foijá apelidado de “Arquiteto do Alvarinho”.

Do jornal “A TERRA MINHOTA”, de Monção, transcrevemosparte do artigo preparado por Cidália Meirim Rodrigues, a propósitoda atribuição do Título de Cidadão de Mérito e da correspondenteMedalha de Prata a José Barreto Moura, pelo Município de Monção,no pretérito dia 12 de Março:

PÁSCOA E TRADIÇÃO EM FRATEL

Eng.º José Barreto Moura

foto: jornal “A Terra Minhota”

Faz parte de nós vivermos derecordações do passado e

de sonhos com o futuro incerto.No que me respeita a mim, etalvez devido à vida feliz quetive na minha infância,felicidade essa que devo aosmeus pais e irmãos, vivo muitointensamente as recordações dopassado, quando ainda vivia nanossa terra. Os tempos deescola, os companheiros, asfestas religiosas, as festas civissão entre outras as recordaçõesque não esqueço.

Cont. Pág. 7

CASA DO CONCELHO DE

VILA VELHA DE RÓDÃO

INAUGURAÇÃO DADELEGAÇÃO DA

CASA DO CONCELHO

A PROFESSORA DOUTORA

ANA RITA PIRESAPRESENTOU NA

GULBENKIAN UMAINTERESSANTE

CONFERÊNCIA INTITULADA

GEOMETRIA COMDOBRAS DE PAPEL:COMO O ORIGAMI

BATE EUCLIDES

Pág. 3

Pág. 7

Pág. 9 e Ùlt.

Dois nossos colaboradores,Dr. António SilveiraCatana, e David Sequerrapublicam livros.

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ABRIL DE 2012O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO2

Crónicas de um paraíso à beira do Tejo…

"O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO"Propriedade e editor: Casa do Concelho de Vila Velha de Ródão; Nº Registo Pessoa Colectiva: 502 377003 - Registo de Imprensa: Nº108771 - Depósito Legal: Nº. 4032/84 - Director: José Faia P. Correia([email protected]) - Presidente da Direcção da Casa do Concelho: Elísio Carmona([email protected]) Composição: João Luis Gonçalves Silva ([email protected]). Impressão:Jornal Reconquista - Castelo Branco. - Colaboradores: Alexandra Fernandes, Ana Martins Camilo, AntónioFernando Martins, António Silveira Catana, Elísio Carmona, Emílio B. Pereira Costa, Fabião Baptista,Joaquim Dias Caratão, Jorge Manuel Cardoso, José Carlos Belo, José Emílio Ribeiro, Luis Ribeiro PiresCorreia, Manuel Antunes Marques, Maria Dias Belo Carepo, Mónica Santo, e O. Sotana Catarino. Sede,Redacção e Administração: Av. Almirante Reis, 256 - 1º. Esqº. - 1000-058 LISBOA - Tel.: 218 494 565N.B. - Toda a correspondência deverá ser enviada para a redacção. As opiniões expressas nos textospublicados em "O Concelho de Vila Velha de Ródão" apenas reflectem os pontos de vista dos seus autores.Assinatura anual: •Território nacional - 10 € • Estrangeiro -12,5 €. Tiragem mensal: 1 500 ex.([email protected])

Editorialpor José Emílio Ribeiro

[email protected]

* Largo da Graça, 63-D 1170-165 LISBOA* Rua Seminário, Lt 17 1885-076 MOSCAVIDE* Tel. Gás: 219 441 205 – 219 430 152* Linha verde: 800 206 563* Fax: 219 443 506

Distribuição de GALPGÁS

ÁS Manuel Matas (Foz do Cobrão)

FABRICO DE PÃO DE TRIGO, CENTEIO E MILHOBOLOS DE PASTELARIA, BOLOS FINTOS, DE CANELA,

BROAS DE MEL, BISCOITOS E BORRACHÕES

1. É legít imo mentir? Apergunta consta, assimmesma, na pág. 17 do Jornalde Negócios do passado dia20 deste mês, onde podemser lidas as respostasafirmativas de comentadoresinsuspeitos como NicolauSantos do Expresso ouMarcelo Rebelo de Sousa. Omesmo jornal informa que oPrimeiro Ministro e o Ministrodas Finanças afirmaram quea reposição dos subsídios deférias e de Natal seria feitaem 2014. Mas logo, a 4 deabril, à Rádio Renascença,Passos Coelho desdisse-se ecomunicou que seria só apartir de 2015. Pior, ementrevista, na semanapassada, a Ministra daJustiça foi dizendo que areposição não seria feita an-tes de 2015.

2. Com tal desnortegovernamental, não admiraque, conforme escreve oExpresso de sábado passado,na pág. 02 do primeirocaderno, um inquérito doEdelman Trust Barometer2012 conclua que “O Governoé a instituição em que osportugueses menosconfiam”!

3. Neste número do nossoJornal damos conta comodois conterrâneos nossosganharam notoriedadenoutras terras: o Eng JoséBarreto Moura, natural doGavião de Ródão e a DoutoraAna Rita Pires, descendentedo Fratel. Distingue-os aidade e mester: ele,octogenário e agrónomo dereferência quando se fala doVinho Alvarinho; ela, umajovem doutorada pelo MIT eprofessora nos EUA. A uni-los: ambos já anteriormenteforam notícia em “O Concelhode Vila Velha de Ródão”. Sim,no Jornal de todos nós.

4. É também por esta e poroutras razões do mesmosentido, que a direção daCasa do Concelho em Lisboavai inaugurar, já no dia 5 deMaio p.f., uma Delegação nasede do concelho, eminstalações cedidas pelaJunta de Freguesia de VilaVelha de Ródão.

5. Vai passar o trigésimo oitavoaniversário do 25 de Abrile, com a situação em que opaís vive, parece pertinenteperguntar: Onde estão ossonhos acalentados nessadata ímpar em que a minhageração se empenhou? Não épreciso ir mais longe eatente-se na 1ª. pág. doúltimo Expresso, onde se lê,“900 livros censurados noEstado Novo”, para mostrarque valeu a pena.

O meu paraíso continua doente,triste e murcho. O meuparaíso corre grave perigo de

sobrevivência.Pese embora tenha sido

medicamentado com uma boa dose dePrimavera, não reagiu, nem sei mesmose ainda irá apresentar alguns sinais demelhoras porque não será fácil. Faltou-lhe a medicação de inverno e nadaresulta, pelo que não há terapia que lhevalha. Até o Abril, outrora de águas mil,quer passar todo o mês de baixa e teimaem não sair do dia um, o dia dasmentiras.

O caso está grave, é um caso deurgência para o qual não conseguimosremédio, nem mesmo pagando afamigerada taxa moderadora.

Eu já pensei cá para com os meusbotões, que o tempo, a chuva, se nãose terá reformado e por isso não tenhaaparecido.

O que eu temo é que ela tenha éemigrado, sei lá, levada por aquilo quese ouve por aí, até mesmo da boca dosnossos governantes, avisando que quemquer ter um futuro o melhor é dar o“cavanço” para outros países, como seaqui não fosse possível haver futuro.

Nós sabemos que o presente é duro,mas que raio, este povo não saberádesenhar um futuro mais risonho?Eu não quero ser alarmista, muitomenos pessimista, mas quando queremacabar com o feriado do primeiro deDezembro, o dia da Restauração, nãoserá já uma preparação paraemigrarmos todos para Espanha eficarmos a ser espanhóis? … Yo no creoem brujas, pêro que lás ay, las ay…Quem tem de ir à bruxa somos nós aquida zona. Tudo nos cai em cima, masnada do que é bom. Senão vejamos:temos a A23, que é só a auto-estradamais cara do país, embora, na verdade,nada nos obrigue a andar por ela, maso mal é que também o IP2 (únicaalternativa possível) ali na zona doPerdigão está uma vergonha, com asubida só feita numa das faixas, já queinterromperam a outra e, digo eu, muitobem porque não oferece segurança. Ogrande problema que se põe agora éeste, mas e as obras de reparação? Jálá vão dois anos após a derrocada daestrada e destas nem se vê sinal.

Estamos mal, ninguém nos liga,parece que nos gozam a bom gozar.

Até a CP parece embarcar neste

gozo, pois, em tempos, avisou ospassageiros do inter-cidades que“temporariamente” as ligaçõespassavam a ser feitas com outrascomposições mais reles, mas oprovisório parece estar a querer tornar-se definitivo, sem que o mesmoprocedimento tenha sido seguido paraas outras linhas. Tudo isto apesar deconstatar que, por exemplo, nas sextas-feiras durante o tempo de aulas, ocomboio que costumo apanhar paraLisboa, cerca das quatro da tarde emRódão, vir totalmente lotado, tendoalguns passageiros que viajar de pé.

Não resisto mesmo a relatar aquiuma conversa que ouvi um dia destesna estação enquanto esperava pelocomboio.

Um funcionário da CP, que alitambém aguardava o comboio para sedeslocar para o seu posto de trabalho,sito na zona de Lisboa, clamava paraoutras pessoas que era preciso acabarcom os descontos nos bilhetes para osreformados. Se quisessem viajardeviam pagar o bilhete comopassageiros normais, como se isso fossea salvação da empresa.

Fiquei de olho nele e, tal como eu

esperava, apanhou o comboio, entrouna carruagem de primeira classe,enquanto a maioria dos passageirospreferiu a segunda classe, talvez por sermais económica.

O nosso homem lá seguiu viagem,sem pagar bilhete, de resto usufruindode um privilégio que lhe está atribuído,pese embora vá desempenhar um cargoque é remunerado pela entidadepatronal, como é normal.

Para mim tudo certo, ou talvez não.Se um dia todos os trabalhadores destepaís se lembram de reivindicar omesmo tratamento das entidadespatronais, lá vamos ter os funcionáriosdos ministérios a terem motorista àporta em carro topo de gama para oslevar ao trabalho, vício de um sistemasem sentido…

Às vezes perdemos amigos e muitasvezes, quando menos esperamos, háausências com que não contávamos,mas que nós não comandamos. O meuamigo Joaquim Pinto, o “bigodes” doPorto do Tejo, já não volta a dizer“tchica”! Até um dia amigo…

Também para os estimados leitoresaté outro dia meus amigos!

FOTOGRAFIA EPOESIA

numa exposiçãoinvulgar

“O TEJO E O MAR”,a inaugurar no próximo dia 2 de Junho na

Casa das Artes e da Cultura

São seus autores o fotógrafo Conde Falcão e o poetaJosé Geraldo, que têm exposto em parceria,pertencendo-lhes também a autoria conjunta de

alguns livros.José Geraldo, apesar da responsabilidade na sua

ocupação profissional, tem obra publicada também nocampo da poesia.

Conde Falcão, por seu turno detém uma vasta e variadaobra no campo da fotografia e já obteve cerca de 400prémios, entre os quais 5 medalhas de ouro, sendo que,nos seus trabalhos, os problemas sociais e o elementohumano em geral são os temas preferidos. Para ter certezade rigor, uma característica que imprime aos seustrabalhos, fez 500 km de moto a par do Tejo, até VilaVelha de Ródão.

CONCURSONACIONAL DE

LEITURAna Biblioteca MunicipalJosé Baptista Martins

Àhora a que escrevemos, está adecorrer na Biblioteca MunicipalJosé Baptista Martins e na Casa

das Artes e Cultura do Tejo a fase distritaldo Concurso Nacional de Leitura, umainiciativa com a qual o Plano Nacionalde Leitura pretende estimular a práticada leitura por parte dos alunos do 3º. ciclodo ensino básico e do ensino secundário.

Esta fase, envolvendo 150 professorese alunos de todo o distrito, procura apurardois representantes distritais que irãoparticipar na final do Concurso Nacionala realizar em Lisboa.

Na fase distrital os alunos sãoavaliados pela leitura das obrasselecionadas e pelas respostas aperguntas, escritas e orais, acerca dasmesmas.

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ABRIL DE 2012E O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 3

SER VOLUNTÁRIOMuita gente fala do voluntariado. Mas que vem a ser isso do Voluntariado?

Sobre este conceito e esta prática, há por aí muitos equívocos queconvém esclarecer.

Segundo as Nações Unidas, “O VOLUNTÁRIO, é o jovem ou o adulto que, devido aoseu interesse pessoal, ao seu altruísmo e espírito cívico, dedica parte dos seus temposlivres, a diversas formas de atividade, devidamente organizadas ou não, de bem-fazer socialao próximo, sem qualquer remuneração.”

Segundo o Diário da República, nº 254/98, “VOLUNTARIADO é o conjunto de açõesde caráter social e comunitárias, realizadas de forma desinteressada, por pessoas, no âmbitode projetos, programas e outros modos de intervenção, ao serviço dos indivíduos, dasfamílias e de organismos da comunidade, desenvolvidos sem quaisquer fins lucrativos, porentidades públicas ou privadas”.

Se, de maneira erudita, quisermos remontar à origem da palavra “VOLUNTÁRIO”,verificamos que este vocábulo radica na expressão latina de “VOLUNTAS”, que significavontade, faculdade de querer, isto é, de sua livre vontade, de boa vontade de ajudar opróximo, sendo absolutamente fundamental que o voluntário seja integrado e devidamenteorientado dentro da organização onde irá desenvolver a sua atividade laboral, o seu trabalho,o que, necessariamente, implicará o seu enquadramento na estrutura já existente e numplano de atividade já delineada e, frequentemente, avaliado, para que o voluntário entendaque “não vem fazer a sua vontade, satisfazer os seus interesses”. A solidariedade destaspessoas, deverá ser tida e estimada como uma mais-valia, pelos técnicos e outrostrabalhadores, remunerados, que as devem receber, envolvendo os VOLUNTÁRIOS numprojeto comum, mas onde as linhas gerais de orientação estão bem definidas e os objetivosbem delimitados. E isto porquê? Porque, como referiu Luis Jacob, “pior que não existirvoluntariado, é ter-se um mau voluntariado”. Neste caso específico, todos perdem,nomeadamente, quando a energia do voluntário não é bem canalizada, segundo o princípio:o voluntário, a organização e o doente.

Para haver uma boa equipa de voluntariado, é indispensável que haja “formação”adequada, para que os voluntários percebam quais os objetivos a cumprir, conheçam aorganização (filosofia, princípios, missão, organigrama, chefias, etç.), sendo instruídostambém nas tarefas a desempenhar, necessárias à entidade. Deverá também ter presente aDeclaração Universal sobre o VOLUNTARIADO, documento este que descreve osprincípios fundamentais do voluntariado, bem como a legislação portuguesa, sobre ovoluntariado, plasmada na lei nº 71/98 de 3 de Novembro (Diário da República nº 254/98,I Série A), documento este que define as bases do enquadramento do VOLUNTARIADO.

Deve haver um responsável pelo VOLUNTARIADO, que se preocupe em motivar osvoluntários, ocupá-los, apreciá-los, supervisioná-los e avaliá-los.

Muitas das vezes é imprescindível e fundamental, orientá-los na sua louvável intençãode ajudar quem mais precisa, segundo as suas natas aptidões. Por exemplo: um voluntário,na Santa Casa, poderá não estar muito vocacionado para prestar cuidados paliativos, oupara lidar com acamados. Porém, poderá ser um ótimo colaborador e bem enquadrável nocuidado/contato direto, com utentes em fase de recuperação, ter especial capacidade anímicapara apoiar os familiares, que visitam os seus entes queridos.

Neste contexto, este voluntário, ao acompanhar os familiares dos residentes, poderáestar a contribuir para a qualidade de vida dos utentes, pois os familiares ficarão maistranquilos por saberem que há alguém que se interessa pelo seu familiar.

Deverá também estabelecer-se um cronograma, onde se indiquem os objetivos,sistematizando o que se pretende atingir, ou seja, demonstrar que o trabalho do voluntariadonão é algo que dependa, também, e apenas, da boa vontade de “servir”, do acolhimento dostécnicos profissionais, que o recebem. Deverá existir uma planificação prévia e objetiva aatingir. Este tipo e metodologia, irá reforçar a vontade do voluntário de integrar o organismopara que trabalha.

Em Portugal, o serviço de voluntariado tem aumentado, devido, às reformas de pessoas,ainda com certa vitalidade; aos recém-licenciados, à procura do primeiro emprego ou nodesejo de ampliar o seu curriculum pré-profissional e também, a uma maiorconsciencialização de que a comunidade é de todos e que todos devemos contribuir paraque a solidariedade não seja uma palavra vã, no nosso País. Contudo e é com pena que oregistamos, nem todos têm apetência para serem voluntários. Nem todos devem servoluntários. E isto porque, por vezes, não chega apenas a boa vontade. Como proclamouAssis Milton, “O Voluntário, tem de reunir certos atributos, indispensáveis. Tem de seremocionalmente estável; sentir uma inequívoca vontade de dar um pouco de si, ao próximo;tem de viver, pelo menos relativamente, em desafogada situação financeira; dispor,claramente, de tempo livre; ter os necessários conhecimentos e capacidade de trabalho; serdotado de bom trato; tem de ser disciplinado e não quezilento; ser capaz de cumprir horários;ter aptidão para desempenhar tarefas de certa responsabilidade; se for necessário, ser capazde integrar, harmoniosamente, uma equipa de trabalho; ser capaz e criar crescentes laçosde solidariedade, com a hierarquia, colegas de trabalho e utentes, com quem lida e ondeexerce a sua função altruísta. É que, a importância do serviço de voluntariado é inequívoca,não tenhamos disso a mais pequena dúvida. Este tipo de solidariedade social, contribui,decisiva e poderosamente, para uma cidadania ativa, eficiente e eficaz, promovendo ocompromisso social, o sentimento de pertença, a identificação com a sociedade, o espíritosolidário e a coesão comunitária. Isto é, promove o capital social das comunidades, o qualainda é a grande riqueza não assumida ou valorizada dos Povos. É certo que o Voluntárioadquire experiência de vida, acumula conhecimentos, estabelece redes de novos contatos,torna-se socialmente mais conhecido e até mais estimado, por vezes cria protagonismo,tem mais oportunidade de experimentar vários papeis sociais, participa em processos dedecisão, aprende a negociar, a resolver conflitos, a assumir compromissos, a delegarresponsabilidades, a ser útil à sociedade. Um Voluntário, tem o privilégio de poder olhar defora, estando dentro da organização. Em suma: o Voluntário é um manancial de filantropia,é a vontade de fazer o bem, transformada em boas práticas de auxílio aos que mais precisam,numa cidadania ativa, eficiente e eficaz”.

FILARMÓNICA RETAXENSEUMA DEMONSTRAÇÃO DE BEM TOCAR

Com três quartos da plateia doCine Teatro Avenida,completamente ocupados por

atentos espetadores, a FilarmónicaRetaxense protagonizou, no transatodia 1de Abril, um concerto de inegávelvalia polifónica e elevadaharmonização musical.

Sem desprezar o ADN, da tãocaracterística cadência das BandasFilarmónicas regionais, a FilarmónicaRetaxense soube imprimir, à suaorquestração e introduzir no seu vastoreportório, temas de tonalidade musicalde apurado gabarito e elevada execuçãotécnica.

Os dois primeiros temasinterpretados, foram duas marchas, quemuito nos sensibilizaram, pelo modoharmonioso e expressivo ritmo queforam utilizados, na sua primorosaexecução, com forte realce para osmetais, com seu timbre tão peculiar,com a força rítmica e subtileza deacento dos tempos e contratempos.

Sob segura regência do maestroBruno Cândido, a FilarmónicaRetaxense recriou-se em partiturascomo “Una Noche en Granada”, docompositor espanhol Emílio Ruiz, comvários andamentos, sendo de destacaro bem conseguido diálogo instrumental

e saleroso, entre as trompas, as flautastransversas, os clarinetes e ossaxofones. Tanto a fraseologia sonora,como a cadência equilibrada empregue,foi bastante convincente e apropriadaà execução desta peça musical.

Em” Cinema Paradiso”, de EnnioMorricone, de compasso rápido ealegre, acoplou-se muito bem e comsingular mestria, o som das teclas,tocadas com muita segurança,perfeição e prodigiosa desenvolturaartística.

Em “Pearl Harbour”, pudemosapreciar uma sinfonia, de felizconceção interpretativa, que nos levoua viver os sons dum torturante edestruidor ataque aéreo, o que foiempolgante e de inspirada fantasiamusical.

Todo o espetáculo musical foi ricode ornamentações melódicas, que bemtraduzem o elevado e prodigiosogabarito dos seus jovens interpretes,músicos que revelam elevadasensibilidade interpretativa e muitadestreza executória, de consumadosartistas, que tão bem sabem interpretaras partituras, com arte e talentosaagilidade de instrumentistas natos.

Neste momento, não podemosdeixar de fazer uma breve referência à

secção rítmica e de percussão, pelomodo talentoso como se souberamintegrar no conjunto, dando-lhe brilho,consistência e elevação sonora, combatidas atempadas, com ritmo certo esem exageros acústicos.

Quanto a nós, notámos a ausênciada tão característica sonoridade dosfagotes e dos oboés, instrumentos estesque estão para uma orquestra, tal comoo açucar está para o café.

O presidente da Câmara, JoaquimMorão, subiu ao tablado, para secongratular com tão digno conjuntoartístico, que exaltou, referindo que aedilidade municipal tem feito e vaicontinuar a fazer grande esforço, paraque conjuntos artísticos deste nível, nãose extingam. “São primordiais para odesenvolvimento cultural do concelho.As melhores Bandas do País, de doisem dois meses, vêm atuar neste palco.Esta foi uma das razões, porquequisemos que a Filarmónica Retaxenseaqui viesse exibir-se também”,asseverou veementemente JoaquimMorão.

Retaxo pode orgulhar-se por ter, nasua freguesia, um embaixador artísticode tão elevado nível musical, subidogabarito e superior conjunto polifónico.

Fabião Baptista

CASA DO CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO

INAUGURAÇÃO DADELEGAÇÃO DA

CASA DO CONCELHO ECONVÍVIO ENTRE RODENSES

Programa (Dia 5 de Maio 2012 - Sábado):· 11,00 horas - Concentração no Largo dos Bombeiros em Vila Velha de Ródão.· 11,30 horas - Inauguração da sede da Delegação da Casa do Concelho em Ródão, na Junta de Freguesia

de Vila Velha de Ródão, com a presença dos senhores autarcas do nosso concelho e outras entidades civise religiosas.

· 13,00 horas - ALMOÇO NO CDRC, com ementa composta de acepipes variados, sopa, prato decarne, doces, fruta, águas, sumos, vinhos e café.

· Durante a tarde, animação a cargo de Grupo Musical local. Como opção, poderão efetuar um passeio debarco no rio Tejo/Portas de Ródão ou visitar o recém-aberto Parque de Campismo.

· O preço do almoço, por pessoa, será de 12,00 euros.

· FAÇA A SUA INSCRIÇÃO ATÉ AO DIA 30 DE ABRIL para os seguintes telefones: ElísioCarmona - 967018215; João Luis - 966182289; Octávio Catarino - 965155629; Paula Ribeiro - 965032682.

(Por falta de inscrições para preencher os lugares do autocarro que estava previsto sair de Lisboa, informamosque todos os nossos associados e assinantes do nosso jornal que queiram estar presentes, TERÃO QUEPROVIDENCIAR O TRANSPORTE PARA O LOCAL).

Fabião Baptista

INFORMAÇÃO

No site da Casa do Concelho, http://ccvvrodao.no.sapo.pt poderá ler aversão electrónica do jornal, assimcomo ver um pouco da história daCasa do Concelho, do Jornal OConcelho de Vila Velha de Ródão, eainda do seu fundador DomingosAlves Dias.

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ABRIL DE 2012O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO4

Cont. 1ª Pág.

UM RODENSE QUE SEDESTACA

consideradas o “segundo filho”, oengenheiro esteve na origem datransformação dos grémios da lavouraem cooperativas, a criação de MútuasBovinas e na produção de batatasemente, no Alto da Boalhosa, emParedes de Coura e em diversasinstituições e associações.

Agora, com 81 anos de idade, estenosso conterrâneo, viu reconhecida todauma vida de trabalho e dedicaçãoàquela região do Alto Minho, ao sercondecorado pelo executivo da CâmaraMunicipal de Monção, comoreconhecimento do relevante serviçoprestado á comunidade do concelho edo país, com ação excecional no campoda Vitivinicultura.

Da nossa parte, administração,direção e colaboradores do jornal “OConcelho de Vila Velha de Ródão”,aqui ficam expressas as maioresfelicitações e votos de muitos anos devida para o conterrâneo e amigo JoséBarreto Moura.

Elísio Carmona

FOZ DO COBRÃOPela Páscoa a população da Foz quadriplicou…

P ara os mais velhos não foisurpresa nenhuma o grandeaumento de moradores na Foz

durante o fim - de - semana da Páscoaporque é assim desde há muitasdécadas…

Recordando, aliás, os tempos apartir da fundação do Grupo Amigosda Foz do Cobrão (GAFOZ), emLisboa, há mais de 40 anos, faziam-seexcursões, por vezes com 4 autocarros,de Lisboa à Foz pela Páscoa.

Hoje, vivemos outro tempo, tudomudou… para melhor: asacessibilidades e, particularmente, a

valorização pessoal e profissional dosAmigos da terra que continua tãoatractiva para as novas gerações comoo foi para os ancestrais…

Depois, foi em boa hora que nasceua associação local que no início dadécada dos anos 90 alterou os estatutos,instalou a sua sede social na terra-mãee criou uma estrutura social de apoio aseniores, congregando naturalmente emseu redor cada vez mais interessadosem fazer bem sem olhar a quem!

A sociologia pode estudar o“fenómeno Foz do Cobrão” cujaassociação tem mais de 500 sócios

Passeio Pedestre

CONVÍVIO MANUEL MATAS

Assembleia-Geral

quando os residentes fixos na povoaçãosão pouco mais de meia centena. Masuma coisa é certa, a cultura operáriada actividade fabril (fábrica de fiaçãoe tecelagem) que laborou até aos anos40 do século XX deixou marcas desolidariedade que são visíveis na terra.

Juntando o útil ao agradável, oGAFOZ escolhe a festa pascal parapromover a sua assembleia-geral, comorezam os estatutos, promovendoconvívios, de índole lúdico/cultural,consistindo o deste ano numacaminhada à serra das talhadas,passando pela nave e ribeira da Froia.

Cinquenta e dois sóciosaprovaram por unanimidade oRelatório e as Contas do

exercício de 2011, considerando mesmoo saldo negativo de 10.700 euros que adirecção justificou com despesasextraordinárias, merecendo por outrolado a atenção da assembleia adiscussão do ponto 3, Investimentos,sendo equacionada a transformação doprojecto Lar em Centro de Noite, naCasa do Penedo Amarelo, ou ainda asua venda, uma vez que háinteressados… A Casa só pode servendida com autorização da própriaReunião Magna que reuniráextraordinariamente se for caso disso. O Presidente da Direcção do GAFOZ, Octávio Catarino, numa das suas intervenções

As caminhadas organizadas peloGAFOZ revestem-senormalmente de grande

participação de sócios e amigos, comode resto aconteceu mais uma vez destafeita em que os caminheiros foram atéà Serra das Talhadas, passando pelaNave e pela ribeira da Froia abaixo.Rigorosamente, ao Passeio foram 40mas às sopas de boda comparecerammais de 60 apreciadores do famosoprato.

OC

O nosso conterrâneo, ManuelMatas, natural de Foz doCobrão, Carlos Rodrigues, dos

Bugios e Fernando Amaral, de Lisboa,sócios gerentes da GRAÇAGAZ, LDA,empresa distribuidora de gás na zona deLisboa, organizaram o seu tradicionalconvívio, no dia 14 do corrente mês deAbril. Tratou-se de um encontro deconfraternização com os colaboradoresda empresa e seus familiares, com váriosclientes e muitos amigos, que vem sendorealizado, anualmente, por esta altura.

O Manuel Matas, neste dia, é umhomem feliz. Dispondo de uma boaequipa de voluntários, começa o dia coma preparação do local para o convívio,seguida da receção calorosa aos amigosque ali se deslocam e, durante toda atarde, movimenta-se constantemente porentre os convidados, para indagar se todosestão contentes e a serem bem servidos.Para todos tem um palavra amiga e umsorriso aberto, que, tenho a certeza, é desatisfação por se ver rodeado de umaslargas dezenas de amigos e de pessoas quemuito o respeitam.

A ementa, normalmente, compõe-sede sardinhas assadas, carnes variadas paragrelhar, caldo verde, fruta, café e muitabebida, tudo à descrição dos convidadose em quantidades que permitem provar,repetir, descansar e voltar a repetir.

Da Foz do Cobrão, terra natal doManuel Matas, vieram muitas pessoas

para se juntarem aos familiares e amigosresidentes em Lisboa e arredores, para,em conjunto, ali passarem o dia numajornada de confraternização ecomemoração de mais um aniversário daGRAÇAGAZ.

E.C.

José Barreto Moura foi para Monçãocom 24 anos de idade e depressa passoua considerar esta cidade como...” aminha terra adotiva. Encontrei aqui,entre outros, trabalho no Alvarinho e aminha mulher e aqui constitui família”.Com formação em engenhariaagrónoma, José Barreto Moura, depoisde ter estado em Viseu e Montalegre,ruma, em 1955, ao Alto Minho,desempenhando as funções de técnicoagrícola e inspetor da produção dabatata de semente, nos concelhos deMelgaço, Monção, Valença, Paredes deCoura e Vila Nova de Cerveira.

Quando chegou ao Alto Minho, eem particular a Monção, Barreto Mouraencontrou uma aposta grande no vinhotinto e as vinhas estavam em latas altasou bordadura. Na década de 60, eenquanto técnico do Palácio daBrejoeira, iniciou a reconversão davinha, optando pelas vinhas contínuas.Foi a aposta e difusão desta técnica quelhe atribuiu o título de “arquiteto doAlvarinho”.

Quando chegou a Monção assinalaque “até ali as pipas que existiamcontavam-se com os dedos das mãos ehoje as pipas são às centenas”.Acrescentando que “quando se fez aAdega Cooperativa teríamos noprimeiro ano cinco pipas. O Alvarinhopraticamente não existia, por isso é queeu digo que quando vim para Monçãoa quantidade de vinho Alvarinhocontava-se pelos dedos das mãos. Naaltura predominava o vinho tinto, masa partir dessa data foi evoluindo eforam-se cortando as videiras tintas eaumentando a produção de vinhosbrancos, dando preferência aosAlvarinhos”.

A par do trabalho nas vinhas,

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ABRIL DE 2012 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 5

O Concelho de Vila Velha de Ródão- Notícias da Câmara Municipal - Drª. Ana Martins Camilo

O PROJETO “CALHONDRA, OLHAO XISTO!” VOLTOU À AÇÃO

Nas férias da Páscoa, 35 crianças e jovens participaram nas atividades propostaspelo projeto “Calhondra, olha o xisto!”, produzido pela Biblioteca MunicipalJosé Baptista Martins de Vila Velha de Ródão, em parceria com Elisa Aragão,

sua autora e dinamizadora. Nos dias 28 e 29 de março, os participantes desenvolverama sua criatividade e aprenderam a conhecer o património histórico de Ródão no ateliê“Recortes aos pulos: mas porque é que desenhaste isto?”, durante o qual produziram trêspeças originais para teatro de sombras, em torno do complexo de arte rupestre do vale doTejo e das vivências do Homem naquela época e atualmente. No dia seguinte aconteceude novo um retorno à época da pré-história, através da dinamização de um ateliê peloAndakatu, no qual se recriaram e utilizaram instrumentos de caça usados pelo homemprimitivo. No dia 28 de março, concluiu-se mais um ciclo de ateliês do projeto com aoficina “Potes e jarros”, onde miúdos e graúdos criaram artísticos objetos de barro,inspirados em técnicas artesanais que remontam à pré-história.

TOC & RÓDÃO ATUOU PELA 1ªVEZ

BIBLIOTECA DE RÓDÃOORGANIZA CONCURSONACIONAL DE LEITURA

A convite da Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas, a Biblioteca MunicipalJosé Baptista Martins organizou, no passado dia 20 de abril, a fase distrital doConcurso Nacional de Leitura. Esta iniciativa do Plano Nacional de Leitura, que

conta com o apoio da Direção – Geral do Livro e das Bibliotecas, da Rede de BibliotecasPúblicas e da Rede de Bibliotecas Escolares, tem como objetivo estimular a prática daleitura nos alunos do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário.

A fase distrital que decorreu em Vila Velha de Ródão, na Biblioteca Municipal e naCasa de Artes e Cultura do Tejo, envolveu mais de 150 professores e alunos de todo odistrito e apurou os representantes distritais (um do 3º ciclo e outro do secundário), queparticiparão na final do Concurso Nacional de Leitura, a realizar em Lisboa. Nesta fasedistrital, os alunos leram as obras selecionadas pela organização e responderam a questõesescritas e orais acerca delas. O evento contou com a presença de Hélia Correia, comoautora convidada, cuja obra “Lillias Fraser” foi lida pelos concorrentes do ensinosecundário. No júri do concurso estiveram presentes duas figuras maiores da nossa cultura:o poeta António Salvado e o poeta, cronista e diretor da Fundação EDP, José Manuel dosSantos. A apresentação do concurso esteve a cargo do reconhecido apresentador e autorde programas de rádio e televisão, José Nuno Martins, natural do concelho e filho doinspetor José Baptista Martins que dá nome à Biblioteca Municipal.Esta organização, da responsabilidade do município de Vila Velha de Ródão, contoucom o apoio da Biblioteca Escolar e do Departamento de Línguas do Agrupamento deEscolas de Vila Velha de Ródão e do patrocínio da Fundação EDP, da Celtejo, Juntas deFreguesia, Caixa Geral de Depósitos e empresários do concelho de Vila Velha de Ródãoe do distrito de Castelo Branco.

Neste dia deu-se a conhecer, e assim valorizou-se, a leitura, os seus autores e oconcelho de Vila Velha de Ródão enquanto território cultural.

Em Vila Velha de Ródão

ARTE RUPESTRE DO VALE DO TEJO EM DESTAQUE

MÚSICA TRADICIONAL PORTUGUESA ENCHEUAUDITÓRIO DA CASA DE ARTES

No âmbito da promoção da ArteRupestre do Vale do Tejo, emprocesso de classificação, a

autarquia de Vila Velha de Ródão temvindo a desenvolver várias iniciativas.

O edifício do Centro Municipal deCultura e Desenvolvimento está em fasede remodelação para a integração doCentro de Interpretação de Arte Rupestredo Vale do Tejo (CIART) e neste momentoestá já patente a exposição de ArteRupestre do Vale do Tejo encontrando-setambém em funcionamento a loja commerchandising específico sobre este tema.

Foram também pintados dois murais,alusivos à promoção de Arte Rupestre doTejo, em frente à estação da CP e junto à

ponte do Enxarrique, de forma a que quemvisite o concelho fique logo a saber queRódão possui um inestimável património

No passado dia 1 de Abril, o CentroRecreativo e Cultural do Coxerroorganizou, em Vila Velha de

Ródão, o Encontro de músicos do concelhode Ródão - Festa da Primavera. Doprograma desta iniciativa fez parte aapresentação pública do novo grupomusical do concelho de Vila Velha deRódão- Toc & Ródão.

Durante a tarde, a música foi daresponsabilidade dos grupos: Modas deRódão, Quintarolas, Bombos Gentes deRódão, Rancho Folclórico de Sarnadas deRódão e acordeonistas do concelho.

No dia 14 de abril, o V Encontro deMúsica Tradicional Portuguesa, àsemelhança do ano passado, fez

com que, mais uma vez, o auditório daCasa de Artes e Cultura do Tejo ficasselotado. Trata-se de uma organização doCentro Municipal de Cultura eDesenvolvimento que conta com o apoioda Câmara Municipal de Vila Velha deRódão e que tem o objetivo de valorizar epreservar a música tradicional portuguesa.Neste dia, os agrupamentos musicais doconcelho de Vila Velha de Ródão, Modasde Ródão e Quintaloras e os gruposconvidados Terra Nostra de Vila Verde daFigueira da Foz, Amigos da Concertina dasPalmeiras de Castelo Branco, brindaramo público com a qualidade da músicatradicional que se vai fazendo por este país.No final foram entregues os diplomas departicipação aos grupos bem comoalgumas lembranças do concelho.

No próximo ano, aguarda-se por maisum encontro de música tradicionalportuguesa com música, tradição e cultura.

EDIÇÃO DO MUNICÍPIO DERÓDÃO APRESENTADA NA

FNAC DO CHIADO

O livro “Crónicas da minha infância: os sentidos da memória” da autoria de IldaRibeiro Pires, editado pelo Município de Vila Velha de Ródão no âmbito doprojeto “Vidas e Memórias de uma Comunidade”, foi apresentado, numa

iniciativa da editora Alma Azul, na FNAC Chiado no passado dia 13 de abril, às 18H30.O projeto “Vidas e Memórias de uma Comunidade”, dinamizado pela Biblioteca

Municipal José Baptista Martins desde 2010, tem vindo, desde então, a recolher e preservaro património cultural material e imaterial do concelho de Vila Velha de Ródão e a apostarna divulgação destas fontes de informação únicas, dispondo já de uma biblioteca digital,acessível em www.memoriasderodao.net.

Esta publicação, que é a terceira editada no âmbito do referido projeto, propõe arevisitação poética do passado do concelho, numa abordagem que, sendo pessoal, nuncadeixa de ser também coletiva. Na obra partilham-se vivências, relembram-se amizades,exprimem-se sentimentos que desvelam um modo de vida hoje apenas vislumbrado naspaisagens e práticas do quotidiano do interior rural do país.

Esta narrativa de um espaço e das suas gentes oferece, para além da qualidadepoética e testemunhal dos textos, uma estética rica e fortemente comunicativa, graças àutilização de trabalhos artísticos do Mestre Manuel Cargaleiro e de sua mãe, ErmelindaCargaleiro - naturais do concelho de Vila Velha de Ródão -, cuidadosamente selecionadospela autora do livro.

A poesia de Ilda Ribeiro Pires, nas palavras do autor da introdução da obra, JoséManuel Batista, “apresenta-se tão imagética, luminosa, fresca e revigorante, ao nívelformal e semântico, que as narrações que nos oferta, em extensas estrofes, se tornambreves e nos sentimos de novo pertença de um território memorial ao qual a autora nosconduz”.

histórico e arqueológico, com óbviaspotencialidades ao nível da promoçãoturística.

EM AGENDA | MAIODia 1 – Comemorações do 1º de Maio em FratelOrganização: Junta de Freguesia de FratelDias 11,12 e 13 – Festa de N. Sra. da Piedade; Local: AlvaiadeDia 20 Maio - I PASSEIO DE BTTLocal: Percurso na freguesia das Sarnadas de Ródão e arredoresOrganização: Associação Desportiva e de Ação Cultural Sarnadense

NO POSTO DE TURISMODe 2 a 31 de Maio - Exposição de artesanato das irmãs Moura

José Aguilar e Paulina Evaristo expõem em Vila Velha deRódão

No dia 14 de abril, na Casa de Artes e Cultura do Tejo, foiaberta ao público a exposição coletiva de pintura - “Dois Olhares”,de José Aguilar e de Paulina Evaristo. Vai estar patente até ao dia28 de abril.José Santos Aguilar - Nascido na Covilhã, em 1948, começou a pintarcomo autodidata em 1975, tendo desde então realizado cursos depintura, desenho e história da arte, nomeadamente o Curso de Desenhono I.A.T.A., em Lisboa, e o Curso de Gravura na Ar.Co. de Lisboa,com João Hogan.Paulina Evaristo - Natural da Ribeira Brava, ilha da Madeira,licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra, Curso de Pinturana Sociedade Nacional de Belas Artes, SNBA (5 anos), membro dogrupo WONDER 4 ART (marca nacional),e Sócia da SNBA.

HÉLIA CORREIAAPRESENTA A SUA MAIS

RECENTE OBRA PARAJOVENS EM

VILA VELHA DE RÓDÃO

Olivro “A chegada de Twainy”, escrito por Hélia Correia eilustrado por Rachel Caiano, foi apresentado pela autora

aos seus leitores mais novos, no dia 19 de abril, às 15h00, naBiblioteca Municipal José Baptista Martins em Vila Velha deRódão.

A iniciativa, aberta aos admiradores da escrita de HéliaCorreia de todas as idades, incluiu ainda uma visita à exposiçãodas ilustrações de Rachel Caiano criadas para o livro “A chegadade Twainy”, que estará patente na Biblioteca Municipal de VilaVelha de Ródão até 12 de Maio.

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O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO6 ABRIL DE 2012

AGENDA DE MAIOData a definir - Simulacro Geral2-05-2012 - Encontro distrital do Prosepe5-05-2012 - Encontro interescolas do distrito de EMRC - 5º Ano8-05-2012 - Unidade de aferição distrital9-05-2012 - Prova de aferição L. Portuguesa - 4º ano11-05-2012 - Prova de aferição Matemática - 4º ano18-05-2012 - Visita Estudo do Pré-escolar18-05-2012 - Curta-metragem sobre a descoberta da natureza

CONCURSO CANGURU MATEMÁTICOSEM FRONTEIRAS

SEMANA DA LEITURA 2012

ATLETISMO

Pelo quinto ano consecutivo efazendo parte do Plano Nacionalde Leitura, a equipa da

Biblioteca Escolar e do PNL realizou,em colaboração com os váriosdepartamentos do Agrupamento deEscolas, com a Santa Casa daMisericórdia, com a Associação deEstudos do Alto Tejo, com o Municípioe com a Biblioteca Municipal, umconjunto de atividades para comemorara Semana da Leitura/2012, entre osdias 19 e 23 de Março. Este ano, o lemaera “Cooperação/Solidariedade/Encontro de Gerações”, daí o cuidadoem interagir com os mais velhos epartilhar a sua sabedoria.

Algumas destas iniciativascontaram, como vem sendo cada vezmais um hábito, com a participação dospais e encarregados de educação, bemcomo de outros membros dacomunidade educativa que gentilmenteacederam ao convite e partilharam comas nossas crianças e jovens os seustestemunhos de vida e de leituras,contribuindo para incentivar o prazer deler e para enriquecer uma atividade departilha das histórias e dos livros.Estiveram envolvidos nesta ação muitosleitores/contadores, entre pais, avós,autarcas, funcionários, professores eoutros membros da comunidade.

Iniciou-se a Semana da Leitura coma decoração do polivalente da escola,tendo contado com os trabalhosrealizados pelos alunos com a preciosaajuda dada pelos professores deEducação Visual e Tecnológica, deEMRC, das professoras do 1º Ciclo ede educação especial, que fizeram daescola um espaço mais animado,enfeitado e colorido, a lembrar que oslivros são uma porta para o sonho e paraa fantasia…

Sob o lema: “Uma história pordia…todos os dias!”, todos os alunosdesde os jardins-de-infância ao 3ºciclo,tiveram a oportunidade de ouvir contar

uma história diferente e adaptada ao seunível etário. Esta atividade, cujo temaera “Histórias Tradicionais” destinou-se a lembrar que as histórias maisantigas, as que nos eram contadas pelosnossos avós, continuam sempre atuaise, como tal, devem estar presentes navida das nossas crianças e jovens comoalgo que os vai enriquecer, poistransmitem-lhes conhecimentos evalores, enriquecem o seu vocabulário,expandem a sua imaginação.

Destacamos do conjunto de todasestas atividades o lançamento de maisuma obra, “Os três Príncipes”, emcolaboração com a AEAT, um contotradicional reescrito por um aluno danossa escola e igualmente ilustradopelos alunos do 2º ciclo, bem como pordois alunos do 3º ciclo. Este livro contoucom o apoio do Município de Ródão,bem como de outras entidades e foidistribuído a cada aluno.

No dia 20 de março, a BibliotecaMunicipal veio apresentar aos alunosda educação especial uma atividade deOficina de Escrita Criativa em que osalunos criaram belos trabalhos depoesia.

No dia 21 de março, comemorámoso “Dia da Árvore e da Família”, emcolaboração com o PROSEPE e o Clubede Jardinagem e contou com a presença

dos pais e encarregados de educaçãoque, como é hábito nesse dia, costumamfazer companhia aos seus filhos epuderam ajudar à plantação simbólicade uma árvore.

Os alunos participaram ainda, comempenho, nos vários concursos que abiblioteca organizou – “Queres ouvir?Eu Conto!”; “Poesia a brincar, todossabem rimar…”; “Autores e Obras” e“Toca a Adivinhar” – e viram algunsdos seus trabalhos expostos nopolivalente da escola.

Com todas estas atividades,procurámos fazer do livro e da leiturauma festa, incentivando ao prazer de ler,desde os mais pequeninos aos maisvelhos e envolver nesta tarefa elementosde toda a comunidade educativa. Eporque desejamos que a Semana daLeitura seja uma realidade todas assemanas do ano e se expanda cada vezmais para a comunidade, as ações depromoção da leitura não se ficam poreste evento e continuarão, de formaregular, em estreita colaboração comtodos os intervenientes. Terminamoscom um agradecimento a todos oscolaboradores que connoscocontribuíram para o sucesso destainiciativa.

A equipa daBiblioteca Escolar e do PNL

Na quarta feira, dia 11 de abrilde 2012, realizou-se noAgrupamento de Escolas de

Vila Velha de Ródão o ConcursoCanguru Matemático sem Fronteiras. OConcurso consistiu numa única prova,com 30 questões de resposta múltiplacom dificuldade crescente e emcategorias diferentes, de acordo com aidade dos alunos.

Esta atividade tinha como objetivosdesenvolver o raciocínio lógico, acapacidade de atenção/concentração,melhorar as competências na resoluçãode problemas e na escolha de estratégiasa utilizar e estimular o gosto e o estudopela matemática.

Os 28 alunos do 2º e 3º Ciclos queparticiparam neste concurso mostraraminteresse e empenho na resolução dasprovas, que serão corrigidas pelasprofessoras responsáveis por estaatividade.

O grupo de docentes agradece acolaboração de todos os que a tornaram

Nos dias 12 e 21 de Março decorreram no Complexo Desportivo da Covilhã asfinais distritais do Torneio Mega e da competição de atletismo de pista,

organizadas pela equipa do Desporto Escolar Distrital.Nestas competições de atletismo foram abordadas algumas das especialidades

da modalidade, tais como: corrida de velocidade, salto em comprimento, salto emaltura, corrida de longa duração, barreiras, estafetas e lançamento do peso.

A participação dos nossos atletas foi muito positiva tendo revelado um grandeempenho em cada uma das provas disputadas. O balanço dessa atitude competitivaproporcionou um conjunto de resultados de destaque com muitos atletas adisputarem finais do seu escalão, alcançado vitórias e merecendo figurar, emnúmero significativo, entre os primeiros oito lugares a nível distrital. Há a salientarquatro primeiros lugares no torneio Mega e no campeonato distrital de pista, a pardas classificações individuais, a vitória coletiva no escalão de iniciados masculinosque proporcionou o apuramento da equipa para a final do campeonato regionalque se realizará no dia 28 de Abril, em Pombal.

Uma vez mais se regista uma participação meritória dos nossos atletas e umambiente de um convívio salutar entre a comitiva rodense.

FUTSAL MASCULINOAequipa de futsal, no escalão de iniciados masculinos, disputou pelo 2º ano

consecutivo, a final distrital do respetivo escalão. Após de uma série deapuramento bastante renhida e que decorreu entre os meses de Janeiro a Março, afinal realizou-se no passado dia 11 de Abril, em Castelo Branco, tendo oAgrupamento de Escolas João Roiz sido o anfitrião desta final.

Os atletas envolvidos, apesar de não terem conseguido alcançar a desejadavitória, apresentaram uma postura responsável e competitiva, tendo mostrado umcaráter e fair play competitivos que merecem o devido registo, dignificando aEscola que representam.

As reportagens podem ser lidas em:http://www.jra.abae.pt/

JOVENS REPÓRTERESPARA O AMBIENTE

J ornalistas do Agrupamento deEscolas ganham, pela segunda vez,

a reportagem do mês do projeto JovensRepórteres para o Ambiente.

A reportagem vencedora do mês deMarço aborda a temática ambientalcomo eixo central, sinal que osproblemas desta natureza, que afetama população de Ródão, estão longe deestar resolvidos e mantêm a atualidade,não deixando insensíveis a esteproblema, os nossos alunos. Assim, apósconsulta cuidada de vários documentose da auscultação de vários elementosda comunidade, refletiram sobre o papelda indústria e chamaram a atenção paraum conjunto de incongruências quecaraterizam as entidades que tutelam oambiente e que contribuem para oarrastar de uma situação que mereciaestar solucionada.

possível, sobretudo aos alunos que nelaparticiparam.

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O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 7ABRIL DE 2012

Contin. da 1ª Pág.

PÁSCOA E TRADIÇÃO EM FRATEL

Devo confessar que de todas asrecordações da infância, a quadra pascalé aquela que melhor guardo na minhamemória. Acredito que para tal, talveztenha contribuído o facto de, quandosaí de Portugal, ter passado uma dasprimeiras Pascoas na cama de umaenfermaria de cuidados intensivos.

Do período da quaresma, e dumaaltura em que na nossa terra ainda nãohavia electricidade, lembroperfeitamente do canto das Avé-Marias.Recordo que o meu pai tinha o cuidadode me acordar para que ouvisse e, quemsabe, se não seria sua intenção alertar-me para essa tão linda tradição da nossaterra. Talvez por isso, tomei-lhe o gostoainda hoje gosto e, há muitos anos quenão perco uma oportunidade para estarno Fratel por essa altura para tambémpoder dar o meu contributo. A ausênciade muitos anos apagou da minhamemória a melodia. Só eu sei a emoçãoque senti, quando há muitos anos atrás,bem longe da nossa terra, li uma notíciaque dava conta de que, um grupo defratelenses residentes em Lisboa,resolveram ir a Fratel, numa sexta feirade quaresma, exclusivamente para

cantarem as Avé-Marias, evitandoassim que a tradição se perdesse. E,fizeram-no em tão boa hora que desdeentão nunca mais passou uma quaresmasem que se cantasse. Hoje, dá-me umaenorme alegria ver que os mais jovensaderiram à tradição. Oxalá que seconsiga transmiti-la também àsgerações vindouras.

Este ano, na ultima sexta-feira daquaresma, sexta feira santa, lá estivetambém a participar. Confesso que sentia falta do nosso grande amigo JoséSequeira que, nas últimas décadas fezo acompanhamento com o seu saxofonee que, por motivos de saúde não podefazê-lo este ano. Quero desejar a estegrande amigo a este grande fratelenseuma recuperação rápida e dizer-lhe quecontamos com ele para os próximosanos.

Com o Domingo de Ramos,começavam as festas da Páscoa. Nessedia, lá íamos para a missa com o nossoramo de alecrim para ser benzido. Nosábado antes, o meu pai, que na alturaandava na faina da poda das oliveiras,levava-me com ele para o campo ondeia apanhar o alecrim viçoso com que

fazia o meu ramo, creio, mas não tenhoa certeza de que, a esse ramo lhechamávamos de “maia”. Na missa deDomingo de Ramos, se a memória menão engana, nós as crianças levávamosa nossa “maia”, enquanto que os adultoslevavam um ramo de oliveira ou depalmeira para serem benzidos.

Começavam depois de Domingo deRamos as cerimónias da Semana Santa.Nalguns anos realizavam-se em Fratelas cerimónias que representavam aPaixão do Senhor. Guardo na menteuma das ultimas cerimónias, asEndoenças, a que assisti no Fratel antesde emigrar. Os três sacerdotes nascidosna nossa terra, Senhor Padre JoséNeves, meu tio Padre João Eduardo e oSenhor Padre Aparício, representaramas cenas do julgamento de Jesus Cristo.

Domingo de Páscoa, atingia-se oapogeu dos festejos. Depois da missado dia, procedia-se à visita pascal, emque o senhor padre ia de casa em casadesejar as boas festas a todos osparoquianos e dar o senhor a beijar. Essacerimónia da visita pascal, Compassocomo lhe chamam no Norte de Portugal,era acompanhada por todas as crianças,

o que para elas era motivo de grandealegria, com muitas amêndoas e outrascoisas doces, das quais não possoesquecer as deliciosas tigeladas.

Hoje, as coisas mudaram. Não háendoenças, não há visita pascal mas,mantém-se a tradição de realizar aprocissão do Senhor dos Passos naSexta-Feira Santa.

Comparada com idênticasprocissões que se realizam no Norte dePortugal, em Espanha, ou nalgunspaíses europeus, como por exemplo naBaviera Alemã, esta cerimónia da nossaterra é muito simples. No entanto paramim, e creio que para todos osfratelenses continua a ter um grandesignificado. Os altares, que representamos Passos, são uma demonstração bemvisível do sentido que os fratelensesdão a esta tradição.

Este ano lá estivemos mais uma vezpara participar. Devo confessar que oque mais me impressiona nestaProcissão é o encontro de Jesus Cristocom sua Mãe. Vejo neste encontro osofrimento, o amor, o carinho e adedicação de todas as mães para comos seus filhos.

A Banda da Sociedade Filarmónicade Fratel, fez mais uma vez, com grandedignidade, o acompanhamento daprocissão. Toca-me fundo sempre queouço a nossa banda tocar, mas nestaprocissão toca-me ainda com maisforça...

Depois da procissão, que terminajunto à Capela da Senhora das Dores, écostume acompanhar-se a Banda até àsede da Sociedade Filarmónica o quenos proporciona depois, uma óptimaoportunidade para reencontrar velhosamigos e para avivarmos as nossasmemórias com recordações da nossameninice e juventude.

Infelizmente este ano,provavelmente devido à crise, e àsmedidas de austeridade impostas pelogoverno, notou-se a falta de muitosconterrâneos que geralmente nuncafaltavam. Fazemos votos para que nopróximo ano possamos voltar a estar látodos para assim darmos mais força econtinuidade a esta linda tradição danossa terra.

José EduardoLisboa, 18.04.2012

A PROFESSORA DOUTORA ANA RITA PIRES APRESENTOU NA GULBENKIAN UMA INTERESSANTE CONFERÊNCIA INTITULADA

GEOMETRIA COM DOBRAS DE PAPEL: COMO O ORIGAMI BATE EUCLIDES

A lguém que entrassedesprevenido num anfiteatrocompletamente cheio da

Gulbenkian ficaria pasmado com a“menina” bonitinha e tão simples notrajar que facilmente passaria por umaadolescente do secundário que aliestaria em palco num récita definalistas! E pensaria: “não pode ser,enganei-me no local”. Afinal tinha sidoatraído pelo Serviço de Ciência daFundação para um ciclo de conferênciascom a pomposa designação deMatemática: a Ciência da Natureza,sendo que, a daquela tarde de 18 deAbril se subordinaria à temática“GEOMETRIA COM DOBRAS DEPAPEL: COMO O ORIGAMI (1)

BATE EUCLIDES”, daresponsabilidade da Professora DoutoraAna Rita Pires

*Com aquela carinha de adolescente,

a Rita, como todos nós, próximos dela,a conhecemos, tem um currículo escolare académico notável. Para simplificar:doutorada pelo MIT, onde depoislecionou um programa de discussãomatemática com crianças e outro no

âmbito de uma iniciativa paradisponibilizar as cadeiras online,atualmente, ensina na CornellUniversity. Isto nos EUA.

Licenciada em MatemáticaAplicada e Computação pelo InstitutoSuperior Técnico, foi bolseira doprograma Novos Talentos emMatemática da Fundação CalousteGulbenkian durante os dois primeirosanos.

Um seu professor no primeiro anodo IST fez a apresentação daconferencista e, em breves masinequívocas palavras, definiu ascapacidades e as potencialidades da suaex-aluna como extraordinárias eprometedoras…

*A tal menina, com um à vontade

demonstrativo da sua capacidade decomunicação, respondeu jocosamenteao seu ex-professor com uma oportunapiada, seguindo um princípio que éfundamental num comunicador: criar emanter nos ouvintes ou desejo de oouvirem.

O tema da Conferência escapa detodo aos propósitos deste nosso

modestíssimo Jornal. Ainda assim,diremos que começou por uma rápidapassagem por alguns problemas comque, desde tempos imemoriais,incluindo nas regras descritas no LivroI de “Os elementos de Euclides” no ano300 a.C, a Matemática se confrontou,até que a arte japonesa de dobrar o papel

para fazer interessantíssimas figuras deanimais, o origami, veio ajudar aresolver os tais problemas daAntiguidade Clássica.

E, ao apresentar como se dobra opapel para fazer uma garça, com bico,asas e tudo o mais, a conferencista coma tal carinha parecia mesmo a menina aquem dava gosto contar histórias paracrianças… Mas logo a senhoraProfessora (em sentença doutoral comolhe competia), nos veio mostrar comoos conhecimentos matemáticosaprendidos com a dobragem do papel,e que passaram da garça para outrosbichos mais complicados, comoexemplificou com figuras projetadas noecrã, são hoje aplicados - em dobragemde mapas, - na construção das asas desatélites que saem dobradas da Terra ese vão desdobrando para poderemcaptar a energia solar indispensável aoseu funcionamento, - na dobragem dosairbags que tornam os nossosautomóveis menos perigosos, - ou empequeníssimos dispositivos tubularescom pregas interiores que só poderãoser desdobradas quando aqueles sãoposicionados onde é preciso reforçar

seções “avariadas” dos nossos vasossanguíneos, salvando vidas.

*No final, várias intervenções da

assistência, se é que não iam aoencontro dos grandes desenvolvimentosda Matemática, pelo interessemanifestado, não deixaram de dar umaideia que, à semelhança do que pensavaSheikspear acerca das bruxas, afinal oque salvou os matemáticos… foi oorigami!

( 1)Origami (do japonês: oru,“dobrar”, e kami, “papel”) é a artetradicional e secular japonesa de dobraro papel para construir animais ouobjetos com as dobras geométricas, semcortá-lo ou colá-lo, partindo,geralmente, de um pedaço de papelquadrado,

NOTA: Para que conste, a Ana Ritafoi colaboradora do nosso Jornal quandoainda menina, então sim, publicandoumas histórias sobre o Fratel, a partirdo que ouvira contar ao seu avô paterno,de nome João Ribeiro Pires, mas quetoda a gente conhecia por João Belo.

Professora Doutora Ana Rita Pires

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ABRIL DE 2012O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO8

“...para que os nossos versos, não andem por aí...dispersos”!Poetas do nosso Concelho

CRÓNICA DOS LUSÍADAS piquininos

Manuel Antunes Marques

1E este Porto MonumentalÉ de tal forma importanteQue das terras de PortugalNenhuma lhe passa adiante2Veja-se o agradável estiloQue tem a Cadeia da RelaçãoOnde um dia o Grande CamiloEscreveu o “Amor de Perdição”3A linda Igreja do MosteiroDe São Bento da VitóriaDa Ponte de D. Luís IDevemos guardar na memória4O belo Edifício do HospitalQue de S. António é chamadoÉ outra jóia, que por sinalEstá a ser bem aproveitado5Edifício da Câmara MunicipalÉ também muito importanteComo é importante afinalA velha “Casa do Infante”6O “Teatro de São João”A “Praça da Liberdade”O “Postigo do Carvão””Igreja da Ordem da Trindade”7Edifício da “Polícia Judiciária”Os “Azulejos de São Miguel”Estão em situação precáriaAs jóias que estão no painel8O Edifício do “Vinho do Porto”O “Palácio da Bolsa” tão belo”Antigo Hospital de D. Lopo”Ruínas “Muralha do Castelo”9O “Jardim da Cordoaria”A “Igreja de Santa Clara”O “Edifício da Casa Pia””Fonte das Virtudes” rara10"Ferreira Borges” o mercadoO “Palácio das Bandeirinhas”Bela” Avenida dos Aliados”Da “Ponte Pensil, as Alminhas”11"São Bento”, a linda estaçãoE a Igreja dos Carmelitas””Fonte da Rua de São João”E muitas mais coisas bonitas12"Praça, Monumento ao Infante”D. Henrique, o navegador”Para diante, mais para diante”São palavras do descobridor13"Os Clérigos” e sua TorreMonumento a D. PedroVA Torre é a jóia melhorDas jóias que há no recinto14São tantas igrejas e capelasTantos Hospitais e ConventosTantas as casas antigas belasO Porto é um Monumento15Falar da “Capela dos Passos”Que fica ali na rua EscuraÉ capela de bonitos traçosE de formosa arquitectura16O Edifício da “Casa Museu”Onde viveu “Guerra Junqueiro”Um poeta que bem mereceuEste destaque tão lisonjeiro17E a casa que julgo viveuGomes Freire de AndradeUm militar que morreuLutando pela liberdade

18Quem repara neste fascínioDe conjunto belo e austeroDa “Igreja do Patrocínio”Do velho” Convento do Ferro”19Se subindo pelos “Guindais”Fica cansado já da vertenteJulgo que ninguém jamaisViu bairro tão surpreendente20A “Praça da Liberdade”Com a “Avenida dos Aliados”São locais de muita beldadeA D. Pedro IV ligados21A linda “Rua das Flores”Aberta pelo “Venturoso”Flores de pedra multicoloresNeste jardim tão formoso22O antigo “Convento do Carmo”Com a “Igreja dos Terceiros”Tem igrejas em duplicadoCom leões, seus companheiros23É uma construção curiosaOs restos da muralha suevaQue fica na “Pena Ventosa”Onde a maravilha se observa24Pinturas e lindos painéisA “Estátua do Desterrado”O “Museu Soares dos Reis”Deve sempre ser visitado25A um portal não resistoPela beleza que contémDa Igreja de S. FranciscoÉ jóia em pedra também26O “Painel de Miragaia”De um colorido encantadorRoupas de cor de cambraiaDe belo espelho multicolor27Ponte de D. Luís construídaPara o Porto foi um tesouroPor ter conseguido dar vidaPara Norte e sul do Douro28A “Igreja de Cedofeita”Mais a “Igreja do Bonfim”São jóias em pedra feitaCom uma beleza sem fim29A “Igreja de S. Lourenço”Com bela fachada frontalDe entre as igrejas pensoSeja a mais monumental3Muitas casas senhoriaisEspalhadas por todo o ladoJóias de pedra, imortaisNum Porto imortalizado31Talvez seja a “Sé Catedral”Que seja bonita demaisTem Rosácia MonumentalE as belas torres laterais32Das jóias que o Porto tem”A Torre dos Clérigos”dá vidaIdentifica o Porto tambémPela televisão difundida33Este Património MundialContém uma grande riquezaPode ser visto em PortugalEm Cidade de Rara beleza

Manuel Antunes Marques

O PORTO, PATRIMÓNIO DAHUMANIDADE E OS SEUS MONUMENTOS

GAZETILHA

DEPOIS DETANTA ESPERA...

Um sujeito, meio surdoEsteja em pé ou deitadoEmbora pareça absurdoFica por vezes intrigado...

É simpático, atraenteE ás vezes arma à graçaAo ver-me, de repenteDirigiu-me esta chalaça

Como há muito não choviaE ‘stava a chegar o VerãoNão esperou um só diaE disse-me: “Oh!...Fabião

Você, por tudo e por nadaEscreve lá p’rós jornaisOuça lá esta piadaDum homem dos Cebolais

Estava há dias deitadoDormindo no meu colchãoDe repente fui acordadoPelo som de um trovão

E disse p’rá minha mulher:- Mas que som impertinente!...- Alegra-te ‘stá a chover!...Responde ela de repente

Dei logo um salto da camaSem vela, nem candeeiroE lá fui, olhos em chamaProcurando um caldeiro

Abri a janela, ligeiroEnroupado, bem ou malColocando o caldeiroSob as pingas do beiral

As gotas iam caindoAté ao romper da manhãEu na cama, ia ouvindoAquela cadência, pam...pam...pam...

Isto numa quinta-feiraQue me deu grande alegriaOuvindo desta maneiraA zoada que faziaA chuva que caía...

E deste modo tão ordeiroNão me canso de dizerAbençoado caldeiroQue me fez ouvir choverSem de tal m’aborrecer...

Diga lá oh! FabiãoTenho ou não tenho razãoDe ouvir na PrimaveraDepois de tanta esperaTanta água em profusão...”

Fabião Baptista

QUARESMA,Da Luz, Verdade,Bondade e Bem

Sexta Feira Santa!O Cristão canta,Salmos de dorPela morte do Senhor.

Quaresma no seu findar;Antevisão do regresso,O milagroso ressuscitar!...E, Deus vos peço:

Dai, ao Mártir Filho,Todos os poderes celestiaisPara que o nosso trilho,Nos torne bons mortais.

Concedei.Lhe a LuzQue ao iluminar a TerraEm Verdade se traduzE a Bondade encerra.

Assim, todos possamosRecebê-la, com a Graça,Guiar o caminho que pisamosSaber, onde o Bem passa.

“DIAINTERNACIONAL

DO BEIJO”

Hoje, “Dia Internacional do Beijo”!Desde logo, surgiu em mim um desejoE desse modo, te mimar!Associando a data, me dei a pensar:Quantos beijos, já demos nesta vida?Lembras? Eu perdi a conta, pordesmedida!Alguns porém, são difíceis de esquecer;Como o primeiro que te fez estremecer,Ou aquele outro, da reconciliação,Onde bebi a lágrima do teu perdão!...Foram tantos!... Alguns, sofridos emdespedida,No invés, do regresso, em alegriaincontida!Mas todos, com Certificado de Valor;Endereçados a ti; Selados com amor!

14 de Abril de 2012.Silvério Dias

OLIVEIRASD’ALAGADA

Centenárias, à beira Tejo,Como dádiva da mãe-Natura,Me enlevo, quando as vejo,Em longevidade que perdura;

São as oliveiras d’Alagada,Abençoadas pela Senhora,Na Capela, ali encimadaCom mensagem redentora.

Retorcidas, com rugas lenhosasQue lhes comprovam a idade,Continuam, firmes e orgulhosasNo garante de utilidade.

Vem de tão longe, a valia!...É bom que ninguém a esqueça:Quando, candeia se acendia,No cumprir duma promessa.

O azeite, era a doaçãoDas oliveiras e dos donos,Acrescentando, a oração,Pedindo à Santa, os abonos.

Vendo as oliveiras do Tejo,Me revejo na minha infânciaPois ali tive, grato ensejo:Conhecê-las, na exuberância!

Hoje, reafirmo o que já disse:Enlêvo, na imagem ditosa!Há que respeitar a “velhice”,Quando válida e proveitosa!

HISTÓRIADE UM

CARRETOÉ a simplicidade das coisas.Na década de 40, entre a numerosa massa escrava,

com aspirações e feliz, destacava-se o brio profissionalem muitas das actividades laborais: nas oficinas,estaleiros, serviços, onde todos os elementos seempenhavam em fazer sempre melhor, e belas históriaspodem ilustrar esse salutar e generalizado panorama! Amalta pobretana, com as inúmeras dificuldades e ainquietude do futuro incerto, com aprumo e dignidadepossíveis, faziam parte das “brigadas da lancheira”, queem corrupio a caminho dos transportes, se esgueiravampelas escadinhas da ladeira, até à Praça do Chile, e deregresso do trabalho, eram bulidos cachos de massahumana!

Alguns frequentavam cursos técnicos do ensinooficial, e ainda aqueles que desmotivados pelamatemática, abandonavam os liceus; muitos maisficaram-se pela quarta classe, que hoje delimita os semi-analfabetos dos eruditos, porém, com o complementoautodidacta destacaram-se os mais caprichosos que,frequentando cursos por correspondência (*),conseguiram sólida formação profissional e lugares dedestaque. Nesses tempos, no mercado livreiro português,havia vasta e excelente literatura técnica, a preçosacessíveis ao povo cheio de dificuldades, e também ávidode saber. Eram edições da Cosmos, Civilização,Paraninfo, Labor, Marcombo, Editorial Hobby, entreoutras, que a juventude disputava com muita garra, e osprojectava, nos acalorados diálogos nas tertúlias dos anos40, na Praça do Chile. Entre eles, além do Seixas, oNico era o mais novo e aguerrido, e difícil de domar,que vem a propósito!

Um dia em Alcântara, Lisboa, um cliente apegado auma ideia nada comum, dirige-se a uma oficina deserralharia mecânica e perante o “patrão” da casa, diz: -preciso de uma maquineta que, ao receber um rolo defita de alumínio com cento e tal metros de comprimentoe 12x2 mm de secção, a corte em pedaços como este,com 6 cm de comprimento. É um trabalho estiolante eimperfeito, há anos executado à mão! Se conseguissemo objectivo, era o ideal! – Esteja descansado, porque aquinão falha, diz o Mestre e “patrão da lancha”!...

- Um momento. Ó Nico, grita o Mestre, para vencero infernal barulho dos mega-tornos, martelos-pilão, e deoutras maquinarias. Lá do fundo, acode-lhe um “puto”,franzino e de ar reguila, aprendiz e o mais novo de todoo pessoal, que vem logo, diligente. Ouve o que estesenhor quer, e resolve o caso à tua maneira, e por cimado ombro e a meia voz, diz ao cliente: - este diabrete nãofalha!

- É isto – diz o consulente – preciso de: … etc., erepete o seu desejo e simples ideia. O miúdo, todoouvidos e fixando o cliente, disse: estou esclarecido! Ésimples, e amanhã devo ter a solução! O cliente ficavarado e em dúvida pela rápida apreensão do espevitadocatraio. No dia seguinte, ei-lo com mais um “Ovo deColombo”, que nem lembraria ao Diabo, e uma vez mais,não espantou o patrão mas antes, como que uma dose deinveja pairava no semblante do restante pessoal, peloincómodo e inacreditável prodígio ali desperdiçado! Opatrão ordenou que todos se reunissem, e atentos, parauma melhor partilha na elaboração do engenho, que oNico vai falar:

- É assim: dois rolos de borracha semi-endurecida,um contra o outro, puxam a fita até o topo desta encostarnum batente, e nesse instante, bloqueada no avanço ecom os roletes imóveis, deixa de ser arrastada (aqui éque está o “segredo da abelha”), por ter sido eliminadoum dente no carreto de accionamento! Nesse instante,de curta paragem, cai o cortante sobre a barra e repete-se o ciclo, em cada 360 graus de rotação do veio queactiva a guilhotina; esta sobe lentamente e cai num golpepreciso, graças à forma de rolete excêntrico, com um“dente-de-serra” na periferia, de que resulta a descargabrusca e o corte.

Como complemento de maior rigor e exigência deperfeição, para que a fita fique plana, impecável, passapreviamente por uma “fieira”, ou plano de rectificação,estirando-a, e logo que no rolo, a ponta interior da fitachega ao fim, descai o patim de um micro-switch, quedesliga o motor e pára o trabalho!

João Dias Caninas

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ABRIL DE 2012 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 9

haja

SAÚDE

Mónica Santo(Dietista)

Alexandra Fernandes(Médica de família)

Jogos Olímpicos

*Membro da Academia OlímpicaEx-Secretário Geral da Academia Olímpica de Portugal

(Nota: O autor escreve de acordo com a antiga ortografia)

INTOLERÂNCIA À LACTOSE

Aintolerância à lactosetraduz-se naincapacidade de digerir

a lactose (açúcar do leite)devido à ausência ou quantidadeinsuficiente de enzimasdigestivas.

Para ser absorvida, a lactoseprecisa de ser hidrolizada nointestino por uma enzimaespecífica – a lactase. Estahidrólise não é mais do que aseparação da lactase emcomponentes mais pequenos: aglicose e a galactose. Estes sãoabsorvidos directamente para acorrente sanguínea edesempenham papéis distintosno organismo: a glicose éutilizada como fonte de energiae a galactose torna-se umcomponente de glicolípidos eglicoproteínas.

Se a lactose não for digeridapermanece inteira no intestinosem ser absorvida para acorrente sanguínea, o que podeprovocar a a drenagem de águapara o lúmen intestinal, que porsua vez resulta em diarreia.Simultaneamente, a lactoseinteira é fermentada porbactérias da flora intestinal que

produzem gás e ácidosorgânicos, podendo gerarsintomas de dor, inchaço eflatulência.

De acordo com a SociedadePortuguesa deGastroenterologia, cerca de umterço da população portuguesasofre de intolerância à lactose.

No entanto, há quedistinguir entre alergia eintolerância ao leite: Nasalergias o sistema imunitário éactivado, podendo qualquervestígio desencadear ossintomas. Na intolerância nãohá envolvimento do sistemaimunitário, os sintomas podemser evitados sem eliminar oslácteos.

O grau da intolerância évariável e, associado àquantidade de lactose ingerida,traduz-se em vários tipos:

- congênita – acontece logoapós o nascimento;

- que ocorre depois dedoenças intestinais (como adiarreia) – comum em criançasno primeiro ano de vida.Usualmente manifesta-se apósepisódio de diarreia infecciosa.

- diminuição progressiva da

capacidade de digestão dalactose – aparece gradualmentea partir dos dois anos de idadeaté a idade adulta. Diarreia,excesso de gases e dorabdominal são as queixas maisfrequentes. O tratamento exigea substituição dos alimentosque contêm leite.

De todos os lacticínios osmais tolerados são os iogurtesque têm lactobacilos uma vezque estas bactérias produzem,elas próprias a lactasenecessária para decompor alactose.

COMA MAIS FRUTA E VEGETAIS

Um estudo científicomostrou que, empessoas com a mesma

idade, no grupo que comiagrandes quantidades de vegetaise fruta ocorriam 25% menosmortes que no grupo que ingeriapouco destes alimentos.

Isto deve-se essencialmenteao facto de que os vegetais e afruta reduzem a mortalidade pordoença cardíaca, por trombosee por cancro do intestino e dopulmão.

Além disso, a fruta e osvegetais contêm fibra, a qualajuda no funcionamento dointestino, prevenindo a prisãode ventre e a diverticulose.

Aqueles alimentos contêmtambém vitaminas e mineraisnecessários para um organismosaudável.

Mais, os vegetais e a fruta,apesar de terem muito poucagordura e poucas calorias, dão asensação de saciedade. Tudo istoajuda a controlar o peso.

Uma alimentação saudável

deve incluir pelo menos 5porções de fruta e vegetais pordia. Mas, idealmente, 7 a 9!

Uma porção de vegetaisserá um prato de sopa delegumes, uma tigela de saladaou uma chávena de legumescozidos.

Uma porção de fruta podeser uma peça de fruta grande(maçã, laranja, banana,pêssego, uma talhada demelão…) ou duas peças de frutamais pequenas (clementinas,ameixas, nêsperas…) ou umachávena de uvas, cerejas oumorangos ou um copo pequenode sumo natural.

*Como fazer para aumentar

o consumo destes alimentos tãosaudáveis?

Aqui ficam algumas dicas:- Coma sopa de legumes às

refeições principais;- Acompanhe os pratos com

salada ou legumes cozidos novapor;

- Coma fruta no final e no

intervalo das refeições;- Beba sumos naturais.

*Quem come vegetais e fruta é,em geral, mais saudável e vivemais tempo. E ainda fica maiselegante!Se é assim, vamos lá mudar dehábitos, estimado(a) leitor(a)!

Quem avisa seu amigo é.

MUSEUS OLÍMPICOS- Lausanne, Londres e Lisboa -

David Sequerra*

Atão pouca distância dos Jogos Olímpicos de Londres, os “maiorais” da capital britânica, soba égide dos ideais do Olimpismo, deram a saber que, em 2014, a cidade do “Big Bem” vaicontar com mais um museu – o de designação de Olímpico, reunindo em edifício bem situado

o espólio de memória de 3 realizações dos Jogos, em 1908, 1948 e 2012.Três J. O. e “record” de que Londres pode e deve ufanar-se. Supera assim, daqui por três meses,

a repartida honraria com Paris e com Los Angeles, que levaram a peito 2 Jogos (em 1900 e 1942 eem 1932 e 1984, respectivamente).

Daí o enorme interesse de que se revestirá o Museu Olímpico de Londres, a inaugurar daqui apouco mais de 2 anos.

Vem a talhe de foice relembrar que a cidade sede do C.O.I. (Lausanne) possui um magníficoMuseu, notável sonho realizado pelo Presidente Samaranch, nos finais do século XX.

Também se afigura oportuno referir que Lisboa, através do Comité Olímpico de Portugal,mantém, sob animadora perspectiva, a concretização de um sonho de algumas décadas: ter um MuseuOlímpico no terreno anexo à sede do C.O.P., na Ajuda.

O espólio acumulado promete qualidade e o empenho do actual Presidente do COP, Comte JoséVicente de Moura é uma garantia de plena credulidade.

*

Os domínios da Museologia são amplos e indiscutivelmente progressivos. Não se confinam,longe disso, às memórias olímpicas que evocamos. Que o diga a rica região beirã de Vila Velha

de Ródão a Castelo Branco… Por isso esperamos - todos nós! – que a louvável iniciativa já pensadana Vila sobre esta matéria atinja bons resultados, enquanto se espera o prometido “boom” olímpicoem Londres – 2014.

Museu de Lausanne

DAVID SEQUERRA

Onosso estimado colaborador eamigo David Sequerra acaba depublicar o seu 3º. livro com

histórias africanas vividas “(e sofridas,por vezes)” nas suas mais de 30 viagensem terras de África, ao serviço do idealolímpico. Episódios saborosíssimos,escritos, aliás, com a mesma simplicidadee idêntica objetividade a que nos habituouno espaço sobre Olimpismo que,mensalmente, inscreve no nosso Jornal.

Idealista militante e polivalente,formou-se em diversificadas e assazinteressantes áreas académicas, o que lhepermitiu aceder profissionalmente a umainvejável multiplicidade de ofícios emque empregou os seus talentos e saber,entre os quais o mester de Jornalista, quecontinua a praticar como voluntário e quemuito nos honra.

O Dr. Sequerra é um dos mais antigosmembros do Comité Olímpico de Portugal(C.O.P.), tendo sido Secretário-geraldurante cerca de 10 anos.

O prefácio do MUKEA, (títulotransposto de uma qualquer línguaafricana) é da autoria do Presidente doC.O.P., Comte Vicente de Moura e aapresentação do livro, realizada na vetustasede do Comité Olímpico, com a presençade dezenas de familiares e amigos, coubeao conhecido e categorizado jornalistadesportivo Mário Zambujal, tendo sidofeitas leituras de duas das estórias pelodiácono Jonas Cardoso da igreja daCorredoura (Castelo de Sesimbra) de queo autor é paroquiano e pelo Coronel Telo,um ex-Pilão(1), tal como o autor.

(1)Aluno do prestigiado InstitutoMilitar dos Pupilos do Exército

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ABRIL DE 2012O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO14

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Page 11: ANO XXIX- Nº. 355 Mês de Abril de 2012 O CONCELHO DE VILA ...€¦ · a edição do nosso jornal de Agosto de 1991, dávamos conta da capacidade técnico-profissional do nosso conterrâneo

ABRIL DE 2012 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 11

E se a Igreja Católica “deixar cair” o feriado de 15 de Agosto?ALDEIA DE VILAS RUIVAS NÃO VAIALTERAR AS TRADIÇÕES DOS FESTEJOSEM HONRA DE N.ª SENHORA DO CASTELO

Quando em Janeiro do corrente ano, Governo e parceiros sociais discutiram as alterações ao Códigodo Trabalho, o Ministro da Economia, Álvaro dos Santos Pereira, afirmava à comunicação social

que “ confirmava a eliminação de quatro feriados, dois civis e dois religiosos, escusando-se a afirmarse a medida entraria já em vigor este ano.

O acordo assinado entre o Governo, a UGT e as confederações patronais referia que seriam eliminadostrês ou quatro feriados, uma intenção que se traduziu em lei no documento final aprovado e que ditouas alterações ao Código do Trabalho.

Os quatro feriados que os portugueses veriam reduzidos são o de Corpo de Deus, em Junho (feriadomóvel), 15 de Agosto, 5 de Outubro e 1 de Dezembro, aliás , como constava do projecto, tendo a últimapalavra, a Igreja Católica, quanto aos feriados religiosos.

Aqui nasce efectivamente a grande discórdia no seio na Igreja, entre o Patriarcado Português e oVaticano, nomeadamente quanto a “deixar cair” o 15 de Agosto. O Vaticano prefere que um dos doisferiados religiosos a cair seja o 1 de Novembro e não o 15 de Agosto, como sugeriram os bisposportugueses.

Em Roma, a inclinação seria mais para deixar cair o 1 de Novembro em vez do 15 de Agosto.Cartas de meios católicos e as declarações do presidente do Governo Regional da Madeira, João Jardim,que disse que manteria o feriado de 15 de Agosto, “por respeito para com os madeirenses”, terãocontribuído para a actual orientação do Vaticano. Mas há outros argumentos. E esses argumentos vêmde um pouco por todo o lado no nosso País, com os párocos e alguns bispos a discordarem publicamentede se deixar cair o feriado de 15 de Agosto. De acordo com os mesmos, “ o dia 15 de Agosto, é portradição secular, um dia de romaria e de festejos católicos, pelos quatro cantos do nosso País, ondemilhares de emigrantes estão presentes nesses festejos, pelo que não existirá justificação nenhuma,para se deixar cair o feriado do dia 15 de Agosto”. Inclusivamente, o próprio Papa Bento XVI, já estariasensibilizado para não deixar cair esse dia de grande tradição católica em Portugal, pelo que, o processoregrediu neste momento, acreditando-se de que, efectivamente, a Igreja em Portugal deixará cair o 1ºde Novembro, e não o 15 de Agosto, perante a contestação verificada um pouco por todo o lado nasparóquias em Portugal.

A partir do momento em que a Aldeia de Vilas Ruivas, no nosso concelho, soube destas primeirasnotícias, a tristeza começou a pairar em muitos dos seus habitantes, naturais e amigos, já que, o dia 15de Agosto, como se sabe, é o dia dos Festejos em Honra de Nossa Senhora do Castelo, os mais antigose tradicionais festejos do concelho de Vila Velha de Ródão. As hipóteses colocadas em cima da mesa,eram de alterar os festejos para o fim-de-semana mais próximo do dia 15 de Agosto, ou para outro fim-de-semana de Agosto. Na página do facebook do Grupo de Amigos de Vilas Ruivas, está uma merasondagem, em que os naturais e amigos da aldeia escolhem várias hipóteses quanto ao futuro dosfestejos. A resposta é quase unânime: com ou sem feriado do dia 15 de Agosto, a população, amigos enaturais da aldeia, “nem admitem outro cenário, senão manter as tradições da aldeia, e continuar arealizar as festas a 14, 15 e 16 de Agosto, como sempre foi tradição.”

Confrontada com esta situação, a Comissão de Festas do Grupo de Amigos de Vilas Ruivas-2012,teria uma palavra a dizer, e para Jorge Manuel Cardoso, membro dessa Comissão, a situação nunca foidúbia para a Comissão, já que “ jamais alteraríamos a data dos festejos, e eles vão mesmo acontecer a14, 15 e 16 de Agosto de 2012, com ou sem feriado”, adiantando ainda “ que se existe algo em queacreditamos e que nos envolve, são precisamente as tradições,os costumes e a História secular da nossaaldeia, que desejamos preservar e cuidar”, lançando ainda o repto para o futuro “ as comissões defestas devem manter a vontade de um povo, e se a vontade do povo de Vilas Ruivas, como se vê pelasondagem feita, é manter a tradição do 14,15 e 16 de Agosto, temos que ir de encontro aos seus desejos,não retirando dias, nem acrescentando, nem alterando datas e nada do que está feito há já muitos emuitos anos”.

Relativamente à organização dos festejos deste ano, Jorge Manuel Cardoso, acrescenta que “ jáestá tudo praticamente delineado quanto ao programa final, faltando ainda limar algumas arestas, nacerteza de que os festejos honrarão as tradições do nosso povo”, lamentando no entanto “ a criseeconómica que devassa o nosso País, desejando que , esse seja um motivo ainda mais forte para que opovo e todos os rodenses amigos da aldeia, se unam em torno desta Comissão, comparecendo e ajudandoos festejos, já que os apoios externos vão ser reduzidos para metade do que tem sido habitual em anosanteriores”.

ACTIVIDADES REALIZADAS NOGRUPO DE AMIGOS DE VILAS RUIVAS

CARNAVAL FESTEJADO NA RUA E NA SEDE DA ASSOCIAÇÃO

No dia 21 de Fevereiro, o Grupo de Amigos de Vilas Ruivas levou a efeito o seu já habitual convíviode Carnaval, com um almoço na sede da Associação, que juntou muitas dezenas de convivas, para

o já habitual “almoço tradicional de borrego”, que ocorre todos os anos. Para animar a aldeia, o Grupode Percussão Toc&Rodão,do Coxerro, muito bem e originalmente vestidos a rigor da època, animou asruas da aldeia, num dia de saudável convívio entre todos os participantes, e onde não faltou até ostradicionais jogos populares, como o jogo da sueca e de matraquilhos.

RETALHOS DO FADO

A31 de Março, o Grupo de Amigos de Vilas Ruivas levou a efeito a 2ª Edição “ RETALHOS DOFADO”.

Depois do êxito organizativo de 2011, a Aldeia e a sede da Associação voltou a encher-se deconvivas e de amantes do fado. O dia começou logo com um almoço de confraternização na sede daAssociação, terminando à noite com um jantar e com a edição deste ano dos “Retalhos do Fado”, numasoberba actuação dos intervenientes que a todos cativaram.

Uma sala magistralmente decorada para o efeito, num espectáculo que fez as delícias das muitasdezenas de amantes do fado presentes neste evento.

De parabéns estão todos os intervenientes, desde a organização, até aos participantes neste eventomagnífico que a todos cativou, e até ao público , que aplaudiu de pé e pediu “bis” às actuações verificadas.

Sem dúvida, um evento que começa a criar raízes no nosso concelho, organizado soberbamentepela Grupo de Amigos de Vilas Ruivas, num dia e numa noite inesquecível para todos.

OS “QUINTAROLAS” FESTEJARAM MAIS UM ANIVERSÁRIO

OGrupo de Música Popular Portuguesa “Os Quintarolas”, de Vilas Ruivas festejaram o seu 7ºaniversário a 7 de Março.

Um Grupo que continua a animar e a desenvolver um grande trabalho cultural e de pesquisa no nossoconcelho, sempre presente em festejos e eventos para o qual é solicitado, nomeadamente, organizados pelaCâmara Municipal e Junta de Freguesia de Vila Velha de Ródão, Santa Casa da Misericórdia e outrasinstituições. Os Quintarolas têm também a seu cargo, o desenvolvimento da secção cultural e recreativa doGrupo de Amigos de Vilas Ruivas, tendo como principais dinamizadores, Rui Marques e Nuno Mendes, queao longo destes anos, têm organizado eventos e iniciativas brilhantes na aldeia de Vilas Ruivas, que têmlevado até à sede da Associação e às ruas de Vilas Ruivas, centenas e centenas de naturais e amigos da aldeia,bem assim como de muitos rodenses, sempre satisfeitos com essas iniciativas.

Para além destes aspectos, os Quintarolas têm actuado um pouco por todo o País, levando bem longe onome de Vilas Ruivas e do concelho de Vila Velha de Ródão, também já com muitas participações emespectáculos organizados pela RTP-1 e pela SIC, onde têm alcançado sempre grande sucesso.Aos Quintarolas, os nossos sinceros parabéns, desejando que o Grupo continue a desenvolver este trabalhoem prol do Grupo de Amigos, da Aldeia de Vilas Ruivas e de todo o nosso Concelho. Mais iniciativas seaproximam para esta Primavera/Verão em Vilas Ruivas, capazes de trazer àgua na boca a todos os que nelascostumam participar.

IMPRESSIONANTE O NÚMERO DE TURISTAS NOCASTELO E ERMIDA DE NOSSA SENHORA DO CASTELONESTA QUADRA PASCAL

Um rodense mais desatento não imagina e nem sonha com o número de turistas que passaram peloCastelo , Ermida de Nossa Senhora do Castelo e toda a zona envolvente, nesta quadra pascal.

O nosso jornal escolheu dois dias distintos para se deslocar ao local: Sexta e Sábado de Páscoa. Emambos os dias, entre as onze e a uma hora da tarde. Ficámos perplexos com o número de turistaspresente naquele local. Já na subida à serra, tivémos oportunidade de assistir a imensos carros paradose pessoas a circular de máquinas de filmar e fotográficas em punho, a adivinhar o que encontraríamoslá em cima, na zona envolvente do Castelo.

E realmente encontrámos muita gente a visitar aquela zona, ex-líbris do concelho. Quando passámospelo parqueamento existente(lotado e com um autocarro de excursão),adivinhava-se o que íriamosencontrar mais à frente: Uma autêntica romaria de turistas ( muitos estrangeiros), a visitarem aqueleimponente local.

Nos dois dias, foi uma autêntica correria ao alto da serra, certamente de turistas que levaram paracasa aquelas paisagens ímpares e por demais elogiadas, como tivémos oportunidade de ouvir. Casa vezmais alindado e com mais informação prestada pela nossa Câmara Muncipal, o Castelo e a Ermida deNossa Senhora do Castelo, é sem sombra de duvidas, a sala de visitas do nosso concelho, o que nosobrigará ainda mais, a apostar naquela paradisiaco lugar.

PRÓXIMAS ACTIVIDADES A REALIZAR PELO GRUPODE AMIGOS DE VILAS RUIVASIV PASSEIO PEDESTRE DO GRUPO DE AMIGOS DE VILAS RUIVAS

Realiza-se a 6 de Maio (data a confirmar ainda na sede da Associação), o IV Passeio Pedestre doGrupo de Amigos de Vilas Ruivas, onde uma vez mais se aguarda um grande número de

participantes.Uma iniciativa e organização que vai ganhando raízes no concelho de Vila Velha de Ródão, já que

os percursos escolhidos têm sido de uma inigualável beleza, deixando os convivas imensamente satisfeitoscom o que os seus olhos vêem nos percursos escolhidos.

A todos aqueles que desejam participar neste evento, estejam atentos à página do Grupo de Amigosde Vilas Ruivas no Facebook e também ao site da aldeia em: www.vilasruivas.blogspot.pt, ondebrevemente serão dados todos os detalhes da organização.

EXCURSÃO ANUAL DO GRUPO DE AMIGOS DE VILAS RUIVAS

Também para Maio, está prevista mais uma excursão do Grupo de Amigos de Vilas Ruivas (em dataa confirmar), onde já se encontram as inscrições abertas. Uma excursão até Barca D‘Alva, com

um passeio de barco pelo Rio Douro. A direcção do Grupo de Amigos de Vilas Ruivas apela a que todosfaçam a sua atemptada inscrição antes que esgote, já que o número de inscrições é limitada. Umaexcursão e um convívio que promete, e com mais informações brevemente na página do Grupo deAmigos de Vilas Ruivas no Facebook e também no site da aldeia em: www.vilasruivas.blogspot.pt,onde brevemente serão dados todos os detalhes da organização.

NO PRÓXIMO DIA 3 DE JUNHO

8ª FESTA DA SARDINHA E 5ª EDIÇÃO DO “ MALGAS”ENCONTRO NACIONAL DE MÚSICA TRADICIONALPORTUGUESA, EM VILAS RUIVAS.

O Grupo de Amigos de Vilas Ruivas leva a efeito a 3 de Junho, no Largo Principal da Aldeia, a 8ªFesta da Sardinha e em simultâneo, a 5ª Edição do “Malgas-Encontro Nacional de Música Popular

Portuguesa.Ao final da tarde realiza-se a Festa da Sardinha, iniciativa que tem levado até Vilas Ruivas, centenas

de convivas, com a boa sardinha assada, sempre apetecida num prato típico português.Ao início da noite, também no Largo Principal, realiza-se a 5ª Edição do Malgas. Esta organização

já faz parte dos eventos mais apetecidos do concelho de Vila Velha de Ródão, já que, e de ano para ano,são cada vez mais aqueles que se deslocam até Vilas Ruivas para assistirem à actuação de váriosgrupos nacionais de música popular portuguesa, apadrinhados pelo Grupo Musical de Vilas Ruivas, osQuintarolas, que têm a seu cargo, a organização deste evento.

Mais um dia que promete, e que certamente os rodenses não vão uma vez mais perder à semelhançade anos anteriores.

Várias bandas vão passar pelo palco instalado no Largo Principal de Vilas Ruivas, “num hino” àboa música tradional que se vai fazendo em Portugal.

Brevemente será divulgado o cartaz completo deste evento, que mais uma vez muito promete emVilas Ruivas e no concelho de Vila Velha de Ródão.

Jorge Cardoso

ALDEIA DE VILAS RUIVAS

Page 12: ANO XXIX- Nº. 355 Mês de Abril de 2012 O CONCELHO DE VILA ...€¦ · a edição do nosso jornal de Agosto de 1991, dávamos conta da capacidade técnico-profissional do nosso conterrâneo

ABRIL DE 2012O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 12

NOTÍCIAS DE SARNADAS DE RÓDÃO

EXPOSIÇÃO DE TRAJES ANTIGOS

CAÇADORES E AGRICULTORES CONVIVEM

OS JOSÉS CONVIVEM

DIA DO PAI

D ia 7 de Abril o ranchofolclórico desta freguesia,organizou uma exposição de

trajes antigos sendo possível observaralguns objectos com mais de 1 séculode existência. Esta exposição foipossível graças ao envolvimento dadireção do rancho folclórico que tevea colaboração dos habitantes dafreguesia que emprestaram os trajes, eoutros objectos, para que fosse possívelconcretizar este magnifico evento,sendo uma mostra dos trajes que os seusantepassados utilizavam nos trabalhose festividades típicas das Sarnadas .

No dia da inauguração o salão domuseu do azeite, desta freguesia, foipequeno para receber tantos visitantes,entre as quais se encontrava a Srª. Drª.Maria do Carmo Sequeira, Presidenteda Camara Municipal de Vila Velha deRódão que atenciosamente observou osobjetos expostos.

Foi ainda possível assistir à atuaçãodo rancho que encantou com variasdanças e cantares populares, efinalmente foi oferecido um lanche a

todos os presentes.A exposição esteve presente

durante uma semana, sempre aberta aquem a quisesse visitar, sendo de

realçar a presença de alguns gruposescolares. De louvar mais estainiciativa de interesse para todos oshabitantes e visitantes.

Foi no “ Café o Adro “, que cerca de 4 dezenas de homens se reuniram num jantarpara a comemoração do “Dia do pai”.O jantar começou com entradas variadas e uma ementa bastante completa , que se

prolongou pela noite dentro .Foi um alegre convívio entre todos os presentes e da qual os pais se orgulhavam.No final do belo jantar convívio a gerência do café o adro ofereceu a cada um dos

pais uma lembrança alusiva àquele dia .

No dia 24 de Março cerca de duas dezenas de Josés desta freguesia organizaramum almoço convívio, este ano realizado na “Taberna da estação” “ .

O almoço constou de entradas variadas e cabrito assado no forno . Entre os Josésencontravam-se alguns assinantes do jornal do concelho . Que para o ano a festa serepita com a mesma atenção.

No dia 15 de Abril a Associação de Caçadores de Sarnadas reuniu em assembleiageral ordinária no salão polivalente da junta de freguesia, tendo como objectivo

principal a apresentação e votação do relatório e contas do exercício do ano anterior,alémde outros assuntos de interesse para a associação. Foi ainda nomeada a mesma direcção,até agora em funções.Concluída a assembleia geral, a direção ofereceu um almoço aos vários agricultores alipresentes, nada faltando desde o convívio e a boa amizade entre todos.

Pereira da CostaTRADIÇÕES DA SEMANA SANTA

EM IDANHA-A-NOVA

Manuel Rodrigues &Herdeiros, Lda.

Fábrica: Rua de Santana, 806030-230 - Vila Velha de RódãoTel.: +351 272 545 137Fax: +351 272 545 153

ODr. António Silveira Catana, nosso estimadoassinante e colaborador eventual, volta à divulgaçãodos aspetos do viver da sua terra natal, Idanha-a-

Nova, onde reside e onde exerceu, com elevado saber ecompetência, o seu mester de professor. Desta feita, emparceria com Hélder Freire e com prefácio de D. ManuelClemente, Bispo do Porto, divulgando os MISTÉRIOS DAPÁSCOA que, tradicionalmente, se comemoram por todo oconcelho durante a Semana Santa e que, possivelmente, sãocaso único em Portugal.

A explicação para a continuidade destas tradições talvezse possa encontrar no isolamento a que o interior estevesujeito, situação que deu lugar a uma certa iliteraciaconservadora quanto aos usos e costumes. Mas, sem dúvida,é no enraizamento da fé cristã e na prática empenhada dosatos de culto que assenta a preservação da memória. Entreos obreiros deste percurso continuado será forçoso apontar oDr. Catana. Homem de uma fé inabalável, é também uminvestigador de rara sensibilidade para a temática religiosae, como tal, um estudioso profundo dos assuntos que trata. Aque acrescentamos: e uma grande paixão pela Beira Baixaem geral e, em particular, pela sua terra!

Entre os vários locais onde o livro tem sido apresentado,conta-se o Museu Nacional de Arqueologia José LeiteVasconcelos (curiosamente um estudioso da nossa Beira)instalado no vetusto Mosteiro dos Jerónimos

SABORES DE RÓDÃO (junto aocruzamento da

Celtejo)AMANHECER

O Amanhecerà conquista das Beiras

Mercearia Sabores de RódãoEstrada Nacional, nº. 18Vila Velha de Ródãowww.amanhecer.ptTel.: 272511197