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2 3O problema já se arrastava

há muito tempo bem diante daentrada principal do EscritórioCentral da empresa. Uma ruade grande movimento como aReal Grandeza torna-se sempreum risco para os trabalhadoresque precisam atravessar, che-gando ou saindo da empresa.

As alternativas eram poucas:ou os companheiros contavamcom a “boa vontade” dos moto-ristas que reduziam a velocida-de no local ou tinham que en-frentar o risco de atravessar nomeio dos carros em movimentoporque só havia sinais de trân-sito em locais distantes.

Em resumo, os riscos eramdiários e, nos horários de mai-or movimento, uma grande con-centração de pessoas quasetomava toda a calçada, prejudi-

Sinal de Trânsito

Mais segurança paraos trabalhadores.

Sinal de Trânsito

cando também os moradoresdo local que apenas estão cir-culando e ficam sem espaçopara passar.

O problema foi resolvido coma intervenção da ASEF e, pesso-almente, do companheiro Jordan.Um encontro com as instânciascompetentes no DETRAN e CET-RIO foi o suficiente para que fos-se encontrada uma solução queatendeu a todos.

No 10 de dezembro foi ins-talado um sinal luminoso bemdiante do portão principal doEscritório Central, com faixabem definida para os pedestresatravessarem.

Inicialmente desativado, ape-nas para alertar os motoristas,o sinal começou a funcionar nodia 12/12/2012 (quarta-feira). Opresidente da empresa, Sr. Flá-vio Decat, veio verificar pesso-almente mais esta garantiapara os trabalhadores. Na oca-sião, aproveitou para conversarcom os companheiros e ouviropiniões, garantindo que esta-rá sempre pronto para apoiariniciativas como esta, benefici-ando a empresa e seus empre-gados.

Ou seja, um pouco mais de

segurança para os companhei-ros, garantia para os morado-res da localidade e respeito àsnormas e leis do trânsito.

Todos ganharam com a me-dida e a ASEF fica contentecom isto.

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EnergiaRenovações

Haverá grandes cortesem Furnas?

Agora vamos fazer algumas comparações importantes.Em matéria divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo, em 03/11/2012, o especialista Roberto

Pereira D’Araujo, ex-conselheiro de Furnas e colaborador do grupo Ilumina, calcula que a estatalterá queda de 58% no caixa. Vejamos os números que ele apresenta em sua exposição:

Recentemente, em váriosjornais, revistas e canaisespecializados, temos vis-

to um debate muito interessantemostrando o Brasil como “recor-dista” no preço da energia elétri-ca. Aliás, esta foi a bandeira le-vantada desde o início dos deba-tes pela FIESP e por várias ou-tras entidades que reúnem as em-presas e empresários.

Entendemos que é um debateimportante e, desde já, reafirma-mos nossa posição anterior de queé preciso realmente uma reduçãonas tarifas de energia elétrica paraque o país continue crescendoeconomicamente, gerando empre-gos e reduzindo a pobreza. Des-de os primeiros debates abraça-mos esta idéia e levamos nossaposição no último ENTFU, apoian-do a carta preparada por sindica-listas e pela Federação Nacionaldos Urbanitários que também de-fendiam a redução das tarifas jun-to com a renovação das conces-sões no setor.

Mas gostaríamos de colocar al-gumas interrogações na formacomo vem sendo comparada aquestão das tarifas e, em parte,discordar de algumas conclusõesapresentadas.

Em primeiro lugar, acreditamosque está havendo uma precipita-ção quando alguns profissionaisescrevem sobre o tema tentandocomparar o preço das tarifas noBrasil com outros países, em es-pecial com países na Europa. Evamos explicar o motivo dessadúvida que levantamos.

Nosso primeiro destaque vemdo fato de que é difícil compararpreços de energia quando se tra-ta de matrizes tão diferentes. En-quanto o Brasil tem em sua ma-triz energética cerca de 75% deprodução hídrica, a França, porexemplo, tem em sua matrizmais de 76% em produção nu-clear. E, seguindo o mesmo ra-ciocínio, a Itália tem 78% da sua

O problema das tarifas de energia.matriz térmica e o Reino Unido70% também térmica.

O problema que levantamos é:como comparar preços de tarifascom uma diferença tão grande dematriz?

Vejamos algumas das nossasdúvidas:

1) uma usina como Belo Mon-te, para usar como exemplo umcaso que está sendo muito debati-do, exige um investimento direto de26 bilhões de reais pela concessi-onária que está construindo, semcontar com todos os outros gas-tos adicionais em indenizações,infraestrutura, etc. Em quanto tem-po será amortizado este investi-mento?

2) uma usina térmica, como asconstruídas na Espanha ou no Rei-no Unido, exige um investimentoque não chega, hoje, a um bilhãode reais. Em quanto tempo estevalor é amortizado?

3) uma usina nuclear de últimageração, como a que está sendoconstruída agora pelos EUA no es-tado da Geórgia, tem um custo de7 bilhões de dólares. Qual o tem-po de amortização desse investi-mento?

4) o total de energia gerado pelausina de Itaipu, em 2011 (92,2 mi-lhões de MWh), daria para abas-tecer toda a França por pouco maisde dois meses, o Reino Unido portrês meses e a Espanha por qua-tro meses. Como comparar esseinvestimento?

5) no caso da França, Japão,EUA e outros com elevada partici-pação da geração nuclear em suasmatrizes, ainda devemos conside-rar o baixíssimo preço do urânio nomercado, uma vez que as quanti-dades mundiais exploráveis sãomuito grandes e não oferecem ris-co de escassez em médio prazo.

A França tem 58 reatores nu-cleares em operação, um que estásendo construído em Flamanvillee outro que está projetado para serconstruído em Penly. O consumo

total mensal na França é poucomais de 7,5 milhões de MWh.Com o preço do urânio tão baixo eo pequeno investimento (proporci-onalmente falando) da construçãode uma usina, a tarifa baixa estáexplicada.

Nos EUA funcionam 109 reato-res nucleares e no Reino Unido são35 reatores que geram um quartoda energia consumida.

Há outro fator a ser consideradoe que parece estar sendo despre-zado: a questão da transmissão.

Vejamos, por exemplo, o casoda França. A área total do país,543.965 Km2, é menor do que Mi-nas Gerais (588.384 Km2). No casoda Espanha (505.954 Km2) ou daItália (301.302 Km2) a diferença éainda maior. Qual o custo em linhasde transmissão nesses países?Quantas subestações são neces-sárias para manter a carga no sis-tema? Além disto, por se tratar degeração nuclear ou térmica, as usi-nas podem estar mais próximas ouaté dentro das cidades.

Agora, vamos comparar. Sepegarmos duas cidades extremasna França – Toulon e Calais – a dis-tância não ultrapassa 1.000 quilô-metros. Mas qual a distância per-corrida por uma linha de transmis-são de Furnas, por exemplo, deFoz do Iguaçu ao Rio de Janeiro?Qual o custo de manutenção des-sas linhas? E o investimento emtorres, subestações, etc.?

É claro que esses investimen-tos, ao longo do tempo, são amor-tizados. Mas cremos que é difícilfazer a comparação dos preços detarifas apenas em termos absolu-tos, sem considerar todos os ou-tros fatores envolvidos.

Certamente continuamos a de-fender a redução das tarifas no Bra-sil, mas usando outros argumen-tos. Nossa preocupação é com amelhoria de vida dos trabalhadores,com a redução da pobreza e doabismo social que recebemos deherança.

As consequências das recen-tes medidas provisórias do go-verno federal para resolver o pro-blema da renovação das con-cessões e da redução das tari-fas de energia – MP577 eMP579 – são motivos de muitasdúvidas sobre o futuro das em-presas do setor.

Pelo que já foi analisado pe-los economistas e técnicos, arealidade é que teremos umasignificativa redução no

faturamento das empresas e queisto pode trazer um período demuita dificuldade para os traba-lhadores.

Em matéria publicada no jor-nal Folha de São Paulo, em 07/11/2012, o presidente daEletrobrás, José da Costa Car-valho Neto, disse que a sua em-presa vai perder o equivalente aR$ 8,5 bilhões em receita, já em2013, como resultado do cortedas novas tarifas de geração e

transmissão proposto pelo go-verno. Em matéria publicada nojornal Valor Econômico, em 13/11/2012, a Eletrobras volta a fa-lar em “efeitos devastadores” edá novos valores dizendo que oprejuízo chegará a R$ 11,146bilhões! Segundo o presidenteda empresa, na mesma entre-vista, já está em andamento umprograma para enxugar o qua-dro de pessoal, hoje com 28 milfuncionários.

1) o faturamento de Furnas com energia, em 2011,foi de R$ 4,8 bilhões (valor aproximado);

2) a receita de Furnas com a transmissão, em 2011,em valor aproximado, foi de R$ 2,1 bilhões;

3) a estimativa do novo faturamento em energiacom 45% remunerados a O&M (R$ 5,12/MWh) ficaráem R$ 2,3 bilhão (valor aproximado);

4) isto equivale a uma perda de R$ 2,5 bilhão/ano.Em números rápidos, Roberto D’Araujo mostra a diferençade receita de Furnas: em 2011 R$ 6,9 bilhões;em 2013 R$ 2,9 bilhões, uma redução equivalente a 58%.

O fato concreto é que, mesmo com algumas diferenças nessesnúmeros, para mais ou para menos, a situação requer muita reflexãopor parte dos trabalhadores e das suas entidades representativas.Podemos estar diante de um ano muito difícil e de graves ataquesaos nossos direitos já conquistados.

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EconomiaEconomia

O aumento da compe-titividade da economiabrasileira tem sido

objetivo almejado pelo setor pro-dutivo nacional e a infraestrutura éum setor-chave para a obtençãode sucesso nesse propósito.

Nesse sentido, graças à re-dução de encargos e à renova-ção das concessões de gera-ção e transmissão, a MP 579traz condições de proporcionaruma redução média da tarifa deenergia elétrica da ordem de20%, colaborando para melho-rar a competitividade da econo-mia.

O Brasil tem uma condiçãocompetitiva ímpar no setor elé-trico. A vantagem da matriz elé-trica nacional em relação à deoutros países reside na predo-minância da hidreletricidade,que além de ser uma fonterenovável, é gerada por usinascom longa vida útil. No Brasil há,

A energia elétrica e aeconomia brasileira

Mauricio Tolmasquim

atualmente, muitas delas queestão operando há bem maisque 50 anos.

O custo principal de uma hi-drelétrica é o investimento ini-cial em construção; já o custode operação e manutenção érelativamente baixo. Portanto,uma vez amortizado seu inves-timento inicial, as usinas pas-sam a gerar energia a um customuito abaixo das demais fontesde energia. A diferença entre opreço de mercado da energiagerada e o seu respectivo cus-to de produção cria o que oseconomistas chamam de rendadiferencial. No caso das hidre-létricas já amortizadas, a dife-rença entre o preço de merca-do e o custo de produção tempermitido à concessionária ga-nhar uma “renda extraordinária”.

Pela legislação vigente, osativos concedidos voltam paraa União para serem licitados aofim da concessão, momento noqual, na sua grande maioria, jáestarão amortizados. Aprovei-tando-se da proximidade do fim

de um grande número de con-cessões de usinas hidrelétricase linhas de transmissão, o go-verno resolveu antecipar para2013 seus efeitos. Na propos-ta feita por meio da MP 579, éo consumidor que passa a sebeneficiar dessa “renda hidráu-lica” em prol do aumento dacompetitividade da economiabrasileira.

Para isso, o governo indicoua possibilidade de as conces-sionárias prorrogarem as con-cessões por mais 30 anos, co-locando como condição queelas aceitem o valor calculadode indenização pelos ativosnão amortizados e a tarifa cal-culada para garantir uma ope-ração e manutenção eficientedas usinas, além ainda, de as-segurar um lucro pelo serviçoprestado.

Pela proposta, as empresaspassarão por revisões tarifáriasperiódicas, o que permiterevisitar o equilíbrio econômico-financeiro da concessão. Alémdisso, quaisquer investimentos

de modernização deverão sersolicitados à Aneel e, uma vezautorizados, serão repassadosàs tarifas.

Para calcular o valor das in-denizações o governo utilizou oconceito de “valor novo de re-posição”, já conhecido do setor,pois vem sendo utilizado pelaAneel nos setores de distribui-ção e de transmissão. Por essemétodo, os ativos sãovalorados a preço de hoje. Noque tange à fixação das tarifasde geração, foi utilizadacomo referência uma efici-ência média de opera-ção. Assim, as conces-sionárias mais eficien-tes ganharão um prê-mio e as menos efici-entes terão um incen-tivo para reduzir “gor-duras”.

Ao governo coubeelaborar uma propostaque, sem macular contra-tos, permitisse simultanea-mente que as empresas nãoperdessem, a partir de 2015,parte importante de seus ativosde geração e transmissão eviabilizasse a redução do custoda energia para o país. Cabe,agora, a cada grupo econômi-co detentor de concessão degeração ou de transmissão comcontrato próximo a se encerrarfazer suas contas e tomar a de-cisão que considerar maisapropriada. Não está se impon-do a assinatura do novo contra-to nem se rompendo os existen-tes. Trata-se de uma decisão vo-luntária de cada agente, onde ogoverno oferece a possibilida-de de prorrogar a concessãode linhas e usinas que deveri-

am retornar para a União a par-tir de 2015, desde que aceitasas condições de remuneraçãoe indenização propostas. Asconcessões que não forem pror-rogadas neste ano serão licita-das quando do término do atualcontrato.

É importante mencionar que,fora as mudanças referentes àsconcessões vincendas, o mar-co regulatório, que tanto tem

atraído investidores para a ex-pansão do setor, continuainalterado. Assim, mesmo quealguns grupos econômicos te-nham uma redução de

lucratividade por conta da reno-vação da concessão ou da suadevolução para uma eventualrelicitação, isso não afeta aatratividade dos investimentosem novas usinas e linhas detransmissão.

Felizmente, um leque bastan-te grande de empresas tem par-ticipado dos leilões para a ex-pansão da produção e transmis-são de energia elétrica (no últi-mo leilão de compra de ener-gia, chegou-se a quase 500

projetos inscritos e habilita-dos das mais diferentes

fontes). Esse grande nú-mero de interessadosem investir no setorelétrico é fruto do mo-delo do setor elétricoimplantado em 2004,que assegura aosvencedores dos lei-lões contratos de lon-

go prazo (20 e 30anos) que são utilizados

como parte da garantiapara obter financiamentos

junto ao BNDES e outros ban-cos.

A MP 579 está em linha comuma série de medidas do go-verno (tais como a desoneraçãoda folha de pagamento, o Pro-grama Ciência sem Fronteiras,o incentivo à inovação), na di-reção de tornar a economia bra-sileira mais competitiva, dese-jo manifestado por todo o seg-mento produtivo nacional, e,com isto, assegurar as basesde sustentação para um cresci-mento vigoroso da economia nolongo prazo.

(Matéria publicada no ValorEconômico. São Paulo, 13 denovembro de 2012)

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Furnas InformeInforme

O Depar tamen toIntersindical deEstatística e Estu-

dos So-cioeconômicos(Dieese) divulgou neste mêsnota técnica com considera-ções do órgão sobre a Medi-da Provisória 579, que dispõesobre a renovação de conces-sões vincendas até 2017, daextinção e redução de encar-gos setoriais e da modicidadetarifária.

O documento de dez pági-nas chama a atenção para onovo contexto que será cria-do para companhias do setorelétrico a partir de 2013, emespecial para as estatais. Otexto ainda levanta duas preo-cupações: uma quanto àprecarização das condiçõesde trabalho criada pelo atualmodelo tarifário; e a segundasobre os efeitos da MP579 nomercado livre de energia. Naanálise, também consta umapreocupação quanto à utiliza-

ção do Valor Novo de Reposi-ção (VNR) como referênciapara indenizar ativos que nãoforam totalmente amortizadosou depreciados.

Segundo o Dieese, as prin-cipais conseqüências daMP579 ocorrerão nas empre-sas estatais. Deve ser desta-cado que 77% da transmissãoe 98% da geração que estáem discussão pertencem àsempresas sob controle dos go-vernos federais e estaduais.

A preocupação primeira,segundo o órgão, é quando alimitação de financiamento queessas companhias irão incor-rer com as diretrizes trazidaspela MP. “O primeiro problemaestá no fim da RGR. Esse en-cargo se transformou em umaimportante fonte de financia-mento do setor, especialmentedas empresas públicas queainda enfrentam restrições definanciamento no BNDES”,destaca o documento.

MP579: Redução da tarifanão pode inviabilizarelétricas, alerta Dieese

Em nota técnica, órgão demonstrapreocupação sobre os efeitos da MP,em especial nas empresas estatais

Por Wagner Freire

De acordo com os especi-alistas que realizaram a notatécnica, a situação se agravacom a previsão de redução dareceita dessas empresas, poisos ativos renovados estarãocondicionados a recebercomo remuneração apenas oscustos de operação e manu-tenção. Sem falar que a MPantecipou para 2013 a reno-vação de ativos que, em al-guns casos, só teriam seuscontratos findados daqui a cin-co anos. Como contrapartida,o governo garante que vai in-denizar todos os ativos nãoamortizados e não deprecia-dos, levando em consideraçãoo VNR.

No entanto, no entendimen-to do Dieese, se prevalecercomo critério para indeniza-ção o VNR, é possível que aindenização seja a inferior aovalor contabilizado pelas em-presas.

Para os especialistas do ór-gão, o critério pode parecerjusto a princípio, mas “comoos ativos são de longa data,imaginar que o preço de aqui-sição de máquinas e equipa-mentos de décadas passadastenha preço equivalente aoatual é o mesmo que despre-zar toda a evoluçãotecnológica e de mercadoverificada no setor nos últimosanos”.

“Desse modo, quanto mais

o VNR estiver abaixo do valorde aquisição (registrado nosbalanços das companhias)maior será a diferença quedeverá ser absorvida nos ba-lanços das empresas comoprejuízo contábil”, alerta.

“Os efeitos sobre as empre-sas públicas devem seravalizados pelo governo, ten-do em vista que estas se cons-tituíram em grandes investido-ras no setor elétrico nos últi-mos anos. A redução da tarifanão pode incorrer no erro deinviabilizar as empresas sobpena de comprometer a pró-pria expansão do setor fazen-do com que as tarifas sejammais caras no futuro”, com-pleta.

DistribuiçãoO documento reforça as

previsões do mercado quantoaos ativos de distribuição al-cançados pela MP, que nãosofrerão grandes mudançaspor esse segmento já estar de-vidamente regulado pela Agên-cia Nacional de Energia Elé-trica (Aneel).

No entanto, traz pondera-ções quanto ao atual modelotarifário. “Sob o pretexto debusca de eficiência, as em-presas (de distribuição) sãoestimuladas pela Aneel à re-dução dos custos opera-cionais. Para a agência regu-ladora, empresa eficiente éaquela que tem custo

operacional abaixo doregulatório, independente daforma como se dá essa redu-ção. A conseqüência tem sidoa precarização das condiçõesde trabalho com parcos efei-tos sobre a tarifa”, critica.

Os especialistas do Dieesetemem que a partir do momen-to em que a Aneel passar aregular as tarifas de geraçãoe transmissão dos empreen-dimentos renovados, seja re-produzido o mesmo “modelode exploração dos trabalhado-res existentes nas empresasde distribuição”.

Quanto os impactos daMP579 no mercado livre, háainda uma previsão de redu-ção desse modelo decontratação de energia. “Aodestinar exclusivamente aenergia renovada para o mer-cado regulado haverá uma re-dução de preço neste merca-do contribuindo para a rever-são de clientes que haviammigrado para o mercado livre.Essa mudança pode reduzir otamanho do mercado livre, atu-almente em cerca de 30% dototal”, pondera o documento.

(Publicado no Jornal daEnergia, 31/10/12)

Para ler o documento doDieese na íntegra:

http://www.dieese.org.br/notatecnica/notaTec114concessoesSetorEletrico.pdf

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Belo MonteBelo Monte

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Belo Monte e os inimigos das estatais.

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Desde o anúncio da suaconstrução, a usina deBelo Monte vem sendo

alvo de críticas, ataques, protes-tos e muita bobagem escrita pelagrande imprensa.

Manipulando a opinião públi-ca, os eternos defensores dasprivatizações tentaram imporuma pauta liberal e, para isto usa-ram o seu principal arsenal: amídia. Saíram fabricandoinverdades e acusações contraBelo Monte, como se fossem osmais valorosos e aguerridos de-fensores do país e do meio am-biente. Recusam-se a ver queBelo Monte é fundamental para oBrasil e para que possamos darcontinuidade ao combate à po-breza. Belo Monte é um projetopara o futuro, um projeto que nosdará uma posição invejável dian-te da crise energética mundialque se aproxima.

Depois vendo que esse tipode ataque não atingia mais a opi-nião pública, passaram a defen-der, de uma hora para outra, osdireitos dos indígenas na região.De uma hora para outra os nos-sos grandes jornais descobriramque ainda há indígenas no Brasile passaram a defender seus di-reitos. Mas só no que se refere aBelo Monte, porque continuamvirando as costas para o queacontece com a tomada de ter-ras indígenas em Mato Grosso,Mato Grosso do Sul, Pará e ou-tros estados. Para os inimigos deBelo Monte só interessa os indí-genas afetados pela usina e namedida em que servem aos seusinteresses.

Mas não é somente este o

problema enfrentado pelo consór-cio que constrói Belo Monte.

No dia 10 de novembro de2012 a construção da usina so-freu mais um ataque violento: oSítio Pimental, uma das frentes deobras, foi alvo de vandalismo! Umgrupo formado por cerca de 30pessoas encapuzadas, armadascom pedaços de madeira e ame-açando os trabalhadores que iri-am participar da assembleiapara apresentação da propostafeita pelo CCBM à pauta de rei-vindicações do sindicato dos tra-balhadores sobre aumento sala-rial, sequestrou caminhões e ca-minhonetes, tentou impedir a sa-ída do canteiro de funcionários doturno do dia, destruiu instalaçõese objetos de propriedade da em-presa.

O grupo não se conteve e saiuquebrando computadores, me-sas, cadeiras e arquivos, além detentarem incendiar uma cozinhano local. De acordo com oCCBM, também foram depreda-das a farmácia e a lanchonete dolocal, saqueados seus produtose furtado o dinheiro dos caixas.

Por questões de segurança,na segunda-feira (12/11), o Con-sórcio anunciou a paralisaçãodas obras.

O grande problema é que adata-base dos trabalhadores deBelo Monte é novembro e estásendo negociado o novo AcordoColetivo de Trabalho. Atualmen-te, há cerca de 15 mil trabalha-dores contratados para atuaremnas frentes de obra, 12 mil dire-tamente pelo CCBM. A expecta-tiva é que o ápice decontratações aconteça em 2013,quando o empreendimento terá23 mil trabalhadores.

Em matéria publicada no jor-nal Valor Online, em 12/11/2012,o Sindicato dos Trabalhadoresnas Indústrias da ConstruçãoPesada e Afins (Sintrapav), querepresenta os trabalhadores naconstrução da usina de Belo Mon-te, negou qualquer tipo de rela-ção com os atos de vandalismoque paralisaram as obras. Pormeio de nota, o sindicato infor-mou que, após as assembleiasrealizadas no sábado, irá retomaras negociações nos próximos

dias. “Não concordamos comatos de algumas pessoas, quenão representam os trabalhado-res da construção pesada e nemintegram a categoria e que tempor objetivo tumultuar, prejudican-do, inclusive nossa negociaçãodo acordo coletivo de trabalho”,informou o sindicato. Segundouma fonte que atua na construçãoda usina, a violência em BeloMonte envolve a disputa entredois sindicatos: o Sintrapav e oConlutas, que brigam pelarepresentatividade dos 14 mil fun-cionários da hidrelétrica. Dispu-ta semelhante já prejudicou o an-damento das obras nas usinasdo rio Madeira, em Porto Velho(RO) onde, no início de abril, hou-ve incêndio e depredação de alo-jamentos de trabalhadores na

Usina Hidrelétrica Jirau.Na terça-feira (13/11) o jornal

Diário do Comércio e Indústriapublicou matéria dizendo que aPolícia Civil do Pará havia pren-dido cinco suspeitos de partici-parem do quebra-quebra. Deacordo com o superintendenteregional da Polícia Civil no Xingu,Cristiano Nascimento, as prisõesforam feitas a partir de fotos e fil-magens captadas por seguran-ças do Consórcio ConstrutorBelo Monte (CCBM). “Essas ima-gens nos possibilitaram identifi-car cinco pessoas que participa-ram desses atos de vandalismo.De início eles negaram qualquerparticipação, mas ao verem ovídeo mudaram de estratégia epassaram a ficar calados duran-te o interrogatório. Essa é uma

atitude típica de quem deve”, dis-se o delegado à Agência Brasil.

Segundo Nascimento, os cin-co presos são ligados à CentralSindical Popular (Conlutas). “Masainda é prematuro dizer que es-ses atos tenham sido premedita-dos pela entidade”, acrescentouo superintendente da Polícia Ci-vil.

As atividades já foram retoma-das no canteiro de obras da Usi-na, mas para nós fica a dúvida:quais serão as próximas açõesdos inimigos do desenvolvimen-to brasileiro?

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Aparentemente não háqualquer relação entre os dois temas, mas gos-

taríamos de externar algumasdúvidas para que os compa-nheiros possam nos ajudar apensar no futuro.

Pelo que sabemos, até aqui,a aprovação da MP579 vai cau-sa uma grande perda nofaturamento das empresas deenergia e Furnas, em média,pode ter uma redução de cercade 50% na sua receita. E, cer-tamente, isto vai exigir medidasde “adequação financeira” quepodem atingir nossos saláriose nossos empregos.

Para pensar no que isto poderepresentar em nossa Funda-ção, fomos buscar um caso re-cente e que ainda não caiu noesquecimento geral: a falênciado Fundo Aerus, mantido pelosempregados das empresasVarig e Transbrasil. Quando asduas empresas passaram a terproblemas financeiros e entra-ram em rota de falência, o Fun-do também passou por graves

MensagemFundação

A MP 579 e a FRG.problemas e não tinha maiscomo atender aos seus partici-pantes.

Em uma entrevista recente,concedida ao jornal OFluminense, em setembro pas-sado, o ex-comissário de bor-do da antiga Varig, PauloRezende, agora com 62 anos,classificou o caso do Aeruscomo “Uma tragédia silencio-sa”.

O Fundo foi criado em 1982com três fontes de custeio: aparticipação contributiva men-sal dos trabalhadores das duasempresas, a contribuição dasempregadoras (Varig eTransbrasil) e da União. Mas,com as dificuldades das duasempresas, o Fundo acabou fi-cando com um imenso rombo eincapaz de atender aos seuscontribuintes que iriam se apo-sentar. Mesmo os que já esta-vam aposentados foram dura-mente atingidos.

É ilustrativo o caso do comis-sário de bordo José CarlosBolongnese que havia contribu-

ído durante 20 anos para oAerus e, se tudo corresse comoesperado, estaria hoje comuma aposentadoria de R$ 3,2mil, líquidos. Com a quebra dasempresas, houve uma diminui-ção de até 92% no valor dosrendimentos pagos. Hoje elerecebe R$ 930,00 brutos do Pla-no e mais três salários mínimosdo INSS.

Os casos são muitos e estãobem ilustrados em jornais e re-vistas. Servem para pensarmosum pouco.

Em havendo realmente a es-perada queda de receita dasempresas estatais, com aconsequente reestruturação eredução dos quadros, como fi-carão nossos Planos? Qualserá o impacto dessas redu-ções na FRG e nas outras Fun-dações de nossas empresas?Quem está se debruçando so-bre o problema em busca deuma saída?

Não queremos ser alarmis-tas e nem pessimistas, mas éhora de pensarmos nisto!

Antes de tudo, agradecemospela sua iniciativa de nos enca-minhar suas preocupações esugestões. Nosso desejo é quetodos os que prestam seus ser-viços na empresa, sejam efeti-vos, concursados, terceiri-zados, prestadores de serviçosou portadores de deficiência fí-sica tomassem a mesma deci-são e mantivessem um diálogoconosco.

Por isto, vamos dar algumasrespostas para suas preocupa-ções e gostaríamos de ter suaatenção para alguns fatos.

Em primeiro lugar, responde-mos à sua pergunta dizendo quea ASEF também representa,sim, os empregados efetivosque entraram através de concur-so. Mas acontece que raríssi-mos são associados à ASEF!Enquanto uma Associação te-mos o dever de lutar por todosos associados da nossa entida-de, mas certamente que não

Uma importantecorrespondência.

Gratos pela sua mensagem e preocupaçãoJordan Drumond Pimenta

Diretor da ASEF

Na segunda-feira, dia 10 de dezembro, a ASEF recebeu uma importante correspondên-cia encaminhada pelo companheiro Sérgio Ricardo Valdozende Vieira de Mello.

Com muita propriedade, o companheiro fala do panfleto que fizemos para alertar a dire-ção da empresa sobre a situação dos companheiros terceirizados que ainda não haviamrecebido os ticketes acordados e pergunta-nos se a ASEF também defende os trabalhado-res concursados que prestam seus serviços na empresa.

Em seu documento ele questiona algumas irregularidades ainda existentes em relaçãoaos concursados e pergunta se a ASEF também representa esses companheiros.

Eis a nossa resposta para o Sérgio Ricardo e esperamos, sinceramente, que esses com-panheiros venham a se somar com a ASEF para, juntos, buscarmos a solução para os pro-blemas apresentados.

abandonamos as lutas geraisque envolvem mesmo os nãoassociados.

Por falar nisto, a ASEF já fez,sim, matérias sobre a situaçãodos concursados. Em nossojornal mensal (o Jornal daASEF) já tratamos do assuntoalgumas vezes e temos a con-firmação de que esse materialchegou às mãos da direção daempresa. Talvez você não o te-nha recebido porque o jornal éenviado apenas para os asso-ciados da ASEF.

Também sabemos que oSINTERGIA-RJ tem uma listacom os nomes dos concur-sados que estão tendo seus di-reitos desrespeitados e estápreparando uma ação judicial.Mas uma grande parte doscompanheiros concursadosnem tomaram conhecimento enão procuraram o Sindicato.

Ainda não fizemos um bole-tim específico e mais apro-fun-

dado sobre o problema porquenão contamos com o apoio dospróprios companheiros. É pre-ciso que os concursados seaproximem da ASEF, venhamdebater seus problemas esuas reivindicações, para quetenhamos informações concre-tas sobre os tipos de proble-mas e reivindicações do grupo.

Para dar um exemplo, recen-temente a ASEF fez um núme-ro especial do Jornal tratandoapenas dos problemas doscompanheiros portadores dedeficiência física que prestamserviços em Furnas. E pude-mos fazer isto porque os com-panheiros nos procuraram, vi-eram se reunir com a ASEF,elegeram um representante,etc.

Gostaríamos de manter estediálogo e esperamos que vocêvenha conversar com a ASEFmais vezes. Podemos fazereste trabalho, juntos.

Caro companheiro Sérgio Ricardo

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Medúla ÓsseaMedúla Óssea

A resposta pode ser encon-trada na página do Instituto Na-cional do Câncer (INCA). Trata-se de um tecido líquido-gelatino-so que ocupa o interior dos os-sos, sendo conhecida popular-mente por “tutano”.

Mas poucos conhecem a suareal importância, porque na me-dula óssea são produzidos oscomponentes do sangue: ashemácias (glóbulos vermelhos),os leucócitos (glóbulos brancos)e as plaquetas. As hemáciastransportam o oxigênio dos pul-mões para as células de todo onosso organismo e o gáscarbônico das células para ospulmões, a fim de ser “jogadofora”. Os leucócitos são os agen-

Vamos abraçar esta campanha?Você sabe o que é a medula óssea?

tes mais importantes do sistemade defesa do nosso organismoe nos defendem das infecções.As plaquetas compõem o siste-ma de coagulação do sangue.

Durante toda a nossa vida, amedula óssea se mantém emconstante atividade para produ-zir células sanguíneas, mas de-pende de abundante e contínuosuprimento de substâncias.

A parte interessante é que,quando nascemos, todos osnossos ossos contém medulacapaz de produzir sangue: amedula vermelha. Porém, com apassagem dos anos, a maiorparte da medula vai perdendosua função, sendo substituídapor tecido gorduroso que passa

a ser chamada de medula ama-rela.

Mas é importante não confun-dir: medula óssea não é a mes-ma coisa que medula espinhal.

A medula óssea é um tecidolíquido que ocupa a cavidadedos ossos, a medula espinhal éformada de tecido nervoso queocupa o espaço dentro da colu-na vertebral e tem como funçãotransmitir os impulsos nervosos,a partir do cérebro, para todo ocorpo.

Voltando ao assunto, no adul-to apenas alguns ossos continu-am exercendo essa função: ascostelas, o corpo das vértebras,as partes esponjosas de algunsossos curtos e das extremida-

des dos ossos longos dos mem-bros superiores e inferiores, as-sim como o interior dos ossosdo crânio e do esterno.

Os demais ossos do nossoesqueleto adulto só possuem achamada “medula amarela” e,portanto, não produzem sangue.Isto só vai acontecer em caso deuma anemia, por exemplo, quan-do parte dessa “medula amare-la” volta a produzir células san-guíneas.

A medula óssea pode ser atin-gida por diversas doenças, to-das de gravidade e que reque-rem cuidados.

A aplasia medular é caracte-rizada pela deficiência medular,ou seja, disfunção da medulaóssea, que pode ser moderadaou grave.

A síndrome mielodisplásica(SMD) que pode resultar emcitopenias (anemia, leucopenia,trombocitopenia) e há um alto ris-co de se transformar emleucemia mieloide aguda.

A Anemia Aplástica ouAplásica ocorre quando a me-dula óssea produz em quantida-de insuficiente os três diferentestipos de elementos figurados dosangue existentes: glóbulos ver-melhos, glóbulos brancos eplaquetas.

A leucemia que constitui umconjunto de neoplasias malignas(cancro/câncer) que atingem osangue e possuem origem namedula óssea.

Em 2012, no Brasil, o INCAestima que houve cerca de4.500 homens e 4.000 mulheres.Em 2010 a leucemia causou

cerca de 6000 vítimas. Aindasegundo o INCA, em 2008 ocor-reram no mundo cerca de 351mil casos novos e 257 mil óbi-tos por leucemia.

A leucemia mieloide aguda(LMA) é um câncer/cancro da li-nha mieloide dos glóbulos bran-cos que se caracteriza pela rá-pida proliferação de célulasanormais e malignas que nãoamadurecem, não desempe-nham sua função e ainda se acu-mulam na medula óssea, inter-ferindo na produção normal deoutras células sanguíneas. É otipo mais comum de leucemiaaguda que afeta adultos, e suaincidência aumenta com o enve-lhecimento.

A trombofilia ou hiperco-agulabilidade é a propensão dedesenvolver trombose (coágulossanguíneos) devido a uma ano-malia no sistema de coagulação.

E o transplante de medulaóssea?

É um tipo de tratamento pro-posto para algumas doençasque afetam as células do sangue,como leucemia e linfoma. Con-siste na substituição de umamedula óssea doente, ou defici-tária, por células normais demedula óssea, com o objetivo dereconstituição de uma nova me-dula saudável. O transplantepode ser com medula do própriopaciente ou com a medula de umdoador.

Quando é necessário otransplante?

Em doenças do sangue comoa Anemia Aplástica Grave,Mielodisplasias e em alguns ti-

pos de leucemias, como aLeucemia Mielóide Aguda,Leucemia Mielóide Crônica,Leucemia Linfóide Aguda. NoMieloma Múltiplo e Linfomas, otransplante também pode ser in-dicado.

Como é o transplante parao doador?

Antes da doação, o doadorfaz um rigoroso exame clínicoincluindo exames complementa-res para confirmar o seu bomestado de saúde. Não há exigên-cia quanto à mudança de hábi-tos de vida, trabalho ou alimen-tação. A doação é feita em cen-tro cirúrgico, sob anestesia, etem duração de aproximada-mente duas horas. São realiza-das múltiplas punções, com agu-lhas, nos ossos posteriores dabacia e é aspirada a medula.Retira-se um volume de medulado doador de, no máximo, 15%.Esta retirada não causa qualquercomprometimento à saúde.

Como é o transplante parao paciente?

Depois de se submeter a umtratamento que ataca as célulasdoentes e destrói a própria me-dula, o paciente recebe a medu-la sadia como se fosse umatransfusão de sangue. Essa novamedula é rica em células chama-das progenitoras que, uma vezna corrente sangüínea, circulame vão se alojar na medula óssea,onde se desenvolvem. Duranteo período em que estas célulasainda não são capazes de pro-duzir glóbulos brancos, verme-lhos e plaquetas em quantidadesuficiente para manter as taxas

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dentro da normalidade, o paci-ente fica mais exposto a episó-dios infecciosos e hemorragias.Por isso, deve ser mantido inter-nado no hospital, em regime deisolamento. Cuidados com a di-eta, limpeza e esforços físicossão necessários. Por um perío-do de duas a três semanas, opaciente necessitará ser manti-do internado e, apesar de todosos cuidados, os episódios defebre muito comuns. Após a re-cuperação da medula, o pacien-te continua a receber tratamen-to, só que em regimeambulatorial.

O que é compatibilidade?Para que se realize um trans-

plante de medula é necessárioque haja uma total compatibilida-de entre doador e receptor.Caso contrário, a medula serárejeitada. Esta compatibilidadeé determinada por um conjuntode genes localizados nocromossoma 6, que devem ser

iguais entre doador e receptor.A análise de compatibilidade érealizada por meio de testeslaboratoriais específicos, a par-tir de amostras de sangue dodoador e receptor, chamados deexames de histocompati-bilidade. Com base nas leis degenética, as chances de um in-divíduo encontrar um doadorideal entre irmãos (mesmo paie mesma mãe) é de 25%.

Doação de Medula ÓsseaO número de doadores volun-

tários tem aumentado expressi-vamente nos últimos anos. Em2000, existiam apenas 12 milinscritos. Naquele ano, dos trans-plantes de medula realizados,apenas 10% dos doadores erambrasileiros localizados noRedome. Agora há 2 milhões e900 mil doadores inscritos e opercentual subiu para 70%. OBrasil tornou-se o terceiro maiorbanco de dados do gênero nomundo, ficando atrás apenas

dos registros dos Estados Uni-dos (5 milhões de doadores) eda Alemanha (3 milhões de do-adores). A evolução no númerode doadores deveu-se aos in-vestimentos e campanhas desensibilização da população,promovidas pelo Ministério daSaúde e órgãos vinculados,como o INCA. Essas campa-nhas mobilizaram hemocentros,laboratórios, ONGs, instituiçõespúblicas e privadas e a socieda-de em geral.

Quantos hospitais fazem otransplante no Brasil?

São 61 centros para trans-plantes de medula óssea e 17para transplantes com doadoresnão-aparentados: Hospital deClínicas da Universidade Fede-ral de Minas Gerais, Real Hos-pital Português de Beneficênciaem Pernambuco, Hospital deClínicas da Universidade Fede-ral do Paraná, Hospital Univer-sitário Clementino Fraga Filho(UFRJ), INCA, Hospital das Clí-nicas Porto Alegre, Casa deSaúde Santa Marcelina,Boldrini, GRAAC, EscolaPaulista de Medicina - HospitalSão Paulo, Hospital de Clínicasda Faculdade de Medicina deRibeirão Preto (USP), HospitalAC Camargo, Fundação E. J.Zerbini, Hospital de Clínicas daUNICAMP, Hospital Amaral Car-valho, Hospital Israelita AlbertEinstein e Hospital Sírio Libanês.

Quantos transplantes oINCA faz por mês?

A média é de dois transplan-tes com doadores não-aparen-tados. Mensalmente são realiza-dos sete transplantes do tipoautólogo (de uma pessoa parasi mesma) e com doador apa-rentado.

Passo a passo para se tor-nar um doador

- Qualquer pessoa entre 18 e55 anos com boa saúde poderádoar medula óssea. Esta é reti-rada do interior de ossos da ba-cia, por meio de punções, e serecompõe em apenas 15 dias.

- Os doadores preenchem umformulário com dados pessoaise é coletada uma amostra desangue com 5ml para testes.Estes testes determinam as ca-racterísticas genéticas que sãonecessárias para a compatibili-dade entre o doador e o pacien-te.

- Os dados pessoais e os re-sultados dos testes são armaze-nados em um sistema in-formatizado que realiza o cruza-mento com dados dos pacien-tes que estão necessitando deum transplante.

- Em caso de compatibilida-de com um paciente, o doador éentão chamado para examescomplementares e para realizara doação.

- Tudo seria muito simples efácil, se não fosse o problema dacompatibilidade entre as célulasdo doador e do receptor. A

Medúla ÓsseaMedúla Óssea

chance de encontrar uma medu-la compatível é, em média, deUMA EM CEM MIL!

- Por isso, são organizadosRegistros de Doadores Voluntá-rios de Medula Óssea, cuja fun-ção é cadastrar pessoas dispos-

tas a doar. Quan-do um pacientenecessita detransplante e nãopossui um doa-dor na família,esse cadastro éconsultado. Sefor encontradoum doador com-patível, ele seráconvidado a fa-zer a doação.

- Para o doa-dor, a doaçãoserá apenas um

incômodo passageiro. Para odoente, será a diferença entre avida e a morte.

- A doação de medula ósseaé um gesto de solidariedade ede amor ao próximo.

- É muito importante que se-jam mantidos atualizados os da-dos cadastrais para facilitar eagilizar a chamada do doador nomomento exato. O formulárioonline está passando por atuali-zação e em breve voltará a serdisponibilizado.

Para mais detalhese sobre como se tornar um

doador, ver a página doINCA:

http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=64

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De uma hora para outra sur-giu, sabe-se lá como, uma pro-posta de fechar o Posto do Insti-tuto Félix Pacheco que funcionano Escritório Central de Furnas.

Preocupada com asconsequências de uma atitudedessas para os trabalhadores deFurnas e para toda a comunida-de de moradores do bairro, aASEF procurou conhecer melhorcomo funciona o Posto e quaisas consequências de uma me-dida assim.

Nossa primeira iniciativa foiconversar com quem entende doassunto e conhece bem o traba-lho realizado. Fomos encontrarcom o companheiro Paulo Sér-gio Montenegro da Silva, o

Isto seria um absurdo!

Félix PachecoFélix Pacheco

Paulinho, que trabalha no Postodesde 1990 e conhece muitobem todo o processo.

É claro que nossa primeirapergunta teria que ser: “por quequerem acabar com o posto”?

E o Paulinho nos respondeu,um pouco entristecido: “porque,segundo dizem, há necessidadede remanejar funcionários”!

Certamente que isto nos pre-ocupou ainda mais. Será que oPosto existente em Furnas ocu-pa tantos funcionários assim?Será que esses funcionários al-teram a estrutura de funciona-mento da empresa?

Foi neste momento que fica-mos ainda mais surpresos. Aotodo, o serviço do Posto ocupaapenas mais quatro funcionári-os, além do Paulinho!

Então, vamos conhecer me-lhor a situação.

Jornal da ASEF. Quando foicriado o Posto e como isto acon-teceu?

Paulinho. O Posto foi crian-do em Novembro de 1978 atra-vés de um convênio firmado en-tre Furnas e a Secretaria de Se-gurança Pública do Rio de Ja-neiro (SSP/RJ). Na época o IFPera subordinado à Secretaria eo posto de Furnas ficou lotadona Assessoria de SegurançaEmpresarial da empresa, rece-

bendo o número 97.Em 1999 o IFP deixou de ser

um órgão executor e passou aser consultor, sendo então cria-do o Departamento de Identifi-cação Civil (DIC). O nosso pos-to, então, recebeu o número 507.

Jornal da ASEF. E o Postoapenas trata de carteira de iden-tidade?

Paulinho. Não! Em um con-vênio firmado entre Furnas e oMinistério do Trabalho, em se-tembro de 1987, estamos tam-bém habilitados a emitir a Car-teira de Trabalho.

Jornal da ASEF. Mas o aten-dimento é apenas para os em-

pregados de Furnas e seus fa-miliares?

Paulinho. Não! Estamos ha-bilitados para atender a toda apopulação do Rio de Janeiro,em particular, por facilidade eproximidade, aos moradores dobairro.

O atendimento é rápido, compouco tempo de espera, cominstalações que oferecem certoconforto aos que nos procurame com uma equipe que já conhe-ce muito bem os seus serviços.

E tem uma vantagem extra: oscompanheiros de Furnas podem

agendar previamente atravésdos ramais 4954, 5106 e 5347.

Jornal da ASEF. E os equi-pamentos usados por vocês?

Paulinho. São todos equipa-mentos modernos, de última ge-ração, todo ele doado peloDETRAN.

Temos um scanner e acaba-mos com aquela coisa de sujaro dedo com tinta para tirar asdigitais e produzir a sua identi-dade. Também a fotografia éagora tirada na hora, “on line”.Tudo isto representa uma gran-de economia de tempo. A pes-soa já não fica “um tempão” paraconseguir sua Identidade. Todosnós ganhamos muito com isto.

Jornal da ASEF. Só por curi-osidade... Quem pode tirar Car-teira de Identidade?

Paulinho. Pouca gente sabe,mas é possível e legal tirar aCarteira desde o nascimento!Quando uma criança nasce,seus pais já podem tirar a Car-teira e aquele número recebido,ou seja, o seu Registro Geral(RG) será único e ele o usarápara o resto da vida! Uma crian-

ça recebe a Identidade com va-lidade até completar 18 anos epoderá ir ao Posto para reque-rer nova Identidade.

Jornal da ASEF. Quantosatendimentos vocês fazem noPosto?

Paulinho. Desde que foi cri-ado, o nosso Posto já entregoumais de 85.000 carteiras deidentidade e mais de 13.000Carteiras de Trabalho.

Em média, atendemos entre15 e 20 pessoas por dia, nosdois serviços. Seria uma penamuito grande parar este serviço.É uma grande contribuição deFurnas para a população que vaisentir a falta.

Nota da ASEF. Realmente, aASEF concorda com isto. Aca-bar com o posto de atendimen-to do IFP seria um crime come-tido contra os empregados deFurnas e contra a população dobairro.

Não há nada que justifiqueuma media assim. Não há“remanejamento de pessoal”que sirva de desculpa para taldesatino. Nós vamos cobrar isto.

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Aconteceu entre osdias 03 e 06 dedezembro, emBrasília, a 3ª Con- ferência Nacional

de Pessoas com Deficiênciapromovida pelo Coletivo Naci-onal dos Trabalhadores e Tra-balhadoras com Deficiência daCUT.

A Conferência foi dividida emquatro eixos temáticos (1 - Edu-cação, esporte, trabalho e rea-bilitação profissional; 2 - Aces-sibilidade, comu-nicação, transpor-te e moradia; 3 -Saúde, preven-ção, reabilitação,órteses epróteses; 4 - Segu-rança, acesso àjustiça, padrão devida e proteçãosocial adequados) e os deba-tes muito proveitosos com gran-de participação dos delegadospresentes.

Naira Rodrigues, represen-tante da CUT na comissãoorganizadora da Conferência,disse que o papel dosindicalismo é trazer a discus-são, com as especificidades eo acúmulo do segmento, paradentro das entidades. “E tam-bém das entidades para o seg-mento, pois é uma discussãoem duas vias que envolve umtripé: trabalhadores com defici-

Presidenta Dilma Rousseffesteve na Conferência.

Na quarta-feira, segundo diado encontro, a presidentaDilma Rousseff compareceu à3ª Conferência Nacional dosDireitos da Pessoa com Defi-ciência e, questionada pelos in-tegrantes do Fórum Nacionalde Educação Inclusiva, disseque “Nós somos a favor de edu-cação inclusiva para valer. So-mos também a favor das insti-tuições especiais. Uma coisanão exclui a outra”. E afirmouque o seu governo procura pro-mover a efetiva participação dasociedade nas discussões. “Aparticipação popular é paraisso. É para conferir se estátudo nos conformes”.

Dilma afirmou ainda que “umpaís que não dá oportunidadesiguais a pessoas com deficiên-cia não é um país nem civiliza-do nem desenvolvido”. “As pes-soas com deficiência têm umextraordinário potencial. Preci-samos nos preparar para ofe-recer oportunidades iguais a

DeficientesDeficientes

3ª ConferênciaNacional de Pessoas

com Deficiência

ência, mundo do trabalho e di-reitos humanos”, acrescentou.

E ela acredita que “a educa-ção inclusiva, vinculada comuma escola para todos, propor-cionará uma mudança de cultu-ra de que as pessoas deficien-

tes não podem falar por si mes-mas, nem deliberar ou gerenciarsuas vidas”. Deixou bem claroque o debate sobre a acessibi-lidade é fundamental para todaesta discussão, seja o acessoao trabalho ou à educação.“Não é, obviamente, uma ques-tão somente física, masmetodológica e de atitude. Épreciso garantir mecanismosde garantia de direitos, como alei de cotas”.

E, no caso da formação pro-fissional, ela citou a experiênciado Pronatec (Programa Nacio-

nal de Acesso ao Ensino Técni-co e Emprego) que tem vagasreservadas ao segmento. “Pre-cisamos fazer com que estasestratégias se efetivem, commaior investimento de recursospúblicos, pois a educação temum papel fundamental para a in-clusão. Necessitamos fazer umcontraponto à educaçãosegregadora, defendida peladireita”.

E ficou também aprovada acontinuidade da Campanha Na-

cional em Defesados Direitos dos(as) Trabalhadores(as) com Deficiên-cia lançada nacio-nalmente pela CUTem 2010. Na oca-sião foi feita acartilha “Direito ébom: Nós gosta-

mos e lutamos por ele!”.Esta cartilha vai ser atualiza-

da e um novo lançamento deveser marcado em breve. Além dis-to, mais dois textos estão sendoelaborados para conscientizaçãoe divulgação dos problemas daspessoas com deficiência física.Uma cartilha falando do desres-peito cotidiano com as vagas re-servadas especificamente àspessoas com deficiência e ummaterial explicativo sobre a Con-venção da ONU que trata dos di-reitos das pessoas com deficiên-cia.

Presidenta Dilma Rousseffesteve na Conferência.

todos os nossos cidadãos, epara lidar cada vez mais com adiversidade, saber convivercom o diverso, até porque onosso país é um país baseadona diversidade”, disse duranteo evento.

Ela falou também sobre oprograma do governo federal“Viver sem Limites”. Lançado háquase um ano, o plano visa in-vestir R$ 7,6 bilhões nas áreasde saúde, educação, acessibi-

lidade e trabalho a pessoascom deficiência. “Nós sabemosque as pessoas são diferentesumas das outras, mas as opor-tunidades têm que ser as mes-mas. E para se ter oportunida-des, as condições têm que es-tar adequadas”, disse.

Em certo momento do seudiscurso, Dilma chegou a servaiada pelos presentes quandose referiu aos “portadores dedeficiência”.

Ela falava sobre duas visitasrecentes que fez à Rede Sarahde hospitais de reabilitação,uma em Brasília, há duas sema-nas, e outra em São Luís (MA).“Eu fiquei muito impressionadacomo a tecnologia pode nosajudar a dar condições melho-res de vida, melhores oportuni-dades para portadores de defi-ciência”, disse.

Neste momento ela foi vaia-da por parte da plateia e se cor-rigiu. “Desculpa, desculpa...pessoas com deficiência. Não,eu entendo que vocês tenhamesse problema, porque porta-dor não é muito humano, não é?E pessoa é, então é outro trata-mento”, se retratou apresidenta, sendo aplaudidaem seguida.

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Com este título, o Dieese(Departamento Intersindical deEstatísticas e EstudosSocioeconômicos) a caba delançar um excelente trabalho deacompanhamento sobre as di-versas negociações coletivasno Brasil e como está sendoenfrentado o problema das pes-soas portadoras de deficiência.

O relatório traz, para nossasurpresa, uma radiografia re-cente da situação no país emostra que, desde 2004/2005,já há um avanço neste sentidocom algumas negociações sen-do feitas em torno do problema.

Tomando por base os Acor-dos Coletivos assinados no Bra-sil, em todas as categorias eacompanhados pelo Dieese,

O trabalhador com deficiêncianas negociações coletivas.

DeficientesDeficientes

os números mostram que hou-ve um avanço muito grande. Diza nota técnica que: “Em 2004-2005, eram 38 acordos, o querepresenta 20% de todos osacordos analisados. Já em2011-2012, foram 45 acordos,ou 24% do total analisado. Ape-sar deste aumento, da ordemde 5%, o número de negocia-

ções sobre o tema continuabaixo. Menos de um quartodas unidades de negociaçõesanalisadas possuem algumagarantia a respeito.”

Separando por setor da eco-nomia, o Dieese diz que “A in-dústria é o setor que maisapresenta acordos com cláu-sulas destinadas às pessoas

com deficiência entre 2011-2012. O setor de serviços apa-rece em segundo lugar: cercade 26% no mesmo período.Vale ressaltar o baixo númerode acordos sobre o tema nocomércio e a ausência no se-tor rural, no segundo períodoanalisado.”

Vejamos mais alguns pontosno relatório:

“As cláusulas sobre condi-ções de trabalho aparecem emoito acordos no período 2011-2012. Parte deste conteúdo re-fere-se às adaptações que asempresas se comprometem arealizar nas futuras reformas econstruções de suas instala-ções, para facilitar a acessibili-dade de pessoas com deficiên-cia; outra considera o compro-metimento da empresa a fazeradaptações no local de traba-lho e/ou nas ferramentas de tra-balho e equipamentos de pro-teção individual para o trabalha-dor com deficiência.

Há também cláusulas relati-vas a auxílio e reembolso rece-bido pelo trabalhador com defi-ciência. Enquanto o auxílio ga-rante recebimento mensal com

valor fixo, o reembolso ocorreem gastos específicos paraatender às necessidades dostrabalhadores com deficiência.Neste caso, as empresas secomprometem a pagar parcial-mente ou integralmentepróteses, tratamentos médicosou medicamentos.

Em relação às faltas no tra-balho, observa-se um acordocom garantia de abono do diade trabalho para a manutenção

de aparelhos ortopédicos. Hátambém a formação de comis-são paritária para tratar de ques-tões relativas aos trabalhadorescom deficiência.

Esta última, presente emum acordo de cada períodoobservado, 2004-2005 e 2011-2012, merece destaque, já queviabiliza a discussão para am-pliar temas a serem desenvol-vidos em relação ao trabalha-dor com deficiência.”

Para ler o Parecer Técnico do Dieese, na íntegra, ver:http://www.dieese.org.br/esp/

notaTrabalhadoresDeficienciaNegociacao.pdf

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Assim foi a nossa comemo-ração de final de ano. Um en-contro de companheiros que sereuniram para confraternizaçãonesta época sempre tão feste-jada por todos, mas que teve umnovo perfil desta vez. Mais ma-duro, mais consciente e com osentimento de solidariedadeque está em falta em várias par-tes do mundo.

A decisão de fazer um en-contro diferente foi tomada peladireção de Furnas e teve o totalapoio da ASEF que se envolveudiretamente na preparação e nadivulgação do evento.

E já na terça-feira, dia 11, vi-mos que a iniciativa era um su-cesso e havia sido muito bemrecebida pelos companheiros.Durante a entrega das pulseirasque serviam como identificaçãopara a entrada no local da festa

Festa de Fim de AnoFesta de Fim de Ano

Não faltou alegria,mas com muita solidariedade.

percebemos que a solidarieda-de ainda é um valor muito esti-mado entre os trabalhadores deFurnas. Os companheiros en-tenderam muito bem o espíritoda iniciativa e trouxeram suascolaborações na forma de ali-mentos não perecíveis que se-rão doados a instituições soci-ais.

E a nossa festa, precedidapor esse sentimento de solida-riedade, foi um sucesso.

O show de Lulu Santos foiacompanhado com muito entu-siasmo por todos os presentesque se espalhavam pelo ambi-ente bem decorado e prepara-do. Não faltaram os tradicionais“comes e bebes”, mas tudo commuita atenção e sem excessos.

As fotografias da nossa con-fraternização falam melhor doque muitas palavras.

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Mais fotos desse maravilhoso evento

Festa de Fim de AnoFesta de Fim de Ano

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Todos se divertiram e aproveitaram muito

Festa de Fim de AnoFesta de Fim de Ano

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A nossa entidade sempreparticipou de todas as lu- tas mais gerais dos em-

pregados de Furnas. Desde osencontros preparativos para osAcordos Coletivos até as ques-tões mais específicas como adefesa dos contratados, dosconcursados, dos portadoresde deficiência física, etc.

Mas, em 2012, fomos umpouco além dessas atividadese nos dedicamos também a lu-tar por questões mais imedia-tas e cotidianas dos que traba-lham no Escritório Central daempresa. Foi uma série de pe-quenas reivindicações ouvidasdiretamente dos interessados elevadas à direção da empresaem busca de soluções.

E fomos muito bem sucedi-dos nesta iniciativa. A ASEF con-seguiu garantir algumas dessasreivindicações e, para falar so-bre o que aconteceu durante oano fomos conversar com o com-panheiro Jordan Drumond, dire-tor da Associação.

Jornal da ASEF. Aproveitan-do a notícia da instalação de umsinal de trânsito diante do

A ASEF e FurnasA ASEF e Furnas

A ASEF e ocotidianode Furnas.portão do Escritório Central,gostaríamos de ter uma idéiaclara de todas essas reivindica-ções que a ASEF levou à dire-ção de Furnas.

Jordan. Não posso dizerque vou colocar em ordem deimportância, porque todas fo-ram muito bem aceitas peloscompanheiros. Então, ou citaralgumas de forma aleatória,sem uma sequência.

Uma das questões que leveià direção da empresa foi sobrea instalação de toldos nas en-tradas aonde os companheiroschegam de carro. Ali, em diasde chuva, era muito complica-do para passar o crachá e erapior ainda quando o vigilante daportaria precisava dar algumainformação ou liberar a catraca.Aí mesmo é que todos se mo-lhavam.

Sinceramente, é muito desa-gradável você já começar o diacom a roupa molhada de chuva!

A instalação dos toldos faci-litou para todos, deu essa pro-teção extra e ainda tem a facili-dade de poder ser recolhidoquando um veículo maior preci-sa entrar na empresa.

Jornal da ASEF. E a ques-tão dos carrinhos?

Jordan. Ah! Os carrinhoselétricos foram uma conquistamuito importante para a segu-rança de todos os que traba-lham aqui no Escritório Central.

Eu tinha visto imagens doscarrinhos e sabia que Furnashavia feito doação de váriosdeles para serem usados emaeroportos brasileiros. Sãomuito úteis para socorros emacidentes, transporte de defici-

entes ou outras emergências.Conversei com alguns com-

panheiros e descobri que seriamuito útil para o pessoal da Bri-gada, para o nosso corpo deassistentes médicos, etc. E le-vei a reivindicação para a em-presa.

Fui bem recebido e eles en-tenderam a importância da me-dida. Os carrinhos já estão aí,funcionando e servindo aoscompanheiros.

Jornal da ASEF. Mas hátambém pequenas conquistasque são pouco conhecidas pornão serem tão visíveis.

Jordan. Sim, e este é ocaso de uma antiga reivindica-ção dos guardas e dos compa-nheiros que ficam na portariada Rua Mena Barreto. Eles não

dispunham de um banheiro nolocal e, quando era necessário,precisavam se deslocar até al-gum setor mais próximo.

Além da distância, muitasvezes deixava o setor com defi-ciência de pessoal, o que po-dia causar atrasos e inconveni-entes para quem estava che-gando.

A construção de um banhei-ro no local foi providencial. Ago-ra os companheiros não preci-sam se afastar muito, há maisconforto e melhorou a qualida-de do ambiente de serviço.

Jornal da ASEF. Como foi ahistória da rampa para os defi-cientes físicos?

Jordan. Esta era uma coisaque me incomodava há muitotempo. Sempre que eu ia até oBloco C eu deparava com aque-le obstáculo das escadas e fi-cava imaginando a dificuldadepara os companheiros com de-ficiência física.

E pensava que não era ape-nas para os que trabalham noBloco C, mas para praticamen-te todos os que trabalham aqui,porque naquele bloco funcionao banco e todos precisam usaros serviços.

Ainda por cima, naquele blo-

co trabalha o companheiro Re-nato Vasconcellos que é tam-bém portador de deficiência fí-sica e um dos líderes do movi-mento desses trabalhadores naempresa.

Conversei com ele e levei areivindicação adiante. Curiosa-mente, a questão foi muito bemrecebida pela direção da em-presa. A rampa foi construída eos companheiros passaram ater esta comodidade.

Jornal da ASEF. Vamos fa-lar de comida?

Jordan. Sobre isto temosmuito para falar. São várias con-quistas que envolvem trabalha-dores das empresas tercei-rizadas, em particular o pesso-al da brigada e os vigilantes.

Nossa primeira questão foienfrentar uma discriminaçãoexistente há muito tempo. Eradifícil ver que grande parte dostrabalhadores que aqui prestaseus serviços podia usar o re-feitório e os companheiros dalimpeza não tinham tal direito.Muitas vezes, com os baixossalários que recebem, ficampassavam o dia sem se alimen-tarem ou se alimentavam de for-ma inadequada.

Procurei a direção de Furnase apresentei a situação. Leveidados concretos mostrandoquantos companheiros prestamesse serviço, suas necessida-des, a falta de atenção por partedas empresas terceirizadas, etc.

Com isto foi liberado o almo-ço para os companheiros que

trabalham durante o dia e umlanche para os que pegam o tur-no da noite. Tudo, como dizemaí, “0800”!

Jornal da ASEF. E o pesso-al da guarda?

Jordan. A situação era mui-to parecida. Os companheirosda guarda, principalmente osque fazem o trabalho noturno,ficavam muitas vezes sem umarefeição digna.

Conversei com vários delese, mais uma vez, procurei a di-reção da empresa. Não foi difí-cil mostrar que era uma iniciati-va justa e alto valor social paraa empresa.

Assim, conquistamos o lan-che para o pessoal da guardaque faz o trabalho noturno e arefeição para o pessoal do dia.Tudo bem negociado com aempresa e com o apoio doscompanheiros interessados.

Jornal da ASEF. Agora, coma inauguração do sinal de trân-sito, você completa o anotranquilo?

Jordan. Deveria... Mas ain-da não estou totalmentetranquilo. Já conversei com al-guns companheiros e há outraspequenas questões para seremlevadas para a direção da em-presa. Mas talvez só sejam re-solvidas no próximo ano.

Aliás, quero aproveitar paradeixar a todos os companheiroso meu desejo de um 2013 mui-to feliz, com vitórias, e que to-dos tenham um Natal digno, ale-gre e junto com suas famílias.

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Muito em breve perderemosa convivência diária com umcompanheiro que simbolizamuito para nós, trabalhadoresem Furnas.

O companheiro Claudomiroestá a caminho da aposentado-ria e vai curtir um merecido des-canso junto à família. Mas o Jor-nal da ASEF foi conversar comele para registrar o momento etambém prestar uma homena-gem.

Jornal da ASEF. Como foisua entrada em Furnas?

Claudomiro. Lembro perfei-tamente. Entrei para em Furnasainda muito jovem, aos quinzeanos de idade. Meu pai, LuizFrancisco de Souza, foi um dos

EntrevistaEntrevista

Um guerreiro“pendura as chuteiras”

fundadores da empresa. Che-gou aqui em 1959 e aposentou-se em 1983, mas, logo depoisde se aposentar, veio a falecer.

Em 1969, eu e alguns cole-gas na mesma faixa etária fo-mos admitidos mediante a tes-tes feitos na Divisão da Seleçãoda empresa. Nesta época nãohavia ainda o concurso público.

Jornal da ASEF. Mas vocêteve um longo caminho emFurnas.

Claudomiro. Sim, comeceiaqui como mensageiro até al-cançar o patamar onde me en-contro. Estudei e me formei naEscola Técnica Rezende–Rammel e, depois, na Universi-dade Santa Úrsula. Passei por

diversos setores até chegar naárea de operação, onde estouaté agora.

Jornal da ASEF. Fale um pou-co da sua família.

Claudomiro. Tenho três filhose dois são técnicos já forma-dos! Tenho orgulho de dizer queestudaram no Colégio Primei-ro de Maio, mantido pelo Sindi-cato, e hoje atuam na área deOff–Shore de Petróleo e Gás.Tenho orgulho de dizer que es-tou muito feliz em fazer parte dahistória e do quadro funcional deFurnas. Aqui foi uma grandeescola ao longo de toda a mi-nha vida profissional com estetrabalho consegui formar umafamília. Creio que tudo o que

tenho devo a Furnas.Jornal da ASEF. Você tem

grande carinho por Furnas, nãoé?

Claudomiro. De fato, creioque Furnas é uma grande em-presa, uma das maiores atuan-do no segmento de Geração eTransmissão de energia emAlta de Extra–Alta Tensão. Temtoda uma tecnologia própria,desenvolvida por nós.

Confesso que um dos mo-mentos marcantes da minhavida foi quando vivemos os ris-cos de privatização da nossaempresa. Quando Furnas foi in-cluída no Plano Nacional deDesestatização e temi pelo fu-turo de todos nós e da empre-sa. Mas, neste momento, tenhocerteza de que foi fundamentala demonstração de força dostrabalhadores. Nós nos unimosem torno de uma causa comume isto tem o poder de mudar osrumos da história de um país.

Provamos na prática: fomosa única categoria no Brasil queconseguiu barrar umaprivatização! Isto significa mui-to. Hoje Furnas tem como obje-tivo um processo dereestruturação e, ao mesmotempo, um incentivo para os tra-balhadores chamados“aposentáveis”.

Jornal da ASEF. Mas vocêsempre foi ativo no movimentodos trabalhadores.

Claudomiro. Eu sempre pro-curei participar de todos osmovimentos em defesa dos nos-sos direitos e também deFurnas. Mais de uma vez, fuimembro do Conselho Fiscal eDiretor da ASEF, fiz parte doConselho Deliberativo da Caefee sempre estive ligado ao mo-vimento. Estive em muitos dos

nossos ENTFUs (Encontro Na-cional dos Trabalhadores deFurnas) e sempre estive pre-sente durante os movimentosde paralisações na empresaquando tínhamos necessidadede levar adiante uma real reivin-dicação nos nossos acordoscoletivos.

Estou me aposentando, massei que questões que são degrande importância para nós,para todos os empregados deFurnas, estão ainda sem solu-ção. Muitas são questões decunho político e precisamos daatuação dos sindicatos. Preci-samos nos fazer representarnos sindicatos e, para isto, épreciso que nós, trabalhadoresde Furnas, tenhamos consciên-cia de que é preciso participar.

Jornal da ASEF. Agora, vocêvai se aposentar.

Claudomiro. É... É chegadaa hora! Eu sempre soube queisto aconteceria algum dia. Masestou dando apenas um “atébreve” aos companheiros, por-que sei que uma parte de mimseguirá em frente, enquanto aoutra, mas a outra ficará aqui.Aqui tenho muitos amigos, ale-gria que conquistei ao longo demeus quarenta e três anos pres-tando serviço na empresa.

Acredito que tudo o queaprendi e vivenciei foi de gran-de importância para minha for-mação como homem, comomarido, como pai e como o serhumano que sou hoje!

Agradeço primeiramente aDeus, porque sem o Pai, nadaseria possível.

Deixo a todos os colegas eamigos de Furnas, os meus sin-ceros agradecimentos por ter-mos ficado todo este tempo jun-tos. Estarei por perto sempreque for preciso.

À diretoria de Furnas, dese-jo sorte nos novos projetos egostaria de enfatizar que as mu-danças são necessárias quan-do se pretende transformarFurnas em uma empresa com-petitiva. Mas que jamais podemesquecer que a essência, omaior bem patrimonial destaempresa, são seus emprega-dos.

Aos novos empregados(aqueles que estão chegando),desejo que mostrem seus valo-res e deixem fluir o talento queexistem em vocês. Lutem e cor-ram atrás dos seus direitos, gri-tem… para que sejam ouvidose não desanimem diante dasdiversidades e dos obstáculosque irão encontrar pela frente.Mas, acima de tudo, procurema união e jamais se dividam.Precisamos fortalecer nossasentidades representativas.

A todos os que aqui prestamseus serviços, como contrata-dos, terceirizados, pessoal demanutenção (oficinas), portaria,malote, serviço médico, pesso-al da limpeza, brigada, seguran-ça, funcionários do Bradesco(Furnas), etc… Enfim, a todosaqueles que fazem parte davida cotidiana de Furnas, sin-tam-se abraçados.

E que o novo ano que seaproxima seja de muita paz,saúde e prosperidade.

Feliz Natal e um Ano Novoabençoado!

Grande abraço a todos.

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BrigadaBrigada

F urnas possui um dosmais modernos e completos Centros de Trei-

namento para controle de in-cêndios do país. O “Centro deTreinamento de Controle deEmergência”, localizado emuma área de 30.000 m², àsmargens do rio Grande, na Usi-na de Furnas.

Ali são realizados treinamen-tos de equipes e brigadas decombate a incêndio e pânico.Uma estrutura avançada e ca-pacitada para apoiar, se neces-sário, órgãos governamentaiscomo o Corpo de Bombeiros,Batalhões Florestais, além deempresas do setor elétrico.

Cautela e caldo de galinhanão fazem mal a ninguém!

São vários os cursos ministra-dos no CTCE. Entre eles: trei-namento teórico e prático devestimentas especiais e másca-ras autônomas de ar (16 horas);noções básicas de combate aincêndio e utilização de extinto-res (8 horas); formação de Bri-gadas de Incêndio (40 horas).

Com tudo isto, não devería-mos estar preocupados com o

futuro. Mas estamos!Dentro da nossa empresa há

setores defendendo terminarcom o Centro e passar a utilizarprestadores de serviço nessaárea! Há quem defenda queFurnas é uma empresa de ener-gia e que não deve se dedicartambém a centros de excelên-cia em combate a incêndios.Pensam que é melhor contratar

esse serviço de terceiros eabandonar toda a experiênciaacumulada ao longo de muitosanos de pesquisas e serviçosprestados.

A ASEF defende de formainequívoca não só a continuida-de desse Centro de Treinamen-to como, também, a sua melhorutilização.

Entendemos que Furnas temtodas as condições de oferecera sua tecnologia e exeperiênicaadquirida nesses serviços etransformar isto em mais umreferencial de serviços presta-dos pela empresa. Furnaspode, através de contratos econvênios, oferecer esses trei-namentos para outras empresasdo setor elétrico nacional e atémesmo para grandes indústriasem outras áreas.

Há um mercado aberto paraeste tipo de serviço e não ve-mos razão para Furnas abrirmão de ocupar esse importan-te espaço!

Entre no link indicadoe veja um pequeno filme

sobre o CTCE: http://www.youtube.com/

watch?v=Xl7zGSv-bjE

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RefeitórioRefeitório

Os companheiros quecostumam utilizar osserviços do refeitório

no Escritório Central de Furnassabem do que estamos falan-do e são testemunhas da qua-lidade dos serviços que ali en-contram.

Muita ordem no atendimen-to aos usuários, qualidade dacomida servida e muita aten-ção para assegurar a satisfa-ção de todos.

Sob a responsabilidade daTR – Refeições Industriais hápouco mais de cinco anos, oatendimento no refeitório e em

Qualidade eatenção coma nossaalimentação.

todos os setores doEscritório Central nãodeixa nada a desejar.Uma empresa com25 anos no mercado,a TR mantém umaequipe de atendi-mento personalizadapara a relação comcada cliente.

O Jornal da ASEFfoi conversar com anutricionista e

supervisora dos serviços noEscritório Central de Furnas,Manuela Lima, para dar umavisão geral dos serviços e mos-trar a cada usuário o quanto deatenção está sendo dada aoseu atendimento.

Segundo informações dasupervisora, são 88 funcionári-os da TR lotados no Refeitório,contando com 3 nutricionistas.Eles são responsáveis por ofe-recer aos companheiros o caféque é servido nos vários seto-res, o almoço, jantar e lanchesque são oferecidos aos vigilan-tes e demais companheiros

com este direito.Jornal da ASEF – São 88

funcionários ao todo?Manuela – Sim. São 38 fun-

cionários na cozinha, mais 42funcionários na copa de café, 3funcionários na lanchonete emais 5 funcionários na parteadministrativa.

Jornal da ASEF – Quais asopções oferecidas a quemfrequenta o refeitório?

Manuela – No caso da refei-ção, tanto o almoço quanto o jan-tar, o usuário pode escolher en-tre o serviço a quilo e o serviçocom preço fixo. Nos dois casosele tem a opção de escolher.

Jornal da ASEF – E nocaso de companheiros quefaçam dietas especiais?

Manuela – Nós trabalhamoscom 3 nutricionistas aqui. Tantono atendimento a quilo quantono serviço de preço fixo o usuá-rio vai sempre encontrar opçõesque atendam ao seu regimeespecial. Temos pratos especí-

ficos, como no caso do arrozintegral e outros.

Jornal da ASEF – Qual amovimentação aqui no Res-taurante?

Manuela – Em média, servi-mos entre 900 e 1.000 refeiçõespor dia. Considerando o almo-ço e o jantar.

Jornal da ASEF – E vocêsfazem também o atendimen-to nas salas?

Manuela – Sim, nós faze-mos o atendimento de café eoutros em todo o complexo doEscritório Central. Servimosdesde a sala da Presidência,passando pelas diretorias, atéas gerências e departamentos.

Jornal da ASEF – Há ou-tros serviços prestados?

Manuela – Recentementeinauguramos o serviço de lan-chonete e oferecemos váriasopções. Temos refrescos, san-duíches, sucos, sorvetes, etc.Aliás, os sorvetes são muito pro-curados!

Jornal da ASEF – E comoé cobrado esse serviço?

Manuela – Bem, esse servi-ço é cobrado de forma diferen-ciada. Não pode ser no crachá,e então aceitamos cartões.

Jornal da ASEF – Quais osnovos passos a serem da-dos?

Manuela – Estamos encami-nhando a contratação de umnovo chefe de cozinha para po-dermos oferecer novidades,pratos diferenciados, etc. Nos-sa meta é atender ainda melhoros funcionários de Furnas. Ocontrato foi renovado recente-mente, em junho passado, edesejamos manter o melhor ser-viço possível.

Lanchonete

Nosso novo Chefe de CozinhaMorvan Lucky Gomes da Silva

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Pelo acordo firmado no iníciodeste ano, para resolver os cons-tantes problemas com o Tribunalde Contas da União, Furnas secomprometeu a dar uma soluçãodefinitiva para a situação dos1.538 contratados que prestamserviços na empresa. Pelo acor-do firmado, até 2017, serãosubstituídos 550 trabalhadores(110 por ano) através de concur-sos a serem realizados.

Outra parte dos contratadosatuais, no mesmo período, es-tará alcançando condições deaposentadoria e serão automa-

Acompanhando a questãodos contratados.

ticamente substituídos.Atendendo às ponderações

das entidades que representamos trabalhadores, o ministro LuizFux, do STF, entendeu que nãoseria possível uma substituiçãoabrupta de todos os trabalhado-res, sob o risco de prejudicar ofornecimento de energia e provo-car um apagão no país. Daí sur-giu a proposta de uma substitui-ção gradual, dando tempo, inclu-sive, à aposentadoria dos maisantigos.

Todos os companheiros envol-vidos no processo e que serão

dispensados já receberam umacomunicação oficial da empresacom o ano em que serão dispen-sados.

Furnas vai realizar concursopara completar o quadro de pes-soal e os companheiros que es-tão saindo poderão disputar asvagas com a vantagem de teruma pontuação diferenciada pelotempo de experiência na empre-sa.

A ASEF está acompanhandoo processo e vai continuar infor-mando sobre o andamento doacordo.

ContratadosEstatuto FRG

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O Conselho Deliberativo daReal Grandeza divulgou, nova-mente, uma proposta de revisãodo Estatuto da Fundação, esta-belecendo um prazo para rece-bimento de sugestões, que seencerrará no próximo dia 30 des-se mês.

Qualquer tipo de manobrapostergando a reunião já oficia-lizada pelo Sintergia, ofício (Nº378/2012 de 21 de novembrode 2012 bem como o ofício daAssociação dos Empregadosde Furnas (Nº 055/2012) damesma data de emissão (Vejaos ofícios no boletim do dia 28/11/2012 no site da ASEF), juntoao Presidente da EletrobrasFurnas, Presidente do ConselhoDelierativo da Fundação e oPresidente da Fundação RealGrandeza, torna-se um golpe doConselho, a não ser que estetambém postergue o prazo dasemendas estatutárias.

O momento é o mais imprópriopossível, já que coincide com umaprofunda reforma do setor elétri-co, por conta da MP 579. Com aaplicação da MP 579, Furnasserá fortemente atingida com a di-minuição radical em suas recei-tas, sendo as consequências al-tamente prejudiciais para o futuroda empresa.

Com o açodamento do gover-no na pressa em anunciar e im-plantar o novo sistema, muitasquestões ainda permanecemobscuras e o tamanho do prejuí-zo ainda não ficou claro. Mas écerto que será de grande monta.

Circulam nas empresas doGrupo Eletrobrás as mais varia-das versões sobre as medidasinternas para a redução de cus-tos, a maioria delas dirigida aoscustos de pessoal, via a anunci-

Mudanças Estatutáriaspodem desestabilizar a

Fundação Real Grandezaada demissão de 35% do qua-dro, contenção de despesascom benefícios etc. E é por aíque a Real Grandeza pode aca-bar entrando no jogo, ou melhor,“entrando pelo cano”.

É bom lembrar que o funcio-namento da Real Grandeza équase totalmente dependentede Furnas, que na prática, é asua única patrocinadora. Qual-quer abalo em Furnas atingirá in-diretamente, mas com grandeintensidade, a Real Grandeza. Omomento é de incerteza e nãorecomenda mudanças tambémaçodadas.

Além do mais a propostadivulgada pelo ConselhoDeliberativo parece ser voltadaquase exclusivamente para aseleições de Diretores e Conse-lheiros que só ocorrerão ao finalde 2013. E dizemos quase, por-que também é nítida a intençãode reduzir a importância e ospoderes do Diretor-Presidente.Como notícia no último númerode seu jornal, a Real Grandezaplaneja reduzir sua dependênciade Furnas mediante a amplia-ção de sua base de participan-tes, ou seja, pretende atrair no-vos patrocinadores. Não se nota,na proposta do ConselhoDeliberativo, nenhum vestígio depreocupação com esse projeto,que supomos seja derivado doPlano Estratégico anunciado namesma matéria. O que se nota,e o que parece ser realmente im-portante, foi deixado de lado, fi-cando a reforma do estatuto res-trita a objetivos para lá de secun-dários.

Lembramos que Flavio Decatveio a Furnas para amenizar eresolver o impasse na nossaFundação Real Grandeza, sob

um momento de greve que deum lado estavam dezesseis en-tidades sindicais mais três as-sociações de trabalhadores, edo outro, as manobras de parla-mentares querendo invadir nos-so Fundo de Pensão e Saúde.

Foi criado um fórum sindical,e, através dele, conseguimos in-dicar junto com o atual Presiden-te de Furnas, o Presidente e Di-retor de Investimento da nossaFundação Real Grandeza.

É nesse perfil que estamosnuma vigília eterna, qualquermudança administrativa por in-dicações ou alteraçõesestatutárias, tem que ser com aparticipação do Fórum das enti-dades sindicais que editou emelhorou o nosso estatuto atual.

O Conselho da FundaçãoReal Grandeza acha que temtodos os poderes maiores nes-sa casa. O dono da FundaçãoReal Grandeza são os seus con-tribuintes ativos e assistidos,que são representados legitima-mente pelos seus Sindicatos eAssociações de Funcionários eaposentados.

O atual Conselho Deliberativoda Fundação Real Grandeza écomposto de indicados pelaEletrobrás Furnas e eleitos porsuas representatividades.

Serão considerados responsá-veis diretos os representantesdesse grupo por qualquer toma-da de decisões sem a consultados Sindicatos e Associações.

Como entidades represen-tantes dos participantes da nos-sa Fundação Real Grandeza,estamos prontos para interpela-ções e direta comunicação anossa Secretaria de Previdên-cia, como também a nossaANAPAR.

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Canal FurnasCanal Furnas

Tomando uma iniciativa queconsideramos muito importante,em particular nos dias atuaisquando ainda tentam atingir aimagem da nossa empresa, oDepartamento de Comunicaçãode Furnas está dando mais visi-bilidade à empresa e, certamen-te, atingindo um público cada vezmaior com informações de quali-dade e reais.

Uma iniciativa que já tem al-gum tempo foi criar a conta deFurnas através do Twitter, uma

rede social dinâmica que temgrande penetração e dá informa-ções em tempo real. O usuário doTwitter pode escolher quem de-seja seguir e passa então aacompanhar os textos curtos (deaté 140 caracteres) que estaspessoas ou marcas escrevem. Oendereço de Furnas no Twitter é@furnas!

Outra grande iniciativa foi a uti-

Mais visibilidade para Furnas!lização do YouTube,tradicional rede uti-lizada para divulgare registrar filmes edocumentários. OYouTube é um sítiomuito procurado naInternet, inclusivepor alunos que fa-zem pesquisas es-colares.

Ao criar o canal no YouTube(youtube.com/canalfurnas)houve uma grande preocupação

em facilitar a busca para os visi-tantes e o canal foi dividido em 5temas: Nossa História, Campa-nhas Institucionais, Prestação de

Serviço, Sustentabilidade eFurnas Apoia.

A outra grande idéia doDepartamanto de Comunicaçãofoi colocar Furnas no GoogleMaps, um instrumento cada vezmais usado na Internet.

Buscando o Sistema Furnasno Google Maps o usuário podenavegar pelas instalações da em-presa – usinas e subestações emfuncionamento e em construção– de forma ágil e objetiva, pormeio de imagens de satélite.

Além de prover informaçõespara os funcionários, o serviçopossibilitará ao grande públicoconhecer o Sistema Furnas e seupapel no fornecimento de ener-gia ao país. Além de “sobrevoar”as hidrelétricas e subestações, ointernauta também receberá in-formações sobre as unidades.

Furnas na busca. Aparecerá atela a seguir:

Toque em abrir, faça odownload e comece a navegar.

E a mais recente iniciativados companheiros da comuni-cação está sendo a introduçãodo Mapa Digital de Furnas,um instrumento que reúne a his-tória e as mais importantes in-formações sobre a empresa. Éo primeiro produto de comuni-cação institucional de Furnaspara meios móveis e já estádisponível para download, gra-tuitamente, na App Store. Embreve, haverá a versão para osistema Android.

Após realizar o instalação doaplicativo destinado a iPads, ousuário poderá percorrer a his-tória da empresa em uma linhado tempo digital, selecionar aunidade – seja subestação ouusina – sobre a qual deseja ob-ter informações e percorrer omapa do país observandocomo nossas linhas, usinas esubestações se integram. Ali-nhado à estratégia deinternacionalização da marca,estão disponíveis versões em

inglês e espanhol do produto.O Mapa Digital permite ain-

da conectar-se ao GoogleMaps e acessar imagens desatélites das unidades deFurnas, realizando umsobrevoo virtual.

Com eficiência, pioneirismo

e modernidade, Furnas coloca-se mais uma vez à frente, de-senvolvendo um trabalho deconstrução e reforço da marcade forma criativa e arrojada.

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e digite

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Projeto DreamFootballProjeto DreamFootball

DreamFootball - o sonho de ser um craque!

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A ASEF esteve presente no lança-mento do 2º Torneio do Dreamfootball,no Centro Esportivo da Mangueira. Esteevento conta com o apoio de Furnasatravés de sua assessoria de comuni-cação.

Lançado em 2009, o Dream Footballpossui um site, no qual garotos do mun-do todo podem se inscrever e enviarseus vídeos, que são exibidos gratuita-mente. Desta forma, agentes de fute-bol e clubes ficam de olho em grandespromessas dos campos. Além disso,os vídeos são classificados pelo públi-co em um ranking. Os 10 melhores sãoavaliados por uma equipe de profissio-nais especializados no assunto.

Nessa equipe, Figo conta com oapoio do técnico brasileiro Luíz FelipeScolari. Além de Felipão, o técnico daseleção da Espanha, Vicente Del Bos-que, é embaixador do projeto, apoian-do também na hora de observar osgarotos. Depois de avaliados pela equi-pe técnica (composta por Rui Pacheco,Nuno Costa Real e Mauro Santos quesão treinadores com formação acadê-mica e larga experiência nos escalõesjovens), os três melhores são selecio-nados de acordo com os critérios dopróprio Figo. No final do período, os dezmaiores talentos são premiados, alémda escolha do “melhor do ano”.

O projeto Dream Football conta comtimes parceiros, como Sporting de Por-tugal, Inter de Milão, Sevilha, DeportivoTáchira, os brasileiros Fluminense eGrêmio e muitos outros. Recentemen-te, Figo trouxe o projeto ao Rio de Ja-neiro. Em um grande evento, oidealizador premiou os 10 melhores jo-gadores de 2011 e inaugurou o torneioDream Football UPP na Vila Olímpicado Vidigal. Lá, equipes de jovens dasfavelas que foram pacificadas pela po-lícia irão disputar o título.

Quem comanda a iniciativa no paísé o cantor Gabriel, O Pensador.

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Chegou o NatalChegou o Natal

Luzes e cores no Escritório CentralO Escritório Central de

Furnas já está “vestido”. Umailuminação toda especial e mui-tos enfeites dão um tom espe-cial ao ambiente e a tradicionaltorre de Furnas ganhou umaimagem diferente, valorizandotodo o trabalho.

Não só o pátio central foidecorado, mas também o cor-redor principal e as entradas deveículos, com um destaque parao nome da empresa que mere-ceu uma iluminação nova.

Uma Árvore de Natal chamaa atenção de todos os que pas-sam pelo pátio e um tratamen-to especial foi dedicado à ve-getação já existente no local.Tudo com muito gosto.

É... O final de ano está che-gando.

Desejamos a todos um feliznatal e um novo ano repleto dealegrias e realizações.

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Novo Tótem como logo de Furnas

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Inclusão SocialMiguel PereiraMiguel Pereira

Nossa confraternização emMiguel Pereira já está se tor-nando uma agenda permanen-te e aguardada pelos compa-nheiros.

No início de novembro reali-zamos mais um encontro com

Tradicional encontro em Miguel Pereira

Vejam as fotos.

muito companheirismo, alegriae lazer. O local parece convidarpara uma reflexão sobre a na-tureza e a importância de pre-servarmos o nosso planeta,mas as instalações disponíveispara a diversão de todos não

deixam nada a desejar diante aexuberância natural.

Foi assim que passamosmais um dia entre churrasco,futebol, música, piscina e muitadiversão também para as crian-ças.

O convite da natureza.É possível ficar alheio?

Todo o conforto e umapiscina convidativa.

Atenção! Vai sairo churrasco!

Mesa farta esatisfação na certa.

Melhor que isto...só dois disto!

Os atletas prontos para a disputa.

Com direito a torcida!

É só curtir com os amigos...

Com direitoa música...

O que não faltou foi descontração e alegria.

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Miguel PereiraMiguel Pereira

Mais fotos do Encontro

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Recebemos uma carta que muito nos emocionou. Um companheiroque é contratado de Furnas que sofreu um acidente e a quem pudemosajudar. Aqui está a sua carta.

À direção da ASEFAo companheiro JordanAgradecimento

CompanheirosQuero dizer nesta carta da minha alegria e da minha gratidão à ASEF na pessoa do seu

diretor Jordan que me deu todo o apoio e que abriu os espaços para que eu pudesse voltar a teruma vida normal como trabalhador nessa empresa.

Um acidente, um infortúnio que me atingiu, tornou-me uma pessoa com deficiência física eisto estava prejudicando minha vida profissional e até mesmo pessoal. Em alguns momentos eupensava que seria muito difícil seguir adiante e que os obstáculos eram muito grandes paramim.

Conheci o companheiro Jordan e ele logo se interessou pelo meu caso. Conversamos e elefez questão de me acompanhar até a CAEFE onde outro companheiro muito atencioso se pre-ocupou com o caso. Estou me referindo ao companheiro e amigo Átilla que se empenhou pes-soalmente em uma solução para o meu caso.

Hoje estou novamente na ativa, exerço normalmente minhas funções dentro de Furnas, gra-ças a uma prótese que me foi doada pela CAEFE e que me permite ter uma vida praticamentenormal.

Ao companheiro Jordan, que se interessou imediatamente pelo meu caso, e ao companheiroÁtilla, que proporcionou o meu retorno à uma vida profissional útil, meu agradecimento. Queeles desfrutem de muitas felicidades junto com suas famílias.

A todos os companheiros de Furnas, um Natal cheio de alegrias e um 2013 com muitasrealizações.

É o meu desejo Mauro J. de Oliveira Paiva

(Climatização)

Agradecimento

Carta de agradecimento para ASEF. PAPAI NOEL POUSOU EM FURNAS

Chegada de Papai Noel

E fez a festa da garotada, com muita alegria e emoção.

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