ANO Rio de Janeiro, 13 dc Novembro el( 1943 DOM Vil...

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ANO Vil Rio de Janeiro, 13 dc Novembro el( 1943 DOM CASMURRO Diretor: BRICIO DE ABREU Cr$ 1,00 8 Páginas A CONFUSÃO ERA GERAL DOM CASMURRO Machado de Assis -Pág. 343 GRANDE HEBDOMADÁRIO BRASILEIRO j Cf$ 1,00 FRIO OU QUENTE FAZ BEM A GENTE Os "Cristas de Galo" e a literatura teatral O a Jornalista* do meu tem- po. isto é, do tempo em qua eu trabalhava nn Imprensa, devem-se lembrar do Vitorio de Castro que. eomo eu. ajudou joio do Fio a fazer circular "A Pátria", ¦ Mario Rodrigues "A Manhí", •, um dia. foi para a iua terra Belém do Pari. Dl- liam que ele era maluco, Justa- mtritp porque era normal. Ser maluco naquele tempo, eomo alti- ,.B hoje. era ser natural, expon- tíneo, simples, escrevendo como u pensa í pensando sem pensar nas conveniências... Vitorio de Castro, por cansa disso, velo do para. e voltou como velo: Nâo ar- Diiioii um bom empreso, nSo ca- ,.u mm menina rica. nem che- ou a ser literato. E tinha que ,_r assim mesmo, porque ele nâo tra "crista tie galo". Assim cha- «ava ete a todos esses cavalhel- r0s que» estão sempre Imperttga- aos impertígados no corpo, nas atitudes, na alma.,, esses cava- Iheiras que andam, falam e pen- .ani eomo se fossem gaios de crista rmplnada. S5o esses ma- niams rias letras, que estão sem- pre rsirtoes fle que vâo dizer a úl- tima palavra, quando escrevem .obre qualquer assunto. Eles en- tendem de tudo, Tudo, neles, é o nue de melhor, desde o ri?tar- re nue fumam, ao alfaiate em q.j. «¦ vesteftr.-—©s-xeLóglos que Ufam sán de marca comurnTTTníSr- irATT.n assim, são superiores aos outrip ria mesma marca. Esse. su leitos chegam ao etir lo rte- dim. às vezes, tine possuem documentos fine. se fossem divul- E.n Immens excepcionais, extern- tei. que editam os próprios 11- vros escrevem em todos os Jor- nais e revistas, durante anos. mis n'ie. nor um desses azares ilneuem fica sa- De JORACY CAMARGO bwirin qvi( eles i st em. . um vai vlsl- ti: «ni desses sujeitos, e fatal a _11.pr.7a riesconcertante. Eles teem uma série de livros publica- do*, miiltn he-m encadernados, eorr n-trons r""iãc!ns de litera- f-,. ilustres, ar: madlnhos a um rantn rif um li ido armário, alem das pilha" ri» brrwhuras que fl- a das emprega- para aos mirar,. vproduto desses 11- vrns qu* ns esposas pacientes reem que !r buscar todos às vezes que . preciso ainda aparecem, e tem"< t.iie folhear grossos álbuns, replfm d* recortes de Jornais e revistas que publicaram coisas maravilhosas sobre os "cristas de galn' ?.. no fim dessa estopads, a gente tem que ficar de boca aberta a olhar para aquele mon- tio rt. elogios e de fatos que se passaram na vida de um homem que nsnetiem conhece, e que. afi- ml. rim lusta razão, pensa qne ê m i!m r-onhccldo. Esses, sSo os "cristas de galo" granflnos. por- qw !-i na qne se fazem de boê- mio? -,s que nfio teem álbuns de recoves, restem-se cnm aparen- te r.»c*irtnela e eheaam a ter um pouen de cultura, mas nfto teem um pingo de talento, O- primeiros, afetando gra<rt- rlars> escrevem sempre em tom paterna!, falsamente bet.cvnlen- tes " checam a oferecer-se para erien'.r nu encaminhar os no- voí rie talento... Os segundos, s5c dlsslmuladamente perversos, ma. não ennseçuem disfarçar a revolta característica dos eom- pl*xos de inferioridade, oue s5o ,i r"T_ expressão da In1 E aqul, chegamos ao ponta a que t-\ queria chegar. Tri.-ij eles. como todos os o •rii -rristas de iralo" de todos '¦en-spns, sonham com o teatro, ou m°'hnr, rom a literatura teatral. Mas isao r uma coisa tâo difícil, exige '.ima vocaçflo tfio especial, f aprnsenta um tal conjunto de obstáculos, que chega a produzir a confusão qui vai por at. V" empreendem, esses literatos pnet.aa, que eles, cheios de talento * cultura, não consigam compor peças teatrais que até, sujeitos analfabetos escrevem, e multas v?7e„, cnm srande sucesso' !_ cnmn nio se conformam eom essr r.nòmeno, e. afinal, nâe teem a nobreza'cultural de Ma- ehario ue. Assis, que rendeu t( maiores homenagens ao teatro, i confessou que nao atinara com t seeredn dessa arte literária, pro- curam desmoralizar a literatura teatral s os pobres literatos que wem rio drama, pobres, digo eu, «penas por causa da campanha que cnntra eles movem os litera- ¦°s rias outras literaturas, por- que ns teatrólogos são os escri. tores mais bem pastos de todos oi países A questão econômica é lambem um dos fatores decisivos ?¦*. campanha. Os outros litera- '^s " poetas paçam ns edlçôc r;^ suas obras, mi conseguem se s amigos, que Mas, 'no teatro, a coisa é dlfe- rente: a montagem de uma pe- ça custa os olhos da cara, e o original deve ter todas as condi- çôes, mais ou menos previstas. para agradar io publico. Um li- vro pode ficar eternamente re- chado numa vitrine, mas uma peça tem que ser diariamente recitada diante dos que pagaram para ouvi-la. Não empresta- rio que monte uma peça, parn ta- zer um favor, ou para atender a um pístolão, Se Isso fosse possl- vel. seria multo pior ainda para esses eternos inimigos doa que vencem no teatro. Eu mesmo teria sugerido aos empresários a montagem das peças encalhadas de todos os que condenam os tra- talhos dos autores profissionais, afim de que sofressem, de uma vez. n desilusão fatal, como um corretivo às suas desagradáveis Impertlnênclas. E' bem verdade que Isso Ji es- sendo feito, ultimamente, em- bora sem a amplitude e a slste- matização que seriam de desejar para o saneamento do teatro. Com a criação do Serviço Nado- nal <lo Teatro, a conseqüente or- ganlzação da Comédia Brasileira, e a concessão de auxílios flnan- ceiros aos empresários, mais da irttores novos foram lan- çados. t. nWii-^síLjfiso^mellio- rou a qualidade dos nossos táculos. O qne é certo é que autores contemplados com as oportunidades excepcionais, mon- tagens vistosas. permanência forçada no carta?!, lançamento es- palhafatoso e outras "mamatas" que os velhos autores, os açam- barcadores". nunca tiveram, fl- raram sossegados... Nunca mais escreveram contra os "colegas", e andam por ai dizendo que "fazer teatro" é. realmente, muito dlfl- cll... Entretanto, o batalhão de 11- terntos e poetas sem vocação pa- ra o teatro, e multo grande, e, por Isso, a campanha de desmo- rallzação de continuar. "Po- bre teatro nacional" é uma ex- pressão que os Jornais imprimem diariamente. "Assunto multo ex- piorado" e outra, "O sucesso da peça" deve ser atribuído ao ta- lento dos artistas, também é fre- quente nas crônicas teatrais. "A comédia de ontem evidencia remarcada Influência de tal ou qual autor estrangeiro", eis ai uma chapa. Enílm, para esses "cristas de galo" não temos aln- da uma literatura teatral. E' pena que, sabendo disso, es- ses mestres nao procurem "pre- encher essa lamentável lacuna"... Mas não procuram porque nao entendem nada de teatro. Não sabem que náo assunto muito explorado, porque os assuntos são sempre os mesmos, no teatro, eo- mo no romance, no conto, na no- vela, na pesla t até na própria A". " Vir Vida desses bobalhôes. Não sa- bem que os artistas, por melho- res que sejam, nunca poderão co- locar-se acima da peça, mas ape- nas atingir ao máximo da Inter- pretação sugerida pela obra do autor, Nãu sabem de nada, em suma. IIgnaram que os autores profissionais, os que vivem dn teatro, nunca poderão produzir peças que ultrapassem a menta- Udade do público e a capnelda- de dos artistas, devido ã nec.essl- dade de atrair grande número de espectadores. O valor das obras de teatro para ser representado é limitado pelas condições ambientes, pois nunca houve, em nenhuma épo- ca da história, em qualquer pais, um grande teatro sem um gran- de público, assim como nunca houve grandes autores onde nun. ca houve çrandes artistas. A In terdependencla é Inevitável, nt teatro, porque os romancistas e os poetas podem escrever en plena liberdade, que o públlct também está em liberdade para deixá-los nas vitrines ou nas es. tantes. Assim, é possível escre- ver grandes obras, sem levar en conta a cultura ou o bom gosto do pbllco. Al está a raíão pela qual nós, os autores de teatro, não merecemos a menor conslde- ração dos outros literatos, e es- tamos sujeitos ás criticas mais Ineptas e desconcertantes. que somos obrigados a escrever como é preciso escrever, com JLgue eles con- seguem à custa de ãTito-blofirfF" fia. ou de esticados que o teatro não admite, nem ao menos con- seguimos, para eles. que não sa- bem examinar o conteúdo de nossas obras, dar a Impressão de que também temos a nossa cui- hirazlnha... A campanha eontri os autores de teatro tem sido tã' intensa que. poucos meses em Porto Alegre, e. recentemen. te, em Campos, dois literatos de valor que entraram, por acaso, na minha- Intimidade intelectual, confessaram honestamente o seu espanto diante do pouquinho de cultura que eu, sem o querer, fu' revelando, em consecutivas pa- lestras. As peças não revelam na- da. De quem é a culpa? Minha' Das peças? Deles, que nfio sou beram f_ercebrr um pouco d( cultura Centro das peças? Ou do público? Sim. porque eu escre vo para o público. Para o públi co do Brasil, de toda a América Latina e de alguns países da Eu- ropa. E se o público de todos es- ses lugares tem aplaudido as ml- nhas peças, e tem pago grande: somas para auJaudi-Ias. t porque eii estou produzindo rigorosa' mente de acordo com as exigem cias desse grande público. Po' conseqüência, a culpa é dos qui pagam para "evitar" que eu me coloque em melhor situação no conceito dos que desfrutam o privilégio da demonstrar ã sua (Continua n> pág. ¦) APrtS VHA VIAGEM que fea Mme. Jul leite Dnmet, tetnr Hugo experimentou o desejo de fixar algumas ila» suas impressões por meio Au de- senho. Confessou Isso à r\i» eom- pnnheira de viagem que exrla- ²Mas, meu carn amJRO, você nunca jiMlerá realizar issol. .'. K depois, você tem tanta* milras coisas belas a fazer!.,. Vai per- der 0 seu tempo. .. ²Ora, qual! replicou Vietor Hugo. Eu aprendi muito bem de- senho quando era criança, par:» tentar a tarefa.. Você vernl E ele empenhou nn seu desejo lnda a sua vontade que era ennr- me. Seus primeiro-, ensaios fo- ram infantis, mns ninho rápida- mente conseguiu uma tal mcstrla que um das nossos pintores dizia recentemente que o grande poeta teria conquistado pelo desenho, sc ¦ ele se tivesse dedicado, uma glória quase equivalente à que fora reservada ao poeta. Gustave Sininn conta da ma- neira seguinte a interessante e curiosa sé. ie de acontecimentos que permitiram que chegassem até nós, um certo número doa maravilhosas documentos, Vietor Hugo semeou seus tralia- Ilios de lápis aos quatro vento», dlsiribuindo-os por muitos aml- gos, dispersandei-ns e até mesmo lanç__ndO-os ao acaso. Tudo era pretexto para um desenho. Apa- nhava o primeiro pedaço rie pa- pel que lhe caia nas mãos: um envelope, um convite, uma fai\__ Jornal, uma entrada de teatro um cartão de visita e com alguns rabiscos, traçava um retrato nu _tim__ ner fil, esboçava uma carica- O LÁPIS DE VÍTOR HUGO SI VICTOR HUGO NAO FOSSE O MAIOR DOS POETAS FRANCESES, PO- I1ERIA TER SIDO O MAIOR DOS DESENHISTAS. SEUS DESENHOS, CON- FORME PODEMOS VER PELAS REPRODUÇÕES QUE AQUi DAMOS, RE- VELAM ALEM DE UMA IDÍlIA ADMIRÁVEL, UM CONHECIMENTO. UM DOMÍNIO DA FORMA, QUE MARAVILHAM OS TÉCNICOS. E A MANEIRA PELA QUAL O MESTRE EXECUTAVA ESSAS OBRAS-PRIMAS E' TÃO DI- VERTIDA QUANTO IMPREVISTA meses. Quando teve que deixar a França, após n Golpe de Lstado, .'ciirieram seu mobiliário <• scui L_i_l_-_^ "Le Râve' tura de expressão singular, uma figura viva, palpitante, divertida ou apavorante, ou criava um pássaro, uma flor, um navio, o mar, um castelo, um membro da Academia, uma c.lança ou um palhaço. Ele Inventara uma flor sua, e* tranha. síntese de flor variada misturada de dália, de amor-per- mito pour i edi > não fazem '¦¦'Vsi verdadeira "rcün entre aml fis', por melo de subscrição pa- ra una "edleãn especial", ctl pa. V-, iTK-lhnr, que garanta a' des- iwsa do "abacaxi". m || MS BUfi ___________________ i^^__Hn_H_L«ffl!^_^fff_K_-_lilliti ^______K ÍTwMJ BrV*Jtf \\mm B V*tHn WJX4K __t^____l_ *y__________ni t^^w^sm jBI ______^^^^_______^_______r*; é. '9_eJH______F' ^H_________ ¦ ¦__fl_F~^ **!! L '*ic_*.^ ¦ |^^_ ¦¦__¦_;, js\w ______ v-._Sa ¦ itiíil M PF^Hc \\\\\\\\\\\\\\W |":: ¦!¦ UMA FF..1TA DE ARTISTAS: 0 pínfor Funchal OaeHo, pfiiiagi/tji fltifrfvel, que s* apresentou no tÜ.imo "So- lor." com um quitttio, verdadeira "lèla rie 'ei", «lie Tii!iiM"rieu qií> falar i do qual ainda rt fala ao discutir-se e fraqueza ou a maldade dos homens, foi liumenaaeado por vm grupo de amigos que desejou reytstror a vitoria do artisla com a opresenioçdo, tin tilítinn pnlerlsi oficiai, de uma das mais lindas paisagens nue jrt foram joísnrn- etn.t nestes últimos fciTipo.e. A homenagem comlstíu num almoço e numa tertúlia literária levada a e/clto no fiar- rnreío dai Cascatínha iVIta n Joio VI} residência de Littí Edmundo que, gostosamente, a cedeu aos organi- ladtirrs du lolaança A totvqrofia que rira puliliriirrs rcpiririita apenas ns primeiro, conriiliid.s par» o áqtipt lr\!t,:>. Fm limas que sr truha chWrradn t, nt outro cht:l<f que representara todos os presentes d fe.nl ^ que SI mvloriqnu das ntiíe dn manhã às seis (Ia tarde. Paru e "nirnu" onde humoristicamente se apresentaram cs prrit',.1 com designações de nmtt Intenção íntifenstr.i r alegre, em melo a simpática etioie do homerngead., Helios Serlinoer traçou esta legenda que definia o propósito dn almoço: "Esta ei a medalha dr ntirn rin emi- ífitfc" ftiiiieií-re, heheie-tc, cantou-se, rerilaram-se ve, ias e ali chnrou.se porque Funchal Garcia, comovido no nirntlrr"r r,s sitircnis proias de ctiitiaradnorm dnda poi seus amigos náo ponde reprimir ns lágrimas de cm- ¦ ¦¦„ (¦',¦ rinur: hr.lluir uns s-\,s o!l:t,s, nqneWs nllins d* à'HHa srm gorros, ma' de ara' íerftrcf'. IcHhiths jvi" t-.ii.» „;',y.r-,ii D CASMUItFO esteve prcenle ft Icfn pela pessoa de seu dirrfr. Paulo F.ilho trlet-.-nc.u de Correias, nt','- arhaia. abraçando pelo fio dst l.iqtil o pintor Houve telegramas, rarto.s, cart/ies e umu "mar. chi aux flambleaux" que acompanhou o homenageado até ou bonde da Tijuco- aue o conduziu a cidade. Uma rasa onde itioe-nra Vítor Hugo que escrn-eu em balrei de-te desenl ¦¦La maíson que rliebile au eoin du Poní, 28 Jiitllesi Vinuden" ohielo; 4Rfl francos Depois disse ao Mes- Ire qne fora o comprador. Salve-o, disse. Viior Hugo. Mas ru não quero que fique com ersse prejuízo. Paçar-lhe-ei a ini- portánrl.i,., e fique eom o qua- dro de presente. Alem dis-,0. lira- meto fazer a moldura. Tm 18*1 o poeta cumpriu a sua promessa: reuniu quatro láhoas e eseulpiti nelas pãs-sarni: e insetos. escrevendo em baixo relevo: "Vietor Hugo a Paul Maurice". Terminado o irnhalho, Vietor Hu*o moMrnu seus dertne. eneardi- dos de tinta t queimado* pelos áridos, minhas unhas! excl Vejam as poderão pensar de i ? Dt- feito, de crtsàntemo, de margari- da e de elematlte. E' a flor de Vietor Hugo, que acharemos na* suaa paisagens, nos seus motivo» d ero r alTvSS;~nas~ sna *-—fnntasiaj^- desenho fora para ele pri- meiro um passatempo, uma e ele n íessavs» a Baudelaire, ahril de 1860: "Sinto-me ahsinlutamente satis- feit» e muito orgulhoso do qua vncê teve a bondade de pensar das coisas às quais chamo "meus desenhos a pena". Acabei por misturar a isso. o lápis, o carvão a «épla, o "fiisaln ", a ferugem da chaminé e toda a espécie de mia- tnraa biiarras que ronseeuein transmitir mais ou menos n que eu tenho nos olhos e, sobretudo, no espírito. Isso me diverte, en- Ire duas estrofes." Misturas biiarras. com efeito poU de quando em quando ela derramava no nanqtiim ou na tépla. chá ou café, farinha ou Cinza! Quaniiw dos seus desenhos nasceram do acaso, de uma pe- quena mancha tle tinta cairia da sua pena, de uma gota de caf* entornada, do simples salpico ile um líquido qualquer formnndo um contorno estranho,.. Ele tomava então, o primeiro Instrumento que lhe vinha à mão; uma pena de bico muito aberto, * cabo de uma pena de pato, unt palmito, um toco d elapis, ura canivete a, quando nada dl^ao ea- tava ao seu alcance, o próprio po- legar. Essa mancha lançada aa acaso era um enigma. O que faria ela ¦air dali?... Ingorava... Era, no começo, uma Tela do navio, mas da repente a vela aa transformava em uma árvore s a árvore acabara por assumir um asnecto tão estranho que dava a Idéia de uma torre. Hugo lançava então, diversas manchas de tin- ta: a torre se transformava num castelo com muralhas gigantes- cas, seteiras, sinos, guarita* rriça- rias, toda uma arquitetura gran* diosa. enfim, e aterradora. E cora alguns toques de canivete, ele Iça- va de repente sua mansão r~ »'** de uma montanha, nbrlnde mns em volta, lançando pontdl levadiças. E nesse negrume, ras- pava um pouco para criar uni ponto branco ou um pouco ila lui e nessas massas sombrias In* troduzia delicados motivos de ar- quitetura, Porque não desenhava apenas: ctncelava também, seua deeenhns com a ponta do canl- veie. Tirava rie uma eolsa qualquer, insignificante, aob o Impulso da sua fantasia, construções fantás- tlcas, massas formidáveis povoa- das de sonhos « de pesadelos, in- ventando uma espécie de arqtiiie- tura fantasmagórica, mais podo- rosa do que a realidade, graças àa prodigiosas rlsfie» de sua imagl* nação. Foi assim que ele produziu, com essa empolgante ressurreição de» burgoa cujaa ruínas o tmpreaalo- naram na sua viagem pelo Reno, a Impressão de que a alma doa Jnb, doa Magnus, dos Hallo. es- tava encarcerada entre essas mu- râlhas. Quando escrevia um romanc* ou um drama, traçava quase sem- pre, à margem dns sen» manus* rrltos. a fisionomia das persnna- Kcns ou dava um esboço do cena- rio nu do ambiente no qual desenrolava a ação. A história do maior dos .lese- nhos rie Vicio. Hugo, o "fturg à Ia Croix", é bem divertida. Vm cila, um dos seus amlgoa disse so poeta: ²Vnel fax desenhos mui curiosos, muito originais, n multo pequenos. Por que não le ta um desenho hem írande? desenho grande?!... Ma não é faeil. .. E' preciso t po e capacidade. ²Ma» se vorê qul<er. fará. Fni em IfUB Vietor Hueo mo- rava nes*a época na rua ria "Teur-rt'Au.verjne". Comprou na papelaria da esquina, uma grande folha de papel forte. Tinha a mão as suas "misturas", como sa chamara: nanquim, sépia, café. Lançou an acaso, pedaços de tin- ta sobre a página branca exa- minando detidamente o quadro, vê-se. com efeito, eamadas espes- ras de tinta coagulada —, o fea brotar dessa masa negra Burg à Ia Crolx, servindo-se da pena, do dedo, do canivete, da raspaiU-i- ra, desenhando, esculpindo, cinte- lando, pondo Iu_s nas sombras, manchas brancas n onegrume a erguendo um monumento fantás- tico, perturbador a terrível, numa paisagem de desolação. Consagrou a essa trablho, três •r^w ¦Gaeroeht « dtx ans" earloutvra feita pelo poeta para os seus netOJ Qearget e Jtanne rão que Vietor Hugo nüo lava as mãos... e isso será uma bela rs- putação... Nunca mais ousarei apertar a mão de quem quer que o alto P?tóV;7 ..".• l 'Lê Phart d'Ed(fit.íone" tXVIl ê tticlt) Srtrnjt âê VHomme epit rit)

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ANO Vil Rio de Janeiro, 13 dc Novembro el( 1943

DOM CASMURRODiretor: BRICIO DE ABREU

Cr$ 1,00

8 Páginas A CONFUSÃO ERA GERAL— DOM CASMURRO Machado de Assis -Pág. 343

GRANDE HEBDOMADÁRIO BRASILEIRO j Cf$ 1,00

FRIO OUQUENTE

FAZBEM

AGENTE

Os "Cristas de Galo" e a literatura teatralO

a Jornalista* do meu tem-po. isto é, do tempo em quaeu trabalhava nn Imprensa,

devem-se lembrar do Vitorio deCastro que. eomo eu. ajudoujoio do Fio a fazer circular "A

Pátria", ¦ Mario Rodrigues "A

Manhí", •, um dia. foi para aiua terra — Belém do Pari. Dl-liam que ele era maluco, Justa-mtritp porque era normal. Sermaluco naquele tempo, eomo alti-,.B hoje. era ser natural, expon-tíneo, simples, escrevendo comou pensa í pensando sem pensarnas conveniências... Vitorio deCastro, por cansa disso, velo dopara. e voltou como velo: Nâo ar-Diiioii um bom empreso, nSo ca-,.u mm menina rica. nem che-ou a ser literato. E tinha que,_r assim mesmo, porque ele nâotra "crista tie galo". Assim cha-«ava ete a todos esses cavalhel-r0s que» estão sempre Imperttga-aos impertígados no corpo, nasatitudes, na alma.,, esses cava-Iheiras que andam, falam e pen-.ani eomo se fossem gaios decrista rmplnada. S5o esses ma-niams rias letras, que estão sem-

pre rsirtoes fle que vâo dizer a úl-tima palavra, quando escrevem.obre qualquer assunto. Eles en-tendem de tudo, Tudo, neles, é onue há de melhor, desde o ri?tar-re nue fumam, ao alfaiate emq.j. «¦ vesteftr.-—©s-xeLóglos queUfam sán de marca comurnTTTníSr-irATT.n assim, são superiores aosoutrip ria mesma marca.

Esse. su leitos chegam ao etirlo rte- dim. às vezes, tine possuemdocumentos fine. se fossem divul-

E.n Immens excepcionais, extern-tei. que editam os próprios 11-vros escrevem em todos os Jor-nais e revistas, durante anos.mis n'ie. nor um desses azares

ilneuem fica sa-

De JORACY CAMARGO

bwirin qvi( eles i st em. . umvai vlsl-

ti: «ni desses sujeitos, e fatal a_11.pr.7a riesconcertante. Elesteem uma série de livros publica-

do*, miiltn he-m encadernados,eorr n-trons r""iãc!ns de litera-f-,. ilustres, ar: madlnhos a umrantn rif um li ido armário, alemdas pilha" ri» brrwhuras que fl-

a das emprega-para aos mirar,.

vproduto desses 11-vrns qu* ns esposas pacientesreem que !r buscar todos às vezesque . preciso ainda aparecem, etem"< t.iie folhear grossos álbuns,replfm d* recortes de Jornais erevistas que publicaram coisasmaravilhosas sobre os "cristas degaln' ?.. no fim dessa estopads,a gente tem que ficar de bocaaberta a olhar para aquele mon-tio rt. elogios e de fatos que sepassaram na vida de um homemque nsnetiem conhece, e que. afi-ml. rim lusta razão, pensa qneê m i!m r-onhccldo. Esses, sSo os"cristas de galo" granflnos. por-qw !-i na qne se fazem de boê-mio? -,s que nfio teem álbuns derecoves, restem-se cnm aparen-te r.»c*irtnela e eheaam a ter umpouen de cultura, mas nfto teemum pingo de talento,

O- primeiros, afetando gra<rt-rlars> escrevem sempre em tompaterna!, falsamente bet.cvnlen-tes " checam a oferecer-se paraerien'.r nu encaminhar os no-voí rie talento... Os segundos,s5c dlsslmuladamente perversos,ma. não ennseçuem disfarçar arevolta característica dos eom-pl*xos de inferioridade, oue s5o,i r"T_ expressão da In1

E aqul, chegamos ao ponta aque t-\ queria chegar.

Tri.-ij eles. como todos os o•rii -rristas de iralo" de todos'¦en-spns, sonham com o teatro, oum°'hnr, rom a literatura teatral.Mas isao r uma coisa tâo difícil,exige '.ima vocaçflo tfio especial,f aprnsenta um tal conjunto deobstáculos, que chega a produzira confusão qui vai por at. V"empreendem, esses literatospnet.aa, que eles, cheios de talento* cultura, não consigam comporpeças teatrais que até, sujeitosanalfabetos escrevem, e multasv?7e„, cnm srande sucesso'

!_ cnmn nio se conformam eomessr r.nòmeno, e. afinal, nâeteem a nobreza'cultural de Ma-ehario ue. Assis, que rendeu t(maiores homenagens ao teatro, iconfessou que nao atinara com tseeredn dessa arte literária, pro-curam desmoralizar a literaturateatral s os pobres literatos quewem rio drama, pobres, digo eu,«penas por causa da campanhaque cnntra eles movem os litera-¦°s rias outras literaturas, por-que ns teatrólogos são os escri.tores mais bem pastos de todos oipaíses A questão econômica élambem um dos fatores decisivos?¦*. campanha. Os outros litera-'^s " poetas paçam ns edlçôcr;^ suas obras, mi conseguem se

s amigos, que

Mas, 'no teatro, a coisa é dlfe-rente: a montagem de uma pe-ça custa os olhos da cara, e ooriginal deve ter todas as condi-çôes, mais ou menos previstas.para agradar io publico. Um li-vro pode ficar eternamente re-chado numa vitrine, mas umapeça tem que ser diariamenterecitada diante dos que pagarampara ouvi-la. Não há empresta-rio que monte uma peça, parn ta-zer um favor, ou para atender aum pístolão, Se Isso fosse possl-vel. seria multo pior ainda paraesses eternos inimigos doa quevencem no teatro. Eu mesmo Játeria sugerido aos empresários amontagem das peças encalhadasde todos os que condenam os tra-talhos dos autores profissionais,afim de que sofressem, de umavez. n desilusão fatal, como umcorretivo às suas desagradáveisImpertlnênclas.

E' bem verdade que Isso Ji es-tá sendo feito, ultimamente, em-bora sem a amplitude e a slste-matização que seriam de desejarpara o saneamento do teatro.Com a criação do Serviço Nado-nal <lo Teatro, a conseqüente or-ganlzação da Comédia Brasileira,e a concessão de auxílios flnan-ceiros aos empresários, mais da

irttores novos foram lan-çados. t. nWii-^síLjfiso^mellio-rou a qualidade dos nossostáculos. O qne é certo é queautores contemplados com asoportunidades excepcionais, mon-tagens vistosas. permanênciaforçada no carta?!, lançamento es-palhafatoso e outras "mamatas"

que os velhos autores, os açam-barcadores". nunca tiveram, fl-raram sossegados... Nunca maisescreveram contra os "colegas", eandam por ai dizendo que "fazerteatro" é. realmente, muito dlfl-cll...

Entretanto, o batalhão de 11-terntos e poetas sem vocação pa-ra o teatro, e multo grande, e,por Isso, a campanha de desmo-rallzação há de continuar. "Po-bre teatro nacional" é uma ex-pressão que os Jornais imprimemdiariamente. "Assunto multo ex-piorado" e outra, "O sucesso dapeça" deve ser atribuído ao ta-lento dos artistas, também é fre-quente nas crônicas teatrais."A comédia de ontem evidenciaremarcada Influência de tal ouqual autor estrangeiro", eis aiuma chapa. Enílm, para esses"cristas de galo" não temos aln-da uma literatura teatral.

E' pena que, sabendo disso, es-ses mestres nao procurem "pre-encher essa lamentável lacuna"...

Mas não procuram porque naoentendem nada de teatro. Nãosabem que náo há assunto muitoexplorado, porque os assuntos sãosempre os mesmos, no teatro, eo-mo no romance, no conto, na no-vela, na pesla t até na própria

A"." Vir

Vida desses bobalhôes. Não sa-bem que os artistas, por melho-res que sejam, nunca poderão co-locar-se acima da peça, mas ape-nas atingir ao máximo da Inter-pretação sugerida pela obra doautor, Nãu sabem de nada, emsuma. IIgnaram que os autoresprofissionais, os que vivem dnteatro, nunca poderão produzirpeças que ultrapassem a menta-Udade do público e a capnelda-de dos artistas, devido ã nec.essl-dade de atrair grande número deespectadores.

O valor das obras de teatropara ser representado é limitadopelas condições ambientes, poisnunca houve, em nenhuma épo-ca da história, em qualquer pais,um grande teatro sem um gran-de público, assim como nuncahouve grandes autores onde nun.ca houve çrandes artistas. A Interdependencla é Inevitável, ntteatro, porque os romancistas eos poetas podem escrever enplena liberdade, Já que o públlcttambém está em liberdade paradeixá-los nas vitrines ou nas es.tantes. Assim, é possível escre-ver grandes obras, sem levar enconta a cultura ou o bom gostodo pbllco. Al está a raíão pelaqual nós, os autores de teatro,não merecemos a menor conslde-ração dos outros literatos, e es-tamos sujeitos ás criticas maisIneptas e desconcertantes. Jáque somos obrigados a escrevercomo é preciso escrever, comJLgue

eles só con-seguem à custa de ãTito-blofirfF"fia. ou de esticados que o teatronão admite, nem ao menos con-seguimos, para eles. que não sa-bem examinar o conteúdo denossas obras, dar a Impressão deque também temos a nossa cui-hirazlnha... A campanha eontrios autores de teatro tem sido tã'intensa que. há poucos mesesem Porto Alegre, e. recentemen.te, em Campos, dois literatos devalor que entraram, por acaso, naminha- Intimidade intelectual,confessaram honestamente o seuespanto diante do pouquinho decultura que eu, sem o querer, fu'revelando, em consecutivas pa-lestras. As peças não revelam na-da. De quem é a culpa? Minha'Das peças? Deles, que nfio souberam f_ercebrr um pouco d(cultura Centro das peças? Ou dopúblico? Sim. porque eu escrevo para o público. Para o público do Brasil, de toda a AméricaLatina e de alguns países da Eu-ropa. E se o público de todos es-ses lugares tem aplaudido as ml-nhas peças, e tem pago grande:somas para auJaudi-Ias. t porqueeii estou produzindo rigorosa'mente de acordo com as exigemcias desse grande público. Po'conseqüência, a culpa é dos quipagam para "evitar" que eu mecoloque em melhor situação noconceito dos que desfrutam oprivilégio da demonstrar ã sua

(Continua n> pág. ¦)

APrtS VHA VIAGEM que feaMme. Jul leite Dnmet,

tetnr Hugo experimentouo desejo de fixar algumas ila»suas impressões por meio Au de-senho. Confessou Isso à r\i» eom-pnnheira de viagem que exrla-

Mas, meu carn amJRO, vocênunca jiMlerá realizar issol. .'. Kdepois, você tem tanta* milrascoisas belas a fazer!.,. Vai per-der 0 seu tempo. ..

Ora, qual! replicou VietorHugo. Eu aprendi muito bem de-senho quando era criança, par:»tentar a tarefa.. Você vernl

E ele empenhou nn seu desejolnda a sua vontade que era ennr-me. Seus primeiro-, ensaios fo-ram infantis, mns ninho rápida-mente conseguiu uma tal mcstrlaque um das nossos pintores diziarecentemente que o grande poetateria conquistado pelo desenho,sc ¦ ele se tivesse dedicado, umaglória quase equivalente à quefora reservada ao poeta.

Gustave Sininn conta da ma-neira seguinte a interessante ecuriosa sé. ie de acontecimentosque permitiram que chegassematé nós, um certo número doamaravilhosas documentos,

Vietor Hugo semeou seus tralia-Ilios de lápis aos quatro vento»,dlsiribuindo-os por muitos aml-gos, dispersandei-ns e até mesmolanç__ndO-os ao acaso. Tudo erapretexto para um desenho. Apa-nhava o primeiro pedaço rie pa-pel que lhe caia nas mãos: umenvelope, um convite, uma fai\__d« Jornal, uma entrada de teatroum cartão de visita e com algunsrabiscos, traçava um retrato nu

_tim__ ner fil, esboçava uma carica-

O LÁPIS DE VÍTOR HUGOSI VICTOR HUGO NAO FOSSE O MAIOR DOS POETAS FRANCESES, PO-I1ERIA TER SIDO O MAIOR DOS DESENHISTAS. SEUS DESENHOS, CON-FORME PODEMOS VER PELAS REPRODUÇÕES QUE AQUi DAMOS, RE-VELAM ALEM DE UMA IDÍlIA ADMIRÁVEL, UM CONHECIMENTO. UMDOMÍNIO DA FORMA, QUE MARAVILHAM OS TÉCNICOS. E A MANEIRAPELA QUAL O MESTRE EXECUTAVA ESSAS OBRAS-PRIMAS E' TÃO DI-

VERTIDA QUANTO IMPREVISTAmeses. Quando teve que deixar aFrança, após n Golpe de Lstado,.'ciirieram seu mobiliário <• scui

L_i_l_-_^"Le Râve'

tura de expressão singular, umafigura viva, palpitante, divertidaou apavorante, ou criava umpássaro, uma flor, um navio, omar, um castelo, um membro daAcademia, uma c.lança ou umpalhaço.

Ele Inventara uma flor sua, e*tranha. síntese de flor variadamisturada de dália, de amor-per-

mito pour i edi> não fazem'¦¦'Vsi verdadeira "rcün entre aml

fis', por melo de subscrição pa-ra una "edleãn especial", ctl pa.V-, iTK-lhnr, que garanta a' des-iwsa do "abacaxi".

m || MS BUfi___________________ i^^__Hn_H_L«ffl!^_^fff_K_-_lilliti ^______K

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jBI ______^^^^_______^_______r*; é. '9_eJH______F ' ^H _________¦ ¦__fl_F~^ **!! L '*ic_*.^ ¦|^^_ ¦¦__¦_;, js\w ______ v-._Sa¦ itiíil MPF^H c \\\\\\\\\\\\\\W |":: ¦!¦

UMA FF..1TA DE ARTISTAS: — 0 pínfor Funchal OaeHo, pfiiiagi/tji fltifrfvel, que s* apresentou no tÜ.imo "So-lor." com um quitttio, verdadeira "lèla rie 'ei", «lie Tii!iiM"rieu qií> falar i do qual ainda rt fala ao discutir-se efraqueza ou a maldade dos homens, foi liumenaaeado por vm grupo de amigos que desejou reytstror a vitoriado artisla com a opresenioçdo, tin tilítinn pnlerlsi oficiai, de uma das mais lindas paisagens nue jrt foram joísnrn-etn.t nestes últimos fciTipo.e. A homenagem comlstíu num almoço e numa tertúlia literária levada a e/clto no fiar-rnreío dai Cascatínha iVIta n Joio VI} residência de Littí Edmundo que, gostosamente, a cedeu aos organi-ladtirrs du lolaança A totvqrofia que rira puliliriirrs rcpiririita apenas ns primeiro, conriiliid.s par» o áqtiptlr\!t,:>. Fm limas que sr truha chWrradn t, nt outro cht:l<f que representara todos os presentes d fe.nl ^ que SImvloriqnu das ntiíe dn manhã às seis (Ia tarde. Paru e "nirnu" onde humoristicamente se apresentaram csprrit',.1 com designações de nmtt Intenção íntifenstr.i r alegre, em melo a simpática etioie do homerngead.,Helios Serlinoer traçou esta legenda que definia o propósito dn almoço: "Esta ei a medalha dr ntirn rin emi-ífitfc" ftiiiieií-re, heheie-tc, cantou-se, rerilaram-se ve, ias e ali chnrou.se porque Funchal Garcia, comovido nonirntlrr"r r,s sitircnis proias de ctiitiaradnorm dnda poi seus amigos náo ponde reprimir ns lágrimas de cm-

¦ ¦¦„ (¦',¦ rinur: hr.lluir uns s-\,s o!l:t,s, nqneWs nllins d* à'HHa srm gorros, ma' de ara' íerftrcf'. IcHhiths jvi"t-.ii.» „;',y.r-,ii D CASMUItFO esteve prcenle ft Icfn pela pessoa de seu dirrfr. Paulo F.ilho trlet-.-nc.u deCorreias, nt','- v» arhaia. abraçando pelo fio dst l.iqtil o pintor Houve telegramas, rarto.s, cart/ies e umu "mar.chi aux flambleaux" que acompanhou o homenageado até ou bonde da Tijuco- aue o conduziu a cidade.

Uma rasa onde itioe-nra Vítor Hugo que escrn-eu em balrei de-te desenl¦¦La maíson que rliebile au eoin du Poní, 28 Jiitllesi Vinuden"

ohielo;

4Rfl francos Depois disse ao Mes-Ire qne fora o comprador.

— Salve-o, disse. Viior Hugo.Mas ru não quero que fique comersse prejuízo. Paçar-lhe-ei a ini-portánrl.i,., e fique eom o qua-dro de presente. Alem dis-,0. lira-meto fazer a moldura.

Tm 18*1 o poeta cumpriu a suapromessa: reuniu quatro láhoas eeseulpiti nelas pãs-sarni: e insetos.escrevendo em baixo relevo:"Vietor Hugo a Paul Maurice".Terminado o irnhalho, VietorHu*o moMrnu seus dertne. eneardi-dos de tinta t queimado* pelosáridos,

minhas unhas!excl

Vejam as

poderão pensar de i ? Dt-

feito, de crtsàntemo, de margari-da e de elematlte. E' a flor deVietor Hugo, que acharemos na*suaa paisagens, nos seus motivo»d ero r alTvSS;~nas~ sna *-—fnntasiaj^-

t» desenho fora para ele pri-meiro um passatempo, uma

e ele níessavs» a Baudelaire,ahril de 1860:

"Sinto-me ahsinlutamente satis-feit» e muito orgulhoso do quavncê teve a bondade de pensardas coisas às quais chamo "meus

desenhos a pena". Acabei pormisturar a isso. o lápis, o carvãoa «épla, o "fiisaln ", a ferugem dachaminé e toda a espécie de mia-tnraa biiarras que ronseeueintransmitir mais ou menos n queeu tenho nos olhos e, sobretudo,no espírito. Isso me diverte, en-Ire duas estrofes."

Misturas biiarras. com efeitopoU de quando em quando eladerramava no nanqtiim ou natépla. chá ou café, farinha ouCinza!

Quaniiw dos seus desenhosnasceram do acaso, de uma pe-quena mancha tle tinta cairia dasua pena, de uma gota de caf*entornada, do simples salpico ileum líquido qualquer formnndoum contorno estranho,..

Ele tomava então, o primeiroInstrumento que lhe vinha à mão;uma pena de bico muito aberto, *cabo de uma pena de pato, untpalmito, um toco d elapis, uracanivete a, quando nada dl^ao ea-tava ao seu alcance, o próprio po-legar.

Essa mancha lançada aa acasoera um enigma. O que faria ela¦air dali?... Ingorava...

Era, no começo, uma Tela donavio, mas da repente a vela aatransformava em uma árvore sa árvore acabara por assumir umasnecto tão estranho que dava aIdéia de uma torre. Hugo lançavaentão, diversas manchas de tin-ta: a torre se transformava numcastelo com muralhas gigantes-cas, seteiras, sinos, guarita* rriça-rias, toda uma arquitetura gran*diosa. enfim, e aterradora. E coraalguns toques de canivete, ele Iça-va de repente sua mansão r~ »'**de uma montanha, nbrlndemns em volta, lançando pontdllevadiças. E nesse negrume, ras-pava um pouco para criar uniponto branco ou um pouco ilalui e nessas massas sombrias In*troduzia delicados motivos de ar-quitetura, Porque não desenhavaapenas: ctncelava também, seuadeeenhns com a ponta do canl-veie.

Tirava rie uma eolsa qualquer,insignificante, aob o Impulso dasua fantasia, construções fantás-tlcas, massas formidáveis povoa-das de sonhos « de pesadelos, in-ventando uma espécie de arqtiiie-tura fantasmagórica, mais podo-rosa do que a realidade, graças àaprodigiosas rlsfie» de sua imagl*nação.

Foi assim que ele produziu, comessa empolgante ressurreição de»burgoa cujaa ruínas o tmpreaalo-naram na sua viagem pelo Reno,a Impressão de que a alma doaJnb, doa Magnus, dos Hallo. es-tava encarcerada entre essas mu-râlhas.

Quando escrevia um romanc*ou um drama, traçava quase sem-pre, à margem dns sen» manus*rrltos. a fisionomia das persnna-Kcns ou dava um esboço do cena-rio nu do ambiente no qual n«desenrolava a ação.

A história do maior dos .lese-nhos rie Vicio. Hugo, o "fturg àIa Croix", é bem divertida.

Vm cila, um dos seus amlgoadisse so poeta:

Vnel fax desenhos muicuriosos, muito originais, nmulto pequenos. Por que não leta um desenho hem írande?

desenho grande?!... Manão é faeil. .. E' preciso tpo e capacidade.

Ma» se vorê qul<er. fará.Fni em IfUB Vietor Hueo mo-

rava nes*a época na rua ria"Teur-rt'Au.verjne". Comprou napapelaria da esquina, uma grandefolha de papel forte. Tinha amão as suas "misturas", como sachamara: nanquim, sépia, café.Lançou an acaso, pedaços de tin-ta sobre a página branca — exa-minando detidamente o quadro,vê-se. com efeito, eamadas espes-ras de tinta coagulada —, o feabrotar dessa masa negra • Burgà Ia Crolx, servindo-se da pena,do dedo, do canivete, da raspaiU-i-ra, desenhando, esculpindo, cinte-lando, pondo Iu_s nas sombras,manchas brancas n onegrume aerguendo um monumento fantás-tico, perturbador a terrível, numapaisagem de desolação.

Consagrou a essa trablho, três

•r^w

¦Gaeroeht « dtx ans" — earloutvrafeita pelo poeta para os seus netOJ

Qearget e Jtanne

rão que Vietor Hugo nüo lava asmãos... e isso será uma bela rs-putação... Nunca mais ousareiapertar a mão de quem quer que

o alto

P?tóV;7 ..".•

l

'Lê Phart d'Ed(fit.íone" tXVIl ê tticlt) — Srtrnjt âê VHomme epit rit)

Página 2 -| DOM CASMUR RÕ"|- 13 de Novembro dc 1943

NO tempo elo Imperador.

"Nosso Sinhó" rumo (ii-zlam os escravo., o noiva-

do ern um compromisso muitosérie, l..o sírio que os Int.r.ssa-cios o a.s re.spect.lvHS famílias co-locavam em jogo ¦ própria lion-

Para um "pé de alteres" ser re-csblclo na caso de sua "futura",apresentava por Intermédio deum "pau de cabeleira" todas ascredenciais exigidas pelos pnls da'"menina" .ue ambicionava: -Ar-vore genealóglea,

"num qutbiis",posição social, enfim, uma por-çèo rie troços que o mais elas ve-les, nào atestavam as qualidadesmorais do "futuro filho".

Somente, depois tle nm rlgoro-so exame, uma completa devassana familia do "interesado",consideravam o "menino" à nl-tura de contrair os "sagrados la-ços do matrimônio", ê então,marcava-se o din e a hora paraser feito o "pedido oficial".

P. r sua vou, a família rin "me-

nino" procedia da mesma forma,nio tanto quanlo às qualidadescia "menina" mas quanto às qua-lidades da familia

Eram trocas de a niabU Idadesque se faziam antigamente.

O "pedido oficial" não era fei-to pelo

"Interessado"; obedecia-b. a uma certa pragmática ria-quela época. O "futuro" convida-va um amigo ou um sujeito qual-quer cujo nome apressentasse um"de", para servir rie padrinho e

MEU COMENTÁRIO

! .-..o 'ire, propriamente, a

u.yt)tJi!c ... Oj.c.ais _o mes-

II

L-oi.cpy.ci pi.j_i.__. __e.ii-.c-

_ iiiij .ue i! Tilda Cantas, no

iiicín.vj signo o_ calores in,t-st

.ros riiLu.s j.iji-m pe em jaufauta, criam jcuei e jatem e..i-sa meliu/r qu» o j*__,i,.:a hq.o.U raoriisia e o. t,.._a(_o wiwtxempto ii_çu-nte. con e-.>t,

com essa u>n...iat;iio errônea, t, ¦

fa^rr o "pedido oficiai", no qualassumiria Inteira responsai-11 ida-de de que o seu afilhado nfio fa-ria "es.uelhn".

O pedido era feito solenemen-to, em tom oratório, e testemu-nhado por uma legião de "barba-

dos" que escutavam atenciosa-mente ns razoes que levavam opadrinho

"a ser recebido naque-le lar sn ciwanto com a graneisresponsabilidade de solicitar pa-ra o seu distinto amigo, a encan-tadora maõsinha da "demolsel-le".

O pai da "demolselle" tomavauns ares Idiotas, nrregalnvn osolhos, encarava os seus convida-rios e tropeçando nas palavrasrespondia ti mela voz que, ...fora uma grande surpresa,., I_-mirava a beia Inten.So dei Thadeu... ingressar na suu tcarll-clonal f ami Ma... aquilo lhe tora-va muito dc perto... afinal de"antas... não se oporia,., te suaSlnhaslnha... desejasse...

Tudo diplomacia I Tudo fingi-mentol Mus era bonito aquelefingimento,

C meçavam o* elogios ao Th a-deu.

Um cavalheiro. Inteligente.Viajado. Multo virtuoso. Anda-ram difamando o rapaz nomumns Intrigas de francesa-1. Masisto não era verdade. Calsas semcabimento, Era a tal história daInveja. Calin matou Abel. NSo sepodia ser banltilo.

Todos concordavam eom a hls-tóría da Inveja, com o crime deCaim, com a exploraçiio das fran-cesns e acabavam por achar queo "bonltão" tinha qualidades.Slnhaslnha tambem era uma me-nina multo prendada. Com mui-tos predicados. Uma perfeita do-na de casa Excelente mesmo. Jásabia farer tudo. E quem la lu-rrar eom Isto era o Thadeu. O"bonltão" sempre dissera *qtie sóse casaria eoní uma moça assim.

Haviam nascido um para o ou-tro. Um casal Ideal.

— Slnhaslnha, eu tive umasurpresa... pMlram-me a tuamão em casamento,

t-xempio ei.yiic.ie.

)l-.-[(. . .. .« julllinr a.

m. a sede at rem

., para um Oamui; .rui rio a pareci i

muno, prejer» quanudaat aqualiaaae. E, oinoreanho co.n/oias de alto qnnate, arregimen-ia mu.o pingo a'água vagaoun-

— peiíetn o* sapot de ManuelBandeira.

Seu grande defeito . icr fei-mo.o, r-ré-íraçou-s. umas quan-tas diretrizes e cela» nao sai,ainda qut a seus proprloi olnospareçam ceara erradas. A prin--:_ " " " .loriaj teoi-

e prin

berr

cpaimente. Depois, comgtncia bastante pa.ru dito, leve eer.a vergonha

cada vei mais alto suaconvicções que Ja ndo rerude Dantas confundeseja a verdadeira hantsttdtidtintelectual. Confessar um errodivino a inexperle.ni.ia nuncafoi pr oro de fraqueza.

chamar um bom sujeita. i,i»u(fdeaJIstn, quase original, mui-(tsjlnio bem inteucionaeío, semgrandes e idiotas <nndé,iiin\,chega a tornar-se. um tipo in-trresstinle. JV.síe século dt com-plexos. tem lambem os seus.E' um direito indiJcutirei quettie cube, Cfaro que em hera epouco de conversa, ndo ífic pntteaprscnrfer a crfjem desse< com-plesos. Mas desconfiei.

Dizia muito judicio-nmentfminha professora primária que¦¦onde e ot'o. M n galinha

'.

MACEDO MIRANDA

COISAS DO RIO ANTIGO..ROQUE TAB0RI1A

IExprct.ort.cnta para DOM CASMURRO)

O NOIVADOSlnhaslnha rub.rlsftva-'se toda.—Não t« acanhes. Tens livre

escolha, W o Thadeu,¦ - Se o senhor meu pai consen-

th'..,Não era como hoje que nfto se

fazem mais pedidos . os mar-ninnjos vivem diariamente fllnn-do o felJSo do pai ria "garota ' eexigindo pratlnhos especiais fcmãe da "pequena". Naquele tem-po tudo era muito bem feito Onoivo chegava á casa ela noivaarrotando. Barrl.uinha rhela.

Depois dos comenta rios, o pa-drinho entregava no pai ria noi-va uma caixinha contendo duasalianças e. sala em dlrcão A casado noivo onde |4 o encontravaelegantemente vestido, ft esperade ser conduzido à restdínela ela"eseolhleln", acompanhado desua familia.

Reeeblam-no com todas kshonras possíveis mas ninguémtalava em noivado O.s "futuros"

cumprimentavam-se como se fos-sem simples conhecidos. Os po-pais e as mamães trocavam lrn-pressões elogiosas sobre os sutisrebentos. A ansiedade era _eralpara quebrar a frieza reinantenuma rrunião em que os pais rianoiva falavam multo e eram osque mais Ignoravam os antece-dentes elo noivado.

Um velho escravo, mordomo dafamilia, envergando uma bem la-lhadn casaca, punhos e.peltilhosrendados, abria as portas quc da"vam entrada ao salão de Jantar,e. numa saudação elegante, faziaentender que a ceia seria servi-dn. O dono da rasa levantava se» "carregava eom os Ignorantes"para os "comes e bebes".

Durante o "quebradentes", o

pai ria "menina" anunciava aseus convivas "a.,.

grata... sur-presa,,, que... ele.., tivr.ra".

Era um alivio aquela "grata

Palmas e mnls palmas, Muitaspalma.'. Começava o tlllntnr dnslaças .Sandnçejos em quantidade.Dois discursos. A r.hampa.ne aespouear e n correr. E os amigoscia casa aproveitando. "Choran-do defunto". Ninguém esperamuma surpresa daquelas. O "pa-

pai" sabia fazer as coisas mui-to bem feitas, Se sabia! E os"chorões" empurrando os "de-funtos'' pela guela abaixo.

Slnhaslnha não cnbla em si decontente. Lágrimas de alegriabrincavam em seus olho. enrnn-tadores. Era um tipo "mtgnon".Tods delicada. Multo bonltlnha.Umas eovlnhns nas faces. Femi-nina. Um verdadeiro amor. Obonltão era alto, forte, espadaú-do, costas das mãos cabeludas,olhos dominadores, tez marmó-rea, vastos cabelos negros enca-racolados. Másculo. E tinha mis-térlns na sua vida: as francesasTodo 0 mundo sabia disto. E as"menlas" tambem. Nâo era atôoque cada qual possuía o seu "mo-

leque", fonte Inesgotável de in-formações. Olhavam de soslaiopara o noivo e faziam "beiclnhode inveja". E não era para me-n.s. O bonltão estava no cader-no de todas ciai. E ele nflo igno-rava. Era "leão". Sabia pisar emterreno alagadlço sem escorre-gar.

As visitas, durante a r_.se donoivado, realis. vam-se duas ve-zes por semana, no máximo. Asnove chegava o Thadeu. beijavaa mão da -mamãe" • cumpri-

A FRANÇA E O BRASILRecrPemis a seguinte carta que

transcrevemos, assim como publica-mos o nrt;. 0 que a acompanhava"Bfln Horizonte. I rie novembro

França. rorip passei tanos. Isso servirá para oue com-preenda porque amo a França e irfranceses: porque os conheço pr"-fundamente Passei ultimamente n.ain riois mesas e, rias observnçõeit)iie tirei. i-e|o-mr a mente uma se-rte ri» reflexões que resultaram ; <arri. o que Junto lhe envio, creií

que é do profundo i

it pia... s-r dn nl.uma utiltetei-;.l:_m.ri.. r.5n sou literato .-trnho maii-r .anil.liiiln i"i:i

. ,i iiici'i .i:"'.eo ns lingua rie Un-¦ Sej que. tambem não * pei-

....3. mas se o qiil?er trndu?lr, podefarí-lo; o essencial * a Idéia.

Um iranrie abraço por tudo o quetem Mto em favor ria França • doBrasil.

José Pereira dt Castro Vai-.Ençenhelro - P"lo Horizonte

REFLEXIONShomme ce qu 11* feront ce soir, :lsvous rêiiondcnt qu'11» vont prend releur leçon d,'anglaís; dana lomnl-

elle igard ...die so:i vocabulaire anglals qu ellelécitp ensulte toui baa, les yeux i>cr-dus dtina le vague, landis que lcjeune homme de 1'autre eflte lit ie"Readers IJicesl".

L'anRlBis *e répand pareout "tavec lui la culture atiglo-amárirai-ne. Pour faciliter cette ditfu.iou.des universitís américainea travoll-lenl S eréer aous le nom d"'anElnlsde base" une sorte de lanffue simpli-flèe accesstble à tous; M. Clmrchillv a falt slluslon dans un dlscouvsrócent: on espíre eréer une sortíde lsngue uni versei! e.

Nous nous ríjouissons beaucoupd'une telle entrepnse: car pour quia un pon voyagé, il est évldent qu'une langue Internationale

íris utlle »tIndlspensahle anjourhulons pss a lon ter qu'ell e fa-

la eompriShen.ilon et li

qu'elle rontrlbueratt i assurer '.a

pai:.: car si 1'usa.e de Is mèmelanguf devatt s.sjurer la compre-henslon mutuelle comment pourrait-il v «voir des guerres eivllesT etpráeie^ment ee sont ces guerres quisont sou ven t les plus stroces. Larilffuslon d'une Isnme ne semblepas devolr étre un faeteur rertninrie paix unlverselle. Mstt revenonsau Brósll mime.

L'invaslon k traveri les pay. ds1'Amérique latine est un falt évl-dent: elle eat partieulièrement pro-fnnrie Icl en raison meme cie lim-portance du rfile que joue le payipar se. dlmensions. par ss situa-tion. par la pari eclive qu'U prenci_ is ciierre Elle est favorlsée patIs pre.sence de nombreux éiémentjamérlcains, par le développementdes relatlons eommerclales; on ntvnit nu cinema que des filma ami-rlcains: janf quelque. livres afgen-tlns. presqua loiií ceiix qut srriventvtennent dAmírlque du Nord: 11\sont rhers. mais p»r un secord ré-cent leu Etatj-Unts ont ohtenu Issuppre.wlnri deg drolta d* dOUine sm

DOM CASMURRODiretor: — BRICIO DE ABREU

Gerente: Leonidas Lacerda, Redatores; Bandeira Duarte. PI-nheiro de Lemos. Ruben Gill, Océlio da Medeiros, Henrique Pon-gettí, Aníbal Machado. Edith Magarinos Torres, Reis Junior,Fernando Marinho, Octavio Almeida. Armando Migueis, Henrique

Maron, Odorlco Pires Pinto, Dnniln Bastos, NelsonValner e Arruda Dantas

SUCURSAISEM SÀO PAULO

Diretor; — FERNANDO LEVI&KY"Publicidode Porotodoi"

Rua BarflO de lUpetinlngn n.B B3 • fl.° andar - Tet.: 4-S041NO SALVADOR: - Diretor: - WAIiFRIDO MORAES

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leurs livres: d'autre part des contra-ts ont éií pasíÉs avec les maisonsri'ódl'lon pour lancer en trsductlonportuçsis. les grand. suecès df li-bralrte s mi1 rlen ins.

Ce sont IS rins maiilíeststlons ri'tmmtiuvement profoud et complexe quise substltue à tout cc que nous re-cevlon.» tiBíuCre rn-ore dc tnus le"pays dTuropc, avec lasqueis lei rn-miniinlenilons srent devenus dltfl-cilea ou imposslbles, On ne peut*"pmptcher de se demander quellespeuvent ítre les conséquences de ee

On peut. applnudir sans reserve h1'enrlchissement culiurel mie reprí-sente pour la leimesse bríslllenne lefait d'appr.ndre une langue fltran-oíre jusqu'à ee Jour peu rfpandu-parml nous; on peut ítre satlsfaltrie volr, par une polltlque de honvnlsinage, les Ftats-Unis et le Bró-si! fnlre des ctrorts pour se mieuxennnsllre; et sans dotite nos étu-dlants et nos spéelnllstes peuvent re-cevoir d'Amíviqiie riu Nord des mi-thodes et des réüultats sclentlflqiies

Mnls ne dott pss erslndre dsn-ger d'un engonement excesslf'.' Tcutce qui nous arrive est en anglals; lacurtoslté pousse k apprendre Is lan-gue pour eomprenrire les fllms. Inradio, les remes et les livre.: nedoP-on pas ernindre que le publieplonc. peu k peu dnns eetle atmtv-phère ft peu pr^s exclusive, ne solientralné * adopter sans rêslstanceles Idíes et, les goütg venus riu Nord,et finlssent nar se faeonner riins lamonle (Ips "Batiblts" dont lei» erandsírrlvalns amérlcains eux-mémea ontmont-é les dófauls.

L'esprlt latln n'alme pas l*nnIfor-Rilsatlon nl la standardlsatlon; c'eslce qui fslt sn force: et pulsqu'undes idísis en Jeu elnns cette guerrersl 1'lr.dípendanoe de 1'esprlt, e'c.sttm devolr pour chaciin rie eondulresa penuéí. d» l'esercer k Juger oarelle-méme D faut garder sa llher-W de lugemenl. Ce n'esi pa,= lan-glals qu! est un danger le dnn.e.est .ue l'on prenne 1'hnbitude derece volr docllêmetit tout ce qui ar-rive sous cette enveloppe anjouvd'hulk la niexte. On admire hcancoupVAmírlqiie, .11. sopsralt .ver ral-son .otnme rlehe de nouvenutís quisédmsent surtout les Jeunes qui sontportís k re.ieter les trnriltlons ouinon: sont venues de 1'Furope, Im-pré^niVs de cuhure (rríco-rotnaln^,mais trop vlclles k leurs yeux.

Les Etats-Uni.s et 1'Angleterre sontanJourd'hui les championg ri'uiie lut-te, qui est aussi celle du Brísll enfaveur de grands Idéalai lis défen-dent la-démocratie. In libert* et laJustice pour tous. Et c'ost la rnlsnnmime pour laquclln nous lut tonst leurs cótós; nous leur .omnins re-connaltsants sons rest.rlcllon d» tra-valllar rie toutes leurs forces * rirt-milre le nailsme. Mal» 1'unlon tn-tale dans l'cffort eoliuiitin aCuel nedolt pus einpocher de .urdir 1'esprlt

Dans ie passe rléJA. les Etnts-Unlson» entinu une popularItè etinle ftcelle rlntil. lis Jnuls.seiit iv.iltiur.riiiil:un homme Wilson, apportalt la ll-hert-f su\" hnmiiies cl vouleit fotirieir1'iinton fral-rnellr rie 'ous les peu-pie-; et pourtant, les Ftats-Unls ont"" "-- ivre rie riiom-

t 1'lsolement; 11. ne set.ressés á 1'Europe que pour riícliar-ger 1'anclen enneml; il a lalluPearl Harbour-pour que l'opliilonamérleaine comprít que la lutteqiravnlt accepté en 1939 la Francept 1'Angleteire ítaü aussi leur cau-se. Si des erretirs aussi graves ontpu íire commlí.. rians un pass*ròccnt, 11 faut que chscun garde sooJiigcment iwur ne pa.s ítre emralnedans les erreurs que d'aueres pour-

nautre part ne aernlt-II pa.i dan-gerem de rompre brusquemenl avwla trariltion latine qui raitache leUrésil * 1'Ancten Monde ei qui luifalsai, con.ld.rcr ln plus haute re-priiscntante de la culture latine. leFrance. comme son inspirairice? IAFrance ne peut actuellement rltnenvoyer; mais proflter de ces cir-cnnsiances pour oubller les nmlllí*et ln pemíe françaLses en tani quexpression européenne la plus psr-fait* et la pias féconde des tradi-tlnns latine*, nous paral; ln Juste etdangerriisf. L'altrali des nouveautis am.ricalncs risque de fonuer dei_.n.r_t!oti5 b:i;l-.< d'm r-.v-li ern-plüeinent dlflérent ri« relul eles .e-nérallons actnelles; cela peut er*Pides confllts: ces nouvenutés peu-vent mener lefl Jeune." k des exp*-rlencea dont les consíquenees sontImprévtslbles, csr on napplique pa.Impunément k un pays des princlpeaíiudiè* allleiiTs sous une forme the-orique: quelles seralenf psr exem-pie le. consíqucncce d'une égallsa-tlon des sslalres rins ottiTier^ BítI-Cot^ br*.lltens ^^¦ec ceilX des mi-neurs ítat-sunlensí Un pays d'Bu-

mentnvn o "papal". Conduziam-no para o salão de reccpçõ.s, on-de a fnmilla cm pwo

"fazia sn-la", montando guarda numa vi-gllAiirla constante. Atenta a lo-dos os movimentos, ao menorgesto do noivo,

Slnhaslnha, toda duri nha. sen-tarta na pontinha rin cadeira, nuns quatro metros dc distância,vis-fi-vls dn "futuro", toda umaatenção, todn uma ansiedade, be-bln sofre, ainn.tr ns palavras bo-nlins da yoz quente do bonltão.

A figurinha mimosa rie Blnha-sfnhn estonteava, dominavaaquele gigante sempre metido emquestões internacionais.

"Mecc" está triste. Thadeu-slnho?

Nâo Slnhaslnha. Dol-me umpouco a cabeça.

Toda a família olhava a cabe-ça elo Thadeu.

Slnhaslnha impressiona va-astoela. Os seus lindos olhos maré-]avam. Tinha vontade de afagar,acariciar o Thadeu. fazsr um"catuné", minorar-lhe a dor,eas... aquele pessoal lodo ali...O b.nítfio percebia oa desejos deSlnhaalnha e aquilo lhe faziamal, multo mal mesmo. Ficavanervoso, cruzava as pernas e acabeça lhe doía uais.

Depois elo eafesinho, o noivoriespedla-se sob uma chuva fleconselhos da "mamãe" e da 51-nhaslnha.

— "Mecê" n5o abaixe a cabe-ça. Faz mal. Promete?

Thadeu prometia tudo e salade cabeça aievantada. Bem ale-variaria.

Aquilo t que era noivado!Cheio de amor, de carinho, decuidado.

ropé ¦ essayí de a'ulamerlwinlseraprès 1'auri. guerre. c'ei'. 1'Alle-mniliie: 11 en est résullé ls crlsiou sest forme le nsSsme.

H)i enfin un problfme d'un ln-tirei sp*clnl pour 1p Brftsll. Dnns1'Euro pe nl dan.t la Frtince aulourd'liul séparées de nous, ln prn sé _ nsa'wt pas aiTítee: elandestinement,1'eiprli travaille. Or les Amírlca

Vi um sujeito hoje em dia vrsar. B' bem verdade qu, ^quelxar-sc de elor de cabeça existia a "Llght". Usavam-.e v_-sua noiva. Ias "cllch. ". As noivas eram msl,

Víi ver o que acontece. carinhosas, mais solicitas, mfl|jEla scrà a primeira a baixar- Interessantes, apesar de existir

lhe a cabeça, E se dê por muito nos dias que correm, 1,511^feliz se nfto sair com o pescoço hem interessantes, mu". ríri.quebrado. nhosas, solicitas mesmo, .1. c 1:m

Acabaram-se ns hon,. tempos consolo, Ainda nos resta ainim.r!o noi.ndo, Noivado, rápidos, coisa cio passado, exceta a, noi.tuas noivados rie [ato. Ninguém ias de segunda mão. o qu. r^plantava o umbigo na casa do se via antigamente. T. ir.ocm _n-futuro sogro, Todos sabiam medir tlgamente, para as dore. rir ra.os distâncias e o tempo. Ninguém beca. o remédio era "c-aíunê"!fazia economia de luz para cnn- Não havia "instantlna",

Ml QD fl. rn <m A "BOLADA"

1 de ;1» complexlt* ries problémespé-ns entlírement eilfférents rie eeuxqui se posent chez eux: tis risquei)',tlans quelqiies móis. au moment dela llbératlon d'a volr beaucoup de dl-flciiltés pour se rendre romple de]'etat (fesprl'. dei piyi comme la

PI le Bresll garde fermemente 1*souvenlr de ses lien.i avec les cultu-re.s latities qui sem k ln base de «aclvlllsal.lon et en pnrtirulier avec lsFrance 11 peut alers jouer un rolede premler plsn: par ses orlflines etpsr ses strinltós II esi capable deccniprendrp ces problémes: et c*e.'tpeltt-être rie 1'Europe, meurtrle malifrCmls.íantp, qui vlenriront encore unefois les nouveautés les plus fCcontir.Pour louer re rftle rt prevenir rie..maladrcsse. k ce momen'. II fautque lhe Bresll continue k reclirr-rher tout ce qut peut le rapprochcrile la France; Cest son IntírW eomfme temps qu'un devolr de fleii5-Utf; rinfhience de U Prnncr np"l»ulourd'hul cnmnie toujours. aitlert "ativegarder la liberte rie la pen-¦ée.

Apprenons dor.c Vsnglals, mtt.sana oubller le français, car on gng-nr loujonr. il popreiidrr et l'on pprdtoujours k oublier. Ce será le mell-leur moyen de résllser su Brisil1'unlon rians ls guerre pour prépa-rrr ln vletoire. et pour plus t.irdd'ii-ltrr des mnlentenriu» et de*estastrophea.

O LÁPIS DE VÍTOR HUGO

i qui .n 111. e

(Conctiirfo da 1.* ptr-ltre em artea, Theophile Gauler,dos desenhos de Victor Hugo;

"6 poeta possue o»e folpe dovista visionário a que alude, apropósito de Albert Durer. Vê aacolsai pelo seu lado Murro c avida oculta sob as formas ae re-vela ao seu espirito em toda asua atividade misteriosa. A «o-resta formiga estranhamente; asraízes Invadem o solo com sua»garras semelhante» a »erpen'e«entrando nas suas tocas; os ra-mos de curvas nodnsas, de dedosdisformes, estendem-se como bra-ços de espectros; os nós dos ve-lho* troncos parecei* olhoa ea-piando a gente..."

Mai essa notação "fio Justaatinfe apenas as obras da Imaal-nação. Victor H11. n desenhoulambem, ao natural, a sala doConselho Municipal da "mliríe"de Thlonville, após a entrada do*prussianos em 1B71. E escreveusobre esse desenho aa linhas queae seguem, 13o comovedoras:

"Isto é a sala de sessões doConselho Municipal de Thionvil-le no estado em que ficou com obombardeio prussiano, Toda mmunicipalidade foi destruída. Oiarquivos foram queimados. Nestasala, que era a grande sala da cl-dade, havia o retrato de meu pai.Desapareceu no Incêndio, com aliberdade e a nacionalidade deThlonville. O "malre" me contouIsso com lagrimas nos olhos, ttis-ae-lhe eu: Fico multo satisfeitocom erie fim para o retrato domeu pai. Meu pai nâo deveria serprllonelro ds Priíssta. nem mes-agosto de 1871, às quatro horas da

"Meu pai deixou uma grande

memória rm Thlonville, Até jsmulheres sabem que ele defendeue salvou a cidade em 1*14 e emms.

"Eu desenhei esto sala a 10 deagoso de Iflil, às quntrn horas datarde, An lado fica o jardim ."-bllro. Via um soldado prussiano

enquanto diivln r uças nrtn ¦

Aa anota .fies do autor sobre oaseus desenho*, são significativase explicam melhor do que qual-quer comentário, • sen espirito.

Um navio na crista das ondas,desenhado em Guerneacy, era1156, mostra es'a nota do artistaexilado::

No verso deste ca rti o rabisque)meu próprio destino:: um naviobatido pela tempestade, no melodo monstruoso oceano .mais oumenoa desamparado, assaltado*por todos os furaeóes • por todasas vagas, tendo apenas um poucode fumaça a que chamam glória,que o vento arranca e que é aminha força.*'

Sabe-se que ai caricaturas de-senhada» por Victor Hugo sioInúmera». Elas possuem uma co-mlrlriade Impressionante, umagraça que lembra Daumler. Mui-tsa delas, a maioria, foram de-senhadas pelo Mestre para dlvee-tlr seus netlnhos. Uma. represen-ta, no "Imperial" de Passy-Bour-se. o próprio artista, por uma chti-va torrenclal. provocando uma"piada" do condutor:

—. O senhor não tem medo dosol?

l'ma outra mostra um "eláasl-eo" lamentável e grave, exela-mando rnm um ar de despreso;

Ah! nâo me falem do dramamoderno!

O que há de surpreendente •que durante essa existência In-ielra votada a um trabalho for-mldavel, Victor Hugo tenha tidotempo para criar e.sa obra quefaria, ela sozinha, a reputação deum artista. Apalxonava-se quandodesenhava. E um episódio provaIssn, sobr. anirntc,

O célebre gravador Lalanne foivisllá-ln, etn Ouernesey.

Porque não fai o senhor a"ígnn-forte"?.,. Venceria adml-rsvelrtiente nesse gênero.

E ele explicou-lhe detalhada-mente o processo. Mas O mestresacudiu a cabe...

Nfto quer IrntarTNio.Por que?GO-que sc eu tentasse l«so ..

nunca mala faria mais nada!

A propósito rfe prêmios literários e do poucointeresse que despertam entre os plumitivos in df-penas.

Já houve, ne não me engano,Se não tne falha a memória,Quem marretanse essa históriaDe prêmio em caraminguás,Achando gue esse negócio,Segundo exemplos à hessa,A autor nenhum interessa,Tenha ou não tenha cartaz.

São è bem isso, que diabo."Moneu", "massa", "granutina",Jamais o bolso empamina,Suttca fez mal a ninguém;Somente os gajos facínorasQue non ônibus dão trocoQuerem matar tudo a socoSe avistam notas de cem.

Fora disso, não há dúvida,Xinguem a "gaita" regeita;Quanto maior a colheitaTanto melhor, entá claro.E o gue, por meios excusos,Avança no gue não deve,Se avança pouco é "mão leve",Se muito, "tem tino raro"-.

Mas os prêmios literários,Ao menos os mais notórios,Aôo dão nem pra suspensóiios,Tão magricelas gue são,E guem a um deles concorrePensando matar o galo,Se consegue abiscoitá-loAão larga as calças da mão.

Salvo o "Alcântara Machado"(Que subiu de 4 a 8)O resto è chá sem biscoito.Ano alimenta ninguém;E o mais gue o gajo consegue,Se um prêmio tiver mamado,E' amortizar um bocadoDa padaria e o armazém.

Ora, a falar com franqueza,Onde o interesse, de fato,Em que se gaste fosfatoPra tentar prêmios mirins 7Isso, i claro, fora o riscoDa gente levar o tecoDo Lemos ou do Grieco,Do Eloy ou do Álvaro Edna,

Lógico, pois, que o sujeito,Sem o estímulo do "cobre",tXâo cave, não se desdobre,Xão sinta estalo» no crânio ,*E muita pena de classe,Sem mostrar a dita-euja,Fica parada, enferruja,Como meu primo Libanio.

Meu primo, o primo Libanio(Claro gue o nome ê suposto),E' um camarada de gosto,Moço, culto e escreve bem,Mas tão ingênuo, que, um dia,Pra defender numerário,Num concurso literárioMeteu a cara tambem, /

Batata; — Primeiro prêmio /Foi receber a "bolada"Enquanto a esposa, afobada,Pagava dez ladainhas.Mas eis que o Libanio chegaE, envez de anel ou pulseira,Traz pra sua companheiraVm queijo e seis empadinhas.»

Mas... e o dinheiro do pr&mlo ?.*Só deu pra isso, querido ?..,Pergunta a esposa no marido.Dando, "quand même", um t>.braço.E o Libanio, triunfante,Do bolso tirando a prova; ,

Hein ? só pra isso, uma 6va 1Deu pra um charuto "Palhaço" /.-

SEBASTIÃO FONSECA.

13 tle Novembro de 1913

tle- sulino me.ll. Pre Mo o ¦¦ Martins

»nOM CASMUR

nlclai an tarem»

'dc. Juriiri.Iat.lcn,n"A Tribuna" eretlatur-eslirfp. rti.

-| 11 O M CASMURRO |-

Evocando Martins Fontes11ESCENDO A SERRA — DE RIBEIRO COUTO A BARBARA NORTON —SOBRE A MODERNA LITERATURA PORTUGUESA — OS ALEMÃES NÃOSE EMENDAM —EM FUNÇXO EDUCATIVA DAS MASSAS -MARTINSFONTES — ANARQUIA E ATEISMO - POETA, ARTISTA E FILÓSOFO -A MULHER E A BONDADE — AÇAMBARCAMENTO DE RELICIOES EIDEOLOGIAS — IM ENGANO HE IVAN LINS - AINDA ESTA' PARA

FAZER-SE UMA GRANDE BIOGRAFIAF.eprjrt-j.n, rJ. ARRUDA DANTAS ,;,

"DOM CASMUItSO")

ml.Tõcs. e que forneçH fl vida toda a e

deprujel

Aprovei tel-o ttido de cooperaiidúlatra.. do Poe!»imortal ins r a memcacho da o'

oa-vindourose lhe quitiram

- Talv

- Ma.-

s dlvli

•ííil üvr n três i

j i, o Poen do Ideal,U e o Filas

— De-feln Fa/ supor que a ods- Martins Fumes sela dividida

artista *l fieparn nediàna

t.tl.ln.lt). nie l ii, i;;ir ';eVV_!l.(. si. '¦

ctirrenclo-r) tle Norie a Sul, miltl.s nn Estudo de Síin Phiiío r nllieiiíio te ft cidade nnt.il S.. pr

Agora a nane filosófica..,-- Essa (¦ mais ronipiexi.. Pa

mos ilo [írlncipin [uiiiinmeusalque Martins Pontes sempre f

li^pUcl. Nesi r

'áffína .'í

es_._ a tns^e^^R.

¦ fsitn 11?, í-cirsbffj-:

niícs f(- M-rii:. F.-*i-

e' es!.- iôei?-* iv,'::ir*\ * slnipM-í.injíniin • lecatídi. alma ele

t.l;ativ de felleídíde Inlnien?..os dot-s tsssc?. c nsorais sr.o

; de [ecund» Inspirais o pc.r-;i';.:i

ti lo di •/-

* adesAn de Mteriln.. For.

Fioiptl'.'. intcn_re-iiie.Sc)ci- Ft-ani-isco eic A^i. etra. cxcitiivi-íre. n&o sai

te Humanidade,maiii em .ólido»¦Hem .Sn de na-

. pnr.np;..» mo-f sorlelUtas e

t-l mula r. . rtcíAoAugu.ro Co.mts

r Sr¦r-r.v.^.

¦ ,77;:.*'?, 1.rrr: .. perfumei, t

Martins Foni_» pturo f

Vargas Vila,tspeciol pota DOM CAÜMURKO

soa imm e sua vidaALVARVS DE OLIVEIRA

i piden le traduc-ila: Ias àguillas.1 pântano diee; Ia

.;er;i"jra vtirüi.-,viii.u:a. Pr.l.ivsaa

.lflcntlas de Ironia e plena., de...prendttnei.La pela Boc.c.ladr In-ut.r_l.-i, enchem essi* iiíçtna.. tieo.iccüoí lnteri'isantf. que mo. _ram uni pouco o Vargas Vila cb-rv.irios-filei..ato. Lsíaccla u amo.-,

i_.n o matrimônio .eiestròt a 11 j-

pa.__io do Uu-¦> f à silsivi q'i.iM,io e.-i:i'.si t, , ty... i >;:n t;.,i>!f". ífio tln sen 1 Interna lis- i sua pátria Intelectual Nus Ireclios que se seguem e ele ..empre envolve a

v**i __wfl !__¦

^__KL-_, ^^___j_____________________________fe^' % bíb ..Kfe'. ^Bk!|H

_^^F^ _H W\\ l____,'tai,-_flr^__!R^H K -i *nBp^^^| ^^t ^____f^____l

___B£l*^19 _______N3-*^^B___r^____! ^^____H

D ¦irêdg^KsKj >" i ''sW% WrF^Íffi^M gr» J__B _______!__¦hEJt^J____í cEÜS Tiij______l

¦'- fi-tío (¦:.(. «rio Vargas Vila ii'.'"ii o P ¦¦! - E"i S.r'"". rS-s* o grande escritor enlre um grupomutiilii-r, temi,, a r;.-. ..Ciei Mwtins Fontes

-.-.:.\ i.-.s... ;'¦ ' .,(I.i i.l N„s!« ísh ri..;»- i.liie

¦:. .: [V , ;;¦' F;H !lcs.ti.,ln r-- •.rr-r:-.,;,:r.r-.,:a Ü-.'l¦: >:':,:z y.tf ,s.-. ¦ . 3-. s. ¦ ¦,-r.-r.:; ..ce.s,,^ '.-a •r-- ¦¦.! -ii:e:ntO* '.¦t..-.cVe -^ ei: r-T. \ '. ¦ .>

si c '';7:'-,"--.-.fí

;¦--'¦¦ ¦„<«,.!¦?,'-¦-¦-, i,-.- ^jm;:,i-. se-,, -.rn „ p, cta ;ss* - - • - s. -M.ars'.

i «o .sei. flctru;. ¦:¦;¦:¦.".» n-.if r< :--.rsi n'"-* !?¦¦ r ¦¦ .. tf :.ic: » sin- c . o >'t .¦'¦> .'.' ,'e-n ¦¦ ..upiIp li-s.s:

O "SHOW" queILON AMASSEY

IOEAC1SOUpor plas-es' ti Mu.er

,'i: s? su sejisr: persn-.ijer fí t;na reina;

ti.n tle.llr.íões • da morte de.'íiit.si-.ff.riili.snn. nind.i tmli.i üacse.dcc; no espirilo. de sulilime

dü que, caibor;pce-rts:» e pela

,!; Alenoar dlssivida ê como u:rdia, repreiüiita ipesem, em quacompreendia ipara tornar a I

recordar tm qui

oxidadas pelasigra;'dio. vi'-i jubllme...

.essa pa.v=ai.emae relê «te tadomesmo Vais*.' »tr é reviver. E

t por m port.

UTts aubtis de que. obra. embora essairena...

i deixou eere-s de ¦s quali destacam-'. "Alba Re.y3", "Ltol de 1» Horas". "L

i teni de pinho,sem

nha

Vm

aisqusr o*tentaçAe<; ronde-p;na n» mAo e o retrate de imde «obre o meu roraç-Ao, Levai ar»ixt mortuária par» » «rande ío-nielra eremaleir.». Qu-Uiilo aa eha-nua me houverem devorada, tomaminha» cinisaa e guardai-a* numeolumbário. E»crtvel aolire o sep'il-erti apenM exlt epltàlio: VarsM Vi-1» Depois afMtal-vo-,: ronsa mu-*A-s está lermiaada e delxal-ina Mone s que fui n» VidaSolitário".

Vargas Vila! Sim, bastaria. eOmthe>Un esse nome para eiprimlr ,:tieírebro lescundo, iim« lnt*llí*n-iiir.osoaa, unia obra Iniíiua. um» i'lrtn doirada apesar tto inlliavl.»miile exílio em que viveu. Todsi IUL-l.c/j» tt.íla a dor da lueraütlA-ilo Homem e do exílio, ele deixouti-içado» na luminosidade de aensllrroüt -íbis" ní oiiflnaüdade Oeüiih lingiiaRüin. ti» fllúMÍia de deduções, na excentricidade depersonageiifl, ê um livro magirm entanto a t.raüuváo quepor ai llrotl de sua bela es aprnui-io. E multo embora

eu pareainda hole hi o» ams»» eiira.» • o taxarm... Ma» ijuí "Itnpcque at náiitano» üi«ts

¦ díi s

//"Três Canções... Três Mulheres.Apresentação de três deslumbrantes vestidos...Três poemas para um corpo dc mulher...

____Ll!?_f'e ., -srra-igaM ¦BBH__H_____K"á__Fi ¦i*$g^"^ ___B^_______H '^^H

Reserva de mesa» Telefone: -16-3350

Página 4"I-

DOM CASMURRO -| 1.1 de Novembro rie 1913 I-

Te L E 1 ElEm meio da excita.nn crescei

r.fltxo da guerra, nn devido a rasades Iniciativa*. K, n que i mais eçôcs. . .

Dlr-se-la, julgando pelo que oi:

0 MOVIMENTO DEINTERCÂMBIO

nle, .rtirtu/ida em nosso mein peloi mesma excitaçãn, surgem ns gran-ntraiidliiário — as grandes realiza-

AMO

e, que nunca progredimos assim

uma a luta as transformação!-rniilha.illãn tatnhem cspctaculii.il., Equaiilu uns i

parecem — temporariamente— esperemos! ., nutro* despertam e m-inam um ulvel cultural e progressivo muito mais elevada que emépocas normais. Assim, ocorre nus Estudos lliiidns, na Inglaterra, naChina e nn Brasil, que é a melhor parte do continente americano .

On que se passa em dmninlo cultural podemos inferir pelos «Iti-mos cnlálngns de livrarias inglesas e americanas.,. Sendo para «li-servsr, de passagem, que sc lornarla iiiiiito maior esse movimentonSo fosse o custo dn livro tão absurdo, pnr vrmes apenas abordavel pnr— happy few.

Quanto iiv ar les plásticas, estas vão fazendo as Américas, |mrestarem Integradas n» .niicciU. dr Th umas .VaUnn, comn: "A parlemais Importante no desenvolvlmentn de uma compreensão mire pai-.CVqlie devem ser ntíii.os e uma das li.tinas mais verdadeiras de re-velar a nhnii dc uni povo,,,''

Cnm Isso rejtilillam os artistas e tambem nós, tend» assim umafesla gratuita para ns olhos...

As exposições destinadas ao Inli-iinniliin nas Américas eomeçn-iam (se não me en.arin. . 1 i-m lli 11. Mrn.ngens ile linhas e de «or*demonstraram como no passado tivemos origens comuns, multas ve-nes. falaram em "idéias r.iiuiin." para o triunfo de _ uni só ideal.

Quanto no re.ullndo de lal Incentiva.so — demonstram as Inii-meras _alerlas ile arte que se niulll. liram pela cidade e póem eiciítlrns aturdidos. . .

Não bailam mais ns salões do Museu de Belas Artes, da Associa-ção Cristã rie Muros, ria A. lt. I.. dn Palace Hotel... As llrrariiin.as casas dr ferragens, a Assnclaão dns Km pregados do Comércio, alô

O.I.. liije

cinco rsim. liiiiMl de iAinda a .(ira.

bro, fi. tira a luaDn quanto sf

— 1." Exposição clii.i l::. que mantém cm craiirir movimento a so. relnj;dn Associara» dns Empregados (to Comercio, a Exposição rie Georgina rie Albuquerque nn C.aleria rim América.

No dia em que fui visitar esiu última, gramlin ria I.i [hl.Tnmailn n

do

jy 1M j^Pl Jiwf Xis, * tb*è

FILOSOFIALin Vutang

Da vida em geral i

A paixão sustenta a toalha ú

SIMPLIFIQUEMOS...tas, a propósito eide imposto rie r r"Pbrl.açfies rie _i;quanto seria van ;viço piibllco ¦ par.

rW.-tíí..- k. CA.urusda Repartlçfto que n.i pujn a ;,

oficial qut aescontiecití

t parecem mui

seria mais fiicll viver se alem tle doettmersaber n público a melhor maneira ele ao 2." "a. Ir. fosse-lhe possível defrontar-.e rrbru neom serviços organizados com trocou rpreocupação d« facilidade * simpll- FlnalncidadeI ãr-s dia-

1'sra rei-tli r or -bônus de guer- cliel" dpa'' » ou respectivos Juro* rir 10 mr- p"l por«et I* vencidos a. jiola, conhecido» do dia

um* tlr

C V K I O S I 11 A 11 F. ""5.1.- Rabhiilr.nalh Ta.n.c: Fe. e!aded.grande pocia hindii natural rie Ben- "' outri

príncipe, amigo da rainha Vi.(Irm. vp"do tProdimu irinta volumes dr poemas tp-sntoe norte ser consld rftdo o maior In- . ,„

'lelectual dr seu pais n.i atualidade. * " *Mereceu o prímio Nolvl oe li.cr.i-tura em 1913. Entre suan obras es-plrliimlJ .<? coma s rrtaçíio rie um»-- -Escola Ünlea". Essa Escola, .' Toda-

A:-". . d- Aitri.¦¦.:!-.ira. fica -itiiarta h.mns :a ai.mi' quilômetros d" Calcutá '""elal ui a -un sCeie em Sasinmketi. cie ticia. uquer dlier — a morada riu ji az. Nes- ei _in:a

ni|*"ma.

— Ccorgiiia de Albuquerque.

rande va ri cri,! rir dr m.itivt.s ii«rla i

lldosas ca heras ile cde rte tipns da rua e

e provida rie papei e

Os linns ria rua eImenlr. A'KÍm: Nar>i. Caboclas ninai

=eulir qiif niiiitn Ibr. .Iliri.ile dos Ir:

ti que. liara um. r-tram o* Irnlinllir. ¦¦_."n = martnlias rio I ei

. rio Divino (17). Festa da Pevale dc S. Bernardo [Gil. .. A:¦ — escuras... A infinita varieárlns F.-Iailns. Com eles demoli i

sua arte... Na lu ral mente semlhe escapam interessantes fia-

relas, pri. C..b:i('!lnho (fiS). Peneiro

na roca (ifi).-itantrs rslraiijjelr.is s nota

i Ironia visível, fa.

•¦,,.¦ ulum"

laudo o .

IV Thorpe apre- A estilisacão sempre altera para ,, _ ,...,_,Um; ,¦-„ ..'.v;i-a'" r'. n.i'.•vm nmi--i.__o. melhor ou pior — se.mtr/t. oi cir- li T I I I 11 A Vi V. Ent-r «ua« uri. t. Inclu-m "Pai1., 'ir ,i :,_,(..un, '."\;.

/ '_J"..'

. .. „.,,!,', J,,n ,.,„"..'. ,,!* l;':'r"". "'^ "'¦= '•^'¦,- M'R| '¦"

:,i!:L"r'rZrJ-i'': n-,l''"',!X ' 'p/X^r "Z'

Mtlí"" fn- ,1" '"'^ s"v* ^«^ tím^' »SP«'«», '''j1^'' "SX'™r **° * ^"'^ TC<!''

ji (inKitchi (/ii(i.- .'t-t.(lN.-.!yns (,'csrif ti (lim 1.40(1 . lei- 1,alsa', rte camurça, anil.ope, ele. unn",. .,',' „,,:_...,-.. ..„„„,„„.,„butóes. O pr- Ias dr fios domados com pedras pre- Basta mar o po rom uma escova , '

r, ",

t' . -. ' ",; ' ¦ ..,,"..' '

.i .uni wninr cioífis, meda que r.ri.iin..>ii co.i: • d pnis, num trapn ntiilde pirg.tr ¦_¦ l_

^ ¦¦ '\\u'. ' ' .';, ..^."'"""" ;:::;;;,".:;;-:;- "","':.:';;.";;;•".: .Í.T4I, .r«í;.'S?ir«'..K, S5".S"»S"Í"'iSS"ò":¦;:;r.::.r.r. ""S._í;:;v;"';';;::™>';„;».„., ^rj.SZZ^AX&à Kvr; 5;;'„"'S'.!S-t

,.„„.... Sr„, ..„,!.. H ...,,. l'.',;, r).|..,i,:,.rl, rrnm-.fln.. r^. r,;,:,,,.,l; .,,::.„:.,„_,¦.,:;._,,.. -

;,;;";;; „!;: ',;'."°i™.',"ií,i«;.::,'",iV/i,,S'.í,,',"''.í.; ._¦• m*,™,. «m--.. _,_-.. ^ .... •-..,_ .,. m.,.-¦». ,.»,.,,„„„„¦„ ., ;..';.v;:„, ii;.-;;».;.. «,..',-,'¦-"¦' "i1 SS"? i'£Crí»?S.° âl'.',™;;"'!: " mÍT^',."'".;;',',";;-;:™ .

" !,¦:;:.„,.,_ I»,,r. ..- ,',¦¦„.,,. o Ho¦«, ir.li.,,, «I- , M . I_m li,.í. lld.d, l,.li,rl, rom r, ¦.,. .írvrn ,.rrr.

mia dada por — DOM CASMfRRO -ems de Natal.

i rios s i grandes nn- par

lão sacrificara

ilidadr Rr-

Depois de haver contemplado longamente sem constraglmentoei_ln ser uma hora Itiipróprin para elegantes... 1 a bela exposição

(leorgina de Albuquerque meus olhos sr detiveram carinhosa-ente nas bandeiras que se ali nha vam «obre os quadros. .1 bandeirasm suas eomhinações de cores, listras em sentidos diferentrs, iwiis,trelas... Ali estavam corações e almas rie todas a. Américas...

Intrr ss '!i bandeiras, os donos da C.aleria ilas Américas rnloi-a-ni etn destaque, em lugar ile honra, a do llravii — por pertencer aolis da exposltora a quem. no momento, homenageavam. ,.

F.DITII .IAGAR1MI09 TOKRKS.

_ rie aplicação em Ir-uo indicado p»r. ]lm-

um trspo umidecirio

os:-.

i pairei. sol í

i globo, :. par» o

e pentes, botdei deAlgumas gotus de amoníaco em

'gil* oTigrond» «um-niam-lhe asproprirdarie. rir dr.scolorante.

K stnria n amoníaco, tambem eo-nheeldo eomo — «lesll volst!!. mui-lo nssds em m»dirlns. senri» dí altaiitillíiiri* eomo contrm veneno isb-sorvida rm igu*. .««tando algum».,gntssl — em mortleduraa d* cobras,centopelss. ite.

síini á° rt»fi>iiipe:-.ii>

drr^érols no tando Co ocinnç-.i «^ bas .• rm que

ncío mala profundo que

rio mar — * a suh. tUnrla riogrr«sn • verdadeira trariiçflo. idlçlto eterna ".

NOVA SlVl R5ALDE-DOM C.ISMfnttn"

EM SAO PAULOfluo Barão de itepet.ningfl,

93-6." and — Tel. 4-3011

D -PtL-r'

Fernando Lcuisky

Memórias de Rimsky-KorsakovContinuação CAPÍTUIXl XIX

(1SS3-18S6)traque, ii aio rcvesiiu-se «r ide solenliiarie, O Ciar eulo"Credo" rm vou alia e firmr. \>rantn saiu perfeito Lágrimasenchiam ns olhos de alguns can-tnres. A cerimônia exprimia he-lera e siuil uns iria rie.

A inauguração da (atcd.alreall/nu-se lambem com ura mie

da função relifiinsa, an descerrara cortina, interpretaram um nn-to de minha autoria, rie oito <adr« vozes, que compuz pnr insie-tciieia ile Halaquirev. Ali o dei-xei: rreio une estará ainda entraos papeis rta Capela Imperial.

Passamos aquele verão cm Tal-7. e não isr.rvi nada. A Capelahn-jiedava-se no inlaccte Inglêsrte Alt-Peterhof. Minhas frequen-te* viagens nada tne deixaramfsrer. Diante disso, procurei ins-

trulr os jovens cantores, dando-lhes noções de piano e teoria ele-

tu", para que adquirissem umatirnfi.sáo e despertar neles o ca-rinlin pela arte. Projetei, tam-bem, a icorgani. a ção da Capela,adestrandu-tne na coniposiçãn decoros .acros, meditando, an mrs-mn tempo, sobre o arranjo de ml-nha sinfonia em dó maior, quenâo me satisfazia por completo.

Toriu o meu trabalho, naquelatemporada, concentrou-se em me-llinrar o ensino musical da Ca-pela, valhrniln-mr. para Isso, doameios e do pessoal a minha dls-posição, pro pondo-me a elaborarum programa iamável para asclasses de Instrumentos, que de-

no ann segu. n i i de i vigor,

[Cniilinnaçan da pir. :

ft mencSo (ie tnres forrn- ir.riiiíTia:» rie p..plcrf: Fnntes r rti. Cft° ão livro r o., editora. .nla.,1tentre o,s anil- reuni.o tlr g. ipí.lio< i-n maioria ii

ni^diocrtt ar.r F -. odeinju ;.ir.:ar, ,, lslo, a., aluai' rcr:);i'fie« eo: our i".""""¦ "<•"" vr r, lm,.i,.„l ,,,.„,¦:.„„,„ ,. ,:i.flo ..>ll,-r,« l](1,1(f._ ..... , ..,. : ,.M- ,n.il(>::,s. '"" "* que lhe nw.iiftiam « «up-lsi.:

bsctirtis (.pisóellas da sua vida ator-ienlari.1. Apesar de dotado rie ne-ihl vocnçío tio artista rio verso, que

. piiit

:'.'l(l,lrie Irictas abstratas, confusas r

outros séculos e climas, porPoetas que foram modernosjecllvss épocas. A Poesia, tal

mjo*. tem s

11'fir pr.ca __ v-r.io. ou prnBl.um Mecein- nmluo qu.

Fnnles rrn multo superior nos talouriellriilos dc qualquer nnedoui A.o-rs havia o inverso: sabln rie cor mi-lhavs rie niietloin; mi" Unham porfundo a meei loc riria de humana.

Como se fechasse n gloriosa tarde

glu rie uma pergunta quase bntml:— Que rdin rie nossa atual poe-

sla? Mnrlii?

'Imito, e-i. Inédita, d espera', Iil quem rti. poesia, (11/ li-

estudo levavlrii . As vt

"moriernistss", ultrajando a lecnl-cn pela preguiça de r. luilit-l_. fn.einpoesis arrumando unia prosa sem.-!nt.:.r em rstrofra rie vnsos [xill-métricos que i-equercni Islenio e Im-billritide arlislic» tia coordenação dorltin.i com a idéia ou assunto, leu-do algum c.len.ío qullométi-ic», ri"-si.lendenrio ao sínlo ria llli.ua. cuiorilmo clft.'lc.) i-ai-i

Tnfellzineute. r neressitrlo que )remos por nqui, Porque ilnlmr Piseo é desses Intlivldut

:u.l*tra prende. Capa:, rie diasriiIIIh e iiiif.inliniitiienlr sobre qir.lquer assunto, uma reportagem flteom rir iiftu .ei-|R comportaria nJornal...

Fi tle

que Interesse n lelimvr lnitado, i—s| ria Itlis Encnmae

devido a l.vnv. autor dn hino nacional. era antiquado e tive .inorganizá-lo novamente.

Em um dos cnncerlns sinfônl-eus ria Sociedade, diri_idn, na-quela época, pur A. Itublnsiein,reeí minha citada "ouvertnre",asüiiti cnm» a musica dos entre;»-tos üe ¦'Pskiivit.ianka ". A 27 de fe-vereirti de 18M. S. I.avrov eat-eulou meu concerto para plano(in uma reunião da í.sculu Livre.Nela, foram estreados, tambem,fragmento* de "Chovanschtscht-na", de Mussorgsky, com arran-

Na primavera de 1K84. deixei ocargo de inspetor dns Bandas daMarinha, liinil.tndnse minha fim-Cán oficial à de iliretnt da Ca-pela, pertencente ao Minnaerioda Corte,

Sf. P. Helajcff sentia palxitopela música, sobretudo pela "deesmera ". Tocava viola leunlndo,is sextas-feiras, em sua casa, ai-guns amigos afeiçiiadns ans quar-tetos, rumo ele Tina vam uni dellaydn, para começar, seguido denu<ros de Mnzart, Iteelhoven e ou-tro post-beetliovcuiano. Inter pre-lavam em rigorosa seqüência osquartetos de cada c.mposinr, deacordo Lurn sua numera.ãu. NnInverno de IUBJ-Bt, deiresceu onúmero dc asslsteincs às sextas-fei.as de Bels.eff. às quais nssis-tiam. alem dns companltelnis dequarto (professor Ueschus, dou-tur Cetbhe r o engenheiro Evaldl,Borodin, (.lasulinv. l.iadov. Itutsche outros, Eu lambem as frequen-lava. As imitadas eram interes-sanles « animadas. Us quartrliMde Hadrin, Mozart e ns primeirosliei h ove nia nos eram multo beniInterpretados. Os modernos, me-nus bem, rnibura us cxeclitnntc.lessem muito bem à primeira vis-ls. Quando nosso círculo asdstiuàs noitadas, o repenórlo foi niul-to ampliado; Saschi Glasumiv,que acabava dr escrever seu qua r -teto em ré maior, estreou-o ali.Assim, todos os seus ntiiirt.tu. c"sul"es" e.aiu executados na ra-sa. antes de o serem em qualquernutro lugar, pois Helajeff sentiaextrema admiração prin (iivi-menmposltiir. Quantas roisas traus-ereveu Glasiinov para a.tielnssextas-feiras! "Eu^iis", "lledc"de C.rleg, que sei eu!

Terminada a nui-ies, cravamoslautamente, servinrio-nus de tmlasorte de bebida1. Depois, (llii.su-nov locava um pouco e nus des-pcdiuiiins às três ris madrugada.

Dificilmente as decepções, oa tor-

Ções ile todn ordem da'viria de umescritor terão uma Influência tio

flctlndo e se revelando ifto íacll ¦Impressiona li ¦.fiiienln quanto ns Mle.i-.f-. P.i-andi:io A historia dti»

das suas novelas. «. pois. dos acua

e .:r:i'.<i^ i'aq-ir;n< K quando, mes-

Variações sobre o filósofo,1. PEREIRA HA SILVA

ma, alfuma nte Mereça qualquerrelaçào aparem* com os seus so-tnm.ii.o» d*, homem, ainda ass.mneles aprofunda aa suas rsirns, poli— ,., — personagens t

ii f.n.iii iih-irio ss sextns-fei as, !¦', IIIunirn-fehl. Já havia saldo rio Conserva,tório, velo. sennitianhadii de senirmão S.jismtiiirin, Os quarteto.

A juventude dn Conservatório,que havia terminado o curso decomposição em minha classe,lambem freqüentava a casa.(.ItiMiuov. que locava "celln ",

tomava parte nos quintetos, sex-tetos nu octetos, Vershbiloviachvinha multas vezes.

A. l.iadov, professor de harminia no ("iinse.vati.rio. naquelaépoca, r.isouse nn inverno delRS.'l-«4. Pouco antes dn seu casa-snnieiito, anunciou o projeto deabandonar o círculo, Quandominha esposa mostramos desejo

rie conhecer sua noiva, opõs-sctermina n l.imii te, pretextand*que não queria que seu enlace ai-terasse as relações com seitaamigos; acrescentou que o seucirculo caseiro seria formado pe-los parentes a nnil.ade* de suaesposa, Pa.a os amigos, continua-ria como solteiro, o que conseguiu,pois entre os músicos e artistasamigos, nenhum chegou a eonhe¦ er sua senhora, pois la ae tealrn sempre sozinho, assim comians concertas. Se alguma vei ivisitei, recebeu-me em seu gibi-nele, rom todas as portas fecha'das. O curioso ltelajcff não pndia con formar-se. Uma vez. riett-tifhando-. e de que Anatollo nioestava m casa, fe?. suar a rnnnha da po-ts. pedindo à senhorade l.iadov sulsse um momentora cnlrena.-lhe uma encomendapara seu espuvn. Só assim pondeconhecê-la. Podiam ser contados<>s que, muitos anos depois, consf.iilr.im freqüentar sin casa;Ix.vrtiv. Bclafeff. C.lnsiinov, So-Imlnv e Vihtol, Nem en e nemXnriejda vimos jamais o rosto desua esposa, embora cultivássemossempre a mnls franca amlssdicom aquele homem sinipáilrn iInteligente.

I.ticarreguei-me da nula de har-¦r.uiila dn Capela, nur causa nuüomlssfin iln velho C.lunke. comInlrrrsse crescente rte minha par-te. Nilo me satisfa/la u sistemade Tsclialkiivslty, rie que me ser-via em minhas aulu« par"'res Sobre o asunto eu e Liado»falávamos frequcite e i'-liti"it" I.iadnv me f.í conceber aIriéfn de editar um livro de tevIrs de harmonia, eintirc .ando sis-tema completamente novn, quati-tn . tlistriliuiifm rta m-léris .i-.é'otlo peria ,r\~!rn f. iisarin mufh.'nv era orl.tiinl do professoiJ, O. .Tnlia. ii-ti.

ealKi.ecI formde evsalo para Plrandelio. "Nâo podenrio viver a própria vida, Pirsn-d-.Ho viveu s rios .eus personagens"observa Anton C.íullo Bragaglla.

Nào hà. noi' conto» d« Pirsnrie.lo• constituem dois groe.o» volumes

com um total de l.«00 páginas -um só caso de imor fulminante,dessa amor qu« imbriaga. taacin»,subjuga * arrasta. Uo freqüente nasobra* de ficçto. ou mesmo daqueleoutro amor romanesco que Ilumina• rnche uma existência com umt\il(or de feerln, Nâo. O amor na.novelas de pirsndello quando nio i.torna um fardo pesadíssimo que êp.-eri.o suportar coin restçuaçSo, 1um motivo lit aofrlmentoi dlltceran-tea como naquela página pungente sInesquecível qiie se Iniiiul» -Ve-flia", Amor • felicidade níio se con-Jugstii na nbr. do grande iiarrsdnrliallsno.

Entretanto, ele á meridional •,mais do qur isso sicilisno. Aconie-ce, porem, que a su* obra l.ter_n_espelha a sua própria existência. J.a vocsçdo amorosa de Pirsndello foisempie contrariada por mesquinhosdesengano* * smarlsslma* decepç.re.çô«.

B vejamos só o genial novellsUsda "Prima Notle" irsitla iodas aicondições para amar e ser amado. .

Multo cedo se manifestou a suaiuclInaçAo sentimental e tt rtv»-lim o aeu desuno d.' criatura des».lorlutiada para o amor. Tinha eleapenas oito suoi quando, em Ps.lerniD, onde su» familia fftrs morarpara refazer a fortuna perdida emtiegõclos. conheceu uma menina ciasua idade, (te qual era vlainhn.U>ío ao vê-la pela primeira i-s,seutlli nm baque fundo ne seu pe-quenn cnraçto rie slcillsno E. sem-aber porque, vlu-s* devorado pe;ude..eJo de a ter sempre perto de st.para poder-lhe nlhá-ls. embora amedo eomo • podia faser ums eri-anca tímida como ele ern. Um ri i,porem, e menino adoeceu. Tlfo. JIrie si fraqulnho » sem se sllmen;srem meio ds enfermidade os mtell-cos desengsnsram s l_n_llls. Ma..o amor materno realísou e milagre,fnlvou-sc graças tos rieavelos eomque sua mte. dia • noite, velou *siia 1'Sbecelr* com os olhos queima-des pelas lagrimas. Quando se le.vantou, a pele brsncs sobre oa ossos,os olhos muito abertos de teremvisto a morte fsce a face, ele erauni pequeno fantasma rio que fftrs,Inrlo vlsüA-lo, a menina nio resis-

í«(«le-

fcrev» • mundo todo se resumia na-

qu* Já tinha trís ou quatro adora-dore. e p.ira a qual, amando-a nn•etredo, ele mal ousava levantar os

FU adivinhou o Incêndio que la-vrava no roraçio de Plrandelio, de'-

alegrla.t Juvenis ilo pequeno es":i-dante E. n principio por piedade,entrou a corresponder e sentimentosecreto que atormentava aquele es.pirito Impressionável de adoles-

Quando a familia dela compreen-deu s Inclinação de ambos, interveioseverametiie como não podia deluarde acontecer ns austera t purilea 6;-

e.--;v"v ¦¦¦>:!¦

a Cir..i periinciipai i

quela por quem :obedeceu. O velho Stefano Pir.i:idello denota de alp"iniaj sangas •recrimlnaçôes. concordou em lhe t.i-ser * mlasli* dr conipromiwi. tl-xando. porem a dal* para oito «nosdepois. Isto é, quando o filho hn.ivev» concluído os estudos.

Rom». Universidade, Faculdade rieFilosofia. E enquanto Isso recados

recados que mantinham o fio da-quele romance. Acontece, porem, quePíranriello leve uma desinteligênciaeom um rios professores. O Incide"

tal eriants teve de deixar a TJnlverslda-rie Aconselhado por outros protes.sores, solicitou e obteve transferiu-eis i>ars Boiui. na Alemanha ondefoi concluir o curso. Conhece tl umaJovem ri» tiemie Jenny ri* quem <efs« smlgo. De parte drle, nscis msls

U eleta. nio sei... No longo exílio¦ que o forçou n Incidente ua Uni-versldade rie Roma, Lulgl Plrfc.i-riello. que era. enlto. noel* rompeidois livros ri» versos. Rm tmbes. aImsgem tlsni-la qu» fleara r. i.nsd» e saudosa, ns dore lihs do Me-dlterr»:ieo. aparece a esda monien.lo, nlmbsds pela ternura rio poeta,ju» nflo a esquecls, Um rie, livro»porem, "Pssqna rti Oea" f.n riscll-eselo a Jenny, pem ms] algum...Ingentemente, como tributo de sml-tt.it.

Pois quando, jâ doutor em Tilo.sofís, Plrandelio chegou á Sí-ilia.m intei-pelaeôes em torno daquela

fracasso' comeid a taléncia da :".randello. Pua-<

readquiriu os movtmer.ti

para o esposo flriellssinio.lhe exarcebou o ciuine. qpmporçíes rie clesrspe:

re. lannção pair petlam quaíf

-' ':dias dentro daquela casa, qu' P"

n*o amainava. "Tori(\s *.i. :'ffl -Informa Arnaldo Fratelll - -*".efera puro. inteftro n«s reiicó s er"

te s companheira, Ineso.i. ei" »:«!¦crá-ls; sectiro de *1 pela força m'i-ma d» ms conduta morsl: n-»s ei'1peM i» tornou res--vjdn ?'* " '"ertipulo cem ss mulheres Manlfe1-tsrase na esposa um cl¦iv me*-bldo, reco, que. quinto nun ef?mais supunha enx^r.sr uaia rea.-deite inxlstrnte. Isto í: n^i nlfir;"do libertino » dupllee etn '*ím "seus sentimentos e atitude' cir-n '-¦trsl-1» d»ntro do próprio lu F e'

tudo e-m .«er nlrtide "fl '¦forti rie

m pfliitli-—• -ollO

lêrle Incldtn'.»entre s« fsmlliss rins noivos.

Desfes-se o noivado. E Plrandelio.«pie, por fidelidade à noiva, nioquis amar Jenny. viu desfeitos, es-tu. Ida mente, tortos o* seus sonho»ris primeira moclúsde...

Depois riesse amor malogradovelo i

amor.,. nAo t

.:i.|--il

mesmo estranho tiirbamenlo quie prcduilrs. sete anc# antes, S «uampsnhejri rie Inttncia. A d» »s.', porem, llnh» riese:-ove mm.a'iii msls rin rtre »'», % e roman-

i Falem Mss, snalnho. j

.ssr freqüentava

e riestino mal* rl-

D!r-se it nue nío i»v rie«'lno :«sliHíOiiho porque nflo foi um casa-menm rie «mar e sim de conveiilêiirls. (!¦ .verdaile, NSo foi um ra-ssme-tn rl» amor. Desfeito o noiva-dn, estiva Pirsti.ello em Hima fa-S'nd0 ss prlm irss armas literáriasqnarde r»eebeu rio |i_|, mus cari*qu» n surpreendeu, r "ciunha-lh» *:..ornamento com a fulia de Pnrlu-lano, ris nome Anionleta, E.w. Por-

ntns bcnelsle e rie ums"extrs terrenas",Dolí-lh» multo 0 ver

qus «lt amava cem lautatestemunhas rie Unlosdolorosos * deploráveis.

Durante e»se período d*rss provações, a mulherdeneu váriss veiei psrs r>na Sleilla, Junto de "iaPor fim. »o cabo de váriosque Pirsndello s quis ter

ser recolhida. «InUd» dn espiso ade oiid* faleceu.

Mas. aqueles nrt rie martírios hePh-:-l-ll-i i rs""

E ele eslava en

.'•-.',. rn

-| 13 tle Novembro de 1343 L . | DOM CASMURRO|_ Página 5

llili:|. ns psUitl tintes rlei, mr.l ihiclavnm as nulas,,' pnra i> Baixa, que é asfi'iloi' tia cidade, fora cias

murallins mr quais aeArrn de í '

a quil

fita

ilslas dc Dl- E barafualíi'

Tt. que, na* respectiva! oficinas,nt) Arca (TAlmedlna, fronteiras fipadaria do Jacob, editasse uma•orle de panfletos que Iríamos es-crever, no mais rigoroso anonl-mato.

pasttrans, ria

na rnr, farfaihandoias Isinflns, mcln oculins, es-tvi.hi tsnbecitns gentis rieiriTS Bpsslítonnrlnfi.|..,:i'n preterido para l.al exl-:, . conversas rle amlROí rra•i ferreira Borges, que, nem..,, d. Deus Padre, largava n

• n .le-rsij-i.nçno rie; i Calcada,¦asle ¦om :

( finando ainda o não

ali o Lusitano, vale. aca-por excelência, onde seliteratura, se atnt.al.ia-

si das lentes ios mestres iicnlnva o mérito 1'tern-

i uca terçando armas no

in no Auto do fimria rTOllvclra, quedo funda lmpres-

sjoca pen. u cri

professor e pro-I O F.neeino, pa-

vSo saber que n í»

Este «Im visava todos os pliiml-tlvos que eram como outros tan-tos moinhos para a nossa fúriaqu Ixo tasca.

Por causa de um so, Irhorandoo nome rle quantos o teriam ou-vido, Iríamos bater-nos com to-

Que belos tempos e que beinidade!.,,

Amadeu aceitou, presuroso, aidéia e. a 15 de novembro de 1904.circulava, com grande êxito. In-trlsanrio os gênios, o primeironúmero rias Pavfie*.

Atacava. Impiedosamente o P;-rlroso RodriRue.., um dos maisformosos talentos que conhece-mos. aproveitando, perversamen-ie. o momento do triunfo que eleeslava obtendo, em Lisboa, como seu premindo Auto Pastoril.

Claro está que cise folheto, devinte e quatro páginas, passoua ser obra rara e esgotada, deu-Iro de vinte e quatro Hora.., ea autoria foi atribuída a váriossam oue uma suspeita recaísseem nos.

Nem tal puderln acontecer, vu-

Lisboa, pu-l ¦• Aldeia emverso que foi

icdirio orgulho, lão n.me principiam lutaiati-.-j-no.s uni gènlo (

Erampre.

lt.ivcelebridades colmbrãs...

Fl a nossa desforra foi rir, abom rir. quando surgiram entre"el"s", desconfianças reciprocas.

Mis, pelo sim pelo nSo. o se-gundo número dos Pavflra {.e_.au-cava-nos. de alto a baixo, apor.-tando erros, disparates, palmareicontradições, nas obras que ti-n tia mos publicado.

Era. então, bem curioso ver co-mo os que, até á véspera, nn»ajuizavam ocos pa-saram a cate-BOria cise descobridores a rgutos

: defr:lhes a punia

rir. Man-Lendo ileoroso sigilo que os ai-veiados nerss-s folhetos, figurasque vinham * propósito, busca-v-m, em v.in, quebrar Amadeu eAlfredo Frait lambem riam, Inci-mdo-r ; si nas-.

N'o quarto número, falamos deLndlslàu Palriclo qu* era au-tor de três prlmore-ss Arul eetraie.Ch*ia* de irraça e Livro Simples.

Cândido Guerreiro: o novo AntéroMARIO MONTEIRO

(E.pcci.l pon, DOM CASMURRO!

Sucede, porem, que to^onprimores podem assemelhaa Aclilles c nòs andamos, pacitemente, à busca do cale an li

Lih1iMi.ii, que estudava meeina e Tol o mais nu menos receensaísta rie Augusto 011, è Icompetentes! mo mídlco-dlrúr, afamndo Sanalrtrlo da Oida.

Abs temo-nos de contar o quPavões llzernm, como r:bo;entre os logo desavindos lit.los de Coimbra.

Parecia ter resurgltlo. stob naspeto, a célebre queslüo diHyssope que espantosa nue

excitara na Igreja de Elvns.O quinto número tratava

Cflndido Guerreiro, eterno calt.eador, e e\ para falarmos aidele que Irotbaila.

rosto vlncadamenbarba negra e lusldl;profundos, belo tipo ,

vo para o asem.lmaRCm do Senhor dos Pastosque eslava na lgrc|a da Graça

E simulamos, no folheto, linv-rencontrado, lá o poeta com c>roxas vestes daquele .santo qur oobrl(tamos a despir levando-o aaceitar a nossa companhia, a ca-mlnlio da Calcaria,

E. na conversa, entrámos a cri-tirar Rosas desfolhadns it,i-130B i Pétalas, Ave-Me na me1900i. Sonetos ide l_Ot e l.rt.i.ide 19031 os livros que Ja eramde sua autoria.

O que nos lhe dissemosmotivo rie protesto e oiiantn.flitos oriRinoii esse folheio!

A barafunda foi ta! entre

*" ¦5£___^^___________________iar.,. i^ifr^3_l

"!l,t H___É_k_. ^_____l'7|H 9l_____________l

'ra- . 'íSsP j^\ jt^H

^H

tudo isto a Hl^f

nascido cm MraBnlele tle rs- BSPIlll Bfl^Wbatina. MM^^^gEa^BM|a^^^Pb^fl „

pssvsi

¦restsri ii ia forte gota de qualqti.r

tor do CaiKar,rra:a

Nenhum dcl-s se lembrava do

quinemos alardear leitura, fa;-crcome nla ri rs tle ro"frotT-v e ro"-traii.es. e não poderia sair tudo

Presenliamos Já que CândidoGuerreiro tinha, na verra.ie.imenso valor e, depois rie Je-ão deDeus, nao ros dera o Algarve su-tros poetas como c'e. alem d-Bernardo Pps"os e rio 110.-S0 que-ride • Mudoso Joio Luclo autor

O rolnilirleenae, quando o poetaH nos dirigiu paru falar da má-tua qu* sentia com 1 ausênciade .Tunquelro.

K, a páginas tantas, leu nosUm soneto que tinha preparadopara lhe reelt.ar.

Começava assim:

Pncta! • n teu Verbo ¦ espadaIda Verdade!

Poeta! o ten cantar é nm rlartm[de guerra" etc,

. Aquela repeliçAo — ria rli —fui, como se diria aqul. o e.tou-rar da bolada...

Nos Pavões, cremos que nadade qiilsllentn ficou por lhe dlierapesar dp ser notório que a suaapresentação em público linhasido friin pelo entío grande masdepois, desgraçado Grimet Leal

Na verrlnosa I11tt.nc.t0 de brliicar e oe ferir, injustiça oue nem

dade nem o nosso critério m<rmtllrlam far.er feira do ajstitt¦ da mocldade at.rc.vlva ri? es-

is ler a sup.dortdadr de ho-r a rom ra-f a r,.,,!, fnrm..|.--o ,'on-tn A Virtem que prliv

1 S-n'in--a i!.-j Unr-s. nt, ri-rto.

I- c- e n.ii-,o d'Almcltía heivc-o, e:^i fmpo. qualquer etrl'-cm B-.la e talvez a profunda r.C.mir.Tão tm? ia volavamos a Fn-lho, tivesre contribuído, por a!-tm n-oc'o. rara a'antipatia com

'-.1 fo"mstío em 1907, a ho-'m m-c-lda. nem qulre-¦iifinnrr a ,-isa fama ce ou-

; lüiiib-m na carr-ira di. !--. Cândido Guerreiro venceu(ííameni'. com Promontnrie

re. rm l"2f. e rrm Fm Fe.rli•rime ro srrsrác de Sr.nlo Asi¦'i r-lrbranrio. em 1931. o seu

Sousa Costa fala do poeta, no«eu Mllafrei de rnrtiigal, Jos#Dias Sancho, também ie refere a•le, tm aeu livro A paisagem, amnlher « a amar, Jo.i' Jullo Ro-rlriíuea Inuva-o em Silhuetas •VlaBea e largos elogios lhe fo-ram rendidos por Carmem ri»Burgos, na revista espanholaCnamópolls e Alfredo de Carva-lho tratou dele em conferênciaque fez, em !93«, a um curso deferias da Universidade de Colm-bra,

K.-stn palavrai estão nü livroque publicou: Dais Pnetas dn Al-garvee: Cândido Guerreiro • Ber-narilo PaaaM.

K. por fim, vários dos seus Sn-netns, equiparados, sem favoralfum, aos de Antero do Qucntal,(oram traduMdoa para alemSo,espanhol e holandês.

Temos aqul. sobre a mesa detrabalho, um magnífico álbumque a Junta da Provincla do Al-garve publicou durante as festasCentenárias d* Pombal.

Vem nele ofererldo a JulloDantas e Marli. Lyster Franco, oprecioso Aula das revsas de SantaMaria, que foi representado, pe-Ia primeira vm, no rochedo rieSanres. em IS rie junho rie lfHO,

_enmr» fecho rte ouro rias C.omemo-rn-B?s enlÃsi realisadas em terrasal-ervlss.

1 orlslnal de¦ visando as

f!~uras do Infante D. Henrlqu»e do náuta Gii Emes que soube-rs^-i engrandecer a pátria.

Termina erre lindo poema, noshhío.s do Infante, rom estes ler-

Etnia, de façanhas e av«n

Em outubro rte 1941 no CentroF-publi-ano Recreativo F.toien*

ral em homenatfm ao poeta,l-iirio sido recitadas poesias suas,com música cio maestro RebeloNeves, e 110 salio nobre ria Cã-mara Municipal rie Faro, em ISde dezembro do ano passado, tn-do o Algarve se fez representarem um serão rie arte em louvorrie Canriido Guerreiro que. a es-Ia hora. já deve ler recebido tam-bem os ralorosos aplausos do Li-ceu da mesma cidade.

I) cárolina Mlehaells e Menén-dez y Pldal exaltaram-no emprosa vibrante e um critico disse

Cindido Gu

que a obra rln poeta das Rosa*da Santa Mnrla há - ri» "ficarna literatura portuguesa eomo nobarro ria sua arte ficou a deda-da rie Red In".

Nfio queremos deixar de falarem Cândido Guerreiro sem çuerecordemos o seu soneto;

OENEZARETH

No puls d' Galll. O sol raindo,Inunda em ouro os povoados si-

trios,Campos de rosas bravas e martl-

TriosE os bosques ondt cresce o ta-

[msrlndo.

Donueles de perfil trigueira •[Lindo

VSo pnra a fonte. Os mercadores.tlriM

Passam nos dromedários Cho-rvem lírios

F! ptirpura e topázlos. refulgin*frio...

Las.o de Tib»rlarie ao sol postol- .Ametlslas vogando sobre mosto...vPousam, pelos terraços, pombas

1 mansas,

Fstrelam-se rs romelraa da »er*tmelho,

E no caminho, ao pe ri'um eedríf velho,

Jesus Tala ás mulheres • às[criança»...

Cândido Guerreiro e hoje, porque o merece, um, se não o maffir,o mais perfeito, poeta de Portu-tal. EncDiitramo-ln, várias vez«s.em Ll.bna, 110 Chiado, com 0 seulargo chapéu e as barbas 'qua«ram negras) mergulhadas noluar que tra? a neve dos anos.

Nunca, poi' que é um espíritosuperior, se mostrou agastado,nem aludiu sequer ans Pav6>tcu'a autoria veiu a conhecer

No entanto, [alamos nos tem-po= Idos, com sincera saudade,

g_ajtti_llfeaeja rl"'r pevante ele,nio fizemos entío aqul estamos.hnf

Re nos tbs.se possível, a ambos,retroceder aquela ^poca, certa-mente, o voltaríamos a atacar,pelas mesmas razões e o mesmoambiente, porque era a moelda-rie que mandava, despreocupadae revolta, em impulsos que nàoprejudicavam, nem diminuíam.

Agora, parem, o caso t outra.Para a nossa eonclèncla, par»

o nosso orgulho patriótico, parao nosso rrisrrlo imparcial # paraalivio de alma. nfto encontramosmeto melhor rio qne fazer publl-ramente. justiça, ainda que tar-dia, aq\iem, na verdade, a m«-

0 amor, na vida de Pirandello..-.,_: s.'.-. 1.:¦.¦¦>¦¦:.a * -.„¦ -,¦,..;,:: e o '¦r.yi* ¦;v. Na realld.d^ ^^—-^.

¦ IrllHAltlA tarAflHULA ponm da im^m. nmiTat p;-n nf-v >JB %--, s fynmsÊÊBE *% tv.* a '

m e- *

¦-¦¦'-'-¦ ^ R.R(.t

'¦ SENADOR DANTAS, 46-A J^ai. í' '»

dT"Wò*cto" ü™ ^a"'*0 rirartrírlo roj-n ¦;-y,^^^^.X^!^*

J_^^^^"^^^^^.I *b.ii« »i. ™.i0.».it.| I1..--S ;rtJi:n.iii-. ti-rem. est* t"- der t de humilhar. w_ t rindo ¦<. i-.*'i i-J :-:-|7n1 r...;'.'^ ".,!...,

f,,_ i|^T_ __ , ^^

'•¦¦•' ">a rlanj. , .!.¦„,. O II- fil», partam... „. ... -,, (-,',. ,,,„¦„; a- fHfílOA T\ UM VI1aar.l laia ,w rir. O fflrrllo ri, otrr,- Premindo. v.mo. ,5or« .r.all- ra, ,1, h„maa!,:>de ,r,a or. „a, c.-,- I«WKA 1/flV £í 1

HT3ARBEAR

SE eom GiiletMAiul é «empre «gradam.

Seu fio »uper-anudo eicanhoa

i lndis-ete rt» desdenhar do me*-A"é M suas palavras usam m*s-

lí. nos momentrm convenientes.iu- nkn deve, por um principie

.» educaçAo pírfida, ser dito d*modo claro, dir.-w rilsfsrçada-

i e, E' a rtern» hipocrisia hti -

nfl íntreianlo. msiiw-

r.lente peirmr» rte liulo esla* aonM-deraç&es a reipeito ds Inaincerldadedos homens, antes qu* alrim Wwlmpiclente num crato de enfado,'¦¦¦¦- i riiea ene, em tess* ho-

Ora. aflnsl d» eori'tis o aujet-toe iserrvr:i Mo. náo IMMiA

•¦ tllòseto"...

«iws

Conversation en zig-zagDes gens. un autobus tl i

'autobiif, le«teru iebsnanss »ont au milieu d* ia enaus-»#( et r auwbua fali -Iiuase rouesur les baimne...,

F.-action de 1* autobus: roulant*(llasade. e*r une

t pu r

ri'1111 riif-omlifciní-r.! cerebralIa slncérité fait bru.wiuement pia-

a 1» ralson - Chseun dlt ce qu'll' ¦!! de penser ee qu'il dlt._ le rhmifteur s:s>t in.-tsntsní-

m-nt transforme en moulln à vent,O n'est nas de ma laute, dít uni(rstnsiie paire d- b-ss.

A)outontei pis plus que celle»tes banar.e*.

- Premlíre banguetle: un men-flrur três impreíüonnsbls Sf tron-vai riej» ire» lmpre«sionnê. avant1'incidem, par les formldables lime:.tfi noires qu'usslt ia voislne. I! luta tjls, auis.tot: — Cest d; ts fauiei

- F!ie lut a rípondu: — ea m esiíjtl. ,le les gsr.de pour j volr dansle Biirk-out.

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Septlème banquetf: '.'Impor-tanta phvsionomie d un homme quta beaticoup vu íani Jamais rien re-(arder; ti conteu*. tout ba* a son'•à eet*": des bar.anes.., monsieur,c.U me rapelle ma chére Afrtque.Ah. 1'Afrlque. monsieur Ce que íedonnerals pour feire revlvrt le i

: dee= si-t«m!R*epon..e d'acAtí: — Ne donnei riendu tour monsieur. ou plutot. dormei-vonr tout entier en vous fa_sssnt en-tr.ftér.

-~ Ajoutons; pourquoi aller st loln;opprenes à tlanieer.

DPvniírp banquettíi un dor-metir. On lui crie: réveUle-toit^ tlrentintls pourqunl. 1'acrldent est díJ4

AJoutoni; beaucoup sommeil-lent mais nt drerment pus.' Fentierle.» yeux ne veut pai dire mmtrlr.

-- Drutíién-.í bantiu.tles Vn ivroej-¦. Au mement rte Vembaríee, il

irul* pos -mem s —¦ ab is. out,rl;.;ef»nt on f:le droltl...

Trolsilem" banqueie: une é!e-rante et un e éjani L'elí.;ani dlt ,«Ie>:?int': vouííí-vm;« v.-r.ir rüt?r-mel preric re un poris? Rêpcnr;: —(t.":i. merri. Je n ai pi. sommeil.

AJotrems m:l non plus.c.nquleme bsrsquetie; une di-Tr>e iu rhsp?su vsri rsil('ée d'uníhupeau orarse, re l.vg et dfclanv:C'» banines que lon vlsnt d'écraíer,ívoquíi-t en moi 1. souvenír d! tou-tes ces hitlwe» que Is (iievre pulve-rlsent ccmme dese cichct* d'arplri-ne» dans d* ]>au! — Un volsín A:-

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ii H V I H tl 11, In*

OS "CRISTAIS DE GA-LO" E A LITERATURA

TEATRAL(<'nnrlu>t.i> da 1.* pA* )

eulturs. Míis, Infelizmente, eomoeu vivo exclusivamente de tscre-vrr. e nSo ji"r aescrever. eomoeci.es "cristas rle iralo", nue fa-nham míseros nrdennrlos. ou ninver, e nSo para escrever, «.imtra os r\\\e vivem rto que esere-vem, sou forcrulo a continuar,(ití morrermos todos, um dia,convenci .'.as, en e eles, cie qincumprimos o no-so dever... fficosno hsA clf existir sempre "cris-tas de paio" na face da Terra, cique vierem depois, que os atti-rem, ma.» nfto tiest.5-.erem, por-que eles são utels e nes^rssArlo.í,como os niQ,-r|iiltos! ns puígas, o.speresvejoss e 05 próprios ralcré-bios, nue os homens, ainda nml-to tünorantrs, l"'.num em cor-siderar nocivos à vida humana,quando, afinal, os pobrezinho,também fn?t,m parte dei vltia .

JORACY CAMARUO.

Página 6 -I DOM CASMUKKO |" lli de Novembro de 1913

A Semana de São PauloFLAVIO RICARDO IDo luciir»! da DOM CASMURRO)

SÁBADO — Chave, chove fibim.dan temente em £jf_n faiil», no meiocio mais uuoiuo calor.

As quatro horas, Madalena Tu.Eiialerro iniciou, no "Mnnicip.»!", asegunda série tle nulas cio <j__r*o delmerp riuiçbo. a convite do «'. lu-tts.rvfi.te_r icderíi.

Aiitovileta Ruíltje. auiomar no-vais Viia-Lobos, Tagllnle.ru, Ca-uviriíe. Qinrnlrri EeSAmviio Gutirnie.ri Mercês da ti.lva '.Vilcs, quan.auestrelas de pr.meira i_rii.i.desa nanu«s» vida musical.

A res_iei'.o de músj.ca: — Gal.fi.iC:u._niiu esiii iiiiire mis, Depois u-:t.Mit-.f.e uu lílo, ri!'Uil.liv,illUílUe, Úsempre: aftradavel podermos cumpri,mentar o notável escritor, <|uc tantobarulho pruv.¦ ceu com seu arUge. sei-Ur_ "Mús.ca t Fascismo".

inaugurou-ae, ua "Galeria Pies-tes Maia". ? 2' saldo paulista oeArte l'üt<_6iiUl.a.

Cerca oe quinhenlcta l.\.os estãoexpostas, revela nao a nue altura tec-nica pooe chegar a mais nova dasunes. mn» vei que _ ri sabre mo* de que

Ni -RílíiIo Culiura". estreai Jor-ge rem andes.'Orando an>ta. Pertence a le.giit_i do pessoal do rádio. t|ue_ nau c

Conhecedor profundo do "Mie-

lore" pintor e cs-i-u-ni .lo;--.- t-vi.isisi.dei * admirável pela cultura e peloiie»invjlvlni.-n:iv t^sio artL-ilej E'da família rad.oton.ca a que per-tencem Ivani Ribeiro e Mateus

DCMINGO -- A "Orquestra Sm-tônica ds Sfiti pauio" realizou o (euíéümo concerto popular, no "Cln*

tlnlnea"

E' trace porem, o artista, aniprimeiro lugar saus lema,. 1160 *f">atraente.. Hfc, aluda, o fato de em-l-rn-jar tintas «sinta;-. Cures pitllelns..dando a impresüfio do uma "plntu.ra mona".

Temos recebido, muilo a_egn.m1.11.l« ns nouelaa sobre » estadia doLliis do Rego. no Pinta.

Visitam nusso Estudo os Jor imita-ttií iiinruip.s, Ksw» vliltn tem .''.'i'-mititlo uma uprox.inae.4o onte w*'¦soa círculos oílclals, jornalísticos ¦Industriais.

O jornal];mo ianque i, sobrem ruin,jiimpàiico. Quando nada houvesse,bnsta o [ato de recordarmos queHemingway e Stciiibeek silo repor,teros tie jornal.

Bí.tas coiisirierntfies nos voltam,ainda, para o desejo sempre renova-do oe que a smpre.ifs brasileira siga

_,«tdi norte

JA 1Ustlcoí

te Incrsve! o nitmeri tieOuvintes 110 concerto passado, qsipexcedeu de rin-o mil e trezentos

Ampiland.i sua rede* de ação. o"Di-sMsirlnm'súü Mssssis-iual rir C'.:l-tura' resolveu renlizar concertos rinvários hsilrr... MiLW-n.itiietv.c e r.bi

Bela medida e'sa, oue facilitará,Ki-andement". * iodo* oi paulistanos.*

Alem disso', foi deliberaflo Igual,mente a reallzacSo d festivais emcinemas « teatro; d si cciy.ro da ci-dad_.

As orw.e r çuarema e cinco d_i ma-i.hS Eesfeartl Cavalheiro partiu pataForto Aleprs-e. afim rie „_uuniir »dlr.çfin intelectual ria "Livrara tioolobo '. e peíder em laneiro. vsr (tt.ríglr a filial dp Sin Paulo.

firib qualquer a-ipeciei e d« rego.«lar essa partida. Pondo dp .adoquestões de simpatia pewoal. temos

ta a escolha dr Eesigard cavfllhe.ro.para ox eseirtores novo. de Sáo pau-lo Depois, o movimento editorialdp nosso Estado cstA dc parnbetss.ante a medida ria '¦Globo". ísmdsrtn.do uma secçüo o'r erilçfies ns capital.

Na prara Patriarca adensam-je aafilas de ônibus parr. o Pacaembú fl.Ias que se alongam pela ma de SBo

Temos, ê verdade, dois grandiMjornais muito iiiixlcrisn."; — "A titi.ieta" e os ••Diários".

Me.stno assim, laüti muilo aluda,e nio e por carência de viafto, ma.,por motivos de ordem econômica.

A propósitos — c.irre um bcaiodr que a " Hotocrav.is.e'' de "D Es. ¦tado", sob a riiiecilo dr. Altulro Rol-niís Barbosa, vai tranfl[ormar-_e

OLsruoC tjupu ta! li.-sit.i seja rea-lidade!. ..

Us liíssMtilM*.' psioiii. ju pr.Jaisii.i'.ticseiani a m. r;e d;\ -R'>Wi. 1 avura".em virtude du (i?sí.ino cruel de tnitos. s supie-ineiiioft . jorna;..

".iierários deÊfla Paulo.

TERÇA.FEIRA - O "ClculO Ope.rárlo tu Ipiranga" comemorou 0sétimo aiilverssttii.i dc sua lundaçÃsj,

E' uma orgamiaçâo d.gtia de to.

Local íüda num bairro quaii queífici-iísaiiiifiite isra.elilsi.i. ouratif eo •'Círculo'' cercii do 12.OM traba.Ihi dores

Notabiliza ^e. í._,iecisilmeiis". parrm pri t te a e;s coiiceitoe sublimes djsc; ia.:,-uio crislfio.

E' necei.-ft:.a a .issi.stêncii ao trn-halhadtr Não eSo. apenas co».

o laço iorte de nossa amlr^ide con-tinentol,

Aliáie, ja ealu dl mexia o «nU-cle

Enquanto atnlin firma trntudoereliglostü, Hitler prende o tjunwPadra.

A "Orquestra Slntônlea1' deverientrar em fírlns, o quo significa oUm tia isNínçlU) iiitlsllcu.

Cbisgou o calor,K atlptií ri\t'ii^')i'S. cewcrrtíWi. e.'-

trt a., literárias. Agora t o tempodas e.sitiçúefi de ánua.s. dt" Pfalas,dn.s liueiidiis, do., esporte:.

QUINTA-FEIRA ~ poí solene,mente cnm fino 111 elo a "Díh rio Fluí.Cltilirio fulilicu",

Nt» oiure-atos tie um escollildoprtiíirnma musical, [iMrain.sc ouvirII ..,'S. Jau» |'{ri. d.feieiv ti;J !>[);,i-tsisiiiiiso 00 Hi'S"..','.j E'úliliisi>; o j)_olessi r Moiti í'lilio e o sr. Melo Mon-te.ro, preüidemc eia "A.s.>en,iiit,'ío dte.iFuncioiiftriesa Piibhco.1" (lo Estado.

UOUSiUU tUllltíe'lll. lilti. tonifliisilíi-(Cies, um itritude concerto pela Ban-oa da força Policial islo Estado, rea-li.sn.rio na esplanada do '•Teatro Mu.

Felizmente, os luiieionfirloj públt.

jus .«-Lli;t".0_.

notável'; a lei do rea] us iam cm o, si1. dm medida., oportunaa. especia

Ü seu depoimento é hem um

ÍUj_>, para todos rgi-tiiiuv. escrevi

SEJÍTA FBI RA - -DOM CMURRO ' es;4 de araben... .111Paulo. A lnBlcaçS.0 àc Macedo

rantssi. para nq-.ii i-epies^itA-lo.auíLUicla tio rir. Fernando Lev

Ora.

1 dos ,ütuaçâo deãpro-

, naçeVríi constltii-

IX1M CAHMCÍÍllO"ir0 Jornal lüerArln do Bra, ix-rscverantii 6 simples,a,:rosa. Netn "Planalto'ipoio do Deip. ou "Gazeta-

iríedade de um (

A "Leg.io Brasileira de Asstótin-ela" tem rrnli.Jido tm nosso Esla-ri.i Irabalbos dos mais notavess.

F,'praiando-sr. mi ailvld.ides múll!j.laí. se-u; numhros á::p't.-cs c ml.Iluntes n6n trem pcniiaüo eaferço»no senildo de presiar » melhor a1,-ei.-s/ncia possível ft família brasl-

QlARTA-FFJHA

S5o Paulo hospedi a D Joio daMatn Amaral b ipo de Manaus.

No r

vem mantendo.Passa por I;

eu.edftn im

i;'¦>'.

''¦*

s

¦.\'^i.prensa, poudp o prelado desmentircertas icusaçíws feita; ao rlerri. naAmazônia, partidas. s«n dúvida, derelemento» qulnta-colunlstaa ou defalsa patriotismo, querendo romper

e que "DOS CASMURRO'

io dn semana, JA nio o en

.'os melou intelectuais, t lido.J que ledos j)c'je>iii. cnm :v,r..~:éri.

» Ilnrlo dp Abreu, * que dr. 1iornn!. uma atitude ntass de-

Do Br ai, voltam bondee cheloa_ ouvintes (tos concenos no "Olne

meio. terminada amissa do SSn Bento o trânsito íteaImpedido peles fsrroa parUcularei

E os borea se enchem de rapazeaipie tomam nperltivo.

Moças bonitas. d~ vestidos bran.coa e chnpíua de abas larga... aabo-retam Inranjadas e "coca-cola".

O pm'o ruma para as cassas, bus-rando o "almoço" do dominco.

Deiwií. vem a tarde da pijamas.Meta e "matiníes".

A noite, novamente oa restanran-tes se enehem, os eir.emas, os tea.

SBCKJNDA-PFnRA — A. Vaddeoeontinua expondo à rtia Plratininga.aetenta leias, entre paisagens. 1*maioria ventilar,as. " altrui.s ntls.constituem essa exposição.

E.VI TODAS AS LIVRARIAS:

REFÉNSUmo obra-prima de verdade e de beleie, eterito por

STEFAN HEYMo famoso autor ontí-nosiita, que cm carta particular, diiie;

"... teri de panda vantafem uber qae consesul Imprimirna Imprensa Oficial de Estado Rmesn o men livro KEFdNS.• qve aerft editado em Maneou com uma (rande (trajem. O1 nnselho da Livros de Guerra incluiu-o na sua lista dc ra-¦nessas para na soldadas, lendo ji seguido SO.000 exemplarespara o Eeiéreilo dm Ks.ndos Inirion. A filmnct-m de REFÉNSJi eatá terminada • ru aadalf à tua "preview". Será axhl-bida nos mradeis de Onlnhro. r a eme tempo a Garden Clt»publicará uma edlçlo aprimorada do meu livro, aendo a tl-rafem de M.OM exemplarea..,"

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-NiW.v ri.i-.tteç.i. mliüiii fsociuln.((r nuu ms-.i (.ociios 1 in cõtl-nSLi •'.!.

Nilo i-slisuj- in rtnii.se :l.- 1BS0.mas qua.0? «.«.sSiri. poüt 1 ;e,.ii:x. [si:.iraoi nossi.. r.rluins

MnfiiKi : ;;isn sIp \.;-.;* ,:.-eiiusa Ms lijslsuçftes nele i;;ii!ii..<í,ií !eir.tr..r r: c;:\s:,i:r O 11'-rn r ,i>r. Aínt.-i- d' Csiivnllio 11 :>¦. 11 .¦•¦

tn porque nSo se poderá rviisli rteAlberto Uma um álbum romo ri.Ftualii, pois nossos artistas estilopregos ti eM-ravidrio do ts>mtvi, _'i..leitos tis, exleíôncias dos patrões qurímpOem velocidade eomo condição

Por SEBASTIÃO FERXAiXDESnm hereM. Der.e

traços e eduinçSa i!srt>D

1 Rugeildat e que

: novO«. que \g.

ORAÇÃOSULLY PRUI1H0MMI. A Poesia e o Poeta

FRASCISCO KiLESI S^spe-sial paro DOM CASMUiíRO

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ís.i a conduzir à. lomelra elegia do 1("Cinco Eleeías")."Elegia quase u

VinleilU d« Morais t dospoucos poetas que nunca dtscpequenos lemas, nunca sebanal... trabalhando aempre ique exige força poética exlraria, em altitudes qu. sfio nsverdadeira clima. I3bl a denuiiien.i-çSo que ji lhe fo! dada c.e ";>oeiamaior". Vinícius de Moral* o é, re-almente.

A clasfllllcaçüo dos poetas tm"maiores" ,. "menores" é que. ape-sor de interessai.te, fecunda e. empar,.?, verdadeira, nsto podemos acei-tar sem mais detalhes. Preciso sermala fundamentaria, mais subdivl-dlda talvez — o que * bastante dl-flell e estA ainda por ser feito. Tildificuldade vsm do estabelecimentode distínçúea pntre os poetas. Nfiohi poetas maiores ou menores: M

apenas homempc

Poetai trLst* poe

olhar qsie tudo (

í-rla pura que ard

Vinícius de Morais escrever.

"Koje me sinto despojado Ai tud»

Posicrla assoMar a idíla üa mort*,,.a_:er lima sonata de ioda a tris-

[t.z, humanaPciieria apanhar texio o pensamento

ida vida e entorcA-lo na ponta deurna ciava de Fa!"

O poeta í n o únieo que podei do

qu; é humano me é estranho". E pa-ra que os seus olhes adquiram eslaforça de penetração é preciso todo osacrifício: a perda tios sonhos Infan-tis, rie todas as Ilusões: "meu sonhoeu ta perdi, torn,i-me em homem'-.

Impossível falar deste poema; elanos esmana. lomando-nos um nadaante a euta prandsosa r tremenda b:.leza. Também falar para que? "Ab-surdo rxpllesir: t( p.-rciso fenilr"'.

Nfio posso silenciar, no entanto, ao-

SBOM

> IteihrrW

Piora, a rainha difea nascer a violetacom as maia suave,de sua fina palhetlão frágil quanto sa aroma lão deliraque a revela onde"Menina do meu re>

— dh a Flora. E a

Em, toda a vasta e brilhanteobra de romancista do sr. JorgeAmado, duas constantes prlnci-paia ac destacam, marcando-lheoa rumos, qae com maia vigorainda, em ponto da cristaIím-fio, se revelam neste último li-rro "Terras do Sem Fim", (Li*Traria Martins Editora — Sã«Paulo), lima á a polêmica, ou-tra í o lirismo. Contra os eon-teltos estáticos do romance,afirma o autor em todos osseus livros a sua convicção deque o romance deve servir a unifim social, expor um conflitoe discuti-Jo, embora sem checarao extremo de propor soluções,o que representar ia um desvir-luamento. Ao lado dessa atitu-de, uma ternura permanentepara com todas as coisas e todosot seres, principalmente dlrigiitsipara os que sofrem, mas às ve-ics, uma aparente Incoerência,tamhem para os que fazem so-frer. Polêmica e lirismo, con-quanto pareçam opostos, teharmonizam perfeitamente nsohra do sr Jorge Amado, slgni-ficando uma, a orientação quea autor Julga dever aos seni lei-

torça, e outra, ¦ que deve a simesmo, como criador desinterea-sado de beleza literária, fundin-do-se ambas nisto que cada qualassegura a sinceridade da ou-tra.

Noa momentos mais cruéis daanálise e libelo, uma frase co-movida, às T«e» uma ao palavrasonora, vêm mostrar ao lado doobjetivo, todo voltado para a re-a lidade • os seus ásperos pru-blemas, a stibJetiTO, que se In-corpora essa realidade e a sub-mete a uma elaboração lírica,freqüentemente a romper os li-mi te* e a transbordar, lúcida •apaixonada. E' justamente nes-se contraste, ou, antes, na «olu-q&o dessa antinomia, na síntesedesses fatores dispares, que resl-de a Inegável força dos roman-ces do sr Jorge Amado, As des-venturas da preta Baldo de "Ju-hlabá" ou dos "capitães daareia" só empolgam e convencemos leitores, porque o autor não secansa de revelar a alma dos seuspersonagens e comprai-se em

acentuar a poesia dn individualem vào perseguida * esmagadapelo social.

Vida LiteráriaTERRAS DO SEM Ft M — JORGE AMADO

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Dal decorre que. apesar daaparência, não é o objetivo quetem a hegemonia na obra do srJnrge Amado, pois como já (emsido observado, o romancistadesfigura completamente a rea-lidade, nio apenas para torná-lamais crivei em termos de polémi-ca, mas também para dissociá-lacom mais facilidade em elemen-tos líricos.

Conta o romance a blstórUdas lutas pela posse de terraspara o cultivo de cacau no mu-niciplo baiano de Ilhéus. O tomda obra é de liberada men te popu-lar, ao geito dos ABC do* canta-dores nordestinos, e nio é semraião que o livro ostenta comoepígrafe, dois versos de um des-ses poetas anônimos que. neslcstempos de vertiginosa publlclda-de mecanizada, desempenhamna* regiões do Interior, mergu-Ihadas ainda no medievalImiui.o papel dos trovadores que guar-davam para a história a crônicade Roldão e dos cruiados.

Todavia, numa concepçãoenérgira da canção de Gesta,nào há lieróís. Os homens pas-sani, contam as siihs Infâmias eesperanças, os seus Impulsos debninlacie e covardia, mas ne-nhitm rmisrejue essa po|nrls'sie,.'iode Interesse que merece o herói.

PINHEIRO DE LEMOSHi oi fazendeiros e chefes poli-ticoa, rudes, bravos e justos,como o podem ser nas suas rela-ções com o meio, os advogadossem escrúpulos, os pobres tralia-lhadore.x humildes e explorados,reúuxidos à simples condição ilemáquinas dr lavoura e luta.nada mais que complementos daenxada e do rifle, prostitutas tbandidos, mas nenhum é impor-tante. nenhum prepondera, nemmesmo o patriarcal Sinhô Baila-rá ou o rude Horáclo. O Aquilesdessa lllada i lalvci o caeauclro.Eni-fuiiçno dele. é que toda aque-Ia triste hunianidi.de se agita,condenada até quando se julgafelli, entre crimes, dores e bra-Turas. E' o cnonueiro dc frutosdourados que é o denominadorromuni da ação e dos persona-gens. O visgn do cacau enche asterras e as almas e em pé de ca-cáu dá tudo. ili* o autor, numaexplicação, provavelmente deli-boiada, da chave c dos intuitosdo sen livro. Desse postuladoceonõnileo é que Ioda a ação tdemonstrada. O cacau, base dariqueza da região, tudo sujeitauo seu Império e deforma tudo,vidas, amores, sensibilidades, rea-lixando uma síntese ctiloiiva lecj.oie.nw e ambição, diante daqual desaparecem e se dissolvemas ronrlêneins Individual*, tríit;!-ramente aniquilaria*

ram por-se ilesiiicoiilo

com oa fins do onipotente eacáu

No desenvolvimento dessa tese,por certo Justa mas excessiva, oromancista procede dentro dasmesmas normas de deformaçãoda realidade, observada nos seusromances anteriores. Graçu.-. auma cserupuliiMi seleção, as pus-sivels natureras liôas, as prova-veis coneiências independentesque, em llhéos, cnmo em todaparte, reagem, para bem da hei-manidade, e não se deixam cou-laminar pelo meio, essas náolèm direito de entrada no ro-mance e são excluídas à porta.Mas o critério afortunadamentenãn é tão Inflexível quanto nusoutros livros do sr. Jorge Amaclu,Em "Terras do Sem Fim", liaumil Ester que percebe o errotrágico de sacrificar alma e 111»-cidade pnr «mor do tllnticini.um Virgílio que iinaniiia umavida diferente daquela que llie.ditou a ambição, um dr. .lesseque, enfermo de todos as tarasd» ambiente, consegue ainda vl-ver momentos puros de altruls-mu e uma Margot, ialvei a únicafigura diferente e IncontatuInadupela virulência do vlsgo dn ea-cáu, na sua fidelidade hrnvla itoadvogado. E' assim, que se afirma o processo dialético que d.ivigor e altura aos romances ilosr. .!nrt_e Amado, que tratamsempre desse eterno combateenlre a ceiletlvo e o Individual

Como sempre a coletivo i

que vence, é mais veemente oseu tom de revolta, não contraos homens, que todos levam den*tro ú: si esse dualismo insolu*vel. ma. contra a ordem socialque o produz, e mantém, bemeomo é mais apaixonado o seulirismo, a salvar e realçar de-Kesneradamente os sonhas de fo-liciilade individual, que o coletl-vo destroça.

Falamos em crisUlixaçio nocomeço deste comentário e épreciso acentuar, que realmenteessa cristalização se verifica, jus-tificaüdo-se plenamente a caco-lha do livro para representar afieeão brasileira num concursode romances americanos realiza-dns nos Estados Unidos. Em pri-me iro liiüar, o tema é idênticoao que inspirou "Cacau", umileis primeiros livros do autor, ese foi retomado é porque o ro-uiant'isla rtieuoi! k conclusão deque um novo tratamento era ne-«essario, com novos pontos devista e maiores desenvolvi men-tos Depois as qualidades do ro-maneis tn se reafirmam e revifto-ram neste livro, por exemplo, o

diálogo, um dos sem ponloj il'tos, é em "Terras do Sem Flni_'ede uma precisão quase msiíwtira. O seu poder ile c.ie.niiitiii"lirleamente a açãii, que ('I le"

vado a extremos em •Mlar.MM"to", transforma-se anui ne_roJintervenção poética frei|Uetit(.maa sóbria, embora tenha f>"'duxido o episódio de> tt.tei.iin"de Ilheos, evidente remiaiítn.'cia das cenas dr "Mar Mwl» "o admirável trecho porei ali"das "Três Irmãs": "Ura um» ''Jtré* irmãs: Maria, Lttcia, \i°;('ta. unidas nas correria, imlj»na* gargalhadas. Lúcia, » iiSnegras trancas: Violeta, i "»olhos mortos; Maria, s i"1?moça das três. Era uma vei l«irmãs, unidas no seu de1'!"";Por outro lado. a parte drstf"'va adquire neste livro um rel«*eomo noi |,ariir«lr.. qur "•""

da mata do Sequeiro Gr»n«;que vem de certo modo CII,I,Ptar ¦ personalidade d<- ren'"clsta do sr. Jorge Amado, euje"vro vem acrescer o vai.ir de wwío»r_. que • un,. uu. r,,«U «P»slva* da literatura Urasilelrt» tmlemporánea.

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13 dc Novembro do 19-13 I- DOM CASMURRO Página 7

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... Â Joan Orawford. Eles sào.iíub Dnii e John Wayne - e af,%„

¦„.,-!.<_. toda altft-voll.,1.''in''..reiaelf 'l'"" Hes vivem i -Uma

;il.„n em Paris", que o Metropu... .«''_55!_

—'£..r";,,'fi,r.i ao tlifíell papel ele Miche-. ., La Breque, uma cspêele de¦*„«, D'Arc ele hoje... Por sinal¦',

i.«'- r-™«lml r.U rm Illn...5„ .. i ,-l'Hi'-",o- i'leieaiill"ini:i. ml-ííndo vrriarieirn fortuna r:n m->le-"', oreclnslwimos especial'. „hrrtr" .Ir. li.l_nl.U , eitu-

uni filme sobre aviaçãoassa tudo o que tem naohoje no gênero. Porque

;.'gib_rdelro", o filme que i HKORtdl. r,;>:-«wnt*rft JA a partir

.-feira : Plara,

pecie de público, pois hi nele multaomoçfto, muito amor e uma boa dosode humoi,

Mas, o que mais atrai nesse filme. aura dúvida a maneira comn iftotratadas as suas cenas ile ..uilor"aucpense": a autenticidade nfto pn-derl.i ser maior, e quando p. i exem-pio, vemos a destrulçAo de um wn-tro industrial JaponÊs, ;m Elganwis-cos Incêndios, o barulho Infernalrias bombas, os Japonês"", que cAem,compreendemos ¦ mara-llha que í ocinema. Esse filme, serA .iprenen-tado pela HKO BAdlo e tevu a ooc-lii.i.cfto da Porca Aérea Norte-Ame-rlcnna No sou elenco vamos er.enn-trai' Pai. O Brlen, Randolph Scotl,Ann Shirley, Bddie 'Altiert WalterRecd, e multo* outros.

ESPOSA DB CONVENÍffNCIA

Multo breve sslstiremos nos d-nemas Plar.a, Asteirln, Olinai e R't.a uma rias mais gozadas eon.êdjasdo ano, Trata-se rie "Esposa de eon-venlêncla", que vem revelar umadupla Infernal de comediantes Loul-se Allbrltton e Hobert Palie, brl-Ihanlcmente auxiliados por DianaBarrvmore. a estrela de "Fruta Co-bicada".

Pelas critica.' que lemoa nua re-

vistas do grêmio cinema lograi te _dos Estados Unldiw. esta comédia[nl por iodos classificada como "cx-eclente" e isto por unanimidade, totl:'fi os crllicus eon l e. mi tn que as ei-ladas foram tantas que mull as ve-_e_ nada so podia compreender du.vozes dos artis'as, Enfim como numomento ntunl n cinema deve ataimesmo considerado um "dlvertlinen-tn", esperamos por "Espoeia d» con*venlêncla" que certamente contrl-buirá parn que 0 nosso bom liiimoíaumente consideravelmente.

-UM GOSTO E SEIS VITJTEN3"

atender a reiterados pedido* do*

Realmente, "K.trnrtn de liam»Ffi" (Santa Pó Trtilli, lol nm eloseoliiloitios de mslor ._u-,'i: .«Si. nuHlo e no Brasil, pro mo et mel o en-chontes sucessivas, quando apresen-tada pela primeira ve-,..

_ tomi (Us

\de RADIO

antes vividos pelamais sinaci-i pa;' olneiinitogràfcoiFlymi e De Ilavlllnndl eslá tendouma nova semana triunfal, na Oi-tiCetia,, apresen 1 rt tio, pelo Capltdllo.

Vamos trabalharhonestidadecom

n-feltaNn pr.Niiim qiilnlemas Silo Lui;'., Rlan Vitóriarioca. passar, o a exibir, o mais lils-etitido filme tios últimos tempos:'Um gosto e sela vinténs" a nele-bra novela rie W. Somerjet Mau-çham, adaptaria para leia por Locw-Lcivln e distribuída pela tfnltcti Ar-lista. No cnst rie "Um gesto c sei.vinténs" lemos nn. principais rc-pêis, Oeorge Sanders e HeriwrlMarshall.

"ESTRADA DE SANTA FE"""

Uma conversa fiada o intercâmbio ar-tistico entre o Brasil e o México!

ENQUANTO O NOSSO POVO CONSAGRA OS CANTORES E AS MÚSICASMEXICANAS, PAGANI10-SF, SALÁRIOS E DIREITOS EQUIVALENTES AVERDADEIRAS FORTUNAS. AQUELE PAÍS IRMÃO IGNORA COMPLETA-MENTE A NOSSA EVOLUÇÃO ARTÍSTICA. OS NOSSOS INTÉRPRETES ECOMPOSITORES - "NAO SE COMPREENDE ESSE AUTÊNTICO MODIS-MO PE1X) MÉXICO, POIS AQUÍ EM CASA TEMOS COUSA IGUALE ME-LHOR", DECLARA CUSTODIO MESQUITA — O INTERCÂMBIO COM A AR-GE.NTI.NA TRAZ-NOS ALGUMAS VANTAGENS - OPORTUNAS PALA-IRAS 110 CONHECIDO COMPOSITOR E ATOR SOBRE A MOMENTOSA

QUESTÃO

C.:::^'.

me que de hà temposisso meio arlistico v_u-

i ludo que vem ifj cs-i a etiqueta rio México.

jnúií. i.iíimcos, leat.ologoa c outrosun etí sèneros div.r.io.. são rece-tidos er.lre nós com palmas » far-:n tm_. anhas publicitárias, a u:n¦jir..-i r::i .. ie se punam por cies cr-c-rifii'-1 iv_i Viinlã.losos e se com-p-jrr. *¦• ¦¦<-!¦ músicas por h~,n, p.e-

íai intérprete mexicano nem hã or-(]'_;-.:_ &' subúrbio que nâo possuatm latia dose a* orquestrações demeledilf .ítreas. AssaUcu-nos nmoda de exaltar e aceitar qualquermar-líaMaçáo a-.iü.tica que prove-M» da 'erra rie Elvira Rios O po-voliz cicotar-se a.s edições de mu-«leu para piano, os -grlli-rooins" se'iieta de rfulin trombeteiam comi*u-sfdes t* seus contratados mexi-

Vm tl í quei nfio !

.êmeoe Jft di-senbrira- Entretanlo

Uísquiia, s nossa

7.er <ir IS. ade

que possuem

das de grande»de qualquer con-

i ftquela terra ir-

.xtruondinftn.»pitorescc, co-

possuem para

E prearegue o festejado musico eteatrôiogo:

Nfio queremos nem de lon srsubestimar as qualidades e beleí«peculiar das produções mexicanas,nem por em dúvida » justiça da ra-mi rios seus cantores. O que noamove a fica- suvpresos reside nnnJspnririeirip rie vantagens que nostrouxe eíse intercflmblo. porquantosabe-se que s nossa evoluçío srtis-tlca nfto repercutiu de forma algu-ma naquelas pingas e somos lá tflodesconhecido que até envergonhaconfessar. Nfto atino a quem res-ponsnblllznr por Isso. mas a verda-de t que nada nos ndlants umacordiBilriade arti.tle. nu-, nflo tetno "inter" » sri quer o "cftmblo"...

Continue. Custodio!.,.E o arrebatado . nlS do Rival recn-

eeta o assunto, spôa llseira pausa:-- O Héxieo tem belas paisagens,belos temas, formosas mulheres, for-mrsa imlslo. . Nús tnmbcin temos...Eles exibem so mundo uma pleiadede compositores notáveis. Nús esta-mos cheios tambem de autorej ca-p^es d» surpreender qualquer ai:-dltArtn somenle qnestBÓ de "rhnn-ce". Porque entSo sõ eles sío os be-ncí.clndcs e ns nosso; elementos.bem eomo as nossas composições rl-vem no maior desamparo e rieseo-piic-mciti da. rnm-das artísticasde IA. O que an-esentsmns em mn-tér'a ri" nroduçflo musical e de ar-tlstiis sobreleva .s melhores Inmor-tacões.. . Isso "flo é exaíero nemnacionalismo. Sou franco apenas.

Custodio Mesquita fala agora d*Argentina:

— Com os amlgoj argentinos, da-se eolsa diferente, Nús cantamos o

tas. mas eles faíetn o mesmo com tisnoetio. nemelhiint es. Custou op-iuco, mas mora faíem. Noe Esta-dos Unidos, irieni, temos um amplomercado que compensa o que gas-temos aqui em "swings" e "blues"".Quanto ao México, nem sequer lahi-se o rnmba * rrlaçío musical no

abonete. .

O* gafanhoto, Invadiram o Egito, calamidade essa aue _ hisfd-rin arquivou, Os programas de auditório invadiram o "hrtadcastlng''carioca, praga terrível que oi fiWiorinrfores aluda ndo íomnrnni co-nhecimento, mas ove os ouvintes, estão rmisndns rie reelomur.

Qualquer emissora, por mais modesta que seja. ixn.uie nos diasatuais, um desses eorfnee.i çuc rlijíi-iliticm picufin/ios ile café semacurar, farinha com vitamina, ingreno» pnrn cinema, cadeiras parnfcciírtis, alem de abusa' da paciência do ouvinte, quc clrtconhccniduos segredos áa televisão, têm de st conformar com a litlanclade riont/rilfeirio nndn selelo.

Em geral, tais "Iiroadcojfs" servem para deuinnjírnr a íncapacl-dade de alguns covulJielros Btie .ie arvoram rm mciilore. da radio-foiiia iinelonnl. n/l|» de usufruírem polpudas rrsvfr.ilos jinancirn;.pouco lhes interessando o valor arlisttco de tais ienli:açocs. pois n_.„..)..... das ntilmnriiires (le tah pro. rniiins, sito r-incnrri-nfrj ti tci'i[iel»gn de (f"i cruietroj ou a uma poltrona do Teatro Carlos Gomes,não dando despesa alguma i estação.

Mas, existem certot programas que contam com a presença d>urna dupla qualquer. Ai, o cc&) muda df figura, porque o repertórioila mesma, inclue certas pilhérias de alcova. que -do cantadas no ml-erofone, sob nono roíípn. em, rtei.ri.ndn, porem, Iransporecer lodo o.""-nerio, Outras ocnsfrtej, na iniVs dns a.teri-.ilo... sd'> prraiintnf luto-rais que calhem tle surpresa o ouuiníe. Tudo com o mãrh.in senecrí-indnfo, como te cs mulas herlslanns fossem uma iticursal rie qualquer"eabaref barato, onde tudo i aceitável.

Vimos possnr a Semana da Criança, Erposiçães ãe puericultura,palestra* cientificas, cc.icur.i™ rie mbiislci, ¦fííõcj ri. cinema, umprograma dc certa emissora oficial. Nem um "broadeatt" dedicado &criança foi lançado, Ela deve se conformar com a novela "O Vm-gador". as proveitosas lições da senhora llka Labarthe e a tilt.tMi-ma "Hora do Ga'-olo" que a Crueciro do Sul mantém. ,1fntj uniu.

Senflmo* certa rr-rolta contra tamanho rírsrtiso dns estações ca-riocas, pelos futuros homens rfe nossa Pátria, una ve: que existe cr-cesso de programas de calouros, de transmissões csporliyas, de no-velas seriadai e de audições abat.ro da critica honesta e Imparcial.

E' injustificável tomanfio desleixo pelo pesaalcinlio meutío, çuefnmbem posfa de ouutr rddío, poli o ¦'eroadcojffn_" gnanabaritio poj-sue elementos de valor que eom um pouquinho de boa vontade dosque canfrolani a programação, poderiam realizar uma obra à altura,rm favor da garotado, minlslrando-lhes atrarts do sem fln, liçflcsprouefíosas e prcpnranrfo-/>ie_ o espirilo para os dias futuros,

Ser), fiem mnls interessante t.r. n.f-.ijr it-t? p'.-rirr.->ir riir.nlil. dnque coBífníiíir com esses fnlhetfns barnlof, jirnfo obrfjat.rlo rie todnaquele que mauínienta o rflol em büscn rfe iinti distração para o e.i-pfrifo, pois a criança bra.tílefrn l digna de maior culdadc de nosso.'¦ ftroídcnífers". Etn, seotinifo a» palavras do Presidente Vargas, me-recr todas at atenções, atenções mas áe que o ridio não pode, nemdeve prescindir.

'

A muitos, i bem possível que estes comentários <elam tarnãos de"obra destruldorn", Pouco importa. O que tf*scfamo* i lutar a favorde um radia melhor, onde a ineapaciâaãe de sins nâo venha perturbaro trabalho honesto de outro».

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- QU- SU¦ estado rí colsns? InriaRamos.

O artista brasileiro uns responde:— Uma porefio de medidas qui

acredito nlnüiem fará. a nSo ser pnrIniciativa oficial. Entretanto, os edi-tnre. rft de essa nfio anbem os lu-cros que perdem eom esse seu des-raso pelo tntercftmbtn. bem assim osempresários que teimam em Igno-rar o sucesso que fariam no Méxicomuhos dos nossos astros do rtdlo ou

E Custodio Mesquita flnallrflil ssua palestra. Consideramos de mui-ta alu-illdade esse b-ado de alertado popular autor de "Promessa"'porque ."le chama a atençSo do nos-so público e a de quem de dlretteipara um aspecto bem cons*range-dor des nossos enm lindei hiibitnsde aceitarmos tudo O que vem riefora sem saber .e nos países de nri-gem eles 'ambem recebem com lon-ros as produções rie muito bom qui-'-' que temos i mancheis

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J8L O SÉCULO BOÊMIOL1V

YÔYÔ - MAN010 - 0 PUPO - ROSASC 0 - FERRICNÁC - NINO - DASS1S - S. M EIRELLES - J, PRADO - PAIM - A CARI-CATÜRA NO XX ° SÉCULO PAULISTA - QUANDO, AINDA UMA VEZ, MARIO PED ERNEIRAS APARECE COMO ANIMADOR

DE ARTISTAS PLÁSTICOS -HUMORISTAS DOUTORES, INDUSTRIAIS E ALTAS AUTORIDADESRUBEN GILL

EXCCtlSlDlDADE CE "OOtll CASmtlRRO"

de ator, «firmam nrhábil e original relrrn. Recentemente, n1do Rin (le Janeiro.

crônicas humorísticalirtades cujas ilustrarT_r em caricatura.

tm Sáo Paulo, drtural, Faim tem ro!

ilida deSitla<

daí que te referem a

SÁO PAULO pod,

precursor da verdadei:, .orn

iiíüsiNa capitalAgcstinl começou asartísticas entre nos e ali editou ofamoso "Cobrido", publicado acsdomingos, com redação á rua daImperatrit. em 1SG1.

Ali floresceu o talento de outrochargista csirangriro radicado 'toBrasil, o venezuelano Huascur ver-pnra, ilustrador ú'"0 Polichinelio"etiío primeiro niimero ftirplu no dia16 de abril de lt'6. e teve sua rc.daçâo no prédio í2 da rua de São

(lo 1™ (li1 aposto.

muito apreciados, tao ser pcados imediatamente.

As roliSmns de "Fon-Fon" i

Assim é como pode ner reitituiila pelo excreta da carii

Durante su

arjui execute

1914,

"diargcs" semprei admirarei hebtlo-i apresentou como

> humoradas e cri-

itigos i Taturistnspatrícios foi Peregrino de Caslque nasceu e viveu na Paulicèia

Bento Barbosa, qut -iclou a pu-blteacão tie caricaturas n'"A Se ma-na" de Valentim Magalhães, no Rio,era paulista.

Outros, numerosos drsenhadaresde bonecos da fase fundamental daimprensa ilustrada em nosso paisforam naturais da terra bandeirante.Estas páginas, porém, cogitam cpe-nas doi pinta-monos contemporá-neos de quem as '

repor.tagens. Hoft referime. _._. _pinta-monas de Sáo Paulo de er.atctatuação noi gazetas e revistas tocai*,dos nossos dias.

Relacionamos os teus nomes esimples oponíameníos btogrii/ieoíacompanhados das respectivas vero-nicas no geral por ele* mesmos tra-çados, ou devidos ao lápis de con-terrtneos.

De todo modo desejamos teste-munfiar perante o leitor d'"OSéculo Boé; ' '

\f^r^A

mio- o apreço tpie sabemos merecer Sdo Paulo na hlstórida caricatura nacional.

Segue-se a página.

YÔYÔ

FON-FON,'", em seu ntíme-

ro 13 do 2° ano, datado de4 de Julho dc 1MB. à seeçáo"Caixa de Gasolina'' inseriu a

seguinte resposta:"Tôyô. (S. Paulo) — Pelo cor-

relo, receberá o amigo uma carUdo nosso companheiro Mario Pe-derneiras. & respeito da sua crò-nica da semana atra/ada. Já re-bemos a da semana passada. Fi-cariamos multo gratos se nos cn-Tiasse os números doa Jornais

Fcnck — "portalt-charge" ac Bel-monte, n'A Farpa", de S. Pauto. oie.

1, Tt.' 1. em 24-9-924

ra a gênese dn consagração, co-mo chargista, aos 22 anos de Ida-de, do atual Ilustre advogado dosauditórios paulistanos dr. Aure-lia no Cândido do Amaral Júnior

Nascido em Capivary, Estadode Sâo Paulo, a 14 de Junho de18S6, sendo primo em Z° grán deAmadeu Amaral, o carleaturistaYóyô" mereceu, — como depoisviria a acontecer ao seu confradeRomano, —o apoio de Mario Pc-derneiras na Iniciação ao profls-slonalismo da Ilustração galho-feira na Imprensa,

No mesmo memorável ano de1D08 no qual Vovó começou aenviar a "Fon-Fon"' a "Crônicaria Paulitséa" e logo os "Postacs"da mesma procedência e que ha-veriam de ser continuados largotempo, Aureliano Cândido doAmaral Júnior visitou o Rio e foisurpreendido pela objetiva deFrancisco Salles. o hoje vetera-no Salles presenlemenfe repórterfotográfico de "A Manhã" destacapital então afamadísslmo porseus Instantâneos que "Fon-Fon"! divulgava. Sob a rubricatradicional de "Rio em flaçran-te"e o prestigioso semanário dcque Mario Pederneiras era reda-lor-ehefe editou a 11 de outubroo retrato de Yôyô fixado porFrancisco Salles.

Cm ano depois, cm "portrait-rharjte" de [tin, o elegante plr.-ta-monos paulista era pela pri-melra vez caricaturado no jorna-Ilsmo carioea, em "Fon-Fon"I

Revoada lírica de Afonso de CarvalhoOi nosso* leiicxea conhecem de

sobra a Afonso de Carvalho, umadaí maia sedutoras pes^sonalidadesque guaJnecem aa letras brasileiras.Da sua pena fidalga de ensaísta h*tampos tios chegou uma culta inter-pretaçflo da poética de Olavo Bllacque projetou luz vivíssima sobre oaprocessos artísticos do maior líricoda' fase parnail&na. Depois, eomoromancista. Afonso de Carvalho deu-nos "Vale a pena acoreiar amanha?"e "Teu lilho nfio voltara mais!",obras de Ilcçfio que lograram neor-

aÉeulo é redimi-lo r.uma ardents.lorsji ds compreensão e simpatiahumana.

Romances de vigorosa lncisSo nDplano da atualidade, escritos comIdéias e poder narrativo exuberante,ambos refletiram a ansiedade esp!-

to da humanidade de encontro asmuralhas da dúvida contemporânea.

Tempos ido;, o autor de "Cartisao sr. Diabo" }& enriquecera <¦,newas es-anty. rom o "!.• Bateria.Feiga!" e "Cepnrsete d? Aço", crfl-nicas de uma época escaldante decombate t um numeroso documen-tSrlo acerca das ocorrências tjue de-ram so Brasil, finalmente, cs ron-tornos de prancie potência. "Ca->ti5..". depois, exibiu o testemunhorie um homem voltado em apreçopira um fii|-i''i-lit.ni"m ra vintj.mfeít_ em louvores do um tempera-m_n'o combativo ao redor dn bio-Brafin rie um ntuieral que crA r-mr.in do caminho que vai de utn

viço da democracia, Afonso de Car-valho abrange, como o fizera em 1920uos "Poemas Parnasianos", as lntl-nltís distâncias do lirismo, numarevoada de beleza e encantamentopublicando talvez a sua abra maisfiel, porquanto ele nunca deixou elrner um cidadão das letras na tura-Usado poeta pelas energias nuncaesmorecidas de uma sensibilidadeprei-llegiadít, "Poesias" {Livrar*José Olímpio Editora i at esta na;banca* rios livreiros, confirmando cincansável ardor do literato que nâoesquece, mesmo num tempo de oro-celas e pelejas, os compromissos dtinteligência consigo mesma. Comeum genuíno discípulo de Gautliler tLeeonte ri_ Llaie sereno der-brava-dor doa elpoa'.! ei-. ei\l.nei pHjr.asIaioAfonso d. Carvalho surje-sios en-pleno domínio dn *>s. faíctronte vo-caçfio poética, cheio J,e p?quenaiobras-primas nn; quatorze *rinde_

ineriiirio quttrirsitii.iatlor ile

Os bonecos r leçemia» de Yòyòapareceram Infalivelmentc totlaa semano, em "Fon-Fon"!, re-metidos da metrópole bandeiran-te, até 1!>10

Em janeiro desse ann. na"urh." plratlnlnça, AureUunoCândido do Amaral Júnior. —ijiie ni, à Instâncias rios seus ct»-legas bacharelando» Enéas CésarFerreira * Alceblades DelamareNogueira ila Gama, aquele de-peís deputado estadual em São'Paulo,

c este professor de Direi-to no Rio, havia feito um álbumde caricaturas da turma da Faculdade, — fundou com AbadieFaria Rosa. ora diretor do Servi-ço Nacional ile Teatro e criticoteatral rto "Diário de Notícias"carioea. e Arthur Alves Ferreira,uma revista semanal do formatode "Careta" à época, "masail-ne" Intitulado "A tua", com re-daçüo no Palaeete Brleola. àpraça Antonfn Prado, tendo co-mo gravador H. Vargas e *en-do Impresso na Tipografia HFosenhaln.

A apreciável publicação sema-nal era originalmente datada dafase da lua em que saía cada umde seus números, assim rubrica-da a sua edição inicial. Paull-céa. lua nova, janetro 1910".

Colaborador efetivo de "A Lua"foi o dr Leopoldo Diniit Júnioro qual vinte anos após veiu aser diretor de "A Noite", do Rio.já havendo aliás desde 1Ü21 dl-ricido nesta cidade "A Pátria"".

Esse admirável "magarlne" deque "Yôyô" foi o diretor artisti-co e único ilustrador. em rujoprimeira número o caricsturlstadesenhou uma Ilustração para etpoema de Vicente de Carvalho."A invenção do Diabo", circulouapenaf no ano de sen apareci-menlo.

Mais tarde. Yóyo manteve nndiário "S. Paulo", de Paulo VI-dal e Nascimento Júnior, este naatualidade proprietário do grau-de matutino santista "A Tribu*na", apreciada secçâo humoris-tlca.

Recebendo o titulo e enfiandoo anel de advogado, entrandopara o escritório dos drs. Octavioe Francisco Mendes e Antôniode Moraes Barros. o bacharelAureliano Cândido do AmaralJúnior tentou matar o caricato-rista Yôyô. Mas os íntimos dorir. Aureliano sabem que o ca-lunguísta não morreu t dá, ve*por outra, o ar de sua graça, nãovindo entretanto à publicidade,

"Yòyô", Aureliano Cândido daAmaral Júnior, no íéculo. filhode Aureliano do Amaral e d. Cia-recinda do Amaral, cursou a Es*cola Americana, de S. Paulo, aEscola Modelo Caetano de Cain-pes, o Ginásio do Estado e a Fa-culdade de Direito, onde se for-

Foi aluno de pintura de OscarPereira da Silva.

MANOLOQUIXOTE" de Bastos Tl-

elou ao púlitlco dnRio diversos earicaturistas,

Inclusive cariocas e alguns"chargeurs" paulistas

Entre os naturais do grandeEstado apresentado aos leitoresdo famoso semanário humoristi-co está Jcfferson, o dr. JcffersotjÁvila, no presente redator" de "DGlobo" e colaborador do "Jornaldo Comércio" ds, Capital Fede-

EL*. rinEl*' ' \JÊ

m (Foto ArnaUj risr.roem 19301

•aturista no vespertino "A fia-ta", em 1B23.Passou mais tarde ao "Camba-", Jornal de Nereu Rangel Pes-

M

(.nfo-iio Pai

do na capital paulistaseus bonecos, como dissemos,para "O Governador" e i profes-sor de desenho do Ginásio SãoBento.

O. PUPO

Odr.

Octavio Pupo Nogueira,ou^seja o carleaturista "O.Pupo" que também firmou

as Iniciais O. e P. entrelaçadas,nasceu em Campinas, a 1 de se-lembro de 18B5. Fei os estudosprimários na cidade de seu ber-ço e se transferiu __ capital doEstado aí cursando a escola se-cundária e os três primeiros anosda Faculdade de Direito

Em 1MI embarcou para a Eu-

do t leto.

fnc-.iwtél

!.-(¦% ti-os

"Poesias'ilustraria f.peravel Albs-rto Lima, wmiles" de autômatos rio . .tncluldn entre os nossos grrsindes lirros deste Htio, deatinando-eie seinrtslvltia, a mitsnlflco Êxjto ll'.vAr!t),E' unia nwnsflcrem tln mal- formiisrlirismo traçado pnr quem eiiin se de>|.Non levar no tnrrellnlio modan.iflt.i> sabe ser poeta eomo os isaaioretque o fernm. no rI'mo marcarlo trígido em que os h..;-.!-,* ent'it"im ir

Afonso âr, Carvalho n.svew elr

D'S

sWC

. «ul-

e da verve de

•ai.Tuls foi a páginas de '

xote" que viemos a fareihecimento do traçoMa noi o,..Quem é esse atual redator ar-

tlstleo do Irreverente hebdoma-dririo "O Governador", da PauIi-céa, já o leitor vae saber, porme-n:iri'.<itlnnir:it«.. ."Manolo" é o sr. Manoel Ro-mano, natural de Campinas, S.Paulo, e aí nascido aos des diasdo tnéfi de maio do. ano de 1S!M.

Djpoia dos- primeiros estudai,feitos na cidade natal, o pinta-monos paulista partiu para %Europa onde prosseguiu eslu-dando até recelier o título de rn-(tenhefro arqultíto, Trabalhoucomo desenhista na Esoanlio,Voltou ao Brasil, viajou a BuenosAires e colaborou em "Carau yCaretas",

Retornou ao seu país, e k sua(erra. Ce Campinas colaborouBEsHlua e longamente no "Dlculvile" Fm l?rA, vtmlo a Si

Mr.o — citto clia-ge. In

portagrmropa, concluiu os estudos das cl-ênciaa Jurídicas e colou o grauem Genebra. Percorreu diversospaíses europeus e reçressnu a 5.Paulo. No ano de 1910 fundou nacaoital paulistana uma revistadè finíssima f™itura, "A Farpa .luxuosa e arthtica onde publl-cou as suas primeiras, produçõesde carleaturista. Realizou poresse lempo notável exposição du"portrait-charset" e outras com-posições humorísticas.

A seguir, colaborou na "Vida

moderna" e na "Cl;nrra", atéque depois de ISSfl, tornou-se in-dustrbl e deixou de rabiscar ca-rantonhas,

Pasd" lílO dlrlfte duas compst-nliías 1I3 setjuros e nm sindicator!e fabricantes ile tecidos, em 8,Pi>u!o

Mantém, ainda, escritório d«advoencla naquela capital,

Er.ecula, nara a admiração dosunicamente, aqiia-

guá cises.ROSASCO

C.uiílo Itosaseo êpaulista, dn cidade

i intii

OS

mpnro .rido r

l'll"V

lalm"Cos

adira

_iio de 1300.Estudou no Llecii de Artes e

Oficio., ra sua terra.Foi depois para a capital rio

p, |..,-.i ,. ,.,.:-:Tilctoii estutlns ilfcseiiitttra.

Começou a nnarceer como ca-

Depois, pertenceu ao quadrode redatores artísticos do "Dil-rio da Noite".

Foi um dos fundadores ri'"0Governador",

Trabalhou também na "Cigar-ra", a revista fundada por Gfl-laslo Pimenta e na "Revista deSão Paulo".

Presentemente dedica-se aodr-renhn destinado k publicidadecomercial.

FERRICNÁCAIS um êmulo paulista deRaul, caricaturtsta e ba-charel em leis

Ignaelo da Costa Ferreira, oplntamonos Ferricnac, é naturalile Rio Claro, nascido no ano deIBM.

Filho do sr. Heliodoro da Cos-ta Ferreira e de d. Alexandra daFonseca da Costa Ferreira, Fer-rienac estudou até 13(18 na ciria-de natal partindo ainda naqueleano para a Paulicéla. onde seformou em Direito (191G),

Ainda estudante, em São Pau-lo, ptihllcou os seus primeirosmamarrachos n'"0 Pirralho", oafamado semanário onde ponli-ficou Volto Uno.

Em 1915 realizou uma exposi-ção de caricaturas com Imensosuresso para a flnura dn seu tra-ço e brilho do seu colorido.. Dois anos depois seguia para 1Europa e colaborava em Jornais• revistas franceses

Novamente no Velho Mundo,rm 1911 e em 19!P, executou"charges" * caricaturas pessoaisnos órgãos da Imprensa européia.

Sua maior produção no jorna-llsmo paulistano, Ferrlcnae dedl-cou a "O Pirralha" e a "Vida Mo-dernâ", onde também escreveucontos, algumas ver.es de eolabo-ração eom o atual acadêmicoGuilherme de Almeida.

Hoje, suas atividades policiaismantém-no afastado do exerci-cio da caricatura,

Ji fot, em S. Paulo, delegadode Ordem Social, delegado AnOrdem Política e Social, I • Dele-gado Auxiliar. Corregedor da Po-líoia do Interior, Secretário daSegurança Pública e ultlmamen-te Delegado de Vigilância e Cap-turas. O dr Ignarlo da Coí-taFerreira é comendador oficial dacoroa de Itália e poesue a ronde-coração "Cru» Vermelha" doirussos brancos de Paris.

NINO

A

BOA MANEIRA DOS "lei-ders" de sua ctti_.se, o ca-ricaturista Nino começou

a ser conhecido no Rio atravésd'"0 Malho", d'"0 Tico-Tico" tdo "Aünanach d'"0 Tieo-Tlrn".

Para biografá-lo cabalmente,porem, è preciso escrever assim!

Sebastião de Camargo Borgesnasceu na cidade de S. Paulo, a"t de abril de 1897, sendo filho deCésar Augusto Borges e d. Eu-desta de Camargo Borges

Cm seguida aos estudos prima-rios, fer, na capital onde nas-ceu, um curso de desenho com oprofessor BenJamln ConstanlMello.

Sua primeira "charge"' na lm-

prensa apareceu na "Cigarra",

quando o artista completava os23 anos de Idade.

Colaborou algum tempo na re-vista de Gelasio Pimenta, depuiína "Vida Moderna" e mala tardeno "D. Qulxote", carioca.

Realizou uma exposição, em S.Paulo, no ano de 192!, no salãoda "Cigarra".

F.' hoje carleaturista n'"A Ga-reta" e. foi redator artístico d'"AGaieta-Magaiine", edição sema-nal do grande vespertino paulis-tant-

N'"A Gareta-Magarlne". Ninoque criou um tipo de protagonis-Ia de historietas eomtcas, "Alcoo-Uno", atuou aprecia vel men tetambém, eomo Ilustrador, deco-rando páginas literárias de VI-riato Correia e outras, enearre-gando-se multas veies da pri-melra página da modelar publl-ersçíín nue obedecia à direção deM de Arco e Flexa, J. B. de Sou-ra Filho © Marcelino de Carta-lho e onde colaborou João Brito.

DASSIS

AUTOR de bonecos popularis-

simo em SSo Paulo, e noRio, é Rubens d'Assls, na-

tural de Pirariralsa, nascido àvéspera do Natal de 1S!»C.

Sobrinho da escultora Nlrolinarte Assis Pinto do Couto, Rubens

ista em Lisboa, no ano dtexecutando charges semani"Ilustração Portuguesa".

Vo Rio de Janeiro, "D'Assis"foi apresentado por um vesper-tino (jue brasonava ria colabora-ç.io ile Belmiro d>? Almeida. "ATarde", de Anatolio Valadares.secretariada pelo teatrólojo Ar-mando Gonrasa e publicada noano de 1915.

Colaborou, depois, em diversosJornais e revistas e foi, prinei-palmente operoso cnmo desenhis

¦ daciai. epublicidade Ilustrada de produ-

Em S. Paulo, "D'A»sis" exe-cutou primeiro, honeros para 0temível "O Parafuso", de Bene-riilo tie Andrade. Colaborou. •ainda colabora, cm vários perió-d!-es do Interior do Fstado.,.E' cenógrafo, e cursou, eomoaluno livre, a Escola Nacional deBelas Artes, dn Rio de Janeiro.

S. MEIRELI.F.SOS primor (lios ria centúriacolaboraram n'"0 Malho"diversos earicaturistas de

Sio Paulo,Lauro Sênior, que em 1904 re-

metia da capital cs seus gatafu-nhos. Sebastião Meirrlles. nilo»orljlnais começaram a aparecerno veterano semanário cariocaem 1906, Valtolfno, colaboradorefetivo a partir de 1908, e aindaoutros, sem continuidade esem futuro.

Sebastião Meirelles, nosso eo-nheeldo persoal de 1510 a 191.1quando cie e nós vivemos em S,

A'

de cnplosa bibliografiaAs canas de^enharise.

para erileões rie livro» '

AFORISMOS EDES... AFORISMOS

FLAGELO DAS pftn,.

e apanhar.ARTE ANTIGA: -

¦rande premo foi ,

FAI.Or O DR. GO

a iaMl.Ferrlcnae — ntiío cancoíuria. eíp.cíol para o "Século Boêmio'Vicente, Santos, tendo ele con-sultórlo dentário e sendo hábilisltógrafo, executara a primor a"charge" Individual

Os seus primeiros calungas-firmados com as Iniciais S. M,¦urgiram n'"0 Malho" à data jimencionada. Ate 1910 os seusoriginais tiveram publicação ex-cl usl va me n te no hebdomadáriolundado por Chrlspim do Ama-ral.

Depois, e sempre com a abre-vlada chancela ou rubricados "3.Meirelles", as garatujas de Se- 'bastião Meirelles tiveram divnl-gação em "Fon-Fon!", anos se-guiei rs.

Em S. Vicente, Sebastião Met-reües executou "

portrait -citar-ges", gravando-os Inclusive. —em tábuas de caixote de vinhoHo Porto com uma navalha debarba —. para os periódicos, "AFarpa", "A Bomba', "Chicote", •ainda outros, mais efêmeros. ...

Na caoit.nl paulista ele eolabo-rou na "Cigarra", "Vida Moder-na", etc.

3. PRADO

CONQUANTO preferisse dedl-

car-se à ilustração e houves-se optado pela decoração

teatral, pintando cenários e exe-eutando "placards" nos quais evl-dencia habilidade e gosto comi»letrista, J. Prado atuou alsrumtempo como carleaturista na lmprensa de São Paulo.

Como ilustrador, a sua produ-çSo melhor conhecida t a série,em verdade admirável, de capa»cm nue desenhou para as edlcôeade Monteiro Lobato quando o es-crltor foi livreiro publicadnr.

Especialmente apreciável é aIlustrado da peca de PauloGonçalves. (18301. onde. J. Pradoafirmou virtuosidade* de reno-grafo e flçiirlnlsta.

3. Prado estudou pintura e de-eorou, a fresco, várias resHinctaspaulistas, contandn-se entre es-tas a rasa de sua propriedade, nolirm, em I9!4.

PAIM

CONSAGRADO

como ceramls-ta, aplaudido eomo cenógra-fo, merecedor de apreço eo-

mo cronista, Palm t excelentecarleaturista.

As suas (!sUlijacfi°s do perfil eatitudes de Proeóiilo constar.;?*Ha tlustrnrío dn livro "Arte de

DE PASSAGEM-

MODELO A Pt-

FILA PROFVN

gente. Além disso: tda*' tninsparente

ypprm DA }analisando r:í

clgvmas fnrn

ASf-PCMA"-'-¦«« "O .ttrr-rV¦r, pertodn .« P

que o povo lídli,.^ - - .ele", — Le íiíencr iu P^F-ei( Ia leçon des róis'"

CINEMA DA VIDA: - *•"'Ilf Houiard ,desapti----'.:r. ™ >onliio abatido pelos-u.-r-itui.ijin, filílmo ir —**

cítíli. mt',-a íntitr- de

fero avião '•Spittire

POIS. NAO!: - Esle ml;'Rádio Educadora dará 9 ,fnKde Carnntwt". „ ...

MARCHA DO TEMPO «JWo Grande do Sul) t - ««^engraçada de ontem — rnu"engraxate ae hoje...

CAFS NICE: - Opinião '"pular d'um jornalista-íro^ J;menu. «™ «" "«««*cfoi adjetivos em írocn no w"ncrrienio de papel-..' „, _

PROVÉRBIO DK RUAVers/lo antiga: "Multti <*¦- Vro«c. .rJo"' - 1M3. «r<» "Ia por um filei migno" -

"O JORNAL" DF.GO: — Esta prnradtMarshall é \c~

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