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49 Ano IX Boletim Paroquial de S. Pedro da Cova outubro 2017 PROCISSÕES DE VELAS

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Recomeçar este ano tornou-se muito mais difícil. Mas também se tornou um pouco mais claro.

Encontrámo-nos em Fátima em grande assembleia Diocesana, como nunca se fez, e vimos o nosso Bispo feliz com o Seu povo nos braços de Maria, Mãe de Jesus e Senhora de Fátima.

Passados dois dias fomos atordoados com a notícia da Sua morte!Como recomeçar? Onde pôr o nosso horizonte? Como olhar para a frente quando as lágrimas nos enchem os olhos? Que recomeço precisamos?São perguntas com que o nosso pensamento procura responder ao espanto, ao vazio…

O que é certo é que não podemos parar. A vida faz-se de doações, de entregas que nos levam ao fim, ao acabar mas, quando acabamos por Deus, percebemos que vale a pena doar-se, que se trata sempre de colocar em Deus as razões por que acabamos e, igualmente, as razões por que recomeçamos. De forma mais simples: não vale a pena viver senão para entregar tudo a Deus, seja quando for que nos pede.

Todos fomos surpreendidos com a marca que nos estava a deixar, com gesto de atenção, de humanidade, de bondade. Havia e há muitos problemas para resolver (será que algum dia irão acabar?...) e todos pesam na hora de procurar ânimo. Mas talvez tenhamos todos de aprender a conviver com os problemas e a resolvê-los sem nos deixarmos matar por eles. Aprender a enfrentar os problemas, por maiores que eles sejam não como adversários, mas como pontos de passagem.Tudo está de passagem!

Uma frase que pode dispensar-nos de qualquer compromisso. Mas não para nós, cristãos porque sabemos que tudo está de passagem mas nada é relativo, tudo interessa neste caminho que, sendo de passagem, não desagua no nada. Pelo contrário, tudo é exatamente de passagem porque vai a caminho do Definitivo.O nosso Bispo aí estará a conhecer já o definitivo de Deus. Fica a saudosa memória de um homem bom, afável, sempre bem disposto, verdadeiramente amigo. E tudo isso, não por comodidade (algumas pessoas parecem ser boas para não terem desse aborrecer connosco e nós com elas) mas por bondade, pela bondade que vivia em Deus e se fazia instrumento.

Os nossos problemas continuam e vamos ter de os resolver. Alguns são muito grandes e muito velhos… O nosso Bispo nos ajude pela inspiração que foi a Sua entrega e pela intercessão junto de Deus que pedimos. E mais não seja, nos permita que não nos deixemos esmagar por eles.

Um homenagem de profunda gratidão ao e pelo Bom Pastor que Deus nos deu.

Em breve nos dará outro para nos amar com a mesma dedicação e a quem seguiremos com a mesma fidelidade e o mesmo amor filial. Porque Deus é Bom e não nos deixa sem Pastor.

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“Fica a saudosa memória de um homem bom, afável, sempre bem disposto, verdadeiramente amigo.”

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ANIVERSÁRIO MESA SÃO PEDRO

No passado dia 1 de Setembro fez 5 anos que a MESA DE SÃO PEDRO está a funcionar: todos os dias, sem nenhuma falha, fomos capazes de dar de comer a quem tem fome. É um movimento notável que temos de apreciar e os que devemos exaltar são os voluntários de cada dia, que coletam os alimentos, os preparam, os servem e arrumam tudo!

Em São Pedro devíamos ter um pouco de orgulho. Não por termos pobres, mas por cuidarmos deles. Sei que alguns são contra a MESA porque ela pode alimentar comodismos; e que nem todos os que vêm comer são os que mais precisam.Convidamos os mais críticos a visitar-nos. Talvez mudem de opinião. A maior parte daqueles a quem temos a missão de alimentar são pessoas com as vidas (e a saúde) tão debilitada que se não fossemos nós iriam para a cama sem comer, talvez com um pacote de vinho…

Queremos dar os parabéns a todos os voluntários da Mesa de São Pedro e dizer-lhes OBRIGADO porque fazem por todos o que é obrigação de todos. E podemos ajudá-los de muitas formas: antes de mais, inscrevendo-se como voluntário, ou doando alimentos, ou entregando dinheiro que depois paga as muitas despesas. É só perceber bem as razões desta nossa atividade e ajudar a que tenhamos sempre alguma coisa para dar.

EXPOSIÇÃO: AS VENERADAS SENHORAS DE GONDOMAR

Por iniciativa da Confraria do Rosário e em colaboração com a Câmara Municipal, está a organizar-se uma exposição com imagens de Nossa Senhora do Concelho de Gondomar. Cada Paróquia pode selecionar uma imagem, a de maior devoção ou a mais rica do ponto de vista artístico e mostrá-las a todos num único espaço expositivo.Da nossa paróquia estará presente a imagem de Nossa Senhora do Rosário. É uma preciosidade que temos na Igreja e que nem sempre sabemos apreciar.Fica o convite: a partir de dia 30 de Setembro, na Biblioteca Municipal, lá estarão as melhores imagens de Nossa Senhora do Concelho de Gondomar á nossa espera para sempre apreciadas. Não faltem!

PROCISSÃO VICARIAL 13 DE OUTUBRO

No próximo dia 13 de Outubro (sexta-feira) vamos ter um acontecimento excecional em Gondomar. Como todos sabem, foi nesse dia, há 100 anos que aconteceu a última aparição de Nossa Senhora em Fátima.Ora, dado o lema do ano pastoral de 2016/2017: Vamos com Maria às fontes da alegria, já ele escolhido por causa do centenário das Aparições, impôs-se que marcássemos o dia 13de Outubro de modo especial.Assim, vamos reunir-nos às 21.30 H. no adro da Igreja dos Padres Capuchinhos (que se chama oficialmente Igreja da Senhora Mãe dos Homens – belo título) e, de velas acesas, iremos em Procissão, rezando o Rosário, cantando, refletindo e louvando a Deus, até à Igreja Matriz de São Cosme, onde concluiremos a nossa Procissão. Toda esta atividade será presidida pelo Senhor D. António Augusto Azevedo, Bispo Auxiliar da nossa Diocese.

Procissão de Velas – 28 de outubroNo próximo dia 28 de outubro, realizar-se-á, como é tradição, a procissão de velas em honra de nossa Senhora. A imagem de Nossa Senhora de Fátima partirá da Igreja Matriz e subirá a serra em direção à Igreja da Srª de Fátima. Mais uma oportunidade para estarmos juntos, rezando o terço em comunidade.

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ESCOLA DE MÚSICA DA PAROQUIA DE SÃO PEDRO DA COVA

Ainda que de modo muito discreto, vai avançando a nossa Escola de Música.Como é habitual, fizemos a audição em Julho passado com a exibição dos nossos alunos que brilhantemente nos deixaram com as suas evoluções musicais. Damos os parabéns a todos.Nessa Audição tivemos também a participação de músicos convidados: o pianista Tiago Sousa, alunos do 6º ano do Conservatório que mostrou a todos, especialmente aos alunos de piano, que vale a pena estudar; e o violoncelista (ponho depois o nome) que nos maravilhou com o seu violoncelo, de tal forma que parecia já não um músico mas alguém que abraçava o instrumento e se elevavam os dois pela sala… Foi um momento muito agradável de final de tarde.Estamos já a organizar o próximo ano. Para já, teremos aulas de piano, guitarra, violino e canto. Todos os alunos têm aulas de formação musical. Quem desejar tocar outro instrumento deve contactar-nos porque temos uma rede alargada de músicos e podemos encontrar um professor para qualquer instrumento: flauta, violoncelo, oboé…O ensino da Música é uma excelente forma de despertar talentos e educar a concentração e, por isso, se recomenda às crianças. Mas não só, todos os adultos são também bem-vindos.Agradecemos é que a inscrição se faça rapidamente para não perdermos o mês de Outubro.

REUNIÃO CONSELHO PASTORAL PAROQUIAL

O Conselho Pastoral Paroquial reuniu mais uma vez no dia 14 de julho. Como sempre, a esmagadora maioria dos diversos órgãos que animam a paróquia estiveram presentes, apesar da comum e constante queixa de falta de tempo. Aliás, se há um aspeto que percorre todas as pessoas é justamente esta: a da dificuldade na conciliação entre aquilo que diz respeito à vida profissional e familiar com o nosso dever e gosto pessoal em desempenhar as funções paroquiais para as quais somos chamados.No Conselho Pastoral Paroquial todos os organismos são desafiados a partilhar a situação dos vários grupos, a apontar as dificuldades que vão sentindo e a encontrar soluções conjuntas por forma a conseguirmos que a Paróquia se mantenha viva e chegue a cada vez mais pessoas. Sob a batuta do nosso pároco, o Padre Fernando Rosas foi justamente isso que fizemos e, através da leitura do Plano Diocesano Pastoral, projetamos o ano pastoral que agora se inicia.

INÍCIO DA CATEQUESE

No passado fim de semana, recomeçamos a nossa catequese em todos os centros da nossa paróquia, com a Festa do Acolhimento. As nossas Eucaristias voltam a encher-se com as nossas crianças e adolescentes e recebemos de braços abertos aqueles que pela primeira vez vêm para a Catequese … Já estávamos com saudades de todos! É pena que muitos tenham feito férias de Deus durante três meses, como se a Fé fosse a escola ou o emprego… Esperamos um ano de verdadeiro crescimento e contamos com a ajuda preciosa dos pais nesta missão bonita, mas nem sempre fácil.No sábado, dia 7 de Outubro, daremos início à Catequese da Adolescência. Estão todos convidados.

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CONVÍVIO DE CATEQUISTAS

No dia 8 de julho, mesmo a terminar mais um ano pastoral de catequese, reuniram-se os catequistas da nossa paróquia no já tradicional “Passeio de Catequistas”.Desta vez fomos para as terras frescas do Minho… A nossa primeira paragem foi mesmo ali à beira do Rio Lima e da sua bela ponte romana que dá nome à terra. Já adivinharam? Ponte de Lima, claro está! Terra alcançada em 135 a.c. pelos romanos que, chegados a este deslumbrante curso de água, pensaram estar perante o Rio Letes (rio da mitologia grega cujas águas provocavam a perda da memória). Desta feita, os soldados romanos recusaram fazer a travessia. Para os convencer de que o Lima nada tinha que ver com o Letes, o general Décio Juno Bruto atravessou as águas límpidas e, do outro lado do rio, chamou pelo nome de cada um dos seus soldados, provando, assim, que aquele não era o rio do esquecimento.

Depois de um reforço do pequeno-almoço e algumas fotos, foi na frescura da margem do Rio Lima que nos reunimos para refletir sobre a nossa Catequese… Que futuro? Para onde caminhamos? Onde gostaríamos de chegar? Quais as dificuldades a vencer? Piquenicamos à beira-rio, num prado verdejante, entre pequenas cascatas… E como o dia 8 de julho é o dia da ordenação do Pe. Fernando Rosas, houve, claro está, os merecidos “Parabéns”…Partimos, entretanto, para uma experiência mais “radical”, num local bem oposto a este ambiente bucólico à beira-água… A central hidroelétrica subterrânea da barragem do Lindoso, incrustada nas entranhas da terra, obra ímpar da engenharia portuguesa, reconhecida internacionalmente, fez, sem dúvida, as delícias de muitos, com direito a visita guiada e tudo. Rumamos, em seguida, para Viana do Castelo e alguns aventuram-se a engrossar a longa fila do Natário só para se deliciarem com a tão famosa bola de Berlim. Regressámos, pedindo à nossa Srª da Boa Viagem que nos guiasse até aos nossos lares… A Deus pedimos todos os dias que nos ilumine e nos dê coragem para continuarmos a caminhar com as nossas crianças e os nossos jovens…

Fernanda AlbertinaACANACNo passado mês de agosto (30 de Julho a 06 de Agosto), a expedição 89 do Agrupamento 892, esteve presente no maior acampamento nacional, ACANAC – em Idanha-a-Nova, com o tema de ABRAÇA O FUTURO. Quando chegamos ao campo da União, os cadetes (elementos) fizeram as montagens de várias construções (cozinha, mesa, pórtico...)Neste acampamento também a expedição fez novas amizades, teve experiências únicas, várias atividades inesquecíveis.Todas as patrulhas tiveram de se organizar em Zugs, a expedição 89 ficou com agrupamentos de Lisboa (Queijas), Leiria (Bajouca), Braga (Calendário) e Vila Real (Alijó).Durante todo o acampamento tivemos de andar em zug, onde foi uma experiência bastante divertida, para conhecer melhor os outros cadetes e partilhar ideias e experiências…Para a expedição a atividade vai ser sempre recordada, pois foi incrível, mesmo, e inesquecível.Todos conheceram novas culturas, novos jogos,.. Isso também ajudou a fortalecer mais todas as amizades e criar novas.No final do quarto dia de actividades e depois de ultrapassadas todas as provas a que foram sujeitos, os cadetes foram transformados em Querubins da Vara Flamejante, uma força de Elite, ficando assim aptos para lutar pela sã convivência entre HUMANOS, a NATUREZA e o nosso CRIADOR…O acampamento não podia acabar da melhor forma, pois tivemos a enorme alegria de assistir a um concerto dos D.A.M.A., ouve muitas lágrimas de alegria no meio de tanta emoção, e para finalizar, o baixista e o baterista da banda, ambos antigos escuteiros, pegaram nos microfones e cantaram a Oração do Escuta à capela, o que nos deixou muito satisfeitos, por os nossos ídolos saberem também, uma oração que nos toca tanto.Está expedição espera vir a participar no próximo ACANAC.

Ana Sofia /Mariana Magalhães

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CURSO DE PREPARAÇÃO PARA O MATRIMÓNIO EM SÃO PEDRO DA COVA

O nosso Grupo de Pastoral da Família foi, mais uma vez, encarregado de organizar uma séria de encontros com noivos a que se chama CURSO DE PREPARAÇÃO PARA O MATRIMÓNIO, abreviando: CPM.

Não é propriamente um curso porque não há cursos para o amor, para o respeito, para constituir e fazer crescer uma família feliz. São encontros de reflexão para dar algumas armas e resistências a quem quer avançar com uma família e que sabe que vai sentir dificuldades, como todas as coisas importantes da vida.

Vamos iniciar no dia 27 de Outubro e acabaremos no início de Dezembro, com um encontro por semana. Convidamos todos os que pensar casar em breve, até ao final de 2018, que se inscrevam na Secretaria Paroquial para podermos organizar tudo como deve ser.Também está aberto aos noivos de outras paróquias. Todos são bem-vindos.

HORÁRIO DAS CELEBRAÇÔES NO DIA DE TODOS OS SANTOS E NO DIA DE FIÉIS DEFUNTOS

Dia 01 de Novembro, dia de Todos os Santos: celebração da Eucaristia no horário dos Domingos:● Vespertina na terça-feira às 19.00H Igreja Matriz● 08.00 na Igreja Matriz● 09.30 H. na Igreja de Nossa Senhora de Fátima● 10.00H. na Igreja da Senhora das Mercês● 11.00 H. na Igreja Matriz

À tarde haverá celebração da Eucaristia às 15.00 H. no Cemitério da Mó e às 17.00 H. no Cemitério da Covilhã.

Dia 02 de Novembro, dia de Fiéis Defuntos: celebração da Eucaristia às 08.00 H. e às 19.00 H. na Igreja Matriz.

BÊNÇÃO DAS GRÁVIDAS

Como tem sido hábito nestes últimos anos, no dia8 de Dezembro, na Eucaristia às 11.00 H., faremos a Bênção das Grávidas.A gravidez, prenuncio realizado da maternidade e da paternidade é um momento único na vida de um casal. Deve ser vivido intensamente do ponto de vista humano, de crescimento da relação, e do ponto de vista espiritual, dando graças a Deus por uma nova mulher ou um novo homem que vem a caminho. A Bênção de Deus quer dizer que desde o cheio materno queremos que Deus esteja presente como toda a sua bondade nesse momento do casal e na criança que está a crescer. Por isso é tão belo ver a cara “dos grávidos” (dos casais…) de alegria profunda mas também de apreensão, de expectativa, de acolhimento… sabem que só Deus pode fazer uma nova criatura e eles são humildes co-criadores com Deus.Será no dia 8 de Dezembro, na Igreja Matriz, às 11.00 H. Não é necessária inscrição. É só aparecer, de preferência em casal (mas pode vir só a mãe…) e participar. E avisem os mais distraídos, mesmo que sejam de fora da nossa paróquia: a Bênção é para toda(o)s!

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“REGRESSAMOS” MOVIDOS PELO AMOR DE DEUS

Quem tiver o privilégio de assistir a uma reunião de catequistas, ou de cantores, ou de leitores, do Conselho Pastoral Paroquial, ou de qualquer outro organismo da paróquia, tem a oportunidade de escutar um dos maiores relambórios de queixas de que, porventura, terá memória. Qualquer que seja a reunião, qualquer que seja o organismo, qualquer que seja a paróquia. Parece que os mesmos males do mundo se instalam em cada um dos organismos e em cada uma das paróquias do mundo. Seja a falta de fiéis, a falta de tempo, a falta de jovens, os tempos que são outros, os pais que depositam os filhos na paróquia sem o cuidado de os acompanhar, a necessidade de formação e a falta dela, o desmembramento da família enquanto tal com as inevitáveis repercussões na vida paroquial… basta escolher, de entre estas e outras queixas, que, independentemente do local, são comuns a todos os que desempenham qualquer função paroquial.E no entanto…Todos os anos, por volta desta altura, estamos todos de volta. Com as mesmas reuniões, com renovado empenho, com renascida vontade. Sabemos todos ao que vimos, conhecemos a enorme probabilidade de repetirmos as mesmas queixas de sempre, temos consciência que o nosso tempo não aumentou nem diminuíram as nossas responsabilidades profissionais e familiares. Sabemos, porque vimos de longe no tempo, que a sociedade não está mais voltada para as coisas da Igreja e de Deus e que continua a saborear o carpe diem que se tornou moda. E no entanto…O que nos move? O que nos faz persistir, apesar das dificuldades?Na verdade, não podemos deixar de o fazer. Muitas vezes até, não conseguimos deixar de o fazer. À custa do sacrifício da nossa vida pessoal, da nossa família, da nossa profissão, dos tempos livres que escolhemos não ter preenchendo-os com o serviço aos outros, cumprimos, à nossa medida, o Mandamento do Amor. “O testemunho da caridade é o caminho real da evangelização” Papa FranciscoA cantata de Paz de Sophia de Mello Breyner - vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar – rouba-nos todas as desculpas que, volta e meia, tentamos arranjar para não nos envolvermos na vida paroquial e, por conseguinte, na Igreja e no mundo. Por vezes até argumentamos, contra nós próprios e contra os outros, dizendo que a paróquia é anacrónica, que a Igreja não é já bom exemplo para ninguém e que a lógica que a sociedade moderna nos impõe não permite já a gratuidade, a entrega desinteressada, a ausência do foco no lucro em tudo o que se faz. No entanto, apesar de toda a publicidade, de todas as parangonas, de toda a propaganda da sociedade e das instituições governamentais, quando chega a hora de meter as mãos na massa confirmamos frequentemente como são poucos os trabalhadores da vinha. E que, ou somos movidos pelo Amor que nos é apresentado por Jesus e O seguimos, ou a substância da entrega não dura mais que os títulos das notícias dos jornais.Ideias e conceitos pseudomodernos e vendidos como a sétima maravilha descoberta pela sociedade são, na realidade, o quotidiano da Igreja desde sempre. O trabalho em rede, a sintonia organizacional, a liderança pelo serviço, constituem, desde há séculos, o modo de fazer acontecer o evangelho no concreto da vida das pessoas. Se nos dermos ao trabalho de ler o Plano Pastoral da nossa Diocese constatamos como, cada uma à sua maneira, todas as paróquias estão em sintonia na aceitação dos desafios que hoje tanto discutimos e, por vezes, tememos: A problemática dos nossos jovens, que para nós parecem viver num outro mundo, numa realidade feita de redes sociais e partilhas impensáveis há meia dúzia de anos, mas que têm, hoje como ontem, a mesma fome e sede do que dá sentido à vida, ainda que lhe desconheçam o nome. São esses os jovens – os vossos filhos, os vossos netos, os vossos vizinhos - que tentamos acompanhar na catequese, que tentamos formar para que queiram ser leitores ou cantores ou acólitos, que escolham ser parte de uma comunidade que os acolha e os entenda e os ame na sua tremenda complexidade;

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“REGRESSAMOS” MOVIDOS PELO AMOR DE DEUS (cont.)

As nossas famílias, que se revestem de modos diferentes e desafiadores de ser família, que nos questionam e confrontam com os nossos valores, mas que anseiam, como sempre, por caminhos novos, por lugares novos, onde se possam conhecer e conversar e aprender, inevitavelmente à luz do evangelho; A questão da morte, que nos aparece cada vez mais dessacralizada, seja porque se esconde na esfera absolutamente pessoal quando nos morre alguém próximo, seja porque, em oposição, nos é demasiado quotidiana e vulgarizada quando noticiada ou filmada. Ambas as manifestações “roubam” as pessoas, cada uma das pessoas, que são como que varridas para debaixo do tapete da nossa memória individual, familiar e coletiva para não atrapalharem a “alegria” e a “festa” que tem que imperar acima de tudo. Dessacraliza-se a morte como se dessacraliza a vida, roubando-lhe o seu sentido mais profundo;Os pobres, os que não existem, os que não vemos, os que não têm nome ou rosto ou condição, os que não têm voz, os que sentem não ter dignidade, os que não contam. Quem, senão nós, cuida deles, lhes mata a fome, procura proporcionar condições para que a sua dignidade lhes seja, enfim, restituída?

O amor move-nos. Move-nos e comove-nos, porque nos move a caminhar em comunidade. Move-nos e comove-nos, porque não basta o profissionalismo da ação social, mas é pedida a atenção do coração, que oferece aquele amor de que o ser humano sempre tem necessidade. “O programa do cristão é um coração que vê. Este coração vê onde há necessidade e age de acordo com isso” (DCE, 31b).

Como poderíamos nós não regressar? Como poderíamos nós olhar para o lado e fingirmos que não vemos? Como poderíamos nós ficarmo-nos pelas lamúrias e não arregaçar as mangas? Como poderíamos nós estar sentados nos bancos da Igreja, escutarmos atentamente as leituras e não nos deixarmos mover pelo Amor? Como poderíamos nós permitir que nos chamassem cristãos se nos rendêssemos ao conformismo? Como poderíamos nós viver encolhendo os ombros abdicando do tentar sempre que o Reino de Deus aconteça já hoje, aqui e agora ainda que não completamente?Não é por caridadezinha que nos envolvemos. Não é por dever – embora tenhamos esse dever – não é por excesso de tempo livre. Não é porque não trabalhamos ou não temos família, pais idosos ou filhos pequenos ou… qualquer outra desculpa que podemos inventar. É porque, como aos discípulos de Emaús, nos arde o coração quando Jesus parte o pão, o abençoa e no-lo dá. E nós, como os discípulos de Emaús, temos mesmo que nos levantar e caminhar para Jerusalém. Porque para nós, só o serviço por amor dá sentido à nossa vida.

Para refletir, a propósito do conto Arroz do Céu, de José Rodrigues Miguéis (1901-1980)

Quando se passa à porta da nossa igreja em dia de casamento, em tempos que se dizem difíceis, os quilos de arroz inutilmente derramados no chão a serem pisados saltam à vista… Virá, certamente, à memória de alguns o conto de José Rodrigues Miguéis: “Arroz do Céu” que mais do que nunca se revela extremamente atual… Um conto a (re)ler. “Volta e meia há casório, sobretudo no bom tempo, ou aos domingos. É um desperdício de arroz, não sei donde vem o costume: talvez seja um prenúncio votivo de abundância, ou um símbolo do «crescei e multiplicai-vos» (como o arroz). A gente pára a olhar, e tem vontade de perguntar: «A como está hoje o arroz de primeira cá na freguesia?» Em Nova York, o imigrante, o estrangeiro, trabalhava no subway, ou seja, nos túneis do metropolitano… Não via a luz do dia… É um limpa-vias, desterrado, desenraizado, “sempre de olhos postos no chão, bisonho e calado, como quem nada espera do Alto, e não esperava”.

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a(continuação)Um dia, o limpa-vias descobre um monte de arroz “limpo e polido” que brilhava como as pérolas de mil colares desfeitos no escuro da galeria.” O arroz caía por um dos respiradouros da rua da Igreja de São João Batista e do Santíssimo Sacramento. “Os casamentos são frequentes, ali, por ser chique a paróquia e imponente a igreja. O arroz chove às cabazadas em cima dos noivos, à saída da cerimónia, num grande estrago de alegria.” Como desconhecia a tradição e a cidade sob o sol que ficava por cima do subterrâneo, o limpa-vias começa a recolher o arroz que misteriosamente surge iluminado por uma “vaga luz de masmorra que escorria da parede” e leva-o para casa…“Pelo lado da raiz, no subway, os palácios, os casebres e os templos não se distinguem”. Para ele, o arroz vinha do Céu. “Deus, no Alto, pensava no limpa-vias, tão pobre e calado, e mandava-lhe aquele maná para encher a barriga aos filhos. Sem ele ter pedido nada. (…) E começou a rezar-Lhe fervorosamente, à noite, o que nunca fizera: ao lado da mulher.”“O Céu do limpa-vias é a rua que os outros pisam.”

Fernanda Albertina

PEREGRINAÇÃO DIOCESANA AO SANTUÁRO DE FÁTIMA

“Em cada Diocese, a Catedral é o sinal da unidade na caridade da Igreja local, de que o Bispo é o garante e o guarda, em comunhão com as outras Igrejas, unido ao Papa, Bispo da Igreja de Roma e Pastor Universal de todas as Igrejas.” Porto, 30 de agosto de 2015

António Francisco, Bispo do Porto9 de setembro de 2017 – Dia da Dedicação da Sé Catedral do Porto… Um bom dia, escolhido pelo nosso Bispo, D. António Francisco, para reunir a sua grande Diocese do Porto em torno de Maria… Bela forma de se despedir de nós… O céu amanheceu timbrado de cinza e ao raiar do dia choveu… Adivinhava-se, pois, um dia outonal para a nossa peregrinação a Fátima… Partimos já um pouco tarde… Éramos mais de uma centena, divididos por dois autocarros… Na autoestrada, depressa percebemos que não estávamos sós e que uma diocese inteira rezava, peregrinando em direção ao Santuário… O trânsito era muito e as estações de serviço enchiam-se de pessoas de todas as idades unidas pela mesma Fé… Os lenços azuis presos engenhosamente pela dezena que fazia parte do nosso kit de peregrino identificavam-nos e aproximavam-nos… O recinto do Santuário de Fátima vestia-se de azul para a Eucaristia presidida pelo nosso Bispo… Impossível ficarmos todos juntos… alguns tinham medo de se perder… Fomo-nos “agarrando”, em pequenos grupos, tomando conta uns dos outros… A bandeira do “Fé e Luz” empunhada pela Raquel marcava o nosso cantinho e quando nos sentíamos desorientados lá estava ela a indicar os nossos… os de S. Pedro da Cova, claro está… O Senhor Damião salvou-me e seguiu com o estandarte da nossa paróquia… a D. Ana e a Leninha foram com ele… Estava bem entregue… Perdemo-los de vista, na bela procissão, que marcou o início da celebração, formada pelos estandartes de todas as paróquias da Diocese … Alguém anunciava que tinha visto o Pe. Vítor Ramos com a sua paróquia! “Onde? Onde?”. O Pe. André estava mesmo ali ao nosso lado a distribuir a Sagrada Comunhão! Que pena não nos ter visto… No final da celebração, a imagem de Nossa Senhora recolheu à Capelinha das Aparições… O tradicional “Adeus” desta vez foi feito com lenços azuis, da cor do seu manto, e mesmo sem querer as emoções transbordam… Quando a Eucaristia acabou, não arredámos pé…. O nosso estandarte era vermelho… Observávamos atentamente todos os vermelhos que desfilavam… “Não é este”… “Aquele também não”… De repente, em uníssono: “S. Pedro da Cova! São Pedro e São Paulo! São eles!”. E houve abraços e sorrisos… Houve qualquer coisa de bom, na simplicidade daquela espera e daquele reencontro que não sei explicar, mas que marcou todo o meu dia… Quem disse que não somos comunidade?De tarde, depois do almoço, voltamos a dirigir-nos ao recinto… Rezamos o terço voltados para a Capelinha das Aparições, unidos em torno de Maria e do nosso Bispo… Regressámos a casa mais leves, embora mais cheios de algo que não sabemos muito bem explicar… Momentos importantes estes, os vividos em comunidade, não porque queremos ostentar nada, mas porque volta e meia precisamos de recordar que somos um povo que caminha para Deus e de perceber que não estamos sós…

Fernanda Albertina

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Contas – 2º Trimestre 2017

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Abril/2017Leonor Augusta Senhorinha Cerqueira – 80 anosDelfina Moreira da Silva – 87 anosSeverino das Neves Frias – 71 anosDeolinda Ferreira Cabral – 69 anosPaulo César Oliveira da Silva -36 anosMaria Jerónima Rocha dos Santos – 78 anosOlindo de Oliveira Ribeiro – 81 anosDelfina Irene Oliveira dos Santos – 83 anosRui Manuel de Sousa Ferreira – 50 anosJoaquim da Silva Garcêz - 74 anosJoaquim Manuel Campos – 49 anosMaria Dolores dos Santos Gonçalves – 76 anosBranca Gomes da Costa – 80 anosEmílio Augusto da Silva Pinto – 48 anosMaio/2017Félix de Oliveira Ramos – 75 anosJosé Maria dos Santos Rocha – 67 anosManuel dos Santos Martins de Sousa – 59 anosDomingos Pereira da Silva – 69 anosBelmiro Pereira Mendes – 82 anosMaria Adélia Ferreira – 91 anos Armando Moura Pinto Correia – 78 anosRita das Neves Gama – 68 anosJosé de Moura Ribeiro Félix – 80 anos Delfina Vieira Martins -77 anosEmília Marques Saraiva Pina – 68 anosLuciano Norberto Pereira Teixeira -49 anosJunho/2017Manuel Rodrigues Magina – 80 anos Francisco da Silva Gonçalves – 75 anosManuel da Rocha – 85 anosAntónio Vicente de Sousa França – 67 anosMadalena Ramos Fernandes Pinto – 72 anosMaria Salomé Barbosa – 85 anosJoaquim de Freitas Nogueira – 60 anosDelfina Soares de Oliveira – 76 anosViolante de Oliveira Vigário – 76 anosAntónio Almeida de Sousa – 75 anosFilomena Martins Lima – 84 anosZélia Martins dos Santos – 86 anos

BatizadosAbril 2017Ana Maria Ferreira Micôcua Guilherme José Ferreira BarbosaTaíssa Sofia Pereira CardosoIris Alexandra Pereira CardosoYasmim Ferreira MalhãoFrancisco Pereira PintoNicole de Sousa Marques

Maio 2017Mafalda Filipa Tavares da SilvaNúria Filipa Estrela TeixeiraLarissa Fabiana da Rocha CarvalhoÉrica Francisco dos SantosBruna Teixeira Ribeiro

Junho 2017Benedita Rocha Midão Gonçalo Ferreira da SilvaDiogo Miguel Vilhena SantosFilipa Alexandra Barros MeloGabriel Varela NunesKévin Filipe Ferreira Fonseca NunesLuena Ferreira VasconcelosJonathan Dinis Marques Braga

Casamentos

Abril 2017Helder Filipe Gonçalves Machado e Maria Manuela Ramos Vieira

Junho 2017Carlos Manuel Almeida Santos e Joana Filipa Sousa Silva

Horário da Secretaria ParoquialDe Segunda a Sábado das 15.00 Horas às 19.00 Horas Atendimento do Pároco é de Terça a Sexta-feira das 16.30 Horas às 18.30 Horas. (Se houver necessidade de atender noutro horário, pode-se combinar com o Pároco qualquer outra hora mais conveniente.)ContactosIgreja Paroquial de São Pedro da Cova - Rua da Igreja 4510-283 SÃO PEDRO DA COVA Tel.: 938 539 139 e-mail da Paróquia: [email protected] e-mail do Pároco: [email protected] e-mail do Boletim Paroquial: [email protected] Página Web da Paróquia:www.paroquiasaopedrodacova.org

Page 12: Ano IX · alegria, já ele escolhido por causa do centenário das Aparições, impôs-se que marcássemos o dia 13de Outubro de modo especial. Assim, vamos reunir-nos às 21.30 H.

Oração Diocesana para o Ano Pastoral 2017/18

Deus Pai,criastes-nos à Vossa imagem e semelhançae chamais-nos, desde toda a eternidade,a participar da Vossa bondade!Fazei-nos viver, todos os dias, em caridadena Vossa presença ao serviço dos nossos irmãos.

Jesus Cristo,destes-nos, na Vossa Vida, Morte e Ressurreição,o Amor sem medida, o Amor que não acaba nunca,porque jorra das fontes inesgotáveis do Vosso Coração!Fazei-nos viver a caridade com alegria,na prática fiel do mandamento do amor.

Espírito Santo,fostes derramado, em abundância, nos nossos coraçõese operais em nós, com os Vossos dons, o querer e o agir.Ajudai-nos a ser e a construir a Igreja da Caridade,na alegria da doação e do serviço a todos,na unidade da comunhão e da missão.

Pai, Filho e Espírito Santo, Santíssima Trindade,nós Vos pedimos, pela intercessão de Maria,a graça de oferecermos ao mundoo rosto jovem e belo da Igreja,que brilha quando é missionária e acolhedora,livre e fiel, pobre de meios e rica no amor.Ámen.