ANO XV Nº 656 - AGOSTO DE 2009 Campanha Nacional: … · Cordeiro, Juvandia Moreira Leite,...

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Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro do Grande ABC - Filiado à Fetec SP/CUT e Contraf/CUT ANO XV Nº 656 - AGOSTO DE 2009 Acesse a página do Sindicato: www.bancariosabc.org.br Campanha Nacional: começam as mobilizações no Estado Bancários iniciam manifestações no Centro de São Paulo; pauta de reivindicações já foi entregue à Fenaban (pág 3) Fotos: Fábio Munhoz

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Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro do Grande ABC - Filiado à Fetec SP/CUT e Contraf/CUT

ANO XV Nº 656 - AGOSTO DE 2009Acesse a página do Sindicato: www.bancariosabc.org.br

Campanha Nacional: começamas mobilizações no Estado

Bancários iniciam manifestações no Centro de São Paulo;pauta de reivindicações já foi entregue à Fenaban (pág 3)

Fotos: Fábio Munhoz

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2 Nº 656 - AGOSTO DE 2009

Notas

Lucro do Itaú-Unibanco:cai 8%

O Itaú-Unibanco anunciou na últi-ma terça-feira (11) que fechou o se-gundo trimestre deste ano com lucrolíquido de RS 2.571 bilhões, ante lucropró-forma de R$ 2.797 bilhões nomesmo período do ano passado: que-da de 8%. Na comparação com o lu-cro do primeiro trimestre deste ano(R$ 2.015 bi) houve alta de 27,6%. Nototal do semestre, o lucro do banco foide R$ 4.586 bi.

Santander: negociaçãodeve ser realizadanesta semana

O presidente nacional do Santan-der Brasil, Fábio Barbosa, enviou car-ta ao movimento sindical bancário naqual afirmou que deverá ser realizadanesta semana negociação entre aspartes. Barbosa afirma, em resposta acarta enviada pela representação dostrabalhadores no dia 5 de agosto, que“as suas preocupações, anseios e ne-cessidades de busca do diálogo sãoidênticas às nossas”. Os funcionáriosprotestam contra problemas e alte-rações nos fundos de pensão Ba-nesprev e HolandaPrevi e no planode saúde dos empregados oriundosdo Real. Acompanhe no sitewww.bancariosabc.org.br os resulta-dos da negociação.

HSBC Brasil tem lucrode US$ 214 mi

O HSBC anunciou no último dia 4lucro líquido de US$ 3,35 bilhões (cer-ca de R$ 6,19 bi) no primeiro semestrede 2009. No Brasil, o lucro semestralfoi de US$ 214 milhões (cerca de R$395 mi). A empresa é a maior institui-ção financeira da Europa.

Itaú-Unibanco e Contraf-CUT fazem negociação

A representação do Itaú-Unibancoe a Contraf-CUT negociam nesta ter-ça (11) a antecipação do Plano Com-plementar de Remuneração (PCR),assim como os indicadores que vãocompor o valor a ser pago. Acompa-nhe no site o andamento da reunião.

Concut

Trabalhadores discutemdesenvolvimento sustentávelMinistro do Meio Ambiente assinou protocolo para impedir adoecimentos no local de trabalho

Mais de 2 mil delegadossindicais de todo o país par-ticiparam na última semanado 10º Congresso Nacionalda Central Única dos Traba-lhadores (Concut). Entre osprincipais temas debatidosno evento esteve o desenvol-vimento sustentável. Outrodestaque do congresso foi aeleição da nova direção dacentral – o atual presidente,Artur Henrique, foi reeleitopara o mandato que vai até2012.

Os bancários Vagner Frei-tas, ex-presidente da Contraf-CUT, e Jacy Afonso, assu-mem as secretarias de Admi-nistração e Finanças e Orga-nização e Políticas Sindicais,respectivamente. Mais qua-tro trabalhadores do ramo financei-ro fazem parte da direção: CarlosCordeiro, Juvandia Moreira Leite,Fernando Neiva e Sebartião Geral-do Cardozo . Os diretores do Sindi-cato Belmiro Moreira, Adma Go-mes, Eric Nilson e Renato Forestoparticiparam do congresso.

O ministro do Meio Ambiente,Carlos Minc, esteve presente e as-sinou Protocolo de Entendimentocom o objetivo de impedir que ostrabalhadores adoeçam nos locaisde trabalho, o que chamou de

“ecologia humana”. Foi assinadatambém portaria que prevê a in-trodução de tecnologias limpas quelevem em conta a saúde do traba-lhador na produção. “Daqui parafrente, a saúde dos trabalhadoresestará incorporada nos estudos deimpacto ambiental”, ressaltou oministro. Foram criadas durante oConcut as secretarias de meio am-biente e saúde do trabalhador.

A portaria prevê que as centraissindicais e as Cipas (ComissõesInternas de Prevenção de Aciden-

tes) participarão da vistoriado entorno das empresaspara medir o impacto am-biental da atividade. “Essetexto foi iniciativa da CUT,uma contribuição impor-tante para a vida. Mas valepara todos os trabalhadoresbrasileiros. É um passo im-portante para incorporar aclasse trabalhadora na lutapela defesa do [meio] ambi-ente. O melhor fiscal é o povoconsciente”, avalia Minc.

A senadora e ex-ministrado Meio Ambiente MarinaSilva (PT-AC) também este-ve presente no 10º Concut.Ela participou de debatecom a professora Tânia Ba-celar sobre os grandes desa-fios da sustentabilidade.

“As questões que compõem avida dos trabalhadores são impor-tantes para a CUT. Por isso, a centraltem como objetivo ampliar a parti-cipação da sociedade nas decisõesdo Estado, encaminhando as pro-postas de valorização do trabalho,maior distribuição de renda, redu-ção da jornada de trabalho, ratifica-ção das convenções da OIT (Orga-nização Internacional do Trabalho)e valorização do salário mínimo”,considera o diretor do Sindicato edelegado Belmiro Moreira.

Presidente da CUT, Artur Henrique (esq.), e Carlos Minc (dir.)assinam protocolo de entendimento

Dino Santos

Representantes dos bancários daCaixa Econômica Federal e do Ban-co do Brasil se reúnem com a dire-ção dos bancos na próxima segun-da-feira (17). As mesas específicasocorrem simultaneamente aos de-bates da Campanha Nacional 2009.

Entre as principais exigênciasdos bancários da Caixa está a im-plantação do novo Plano de Car-gos Comissionados (PCC), com

Bancos públicosCEF e BB: negociações específicas semana que vem

critérios claros e democráticospara a progressão na carreira ecom valorização das funções. Obanco atrasou o compromisso deapresentar uma proposta. O pra-zo acertado era o dia 30 do mêspassado. Entretanto, até agora, foiapresentada apenas uma primei-ra parte, com questões genéricas.

Já os empregados do Banco doBrasil exigem abertura de negoci-

ações para a criação de um Planode Carreira, Cargos e Salários(PCCS), o fim da lateralidade e avolta do pagamento de substi-tuições, o fim do voto de Miner-va na Previ e o fim do assédiomoral. As reivindicações dosfuncionários do BB foram elabo-radas no final de abril, durante o20º Congresso Nacional dos tra-balhadores da empresa.

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Campanha Nacional

Bancários iniciam mobilizações em São PauloForam iniciadas na última se-

gunda-feira (10) as atividades daCampanha Nacional 2009. Bancá-rios de todo o Estado participaramda manifestação, que teve inícioàs 10h30 na Praça do Patriarca, noCentro de São Paulo. Em seguida,os participantes fizeram passeataaté a sede do Banco Real, na Ave-nida Paulista. O local foi escolhido

Negociações

Comando entrega minuta a banqueirosPresidente da Fenaban protestou contra campanha de mídia que cobra responsabilidade social

O Comando Nacional dos Ban-cários entregou na última segunda-feira (10), após a primeira atividadeda campanha salarial 2009, a pautade reivindicações da categoria à Fe-naban (Federação Nacional dosBancos).

O presidente da Contraf-CUT e co-ordenador do Comando, Carlos Cor-deiro, afirma não desejar que a campa-nha deste ano seja “meramente econo-micista”. Segundo o dirigente sindical,além de cobrar reajuste salarial, me-lhorias na PLR e outras reivindicaçõesdo campo econômico, os bancárioscobram garantia de emprego e melho-ria das condições de saúde e de traba-lho, “o que implica acabar com as metasabusivas, com o assédio moral e com ainsegurança bancária”, completa o pre-sidente.

O presidente da Fenaban e do San-tander/Real, Fábio Barbosa, reconheceuque a situação dos bancos no Brasil épositiva, mas disse: “podemos ser maisconstrutivos do que temos sido”. Barbosareclamou da campanha de mídia lança-da pelos representantes dos trabalhado-res, que cobra responsabilidade social

dos bancos e redu-ção de juros e tarifas.

Cordeiro respon-deu afirmando que osjuros e o spread ban-cário cobrado nopaís são os mais altosdo mundo. “Não que-remos que o sistemafinanceiro seja bomapenas para ban-queiros e acionistas,mas para toda a soci-

edade brasileira”, completou.O secretário-geral do Sindicato, Eric

Nilson, participou da reunião e salientaque os bancários devem ficar atentos aoprocesso de negociação. “Se não hou-ver mobilização e pressões por parte dostrabalhadores, será difícil obtermos nos-sas reivindicações”, explica.

Trabalhadores fizeram passeata do Centro Velho até a sede do Real, local de trabalho do presidente da Fenaban

Fábio Barbosa (centro) recebe a minuta de reivindicações

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SP

Diretores do Sindicato do ABC participaram da manifestação em São Paulo

por ser onde trabalha Fábio Bar-bosa, presidente do banco e da Fe-naban (Federação Nacional dosBancos).

Mais uma vez em tom bem hu-morado, a campanha deste anoutiliza o mote “Cadê a responsa,banqueiro?”. Foram espalhadospela capital bonecos com placasindicando o lema das mobiliza-

ções. A Companhia Caracaxá ani-mou a atividade com o batuquedo maracatu. Dirigentes sindicaisdo ABC participaram do ato.

Entre as principais reivindica-ções estão reajuste de 10% (au-mento real mais reposição da in-flação), PLR de 3 salários + R$3.850, fim das metas abusivas e

assédio moral, PCS para todos osbancários, valorização dos pisos emais segurança nas agências.

Para o diretor do Sindicato Bel-miro Moreira, é necessário cobraro papel dos bancos no desenvolvi-mento da economia. “Exigimosdos banqueiros a responsabilida-de social para com todos os traba-lhadores do país”, declarou. Or-lando Puccetti Jr, diretor do Sindi-cato, lembrou ainda a importân-cia da luta pela garantia de empre-go, especialmente neste períodoem que seis bancos passam porprocesso de fusão e/ou incorpora-ção. “Os bancários precisam seunir para conseguir garantia deemprego”.

A diretora do Sindicato ElaineRampinelli salienta que a campa-nha visa obter melhorias tambémpara os clientes. “Os bancos têmque diminuir juros e tarifas. Issobeneficia não somente clientes, mastambém a microeconomia de umaforma geral, já que, com mais di-nheiro, os clientes consomem maise aquecem o comércio”, explica.

Durante o ato, foram entreguesà população cartas abertas com ointuito de cobrar responsabilida-de social dos bancos. No docu-mento é exigida a contratação demais funcionários nas agências, oque diminuiria as filas e agilizariao tempo de atendimento.

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Bancários seguiram em passeata do Centro Velho até a Avenida Paulista

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Presidenta: Maria Rita Serrano. Diretor de Imprensa: Gheorge Vitti Holovatiuk. Jornalista responsável: Celso Prado (MTB 18.065). Estagiário: FábioMunhoz. Sede: Rua Cel. Francisco Amaro, 87, Centro, Santo André, SP. CEP: 09020-250. Fone: (11) 4993-8299. Fax: (11) 4993-8290. Projeto gráfico:Interarte Comunicação. Impressão: NSA. Editado em 11/08/2009. Tiragem: 7 mil. Site: www.bancariosabc.org.br. E-mail: [email protected].

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Influenza A

Higiene é melhor forma de evitarcontágio, dizem especialistasBancários devem limpar com álcool mesas e balcões de atendimento; distância segura é de 1 metro

A Influenza A, também conhe-cida como gripe suína, já matouao menos 200 pessoas em todo oBrasil, sendo mais de 60 casos fa-tais no Estado. Uma das recomen-dações divulgadas para evitar ocontágio pelo vírus H1N1, respon-sável pela transmissão da doença,é para que seja evitada a perma-nência em locais fechados e comaglomerações.

Entretanto, como os bancários,que trabalham em ambientes fe-chados e com grande concentra-ção de pessoas, podem fazer parase prevenir? Especialistas ouvidospela reportagem do NotíciasBancárias afirmam que a higieneé a melhor forma para evitar ocontágio. A enfermeira MagaliMotta, encarregada de enferma-gem do Centro de Saúde Escolada Faculdade de Medicina do ABC(FMABC), afirma que a limpeza éa “melhor arma” para evitar o con-tato com o vírus. “É necessáriolavar as mãos antes de comer oulevar as mãos ao rosto”, ensina.Magali ressalta que o dinheiro éuma forma eficiente de transmis-são, já que pode ter passado pelasmãos de pessoas infectadas.

Segundo a especialista, é im-portante que o bancário procuremanter distância mínima de 1metro de outras pessoas, já queesse é o espaço seguro para que ovírus não seja transmitido pormeio de espirros ou gotículas desaliva.

Seguindo a linha de Magali, omédico sanitarista e do trabalhoArlindo Silveira, do Centro deReferência em Saúde do Traba-lhador (Cerest) de Diadema, ex-plica que a higiene deve ser feita,de preferência, com o uso de pro-dutos descartáveis. “É preferívelo uso do sabonete líquido, pois o

uso é único. O sabonete em barraé usado por várias pessoas e, àsvezes, tem microorganismos efungos alojados”, destaca. Silvei-ra ressalta também o uso do álco-ol em gel no processo de higieni-zação, mas adverte para a concen-tração ideal do produto, que, se-gundo ele, é o de 70%. “O de 43%

sejam limpos com o produto. Osespecialistas informam que é ne-cessário cobrir a boca e o nariz coma mão ou um lenço de papel aotossir ou espirrar para evitar que ovírus se espalhe pelo ambiente.

Manter a calma – Para o médi-co do Cerest, há muito alarde emrelação à nova doença e faltaminformações para esclarecer a po-pulação sobre os riscos reais. Emrelação à pandemia da InfluenzaA, Silveira afirma que “a própriagripe comum já é uma pandemia.Todos os anos nos temos essa pan-demia”. “A questão maior que aOMS [Organização Mundial daSaúde] está preocupada é pelo fatode a Influenza tipo A por ser umsubtipo viral novo e que a gentenão tem dados de pesquisas parainformar”, completa. De acordocom o ministro da Saúde, JoséGomes Temporão, a letalidade dovírus H1N1 é mais baixa do que ado vírus sazonal.

Sintomas – Apesar de os sinto-mas da gripe suína serem seme-lhantes aos da doença tradicional,como febre, dores musculares etosse, possui características maisespecíficas. De acordo com Maga-li Motta, existem três sinais queapontam suspeita de infecção pelovírus H1N1: “febre principalmen-te 38° e persistente, falta de ar etosse”. Alguns pacientes infecta-dos chegaram a apresentar náuse-as, vômitos e diarreia.

é muito diluído, enquanto o de90% evapora muito rápido”, es-clarece.

Magali salienta o uso do álcoolnão só na limpeza das mãos, comotambém dos ambientes. Para ela,é importante que, pela manhã ouao final da tarde, as mesas de tra-balho e balcões de atendimento